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Boletim 13 Segundo ciclo em andamento (2014 a 2017)!! Novembro de 2014 IFFSC: equipes iniciam medições do segundo ciclo

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Boletim 13

Segundo ciclo em andamento (2014 a 2017)!!

Novembro de 2014

IFFSC: equipes iniciam medições do segundo ciclo

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IFFSC Boletim 13, novembro de 2014

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Segundo ciclo dos levantamentos de campo (FURB)

Técnicos do IFFSC / FURB iniciaram em setembro de 2 014 novas

medições em campo. Estas medições, nas mesmas parce las que foram

medidas durante a campanha entre 2007 e 2010, fazem parte do segundo ciclo

de levantamento de dados em campo. Assim será possí vel verificar a dinâmica

e as mudanças tanto no uso do solo, quanto na própria floresta. O crescimento

das árvores, a sua mortalidade por causas naturais e também o número de

árvores jovens (chamados ingressos ) serão conhecidos, além da sua

exploração e mudanças na ocupação do solo .

O conhecimento da dinâmica é essencial para desenvo lver medidas de

proteção e recuperação das florestas e para desenha r estratégias para seu uso

sustentável.

As medições devem ocorrer de forma continua nos pró ximos anos e as

instituições envolvidas buscam recursos junto ao Go verno do Estado, para

realizar anualmente os levantamentos em 20% das uni dades amostrais

implantadas. Isto possibilitaria elaborar estimativ as consistentes sobre a

dinâmica das florestas a partir do segundo ano dos levantamentos. Para tanto,

as unidades amostrais remedidas são sorteadas entre as existentes, mas

abrangendo sempre todas as regiões do território ca tarinense.

Caracterização da Diversidade Genética (UFSC e UDES C)

Durante a primeira fase do IFFSC (2004 – 2011), o l evantamento da

diversidade genética esteve focado em populações de indivíduos adultos .

Populações 13 espécies elencadas por apresentarem f orte histórico de

exploração, ameaçadas de extinção e representativid ade dentro das diferentes

formações florestais do estado de Santa Catarina, f oram investigadas. As 13

espécies estudadas foram:

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a) Floresta Ombrófila Densa

canela-preta ( Ocotea catharinensis – 17 populações)

canela-sassafrás ( Ocotea odorifera – 9 pop.)

palmiteiro ( Euterpe edulis – 20 pop.)

olandim ( Calophyllum brasiliensis – 9 pop.)

butiá-da-praia ( Butia catharinensis – 9 pop.)

b) Floresta Ombrófila Mista

araucária ( Araucaria angustifolia – 31 pop.)

xaxim ( Dicksonia sellowiana – 20 pop)

imbuia ( Ocotea porosa – 13 pop.)

butiá-da-serra ( Butia eriospatha – 14 pop.)

pinho-bravo ( Podocarpus lambertii – 12 pop.)

c) Floresta Estacional Decidual

cedro ( Cedrela fissilis – 9 pop.)

grápia ( Apuleia leiocarpa – 9 pop.)

cabreúva ( Myrocarpus frondosus – 9 pop.)

Após o término desta fase, o foco de continuidade d os estudos genéticos

passou para as populações de indivíduos regenerantes (ou seja, dos jovens)

das mesmas espécies, visando assim, um comparativo entre os índices de

diversidade genética entre adultos e regenerantes. Além disso, os estudos

genéticos passaram a ser integrados aos padrões de paisagem do entorno das

populações amostradas. Assim, através do estudo int egrado da diversidade

genética histórica e atual e das informações de pai sagem, pretende-se

identificar possíveis flutuações nos níveis de dive rsidade que estejam

associados à paisagem.

A partir de 2012 foram iniciados os estudos com pop ulações de

indivíduos regenerantes de araucária (10 populações ), xaxim (10 pop.),

palmiteiro (9 pop.), canela-preta (7 pop.) e grápia (5 pop.).

Em 2014, mais uma etapa de continuidade dos estudos em populações

regenerantes foi iniciada. Desta vez estão em andam ento a genotipagem de

mais 10 populações de araucária, cinco de palmiteir o e cinco de pinho-bravo.

Os resultados desta etapa estão sendo analisados. A previsão de término desta

etapa é para o primeiro semestre de 2015.

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Divulgação dos resultados obtidos

Integrantes da equipe técnico-científica do IFFSC d ivulgaram os

resultados do IFFSC em diversos eventos científicos nos últimos anos, entre

Congressos, Simpósios e Seminários Florestais, tant o de Ecologia quanto de

Botânica. Por último, o IFFSC foi apresentado no Co ngresso Mundial das

Instituições de Pesquisas Florestal (IUFRO), em Sa lt Lake City, EUA (outubro de

2014).

IFFSC - Qual é o objetivo dos levantamentos e quais são os benefícios para a

sociedade?

Objetivo do inventário florestal é conhecer a quant idade e a qualidade

das florestas que ainda existem no Estado; saber qu al é seu estado de

conservação ou degradação; conhecer a sua biodivers idade, a distribuição e o

potencial das diversas espécies de árvores e demais plantas vasculares,

inclusive das raras e ameaçadas de extinção. Estes dados são necessários

para fundamentar políticas que estimulem o uso sust entável e a proteção dos

recursos naturais.

Quais são as florestas que são amostradas?

Uma rede de pontos amostrais com distância de 10 k m entre si foi

estabelecida, cobrindo todo o

estado; sempre que um ponto

coincidir com uma área coberta por

floresta (secundária ou primária), é

instalada uma “Unidade Amostral”.

A equipe de campo encontra este

ponto pré-estabelecido com a ajuda

de um aparelho GPS que permite a

localização exata mesmo dentro de

uma densa floresta.

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Ao todo serão reavaliados 1074 pontos amostrais em todo Estado. Em

cerca de 50% destes pontos é instalada uma Unidade Amostral, nos demais

pontos é registrado apenas o uso atual da área, na ausência de cobertura

florestal.

Como são compostas as equipes?

Cada equipe de campo

é composta por cinco

pessoas: um engenheiro

florestal, líder de equipe e

responsável pela coleta dos

dados, além de outros

quatro engenheiros que

dividem as tarefas de

localização, identificação e

medição das árvores, de coleta de material botânico e do levantamento da

regeneração.

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Como é feito o trabalho de campo?

Cada “unidade amostral” é

implantada a partir de um ponto

central, em forma de cruz, com quatro

sub-unidades de 1000m 2 cada

(medindo 20 x 50m). Estas sub-

unidades são provisoriamente

demarcadas em campo, para realizar

neles o levantamento da floresta: a

identificação das árvores, a medição

de seus diâmetros e alturas, a

avaliação de sua sanidade e

qualidade, além de sua posição na floresta e das ep ífitas nelas existentes

(bromélias e orquídeas, entre outras).

As plantas coletadas são armazenadas no herbário Dr . Roberto

Miguel Klein da FURB que já atingiu a marca de 45.2 00 plantas tombadas,

sendo 30.000 coletadas pelo IFFSC. O herbário foi c om estas incorporações

ampliado e reorganizado. Veja informações em:

http://www.furb.br/botanica/herbario.htm

Uma novidade é a realização de fotografias hemisfér icas do dossel da

floreta, feitas com uma lente especial, do tipo olh o-de-peixe, o que permite

quantificar a massa foliar e a densidade do dossel. Estas são variáveis

importantes para poder avaliar as condições ecológi cas da floresta e fazer

estimativas de biomassa.

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Para estimativa do volume e da biomassa das árvores das florestas

catarinenses, uma equipe especializada está fazendo estudos numa

propriedade em Massaranduba, onde árvores inteiras são derrubadas,

medidas no chão e pesadas.

Amostras de seu lenho, dos galhos, da

casca e das folhas são retiradas para fazer

análises no Laboratório de Processos da

Industrialização da Madeira (LaPIM), na

FURB.

A colaboração dos proprietários

das florestas amostradas, na maioria

produtores rurais que moram no local, é

imprescindível para a realização do

projeto, no sentido de permitir e apoiar o

acesso das equipes aos locais das

medições. Em locais de difícil acesso é

preciso utilizar veículo 4x4, trator agrícola

ou até cavalos.

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Quem financia e quem executa os trabalhos?

O inventário florestal é financiado pelo governo es tadual, através de

sua Fundação de Apoio à Pesquisa (FAPESC) e da Diretoria de Saneamento

e Meio Ambiente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentáve l

(SDS). Os trabalhos de campo são coordenados pela Univer sidade Regional

de Blumenau (FURB), da Universidade Federal de Sant a Catarina (UFSC) e

da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) , em parceria com a

Epagri.

Ao todo, trabalham na equipe do projeto atualmente 32 pessoas, entre

engenheiros florestais, biólogos, agrônomos, estatí sticos, taxonomistas,

técnicos e alunos bolsistas de graduação e de pós-g raduação (Mestrado e

Doutorado).

Contato:

Prof. Dr. Alexander C. Vibrans

FURB, Blumenau

[email protected]

047 – 3221 6046 e 6040

047 – 9177 2671

Prof. Dr. Adelar Mantovani

[email protected]

UDESC/CAV, Lages

049 – 2101 9130

Blumenau, 14 de novembro de 2014

Mais informações estão disponíveis em:

www.iff.sc.gov.br