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EDITORIAL anuais, apresentaram em qualquer dos três Centros de Vinif icação da sua Cooperativ a, excelentes e bem amadurecidas uvas. À Vinif icação f oi dedicado todo o esf orço e saber disponív eis. Da certeza da f eliz conjugação dessas duas determinantes resulta a esperança num produto f inal digno e compensador de tantas preocupações, canseiras e suor. Euclides Lázaro A inf luência negativa dessas doenças, sobretudo do míldio, veio causar sérios danos à produção dos viticultores menos dedicados e inf ormados ou dos que cultiv am em zonas onde tradicionalmente a pressão é menos intensa. Os associados das Cav es Santa Marta com v inhas espalhadas na div ersidade das condições de cultivo desde Alv ações, passando de Lobrigos e Cumieira até às altitudes de Fontes e Fornelos, da Sub-Região de Cima Corgo, pelo saber de experiência feito, construído ao longo de muitos anos de luta contra as adversidades A Nov idade de 2007 apresentou-se à colheita em excelentes condições de sanidade e com cachos prenhes de sumo e qualidade. Após um período de dormência em Inv erno f rio e de pluv iosidade normal iniciou-se o ciclo com um abrolhamento ligeiramente precoce. A nascença prometedora criou no v iticultor a esperança fundamentada de uma colheita farta e compensadora de todo o seu esforço e dedicação. Contudo, f requentes períodos de chuv as, embora de v alores reduzidos, vieram criar condições f avoráv eis ao desenv olv imento de alguns f ungos. Edição 17 - Ano de 2007 BOLETIM TRIMESTRAL DE INFORMAÇÃO CAVES SANTA MARTA Mensagem do Presi dente 2 Novidades das Caves 3 Protecç ão I nt egrada 3 Sócios da N ossa Adega 4 Mais uma Etapa 4 AINDA NESTA EDIÇÃO Outubro/Novembro/Dezembro A v indima de 2007 terminou. É pois, altura de se f azer um primeiro balanço. Sem qual- quer dúv ida a qualidade dos v inhos é bastante boa, já quan- to à quantidade trata-se de uma v indima média-baixa. Pelos indicadores disponív eis, as prev isões de produção para a Região Demarcada do Douro saíram furados , pois a quebra de produção ainda não total- mente quantif icada será muito superior ao estimado. No que toca às Cav es Santa Marta, apesar de tudo, teremos muito certamente a percentagem mais baixa de quebra de produ- ção comparativ amente às demais congéneres da Região, ou seja cerca de 22%. É claro que as condições climatéricas não f oram as mais f av oráv eis, pelo que a baixa percentagem de quebra de prod ução dev e- se ao prof issionalismo dos nos- sos associados que souberam tratar das suas v ideiras com esmero. Todas as regiões v inícolas do País f oram af ectadas com que- bras de produção elev adas, é pois de esperar uma desejáv el e necessária melhoria dos pre- ços dos v inhos. Foi recentemente conf erido às Cav es Santa Marta o diploma de empresa certif icada norma ISSO9001:2000 o qual conf ere às nossas Cav es uma imagem de qualidade e responsabilida- de perante as empresas com quem negociamos e consumi- dores dos nossos vinhos. José Eduardo Morais Lopes Presidente da Direcção A NOVIDADE DE 2007

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Page 1: Boletim 17 - Caves Santa Marta | Homepagecavessantamarta.pt/direscrita/ficheiros/Boletim_17.pdfTitle Boletim_17.pub Author Albino Created Date 12/11/2009 12:08:16 AM

EDITORIAL

anuais, apresentaram em qualquer dos três Centros de Vinif icação da sua Cooperativ a, excelentes e bem amadurecidas uv as.

À Vinif icação f oi dedicado todo o esf orço e saber disponív eis.

Da certeza da f eliz conjugação dessas duas determinantes resulta a esperança num produto f inal digno e compensador de tantas preocupações, canseiras e suor.

Euclides Lázaro

A inf luência negativa dessas doenças, sobretudo do míldio, veio causar sérios danos à produção dos viticultores menos dedicados e inf ormados ou dos que cultiv am em zonas onde tradicionalmente a pressão é menos intensa.

Os associados das Cav es Santa Marta com v inhas espalhadas na div ersidade das condições de cultivo desde Alv ações, passando de Lobrigos e Cumieira até às altitudes de Fontes e Fornelos, da Sub-Região de Cima Corgo, pelo saber de experiência feito, construído ao longo de muitos anos de luta contra as adversidades

A Nov idade de 2007 apresentou-se à colheita em excelentes condições de sanidade e com cachos prenhes de sumo e qualidade.

Após um período de dormência em Inv erno f rio e de pluv iosidade normal iniciou-se o ciclo com um abrolhamento ligeiramente precoce.

A nascença prometedora criou no v iticultor a esperança fundamentada de uma colheita farta e compensadora de todo o seu esf orço e dedicação.

Contudo, f requentes períodos de chuv as, embora de v alores reduzidos, vieram criar condições f avoráv eis ao desenv olv imento de alguns f ungos.

Edição 17 - Ano de 2007

BOLETIM TRIMESTRAL DE INFORMAÇÃO

CAVES SANTA MARTA

Mensagem do Presi dente 2

Novidades das Caves 3

Protecção Integrada 3

Sócios da N ossa Adega 4

Mais uma Etapa 4

AINDA NESTA EDIÇÃO

Outubro/Novembro/Dezembro

A v indima de 2007 terminou. É pois, altura de se f azer um primeiro balanço. Sem qual-quer dúv ida a qualidade dos v inhos é bastante boa, já quan-to à quantidade trata-se de uma v indima média-baixa. Pelos indicadores disponív eis, as prev isões de produção para a Região Demarcada do Douro saíram furados, pois a quebra de produção ainda não total-mente quantif icada será muito superior ao estimado. No que toca às Cav es Santa Marta, apesar de tudo, teremos muito certamente a percentagem mais baixa de quebra de produ-ção comparativ amente às demais congéneres da Região, ou seja cerca de 22%. É claro que as condições climatéricas não f oram as mais f av oráv eis, pelo que a baixa percentagem de quebra de produção dev e-se ao prof issionalismo dos nos-sos associados que souberam tratar das suas v ideiras com esmero.

Todas as regiões v inícolas do País f oram af ectadas com que-bras de produção elev adas, é pois de esperar uma desejáv el e necessária melhoria dos pre-ços dos v inhos.

Foi recentemente conf erido às Cav es Santa Marta o diploma de empresa certif icada norma ISSO9001:2000 o qual conf ere às nossas Cav es uma imagem de qualidade e responsabilida-de perante as empresas com quem negociamos e consumi-dores dos nossos vinhos.

José Eduardo Morais Lopes

Presidente da Direcção

A NOVIDADE DE 2007

Page 2: Boletim 17 - Caves Santa Marta | Homepagecavessantamarta.pt/direscrita/ficheiros/Boletim_17.pdfTitle Boletim_17.pub Author Albino Created Date 12/11/2009 12:08:16 AM

MENSAGEM DO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA GERAL

B OL ET I M T RI ME ST RA L DE I NFORMA ÇÃ O

Em meu nome e no dos 2112 cooperadores que represento, agradeço a presença de todos nesta sessão que, embora si mpl es, como é timbre desta nossa casa, reves te-se, no entanto, de enorme significado e importânci a porque assinal a um marco que, sendo decisi vo para o futuro da empresa, responsabiliza também todos quantos aqui tr abalham. É com natural satisfação que felicito os senhores director es pel a decisão que tomaram há 4 anos , de implementar na empresa um Sistema de Gestão da Qualidade. Sei que era um ponto de honra do vosso mandato. Permitam- me, por isso, que me associe ao vosso senti mento de “missão cumprida”. Bem hajam! Sabendo por experiência própria, que a implementação e certificação de um sistema de ges tão da qualidade é um longo e árduo caminho, quer o agradecer e manifestar o meu apreço a todos colaboradores internos e exter nos que com a sua dedicação e esforço contribuíram decisi vamente para tal realidade. Muito obrigado a todos! As Caves Santa Marta, como é do conheci mento geral ou pel o menos de quem não anda distraído, atravessam actualmente uma fase de expansão sem precedentes. N ão dei xa de ser irónico que numa altura em que os lavrador es durienses atravessam uma longa e profunda crise da vi nha e do vi nho, a mai or empresa cooperativa do Douro sej a detentora de uma carteira de encomendas que ultrapassa o volume da sua produção. Isto quer dizer, só pode significar, duas coisas: temos qualidade e temos marca, ambas reconhecidas pelos consumidores. Qualidade e marca são dois factores que só funcionam em conjunto. Isoladamente, nenhuma delas per mite a uma empresa estar no mercado de forma cons tante, consistente e duradour a: a marca sem qualidade acaba por se es fumar; a qualidade sem marca muito poucos a conhecerão e, quando muito, ser virá par a negócios de vão de garagem... Temos qualidade e marca. O que nos falta? F alta-nos o preço jus to do nosso produto... Acontece, porém, que no nosso sec tor de acti vidade a conheci da Lei da Oferta e da Procura, infelizmente, não funciona. Se funci onasse, a receita er a simples e até nem era preciso “ir a Coi mbr a”: aumentava-se o preço do vinho e tiravam-

se as correspondentes mais valias . Mas a Lei da Oferta e da Procura, no nosso caso, no caso da R egião Demarcada do Douro, sempre foi e continua a ser fortemente condicionada pel a ditadura do Comércio. O Comércio, ou sej a, aquele “parceiro de negóci o” (entre aspas) habituado a compr ar o que quer, como quer, pelo pr eço que quer, aquele que pressi ona, que esmaga e que, nalguns casos que chegam a ser gritantes, até concorre deslealmente fugindo a taxas e i mpostos. Não podendo, como não podemos, dei xar de convi ver com tal “parceiro de negócio” (entre aspas), e não podendo contar com a compreensão e colaboração dos vários poderes instituídos, desde o poder central, passando por insti tutos e associações supostamente públicos, mas que alguns deles apresentam anualmente lucr os de fazer corar de vergonha muitas insti tuições privadas, pouco mais nos resta do que ol har para nós próprios , procurando, nomeadamente, aumentar a qualidade, a produti vidade, reduzir cus tos e unifor mizar procedimentos. É precisamente neste contexto, neste “ol har para nós pr óprios”, que se i nsere e assume papel determi nante a decisão da Direcção de dotar a empresa de um Sistema de Gestão da Qualidade. Porque se ac tua e faz, em vez de só fal ar e discutir, estamos aqui hoje para assinal armos, em conjunto, mais uma etapa da vi da da nossa empresa rumo à moderni dade: a certificação de um sistema de ges tão da qualidade! A partir de agora temos de nos preocupar com dois tipos de qualidade: Aos sócios e só a eles , continua a caber o papel preponderante de aumentar a qualidad e do produto, vi a estado de sanidade das uvas que entregam e das castas que enxertam; Aos directores, chefi as e trabalhadores da empresa cabe a responsabilidade da qualidad e d e processos. Estes dois ti pos de qualidade, a do produto e a de processos, aconsel ham, exigem mesmo, que todas as pessoas envol vi das – sócios, directores, chefias e trabalhadores – adoptem no dia a di a um conhecido slogan, que é o seguinte: “SEM QU ALID ADE NÃO HÁ SUCESSO” Um Sistema de Gestão da Qualidade não é um fim. É um mei o que todos devem usar e respeitar com o fi m de melhor ar, de modo, eu diria, obsessi vo, os nossos processos de trabal ho. O obj ecti vo da qualidade é apenas um entre

outros que se devem ter em mente. Mas sendo apenas um, ele é deter minante e impresci ndível, para se atingir outr os não menos i mportantes : a eficácia das decisões, o crescimento e lucro da empresa, a seguran ça e sistematização de procedimentos, a credibil idad e e reconh ecimento perante t erceiro s. Um sistema de gestão da qualidade uma vez implementado e certificado passa a ser a “Bíblia da Empresa”. Quem não seguir os passos desta “Bíbli a” tem de ter a consciência de que prej udica toda a organização e, nesse caso, ter á de ser inevitavel mente responsabilizado por isso. Não sei se reparar am, mas tenho referido mais o termo “empresa” do que “cooperati va”. Não é por acaso! Sempre entendi que uma organização como a nossa, não esquecendo, porque não pode nem deve esquecer, que é uma cooperativa, deve, no entanto, procurar ser cada vez mais “empr esa” e menos “cooperati va”... Sei que os Senhor es Directores têm o mesmo entendimento. E também sei que, precisamente por terem tal entendi mento, tomaram já uma outra decisão que, uma vez executada, a par da certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, dar á à empresa um impulso decisi vo e de grande eficácia. Essa outra decisão tem a ver com métodos de gestão operacional e racionalidade dos recursos humanos e materiais. Será mais uma etapa! Não será fácil, senhores directores! Mas como fizer am até aqui, não esmor eçam. Temos um passado que nos orgulha. U m passado feito de decisões e acções pioneiras que honr am o sector cooperati vo. Recuso o entendi mento daqueles que apregoam o “ni vel amento rasteiro” do cooperativismo. Quer se queira, quer não, os homens não são todos iguais. As empresas também não. Inevitavelmente as cooperativas também não são todas iguais... Digo, com alguma frequência, que aprendi desde muito cedo, que o cooper ati vismo não se apregoa. Pratica-se... E numa altura em que muitos fal am de gestão profissionalizada e de fusão de cooperativas ( é certo que alguns não sabem muito bem do que falam...), confesso que me dá muito gozo ver a minha cooperati va a actuar, a fazer, enfi m, a praticar... E quando penso, que há 35 anos, repito, há 35 anos, protagonizámos a primeira fusão entr e cooperati vas, então o gozo enfeita-se com uma ponti nha de orgulho e um sorriso mar oto… Senhor es Directores: No dia em que completarem essa nova etapa, que em breve vão iniciar, deixo desde j á a minha sugestão par a a adopção de um novo slogan. Que é o seguinte: “C AVES SANTA MART A:

EST AMOS NO FUTURO”

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Page 3: Boletim 17 - Caves Santa Marta | Homepagecavessantamarta.pt/direscrita/ficheiros/Boletim_17.pdfTitle Boletim_17.pub Author Albino Created Date 12/11/2009 12:08:16 AM

No passado di a 17 de Agosto as Caves Santa Marta concluíram o processo de i mpl ementação e de certificação de um Sistema de Gestão da Qualidade, em conformi dade com a Norma NP EN ISSO 9001:2000. A entidade certificadora foi a APCER - Associação Portuguesa de Certificação, líder de mercado na acti vidade de certificação e único parceiro nacional da IQNET - The International Certification Network. As Caves Santa Marta são agora detentoras do C ertificado de Conformi dade nº 2007/CEP.2963 no âmbito do qual se i nserem os ser viços de “Concepção, Vin ificação Enchimento e Comercialização d e Vinho s do Douro, R egionais, d e Mesa, Gen erosos, Vinhos do Porto, Espumantes e Vinho Frisante Gaseificado, Preparação e Comercialização de Aguardentes.”. A Segurança Ali mentar assume hoje particular importância. U m produto certificado per mite informar os consumidores, de uma forma simples e eficaz, da conformi dade deste com uma referênci a, indicando que o mesmo é seguro e desempenha com qualidade as funções para as quais foi concebido. A certificação de um produto é um el emento chave para o seu posicionamento no mercado, comprovando que o mesmo passou com sucesso nos ensaios e na avaliação do sistema de contr olo de fabrico previstos nas nor mas e documentos de referênci a que lhe são aplicáveis. Com a implementação deste Sistema de Gestão, as Caves Santa Marta orientam a sua acti vidade para a garantia da satisfação dos seus clientes e definem claramente os procedimentos internos com vista à mel horia da gestão dos seus vários departamentos .

NOVIDADES DAS CAVES E CURIOSIDADES

PÁGINA 3 B OL ET I M T RI ME ST RA L DE I NFORMA ÇÃ O

CAVES SANTA MARTA

UMA EMPRESA CERTIFICADA

No ano de 2007, ao abrigo do programa VITIS, a empresa Caves Santa Marta - Vinhos e Derivados, C.R.L, decidiu proceder à reconversão da vinha do modo tradicional para o modo mecanizado, adoptando para o efeito diferentes formas de sistematização do terreno e condução, escolhendo castas com maior potencial enológico, mais interessantes quer sob o ponto de vista da qualidade, quer sob do ponto de vista económico. Para além desses objectivos a reconversão da “Vinha da Adega” pretende ser um instrumento de ensinamento para os associados da cooperati va, um campo de experiências e de estudo sobre o comportamento das castas utilizadas e constitui o primeiro passo da cooperati va para a criação e elaboração de um “Vinho de Quinta”... A candidatura ao programa VITIS foi elaborada pelo Gabinete de Protecção Integrada, que tem como função prestar apoio técnico e aconselhamento aos viticultores do concelho de Santa Marta de Penaguião. Grande parte das reconversões de vinha efectuadas no concelho de Santa Marta de Penaguião ficou a dever-se à intervenção dos técnicos pertencentes a esse mesmo Gabinete, sem esquecer o valioso contributo da Zona Agrária de Santa Marta de Penaguião, entidade pública que funciona em instalações cedidas, gratuitamente, pelas Caves Santa Marta. Antes da reconversão a vinha tinha a área de 1,65 ha e 15. 319 pés de videiras, com predominância de castas brancas, entre as quais Malvasia Rei, Branco sem Nome, Chasselas e Fernão Pires. O compasso original era de 1.45 m2 e a forma de condução era bai xa, aramada. Na elaboração do projecto, tendo em consideração os objecti vos pretendidos, foi decidido que deveriam estar presentes as três formas mais comuns de sistematização do terreno usados na Região Demarcada do Douro: vinha ao alto, patamares de um bardo e patamares de dois bardos. A sequência das operações com vista à reconversão da vinha foi: limpeza do terreno, incluindo o arranque das cepas e algumas oliveiras, procurando desse modo não deixar material no terreno susceptível de constituir focos de infecção. Após a limpeza do terreno procedeu-se à movimentação de terras, ao traçado das vias de acesso (estradas) bem como à orientação e inclinação dos patamares, de acordo com o perfil do terreno e com o cuidado, sempre presente, do escoamento de águas. Aquando da abertura dos patamares, foi realizada a adubação de fundo, segundo o resultado da análise ao solo, feita a seguir à vindima, que consistiu na aplicação de adubos à base de fósforo, potássio, matéria orgânica e calcário, sendo a sua aplicação feita de modo manual. Quanto ao material vegetativo foram utilizados enxertos prontos, em diferentes porta-enxertos, como o 196-17 (cavalão), 1103 – P, R99 e R110. A plantação foi realizada com hidro-injector. As castas eleitas foram Fernão Pires, Rabigato, Arinto, Gouveio, e Viosinho (brancos), Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca e Sousão (tintos). No embardamento foram utilizados postes de madeira e metal, tendo sempre em linha de conta simplificar ao máximo as operações culturais, reduzindo assim os custos com a mão-de-obra. Na colocação do arame, optou-se por colocar no 1º ano, apenas o primeiro e último arame, ser vindo como tutores às jovens plantas. No segundo ano, procede-se à colocação dos restantes, ainda não estando totalmente definido a disposição dos mesmos. Situando-se, orgulhosamente, as Caves Santa Marta no Bai xo Corgo, na Região Demarcada do Douro, esta vinha pretende ser, e será, um exemplo para os seus associados de modo a incentivá-los a procederem à reconversão das suas terras, mostrando e explicando que é possível lutar e resistir a “ventos antigos” que sopram, sempre sopraram, na própria Região, mas também aos “novos ventos” que sopram um pouco por todo o lado do Mundo. A “Santa Marta” sempre foi e é a padroeira da Região Demarcada do Douro e, segundo reza a História e até a Lenda, foi aqui, em Santa Marta de (Pena)Guião, que tudo começou…

PROTECÇÃO INTEGRADA - RECONVERSÃO DA “VINHA DA ADEGA”

Page 4: Boletim 17 - Caves Santa Marta | Homepagecavessantamarta.pt/direscrita/ficheiros/Boletim_17.pdfTitle Boletim_17.pub Author Albino Created Date 12/11/2009 12:08:16 AM

www.caves-stamarta.pt

Apartado 50 5031-909 Santa Marta de Penaguião Douro - Portugal Telefone: +351 254 810 313 Fax: +351 254 810 319 Correio electrónico: [email protected]

FICHA TÉCNICA

Director - José Eduardo Lopes

Coordenador - Marco Aurélio Peixoto Informática e Paginação - Luís Morais

Protecção Integrada - Alexandra Frutuoso Fotografia - Marco Aurélio Peixoto

COLABORADORES NESTA EDIÇÃO

António Matias Moreira

Paulo Dolores Euclides Lázaro

CAVES SANTA MARTA

V I N H OS E D E R I V ADO S . C R L

MAIS UMA ETAPA

CAVES SANTA MARTA

PEGA NO COPO COM CUIDADO, POIS DENTRO DELE ESTÁ DEUS E O DIABO.

DITADO POPULAR

Decorreu no passado dia 6 de Setembro nas i nstal ações da nossa Adega uma cerimóni a de extrema importância. Refiro- me, natural mente, à entrega do Diploma de Empresa Certificada, cuj o objec tivo, tendo sido traçado pela Direcção, teve de percorrer uma l onga cami nhada de quatro anos para ser conseguido. Os resultados deste objec tivo agora concretizado não vão ser para j á visíveis, e utópico seria pensar o contrário, pois a caminhada vai seguir o seu percurso, estando-se praticamente no seu início. Do que eu não tenho a menor dúvida é que a nossa i mpl antação no mercado nacional, mas sobretudo no mercado internaci onal vai passar a ser mais segura, pois cada vez se vai dando mais preferência, no mundo global em que vamos vi vendo, aos produtos certificados , porque cr edor es e “de facto possuidores” de uma melhor qualidade. Ao dizer anteriormente que os resultados e, acrescento agora, as esperadas e merecidas mais-valias deste i nvesti mento, porque de um investimento se tratou e não pequeno, vão demorar algum tempo a tornar em-se visíveis e r eais, tem também a ver com o comportamento das enti dades competentes que inter vêm no sector, no sentido de levarem por diante, sem receios de demagogia, uma atitude clara de esclarecimento a todo o público consumidor das clar as diferenças que existem, ou deverão existir, entre um produto certificado e um não certificado. O mesmo deverá acontecer com os agentes económicos do sector comercial, que cl aramente

devem promover esta distinção, não praticando o erro de numa mesma prateleira colocarem um produto certificado e um não certificado, já que, se outros efeitos negativos não houvesse, a natur al diferença de preços que naturalmente tem de existir, poderá levar a equívocos e também a opções de compra que levarão o consumidor a sentir-se defraudado, se não mesmo enganado. A primeira resposta para se atingirem os objecti vos pretendidos tem de ser dada de dentr o par a fora, ou seja, obser var o escrupul oso cumprimento das “normas” que determinam a Certificação obtida e, apesar de “errar” ser humano, nos tempos que correm, a margem para errar é cada vez mais curta, já que esta situação, a acontecer, redundará sempre em prejuízo dos Associados da nossa Adega. Daí também a minha forte convicção ser absolutamente normal e natural podermos desde já encetar uma nova etapa, cujo fi m seria caminhar mos para um modelo de Gestão Profissionalizada, sem prej uízo da existência dos Corpos Sociais que os Es tatutos prevêem, e com todas as suas competênci as. A concr etizar-se, a nossa Adega continuará a ser pioneira. António Matias Moreira

SÓCIOS DA NOSSA ADEGA NOMEADOS PARA CARGOS DE RESPONSABILIDADE

Segundo a nova Lei Orgânica do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), as Adegas Cooperativas devem estar obrigatoriamente representadas nas secções “Douro” e “Porto”, do Consel ho Interprofissional daquele Instituto. Nos termos dessa Lei, coube às Caves Santa Marta, como maior Adega do Douro, indicar os representantes para ambas as secções. Foram indicados e já foram nomeados pelo Ministro da Agricultura os Associados Paulo Dol ores para a Secção “Porto” e António Manuel Sousa Pinto para a Secção “Douro”; - A Unidouro – União das Adegas Cooperativas do Dour o, indicou para Presidente da Mesa da Assembl eia Geral da Fenadegas (Feder ação Nacional das Adegas Cooperati vas de Portugal), o nosso Presi dente da Mesa da Assembleia Geral, Paulo Dolores, que já tomou posse do cargo; - O nosso associado Francisco Moreira, vogal da Direcção, foi recentemente reel eito, em representação da nossa cooperativa, para Vice-Presidente da Direcção da Associ ação Empresarial Nervir.