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BOLETIM DE INFORMAÇÕES CLIMÁTICAS DO MÊS DE JUNHO DE 2014 AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE ÁGUAS E CLIMA GERÊNCIA DE METEOROLOGIA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS AVENIDA CRUZ CABUGÁ, 1387 - SANTO AMARO CEP. 50.040 –000 /RECIFE - PE – BRASIL Fone: (0XX81) 31831060/1061 - Fax: (0XX81) 31831058 Site na Internet: http://www.apac.pe.gov.br E-mail para contato: [email protected] ANO IV Recife, julho de 2014 Número 06

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BOLETIM DE INFORMAÇÕES CLIMÁTICAS DO MÊS DE JUNHO DE 2014

AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE ÁGUAS E CLIMA GERÊNCIA DE METEOROLOGIA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS

AVENIDA CRUZ CABUGÁ, 1387 - SANTO AMARO CEP. 50.040 –000 /RECIFE - PE – BRASIL

Fone: (0XX81) 31831060/1061 - Fax: (0XX81) 31831058 Site na Internet: http://www.apac.pe.gov.br E-mail para contato: [email protected]

ANO IV Recife, julho de 2014 Número 06

GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Governador – João Soares Lyra Neto SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA Secretário – João Bosco de Almeida SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL Secretário – José Almir Cirilo AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE ÁGUAS E CLIMA Diretor-Presidente - Marcelo Cauás Asfora DIRETORIA DE REGULAÇÃO E MONITORAMENTO Diretor – Marconi Soares Azevedo GERÊNCIA DE METEOROLOGIA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS Gerente – Patrice Rolando da Silva Oliveira Equipe Técnica da GMMC: Autor: Maria Aparecida Fernandes Ferreira Analista em Meteorologia Co-autores: Carlos Alexandre Wanderley da Silva Técnico em Hidrometeorologia Edvânia Pereira dos Santos Analista em Meteorologia

Flaviano Fernandes Ferreira Analista em Meteorologia Josafá Henrique Gomes Técnico em Hidrometeorologia Roberto Carlos Gomes Pereira Analista em Meteorologia Romilson Ferreira da Silva Analista em Meteorologia Roni Valter de Souza Guedes Analista em Meteorologia Thiago Luiz do Vale Silva Analista em Meteorologia

Vinícius Gomes Costa Júnior Analista em Meteorologia

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 4 RESUMO 5 ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO EM JUNHO 6 EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO E TEMPERATURAS OBSERVADOS NAS DIFERENTES MESORREGIÕES DO ESTADO 7 ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO OBSERVADA ENTRE OS MESES DE JANEIRO E JUNHO DE 2014 10 MONITORAMENTO DA SECA 11 ANÁLISE DOS PARÂMETROS OCEÂNICOS E ATMOSFÉRICOS EM JUNHO DE 2014 17 ANÁLISE DAS TEMPERATURAS DO AR E UMIDADES RELATIVAS MÁXIMAS E MÍNIMAS 22 ANEXOS 25

APRESENTAÇÃO

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) é o órgão responsável pelo

monitoramento meteorológico e climático do estado de Pernambuco. A Gerência de

Meteorologia e Mudanças Climáticas (GMMC) da APAC administra o Banco de Dados

Climatológico de Pernambuco e divulga grande parte desses dados em seu sítio na

internet. Além disso, monitora as condições oceânicas e atmosféricas globais, regionais

e estaduais, desenvolvendo estudos para identificar e melhor definir os sistemas e os

fenômenos meteorológicos que atuam sobre Pernambuco. No final do período

chuvoso, são analisados os parâmetros atmosféricos, a partir dos dados observados

em Pernambuco, objetivando a elaboração de um prognóstico das variáveis climáticas

para o estado como um todo.

A APAC coloca-se à disposição de todos os usuários para quaisquer

informações adicionais, sugestões e/ou dúvidas.

Recife, julho de 2014.

RESUMO

A precipitação observada durante o mês de junho de 2014 ficou abaixo da

climatologia do mês no Sertão, Agreste e Zona da Mata, e muito próximo da média na

Região Metropolitana do Recife. As maiores precipitações ocorreram na Região

Metropolitana e Zona da Mata, e as menores precipitações ocorreram no Sertão e no

Agreste.

O acumulado da precipitação entre janeiro e junho mostrou que no Sertão o

desvio com relação à climatologia foi de -29%, com um acumulado médio de 336 mm.

No Agreste, o acumulado médio da precipitação foi de 358 mm, na Zona da Mata 731

mm, com desvios relativos de -28% e 26%, respectivamente. Apenas, na Região

Metropolitana do Recife a precipitação média do período ficou próxima da média com

um desvio relativo de -8%, e valor acumulado de 1184 mm.

Os parâmetros oceânicos e atmosféricos mostraram uma evolução do aumento

da TSM no Pacífico Tropical, com valores de 2°C acima da climatologia. Os modelos de

previsão climática mostram uma probabilidade acima de 70% de ocorrência de El Niño

para o trimestre Agosto-Setembro-Outubro. No Oceano Atlântico Tropical Sul, as

temperaturas permaneceram mais quentes do que no Atlântico Tropical Norte, sendo

esse padrão favorável às chuvas no Nordeste do Brasil.

Houve uma diminuição nos valores das temperaturas registradas em junho com

relação ao mês de maio. As maiores temperaturas foram registradas no Sertão do São

Francisco, com valor médio em torno de 31°C, sendo a maior temperatura observada

em Afrânio 36,4°C. Com relação às temperaturas mínimas, os menores valores foram

registrados em Arcoverde 14,3°C e Brejão 14,4°C. Na capital, Recife, a maior

temperatura foi 30,3 e a menor 19,5°C.

1. ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO EM JUNHO

A análise da precipitação será feita por mesorregiões do estado, sendo elas

representadas na Figura 1, Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata, Agreste e

Sertão. As figuras 2 e 3 mostram, respectivamente, a distribuição espacial da

precipitação observada em milímetros, e o desvio percentual da precipitação em

relação à média climatológica de junho.

As maiores precipitações registradas na Região Metropolitana do Recife, e as

menores ocorreram no Sertão, como pode ser visto na Figura 2. Esse padrão de

precipitação já era esperado devido ao final do período chuvoso do Sertão e junho

estar incluído no período chuvoso do setor leste do estado.

Na Região Metropolitana do Recife, a precipitação média foi de 303 mm e o

desvio em relação à média histórica foi de -3%, o que representa a faixa climatológica

normal, pois o valor do desvio esteve próximo à média. Já na Zona da Mata, a

precipitação teve um valor médio de 182 mm e um desvio de -22%, o que caracteriza

chuvas abaixo da média.

No Agreste, a precipitação teve grande irregularidade espacial com valores

registrados variando de 9,0 a 167 mm, ficando a pluviometria média na região com um

valor de 60 mm e o desvio de -44% do esperado para o mês, indicando que as chuvas

ficaram muito abaixo da climatologia do mês.

No Sertão, os valores da precipitação variaram entre 1,0 e 76 mm, ficando a

média pluviométrica da região em 11 mm, representando um desvio relativo de -57%, o

que representa chuvas inferiores à metade da média climatológica do mês.

Figura 1 – Mesorregiões do Estado de Pernambuco.

Figura 2 – Distribuição espacial da precipitação (mm) observada em junho de 2014.

Figura 3 – Distribuição espacial dos desvios relativos (%) da precipitação de junho de 2014.

2. EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO E TEMPERATURAS

OBSERVADOS NAS DIFERENTES MESORREGIÕES DO ESTADO Sertão

A maior precipitação diária dessa Mesorregião foi 40 mm, observada em Triunfo

entre o dia 26 e 27 de junho. Nesse dia, também, foram registradas chuvas em várias

localidades do Sertão do Pajeú e do Moxotó. Esse evento de chuvas ocorreu devido a

uma instabilidade causada pela confluência dos ventos na baixa troposfera, associada

a um cavado nos altos níveis da troposfera que causou chuvas de intensidade forte no

Litoral, e depois se deslocou para o Agreste e Sertão, causando chuvas de intensidade

moderada. Uma imagem de satélite mostrando a nebulosidade sobre o estado de

Pernambuco no dia 26/06 pode ser vista a seguir.

-41 -40 -39 -38 -37 -36 -35

-9

-8

-100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100

Desvios Percentuais (%) da Precipitação Observada em Junho de 2014

Imagem do satélite GOES do dia 26/06/2014 às 16:00 local.

A maior temperatura observada no Sertão foi 36°C, no dia 03 de junho no

município de Floresta; e a menor foi de 11,5°C registrado em Sertânia, nos dias 20, 21,

22 e 23 de junho. Tanto as maiores quanto as menores temperaturas ocorrem em dias

sem nuvens. Nesses dias, a grande quantidade de radiação solar recebida durante o

dia favorece o aquecimento da superfície e do ar, enquanto que durante a noite o

resfriamento ocorre por perda radiativa da superfície da Terra para o espaço.

Agreste

No Agreste, as chuvas ocorridas entre os dias 26 e 27 de junho, também foram

as maiores do mês, com registro de chuvas em, praticamente, todos os municípios da

mesorregião, destacando-se João Alfredo e Limoeiro com 50 e 40 mm

respectivamente. O sistema meteorológico responsável por essas chuvas foi o mesmo

descrito anteriormente o qual causou nesse dia no Sertão.

Os dias mais quentes se concentraram no início do mês, entre os dias 02 e 03 de

junho. Nesse período foi registrada a maior temperatura do Agreste 33,1°C em Águas

Belas e 33,0°C em Vertentes. A menor temperatura foi registrada em Brejão 14,4°C no

dia 20/06.

Zona da Mata

Da mesma forma que nas outras Mesorregiões do estado, os maiores

acumulados diários de chuva ocorreram entre os dias 26 e 27 de junho. As maiores

chuvas ocorreram na Mata Sul, nos municípios de: Escada (132 mm), Sirinhaém (131

mm) e Rio Formoso (126 mm).

As temperaturas não variam tanto na Zona da Mata devido à proximidade com o

oceano, assim os extremos de temperatura não são tão intensos. A maior temperatura

foi registrada em Palmares 31,3°C e a menor em Carpina 18°C.

Região Metropolitana do Recife Na Região Metropolitana do Recife, também o destaque vai para a chuva ocorrida

entre os dias 26 e 27 que mais uma vez causou transtornos como alagamentos em

grande parte da cidade de Recife, onde a precipitação foi de 85 mm. Em Ipojuca

choveu 167 mm, o maior índice diário registrado no mês. Esse valor corresponde a

50% da média mensal, ou seja, em apenas um dia choveu o equivalente a metade do

esperado para o mês.

VALORES EXTREMOS NO SERTÃO

Evento Maior Chuva

Maior Temperatura

Menor Temperatura

Menor Umidade Relativa

Localidade Triunfo Floresta Sertânia Ibimirim Valor 40,0 mm 36°C 11,5°C 20% DIA 26/27 03 20, 21, 22 e 23 03 e 04

VALORES EXTREMOS NO AGRESTE

Evento Maior Chuva

Maior Temperatura

Menor Temperatura

Menor Umidade Relativa

Localidade João Alfredo Águas Belas Brejão Águas Belas Valor 50,0 mm 33,1°C 14,4°C 31% DIA 26/27 02 20 03

VALORES EXTREMOS NA ZONA DA MATA

Evento Maior Chuva

Maior Temperatura

Menor Temperatura

Menor Umidade Relativa

Localidade Escada Palmares Carpina Palmares Valor 132 mm 31,3°C 18°C 43% DIA 26/27 03 09 19

VALORES EXTREMOS NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE

Evento Maior Chuva

Maior Temperatura

Menor Temperatura

Menor Umidade Relativa

Localidade Ipojuca S. Lourenço da Mata

Recife Recife

Valor 167 mm 31,4°C 19,5°C 44% DIA 26/27 03 21 21

3. ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO ACUMULADA ENTRE OS MESES DE JANEIRO E JUNHO DE 2014

Os maiores valores acumulados entre janeiro e junho foram registrados no

Sertão do Pajeú, Zona da Mata e Região Metropolitana de Recife. Enquanto que no

Sertão do São Francisco e Agreste Central ocorreram os menores índices de

precipitação no ano. O acumulado médio da precipitação do Sertão foi de 336 mm, o

que representa um desvio relativo médio de -39% do esperado. No Agreste esse valor

médio foi de 358 mm, significando um desvio relativo de -28%. Já na Zona da Mata, a

média do período foi de 731 mm (desvio de -26%). Apenas na Região Metropolitana do

Recife a precipitação média do período ficou próxima da média com um desvio relativo

de -8%, e valor acumulado de 1184 mm. As localidades com ocorrência de maior índice

pluviométrico e seus respectivos desvios foram: Cabo de Santo Agostinho (1540 mm,

+19%), Jaboatão dos Guararapes (1530 mm, +27%) e Recife (1412 mm, -1%).

Figura 4 – Distribuição espacial da precipitação acumulada (mm) de janeiro a junho de 2014.

Figura 5 – Desvios relativos (%) da precipitação observada entre os meses de janeiro e junho de 2014.

-41 -40 -39 -38 -37 -36 -35

-9

-8

0 25 50 100 200 400 600 900 1200 1500 2000 2500

Precipitação Acumulada (mm) entre Janeiro e Junho de 2014

-41 -40 -39 -38 -37 -36 -35

-9

-8

-100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100

Desvios Percentuais (%) da Precipitação Acumulada de Janeiro a Junho de 2014

4. MONITORAMENTO DA SECA.

A APAC faz o monitoramento da seca através dos gráficos dos quantis, os quais

são elaborados por região pluviométrica homogênea representada na Figura 6. O

método dos quantis associa a precipitação mensal, que é enquadrada em um intervalo

de cinco classes, a uma classificação climática: Muito Seco, Seco, Normal, Chuvoso e

Muito Chuvoso.

SERTÃO

Como o período chuvoso do Sertão inicia em janeiro e finaliza em maio, no

período de junho a outubro não se faz uma análise detalhada da classificação climática

mensal, devido à pequena quantidade de precipitação registrada. De uma maneira

geral, no mês de junho a precipitação média em todas as microrregiões foram inferiores

a 15 mm, como se observam nas Figuras de 07 a 10. A análise do período chuvoso do

Sertão pode ser vista nos Boletins anteriores.

Figura 6 - Microrregiões pluviométricamente homogêneas do Estado de Pernambuco.

Figura 7: Quantis mensais para o Alto Sertão (2014)

Figura 8: Quantis mensais para o Sertão do São Francisco (2014).

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Alto Sertão (2014)

Muito Seco Seco Normal Chuvoso Muito Chuvoso 2014

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Sertão do São Francisco (2014)

Muito Seco Seco Normal Chuvoso Muito Chuvoso 2014

Figura 9: Quantis mensais para o Sertão do Pajeú (2014)

Figura 10: Quantis mensais para o Sertão do Moxotó (2014)

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Sertão do Pajeú (2014)

Muito Seco Seco Normal Chuvoso Muito Chuvoso 2014

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Sertão do Moxotó (2014)

Muito Seco Seco Normal Chuvoso Muito Chuvoso 2014

AGRESTE, ZONA DA MATA E LITORAL

O período mais chuvoso nessas regiões compreende os meses de março a

julho, sendo que os maiores de precipitação ocorrem na Zona da Mata e Litoral.

No Agreste Meridional, o mês de março foi classificado como “seco”, com uma

precipitação média de 51,6 mm. Nos meses de abril e maio houve um aumento da

precipitação, com valores médios de 105 mm em abril - classificado como “normal” e

140 mm em maio – classificado como “chuvoso”. Em junho, mês climaticamente mais

chuvoso, houve uma redução nas chuvas e foi classificado como “muito seco”, com

uma precipitação média de 66 mm (Figura 11).

A microrregião Agreste Central teve classificação de “seco” nos meses de março

e abril, com valores médios de 54 mm e 60 mm, respectivamente. No mês de maio, as

chuvas ficaram na classificação “normal” com valor médio de 97 mm e o mês de junho

volta a ser classificado como “seco” com uma precipitação média de 67 mm, como

pode ser visto na Figura 12.

No Agreste Setentrional, o mês de março teve uma precipitação média de 36

mm o que classificou o mês como “muito seco”. Em abril, a classificação foi de “seco”

com um valor médio de precipitação de 57 mm. Já em maio, ocorreram as maiores

precipitações do período, com uma precipitação média de 177 mm na microrregião,

sendo esse mês classificado como “muito chuvoso”. O mês de junho foi classificado

como “muito seco”, com uma precipitação 64 mm, no mês onde se espera uma maior

quantidade de chuvas.

A Zona da Mata e Litoral apresentou as melhores condições de precipitação no

Estado. As chuvas ficaram na faixa de classificação “normal” nos meses de março, abril

e junho com valores médios de 120 mm, 186 mm e 219 mm, respectivamente. Junho

foi classificado como “chuvoso” com um valor médio da precipitação de 219mm.

Resumindo as condições da estação chuvosa no setor leste do estado, no

Agreste as chuvas variaram da faixa de normal a abaixo do normal, enquanto que na

Zona da Mata e Litoral as chuvas variaram na faixa de normal a chuvoso.

Figura 11: Quantis mensais para o Agreste Meridional (2014)

Figura 12: Quantis mensais para o Agreste Central (2014)

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Quantis Agreste Meridional

Muito Seco Seco Normal Chuvoso Muito Chuvoso 2014

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Quantis Agreste Central

Muito Seco Seco Normal Chuvoso Muito Chuvoso 2013

Figura 13: Quantis mensais para o Agreste Setentrional (2014)

Figura 14: Quantis mensais para Zona da Mata e Litoral (2014)

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Agreste Setentrional

Muito Seco Seco Normal Chuvoso Muito Chuvoso 2014

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Zona da Mata e Litoral

Muito Seco Seco Normal Chuvoso Muito Chuvoso 2014

5. ANÁLISE DOS PARÂMETROS OCEÂNICOS E ATMOSFÉRICOS EM JUNHO DE 2014

As condições oceânicas e atmosféricas, nas áreas tropicais no Atlântico e no

Pacífico, influenciam fortemente no regime de chuvas sobre o Nordeste do Brasil. No

Pacífico Tropical ocorre o fenômeno El Niño, formado quando as águas superficiais

ficam mais quentes que o normal, na região do Niño 3+4 (Figura 15), por mais de três

meses consecutivos. Esse fenômeno causa movimentos descendentes do ar sobre

nossa região inibindo a formação de nuvens e reduzindo a ocorrência de chuvas. No

Oceano Atlântico Tropical, outro fenômeno responsável pela variação na precipitação é

o Dipolo do Atlântico. As condições são favoráveis para a formação de chuvas no

Nordeste quando as temperaturas do Atlântico Sul tornam-se mais quentes que as do

Atlântico Norte, ficando o dipolo com valores negativos, e vice-versa. Devido a essas

influências, a APAC monitora mensalmente as Temperaturas da Superfície do Mar

(TSM) do oceano Pacífico e do Atlântico.

Monitoramento do El Niño

As TSMs do Oceano Pacífico Equatorial continuam aquecendo, apresentado

valores de 2°C acima da climatologia na região do Niño 1 +2, no mês de junho (Figura

16). Ressalta-se que os modelos de previsão climática mostram uma probabilidade

acima de 70% de ocorrência de El Niño para o trimestre Agosto-Setembro-Outubro;

aumentando para 80% no trimestre Novembro-Dezembro-Janeiro (Figura 17), início do

período chuvoso do Sertão pernambucano.

Figura 15 – Regiões de medições do El Niño no Oceano Pacífico (Fonte CPC/IRI)

Figura 16 – Anomalia da Temperatura da Superfície do Mar observada em junho de 2014. Fonte:

CPTEC/INPE

Figura 17 – Previsão probabilística de ocorrência de El Niño por trimestre (Fonte CPC/IRI)

Monitoramento do Dipolo do Atlântico

Em junho, as temperaturas da superfície do mar no Oceano Atlântico Tropical

Sul permaneceram mais quentes que as temperaturas no Atlântico Tropical Norte,

como se observa na Figura 18, o que implica em dipolo negativo (Figura 4). Esse

padrão ficou favorável à ocorrência de chuvas no Nordeste brasileiro, desde fevereiro

até junho, sendo o mês de março com maior valor do gradiente.

Figura 18: Índice de anomalias do gradiente de temperatura do Atlântico Tropical Norte menos o Atlântico

Tropical Sul. Fonte: OOPC (Ocean Observations Panel for Climate). Monitoramento da Zona de Convergência Intertropical

A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é um dos principais sistemas que

causam chuvas na Região Norte e Nordeste do Brasil. Esse sistema é formado pela

confluência dos ventos alísios do hemisfério norte e do hemisfério sul e possui um

deslocamento norte-sul ao longo do ano, alcançando sua posição mais ao norte em

setembro, e sua posição mais ao sul em março. A intensidade e posição desse sistema

dependem das temperaturas do oceano tropical e da velocidade dos ventos alísios.

Durante o mês de junho, a ZCIT permaneceu dentro de sua posição normal para o

período e não causou chuvas na nossa Região.

Figura 19: Posição média da ZCIT durante o mês de junho de 2014. Fonte: CPTEC/INPE

Monitoramento das Condições Atmosféricas

As de linhas de corrente representam o deslocamento médio do vento no nível

de 850 hPa (aproximadamente 1,5 km). Através da análise desse campo (Figura 20)

podemos verificar que no mês de junho, próximo à costa leste do Nordeste brasileiro,

houve um afundamento nas linhas de corrente, evidenciando ocorrência de distúrbios

de leste nessa região os quais causaram chuvas no Litoral e Zona da Mata.

A carta de pressão ao nível do mar (Figura 21) indicou que a Alta Subtropical do

Atlântico Sul esteve mais intensa, porém mais deslocada para sul do que sua posição

climatológica. Esse padrão acarretou um fortalecimento dos ventos alísios e maior

possibilidade de ocorrência de distúrbios de leste, porém devido ao seu deslocamento

para sul, atingindo mais o sul da Bahia do que o Pernambuco.

Figura 20 – Linhas de corrente 850 hPa em junho de 2014. Fonte: CPTEC/INPE.

Figura 21 –Pressão ao nível do mar em junho de 2014. Fonte: CPTEC/INPE.

6. ANÁLISE DAS TEMPERATURAS DO AR E UMIDADES RELATI VAS MÁXIMAS E MÍNIMAS

A figura 22 mostra a distribuição espacial da média mensal das temperaturas

máximas diárias registradas em junho de 2014 nas PCDs do INMET e da APAC. De

uma maneira geral, os maiores valores médios do Estado ocorreram no Sertão do São

Francisco, onde as temperaturas máximas ficaram em torno de 31°C; enquanto que os

menores valores das temperaturas máximas ocorreram no Agreste Meridional, entre 24

e 27°C. Com relação ao mês anterior, houve uma diminuição nos valores das

temperaturas, o que é coerente, pois em junho, inicia-se o inverno, estação em que o

sol encontra-se na sua posição latitudinal mais ao norte.

Figura 22 – Distribuição espacial das médias das temperaturas máximas (0C) observadas no estado de

Pernambuco, durante o mês de junho de 2014.

As menores temperaturas são registradas na madrugada, nas áreas de maior

altitude e nas noites com ausência de nuvens devido à perda de radiação solar. Os

menores valores de temperaturas foram registrados em Sertânia (11,5°C), Arcoverde

(14,3°C) e Brejão (14,4 °C).

-41 -40 -39 -38 -37 -36 -35

-9

-8

23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37

Temperatura Máxima Média de Junho de 2014

Figura 23 – Distribuição espacial das médias das temperaturas mínimas (0C) observadas no estado de

Pernambuco, durante o mês de junho de 2014.

A umidade relativa do ar é inversamente proporcional à temperatura do ar, assim

os menores valores de umidade do ar foram registrados nas áreas em que ocorreram

as menores temperaturas, e vice-versa, como pode ser visto comparando a Figura 22 e

24. A umidade relativa mínima, em média, apresentou valores entre 35% e 55% no

Sertão, entre 55% e 75% no Agreste, e em torno de 50% na Zona da Mata e Litoral.

Os menores valores foram registrados em Ibimirim (20%), Floresta (21%) e Ouricuri

(23%), nos primeiros dias do mês. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS),

um nível considerado aceitável deve estar acima dos 30% e a APAC envia alerta de

umidade relativa para as localidades onde a umidade relativa deve ficar abaixo dos

20%.

Figura 24 – Distribuição espacial da umidade relativa do ar mínima média (%) em maio de 2014.

-41 -40 -39 -38 -37 -36 -35

-9

-8

12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27

Temperatura Mínima Média em Junho 2014

-41 -40 -39 -38 -37 -36 -35

-9

-8

20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80

Média da Umidade Relativa Mínima Diária

Os mapas de temperatura e umidade, analisados anteriormente, refletem o

comportamento médio dessas variáveis, mas houve dias em que os valores máximos e

mínimos foram mais expressivos em determinados horários. A Tabela 1 mostra o maior

e o menor valor de temperatura que foi registrado no mês de junho, para cada

localidade onde temos registros, assim como o menor valor de umidade ocorrido

durante o mês.

Tabela 1 – Valores extremos ocorridos em um dia específico durante o mês de junho.

Estação T.Máx Med T.Mín Med Ur Min Afrânio 34,9 18,0 27 Águas Belas 33,1 17,1 31 Araripina 30,8 16,2 30 Arcoverde (INMET) 30,9 14,3 26 Barreiros 30,2 18,8 51 Belém do São Francisco 34,5 18,5 29 Brejão 27,4 14,4 46 Cabrobó (INMET) 34,2 18,4 23 Carpina 30,2 18,0 51 Cupira 30,6 15,9 47 Floresta (INMET) 36,4 17,1 21 Garanhuns (INMET) 29,4 16,7 47 Goiana 30,3 19,8 50 Ibimirim (INMET) 34,1 16,0 20 Ipojuca (Suape) 31,2 21,1 52 Jaboatão (Curado) 31,4 19,9 50 Ouricuri (INMET) 34,2 18,5 23 Palmares (INMET) 31,3 18,7 43 Petrolina (INMET) 34,1 19,0 26 Recife (INMET) 30,3 19,5 44 Salgueiro 34,0 17,2 25 Santa Maria da Boa Vista 34,0 18,5 29 Serra Talhada (INMET) 31,7 17,8 26 Surubim (INMET) 28,8 16,7 47 Vertentes 33,0 17,5 49 Vitória de Santo Antão 31,1 18,6 39

ANEXOS:

PRECIPITAÇÃO EM JUNHO DE 2014

Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife

Municípios Total (mm)

Climatologia (mm)

Desvio (mm)

Desvio (%)

Abreu e Lima 373,0 312,3 60,7 19 Água Preta 246,2 196,0 50,2 26 Barreiros - PCD 100,4 306,0 -205,6 -67 Belém de Maria 107,3 260,0 -152,7 -59 Cabo 373,8 294,0 79,8 27 Cabo (Barragem de Gurjaú) 367,3 294,0 73,3 25 Cabo (Barragem de Suape) 338,9 294,0 44,9 15 Cabo (Pirapama) 348,4 294,0 54,4 19 Camaragibe 462,1 309,0 153,1 50 Carpina (Est. Exp. de Cana-de-Açúcar) 155,0 177,0 -22,0 -12 Chã de Alegria 276,2 201,0 75,2 37 Cortês 297,7 285,9 11,8 4 Ferreiros 257,1 268,5 -11,4 -4 Gameleira 324,4 329,0 -4,6 -1 Goiana - PCD 354,3 281,0 73,3 26 Goiana (Itapirema - IPA) 401,6 281,0 120,6 43 Igarassu 387,6 319,0 68,6 22 Igarassu (Bar.Catucá) 401,9 328,0 73,9 23 Igarassu (Usina São José) 377,4 328,0 49,4 15 Ipojuca 472,9 329,0 143,9 44 Itamaracá 382,5 328,0 54,5 17 Itambé (IPA) 265,9 214,1 51,8 24 Itapissuma 348,8 328,0 20,8 6 Jaboatão dos Guararapes 247,6 309,0 -61,4 -20 Jaboatão dos Guararapes (Bar.Duas Unas) 397,4 309,0 88,4 29 Lagoa de Itaenga (Barragem de Carpina) 101,6 174,0 -72,4 -42 Nazaré da Mata 286,3 184,0 102,3 56 Olinda 328,7 309,0 19,7 6 Olinda (Academia Santa Gertrudes) 364,2 309,0 55,2 18 Olinda (Alto da Bondade) 340,3 309,0 31,3 10 Paudalho 291,2 165,0 126,2 76 Paudalho (Barragem de Goitá) 357,6 166,0 191,6 115 Paulista 187,5 309,0 -121,5 -39 Primavera 381,0 315,0 66,0 21 Quipapá 146,0 132,0 14,0 11 Recife (Alto da Brasileira) 417,1 352,0 65,1 18 Recife (Santo Amaro) 219,1 352,0 -132,9 -38 Recife (Várzea) 498,3 386,0 112,3 29 Ribeirão 242,3 324,0 -81,7 -25 Ribeirão (Fazenda Capri) 374,6 324,0 50,6 16 Rio Formoso (Usina Cucaú) 337,5 233,0 104,5 45 São Benedito do Sul 244,6 191,0 53,6 28 São Lourenço da Mata (Tapacurá) 287,7 214,0 73,7 34 Tamandaré 281,0 336,0 -55,0 -16

Agreste

Municípios Total (mm)

Climatologia (mm)

Desvio (mm)

Desvio (%)

Angelim 111,5 131,0 -19,5 -15 Belo Jardim 77,9 80,0 -2,1 -3 Belo Jardim (Açude Bituri) 84,8 80,0 4,8 6 Bom Conselho (IPA) 48,0 78,0 -30,0 -38 Bom Jardim 201,6 220,0 -18,4 -8 Brejão (IPA) 146,6 246,0 -99,4 -40 Brejão - PCD 140,8 246,0 -105,2 -43 Brejo da Madre de Deus (Fazenda Nova) 30,6 90,0 -59,4 -66 Cachoeirinha 106,8 66,0 40,8 62 Capoeiras 111,9 71,0 40,9 58 Caruaru 75,4 93,1 -17,7 -19 Caruaru (IPA) 122,3 93,1 29,2 31 Caruaru - PCD 117,0 93,1 23,9 26 Correntes 119,7 165,0 -45,3 -27 Frei Miguelinho (Algodão do Manso) 76,0 96,0 -20,0 -21 Garanhuns 127,8 121,0 6,8 6 Iati 51,0 86,0 -35,0 -41 João Alfredo 164,4 132,0 32,4 25 Jucati 96,0 86,0 10,0 12 Passira 103,6 92,0 11,6 13 Pedra (São Pedro do Cordeiro) 63,0 44,0 19,0 43 Pesqueira 83,2 76,0 7,2 9 Riacho das Almas 60,0 77,0 -17,0 -22 Sanharó 91,8 77,0 14,8 19 Santa Cruz do Capibaribe 67,7 62,0 5,7 9 São Bento do Una (IPA) 100,5 70,0 30,5 44 São Bento do Una - PCD 74,0 70,0 4,0 6 São Vicente Férrer 283,2 168,1 115,1 68 Surubim 84,4 102,0 -17,6 -17 Vertente do Lério 75,0 101,0 -26,0 -26 Vertentes (IPA) 76,1 121,0 -44,9 -37

Sertão

Municípios Total (mm)

Climatologia (mm)

Desvio (mm)

Desvio (%)

Afogados da Ingazeira 67,5 30 37,5 125 Afrânio 4,4 8,4 -4 -48 Afrânio - PCD 3,8 8,4 -4,6 -55 Araripina 0,3 10,9 -10,6 -97 Araripina - PCD 1,4 10,9 -9,5 -87 Arcoverde (IPA) 58,2 74,9 -16,7 -22 Arcoverde - PCD 63,3 74,9 -11,6 -15 Belém de São Francisco (CHESF) 0,0 12,1 -12,1 -100 Belém de São Francisco (Ibó - CHESF) 2,7 12,1 -9,4 -78 Belém de São Francisco (IPA) 2,0 12,1 -10,1 -83 Betânia 2,0 24,3 -22,3 -92 Bodocó 0,0 24,6 -24,6 -100 Brejinho 21,8 42 -20,2 -48 Cabrobó 1,0 13,3 -12,3 -92

Calumbi 42,1 34,8 7,3 21 Exu (IPA) 4,0 34,6 -30,6 -88 Flores 0,0 35,4 -35,4 -100 Floresta 3,8 13 -9,2 -71 Floresta (CHESF) 0,0 13 -13 -100 Floresta - PCD 2,2 13 -10,8 -83 Ibimirim (IPA) 3,3 34,4 -31,1 -90 Ibimirim - PCD 3,6 34,4 -30,8 -90 Iguaraci 29,9 32,1 -2,2 -7 Inajá (CHESF) 11,1 27,9 -16,8 -60 Ipubi 3,6 24 -20,4 -85 Itapetim 15,0 34,8 -19,8 -57 Moreilândia 6,0 24 -18 -75 Ouricuri - PCD 1,4 12 -10,6 -88 Parnamirim 1,7 11 -9,3 -85 Petrolina 4,0 4 0 0 Petrolina (INMET) 6,8 4 2,8 70 Petrolina - PCD 5,0 4 1 25 Quixaba 23,7 45 -21,3 -47 Salgueiro 2,5 11 -8,5 -77 Salgueiro - PCD 3,4 11 -7,6 -69 Santa Cruz da Baixa Verde 21,0 42 -21 -50 Santa Cruz da Venerada 0,0 17 -17 -100 Santa Maria da Boa Vista (CHESF) 2,7 9 -6,3 -70 Santa Maria da Boa Vista - PCD 1,3 9 -7,7 -86 Santa Terezinha 36,5 28 8,5 30 São José do Egito - PCD 64,0 31 33 106 Serra Talhada 35,3 27 8,3 31 Serra Talhada (Açude Cachoeira) 26,8 27 -0,2 -1 Serra Talhada (IPA) 28,4 27 1,4 5 Serra Talhada - PCD 21,6 27 -5,4 -20 Serrita 0,0 10,6 -10,6 -100 Sertânia 62,1 35,8 26,3 73 Sertânia (IPA) 32,5 35,8 -3,3 -9 Sertânia - PCD 69,0 35,8 33,2 93 Solidão 66,4 39 27,4 70 Tacaratu (Sítio Gameleira) 14,5 92,2 -77,7 -84 Triunfo 36,0 117,2 -81,2 -69 Tuparetama (Fazenda Riacho) 40,1 48,2 -8,1 -17

ACUMULADO DE JANEIRO A JUNHO DE 2013

Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife

Municípios Total (mm)

Climatologia (mm)

Desvio (mm)

Desvio (%)

Abreu e Lima 1029 1302,99 -273,99 -21 Água Preta 773,2 805 -31,8 -4 Barreiros - PCD 502,2 1334 -831,8 -62 Belém de Maria 414,2 1078 -663,8 -62 Cabo 1207,9 1290 -82,1 -6 Cabo (Barragem de Gurjaú) 1097 1282 -185,8 -14 Cabo (Barragem de Suape) 939 1289 -349,5 -27 Cabo (Pirapama) 1021,6 1289 -267,4 -21 Camaragibe 1294,6 1202 92,6 8 Carpina (Est. Exp. de Cana-de-Açúcar) 635,6 684 -48,4 -7 Chã de Alegria 698,6 803 -104,4 -13 Cortês 828 1095 -267,5 -24 Ferreiros 611,9 1114 -502,58 -45 Gameleira 801,2 1327 -525,8 -40 Goiana - PCD 794,3 1299 -504,7 -39 Goiana (Itapirema - IPA) 1051,6 1302 -250,4 -19 Igarassu 1106,8 1505 -398,2 -26 Igarassu (Bar.Catucá) 994,7 1333 -338,3 -25 Igarassu (Usina São José) 1094,9 1333 -238,1 -18 Ipojuca 1123,7 1234 -110,4 -9 Itamaracá 947,8 1333 -385,2 -29 Itambé (IPA) 801,5 800 1,3 0 Itapissuma 1050,5 1333 -282,5 -21 Jaboatão dos Guararapes 977,6 1202 -224,4 -19 Jaboatão dos Guararapes (Bar.Duas Unas) 1278,4 1202 76,4 6 Lagoa de Itaenga (Barragem de Carpina) 343,9 754 -410,1 -54 Nazaré da Mata 755,9 818 -62,1 -8 Olinda 963,3 1202 -238,7 -20 Olinda (Academia Santa Gertrudes) 1049,5 1202 -152,5 -13 Olinda (Alto da Bondade) 1062 1202 -140 -12 Paudalho 829,7 751 78,7 10 Paudalho (Barragem de Goitá) 829,9 753 76,9 10 Paulista 907,1 1202 -294,9 -25 Primavera 1102 1259 -157 -12 Quipapá 448,1 550 -101,9 -19 Recife (Alto da Brasileira) 848,2 1435 -586,8 -41 Recife (Santo Amaro) 829,8 1435 -605,2 -42 Recife (Várzea) 1277,7 1422 -144,3 -10 Ribeirão 906,2 1295 -388,8 -30 Ribeirão (Fazenda Capri) 1004,6 1253 -248,4 -20 Rio Formoso (Usina Cucaú) 895,5 1112 -216,5 -19 São Benedito do Sul 629,1 813 -184,57 -23 São Lourenço da Mata (Tapacurá) 754,7 865 -110,3 -13 Tamandaré 782,6 1377 -594,4 -43

Agreste

Municípios Total (mm)

Climatologia (mm)

Desvio (mm)

Desvio (%)

Angelim 309,4 536 -226,6 -42 Belo Jardim 264,4 521 -256,6 -49 Belo Jardim (Açude Bituri) 301,2 521 -219,8 -42 Bom Conselho (IPA) 165,9 318 -152,1 -48 Bom Jardim 571,8 873 -301,2 -35 Brejão (IPA) 390,2 883 -492,8 -56 Brejão - PCD 349,4 883 -533,6 -60 Brejo da Madre de Deus (Fazenda Nova) 209,2 586 -376,8 -64 Cachoeirinha 236,9 324 -87,1 -27 Capoeiras 256,3 447 -190,7 -43 Caruaru 232,2 368 -136,3 -37 Caruaru (IPA) 372,6 368 4,1 1 Caruaru - PCD 342,1 368 -26,4 -7 Correntes 378,9 574 -195,1 -34 Frei Miguelinho (Algodão do Manso) 190,7 434 -243,3 -56 Garanhuns 323,6 493 -169,4 -34 Iati 161,1 464 -302,9 -65 João Alfredo 460,5 517 -56,5 -11 Jucati 260 478 -218 -46 Passira 367,3 404 -36,7 -9 Pedra (São Pedro do Cordeiro) 116,2 316 -199,8 -63 Pesqueira 232,5 475 -242,5 -51 Riacho das Almas 140,3 405 -264,7 -65 Sanharó 251,3 534 -282,7 -53 Santa Cruz do Capibaribe 241,8 405 -163,2 -40 São Bento do Una (IPA) 277,7 424 -146,3 -35 São Bento do Una - PCD 175 424 -249 -59 São Vicente Férrer 795,4 700 94,92 14 Surubim 270,9 439 -168,1 -38 Vertente do Lério 233 466 -233 -50

Sertão

Municípios Total (mm)

Climatologia (mm)

Desvio (mm)

Desvio (%)

Afogados da Ingazeira 410,8 509,5 -98,7 -19 Afrânio 373,4 434,5 -61,1 -14 Afrânio - PCD 377,3 434,5 -57,2 -13 Araripina 675,6 547,6 128 23 Araripina - PCD 425,2 547,6 -122,4 -22 Arcoverde (IPA) 232,1 498,7 -266,6 -53 Arcoverde - PCD 268,5 498,7 -230,2 -46 Belém de São Francisco (CHESF) 63,1 319,2 -256,1 -80 Belém de São Francisco (Ibó - CHESF) 85,1 319,2 -234,1 -73 Belém de São Francisco (IPA) 80,2 319,2 -239 -75 Betânia 112,8 400,5 -287,7 -72 Bodocó 329,1 507,2 -178,1 -35 Brejinho 177 603 -426 -71 Cabrobó 106,9 355,4 -248,5 -70 Calumbi 315,4 571,58 -256,18 -45

Exu (IPA) 456 642 -186 -29 Flores 258,1 605,5 -347,4 -57 Floresta 97,6 387 -289,4 -75 Floresta (CHESF) 80,6 387 -306,4 -79 Floresta - PCD 76,3 387 -310,7 -80 Ibimirim (IPA) 142,1 450,1 -308 -68 Ibimirim - PCD 129,9 450,1 -320,2 -71 Iguaraci 358,3 530,8 -172,5 -32 Inajá (CHESF) 96,1 274,5 -178,4 -65 Ipubi 403,8 618 -214,2 -35 Itapetim 159 507,4 -348,4 -69 Moreilândia 392 536,7 -144,7 -27 Ouricuri - PCD 372 464 -92 -20 Parnamirim 170,2 448 -277,8 -62 Petrolina 85,2 307 -221,8 -72 Petrolina (INMET) 125,6 307 -181,4 -59 Petrolina - PCD 95,5 307 -211,5 -69 Quixaba 482,9 681 -198,1 -29 Salgueiro 256,4 463 -206,6 -45 Salgueiro - PCD 271,4 463 -191,6 -41 Santa Cruz da Baixa Verde 345,5 603 -257,5 -43 Santa Cruz da Venerada 247,1 459 -211,9 -46 Santa Maria da Boa Vista (CHESF) 121,9 352 -230,1 -65 Santa Maria da Boa Vista - PCD 100,8 352 -251,2 -71 Santa Terezinha 290,3 574 -283,7 -49 São José do Egito - PCD 263,2 501,7 -238,5 -48 Serra Talhada 267,6 506,2 -238,6 -47 Serra Talhada (Açude Cachoeira) 238,6 506,2 -267,6 -53 Serra Talhada (IPA) 339,7 506,2 -166,5 -33 Serra Talhada - PCD 233,1 506,2 -273,1 -54 Serrita 231,1 440,9 -209,8 -48 Sertânia 221,6 447,3 -225,7 -50 Sertânia (IPA) 136,8 447,3 -310,5 -69 Sertânia - PCD 222,4 447,3 -224,9 -50 Solidão 297,6 561 -263,4 -47 Tacaratu (Sítio Gameleira) 180,1 481 -300,9 -63 Triunfo 472,6 943,1 -470,5 -50 Tuparetama (Fazenda Riacho) 102,6 539,7 -437,1 -81 Afogados da Ingazeira 410,8 509,5 -98,7 -19 Afrânio 373,4 434,5 -61,1 -14 Instituições Colaboradoras:

CHESF CODECIPE COMPESA MCT/INPE/CPTEC

INMET IPA ANA ITEP CPRM CPRH