boletim clg 7

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Boletim CLG CLG denuncia descaso na AL P. 3 Governo economiza em cima dos servidores P. 3 2 a 8 de julho de 2012 7 ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE Fonte: Câmara dos Deputados Ocorrreu na última quarta-feira, 27, mais uma reunião do Comando Local Unificado da UFS. Na ocasião estiveram presentes representantes da ADUFS, do SINTUFS, do Comando de Greve Estudantil, e SINASEFE. Greve avança para mais de 40 dias de paralisação O movimento de greve que se instaurou no Brasil está avançando. Os professores estão em greve a mais de 40 dias pela reestruturação da carreira. Os números mais atualizados indicam que 95% das instituições federais aderiram à greve. Esse dado representa 58 universidades. Desde o dia 17 de maio, atividades variadas aconte- cem em cada estado. As mais recentes foram o Ato Público ocorrido no dia 19 de junho, com o tema “A universidade volta à rua”, e o Ato nas sedes do Banco Central, em 28 do mesmo mês, uma denúncia do pagamento da dívida pública em detrimento de outros setores da sociedade. Negociação Os professores clamam por mudanças, mas o governo não responde de forma equivalente. A última reunião com o Ministério do Planejamento, marcada para acontecer no dia 19 de junho, foi cancelada sem perspectiva de novo agenda- mento. Na ocasião, seria apresentada uma proposta para a reivindicação dos professores em greve. No dia 26 de junho, a comissão especial do Plano Nacional de Educação (PNE) da Câmara dos Deputados aprovou o direcionamento de 10% do PIB para a educação. Porém, com uma condicionante: esse percentual só será atingido em 10 anos. A categoria dos professores luta por investimentos imediatos na área da educação e reformulação da carreira de trabalho. A maior parte dos recursos vai para pagamento da dívida pública, inviabilizando maior investimento nos setores básicos da sociedade. Reunião do CLU Artigo Salário de Professor Adjunto 1 por R$ 12.197,45 na particular P. 4 e 5

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O Boletim CLG é um periódico do Comando Local de Greve da ADUFS com informações sobre o movimento grevista dos professores federais da UFS.

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Page 1: Boletim CLG 7

Boletim CLG

CLG denuncia descaso na ALP. 3

Governo economiza em cima dos servidores

P. 3

2 a 8 de julho de 20127

ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Fonte:Câmara dos Deputados

Ocorrreu na última quarta-feira, 27, mais uma reunião do Comando Local Unificado da UFS. Na ocasião estiveram presentes representantes da ADUFS, do SINTUFS, do Comando de Greve Estudantil, e SINASEFE.

Greve avança para mais de 40 dias de paralisação

O movimento de greve que se instaurou no Brasil está avançando. Os professores estão em greve a mais de 40 dias pela reestruturação da carreira. Os números mais atualizados indicam que 9 5 % d a s i n s t i t u i ç õ e s federais aderiram à greve. Esse dado representa 58 universidades.

Desde o dia 17 de maio, atividades variadas aconte- cem em cada estado. As mais recentes foram o Ato Público ocorrido no dia 19 de junho, com o tema “A universidade volta à rua”, e o Ato nas sedes do Banco Central, em 28 do mesmo mês, uma denúncia do pagamento da dívida pública em detrimento de outros setores da sociedade.

Negociação

Os professores clamam por

mudanças, mas o governo não responde de forma equivalente. A última reunião c o m o M i n i s t é r i o d o Planejamento, marcada para acontecer no dia 19 de junho, foi cancelada sem perspectiva de novo agenda- mento. Na ocasião, seria apresentada u m a p r o p o s t a p a r a a reivindicação dos professores em greve.

No dia 26 de junho, a comissão especial do Plano Nacional de Educação (PNE) da Câmara dos Deputados aprovou o direcionamento de 10% do PIB para a educação. P o r é m , c o m u m a c o n d i c i o n a n t e : e s s e percentual só será atingido em 10 anos. A categoria dos p r o f e s s o r e s l u t a p o r investimentos imediatos na á r e a d a e d u c a ç ã o e reformulação da carreira de trabalho.

A maior parte dos recursos vai para pagamento da dívida pública, inviabilizando maior investimento nos setores básicos da sociedade.

Reunião do CLU

Artigo

Salário de Professor Adjunto 1 por R$

12.197,45 na particularP. 4 e 5

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Editorial

existentes, política de editais, dentre outros. Também não pode ignorar os problemas internos, como a cobrança de taxas, decisões verticalizadas no uso dos recursos, contratos com fundações privadas... A precariedade do financiamento público para a educação provoca a p r e c a r i z a ç ã o d a f o r m a ç ã o acadêmica e atinge a comunidade universitária como um todo. É preciso entender que a educação n ã o é u m g a s t o , m a s u m invest imento es t ra tég ico na construção de uma sociedade justa e para a soberania de um país.

Outra questão importante e não menor que o financiamento está na autonomia didático-científica. Na UFS, essa autonomia é ameaçada cotidianamente. Elas vão desde a imposição de horários e tempos de aula que desrespeitam a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, e nos faz trabalhar em um regime de fábrica, até as ameaças de cortes e suspensão de cont ra tos de p r o f e s s o r e s t e m p o r á r i o s e substitutos, além das exigências de cumpr imento de metas que desvirtuam o papel da universidade e n q u a n t o p r o d u t o r a d e conhecimento, transformado-a em uma mera instituição prestadora de serviços.

É importante que os docentes continuem firmes, vigilantes e atuantes em defesa do Plano de Carreira e da construção da autonomia da UFS de forma ampla, democrática e dialogada com a sociedade.

Carreira, e nesta semana que se inicia novas expectativas são produzidas: faremos vigílias para a c o m p a n h a r o i n í c i o d a s negociações por parte do Governo Federal, que até o momento não oficializou quando o fará.

No que diz respeito à melhoria das condições de trabalho, por entender que a luta se faz tanto em relação ao Governo Federal quanto dentro das próprias instituições onde atuamos cotidianamente, é importante reconhecer que os debates têm contribuído para a produção de reflexões, que materializados em documentos. Um exemplo é a Pauta de Reivindicações dos docentes da UFS, que expressa a preocupação com uma das questões caras à luta política sindical: a Autonomia da Universidade Pública.

O artigo 207 da Constituição Federal declara que as universidades são autônomas sob o aspecto didático científico, financeiro e administrativo. Mas o que se verifica na prática é que a universidade tem se desviado desse princípio.

Do ponto de vista financeiro, ela é vista como uma fonte de gastos, de d e s p e s a s q u e d e v e m s e r controladas. Para isso, a burocracia se encarrega de delimitar o espaço de ação de acordo com uma visão meramente econômica. Por essa razão, a discussão sobre a autonomia da universidade não pode ignorar os problemas financeiros que são externos, a exemplo, do aumento dos recursos para a educação, distribuição desigual dos recursos

Estamos com 95% das instituições federais de ensino em greve, e os atos unificados continuam crescendo em todo o país. ANDES-SN, SINASEFE E FASUBRA fortalecem o debate e a luta por uma “Educação Pública, Gratuita e de Qualidade”. Uma das principais reivindicações do ato unificado que ocorreu no dia 28 do mês de junho foi a urgência da destinação dos 10% do PIB para a educação, sem esperar até 2023 para serem aplicados. Os docentes e demais categorias entendem que a raiz do problema da educação está no financiamento, pois enquanto o governo destina apenas 3,18% do orçamento para a educação, paga 47,19% de juros para amortização da dívida.

N o c a s o e s p e c í f i c o d a s universidades, os docentes e técnicos vêm discutindo que o funcionamento das instituições está comprometido, principalmente após o Reuni, pois a falta de condições estruturais, de concursos públicos e a imposição do cumprimento das metas com base na racionalização e otimização dos recursos humanos e m a t e r i a i s c o n t r i b u e m p a r a aprofundar a precarização do trabalho e comprometem a qualidade do ensino, da pesquisa e da ex tensão . O tão p ropa lado “ c r e s c i m e n t o ” o u “ a v a n ç o democrático” das universidades foi construído nos últimos anos de mãos dadas com a privatização, a tecnocracia e a meritocracia

Por essas razões, o movimento de greve dos docentes da UFS continua crescendo em torno do Plano de

PesquisaPOS

aRTIGO

CONGRESSOS

DOUTORADOmESTRADO

COoRDENAR CURSO

provas

aulasCARREIRA

2

EXPEDIENTEDIRETORIA 2010-2012 - GESTÃO ‘‘A LUTA CONTINUA’’Presidente: Antônio Carlos Campos; Vice-presidente: Marcos Antônio da Silva Pedroso;Secretária: Manuela Ramos da Silva; Diretor Administrativo e Financeiro: Júlio Cesar Gan-darela Resende; Diretor Acadêmico e Cultural: Fernando de Araújo Sá.Suplentes: Sonia Cristina Pimentel de Santana e Carlos Dias da Silva JuniorBoletim produzido pela ADUFS - Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federalde Sergipe do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino SuperiorEndereço: Av. Marechal Rondon, s/n, bairro Rosa Elze, São Cristóvão-SEJornalismo: Raquel Brabec (DRT-1517) Estagiário em Design Gráfico: Fernando CaldasColaboração texto e imagem: Pedro AlvesO conteúdo dos artigos assinados é responsabilidade dos autores e não correspondenecessariamente à opinião da diretoria da ADUFSContato ADUFS: Tel.: (79) 3259-2021 E-mail: adufs@infonet .com.brSite: http://www.adufs.org.br N° de Tiragem: 1000 exemplares

Chargeda

semana

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Comando Local de Greve denuncia descaso na Assembleia Legislativa

Nº7

Na tarde da segunda-feira, 25, o Comando Local de Greve (CLG) esteve presente na Assembleia Leg is la t iva de Serg ipe para denunciar, através de uma aula pública, o descaso com o setor de Educação no país.

Na ocasião, a Professora Sônia Meire, representante da ADUFS, facilitou a discussão acerca da situação da Educação no Brasil e os motivos que estão impulsionando greves nas mais de 57 Instituições Federais.

“A amplitude dessa greve nacional mostra a indignação dos professores e trabalhadores da Educação. Falta estrutura nas universidades. O que o Governo está fazendo é uma falsa expansão, que abre suas portas, mas

conjuntura. “Está claro para nós os reais motivos que impulsionam esta greve nacional. Este é momento de os professores unirem forças em defesa da educação pública”.

Governo economiza em cima dos servidores

Apesar de os representantes do governo nas mesas de negociação com os servidores afirmarem que não há folga no orçamento para que sejam concedidos reajustes salariais, m u i t o m e n o s a r e p o s i ç ã o inflacionária, matéria do jornalista Ribamar Oliveira, do jornal Valor Econômico, publicada semana passada, mostra que o governo tem economizado nos gastos com o funcionalismo.

“É importante observar que, no governo do PT, o gasto com pessoal, em comparação com o PIB, atingiu o seu p i co em 2009 , quando correspondeu a 4,74% do PIB. Desde então, passou a cair. Em 2010, a despesa foi reduzida para 4,66% do PIB e, no ano passado, ficou em 4,38% do PIB. Para este ano, a última previsão do governo é que o gasto fique em R$ 187,6 bilhões, o que corresponderia a 4,1%do PIB. Nesse período, portanto, a despesa com o pagamento de pessoal ati vo e inativo cresceu menos do que o PIB”, conclui o jornalista econômico.

O jornalista também avalia que várias categorias entrarão em greve, como

os auditores-fiscais da Receita Federal, Polícia Federal, Secretaria do Tesouro Nacional e do Judiciário, entre outros. “O governo parece ter errado ao não ter concedido um reajuste linear aos servidores para preservar o poder aquisitivo de suas remunerações”, avalia Oliveira.

Ele diz, ainda, que a possibilidade desse reajuste está prevista na Constituição e consta, todo ano, da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), “mas ele nunca é concedido”.

FHC

É bom lembrar que os gastos com pessoal nos três governos do PT, em relação ao PIB, têm sido menores do que aqueles praticados no governo de Fernando Henrique Cardoso, apesar do congelamento salarial e dos planos d e d e m i s s ã o v o l u n t á r i a implementados pelo tucano. Em 1995, o gasto com pessoal do governo federal correspondia a 5,36% do PIB, baixando para algo em torno de 4,9 no ano seguinte e ficando neste patamar durante o restante do mandato.

“Houve uma grade perda da

participação dos servidores públicos em relação ao PIB, ou seja, na distribuição da riqueza nacional a parcela destinada aos servidores públicos em 2010 foi inferior ao que lhes era dado em 1995”, avalia um documento elaborado pela Auditoria Cidadã da Dívida.

Além disso, no primeiro ano de administração do tucano, os gastos com pessoal representavam 56% da Receita Corrente Líquida. Em 2010, de acordo com a Auditoria Cidadão da Dívida, esses mesmos gastos correspondiam a 33%. Enquanto isso, o pagamento dos juros consome o equivalente a 45% do orçamento federal anual.

“O que podemos deduzir disso tudo é que o governo economiza com pessoal para continuar com a política de conceder isenções fiscais para o grande empresariado nacional e de pagamento da dívida mobiliária”, analisa o 1º secretária do ANDES-SN, Marina Barbosa.

Fonte: ANDES-SN

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Prof. Sônia Meire

não garante a permanência dos estudantes”.

Ainda segundo Sonia Meire, os professores vivem em situação precária de trabalho. “Hoje nós trabalhamos dentro de um regime de aula de 7h às 22h. Parece muito com o regime de fábrica. Precisamos ter tempo para produzir conhecimento junto com os estudantes. A luta em defesa da carreira do professor federal é a luta em defesa da educação pública de qualidade”, afirma.

Greve necessária

Para a deputada Ana Lúcia (PT), propositora da aula pública na Assembleia, a greve dos professores federais é necessária na atual

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Tenho falado bastante sobre a desvalorização salarial dos professores nas universidades federais. Inclusive apresentei um estudo mostrando que hoje um professor com doutorado recebe inicialmente menos do que no ano de 1998, durante o Governo FHC.

De lá para cá, as carreiras foram p r o g r e s s i v a m e n t e s e recolocando no Governo Federal , à exceção dos professores universitários.

Para termos uma ideia, um pesquisador do IPEA com doutorado entrava ganhando R$ 300 a menos que um Professor Federal, e hoje entra ganhando R$ 5 mil a mais.

Será que essa desvalorização do conhecimento é geral na carreira de professor?

Em outras palavras, será que na inicitiva privada se pagaria menos que isso?

Para começar, é difícil falar em iniciativa privada nestes casos porque praticamente não há pós-graduações e pesquisa em instituições privadas. Apenas alguns poucos casos.

Podemos citar 4 deles: a PUC-Rio, a FGV, o Insper (antigo Ibmec-SP) e a Mackenzie-SP.

Falar da PUC-Rio é até covardia, porque tem hoje a melhor nota média das pós-graduações no Brasil. A FGV ainda consegue pagar melhor. O Insper também poderia ser um caso à parte, já que tem uma lóg ica mui to própr ia de mercado. Mas nos três casos o menor salário pago a um Doutor

em 40 horas semanais é de R$ 15 mil, incluindo aí alguns ganhos com pós-graduações pagas.

Vamos falar especificamente da Mackenzie, que é uma instituição que possui graduação e pós-graduação, tem como meta melhorar sua imagem com publ icações, em si tuação bastante semelhante a uma Univers idade Federa l de razoável reputação. A Mackenzie não tem fama de ser pagadora de salários altos. Tem uma pós-graduação com nota 5 na Capes (igual a UFPE) na área de Administração. Está aberta uma seleção para Professor na minha área (Finanças), exigindo-se o Doutorado, para ser Professor Adjunto.

Salário inicial? R$ 12.197,45

Só para efeitos de comparação, nas Ifes é de R$ 7.333,00.

Você pode pensar…nas federais se trabalha muito menos, já que o professor apenas faz pesquisa e pega duas ou três turmas turmas, além de participar de algumas outras atividades.

Vejamos o que diz o Item 1 da Seleção da Mackenzie, sobre as condições de trabalho.

O candidato aprovado será contratado en regime de 40 horas semanais, na categoria de Professor Adjunto I, para dedicar-se a tarefas de docência na Graduação (4 horas) e na Pós-Graduação Strito Sensu (4 horas) , às at iv idades de orientação, pesquisa vinculada ao núcleo de pesquisa da respectiva linha, extensão, t raba lhos admin is t ra t i vos

eventuais e à participação de reuniões colegiadas.

Isso mesmo, já especificam que ele vai dar uma turma de graduação, uma de pós, e fazer pesquisa. Algo muito parecido com os contratos das Ifes.

E sem Dedicação Exclusiva. nada impede que o professor faça uma pesquisa externa ou mesmo uma consultoria.

Pode-se pensar que nas federais ou t r os bene f í c i os se r i am oferecidos, como a aposentadoria integral, mas isso já acabou. Os que entrarem agora entrarão em um serviço de previdência complementar.

Mas aí o Item 3 fala disso:

Os professores selecionados serão contratados com base na CLT, como Professor Adjunto I, com o salário de R$ 12.197,45. Além do salário e benefícios usuais o funcionário pode optar por uma previdência privada. Para suporte à pesquisa a Instituição conta com o apoio financeiro do Fundo Mackenzie de Pesquisa.

A Instituição está também pagando uma prev idênc ia complementar e o principal: ajuda com apoio financeiro a pesquisa. Isso proporciona ao pesquisador s e i n c l u i r e m g r u p o s internacionais, ao dispor de recursos para passagens e outras despesas. Estes recursos são ridicularmente distribuídos nas Ifes. No caso da UFPE, a última vez que pedi dinheiro para apresentar um trabalho no exterior me deram R$ 300,00 que me neguei a receber.

Na PUC-Rio, onde estudei, paga-

Salário de Professor Adjunto 1 por R$ 12.197,45 na particular

Por Pierre Lucena

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Nº7se ao Professor até R$ 10 mil por um trabalho publicado em uma revista no Brasil. O valor é maior se for no exterior. Nos últimos anos publiquei aproximadamente 30 artigos, muitos apresentados no exterior, e o máximo que a UFPE me ofereceu foram os R$ 300,00. Como estudante de Doutorado da PUC-Rio apresentei trabalho na Rússia, Suécia, EUA e C h i l e , f i n a n c i a d o s p e l a Universidade carioca, que tinha em mente que isso era importante para sua imagem.

Por que não tento ir para lá ou para a Mackenzie?

Já me perguntei isso várias vezes e a única resposta que encontrei é porque gosto da UFPE e do Recife, onde estão minha família e amigos.

E se você pensa que esta seleção d a M a c k e n z i e s e r á concorridíssima, está enganado. Não tem muita gente disponível nessa área. No Brasil não passa de 100 pessoas com Doutorado que publicam em finanças. Muitos foram para os bancos (os meus amigos de Doutorado).

Isso tudo foi apenas para mostrar como a defasagem salarial do

professor universitário é real.

E olha que lá na Mackenzie não vou precisar cuidar de burocracia para progressão, e muito menos ouvir meus alunos reclamarem que nem papel higiênico há no banheiro.

Pierre Lucena é doutor em Finanças pela PUC-Rio e mestre em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco. É professor adjunto de Finanças da UFPE e foi secretário-adjunto de Educação de Pernambuco.

10% do PIB é tarefa difícil

Após a aprovação na Câmara do Plano Nacional de Educação (PNE), 26 com uma meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na área, o Ministério da Educação (MEC) divulgou nota informando que irá estudar as repercussões da proposta. De acordo com o texto, o ministro Aloizio Mercadante avaliou que o aumento do investimento será uma “tarefa polí t ica di f íc i l de ser executada”. (Agência Brasil)

Dilma cria 73 mil cargos no ensino federal

A presidente Dilma Rousseff autorizou formalmente nesta terça-feira (26) a abertura de 73.197 cargos em universidades federais, institutos e escolas técnicas da União. Além dos cargos, a presidente sancionou a criação de 3.981 funções gratificadas. Apesar da autorização formal, a portaria publicada no Diário Oficial da União prevê que a autorização para o preenchimento dos cargos “será escalonada pelo Ministério do Planejamento” e fica sujeita “à comprovação da existência de prévia dotação orçamentária suficiente para a t e n d e r à s p r o j e ç õ e s d e despesa”.(Estadão)

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AGENDA DE GREVE DOS DOCENTES DA UFS

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