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Boletim de Jurisprudência ÍNDICE CIVEL: 1 – COMPETÊNCIA ............................................................................................................... 4 1.1 – TELEFONIA – Ausência de Sinal – Complexidade da Matéria ........................................... 4 2 – COBRANÇA .................................................................................................................... 4 2.1 – ATA NOTARIAL – Fusão e Transferência do Patrimônio ................................................... 4 2.2 – COMISSÃO DE CORRETAGEM – Ausência de Previsão Legal ............................................ 5 2.3 – ENERGIA ELÉTRICA – Zona Rural ...................................................................................... 5 2.4 – LOCATIVOS – Legitimidade – Herdeiros ........................................................................... 5 2.5 – PEDIDO DE PARCELAMENTO – Inteligência do artigo 314 do Código Civil ...................... 6 2.6 – SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT – Acidente não classificado como de trânsito................ 6 3 – CONDOMÍNIO ................................................................................................................ 6 3.1 – SÍNDICO – Recebimento de Pró-labore............................................................................. 6 4 – CONSUMIDOR ................................................................................................................ 6 4.1 – CANCELAMENTO DE RESERVAS DE HOTEL – Restituição de Valores – Empresa Intermediadora ......................................................................................................................... 6 4.2 – GOLPE DO INSS – Declaratória de Inexistência de Débito ................................................ 7 4.3 – PASSAGEM AÉREA – Valor Promocional........................................................................... 7 4.4 – PLANO DE SAÚDE – Cobertura – Exame Essencial ........................................................... 7 4.5 – PLANO DE SAÚDE – Negativa de Procedimento............................................................... 8 4.6 – TRANSPORTE AÉREO – Impedimento de Embarque – Alegação de “No Show” ............... 8 4.7 – TRANSPORTE AÉREO – Extravio de Bagagem – Viagem de férias em cruzeiro Marítimo 9 4.8 – VICIO DO PRODUTO – Desfazimento do Negócio............................................................. 9 4.9 – COMISSÃO DE CORRETAGEM – IMÓVEL COMPRADO NA PLANTA – CLIENTE QUE SE DIRIGE AO PLANTÃO DE VENDAS – CONTRATO DE ADESÃO .................................................... 9 4.10 – COMISSÃO DE CORRETAGEM – IMÓVEL COMPRADO NA PLANTA. CLIENTE QUE SE DIRIGE AO PLANTÃO DE VENDAS – CONTRATO DE ADESÃO – ENTENDIMENTO RECENTEMENTE PACIFICADO PELAS TURMAS RECURSAIS NO JULGAMENTO DO INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO Nº 71003673605 ................................................................................... 10 5 – CONTRATOS ................................................................................................................. 11 5.1 – COMPRA E VENDA DE IMÓVEL – Aplicação do CDC ....................................................... 11

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Boletim de Jurisprudência

ÍNDICE

CIVEL:

1 – COMPETÊNCIA ............................................................................................................... 4

1.1 – TELEFONIA – Ausência de Sinal – Complexidade da Matéria ........................................... 4

2 – COBRANÇA .................................................................................................................... 4

2.1 – ATA NOTARIAL – Fusão e Transferência do Patrimônio ................................................... 4

2.2 – COMISSÃO DE CORRETAGEM – Ausência de Previsão Legal ............................................ 5

2.3 – ENERGIA ELÉTRICA – Zona Rural ...................................................................................... 5

2.4 – LOCATIVOS – Legitimidade – Herdeiros ........................................................................... 5

2.5 – PEDIDO DE PARCELAMENTO – Inteligência do artigo 314 do Código Civil ...................... 6

2.6 – SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT – Acidente não classificado como de trânsito ................ 6

3 – CONDOMÍNIO ................................................................................................................ 6

3.1 – SÍNDICO – Recebimento de Pró-labore ............................................................................. 6

4 – CONSUMIDOR ................................................................................................................ 6

4.1 – CANCELAMENTO DE RESERVAS DE HOTEL – Restituição de Valores – Empresa

Intermediadora ......................................................................................................................... 6

4.2 – GOLPE DO INSS – Declaratória de Inexistência de Débito ................................................ 7

4.3 – PASSAGEM AÉREA – Valor Promocional........................................................................... 7

4.4 – PLANO DE SAÚDE – Cobertura – Exame Essencial ........................................................... 7

4.5 – PLANO DE SAÚDE – Negativa de Procedimento ............................................................... 8

4.6 – TRANSPORTE AÉREO – Impedimento de Embarque – Alegação de “No Show” ............... 8

4.7 – TRANSPORTE AÉREO – Extravio de Bagagem – Viagem de férias em cruzeiro Marítimo 9

4.8 – VICIO DO PRODUTO – Desfazimento do Negócio ............................................................. 9

4.9 – COMISSÃO DE CORRETAGEM – IMÓVEL COMPRADO NA PLANTA – CLIENTE QUE SE

DIRIGE AO PLANTÃO DE VENDAS – CONTRATO DE ADESÃO .................................................... 9

4.10 – COMISSÃO DE CORRETAGEM – IMÓVEL COMPRADO NA PLANTA. CLIENTE QUE SE

DIRIGE AO PLANTÃO DE VENDAS – CONTRATO DE ADESÃO – ENTENDIMENTO

RECENTEMENTE PACIFICADO PELAS TURMAS RECURSAIS NO JULGAMENTO DO INCIDENTE

DE UNIFORMIZAÇÃO Nº 71003673605 ................................................................................... 10

5 – CONTRATOS ................................................................................................................. 11

5.1 – COMPRA E VENDA DE IMÓVEL – Aplicação do CDC ....................................................... 11

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5.2 – CONSÓRCIO – Cobrança da Diferença de Carta de Crédito ............................................ 11

5.3 – CONTRATO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL – Ressarcimento de Valores – Repetição

de Indébito .............................................................................................................................. 11

5.4 – PLANO DE SAÚDE – Negativa de Cobertura ................................................................... 12

5.5 – CONTRATO DE PLANO PRIVADO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. REAJUSTE DE VALOR POR

FAIXA ETÁRIA, AOS 59 ANOS DE IDADE .................................................................................. 12

5.6 – PLANO DE SAÚDE FAMILIAR. EXCLUSÃO DE DEPENDENTE E EX-COMPANHEIRA DO

TITULAR. PLEITO DE REINCLUSÃO. .......................................................................................... 12

5.7 – NEGÓCIOS BANCÁRIOS – CONTRATO DE EMPRÉSTIMO – Desconto do Seguro

Pretamista supostamente não contratado ............................................................................. 13

5.8 – SEGURO DE VIDA. APÓLICE DE VIDA EM GRUPO. MORTE DO CÔNJUGE SEGURADO.... 13

6 – DANOS MORAIS ........................................................................................................... 13

6.1 – ASSALTO À MÃO ARMADA – Interior de Hotel ............................................................... 14

6.2 – CHAMAMENTO À DELEGACIA DE POLÍCIA – Investigação de Furto ............................... 14

6.3 – CUMPRIMENTO DE BUSCA E APREENSÃO...................................................................... 14

6.4 – NOME E CREDIBILIDADE DE EMPRESA – Reparação de Danos ...................................... 14

6.5 – OFENSAS VERBAIS – Discussão – Equidade .................................................................... 14

6.6 – RACISMO ........................................................................................................................ 15

6.7 – USO DE IMAGEM SEM AUTORIZAÇÃO ........................................................................... 15

6.8 – USO INDEVIDO DE IMAGEM – Postagem em Rede Social .............................................. 15

6.9 – VIOLAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA ................................................................................ 15

6.10 – DEFEITO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. EMPRESA AÉREA. CONTRATAÇÃO PARA

DESLOCAMENTO DOS RESTOS MORTAIS ................................................................................ 16

6.11 – SERVIÇOS DE INTERMEDIAÇÃO DE PACOTES TURÍSTICOS – DEFEITO NA PRESTAÇÃO DE

SERVIÇOS ................................................................................................................................. 16

6.12 – DIFAMAÇÃO EM REDE SOCIAL. POSTAGEM COM CARÁTER DE DIFAMAÇÃO NO

FACEBOOK, FEITA PELO FILHO DO RÉU, MENOR DE IDADE .................................................... 17

7 – DESCONSTITUIÇÃO DA SENTENÇA ................................................................................ 17

7.1 – PROVA PERICIAL INÓCUA - Prova Indiciária ................................................................... 17

8 – DIREITO AUTORAL ........................................................................................................ 17

8.1 – VIOLAÇÃO DE OBRA ARTÍSTICA – Música ....................................................................... 17

9 – DIREITO DE VIZINHANÇA .............................................................................................. 18

9.1 – CONSTRUÇÃO DE MURO – Utilização de Propriedade Alheia ........................................ 18

10 – LEI DO PARTO HUMANIZADO...................................................................................... 18

10.1 – PARTO HUMANIZADO – Falha na Prestação do Serviço Médico ................................. 18

11 – PROCESSUAL .............................................................................................................. 18

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11.1 – CONEXÃO – Julgamento Conjunto................................................................................ 18

11.2. – MANDADO DE SEGURANÇA – Fungibilidade Recursal ................................................ 19

11.3 – RECURSO – Princípio da Dialeticidade .......................................................................... 19

12 – RESPONSABILIDADE CIVIL ........................................................................................... 20

12.1 – ACIDENTE DE TRÂNSITO – Danos Materiais (Danos Emergentes e Lucros Cessantes) e

Morais – Culpa Concorrente – Alienação Fiduciária – Seguradora ......................................... 20

12.2 – ACIDENTE DETRÂNSITO – Versões Antagônicas ........................................................... 20

12.3 – REPARAÇÃO DE DANOS – Animal de Estimação .......................................................... 20

12.4 – REPARAÇÃO DE DANOS – Furto de Veículo no estacionamento da demandada –

Utilização do Sistema Chapolin ............................................................................................... 21

12.5 – REPARAÇÃO DE DANOS – “Seqüestro-Relâmpago” e Roubo em Estacionamento de

Supermercado ......................................................................................................................... 21

13 – SERVIÇO BANCÁRIO .................................................................................................... 22

13.1 – CARTÃO DE CRÉDITO – Compras no Exterior ............................................................... 22

14 – TRANSAÇÃO ............................................................................................................... 22

14.1 – ATRASO NA ENTREGA DA OBRA – Transação – Quitação ............................................ 22

CRIMINAL:

15 – DELITO AMBIENTAL. ARTIGO 60 DA LEI 9.605/98. NORMA PENAL EM BRANCO.

ATIVIDADE DE TRIAGEM, ARMAZENAMENTO E PRENSAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PAPEIS)

......................................................................................................................................... 22

16 – DELITOS DE TRÂNSITO. ARTIGO 309 DO CTB. AUDIÊNCIA PRELIMINAR REALIZADA SEM A

PRESENÇA DE ADVOGADO. NULIDADE PROCESSUAL, DECLARADA EX OFFICIO .................... 23

17 – RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS E VINCULADAS À CONTRAVENÇÃO DE JOGOS DE

AZAR ................................................................................................................................. 23

18 – CORREIÇÃO PARCIAL. SUBSTITUIÇÃO DE TESTEMUNHA DA ACUSAÇÃO. DISCORDÂNCIA

DA DEFESA ........................................................................................................................ 24

19 – RESISTÊNCIA. NÃO OFERECIMENTO DE DEFESA PRÉVIA. NULIDADE NÃO CONFIGURADA

......................................................................................................................................... 24

20 – CORREIÇÃO PARCIAL. OFERECIMENTO, DE OFÍCIO, DE TRANSAÇÃO PENAL. INVERSÃO

TUMULTUÁRIA DE ATOS E FÓRMULAS LEGAIS. ATRIBUIÇÃO EXCLUSIVA DO MP .................. 24

21 – TRANSAÇÃO PENAL NÃO OFERECIDA. REQUISITOS LEGAIS PREENCHIDOS. PREJUÍZO

CONFIGURADO PELA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA .................................................... 25

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CÍVEL

1 – COMPETÊNCIA

1.1 – TELEFONIA – Ausência de Sinal – Complexidade da Matéria CONSUMIDOR. SERVIÇO DE TELEFONIA MÓVEL. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE SINAL. PEDIDOS DE DANOS MATERIAIS E MORAIS EM RAZÃO DE FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. RESTABELECIMENTO DE SINAL. CONVERSÃO DA OBRIGAÇÃO EM PERDAS E DANOS. DESCONSTITUIÇÃO DA SENTENÇA PARA EXTINGUIR O FEITO. INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. COMPLEXIDADE DA MATÉRIA. Consigna-se que o pedido de danos materiais não merece apreciação, porquanto é vedada a realização de pedido incerto. Somente se justifica o pleito genérico quando não for possível, desde logo, mensurar o valor exato, o que inocorre no caso concreto, já que a autora requerer a devolução dos valores pagos a título de tarifas de telefone e as despesas que teve com deslocamentos para a Cidade de Putinga/RS a fim de fazer uso do telefone celular. E, no que pertine ao pedido de danos morais e de restabelecimento do sinal telefônico, esta Justiça Especializada não é competente para apreciar a complexa matéria posta a julgamento. É assim porque não é possível aferir, sem o auxílio de prova técnica, se o problema do sinal decorre de fatores internos da empresa ré ou externos em razão da inexistência de sinal (obstrução) em determinadas regiões do Estado. Portanto, inexistem elementos para o correto e justo julgamento da questão em discussão a fim de apurar falha na prestação do serviço. Sob outro aspecto, importa ressaltar que há muitos consumidores reclamando o mesmo fato, o que faz com que a autora tenha, ainda, outra alternativa, qual seja, procurar o Ministério Público e/ou a Defensoria Pública da Comarca de Putinga/RS para que, entendendo necessária e cabível, ingressar com ação coletiva (ação civil pública) no âmbito do direito do consumidor a fim de que seja apurado o fato narrado na exordial (qualidade ou impossibilidade de recepção do sinal). DESCONSTITUIÇÃO DA SENTENÇA PARA EXTINGUIR O FEITO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO. (Recurso Cível Nº 71005040712, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva, Julgado em 21/08/2014).

2 – COBRANÇA

2.1 – ATA NOTARIAL – Fusão e Transferência do Patrimônio COBRANÇA. ALEGAÇÃO DE PAGAMENTOS REALIZADOS EM NOME DO RÉU. AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO PARA PROCEDER AO ADIMPLEMENTO DE DÍVIDA, ASSIM COMO DE RESPALDO DESTAS NA ATA NOTARIAL, NA QUAL FORAM DISCRIMINADOS OS DÉBITOS DO RÉU. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DO RÉU PELOS PAGAMENTOS REALIZADOS E

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COBRADOS PELO AUTOR. DE ACORDO COM A ATA NOTARIAL N. 18, O AUTOR FOI AUTORIZADO A FORMALIZAR A FUSÃO E A TRANSFERÊNCIA DO PATRIMÔNIO DO PARQUE GRÊMIO DOS VIAJANTES AO CLUBE RECREATIVO JUVENIAL, ORA RÉU. SENTENÇA CONFIRMADA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004933149, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva, Julgado em 11/12/2014).

2.2 – COMISSÃO DE CORRETAGEM – Ausência de Previsão Legal

RECURSO INOMINADO. COMISSÃO DE CORRETAGEM. AUSÊNCIA DE PREVISÃO CONTRATUAL. TROCA DE EMAILS QUE CARACTERIZA A INTERMEDIAÇÃO. VALOR (R$.3.776,40) REFERIDO NA SENTENÇA COMO SENDO DO CONHECIMENTO DOS AUTORES (FL.122) QUE DISCREPA DO VALOR EFETIVAMENTO PAGO (R$8.059,50). INEXISTINDO A CONTRATAÇÃO, AINDA QUE OBSERVADO O CONJUNTO PROBATÓRIO QUE APONTA PARA A INTERMEDIAÇÃO ÚTIL, É DE SER ADMITIDO TÃO SOMENTE O VALOR REFERIDO NO EMAIL, IMPONDO-SE A RESTITUIÇÃO DO EXCEDENTE, PORQUE NÃO PACTUADO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005517701, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Roberto Arriada Lorea, Julgado em 27/08/2015).

2.3 – ENERGIA ELÉTRICA – Zona Rural AÇÃO DE COBRANÇA. AGRICULTORES QUE CONTRIBUIRAM COM O PAGAMENTO DE QUOTAS PARA SUPORTAR OBRAS DE EXTENSÃO DE REDE DE ENERGIA ELETRICA EM ZONA RURAL. POSTERIOR AJUIZAMENTO DE DEMANDAS INDIVIDUAIS CONTRA A CONCESSIONARIA PARA REEMBOLSO DE SUAS RESPECTIVAS QUOTAS. RECEBIMENTO DO VALOR TOTAL DO CONTRATO

POR PARTE DOS AGRICULTORES RÉUS AO PASSO QUE OS AUTORES TIVERAM

SUAS PRETENSÕES JULGADAS IMPROCEDENTES. RECONHECIMENTO DE

CONDOMÍNIO ENTRE OS AGRICULTORES. DEVER DE REPASSE DAS QUOTAS

DIANTE DA EXTINÇÃO CONDOMINIAL E INCORPORAÇÃO DA REDE AO

PATRIMÔNIO DA CONCESSIONARIA. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº

71005104732, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Cleber Augusto

Tonial, Julgado em 11/06/2015).

2.4 – LOCATIVOS – Legitimidade – Herdeiros RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA DE LOCATIVOS. LEGITIMIDADE ATIVA DOS HERDEIROS DO CREDOR ORIGINÁRIO DO DÉBITO, CONFORME ATESTADO DE ÓBITO APORTADO AOS AUTOS. INVENTÁRIO PRÉVIO. DESNECESSIDADE. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS 12, V, 43 E 1.060, I, DO CPC. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO

DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005523204, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas

Recursais, Relator: Regis de Oliveira Montenegro Barbosa, Julgado em 25/06/2015) .

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2.5 – PEDIDO DE PARCELAMENTO – Inteligência do artigo 314 do Código Civil COBRANÇA. CHEQUES INADIMPLIDOS. ACORDO PARA PAGAMENTO DE DANOS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRÃNSITO. VALORES DEVIDOS. IMPOSSIBILIDADE DE PARCELAMENTO. ARTIGO 314 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. Considerando que a dívida já perdura por mais de dois (02) anos e o credor não aceitou o pagamento parcelado, não há como compeli-lo a receber o pagamento do débito de forma diversa da determinada em sentença. Inteligência do artigo 314 do CC/02. No entanto, é possível, aos réus, na fase de cumprimento de sentença, invocar a combinação dos artigos 745-A e 475-R, ambos do CPC, para postular o deferimento do pagamento da dívida parcelada em seis (06) prestações, mediante depósito de 30% do valor total; o que dependerá, à evidência, de chancelamento do MM. Juízo de Primeiro Grau, porquanto se trata de dispositivo destinado à execução de título extrajudicial. Feitas essas considerações, não há retoque algum a ser efetuado na sentença. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004893095, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva, Julgado em 23/10/2014).

2.6 – SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT – Acidente não classificado como de

trânsito RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT. ACIDENTE QUE NÃO PODE SER CLASSIFICADO COMO DE TRÂNSITO. VEÍCULO PARADO. REEMBOLSO DE DESPESAS MÉDICAS E HOSPITALARES INDEVIDO. SENTENÇA REFORMADA. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005441381, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais,

Relator: Roberto Arriada Lorea, Julgado em 27/08/2015).

3 – CONDOMÍNIO

3.1 – SÍNDICO – Recebimento de Pró-labore Ementa: RECURSO INOMINADO. CONDOMÍNIO EDILÍCIO. EXERCÍCIO DO CARGO DE SÍNDICO. PRETENSÃO DE RECEBIMENTO DE PRÓ-LABORE, POSTERIORMENTE FIXADO PARA A NOVA ADMINISTRAÇÃO. INVIABILIDADE. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005484613, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Regis de Oliveira Montenegro

Barbosa, Julgado em 25/06/2015).

4 – CONSUMIDOR

4.1 – CANCELAMENTO DE RESERVAS DE HOTEL – Restituição de Valores –

Empresa Intermediadora RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CANCELAMENTO DE RESERVAS DE HOTEL. RECUSA DA EMPRESA INTERMEDIADORA EM

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DEVOLVER DO VALOR PAGO. DIREITO À RESTITUIÇÃO. DANO MORAL INOCORRENTE. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. Os autores adquiriram através da

empresa ré, reservas de hotel para a cidade do Rio de Janeiro, pagando por elas o valor total de

R$ 3.304,80. Ocorre que, por motivos fortuitos, os requerentes precisaram cancelar a viagem,

consequentemente, não utilizariam mais as citadas reservas. Conforme demonstrado através dos

documentos juntados aos autos, a autora comunicou à requerida, mediante o envio de um e-

mail, que precisaria cancelar a reserva, solicitando o reembolso do valor pago (fls. 09/11). Em

resposta, a ré alegou que o hotel reservado não iria devolver o valor pago. Diante da situação, os

demandantes ajuizaram a presente demanda postulando a restituição do valor, bem como

indenização pelos danos morais sofridos. A requerida alega não possuir legitimidade para

configurar o pólo passivo da demanda, tendo em vista agir apenas como intermediadora do

negócio, entretanto, o argumento resta rechaçado, haja vista os arts. 7º parágrafo único; 25, §§

1º e 2º, do CDC. Sendo assim, a requerida constitui a cadeia de fornecedores, por isso possui

responsabilidade para responder pela demanda. Importante ressaltar que a recusa em devolver o

valor mostra-se incabível, considerando que a autora solicitou o cancelamento em período

inferior aos 07 (sete) dias estipulado pelo art. 49 do CDC. A recorrente não apresentou

incidência de multa quanto ao cancelamento do contrato, sendo assim, não tendo usufruído do

serviço e cancelando o contrato em tempo hábil, conclui-se que os autores fazem jus à

devolução da importância total paga pelas reservas. Diante disto, mantenho a sentença de

parcial procedência por seus próprios fundamentos, nos termos do art. 46 da lei 9.099/95.

RECURSO DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005315056, Terceira Turma Recursal Cível,

Turmas Recursais, Relator: Roberto Arriada Lorea, Julgado em 21/05/2015).

4.2 – GOLPE DO INSS – Declaratória de Inexistência de Débito CONSUMIDOR. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO. GOLPE DO INSS. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS VOLUNTARIAMENTE REALIZADOS PELA AUTORA. ENTREGA DE CONSIDERÁVEL QUANTIA DE DINHEIRO PARA TERCEIRO DE MÁ-FÉ A FIM DE FACILITAR A OBTENÇÃO DE APOSENTADORIA PERANTE O INSS. IMPOSSIBILIDADE DE TRANSFERIR O PREJUÍZO AO MUTUANTE, POR AUSÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NA FRAUDE. CULPA EXCLUSIVA DE TERCEIRO. EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE. ART. 12, § 3º, III DO CDC. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005644455, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Cleber Augusto Tonial, Julgado em 10/09/2015).

4.3 – PASSAGEM AÉREA – Valor Promocional RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. PASSAGEM AEREA. DIVULGAÇÃO DE VALOR PROMOCIONAL COM POSTERIOR CANCELAMENTO DO PEDIDO DE COMPRA SOB ALEGAÇÃO DE EQUÍVOCO NO VALOR CONSTANTE DA OFERTA. DANOS MORAIS CARACTERIZADOS. QUANTUM INDENIZATÓRIO QUE NÃO COMPORTA REDUÇÃO. RECURSO ADESIVO DA PARTE AUTORA NÃO

CONHECIDO POR AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL NO ÂMBITO DOS JUIZADOS

ESPECIAIS CÍVEIS. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.

RECURSOS DESPROVIDOS. (Recurso Cível Nº 71005552542, Terceira Turma Recursal

Cível, Turmas Recursais, Relator: Regis de Oliveira Montenegro Barbosa, Julgado em

10/09/2015).

4.4 – PLANO DE SAÚDE – Cobertura – Exame Essencial

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RECURSO INOMINADO. INDENIZATÓRIA. PLANO DE SAUDE. COBERTURA DE EXAME ESSENCIAL A SAUDE DO FETO. CONTRATO FIRMADO SOB A VIGENCIA DA Lei. 9.656/98. EXAME NEGADO PELA PRESTADORA DO PLANO SOB O ARGUMENTO DE QUE NÃO CONSTA NO ROL DOS PROCEDIMENTOS DE COBERTURA OBRIGATÓRIA. DEVER DE REEMBOLSAR OS VALORES, POIS NÃO DEMONSTRADA A FALTA DE COBERTURA CONTRATUAL DO PLANO DE SAUDE DA AUTORA. RECURSO DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005126297, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Cleber Augusto Tonial, Julgado em 29/01/2015).

4.5 – PLANO DE SAÚDE – Negativa de Procedimento CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE PROCEDIMENTO. DETERMINAÇÃO DE COBERTURA PARA O TRATAMENTO MÉDICO INDICADO AO AUTOR. REEMBOLSO DE DESPESAS. DANOS MORAIS AFASTADOS. DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL QUE NÃO É PASSÍVEL DE INDENIZAÇÃO PELO CONJUNTO PROBATÓRIO. A relação estabelecida entre as partes é de consumo,

sendo, então, aplicadas as regras do Código de Defesa do Consumidor (Súmula n. 469 do STJ).

A par do artigo 12, inciso I, alienas "b" e "c", e inciso II, alíneas "d" e "g", da Lei n. 9.656 de

1998 (aplicável à espécie), não se vislumbra a exclusão expressa do procedimento indicado ao

autor. Igualmente, não há qualquer referência expressa (de exclusão do procedimento) no

contrato de prestação de serviços médicos celebrado entre as partes (fls. 58/72). A Resolução

Normativa n. 262 de 2010 da ANS, vigente à época dos fatos, trazia apenas uma referência

básica de coberturas obrigatórias nos planos privados de assistência a saúde, cabendo, sempre,

ao médico decidir quais sãos os procedimentos adequados ao diagnóstico e tratamento de seus

pacientes. Considerando que os procedimentos solicitados passaram a ter cobertura obrigatória

no rol de procedimentos e eventos em saúde previstos na RN n. 262 de 2010; e havendo

indicação do médico especialista que acompanha o autor, mostra-se ilegal a negativa de

cobertura exarada pela ré. Em que pese a juntada de parecer técnico pela ré (fls. 74/79), este

apenas faz referência às diretrizes estabelecidas pela ANS para a cobertura obrigatória do

procedimento de tratamento ocular quimioterápico com antiangiogênico e para a tomografia de

coerência óptica. Vê-se no parecer que, em nenhum momento, é mencionado que o

procedimento indicado ao autor é inadequado para o seu caso concreto. Ademais, o laudo

apresentado sequer é assinado por médico na área de oftalmologia. Assim, diante do vínculo

estabelecido com o autor, a entidade ré não pode se furtar de arcar com o tratamento

(inteligência do artigo 47 do CDC). Então, os pleitos procedem para que seja concedida a

cobertura do procedimento e o reembolso de valores, nos termos em que consta na sentença

recorrida. Por fim, quanto aos danos morais, melhor sorte assiste à ré, porquanto a situação

retratada não enseja o arbitramento de indenização por dano imaterial em razão da ausência de

afronta aos direitos da personalidade do consumidor. Afasta-se a indenização por dano

extrapatrimonial. SENTENÇA PARCIALMENTE CONFIRMADA POR SEUS PRÓPRIOS

FUNDAMENTOS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº

71005157763, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Lusmary Fatima

Turelly da Silva, Julgado em 10/09/2015).

4.6 – TRANSPORTE AÉREO – Impedimento de Embarque – Alegação de “No

Show” Ementa: RECURSO INOMINADO. INDENIZATÓRIA. CONSUMIDOR. TRANSPORTE AÉREO. AUTOR QUE RESTOU IMPEDIDO DE EMBARCAR NO SEGUNDO TRECHO DA VIAGEM ADQUIRIDA. ALEGAÇÃO DE "NO SHOW". COMPROVAÇÃO DOS PREJUÍZOS E TRANSTORNOS ENFRENTADOS. DANOS MATERIAIS

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COMPROVADOS. DANO MORAL CONFIGURADO. SENTENÇA REFORMADA. PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA AFASTADA. Não há que se falar em nulidade da sentença, uma vez que fundamentada nas provas carreadas aos autos. O autor adquiriu passagens de ida e volta para a cidade de Brasília e, ao tentar embarcar para o segundo trecho, restou impedido pela empresa ré, sob a alegação de ter ocorrido "no show" no primeiro trecho. Em razão da inversão do ônus da prova, aplicável às relações de consumo, cabia à ré comprovar que prestou informações completas ao consumidor acerca das condições de remarcação de passagem, bem assim da condição de perda da passagem de volta em caso de não utilização do trecho de ida, fato que não ocorreu no caso em tela. Comprovada a impossibilidade de embarque para retorno a Porto Alegre e demonstrados os transtornos daí decorrentes, constantes na aquisição de nova passagem de retorno, deve a ré arcar com os prejuízos materiais suportados pelo autor. Dano moral configurado no caso concreto, conforme jurisprudência específica sobre a matéria. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004750899, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Roberto Arriada Lorea, Julgado em 27/11/2014).

4.7 – TRANSPORTE AÉREO – Extravio de Bagagem – Viagem de férias em

cruzeiro Marítimo TRANSPORTE AÉREO. EXTRAVIO DA BAGAGEM. DANO MATERIAL E MORAL. RELAÇÃO DE CONSUMO. APLICAÇÃO DO CDC. RECURSO APENAS DAS PARTES AUTORAS, PUGNANDO PELA CONDENAÇÃO EM DANOS MORAIS. VIAGEM DE FÉRIAS EM CRUZEIRO MARÍTMO. MALAS EXTRAVIADAS ANTES DO EMBARQUE, COM DEVOLUÇÃO SOMENTE NO RETORNO. FÉRIAS FAMILIARES. PERCALÇOS INDENIZÁVEIS, NA MEDIDA EM QUE ULTRAPASSAM MEROS TRANSTORNOS ORIUNDOS DE FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO, GERANDO ANGÚSTIA E SOFRIMENTO. PLEITO PROCEDENTE. ARBITRAMENTO DA CONDENAÇÃO EM R$10.000,00. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005210935, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Gisele Anne Vieira de Azambuja, Julgado em 28/11/2014)

4.8 – VICIO DO PRODUTO – Desfazimento do Negócio RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. DANOS MATERIAIS. VICIO DO PRODUTO. DESFAZIMENTO DO NEGÓCIO. REQUERIDA QUE DIFICULTA O ENVIO DO EQUIPAMENTO PARA ASSISTÊNCIA TÉCNICA, AO EXIGIR DO CONSUMIDOR O PAGAMENTO DE TAXA DE DESLOCAMENTO. INCIDÊNCIA DO ARTIGO 18, §1º DO CDC. IMPOSITIVA A SUBSTITUIÇÃO DO BEM. DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005675483, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Cleber Augusto Tonial, Julgado em 10/09/2015).

4.9 – COMISSÃO DE CORRETAGEM – IMÓVEL COMPRADO NA PLANTA –

CLIENTE QUE SE DIRIGE AO PLANTÃO DE VENDAS – CONTRATO DE ADESÃO RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. COMISSÃO DE CORRETAGEM. IMÓVEL COMPRADO NA PLANTA. CLIENTE QUE SE DIRIGE AO PLANTÃO DE VENDAS. CONTRATO DE ADESÃO. FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO PELO PROGRAMA DO GOVERNO FEDERAL MINHA CASA MINHA VIDA. CLÁUSULA ABUSIVA E NULA DE

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PLENO DIREITO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO DE FORMA SIMPLES. 1. A requerida é legítima para figurar no pólo passivo da demanda, pois foi ela quem contratou a imobiliária para atuar em seu plantão de vendas, em parceria com os corretores, fazendo parte da cadeia de fornecedores, ainda que não tenha recebido os valores diretamente. No caso de sentir-se prejudicada com a decisão, possui a faculdade de ajuizar ação de regresso contra quem entender necessário. 2. A autora apresentou provas suficientes de que não contratou nenhum corretor para intermediar a compra do seu imóvel, apenas compareceu ao plantão de vendas da construtora e assinou um contrato de adesão, sem poder discutir as cláusulas que contrariavam os seus interesses. Essa situação afasta a configuração da típica atividade de um corretor de imóveis, conforme previsto no artigo 722 do Código Civil. 3. Embora seja legítima a cobrança de comissão de corretagem nos negócios imobiliários, o pagamento, via de regra, é feito por quem contrata os serviços. E no caso em tela, a contratação dos corretores foi realizada pela própria construtora, sendo dela o ônus de arcar com esse pagamento. 4. Tratando-se de um contrato de adesão, é nula a cláusula onde a construtora atribuiu aos compradores o dever de pagar a comissão de corretagem dos profissionais que foram contratados exclusivamente por ela e que agiam especificamente em seu favor e interesses. Cumpre destacar, que o consumidor é obrigado a sujeitar-se às imposições da vendedora, sob pena de não concretizar a compra. 5. Na sentença, o Juízo de origem reconheceu que o imóvel foi financiado pelo Programa do Governo Federal Minha Casa Minha Vida, o que não foi objeto de impugnação nas razões recursais. Assim, os custos de comercialização já estão incluídos no preço final do imóvel, sendo ilegal a cobrança e a transferência desse ônus ao consumidor, sob pena de inviabilizar a aquisição da casa própria por famílias de baixa e média renda. Recentemente esse entendimento foi pacificado pelas Turmas Recursais no julgamento do incidente de uniformização nº 71003673605, com edição de Súmula nos seguintes termos: "É cabível a restituição simples da comissão de corretagem paga pelo mutuário do Programa Minha casa Minha Vida, ainda que expressamente contratada". SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005551601, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em 22/09/2015).

4.10 – COMISSÃO DE CORRETAGEM – IMÓVEL COMPRADO NA PLANTA.

CLIENTE QUE SE DIRIGE AO PLANTÃO DE VENDAS – CONTRATO DE ADESÃO

– ENTENDIMENTO RECENTEMENTE PACIFICADO PELAS TURMAS

RECURSAIS NO JULGAMENTO DO INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO Nº

71003673605 RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. COMISSÃO DE CORRETAGEM. IMÓVEL COMPRADO NA PLANTA. CLIENTE QUE SE DIRIGE AO PLANTÃO DE VENDAS DA CONSTRUTORA. CONTRATO DE ADESÃO. FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO PELO PROGRAMA DO GOVERNO FEDERAL MINHA CASA MINHA VIDA. CLÁUSULA ABUSIVA E NULA DE PLENO DIREITO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO DE FORMA SIMPLES. 1. Os autores apresentaram provas suficientes de que não contrataram nenhum corretor para intermediar a compra do seu imóvel, apenas compareceram ao plantão de vendas da construtora. Essa situação afasta a configuração da típica atividade de um corretor de imóveis, conforme previsto no artigo 722 do Código Civil. 2. Embora seja legítima a cobrança de comissão de corretagem nos negócios imobiliários, o pagamento, via de regra, é feito por quem contrata os serviços. E no caso em tela, a contratação dos corretores foi realizada pela própria construtora, sendo dela o ônus de arcar com esse pagamento. 3. Tratando-se de um contrato de adesão, é nula a cláusula onde a construtora atribuiu aos compradores o dever de pagar a comissão de corretagem dos profissionais que foram contratados

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exclusivamente por ela e que agiam especificamente em seu favor e interesses. 4. Nos imóveis financiados pelo Programa do Governo Federal Minha Casa Minha Vida, hipótese em que os autores se incluem (fls. 30/75), os custos de comercialização já estão incluídos no preço final do imóvel, sendo ilegal a cobrança e a transferência desse ônus ao consumidor, sob pena de inviabilizar a aquisição da casa própria por famílias de baixa e média renda, de modo que impõe-se a devolução dos valores cobrados indevidamente de forma simples. 5. Esse entendimento foi recentemente pacificado pelas Turmas Recursais no julgamento do incidente de uniformização nº 71003673605, com edição de Súmula nos seguintes termos: "É cabível a restituição simples da comissão de corretagem paga pelo mutuário do Programa Minha casa Minha Vida, ainda que expressamente contratada". SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005477013, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em 28/08/2015).

5 – CONTRATOS

5.1 – COMPRA E VENDA DE IMÓVEL – Aplicação do CDC RECURSO INOMINADO. COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. APLICAÇÃO DO CDC. EVIDENTE A DISPARIDADE DE PODERES NA CONTRATAÇÃO. DOMICÍLIO DO CONSUMIDOR QUE PREVALECE EM RELAÇÃO A CLAUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO. SENTENÇA DESCONSTITUÍDA. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005449830, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Roberto Arriada

Lorea, Julgado em 21/05/2015).

5.2 – CONSÓRCIO – Cobrança da Diferença de Carta de Crédito RECURSO INOMINADO. CONSÓRCIO DE BEM IMÓVEL. COBRANÇA DA DIFERENÇA DE CARTA DE CRÉDITO. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA REFORMADA, DIANTE DA COMPROVAÇÃO DE QUE NA DATA DA ASSINATURA DO INSTRUMENTO DE CESSÃO O VALOR DO CRÉDITO ERA INFERIOR AO CORRESPONDENTE NA DATA DA CONTEMPLAÇÃO. ABATIMENTO DO VALOR

REFERENTE ÀS PARCELAS VENCIDAS E NÃO PAGAS PELO ANTIGO

PROPRIETÁRIO DA COTA. AUSÊNCIA DE DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL.

RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005417175, Terceira Turma Recursal Cível,

Turmas Recursais, Relator: Regis de Oliveira Montenegro Barbosa, Julgado em 07/05/2015).

5.3 – CONTRATO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL – Ressarcimento de

Valores – Repetição de Indébito RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO CUMULADA COM DANOS MORAIS. CONTRATO DE FINANCIMANENTO ESTUDANTIL-FIES. PEDIDO DE RESSARCIMENTO DE VALORES REFERENTES A SEMESTRE ANTERIOR AO DA CONTRATAÇÃO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL PARA O RESSARCIMENTO RETROATIVO DOS VALORES, SENÃO OS DESEMBOLSADOS PELO ESTUDANTE

NA PRÓPRIA SEMESTRALIDADE DA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. SENTENÇA

MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO DESPROVIDO. (Recurso

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Cível Nº 71005558242, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Regis de

Oliveira Montenegro Barbosa, Julgado em 23/07/2015).

5.4 – PLANO DE SAÚDE – Negativa de Cobertura RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. PLANO DE SAÚDE. CABERGS. NEGATIVA DE COBERTURA POR PARTE DA SEGURADORA. DEVER DE RESSARCIMENTO, DE FORMA SIMPLES, DOS VALORES DESEMBOLSADOS. DANOS MORAIS CONFIGURADOS EM CARÁTER EXCEPCIONAL. COMPROMETIMENTO DA INTEGRALIDADE DOS VENCIMENTOS DO AUTOR. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA PARA AFASTAR A OBRIGAÇÃO DE RESSARCIMENTO EM DOBRO. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 469 DO STJ. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO (Recurso Cível Nº 71005394663, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Regis de Oliveira Montenegro Barbosa, Julgado em 07/05/2015).

5.5 – CONTRATO DE PLANO PRIVADO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. REAJUSTE

DE VALOR POR FAIXA ETÁRIA, AOS 59 ANOS DE IDADE RECURSO INOMINADO. CONTRATO DE PLANO PRIVADO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. REAJUSTE DE VALOR POR FAIXA ETÁRIA, AOS 59 ANOS DE IDADE, EM CONFORMIDADE COM A LEI Nº 9.656/1998 (ART. 15), A RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 63/2003 DA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR E SÚMULA Nº 20 DAS TURMAS RECURSAIS. - Tratam os autos de reajuste de mensalidade por faixa etária de plano de assistência à saúde celebrado pelas partes em 01/12/2006 (fls. 09 e 25-47), sob a vigência da Lei nº 9.656/1998 e da Resolução Normativa nº 63/2003 da ANS. - A Súmula nº 20 das Turmas Recursais dispõe que os reajustes decorrentes de alteração de faixas etárias poderão ser revisados com base na RN nº 63 da ANS e das disposições do CDC. A Lei nº 9.656/1998, por sua vez, prevê, em seu artigo 15, a possibilidade de variação das mensalidades desde que dispostas no contrato inicial as faixas etárias e os percentuais de reajustes incidentes a cada faixa, o que foi observado no caso em tela, conforme tabela de fl. 43. Ainda, o reajuste está de acordo com o disciplinado pela Resolução Normativa nº 63/2003 da ANS, nos artigos 2º e 3º, inciso I, ou seja, adoção de dez faixas etárias, sendo que a última não é superior a seis vezes o valor da primeira faixa. - Impõe-se, portanto, a reforma da sentença, pois não há como afastar o aumento avençado entre as partes e de acordo com as normas legais. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005040639, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em 06/08/2015).

5.6 – PLANO DE SAÚDE FAMILIAR. EXCLUSÃO DE DEPENDENTE E EX-

COMPANHEIRA DO TITULAR. PLEITO DE REINCLUSÃO. OBRIGAÇÃO DE FAZER. CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE FAMILIAR. EXCLUSÃO DE DEPENDENTE E EX-COMPANHEIRA DO TITULAR. PLEITO DE REINCLUSÃO. POSSIBILIDADE MEDIANTE A CONTRAPRESTAÇÃO PRÓPRIA. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA, CONFORME ESTABELECE O ART. 13, II DA LEI 9.656/98. 1. APESAR DA LIBERALIDADE DO TITULAR AFASTAR A ILICITUDE DO ATO DA RÉ, INEXISTINDO NOTIFICAÇÃO PRÉVIA, AFIGURA-SE ABUSIVO O DESLIGAMENTO UNILATERAL DA AUTORA DO PLANO, MESMO TENHA HAVIDO O REQUERIMENTO DE EXCLUSÃO (FLS.49), EIS QUE, INOBSERVADO OS ARTIGOS 78 E 79 DO ADITIVO CONTRATUAL DE FLS.

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115/125. 2. ADEMAIS, CONSIDERANDO A FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO, A BOA-FÉ OBJETIVA E O FATO DE A AUTORA ESTAR HÁ MAIS DE UMA DÉCADA VINCULADA AO PLANO, TENHO QUE A SEGURADA FAZ JUS À SUA REINCLUSÃO, COM O PAGAMENTO DE CONTRAPRESTAÇÃO COMPATÍVEL E DAS PARCELAS VENCIDAS, POIS, NÃO HÁ COMO OBRIGAR-SE A OPERADORA A MANTER VÁLIDAS PARA A EX-SEGURADA, AS MESMAS CONDIÇÕES DE CUSTO PREVISTAS NO CONTRATO ANTERIOR. 3. DANO MORAL INOCORRENTE. AUSÊNCIA DE SITUAÇÃO DE RISCO À SAÚDE POR NEGATIVA DE COBERTURA E DE OFENSAS AOS ATRIBUTOS DA PERSONALIDADE DA AUTORA. DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL QUE NÃO CONFIGURA DANOS EXTRAPATRIMONIAIS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005499231, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em 28/08/2015) .

5.7 – NEGÓCIOS BANCÁRIOS – CONTRATO DE EMPRÉSTIMO – Desconto do

Seguro Pretamista supostamente não contratado RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. NEGÓCIOS BANCÁRIOS. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO. DESCONTO DO VALOR DO SEGURO PRESTAMISTA QUE O AUTOR ALEGA NÃO TER CONTRATADO, EMBORA EXISTA UM CONTRATO COM A SUA ASSINATURA. AUSÊNCIA DE PROVA DE COAÇÃO. NECESSIDADE DE CANCELAMENTO DO SEGURO QUE O AUTOR NÃO POSSUI MAIS O INTERESSE DE PAGAR E CANCELAMENTO DOS DESCONTOS FUTUROS, SOB PENA DE MULTA. AUSÊNCIA DE QUALQUER PREJUÍZO PARA O RÉU, POIS ELE MESMO AFIRMA A POSSIBILIDADE DE CANCELAMENTO NO ÂMBITO ADMINISTRATIVO, QUE NÃO SE TRATA DE UMA VENDA CASADA OU DEPENDENTE DO CONTRATO DE EMPRÉSTIMO. RESTITUIÇÃO DOS VALORES DESCONTADOS A PARTIR DA CITAÇÃO. RESSARCIMENTO DE MODO SIMPLES, SEM INCIDÊNCIA DO ART. 42, § ÚNICO DO CDC, UMA VEZ QUE HOUVE A CONTRATAÇÃO E NÃO HÁ PROVAS DE ABUSO DA PARTE RÉ. DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005597281, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em 22/09/2015).

5.8 – SEGURO DE VIDA. APÓLICE DE VIDA EM GRUPO. MORTE DO CÔNJUGE

SEGURADO. RECURSO INOMINADO. SEGURO DE VIDA. APÓLICE DE VIDA EM GRUPO. MORTE DO CÔNJUGE SEGURADO. AUTORA PROPONENTE E SEGURADA BENEFICIÁRIA DO SEGURO. SEGURO FACULTATIVO. PRESCRIÇÃO DECENAL NA FORMA DO ARTIGO 205 DO CC. PRECEDENTES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL E DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SENTENÇA CONFIRMADA. RECURSO NÃO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005482096, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Gisele Anne Vieira de Azambuja, Julgado em 22/05/2015)

6 – DANOS MORAIS

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6.1 – ASSALTO À MÃO ARMADA – Interior de Hotel REPARAÇÃO DE DANOS. ASSALTO A MÃO ARMADA NO INTERIOR DE HOTEL. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. DESÍDIA DO ESTABELECIMENTO RÉU. AUSÊNCIA DE APARATOS DE SEGURANÇA. HIPÓTESE EM QUE O OCORRIDO PODERIA TER SIDO EVITADO. DANO MORAL CONFIGURADO. DANO MATERIAL NÃO COMPROVADO. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO EM PARTE.

(Recurso Cível Nº 71005345491, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator:

Cleber Augusto Tonial, Julgado em 09/04/2015).

6.2 – CHAMAMENTO À DELEGACIA DE POLÍCIA – Investigação de Furto RECURSO INOMINADO. REPARAÇÃO DE DANOS. INVESTIGAÇÃO DE FURTO. CHAMAMENTO À DELEGACIA DE POLÍCIA PARA PRESTAR ESCLARECIMENTOS NÃO ENSEJA DANO MORAL POR SI SÓ. AUSÊNCIA DE AGIR ILÍCITO PERPETRADO PELO RÉU. MÁ-FÉ NÃO EVIDENCIADA. ÔNUS DA AUTORA. DEVER DE INDENIZAR OS DANOS MORAIS INOCORRENTE. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005637442, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Cleber Augusto Tonial, Julgado em 10/09/2015).

6.3 – CUMPRIMENTO DE BUSCA E APREENSÃO Ementa: RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANO MORAL. CUMPRIMENTO DE BUSCA E APREENSÃO QUE NÃO CHEGOU A SER REALIZADO, ANTE A DOCUMENTAÇÃO APRESENTADA PELO AUTOR, TERCEIRO ADQUIRENTE DE MOTOCICLETA. NARRATIVA INICIAL QUE SONEGA A INTEGRALIDADE DOS FATOS, SUGERINDO QUE TERIA HAVIDO A BUSCA E APREENSÃO A ENSEJAR O DANO MORAL. FATO QUE NÃO ULTRAPASSA ABORRECIMENTO, INCLUSIVE DESNECESSÁRIO, PORQUE CAUSADO POR EQUÍVOCO DA RÉ, TODAVIA QUE NÃO ALCANÇA - SALVO PELA NARRATIVA INICIAL - EXIGÊNCIA DE REPARAÇÃO EXTRAPATRIMONIAL. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005509021, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Roberto Arriada Lorea, Julgado em 27/08/2015).

6.4 – NOME E CREDIBILIDADE DE EMPRESA – Reparação de Danos REPARAÇÃO DE DANOS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE INTERNET. INTERRUPÇÃO. DANO MORAL AO NOME E CREDIBILIDADE DA EMPRESA NÃO CARACTERIZADO. COBRANÇAS PELO SERVIÇO DE INTERNET INDEVIDAS DIANTE DA PROVA DO PEDIDO DE CANCELAMENTO. LUCROS CESSANTES RECONHECIDOS. ONUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA DOS FATOS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005505391, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Cleber Augusto Tonial, Julgado em 11/06/2015).

6.5 – OFENSAS VERBAIS – Discussão – Equidade REPARAÇÃO DE DANOS. OFENSAS VERBAIS PROFERIDAS EM DISCUSSÃO ATINENTE AO CUMPRIMENTO DE REGRAS NA ADMINISTRAÇÃO DE CEMITÉRIO

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E SEPULTAMENTOS. EXCESSO. COMPORTAMENTO PROVÁVEL DA VÍTIMA. REGRAS DA EXPERIENCIA COMUM. ARBITRAMENTO DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. JULGAMENTO EQUALIZADO COM FUNDAMENTO NA EQUIDADE. RECURSOS PROVIDOS EM PARTE PARA REDUZIR O VALOR DA INDENIZAÇÃO. (Recurso Cível Nº 71005659164, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Cleber Augusto Tonial, Julgado em 10/09/2015).

6.6 – RACISMO RACISMO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO AGRAVADA POR OFENSA RACISTA PERPETRADA POR FUNCIONÁRIA DA EMPRESA AÉREA. DANO MORAL CONFIGURADO. VALOR DA INDENIZAÇÃO ADEQUADO À GRAVIDADE DO CASO CONCRETO. SENTENÇA CONFIRMADA. Comprovado que a autora já se encontrava na fila para embarque, antes do encerramento do horário para check-in,

caracteriza-se a falha na prestação do serviço. Ademais, a ocorrência de ofensa racista, por si só,

enseja reparação por dano moral, pois constitui agressão ao direito personalíssimo da

requerente, Quantum indenizatório de R$ 12.000,00 mantido. (Recurso Cível Nº 71004797502,

Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Roberto Arriada Lorea, Julgado em

26/06/2014).

6.7 – USO DE IMAGEM SEM AUTORIZAÇÃO

RECURSO INOMINADO. DANOS MORAIS. USO DE IMAGEM SEM AUTORIZAÇÃO EM PANFLETO PROPAGANDÍSTICO. VINCULAÇÃO DA IMAGEM DA AUTORA A SITUAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO. VIOLAÇÃO DOS ATRIBUTOS DA PERSONALIDADE. PRETENSÃO DA AUTORA DE MAJORAR A INDENIZAÇÃO FIXADA. QUANTUM INDENIZATÓRIO QUE COMPORTA REDUÇÃO PARA MELHOR

SE AMOLDAR À REALIDADA FÁTICA. RECURSO DA AUTORA DESPROVIDO.

RECURSO DA RÉ MOTOLIFE PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº

71005522164, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Regis de Oliveira

Montenegro Barbosa, Julgado em 25/06/2015).

6.8 – USO INDEVIDO DE IMAGEM – Postagem em Rede Social RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. USO INDEVIDO DA IMAGEM DA AUTORA. MONTAGEM FEITA A PARTIR DE FOTOGRAFIA POSTADA EM REDE SOCIAL PERTENCENTE À DEMANDANTE. UTILIZAÇÃO IMPRÓPRIA. DIVULGAÇÃO COM PRETEXTO PEJORATIVO. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM INDENIZATÓRIO MANTIDO EM R$ 3.000,00. RECURSO DESPROVIDO.

(Recurso Cível Nº 71005532924, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator:

Roberto Arriada Lorea, Julgado em 27/08/2015).

6.9 – VIOLAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA CONSUMIDOR. INDENIZATÓRIA. TELEFONIA. VIOLAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA. ENVIO DE FATURA COM DETALHAMENTO DE LIGAÇÕES EFETUADAS PARA TERCEIRO COM ENDEREÇO DIVERSO DO AUTOR. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM MANTIDO. 1. Em razão da inversão do ônus da prova, ao réu cabe a comprovação da existência de fato extintivo, modificativo ou impeditivo do direito pelo autor postulado, a teor do disposto no artigo 333, II, do

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Código de Processo Civil. 2. Não demonstrada a regularidade da alteração de endereço no cadastro do autor, ônus que cabia a ré e do qual não se desincumbiu, configura-se ilícito o agir da empresa demandada que enviou a um terceiro a fatura detalhada do uso do terminal telefônico pelo autor, sem seu consentimento ou autorização. 3. Assim, diante da violação ao sigilo de correspondência do demandante, restou configurado o dano moral. A conduta da ré demonstra desrespeito com relação ao usuário, ferindo seus direitos de personalidade, presente o dever de indenizar. 4. Quantum indenizatório que deve ser mantido, pois fixado de acordo com os parâmetros adotados pelas Turmas em casos análogos. RECURSOS DESPROVIDOS. (Recurso Cível Nº 71004295341, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Cleber Augusto Tonial, Julgado em 12/12/2013).

6.10 – DEFEITO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. EMPRESA AÉREA.

CONTRATAÇÃO PARA DESLOCAMENTO DOS RESTOS MORTAIS INDENIZAÇÃO. DANO MORAL. DEFEITO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. EMPRESA AÉREA. CONTRATAÇÃO PARA DESLOCAMENTO DOS RESTOS MORTAIS DA MÃE DOS AUTORES, DE SÃO PAULO PARA PORTO ALEGRE. CONDUÇÃO DESRESPEITOSA PELOS FUNCIONÁRIOS. DESLOCAMENTO EM VEÍCULO INAPROPRIADO E PARA O DEPÒSITO, QUANDO HAVIA VEÍCULO PRÓPRIO AGUARDANDO PARA LEVAR O ESQUIFE. MANUTENÇÃO DOS RESTOS MORTAIS NO PÁTIO POR 1 H E 30 MINUTOS, A UMA TEMPETURA PRÓXIMA AOS 40°. FATO OCORRIDO NO DIA 25 DE DEZEMBRO. ESPERA E ANGÚSTIA DOS FILHOS ASSITINDO AO OCORRIDO NA DATA DE NATAL. DANO MORAL. RECONHECIMENTO EM RAZÃO DO SOFRIMENTO. INDENIZAÇÃO CONCEDIDA E QUE PODERIA ATÉ SER MAJORADA. SENTENÇA CONFIRMADA. RECURSO NÃO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004820866, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Gisele Anne Vieira de Azambuja, Julgado em 25/04/2014)

6.11 – SERVIÇOS DE INTERMEDIAÇÃO DE PACOTES TURÍSTICOS – DEFEITO

NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. REVELIA. SERVIÇOS DE INTERMEDIAÇÃO DE PACOTES TURÍSTICOS. PESSOA JURÍDICA. DANO MATERIAL NÃO COMPROVADO. DANO MORAL EVIDENCIADO DIANTE DO CASO CONCRETO. PARTE RÉ, OPERADORA DE TURISMO, QUE NÃO PRESTA OS SERVIÇOS CONTRATADOS E PAGOS PELOS CLIENTES DA AUTORA. DEFEITO NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO QUE ABALOU A IMAGEM DA AUTORA. A parte autora intermediou junto à ré a contratação de agência especializada para viagem de turismo denominada "Rota 66", sendo cliente da autora o Sr. Eraldo V. De S. No pacote estavam inclusas taxas governamentais e de serviços, 08 diárias de uma moto Harley-Davidson, Seguro VIP das motos, uma VAN a frente do grupo, um guia bilíngue, seguro de vida pessoal durante a viagem. Os e-mails enviados à parte autora pelos adquirentes do pacote, no transcorrer da viagem, são suficientes para comprovar o horror que se transformou o passeio. Houve falha na prestação de serviços a encargo da ré, que abalaram a imagem da parte autora, a qual necessita da credibilidade no mercado para manter-se em funcionamento. Danos materiais, consistentes na restituição dos valores repetidamente pagos pelo cliente da autora, não comprovados. Dano moral - Evidenciado pela falha na prestação de serviço e decorrente abalo à imagem da autora. Quantum indenizatório fixado em R$ 2.000,00, que deve ser majorado para R$6.000,00. O agir da empresa ré configura ato

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ilícito passível de indenização, uma vez que causou dano à imagem da pessoa jurídica, ora autora, que deixou de prestar o serviço qualificado como agenciou. Inteligência da Súmula 227 do STJ. Sentença confirmada por seus próprios e jurídicos fundamentos, consoante o disposto no art. 46 da Lei 9099/95, exceto no tocante ao quantum indenizatório que resta majorado para adequar-se ao abalo presumidamente sofrido na imagem da autora, pessoa jurídica, atuante no mercado de turismo. DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO . (Recurso Cível Nº 71005549795, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em 22/09/2015).

6.12 – DIFAMAÇÃO EM REDE SOCIAL. POSTAGEM COM CARÁTER DE

DIFAMAÇÃO NO FACEBOOK, FEITA PELO FILHO DO RÉU, MENOR DE IDADE RECURSO INOMINADO. INDENIZATÓRIA. PRELIMINARES, AFASTADAS. DIFAMAÇÃO EM REDE SOCIAL. POSTAGEM COM CARÁTER DE DIFAMAÇÃO NO FACEBOOK, FEITA PELO FILHO DO RÉU, MENOR DE IDADE. AUTORIA E FATO CONFESSOS EM AUDIÊNCIA DE REPRESENTAÇÃO DO JUIZADO DA INFÃNCIA E JUVENTUDE (FL.19V). OFENSAS À HONRA DA AUTORA COM REFLEXO NA COMUNIDADE, INCLUSIVE, NO AMBIENTE ESCOLAR. DANO MORAL CONFIGURADO. INDENIZAÇÃO A TÍTULO DE DANOS MORAIS NO VALOR DE R$5.000,00, QUE VAI MANTIDA. QUANTUM DENTRO DO PATAMAR DAS DECISÕES ANÁLOGAS NESTAS TURMAS RECURSAIS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005152244, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em 27/03/2015) .

7 – DESCONSTITUIÇÃO DA SENTENÇA

7.1 – PROVA PERICIAL INÓCUA - Prova Indiciária RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. INCÊNDIO EM LAVADORA DE ROUPAS. PROVA INDICIÁRIA DA OCORRÊNCIA DOS FATOS. PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL INÓCUA EM RAZÃO DA DETERIORAÇÃO TOTAL DO ELETRODOMÉSTICO EM QUESTÃO. RETORNO DOS AUTOS À ORIGEM PARA ANÁLISE DO MÉRITO. SENTENÇA DESCONSTITUÍDA DE

OFÍCIO. RECURSO DA AUTORA PREJUDICADO. (Recurso Cível Nº 71005677786,

Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Regis de Oliveira Montenegro

Barbosa, Julgado em 10/09/2015).

8 – DIREITO AUTORAL

8.1 – VIOLAÇÃO DE OBRA ARTÍSTICA – Música RECURSO INOMINADO. DIREITO AUTORAL. UTILIZAÇÃO DE MÚSICA (JINGLE) SEM AUTORIZAÇÃO DO AUTOR. VIOLAÇÃO DE OBRA ARTÍSTICA. DEVER DE INDENIZAR. INTELIGÊNCIA DA LEI 9.610/1998. APURAÇÃO MEDIANTE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. INCOMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS. FEITO EXTINTO, DE OFÍCIO, SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. RECURSOS

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PREJUDICADOS. (Recurso Cível Nº 71005547062, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas

Recursais, Relator: Regis de Oliveira Montenegro Barbosa, Julgado em 27/08/2015).

9 – DIREITO DE VIZINHANÇA

9.1 – CONSTRUÇÃO DE MURO – Utilização de Propriedade Alheia RECURSO INOMINADO. DIREITO DE VIZINHANÇA. MURO CONSTRUÍDO ÀS EXPENSAS DOS AUTORES E DENTRO DO LIMITE DO SEU TERRENO, SEM ESTRUTURA PARA SERVIR DE SUSTENTAÇÃO. PROIBIÇÃO DE UTILIZAÇÃO DE PROPRIEDADE ALHEIA PELOS RÉUS PARA COLOCAÇÃO DE CANO D’AGUA, HOLOFOTE, VASOS DE FLORES, CORDAS PARA VARAL, BEM COMO DE EFETUAR

PINTURA DESTE E DA PAREDE DA RESIDÊNCIA SEM AUTORIZAÇAO DOS

PROPRIETÁRIOS. OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR O MURO E PAREDE AO "STATUS

QUO ANTE". PRELIMINAR EM CONTRARRAZÕES DE NÃO CONHECIMENTO DO

RECURSO REJEITADA. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ NÃO CONFIGURADA. SENTENÇA

MANTIDA PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO DESPROVIDO.

(Recurso Cível Nº 71005425616, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator:

Lusmary Fatima Turelly da Silva, Julgado em 27/08/2015).

10 – LEI DO PARTO HUMANIZADO

10.1 – PARTO HUMANIZADO – Falha na Prestação do Serviço Médico CONSUMIDOR. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO MÉDICO. LEI DO PARTO HUMANIZADO (N. 11.108/2005) CESARIANA. DANOS MORAIS OCORRENTES. ABALO EMOCIONAL OCASIONADO À AUTORA QUE, EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA, NÃO PODE CONTAR COM A PRESENÇA DE SEU COMPANHEIRO NA SALA DE PARTO. IGUALMENTE PARA O AUTOR, ANTE A NEGATIVA PARA ACOMPANHAR A COMPANHEIRA PARTURIENTE EM MOMENTO QUE SUA PRESENÇA A TORNARIA MAIS SEGURA FRENTE À SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA, ALÉM DE RESTAR PRIVADO DE ACOMPANHAR O NASCIMENTO DE SUA FILHA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA (ARTIGO 14 DO CDC). RÉU QUE NÃO SE DESINCUMBIU DO ÔNUS DA PROVA (ARTIGO 333, INCISO II, DO CPC). - SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005206701, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva, Julgado em 25/06/2015).

11 – PROCESSUAL

11.1 – CONEXÃO – Julgamento Conjunto INDENIZATÓRIA. ALEGAÇÃO DE ESBULHO. AUTOR QUE PRETENDE COBRAR DESPESAS DECORRENTES DA AÇÃO DE SUSCITAÇÃO DE DÚVIDA, AJUIZADA PELA RÉ (PROCESSO N. 010/1.12.0023472-3) NA JUSTIÇA COMUM E QUE FOI

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JULGADA IMPROCEDENE EM RAZÃO DE NÃO CABER IMPUGNAÇÃO EM PROCESSO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA (FL. 20). PEDIDOS DO AUTOR NA PRESENTE DEMANDA POSSUEM RELAÇÃO COM A AÇÃO SUPRAMENCIONADA E A DEMARCATÓRIA N. 010/1.13.0020990 AJUIZADA PELA RÉ NA JUSTIÇA COMUM, NÃO PODENDO TRAMITAR NOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS DEVIDO À COMPLEXIDADE DA MATÉRIA, QUE DEMANDA PROVA PERICIAL. ALÉM DISSO, NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE SE APURAR, NESTE PROCESSO, A QUEM TOCAM AS DESPESAS QUE O AUTOR PRETENDE RESSARCIMENTO. ADEMAIS, COMO BEM SALIENTADO NA SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU, A DEMARCATÓRIA É CALCADA NOS MESMOS FATOS DESTA AÇÃO, NÃO EXISTINDO, NO ENTANTO, LITISPENDÊNCIA, MAS HÁ CONEXÃO ENTRE ELAS A EXIGIR O JULGAMENTO CONJUNTO. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS PARA O JULGAMENTO DA LIDE. ART. 51, II, DA LEI Nº 9099/95. Sentença mantida.Recurso desprovido. (Recurso Cível Nº 71004993051, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva, Julgado em 09/04/2015)

11.2. – MANDADO DE SEGURANÇA – Fungibilidade Recursal MANDADO DE SEGURANÇA. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO. CONHECIMENTO COMO AGRAVO INTERNO EM RAZÃO DOS PRINCÍPIOS DA FUNGIBILIDADE RECURSAL E DA ECONOMIA PROCESSUAL. NECESSIDADE DE REVER A DECISÃO MONOCRÁTICA. CITAÇÃO POR HORA CERTA QUE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA ECONOMIA PROCESSUAL E DA CELERIDADE, ASSIM COMO AOS

REQUISITOS DO ARTIGO 227 DO CPC. Admite-se, no caso em tela, o pedido de

reconsideração como agravo interno em razão dos princípios da fungibilidade recursal e da

economia processual. No mérito, verifica-se a necessidade de rever a decisão monocrática que

concedeu a segurança para determinar a citação por hora certa, uma vez que esta afronta os

princípios da economia processual e da celeridade, assim como aos requisitos do artigo 227 do

CPC. De outra forma não poderia ser, pois, ocorrendo a revelia na citação por hora certa, será

necessária a nomeação de um Curador Especial (artigo 9º, inciso II, do CPC). Então, sabendo-se

da morosidade de tal ato, tem-se como incompatível com o Juizado Especial Cível que demanda

celeridade e tem como função principal a conciliação. Por outro, mesmo que fosse admitida a

citação por hora certa (aplicando-se subsidiariamente o Código de Processo Civil no caso em

tela), os requisitos do artigo 227 do CPC não se encontram presentes, posto que não configurada

a ocultação do réu, mas, sim, a mudança de endereço, de acordo com certidão do Oficial de

Justiça. Portanto, incabível a citação por hora certa pretendida. RECURSO PROVIDO.

SEGURANÇA DENEGADA. (Mandado de Segurança Nº 71005016449, Terceira Turma

Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva, Julgado em

25/09/2014).

11.3 – RECURSO – Princípio da Dialeticidade RECURSO INOMINADO. COOPERATIVA DE CRÉDITO. INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL. DESCONTOS EM CONTA CORRENTE. INEXISTÊNCIA DE ATAQUE AOS FUNDAMENTOS DA SENTENÇA RECORRIDA. OFENSA AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. RECURSO NÃO CONHECIDO. (Recurso Cível Nº 71005201827, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva,

Julgado em 09/07/2015).

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12 – RESPONSABILIDADE CIVIL

12.1 – ACIDENTE DE TRÂNSITO – Danos Materiais (Danos Emergentes e

Lucros Cessantes) e Morais – Culpa Concorrente – Alienação Fiduciária –

Seguradora INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS EM VIRTUDE DE ACIDENTE DE TRÂNSITO. CONVERSÃO À ESQUERDA PARA INGRESSO EM RUA TRANSVERSAL. CULPA CONCORRENTE AFASTADA. PROVA DOS AUTOS QUE INDICA EXCLUSIVA CULPA DA PRIMEIRA DEMANDADA QUE INTERCEPTOU A TRAJETÓRIA DA MOTOCICLETA DO AUTOR. MANOBRA REALIZADA SEM A DEVIDA CAUTELA. PERDA TOTAL. BEM ALIENADO FIDUCIARIAMENTE. DANOS EMERGENTES. INDENIZAÇÃO QUE DEVERÁ CORRESPONDER AO VALOR DE MERCADO. PAGAMENTO DO VALOR DO SEGURO DIRETAMENTE AO CREDOR FIDUCIÁRIO, NO LIMITE DO VALOR PENDENTE DO FINANCIAMENTO. TRANSFERÊNCIA DOS SALVADOS À SEGURADORA. DESPESAS COM MEDICAMENTOS E TRANSPORTE DEVIDAMENTE COMPROVADOS. DANO MORAL CONFIGURADO, EM RAZÃO DAS LESÕES DECORRENTES DO ACIDENTE. LUCROS CESSANTES. NECESSIDADE DE APURAÇÃO VIA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. COMPLEXIDADE. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. EXTINÇÃO DO FEITO SEM APRECIAÇÃO DO MÉRITO, DE OFÍCIO, EM RELAÇÃO AOS LUCROS CESSANTES, RESTANDO PREJUDICADO O RECURSO DO AUTOR NO PONTO. RECURSO DOS RÉUS PARCIALMENTE PROVIDOS. RECURSO DO AUTOR DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005375365, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Regis de Oliveira Montenegro Barbosa, Julgado em 25/06/2015).

12.2 – ACIDENTE DETRÂNSITO – Versões Antagônicas RECURSO INOMINADO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. VERSÕES ANTAGÔNICAS. DEMAIS ELEMENTOS PROBATÓRIOS COLIGIDOS AOS AUTOS PERMITEM AFERIR QUE A TESE AUTORAL É DOTADA DE VEROSSIMILHANÇA. DANOS MATERIAIS OCASIONADOS NO VEÍCULO DO AUTOR (MARCA AZERA) PELO VEÍCULO DE PROPRIEDADE DA RÉ (FIESTA), NA OCASIÃO LOCADO A

TERCEIRO, DEVEM SER INDENIZADOS PELA PARTE DEMANDADA. - SENTENÇA

REFORMADA. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005157631, Terceira Turma

Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva, Julgado em

07/05/2015).

12.3 – REPARAÇÃO DE DANOS – Animal de Estimação REPARAÇÃO DE DANOS. ANIMAL DE ESTIMAÇÃO ENCAMINHADO À CLÍNICA VETERINÁRIA RÉ PARA TRATAMENTO. CASTRAÇÃO E RETIRADA DE TUMORES MAMÁRIOS. COMPLICAÇÕES NO POS-OPERATÓRIO. INFECÇÃO. COMPROVAÇÃO DA FALTA DE CUIDADO. DANOS MATERIAIS COMPROVADOS. DANO MORAL CONFIGURADO. RECURSO DO AUTOR PROVIDO. RECURSO DA RÉ

DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005594213, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas

Recursais, Relator: Cleber Augusto Tonial, Julgado em 23/07/2015).

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12.4 – REPARAÇÃO DE DANOS – Furto de Veículo no estacionamento da

demandada – Utilização do Sistema Chapolin RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. FURTO DE VEÍCULO NO ESTACIONAMENTO DA DEMANDADA. SISTEMA CHAPOLIN UTILIZADO POR MELIANTES E QUE INUTILIZA O SISTEMA DE TRAVAMENTO DE PORTAS. PROVA CARREADA AOS AUTOS QUE CORROBORA A VERSÃO AUTORAL. VEROSSIMILHANÇA NAS ALEGAÇÕES DO AUTOR QUE TODAS AS PROVIDÊNCIAS TOMOU PARA BUSCAR AS FILMAGENS E FAZER UMA PROVA CONCRETA SOBRE O OCORRIDO. JÁ A DEMANDADA NÃO DEFERIU O PLEITO E NÃO TROUXE A PROVA PARA AFASTAR AS ASSERTIVAS DO REQUERENTE, EMBORA POSSUA SISTEMA DE VIGILÂNCIA COM IMAGENS DO LOCAL. DEVER DE INDENIZAR OS EQUIPAMENTES COMPROVADAMENTE PERTENCENTES AO AUTOR. APLICAÇÃO DA SÚMULA 130 DO STJ. INDEFERIMENTO DE RESSARCIMENTO DE DINHEIRO E DE CHEQUES. DANO MORAL INEXISTENTES. RECURSOS NÃO PROVIDOS. (Recurso Cível Nº 71005270699, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Gisele Anne Vieira de Azambuja, Julgado em 18/12/2014)

12.5 – REPARAÇÃO DE DANOS – “Seqüestro-Relâmpago” e Roubo em

Estacionamento de Supermercado RESPONSABILIDADE CIVIL. "SEQUESTRO-RELÂMPAGO" E ROUBO EM ESTACIONAMENTO DE SUPERMERCADO. DEFEITO NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. OBRIGAÇÃO DE REPARAR OS DANOS MATERIAIS COMPROVADOS E DE INDENIZAR OS DANOS MORAIS. APLICAÇÃO DA SÚMULA 130, DO STJ. - O estacionamento faz parte da estrutura do estabelecimento comercial e funciona como um atrativo para o aumento das vendas. Deve, portando, a empresa tomar providências no sentido de evitar a ocorrência de roubo e/ou seqüestro relâmpago no local, respondendo ela pela ocorrência de fatos dessa natureza, independentemente de culpa, a teor do disposto no art. 14, do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90). Além disso, aplicável a Súmula 130, STJ. - A prova de comunicação de ocorrência do roubo à autoridade policial, em que pese unilateral, goza de verossimilhança, tendo sido lavrada no dia do fato ocorrido. Ainda, a fatura de cartão de crédito evidencia compra efetuada no supermercado. Assim, a prova documental trazida pelo autor é suficiente a comprovar que esteve no estabelecimento réu naquele dia, bem como a ocorrência do fato. - Embora não seja exigível que o estabelecimento comercial disponha de seguranças armados, é seu dever dar segurança aos clientes que utilizam o seu estacionamento, quer seja com a instalação de outros dispositivos de segurança ou mesmo vigilância mais intensa, a fim de desestimular ações como a que ocorreu com o autor. Ainda, considerada a freqüência com que tais fatos ocorrem nos dias de hoje, não há como dizer que são imprevisíveis e inevitáveis, razão pela qual não há como equiparar o fato a situação de força maior. - Dano material referente ao celular e as compras realizadas naquele dia comprovados nos autos (R$2.493.94) - Dano moral caracterizado diante do abalo emocional frente à violência e ameaças às quais foi o autor submetido, arbitrado em R$ 5.000,00, valor que se reputa adequado às circunstâncias do caso concreto, bem como dentro dos parâmetros utilizados pelas Turmas Recursais Cíveis em casos análogos. - Sentença confirmada pelos seus próprios fundamentos, com os acréscimos supra. RECURSO DO AUTOR PARCIALMENTE PROVIDO RECURSO DO RÉU DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004789731, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Gisele Anne Vieira de Azambuja, Julgado em 28/03/2014)

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13 – SERVIÇO BANCÁRIO

13.1 – CARTÃO DE CRÉDITO – Compras no Exterior RECURSO INOMINADO. COMPRAS EFETUADAS NO EXTERIOR MEDIANTE USO DE CARTÃO DE CRÉDITO. NEGATIVA DE PAGAMENTO POR PARTE DA AUTORA, CUJO PASSAPORTE COMPROVA QUE NÃO VIAJOU NO PERÍODO DAS DESPESAS LANÇADAS NA SUA FATURA. AFIRMAÇÃO, EM CONTESTAÇÃO, DE QUE A AUTORA TERIA EFETUADO LIGAÇÃO PARA SOLICITAR A LIBERAÇÃO DO

USO DO CARTÃO NO EXTERIOR. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO MEDIANTE A

APRESENTAÇÃO DO ÁUDIO EM JUÍZO. DÚVIDA ACERCA DOS FATOS QUE

APONTA FALHA NA SEGURANÇA DO SERVIÇO MAS NÃO AUTORIZA PRESUNÇÃO

EM DESFAVOR DO CONSUMIDOR. INSCRIÇÃO INDEVIDA. SENTENÇA

REFORMADA PARA CONDENAR A RÉ A RESTITUIR OS VALORES COBRADOS, BEM

COMO CONDENAR PELA REPARAÇÃO DOS DANOS MORAIS NO VALOR DE R$

5.000,00. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005481767, Terceira Turma Recursal

Cível, Turmas Recursais, Relator: Roberto Arriada Lorea, Julgado em 27/08/2015).

14 – TRANSAÇÃO

14.1 – ATRASO NA ENTREGA DA OBRA – Transação – Quitação RECURSO INOMINADO. ATRASO NA ENTREGA DA OBRA. TRANSAÇÃO ENTRE AS PARTES, COM PLENA QUITAÇÃO. PEDIDO DE EXECUÇÃO DE PARCELA ACORDADA NA TRANSAÇÃO CUMULUDA COM PEDIDO DE DANO MORAL. CONFORME JURISPRUDÊNCIA DA TERCEIRA TURMA, É POSSÍVEL A TRANSAÇÃO ENTRE AS PARTES ACERCA DO ATRASO NA ENTREGA DA OBRA,

GERANDO EFETIVA QUITAÇÃO. PEDIDO DE CUMPRIMENTO DA TRANSAÇÃO QUE

INVIABILIZA O PLEITO DE REPARAÇÃO ALÉM DA CONTRATADA. DANO MORAL

NÃO CONFIGURADO. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004879672, Terceira

Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Roberto Arriada Lorea, Julgado em

25/06/2015).

CRIMINAL:

15 – DELITO AMBIENTAL. ARTIGO 60 DA LEI 9.605/98. NORMA

PENAL EM BRANCO. ATIVIDADE DE TRIAGEM,

ARMAZENAMENTO E PRENSAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS

(PAPEIS) RECURSO CRIME. DELITO AMBIENTAL. ARTIGO 60 DA LEI 9.605/98. NORMA PENAL EM BRANCO. ATIVIDADE DE TRIAGEM, ARMAZENAMENTO E PRENSAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PAPEIS). ASSOCIAÇÃO DE PAPELEIROS. FALTA DE PROVA DA POTENCIALIDADE POLUIDORA DA ATIVIDADE. SENTENÇA

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CONDENATÓRIA REFORMADA. 1. O Anexo I da Resolução 237 do Conama, assim como a Tabela de Atividades do Manual de Cadastro Técnico Federal, relaciona as atividades e empreendimentos sujeitos a licenciamento ambiental, procedimento administrativo pelo qual o órgão competente licencia a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais. 2. Todavia, como o licenciamento não é exigido somente para as atividades potencialmente poluidoras, mas, também, para outras que possam causar degradação ambiental, necessária prova de que, no caso concreto, haja risco potencial causado pela ação denunciada. 3. Nesse sentido, conforme tem decidido o STJ, a configuração do delito previsto no art. 60 da Lei n. 9.605/98, exige, além da falta de licença ambiental, prova robusta de que a atividade seja potencialmente poluidora, o que somente pode ser verificado através de perícia (AgRg no REsp 1411354/RS 2013/0349228-6, Rel. Min. Moura Ribeiro, 5ª Turma, j. 19/08/2014). 4. Inexistente perícia técnica que afira a potencialidade poluidora da atividade exercida pelo réu, deve ser reformada a sentença proferida, absolvendo-se o réu por falta de provas. RECURSO PROVIDO. (Recurso Crime Nº 71005649827, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Edson Jorge Cechet, Julgado em 28/09/2015)

16 – DELITOS DE TRÂNSITO. ARTIGO 309 DO CTB. AUDIÊNCIA

PRELIMINAR REALIZADA SEM A PRESENÇA DE ADVOGADO.

NULIDADE PROCESSUAL, DECLARADA EX OFFICIO APELAÇÃO-CRIME. DELITOS DE TRÂNSITO. ARTIGO 309 DO CTB. AUDIÊNCIA PRELIMINAR REALIZADA SEM A PRESENÇA DE ADVOGADO. NULIDADE PROCESSUAL, DECLARADA EX OFFICIO. 1. Nulidade processual concernente à ausência de defensor em audiência preliminar. Violação dos princípios da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal, consagrados no artigo 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal, além dos ditames processuais penais previstos no artigo 261 do CPP, no § 3º do artigo 76 c/c artigo 72, estes da Lei dos Juizados Especiais Criminais. 2. Recusa do recorrente ao benefício da transação penal ofertado em audiência preliminar, na qual deixou de receber orientação de Defensor, a quem incumbiria orientar o acusado sobre as consequências do aceite ou não da transação penal. 3. Como consequência da nulidade proclamada, incide, na hipótese, o instituto da prescrição da pretensão punitiva do Estado, tendo em conta que, com o desaparecimento dos marcos interruptivos, transcorreram mais de seis anos entre a data do fato e a desta sessão de julgamento. Impõe-se, portanto, declarar extinta a punibilidade do recorrente, na forma dos artigos 107, inciso IV, c/c os art. 109, inciso VI (redação original), e 110 § 1º, todos do Código Penal. 4. Em decorrência, resulta prejudicado o exame do mérito, de acordo com a súmula 241 do extinto TFR. ANULARAM O PROCESSO E DECLARARAM EXTINTA A PUNIBILIDADE DO RECORRENTE PELA PRESCRIÇÃO. (Recurso Crime Nº 71005470919, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Edson Jorge Cechet, Julgado em 28/09/2015)

17 – RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS E VINCULADAS

À CONTRAVENÇÃO DE JOGOS DE AZAR APELAÇÃO CRIME. RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS E VINCULADAS À CONTRAVENÇÃO DE JOGOS DE AZAR. IMPOSSIBILIDADE. A restituição de coisas

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apreendidas, vinculadas à contravenção penal, somente pode dar-se mediante prova indiscutível da propriedade e pela via correta, nos termos do artigo 118 e seguintes do Código de Processo Penal. Todavia, tratando-se de máquinas caça-níqueis, utilizadas na contravenção penal de jogos de azar, atividade ilícita, resta defesa sua restituição. RECURSO PROVIDO. (Recurso Crime Nº 71005430632, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Edson Jorge Cechet, Julgado em 28/09/2015)

18 – CORREIÇÃO PARCIAL. SUBSTITUIÇÃO DE TESTEMUNHA

DA ACUSAÇÃO. DISCORDÂNCIA DA DEFESA CORREIÇÃO PARCIAL. SUBSTITUIÇÃO DE TESTEMUNHA DA ACUSAÇÃO. DISCORDÂNCIA DA DEFESA. TESTEMUNHA NÃO LOCALIZADA. OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. INVERSÃO TUMULTUÁRIA. INOCORRÊNCIA. Inexiste erro ou abuso que importe em inversão tumultuária de atos ou fórmulas legais na substituição de testemunha não encontrada nos endereços informados nos autos, mesmo após o atendimento de requerimento da defesa de se oficiar ao órgão de classe. No caso dos autos, ainda que interesse à tese defensiva, tal testemunha não foi arrolada pelo réu, que também não indicou outros meios de localizá-la. Verificado que foram esgotados os meios de localização da testemunha, sem sucesso, a substituição por outra não caracteriza inversão tumultuária ou ofensa aos direitos do réu garantidos constitucionalmente. CORREIÇÃO PARCIAL INDEFERIDA. (Correição Parcial Nº 71005690466, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Luis Gustavo Zanella Piccinin, Julgado em 28/09/2015)

19 – RESISTÊNCIA. NÃO OFERECIMENTO DE DEFESA PRÉVIA.

NULIDADE NÃO CONFIGURADA APELAÇÃO CRIME. RESISTÊNCIA. NÃO OFERECIMENTO DE DEFESA PRÉVIA. NULIDADE NÃO CONFIGURADA. ART. 329, CAPUT, DO CP. AUSÊNCIA DE DOLO. SENTENÇA CONDENATÓRIA REFORMADA. 1- Não restando violado o direito à ampla defesa e ao contraditório, na ausência de prejuízo às partes, inexiste nulidade a ser declarada. 2- A resistência exige dolo, elemento subjetivo que consiste na vontade de empregar violência ou de usar ameaça, com consciência da legalidade do ato e da condição de funcionário do executor. Simples ato de indisciplina não configura, sem oposição à execução de ato legal, o delito de resistência. APELO PROVIDO. (Recurso Crime Nº 71005339403, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Luis Gustavo Zanella Piccinin, Julgado em 28/09/2015)

20 – CORREIÇÃO PARCIAL. OFERECIMENTO, DE OFÍCIO, DE

TRANSAÇÃO PENAL. INVERSÃO TUMULTUÁRIA DE ATOS E

FÓRMULAS LEGAIS. ATRIBUIÇÃO EXCLUSIVA DO MP CORREIÇÃO PARCIAL. OFERECIMENTO, DE OFÍCIO, DE TRANSAÇÃO PENAL. INVERSÃO TUMULTUÁRIA DE ATOS E FÓRMULAS LEGAIS. ATRIBUIÇÃO EXCLUSIVA DO MP. A oferta da transação penal é faculdade exclusiva do Ministério

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Público, descabendo, portanto, ao juízo, substituir-se àquele no exercício de suas atribuições. O espaço de atuação do Ministério Público é aquele consagrado pelo art. 129, inciso I, da Constituição Federal, nele se inserindo a proposta de transação penal, enquanto ao Magistrado cabe, amparado pelo art. 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal, a adaptação desta para que atenda a critérios de adequação e proporcionalidade, e até mesmo a rejeição da denúncia com suporte no art. 395, II, do CPP, fazendo-o por falta de condição da ação nas hipóteses em que preenchidos os requisitos legais há a recusa do Ministério Público ao oferecimento da transação penal, mesmo que essa posição seja referendada pelo Procurador-Geral de Justiça. Hipótese em que resta caracterizada a inversão tumultuária dos atos e fórmulas legais CORREIÇÃO DEFERIDA. (Correição Parcial Nº 71005685029, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Luiz Antônio Alves Capra, Julgado em 14/09/2015)

21 – TRANSAÇÃO PENAL NÃO OFERECIDA. REQUISITOS

LEGAIS PREENCHIDOS. PREJUÍZO CONFIGURADO PELA

SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA APELAÇÃO CRIMINAL. TRANSAÇÃO PENAL NÃO OFERECIDA. REQUISITOS LEGAIS PREENCHIDOS. PREJUÍZO CONFIGURADO PELA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA. NULIDADE. PRESCRIÇÃO. Hipótese em que se impunha, por preenchidos, em tese, os requisitos que autorizariam a transação penal, o oferecimento da medida, já que tal se constitui em direito subjetivo do acusado e pode ser oferecida até o final da instrução processual. O benefício da transação penal deve levar em conta o atendimento aos requisitos legais no momento em que cometido o delito, não se constituindo em óbice as condenações que se verificarem entre tal data e aquela em que este deveria ter sido oferecido (Precedente nº 71005330188). Tal não importa em óbice, contudo, considerados os critérios orientadores do JECRIM (art. 62 da Lei nº 9.099/95), ao oferecimento da medida despenalizadora em momento posterior, mesmo quando já instaurado o processo, quando venham a ser implementados os seus requisitos no curso deste, tendo por limite, no entanto, o encerramento da instrução. Incidência do enunciado nº 114 do FONAJE. Inarredável, na hipótese, diante do desaparecimento dos marcos interruptivos correspondentes ao recebimento da denúncia e da publicação da sentença penal condenatória, como decorrência do não exercício da pretensão punitiva por parte do Estado, o reconhecimento da prescrição como causa extintiva da punibilidade. DECLARARAM A NULIDADE DO FEITO E A EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE DO RÉU, EM FACE DA PRESCRIÇÃO. (Recurso Crime Nº71005248034, Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator: Luiz Antônio Alves Capra, Julgado em 28/09/2015)