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Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde Volume 48 N° 25 - 2017 ISSN 2358-9450 Situação Epidemiológica da Influenza no Brasil, até a Semana Epidemiológica 32 de 2017 Introdução A vigilância da influenza no Brasil é composta pela vigilância sentinela de síndrome gripal (SG), de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI), e pela vigilância universal de SRAG. A vigilância sentinela conta com uma rede de unidades distribuídas em todas as regiões geográficas do país e tem como objetivo principal identificar os vírus respiratórios circulantes, além de permitir o monitoramento da demanda de atendimento por essa doença. A vigilância universal de SRAG monitora os casos hospitalizados e óbitos, com o objetivo de identificar o comportamento da influenza no país, para orientação na tomada de decisão em situações que requeiram novos posicionamentos do Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais. Este Boletim Epidemiológico tem a finalidade de apresentar a situação epidemiológica da influenza, bem como as ações de prevenção e controle desenvolvidas durante a sazonalidade de 2017. Também foram inseridos no boletim dados da campanha de vacinação de 2017, sendo a vacinação contra a gripe uma das estratégias mais relevantes para a redução de casos graves e óbitos por influenza. Os dados utilizados foram coletados por meio de formulários padronizados e inseridos nos sistemas de informação on-line SIVEP-Gripe e SINAN Influenza Web, referentes ao período que compreende as semanas epidemiológicas (SEs) 01 a 32 de 2017, ou seja, casos com início de sintomas de 01/01/2017 a 12/08/2017. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas, como frequência absoluta e percentual, detalhados segundo variáveis selecionadas, por região geográfica de residência e Unidade da Federação (UF). Situação Epidemiológica A positividade para influenza, outros vírus respiratórios e outros agentes etiológicos, entre as amostras processadas em unidades sentinelas, foi de 31,4% (3.430/10.908) para SG e de 31,4% (468/1.490) para SRAG em UTI. Foram confirmados para influenza 16,1% (1.995/12.388) do total de amostras com classificação final de casos de SRAG notificados na vigilância universal, com predomínio do vírus Influenza A(H3N2). Entre as notificações dos óbitos por SRAG, 16,6% (341/2.056) foram confirmados para influenza, com predomínio do vírus Influenza A(H3N2). Vigilância Sentinela de Influenza As informações sobre a vigilância sentinela de influenza apresentadas baseiam-se nos dados inseridos no Sivep-Gripe pelas unidades sentinelas distribuídas em todas as regiões do país. A vigilância sentinela continua em fase de ampliação e nos próximos boletins serão incorporados, de forma gradativa, os dados das novas unidades sentinelas. Síndrome Gripal Até a SE 32 de 2017, as unidades sentinelas de SG coletaram 13.271 amostras – é preconizada a coleta de cinco amostras semanais por unidade sentinela. Destas, 10.908 (82,2%) foram processadas e 31,4% (3.430/10.908) tiveram resultados positivos para vírus respiratórios, dos quais 2.069 (60,3%) foram positivos para influenza e 1.364 (39,8%) para outros vírus respiratórios (VSR, parainfluenza e adenovírus). Entre as amostras positivas para influenza, 15 (0,7%) foram decorrentes de influenza A(H1N1)pdm09, 464 (22,4%) de influenza B, 50 (2,4%) de influenza A não subtipado e 1.537 (74,3%) de influenza A(H3N2). Entre os outros vírus respiratórios, houve predomínio da circulação de VSR (877; 64,3%) (Figura 1). A região Sudeste apresenta a maior quantidade de amostras positivas, com destaque para a circulação de influenza A(H3N2). Nas regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste, destaca-se a circulação do vírus influenza A(H3N2). Na região Norte, predomina a circulação de VSR (Anexo 1 – B). Quanto à distribuição dos vírus por faixa etária, entre os indivíduos a partir de 10 anos predomina

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BoletimEpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde

Volume 48N° 25 - 2017

ISSN 2358-9450

Situação Epidemiológica da Influenza no Brasil, até a Semana Epidemiológica 32 de 2017

IntroduçãoA vigilância da influenza no Brasil é composta

pela vigilância sentinela de síndrome gripal (SG), de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI), e pela vigilância universal de SRAG.

A vigilância sentinela conta com uma rede de unidades distribuídas em todas as regiões geográficas do país e tem como objetivo principal identificar os vírus respiratórios circulantes, além de permitir o monitoramento da demanda de atendimento por essa doença. A vigilância universal de SRAG monitora os casos hospitalizados e óbitos, com o objetivo de identificar o comportamento da influenza no país, para orientação na tomada de decisão em situações que requeiram novos posicionamentos do Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais.

Este Boletim Epidemiológico tem a finalidade de apresentar a situação epidemiológica da influenza, bem como as ações de prevenção e controle desenvolvidas durante a sazonalidade de 2017. Também foram inseridos no boletim dados da campanha de vacinação de 2017, sendo a vacinação contra a gripe uma das estratégias mais relevantes para a redução de casos graves e óbitos por influenza.

Os dados utilizados foram coletados por meio de formulários padronizados e inseridos nos sistemas de informação on-line SIVEP-Gripe e SINAN Influenza Web, referentes ao período que compreende as semanas epidemiológicas (SEs) 01 a 32 de 2017, ou seja, casos com início de sintomas de 01/01/2017 a 12/08/2017. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas, como frequência absoluta e percentual, detalhados segundo variáveis selecionadas, por região geográfica de residência e Unidade da Federação (UF).

Situação EpidemiológicaA positividade para influenza, outros vírus

respiratórios e outros agentes etiológicos, entre

as amostras processadas em unidades sentinelas, foi de 31,4% (3.430/10.908) para SG e de 31,4% (468/1.490) para SRAG em UTI.

Foram confirmados para influenza 16,1% (1.995/12.388) do total de amostras com classificação final de casos de SRAG notificados na vigilância universal, com predomínio do vírus Influenza A(H3N2). Entre as notificações dos óbitos por SRAG, 16,6% (341/2.056) foram confirmados para influenza, com predomínio do vírus Influenza A(H3N2).

Vigilância Sentinela de InfluenzaAs informações sobre a vigilância sentinela

de influenza apresentadas baseiam-se nos dados inseridos no Sivep-Gripe pelas unidades sentinelas distribuídas em todas as regiões do país. A vigilância sentinela continua em fase de ampliação e nos próximos boletins serão incorporados, de forma gradativa, os dados das novas unidades sentinelas.

Síndrome GripalAté a SE 32 de 2017, as unidades sentinelas de

SG coletaram 13.271 amostras – é preconizada a coleta de cinco amostras semanais por unidade sentinela. Destas, 10.908 (82,2%) foram processadas e 31,4% (3.430/10.908) tiveram resultados positivos para vírus respiratórios, dos quais 2.069 (60,3%) foram positivos para influenza e 1.364 (39,8%) para outros vírus respiratórios (VSR, parainfluenza e adenovírus). Entre as amostras positivas para influenza, 15 (0,7%) foram decorrentes de influenza A(H1N1)pdm09, 464 (22,4%) de influenza B, 50 (2,4%) de influenza A não subtipado e 1.537 (74,3%) de influenza A(H3N2). Entre os outros vírus respiratórios, houve predomínio da circulação de VSR (877; 64,3%) (Figura 1).

A região Sudeste apresenta a maior quantidade de amostras positivas, com destaque para a circulação de influenza A(H3N2). Nas regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste, destaca-se a circulação do vírus influenza A(H3N2). Na região Norte, predomina a circulação de VSR (Anexo 1 – B).

Quanto à distribuição dos vírus por faixa etária, entre os indivíduos a partir de 10 anos predomina

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2 | Volume 48 − 2017 |

© 1969. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. Comitê EditorialAdeilson Loureiro Cavalcante, Sônia Maria Feitosa Brito, Adele Schwartz Benzaken, Daniela Buosi Rohlfs, Elisete Duarte, Geraldo da Silva Ferreira, João Paulo Toledo, Márcia Beatriz Dieckmann Turcato, Maria de Fátima Marinho de Souza, Maria Terezinha Villela de Almeida.

Equipe Editorial Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços/SVS/MS: Carla Magda Allan Santos Domingues e Sérgio de Andrade Nishioka (Editores Científicos), Alessandra Viana Cardoso e Lúcia Rolim Santana de Freitas (Editoras Assistentes).

ColaboradoresCoordenação Geral de Doenças Transmissíveis/CGDT/DEVIT/SVS: Daiana Araujo da Silva, Fabiano Marques Rosa, Felipe Cotrim de Carvalho, Francisco José de Paula Júnior, Rejane Valente Lima, Swamy Lima Palmeira, Walquiria Aparecida Ferreira de Almeida.Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações/CGPNI/ DEVIT/SVS: Alexsandra Freire da Silva, Erik Vaz da Silva Leocadio, Rui Moreira Braz, Sirlene de Fátima Pereira.Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública/CGLAB/DEVIT/SVS: Miriam Teresinha Furlam Prando.

NormalizaçãoAna Flávia Lucas de Faria Kama (CGDEP/SVS)

Projeto gráfico e distribuição eletrônicaNúcleo de Comunicação/SVS

DiagramaçãoThaisa Abreu Oliveira (CGDEP/SVS)

Revisão de textoMaria Irene Lima Mariano (CGDEP/SVS)

a circulação dos vírus influenza A(H3N2) e influenza B. Entre os indivíduos menores de 10 anos, ocorre maior circulação de VSR e influenza A(H3N2).

Síndrome Respiratória Aguda Grave em UTIEm relação às amostras coletadas pelas unidades

sentinelas de SRAG em UTI, foram feitas 1.746 coletas, sendo 1.409 (85,3%) processadas. Entre estas, 468 (31,4%) tiveram resultado positivo para

vírus respiratórios (influenza, VSR, parainfluenza e adenovírus), das quais 144 (30,8%) para influenza e 324 (69,2%) para outros vírus respiratórios (VSR, parainfluenza e adenovírus). Das amostras positivas para influenza, foram detectados 1 (0,7%) para influenza A(H1N1)pdm09, 12 (8,3%) para influenza A não subtipado, 23 (16,0%) para influenza B e 108 (75,0%) para influenza A(H3N2). Entre os outros vírus, evidencia-se o predomínio de VSR (272; 84,0%) (Figura 2).

No

de v

írus

iden

tific

ados

200

160

120

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0

100%

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Semana epidemiológica

Brasil

Influenza A (H1N1)pdm09

Parainfluenza

Influenza A (H3N2)

Adenovírus

Influenza B

Positividade para vírus respiratórios

Influenza A(Não subtipado)

VSR

Fonte: SIVEP – Gripe. Dados atualizados em 13/8/2017, sujeitos a alteração.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

N= 3.430

Figura 1 – Distribuição dos vírus respiratórios identificados nas unidades sentinelas de síndrome gripal (SG), por semana epidemiológica de início dos sintomas, Brasil, 2017, até a SE 32

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| Volume 48 − 2017 | 3

Vigilância Universal da Síndrome Respiratória Aguda Grave

Perfil Epidemiológico dos CasosAté a SE 32 de 2017, foram notificados 16.019

casos de SRAG, sendo 12.388 (77,3%) com amostra processada. Destas, 16,1% (1.995/12.388) foram confirmadas como SRAG por influenza e 23,0% (2.848/12.388) como outros vírus respiratórios. Entre os casos de influenza, 40 (2,0%) eram influenza A(H1N1)pdm09, 158 (7,9%) influenza A não subtipado, 361 (18,1%) influenza B e 1.436 (72,0%) influenza A(H3N2), conforme a Figura 3 e o Anexo 2.

Os casos de SRAG por influenza apresentaram uma mediana de idade de 45 anos, variando de 0 a 107 anos. Em relação à distribuição geográfica (Anexos 2 a 4), a região Sudeste registrou o maior número de casos de SRAG por influenza: 42,9% (856/1.995).

Perfil Epidemiológico dos ÓbitosAté a SE 32 de 2017, foram notificados

2.056 óbitos por SRAG, o que corresponde a 12,8% (2.056/16.019) do total de casos. Do total de óbitos notificados, 341 (16,6%) foram confirmados para vírus influenza, sendo 9 (2,6%) decorrentes de influenza A(H1N1)pdm09, 40 (11,7%) de influenza A não subtipado, 71 (20,8%) de influenza B e 221 (64,8%) de influenza A(H3N2), conforme a Figura 4 e o

Anexo 2. O estado com maior número de óbitos por influenza é São Paulo, com 32,6% (111/341) em relação ao país (Anexo 4).

Entre os óbitos por influenza, a mediana da idade foi de 61 anos, variando de 0 a 98 anos. A taxa de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,16/100 mil habitantes. Dos 341 indivíduos que foram a óbito por influenza, 269 (78,9%) apresentaram pelo menos um fator de risco para complicação, com destaque para adultos com idade igual ou superior a 60 anos, cardiopatas, pneumopatas, diabéticos, e outros (Tabela 1). Além disso, 240 (70,4%) fizeram uso de antiviral, com mediana de 4 dias entre os primeiros sintomas e o início do tratamento, variando de 0 a 32 dias. Recomenda-se iniciar o tratamento nas primeiras 48 horas.

Ações para a Sazonalidade da Influenza 2017Para a sazonalidade da influenza de 2017, o

Ministério da Saúde do Brasil desenvolveu várias ações e atividades, especificadas a seguir.1. Para o tratamento oportuno, foram distribuídos

os seguintes quantitativos de medicamentos:• fosfatodeoseltamivir75mg(adulto)–451.850

tratamentos;• fosfatodeoseltamivir45mg(infantil)–13.650

tratamentos; e• fosfatodeoseltamivir30mg(infantil)–116.970

tratamentosNo total, 582.470 mil tratamentos foram

enviados para todo o país.

Influenza A (H1N1)pdm09

Parainfluenza

Influenza A (H3N2) Influenza BInfluenza A(Não subtipado)

Adenovírus Positividade para vírus respiratóriosVSR

% d

e am

ostr

as p

osit

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100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%

Fonte: SIVEP – Gripe. Dados atualizados em 13/8/2017, sujeitos a alteração.

No

de v

írus

iden

tific

ados

40

35

30

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20

15

10

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Semana epidemiológica

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

Brasil N= 468

Figura 2 – Distribuição dos vírus respiratórios identificados nas unidades sentinelas de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em unidade de terapia intensiva (UTI), por semana epidemiológica de início dos sintomas, Brasil, 2017, até a SE 32

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2. Foram disponibilizados para a rede de laboratórios – Instituto Evandro Chagas/IEC/PA, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)/RJ, Instituto Adolfo Lutz (IAL)/SP e laboratórios centrais de saúde pública (Lacens) – os seguintes quantitativos para diagnóstico de influenza:

• imunofluorescência(IF)–27.500testes;e

• biologiamolecular(rt–PCRemtemporeal)–102.000 testes.No total, 129.500 testes laboratoriais para

diagnóstico de influenza foram enviados para todo o país.3. O Brasil possui atualmente 252 unidades de

saúde sentinelas para influenza, distribuídas em todas as UFs, sendo:

Brasil N= 16.0191.000

800

600

400

200

0

Semana epidemiológica

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

SRA

G h

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Influenza A (H1N1)pdm09 Influenza A (H3N2) Influenza A

(Não subtipado) Influenza B

Outros agentes etiológicos

SRAG Não Especificado Em investigação Outros vírus

respiratórios

Fonte: SINAN Influenza Web. Dados atualizados em 13/8/2017, sujeitos a alteração.

Figura 3 – Distribuição dos casos de SRAG segundo agente etiológico e semana epidemiológica do início dos sintomas, Brasil, 2017, até a SE 32

Óbi

tos

por

SRA

G

120

100

80

60

40

20

0

-20

Brasil N= 2.056

Semana epidemiológica

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

Influenza A (H1N1)pdm09 Influenza A (H3N2) Influenza A

(Não subtipado) Influenza B

Outros agentes etiológicos SRAG não especificado Em investigação Outros vírus

respiratórios

Fonte: SINAN Influenza Web. Dados atualizados em 13/8/2017, sujeitos a alteração.

Figura 4 – Distribuição dos óbitos por SRAG segundo agente etiológico e semana epidemiológica do início dos sintomas, Brasil, 2017, até a SE 32

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| Volume 48 − 2017 | 5

• 140unidadessentinelasdeSG;e• 112unidadessentinelasdeSRAG.

Até o momento, em todo o país, foram coletadas 31.036 amostras para diagnóstico de influenza e outros vírus respiratórios.4. Entre 2016 e 2017, foram realizados 15

seminários sobre influenza no país, com ênfase na sensibilização para as ações de prevenção e controle da influenza durante a sazonalidade.

5. Entre 2016 e 2017, a equipe técnica de influenza, juntamente com a Coordenação Geral de Laboratórios (CGLAB) e laboratórios de referência para influenza (IEC/PA, Fiocruz/RJ e IAL/SP), desenvolveu visitas técnicas e supervisão em todas as 27 UFs do país, dando-se ênfase à organização do serviço de prevenção e controle da influenza.

6. Em 2017, o Brasil realizou capacitações para identificação de vírus influenza e outros vírus respiratórios, de maneira que toda a rede laboratorial do país está capacitada para o diagnóstico de influenza por biologia molecular.

7. O curso de Educação a Distância (EaD) sobre Manejo clínico da Influenza, ofertado pelo Ministério da Saúde, já formou 2.237 médicos, desde o seu lançamento em 2013.

8. O curso de EaD sobre Vigilância da Influenza, ofertado pelo Ministério da Saúde, formou 714 profissionais de saúde de todo o país em 2017.

9. Realizada videoconferência com as UFs para discussões das ações da sazonalidade de 2017 e fortalecimento das ações de prevenção e controle da influenza.

10. Os informes epidemiológicos de influenza são elaborados semanalmente e disponibilizados no site da SVS/MS.

11. Agendada a Reunião Nacional de Influenza, a ser realizada de 23 a 27 de outubro, para avaliação da vigilância da influenza.

Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza – 2017

A estratégia de vacinação contra a influenza foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações em 1999, com o propósito de reduzir internações, complicações e mortes na população-alvo para a vacinação no Brasil.

Em 2017, o Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI), do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde, realizou a 19ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, no período de 17 de abril a 9 de junho.

Nessa campanha, além de indivíduos com 60 anos ou mais de idade, foram vacinadas as crianças na faixa etária de 6 meses a menores de

Tabela 1 – Distribuição dos óbitos de SRAG por influenza segundo fator de risco e utilização de antiviral, Brasil, 2017, até a SE 32

Óbitos por Influenza (N= 341) n %

Com fatores de risco 269 78,9

Adultos ≥ 60 anos 185 68,8

Doença cardiovascular crônica 111 41,3

Pneumopatias crônicas 89 33,1

Diabetes mellitus 76 28,3

Obesidade 32 11,9

Doença neurológica crônica 29 10,8

Doença renal crônica 23 8,6

Imunodeficiência/Imunodepressão 19 7,1

Gestante 4 1,5

Doença Hepática Crônica 8 3,0

Criaça < 5 anos 17 6,3

Puérpera (até 42 dias do parto) 2 0,7

Indígenas - -

Síndrome de Down 4 1,5

Que utilizaram antiviral 240 70,4

Fonte: SINAN Influenza Web. Dados atualizados em 13/8/2017, sujeitos a alteração.

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5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), as gestantes, as puérperas (até 45 dias após o parto), os trabalhadores de saúde, os povos indígenas, os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. Também foram incluídos

para a vacinação, neste ano, os professores das escolas públicas e privadas.

Foram aplicadas 52.840.142 doses de vacina contra influenza, das quais, 38.362.662 nos grupos prioritários, 8.126.053 no grupo de pessoas com comorbidades, 4.554.729 no grupo sem comorbidades (público não alvo), e 1.180.666 equivalente à 2a dose aplicada no grupo de crianças (Quadro 1).

 

Quadro 1 – Distribuição das doses aplicadas na Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza – 2017

Fonte: http://sipni.datasus.gov.br; dados preliminares acessados em 11/08/2017.

73,2

0

76,0

9

78,7

9

83,1

6

83,5

6

83,6

4

83,9

7

85,2

2

85,4

9

85,6

9

86,1

2

87,5

8

87,7

3

87,7

4

88,2

0

89,3

4

89,4

6

90,0

0

90,3

0

90,5

8

90,8

8

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4

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92,5

3

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8

95,5

6

96,5

5

Cob

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acin

al (

%)

RR AC MS RJ SE SP BA MT RN PI RS PA RO PB TO SC CE DF MA ES MG AM GO PR AL PE AP

Fonte: http://sipni.datasus.gov.br, dados preliminares acessados em 11/08/2017.

Figura 5 – Cobertura vacinal (%) na Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza, por UF, Brasil, 2017

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Recomendações às Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais• Disseminaraosserviçosdesaúdepúblicos

e privados o Protocolo de Tratamento de Influenza-2015, com ênfase no tratamento oportuno dos casos de SRAG e de SG com condições e fatores de risco.

• Divulgaramplamenteàpopulaçãoasmedidaspreventivas contra a transmissão do vírus da influenza (etiqueta respiratória e lavagem das mãos) e informações sobre a doença, com a orientação de busca de atendimento médico em caso de sinais e sintomas compatíveis.

• Notificaretratartodososcasoseóbitossuspeitos que atendam à definição de caso de SRAG no sistema SINAN Influenza Web, independentemente de coleta ou resultado laboratorial.

Outras Informações• Site de A a Z – Influenza:• Boletins Epidemiológicos sobre influenza no site

da SVS• Informe Técnico sobre o vírus influenza A(H7N9)• Informações sobre o coronavírus• Nota Informativa sobre o Coronavírus

Associado à Síndrome Respiratória do Oriente Médio – MERS-CoV

• Informe Regional de Influenza – Organização Pan-Americana da Saúde/OMS

• Protocolo de Tratamento de Influenza – 2015• Curso de Atualização para Manejo Clínico de

Influenza• Síndrome Gripal/SRAG – Classificação de Risco

e Manejo do Paciente• Guia para a Rede Laboratorial de Vigilância de

Influenza no Brasil

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Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

Semana epidemiológica

Fonte: SIVEP – Gripe. Dados atualizados em 13/8/2017, sujeitos a alteração.

Influenza A (H1N1) pdm09

Parainfluenza

Influenza A (H3N2)

Adenovírus

Influenza B

% de amostras positivas

Influenza A (não subtipado)Complemento Max Região Semana

VSR

No

de v

írus

iden

tific

ados

% d

e am

ostr

as p

osit

ivas

70605040302010

0

70605040302010

0

70605040302010

0

70605040302010

0

70605040302010

0

200

160

120

80

40

0

100%

80%

60%

40%

20%

0%

100%

80%

60%

40%

20%

0%

100%

80%

60%

40%

20%

0%

100%

80%

60%

40%

20%

0%

100%

80%

60%

40%

20%

0%

100%

80%

60%

40%

20%

0%

Brasil N= 3.430

Norte N= 522

Nordeste N= 395

Centro-Oeste N= 369

Sudeste N= 1.237

Sul N= 907

A

B

Anexo 1. Distribuição dos vírus respiratórios identificados nas unidades sentinelas de SG por semana epidemiológica do início dos sintomas, (A) Brasil e (B) Regiões, 2017, até a SE 32

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Anexo 2. Distribuição dos casos e óbitos por SRAG segundo região, UF de residência e agente etiológico, Brasil, 2017, até a SE 32

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Brasil N= 4.896

Norte N= 292

Nordeste N= 369

Centro-Oeste N= 583

Sudeste N= 1.612

Sul N= 2.037

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 1819 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 3031 32

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 1819 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 3031 32

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 1819 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 3031 32

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 1819 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 3031 32

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 1819 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 3031 32

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 1819 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 3031 32

Semana epidemiológica

SRA

G H

ospi

taliz

ado

A

B

Fonte: SINAN Influenza Web. Dados atualizados em 13/8/2017, sujeitos a alteração.

Influenza A (H1N1) pdm09

Outros vírus respiratóriosInfluenza A (H3N2) Influenza B Outros agentes

etiológicosInfluenza A (não subtipado)

350300250200150100

500

353025201510

50

2824201612

840

40353025201510

50

120100

80604020

0

180160140120100

80604020

0

Anexo 3. Distribuição dos casos de SRAG segundo agente etiológico e por semana epidemiológica de início dos sintomas, (A) Brasil e (B) Regiões, 2017, até a SE 32

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Anexo 4. Distribuição espacial dos casos e óbitos por SRAG confirmados para influenza, por município de residência, Brasil, 2017, até a SE 32

 

Óbitos por InfluenzaN= 341

SRAG por InfluenzaN= 1.995

SRAG por Influenza

Óbitos por Influenza

Fonte: SINAN Influenza Web. Dados atualizados em 13/8/2017, sujeitos a alteração*O circulo é proporcional ao número de casos e óbitos