boletim esperança 16

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Boletim Esperança – Página 1 Boletim Esperança Informe de Estudos Espíritas, RJ, Ano II, N. 16 AGOSTO, 2010 GOTAS DE AMOR DE ANDRÉ LUIZ Nos momentos graves. Não delibere apressadamente. As cir- cunstâncias, filhas dos Desígnios Superiores, modificam-nos a experiência, de minuto a minuto. Seja comedido nas resoluções e atitudes. Nos instantes graves, nossa realidade espiritual é mais visível. Nos compromissos de trabalho, em hipótese alguma, devemos desvalorizar o esforço dos colegas, pois sabotar o trabalho alheio será sempre deteriorar o nosso próprio interesse. NESTE BOLETIM Capa EDITORIAL GOTAS DE AMOR DE ANDRÉ LUIZ Página 02 GERALDO GUIMARÃES, MEU PAI COLUNA DO CAMINHO Página 03 MENSAGEM DO MÊS LÍVIA E O CORO INFANTIL DA UFRJ Página 04 UM ANO SEM A NOSSA AMIGUINHA CARTA-CANÇÃO DO EXÍLIO ANIVERSARIANTES DO MÊS DATAS IMPORTANTES UNIFICAÇÃO Página 05 DR. GAMARRA NA ADEFA REABILITAÇÃO DA ESPANHA PERGUNTE AO DR. ESPERANÇA TORCER SEMPRE, DESEQUILIBRAR JAMAIS Página 06 SERÁ QUE EDUCAR FICOU DIFÍCIL? PROJETOS ILUMINATIVOS Página 07 RECORDANDO JUVANIR BORGES DE SOUZA Página 08 LIMPEZA PROFUNDA O CONHECIMENTO DE SI MESMO PROGRAMAÇÃO DO DIVALDO NO RIO Página 09 O HORIZONTE RECOMENDAÇÃO AOS ESPÍRITAS Página 10 DIVULGAÇÃO DO SEMINÁRIO SINGELA HOMENAGEM EXPEDIENTE PROGRAMAÇÃO DA CASA PROJETOS INFANTO-JUVENIS EDITORIAL Olá, amigos leitores! Aqui vai nossa saudação cheia de entusiasmo. E não é para menos, afinal, estamos em nosso segundo ano de atividades e, cada vez, nosso Boletim vai enriquecendo mais. Isto, graças à efetiva colaboração de todos vocês, os que leem e os que colaboram com seus artigos e preciosas informações. Gratidão é pouco. Desejamos um mundo de felicidade e paz a todos, pedindo, com carinho, que continuem a prestigiar nosso Boletim. Quem desejar receber os exemplares do primeiro ano, encadernados em produção primorosa, entre em contato com a nossa Livraria e encomende essa doce lembrança. Agora, aproveitem a boa leitura, um abraço e até o próximo, A EQUIPE Crônicas de família é um programa apresentado por Ana e Anete Guimarães, sendo recomendado para toda a família, por abordar temas e casos diferenciados, sempre relacionados à convivência familiar, com orientações para a solução de eventuais conflitos.

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Informativo mensal do Grupo Espírita Caminho da Esperança, instituição fundada por Geraldo e Ana Guimarães, pais de Anete Guimarães.

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Page 1: Boletim esperança 16

Boletim Esperança – Página 1

Boletim Esperança Informe de Estudos Espíritas, RJ, Ano II, N. 16 AGOSTO, 2010

GOTAS DE AMOR DE ANDRÉ LUIZ

Nos momentos graves. Não delibere apressadamente. As cir-cunstâncias, filhas dos Desígnios Superiores, modificam-nos a experiência, de minuto a minuto.

Seja comedido nas resoluções e atitudes. Nos instantes graves, nossa realidade espiritual é mais visível.

Nos compromissos de trabalho, em hipótese alguma, devemos desvalorizar o esforço dos colegas, pois sabotar o trabalho alheio será sempre deteriorar o nosso próprio interesse.

NESTE BOLETIM Capa EDITORIAL GOTAS DE AMOR DE ANDRÉ LUIZ

Página 02 GERALDO GUIMARÃES, MEU PAI COLUNA DO CAMINHO

Página 03 MENSAGEM DO MÊS LÍVIA E O CORO INFANTIL DA UFRJ

Página 04 UM ANO SEM A NOSSA AMIGUINHA CARTA-CANÇÃO DO EXÍLIO ANIVERSARIANTES DO MÊS DATAS IMPORTANTES UNIFICAÇÃO

Página 05 DR. GAMARRA NA ADEFA REABILITAÇÃO DA ESPANHA PERGUNTE AO DR. ESPERANÇA TORCER SEMPRE, DESEQUILIBRAR JAMAIS

Página 06 SERÁ QUE EDUCAR FICOU DIFÍCIL? PROJETOS ILUMINATIVOS

Página 07 RECORDANDO JUVANIR BORGES DE SOUZA

Página 08 LIMPEZA PROFUNDA O CONHECIMENTO DE SI MESMO PROGRAMAÇÃO DO DIVALDO NO RIO

Página 09 O HORIZONTE RECOMENDAÇÃO AOS ESPÍRITAS

Página 10 DIVULGAÇÃO DO SEMINÁRIO SINGELA HOMENAGEM EXPEDIENTE PROGRAMAÇÃO DA CASA PROJETOS INFANTO-JUVENIS

EDITORIAL

Olá, amigos leitores! Aqui vai nossa saudação cheia de entusiasmo. E não é para menos, afinal, estamos em nosso segundo ano de atividades e, cada vez, nosso Boletim vai enriquecendo mais. Isto, graças à efetiva colaboração de todos vocês, os que leem e os que colaboram com seus artigos e preciosas informações.

Gratidão é pouco. Desejamos um mundo de felicidade e paz a todos, pedindo, com carinho, que continuem a prestigiar nosso Boletim.

Quem desejar receber os exemplares do primeiro ano, encadernados em produção primorosa, entre em contato com a nossa Livraria e encomende essa doce lembrança.

Agora, aproveitem a boa leitura, um abraço e até o próximo,

A EQUIPE

Crônicas de família é um programa apresentado por Ana e Anete Guimarães, sendo recomendado para toda a família, por abordar temas e casos diferenciados, sempre relacionados à convivência familiar, com orientações para a solução de eventuais conflitos.

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Boletim Esperança – Página 2

COLUNA DO CAMINHO HOMENAGEANDO CHICO XAVIER

O centenário de nascimento de Chico Xavier foi marcado por uma comemoração fraterna, instrutiva e tocante. Ocorreu no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, fundado pelo médium e edificado no mesmo espaço onde se localizava a casinha em que nasceu Francisco Cândido Xavier. Na oportunidade, foi inaugurado, anexo ao Centro, o “Memorial do Luiz Gonzaga”.

O REGRESSO DE JUVANIR BORGES

No último dia 05 de junho de 2010, regressou à Pátria Espiritual Juvanir Borges, responsável por inúmeras ações, quando na presidência da Federação Espírita Brasileira, tendo-se dedicado, especialmente, à Revista Reformador, bem como à escrita de obras esclarecedoras editadas pela FEB.

Ao querido irmão Juvanir, nosso afeto e o eterno reconhecimento por tudo que nos legou.

MARCIA ALVES ENTRE NÓS

Estamos felizes por receber nossa articulista da Bélgica, Marcia Alves.

Ela fará uma exposição doutrinária na sede do Caminho, no dia 10 de agosto. Compareça.

Confira nossa programação na pág. 10 deste Boletim.

AUTISMO TEM JEITO. ACREDITE!

Estamos envidando esforços para que cada vez mais pessoas, familiares e simpatizantes da causa tomem conhecimento de nossas ações e participem. Como eu gostaria que pais e familiares por todo o país tomassem a mesma iniciativa, ou seja, procurassem o Ministério Público e fizessem denúncia de que:

1- Não existe DIAGNÓSTICO PRECOCE PARA AUTISMO NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE;

2- Não existe TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR na rede pública para os autistas, pois o CID 10 e DSM IV, em sua última revisão, classificou o autismo como Transtorno Invasivo (Global) do Desenvolvimento, logo, o autismo deixa o grupo das doenças da Saúde Mental, e

3- Não existe acompanhamento para os familiares.

Faça dessa uma causa sua também! Participe! Os autistas esperam por sua atitude!

Ulisses da Costa Batista (pai do Rafael, 13 anos)

GERALDO GUIMARÃES, “MEU PAI”

Tenho muito orgulho de dizer isso.

A sua importância para mim foi aprendida depois que virei pai.

Somos um escudo protegendo um pequeno reino de amor. Somos fortes, somos segurança e por que não dizer ricos, mágicos, incríveis? Para nossos filhos, podemos tudo.

Meu pai era especial, sentia sua força quando me protegia, com a palavra certa, o carinho e a disposição incansável em filtrar os problemas do mundo, tornando nosso lar um porto seguro.

Mesmo depois que saí, ele continuou sendo um sol e nunca deixei de orbitá-lo, de ganhar seu calor, seu abrigo, meu amigo.

Sempre presente, nas pequenas coisas, tudo era simples: não existiam questões sem respostas.

Hoje eu sei que ele não era um herói invencível. Sei que as coisas não eram tão simples assim, ele não era rico ou mágico.

Descobri isso depois que virei pai. A vida é muito difícil e os problemas não se acabam, mas meus filhos não pensam assim. É isso que aprendi com meu pai. Sou o conhecimento, o carinho, a força, o amigo.

Falta ainda ter seus cabelos brancos, só estou na metade do caminho, tenho muito que trabalhar, sofrer e suar, ser avô, mas continuar sendo pai.

Sou um filho abençoado, pois já ouvi pessoas falarem mal de seus pais. Era difícil entender para quem tinha uma única concepção desta palavra, pai.

Obrigado por tudo! Para muitos, o Sr. foi um grande homem, para mim, foi mais que isso. Foi meu pai.

Marcelo GuimarãesMarcelo GuimarãesMarcelo GuimarãesMarcelo Guimarães

Page 3: Boletim esperança 16

Boletim Esperança – Página 3

RIGADO GERALDO

Éramosfelizes, como felizes eram as oportunidades de

ouvir o nosso mais fluente orador. Sorriso fácil e presença

agradável em qualquer ocasião, ele sempre soube orientar

com o aconselhamento gentil. Houve dia em que desafiado

a fazer um discurso sobre uma cadeira não se fez de

rogado, e, em

preciosa lição aos candidatos à oratória, demonstrou

como é possível tornar interessante uma palestra, mesmo

sobre o mais improvável dos temas. Geraldo Guimarães ,

mais ilustre colaborador do nosso Boletim, partiu no dia 11

de janeiro, deixando-nos, a todos, um pouco mais tristes e

órfãos de sua companhia. Ainda há uma esperança nesse

Caminho, pois o reencontro é certo. Sentidos com o

ocorrido, desejamos externar nossa profunda gratidão e

amizade eterna. Que Deus o acompanhe e o ampare nessa

nova etapa de sua existência. Muito obrigado por tudo!

Equipe do Boletim Esperança

UM ANO SEM A NOSSA “AMIGUINHA”

Na noite de 28 de julho de 1971, no canal 4, TV Tupi de São Paulo, o médium Francisco Cândido Xavier foi colocado ante as câmeras pelo apresentador Almir Guimarães, que fez a apresentação dos jornalistas que iam entrevistá-lo: J. Herculano Pires, João de Scatimburgo e outros jornalistas da equipe: Helle Alves, Reali Jr. e Saulo Gomes.

Chico Xavier agradeceu os elogios à sua pessoa e afirmou que responderia às indagações confiado no Espírito Emmanuel, o seu guia espiritual, que iria orientá-lo.

As perguntas dos jornalistas e professores foram as mais abrangentes, de temas como a Era de Aquários; a Psicografia, os quatrocentos autores que escreveram por ele; Homossexualismo e as perturbações sexuais; a Criação da Vida em tubo de ensaio; Umbanda e os Navios Nagreiros; Judas, traidor ou missionário; Se o Espírito pode renascer como homem ou como mulher; Operações pelo médium José Arigó; a Cremação; a Vida fora da Terra; a Vida no planeta Marte.

Após 2 horas e 45 minutos de programa, pediram-lhe que fizesse uma psicografia diante das câmeras. E o Chico psicografou um soneto, um primoroso alexandrino da autoria do Espírito Cyro Costa, uma síntese dos temas abordados no encontro.

Um momento especial se deu quando o Pastor Manoel de Melo perguntou em seu nome e no de 4 mil pregadores: “Se há reencarnação, como foi possível que Adão e Eva, criados por Deus, tivessem 3 filhos – Caim, Abel e Seth? Esses Espíritos não existiam.

Chico lembrou que o capítulo IV do livro Gênese, de Moisés, nos versículos 16 e 17, informa que Caim, depois de matar Abel, foi para uma terra chamada Nod, onde desposou aquela que seria sua esposa e teve com ela uma grande descendência. E o médium Chico Xavier afirmou que os textos bíblicos, às vezes, são códigos que precisamos estudar mais.

Suas respostas foram altamente reveladoras e, entre elas, afirmou que os Espíritos sugerem, para a cremação de corpos, que se deve esperar, pelo menos, 72 horas.

Ao Brasil, aquele homem humilde, ao mesmo tempo uma enciclopédia viva, acenou com novas esperanças, abrindo um portal dimensional abençoado, onde as sombras da morte se diluíram e a nação brasileira aceitou, com tranquilidade, aquele verbo singelo e tão revelador, anunciando a imortalidade da alma, a vida no mundo espiritual, a reencarnação e a excelência do amor, trazendo Jesus e Kardec à convivência humana como verdades irrefutáveis.

Chico Xavier e o Pinga-Fogo foram verdadeiramente um marco no jornalismo brasileiro. Geraldo GuimarãesGeraldo GuimarãesGeraldo GuimarãesGeraldo Guimarães

*GUIMARÃES, Geraldo Rodrigues. Pinga-Fogo: um marco no jornalismo brasileiro. Revista Despertar Espírita , Rio de Janeiro, Lar Fabiano de Cristo, Informativo mensal, ano 5, n. 58, abr. 2008.

LÍVIA E O CORO INFANTIL DA UFRJ No dia 25 de julho, tivemos a satisfação de apreciar o Coro Infantil da

UFRJ, sob a regência da professora Maria José Chevitarese, aliado ao piano de Claudia Feitosa, ao apresentar obras de Ernani Aguiar, Villa-Lobos e Ary Barroso, na Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro. Esse evento, referente à XVI Temporada do Festival de Corais Infantis, contou também com a participação do Colburn Children’s Choir, da Escola de Artes Colburn, da Califórnia, Estados Unidos. Ambos os coros, no ambiente primoroso, se mostraram, dentro do rigor técnico, somando criatividade ao entusiasmo infantil.

E em primeiro de agosto, o belíssimo Coro da UFRJ esbanjou talento, quando conduziu a plateia do Theatro Municipal ao reino dos contos infantis, apresentando a peça A Festa no Céu, de Ernst Mahle, com narração do ator Arthur Varella, e a cantata O Menino Maluquinho, de Ernani Aguiar, em homenagem ao artista gráfico Ziraldo, lá presente.

Nossa talentosa Lívia Laucas brilhou entre os componentes desse lindo Coro, criado pela maestrina e querida professora da Escola de Música “Zezé” que recebeu calorosos elogios da crítica especializada, por ocasião dos recentes concertos realizados em Buenos Aires, durante as comemorações oficiais do Bicentenário da Independência da Argentina.

A Candelária e o Theatro Municipal, templos da arte nacional e estrangeira, abrigando aquelas vozes infantis, trouxeram-nos à memória as palavras de Léon Denis: “A beleza é um dos atributos divinos. Deus colocou nos seres e nas coisas esse misterioso encanto que nos atrai, nos seduz, nos cativa e enche a alma de admiração, às vezes de entusiasmo” (O Espiritismo na

Arte, p. 7). Giannina Giannina Giannina Giannina

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Boletim Esperança – Página 4

Vera Lúcia Conceição Personagem singela Marcou nosso coração Como o pincel que enfeita a tela.

Conversava com as plantinhas No brechó que ela cuidava Vendia lembrancinhas E sorrisos espalhava.

Esse será o primeiro feirão Após a sua partida Ela não nos deixou na mão Continua nossa amiga.

Um ano já se passou Sem a nossa amiguinha Sentimos, como todos, Falta da nossa Verinha.

CARTA-CANÇÃO DO EXÍLIO Daqui eu vejo montanhas com neve no cume. Embora haja tanta

neve lá em cima, aqui embaixo faz um calor considerável. Ainda não como o dessa minha terra que tanto amo.

Aqui não tem como ir ao Grand Salt Lake e pensar que se está no Arpoador. Nem mesmo minha ida à montanha do Snowbird fez com que eu me sentisse nas serras do Estado do Rio de Janeiro.

Não existem comparações, não existe divisão de amor. Eu amo esse lugar daí e pronto, nada vai fazer com que eu mude de ideia. Nem mesmo a violência, que nos faz ter medo de sair de casa, nem mesmo os dias muito quentes, nem as chuvas que fazem com que a Cidade pare, principalmente na Praça da Bandeira (Brasileira, Salve! Salve!).

Eu tenho muito amor por essa terra! Saudade sinto de cada desaforo no trânsito, mesmo você estando

certo e o outro, mal-educado, estando completamente errado. Saudade sinto dos tempos ruins com falta de dinheiro, das

intermináveis notícias ruins sendo trazidas pelos âncoras dos jornais de TV.

Saudade de ver o Pôr-do-Sol sentado nas pedras do Arpoador. Saudade de tomar banho de chuva depois de um dia quente. De

sentir o cheiro desse clima tropical, misturando maresia com o cheiro das nossas florestas.

Temos muito para falar dessa Terra Brasil, dessa Terra Rio de Janeiro. Ah! minha terra, que me traz lembranças dessa família linda que tenho! Se pudesse, uniria a todos ao redor da mesa, num momento único que não trago na lembrança. Talvez somente as fotos falem por si. Faz muito tempo que fomos nos dispersando, agora estamos aqui, outros lá, e poucos realmente naquela casa que muitas alegrias sorrimos e tristezas também tivemos. Mas era a nossa casa! A minha casa.

Falo agora daqueles que não levam meu nome, porém que são mais que família. Amigos que fomos cativando, amigos que me cativaram. Guardo todos na lembrança e com amor que sinto, espero que um dia nos possamos reencontrar.

Aqui vou indo bem, sonhando um dia em voltar e ter todos vocês, que fazem parte dessa minha família seleta. Amo a todos vocês. Não deixem de amar também essa nossa Terra preciosa. Não somente por sua beleza, mas por sua magia que encanta a todos.

Que venham dias ensolarados seguidos de chuva no fim da tarde e que todos possam ir para as ruas olhar para o céu e, com rostos molhados, possamos gritar interna ou externamente: “sou abençoado por ter essa chuva que lava a alma e mata a sede de muitos”.

Obrigado pelo seu carinho e amor. Fiquem com Deus, assim como eu.

Allan Laucas Pereira

(Salt Lake City – Utah – USA)

ANIVERSARIANTES DO MÊS

DATAS IMPORTANTES DO MÊS DE AGOSTO

01/08/1865 – Publicação de “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec. 04/08/1969 – Desencarna, em Niterói, Carlos Imbassahy. 15/08/1952 – Inaugurada a Mansão do Caminho na Bahia. 16/08/1886 – Bezerra de Menezes, durante uma conferência expôs publicamente, pela primeira vez, sua fé no Espiritismo. 17/08/1885 – A FEB inicia suas conferências públicas no Rio. 29/08/1831 – Nasce em Riacho do Sangue, CE, Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, o Médico dos Pobres. Por duas vezes, foi Presidente da Federação Espírita Brasileira. Desencarna no dia 11 de abril de 1900, no Rio de Janeiro. 28/07/1890 – Na Inglaterra, em reunião de efeitos físicos, com a médium Elizabeth D'Espérance, materializa-se um lírio dourado, com 7 pés de altura, estando presentes vários cientistas, entre os quais o prof. Alexandre Aksakof.

UNIFICAÇÃO

O serviço da unificação em nossas fileiras é urgente, mas não

apressado. Uma afirmativa parece destruir a outra. Mas não é assim. É urgente porque define objetivo a que devemos todos visar; mas não apressado, porquanto não nos compete violentar consciência alguma. Mantenhamos o propósito de irmanar, aproximar, confraternizar e compreender, e, se possível, estabeleçamos em cada lugar, onde o nome do Espiritismo apareça por legenda de luz, um grupo de estudo, ainda que reduzido, da Obra Kardequiana, à luz do Cristo de Deus. Nós que nos empenhamos carinhosamente a todos os tipos de realização respeitável que os nossos princípios nos oferecem, não podemos esquecer o trabalho do raciocínio claro para que a vida se nos povoe de estradas menos sombrias.

Nenhuma hostilidade recíproca, nenhum desapreço a quem quer que seja.

Allan Kardec, nos estudos, nas cogitações, nas atividades, nas obras, a fim de que nossa fé não se faça hipnose, pela qual o domínio da sombra se estabelece sobre as mentes mais fracas, acorrentando-as a séculos de ilusão e sofrimento.

Seja Allan Kardec não apenas crido e sentido, apregoado ou manifestado, a nossa bandeira, mas suficientemente vivido, sofrido, chorado e realizado em nossas próprias vidas. Sem essa base é difícil forjar o caráter espírita-cristão que o mundo conturbado espera de nós pela unificação.

Ensinar, mas fazer; crer, mas estudar; aconselhar, mas exemplificar; reunir, mas alimentar.

Somente aqui, na vida espiritual, vim aprender que a cruz de Cristo era uma estaca que Ele, o Mestre, fincava no chão para levantar o mundo. E para dizer-nos em todos os tempos que nada se faz de útil e bom sem sacrifícios, morreu nela. Espezinhado, batido, enterrou-a no solo, revelando-nos que esse é o nosso caminho – o caminho de quem constrói para Cima, de quem mira os continentes do Alto.

É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios.

Respeito a todas as criaturas, apreço a todas as autoridades, devotamento ao bem comum e instrução do povo, em todas as direções, sobre as Verdades do espírito, imutáveis, eternas.

Amor de Jesus sobre todos, verdade de Kardec para todos. Em cada templo, o mais forte deve ser escudo para o mais

fraco, o mais esclarecido a luz para o menos esclarecido, e sempre e sempre seja o sofredor o mais protegido e o mais auxiliado, como entre os que menos sofram seja o maior aquele que se fizer o servidor de todos, conforme a observação do Mentor Divino.

Sigamos para a frente, buscando a inspiração do Senhor. Bezerra de Menezes

__________________________

FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. Equipe da FEB [sob coordenação de Juvanir Borges de Souza]. Unificação. In: Bezerra de Menezes ontem e hoje. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2000 (Trechos da mensagem).

14/08 - Ana Beatriz Trindade 20/08 – Dona Hele na

15/08 - Julia Solino 21/08 - T hiago Guimarães

15/08 - Pedro J. Laucas 31/08 - Túlio Laucas

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Boletim Esperança – Página 5

REABILITAÇÃO DA ESPANHA

A magistral obra “Atualidade do pensamento espírita”, que vem sendo estudada minuciosamente às quintas-feiras, no Caminho da Esperança, tem, no seu bojo, as nuances da Nova Era.

A visão que nos dá Vianna de Carvalho juntamente com outras Nobres Entidades, quando examinam a atual sociologia, acenam aos novos tempos. Corroboram o pensamento do Cristo de que “tudo que ligares na Terra será ligado nos Céus”.

A perspectiva de melhoria da Humanidade surge em vários setores. Os jornais do mundo inteiro acabam de noticiar que a Espanha Continental, após 1 ano e 8 meses de acalorados debates, aboliu as touradas. O sonho teve início em 2004, quando a cidade de Barcelona se autoproclamou a primeira cidade antitaurina da Espanha. Apesar dos protestos dos aficionados da chamada “cultura espanhola”, o Parlamento entendeu que o homem clama por respeito pelo meio ambiente, incluindo os animais. As touradas, antes vistas com glamour, não têm mais sentido. O

mundo mudou muito e o princípio de humanidade grita mais alto, mostrando a decadência do

pensamento primitivo, ao sacrificar animais para o deleite das pessoas.

O livro em questão realça a evolução como inevitável, por fazer parte dos mecanismos da vida, e a “sociedade terráquea” já iniciou este novo ciclo. A Espanha, responsável por tantas dores, durante o tempo inquisitorial, projeta-se para a reconstrução do mundo. Este é mais um passo para o futuro promissor da destinação da Terra.

Abaixo as touradas! Viva os touros!

Vanessa BiancaVanessa BiancaVanessa BiancaVanessa Bianca

DR. GAMARRA NA

No dia 24 de julho, tivemos o prazer de receber, na Associação em Defesa do Autista ─ ADEFA, para palestra e orientação de pais de autistas, o Dr. Javier Salvador Gamarra, médico homeopata e oncologista de Curitiba, PR, que vem tratando de autistas com expressivo sucesso. Trabalhou com os pais e profissionais da ADEFA o que chama de visualizações terapêuticas e deu atendimento a várias crianças autistas através de seus pais ali presentes.

Foi grande a satisfação de todos ao sermos presenteados com a dedicação e a boa vontade do gentil médico que, abraçando a causa, se dispõe a contribuir para que os autistas sejam tratados dignamente, através do apoio a seus familiares.

Dr. Gamarra voltará a nos visitar em agosto, deixando claro seu contentamento por ter conhecido a ADEFA, tecendo louvores às mães ali presentes pelos seus esforços em melhorar a qualidade de vida de seus filhos, demonstrando estarem atualizadas com os estudos sobre autismo.

Agradecemos profundamente à boa vontade de nosso querido Dr. Gamarra que aqui esteve, deixando sua cidade, sem cobrar uma única consulta, um único centavo de quem quer que seja.

Que Deus o conserve assim e lhe conceda paz e luz sempre!

Berenice Piana de PianaBerenice Piana de PianaBerenice Piana de PianaBerenice Piana de Piana Diretora Administrativa da ADEFA

Colaboradora do Grupo Espírita Caminho da Esperança

PERGUNTA DA REGINA CELIA: Há registros de comportamentos semelhantes entre filhos abandonados e os pais que sequer conheceram. É possível atribuir essa semelhança à carga genética?

Prezada companheira, as teses materialistas como a genética comportamental e, antes dela, o determinismo genético, consideram razoável crer que um gene implica fatalmente determinado comportamento. Permanecerão em erro porque se recusam a cogitar sobre a possibilidade de reencarnação, mesmo em caráter empírico, com o cunho investigativo e despido de preconceitos, como fazem os verdadeiros cientistas.

O Espiritismo explica essa semelhança apontando como causa a sucessão de existências, nas quais alguns espíritos, por afeição, simpatia e semelhança de tendências, se aproximam e passam, a partir de então, a optar por pertencer a uma mesma família, para juntos trabalharem pelo mútuo adiantamento, o que lhes será facultado sempre que conveniente para suas programações reencarnatórias. A prolongada convivência, em diferentes oportunidades, os aproxima de tal forma, que a afinidade, que já existia, se aprofunda a ponto de criar entre eles uma identidade, que pode se manifestar nas formas mais diversas.

TORCER SEMPRE; DESEQUILIBRAR-SE JAMAIS

A opressão da “realidade”, em um mundo materialista como o nosso, costuma exigir uma cota de sucessos como compensação. Quantos de nós não planejamos uma série de realizações que a vida, ou a maneira como a conduzimos, cuidou de afastar? Em nossa vida profissional, afetiva, familiar, intelectual e em tudo mais, o sucesso nos move e as frustrações nos congelam. A cada sonho perdido, a combustão interna provocada pelas conquistas diminui.

Há pessoas que andam por aí como as fábricas inativas de antigamente, com o “Fogo Morto”. Dificilmente se animam senão artificialmente, à custa de álcool ou drogas. Comodista, o frustrado tende a buscar formas de compensar as conquistas não alcançadas. Alterar o estado de consciência para experimentar a sensação de felicidade, ainda que ilusória, alivia, mas não resolve o problema, pois não ataca sua causa.

Se o que faço não me torna feliz, irei me consorciar a um grupo que divida comigo os sucessos que obtiver. A cada vitória, o grito explode na garganta, como se o mundo fosse acabar no dia seguinte. Alguém alheio aos encantamentos do esporte estranharia tão passional reação diante da glória alheia, pois não sabe que pelo berro de gol escapam as frustrações da vida cotidiana. O emprego ruim, a roupa puída das crianças, o dinheiro que é pouco, a mulher insatisfeita, o patrão mal educado, o ônibus que passa no ponto sem parar, o policial que desrespeita ao abordar, o ladrão que leva o pouco que se tem, a justiça que, além de cega, fica surda e muda de vez em quando. Na hora que a bola atravessa as linhas do gol e atinge o fundo da rede, tudo isso some, afinal, somos campeões, e que essa alegria seja infinita enquanto durar.

Encontrei, há pouco tempo, com um amigo e, ao lhe perguntar como estava, ele respondeu: “explodindo de felicidade, afinal meu time ganhou o estadual”. Parece contraditório, mas ao prosseguir na conversa soube que a vida andava sendo madrasta para com ele e, segundo seu entendimento, sua única fonte de felicidade atualmente eram as comemorações regadas a muito álcool nas vitórias do time escolhido. O que devia ser um detalhe em sua vida ocupava agora o lugar de destaque. Se lhe pedissem para falar sobre ele, com certeza diria: “sou flamenguista”. Não diria ser brasileiro, engenheiro, formado na PUC, filho da Dona Lenir e do Seu Alberto, marido da Bruna, primo do Ricardo, nem sequer diria que era pai da Sofia.

Torcer para o time favorito é saudável enquanto o equilíbrio é mantido, isto é, comemore sempre mas não se descontrole jamais. Mantenha a serenidade sempre. Lembre-se que suas escolhas dizem mais sobre você do que seus discursos.

Rafael Rodrigues

Page 6: Boletim esperança 16

Boletim Esperança – Página 6

PROJETOS ILUMINATIVOS*

As sombras densas, que parecem teimar, em predomínio na consciência cultural da Terra, lentamente cedem lugar às claridades novas, que ensejam a compreensão profunda do homem na sua realidade intrínseca e gloriosa, a um passo da sua destinação triunfal.

...........................................................................................................

A fim de dar prosseguimento ao elevado mister de libertar o homem das suas paixões primitivas, fazem-se necessários projetos iluminativos que atualizem os conceitos imortalistas, face à extraordinária contribuição das Doutrinas científicas contemporâneas. ........................................................................................................... Os anteriores investigadores psíquicos dos fenômenos paranormais, em variadas áreas, abriram portas, antes, para a comprovação do ser integral – espírito, perispírito e corpo – agora se encontrando, de retorno, com os instrumentos da informação e da fé espírita, para enfrentar com segurança o cepticismo, a crueldade, a indiferença, a desonestidade e os seus famanazes, que corrompem o indivíduo e perturbam a marcha do progresso da humanidade.

Apesar de adestrados para as tarefas do momento, surgem-lhes graves dificuldades que devem ser superadas, constituindo desafios-problemas. O amor ao ideal e a abnegação, que eliminam a presunção e o despotismo, dar-lhes-ão forças e valor moral para os enfrentamentos externos e a autossuperação da inferioridade e dos atavismos negativos.

Serão caracterizados pelo espírito de serviço, pelo interesse sadio dos resultados dos trabalhos, colocados no campo de batalha por escolha pessoal, aguardando a certeza do triunfo que lhes chegará.

...........................................................................................................

Até esse momento, cabe aos verdadeiros obreiros do Senhor a tarefa de autoiluminação e constante investigação, que demonstre e confirme a excelência da vida, num comportamento ético pela verdade, que favorece com estímulos superiores a eclosão e a vigência do amor nos corações.

Lutas e sofrimentos surgirão, não poucas vezes, não somente no campo externo de atividades, mas, e sobretudo, na vida íntima, onde se homiziam os grandes inimigos da evolução espiritual.

Reconfirmando a imortalidade e as suas várias expressões, na comunicação dos Espíritos e na reencarnação, estes valores impregnarão a criatura senciente, que alterará o seu comportamento abraçando os postulados apresentados e vividos por Jesus, instalando-se na Terra o reino de Deus, pelo qual todos anelamos.

Investiguemos, estudemos, discutamos, de mente aberta à Verdade, sempre dispostos a abraçar as conquistas da Ciência, realizando a sua aliança com a Religião, e, tornando o Espiritismo a verdadeira ponte entre as duas, o divulguemos com ardor, vivendo-o no dia-a-dia da existência como cristãos legítimos que pretendemos ser.

Joanna de ÂngelisJoanna de ÂngelisJoanna de ÂngelisJoanna de Ângelis

______

*ÂNGELIS, Joanna de (Espírito). [psicografia de Divaldo Pereira Franco] Projetos iluminativos. In: Momentos de harmonia. Salvador, BA: Livraria Espírita Alvorada, 1992. (Trechos da mensagem). p. 64-70

SERÁ QUE EDUCAR FICOU MAIS DIFÍCIL?

Ousarei expor aqui a mais importante, a maior, a mais útil regra de toda a educação. É não ganhar tempo, mas perdê-lo.

Jean Jacques Rousseau

A cada dia, aumenta o número de pais que procuram consultórios de psicologia ou livros para educar os filhos. Também é muito comum encontrarmos professores queixando-se do comportamento de seus alunos e da dificuldade de conseguir a atenção deles. Os saudosistas costumam dizer que bons eram os tempos antigos, pois o professor era valorizado e respeitado. Será que educar ficou mais difícil? O que está acontecendo?

Segundo os especialistas em comportamento, muitas mudanças ocorreram no desenvolvimento das crianças, mas elas não aconteceram de uma hora para outra. O interesse das crianças foi se modificando juntamente com as mudanças sociais e facilidades trazidas pelo acesso à televisão, aos jogos eletrônicos, ao computador e, principalmente, à Internet. Podemos acrescentar as necessidades econômicas que obrigam os pais a trabalharem fora. A maioria reclama que não tem tempo e, quando tem, quer usufruir, deixando os filhos aproveitarem o tempo da forma que eles quiserem.

Segundo pesquisa com pais e mães de crianças entre 6 e 12 anos, de todas as regiões do Brasil, entre as dez atividades mais prazerosas, brincar com os filhos aparece em quarto lugar. Eles preferem assistir à TV, ouvir música e passear. Apenas 14% têm consciência de que as brincadeiras são importantes aliadas no desenvolvimento infantil. Para 51%, a principal função de brincar é "deixar as crianças mais felizes". Infelizmente, a nossa sociedade acha que brincar é perder tempo ou só serve para divertir. Ela não consegue enxergar os benefícios.

Os adultos desvalorizam as brincadeiras por acharem que não ensinam. Estão preocupados com o futuro de seus filhos e pensam que os conteúdos escolares são os mais importantes. Muitos pais acreditam que educar é desenvolver habilidades. Acontece que alguns professores também não valorizam as brincadeiras como parte do aprendizado. Eles estudam o desenvolvimento infantil, graças às descobertas da psicologia, mas ignoram sua prática.

A conclusão é de que a educação oferecida pelos pais e professores não mudou, só que as crianças não são mais as mesmas. Isso explica a desarmonia entre educador e educando. Os alunos não se concentram, não têm prazer em aprender e são ansiosos.

Com isso, pais e professores perdem a capacidade de influenciar o mundo psíquico das crianças e dos jovens, causando esse descompasso. É preciso uma metodologia diferenciada para envolver essas crianças e esses jovens de pensamento acelerado e ansiedade exagerada. É claro que o antigo modelo não funciona mais.

A velocidade de pensamento das crianças de hoje é bem maior do que era ontem. Os pais e educadores precisam ser criativos e abertos a propostas compatíveis com o novo contexto.

Falta também, no lar, uma abertura maior para trocar ideias, contar e ouvir histórias e realizar saudáveis discussões sobre os mais diversos assuntos. Nos lares de hoje, quase não se conversa. Há mais instruções, recomendações, reclamações e imposições do que diálogo.

A tarefa maior dos pais é mostrar aos filhos o sentido da vida, porque estão nesse mundo, nessas condições, nessa família. Isso exige disponibilidade e responsabilidade, acima de tudo.

Eugenia Maria Pinheiro RamiresEugenia Maria Pinheiro RamiresEugenia Maria Pinheiro RamiresEugenia Maria Pinheiro Ramires

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RECORDANDO JUVANIR BORGES DE SOUZA

Muitos se preocupavam com o começo dos jogos da Copa Mundial de Futebol, assistindo pela TV aos jogadores no Sul da África, naquele friorento dia dos namorados, 12 de junho de 2010. Pessoalmente, a mim me preocupava mais a próxima cirurgia de alto risco a que, em breves semanas, se submeteria a esposa querida, Neli.

Eis que, pouco depois das 13h, à porta de um mercado, onde comprava legumes, um ex-aluno (Ubiracy), hoje atuante membro do Santuário Frei Luiz, em Jacarepaguá (RJ), médico ortopedista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, diz-me que o Juvanir Borges de Souza tinha desencarnado há algumas semanas.

Fiz rápida retrospectiva no tempo.

Abril de 1984, desencarnava Deolindo Amorim. Dei-me pressa, com auxílio da esposa (não gosto da palavra viúva), Dona Delta dos Santos Amorim, da Dona Zilda Alvarenga e do Enéas Dourado, em reunir em livros algumas das abundantes colaborações do velho baiano em periódicos do Brasil e de Portugal, o que foi, a meu ver, uma forma de homenageá-lo. E assim, com o apoio sempre da Neli, entraram em cena a EME (Editora Espírita Mensagem de Esperança), a Federação Espírita do Paraná e a turma de Vila Velha (ES), ao tempo do Júlio César Grandi Ribeiro, a quem conheci na semana espírita de Macaé, em 1963, ao tempo do Dalmir (a quem não conheci ainda). Quer dizer, Casa Espírita-Cristã.

Dezembro de 1992, mando carta para o Juvanir. Responde-me ele em março do ano seguinte. Esteve retido ao leito longo tempo, após extrair uma pedra dos rins, daí o atraso postal, altamente compreensível.

Março de 1993, eu me vejo numa segunda-feira, mais ou menos 10 da manhã, no departamento editorial da FEB, reencontrando amigos, como o Lauro S. Thiago, o José Salomão, o Alberto Nogueira da Gama, o Agadyr Teixeira Torres. Conheci, então, o Zêus Wantuil e o Juvanir.

Ao então presidente da FEB, passo umas 150 laudas mal datilografadas sob o título de Análises Espíritas, com a papelada passada em cartório pela Dona Delta, permitindo a edição da obra. Advogado prudente, Juvanir diz que a FEB tentaria iguais papéis dos demais herdeiros. Para agilizar o processo, pego o pião à unha. Saio de São Cristóvão e vou a Ipanema, pois ali estava de passagem a filha Rosa, que morava em Havana, esposa do nosso diplomata à época em Cuba. E no mesmo dia, envio cartas para o mais velho, Paulo Henrique Amorim, e para a caçula, Marília, estagiando na França. Obtive seus endereços com Dona Delta.

Marília manda-me a permissão, dizendo que lá não existe burocracia de firma reconhecida, dando-me o endereço de uma prima, junto à qual teria eu a informação aqui no Rio.

Julho de 1993, veio a carta do Paulo Henrique Amorim desculpando-se da demora. Servia à Rede Globo de TV e só então, depois de viajar de um canto a outro daquele enorme país, que lhe chegara a minha carta. Dava total permissão e dizia a mesma coisa da irmã mais jovem. E me diz onde encontraria o cartório para a assinatura dele. Deu-se um lance pitoresco: o tabelião, ao ver o nome do telerrepórter, diz sério:

– É o Paulo Henrique Amorim? Então o senhor vai pagar em dólares – amarro a cara e, mais feio do que já sou, resmungo:

– Em dólares, de jeito nenhum! Quem vai pagar em cruzados (sim, era o tempo do cruzado, do José Sarney) são os meus bolsos de “sofressor”, da rede oficial, xará!

Avancemos.

Agosto de 1993, volto ao Juvanir que quer me reembolsar. Polidamente respondo-lhe:

– Pague-me lançando o livro até ontem. Ele sorri e abraça-me amável.

O livro entra na máquina, como se diz no jargão dos gráficos, não sei se o mesmo se dá agora com a tal de Internet, com a qual não me ajeito de jeito nenhum, embora saiba de sua utilidade para mim, que sou esperantista desde 1956, nos saudosos 14 anos de idade.

Outubro, faço a revisão final e, exatamente em novembro, Dona Rúbia me dá dois pacotes, cada qual com 50 exemplares, um para distribuir entre amigos e o outro para Dona Delta dar o mesmo destino. No meu caso, o 1º exemplar para Neli e os filhos Celso e Silvana, o 2º para Dona Zilda e o 3º para o Roldão Tavares de Castro, irmão do Oli de Castro (coautor com Leopoldo Machado do hino Alegria Cristã). Roldão, esse que sempre me divulgou livros na Amazônia, ao lado do Alencar.

Bienal do Livro de 1997 no Riocentro. Volto a encontrar o Juvanir. E ele me diz ter a FEB feito um negócio da China: declara que a DPL comprara 50 mil exemplares de diferentes títulos para distribuição FORA do meio espírita, o que sempre foi (e continua sendo) o meu maior anseio e a minha maior luta. Não para catequizar, mas consolar e orientar. E aí me fiz amigo do dono da Distribuidora Paulista de Livros, o José Carlos de Carvalho, que me lançou mais de 10 títulos sobre temas atuais. A Distribuidora Candeia que o diga. Como gosto de escrever...

Pelo Natal de 2002, mando-lhe um soneto “de pernas para o ar”. Explico-me melhor. Inspirando-me num soneto do político Augusto Frederico Schmidt, que li em 1959, no livro “Língua e Literatura”, do Herbert Palhano, no meu 2º ano do Colégio Leopoldo, professora: a galega Cecília Ledo, pus de início os dois tercetos e, por fim, os dois quartetos, invertendo o poema fixo criado, dizem, por Petrarca, e cultivado por Camões, Bocage, Bilac e até Vinícius de Moraes.

Juvanir estranha em carta e em carta lhe digo: Desde a Roma dos Césares, aos artistas e aos poetas tudo é permitido. Conhecedor de Latim, ele conhecia isso.

2009. Telefono para Laranjeiras, Rua Coelho Neto. Dona Yole diz que o esposo está doente. Espanto-me ao sabê-lo com 93 anos e com infecção generalizada. Outro telefonema umas semanas depois. Mesma notícia.

Agora... Até breve, irmão.

Celso MartinsCelso MartinsCelso MartinsCelso Martins Celso Martins, carioca, nascido em 1942, é escritor e jornalista espírita muito conhecido por seus escritos em jornais e revistas no Brasil e no Exterior, assim como por seus inúmeros livros.

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LIMPEZA PROFUNDA

Quando a campainha tocou, Antônia, apressada, largou os pratos e talheres que lavava e correu para atender. Abriu a porta para uma senhora de aparência simpática e discreta. Antes que pudesse fazer a primeira pergunta à visita, foi interrompida pela calorosa recepção promovida pela patroa. Abriu caminho para o afetuoso abraço entre as duas. Estranhou porque conhecia todas as amigas de Dona Sílvia, e aquela, nunca vira antes. Curiosa, deu asas a um mau hábito antigo: ouvir as conversas alheias. Sentia-se culpada, mas não interrompia a vexatória prática. Da cozinha, manteve a atenção na conversa e, sorrindo vitoriosa, exclamou: eu sabia! Da conversa, pudera ouvir a patroa reclamar que o ambiente em casa estava precisando de uma boa limpeza e indagar à visitante como deveria fazê-lo. Chocada, a pobrezinha concluiu que perdera o emprego. Decidiu então ouvir aquela conversa de perto. Tomou em suas mãos a bandeja do cafezinho que fizera, ainda há pouco, e seguiu rumo à sala. Diante da interrupção que provocara na conversa das duas, tomou coragem e perguntou:

─ Ô Dona Sílvia, a senhora não está satisfeita com o meu serviço? Na limpeza diária, eu uso todos os apetrechos e produtos que a senhora compra.

Percebendo a confusão da afobada funcionária, a patroa cuidou de acalmá-la. Apresentou a visitante, Dona Ana, médium de reconhecida capacidade e exemplar seriedade, além do notório

conhecimento dos assuntos espíritas. Explicou, ainda, que a amiga fizera aquela visita a pedido dela para verificar a situação vibratória da casa, em função da recente crise familiar. Diante do olhar que misturava constrangimento, curiosidade e confusão, Dona Ana pediu licença e aprofundou a explicação.

─ Quando em visita à casa de alguém, mesmo a pessoa mais

polida acaba reparando na higiene do local. Por mais educados que sejamos, pisos sujos, tapetes ruços, paredes riscadas ou descascadas, poltronas com estofado manchado ou rasgado incomodam. Mas, há locais que, apesar das limitadas possibilidades materiais dos moradores, impressionam pela acolhida agradável em função do ambiente que conforta e alegra a todos que os visitam. Há, por outro lado, lugares impecavelmente limpos, nos quais a atmosfera angustia sem nenhuma razão aparente. Meditando a respeito, entenderemos que ainda que nossos olhos não sejam capazes de enxergar, há no ambiente registros do padrão vibratório usual dos frequentadores encarnados. Se a média dos pensamentos usuais no lugar for de baixo teor, os desencarnados afins reconhecerão o ambiente como familiar e propício ao desfrute pretendido. Assim, são recebidos hóspedes indesejados, os quais não abandonam o novo lar antes que os hábitos do proprietário mudem, e assim se encerrem as perspectivas de usar e fruir dessa sintonia. Não há, nas prateleiras dos supermercados, produtos adequados para esse tipo de limpeza, e não se engane, essa sujeira tem odor insuportável e inunda o ambiente visível aos médiuns e desencarnados, capazes de perceber os vestígios fluídicos que ali se acumulam. Para essa limpeza, o produto mais eficiente é o esforço pela reforma íntima. Vigiar constantemente os pensamentos e lutar permanentemente para, se visitado pelas tendências que deseja superar, perseverar e adotar uma nova postura. Esse é o segredo para fazer limpezas mais profundas em sua casa. Espero ter ajudado, Antônia!

- Ô Dona Ana, muito obrigada. E eu que achei que sabia tudo de limpeza, hein! Vivendo e aprendendo.

Regina Celia

DIVALDO FRANCO NO RIO

PROGRAMAÇÃO

• 26/08/2010 – quinta-feira - 20h - Grupo Espírita André Luiz - Rua Jiquibá, 139, Maracanã

• 27/08/2010 – sexta-feira - 20h - UERJ - Concha acústica - Rua São Francisco Xavier, 524

• 28/08/2010 – sábado - 18h - Congregação Espírita Francisco de Paula - Rua Conselheiro Zenha, 31 - Tijuca

• 29/08/2010 – domingo - 09h às 17h - XX Feirão Pró-Mansão do Caminho - Colégio Militar - Rua São Francisco Xavier, 267

• 30/08/2010 – segunda-feira - 20h - Sociedade Hebraica - Rua das Laranjeiras, 346

• 01/09/2010 – quarta-feira - 14h às 18h - Casa de Espanha - Rua Vitório da Costa, 254 – Humaitá

O CONHECIMENTO DE SI MESMO

No dia 25 de julho do corrente, tivermos a grata satisfação de participar da palestra proferida pelo Doutor Javier Salvador Gamarra, sob o título “O Conhecimento de si mesmo”. O ilustre homeopata, habitual palestrante em nossa casa e no meio espírita, discorreu sobre o tema com peculiar sensibilidade e apurada percepção, pautando a sua abordagem em dois questionamentos: “Quem sou? Para onde vou? Propôs reflexões como forma de distinguir três objetivos: aceitar os problemas; exercer a evangelização da mente; sair da sombra.

Dr. Gamarra ilustrou sua exposição com pertinentes citações de fontes bibliográficas, como “O Céu e o Inferno” (Allan Kardec), “Primícias do Reino” (Amélia Rodrigues), “Jesus e vida” (Joanna de Ângelis), culminando com a séria advertência da médium Yvonne Pereira: “A ambição e o egoísmo torturam a alma; a vaidade envilece o coração”.

Revelou-nos o expositor que, desde os sete anos de idade, sempre preocupou-se com as seguintes indagações acerca do Evangelho: “Quem são os pobres de espírito? Como identificá-los?” Enumerou as condutas recomendadas para a resistência ao mal e perseverança no bem.

Dentre as sábias citações, Dr. Gamarra salientou a importância de “construir a paz interior e exterior”, nesta ordem, ressaltando ainda que “estamos na vida para servir” e que “Deus age através de cada um de nós”.

Acerca do sofrimento, afirmou que o mesmo é um bem que serve para libertar a alma, considerando que doença indica uma fragilidade emocional perispirítica. Mencionando que podemos estabelecer o nosso equilíbrio, ressaltou a grande eficácia da prece para a referida libertação, pois a felicidade pessoal é fundamental.

Por fim, Dr. Gamarra enfatizou que a renovação íntima é de ordem consciencial, cabendo a cada um o esforço para superar a si mesmo, recomendando a leitura do capítulo “Pertencer-se” do livro de Joanna de Ângelis.

Sem a menor sombra de dúvida, o evento nos proporcionou uma imersão ao âmago de nosso ser, despertando em cada um o desejo de pertencer-se, de estar consciente de nossa identidade. Obrigada, Dr. Gamarra, nosso Sócrates do século XXI, lembrando a questão 919 de O Livro dos Espíritos.

RRRRita Ponteita Ponteita Ponteita Pontes

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Considerando que, segundo informações, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, na pesquisa destinada ao Censo demográfico nacional caracterizou os espíritas como kardecistas;

Considerando que esta Federação Espírita Brasileira - FEB, não foi consultada por aquele órgão sobre o assunto;

Considerando que a esta altura, não há tempo hábil de tentar mudar a programação estabelecida pelo IBGE;

Considerando ainda que a pesquisa nacional já se encontra em curso;

Recomendamos a todos os espíritas que, ao serem consultados pelos pesquisadores do IBGE e visando a inclusão de todos na contagem que se realiza, declarem-se kardecistas, uma vez que no formulário do Censo não foi registrada a palavra “espírita”.

Brasília, 2 de agosto de 2010.

Federação Espírita Brasileira

Nestor João Masotti

Presidente

ção. Apenas a observação? Revolta, ironia, angústia, medo, impotência... Na condição de aprendiz, não sabia aquilatar se aquela verdade imposta era a real possibilidade (ou, no caso, a impossibilidade) daquele homem. Queria correr, chamar ajuda, chamar sua mãe para ajudá-lo, sua família, alguém que fosse, mas ninguém estava lá por ele. Eu não estava lá por ele.

De repente, a linha do aparelho se tornou tão reta qual o horizonte vislumbrado por Colombo, na sua chegada às Américas. Todavia a situação era oposta. O horizonte de Colombo era o de novas possibilidades frente a uma incerteza quase infantil. O daquele homem era o de uma certeza frente a impossibilidades infantis. Talvez aquela linha pudesse voltar a oscilar; quem garante? Ninguém estava lá por ele. A linha de Colombo marcou um início. O horizonte daquele homem marcou seu fim. Aquele que desejava nunca ter conhecido, conheci-o por ocasião do seu fim. Uma outra oportunidade? Sempre há. Uma nova possibilidade? Sem dúvida. Sempre é tempo de aprender e mudar.

Diante do conhecimento da realidade da imortalidade da alma, a Doutrina Espírita torna-se aliada da Medicina tradicional, quando enxerga o homem na sua constituição integral, tomando de todos os meios para trabalhar a favor da vida que pulsa nos dois planos: físico e espiritual. Lembrando o amado orientador Geraldo Guimarães: “A vida é um hino de esperança”.

RRRRafael Laucas Pereiraafael Laucas Pereiraafael Laucas Pereiraafael Laucas Pereira

O HORIZONTE Aquele não seria apenas mais um dia na vida daquele

homem. Aquele seria o dia de que se lembraria, não ele, mas todos que com ele se relacionaram até então. Nem sei se todos, mas eu me lembro muito bem, até agora. Ignorava a razão da sua estada lá. Não sabia quando havia chegado, por quanto tempo esteve ou quando sairia. Apenas o vi e esbarrei com ele na correria de resolver algo, que é sempre urgente. Tudo a ser resolvido é tão urgente que, na vida, acaba-se vivendo em função de uma urgência que não tem fim. A adrenalina não cessa. Seria bom se houvesse um limite fisiológico, uma cota pessoal que se esgotasse no organismo, um freio físico a uma ânsia que não tem fim.

Na correria, deixei de perceber, mais aguçadamente, alguma característica que o distinguisse de tantos com que cruzo no dia-a-dia. Deixei de humanizá-lo dentro de mim, criando um arquivo mental, mesmo que sem relação afetiva, apenas tornando-o real para mim. Ele não existiria. E por mais paradoxal que possa parecer, na sua inexistência, me sentiria mais feliz.

O local, repleto de outros que, como ele, buscavam uma resposta para aquilo que não compreendiam, que nada poderiam fazer para resolver o que lhes afligia, que estavam alheios de si mesmos, frente a pessoas nas quais confiavam seus bens mais preciosos, transbordava de súplicas, lágrimas e lamentações. Gritos mudos, choros secos e, acima de tudo, a esperança e a descrença, caminhando lado a lado. A academia da vida ministrando aulas nun-ca presenciadas pelos mais qualificados nas academias científicas. A vivência transcende a teoria. Isso era bem claro naqueles momentos que precediam o desfecho de mais uma possibilidade de se mudar os caminhos tortuosos, mas nunca injustos, de uma vida.

Sua existência começou para mim com um simples pedido: "Me dá uns biscoitos? Estou com fome!" A esse pedido simples e despretensioso, parei, desconhecedor de que não era das suas possibilidades naquele momento. Informado de que nenhum mal faria a ele uns biscoitos, dei-os. Entretanto, seu corpo contorceu-se, de súbito, e seu rosto transfigurou-se, assumindo uma lividez assustadora. Naquele momento, não sabia o que fazer. Não estava preparado para lidar com aquela situação. Não me haviam ensinado. E agora? No desespero paralisador que me abateu, fui empurrado por alguns que gritavam e, urgentemente, acorriam em busca daquele, cujo rosto nunca mais se corou. Ele havia parado. "Parou". E agora? Adrenalina, atropina, 1, 2, 3, respira, 1, 2, 3, respira, adrenalina, atropina, 1, 2, 3, respira... – aquele ritmar me confundia, queria ajudar, mas o terror que me dominou, mantinha-me paralisado. Os livros, as aulas não me haviam preparado para aquilo. Não houve uma preparação para lidar com a tênue linha que divisa vida e morte.

"Voltou!" Por um instante, parei e pensei que tudo estava resolvido, mas, novamente, aquilo que nunca mais queria ouvir foi novamente dito, e estremeci: "Parou!" Mais uma vez, ritmados, todos sobre o homem, que, para nós, deixara de ser um desconhecido para se tornar uma pessoa com a qual vivíamos intimamente aqueles instantes, permanecia pálido e estático. Tantos foram os ciclos, na tentativa de restaurar aquela vida, que revezávamo-nos na tarefa de repetir os passos ritmados sobre ele. No final, a linha do marcador elétrico cardíaco apontava a esperança: uma sucessão de movimentos oscilatórios e regulares de subida e descida, que caminhavam progressivamente sobre o mostrador digital. Ele havia voltado e ficado.

Embora o súbito alívio, a alegria com as mãos ainda trêmulas, a respiração ofegante foi interrompida por um tiro surdo e inclemente sobre a esperança que ganhava vida. Fomos instruídos sobre a conduta frente à nova parada, que se configurava ainda incerta: aquela, se houvesse, seria a derradeira. Nada mais deveria ser feito, ou melhor, naquele contexto, não havia meios mais eficazes de se intervir, em virtude da ausência de equipamentos mais invasivos que o caso requeria, além da simples desconsideração por “mais uma vida”, que não merecia mais esforços. Apenas a observa-

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SINGELA HOMENAGEM DIVALDO PEREIRA FRAN CO,

ESTE APÓSTOLO DE JESUS,

TRAZ AO RIO DE JANEIRO

UMA CENTELHA DE LUZ

TODOS BEBEMOS NO CÁLICE

DA SUA SABEDORIA

INSPIRADA POR JOANNA

QUIÇÁ COM A VIRGEM MARIA,

QUE CERTAMENTE SE UNEM

PRA IRRADIAR ENERGIA

QUANDO O “FEIRÃO” VAI CHEGANDO,

HÁ GRANDE MOBILIZAÇÃO,

ENVIDANDO TODO O ESFORÇO

DA NOSSA GENTE EM AÇÃO,

TODOS LABORAM COM AMOR

COM CARINHO E DEVOÇÃO

O “FEIRÃO” É UMA DÁD IVA

E GRANDE OPORTUNIDADE

ONDE JESUS PROPICIA

A CHANCE DA CARIDADE;

TODO MUNDO SE EMPENHA

SEM MOSTRAR VAIDADE

DE PORTO ALEGRE AO NORDESTE,

BAHIA E MINAS GERAIS,

SÃO PAULO E ATÉ CURITIBA,

NITERÓI E OS DEMAIS,

TODOS TRAZEM SUA AJUDA,

CADA QUAL FATURA MAIS

ESTAMOS CERTOS, DIVALDO,

DA SUA GRANDE MISSÃO

LÁ NA MANSÃO DO CAMINHO

E CAMINHO DA REDENÇÃO,

NO CAMINHO DA ESPERANÇA

MORA O NOSSO CORAÇÃO.

Rita PontesRita PontesRita PontesRita Pontes

EXPEDIENTE

Direção do Jornal: Rafael Rodrigues

Secretária: Regina Celia Campos

Revisora: Giannina Laucas

Colaboradores:

Ana Guimarães “Geraldo Guimarães”

Vanessa Pereira Flávia Vieira

Rita Pontes Marcia Alves

DIREÇÃO DA INSTITUIÇÃO

Presidente: Ana Guimarães

Vice-presidente: Jurandyr Paulo

Secretaria: André Laucas e Vanessa Pereira

Tesoureiras: Cristiane Drummond e Claudia Passarelli

PROGRAMAÇÃO DA CASA

2ª Feira (20:00 às 21:00)

PALESTRAS DOUTRINÁRIAS: LIVRO DOS ESPÍRITOS

02/08 – Giannina Laucas Questões 379 a 385

09/08 – Ana Guimarães LIVRE

16/08 – Jair Cesario Questões 386 a 391

23/08 – Claudia Passarelli Questões 392 a 394

30/08 – Vanessa Pereira Questões 395 a 399

3ª Feira (14:50 às 15:25)

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

03/08 – Josué Bezerra Cap. VI, item 3 e 4

10/08 – Marcia Alves Cap. VI, item 5

17/08 – Maria José Silva Cap. VI, item 6

24/08 – Rafael Rodrigues Cap. VI, item 7

31/08 – Robertson Barros Cap. VI, item 8

5ª Feira (19:30 às 21:00)

ESTUDO DO LIVRO

“ATUALIDADE DO PENSAMENTO ESPÍRITA”

05/08 – Vanessa Bianca

12/08 – Helena Alves

19/08 – Rosemary Laucas

26/08 – Claudia Passarelli

Sábado ( 8:30 às 15:00)

ESCOLA DE ESTUDOS ESPÍRITAS ESPERANÇA

PROJETOS INFANTO-JUVENIS

ABUABUABUABU----DHABI DA ESPERANÇADHABI DA ESPERANÇADHABI DA ESPERANÇADHABI DA ESPERANÇA

É com muita alegria que

retornamos de férias à terra amada, após 01 ano residindo em Abu-Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

Programamos nossas férias para participar ativamente desse grandioso momento, que é a semana do tio Divaldo no Rio, pois ele deixou saudades depois que passou por lá, como sempre, divulgando a nossa doutrina espírita, com toda dedicação.

Trabalharemos no Feirão, expondo produtos na barraca ESPÍRITAS EM ABU-DHABI, porque hoje somos uma extensão do querido Caminho da Esperança na Arábia.

Laís e Milla Laucas Laís e Milla Laucas Laís e Milla Laucas Laís e Milla Laucas PauloPauloPauloPaulo

GRUPO ESPÍRITA CAMINHO DA ESPERANÇA

Rua Aristides Lobo, 51 – Rio Comprido Rio de Janeiro/RJ CEP.: 20.250-450 Tel.: (21) 2504-8512

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