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PAINEL DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA MARÇO 2017 SEMANA 4

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BOLETIM DE CONJUNTURA MACROECONÔMICANovembro | 2016

PAINEL DE CONJUNTURAMACROECONÔMICA

MARÇO2017SEMANA 4

BOLETIM DE CONJUNTURA MACROECONÔMICANovembro | 2016

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Atento ao quadro de instabilidade econômica e com o intuito de auxiliar nas tomadas de decisões do mercado, o ISAE reuniu profissionais das áreas financeira e econômica e criou o Comitê Macroeconômico, com o objetivo de agregar valor à sociedade por meio de pesquisas, análises e interpretações de dados macroeconômicos.

O Comitê Macroeconômico é coordenado por Rodrigo Casagrande, professor do Mestrado em Governança e Sustentabilidade do ISAE, e Fabio Alves da Silva, executivo de finanças da Renault. É composto por profissionais que possuem competências complementares, provenientes de diferentes instituições, como ISAE, Banco Central do Brasil, Renault e SEBRAE.

O comitê também conta com a participação de alunos do CFO Strategic, programa do ISAE em parceria com o IBEF (lnstituto Brasileiro de Executivos de Finanças), que capacita o profissional de finanças com foco nas pessoas que impulsionam as ações e potencializam os resultados, além de alunos do Programa de Mestrado em Governança e Sustentabilidade do ISAE.

Equipe TécnicaAndré AlvesAdriano BazzoChristian BundtLuciano De ZottiJefferson Marcondes

Coordenação TécnicaFabio Alves da Silva

Coordenação GeralRodrigo Casagrande

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Atividade Econômica:

• Confiança da indústria: na zona positiva pelo terceiro mês consecutivo.• Investimento da indústria: tendência de alta.• PIB e produção industrial 2017: projeções estáveis.

Preço e Juros:

• Inflação: próxima ao limite inferior da meta.• SELIC: agora sim, cortes agressivos.

Balança comercial e Câmbio:

• Balança Comercial: resultado parcial em 19/03 superavitário em US$ 3,85 bi.• Cambio: a moeda americana encerrou a última semana com queda na taxa do dólar registrando PTAX de R$/US$ 3,1075.

Mercado de Trabalho

• Pelo segundo mês, o saldo de empregos no Paraná tem saldo positivo.

Setor Público

• A carne é fraca: operação eficaz ou midiática?

Escola de Negócios

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Atividade econômicaConfiança da indústria: na zona positiva pelo terceiro mês consecutivo.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Confederação Nacional da Indústria (CNI) alcançou 54,0 pontos em março de 2017. Este é o maior nível desde janeiro de 2014. O índice se encontra 4,0 pontos acima da linha que divide os campos positivo e negativo. A marca atual é 16,6 pontos maior que a registrada no mesmo mês de 2016. Veja o gráfico a seguir que mostra o índice no campo positivo desde janeiro de 2017.

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AGENDA DA SEMANA

Dia Indicador / Evento

20/03 Boletim Focus (BCB)22/03 IPCA-15 (IBGE)22/03 Fluxo Cambial (BCB)24/03 Nota do Setor Externo (BCB)

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A confiança da indústria voltou a mostrar crescimento. Vale ressaltar que, pela primeira vez desde outubro do último ano, todos os portes e segmentos industriais registraram otimismo.

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Investimento da indústria: tendência de alta.

O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria, da Fundação Getulio Vargas (FGV), atingiu 100,00 pontos no primeiro trimestre de 2017, subindo 6,9 pontos em relação ao trimestre anterior. Este é o maior nível desde o primeiro trimestre de 2015 (100,8). Neste trimestre, após quatro altas consecutivas, o índice alcança a zona de neutralidade entre pessimismo e otimismo.

PIB e produção industrial 2017: projeções estáveis.

A opinião dos experts de mercado continua se mantendo estável para o PIB, conforme o Relatório Focus do Banco Central do Brasil (BCB), que, em 17/03/2017, apontou crescimento de 0,48% em 2017, em relação a 2016, mantendo a mesma previsão há seis semanas. Para 2018, os especialistas pesquisados pelo BCB apontam crescimento de 2,50% no PIB brasileiro sobre 2017, previsão esta que vem sendo elevada desde o final de janeiro, quando marcava 2,10%. Quanto ao comportamento da produção industrial a projeção se mantém, marcando 1,22% para 2017 e 2,15% em 2018 (ambas em relação ao ano anterior).

Preço e JurosInflação: próxima ao limite inferior da meta.

A expectativa do IPCA para o acumulado nos próximos 12 meses teve um leve aumento de 4,54% para 4,56% segundo o boletim Focus do BCB. Para 2017 espera-se que o IPCA estimado pela Mediana de Mercado atinja 4,15%. Para 2018 segue firme em 4,50% pela 34ª semana consecutiva. O índice fechou fevereiro em 4,76%, segundo o divulgado pelo IBGE na sexta-feira (10/03), ante o 6,29% apurado em 2016. A média das Top 5, as cinco instituições entre as participantes da pesquisa de expectativas de mercado que mais acertam no curto prazo, estimam o IPCA em 3,95% para 2017 e 4,42% para 2018. O gráfico a seguir mostra a trajetória do IPCA desde junho de 2012.

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SELIC: agora sim, cortes agressivos.

A SELIC de 12,25% deverá perder 1 ponto percentual na reunião do COPOM em abril. Muitos analistas apostam em dois cortes consecutivos de 1 ponto percentual para a taxa básica atingir 9% até outubro deste ano. Também segundo o relatório FOCUS, as expectativas para 2018 recuaram para 8,5%. A inflação continua em queda e dependendo do resultado de março, que sairá antes da próxima reunião do COPOM, pode provocar um corte de até 1,25 p.p. segundo alguns analistas. Fica a expectativa quanto ao andamento das reformas enviadas ao Congresso, já que algumas votações vão ocorrer neste período.

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Balança Comercial – Resultado parcial:

Somados os 19 dias do mês de março de 2017, o resultado parcial da balança comercial apresentado foi superavitário em US$ 3,85 bilhões. As exportações apresentaram um crescimento de 22% em relação a março/2016, atingindo o volume de US$ 11,52 bilhões. A razão foi o aumento nas vendas de produtos das três categorias. Os básicos subiram 34,4%, manufaturados 11% e os semimanufaturados aumentaram 9,2%. As importações atingiram o volume financeiro de US$ 7,7 bilhões, 12,3% acima da média do mesmo período do ano anterior. Houve uma forte elevação nas compras, principalmente com bebidas alcoólicas em 112,6%, seguida de equipamentos eletrônicos com 36,5% de aumento e por fim combustíveis e lubrificantes em 31,5%. No ano, o saldo também é positivo. Com exportações somando US$ 41,9 bilhões e importações em US$ 30,77 bilhões, o resultado da balança comercial é superavitário em US$ 11,1 bilhões. As previsões do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços – MDIC tem a previsão de superávit na ordem de US$ 47 bilhões. Já os bancos em US$ 48 bilhões e o Banco Central em US$44 bilhões. A operação da Polícia Federal “Carne Fraca” deve influenciar os resultados da balança comercial nos próximos meses, podendo reduzir o superávit previsto.

Câmbio

A moeda americana encerrou a última semana com queda, registrando uma PTAX de R$/US$ 3,1075. A cautela dos investidores, por conta das diversas informações contraditórias, trouxe sinais confusos ao mercado. A moeda oscilou entre R$/US$ 3,1150 e R$/US$ 3,10. O ajuste do rating do Brasil pela Moody´s, o leilão dos aeroportos e a venda de swap reverso para venda de dólar futuro, trouxeram expectativas de um melhor fluxo de entrada, baixando a cotação da moeda. Por outro lado, a definição da elevação gradual dos juros americanos, a “Lista de Janot” na Lava Jato, o novo escândalo exposto pela operação “Carne Fraca” e a falta de votação das reformas, levaram a cotação para um movimento de compra elevando a cotação.

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Mercado de TrabalhoPelo segundo mês o saldo de empregos no Paraná tem saldo positivo.

De acordo com dados informados pelo CAGED, o mês de fevereiro de 2017 terminou com saldo positivo na geração de empregos no Paraná. Foram 9.962 empregos formais, que elevaram o estado para a 4ª colocação no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo (25 mil), Santa Catarina (15 mil) e Rio Grande do Sul (11 mil). Trata-se do segundo mês seguido com saldo positivo, o que sinaliza que a atividade econômica no estado está apresentando recuperação, sobretudo quando comparado ao resultado ruim de 2016, quando o estado contabilizou saldo negativo de (30.457) de empregos em dezembro, conforme gráfico a seguir.

Com relação aos setores de atividade, a comparação com o mesmo período do ano anterior mostra que o saldo positivo de fevereiro se deve ao setor de serviços, que terminou o mês com 5.532 vagas contra 908 vagas em 2016 (com destaque para ensino, serviços de alojamento e comércio e administração de imóveis), seguido pelo setor da Indústria de transformação com 2.090 vagas e pelo setor de construção civil com 1.159 vagas.

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Setor PúblicoA carne é fraca: operação eficaz ou midiática?

O dia 17 de março de 2017 marcou três anos da prisão de Alberto Youseef, estopim da operação Lava Jato. Em 17 de abril de 2014, o Brasil começava a mudar o rumo da sua história.

Ao que tudo indica, não por coincidência, no dia 17 de março de 2017 a Polícia Federal trouxe à tona a operação Carne Fraca, que aponta irregularidades em frigoríficos, que vão desde a compra de etiquetas de conformidade junto a órgãos de fiscalização até a produção de alimentos com carne estragada.O Brasil é o maior exportador mundial de carnes bovina e de frango e isso não acontece sem comprovada qualidade dos milhares de produtores rurais, eficiência da indústria, controle sanitário e ótimos produtos.

Como reflexo dessa operação, já houve manifestação do mercado europeu, que exige que todas as empresas envolvidas no escândalo da fraude da carne tenham seus produtos impedidos de entrar no mercado europeu e pede que membros do bloco adotem "uma vigilância extra" ao tratar de qualquer produto brasileiro no setor de carnes.

Ainda mais rigorosas, a China e a Coreia do Sul já informaram oficialmente ao Ministério da Agricultura a suspensão de importação de carnes brasileiras. No caso da China, os embarques programados para lá foram suspensos por uma semana. Já a Coreia do Sul bloqueou apenas os embarques da BRF especificamente.

Fica a expectativa e a torcida de que seja possível separar o joio do trigo, pois o Paraná tem, especialmente no setor de cooperativas, empresas sérias e com elevado controle de qualidade. Seria este um momento de valorização e crescimento de frigoríficos regionais de pequeno e médio porte?

A sequência de saldo positivos de emprego do Paraná aponta que a retomada do mercado de trabalho está se estruturando e tende a ser mais rápida no estado do que na maioria das regiões do país. Apenas os estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul tiveram melhor desempenho.