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Boletim doCONSELHEIRO

Representante dos Empregados | Leandro Nunes | leandronusi@gmail.com

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ALESC unida contra o PLS 555/15

Nas últimas semanas informei a todos que o Projeto de Lei do Senado – PLS nº555/15 en-trou em regime de urgência para votação no Congresso Nacional. Esse PLS de autoria do Senador Tasso Jereissati (PSDB) e relatoria do Deputado Arthur Maia (SD) leva, dentre outros aspectos negativos, à privatização da Celesc, da Cemig e da Petrobras ao extinguir as ações preferenciais da composição acionária dessas empresas. Com o apoio do Senador gaúcho Paulo Paim (PT) os eletricitários, os petroleiros e os bancários têm conseguido retirar o pro-jeto de pauta da votação dia após dia, em um movimento difícil e que precisa ser fortalecido por outras iniciativas políticas pelo país. Na se-mana passada estive reunido com os sindica-tos da Intercel em Lages para, dentre outros tantos temas, traçar um plano de ação para incluir efetivamente Santa Catarina nessa luta. Conversei com o Deputado Dirceu Dresch (PT) e na última quinta-feira elaboramos uma mo-

ção ao parlamento catarinense pedindo a re-jeição ou a retirada definitiva do PLS nº555/15 de pauta do Senado (moção ao final do bole-tim). Com a intenção de sensibilizar os deputa-dos catarinenses e sabendo da urgência que o tema necessita, estive nessa terça-feira, 06 de outubro, em conjunto com os companheiros dos sindicatos da Intercel percorrendo os ga-binetes dos Deputados Estaduais na Assem-bleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) pedindo apoio dos parlamentares à aprovação da moção na luta contra a privati-zação da Celesc. A convite do Deputado Dir-ceu Dresch (PT) apresentei pela manhã na Co-missão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Alesc, um breve relato das mazelas que o projeto contém, principalmente a con-versão de ações preferenciais em ordinárias que, em um prazo de 10 anos, significa a pri-vatização de uma série de empresas públicas, incluindo a nossa Celesc.

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Deixei claro que as empresas públicas brasileiras não podem ser privatizadas sob o pretexto de “Melhorias de Governança Corporativa”, conforme prevê o projeto. Re-lembrei aos deputados que já conhecemos esse golpe com o mesmo pretexto no famoso caso do Novo Mer-cado que conseguimos barrar no Conselho de Adminis-tração da Celesc. E apelei pelo bom senso de todos e, sobretudo, pelo apoio na aprovação da moção que tra-mitaria na ordem do dia da Alesc, após as 16 horas.

A partir desta participação, eu percorri os gabinetes acompanhado de dirigentes da Intercel para explicar aos deputados nossas preocupações com o PLS nº 555/15, cobrando apoio na luta em defesa das empre-sas públicas e, em especial, pela manutenção da Celesc Pública, patrimônio do estado de Santa Catarina.

A peregrinação na Assembleia Legislativa nunca é fácil. Por várias vezes estive lá como dirigente sindical buscando apoio para a defesa da Celesc e, por vezes, ti-vemos grandes embates com os deputados. Entretanto, independentemente de partido político ou de ideologia, o que vimos nesta terça-feira foi um maciço apoio dos deputados catarinenses à permanência da Celesc públi-ca. Conversamos com vários deputados, com destaque para o debate com Gelson Merísio (PSD - presidente da ALESC), Darci de Matos (PSD), Kennedy Nunes (PSD), Dalmo Claro (PMDB) Mauro de Nadal (PMDB), Aldo Sch-neider (PMDB), Valdir Cobalchini (PMDB), Dirceu Dresch (PT), Ana Paula Lima (PT), Neodi Saretta (PT), Serafim Venzon (PSDB) e César Valduga (PC do B). Também ti-vemos apoio do Vice-Governador do Estado, Eduardo Pinho Moreira, que estava na ALESC participando de evento do PMDB. Pinho Moreira mais uma vez manifes-tou apoio à empresa pública, orientando os deputados do PMDB a apoiarem a moção. Nesse aspecto, impor-tante destacar o apoio recebido pelos Diretores da Ce-lesc Cleverson Siewert, Antonio Linhares, Eduardo Ces-coneto (que esteve presente na Alesc no momento da votação), Nelson Santiago, James Giacomazzi e José Carlos Oneda, que auxiliaram nos contatos com diver-sos deputados da base do governo.

Na votação da moção apresentada pelo Deputa-do Dirceu Dresch, as bancadas do PMDB, PSDB, PT e PSD manifestaram-se favoráveis à moção, com defesas veementes da importância da Celesc. Antônio Aguiar (PMDB), Fernando Coruja (PMDB), Ana Paula Lima (PT), Darci de Matos (PSD) e Leonel Pavan (PSDB) utilizaram a tribuna para defender a aprovação da moção, desta-cando o papel fundamental da Celesc para o desenvol-vimento do estado e a importância de mantê-la públi-ca. O registro da posição dos políticos catarinenses em defesa da Celesc pública e contra o PLS nº555/15 é de grande importância nesta luta, afinal de contas, ela tam-bém será travada nos corredores do Senado, através das posições partidárias dos parlamentares. Depois de

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VAMOS À LUTA!Abraços, Leandro

EXPEDIENTE

Boletim do Conselheiro é uma publicação do Representante dos Empregados no Conselho de Administração da Celesc

Jornalista Responsável: Paulo Guilherme Horn (SRTE/SC 3489)Revisão: Patrícia Mendes e Jair Maurino Fonseca

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todo o esforço realizado pelos sindicatos da Intercel e do Deputado Dirceu Dresch, a moção foi aprova-da por unanimidade durante a ordem do dia, sendo encaminhada para o presidente do Senado Renan Calheiros, para o presidente da Câmara dos Depu-tados Eduardo Cunha e para o presidente da Frente Parlamentar Catarinense Mauro Mariani.

Conseguimos uma importante demonstração de força e de união em defesa da Celesc Pública, mas ainda teremos muito trabalho a fazer. Conversare-mos nos próximos dias com o Governador Raimun-do Colombo e com o Vice-Governador Eduardo Pi-

nho Moreira para reiterar a importância do tema e sensibilizar os Deputados Federais e Senadores ca-tarinenses para votarem e trabalharem contra esse projeto que significa a privatização da Celesc. Ire-mos até Brasília para conversar com lideranças sin-dicais para potencializar as mobilizações que estão sendo feitas no Congresso e também para buscar apoio político nessa empreitada. Com o apoio dos sindicatos da Intercel, lutaremos contra a privatiza-ção da Celesc e contra os ataques às representa-ções dos trabalhadores, honrando o compromisso assumido com a categoria.

Leia a Moção ao final do Boletim