boletim do cress #285
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Boletim do CRESS
Nº 285
Conselho Regional de Serviço Social
Recife, 23 de Fevereiro de 2012
Inscrições para o I Encontro Estadual do Serviço Social na Educação
têm início na segunda Inscrições serão gratuitas e realizadas no site do CRESS
Uma das temáticas que vem ganhando espaço nos debates do Serviço Social, as políticas sociais na edu-cação serão discutidas durante o I Encontro Estadual do Serviço Social na Educação - Espaço sócio-ocupacional e prática profissional: demandas e desafios do/a assistente social na educação. A atividade é uma iniciativa do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS), como uma das ações de aproximação da categoria com temas relevantes da profissão, e ocorrerá em 12 de março no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da UFPE. Para o conselheiro do CRESS José Albuquerque, à frente da Comissão de Serviço Social na Educação, o momento é oportuno para reunir os profissionais que atuam na área. “Com a instituição do GT de Serviço Social na Educação pelo CFESS, o tema vem ganhando mais força nos estados e o CRESS se mostra presente nessa área importante de atuação do assistente social”, enfatizou. As inscrições serão realizadas no CRESS a partir de 27 de fevereiro a 2 de março pelo site do CRESS. Se-rão disponibilizadas 150 vagas para profissionais do Serviço Social e outras 100 para estudantes. Acom-panhe a programação completa no site do CRESS: www.cresspe.org.br .
Nos dias 8 e 9 de março, o Rio de Janeiro sediará o Workshop sobre a definição de Serviço Social da Federação Internacional de Trabalhadores Sociais (FITS). O evento será divido em dois momentos: o primeiro, no dia 8/3, é reservado somente pa-ra integrantes das organizações nacionais e internacionais de Serviço Social. O segundo momento é aberto ao público, que poderá parti-cipar, a partir das 13h do dia 9/3, do Simpósio Internacional "Fundamentos e perspectivas do Ser-viço Social no Mundo: trabalho e formação profissio-nal".
As inscrições para o Simpósio já começaram e estão sendo organizadas pelo CRESS-RJ. As vagas para estudantes estão encerradas. Para se inscrever, o/a profissional interessado/a deve enviar um e-mail para [email protected] com o assunto "profissional" para receber a ficha de inscrição.
As vagas são limitadas, sendo 160 para assistentes sociais e 40 para estudantes. Todas as inscrições válidas serão confirmadas por e-mail. Atenção: só serão aceitos os e-mails enviados a partir do dia 13/2 e enquanto restar vagas.
Simpósio sobre Serviço Social no Mundo Evento integrará Workshop e será aberto ao público. Inscrições para estudantes estão encerradas
Um pouco mais sobre o workshop A atual definição de Serviço Social da FITS, apro-vada em 2000 na Conferência Mundial de Montreal (Canadá), não é compatível para as organizações de Serviço Social latino-americanas, incluindo o CFESS. "Existe uma dificuldade em con-templar, em um con-ceito mundial, as dife-rentes (e muitas ve-zes divergentes) perspectivas teórico-metodológicas exis-tentes sobre a profis-são", afirma a conse-lheira do CFESS Esther Luiza Lemos, da Comissão de Relações Internacionais. Nesse sentido, o CFESS tem proposto uma defini-ção de Serviço Social sintonizada com o projeto ético-político profissional brasileiro, comprometido com a construção de uma nova sociabilidade, e não
uma profissão que tenha por objetivo a integração social no capitalismo, como dá a entender o atual texto da FITS.
Fonte: Asscom CFESS
Página 2 BOLETIM DO CRESS
Esta é uma publicação do Conselho Regional de Serviço Social 4ª Região Gestão 2011-2014 “Amarra o teu arado a uma estrela”l
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[email protected] | Comissão de Comunicação Assessora de Comunicação e Jornalista Responsável : Alana Moreira - DRT-PE 3616
Há mais de dez anos tramitam no Senado e na Câmara duas
Propostas de Emendas à Constituição (PEC) que visam com-
partilhar com o Poder Legislativo a decisão sobre quais áreas
poderão se tornar reservas indígenas. Os projetos estavam
parados no Congresso até 2008, quando o Supremo Tribunal
Federal (STF) determinou a demarcação da reserva indígena
Raposa Serra do Sol, em Roraima. A decisão reavivou as
PECs 38 e 215, ambas de autoria de parlamentares roraimen-
ses.
Qualificadas como “extremamente danosas aos povos indíge-
nas”, pelo secretário-executivo do Conselho Indigenista Missi-
onário (Cimi), Cléber Buzatto, as PECs causam arrepedios em
defensores dos direitos indígenas. “Se a proposta for aprova-
da, representará um passo atrás na luta desses povos”, afir-
ma Sarah Shenker, da ONG internacional Survivor.
Na Câmara, o projeto é de autoria do ex-deputado Almir Sá
(do então PPB de Roraima). Hoje o responsável pelo texto é o
deputado paranaense Osmar Serraglio (PMDB-PR), relator da
PEC 215 (2000) na Comissão de Constituição Justiça e Cida-
dania da Câmara – segundo quem “não há o que temer”.
Para ele, a PEC 215 respeita o pacto Federativo e dá mais
participação aos estados no que se refere à questão indígena.
“Após o episódio Raposa Serra do Sol, o STF determinou que
os estados devem possuir maior participação nas questões de
demarcação de terras indígenas. E o que a PEC 215 propõe é
que a participação dos estados se dê no Congresso Nacional,
por meio dos senadores e deputados federais”, diz Serraglio.
No entanto, para Buzatto, a PEC se aproveita de uma brecha
interpretativa da decisão. Segundo ele, a decisão diz respeito
aos procedimentos de identificação e demarcação de terras
indígenas, não ao direito de decidir sobre as demarcações.
“O STF quer uma participação maior dos estados e municí-
pios nos Grupos de Tra-
balho que desenvolvem
os relatórios sobre as
potenciais reservas”,
rebate. “Sugerir que os
estados interferissem
na decisão demarcatória
iria contra o que a
Constituição estipula”.
Meio caminho andado…
Concomitantemente no Senado corre a PEC 38 (1999), de
autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). A pro-
posta, além de submeter às demarcações de reservas indí-
genas à aprovação privativa do Senado, também estipula
que as demarcações ou unidades de conservação ambiental
não excedam 30% do território dos estados.
Esse limite percentual por estado, de acordo com a Survival,
é anticonstitucional. “O artigo 231 da constituição brasileira
diz que os índios do Brasil têm os direitos originários sobre
as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União
demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens”,
diz Sarah Shenker, responsável pelas ações da ONG no Bra-
sil.
Leia a matéria completa no site www.cartacapital.com.br
Protestos de indígenas no Mato Grosso do
Sul, que esperam voltar às terras dos ances-
trais, mas enfrentam resistência de governo e
violência dos fazendeiros. Fotos: Cimi
As próximas Raposas Serra do Sol