bloco k entrevista tânia gurgel

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Natal - RN | Ano I | Edição 1 | 2016 www.quorumsolucoes.com.br TÂNIA GURGEL COMENTA SOBRE O BLOCO K E O IMPACTO NA SUA GESTÃO C ONTABILIDADE EM REVISTA A TRANSFORMAÇÃO DA CONTABILIDADE A TRANSFORMAÇÃO DA CONTABILIDADE PARA O MUNDO DIGITAL PARA O MUNDO DIGITAL A TECNOLOGIA PARA MELHORAR O AMBIENTE DE NEGÓCIOS DO RN ERIVAN RELATA OS 55 ANOS DO CURSO DE CONTABILIDADE NA UFRN O PRESIDENTE JOÃO GREGÓRIO FALA SOBRE EDUCAÇÃO CONTINUADA JUCERN HISTÓRIA CRC/RN Quorum Contabilidade.indd 1 08/11/2016 17:38:10

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Natal - RN | Ano I | Edição 1 | 2016

www.quo rumso l u coe s . c om . b r

Tânia GurGel comenTa sobre o bloco K e o impacTo na sua GesTão

C ONTABILIDADE EM REVISTA

A trAnsformAção dAcontAbilidAdeA trAnsformAção dAcontAbilidAdepArA o mundo digitAlpArA o mundo digitAl

a tecnologia para melhorar o ambiente de negócios do rn

erivan relata os 55 anos do curso de contabilidade na uFrn

o presidente João gregório Fala sobre educação continuada

JUCERN históRia CRC/RN

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4

xxxxxxxxxx

artigos

10Tania GurGelBloco K, qual o

impacto na gestão?

20marconi brasilA NFC-e e a modernização

do varejo no Brasil e no RN

24roberTo DiasContador 4i: a quarta Onda

nos Negócios Contábeis

30JuscileiDe FerreiraResgate de ações e valores

34marcelo Dos sanTosInovação Disruptiva: quatro

formas de gerar valor no

escritório contábil?

42 marco anTonioUtilização indevida do

celular no trabalho

editorial

4

marcos Dantas

As oportunidades multiplicam-se à medida que são agarradas (Sun Tzu)

A responsabilidade de envolver empresas, instituições e pessoas para produzir informação e conhecimento não é tarefa das mais fáceis, mas, para nós, é um prazer permanente fazer com que terceiros sejam beneficiados com conteúdos atualizados e com segurança.

Pensando nisso, a Quórum Soluções, uma empresa com mais de 15 anos de atuação comprometida com a informação e capacitação de pessoas para o crescimento profissional, enxergou essa grande oportu-nidade no mercado, editando esta publicação especializada para o pú-blico contábil e empresarial.

Com a evolução tecnológica dos aplicativos e as importantes alte-rações na legislação, podemos assegurar que os profissionais da con-tabilidade foram os que mais absorveram essas novidades nos últimos 10 anos, inclusive impactando em todas as empresas associadas, sejam de pequeno, médio ou grande porte. E por que não dizer na sociedade como um todo.

Nesta primeira edição, destacamos temas relevantes, tais como a iniciativa pioneira da Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Norte (Jucern) com o Escritório do Empreendedor, que reúne, em um mesmo espaço físico, os diversos órgãos responsáveis pela legaliza-ção e orientação das empresas. Enfatizamos ainda a atuação do Conse-lho Regional de Contabilidade (CRC-RN) na valorização profissional e educação continuada, como também artigos de Tânia Gurgel e Roberto Dias Duarte, renomados especialistas com destaque a nível nacional.

Assim, a QUORUM EM REVISTA deseja a todos uma excelente lei-tura e nos encontraremos na próxima edição.

Atenciosamente.Marcos DantasDiretor

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> Quorum em Revista <6

sumário índice

Fotografia Demis Roussos, Diógenes Vasconcelos e aRquiVos pessoais

Revisão angélica Fonseca

DiagramaçãoTeRceiRize (84) 3211-5075

[email protected]

ComercialmaRcos DanTas Fone:(84) 99981-5755

ImpressãounigRáFica

As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da Revista

DiretormaRcos DanTas

EdiçãoJúlio Rocha

expediente

EndereçoRua Villa Lobos, 3377 - Candelária - Cep: 59.065-440 -

Natal/RNTels:l. (84) 99981-5755(TIM) 4141-4131

Site: www.quorumsolucoes.com.br

12 Jucernentrevista com sâmya bastos

34Dicas De GesTão coloque um tubarão no seu próprio aquário

22

14crc-rn entrevista com o presidente João Gregório Júnior

seGurança DiGiTalcomo se proteger contra o sequestro de dados DepoimenTos

clientes da Quórum soluções falam sobre capacitação

32

Dem

is R

ouss

os

C O N TA B I L I DA D E E M R E V I STA

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índice

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> Quorum em Revista <10

bloco K: o que é?O Bloco K é um novo bloco de informações a

ser entregue mensalmente dentro do arquivo da EFD (Escrituração fi scal digital) do IPI/ICMS, o também chamado SPED Fiscal.

Nesse bloco, o contribuinte precisa apresentar todas as movimentações do processo produtivo, ou de compra e venda no caso de atacado, assim como as demais movimentações que impactam no estoque da empresa; além de apresentar o sal-do quantitativo de estoque de todos os insumos e produtos.

O fi sco, também, terá mais controle sobre as baixas por perda, roubo, perecimento dentre ou-tros, os quais com certeza impactam na apura-ção dos impostos, sejam eles do direito do crédito como do estorno quando a mercadoria não tiver saída subsequente.

Importante destacar que atualmente o fi sco já tem as informações do estoque que são transmi-tidas por meio do bloco H, e a movimentação dos materiais pode ser feita eletronicamente pelas informações da Nota Fiscal Eletrônica Nfe.

Você deve estar se perguntando de que manei-ra o fi sco controla, pela nota simples, pelo EAN, o Código de Barra do Produto. Isso mesmo, confor-me o ajuste SINIEF 16/10, publicado em dezem-bro de 2010, desde 1º de julho de 2011, tornou-se obrigatório o preenchimento do código de barras dos produtos no campo referenciado na nota fi s-cal eletrônica. Dessa forma, os campos cEAN e cEANTrib devem conter o código de barras com o GTIN (numeração global do item comercial) quando o produto comercializado possuir essa codifi cação. Mesmo não sendo o fabricante, se o produto comercializado possuir código de barras com GTIN, deve ser informado na nota fi scal ele-trônica.

Quando começa a obrigatoriedade de entrega do bloco K?

Para janeiro de 2017, fi cam obrigadas a entre-gar essas informações as empresas com fatura-mento superior a R$ 300 milhões e com CNAEs industriais (de 10 a 32). Além disso, é obrigatório para empresas do Recof ou regime alternativo.

Para o ano de 2018, é indispensável às empre-sas com faturamento superior a R$ 78 milhões.

Para 2019, o restante das empresas.Quais os impactos e preocupações com a im-

plantação dessa nova obrigatoriedade? Quem ganha ou perde nesse cenário?

Impacto operacional: uma vez que os sistemas ERP não estão preparados para gerar as informa-ções no leiaute solicitado pelo Fisco, muitas em-presas não possuem a integração das informa-ções em uma única plataforma, muitas precisam contar com um módulo fi scal para complementar e realizar a geração das informações consolida-das, ai vem o questionamento, todos os dados es-tão alinhados?

processos internos: O problema começa desde o cadastro completo do produto e sua movimen-tação, pois esses processos não são centralizados em uma única área de gestão, e sim por diversas outras áreas (como Engenharia, Produção, Cadas-tros, Compras, Custos), assim o treinamento e ca-pacitação de todos envolvidos e importante, pois todos terão que se adaptar a gestão em real time para que possam reportar as informações de for-ma adequada.

Falta de contagem dos estoques, inventário por amostragem todos esses processos precisam ser revistos.

risco tributário: Hoje há esse risco com as in-formações do Bloco H, mas com a implementação do Bloco K, o Fisco poderá criticar o saldo quanti-

artIGo

Bloco K, qual o impacto na gestão?

artIGo

tÂnIa GurGEL

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> Quorum em Revista < 11

tativo de estoque dos insumos e produtos controlados pela empresa, tanto internamente como o estoque em poder de terceiros. Todas as movimen-tações que impactarem o sal-do desses insumos e produtos devem ser apresentados no SPED Fiscal, nos dois Bloco H e Bloco K, e conciliados.

A empresa corre risco de perder seus benefícios fiscais?

Claro que sim, pois a maior parte dos benefícios fi scais uti-lizados pelas empresas são ba-seados em informações de pro-dução, compra e venda, sejam: Drawback, Reintegra, FCI entre outros. Caso as informações entregues no Bloco K e Bloco H estejam incoeren-tes com esses benefícios, a empresa corre o risco de perdê-lo ou sofrer autuações.

Quais são os pontos positivos?Sempre menciono, se o Fisco sabe o quanto

você comprou e vendeu e, através de parâmetros do mercado, seu lucro, por que você também não tem isso em real time?

Dessa forma, destaco que o Bloco K tem se mostrado uma ótima oportunidade para a em-presa implementar mudanças de controle sobre o processo produtivo e eliminarem os “ajustes con-tábeis”. Organizar a logística de entrega, prazos de recebimento e tempo de estoques, bem como, apoiar ações de marketing.

Além, é claro, de tentar eliminar os ajustes de quantidades que muitas vezes são realizados sem lastro fi scal, fora do período de fechamento e nor-malmente impactam a formação do custo do pro-duto vendido (CPV), podendo impactar a formação do preço de venda e até mesmo o Imposto de Renda.

Fundamentalmente, o maior aspecto positivo é que o Bloco K e Bloco H exigem uma constante revisão de processos e da área fi scal de todos os insumos e produtos utilizados no processo pro-dutivo, produtos de compra e venda e, caso seja

realizado por profi ssionais com expertise em tributação, pode representar oportunidade de ganhos de créditos tributários, principalmente de ICMS, IPI, PIS e COFINS para a empresa.

Você sabe por onde começar?Contrate um serviço de con-

sultoria, ou um especialista em SPED, com interface de expe-riência nas áreas produtiva, co-mercial e fi scal. Ele preparará sua empresa, de seus fornecedores e clientes como um todo para o atendimento da obrigação.

As principais fases e ativida-des da consultoria são:

• Mapeamento e Diagnóstico:• Entendimento da obrigato-

riedade pela organização;• Compreensão das áreas chaves e mapeamen-

to dos processos e pontos de ruptura;• Elaboração da matriz de riscos e sugestões;• Identifi cação de problemas operacionais;• Gestão da Mudança;• Montagem de plano de ação e acompanha-

mento da execução;• Apoio na parametrização e geração do Bloco

K em seu ERP ou Solução Fiscal;• Suporte na resolução de dúvidas conceituais

quanto ao Bloco K.

faça já uma auditoria eletrônica de todo seu estoque:

Realize uma varredura de toda a movimenta-ção de entrada e saída dos últimos 5 anos e com-pare com as informações já repassadas ao fi sco no Bloco H. Veja se as informações dos sistemas internos estão alinhadas.

Se possível verifi que a validação do Bloco K gerado pelo sistema, realize uma validação de ponta a ponta, analisando desde a coerência entre os registros até o recálculo dos estoques declara-dos pela empresa. Para isso, a TAF CONSULTO-RIA disponibiliza dois níveis de auditoria, entre em contato.

* Tania Gurgel, Professora de Pós Graduação em diversas instituições, Contadora e Advogada Tributarista.

artIGoartIGo

é um novo bloco

De inFormaçÕes

a ser enTreGue

mensalmenTe

DenTro Do

arQuivo Da eFD

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Jucern

A tecnologia tem ganhado a cada dia mais importância nas relações empresariais e de desen-volvimento econômico, diminuin-do a burocracia e oportunizando investimentos e lucratividade. Nesse contexto, a Junta Comercial do Rio Grande do Norte (Jucern) atua de maneira integrada com os demais órgãos necessários para a abertura e legalização das empre-sas, aliando agilidade e inovação.

De acordo com a presidente da Jucern, Samya Bastos, o estado está associado à Redesim, ferra-menta que reúne os dados cadas-trais da Receita Federal do Brasil e dos diversos órgãos Estaduais e Municipais.

“Quando assumimos em 2014, a Redesim possuía apenas 20 mu-nicípios do RN integrados. Hoje já

temos 165 municípios e todos eles trabalhando com a pesquisa de viabilidade e inscrição municipal automáticas. Além da presença da Receita, emitimos CNPJ também no ato de abertura da empresa e a inscrição na Junta Comercial, e estamos com a Secretaria Estadu-al de Tributação, que emite a ins-crição estadual. O Corpo de Bom-beiros também está integrado e aquelas empresas que apresentam baixo risco recebem o laudo auto-mático. Estamos em fase final de integração, até meados de novem-bro, com o Idema para o licen-ciamento ambiental e órgãos de vigilância sanitária municipais e estadual”, detalhou Samya.

A Receita Federal faz um ranking de integração em relação à Redesim como forma de esti-

mular uma competição sadia en-tre os estados. “Estávamos em 20º lugar em 2014 e, hoje, estamos em 8º lugar com o objetivo de chegar ao topo”, ressaltou a presidente da Junta Comercial.

A Jucern também conta com o sistema Junta Digital, que permite a tramitação do processo todo ele-tronicamente a partir da abertura e da certificação digital. O que an-tes podia durar 30 a 60 dias, hoje todo esse processo está aconte-cendo, em média, com pouco mais de uma hora de duração e tempo máximo de 24 horas, dependendo do horário de entrada no sistema.

“Digitalizamos também a maioria dos nossos postos de atendimento pelo estado, facili-tando e dando agilidade ao em-presário do interior, visto que

Jucern utiliza tecnologia paramelhorar o ambiente de negócios e o desenvolvimento do Rn

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Jucern

13

JunTa DiGiTal,

permiTe a

TramiTação

Do processo

eleTrônico a

parTir Da

aberTura e Da

cerTiFicação

DiGiTal

90% dos nossos processos são de pequenas empresas e com anda-mento simples. Temos trabalhado muito na questão da capacitação, juntos aos conselhos, associações e Sebrae. A Junta Digital permite que ao invés de onze passos para a abertura de uma empresa, isso seja feito atualmente com apenas três” destacou Samya.

O Governo do Estado desem-penha a missão de criar melhores condições para o ambiente de ne-gócios. “Dentro desse planejamento concentramos em um mesmo es-paço físico, no shopping Via Direta, o Escritório do Empreendedor com todos os órgãos necessários para abertura e legalização de empresas, orientação, licenciamento ambien-tal, emissão de laudos técnicos e concessão de crédito. Em nível es-tadual, a nossa iniciativa é primei-ra no Brasil, temos integração de órgãos federais, estaduais e muni-cipais. Técnicos especializados de todos os órgãos parceiros para o melhor atendimento foram capa-citados para o trabalho integrado”, salientou Samya.

Trabalhando a simplificação dos procedimentos a cada dia, o novo programa “Fácil RN” amplia a Re-desim e facilita o processo de lega-lização das empresas, mapeando e entendendo como pode solucionar possíveis problemas para rever pro-cedimentos no intuito de melhorar o ambiente de negócios, gerar em-prego e renda.

“Damos total apoio à atividade empresarial geradora de emprego, renda e riquezas do estado. Nossa meta é atingir no ranking o pri-meiro lugar com integração dos órgãos e 100% dos municípios, além de incorporar a OAB e cartó-rio”, declarou.

Entre os dias 23 e 26 de novem-bro, Natal sediará o Encontro Na-cional de Juntas Comerciais, com presença de todos os estados, com o intuito de debater, padronizar e regulamentar todo o procedimento de forma nacional, uniformizando as regras de maneira cada vez mais célere. “Teremos também as pre-senças do ministro do Trabalho e secretário da Micro e Pequena Em-presa”, finalizou Samya.

Presidente da Jucern, Samya Bastos

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crc/rn

A atividade do profi ssional contábil é fundamental na so-ciedade atual, apesar de parecer distante da realidade de algumas pessoas. Os empresários com vi-são empreendedora enxergam o contador como um assessor im-portante para a condução de seus negócios. O Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Norte (CRC/RN), com foco na capacitação permanente e valo-rização do profi ssional, destaca que apesar do momento delica-do de crise, a colaboração de um contador é essencial para auxiliar nas ações de recuperação das em-presas e para a retomada do cres-

cimento socioeconômico. O pro-fi ssional é o intermediador entre o contribuinte e o Fisco, e exerce um papel estratégico da contabi-lidade para a gestão e sucesso dos negócios.

O presidente do CRC/RN, con-tador João Gregório Júnior, à fren-te do conselho desde 2014, en-fatiza que a preocupação com a educação continuada da categoria é uma das prioridades da institui-ção, para que o mercado disponha de especialistas qualifi cados. “En-tre 2014 e 2016, ministramos pa-lestras, minicursos e outros even-tos, trazendo profi ssionais da área que são referências no país, visan-

Conselho Regional de Contabilidade focado na educação Continuada e na Valorização profi ssionalValorização profi ssional

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crc/rn

do a capacitação do profi ssional de contabilidade do Rio Grande do Norte”, afi rmou Gregório. “Sa-bemos que hoje o mundo passa por uma turbulência na economia, momento oportuno para mostrar que somos capacitados e, nada mais adequado, do que contar com um consultor, perito, contador, au-ditor para na hora certa estar ao lado do empresário”, explicou.

O volume de eventos realiza-dos pelo setor de Desenvolvimen-to Profi ssional do CRC/RN mostra que a meta vem sendo alcançada a cada ano. De acordo com o Rela-tório de Gestão do Exercício 2014, foram realizados 66 eventos, entre seminários, encontros, palestras, fóruns, cursos e treinamentos, atendendo um público de 5.428 profi ssionais, em vários municí-pios do estado, como Natal, Mos-soró, Assú, Caicó, Currais Novos, Ceará Mirim, Pau dos Ferros, Ma-cau, João Câmara e Parnamirim. Já o relatório de 2015 aponta que foram realizados no ano passado, 52 eventos, benefi ciando 4.300 profi ssionais. Em 2015, além dos municípios atendidos em 2014, aconteceram ações também em Angicos e Nova Cruz. A maioria dos eventos é gratuito e o parti-cipante faz a doação de um quilo de alimento não perecível. O CRC cumpre sua responsabilidade so-cial, destinando o material arreca-dado às instituições de caridade.

Neste ano de 2016, antes mes-mo de acabar o ano, o número de eventos praticamente dobrou em relação ao ano passado. Até o fi -nal de outubro, foram realizadas 96 ações e ainda estão previstas - até o fi nal do ano - a realização de mais cinco. Entre elas, destaca-se o XIII Encontro Norte-rio-granden-se de Ciências Contábeis (ENCC),

o maior evento da classe contábil aqui no RN, que ocorre entre os dias 16 e 18 de novembro, no Teatro Riachuelo. Este ano, no mesmo pe-ríodo, será realizada a I Convenção Contábil Potiguar. “O XIII Encontro Norte-Rio-Grandense de Ciências Contábeis (CNCC) será umas das maiores edições do evento e, em paralelo, acontecerá a I Convenção Contábil Potiguar.

A nossa expectativa é de que mais de 1.300 pessoas participem do encontro. O ENCC vai contar com presença de grandes pales-trantes, como Eliseu Martins, um dos maiores nomes da contabili-dade”, disse João Gregório. Eliseu Martins é professor emérito da Fa-culdade de Economia, Administra-ção e Contabilidade da USP e acu-mula uma atuação plural e bons frutos conquistados pelo trabalho dedicado ao aperfeiçoamento da contabilidade no mercado de tra-balho. Ele fará a palestra de aber-tura do ENCC e explanará sobre as IFRS em relação ao seu apareci-mento, início operacional (adoção) e efeitos sofridos pelas empresas de forma crítica.

João Gregório lembra ainda que, em 2017, além da 14ª edição do ENCC, também acontecerá, em Natal, o 13º Encontro Nordestino de Contabilidade (Enecon), que contará com a presença de todos os Conse-lhos Regionais do Nordeste e repre-sentantes de outras regiões.

João Gregório prima pela trans-parência na gestão. Diante disso, o Conselho Regional de Contabili-dade do RN atende criteriosamen-te o que determina a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, que dispõe sobre os procedimentos a serem observados para garantir o acesso às informações, previsto na Constituição Federal.

a colaboração

De um conTaDor

é essencial para

auXiliar nas

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recuperação

Das empresas e

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crescimenTo

a colaboração

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crc/rn

DELEGACIAS REGIONAIS: O PROFISSIONAL DO INTERIOR MAIS PRÓXIMO AO CRC/RN

Conselho Regional de Contabi-lidade do Rio Grande do Norte dis-põe atualmente de 12 delegacias espalhadas pelo interior do estado. A mais nova unidade foi instalada recentemente em Ceará Mirim, numa solenidade ocorrida no últi-mo dia 21 de outubro. O presiden-te João Gregório empossou como titular da Delegacia do município de Ceará Mirim, o contador Luiz Antônio Pessoa de Araújo. Dessa forma, o CRC/RN já agrega as se-guintes delegacias (além de Ceará Mirim): Mossoró - delegado José Nilson Rodrigues; Assú - delega-da Morgania Cristina de Medeiros Soares; Caicó - delegado Vivaldo Miguel de Melo; Currais Novos - delegada Antonia Ivaneide Santos Nobrega; Pau dos Ferros - dele-gada Hildérica de Sena Sarmento Freitas; Macau - delegado João Possidonio de Oliveira Neto; João Câmara - delegado Gilvan Dantas; Parnamirim - delegado Francisco Rodrigues de Figueiredo; Angicos - delegado Agecy Anaximandro da Cunha Pessoa; Patú - delegado Wylker Preston Leite Batista da Costa; e Nova Cruz - delegado Val-dês Silva. As unidades regionais aproximam os profissionais con-tábeis do interior do Rio Grande do Norte à instituição, agilizando pendências e demandas, e promo-vendo capacitação profissional.

CONTADOR: FIGURA OBRIGA-TÓRIA PARA A PRESTAÇÃO DE CONTAS ELEITORAIS

AAs alterações na legislação para as Eleições Municipais de 2016 provocaram uma valoriza-ção significativa para o profissio-nal da contabilidade. A Resolução 23.463/2015 do Tribunal Superior Eleitora (TSE) determina a obriga-toriedade de um advogado e um

contador na prestação de contas dos candidatos. Eles são respon-sáveis pela elaboração do proces-so e devem assinar a prestação de contas dos candidatos a cargos eletivos. O CRC/RN teve um pa-pel fundamental na orientação e preparação dos profissionais para atender a demanda. O pre-sidente do conselho, por meio de uma portaria assinada no dia 25 de maio de 2015, instituiu uma comissão de estudo e divulgação da prestação de contas eleitoral. “Por meio das nossas Delegacias Regionais, percorremos prati-camente todo o RN, levando co-nhecimento para os profissionais sobre a matéria, além de vários outros temas e procedimentos da contabilidade”, disse Gregório.

CLASSE UNIDA, PROFISSÃO FORTALECIDA

FFazendo uma análise sobre o momento atual, João Gregório sente orgulho em concluir que a classe passa por um momento de união e fortalecimento entre as en-tidades representativas. “Agradeço a toda equipe que faz o CRC/RN, todo o envolvimento dos profis-sionais dos diversos setores, con-selheiros e apoio de toda a classe e entidades, como a Academia Norte-Rio-Grandense de Conta-bilidade, Associação dos Peritos e Auditores, Sescon e Sindcont/RN”, lembrou o presidente.

A contabilidade é uma das profissões em maior ascensão no mercado de trabalho, mas é preciso estar atento à velocidade

João Gregório Júnior, Presidente do CRC/RN

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crc/rn

aTravés Das

nossas

DeleGacias

reGionais,

percorremos

praTicamenTe

ToDo o rn,

levanDo o

conhecimenTo

para os

proFissionais

Sede do CRC do RN

das transformações tecnológicas, como também às constantes al-terações impostas pela legisla-ção. Nesse sentido, João Gregório Júnior destaca a importância da atualização profissional em um meio cada vez mais inovador. “Diante da informatização dos ór-gãos fiscalizadores, por exemplo, queremos mostrar à sociedade e ao empresariado a importân-cia de procurar um profissional capacitado, além de investir em tecnologia de ponta na empresa. O profissional, por sua vez, preci-sa da consciência de que para ge-renciar o seu cliente, é necessário também a utilização de uma boa ferramenta de gestão. Só assim o sistema operacional da empresa poderá funcionar devidamente,

controlando os custos, manten-do-se vivo e com lucratividade”.

“QUORUM CONTABILIDADE E GESTÃO”

O presidente do conselho res-salta a importância do lançamen-to da revista “Quorum Contabili-dade e Gestão” para a categoria contábil. “A publicação surge no momento oportuno, com parcei-ra de importantes instituições: CRC/RN, Secretaria de Tribu-tação do Estado do RN, Jucern, UFRN e outras, como também de grandes profissionais locais e nacionais. Trata-se de uma revis-ta com temas relevantes, atuais e que chegará gratuitamente a to-dos os profissionais com registro no CRC/RN”, explicou.

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história

Em 10 de março de 2017, o cur-so de Ciências Contábeis da Uni-versidade Federal do Rio Gran-de do Norte completará 55 anos. O departamento, a coordenação do curso e a pós-graduação estão com uma programação voltada a essa importante data, incluindo a edição de um livro e uma galeria de fotos e vídeos. A programação ocorrerá entre os dias 06 e 10 de março de 2017, culminando em um evento social de confraternização.

Essa história remonta a pri-meira escola com formato pro-fissionalizante do RN, a Escola de Comércio de Natal, posteriormen-te transformada, pelo Decreto-lei de 1943, em Escola Técnica de Comércio, cuja fundação é atribuí-da aos esforços empreendidos por uma equipe de professores, com destaque para o papel exercido por Dom Antônio dos Santos Ca-bral e o professor Ulisses Celesti-no de Gois. Este, um dos grandes pilares da contabilidade brasileira e o primeiro professor da discipli-na Contabilidade Geral.

Pelos registros, em 28 de de-zembro de 1964, a Faculdade de Ciências Econômicas, Contábeis e Atuariais foi agregada à Univer-sidade do Rio Grande do Norte, conforme delimitou o artigo 1º da Resolução nº 101/64-CONSUNI, e, em 1971, a Lei 5.702 autorizou a incorporação da Faculdade à UFRN, de acordo com a publica-ção no Diário Oficial da União do dia 16 de setembro de 1971.

Nesses 55 anos, o curso pro-porciona formação de pessoas, que atuam nas mais diversas áre-as da profissão contábil. No seio empresarial, é inegável a parti-cipação da mão de obra formada pela UFRN. O curso tem ramifi-cações nas grandes empresas de Auditoria, como Deloitte, Ernest & Young e PWC.

No contexto público, essa re-presentação é ainda mais consi-derável, com destaque a ocupação de secretarias de governo, em ní-vel estadual e municipal. Atu-almente três docentes do curso ocupam cargos de secretários, um

Contabilizando 55 anos de história do curso de Ciências Contábeis da UFRN

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> Quorum em Revista < 19

história

no executivo municipal, e dois no nível estadual, tribunal de justiça e tribunal de contas. No âmbito da UFRN, docentes do curso são os titulares da Pró-reitoria de Ad-ministração, auditoria interna e outros órgãos.

Outros profi ssionais ocuparam e ocupam cargos em importantes órgãos nacionais e internacionais, como a Secretaria Executiva do Ministério da Previdência, Mi-nistério do Planejamento, Fundo Monetário internacional, Conse-lhos de Administração de grandes empresas e Banco Central.

Grande parte da mão de obra que compõe as equipes docentes de outras instituições de ensino do Estado tem origem na UFRN, com destaque para a capacitação proporcionada pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Con-tábeis, que já titulou mais de 80 mestres e doutores ao longo da sua existência. Esse número é ainda mais expressivo se forem contabilizados todos os cursos de especialização já realizados.

O curso também representa um elo entre as instituições da classe contábil e os futuros pro-fi ssionais, pois consolida na sua formação uma aproximação dos estudantes com essas institui-ções, divulgando os valores e as conquistas resultantes da mili-tância classista.

Atualmente o corpo docente é composto por 44 professores, sendo 34 efetivos, dos quais 17 são doutores, 15 mestres e 2 especia-listas. Dos mestres, 6 estão cur-sando doutorado e um dos espe-cialistas, concluindo o mestrado. Fazem parte ainda da equipe 12 professores substitutos, dos quais apenas 3 ainda não têm mestrado, mas estão cursando.

Sobre infraestrura, o curso dis-põe de auditório e laboratórios

JunTa DiGiTal,

permiTe a

TramiTação Do

processo

eleTrônico a

parTir Da

aberTura e Da

cerTiFicação

DiGiTal

próprios bem equipados e com recursos tecnológicos importan-tes, que permitem integrar os dis-centes à prática da profi ssão.

A cada semestre é realizada uma semana de integração pe-dagógica, durante a qual a equipe discute os rumos do curso, revi-sam os planejamentos e sociali-zam suas experiências em sala. Essas atividades só demonstram o nível de qualidade que o cur-so possui e refl etem nas estatís-ticas sobre o desempenho dos formandos. Dados comprovam que a maior taxa de aprovação no exame de sufi ciência do Con-selho Federal de Contabilidade é de egressos do curso de ciências contábeis da UFRN.

Por essas e outras questões, o Curso de Ciências Contábeis da UFRN é avaliado como um dos melhores do país. Esse nível de importância é refl etido nas pro-duções técnicas e acadêmicas dos docentes e discentes, com a pu-blicação de artigos e edição de li-vros técnicos na área empresarial e governamental.

São muitas as conquistas por vir, mas pode-se afi rmar que, até este momento, o curso tem exer-cido um papel relevante na socie-dade, e o resgate histórico desse papel é apenas uma exigência na-tural desse mérito.

Erivan Ferreira Borges, Doutor

em Ciências Contábeis pela

UnB/UFPB/UFRN

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O mercado do varejo no Brasil tem reagido de forma positiva aos avanços tecnológicos propi-ciados pela era moderna, seguindo a tendência mundial como refl exo da popularização da inter-net e das tecnologias móveis, permitindo às or-ganizações constantes revisões em seus proces-sos internos com objetivo de alcançar excelência operacional e obter vantagem competitiva no mercado de atuação.

É o caso, por exemplo, dos restaurantes que aos poucos estão inserindo o cardápio digital via ta-blet e outros serviços complementares por meio do uso de tecnologias móveis. Lojas de vestuário e calçados também começam a implantar no-vidades que permitem ao cliente, com o próprio smartphone, obter informações detalhadas sobre o produto, selecioná-lo e pagar através de proces-sos digitais, tornando a experiência de compra mais agradável. Além disso, as novas tecnologias estimulam o comércio eletrônico, promovem a integração entre as lojas virtual e física, aumen-tando as possibilidades de vendas.

Nesse contexto, a NFC-e (Nota Fiscal de Con-sumidor Eletrônica), documento fi scal eletrônico implantado recentemente pelas administrações tributárias do Brasil, oferece solução tecnológica moderna baseada em internet e conectividade, conferindo simplifi cação às empresas no cum-primento das obrigações tributárias acessórias e favorecendo maior interação com o consumidor fi nal, através da consulta e validação em tempo real do documento fi scal emitido.

A NFC-e substitui o cupom fi scal impresso pelo equipamento ECF (emissor de cupom fi s-cal) e o tradicional talonário em papel (nota fi scal modelo 2) para representar as operações de ven-

da para consumidor, notadamente nas operações do varejo de mercadorias. Com o novo documento fi scal eletrônico, as empresas têm a oportunida-de de modernizar o processo de emissão do do-cumento fi scal e reduzir custos operacionais, em especial, os decorrentes da dispensa de uso do equipamento ECF e procedimentos associados, tornando, inclusive, desnecessária a homologação de software emissor do documento fi scal.

A revisão do conceito de ‘ponto-de-venda’ (PDV), o compartilhamento de impressora PDV comum – em média, 25% do custo de um ECF –, a racionalização de outros recursos tecnológicos e materiais, a padronização e uniformização do documento fi scal no país são alguns dos exem-plos de benefícios para as empresas do varejo com o uso da NCF-e. Além disso, o novo mode-lo operacional permite a adoção de tecnologias inovadoras baseadas em mobilidade - tais como smartphone e tablets - dentro do processo de ne-gócios, agregando valor aos serviços oferecidos ao cliente.

No Brasil, algumas empresas do varejo – dos mais diversos segmentos - já transformaram essa oportunidade em realidade, graças às inovações tecnológicas decorrentes do uso da NFC-e. Os co-laboradores incorporam o tablet e o smartphone como ferramentas de trabalho e usam aplicativos de vendas embarcados integrando os processos de pedido de venda, pagamento e emissão de NFC-e ao próprio sistema de gestão empresarial.

Desde 2013 implantado de forma gradual em todo o país, a NFC-e fez com que as administra-ções tributárias estaduais investissem na prepara-ção de um parque tecnológico capaz de suportar a demanda para processar e armazenar o grande vo-

A NFC-e e a modernização do varejo no Brasil e no RN

marconI BrasIL soarEs DE souza

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* Marconi Brasil Soares de Souza é mestre em administração, professor efetivo da Faculdade Mau-rício de Nassau, auditor fi scal do Estado do RN e atual como líder estadual do projeto NFC-e

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Peças e acessórios veí-culos e motos

Informática, telefonia, eletrodomésticos

Eletrodomésticos, peças e acessório de eletrônicos,

Móveis, tecidos, livrarias, material esportivo

Produtos alimentícios, bebidas e fumo

Postos de combustíveis

Farmácias, cosméticos, perfumarias, óticas

Lojas de vestuário, cal-çados, jóias

Peças e acessórios veí-culos e motos

Informática, telefonia, eletrodomésticos

Eletrodomésticos, peças e acessório de eletrônicos,

Móveis, tecidos, livrarias, material esportivo

1/Janeiro/2017 1/Abril/2017 1/Julho/2017

lume de informações. Atualmente, cerca de 300 milhões de documentos fi scais do varejo são emitidos mensalmente por mais de 200 mil estabelecimentos espalhados pelo país. A quase totalidade de unidades federadas do Brasil (26, de um total de 27) autoriza o uso, ou já sinaliza, pela adoção da NFC-e. Esses fatos corroboram o sucesso da implantação e a efe-tiva padronização e uniformização do uso do novo documento fi scal eletrônico.

No Rio Grande do Norte, a SET – Secre-taria de Estado da Tributação, órgão respon-sável pela administração tributária estadu-al, sinalizou claramente pela adoção ampla da NFC-e em substituição aos documen-tos anteriores, cupom fi scal e nota fi scal modelo 2 (talonário em papel). O decreto 26.002/2016, publicado em abril de 2016, alterou o R-ICMS/RN e instituiu a NFC-e, sua operacionalização e todos os procedi-

mentos associados. A similaridade com o modelo operacional da NF-e (utilizado na venda entre empresas) é marcante e facilita, sobretudo, a sua implantação pelos estabe-lecimentos comerciais.

Além disso, o mesmo instrumento nor-mativo defi niu os prazos de obrigatorie-dade de uso da NFC-e no RN pelo varejo e demais estabelecimentos de venda para consumidor fi nal, de forma escalonada por segmento econômico, entre janeiro e julho de 2017, como mostrado no quadro 1. Em termos práticos, signifi ca dizer que todo e qualquer estabelecimento comercial po-tiguar que realize venda para consumidor fi nal, independentemente da atividade, de-verá adotar essa sistemática no próximo ano. Exceção prevista para estabelecimento inscrito na condição de MEI (micro empre-sário individual).

As empresas podem se antecipar à obri-gatoriedade e aderir voluntariamente ao novo documento fi scal e, assim, planejar a migração do sistema de gestão, proceder com a substituição dos equipamentos ECF e passar a usufruir dos benefícios da NFC-e para o varejo. No RN, em outubro de 2016, mais de 1.800 estabelecimentos já adota-ram e aprovaram o novo modelo. Juntos, emitem cerca de 2 milhões de documentos eletrônicos por mês. A tendência é de au-

mento dessa adesão, na medida em que se aproxima o prazo para a obrigatoriedade, a partir de 2017.

Rapidamente, a NFC-e tornou-se uma realidade no país, transformando de forma positiva e irreversível a maneira de fazer varejo. Percebe-se, portanto, uma conver-gência de ações promovidas pela adoção da NFC-e e pela integração das novas tecno-logias que oportunizam a modernização do varejo no Brasil e no Rio Grande do Norte.

Principais segmentos obrigados ao uso da NFC-e no RN

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Depoimentos

GILBErto aLVEs rocHa

HuGo taIxo

LuIz antonIo

Contabilista e Bacharel em Direito, trabalhando como gerente contábil e fiscal, há 25 anos no gru-po A.Gaspar, composto pelas empresas: construto-ra A Gaspar S/A, a G Hoteis e Turismo S/A (Ocean Palace), Raros Agro Industria Produtos Aromáticos S/A, todas de lucro real e sociedades anônimas e, tendo em vista a complexidade das obrigações principais e acessórias, hoje tão absurdamente exi-gidas por parte dos entes federativos, necessário se faz estarmos sempre nos reciclando para atender estas demandas, e ,para isto, contamos com um belo oferecimento de cursos e seminários por par-te da quórum soluções, através do seu sócio o se-nhor Marcos Dantas. O Brasil vive, atualmente, uma terrível crise entre os 3 poderes, tendo como consequência disso mudanças constantes nas le-gislações, tributária, previdenciária, contábil, fiscal e societária. Contamos sempre com a Quórum So-luções, pois ela está antenada com estas mudan-ças e nos oferecendo cursos diversos ministrados por excelentes instrutores.

Contabilista, CRC-RN sob nº 3.194 SRJ, responsável pelas escri-tas fiscais das empresas do Grupo SALINOR, com Matriz no Rio de Janeiro-RJ e Filiais nos Estados de São Paulo e Rio Grande do Norte, tenho participado, juntamente com minha equipe de vá-rios treinamentos ministrados pela empresa QUORUM Soluções Empresariais, nas cidades de Natal e Mossoró, e por meio destes treinamentos fizeram com que aumentássemos os nossos conhe-cimentos das matérias relacionadas aos assuntos de ordem fiscal, tributária e contábil.

A empresa QUORUM Soluções Empresariais está de parabéns por ministrar esses treinamentos, pois tem engrandecido o co-nhecimento da classe contábil.

Sempre acreditei na dedicação, na perseverança, e assim acredito na Quorum Soluções Empresariais, como uma parceira dos contadores e dos empresá-rios, que ao longo dos anos dedicou-se a nos oferecer treinamentos, sistemas e outros produtos que auxi-liam os empresários na busca de bons resultados.

Optar pela QUORUM em seus treinamentos, é buscar se qualificar com qualidade. É um investi-mento com retorno imediato, diante da segurança em aplicar o aprendizado no dia-a-dia.

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Uberização, mobilidade, Big Data, gamifi cação, internet das coisas, indústria 4.0. O que esses con-ceitos tão frequentes no mundo corporativo têm a ver com o universo dos escritórios contábeis?

Durante o 20º Congresso Brasileiro de Contabi-lidade, que ocorreu em Fortaleza, de 11 a 14 de se-tembro, pude constatar que chegamos ao ponto de infl exão na curva de desenvolvimento dos negó-cios contábeis e que todos esses novos pensamen-tos têm convergido para uma transformação ainda mais profunda no modelo de negócios do setor.

Ao observar e analisar detalhadamente todos os expositores e prestar atenção a cada palavra dita pelas centenas de pessoas que me procura-ram para trocar ideias sobre a evolução do setor contábil, alguns fatos fi caram evidentes. O prin-cipal deles é que, por mais que os escritórios se esforcem no sentido de melhorar a sua gestão, há signifi cativa pressão pela redução de preços, acompanhada pela enorme elevação dos custos.

Muitos, inclusive, chegaram a me relatar que estavam se desfazendo de bens pessoais para cobrir o caixa do escritório, dado o cenário atual, agravado pela inadimplência oriunda da crise que se instaurou em nosso país.

Em contrapartida, alguns poucos empreende-dores da contabilidade esboçavam um largo sorri-so, traduzindo os bons resultados de suas empresas. Estes, claramente, colhiam os frutos do investimen-to constante em inovação no modelo de negócios.

Na outra ponta, a maioria absoluta dos exposito-res foi formada por empresas do setor de tecnologia da informação. Enquanto metade dos fornecedores de TI apresentavam soluções velhas para proble-mas igualmente velhos, a outra fatia trazia inova-ções como nunca antes vistas em anos anteriores.

Era como uma competição de taxímetros mais modernos contra soluções, de fato, inovado-ras, como o aplicativo Uber. Nem é preciso dizer quem chamou mais atenção, né? Acredito mesmo que boa parte das empresas do primeiro grupo não estarão no próximo Congresso.

Mas o que está acontecendo? Explico fazendo referência à mudança a que todas as atividades econômicas estão sujeitas: a Quarta Onda da Re-volução Industrial!

As primeiras ondas da Revolução IndustrialA primeira onda, no século XVIII, foi marcada

pA primeira onda, no século XVIII, foi marcada pela mudança do processo produtivo artesanal pela li-nha de produção e pela mecanização do trabalho. O setor contábil também passou por essa transforma-ção, mas em um tempo não tão distante.

Os escritórios adotaram máquinas e criaram processos para escrituração de livros contábeis e fi scais. Ainda hoje é possível conhecer essas má-quinas no Museu Brasileiro da Contabilidade, man-tido pelo Conselho Federal.

Com o aperfeiçoamento das máquinas e o uso da energia elétrica, a Segunda Onda surgiu nos Estados Unidos, ao fi nal do século XIX. Máqui-nas mais sofi sticadas e tecnologias de comu-nicação, como telefone, telex e fax marcaram alguns avanços nas organizações contábeis bra-sileiras na década de 1980.

O surgimento da informática deu início à Tercei-ra Onda da Revolução Industrial. Da mesma forma, os escritórios começaram a utilizar tais recursos a partir do fi nal dos anos 80. Grandes ganhos de pro-dutividade se multiplicaram desde então: técnicas

Contador 4i: a quarta Onda nos Negócios Contábeis

roBErto DIas DuartE

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* É professor, mentor de empresas de tecnologia e presidente do Conselho de Administraçãoda NTW Franquia Contábil

industriais de controle da produção e programas de melhoria da qualidade passaram a ser largamente empregadas, o que fez muitas organizações contá-beis conquistarem certifi cações ISO, seguindo os passos da indústria.

O mundo 4iO dilema atual é que muita gente ainda não se

deu conta de que estamos vivendo a Quarta Onda, que deu origem ao termo Indústria 4.0 ou, simples-mente, 4i. Automação extrema, hiperconectivida-de, computação em nuvem e a internet das coisas mudaram radicalmente o perfi l dos consumidores.

O tempo de espera deixou de ser medido em minutos. Alguns segundos já são sufi cientes para irritar qualquer um. Qualidade em produtos e serviços tornaram-se commodities e não é mais considerada ponto de vantagem competitiva.

A hiperinformação do consumidor e a ultra-competicão, por sua vez, criaram uma feroz con-corrência por preços. Máquinas conectadas pro-duzem informações e automatizam processos de forma inimaginável. E o cliente só consegue per-ceber valor em serviços que proporcionam uma experiência incrível e memorável.

Tecnologias disruptivas: o alicerce do Contador 4iEssa já é a realidade que vivemos nas empre-

sas (não mais escritórios) contábeis. Quem poderia conceber a ideia de um scanner que armazena os documentos em nuvem, classifi cando-os, organi-zando-os e compartilhando-os automaticamente?

E essa máquina “ïnteligente” e conectada ainda ge-rar o lançamento contábil? Esses são um (apenas um) dos usos da internet das coisas que começa-ram o movimento de disrupção no mercado.

Aplicativos, obviamente em nuvem, que conec-tam fi scos, clientes, empresas contábeis, clientes dos clientes e fornecedores dos clientes, utilizando os documentos fi scais digitais. E esses aplicativos ainda geram os lançamentos contábeis.

Contratos compartilhados entre as partes in-teressadas, assinados no próprio smartphone do signatário, com validade jurídica e fl uxo de assi-naturas e aprovações controlado automaticamen-te. E… não preciso mais guardá-los!

Sistemas de apoio à gestão, obviamente em nu-vem, usando conceitos de videogames? Tudo para facilitar a vida do usuário (que não é mais usuário, é um cliente que quer uma experiência incrível). E ainda geram os lançamentos contábeis!

Enfi m, a Quarta Onda está causando uma gi-gantesca transformação no mercado. Tanto forne-cedores de “taxímetro” quanto os “taxistas” estão entrando em declínio acelerado. Por outro lado, há empreendedores inovadores criando (ou recrian-do) modelos de negócios contábeis de altíssimo desempenho e entregando valor a seus clientes.

A questão é: você já percebeu isso? Os seus clientes, posso garantir, já estão vivendo esse novo cenário e a única alternativa para sua em-presa se manter competitiva é adaptar-se ao novo e desafi ador mundo do Contador 4i.

*Roberto Dias Duarte é professor, mentor de empresas de tecnologia e presidente do Conselho de Administração da NTW Franquia Contábil.

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atualização

A partir de janeiro de 2018, a comunica-ção entre empresas, órgãos e entidades do governo federal – entre elas Caixa Econô-mica Federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério da Previdência (MPS), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) - seguirá novos rumos.

Isso porque entra em vigor a nova obri-gatoriedade que unificará a base de recebi-mento de dados trabalhistas, previdenciá-rios e tributários, de modo que assim haja

um cruzamento de dados, bem como a eli-minação gradual de inúmeras obrigações acessórias atreladas à contratação de cola-boradores, quer seja com vínculo empre-gatício ou sem vínculo, o chamado eSocial.

A nova forma de comunicação, antes prevista como parte integrante do Pro-grama do Sistema Público de Escritu-ração Digital (Sped), agora possui portal de informações separado que foi lança-do em junho de 2013, no endereço www.esocial.gov.br.

Como se preparar para o

eSocial

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atualização

esocial não

aTinGe

somenTe um

DeparTamenTo,

mas Diversas

áreas Da

empresa

Diante do acima exposto, sa-lientamos que o eSocial abran-gerá os empregados regidos pela CLT; os empregados domésticos; os servidores públicos federais, estaduais e municipais; o traba-lhador rural; o trabalhador avulso; o trabalhador temporário; o con-tribuinte individual; trabalhador cujo contrato individual de traba-lho esteja suspenso, pela licença médica ou pelo afastamento por gozo de benefício previdenciário de auxílio doença ou de aposen-tadoria por invalidez; o cooperado e o estagiário.

Há uma grande jornada pela frente e, para perfeita adequação a esse novo cenário, é indispensável

o envolvimento de toda empresa, pois o eSocial não atinge somente um departamento, mas diversas áreas da empresa, por exemplo, Tecnologia da Informação, Re-cursos Humanos, Departamento Pessoal, Compras, Fiscal, Jurídico, Contabilidade, Segurança do Tra-balho entre outros.

Por isso, é necessário seguir alguns passos para que não haja dificuldade na implantação e ade-quação ao eSocial, desta forma, é importante primeiramente orga-nizar todos os dados do empre-gador e dos empregados, a fim de evitar riscos trabalhistas e autua-ções do Ministério do Trabalho e Emprego, do INSS e da Receita Fe-

deral, ou seja, revisar os cadastros dos empregados com relação à consistência do cadastro existen-te no banco de dados do CNIS – Cadastro Nacional de Informações Sociais versus CPF – Cadastro de Pessoa Física).

Em segundo lugar, é muito importante a verificação do cor-reto preenchimento dos laudos ambientais e condições de riscos (PCMSO – Programa de Contro-le Médico de Saúde Ocupacional; PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais; e o PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário).

A respeito do risco de autua-ção pelas empresas sobre a carga tributária, recomendo a realização

O que é o programa eSocial?O eSocial – Sistema de Escritu-

ração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas – é uma ferramenta eletrônica desen-volvida pelo Governo Federal, insti-tuída pelo Decreto nº 8.373/2014, que sistematiza, por meio de um canal

único, as informações fiscais, pre-videnciárias e trabalhistas de todos os empregados, tendo por finalidade padronizar sua transmissão, valida-ção, armazenamento e distribuição, constituindo-se em um ambiente nacional, importante frisar o artigo 2º desse Decreto que menciona:

“Art. 2º O eSocial é o instrumento de unificação da prestação das infor-mações referentes à escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas e tem por finalidade padronizar sua transmissão, validação, ar-mazenamento e distribuição, constituindo ambiente nacional composto por:I - escrituração digital, contendo informações fiscais, previdenciárias e tra-balhistas;II - aplicação para preenchimento, geração, transmissão, recepção, validação e distribuição da escrituração; eIII - repositório nacional, contendo o armazenamento da escrituração.§ 1º A prestação das informações ao eSocial substituirá, na forma disciplina-da pelos órgãos ou entidades partícipes, a obrigação de entrega das mesmas informações em outros formulários e declarações a que estão sujeitos:I - o empregador, inclusive o doméstico, a empresa e os que forem a eles equiparados em lei;II - o segurado especial, inclusive em relação a trabalhadores que lhe pres-tem serviço;III - as pessoas jurídicas de direito público da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; eIV - as demais pessoas jurídicas e físicas que pagarem ou creditarem por si rendimentos sobre os quais tenha incidido retenção do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF, ainda que em um único mês do ano-calendário”.

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de um estudo acerca da incidência de FGTS, INSS, IRRF, Contribuição Sindical, das rubricas (verbas tra-balhistas), principalmente se tem discussão na esfera judicial ou ad-ministrativa sobre determinada verba, pois o sistema não avisará se a correlação de incidência está cor-reta ou não, mas com certeza esse será um dos pontos primordiais de cruzamento da fiscalização.

Neste artigo não daria para re-tratar todos os pontos de atenção e alertas sobre o eSocial. Assim, é evidente que a capacitação da equipe também será outro pon-to crucial para prevenir o envio de informações erroneamente aos órgãos competentes. O eSo-cial transporta para o ambien-te digital obrigações que já são cumpridas pelas empresas atu-almente, entretanto, existem no-vas informações cadastrais sobre funcionários que passarão a ser obrigatórias, segundo previsto no layout do sistema.

Não tenho dúvida de que o eSocial não é só uma revisão dos processos nas empresas, mas também uma mudança cultural. Isso porque softwares só apoiam processos. Se a empresa trabalhar com automatização de processos errôneos, o fisco seja informado mais rapidamente dos erros co-metidos pela empresa, mas com um detalhe muito importante: riqueza de provas e detalhes das informações.

Em resumo, se hoje você não cumpre as normas da CLT (Con-solidação das Leis do Trabalho), com o eSocial você informará isso mais rapidamente ao Fisco.

A expectativa é de que as obri-gações acessórias hoje existentes diminuam em médio prazo. Con-tudo, neste primeiro momento, empresas, contabilistas e demais envolvidos estão se adaptando

às atuais e às novas exigências, como recentemente foi disponi-bilizado o manual da versão 2.2 e seus layouts. Esse material deve ser analisado com muito carinho, pois parece a implantação será morosa, porém, digo-lhes que a contagem regressiva já começou há muito tempo.

Um grande ganho com esse sis-tema é para o trabalhador, princi-palmente o autônomo, pois terão no sistema eletrônico as informa-ções já inseridas no Cadastro Na-cional de Informação Social (CNIS), o que facilita a vida do trabalhador quando, por exemplo, necessita da concessão de um benefício do INSS. Antes, ele tinha que, dife-rentemente do trabalhador com carteira assinada, provar vínculo de prestação de serviço e guardar documentos utilizados na época. Com esse novo modelo, esses pro-fissionais também poderão fiscali-zar o próprio cadastro, evidencian-do as prestações de serviço.

Já para os funcionários, o go-verno espera que o eSocial per-mita aos próprios trabalhadores “fiscalizem” se as empresas estão cumprindo as obrigações, como o depósito do FGTS, e tenham mais facilidade para a elaboração de provas para concessão de bene-fícios previdenciários. Da mesma maneira, as empresas terão como comprovar de forma mais fácil que estão em dia e não devem nada aos colaboradores.

O eSocial faz com que a rela-ção entre empregados e empre-gadores seja mais transparente.

Muitos questionam as multas específicas do eSocial, eu sempre menciono que, como nesse siste-ma há interface de dados com 5 (cinco) órgãos envolvidos no pro-jeto, se houver omissão ou erro de informação, a empresa poderá ser autuada pela mesma informação por mais de um órgão no caso de ter previsão legal para esse dado omisso, fora de prazo ou errado, por exemplo, falta de registro do funcionário quando do início da prestação de serviço.

Como todas essas informações são transmitidas online, ressalta-mos que todos os arquivos serão no formato XML, implicando em cada evento corresponder a um ar-quivo, e a folha de pagamento será desmembrada por trabalhador, em outras palavras, se a empresa tem 100 funcionários, no mínimo, se-rão transmitidos 100 arquivos.

Por fim, voltando às obriga-ções acessórias, vale destacar que o eSocial substituirá uma série delas, sejam o livro de registro de empregado, a folha de pagamen-to, a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), o perfil profissio-gráfico previdenciário, o arquivos eletrônicos entregues à fiscaliza-ção (Manad), o termo de rescisão e formulários do seguro desem-prego, a Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdên-cia Social (Gfip), a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e a De-claração do Imposto de Renda Re-tido na Fonte (Dirf).

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JuscILEIDE FErrEIra

Resgate de ações e valoresFalar da Academia Norte-Rio-Grandense de Ci-

ências Contábeis (ACADERNCIC) signifi ca homena-gear seu fundador e o patrono da contabilidade poti-guar, o Professor Contador Ulyssis Celestino de Góis.

A Academia iniciou as atividades no dia 16 de julho de 1977, por idealização do grandioso mestre Ulyssis, que se associou aos 39 jovens fundadores em prol do desenvolvimento dos aspectos práti-co e científi co da contabilidade.

Trata-se de uma instituição estadual, sem fi ns lucrativos ou econômicos, com prazo indetermi-nado e sede, em Natal-RN, na Praça André de Al-buquerque, nº 04, sala 01- Cidade Alta, prédio do Sindicato dos contabilistas no Estado do RN.

Possui por objeto a valorização educacional e cultural, a imagem, desenvolvimento e estímulo ao conhecimento fi losófi co, científi co e tecno-lógico das Ciências Contábeis, inclusive na ação socioambiental. Visando a cumprir seu escopo abrange todos os aspectos educacionais e cultu-rais, de comunicação, difusão e informação ao fi el cumprimento de seus objetivos.

As 40 cadeiras da ACADERNCIC estão ocupa-das por membros fundadores e efetivos, conta-bilistas brasileiros e bacharéis em Ciências Con-tábeis de mérito reconhecido, domiciliados nesta capital ou em outros municípios do RN, patroci-nados por nomes que se destacam no Brasil pelo exercício profi ssional da contabilidade, magisté-rio ou em atividades afi ns.

Sendo uma instituição com 39 anos de exis-tência, registra-se que ela, após o falecimento do professor Ulyssis, em dezembro de 1990, passou por um período de 20 anos em silêncio. Retornou suas atividades no dia 06 de maio de 2010, por ocasião de um fórum no Auditório da Reitoria da Universidade Federal do RN que abordou a temá-tica, Academia Norte-Rio-Grandense de Ciências

Contábeis: uma busca através dos tempos. Projeto de responsabilidade do Departamento de Ciências Contábeis – UFRN, encabeçado pela professora Márcia Chacon, com a colaboração da contadora Jucileide Ferreira Leitão.

Após esse resgate, a instituição destaca-se pelo cumprimento do seu objetivo social, mediante a realização de cursos e divulgação da história con-tábil potiguar. Por essa ótica, torna-se capacitadora do programa de educação continuada do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por meio da reali-zação de inúmeros eventos. Vale destacar, o Fórum Internacional da história contabilística: Portugal – Brasil, ocorrido no dia 13 de julho de 2013, em Natal/RN; além dos eventos voltados à discussão da internacionalização da contabilidade nos exer-cícios de 2014 e 2015. Em 2016, concretizaram-se inúmeras ações que receberam pontuação do CFC: 1- IFRS aplicadas às pequenas e médias empresas – de Mossoró, Caicó e Natal; 2- Auditoria voltada às Normas Internacionais – Natal; 3- Contabilidade aplicada ao setor público – Natal; e 4- Cursos de pe-rícia com visão teórica e prática –Mossoró e Natal.

Para a divulgação da história contábil potiguar, criou-se o Memorial Contador Professor Ulyssis Celestino de Góis, resultado de uma parceria com o Conselho Regional de Contabilidade do RN-CR-CRN e o SINDCONTRN, e aberto para visitação da sociedade contábil potiguar na sede do Sindicato dos Contabilistas no Estado do RN.

O lemático da Academia está representado pelo “Ad Augusta Per Augusta”, que signifi ca: Vai--se a coisas grandiosas, por meio de coisas gran-diosas. Nesse contexto, percebe-se que a história representa a trajetória cultural de um povo, de uma categoria. E assim, apresentam-se as novas gerações à linha do tempo da profi ssão contábil em nosso Estado.

* Presidente da Academia Norte-Rio-Grandense de Ciências Contábeis (ACADERNCIC)

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segurança

Como se proteger contra o

em computadoressequestro de dados

É extremamente comum a ocorrência de incidentes, onde empre-sas (de grande, médio e pequeno porte) são afetadas pelo sequestro de dados informáticos. Esta modalidade de crime se baseia na in-disponibilidade ao acesso legível de arquivos às vítimas, com base em tecnologia que visa o embaralhamento (criptografia) do conteúdo destes respectivos arquivos. Nestes casos, o responsável pelo ataque, solicita um valor financeiro, visando o fornecimento de código que promete o retorno do acesso aos respectivos arquivos afetados. Este tipo de ataque aos sistemas informatizados também se denomina Ransomware (que do inglês significa sequestro de dados).

Por Marcelo Lau

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segurança

Dentre estas empresas afetadas por um Ransomware, estão estabele-cimentos comerciais e empresas de contabilidade, dentre outras empresas, que detêm dados de seus respectivos clientes. A área de TI (Tecnologia da Informação) ou área de informática, nada podem fazer para o restabeleci-mento destes dados, quando a empre-sa vitimada não possui medidas mí-nimas em Segurança da Informação.

Os dados mais importantes, afeta-dos por este tipo de ameaça, são ban-cos de dados e arquivos atrelados à produtividade como planilhas, docu-mentos textuais, pois o sequestro de dados visa indisponibilizar arquivos de forma seletiva, visando o compro-metimento de arquivos mais impor-tantes às empresas.

Algumas medidas podem e devem ser adotadas, visando a redução de riscos de uma empresa a este tipo de ameaça, onde se destaca em primei-ro lugar a identificação de todos os arquivos críticos à empresa (mesmo os arquivos mais antigos que possam vir a ser requeridos por necessidades técnicas, operacionais, legais, dentre outros motivos). Uma vez identifica-dos tais conteúdos, recomenda-se a adoção de realização de cópia de se-gurança (também denominado como backup), que tem como objetivo sal-vaguardar em local seguro tais infor-mações. Para que estas ações sejam realizadas com sucesso, espera-se que seja adotado um processo, alinhado a tecnologias que permitam a realiza-ção de cópias de segurança em mídia, sendo esta salvaguardada em local seguro (com acesso restrito à mesma) e preferencialmente externo às insta-lações do local onde residem os dados da empresa. Se tem casos de compro-metimento de dados pelo sequestro de arquivos, onde a empresa afetada contava com backup, entretanto o mesmo se encontrava conectado em sistemas afetados pelo Ransomware. Nesta condição, infelizmente, os da-dos salvaguardados também tinham

sido comprometidos pelo atacante.Outra preocupação atrelada à esta

ameaça, está relacionada à forma que o Ransomware atinge sistemas e ar-quivos na empresa. É comum que tal ameaça venha a afetar um compu-tador e por meio deste comprometi-mento, demais outros computadores sejam afetados em sequência, portan-to a velocidade de identificação des-ta ameaça determina a extensão de computadores e dados afetados pelo sequestro de dados.

Neste ponto, é recomendado que empresas sejam cautelosas ao uso de mídias removíveis como pen drives, que consiste em um dos vetores de in-fecção de computadores por este tipo de ameaça (mesmo que um antivírus esteja instalado e em funcionamento no computador). Além disto, é im-portante que o acesso à internet seja devidamente controlado por tecnolo-gias que realizem a filtragem ao aces-so à sites, pois isto reduz a probabili-dade de infecção do computador em função do acesso indevido à algum link que leve a vítima ao download do Ransomware. Algumas restrições ainda complementares podem ser realizadas, desde que os profissionais de TI ou a área de informática tenha habilidade em “blindar” o ambiente, reduzindo a propensão de ocorrências indesejáveis como estas, atreladas ao sequestro de dados.

Independente destas ações aqui recomendadas, ainda se torna impres-cindível a orientação dos usuários de computadores sobre os riscos atrela-dos ao sequestro de dados e respecti-vas boas práticas que podem vir a ser adotados. Estas ações são denomina-das como conscientização, e esperam que as orientações disseminadas aos funcionários possam não só impedir eventos indesejados como este, mas também serve como elemento de alerta, caso alguém possa identificar uma potencial ameaça que possa vir a comprometer os dados e as respecti-vas informações.

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marcELo Dos santos

Inovação Disruptiva: quatro formas de gerar valor no escritório contábil?

Como você, contador, quer ser percebido pelo mercado e por seus clientes? Você quer ser vis-to como um empresário que busca a inovação na contabilidade ou prefere manter-se na zona de conforto, sem grandes diferenciais em meio à concorrência? Basta ver o que está acontecendo em diversos segmentos: a queda das livrarias tra-dicionais, com o advento da Amazon e seu mo-delo de e-commerce seguido em todo o mundo; o fi m da era PC (computadores pessoais), com a disseminação e o aumento do poder de proces-samento dos smartphones; até a reviravolta da indústria de táxis, com a chegada do Uber. Todos esses exemplos de inovação disruptiva estão re-volucionando os seus segmentos tradicionais de atuação, fazendo com que as empresas tradicio-nais do ramo precisem se reinventar ou, até mes-mo, fecharem as portas. No segmento contábil, o contador do futuro precisa também buscar inova-ção para seus serviços.

Ser bem sucedido é ter entusiasmo para adap-tar-se ao mundo em rápida mudança. Mas como você pode capitalizar essas tendências de inovação disruptiva e diferenciar sua prática daquelas orga-nizações contábeis que ainda estão presas ao pas-sado? E mais, como essa inovação contábil pode ser transformada em valor para o seu escritório e percebida por seus clientes? No blog ContaAzul para Contadores, você já leu sobre segmentação, franquias contábeis, proximidade com o cliente, formas de buscar produtividade e como mostrar seu valor para posicionar-se e fi rmar seu espaço.

Tudo isso é de grande relevância para gerar diferenciação e, neste artigo, serão apresentadas e reforçadas mais quatro dicas de como o contador do futuro pode transformar a inovação disruptiva em valor para a sua organização contábil. Confi ra:

1. Conteúdo de valorA publicidade tradicional não está mais fun-

cionando. A dica é criar um conteúdo “matador”, a partir de postagens no blog do seu site, com orientações para melhorar a organização das in-formações contábeis para as PMEs. Por exemplo, você pode demonstrar o seu talento e inteligência para atuais e potenciais clientes. Não esqueça que postagens utilizando o recurso de vídeo criam diferenciais e um chamariz no excesso de infor-mações disponíveis hoje. Uma sugestão é incluir na proposta de trabalho o acesso a conteúdos e vídeos educativos.

2. MobilidadeA adoção generalizada de dispositivos móveis

possibilitou uma enorme mudança para qualquer negócio. Certifi que-se de otimizar o seu conteúdo online para smartphones. Qualquer um que faça uma busca online deve ver, em primeira mão, um mapa e uma descrição geral do seu negócio no Google. Se ainda não o fez, essa é a primeira coisa que você deve corrigir para ter presença online. É preciso, contudo, estar preparado para ser ágil no atendimento. Certifi que-se de que você está conectado para resolver potenciais momentos de insatisfação do cliente, dúvidas e desejos. Por “você”, entenda-se todos os pontos de contato da sua empresa com o cliente.

O sucesso de Uber foi devido ao fato de que seus carros realmente aparecem rapidamente ao serem chamados e você pode ver a localidade deles, o que não ocorre para a maioria das pessoas ao chamar um táxi. Com isso, as centrais de táxi tiveram que rapidamente adotar as mesmas tecnologias mobi-le do Uber, a fi m de buscar competitividade.

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3. Previsão de sucessoCom dados ricos sobre o desempenho dos ne-

gócios prontamente disponíveis nas plataformas em nuvem, é hora da organização contábil pensar em si mesma como uma empresa de gestão de processos de negócios. O contador pode (e deve!) aproveitar a riqueza de dados de seus clientes para obter uma maior compreensão sobre a sua saúde fi nanceira. Usando um software de integra-ção contábil na nuvem, como o ContaAzul para Contadores, é possível analisar rapidamente o que está acontecendo no negócio do cliente e forne-cer um serviço de maior valor agregado do que simplesmente realizar obrigações fi scais.

Muitas vezes, as questões fi nanceiras das em-presas causam mais falhas para o negócio do que as condições de mercado. Por isso, contar com a tecnologia para trabalhar de forma integrada com um contador que atue de forma consultiva, leva ao aumento das receitas para os clientes. Passan-do da economia da atenção para a economia da intenção, você ajuda seus clientes a compreender e aproveitar essa mudança em seu benefício.

4. PropósitoPropósito pode ser defi nido como um modo

único e autêntico, por meio do qual sua marca faz a diferença no mundo. O publicitário americano Joey Reiman, apontado como um dos gurus que estão mudando as formas de trabalho, quer aju-dar as empresas a identifi car seu “propósito” – e lucrar com isso. Reiman foi o responsável pela in-

ternacionalização das sandálias Havaianas para a Alpargatas. “Descobrimos que a marca vai muito além dos chinelos. Ela vende a alegria de viver do povo brasileiro e hoje é um sucesso de vendas em todo o mundo.”

A Apple, uma das marcas mais admiradas e desejadas do mundo, também é um ótimo exem-plo de propósito que gera valor. Steve Jobs dizia que sua empresa não vende computadores ou smartphones, vende design, inovação e criativi-dade. Outro caso de sucesso é americana Graco, uma das líderes mundiais de assentos infantis e carrinhos de bebês. Antes, quando limitava-se a fabricar e vender seus produtos, faturava 450 mi-lhões de dólares. A partir do momento em que estabeleceu como propósito ajudar os pais a criar melhor seus fi lhos e direcionar suas ações para isso, em uma década, o faturamento mais que do-brou, para 1,3 bilhão de dólares.

Em relação aos negócios, quando o propósito pessoal é bem defi nido, é muito provável que o da empresa também seja. Em consequência disso, fi ca muito mais fácil promover uma oferta de va-lor para o mercado, porque você consegue trans-mitir confi ança naquilo que oferece.

Você pode escolher ser engolido pelas mudan-ças disruptivas ou abraçar essa inovação, garan-tindo que a sua organização contábil esteja numa posição mais para Uber e Amazon do que para a livraria da esquina ou para o velho táxi. Na con-tabilidade do futuro, o software online na nuvem disponível, acessível e integrado é o suporte para gerar inovação disruptiva.

* Sócio & Head do ContaAzul para Contadores

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metas

Coloque um tubarão no seu próprio aquário

DICAS DE GESTÃO

O ser humano em geral é um ser que nasceu para ser desafiado. Durante milhões de anos tivemos que correr para conquistar nos-sos objetivos. Ainda na época das cavernas éramos desafiados para conseguir alimentos, fugir dos predadores, procriar e dar conti-nuidade à espécie.

Os japoneses, por exemplo, sempre gostaram de peixe fresco.

Contudo, as águas perto do Japão não produzem peixes há bastan-te tempo. Assim, para abastecer a população, os japoneses começa-ram a fabricar navios pesqueiros maiores, que pudessem ir a gran-des distâncias. Quanto mais longe iam, mais demoravam para retor-nar com os peixes, que chegavam “passados”, desagradando os con-sumidores. As empresas de pes-ca tentaram resolver o problema:

instalaram nos navios grandes aquários, nos quais colocavam os peixes vivos. Com isso, porém, os animais retornavam em tanques superlotados e, por falta de espaço, não conseguiam nadar, chegando cansados e abatidos, embora vi-vos. Infelizmente os japoneses não gostaram do sabor desses peixes, pois, em função de não se mexerem, perdiam todo o frescor. Como, então, resolver o problema?

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Os japoneses formularam so-luções para resolver esse entrave mercadológico e chegaram a uma conclusão muito parecida com o mundo dos humanos: colocaram dentro do aquário um pequeno tubarão. O predador comia alguns peixes, mas a maioria chegava ao destino vivo, nadando rápido e muito frescos.

Ter um tubarão no aquário é saudável. Da mesma forma, o pro-fissional de qualidade deve mer-gulhar no aquário que contenha um tubarão, deve estar atento a ambientes competitivos e colo-car-se em situações desafiadoras, que o deixarão mais preparado.

Se você é líder, lembre-se de que seus subordinados são seres humanos regidos por essa lógi-ca. Se você não mantiver o grupo desafiado, as pessoas tenderão a acomodar-se. É importante que

existam metas e objetivos que fa-çam todos ficarem velozes e aler-tas o tempo inteiro. Uma forma de manter o tubarão sob controle é planejar o futuro.

EMPRESÁRIODefina o motivo filosófico da

sua empresa existir, pense se as ações, rotinas e métodos aplicados estão de acordo com o propósito da empresa. Neste momento, analise se os colaboradores possuem os valores, as crenças e a ética para contribuírem com o propósito da firma. Analise se há um tubarão no seu aquário, se possui um concor-rente agressivo e se o mercado está mudando mais rápido do que a sua capacidade de adaptar-se.

GERENTEVocê precisa ter a noção de

que é muito importante inserir

um tubarão em seu setor, que as metas e objetivos sejam desafia-dores e que as pessoas percebam que uma empresa se faz com cada setor contribuindo para o todo.

Sugiro a você que imprima e entregue este artigo para todos da empresa. Depois disso, marque uma reunião, peça aos colabora-dores que elenquem quais são os tubarões que os movem continu-amente. Diga a todos que essa di-nâmica tem como proposta criar um ambiente colaborativo, em que todos ajudem a montar uma estrutura de cobrança mútua. En-fim, você, enquanto líder, deve criar o que é mais importante para uma empresa: entendimento do seu time. Além disso, tem a chan-ce de ser o tubarão no aquário de cada setor, visto que a presença do líder faz todos se mexerem, crescerem e aprimorarem-se.

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informação

O QUe É?EFD-REINF Dentre as informações

prestadas através da EFD--Reinf, destacam-se aque-las associadas:• aos serviços tomados/presta-dos mediante cessão de mão de obra ou empreitada;• às retenções na fonte (IR, CSLL, COFINS, PIS/PASEP) incidentes sobre os paga-mentos diversos efetuados a pessoas físicas e jurídicas;• aos recursos recebidos por / repassados para associação desportiva que mantenha equipe de futebol profissional;• à comercialização da pro-dução e à apuração da contri-buição previdenciária subs-tituída pelas agroindústrias e demais produtores rurais pessoa jurídica;• às empresas que se sujeitam à CPRB (cf. Lei 12.546/2011);• às entidades promotoras de evento que envolva associação desportiva mantenedora de clube de futebol profissional.Fonte portal RFB.

A Escrituração Fiscal Digital das Retenções e Informações da Con-tribuição Previdenciária Substitu-ída (EFD-Reinf) é o mais recente módulo do Sistema Público de Es-crituração Digital (SPED) e está sen-do construída em complemento ao Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).

A liberação antecipada do layout EFD-Reinf, em versão beta, associada à regular liberação de versões melhoradas, cumpre dois grandes desideratos:

• fomenta a construção coletiva que caracteriza o SPED e oportu-niza a preparação gradual das em-presas para adaptação de seus sis-

temas à nova obrigação acessória. A EFD-Reinf abarca todas as

retenções do contribuinte sem relação ao trabalho, bem como as informações sobre a receita bru-ta para a apuração das contribui-ções previdenciárias substituídas. A nova escrituração substituirá as informações contidas em outras obrigações acessórias, como o mó-dulo da EFD-Contribuições, que apura a Contribuição Previdenci-ária sobre a Receita Bruta (CPRB).

Essa escrituração está modu-larizada por eventos de informa-ções, contemplando a possibilida-de de múltiplas transmissões em períodos distintos, de acordo com a obrigatoriedade legal.

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UTILIZAÇÃO INDEVIDA DO CeLULAR nO tRABALHO

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* Empresário contábil, contador, bacharel em direito, pós-graduado em direito tributário e consultor tributário e contábil do SINFAC-SP – Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring do Estado de São Paulo.

Atualmente, o uso do telefone celular no am-biente de trabalho vem se tornando um grande problema para as empresas. Ultrapassada, nossa legislação trabalhista não menciona a aplicação da lei sobre o uso deste aparelho.

Enquanto isso, de grandes a pequenas compa-nhias já estão restringindo – ou mesmo proibindo – a utilização de celulares durante o expediente.

Há funcionários que acham absurdas as apli-cações de tais medidas e entendem que se trata de uma violação ao direito de comunicação. Te-mos que ressaltar que o empregado vende ao em-pregador sua força motriz, ou seja, o trabalho.

O trabalho é todo exercício destinado a obter um retorno, cuidado, tarefa, obrigação e empre-nho. Para alcançarmos este objetivo, ele precisa fl uir de forma constante e lógica. O celular se tor-nou, então, um dos grandes vilões, tirando o foco e causando o constante fracionamento do trabalho.

Ora, se a lei proíbe o uso do aparelho celular quando dirigimos, sob o risco de desatenção e acidentes, fi ca explícito que seu uso em qualquer outro lugar tira a atenção.

Durante as atividades manuais e rotineiras, o uso do celular é um forte elemento para a ocor-rência de acidentes. Para os trabalhos intelectu-ais, a perda do foco leva a grandes desperdícios, como na leitura deste artigo.

Caso você pare para atender o celular, ao retor-nar a leitura, asseguro que terá que procurar onde parou relendo frases até que retorne onde estava. A princípio parece um tempo insignifi cante, po-rém se multiplicarmos pela quantidade de liga-ções no decorrer do seu dia, irá notar que se trata de um tempo valioso e sem volta.

As empresas podem adotar procedimentos para reduzir e restringir a utilização do telefone celular, estabelecendo um Manual de Proce-dimentos e Regras. A adoção de tal norma de-verá apresentar, no ato da contratação do fun-cionário ou prestador de serviço, uma cópia do documento para que se conheçam as regras e os procedimentos do local que irá trabalhar ou prestar serviços.

Pela falta da lei já existe jurisprudência sobre o assunto:

EMENTA: “RESTRIÇÃO AO USO DE TELE-FONES CELULARES NO HORÁRIO DE LABOR. PODER DIRETIVO DO EMPREGADOR. A proibi-ção do uso de aparelho celular pelo empregado, no período em que está laborando, está inserida no poder diretivo do empregador, porquanto tais equipamentos permitem que a qualquer mo-mento o trabalhador interrompa suas atividades profi ssionais para dedicar-se a questões particu-lares, nem sempre de caráter urgente, desvian-do sua atenção. A interferência na concentração gera não apenas uma interrupção dos serviços, mas também pode provocar acidente de trabalho, pondo em risco a integridade física dos trabalha-dores envolvidos na tarefa.” (Ac. 3ª T. Proc. RO 0000852-84.2011.5.12.0032. Maioria, 20.03.12. Rel.: Juíza Maria de Lourdes Leiria. Disp. TRT--SC/DOE 30.0312. da de Publ. 02.04.12).

Ao restringir o uso do celular, a empresa po-derá colocar à disposição dos colaboradores um telefone fi xo para que recebam ligações, no caso, por exemplo, de uma emergência familiar. O as-sunto é polêmico, e vale a pena refl etir, mesmo morando no “país do jeitinho”.

UTILIZAÇÃO INDEVIDA DO

marco antonIo GranaDo

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A contabilidade e astendências digitais

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Quais tendências terão o maior impacto sobre as empresas de conta-bilidade e seus clientes ao longo dos próximos cinco anos? E quão prepa-rados estão os contadores para aproveitar essas tendências? Essas duas perguntas são fundamentais para toda e qualquer contabilidade que busca crescer e fazer com que os seus clientes cresçam junto.

Uma pesquisa realizada pela Wolters Kluwer, com cerca de 500 conta-bilidades norte-americanas, definiu as 5 principais tendências que todo o mercado contábil irá encarar nos próximos anos:

Maior foco no serviço ao cliente O serviço ao cliente progrediu nos últimos anos. O contato entre a empresa e seus clientes passou de pouco frequente e superficial para mais presente e aberto. O grande desafio agora é proporcionar melhor atendimento ao cliente, aproveitando-se da tecnolo-gia para automatizar processos e liberar sua equipe para oferecer uma consultoria personalizada através de aconselhamentos estratégicos aos clientes.“Agilidade supera capacidade. O ritmo de mudança está mais rápido do que nunca, e os contabilistas que se concentram mais na agilidade do que na ca-pacidade vão prosperar nos próximos anos.” Doug

Sleeter, fundador e CEO da The Sleeter Group Inc., o maior orgão independente norte-americano de apoio à contadores de MPE’s.De acordo com os resultados da pesquisa, oito em cada dez empresas afirmam que um maior foco no serviço ao cliente terá um enorme impacto sobre o futuro do seu negócio. Além disso, quando so-licitados a classificar a importância da tecnologia para empresas de contabilidade, 76% dos escritó-rios que se sentem muito bem preparados, disse-ram que a tecnologia terá um impacto importante sobre a sua capacidade de prestar serviços, suporte e agregar valor, bem como manter os clientes.

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Tecnologia

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Oportunidades digitais: Redução dos custos, aumento da produtividade dos funcionários, aproveitamento dos dispositivos móveis e plataformas digitais, e integração com a nuvem. Tudo isso já é uma realidade em algumas contabilidades.De acordo com a pesquisa, quase 80% das empre-sas que se dizem preparadas para as novas ten-dências digitais, afirma que tal realidade irá de-sempenhar um papel muito significativo em seus negócios dentro dos próximos cinco anos.

Além disso, entre os 93% dos contadores que di-zem ter soluções móveis já implementadas ou fazem planos de possuir, afirmam que o benefí-cio número um é de melhorar o atendimento ao cliente (58%), seguida pela melhoria da produtivi-dade (55%) e maior qualidade de vida profissional e pessoal (49%).Apesar de não ser uma realidade brasileira, a pes-quisa também constatou que a maioria dos escri-tórios contábeis norte-americanos (65%) já adota-ram a tecnologia cloud em seus processos.

Desafios da integração de tecnologia Muito se fala hoje sobre investi-mentos estratégicos em tecno-logia, oferecendo um caminho de migração e integração har-moniosa de tecnologias novas e emergentes. Mas quais são as recompensas para a integração de tecnologias?Hoje, no Brasil, muitas automa-tizações já ajudam os escritórios a realizar os fechamentos con-tábeis de seus clientes, como por exemplo a baixa das notas fiscais de saída dos clientes que pode ser feita do site do governo. Mas o que ainda é um grande atraso para os escritórios são os inúmeros documentos que de-pois de digitados pelos clientes, precisam ser novamente digi-tados e lançados no sistema da contabilidade. Por isso, o Con-taAzul está desenvolvendo um software que revolucionará a forma como os escritórios con-tábeis encaram essa realidade, podendo reduzir toda a digita-ção da movimentação financei-ra que, segundo nossos estudos levam em média dois dias intei-ros de trabalho para cada cliente, para apenas quinze minutos.

A gestão de talentos e planejamento de sucessão Um grande desafio para os escritórios contábeis é a identifi-cação e gestão de novos talentos, assim como o desenvolvi-mento de novas e diferentes habilidades, e gerenciamento da aposentadoria de líderes seniores. Segundo a pesquisa, quase 7 em cada 10 empresas preocupam-se com a gestão de novos talentos e investem em uma equipe de planejamento de su-cessão. Uma realidade do mercado contábil brasileiro é que 75% dos contadores possuem mais de 40 anos de idade.“Grandes empresas, com 50 ou mais empregados, normal-mente têm planos de sucessão, com os esforços para reter talentos. Entre as empresas menores, com menos de 25 tra-balhadores, cerca de 70% não têm qualquer tipo de plano de sucessão, nem intensão de capacitar os seus empregados. Isso se traduz em um enorme desperdício de talentos.” Bill Carli-no, Diretor do Transition Advisors

As mídias sociais como ferramenta de negócioSegundo uma pesquisa realizada em dezembro de 2014, pelo empresário Roberto Dias Duarte, cerca de 33% dos escritórios contábeis utilizam as funcionalidades das redes sociais como forma de divulgar sua empresa, comercializar os seus negó-cios, encontrar e engajar os clientes on-line e acompanhar o cenário competitivo. Entre os outros 70%, alguns escritórios planejam ingressar em um futuro próximo e outros nem ao menos cogitam a hipótese de usufruir da ferramenta.As empresas que utilizam as mídias sociais dizem que os maiores benefícios de se ter presença digital estão no au-mento da satisfação do cliente, seguido pelo benefício de atrair e conquistar novos negócios.

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eventos em 2017

nataL sErÁ a sEDE Do PrÓxImo Encontro norDEstIno DE contaBILIDaDE

Após mais de duas décadas, Natal recebe a próxima edição do Encontro Nordestino de Contabilidade (ENECON). A decisão foi anunciada no encerramento da 12º edição do evento, na úl-tima sexta-feira, 2, na cidade de Recife.

Presente ao momento, o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do RN, João Gregório Júnior, destacou que “será um desafi o grande organizar este evento, mas com a experi-ência que adquirimos com o Encontro Norte-Rio-Grandense, que realizamos anualmente, acredito que repetiremos o suces-so desta edição”.

Caberá ao CRCRN organizar a 13º edição do ENECON, que acontece em 2017. “Construiremos um evento cujo principal objetivo será propiciar um espaço para debates que servirão de referência e base sobre a contabilidade. Em minha interpreta-ção, o cenário digital que se apresenta atualmente será inten-sifi cado, o que requer dos profi ssionais capacitações para nos mantermos atualizados. Este será o norte da programação que vamos montar”, colocou Gregório Júnior.

ENECONO Encontro Nordestino teve sua primeira edição realizada

em 1993. A única vez em que o RN foi sede do evento foi no distante ano de 1995, quando o CRCRN estava sob a presidên-cia de José Jeová Soares.

XI Encontro Nacional da mulher contabilista em Gramado- RS de 13 a 15/09/17

XVI Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul 13 a 15/09/17

XXXII Conferência Interamericana de Contabilidade - Lima/Peru de 23 a 25/10/17 informações: Informações sobre esse evento no site: ccpsm.org.pe/sede-la--xxxii-conferencia-interamerica

17ª CONESCAP Manaus/AM 15 a 17/11/17

XI Encontro Nacional da mulher

Foto divulgação: Canindé Soares

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