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Boletim da APEB – Maio-Junho 2002.doc 3 Editorial ESTES DIAS que estamos vivendo ocorre cada vez mais perguntar o sentido dos nossos actos sobretudo nesta associação de portugueses residentes no exterior. Que outros modestos contributos, para além do merecido divertimento e do saudável convívio, se impõem numa associação como a nossa? Os portugueses e os europeus foram vítimas de uma educação que lhes inculcou a ideia da superioridade da sua cultura e da sua religião. O regime fascista acentuou em Portugal essa visão, isolando nos dos restantes povos inclusive dos da vizinha Espanha onde entre outros vivem os galegos nossos amigos «incondicio- nais», ou do Brasil, onde os laços são até de sangue. O recente campeonato do mundo de futebol mostra bem como essa visão é arrogante e nos falta ainda receber grandes lições de modéstia e humil- dade. Aqui em Bruxelas os portugueses tem uma oportunidade considerável de conhecer outros povos. Por essa razão, a APEB pretende nos próximos meses levar a cabo novas iniciativas que juntem à mesma mesa gentes de diferentes origens e culturas. ROMOVER as regiões mais débeis do nosso país que dificilmente conseguem escoar o produto do seu trabalho devido à grande concor- rência das grandes superfícies, pode ser outro dos papéis, da nossa asso- ciação e de muitas outras. A proposta de um acordo de colaboração entre a Apeb e a Asso- ciação Fernão Mendes Pinto de Monte- mor-o-Velho, poderá abrir portas para essa promoção, e também para concre- tizar projectos úteis para a comuni- dade portuguesa na Bélgica. POLÍTICA de emigração da administração portuguesa tem se reduzido no essencial a cortejar as comunidades espalhadas pelo mundo em vez de fazer frente ao fenómeno de desertificação crescente de certas regiões de Portugal. Portugueses sem perspectivas de futuro continuam a emigrar, procu- rando alhures o que o país não lhes possibilita. Os postos de trabalho que sobram em Portugal, na construção civil, por exemplo, são de alto risco e mal remunerados. As hipócritas admi- nistrações europeias que dizem querer barrar a entrada de trabalhadores não comunitários, são as primeiras a tirar partido dessa mão de obra barata e sem direitos. Veja-se em Portugal quantos deles trabalharam nas cons- truções da Expo 98 e da Ponte Vasco da Gama. Ao neo-liberalismo agora triunfante corresponde outro fenó- meno que poderíamos chamar neo- -esclavagismo, embora mascarado de sociedade de bem-estar, mediante um consumismo quantas vezes vão. Às associações como a nossa com- pete também reagir, preparando os seus associados para participar na vida política e social (pois já participam da vida económica!) dos países onde trabalham e nos respectivos sindicatos. N P A

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Boletim da APEB – Maio-Junho 2002.doc 3

Editorial

ESTES DIAS que estamosvivendo ocorre cada vez maisperguntar o sentido dosnossos actos sobretudo nesta

associação de portugueses residentesno exterior.

Que outros modestos contributos,para além do merecido divertimento edo saudável convívio, se impõemnuma associação como a nossa?

Os portugueses e os europeus foramvítimas de uma educação que lhesinculcou a ideia da superioridade dasua cultura e da sua religião. O regimefascista acentuou em Portugal essavisão, isolando nos dos restantespovos inclusive dos da vizinhaEspanha onde entre outros vivem osgalegos nossos amigos «incondicio-nais», ou do Brasil, onde os laços sãoaté de sangue.

O recente campeonato do mundo defutebol mostra bem como essa visão éarrogante e nos falta ainda recebergrandes lições de modéstia e humil-dade.

Aqui em Bruxelas os portuguesestem uma oportunidade considerávelde conhecer outros povos. Por essarazão, a APEB pretende nos próximosmeses levar a cabo novas iniciativasque juntem à mesma mesa gentes dediferentes origens e culturas.

ROMOVER as regiões mais débeisdo nosso país que dificilmenteconseguem escoar o produto do

seu trabalho devido à grande concor-rência das grandes superfícies, podeser outro dos papéis, da nossa asso-ciação e de muitas outras.

A proposta de um acordo decolaboração entre a Apeb e a Asso-ciação Fernão Mendes Pinto de Monte-mor-o-Velho, poderá abrir portas paraessa promoção, e também para concre-tizar projectos úteis para a comuni-dade portuguesa na Bélgica.

POLÍTICA de emigração daadministração portuguesa temse reduzido no essencial a

cortejar as comunidades espalhadaspelo mundo em vez de fazer frente aofenómeno de desertificação crescentede certas regiões de Portugal.

Portugueses sem perspectivas defuturo continuam a emigrar, procu-rando alhures o que o país não lhespossibilita. Os postos de trabalho quesobram em Portugal, na construçãocivil, por exemplo, são de alto risco emal remunerados. As hipócritas admi-nistrações europeias que dizem quererbarrar a entrada de trabalhadores nãocomunitários, são as primeiras a tirarpartido dessa mão de obra barata esem direitos. Veja-se em Portugalquantos deles trabalharam nas cons-truções da Expo 98 e da Ponte Vascoda Gama. Ao neo-liberalismo agoratriunfante corresponde outro fenó-meno que poderíamos chamar neo--esclavagismo, embora mascarado desociedade de bem-estar, mediante umconsumismo quantas vezes vão.

Às associações como a nossa com-pete também reagir, preparando osseus associados para participar na vidapolítica e social (pois já participam davida económica!) dos países ondetrabalham e nos respectivos sindicatos.

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A Associação

Fernão Mendes PintoASCEU no concelho deMontemor o Velho em 28 deFevereiro de 1977 e por ele

multiplicou estruturas, serviços evalências, prosseguiu pelo concelho daFigueira da Foz, onde também jápossui um leque bastante diversificadode respostas, acolheu utentes e solici-tações dos concelhos limítrofes, estabe-leceu laços e parcerias com outrasorganizações congéneres, nacionais,europeias e africanas, aderiu a Uniões,Federações, Associações, ProjectosIntegrados e Redes, firmou acordos,contratos, protocolos e convenções,desafiou e foi desafiada, inovou,experimentou e recriou modelos eestratégias, fez-se IPSS InstituiçãoParticular de Solidariedade Social,ADL Associação de DesenvolvimentoLocal e ONGD Organização NãoGovernamental para a Cooperação eDesenvolvimento…

Quem somos

ASSOCIAÇÃO Fernão MendesPinto, à altura sob adesignação de Infantário

Jardim de Infância de Montemor oVelho, foi fundada por um grupo deactivistas locais, em 1977 e a suaprimeira valência (creche e jardim deinfância) abriu as portas a 28 deFevereiro desse mesmo ano. Seis anosdepois, surgiu o primeiro ATL, nessetempo, ainda como experiência pilotoquer a nível distrital, quer a nívelnacional.

Em 1986, cria o primeiro espaçodesportivo coberto da freguesia deMontemor e passa a organizar,diferentes actividades desportivas

(karaté, ténis demesa, ginástica infan-til e ginástica de ma-nutenção) .

Em 1987, já envol-vidos em múltiplasacções e projecos deanimação e desenvol-vimento comunitário,viabilizou a aberturasucessiva dos ATL’sde Gatões, Seixo, Liceia, Carapinheira,Tentúgal, Ereira, Verride, Formoselhae Santo Varão, e também os Jardins deInfância de Gatões e Liceia, o Centrode Estimulação Precoce de Montemore o Centro Infante Dom Pedro deTentúgal.

Em 1998, dentro dos objectivos dealargamento da intervenção, a AFMPimplanta-se na Figueira da Foz, onde aactividade desenvolvida respeita es-sencialmente a formação profissional ea inserção social e profissional.

Entretanto, o desenrolar da orga-nização e o reforço estrutural veri-ficado, a par com a percepção daimportância do seu papel e a intro-dução pelos sucessivos governos denovas políticas sociais, a Associação, afervilhar de energia e vontade de nãodesperdiçar oportunidades, diversifi-cou actividades e fontes de financia-mento e, consciente da sua responsabi-lidade, passou a envolver-se em tudoquanto pudesse atrair para Montemorrecursos e meios que servissem asenormes carências e necessidadesainda existentes, sendo disso exemploas áreas que veio a abraçar com afincoe empenhamento: o social, a cultura, odesporto, a educação, a formação

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profissional, as novas tecnologias deinformação, a animação sociocultural,a juventude, a deficiência, os direitos eigualdade de oportunidades entrehomens e mulheres, a economia sociale o desenvolvimento local em geral,entre outras.

Área geográfica

ASSOCIAÇÃO Fernão MendesPinto, estatutariamente temum carácter preferencialmente

regional, e actua nos limites da RegiãoCentro. Contudo, pela natureza dotrabalho que desenvolve e pelascaracterísticas que apresenta, torna-seinevitável que a sua intervenção nãoconheça limites territoriais nemfronteiriços, sendo disso prova asacções que, por iniciativa própria ouem parceria, desenvolve um pouco portoda a parte.

E assim sendo, não seria despropo-sitado afirmar um âmbito que passapela materialização de iniciativas eprojectos locais, regionais, nacionais eeuropeus, e também, decorrendo dofacto de ser uma ONGD e já estar acooperar com alguns países de expres-são portuguesa, acrescentar esta di-mensão geográfica ao seu quotidiano.

A título de informação, dizer que jápossui um Gabinete Permanente emBruxelas e se encontra em fase de ins-talação na Ilha do Sal, em Cabo Verde.

Grandes Linhas de Acção

Acção Social AmbienteAnimação

Associativismo Bem-Estar

Cidadania Cooperação Cultura

Desenvolvimento Desporto

Economia Social Educação

Emergência Social Emprego

Europa Formação Profissional

Igualdade de Oportunidades

Infância Inserção

Interculturalidade Integração

Juventude Progresso Saúde

Sensibilização Solidariedade

Reinserção Voluntariado

Em síntese, as problemáticas e conceitosque inspiram as práticas e ajudam adesenhar as filosofias de actuação.

Maria Nunes China

Sede da Associação em Montemor-o-Velho

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http://www.terravista.pt/Mussulo/2254/Index.html

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Boletim da APEB – Maio-Junho 2002.d

opulaçãoNo Recenseamento Geral da População de 1991 a freguesia contava 2396 habitantes,

15 famílias, 1025 alojamentos familiares, 4 alojamentos colectivos e 989 edifícios.

densidade populacional era de 88 hab./km2.

Fernão Mendes Pinto nasceu em Montemor-o-Velho. 1510 e morreu na quinta do Pragal, em Almada,m 1583.

Filho de família modesta, foi levado por um tio paraisboa quando tinha 10 ou 12 anos, para servir emasas de fidalgos. A sua juventude foi repleta deeripécias, até que em 1537 resolveu embarcar para andia em busca de riqueza, tendo chegado a Diu em de Setembro de 1537. Começa então a suaagabundagem pelas terras do Oriente de que fez relatoa sua obra Peregrinação, dizendo que foi «trezeezes cativo e dezasseis vendido, nas partes da Índia,tiópia, Arábia Feliz, China, Tartária, Macáçar, Samatra outras províncias daquele oriental arquipélago dosonfins da Ásia».

Entre as várias peripécias por que passou, conheceu. Francisco Xavier, que acompanhou ao Japão e àhina; entrou para a Companhia de Jesus como irmão

eigo, tendo dela saído alguns anos depois emircunstâncias algo misteriosas.

Regressou a Portugal em 1558 e é a partir desta dataue escreve a Peregrinação, obra autobiográfica earrativa de aventuras onde é difícil distinguir entre aealidade e a ficção, sendo no entanto uma visãoiferente da epopeia dos Descobrimentos. Concluída em580, três anos antes da sua morte, a obra só seráublicada em 1614, possivelmente com alguns cortes erranjos ao sabor das circunstâncias.

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Os impostos e a dupla

tributação

pesar do Tratado deMaastricht ter dado aoscidadãos dos Estados--Membros da União Europeia

a «cidadania europeia» e termos hojeconsagrada a liberdade de circulação, averdade é que vários são ainda osobstáculos que se colocam àqueles quedecidem ir trabalhar para um paísdiferente.

Um destes problemas é o dafiscalidade. Sobre esta matéria não há aindaqualquer política a nível comunitário, sendoeste dossier regulamentado por acordosbilaterais estabelecidos entre os Estados--Membros. É assim que Portugal tem umAcordo com a Bélgica, diferente do Acordoque tem com a Alemanha.

Mas na prática isto nem semprefunciona bem. Vejamos dois exemplos, quechegaram ao nosso conhecimento:

— Um grupo de portugueses foi contratadoem Portugal para trabalhar na Bélgica(regime de destacamento). Tal comoacontece habitualmente, estes contratos sãoassinados sem que os trabalhadores sejamdevidamente informados de todos osaspectos legais e estes nossos compatriotas(cerca de 50) tiveram a desagradávelsurpresa de, depois de terem pago os seusimpostos sobre o rendimento em Portugal,receberem das entidades belgas o aviso decobrança de imposto sobre os rendimentosdo mesmo período.

— Um dos membros de um casal foi

trabalharpara aAlemanha.Aí recebe o seu salário e paga osseus impostos.

Todavia, como a legislação portuguesaobriga a apresentar Declaração de IRS pelorendimento do casal, os montantes rece-bidos na Alemanha são de novo tributadose com a agravante de, sendo os saláriosneste país mais elevados do que no nosso,haver quase automaticamente uma subidano escalão aplicável.

Ora o que diz a Comissão Europeiasobre este assunto?

O artigo 49.º do Tratado CE, proíbe aosEstados-Membros as restrições à livre circu-lação transfronteiriça de serviços através dadupla tributação.

O que significa que sempre que umasituação de dupla tributação se verifique(duplo pagamento de impostos sobre omesmo rendimento) no que se refere aosimpostos calculados sobre rendimento dotrabalho, pensões de reforma, ou outros, osdois países envolvidos deverão resolver oproblema de forma à sua eliminação.

No que se refere ao nosso caso,compete às autoridades portuguesasresolver estes diferendos, sempre que elesse verificarem. Mas compete-nos a nósexigi-lo. Ou não continuamos nós a serportugueses?

Fátima Garcia

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Desporto

O comentário deVictor Muacho Carreiras

equipa de futebol sénior da APEB completou mais uma

época atingindo o seu principal objectivo: a

manutenção na divisão III da ABSSA.

Todos os jogadores, membros da equipa técnica e direcção

estão de parabéns.

A secção desportiva queriatambém comunicar a todos osassociados que está actual-mente a tentar renovar oselementos directivos, a fim depoder dotar a nossa equipa deuma estrutura mais solida(tanto a nível técnico como anível directivo). É importantesalientar o facto que aDesportiva soube manterdurante os últimos anos umagrande estabilidade a todos osníveis: desportivo, disciplinar efinanceiro. Não hesite — venhaajudar-nos para todos juntospodermos alcançar novos emaiores objectivos!

A secção desportiva desejaumas boas férias a toda amassa associativa e deixadesde já o convite para oarranque da próxima época defutebol a 7 de Setembrode 2002.

Nota: Um grande obrigado atodos aqueles que nos ajudarama dignificar a presença da APEBna recente festa das Comuni-dades Portuguesas.

Venha jogar connosco!

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Desportojuvenil

OS dias 18 19 e 20 de Maio a

APEB foi convidada a participar

num torneio de futebol de salão

para crianças de 8 a 10 anos e

de 10 a 12 anos.

Como era de esperar a APEB não podia

faltar a este evento e tentou arranjar

miúdos para participar neste torneio.

Com algumas dificuldades conseguimos

participar com duas equipas .

A classificação de cada equipa deixou os

organizadores cheios de orgulho porque

conseguiram-se boas classificações com

meninos que nunca tinham jogado em

conjunto.

A equipa dos mais novos era composta

pelos seguintes elementos:

Hugo, Tiago, Daniel, Eric, Jonhatan,

Patrick, José Miguel e Nicola.

A dos maiores era composta pelo:

Fábio, Jonhatan, Luis Carlos, João

Carlos, Pedro, Luca, David e Daniel.

Os pequenos ficaram no 5.° lugar num

total de 12 equipas. Os maiores

conseguiram o 3.° lugar na classificação,

também sobre 12 equipas.

António Tomé

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A Festa do 25 deA Festa do 25 deA Festa do 25 deA Festa do 25 de

Abril na APEBAbril na APEBAbril na APEBAbril na APEB � O Burgomestre da Comuna de St. Gilles, Charles PICQUÉ e Martine WILLEvereadora dos pelouros : Instruction publique et Extra scolaire, Patrimoine et Rénovationurbaine («Contrat ville»). Estiveram também presentes pela Comuna os Sr.s, JeanSPINETTI, Secretário da Administração, Patrick DEBOUVERIE, vereador dos pelourosAffaires juridiques, Animation locale, Classes Moyennes, Commerces, Contrat de Noyaucommercial, Marchés et Tourisme e Carlo LUYCKX Affaires européennes et Etat Civil.

▲ A Sr.a Bjørg MARTINSEN, da Embaixada da Noruega, Sua Ex.a o Sr. Embaixador daRepública Popular de Angola, Armando Mateus CADETE, sua filha a Sr.ª Winie CADETE eo Sr. Ernesto Dimbu KUNDA, Conselheiro de Imprensa. Esteve também presente o Vice--Presidente da Comunidade Helénica de Bruxelas o Sr. Angellos HOLIDIS.►O Grupo Coral Feminino da Apeb.Restantes fotos:O Rancho Folclórico da Apeb em em movimento e nos preparativos .

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Boletim da APEB – Maio-J

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A festa começou com uma pequena mas importante evocação teatral, com basenum poema de ARY DOS SANTOS

E coFolcmad

unho 2002.doc 11

s fotos aqui apresentadas são parte da

eportagem do nosso sócio Rui MOREIRA a quem

olicitámos a cobertura desta festa. A

eportagem foi graciosamente cedida à Apeb. As

estantes fotos da reportagem estão expostas na

ede da nossa Associação.

ontactos:

Rue Van Elewijck, 6

1050 Bruxelas

Tel.: +32 2 647 24 20

[email protected]

(1937-1984)

ntinuou com, as intervenções do grupo Coral Feminino, do Rancholórico, a leitura de um poema pelo seu autor, Álvaro HORTA, o Baile até derugada com os Top Dance.

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Boletim da APEB – Maio-Junho 2002.doc12

�����Um prémio!

QUERIDOS AMIGUINHOS:

UITOS de vós passaram,provavelmente, as férias em Portugal.

Encontraram o avô e a avó, os tios, os

primos, de quem tinham muitassaudades e reviram os amigos que fizeram nosoutros verões, na praia, ou no campo, ou quesimplesmente vivem na mesma aldeia ou cidade

que vocês.

Foram decerto umas férias agradáveis, commuito sol e praia, para alguns, e para outros vaiser o prazer do campo, do convívio com os

animais e os amigos ou então muitosimplesmente foi o prazer de acordar tarde ede brincar e jogar à bola com os amigos.

A APEB gostaria muito que participassem comuma pequena história sobre as vossas férias.

À melhor história será atribuído um prémio!

Contamos convosco!

BoM regresso!

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Boletim da APEB – Maio-Junho 2002.d

Visita

Sábado, 19 de Outubro às 14 horas,

visita guiada para crianças ao

Com os auscultadores sem fios (infravermelhos),os visitantes podem ouvir o som dos instrumentos expostos.

APEB oferece às crianças (dos

anos) filhas dos seus associad

visita guiada ao Museu dos Ins

de Música.

As inscrições devem ser dirigidas à D

ao dia 19 Setembro.

Ficha de inscriçãoNomes:

Idades: Telefone: S

Musée des Instruments de Musique (MIM)rue Montagne de la Cour 2B-1000 Bruxelles

http://www.kmkg-mrah.be/

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Poesia

Boletim da APEB – Maio-Junho 2002.doc14

As Azenhas do Mar (in http://alfarrabio.um.geira.pt/vercial/fotos/autores.htm)

(

Falta-me o cheiro do mar

As águas do TejoE os moinhos da praia ao luar

As ondas revoltasBanham os corpos dispersosNo areal que o rio descobriuE não tardará a tragar

Rio e marVerde e azulNorte e sulSol e luar

Barcos que deslizam devagarSobre um rioQue em breve será mar

E o vento a soprarEmpurra as ondasQue vão banharO teu corpo ao luarFalta-me o cheiro do mar !

Amélia Militão

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Boletim da APEB – Maio-Junho 2002.doc 15

Poesia

Caro amigo meu,

Não és um homem acabado.

Porque aquilo que foi teu

Nunca te será roubado.

Foi nesse grande dia

Que tu nos apareceste

Que o povo sorria

E muitas palmas mereceste.

A coragem e a valentia

Com que sempre lutaste

Reconhecemos esse dia

Quando a cantar nos recordaste.

Com lágrimas de alegria

Não foste nada banal

Vimos-te nascer nesse dia

E contigo cantamos o Hino Nacional.

De nada te deves envergonhar

porque nos deste tanta esperança.

Para alguns foi um sonhador

Para outros ficou a lembrança.

Agora que já és maior

Corajoso e viril

Não penses mais no pior

Tu ó 25 de Abril

Álvaro HortasBruxelas 25 de Abril de 2002

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Boletim da APEB – Maio-Junho 2002.doc16

Correspondência

Luís Albuquerque

Os anos foram passando e o 25 de Abril foi crescendo.Depois, também com o passar dos anos o 25 de Abril, passou a ser

propositadamente esquecido por alguns!…demasiado incómodo para quem quercontinuara manipular negativamente a opinião daqueles para quem

efectivamente foi feito: O VERDADEIRO POVO !

Caro amigo Luís Irene,

Um dia Abril floriu mais cedo que o habitual!Manhã meio cinzenta, um pouco fria como muitas outras manhãs de Abril.Aparentemente um Abril cinzento como os meses de Abril do nosso

descontentamento.Aparentemente, só aparentemente, apenas.E nessa manhã de Abril quando a mesma já marcava as 8h30, algo aparentemente

estranho, entre conversas e não cochichos, depois entre risos de gente adulta quemais pareciam de felicidade de uma qualquer criança a quem fizeram uma surpresa,eis que a primavera, FINALMENTE a primavera surgia no ar, nos corações, nasconversas, nas musicas, nas esperanças.

Nas nossas esperanças, nas nossas ainda quase certezas.Em 2002, a manhã do 25 de Abril era uma manhã com sol, quente, primaveril.Estranhamente solarenga, quente e primaveril, embora de Abril se tratasse,

embora de Primavera se tratasse, embora de um 25 de Abril se tratasse.Estranhamente, porque tal em 1974, com os primeiros passos do 25 de Abril, não foidia feriado, houve mercado e feira, não se sentiu o nosso Abril, o 25 de Abril!…

Mas Abril prosseguiu mesmo que alguns desvios tivessem ares perniciosos.Abril, como a primavera floriu.

Ouviu-se a Grândola Vila Morena, todo o Zeca Afonso. Dos mais novos ouviu-sea pergunta: Porquê Grândola Vila Morena? E das respostas, saiu porque sim!…sempre porque sim!

Porque 25 de Abril SEMPRE! …Mesmo com o disfarçado e propositado oudespropositado esquecimento de alguns!

Como há 28 anos atrás, caro Luís Irene, um abraço fraterno é agora pouco!Por isso, mil abraços fraternos por cada mil esperanças de cada mil pessoas quenunca esquecerão a manhã do 25 de Abril de 1974!

25 de Abril SEMPRE! …Nunca mais «Le Pens» ou outros que tais que também nãodevemos esquecer, por amor à Liberdade, à Fraternidade …à tão esquecidaSOLIDARIEDADE.

Um abraço do sempre amigo,Costa Simões.

Caro amigo Simões,

Este teu correio electrónico, (para muitos e-mail, esquecendo que a nossalíngua também tem os termos adequados) veio despertar-me para mais uma semana detrabalho… e foi com imensa alegria e ao mesmo tempo de comoção, (sempre as minhaseternas contradições…) que eu li este teu intenso perfume de poesia. E verdade! …eporque é um texto que evoca Abril, o nosso Abril, o Abril com que sonhamos! …daLiberdade, da Paz, da Fraternidade, do Amor, da Compreensão. O Abril do Zeca, doSérgio, do Mário Branco, do Correia de Oliveira, …eu quero aqui evocar também oAbril, daqueles, que da nossa geração, já partiram …e o Abril do povo, doverdadeiro povo …a quem um dia se prometeu muito e por quem se tem feito tãopouco. E porque as nossas convicções estão protegidas pelo intenso perfume doscravos de Abril, apraz-me despedir, hoje, de ti, velho amigo, com um grande, masgrande abraço, e com um «ABRIL SEMPRE!».

Luís Irene

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Correspondência

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Boletim da APEB – Maio-Junho 2002.doc18

Perfis da lusofonia

AngolaPresidente: José Eduardo dos Santos

Capital: Luanda

Localização: a República de Angola ficasituada na costa ocidental do continenteafricano, entre os paralelos 4º 22´ e18º 02´ Sul e os meridianos 11º 41' e24º 05´ Leste. Com uma superfície de1 246 700km2, tem 1650km de fronteiramarítima, sendo a fronteira terrestrecerca de três vezes mais. Confina aoNorte com a República do Zaire e aRepública Popular do Congo, a Lestecom as Repúblicas do Zaire e da Zâmbiae a Sul com a Namíbia. A província deCabinda está separada do resto doterritório pelo estuário do rio Congo e porterritório zairense, fazendo fronteira aNorte com o Congo.

Outras cidades importantes são Huambo,Lobito, Benguela, Cabinda, Lubango,Malange e Namibe.

Relevo, vegetação e hidrografia: Orelevo é caracterizado por uma série deplanaltos que do interior descem paraleste e sudeste e da faixa litoral para ooceano. Alguns destes planaltos atingemaltitudes superiores a 1500m. Quanto àvegetação, Angola possui um mosaico depaisagens que engloba desde florestasdensas, do tipo equatorial, como afloresta do Maiombe, em Cabinda, até àscoberturas descontínuas de arbustos eervas e às vastas extensões desertas doNamibe. De referir ainda as savanas, quese interpenetram com as florestas e queocupam áreas muito vastas. Uma grandeparte do território tem, de resto, capinzaise savanas de diversos tipos. As árvoresmais marcantes são o embondeiro, aspalmeiras-de-dendém e as cactáceas.Nas altitudes mais elevadas (serra daChela, Bailundo e outras) predominam asestepes.

No que respeita à hidrografia, o territórioangolano é atravessado por rios impor-tantes como o Zaire, o Cuanza e o

Cunene, que descem do interior, emvales profundos e leitos irregulares,alargando-se depois nas proximidades dooceano, formando boas baías e melhoresportos, como os de Luanda, Lobito eNamibe.

Clima: O território angolano tem umaimportante diversidade climática, resul-tante da conjugação da latitude com otipo de relevo, os efeitos da correnteoceânica fria e o factor da continen-talidade. O clima é tropical no norte esubtropical no sul, sendo temperado naszonas de maior altitude. Há duas esta-ções distintas: uma quente e húmida, emque a pluviosidade é maior, e outra maisfria e seca, denominada cacimbo. Noentanto, as variações de temperatura sãopequenas.

População: 13,5 milhões (2001);nacionalidade: angolana; composição:grupos étnicos autóctones 99% (ovim-bundos 37%, umbundus 25%, con-gos 13%, luimbés 5%, imbés niane-cas 5%, outros 14%), europeus ibéri-cos 1% (1996). Idioma: português (ofi-cial), línguas regionais (principais: um-bundo, quimbundo, quicongo, ovim-bundo, bacongo). Religião: cristianismo94,1% (católicos 62,1%, protestantes15%, outros 16,9%), crenças tradicionais5%, sem religião e ateísmo 0,9% (2000).Densidade: 10,83 hab./km² (2001). Pop.urbana: 34% (2000). Crescimento demo-gráfico: 2,99% ao ano; fecundidade:7,2 filhos por mulher; esperança de vidaM/F: 44,5/47,1 anos; mortalidade infantil:117,7 (2000-2005). Analfabetismo: 58,3%(1990).

História: Os primeiros Europeus achegarem a Angola foram os Portu-gueses no ano de 1482. A partir de 1491iniciou-se a colonização e Luanda viria aser fundada em 1575. Angola manteve-se como colónia Portuguesa até dia11 de Junho de 1951, altura em queadquiriu o estatuto de província ultrama-

rina. Nos anos 50 e 60 começaram aconstituir-se grupos nacionalistas,incluindo o Movimento Popular deLibertação de Angola – MPLA, em 1956,a Frente Nacional de Libertação deAngola – FNLA, em 1962 e a UniãoNacional para a Independência Total deAngola – UNITA, em 1966. Ao longo dosanos 60 e início dos anos 70 os gruposconseguiram estabelecer um controlopolítico e militar em grandes áreas doterritório e em Abril de 1974, Angola viureconhecido o seu direito à indepen-dência. O dia 11 de Novembro de 1975ficou assinalado como o Dia da Indepen-dência.

Política: República de Angola. Consti-tuição: 10 de Novembro de 1975,datando a última revisão de Julhode 1995. Poder Político: Presidente daRepública , eleito por sufrágio directo euniversal pora um mandato de 5 anos;Governo composto por Primeiro-Ministro,29 Ministros e 2 Secretários de Estado.Poder Legislativo: Assembleia Nacionalcomposta por 233 deputados eleitos por4 anos. Poder Judicial: Tribunais Inde-pendentes dos outros poderes.

Perfil económico:Moeda: kuanza; cotação para US$ 1:19,70 (jul./2001).PIB: US$ 8,5 bilhões (1999).PIB agropec.: 7%.PIB ind.: 77%.PIB serv.: 16% (1999).Cresc. PIB: 0,4% ao ano (1990-1999).Renda per capita: US$ 270 (1999).Força de trabalho: 6 milhões (1999).Export.: US$ 3,9 bilhões (1999).Import.: US$ 2,3 bilhões (1999).Parceiros comerciais: Portugal, África doSul, China, EUA, Bélgica, Luxemburgo.Defesa - Exército: 100 mil; Marinha: 1,5mil; Aeronáutica: 6 mil (2000). [Gastos:US$ 1 bilhão (1999)].

Estes dados foram retirados do Almanaque Abril, 2002 e The Year Book 1997 e complementados por L’état Du Monde 1996, Annuaire économique etgéopolitique mondial, Éditions La Découverte, Paris. (in http://www.cplp.org/paises/paises_angola2.htm )

REPÚBLICA POPULAR DE ANGOLA espera entrar finalmente numa nova era de paz, assim comoos nossos dois povos aspiram a uma cooperação intensa e fraterna. Portugal pode e deve

considerar este momento como uma oportunidade para o desenvolvimento mútuo. Se osportugueses presentes em Angola têm o estatuto de “cooperantes”, infelizmente o mesmo não se

pode dizer quanto a outros países onde mais não são que “emigrantes” ou “estrangeiros”. Porqueespera a administração portuguesa para dar sérios passos em frente numa cooperação profunda e

imediata, nos domínios da saúde e da educação? Partilhemos de imediato com o povo angolano os

nossos meios e seremos mais fortes, na resposta aos comuns desafios!

A

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Folclore

Traje de «ir à erva»

iferente em cada região ouFreguesia, destacamos Afife,Carreço e Meadela distinguindo-se

os dois primeiros pelas saias de riscasmiúdas, forro em xadrez e riscas noavental.

Dos mais simples dos trajes de trabalho,tem em comum o desnudo das pernas,levando nos pés socos.

http://lusoand.no.sapo.pt/trajes.htm

Boneca Traje de Dó Lavradeira "Afife"

e Boneca Traje de

Lavradeira"Afife"

QUEM é QUEM ?

ÁRIO RODRIGUES DE CASTRO. Nascido em Afife, Viana do Castelo, há 65 anos, residena Bélgica há 35 anos, depois de ter passado por Angola e Zaire (ex-Congo belga).

Exerce a sua actividade empresarial no sector da construção civil, contando-se,entre as múltiplas obras que tem construído na Bélgica, o antigo edifício do ConselhoEuropeu, mais conhecido pelo edifício ‘Charlemagne’, e os edifícios da ‘OTAN’ em Bruxelas eo ‘Shape’ em Mons. Dado o seu profundo conhecimento técnico na área da construção, fazparte do júri que concede a licença para se poder exercer a actividade de industrial daconstrução civil. Nessa função tem, também ajudado, com os seus conselhos, muitoscompatriotas que se instalam por conta própria no mesmo ramo da actividade.

Mas, a sua grande paixão é a escultura. Antigo aluno da Escola António Arroios, emLisboa, trabalhou para grandes mestres da escultura portuguesa, tais como, Leopoldo deAlmeida, João Fragoso e José Espinho. Na Bélgica já esculpiu várias obras, de quesalientamos: os bustos de Luís de Camões e de Almeida Garrett – primeiro Embaixador dePortugal na Bélgica – e, mais recentemente, a estátua de S. Vicente, que vai ser oferecida àparóquia de S. Vicente, em Anderlecht (Bruxelas). Membro fundador da Associação dosEmpresários Portugueses na Bélgica, da qual é Presidente da Assembleia Geral.

D

M

Um artigo de Mário Rodrigues de Castro sobre Afife, uma pequena síntese biográfica publicada anteriormente noBoletim da Embaixada e algumas fotos recolhidas na internet são a nossa pequena atenção para com este nosso amigoque agora nos quis dar a honra de ser sócio (e já activo a propor novos sócios). O governo actual condecorou-o hápouco em cerimónia que teve lugar na Embaixada (residência oficial) pela mão do actual Secretário de Estado daEmigração.

O nosso obrigado pelo convite que tivemos a honra de aceitar. E um muito bem-vindo ao nosso dedicado amigo e

associado.

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Aldeias minhotasMário Rodrigues de Castro

AFIFE:

Terra de estucadores e de lindas moças

fife é uma aldeia Minhota a dezquilómetros de Viana do Castelo, deonde se vê a vizinha Espanha. Em

Afife abre-se um completo semi-círculocom diversos contrastes de beleza: aserra, o mar, o rio e ao centro o Monte deS.to António. O rio que vem do monte dachã onde nasce e passa por Cabanas aolado do Convento e de magnólias cente-nárias. Foi lá que viveu o poeta PedroHomem de Melo, grande amigo de Albertode Oliveira. Foi em Cabanas, recantomaravilhoso que a natureza criou, queesses dois grandes poetas escreveramgrande parte dos seus poemas.

Em qualquer altura do ano que vá aoMinho não deixe de visitar Afife e a sualinda praia com mais de dois quilómetros,com os seus rochedos e as as dunas deareia branca, S.to António e Cabanas.Poderá também almoçar ou jantar emvários restaurantes. Se decidir ficar,encontrará também alojamento condignono Hotel Compostela. Não deixe tambémde vêr o Casino, edificado pelos Afifenses,estucadores conhecidos em todo omundo. o salão nobre é digno de admi-ração. Arte que vem de família. Foram osmesmos que executaram o magníficosalão Árabe do Palácio da Bolsa do Porto.O dito Casinoconstruído em1935 é a conti-nuação da Socie-dade de RecreioAfifense, fundadaem 1875. O bene-mérito Tomaz Fer-nandes Pinto deua ideia e financiouo projecto. OsAfifenses unani-mementedecidiram cons-truir o famosoCasino, traba-lhando gratuita-mente, mostrando

assim um bom exemplo de cooperati-vismo. Mas em Afife não há só estuca-dores, outros especialistas da construçãocivil também ali existem. O Casino é obradesses homens. Daquela pequena aldeiasaíram poetas, engenheiros, arquitectos,escultores, militares com patente decoronéis e governadores de província.

s Afifenses são uma grandefamília. Quase todos são parentesuns dos outros e quando se pensa

realizar uma peça de teatro, todos osamadores fazem parte. No Teatro o nomede Lúcio Amorim (Pirilau) ainda hoje élembrado. A sua profissão era estucador .Se houver Teatro em Afife ou exibição deum grupo folclórico, não deixe de ir ver.Pedro Homem de Melo adorava Afifedançava e cantava com o RanchoFolclórico. Amigo de infância de LudovinaAzevedo (Bichoucha), poeta autodidactaque foi uma das lindas moças de Afife.Em Afife todos têm uma alcunha e issoem grande parte é devido ao Teatro.

Afife é uma aldeia deste Portugalminha Pátria, terra sagrada de Heróis e dePoetas, berço formosíssimo de maravilhassem par. Portugal das romarias e de umpovo que se deixou adormecer.

A

O

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Serviço Voluntário Europeu

O Serviço Voluntário Europeu é umprograma de Voluntariado Juvenilpromovido pela Comissão Europeia, que propor-ciona:

AOS JOVENS:

• Uma experiência de aprendizagem intercultural,vivendo num país europeu por um determinadoperíodo de tempo

• O envolvimento num projecto de solidariedadeou de desenvolvimento local de uma comu-nidade

ÀS COMUNIDADES:

(na forma de associações sem fins lucrativos)

• A possibilidade de contar com a contribuição deum Voluntário de outra cultura

• O desenvolver de parcerias ou redes comoutras associações europeias

Os projectos do Serviço Voluntário Europeu:

• Destinam-se a jovens dos 18 aos 25 anos

• Têm a duração de 6 a 12 meses

• Estão espalhados por toda a União Europeia e,por outros países europeus

Abordam temas como: arte e cultura, jovens ecrianças, ambientes, tempos livres, desporto,exclusão social, deficientes, idosos, media ecomunicação, desenvolvimento rural e urbano,anti-racismo, etc.

PEDIDODE

BOLETIM DE INSCRIÇÃO

NOME: ........................................................................

Morada: .......................................................................

......................................................................................

C.P.:.............................................................................

Telef.:....................................Fax:..............................

E-Mail: .........................................................................

Data de Nascimento:........../........../..........(Ano) (Mês) (Dia)

Actividade:..................................................................

Local onde a desempenha:.........................................

......................................................................................

Enviar para:APAI

Rua Rosa Damasceno, 10 - 3º1900-396 Lisboa

Telef.: 218 132 535Fax: 218 154 688

E-Mail: [email protected]

AssociaçãoPortuguesa deAprendizagemInterculturalA APAI é uma Associação Juvenil de âmbito nacional, fundada em 1993. Embora constituídamaioritariamente por jovens, e especialmente dirigida para eles, qualquer pessoa pode ser associada.A APAI tem como objectivos, promover o conhecimento e o contacto com outras culturas; assim como, adivulgação da língua e cultura portuguesa noutros países; promover a formação de agentes de educaçãointercultural entre os seus membros e o público, em geral; apoiar iniciativas de carácter interculturalpromovidas por outras entidades, tais como cursos, visitas, viagens, intercâmbios, seminários...

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Boletim da APEB – Maio-Junho 2002.doc22

ponto final , parágrafos e…

Esta edição do nosso boletim chegaaté vós com atraso.

Este deve-se por um lado às nossasdificuldades próprias, e por outro aoquerer dar informações mais concre-tas. Neste espaço final vamos referirmais uma vez que precisamos daparticipação de todos os Associados.

ESCALAS

Levar a cabo regularmente ealternadamente um baile e umdomingo gastronómico todos os 15dias constitui um considerável volumede trabalho.

Uma pequena direcção não podeassumir sozinha todas estas tarefas.

Foi nestas condições que assumimosperante todos os sócios presentes naAssembleia Geral em que fomos elei-tos o compromisso de dirigir a APEB.

Apelamos a todos que participemnestas escalas e se inscrevam juntoda direcção. Quanto maior for onúmero de participantes menospenoso será o conjunto de trabalho.

BIBLIOTECA

A Biblioteca prossegue na suateimosia de querer por os sócios a ler.

Assim trocou as suas instalações coma secção desportiva e está ainformatizar o seu ficheiro.

Com uma vitrina para a exposição dasmedalhas, placas comemorativasdiplomas e menções honrosas, espólioda APEB, que até agora estava nosarmários da biblioteca teremos maisespaço para os livros.

SECÇÃO DESPORTIVA E BILHAR

Praticamente consumada está ainstalação da biblioteca, mas a secçãodesportiva ainda não estáoperacional. Falta instalar as taçasem novos armários e pôr o bilhar denovo a funcionar.

Esta direcção tem procurado juntocom a secção desportiva atraircolaboradores que dinamizem asecção atribuindo-lhe a gestão dosjogos de pingue-pongue,matraquilhos, agora o bilhar e porquenão mais tarde também o xadrez.

TEATRO

Também o teatro sai beneficiado pas-sando a dispor de um espaço própriojunto do palco e mais bem equipado.

MULTIMÉDIA

O sítio da APEB (http://www.apeb.be)merece uma visita e pode ser umprecioso auxiliar da nossa vida dodia—a-dia. Através dele é possível,saber os horários das chegadas epartidas dos aviões, os melhorespercursos por estrada para Portugal enão só, ler os nossos jornais e outros,ver as fotos das nossas festas naAPEB e das nossas terras vistas docéu.

Enfim , vale a pena lá ir....

PELOS BAILES ANULADOS AS

NOSSAS DESCULPAS

Por motivos de força maior a direcçãoanulou dois bailes em Junho. Oprimeiro por doença de última hora dovocalista e o segundo pelo mesmomotivo.

Os Santos populares concentraram-seeste ano na Place Flagey e oschamados Santos da casa não fizerammilagres.

…ponto final

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Boletim da APEB – Maio-Junho 2002.doc

Calendário provisório1 de Actividades

Setembro Outubro Novembro Dezembro

1. D. T. S. Sala reservadaSindicato Consulares

Domingo Gastronómico

tema : Acordeón

2. S. Q. S. S.

3. T. Q. Domingo gastronómico

Angolano

T.

4. Q. S. S. Q.

5. Q. S. Assembleia Geral

A. F. M . Pinto

T. Q.

6. S. Domingo gastronómico Q. S.

7. Futebol Senior Apeb

Inicio da época

S. Q. S. Fest

Baile c/

8. Domingo gastronómico T. S. D.

9. S. Q. S. Baile c/ os Top

Dance

S.

10. T. Q. D. T.

11. Q. S. São

Martinho

Q.

12. Q. S. Festa da Secção

Desportiva

Baile c/ os Top Dance

S. Q.

13. S. D. T. S.

14. S. Baile c/ os Top

Dance

S. Q. S. Fado

15. D. T. Q. D.

16. S. Q. S. S.

17. T. Q. D. gastronómico Confr.

América Latina

T.

18. Q. S. S. Q.

19. Q. S.Visita ao Museu

Instrumentos de

Música

T. Q.

20. S. Domingo gastronómico

Confraterniz. Itália

Q. S.

21. S. S. Q. S.

22. Domingo gastronómico

Oxfam Amn Int Green PeaceT. S. D. Alm

23. S. Q. S. Baile c/ os Farrapos S.

24. T. Q. D. T.25. Q. S. S. Natal

26. Q. S. Baile c/ os Farrapos T. Q.

27. S. D. Q. S.

28. S. Baile c/ os Farrapos S. Q. S.

29. D. T. S. D.30. S. Q. S. S.

31. Q. Baile c/

Noite d

1 Pode ver o calendário actualizado em http://br.groups.yahoo.com/group/APEB-Bruxelas/calendar

a das Crianças

os Farrapos

s/Poesia

23

oço de Natal

os Farrapos

e São Silvestre

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Participe na vida associativa!

Tenha as quotas em dia!