Boletim da

J a n e i r o d e 2 0 0 2 - nº 25

ABPI e ABAPI empossamsuas novas diretorias

Página 3

Foto: Paulo Sergio Gouvêa Rego

A memorável trajetória deOscar-José Werneck Alves

No dia 13 de dezembro, em climade festa, diretores, conselheiros eassociados da ABPI e ABAPI se reuni-ram no Country Club do Rio de Janeiro,para o almoço de confraternização de2001, no qual tomaram posse as dire-torias das duas entidades.

O encontro, que contou com apresença de cerca de 150 pessoas,também serviu para a realização dashomenagens ao Dr. Custódio deAlmeida e Dr. Oscar-José WerneckAlves, que receberam oficialmente ostítulos de Membros de Honra eDiretores Vitalícios da ABPI.

Páginas 4 e 5

Nesta edição oBoletim da ABPIpresta suahomenagem ao Dr.Oscar-José WerneckAlves, falecido no dia23 de dezembro de2001.

Associaçãoanalisa questões

da AIPPIPágina 6

Conferência doLES realizada em

São PauloPágina 8

Comissões deEstudo e Grupos

de TrabalhoPágina 7

Os participantes ouvem odiscurso do presidente da ABPI, Dr.José Antonio B. L. Faria Correa.

Foto: Arquivo ABPI/Paulo Sergio Gouvêa Rego

(da esq. para a dir.) o Dr. Oscar-José WerneckAlves, o Dr. Luis Fernando Ribeiro Matos e o Dr.Peter Dirk Siemsen.

2 • Boletim da ABPI Nº 25 • Janeiro de 2002

NotasEditorialFoto: Paulo Sergio Gouvêa Rego

Manter oscompromissos

editoriais daAssociação

Lilian de Melo SilveiraDiretora Editora

Associaçãorecebe mensagensde solidariedade

A ABPI agradece às centenas demensagens remetidas à sua secretariaou diretamente a seu presidente, Dr.José Antonio B. L. Faria Correa, expres-sando o pesar pelo falecimento, no dia23 de dezembro, do Dr. Oscar-JoséWerneck Alves. Em todas elas, algumasvindas de outros países, além do fortesentimento de tristeza, verifica-se oreconhecimento que todos tinham pelovaloroso trabalho do Dr. Oscar-José (leiahomenagem na página 3).

ABPI distribuiúltima remessa de

boletosOs associados da ABPI que op-

taram por pagar a anuidade em 12 par-celas mensais estarão recebendo, a par-tir do início de janeiro, os boletos refe-rentes às parcelas 3 a 12. Para tirar qual-quer dúvida quanto ao pagamento daanuidade o associado poderá entrar emcontato com a ABPI através do telefone(21) 2532-5655 ou pelo endereço eletrô-nico abpi@abpi.org.br .

Relação de novosassociados

Na reunião do Comitê Executivo eConselho Diretor da ABPI, realizadaem 13 de dezembro, no Rio de Janeiro,foram aprovados os seguintes novosassociados: Ana Paula Pitta de Moura(Momsen, Leonardos & Cia); Associa-ção Brasileira dos Editores de Música -ABEM (Maria Cristina G. Marinho);Cândida Ribeiro Caffe (Dannemann,Siemsen, Bigler); Cíntia Harumi IsobataAquino (Advocacia Pietro Ariboni);Flávia Carneiro de Campos MoreiraAmaral (Dannemann, Siemsen, Bigler);Germano Ramos e Silva (Vertti Con-sultoria Ltda.); Gustavo Francez (Par-ticular); Luis Carlos dos Santos Duarte(Dannemann, Siemsen, Bigler); RafaelDias de Lima (Dannemann, Siemsen,Bigler); Rita Capra Vieira (Dannemann,Siemsen, Bigler); Sandra SanchezLynch (Miranda, Lynch, KneblewskiS/C Ltda.).

Reassumir o cargo de Diretora Editora, após os quatro anos da gestão impecávelde Manoel J. Pereira dos Santos, importa no desafio de manter a qualidade e opadrão de seu trabalho.

Efetivamente, exerci, em caráter interino, o mesmo cargo nos idos de 93/94, noimpedimento temporário do Diretor Editor José Roberto D’Affonseca Gusmão, e,cumpre constatar, ampliaram-se as responsabilidades da Editoria.

No Boletim nº. 24, de dezembro/01, em seu editorial de despedida, relataManoel Santos que os desafios que lhe foram propostos como Diretor Editor, peloPresidente da ABPI, restaram cumpridos a contento e, mais, sendo que a “Revistada ABPI encontrou sua vocação como a mais importante fonte doutrinária nodireito da propriedade intelectual, incumbiu-me ele de desenvolver e implementarum boletim informativo que mantivesse o associado em dia com relação àsatividades da ABPI e às notícias de interesse geral. Surgiu assim, em janeiro de2000, o primeiro número do Boletim da ABPI que, com sua versão eletrônicatambém mensal (ABPI Express), agora ingressa no terceiro ano“.

Assim, o desafio não será provocar nenhuma mudança significativa no trabalhoe sim manter o padrão impecável de trabalho de meu antecessor. Espero podercontar, como ele, com o apoio de todos e “com os profissionais que emprestaram omelhor de seu talento, não só por dever profissional, mas por idealismo”.

Ainda mencionando o Boletim nº. 24, diz o Diretor Editor da necessidade demanter o associado em dia com as atividades da comunidade de propriedadeintelectual e em nome dessa informação é que será este número 25 dedicado emhomenagem póstuma ao nosso “apóstolo” da propriedade industrial - Dr. Oscar-José Werneck Alves, falecido em 23 de dezembro, no Rio de Janeiro.

Nas Notas constantes do Boletim nº. 21, de setembro/2001, está consignada aata resumida da AGO que elegeu a nova Diretoria e Conselho da Associação e o fatomarcante que foi a homenagem prestada aos Drs. Oscar-José Werneck Alves eCustódio de Almeida, saudados com carinho, respectivamente, pelos Drs. GertDannemann e Peter Dirk Siemsen.

A saudação feita por Gert Dannemann será em parte reproduzida nesteBoletim. E, no almoço realizado em 13 de dezembro, pela ABPI e ABAPI no Rio deJaneiro, foi formalizada tal homenagem que será objeto das páginas centrais destaedição. Seus companheiros mais próximos foram entrevistados e deixaramconsignado, também nesta edição, seu testemunho sobre Oscar-José.

O lamento pela sua ausência e a marca de atividade e vida que Oscar-Josédeixou na vida das associações a que pertenceu serão permanentes, assim, como serápermanente a saudade que todos nós sentiremos do incansável companheiro detrabalho.

Boletim da ABPI • 3Janeiro de 2002 • Nº 25

Homenagem

O Dr. Oscar-José Werneck Alvespartiu no dia 23 de dezembro, aos67 anos, tendo seu valor reconhe-cido por todos. “O nome Oscar-Joséé marca de alto renome na pro-priedade industrial, e dessas que ja-mais perderão seu poder distintivo.Grande conhecedor de nossa área,grande colega e amigo, era uma dasvozes que, ao longo dos anos, tinhaa capacidade de conciliar, apazi-guar, reunir e construir. Sua pre-sença, que transmitia a segurançanecessária nos momentos maisdifíceis da vida associativa, já nosfaz muita falta”, declara o Dr. JoséAntonio B. L. Faria Correa, pre-sidente da ABPI.

No almoço de confraternizaçãoda ABPI e ABAPI, realizado no dia13 de dezembro, no Rio, sua filha,Beatriz Garcia Werneck, recebeu emseu nome as láureas a que tinhadireito. Anteriormente, durante aAssembléia Geral Ordinária daABPI, dia 19 de agosto, em Vitória,

A memorável trajetória deOscar-José Werneck Alves

o Dr. Oscar-José, juntamente com oDr. Custódio de Almeida, forameleitos por unanimidade Membrosde Honra da entidade e DiretoresVitalícios da Associação. Designadopara fazer a “laudatio”, o Dr. GertDannemann, emocionado, lembrouque o conheceu em 1954, quandoeste se preparava para iniciar seusestudos de Direito. Contou que seuspais se conheceram exercendoatividades ligadas à propriedadeintelectual, e que ele, a exemplo dopai, também chegou à presidênciada ABAPI, dirigindo a entidade pornove anos consecutivos, durante ogoverno militar, quando o exercícioda profissão se tornou extrema-mente difícil. Na ABPI, foi tambémvice-presidente nas gestões do Dr.Peter Dirk Siemsen e do Dr. LuizLeonardos.

Recordou que foi ele quemintroduziu os cursos de proprie-dade industrial patrocinados pelaABAPI, a partir da década de 70.

Atuou sempre em favor do reconhe-cimento da profissão de agente dapropriedade industrial e, entremuitas outras ações, lançou a idéia,hoje concretizada, de editar o livro“Propriedade Industrial no Brasil:50 Anos de História”.

Ainda durante a AGO, o Dr.Herlon Fontes, designado porescrito pelo Dr. Oscar-José parareceber a homenagem em seunome, fez questão de repetir o quedisse certa vez o Dr. Carlos Henri-que Fróes: “Ele é um amigo daque-les que se poderia dizer, o irmão quea gente escolhe, e não aquele que agente tem por natureza”.

Entristecido com a perda doamigo, o Dr. Custódio garantiu que“com o Dr. Oscar-José desapareceum dos maiores pilares da ABAPI,erguida por seu pai, Dr. José MullerAlves, juntamente com mais quatroabnegados”. Complementando oque havia dito em agosto, o Dr. Gertfrisou que “todos que conhecerame tiveram o privilégio de convivercom o Dr. Oscar-José sabem que,com seu prematuro desaparecimen-to, a classe dos agentes de proprie-dade industrial brasileira perdeu oassociado que nas últimas cincodécadas mais se identificou com ela;aquele que, desde o primeiro diaque a ela aderiu, pugnou comdenodo pela observância de seusdireitos, sem esquecer de transmitiraos seus pares os mais elevadospadrões éticos, que sempre orien-taram as atividades profissionaispor ele exercidas.”

“Só nos consola o fato de termospodido, ainda no final de sua vida,demonstrar a ele, mesmo de formatímida, singela, todo o apreço quepor ele tínhamos, inscrevendo seunome na galeria dos Membros deHonra a ABPI”, afirmou o Dr. JoséAntonio. Em outro comentário,assegurou que “apagou-se uma vi-da, mas eternizou-se uma obra” econcluiu, invocando um pensamen-to de Sófocles: “há coisas que vivemnão para ontem, ou para hoje, maspara sempre”.

A comunidade ligada à propriedade intelectualencerrou o ano de 2001 com aquela saudade dolorida,

de alunos que, postados à porta de um colégio, vêem seuquerido mestre ir embora, disposto a iluminar outras plagas.

Restava o consolo de que parte de sua sabedoria, sualealdade e seu ímpeto serão sempre o norte para todos

que com ele conviveram.

Foto: Arquivo ABPI/Paulo Sergio Gouvêa Rego

(da esq. para a dir.) o Dr. Luiz Antonio Ricco Nunes, o Dr. Oscar-José WerneckAlves, a Dra. Lilian de Melo Silveira, a Dra. Vivian de Melo Silveira e o Dr.Ricardo P. Vieira de Mello.

4 • Boletim da ABPI Nº 25 • Janeiro de 2002

Almoço de confraternização

Fotos: Paulo Sergio Gouvêa Rego

ABPI e ABAPI encerram 2001empossando suas novas diretorias

No dia 13 de dezembro, em climade festa, diretores, conselheiros eassociados da ABPI e ABAPI se reuni-ram no Country Club do Rio de Janeiro,para o almoço de confraternização de2001, no qual tomaram posse as dire-torias das duas entidades. O encontro,que contou com a presença de cerca de

O almoço de confraternização foi marcado pelasolenidade de posse das diretorias da ABPI e daABAPI, e por homenagens ao Dr. Custódio de

Almeida e Dr. Oscar-José Werneck Alves

150 pessoas, também serviu para arealização das homenagens ao Dr.Custódio de Almeida e Dr. Oscar-JoséWerneck Alves, que receberam oficial-mente os títulos de Membros de Honrae Diretores Vitalícios da ABPI.

A presidência da mesa foi ocupadapelo Dr. Carlos Henrique de Carvalho

Fróes que, de forma cativante, condu-ziu as várias etapas do evento. Inicial-mente tomou posse a diretoria da ABA-PI, com seus membros sendo chama-dos um a um para assinar o termo deposse. Logo em seguida, o Dr. RicardoP. Vieira de Mello, que deixa a presi-dência da ABAPI, fez um breve dis-curso lembrando que sua gestão sepautou pela defesa dos interesses dosassociados e pela proteção da ética nasatividades relacionadas à propriedadeindustrial. Agradeceu a seus compan-heiros de diretoria, ao INPI, e chegou alamentar não ter atingido todas asmetas previstas, afirmativa, em seguidacontestada por seus colegas, quegarantiram que a ABAPI ainda colherámuitos dos frutos hoje semeados peloDr. Ricardo.

O novo presidente da ABAPI, Dr.Elias Marcos Guerra, que reside emPorto Alegre, afirmou que fará umaadministração compartilhada com osvice-presidentes, por questões delogística, sem qualquer prejuízo de seuenvolvimento pessoal nas questões daclasse. Sua primeira iniciativa será acriação de uma Comissão de Estudosque analisará a viabilidade da aplicaçãodo Protocolo de Madrid, em nosso País.

Logo depois, foi chamada a tomarposse, a diretoria da ABPI, encerradacom o discurso do presidente Dr. JoséAntonio B. L. Faria Correa (leia a íntegranesta edição), que aproveitou parainformar que a Associação está

Durante o almoço o presidente da ABPI, Dr. José Antonio B. L. Faria Correa,falou sobre os atuais desafios da propriedade intelectual.

O Dr. Carlos Henrique de Carvalho Fróes, ao centro, e osDrs. Ricardo P. Vieira de Mello e Elias Marcos Guerra.

O Dr. Custódio de Almeida, no canto direito, sendohomenageado pelo presidente da ABPI.

Boletim da ABPI • 5Janeiro de 2002 • Nº 25

atingindo o número de 600 membros eque, os anais do Seminário de Vitóriaestão prontos e serão distribuídos embreve aos associados. O Dr. José Anto-nio finalizou mencionando a satisfaçãode ter trabalhado com o Dr. Ricardo,no comando da ABAPI e desejou suces-so ao novo presidente, Dr. Elias Guerra.

Merece destaque, também, o pro-nunciamento do Dr. Luiz OtávioBeaklini, diretor de Patentes do INPI,que, acompanhado de vários diretoresdo órgão, representou o presidentedaquela instituição, Dr. José GraçaAranha, impedido de comparecer emvista de compromisso inadiável emBrasília. Em seu discurso, o Dr. Beakliniafirmou que, após vencer inúmerasdificuldades, o Instituto está bemmelhor hoje do que à época em que ogrupo assumiu, há pouco mais de doisanos. Contribuiu, ainda, para abrilhan-tar a solenidade, a fala do Dr. AlbertoCamelier, presidente da ASPI, queressaltou o papel fundamental que astrês entidades, ABAPI, ABPI e ASPI,têm hoje no desenvolvimento daeconomia do País. Lembrou que oBrasil é nação exponencial no hemis-fério sul, com vocação para atingir umnível de civilização que legitime seuingresso no primeiro mundo.

Um dos momentos de maiorsignificado durante o encontro foramas justas homenagens feitas ao Dr.Custódio de Almeida, por sua extensafolha de serviços à propriedadeintelectual, e ao Dr. Oscar-José WerneckAlves, verdadeiro ícone para todos (leiahomenagem na página 3), e que esteverepresentado por sua filha BeatrizGarcia Werneck.

O Dr. Luiz Otávio Beaklini, diretor de Patentes do INPI,falando aos participantes do almoço.

(da esq. para a dir.) Dr. Alberto Camelier, presidente da ASPI;o Dr. Custódio de Almeida; o Dr. Gustavo Starling Leonados;o Dr. Luiz Otávio Beaklini; o Dr. Peter Dirk Siemsen e a Dra.Juliana L. B. Viegas.

(da esq. para adir.) o Dr. LuizHenrique O. doAmaral, o Dr. JoséAntonio B. L.Faria Correa, o Dr.Gert EgonDannemann, aDra. ElisabethSiemsen e o Dr.Manoel J. Pereirados Santos.

(da esq. para a dir) aDra. Elza Maria

Possinhas Pimentel, aDra. Juliana L. B.

Viegas, o Dr. Mauro J.G. Arruda, a Dra. Ana

Gabriela Kurtz e a Dra.Maria Alícia Lima

Peralta.

6 • Boletim da ABPI Nº 25 • Janeiro de 2002

AIPPI

A ABPI, sempre que solicitada,tem contribuído para a análise dasquestões formuladas pela Associa-tion Internationale pour la Protectionde la Propriété Intellectuelle (AIPPI),tarefa que fica a cargo das Comis-sões de Estudo. No final do segundosemestre de 2001, as Comissões dePatentes, Marcas e Repressão àsInfrações responderam, respectiva-mente, às Questões 167, 168 e 169,posteriormente submetidas àaprovação final do Conselho Dire-tor da Associação e enviadas, àquelaentidade internacional. O conjuntoda análise feita pela ABPI estádisponível no sítio da associaçãowww.abpi.org.br .

Questão 167

Esta questão, analisada pelaComissão de Patentes, coordenadapelo Dr. Rana Gosain, trata do tema“Current Standards for Prior ArtDisclosure in Assessing Noveltyand Inventive Step Requirements”.O tema é bastante polêmico e foitratado pela Comissão, que prepa-rou e discutiu uma parte das solu-ções, por ocasião do Seminário Na-cional, realizado em Vitória, em 19de agosto. As demais respostas aessa questão foram concluídas nomês de outubro.

Em linhas gerais, a Questão 167da AIPPI trata da perda de novida-de da patente em virtude de suadivulgação prévia, enfocando oscritérios que devem nortear estaanálise. A questão levanta váriashipóteses fáticas e investiga otratamento que a lei lhes dá, inclu-sive no tocante às novas formas dedivulgação de informações,

ABPI analisa novas questões da AIPPInotadamente a Internet.

Questão 168

Esta questão trata do uso damarca como forma de aquisição,manutenção ou infração de direitose foi discutida no seio da Comissãode Marcas, coordenada pelo Dr.Luis Fernando Matos Júnior. Emseus comentários, a ABPI procuroudestacar que no Brasil o uso damarca não é requisito para aaquisição de direitos, muito emboraorigine um direito de precedênciaquanto à obtenção do registro (art.129, § 1o, da Lei 9.279/96) e permitaao utente valer-se das normas quereprimem a concorrência des-leal.

Enfocou-se também a importân-cia que o uso da marca tem para amanutenção do registro, tornando-o insusceptível de extinção porcaducidade. Mencionou-se, nesteaspecto, as correntes jurispruden-ciais e administrativas que admi-tem, como prova de uso da marca,o emprego desta no nome comercialdo titular do registro, ou mesmo oseu uso com pequenas e insignifi-cantes alterações em relação ao queconsta do registro.

Abordou-se ainda a questão douso puramente descritivo de vocá-bulos comuns registrados comomarca, concluindo-se pela sualicitude, quando feito sem funçãomarcária. O uso da marca na Inter-net, em fã-clubes ou paródias tam-bém foi analisado, à luz do caráterrestritivo das exceções contempla-das no art. 132 da LPI e do direitode citação previsto no respectivoinciso IV.

Questão 169

A Questão 169, debatida pelaComissão de Repressão às Infra-ções, coordenada pelo Dr. OttoLicks, aborda as sanções criminaisrelativas às infrações aos direitos dePropriedade Intelectual. A respostaapresentada pela ABPI descreveu ostipos penais existentes na legislaçãobrasileira e as sanções neles comi-nadas, destacando a necessidade dapresença de dolo para a configu-ração dos delitos. Algumas provasde dolo comumente aceitas foramapontadas, tendo também sido exa-minado o ônus que o acusador temquanto à produção desta prova.

A questão abordou ainda asrelações e diferenças existentes en-tre procedimentos cíveis e penaisfundados em violações de direitosde Propriedade Intelectual. Um dosaspectos abordados foi a admis-sibilidade, em sede cível, de infra-ções fundadas em culpa. Analisou-se também, com base no dispostono art. 205 da LPI, a competência dojuiz criminal para apreciar inciden-talmente a nulidade do registro oupatente, bem como os efeitos doreconhecimento de uma eventualinvalidade.

Por fim, foi levantado o debateacerca da responsabilidade penal depessoas jurídicas e do tratamentoconferido à vítima, em termos derecebimento de multas, disponibili-dade da ação penal e possibilidadede encerrá-la por acordo. Oscomentários da ABPI procuraramenfocar as normas atualmenteexistentes e os projetos de lei emdiscussão no Congresso Nacio-nal.

Almoço mensal de janeiro será realizado em São PauloO almoço mensal de janeiro será realizado no próximo dia 17, às 12:30 horas, no Condomínio América Business

Park, Avenida Marginal do Rio Pinheiros, 5.200, no Morumbi, em São Paulo.O palestrante convidado para o evento é o Doutor Maurício Otávio Mendonça Jorge, Secretário de Política Tecnológica

Empresarial, do Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT, que falará sobre "O anteprojeto de lei de Inovação Tecnológica".Confirmações com Carmen Lima pelo telefone (21) 2532-5655 ou pelo e-mail abpi@abpi.org.br

Boletim da ABPI • 7Janeiro de 2002 • Nº 25

Comissões de Estudo

Os integrantes do Grupo deTrabalho, que tinha por escopo analisaro tratamento nacional previsto no art.2o da Convenção da União de Paris,finalizaram o exame do tema, duranteos dias 14 de novembro e 7 de dezem-bro. As conclusões destacaram que oestrangeiro pode adquirir e gozardireitos de Propriedade Industrial emtodos os países membros da CUP, sem

Grupos de Trabalho

necessidade de neles constituir filiaisou averbar seus atos constitutivos nosórgãos de registro do comércio.

Neste sentido, as únicas exigênciasque podem ser feitas ao estrangeirodizem respeito à constituição de umagente local que o represente, ou àindicação de um domicílio local (quepoderá ser o do agente, ou de algumfranqueado, distribuidor ou repre-

Entre os dias 1 de novembro e 17de dezembro, o Grupo de Trabalhosobre Indenizações prosseguiu noestudo do texto de um anteprojeto delei que incorpore as propostasconstantes da Resolução Nº. 3 da ABPI.

Estas propostas objetivam majorar

sentante) em que possa receber citaçõese intimações. O exercício de atividadesdiretas não lhe pode ser imposto.

Estas conclusões foram consubs-tanciadas numa recomendação deresolução, que, submetida ao examedos associados, do Comitê Executivo edo Conselho Diretor da ABPI, foiaprovada em 13 de dezembro úl-timo.

Grupo de Trabalho sobre “Convenção da União de Paris”

Grupo de Trabalho sobre “Indenizações”

a indenização imposta ao infrator dedireitos de Propriedade Industrial(evitando a sua equiparação aos royal-ties devidos pelo licenciado regular),bem como criar um critério alternativode cálculo, que prescinda da regu-laridade da escrituração contábil do

infrator.O anteprojeto que incorpora estas

alterações na legislação atual já foiredigido pelo Grupo de Trabalho eencaminhado para exame entre osassociados, Comitê Executivo eConselho Diretor.

No dia 22 de novembro, aComissão de Biotecnologia estevereunida, em São Paulo, no escritórioPinheiro Neto Advogados e, simulta-neamente em videoconferência, nomesmo escritório, no Rio de Janeiro.Seguindo entendimento semelhante aoda Comissão de Patentes, a Comissão,inicialmente, recomendou a rejeição daproposta de discutir os direitos depropriedade intelectual em separadono âmbito da Alca, remetendo asdiscussões igualmente para a OMC.

Esse posicionamento se deve aofato de que o TRIPS já estabelece requi-sitos mínimos de proteção desses direi-tos, sendo boa parte dos mesmos coin-

cidentes com as propostas da minutade acordo da Alca, gerando duplicida-de de disposições e incerteza jurídica.

Contudo, foi dada continuidade àreunião, objetivando o exame dos tó-picos, que na minuta inicial do acordopara implementação da Alca cuidamdos aspectos de propriedade intelectualrelacionados, de alguma maneira, àBiotecnologia. Por sugestão do Dr.Gabriel Di Blasi, as discussões foraminiciadas abordando, pela ordem: oFolclore; Acesso a Recursos Genéticose Conhecimentos Tradicionais, eObtenções Vegetais.

Além de achar necessário a defi-nição exata do significado de “folclore”,

a Comissão avaliou, entre outras coisas,que o assunto necessita de uma reuniãoconjunta com a Comissão de DireitoAutoral. Sobre os “Acessos a RecursosGenéticos e Conhecimentos Tradicio-nais”, a Comissão entende que a MP2186-16 (edição de agosto de 2001) queaborda este tema, é o texto legal no qualdeve se basear a análise do capítulocorrespondente, dentro do acordo daALCA. Quanto às “Obtenções Vege-tais”, a conclusão inicial é de que predo-mina a desorganização no texto legalda minuta desse acordo. Assim, a Co-missão decidiu analisar de forma de-talhada estes dois aspectos que serãotratados em futuras reuniões.

Comissão de BiotecnologiaCoordenadora: Dra. Maria Thereza WolffVice-coordenador: Dr. Gabriel Di Blasi

No dia 29 de novembro, aComissão de Patentes da ABPI sereuniu, no Rio de Janeiro, paraexaminar, no capítulo dedicado aosdireitos de propriedade intelectual daminuta de acordo para implementaçãoda ALCA, as questões relacionadascom patentes, modelos de utilidade,

Comissão de PatentesCoordenador: Dr. Rana GosainVice-coordenador: Dr. Antonio Maurício Arnaud

desenhos e projetos industriais,circuitos integrados e informações nãodivulgadas.

Após várias ponderações, aComissão julgou por bem encaminharao Comitê Executivo da ABPI umaminuta de resolução, preparada peloDr. Ivan Alhert, fundamentada em três

aspectos principais: os temas de inte-resse do Brasil na ALCA foramremetidos para a OMC; o PresidenteBush obteve o Trade Promotion Au-thority (fast track), o que dará agilidadeaos EUA nas negociações da ALCA e,aparentemente, o acordo, na área depropriedade intelectual, confereproteção maior do que o TRIPS.

8 • Boletim da ABPI Nº 25 • Janeiro de 2002

Boletim da

Informativo mensal dirigidoaos associados da ABPI.

Visite a versão on-line deste Boletimno sítio da Associação.

ABPI - Associação Brasileira da Propriedade Intelectual - Av. Rio Branco, 277 - 5º andar- Conj. 506 - Centro - Cep 20047-900 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil - Tel.: 21 2532-5655 - Fax.: 212532-5866 - Web Site: http://www.abpi.org.br - E-mail: abpi@abpi.org.br

Comitê Executivo: José Antonio B.L. Faria Correa - Presidente; Gustavo Starling Leonardos- 1º Vice Presidente; Ricardo P. Vieira de Mello - 2º Vice Presidente; Sonia Maria D’Elboux - 3ºVice Presidente; Adriana R. Albanez - 4º Vice Presidente; Lélio Denicoli Schmidt - DiretorRelator; Lilian de Melo Silveira - Diretora Editora; Manoel J. Pereira dos Santos - DiretorSecretário; Luis Fernando Ribeiro Matos - Diretor TesoureiroConselho Editorial: Clóvis Silveira, Ivan B. Ahlert, José Roberto d'Affonseca Gusmão, Liliande Melo Silveira, Otto B. Licks.Boletim da ABPI: Editora - Lilian de Melo Silveira; Produtor Gráfico - Roberto C. O. Paes;Jornalista Responsável - Emílio Ipaves (MTb: 15.890); Produção Gráfica: Editora Writers Ltda;Impressão e Acabamento - Gráfica De’Sá.

Notícias

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Nos dias 5 e 7 de dezembro de2001, aconteceu em São Paulo a 1a

Conferência Pan Americana do LES, aqual, nas palavras do Dr. Raul Hey,presidente-eleito do LES Brasil para2002-2003, “foi soberba”, frisando queas sessões plenárias e workshopsmostraram alto nível tanto por partedos palestrantes, quanto da audiênciaque teve participação ativa nos de-bates. Segundo ele, a importância doevento pode ser medida pela extensacobertura dada pela imprensa, comartigos e reportagens em todos os maisimportantes jornais do País.

O evento foi precedido por umCurso de Licenciamento proferidopelo Dr. Gabriel Leonardos, Presidentedo LES Brasil e sócio de Momsen,Leonardos & Cia. e pelo Dr. LuizHenrique Amaral, sócio de Danne-mann, Siemsen, Bigler & IpanemaMoreira. A cerimônia de aberturacontou com a presença do Sr. ThierrySueur, presidente do License Execu-tives Society International (LESI), do

Apresentações de alto nível marcarama Conferência Pan Americana do LES

Dr. Gabriel Leonardos, e represen-tantesde diversas entidades no campo daPropriedade Intelectual, inclusive opresidente da ABPI, Dr. José Antonio B.L. Faria Correa, bem como membros doGoverno do Estado de São Paulo.

Na palestra de abertura, o Dr. PeterDirk Siemsen, sócio sênior de Danne-mann, Siemsen, Bigler & IpanemaMoreira, abordou as “Perspectivas parao Licenciamento na América Latina”.Para o Dr. Raul Hey, também merecedestaque a excelente apresentação feitapelo Sr. Adrian Otten, Diretor dePropriedade Intelectual da OrganizaçãoMundial do Comércio (OMC), sobre arenegociação de TRIPS; e a discussãodos aspectos de propriedade intelectualdo Acordo de Livre Comércio para asAméricas (ALCA), pelo Prof. IstvanKasnar da Fundação Getúlio Vargas, naqual fez uma análise detalhada dospaíses envolvidos, do ponto de vistaeconômico.

Os workshops trataram de Licencia-mento e Internet, Comércio Eletrônico,

Publicação Eletrônica de Obras, Entre-tenimento Eletrônico; Indústria Farma-cêutica; Licenciamento em Com-panhias Recentemente Privatizadas; eAspectos Legais de Contratos.

A Conferência foi encerrada comum jantar no National Club de SãoPaulo, patrocinado por diversosescritórios de propriedade intelectualbrasileiros. “Foi um momento agradá-vel de confraternização e, por que não,de networking, que é um dos aspectosimportantes do LES”, avalia o Dr. RaulHey.

Apesar do elevado conteúdo, oencontro não contou com o número departicipantes esperado. Segundo o Dr.Raul Hey, o planejamento da Confe-rência começou há quase dois anos,sendo levado a cabo da maneira usual,como qualquer outra conferênciainternacional, com os problemasnormais e esperados que sempreaparecem neste tipo de atividade.Entretanto, o colapso econômico naArgentina e os trágicos eventos de 11de setembro nos Estados Unidos,minando a confiança nas viagens aé-reas, reduziram em muito o número departicipantes. Palestrantes desde hámuito tempo confirmados desistiramno último minuto e precisaram sersubstituídos.

A despeito dos cancelamentosinesperados, o Dr. Raul Hey lembra quequatorze países foram representadosna Conferência que contou ainda coma presença dos Presidentes do LES Ar-gentina, Sr. Fernando Noetinger, e doLES México, Sr. Oscar Becerril. Ao quetudo indica, a 2a Conferência PanAmericana será realizada na Cidade doMéxico, em 2003. “Temos de aguardara confirmação por parte de nossoscolegas mexicanos,” explica o Dr. RaulHey.

Foto: Paulo Sergio Gouvêa Rego

Durante arealização da 1ªConferência PanAmerecina do LES,o Dr. GabrielLeonardos, naocasião presidentedo LES Brasil,falou aosparticipantes doencontro.

Almoço de confraternização

Ao tomar posse, em dezembro de 1999, neste mesmolugar, citei, em meu discurso, uma passagem de JeanCocteau , que dizia:

“(O) mapa de nossa vida vem dobrado de tal modoque nós não vemos uma única e grande estrada que oatravessa, mas, apenas, na medida em que ele vai-seabrindo, sempre uma pequena estrada nova. Nósacreditamos ter a escolha mas, na realidade, não a temos.”

Nestes dois anos de mandato, este mapa mostrou-meinúmeras estradas, e nelas encontrei grandes amigos queme ajudaram a superar as dificuldades que foram surgindo,e que não foram poucas. Com eles, andei pelas novasestradas que foram brotando na linha do tempo e nelascaminhamos juntos na ampliação do edifício da ABPI.

Há muito trabalho pela frente, porque a ABPI se destinaao estudo de um domínio do Direito que, hoje, se caracterizapor uma dinâmica delirante, cada vez mais exigindo denós.

Guy de Maupassant, em um conto de cunho fantásticochamado “Quem sabe?”, narra a história de um homemque, ao chegar em casa, à noite, tem uma visão aterrorizante:seus móveis, utensílios e objetos pessoais ganham vida e,abrindo a porta, saem, um a um, esvaziando seu mundo.Liderados pelo piano, que já tem pezinhos naturais,libertam-se os sofás, as cristaleiras, as cadeiras, poltronase, enfim, todos os papéis do atônito personagem.

Algo semelhante se passa na propriedade intelectual.Todos os institutos jurídicos desse campo do direito, frutodo abalo sísmico que sofreram nos últimos anos do séculoXX, com a revolução tecnológica, abandonaram seuscânones, como o rio que deixa o seu leito, e flutuam, sendoredimensionados por tratados internacionais que nãocessam de despontar e mal cabem em legislações cujo atode promulgação se transforma, ao mesmo tempo, ematestado de óbito.

O piano de Guy de Maupassant é o instituto do direitode autor, que também tem seus pezinhos naturais e, sendoo mais mutável dos institutos, flerta com qualquer novofenômeno que busque enquadramento jurídico. E tudocomeçou com o “software”, que o direito de autorhospedou em sua casa, sob protestos mundiais, entre asdécadas de 70 e 80 do século passado.

O desafio da ABPI, neste momento, é acompanhar oandamento “presto” e, em breve, “prestissimo” dainacabável sinfonia da propriedade intelectual. Para isso,é preciso, constantemente, rever os seus instrumentos eajustá-los à realidade que se vai plasmando no dia a dia,como o mapa de Jean Cocteau, que se abre no curso dotempo.

Essa é a parte essencial do trabalho que temos à frente:modernizar, cada vez mais, a ABPI, sem, jamais, perder-lhe a essência e a memória, valorizando todas as suas

conquistas e as pessoas, ainda entre nós ou que já se fo-ram, que nela e por ela trabalharam e ainda trabalham.

Continuo contando com todos, para que eu possa darseguimento a esse trabalho: realizar a vocação da ABPI,que é uma entidade de cunho científico, mas cujo trabalhodeve traduzir-se em propostas concretas, no sentido deaprimorar o tratamento da propriedade intelectual no País.A causa finalis é o aperfeiçoamento do sistema depropriedade industrial e intelectual e, assim, esse trabalhoserve, em última análise, ao empresariado. A ABPI é,portanto, um instrumento valioso para o empresário, quedeve tomar consciência do caráter essencial de um sistemaadequado de proteção às suas criações e aos seus sinais deidentificação no mercado nacional e internacional.

Pois que esta entidade, gentilmente, me reelegeu,estando de acordo, presumo, com o trabalho da minhaDiretoria, não me constranjo em repisar, sem temer censurade falta de originalidade, a frase de Umberto Ecco que euanteriormente citei, extraída de sua novela “O Nome daRosa”:

“monasterium sine libris est sicut civitas sine opibus,castrum sine numeris, coquina sine suppellectili, mensasine cibis, hortus sine herbis, pratum sine floribus, arborsine foliis...”

(um mosteiro sem livros é como uma cidade semrecursos, um quartel sem tropas, uma cozinha semutensílios, uma mesa de jantar sem comida, um jardim semplantas, um campo sem flores, uma árvore sem folhas...)

Uma criação no campo industrial, por mais engenhosaque seja, esvazia-se como ferramenta para o crescimentoda empresa na medida em que não é valorizada por umadequado mecanismo jurídico de proteção. Assim, énecessário zelar pela manutenção das conquistas jurídicasno campo da propriedade intelectual e pela constanterevisão das normas que regulam essa área do Direito e aABPI tem essa vocação, já plenamente demonstrada, porexemplo, nos trabalhos de discussão e votação do projetoque gerou a atual lei de propriedade industrial.

Nosso propósito, em última análise, é tornar a ABPIcada vez mais ativa na sua missão de promover apropriedade intelectual no País, realizando seminários,participando de debates, dialogando harmonicamente comas várias instituições governamentais e organizaçõesprivadas que tratem de questões que tenham implicaçãocom a propriedade intelectual, e mantendo, como um dosseus principais instrumentos, a sua Revista, hoje umareferência não só no Brasil como em outros países,repositório de artigos citados como fonte doutrinária peloJudiciário e o Boletim, que se firmou, nestes dois anos, comoindispensável meio de comunicação entre nós.

Era o que eu tinha a dizer.

José Antonio B. L. Faria CorreaRio de Janeiro, 13 de dezembro de 2001

Íntegra do discurso do presidente da ABPIno Country Club do Rio de Janeiro

Este encarte é parte integrante do Boletim da ABPI nº 25 - Janeiro de 2002