biossegurança - risco biologico e nbs

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AGENTES BIOLÓGICOS E NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA Profa. Luciane A Amado

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Page 1: biossegurança - risco biologico e NBS

AGENTES BIOLÓGICOS

E

NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA

Profa. Luciane A Amado

Page 2: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

Risco:

Expressa uma probabilidade de possíveis

danos dentro de um período de tempo ou

número de ciclos operacionais.

• CONCEITUAÇÃO DE RISCO

Page 3: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

O Risco Biológico visto como possibilidadede evento danoso é inerente ao processo deviver.

O Risco Biológico considerado comoprobabilidade de evento danoso pode ser :

- Controlado

- Avaliado

- Administrado

Page 4: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

Avaliação Qualitativa

X

Avaliação Quantitativa

Considerar:

1) Probabilidade da ocorrência do evento

danoso.

2) Potencial de dano.

Page 5: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

A ocorrência do evento danoso está ligado à :

1) Existência ou não de medidas preventivas que

garantam a conformidade das condições

ambientais “Níveis de Biossegurança”.

2) Existência ou não de medidas preventivas que

garantam a execução dos procedimentos

respeitadas as normas de Biossegurança.

Page 6: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

A necessidade de proteção contra o risco

biológico é definida:

1) Pela fonte do material;

2) Pela natureza da operação;

3) Pela natureza do experimento a serrealizado ;

4) Pelas condições ambientais de suarealização.

Page 7: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

O risco é função matemática que relaciona duas

variáveis.

Risco = F X ( Ocorrência de não conformidade X

Potencial de Dano)

1) Ocorrência de não conformidade aos preceitos e

procedimentos de segurança biológica;

2) Potencial de Dano ( Classificação do Bioagente

patogênico-NR 32).

Page 8: biossegurança - risco biologico e NBS

NR 32

32.4.22.1 O PCMSO, além do previsto na NR 7, deve contemplar,

ainda:

a) a avaliação dos riscos biológicos

b) localização das áreas de risco elevado segundo os parâmetros do

Anexo I;

c) identificação nominal dos trabalhadores expostos aos agentes

biológicos classificados nos grupos 3 e 4, do anexo I, desta NR;

d) vigilância médica dos trabalhadores expostos;

e) programa de vacinação.

Risco Biológico

Page 9: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

NR32

Classificação dos agentes biológicos

em grupos

Page 10: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

Grupo 1: os que apresentam

baixa probabilidade de causar

doenças ao homem:

Page 11: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

Grupo 2: os que podem causar

doenças ao homem e constituir perigo

aos trabalhadores, sendo diminuta a

probabilidade de se propagar na

coletividade e para as quais existem,

geralmente, meios eficazes de

profilaxia ou tratamento.

Page 12: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

Grupo 3: os que podem causar

doenças graves ao homem e constituir

um sério perigo aos trabalhadores,

com risco de se propagarem na

coletividade e existindo, geralmente,

profilaxia e tratamento eficaz.

Page 13: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

Grupo 4: os que causam doenças

graves ao homem e que constituem

um sério perigo aos trabalhadores,

com elevadas possibilidades de

propagação na coletividade e, para as

quais, não existem geralmente meios

eficazes de profilaxia ou de

tratamento.

Page 14: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

QUALIDADE

Aplicação apropriada do conhecimento

disponível, bem como da tecnologia, no

cuidado da saúde. Denota um grande

espectro de características desejáveis de

cuidados, incluindo eficácia, eficiência,

efetividade.

Page 15: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

EFICÁCIA

É a habilidade do cuidado, no seu máximo

para incrementar saúde.

Page 16: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

EFICIÊNCIA

É a habilidade de obter um máximo de

saúde com um mínimo de custo.

Page 17: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

EFETIVIDADE

O Grau no qual a atenção à saúde é

realizado.

Page 18: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

A Qualidade-Eficácia-Eficiência-Efetividade:

Não podem ser alcançados sem a

administração efetiva de um programa de

prevenção de riscos biológicos que

proporcione condições ambientais seguras

para o paciente e para os profissionais que aí

desenvolvem suas atividades de trabalho.

Page 19: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

Os estabelecimentos de atenção à saúde

devem desenvolver essa política, assegurando que

gerentes e funcionários estejam cientes de suas

responsabilidades na eliminação e redução de

riscos biológicos e acidentes.

Devem promover e reforçar práticas seguras

de trabalho e proporcionar ambientes livres de

riscos, em acordo com as obrigatoriedades

técnicas e legais.

Page 20: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

O risco biológico pode ser alto porque a

não conformidade é muito alta ( embora o

potencial de dano seja baixo).

O Risco Biológico pode ser alto porque

o potencial de dano é de alta magnitude

(embora seja um evento raro).

Page 21: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

Agente de Risco

Qualquer coisa, pessoa, procedimentooperacional ou administrativo, responsávelou co-responsável pela existência decondições que propiciam ou possampropiciar a ocorrência de um eventodanoso.

Page 22: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

Doenças Transmissíveis

São causadas por Bioagentes

Patogênicos cujo agente pode passar de um

indivíduo para outro ou de um animal para

um indivíduo ou ainda de um indivíduo para

um animal.

Page 23: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

Doenças Infecciosas

x

Doenças Infecto-Contagiosas

TODA DOENÇA CONTAGIOSA É

INFECCIOSA.

NEM TODA DOENÇA INFECCIOSA É

CONTAGIOSA.

Page 24: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

Doenças Infecciosas comumente não são

transmitidas do doente para os seus contatos.

Este fato deve-se a características relacionadas ao:

• Bioagente patogêncico;

• Local de instalação no organismo infectado;

• Características do indivíduo infectado;

• Suscetibilidade individual.

Page 25: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

CADEIA DE TRANSMISSÃO DE UMA DOENÇA

É um conjunto de eventos ( elos ) encadeadosde tal forma, que para a existência de um elo énecessário que exista o elo anterior e assimsucessivamente, de forma a permitir a propagaçãodo Bioagente patogênico.

Ao se romper um dos elos, cessará a transmissão

Page 26: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

CADEIA EPIDEMIOLÓGICA

É composta dos seguintes elos:

1. Bioagente patogênico

2. Reservatorio

3. Via de eliminação (porta de saida)

4. Modo de transmissão

5. Via de penetração (porta de entrada)

6. Novo hospedeiro ou suscetível

Page 27: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

1) Bioagente patogênico: organismo vivo (micro oumacro) capaz de causar uma infecção, ou sejapenetrar num organismo e aí se multiplicar e ou sedesenvolver.

• Infectividade

• Patogenicidade

• Virulência

• Imunogenecidade

• Dose infectante

Page 28: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico2 ) Reservatório

Todo organismo vivo ou matéria inanimada queabriga um bioagente e lhe oferece condições parasobreviver e reproduzir e do qual ele serátransmitido para um hospedeiro.

Fonte de Infecção:

Refere-se ao organismo ou substância ou objeto doqual o bioagente passa diretamente para umorganismo suscetível.

Page 29: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

3) Via de eliminação ou porta de saida:

É o local por onde o bioagente “deixa” oreservatório para continuar a cadeia detransmissão.

A eliminação pode se dar por:

• Orifícios naturais

• Solução de continuidade da pele e mucosa

• Mucosa integra

• Extração mecânica através de objetos

• Picada de vetores

Page 30: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

4) Modo de transmissão:

1. De forma horizontal (entre pessoas)

a) Direta

– imediata (quando o bioagente é transferido doreservatorio para novo hospedeiro sem passar peloambiente (ex: via sexual)

– Mediata (quando o bioagente passa por um curtíssimointervalo de tempo pelo ambiente (ex:tosse, espirro)

b) Indireta : ocorre quando existe um veículo ou hospedeirointermediário ou quando existe um vetor

2. De forma vertical (da mãe para o feto, intrautero, ou durante o parto)

Page 31: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

• Veiculo: substância ou objeto que carreia o bioagente(ex:sangue, alimentos)

• Vetor: invertebrados que carreiam o bioagentemecanicamente

1 – vetor mecânico: barata, formiga, aranha...

2 – vetor biológico: no qual o bioagente desenvolveparte do seu ciclo de vida: chagas, dengue...

• Hospedeiro intermediário: ser vivo que oferece abrigoao bioagente e onde esse desenvolve as formasimaturas ou se reproduz assexuadamente: caramujos

• Hospedeiro definitivo: aquele onde o bioagente atingea maturidade e se reproduz sexuadamente: doença dechagas.

Page 32: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

5) Porta de entrada ou via de penetração

É o local por onde o bioagente penetra quandoinfecta um novo hospedeiro

Mecanismos de penetração

• Invasão e colonização da pele integra (micose)

• Penetração ativa do bioagente na pele íntegra(esquistossomose)

• Ingestão do bioagente (veículos contaminados ouingestão de um hospedeiro intermediário mortocapaz de liberar o bioagente do organismohumano (carne mal cozida de porco ou gado -toxoplasma)

Page 33: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico 6) Novo hospedeiro ou suscetível

Indivíduo ou animal passível de adquirir a infecção.

Quando ele não oferece resistência à penetração,

multiplicação e desenvolvimento do bioagente,

diz-se que está suscetível: hospedeiro

O hospedeiro pode apresentar manifestações clínicas

decorrentes de uma infecção ou ser apenas um

portador, muitas vezes sem nem saber que

apresenta a doença.

Comunicante: é aquele que tem contato com o

hospedeiro (doente ou portador são) em situação

que possibilita a transmissão.

Page 34: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

O controle das doenças transmissíveis está

baseado em:

• Conhecimento de sua cadeia de transmissão

• Conhecimento técnico

• Recursos tecnológicos existentes

• Disponibilidade de recursos financeiros

• Adoção de estratégias de controle visando a

eliminação de um ou mais elos da cadeia

epidemiológica

Page 35: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

A doença infectocontagiosa é dividida em

cinco períodos:

1. Período de incubação

2. Período prodrômico

3. Período de estado

4. Periodo de convalescença

5. Período de transmissibilidade

Page 36: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

1. Período de incubação

inicia-se com a infecção e dura até o início dos

sintomas clínicos

Obs: muitas doenças já começam a transmissão

durante o período de incubação (hepatite A,

onde a transmissão se dá desde a segunda

semana antes do início dos sintomas)

Page 37: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

2 . Período prodrômico

Período inicial das manifestações clínicascom sinais e sintomas inespecíficos comofebre, coriza, tosse, espirros, mialgias emal estar.

Obs: o sarampo e a rubéola podem sertransmitidas neste período.

Page 38: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

3 . Período de estado

As manifestações clínicas são

características de determinada doença,

possibilitando a formulação da hipótese

diagnóstica com consequente investigação

epidemiológica e desencadeamento das

medidas de controle.

Page 39: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

4 . Periodo de convalescença

é o período de remissão das manifestações

clínicas em direção à cura

Obs: a febre tifóide pode ser transmitida pelas

fezes até o final da convalescença.

Page 40: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

5 . Período de transmissibilidade

É o péríodo em que o bioagente éeliminado através da porta de saída,possibilitando a infecção de suscetíveis.

Obs: é variável entre as doençastransmissiveis, podendo permear todos osperíodos

Page 41: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

Doenças de transmissão indireta:

• Relacionadas ao fator ambiental (responsável por

carregar o bioagente)

• Doenças de veiculação hidrica (o veículo é a água

como no caso do coléra e hepatite A)

• Doenças transmitidas por alimentos

Page 42: biossegurança - risco biologico e NBS

Risco Biológico

COMISSÃO INTERNA DE BIOSSEGURANÇA

Nível de Biossegurança

“ NBS”SETORIAL

Existem quatro níveis de biossegurança:

1. NBS-1,

2. NBS-2,

3. NBS-3 e

4. NBS-4,

crescentes no maior grau de contenção e

complexidade do nível de proteção biológica

Page 43: biossegurança - risco biologico e NBS

NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA

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Page 48: biossegurança - risco biologico e NBS

Nível de Biossegurança 1 (NB-1):

• É o NB necessário ao trabalho que envolva agente biológico que

contenha agentes biológicos da classe de risco 1.

• Representa um nível básico de contenção, que se fundamenta na

aplicação das boas práticas de laboratório (BPLs), na utilização de

equipamentos de proteção e na adequação das instalações com

ênfase em indicadores de Biossegurança.

• O laboratório não precisa estar separado das demais dependências

do edifício.

• O trabalho é conduzido, em geral, em bancada.

• Os equipamentos de contenção específicos não são exigidos.

• Os profissionais do laboratório deverão ter treinamento em

Biossegurança e na atividade específica do laboratório.

•Recomenda-se a supervisão por um profi ssional de nível superior.

Page 49: biossegurança - risco biologico e NBS
Page 50: biossegurança - risco biologico e NBS

Procedimentos Padrão de Laboratório para o

NB-1

• O acesso ao laboratório deve ser controlado e permitido

mediante autorização, não sendo permitido o acesso de

crianças e animais.

• O laboratório deve apresentar as áreas de circulação

desobstruídas e livres de equipamentos e estoques de

materiais

Na porta de acesso ao laboratório onde houver o manuseio

de agente biológico devem ser afixados o símbolo

internacional de risco biológico, a advertência de área

restrita, além da identificação e do número de telefone do

profissional responsável.

Page 51: biossegurança - risco biologico e NBS

• No laboratório, todos os procedimentos, sejam técnicos

ou administrativos, devem estar descritos e devem ser de

fácil acesso e do conhecimento dos técnicos envolvidos em

sua execução.

• Os profissionais devem lavar as mãos antes e após a

manipulação de agentes biológicos de risco e antes de

saírem do laboratório.

• São proibidas as atividades de comer, beber, fumar e

aplicar cosméticos (maquiagem, cremes) nas áreas de

trabalho do laboratório.

• Recomenda-se a não utilização de cosméticos e adereços

(brincos, pulseiras, relógios) no laboratório.

Procedimentos Padrão de Laboratório para o

NB-1

Page 52: biossegurança - risco biologico e NBS

•É proibido levar qualquer objeto à boca no laboratório; a

pipetagem deverá ser realizada com dispositivos

apropriados, nunca com a boca.

Materiais e reagentes devem ser estocados em instalações

apropriadas no laboratório; além disso, deve haver sempre

disponível no local um kit de primeiros socorros.

Todos os resíduos devem ser descartados segundo as

normas vigentes e em cumprimento ao Plano de

Gerenciamento de Resíduos da instituição.

Procedimentos Padrão de Laboratório para o

NB-1

Page 53: biossegurança - risco biologico e NBS

Práticas Especiais para o NB-1

Não se aplicam.

Page 54: biossegurança - risco biologico e NBS
Page 55: biossegurança - risco biologico e NBS

Os EPIs, tais como luvas e vestuário de proteção, ou seja, avental,

uniforme ou jaleco, são requeridos durante o trabalho.

O vestuário de proteção deverá ter mangas compridas ajustadas nos

punhos e não deve ser usado fora da área laboratorial.

É obrigatório o uso de calçados fechados que possam proteger os pés

contra acidentes.

Óculos de segurança e protetores faciais devem ser usados sempre

que os procedimentos assim o exigirem.

Equipamentos especiais de contenção –

EPI para o NB-1

Page 56: biossegurança - risco biologico e NBS

Equipamentos especiais de contenção, tais como as CSBs, não são

exigidos para manipulações de agentes biológicos da classe de risco 1.

Equipamentos especiais de contenção –

EPC para o NB-1

O laboratório deve possuir dispositivo de emergência para lavagem

dos olhos, além de chuveiros de emergência localizados no

laboratório ou em local de fácil acesso.

Page 57: biossegurança - risco biologico e NBS
Page 58: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações Laboratoriais de NB-1

O laboratório deve ser projetado de modo a permitir fácil

limpeza e descontaminação.

As rotas de fuga e as saídas de emergência devem estar

identificadas e, preferencialmente, localizadas nas áreas de

circulação pública e nos laboratórios na direção oposta às

portas de acesso, com saída direta para a área externa da

edificação.

As portas de saída de emergência devem ser dotadas de

barra antipânico, que permita a abertura com um pequeno

toque, conforme as normas vigentes.

Page 59: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações Laboratoriais de NB-1

As paredes, o teto e os pisos devem ser lisos, não porosos,

sem reentrâncias, com acabamentos impermeáveis e

resistentes a produtos químicos, para facilitar a limpeza e a

descontaminação da área.

Os pisos e o teto devem ser nivelados.

Os laboratórios devem possuir portas para o controle do

acesso ao público..

Page 60: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações Laboratoriais de NB-1

As portas devem ser mantidas fechadas e devem possuir

visores, exceto quando haja recomendação contrária.

Não é necessário requisito especial de ventilação além dos

estabelecidos pelas normas vigentes.

As janelas com abertura para a área externa ao laboratório devem

conter telas de proteção contra insetos.

Deve haver espaço suficiente entre as bancadas e os equipamentos de

modo a permitir acesso fácil para a realização da limpeza.

A superfície das bancadas deve ser revestida por materiais

impermeáveis, lisos, sem emenda e deve ser resistente ao calor

moderado e à ação dos solventes orgânicos, ácidos, álcalis e solventes

químicos utilizados na descontaminação das superfícies.

Page 61: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações Laboratoriais de NB-1

Cada laboratório deve possuir:

(a) pelo menos um lavatório, exclusivo para a lavagem das mãos,

localizado próximo aos locais de entrada e saída do ambiente;

(b) (b) chuveiro de emergência e lava-olhos próximos às áreas

laboratoriais;

(c) um local, dentro do laboratório, próximo ao acesso, para

guardar jalecos e outros EPIs utilizados no laboratório;

(d) um local, fora da área laboratorial, para guardar pertences pessoais

e possibilitar a troca de roupas;

(e) um local, dentro do laboratório, como armários ou prateleiras,

para armazenar substâncias e materiais de uso freqüente.

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Page 67: biossegurança - risco biologico e NBS

Procedimentos Padrão de Laboratório

para o NB-2

Os procedimentos padrão exigidos são os

mesmos já descritos para o

NB-1.

Page 68: biossegurança - risco biologico e NBS
Page 69: biossegurança - risco biologico e NBS

•Deve-se assegurar um sistema de manutenção, calibração e de

certificação dos equipamentos de contenção. A cada seis

meses, as CSBs e os demais equipamentos essenciais de

segurança devem ser testados, calibrados e certificados.

•Os filtros Hepa da área de biocontenção devem ser testados e

certificados de acordo com a especifi cação do fabricante ou

no mínimo uma vez por ano.

Práticas especiais em NB-2

Page 70: biossegurança - risco biologico e NBS

•Acidentes ou incidentes que resultem em exposição a

agentes biológicos patogênicos devem ser imediatamente

notificados ao profissional responsável, com providências de

avaliação médica, vigilância e tratamento, devendo ser

mantido registro por escrito desses episódios e das

providências adotadas.

• Todos os materiais e resíduos devem ser descontaminados,

preferencialmente esterilizados, antes de reutilizados ou

descartados.

Práticas especiais em NB-2

Page 71: biossegurança - risco biologico e NBS
Page 72: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações laboratoriais em NB-2

As instalações laboratoriais de NB-2 devem atender aos

critérios estabelecidos para o NB-1, acrescidos dos

critérios que seguem:

•As instalações laboratoriais devem estar afastadas das áreas

de circulação do público.

•É exigido um sistema de portas com trancas para acesso ao

laboratório.

•Recomenda-se a instalação de lavatórios, com acionamento

automático ou acionados com cotovelo ou pé, em cada

laboratório

Page 73: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações laboratoriais em NB-2

As CSBs devem ser instaladas longe das passagens de

circulação e fora das correntes de ar procedentes de portas

ou janelas e de sistemas de ventilação.

O ar de exaustão das CSBs, classe II, filtrado através de

filtros Hepa, e o ar das capelas químicas devem ser

lançados acima da edificação laboratório

O ar de exaustão das CSBs pode recircular no interior do

laboratório se a cabine for testada e certificada anualmente

Page 74: biossegurança - risco biologico e NBS
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Page 76: biossegurança - risco biologico e NBS

inclui os agentes biológicos que possuem capacidade

de transmissão por via respiratória e que causam

patologias humanas ou animais potencialmente letais e

para as quais existem

usualmente medidas de tratamento e/ou de prevenção.

Representam risco se disseminados na comunidade e no

meio ambiente, podendo se propagar de pessoa para

pessoa. Exemplo: Bacillus anthracis.

NB3- Classe de risco 3

(alto risco individual e moderado risco para a

comunidade):

Page 77: biossegurança - risco biologico e NBS
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Page 79: biossegurança - risco biologico e NBS

É obrigatório o uso de roupas de proteção apropriadas, bem

como o uso de máscaras, luvas, propés ou sapatilhas. As

pessoas que usarem lentes de contato em laboratórios

deverão também usar óculos de proteção ou protetores

faciais.

Devem ser utilizadas CSBs (classe II ou III) em quaisquer

operações com agentes biológicos que incluam

manipulação de culturas e de material clínico ou ambiental.

A autoclave, de dupla porta, deve estar localizada no

laboratório ou dentro da área de apoio da instalação de

biocontenção.

Equipamentos de Contenção para o NB-3

Page 80: biossegurança - risco biologico e NBS

Este nível de contenção exige a

intensificação dos programas de utilização

das práticas microbiológicas e de segurança

estabelecidas para o

NB-2, além da existência obrigatória de

dispositivos de segurança e do uso,

igualmente obrigatório, de CSB classe II ou

III.

Procedimentos Padrão de Laboratório

para o NB-3

Page 81: biossegurança - risco biologico e NBS
Page 82: biossegurança - risco biologico e NBS

Práticas Especiais em NB-3

As equipes do laboratório e de apoio devem receber

treinamento adequado sobre os riscos potenciais associados

ao trabalho desenvolvido, os cuidados necessários para evitar

ou minimizar a exposição ao agente biológico e sobre os

procedimentos de avaliação da exposição.

A equipe do laboratório deverá freqüentar cursos periódicos

de atualização ou treinamento adicional e também em caso de

mudanças de normas e procedimentos.

Jamais uma pessoa deve trabalhar sozinha dentro do

laboratório de NB-3.

Page 83: biossegurança - risco biologico e NBS

BOM SENSO!!!!

Page 84: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações Laboratoriais em NB-3

O sistema de ar no laboratório NB3 deve ter pressão

negativa e ser independente, com ventilação unidirecional

das áreas de acesso para o interior do laboratório.

A câmara e o vestiário devem ser dotados de sistema de

bloqueio de dupla porta e providos de dispositivos de

fechamento automático e de intertravamento.

A entrada de materiais de consumo e materiais biológicos

(humanas e animais) deve ser feita através de câmara

pressurizada ou de outro sistema de barreira equivalente.

Page 85: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações Laboratoriais em NB-3

Deve ser feita a instalação de uma autoclave na área de

biocontenção, para a descontaminação de resíduos.

Quando as tubulações das instalações prediais atravessarem

pisos, paredes ou o teto da área de contenção, os orifícios de

entrada e saída devem ser vedados com materiais que

garantam o isolamento.

Deve haver pelo menos um lavatório, para lavagem das

mãos com acionamento automático ou acionado com

cotovelo ou pé, próximo à porta de saída de cada

laboratório.

Page 86: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações Laboratoriais em NB-3

Deve haver chuveiro, lava-olhos de emergência e lavatório,

com dispositivos de acionamento por controles automáticos

em área em contenção, adjacentes à área do laboratório.

O laboratório deve ter um sistema de ar independente, com

ventilação unidirecional, a fim de garantir que o fluxo de ar

seja sempre direcionado das áreas de menor risco potencial

para as áreas de maior risco de contaminação.

O ar de exaustão não deve recircular para qualquer outra

área da edificação, devendo ser filtrado por meio de filtro

Hepa antes de ser eliminado para o exterior do laboratório.

Page 87: biossegurança - risco biologico e NBS
Page 88: biossegurança - risco biologico e NBS

São recomendados visores nas paredes divisórias e nas portas entre salas

e áreas de circulação. As janelas e os visores devem ter vidro de

segurança e devem ser devidamente vedados.

Page 89: biossegurança - risco biologico e NBS
Page 90: biossegurança - risco biologico e NBS
Page 91: biossegurança - risco biologico e NBS

Classe de risco 4 (alto risco individual e alto risco para a

comunidade):

inclui os agentes biológicos com grande poder de

transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão

desconhecida.

Até o momento não há nenhuma medida profilática ou

terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por tais

agentes.

Eles causam doenças humanas e animais de alta gravidade,

com alta capacidade de disseminação na comunidade e no

meio ambiente. Esta classe inclui principalmente os vírus.

Exemplo: vírus Ebola.

NB-4

Page 92: biossegurança - risco biologico e NBS

Este nível de contenção deve ser usado sempre que o

trabalho envolver agentes biológicos da classe de risco 4 ou

com potencial patogênico desconhecido. Para esses agentes

não há nenhuma vacina ou terapia disponível.

Page 93: biossegurança - risco biologico e NBS
Page 94: biossegurança - risco biologico e NBS

Este nível de contenção exige a intensificação dos

programas de utilização das práticas microbiológicas

e de segurança estabelecidas para o NB-3.

Procedimentos Padrão de Laboratório para o

NB-4

Page 95: biossegurança - risco biologico e NBS

Práticas especiais em NB-4

Nenhum material deverá ser removido do laboratório de

contenção máxima (NB-4), a menos que tenha sido

esterilizado, exceto os agentes biológicos que

necessariamente tenham de ser retirados na forma viável.

O agente biológico viável, a ser removido da CSB classe

III ou do laboratório de contenção máxima, deve ser

acondicionado em recipiente de contenção primária

inquebrável e selado. Este, por sua vez, deve ser

acondicionado dentro de um segundo recipiente também

inquebrável e selado, que deverá passar por um tanque de

imersão contendo desinfetante

Page 96: biossegurança - risco biologico e NBS

Práticas especiais em NB-4

Previamente à realização de trabalhos em contenção

utilizando-se CSB da classe III, os profissionais devem:

1. Trocar suas roupas na entrada do laboratório, nos

vestiários internos, também em contenção, adjacentes

ao laboratório, por roupa protetora completa e

descartável.

2. Antes de sair do laboratório para a área de banho,

devem retirar as roupas usadas no laboratório,

depositá-las em recipiente exclusivo para esse fim e

encaminhá-las para a esterilização antes de que sejam

descartadas.

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Principais características do NB4:

.Utilização de macacão pressurizado conectado com ar para

respiração;

.Utilização de cabines de segurança biológica;

.Entrada de técnicos no laboratório através de um sistema

airlock;

.Saída de técnicos do laboratório através do airlock, com

descontaminação química do macacão;

.Entrada de amostras através de pass-through;

.Complexo sistema de fluxo e filtração do ar;

.Vedação total de paredes pisos e tetos e portas;

.Ar de insuflamento com filtragem absoluta (HEPA);

.Ar de exaustão com dupla filtragem absoluta (HEPA);

.Sistemas de comunicação, alarme e controle de acesso;

.Sistemas de descontaminação de resíduos líquidos e sólidos

Page 100: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações Laboratoriais para o NB-4

•O acesso dos profissionais deve ser controlado por

sistemas de identificação acionados por leitor de íris ou

leitor de digitais ou de cartão magnético ou, ainda, por

outro tipo de sistema de segurança rigoroso.

•A entrada e a saída dos técnicos devem ser feitas por

meio de vestiários de barreira, com diferencial de

pressão entre os ambientes, dotados de sistema de

bloqueio de dupla porta, providos de dispositivos de

fechamento automático e de intertravamento.

Page 101: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações Laboratoriais para o NB-4

•A entrada de materiais de consumo e de materiais

biológicos deve ocorrer por meio de câmara

pressurizada (passthrough).

•A saída de resíduos deve ocorrer após a autoclavação.

•Diariamente, antes que o trabalho se inicie, devem

ser feitas inspeções de todos os sistemas de contenção

e de suporte à vida

Câmara pressurizada, utilizada para a passagem de

produtos entre dois ou mais ambientes diferentes,

impedindo a troca de ar e o risco de contaminação

cruzada

Page 102: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações Laboratoriais para o NB-4

As portas devem permitir vedação total com sistema de

acionamento de abertura automático e com acionamento

interno de emergência após identificação.

As paredes, os pisos e o teto das áreas de contenção

devem ser construídos de maneira que formem uma

concha interna selada e permitam os procedimentos de

fumigação (tratamento químico realizado com

compostos químicos voláteis (no estado de vapor ou

gás) em um sistema hermético, visando a desinfestação

de materiais, objetos e instalações que não possam ser

submetidas à outras formas de tratamento.)

Page 103: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações Laboratoriais para o NB-4

Todas as áreas de contenção deverão ter um sistema de

tratamento de ar, sem recirculação, que assegure o fluxo

do ar das áreas de menor risco para as áreas de maior

risco potencial, mantendo uma pressão diferencial.

Esse sistema deverá ser monitorado e deverá existir um

alarme para acusar qualquer irregularidade no

funcionamento do sistema de tratamento de ar.

Todo o ar de exaustão deverá passar por dois filtros

Hepa, em série, antes de ser lançado acima da

edificação.

Page 104: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações Laboratoriais para o NB-4

Todos os efluentes líquidos, tais como a água do

chuveiro, os efluentes da condensação da autoclave e de

outros pontos da instalação, devem estar conectados

diretamente a um sistema de tratamento térmico

(caldeira) e biologicamente monitorado, para que sejam

esterilizados antes de descartados no sistema de esgoto

sanitário.

Page 105: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações Laboratoriais para o NB-4

Todos os efluentes líquidos, tais como a água do

chuveiro, os efluentes da condensação da autoclave e de

outros pontos da instalação, devem estar conectados

diretamente a um sistema de tratamento térmico

(caldeira) e biologicamente monitorado, para que sejam

esterilizados antes de descartados no sistema de esgoto

sanitário.

Page 106: biossegurança - risco biologico e NBS

Instalações Laboratoriais para o NB-4

O laboratório deve possuir:

(1) um sistema de comunicação de circuito

interno de imagem e/ou outro dispositivo de

comunicação de emergência entre as áreas

(2) um sistema de abastecimento de energia elétrica

de emergência ligado aos sistemas de suporte à vida,

para também alimentar os circuitos da iluminação, os

alarmes, os controles de entrada e saída, os sistemas de

comunicação, as CSBs e os outros equipamentos;

(3) Um sistema próprio de tratamento adequado de

eliminação de resíduos localizado em área contígua ao

laboratório, para eliminação dos resíduos gerados.

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As linhas de suprimento de gases comprimidos devem ser

dotadas de filtros ou de sistema equivalente para proteção de

inversão do fluxo (dispositivo anti-refluxo).

Page 112: biossegurança - risco biologico e NBS

Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde

construirá o primeiro laboratório brasileiro de referência nacional

com área de máxima segurança, em Brasília, até o final de 2007. As

obras serão iniciadas em abril deste ano, logo após a finalização do

projeto, prevista para março. Ao todo, serão investidos R$ 20

milhões, financiados com recursos da União e do Banco Mundial.

Este será o terceiro laboratório nas Américas com uma área de Nível

de Biossegurança 4 (NB4), tornando o país referência para

diagnósticos e pesquisas com agentes que só podem ser manipulados

nestas instalações. As outras duas unidades estão nos Estados

Unidos e Canadá.