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1 Boletim do CONSELHEIRO Representante dos Empregados | Leandro Nunes | [email protected] 35 Defender a Celesc Pública e interagir com a Agência Nacio- nal de Energia Elétrica (Aneel) na busca de melhores condi- ções para alcance das metas da concessão. Este foi o com- promisso que o Vice-Governa- dor do Estado, Eduardo Pinho Moreira, firmou em reunião rea- lizada na última terça-feira, dia 14, na sede da Celesc. Acompanhei a reunião ao lado dos sindicatos que compõem a In- tercel, levando a diante a luta pela manutenção da empresa pública. Nesta caminhada a classe polí- tica catarinense é fundamental. Por isso uma das questões que Pinho Moreira compromissou é muito importante para o futuro da Celesc: levar o debate junto aos deputados federais e senadores do Estado, no Fórum Parlamentar Catarinense. Para o debate com os parlamentares catarinense me dispus a participar de qual- quer reunião ou fórum, levando informações sobre o processo de manutenção da concessão da Celesc, para que os deputados e senadores do estado estejam preparados para ajudar a maior estatal de Santa Catarina. Pinho Moreira ainda garantiu que a Celesc não será entre- gue para a privatização em uma eventual negociação da dívida do Estado com a União, preocu- pação central neste momento onde o Governo Federal Interino retoma um projeto de vender as empresas públicas do país. Unidos, daremos continuidade ao trabalho coletivo de defesa da Celesc Pública. JUNHO/16 Vice-governador levará defesa da Celesc Pública ao Fórum Parlamentar Catarinense

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Page 1: Boletim do Conselheiro nº 35

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Boletim doCONSELHEIRO

Representante dos Empregados | Leandro Nunes | [email protected]

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Defender a Celesc Pública e interagir com a Agência Nacio-nal de Energia Elétrica (Aneel) na busca de melhores condi-ções para alcance das metas da concessão. Este foi o com-promisso que o Vice-Governa-dor do Estado, Eduardo Pinho Moreira, firmou em reunião rea-lizada na última terça-feira, dia 14, na sede da Celesc.

Acompanhei a reunião ao lado dos sindicatos que compõem a In-tercel, levando a diante a luta pela manutenção da empresa pública.

Nesta caminhada a classe polí-tica catarinense é fundamental. Por isso uma das questões que Pinho Moreira compromissou é muito importante para o futuro da Celesc: levar o debate junto aos deputados federais e senadores do Estado, no Fórum Parlamentar Catarinense. Para o debate com os parlamentares catarinense me dispus a participar de qual-quer reunião ou fórum, levando informações sobre o processo de manutenção da concessão da Celesc, para que os deputados

e senadores do estado estejam preparados para ajudar a maior estatal de Santa Catarina.

Pinho Moreira ainda garantiu que a Celesc não será entre-gue para a privatização em uma eventual negociação da dívida do Estado com a União, preocu-pação central neste momento onde o Governo Federal Interino retoma um projeto de vender as empresas públicas do país.

Unidos, daremos continuidade ao trabalho coletivo de defesa da Celesc Pública.

JUNHO/16

Vice-governador levará defesa da Celesc Pública ao Fórum Parlamentar Catarinense

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Lei das Estatais é aprovada no Congresso

O projeto de Lei do Senado 555 (PLS 555), conhecido como “Lei das Estatais”, foi aprovado pela Câmara de Deputados no último dia 15. Já tratamos deste assunto em outros boletins, mas, em resu-mo, o projeto busca, explorando as denúncias de corrupção em empresas públicas Brasil afora, restringir a participação de tra-balhadores nas empesas e abrir caminho para a retomada das privatizações.

No início deste debate a situa-ção da Celesc era muito compli-cada, com real ameaça de pri-

vatização. No projeto aprovado ontem, algumas mudanças no texto melhoraram a condição da empresa. A mais importante delas foi a retirada da obrigatoriedade de conversão de ações ordiná-rias em ações preferenciais, que levaria a Celesc a ser privatizada da noite para o dia. Vale lembrar que a lógica desta “privataria” já foi utilizada por conselheiros representantes de acionistas mi-noritários na Celesc, no golpe do Novo Mercado, em 2009.

Com a aprovação da Câmara, com mudanças no texto, o pro-

jeto retorna ao Senado sob o número PL 4918/16, para apro-vação. Apesar da pequena me-lhora, o projeto continua sendo prejudicial aos trabalhadores, im-pondo regras para ocupação de diretorias e conselhos de admi-nistração. Precisamos continuar atentos e mobilizados para que os direitos dos trabalhadores não sejam massacrados em nome de projetos privatistas.

Abaixo, reproduzo matéria da Câmara de Deputados sobre o tema e, anexo ao boletim envio a integra do Projeto aprovado.

Câmara aprova projeto sobre dirigentes de estatais

O Plenário da Câmara dos Deputados apro-vou, na madrugada desta quarta-feira (15), o Projeto de Lei 4918/16, do Senado, que esta-belece regras para nomeação de dirigentes de estatais dos três níveis de governo (União, estados e municípios), normas para licitações e práticas de trans-parência. O texto, elaborado por uma comissão mista, foi aprovado na forma do subs-titutivo do deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) e re-tornará ao Senado.

De acordo com o projeto, os membros do Conselho de Administração e os indicados para os cargos de diretor, inclusive presidente, diretor--geral e diretor-presidente precisarão ter experiência profissional de dez anos na área de atuação da empresa ou de quatro anos ocupando cargos de primei-ro ou segundo escalão em empresas de porte semelhante. Também poderão ser indicados os profissionais que tenham exercido por quatro anos cargo em comissão equivalente a DAS 4 no setor público ou de docente ou pesquisador

em áreas de atuação da empresa.Nesse aspecto, Maia flexibilizou as exigências

e incluiu a possibilidade de exercício do cargo por profissional liberal com quatro anos de ex-

periência em atividade direta ou indiretamente vinculada à área de atuação da empresa. Outros requisitos são forma-ção acadêmica compatível com o cargo e não ser inele-gível.

Há ainda restrições quanto a sua atuação pregressa. O dirigente ou conselheiro não poderá ser representante do órgão regulador do setor, ministro de Estado, secretá-rio estadual ou municipal ou ocupante de cargo de livre nomeação que não faça par-te do quadro efetivo ou ainda de titular de mandato legisla-tivo de qualquer ente da Fe-

deração, ainda que licenciado. Essa regra será estendida aos parentes até o terceiro grau.

Maia retirou, dentre as restrições, a que proi-bia a nomeação de dirigente de partido político, mesmo daqueles que tenham exercido o cargo há três anos.

Proposta contém regras para nomeação de dirigentes de estatais dos três níveis de governo (União, estados e municípios) e também normas para licitações e práticas de transparência

“De acordo com o projeto, os membros do Conselho de Administração e os in-

dicados para os cargos de diretor, inclusive presidente, diretor-geral e diretor-presi-dente precisarão ter expe-riência profissional de dez anos na área de atuação da empresa ou de quatro anos ocupando cargos de primeiro ou segundo esca-lão em empresas de porte

semelhante.”

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VAMOS À LUTA!Abraços, Leandro

EXPEDIENTE

Boletim do Conselheiro é uma publicação do Representante dos Empregados no Conselho de Administração da Celesc

Jornalista Responsável: Paulo Guilherme Horn (SRTE/SC 3489)Revisão: Patrícia Mendes e Jair Maurino Fonseca

Telefone / Whatsapp: (47) 9187-6572 | Email: [email protected]://www.facebook.com/LeandroNunesConselheiro

Leia o projeto ao final do Boletim

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Sindicatos

Serão proibidas de assumir esses cargos das estatais as pessoas que tenham sido fornecedores ou compra-dores com o governo controlador da empresa nos úl-timos três anos anteriores à nomeação; e que tenham qualquer conflito de interesse com o governo contro-lador da empresa pública ou com a própria empresa.

A exceção a essas regras recairá sobre os empre-gados da empresa pública ou de economia mista que tenham ingressado nela por meio de concurso público, tenham mais de dez anos de trabalho efetivo na em-presa ou tenham ocupado cargos de primeiro e segun-do escalões.

Nas negociações feitas em Plenário, o relator mudou o texto para permitir a dirigentes sindicais o exercício do cargo de administrador, mas eles não poderão acu-mulá-lo com o de dirigente do sindicato.

Metas e resultados

Outra condição para assumir o posto na diretoria dessas estatais é se comprometer com metas e resultados específicos a serem alcançados, após aprovação do Conselho de Administração. A cada ano, a diretoria precisará apresentar ao conselho o plano de negócios do ano seguinte e a estraté-gia de longo prazo para os próximos cinco anos. À exceção de informações de natureza estratégica cuja divulgação possa ser prejudicial ao interesse da empresa, caberá ao conselho publicar suas conclusões e informá-las ao Legislativo do respectivo ente federativo e aos tribunais de contas.

Ações em Bolsa

Aquelas empresas com re-ceita operacional inferior a R$ 90 milhões não precisão seguir as regras estipuladas no projeto, exceto as de trans-parência, de lançamento de debêntures e de função so-cial. Para as sociedades de economia mista com ações na bolsa de valores, o texto dá mais dez anos, a partir da pu-blicação da futura lei e pror-rogáveis por outros dez, para elas alcançarem 25% de suas ações em livre circulação no mercado.

Quanto às despesas com

publicidade e patrocínio, o projeto estipulava um teto de 0,5% de sua receita operacio-nal bruta no exercício anterior, que o relator aumentou para 1%. O limite poderá ser amplia-do para até 2% da receita bru-ta se os gastos dos concorren-tes em seu setor de atuação forem maiores, mas isso de-pende de aprovação do Con-selho de Administração.

Já em ano de eleição para cargos do ente federativo a que as estatais estejam vincu-ladas (municipal, estadual ou federal), os gastos com publi-

cidade e patrocínio terão de se limitar à média dos três úl-timos anos anteriores ao plei-to e à média do ano imediata-mente anterior.

As empresas públicas e de economia mista existentes te-rão dois anos para se adaptar a todas as regras previstas no projeto.

Será permitida ainda a parti-cipação de outras pessoas ju-rídicas de direito público inter-no em empresa pública se a maior parte do capital votante permanecer em poder do go-verno ao qual ela é vinculada.

“Nas negociações feitas em Plenário, o relator mudou o

texto para permitir a dirigentes sindicais o exercício do cargo

de administrador, mas eles não poderão acumulá-lo com o de

dirigente do sindicato”

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