biologia - pré-vestibular impacto - sistema urinário

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MA300408 SISTEMA URINÁRIO 01 FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!! PROFº: ALCÂNTARA Fale conosco www.portalimpacto.com.br VESTIBULAR – 2009 CONTEÚDO A Certeza de Vencer 06 4 Entende-se por homeostase a capacidade que tem o organismo de manter-se em equilíbrio interno dinâmico. Para tanto, um dos quesitos básicos exigidos é a manutenção da concentração dos líquidos corpóreos, praticamente constante. Acontece, porém, que as células vivas estão continuamente descarregando no sangue resíduos do seu metabolismo, por vezes tóxicos. Além disso, a aquisição de água e sais minerais, por exemplo, através da alimentação, pode estar além ou aquém das necessidades básicas do animal- Torna-se, necessário, então, o desenvolvimento de estruturas capazes de promover a eliminação das substâncias tóxicas ou em excesso, bem como a retenção das substâncias que se acham em falta. É através do sistema excretor que o organismo exerce tal regulação. Assim, pode-se concluir que a excreção tem, fundamentalmente, duas finalidades: Remoção e eliminação de resíduos de origem celular; Manutenção do equilíbrio hidrossalino dos fluidos corpóreos (regulação OsmÓtica). Os rins são dois órgãos situados no abdome, junto à parede posterior do tronco, cada um de um lado da coluna vertebral. Cada rim tem a forma de um enorme grão de feijão. A artéria renal, que penetra no rim, é proveniente da aorta. De cada rim, sai uma veia – a veia renal. As duas veias renais convergem para a veia cava inferior. Na estrutura de cada rim, os tubos coletores de urina se reúnem em feixes, formando as pirâmides renais. Repare que o rim é envolto por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso, abaixo da qual se situa o córtex renal. Nessa camada cortiça! localizam-se os glomérulos de Malpighi. Nas pirâmides renais (zona medular do rim), não há glomérulos, mas tão somente tubos coletores de urina. As pirâmides se abrem no interior dos cálices. E estes se reúnem no bacinete, uma porção dilatada no hilo do rim (o hilo é a região côncava, como uma reentrância, por onde entram e saem os vasos sanguíneos renais). O bacinete faz continuidade com um canal longo – o ureter. Os dois ureteres conduzem a urina até a bexiga, onde ela é armazenada para oportuna eliminação através da uretra. Cada rim humano é formado por uma infinidade de néfrons. Cada néfron, por sua vez, inicia-se por uma cápsula de Bowman (estrutura em forma de cálice), por onde penetra a arteríola aferente (ramificação da artéria renal). No interior da cápsula, a arteríola ramifica-se e organiza um emaranhado de vasos denominado glomérulo de Malpighi Desse emaranhado emerge a arteríola eferente, que abandona o glomérulo. A cápsula de Bowman está ligada a um longo tubo contorcido próximal. Este, por sua vez, desemboca em uma estrutura em forma de U chamada alça de Henle, a partir da qual se estende o tubo contorcido distal Vários túbulos distais, de vários néfrons, mergulham num túbulo coletor. Excretas Nitrogenadas Os animais podem extrair a energia química de que necessitam de uma série de compostos orgânicos. Mas, ao se utilizarem proteínas, formam-se, além de CO 2 e água, produtos nitrogenados tais como a amônia, uréia e ácido úrico, Isso se deve ao fato de o nitrogênio participar da composição química das proteínas. Principal Excreta Nitrogenada Animais Amoniotélicos Amônia Invertebrados aquáticos, peixes ósseos Ureotélicos Uréia Minhocas, peixes cartilaginosos, anfíbios e mamíferos. Uricotélicos Acido úrico Répteis, insetos e aves. O ciclo da ornitina e a formação da uréia Durante o metabolismo das proteínas, os aminoácidos são "desaminados", isto é, perdem o seu grupamento amina (NH 2 ). A desaminação, com formação de amônia (NH 3 ), ocorre em todas as células do organismo, porém muito mais intensamente nas células do fígado. Isso mostra que há formação de amônia nas nossas células. No fim do ciclo, a ornitina que entrou no processo reaparece integralmente, mas a amônia está transformada em uréia. 2 AMÔNIA FÍGADO 1 URÉIA A Fisiologia de Néfron O sangue entra no rim pela artéria renal, ramo da aorta. Na estrutura do órgão, essa artéria se ramifica, dando origem as arteríolas aferentes. Cada arteríola aferente torna-se muito fina e forma uma espécie de novelo a que se deu o nome de glomérulo de Malpíghi. A pressão sanguínea no interior dos finos vasos glomerulares força a passagem de grande parte do plasma para fora do sangue. Aproximadamente 1/5 do volume de plasma que circula pelo glomérulo filtra-se através das paredes delgadas glomérulo de Cápsula de Bowman Túbulo proximal Túbulo coletor Arteríola aferente Alça de Henle Túbulo distal Arteríola aferente Rim ureter Bexiga urinária uretra A urina é armazenada na bexiga antes de ser expelida do corpo. Resíduos são filtrados do sangue e formam a urina.

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MA300408

SISTEMA URINÁRIO 01

FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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A Certeza de Vencer

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Entende-se por homeostase a capacidade que tem o organismo de manter-se em equilíbrio interno dinâmico. Para tanto, um dos quesitos básicos exigidos é a manutenção da concentração dos líquidos corpóreos, praticamente constante. Acontece, porém, que as células vivas estão continuamente descarregando no sangue resíduos do seu metabolismo, por vezes tóxicos. Além disso, a aquisição de água e sais minerais, por exemplo, através da alimentação, pode estar além ou aquém das necessidades básicas do animal- Torna-se, necessário, então, o desenvolvimento de estruturas capazes de promover a eliminação das substâncias tóxicas ou em excesso, bem como a retenção das substâncias que se acham em falta. É através do sistema excretor que o organismo exerce tal regulação. Assim, pode-se concluir que a excreção tem, fundamentalmente, duas finalidades:

Remoção e eliminação de resíduos de origem celular; Manutenção do equilíbrio hidrossalino dos fluidos corpóreos

(regulação OsmÓtica).

Os rins são dois órgãos situados no abdome, junto à parede posterior do tronco, cada um de um lado da coluna vertebral. Cada rim tem a forma de um enorme grão de feijão. A artéria renal, que penetra no rim, é proveniente da aorta. De cada rim, sai uma veia – a veia renal. As duas veias renais convergem para a veia cava inferior. Na estrutura de cada rim, os tubos coletores de urina se reúnem em feixes, formando as pirâmides renais. Repare que o rim é envolto por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso, abaixo da qual se situa o córtex renal. Nessa camada cortiça! localizam-se os glomérulos de Malpighi. Nas pirâmides renais (zona medular do rim), não há glomérulos, mas tão somente tubos coletores de urina. As pirâmides se abrem no interior dos cálices. E estes se reúnem no bacinete, uma porção dilatada no hilo do rim (o hilo é a região côncava, como uma reentrância, por onde entram e saem os vasos sanguíneos renais). O bacinete faz continuidade com um canal longo – o ureter. Os dois ureteres conduzem a urina até a bexiga, onde ela é armazenada para oportuna eliminação através da uretra.

Cada rim humano é formado por uma infinidade de néfrons. Cada néfron, por sua vez, inicia-se por uma cápsula de Bowman (estrutura em forma de cálice), por onde penetra a arteríola aferente (ramificação da artéria renal). No interior da cápsula, a arteríola ramifica-se e organiza um emaranhado de vasos denominado glomérulo de Malpighi Desse emaranhado emerge a arteríola eferente, que abandona o glomérulo. A cápsula de Bowman está ligada a um longo tubo contorcido próximal. Este, por sua vez, desemboca em uma estrutura em forma de U chamada alça de Henle, a partir da qual se estende o tubo contorcido distal Vários túbulos distais, de vários néfrons, mergulham num túbulo coletor.

Excretas Nitrogenadas Os animais podem extrair a energia química de que necessitam de uma série de compostos orgânicos. Mas, ao se utilizarem proteínas, formam-se, além de CO2 e água, produtos nitrogenados tais como a amônia, uréia e ácido úrico, Isso se deve ao fato de o nitrogênio participar da composição química das proteínas.

Principal Excreta Nitrogenada Animais

Amoniotélicos Amônia Invertebrados aquáticos, peixes ósseos

Ureotélicos Uréia

Minhocas, peixes cartilaginosos, anfíbios e

mamíferos. Uricotélicos Acido úrico Répteis, insetos e aves.

O ciclo da ornitina e a formação da uréia Durante o metabolismo das proteínas, os aminoácidos

são "desaminados", isto é, perdem o seu grupamento amina (NH2). A desaminação, com formação de amônia (NH3), ocorre em todas as células do organismo, porém muito mais intensamente nas células do fígado. Isso mostra que há formação de amônia nas nossas células. No fim do ciclo, a ornitina que entrou no processo reaparece integralmente, mas a amônia está transformada em uréia. 2 AMÔNIA FÍGADO 1 URÉIA

A Fisiologia de Néfron O sangue entra no rim pela artéria renal, ramo da aorta. Na estrutura do órgão, essa artéria se ramifica, dando origem as arteríolas aferentes. Cada arteríola aferente torna-se muito fina e forma uma espécie de novelo a que se deu o nome de glomérulo de Malpíghi. A pressão sanguínea no interior dos finos vasos glomerulares força a passagem de grande parte do plasma para fora do sangue. Aproximadamente 1/5 do volume de plasma que circula pelo glomérulo filtra-se através das paredes delgadas

glomérulo de

Cápsula de Bowman

Túbulo proximal

Túbulo coletor

Arteríola aferente

Alça de Henle

Túbulo distal

Arteríola aferente

Rim

ureter

Bexiga urinária

uretra

A urina é armazenada na bexiga antes de ser expelida do corpo.

Resíduos são filtrados do sangue e formam a urina.

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desses vasos, caindo no interior da cápsula de Bowman, Essa filtragem é tão intensa que, se não ocorresse logo de imediato a reabsorção da maior parte da água filtrada (aproximadamente 99% da água serão reabsorvidos ao nível dos túbulos), ocorreria a morte do indivíduo num curto espaço de tempo (pouco mais de 30 minutos).

1. Filtração nos glomérulos. O filtrado recolhido pela cápsula de Bowman ainda não é a urina, pois tem uma composição totalmente diferente dos túbulos. Os íons Na+ puxam consigo os íons Cl- -, que assim voltam também ao sangue. (Atualmente, há quem admita o contrário, isto é, que o Cl- - é que sofre transporte ativo, puxando consigo o Na+). A reabsorção desses íons por transporte ativo é fortemente estimulada pela ação de um hormônio do córtex das supra-renais chamado aldosterona. 2. As células da parte inicial do tubo – tubo contornado próxima - absorvem, por transporte ativo, toda a glicose, os aminoácidos e parte dos sais, lançando-os no sangue. Ao receber de volta essas substâncias, o sangue torna-se mais concentrado que o líquido do tubo, fazendo com que parte da água também seja reabsorvida, agora por osmose e não por transporte ativo. A uréia e outros produtos tóxicos ou em excesso não voltam ao sangue: são eliminados com a urina.

3. Ao nível da alça de Henle, o líquido tubular é muito diluído. E o sangue, que circula nos capilares, está, ao contrário, muito concentrado. A passagem de água por osmose de volta para o sangue se processa, então, intensamente. Assim, a urina primária começa a se tornar mais concentrada. 4. Ao longo do túbulo contornado distal, volta a se verificar o transporte ativo com a reabsorção também de glicose e aminoácidos, notando-se o retorno dessas substâncias à corrente sanguínea. Da mesma forma, nesse ponto, a reabsorção passiva da água, por osmose, torna-se muito mais intensa, já que passa a ser "estimulada" por um hormônio liberado pela glândula hipófise, chamado hormônio antidiurético ou ADH (anti-diuretic hormone). Na verdade, esse

hormônio é produzido no hipotálamo (região na base do encéfalo). Vai agir ao nível dos túbulos distais incentivando a reabsorção da água, o que fará diminuir a concentração sanguínea. Em compensação a urina tornar-se-á mais concentrada e com menor volume, Portanto, o ADH diminui a diurese; daí o seu nome. 5. O líquido que chega ao final do túbulo distal e penetra nos tubos coletores da urina já não tem mais glicose, aminoácidos, vitaminas; o seu teor de água é imensamente menor do que fora antes; a concentração de sais e íons é bem menor do que a do filtrado glomerular. Esse líquido já é a urina propriamente dita. Regulação da função renal: hormônios ADH e Aldosterona. A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da quantidade de líquidos do corpo. Havendo necessidade de reter água no interior do corpo, a urina fica mais concentrada, em função da maior reabsorção de água; havendo excesso de água no corpo, a urina fica menos concentrada, em função da menor reabsorção de água. O principal agente fisiológico regulador do equilíbrio hídrico no corpo humano é o hormônio ADH (antidiurético), produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise. Esse hormônio passa para o sangue, indo atuar sobre os túbulos distais dos néfrons e sobre os dutos coletores, tornando as células dos túbulos mais permeáveis à água. Conseqüentemente, há maior retenção de água no corpo. Caso contrário, ocorre quando a absorção de água nos túbulos distais e tubos coletores, possibilitando a excreção do excesso de água. A urina fica, assim, mais diluída. Certas substâncias, como é o caso do álcool, inibem a secreção de ADH, aumentando a produção de urina. Por isso, quando se tomam bebidas alcoólicas, a produção de urina é mais abundante. Além do ADH, outro hormônio participa do equilíbrio de água e sais do corpo do homem; a aldosterona, produzida pelas glândulas supra-renais. A produção de aldosterona é regulada através de dois mecanismos:

Quando há redução de íons Na+ e de água no sangue, o rim é estimulado a produzir o hormônio renina; age sobre uma proteína denominada angiostensinogênio, encontrada no sangue e produzida no fígado, convertendo-a em angiotensina; esta estimula as supra-renais a produzirem a aldosterona. OBS: Os elementos figurados do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas), assim como as macromoléculas de proteínas, não se filtram ao nível dos glomérulos. Por isso, quando aparecem na urina, são indicativos de lesão glomerular. (Não consideramos aqui hemácias e leucócitos que podem aparecer na urina em conseqüência de infecções" das vias urinárias baixas.)

A) ADH (HORMÔNIO ANTI-DIURÉTICO) OU VASOPRESSINA - PRODUZIDO: HIPOTÁLAMO - ARMAZENADO: NEURO-HIPÓFISE

ADH = REABSORÇÃO INDIVIDUO URINA POUCO TUBULAR PASSIVA SANGUE: ADH = REABSORÇÃO INDIVIDUO URINA MUITO TUBULAR PASSIVA - BEBIDA ALCOÓLICA = INIBEM ADH INDIVIDUO URINA MUITO - RESSACA DESIDRATAÇÃO DO INDIVÍDUO

B) ALDOSTERONA

• PRODUZIDO: SUPRA-RENAIS (ADRENAIS) ALDOSTERONA = REABSORÇÃO INDIVÍDUO URINA POUCO TUBULAR ATIVA SANGUE: ALDOSTERONA = REABSORÇÃO INDIVIDUO URINA MUITO TUBULAR ATIVA