bjft081pre - bj.ital.sp.gov.brbj.ital.sp.gov.br/artigos/brazilianjournal/free/c05185.pdf ·...

2
EXPEDIENTE STAFF ENVIO DE MANUSCRITOS SENDING OF MANUSCRIPTS Brazilian Journal of Food Technology Instituto de Tecnologia de Alimentos - ITAL Av. Brasil, 2880 - Caixa Postal 139 - Jd. Brasil 13070-178 Campinas, SP / Brazil INFORMAÇÕES INFORMATION SECRETARIA / BUREAU BJFT e-mail: [email protected] Fone: (0xx19) 3743-1794 Phone: +5519 3743-1794 Fax: (0xx19) 3743-1799 INTERNET www2.ital.sp.gov.br/brazilianjournal ISSN 1517-7645 PREPRINT SERIE EDITOR CIENTÍFICO SCIENTIFIC EDITOR Dietrich G. Quast EDITOR CIENTÍFICO ASSOCIADO ASSOCIATE SCIENTIFIC EDITOR Paulo J. A. Sobral USP, Pirassununga/SP-BR EDITOR EXECUTIVO EXECUTIVE EDITOR Paulo Roberto N. Carvalho ITAL, Campinas/SP-BR EDITOR EXECUTIVO ASSOCIADO ASSOCIATE EXECUTIVE EDITOR Yone C. Costa ITAL, Campinas/SP-BR Alberto M.C. Sereno – Univ. do Porto, Porto-Portugal Adelaide Del Pino Beléia – UEL/CCA/DETAM, Londrina/PR Cecília Rojas de Gante – Inst. Tecnol. Estudios Super. de Monterrey - México Claire I.G.L. Sarantópoulos – ITAL, Campinas/SP-BR Délia B. Rodriguez-Amaya – UNICAMP, Campinas/SP-BR Frederico J. V. Passos – Univ. Fed. Viçosa, Viçosa/MG-BR Jorge F. F. Zapata – Univ. Fed. Ceará, Fortaleza/CE-BR Maria R. Sartori – ITAL, Campinas/SP-BR Maria Teresa Destro – USP/FCF, São Paulo/SP Maria de Fátima F. Poças – Univ. Católica Portuguesa/Esc. Sup. Biotecnologia – Porto/Portugal Marney P. Cereda – UNESP, Botucatu/SP-BR Nelcindo N. Terra – Univ. Fed. de Santa Maria, Santa Maria/RS -BR Nelson José Beraquet – ITAL, Campinas/SP Noemi E. Zaritzky – Univ. Nacional La Plata, La Plata-Argentina Nonete B. Guerra – Univ. Fed. de Pernambuco, Recife/PE-BR Ricardo Alfredo Kluge – USP/ESALQ, Piracicaba/SP Rodrigo O. Teixeira Neto – ITAL, Campinas/SP-BR Rui S. S. F. Silva – UEL, Londrina/PR-BR Terezinha J. G. Salva – IAC, Campinas/SP-BR CONSELHO EDITORIAL EDITORIAL COUNCIL REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BIBLIOGRAPHIC REFERENCE SGARBIERI, V.C. Revisão: Propriedades Estruturais e Físico-Químicas das Proteínas do Leite. Braz. J. Food Technol. Preprint Serie, n.185, 2005. N.185 Recebido / Received: 23/08/2004 Aprovado / Approved: 14/02/2005 Revisão: Propriedades Estruturais e Físico-Químicas das Proteínas do Leite V.C. SGARBIERI RESUMO O presente artigo é uma revisão atualizada sobre o conhecimento das estruturas (primária, secundária, terciária) das caseínas e das proteínas do soro de leite, particularmente do leite bovino. As caseínas são fosfoproteínas que, em sua forma natural, apresentam-se formando agregados ou partículas (micelas) contendo as caseínas α S1 , α S2 e β, em sua parte central, e a caseína κ, que se distribui em parte no corpo da micela e em parte na superfície, conferindo-lhe estabilidade físico-química. As unidades estruturais da micela (submicelas) são unidas pela presença de fosfato de cálcio coloidal. As proporções das diferentes caseínas nas micelas são: 3:1:3:1 para α S1 , α S2 , β e κ caseínas, respectivamente. As caseínas, particularmente α S1 , α S2 e β, são proteínas de estruturas abertas com predominância de estruturas primárias (randomizadas) e secundárias, em folhas e muito pouca estrutura em α-hélice, o que se deve, em parte, ao elevado conteúdo de prolina distribuída regularmente em toda a cadeia polipeptídica. A estrutura aberta e flexível confere às caseínas excelente propriedade surfactante na formação de emulsões e espuma, na formação de géis e resistência térmica à desnaturação. As estruturas terceárias das caseínas ainda não foram completamente determinadas. Em contrapartida, as proteínas do soro apresentam-se como moléculas individualizadas, solúveis, com estruturas terceárias já bastante conhecidas. Em suas estruturas terceárias, as formas secundárias em α-hélice e folhas β são alternadas com segmentos de estrutura primária. São menos resistentes ao tratamento térmico, sofrendo vários graus de desnaturação em temperaturas acima de 70 °C. Apresentam excelentes propriedades funcionais, incluindo solubilidade em toda a faixa de pH e força iônica, boa capacidade de geleificação, emulsificação e espuma, excelente valor nutritivo e várias propriedades fisiológicas importantes. O artigo descreve resumidamente várias enzimas de ocorrência natural no leite, algumas de importância para a tecnologia e controle da qualidade dos produtos lácteos.

Upload: ngocong

Post on 21-Jan-2019

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: BJFT081pre - bj.ital.sp.gov.brbj.ital.sp.gov.br/artigos/brazilianjournal/free/c05185.pdf · natural, apresentam-se formando agregados ou partículas (micelas) contendo as caseínas

EXPEDIENTESTAFF

ENVIO DE MANUSCRITOSSENDING OF MANUSCRIPTS

Brazilian Journal of Food Technology Instituto de Tecnologia de Alimentos - ITAL

Av. Brasil, 2880 - Caixa Postal 139 - Jd. Brasil13070-178 Campinas, SP / Brazil

INFORMAÇÕESINFORMATION

SECRETARIA / BUREAU BJFT

e-mail: [email protected]

Fone: (0xx19) 3743-1794Phone: +5519 3743-1794

Fax: (0xx19) 3743-1799

INTERNETwww2.ital.sp.gov.br/brazilianjournal

ISSN 1517-7645

PREPRINT SERIE

EDITOR CIENTÍFICOSCIENTIFIC EDITOR

Dietrich G. Quast

EDITOR CIENTÍFICO ASSOCIADOASSOCIATE SCIENTIFIC EDITOR

Paulo J. A. SobralUSP, Pirassununga/SP-BR

EDITOR EXECUTIVOEXECUTIVE EDITOR

Paulo Roberto N. CarvalhoITAL, Campinas/SP-BR

EDITOR EXECUTIVO ASSOCIADOASSOCIATE EXECUTIVE EDITOR

Yone C. CostaITAL, Campinas/SP-BR

Alberto M.C. Sereno – Univ. do Porto, Porto-Portugal

Adelaide Del Pino Beléia – UEL/CCA/DETAM, Londrina/PR

Cecília Rojas de Gante – Inst. Tecnol. Estudios Super. de Monterrey - México

Claire I.G.L. Sarantópoulos – ITAL, Campinas/SP-BR

Délia B. Rodriguez-Amaya – UNICAMP, Campinas/SP-BR

Frederico J. V. Passos – Univ. Fed. Viçosa, Viçosa/MG-BR

Jorge F. F. Zapata – Univ. Fed. Ceará, Fortaleza/CE-BR

Maria R. Sartori – ITAL, Campinas/SP-BR

Maria Teresa Destro – USP/FCF, São Paulo/SP

Maria de Fátima F. Poças – Univ. Católica Portuguesa/Esc. Sup. Biotecnologia – Porto/Portugal

Marney P. Cereda – UNESP, Botucatu/SP-BR

Nelcindo N. Terra – Univ. Fed. de Santa Maria, Santa Maria/RS -BR

Nelson José Beraquet – ITAL, Campinas/SP

Noemi E. Zaritzky – Univ. Nacional La Plata, La Plata-Argentina

Nonete B. Guerra – Univ. Fed. de Pernambuco, Recife/PE-BR

Ricardo Alfredo Kluge – USP/ESALQ, Piracicaba/SP

Rodrigo O. Teixeira Neto – ITAL, Campinas/SP-BR

Rui S. S. F. Silva – UEL, Londrina/PR-BR

Terezinha J. G. Salva – IAC, Campinas/SP-BR

CONSELHO EDITORIAL

EDITORIAL COUNCIL

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICABIBLIOGRAPHIC REFERENCE

SGARBIERI, V.C. Revisão: Propriedades Estruturais e Físico-Químicas das Proteínas do Leite. Braz. J. Food Technol. Preprint Serie, n.185, 2005.

N.185Recebido / Received: 23/08/2004

Aprovado / Approved: 14/02/2005

Revisão: Propriedades Estruturais e Físico-Químicas das Proteínas do Leite

V.C. SGARBIERI

RESUMOO presente artigo é uma revisão atualizada sobre o conhecimento das estruturas (primária, secundária, terciária) das

caseínas e das proteínas do soro de leite, particularmente do leite bovino. As caseínas são fosfoproteínas que, em sua forma natural, apresentam-se formando agregados ou partículas (micelas) contendo as caseínas αS1, αS2 e β, em sua parte central, e a caseína κ, que se distribui em parte no corpo da micela e em parte na superfície, conferindo-lhe estabilidade físico-química. As unidades estruturais da micela (submicelas) são unidas pela presença de fosfato de cálcio coloidal. As proporções das diferentes caseínas nas micelas são: 3:1:3:1 para αS1, αS2, β e κ caseínas, respectivamente. As caseínas, particularmente αS1, αS2 e β, são proteínas de estruturas abertas com predominância de estruturas primárias (randomizadas) e secundárias, em folhas e muito pouca estrutura em α-hélice, o que se deve, em parte, ao elevado conteúdo de prolina distribuída regularmente em toda a cadeia polipeptídica. A estrutura aberta e flexível confere às caseínas excelente propriedade surfactante na formação de emulsões e espuma, na formação de géis e resistência térmica à desnaturação. As estruturas terceárias das caseínas ainda não foram completamente determinadas. Em contrapartida, as proteínas do soro apresentam-se como moléculas individualizadas, solúveis, com estruturas terceárias já bastante conhecidas. Em suas estruturas terceárias, as formas secundárias em α-hélice e folhas β são alternadas com segmentos de estrutura primária. São menos resistentes ao tratamento térmico, sofrendo vários graus de desnaturação em temperaturas acima de 70 °C. Apresentam excelentes propriedades funcionais, incluindo solubilidade em toda a faixa de pH e força iônica, boa capacidade de geleificação, emulsificação e espuma, excelente valor nutritivo e várias propriedades fisiológicas importantes. O artigo descreve resumidamente várias enzimas de ocorrência natural no leite, algumas de importância para a tecnologia e controle da qualidade dos produtos lácteos.

Page 2: BJFT081pre - bj.ital.sp.gov.brbj.ital.sp.gov.br/artigos/brazilianjournal/free/c05185.pdf · natural, apresentam-se formando agregados ou partículas (micelas) contendo as caseínas

CATALOGAÇÃO BIBLIOGRÁFICACATALOGING IN PUBLICATION DATA

EQUIPE DE SUPORTESUPPORT STAFF

PROJETO VISUALVISUAL DESIGN

Renato A. R. Gomes

EDITORAÇÃO ELETRÔNICAELECTRONIC EDITING

Fernando César Zullo

REVISÃO IDIOMÁTICA / PORTUGUÊSLANGUAGE REVIEW / PORTUGUESE

Marco Antonio Storani

REVISÃO IDIOMÁTICA / INGLÊSLANGUAGE REVIEW / ENGLISH

Hillary C. Menezes

SUPORTE NA INTERNETWEB SUPPORT

GTI – Grupo de Tecnologia da Informação

DIVULGAÇÃO E DISTRIBUIÇÃODIFFUSION AND DISTRIBUTION

Cial – Centro de Comunicação

SECRETARIA EXECUTIVAEXECUTIVE SECRETARY

Yone C. CostaMaria L. Cordeiro

BIBLIOTECA NACIONAL

Brazilian Journal of Food Technology Preprint Serie, n.185, 2005.

Separata: Brazilian Journal of Food Technology, Campinas, v.8, n. 1, jan./mar., p.43-56, 2005.

ISSN 1517-7645

1. Tecnologia de Alimentos - Periódico.

I. Instituto de Tecnologia de Alimentos, ed.