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1. Introduo

Aves As aves so animais vertebrados (como os peixes, anfbios, rpteis e mamferos, apresentam coluna vertebral) que podem ser facilmente distinguidos pela presena de penas. A pena uma caracterstica exclusiva desses animais, ou seja, est presente em todas as espcies do grupo. A boca um bico, sem dentes que pode variar de forma e de tamanho conforme a espcie, sendo estas adaptaes ao tipo de alimentao. So endotrmicas e apresentam um metabolismo elevado. Podem ser encontradas em todos os continentes e, atualmente, j foram descritas cerca de 12.000 espcies. Entre as espcies desse grupo h uma grande variedade de formas, cores, tamanhos e hbitos. Existe desde o avestruz, com mais de 2m de altura e 130kg, ao minsculo beija-flor, das montanhas de Cuba, com apenas 1dcm e 3g, do desajeitado Kiwi ao elegante flamingo, passando, entre outras, pelo corvo muito negro e os papagaios multicoloridos. Existe o grande desenvolvimento de cantos e plumagens diferentes em cada espcie. Sua pele recoberta por penas e com glndulas, as aves aquticas apresentam na cauda a glndula uropigiana para impermeabilizar as penas. A pele seca, sem glndulas, com exceo da glndula uropigiana que existe em muitas espcies. Esta glndula produz secreo que impermeabiliza as penas.So animais de sangue quente. O principal avano das aves em relao aos rpteis reside em sua capacidade de controlar a temperatura do corpo, isto significa que a temperatura interna do corpo (cerca de 37,5 C) permanece constante, sem ter relao com a temperatura do ambiente: so vertebrados homeotrmicos.O organismo gasta energia, e o gasto s pode ser reduzido com uma boa isolao (penas, plos, gordura). O peso das aves varia muito (as voadoras, tm peso reduzido em relao ao volume corpreo), de menos de 28 gramas at mais de 135 quilos. De acordo com o ambiente em que vivem, tambm h variao de detalhes da estrutura do corpo.As penas fornecem isolao trmica leve. As penas maiores esto nas asas - antebraos adaptados ao vo. As penas esto implantadas nos ossos da mo (primrias) e do antebrao (secundrias). Existncia de um s cndilo ocipital e escamas nas pernas e nos ps (heranas deixadas pelos rpteis).So denominados, tambm tetrpodes por apresentarem quatro membros, o par anterior transformado em asas que em, geral, servem para voar: o par posterior pode estar adaptado a vrias funes: andar, correr, nadar; cada p, geralmente, revestido de pele crnea e provido de quatro dedos. Tm dois pares de membros: anteriores as asas e posteriores as pernas ou patas. As patas tambm so adaptadas ao tipo de ambiente em que vive a ave. Cada p geralmente com quatro dedos, canela e dedos envolvidos por pele cornificada, so bpedes, pela transformao dos membros anteriores em asas, o que lhes permite (na maioria das vezes) voar. Todas as aves tm em comum caractersticas que tornam possvel o vo, mesmo as aves que j perderam a capacidade de voar (os nicos pssaros que no voam so os pingins, avestruzes, emas, casuares e quiwis; porm o pingim, por exemplo, no voa, mas pode nadar e mergulhar. J o avestruz pode caminhar e correr.). A habilidade para o vo est refletida nas caractersticas tpicas dos pssaros:

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1. Corpo aerodinmico; 2. Membros anteriores modificados em asas; 3. Cavidades dos ossos preenchidas com ar; 4. Ausncia de mandbulas e dentes, sendo a mastigao realizada pela moela, situada atrs do estmago; 5. Digesto rpida, sem armazenamento de alimento; 6. Penas leves, que so estruturas mortas e impermeveis. Assim, no preciso haver vasos sanguneos pesados para nutri-las; 7. Membrana nictitante; 8. Cerebelo desenvolvido; 9. Sacos areos esterno com quilha; 10. Msculo peitoral desenvolvido; 11. Esqueleto rgido (coluna vertebral, cinturas plvica e escapular fundidas). Presena de ossos pneumticos: Seu esqueleto delicado e forte, totalmente ossificado, tm ossos muito leves. Os ossos dos vertebrados geralmente so ocupados por algum tipo de tecido, como tecido adiposo (gordura) ou tecido hematopoitico (produtor de clulas do sangue). Muitos ossos das aves so ocos e cheios de ar (ossos pneumticos). Essa substituio de um tecido qualquer por ar evita um acrscimo na massa do animal, o que diminui o gasto de energia ao voar. O esterno modificado em quilha, facilitando o corte do ar e fixando a musculatura peitoral. Presena de sacos areos: os sacos areos aumentam a eficincia da renovao do ar presente nos pulmes, garantindo uma oferta de oxignio elevada, compatvel com uma atividade to dispendiosa em termos energticos como o vo.As asas so movidas por msculos muito fortes (que do 15% do peso da ave), ligados a ossos peitorais reforados. Em cada lado do grande peitoral origina-se da parte externa da quilha do osso esterno e insere-se na cabea do mero.As pernas servem como trem de pouso: o fmur fica embutido no corpo, a tbia e o pernio formam uma falsa coxa. As aves tm a viso e audio agudas, conseguem visualizar objetos a longa distncia, e seus ouvidos so melhores que os dos rpteis, o que auxiliam na caa e no reconhecimento de indivduos da mesma espcie. Para proteo dos olhos, possuem sob as plpebras a membrana nictitante. Algumas ainda apresentam um bom olfato. 04

Os olhos so bem desenvolvidos, com percepo de cores e em alguns casos composto por duas fovea centrais, o que lhes confere maior campo de viso. Alm das plpebras, h a membrana nictiante que corre cobrindo o olho no sentido horizontal.Finalmente, o crebro das aves mais desenvolvido que o dos rpteis, pois este rgo est relacionado ao equilbrio durante o vo. So capazes de voar longas distncias e retornar ao ponto de partida. Apresentam doze pares de nervos cranianos. As aves tambm tm atividades instintivas complexas: danas de acasalamento, construo de ninhos, criao de filhotes, migrao. Mas, como os hemisfrios cerebrais so poucos desenvolvidos, elas se adaptam menos que os mamferos s alteraes do ambiente.

2. Desenvolvimento2.1. A Origem das Aves O protagonista dessa incrvel histria o Archaeopteryx lithographica, que viveu no perodo Jurssico, em plena era Mesozica, ou era dos Rpteis. O Archaeopterys, porm, era um rptil diferente dos outros (inclusive dos outros voadores, como os pterossauros): tinha desenvolvido um novo instrumento de vo, que complementava as asas - as penas. Dos contemporneos plumados do Archoeopterys (ou de uma espcie similar a essa) derivaram as aves, que foram evoluindo cada vez mais. As primeiras aves tinham ainda o esqueleto da cauda bastante longo, e o "bico" munido de dentes. Alm do Archoeopterys, tambm tinham dentes duas outras espcies plumadas, batizadas pelos cientistas com os nomes de Ichthyornis e Hesperornis, que em grego significam "ave dos peixes" e "ave da noite". O conjunto de plumas e penas, ou seja, a plumagem que recobre o corpo das aves, tem vrias funes: permite o vo, protege do calor e do frio (funciona como isolante trmico), ajuda a flutuar na gua e contribui para a manuteno de uma temperatura ideal durante a incubao (choco). Juntamente com as asas, as penas so o principal instrumento de vo, funcionando como "hlices" e estabilizadores de vo.

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2.2 Classificao das aves Segundo os conceitos modernos as aves subdividem-se em 27 ordens: ORDEM Sphenesciformes Avestruz Emas Aves aquticas Pombos Papagaios Cucus,Anus Corujas Bacuraus Andorinhes Colius Gruiformes Casuariformes Aepyornithiformes Dinornithiformes Apterygiformes Tinamiformes Gaviiformes Podicipediformes Procellariiformes Polecaniformes Saracuras, Galinhas-dgua Casuares e Emus Aepyonis Moas Quivis Inambus Gavia Mergulhes, Pescaparas Albatroz, Procelrias Pelicanos Pica-paus, Tucanos (69 Passarinhos aves Canoras e EXEMPLO Pinguins ORDEM Galiformes EXEMPLO Codornizes, Perus

Struthioniformes Rheiformes Charadriformes Columbiformes Psittaciformes Cuculiformes Strigiformes Caprimulgiformes Apodiformes Coliiformes Ciconiiformes

Cegonhas, Garas Piciformes Patos, Gansos Anseriformes Urubus, Gavies Falconiformes Passeriformes famlias) -

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As nove ordens principais so: Reiformes Ciconiformes Anseriformes Psitaciformes Passeriformes Galiformes Columbiformes Falconiformes Estrigiformes

Reiformes

Ema Aves com asas pouco desenvolvidas e sem capacidade para voar. So corredoras. Na corrida, as asas servem como uma espcie de leme, ajudando a ave a equilibrar-se e a mudar de direo. A ema e o avestruz so os principais representantes dessa ordem.

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Ciconiformes

Gara branca Essa ordem rene aves com pernas longas, pescoo comprido e bico grande. Alimentam-se principalmente de peixes e de outros animais aquticos. So mais conhecidos o jaburu ou tuiui, a gara branca e cegonha. Anseriformes

Marrecos Os representantes desse grupo so aves aquticas, de tamanho mdio, com bico achatado, pernas curtas e dedos unidos por uma membrana. A essa ordem pertencem os cisnes, os gansos, os patos e os marrecos.

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Psitaciformes

Arara Vermelha Aves com plumagem muito colorida e bico muito curto, forte e recurvado. Entre os Psitaciformes, so mais conhecidos o papagaio, a arara e o periquito. Passeriformes

Os Passeriformes formam o maior grupo de aves. Compreendem todas as variedades de pssaros. Em geral, so cantores (que cantam maravilhosamente) e com plumagem colorida. O carderal, o sabi, o tico-tico, o pardal, o bem-te-vi, o sanhao, o pintassilgo so passeriformes.

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Galiformes A ordem dos galiformes formada por aves semelhantes galinha. Rene muitas espcies utilizadas como alimento pelo homem Galinha Peru Faiso Columbiformes Aves com bico e patas fracos, asas longas e pontudas. Sobre as narinas aparece uma formao especial, denominada ceroma. Entre os columbiformes, destacamse a pomba, a rolinha e a juriti. Estrigiformes Os Estrigiformes compreendem aves de cabea volumosa, olhos localizados na frente e rodeados por um crculo de pequenas plumas. So de hbitos noturnos. As corujas pertencem a essa ordem. Falconiformes Compreendem aves com bico, garras muito fortes e viso muito desenvolvida. So predadores, pois atacam outros animais para mat-los e com-los. So conhecidas como aves de rapina. Nessa ordem incluem-se a guia, o gavio, a harpia.

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2.3 Outras ordens: Ordem Rheiformes Aves de grande porte (900 a 1300 mm). Esterno sem guilha. No voam, cursoras com pernas fortes e altas. Ps com 3 dedos bastante desenvolvidos, dirigidos para a regio anterior. Cabea e pescoo, parcialmente cobertos com penas. Coxas com penas. Familia Rheidae

Ordem Tinamiformes Inambus e macucos, aves terrestres, de certa maneira parecidas com galinceos. De tamanho moderado a mdio: 200 - 530 mm. Asas curtas e arredondas. Plumas pulvurulentas. Voam em linha reta, mas geralmente correm. Procurados como aves de caa. Do sul do Mxico Amrica do Sul (1 famlia). Esterno com guilha. Ps com 3 dedos dirigidos anteriormente, sendo o dedo I, posterior, menor e em nvel mais alto que os demais. 10 retrizes, curtas e pouco distintas, recobertas pelas coberteiras (tectrizes). Posteriores pigstilo reduzido. Cascas de ovos muito lustrosas. Ordem Sphenisciformes No voam. Membros anteriores semelhantes a remos.

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Ordem Pelecaniformes Corpo pesado, bico at 46 cm de comprimento. De tamanho mdio a grande (400 a 1650 mm). Aves aquticas. Narinas quase sempre ausentes ou muito pequenas. Bolsa gular presente (com exceo das aves tropicais) usada para tirar os peixes d'gua. Filhotes nus ao eclodirem, cobertos com plumas posteriormente. Ps totipalmados (todos os dedos unidos por membranas). Tarso reticulado. Cosmopolitas (6 famlias) Ordem Caprimulgiformes Aves crepusculares ou noturnas. De tamanho pequeno a mdio: 190-535 mm. Narinas tubulares separadas entre si e pouco desenvolvidas. Ps com 4 dedos livres. Bico de pice curto e recurvado, mas amplamente fendido, boca muito grande, rodeada por penas filiformes, que auxiliam na captura de insetos na maior parte, pernas muito curtas e ps pequenos (agarrar). Plumagem crptica (pardo escura, semelhante a de corujas), macia e frouxa. Asas longas e pontudas. Alimentam-se de insetos noturnos capturados no ar. No constroem ninhos. Quase cosmopolitas (5 famlias). Famlia Nyctibiidae. Ordem Apodiformes Tamanho de pequeno a mdio (60 a 330 mm). Asas longas e pontudas. Vo muito rpido. mero curto e espesso. Pernas muito curtas. Ps muito pequenos. Ovos brancos. Ativos durante o dia. Alimento capturado durante o vo. 12

Ordem Ciconiiformes Tamanho pequeno a grande: 280-450 mm. Voedoras, com plumas decorativas. reas nuas na cabea. Bico e pescoo comprido. Pernas relativamente longas. Regio inferior dos tibiotarso sem penas. 4 artelhos, palmouras, em geral, pequenas entre os 3 artelhos anteriores. Alimentam-se principalmente de peixes ou de outros animais aquticos. Muitos nidificam em colnias nas rvores. Filhotes cobertos com plumas. 7 famlias. Cosmopolitas, principalmente tropicais e subtropicais. Ordem Coraciformes Cosmopolita de origem oriental. Tamanho muito diverso. Plumagem densa e lisa. Ordem Anseriformes Aves aquticas e semi-aquticas. De tamanho pequeno a grande: 290 - 1525 mm. Narinas perfuradas. Lngua carnosa. 11 remiges primrias, sendo a primeira de tamanho reduzido. Glndula uropigial com penas. Bicos largos e achatados, geralmente lamelados, coberto com epiderme cornificada mole contendo numerosas terminaes nervosas tcteis em botes sensitivos, com "unha" ou capa mais dura na extremidade. Margens dos bicos com muitos sulcos transversais cornificados (lamelas). Cauda geralmente curta, com muitas penas. Ovos de cor uniforme, sem manchas. Filhotes nidfugos cobertos de penas. Artelhos unidos pelo menos parcialmente por palmouras. Ninho forrado de penas. Pernas curtas. Ps com palmouras. Cosmopolitas (2 famlias). 13

Ordem Gruiformes Principalmente aves aquticas. Tamanho muito pequeno a grande: 112 a 1525 mm. Pescoo relativamente longo. Asas arredondadas. Cauda curta. Pernas mdias a longas. Penas com hiporrquis. Vo forte. Habitantes de pntanos abertos e pradarias. Vo fraco (ocasionalmente sem capacidade de vo). Filhotes nidfugos. Cosmopolitas, com exceo da Antrtica (12 famlias). Ordem Galliformes Bico curto. Pena com hiporrquis. Ps geralmente adaptados para ciscar e correr. Com artelhos curvos. Filhotes cobertos com plumas ao eclodirem e nidfugos. Aves de caa, algumas espcies domesticadas, muitas habitantes de solo, gregrias, onde a maioria nidifica. Alimentam-se principalmente de matria vegetal. Tamanho pequeno a muito grande (125 a 2335 mm). Aves terrestres. Bicos curvos e curtos. Muitas vezes reas da cabea sem penas. Asas curtas e arredondadas. Ordem Psittaciformes De tamanho muito pequeno a razoavelmente grande: 95 - 1000 mm. Bico curto, forte, com margens afiadas e curvas na extremidade. Maxilar superior mvel no osso frontal do crnio. Plumagem brilhante, vrios tons de verde, amarelo, vermelho ou azul. Bico com celoma mole, freqentemente com penas. Ps fortes com artelhos zigodctilos, adaptados para agarrar (2 para frente e 2 para trs). Artelho posterior externo no reversvel. 14

Muitos gregrios e com vozes altas, alimentam-se principalmente de frutos. reas tropicais e grande parte do Hemisfrios Sul (1 famlia). Ordem Charadriiformes Aves ribeirinhas, costeiras, aquticas e de pntanos. Tamanho pequeno a mdio: 175-750 mm. Bico curto a longo, reto, curvo ou recurvado. Artelhos geralmente unidos por palmouras, pelo menos na base. Plumagem densa e firme. Pernas mais ou menos longas (aves de praia). Asas fortes (gaivotas) ou com apenas 3 artelhos e pernas bem na parte posterior do corpo. Ovos muito manchados. Filhotes nidfugos na maioria das espcies. Dimorfismo sexual pequeno. Asas longas. Penas com hiporrquis. Glndula uropigial em tufo. Cosmopolitas (16 famlias). Ordem Falconiformes Bico fortemente curvado na extremidade com ceroma na base. Mandbulas com margens afiadas. Ps usualmente adaptados para agarrar, com garras curvas e afiadas, polegar oponvel. Predadores ativos durante o dia. Alimenta-se variadamente de vertebrados e animais menores. Tamanho pequeno a muito grande (150 a 1500 mm). Vo forte, rpido em alguns. Ordem Columbiformes Tamanho de 150 a 1200 mm. Bico geralmente curto e delgado, com ceroma. Tarso geralmente mais curto que os artelhos. Papo grande, produzindo leite para alimentar os filhotes. Ovos sem manchas, geralmente brancos. Filhotes nus. 15

Aves terrestres com corpo rechonchudo, com plumagem macia e frouxa. Cosmopolitas. Ordem Strigiformes Cabea grande e arredondada. Olhos grandes e dirigidos para frente, cada um num disco de penas radiais. Abertura do ouvido grande, frequentemente com uma cobertura semelhante a uma aba, s vezes assimtrica. Bico curto. Ps adaptados para agarrar. Garras afiadas. Plumagem de textura mole e frouxa. Filhotes cobertos com plumas ao eclodirem. Ovos brancos. Ativas durante a noite, escondem-se em abrigos durante o dia. Alimentam-se de vertebrados terrestres, especialmente de mamferos, algumas aves e artrpodes. Cosmopolitas. Ordem Piciformes De tamanho pequeno a mdio: 80 - 600 mm. Aves arborcolas com ps zigodctilos. Bico de tamanho pequeno a extremamente grande. Pernas e ps fortes. Artelho externo oponvel na maioria das espcies. reas temperadas e tropicais, com exceo da Nova Zelndia, regio Australiana e Madagscar (6 famlias) Ordem Passeriformes Tamanho pequeno a grande: 75 a 1015 mm. Cerca de 3/5 de todas as espcies viventes (60% de todas as aves). Forma do bico varivel. Asas variando de curtas e arredondadas a muito longa e pontuda. Cauda varia de curta a muito longa. 4 artelhos funcionais, nos mesmos planos, nunca reversveis, nem unidos por palmouras, 3 para frente e 1 para trs, adaptados para empoleirar cosmopolitas (4 subordens, 64 famlias). 16

2.4 Anatomia interna

2.5 As asas As asas, presentes em todas as aves, so os membros anteriores modificados. So formadas pelo mero, rdio ecbito, e pela mo, adaptada e constituda por trs metacarpos, cada um com seu dedo. As asas so uma evoluo dos membros anteriores das aves-rpteis pr-histricas. So "braos", em cujas partes principais nasceram as rmiges, penas sem as quais as aves no voam. Esse processo evolutivo tem por base a seleo natural, que faz com que os mais aptos sobrevivam. Exemplo: os pterossauros, apesar de voarem, no desenvolveram a homeotermia, enquanto as aves, graas temperatura constante do corpo, podiam migrar. Essa deficincia dos peterossauros levou-os extino.2.5.1

As plumas e penas (sistema tegumentrio) So caractersticas prprias das aves, distinguindo-se de todos os outros animais. As plumas (penugem leve e macia) cobrem quase todo o corpo da ave - inclusive debaixo das penas - e servem para proteg-la das mudanas de temperatura e do impacto com o ar e com objetos. As penas, produto da epiderme, so constitudas principalmente pela queratina. 17

2.5.2

Uma pena completa formada por um tubo transparente (clamo) que, mergulhado no folculo ("poro" da pele), prolonga-se no rquis.Em cada lado do rquis h uma srie de barbas ("ramificaes") paralelas, cujo conjunto constitui o vexilo ou estandarte. Cada barba, por sua vez, provida de numerosas barbelas, que se unem entre si por delgadas barbulas em forma de gancho. As penas que cobrem o corpo das aves recebem o nome de retrizes; as que se prendem nas asas so as rmiges; e as que constituem a cauda so as rectrizes. Elas formam uma superfcie contnua de revestimento, que oferece uma notvel resistncia ao ar e impermevel gua (graas s substncias gordurosas secretadas pela pele das aves). 2.5.2 Pele PELE : Exterior / Interior Funes: Proteger contra foras, substncias e organismos prejudiciais; Evitar a perda de sangue e outros fluidos; Auxiliar na regulao da temperatura corporal; Auxiliar na locomoo e outros comportamentos; Fornecer suporte para rgos de sensibilidade dor, temperatura, presso e vibrao. . Pele muito fina . Duas camadas: epiderme (mais externa) . Derme (mais interna) . Queratina localmente concentrada: penas, escamas, bicos, garras, espores. . Musculatura lisa e estriada . Glndula uropigiana (a maioria das aves a possui) . Remoo experimental: deteriorao das penas, bicos, escamas das patas. . Vitamina D: ergosterol (precursor) . Cristas, bolsas guturais pele tambm. 18

2.5.3 Ossos Os ossos pneumticos tambm so encontrados em outros grupos de rpteis. Apesar de serem ocos (um termo melhor seria "no-macios"), os ossos das aves so muito resistentes, pois preservam um sistema de trabculas sseas arranjadas como pirmides em seu interior.

2.5.4 A Pata A pata da ave denuncia o lugar onde ela vive. O avestruz tem a pata robusta dos corredores. O falco tem garra de caador. O mergulho, bicho nadador, tem a pata em forma de remo, quando est "remando", ela fica aberta, quando o animal puxa a pata para frente, ela torna-se fina, para oferecer pouca resistncia gua.

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2.6 Sistemas 2.6.1 Sistema Circulatrio Na circulao, que dupla e fechada, o corao apresenta duas aurculas ou trios e dois ventrculos. No h mistura de sangue venoso e arterial no corao (dupla e completa). A artria aorta que sai do ventrculo esquerdo tem uma curvatura (crossa) para a direita, ao contrrio dos mamferos que tm esta curvatura para a esquerda. Ao contrario dos mamferos, porm, o arco artico direito e no esquerdo.Nas aves o aparelho circulatrio do tipo fechado, duplo e completo. H uma separao completa entre o sangue venoso e o arterial. Alm disso, o corao tem quatro cmaras. A aorta sistmica deixa o ventrculo esquerdo e leva o sangue para a cabea e corpo, atravs do quarto arco artico direito. Existem, variaes considerveis no que se refere s artrias cartidas. Geralmente, as cartidas comuns so pares. Entretanto, nos alcaraves, os dois ramos se unem logo depois de emergirem das artrias inonimadas e formam um nico tronco. Em outros grupos, pode haver uma reduo do tamanho tanto da cartida comum esquerda como da direita antes da fuso e, nas aves passeriformes, s a cartida comum esquerda permanece. Existem duas veias pr-cavas funcionais e uma veia ps-cava completa. As primeiras so formadas pela unio da veia jugular e subclvia de cada lado. 20

A veia ps-cava drena o sangue dos membros atravs do sistema porta-renal, que passa pelos rins, mas que no se ramifica em capilares; consequentemente, no pode ser comparado ao sistema porta-renal dos vertebrados inferiores. Os eritrcitos das aves so nucleados e maiores do que os dos mamferos.O sistema de circulao permite a conservao da temperatura da ave. A circulao bastante intensa e consequentemente, as trocas gasosas que se processam ao nvel das clulas tambm so intensas e desenrola-se uma notvel combusto celular. Isso acontece porque o deslocamento durante o vo constitui uma atividade muscular muito grande, que exige o consumo de grandes quantidades de energia - ATP. Chegam a ter 150 batidas por minuto algumas aves.

2.6.2 Sistema Digestrio O tubo digestivo tem como particularidades: o bico sem dentes, o papo, a moela e termina na cloaca. No possuem bexiga e a excreo o cido rico, eliminado junto com as fezes.A anatomia do canal alimentar das aves notavelmente diferente da dos mamferos na rea da boca, na presena de um papo no esfago e na existncia de um estmago muscular ou moela.A boca e a faringe no so bem delimitadas na ave e, na maioria das espcies, no h palato mole. O palato duro comunica-se com as cavidades nasais. 21

Os dentes esto ausentes e suas funes so realizadas pelo bico crneo e pela moela, havendo uma grande variedade de adaptaes do bico e da lngua. As glndulas salivares e papilas gustativas esto presentes, em localizao e nmero variveis.As dimenses do trato digestivo variam consideravelmente entre as espcies, dependendo dos hbitos alimentares. Nos galinceos adultos, o comprimento de todo trato pode ser de 210 cm ou mais. Em geral, o esfago das aves comparativamente longo e de maior dimetro, sendo mais largo nas espcies que deglutem pedaos maiores de alimento. Uma dilatao do esfago, o papo, est presente na maioria das espcies, embora ausente em algumas espcies.A forma do papo pode variar de uma simples dilatao do esfago at um ou mais sacos para fora do esfago. O estmago glandular ou pr-ventriculo das aves funciona primordialmente na secreo, embora tambm possa ter uma funo de armazenamento nas aves que no tm papo e em algumas espcies que se alimentam de peixes.O estmago muscular altamente especializado para a triturao naquelas espcies que ingerem alimentos duros, ou para misturar as secrees digestivas com o alimento, nas espcies carnvoras.Na maioria das espcies, o estmago muscular compe-se de dois pares musculares denominados msculos intermedirios e msculos laterais ou, mais recentemente, conhecidos como msculos pares grosso e fino. Esses msculos no esto presentes na maioria das aves carnvoras.O intestino delgado das aves tem um duodeno semelhante dos mamferos, mas alm do duodeno no existem reas delimitadas como o jejuno e o leo dos mamferos. O vestgio do saco vitelnico (divertculo de Meckel) pode ser encontrado mais ou menos na metade do intestino delgado. O intestino delgado muito mais longo nas aves herbvoras do que nas carnvoras. A mucosa do intestino delgado semelhante a dos mamferos, exceto que as vilosidades geralmente so mais altas, mais delgadas e mais numerosas nas aves. Localizado na juno dos intestinos grosso e delgado esto os cecos que, nas aves, em geral so em nmero par, ao contrrio dos mamferos. Suas dimenses so influenciadas pelos hbitos alimentares e eles no esto presentes em todas as espcies. O intestino grosso das aves relativamente curto e no bem demarcado em reto e clon, como nos mamferos.Outro rgo concernente digesto o fgado, que bilobado e relativamente grande na maioria das aves; o ducto heptico esquerdo comunicase diretamente com o duodeno, enquanto o ducto direito envia um ramo para a vescula biliar, ou pode dilatar-se localmente como uma vescula biliar. A vescula biliar est presente na galinha, pato e ganso, mas algumas outras espcies, como o pombo, no tm vescula biliar. Ela d origem aos ductos biliares que se esvaziam no duodeno, prximo a ala distal. O pncreas fica na ala duodenal. Ele consiste, no mnimo, em trs lobos e suas secrees atingem o duodeno atravs de trs ductos.

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O sistema digestivo propriamente dito est dividido nos seguintes compartimentos: * Bico : Em algumas aves, a ponta do bico rgida, sendo utilizadas para tarefas como quebrar nozes ou matar presas. Em outras aves, como patos, a ponta do bico sensvel e contm nervos, para localizar as coisas pelo toque. Diferentemente dos maxilares com dentes, bicos no so usados para mastigar. * Esfago : O esfago um rgo oco que com suas contraes atravs dos movimentos peristlticos fazem com que o bolo alimentar avance at o papo (em 2 segundos, aproximadamente) mesmo que esteja de cabea para baixo. * Papo : No papo ocorre algumas fermentaes e imbebio dos alimentos com mucosidades, preparando-os para a digesto gstrica posterior. O papo tambm permite a regurgitao de alimentos previamente digeridos para os filhotes. * Proventrculo : responsvel pela digesto qumica dos alimentos, tambm designado como "estmago qumico". * Moela : realiza a digesto mecnica dos alimentos. * Intestino : O intestino a parte final do tubo digestivo dos animais, responsvel pela absoro de nutrientes e gua e pela excreo dos resduos. * Cloaca : Cmara onde se abrem o canal intestinal, o aparelho urinrio e os oviductos das aves e dos rpteis. 2.6.3 Sistema Respiratrio Os pulmes so do tipo parenquimatoso, com vrios canais de arejamento, ligados a cinco pares de sacos areos, ligados s cavidades dos ossos pneumticos.Dentro dos pulmes, os condutos areos no terminam em vesculas pulmonares, continuando por um sistema capilar contnuo. Quando uma ave est pousada, a respirao se faz pelo arfar do peito. 23

Mas durante o vo, automaticamente, devido aos movimentos das asas, produzse a expanso e a contrao da cavidade torcica, estabelecendo-se a conveniente passagem de ar nos pulmes necessria respirao.Partem dos pulmes expanses membranosas denominadas sacos areos, os quais aumentam a superfcie de contato para absoro do oxignio. Alm disso, os sacos areos expandem-se pelo interior de muitos ossos, tornando o animal mais leve.No h verdadeiro diafragma, mas somente uma membrana (diafragma orntico) que separa da cavidade abdominal a que contm os pulmes, ou pleura. Possuem um "rgo do canto" chamado siringe, que se situa no final da traquia antes da ramificao em brnquios. A siringe mais desenvolvida nos machos, pois seu canto serve para atrair as suas fmeas e para delimitar os territrios. Sacos areos entre os rgos e o esqueleto.

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2.6.4 Sistema Nervoso O sistema nervoso bastante desenvolvido, principalmente as estruturas relacionadas com o equilbrio e com a orientao espacial, como o cerebelo. Em algumas aves, j foram encontrados cristais de magnetita nos msculos do pescoo. Provavelmente, esses cristais devam estar associados com alguma forma de orientao magntica, como "bssolas internas", importantes para as aves que executam longos vos migratrios. O paladar e o olfato so muito pouco sensveis, ao contrrio da viso e da audio. As aves tambm possuem 12 pares de nervos cranianos. A viso privilegiada da maioria das aves possibilida uma excelente acuidade visual, pois a retina contm muitos cones com gotculas de leo, inclusive para cores em muitas espcies.O crebro das aves mais desenvolvidos que o dos rpteis; apresentam sistema nervoso central e perifrico com doze pares de nervos cranianos. O encfalo apresenta cerebelo bem desenvolvido, pois necessitam de muito equilbrio para o vo.As aves tambm tm atividades instintivas complexas: danas de acasalamento, construo de ninhos, criao de filhotes, migrao. Mas, como os hemisfrios cerebrais so pouco desenvolvidos, elas se adaptam menos que os mamferos s alteraes do ambiente. Apresentam membrana nicitante revestindo os olhos no sentido horizontal, como uma cortina. 25

Os olhos so de grande importncia e a sua posio varia de uma posio lateral at uma posio frontal do crnio.Devido posio dos olhos e capacidade de virar a cabea mais de um semicrculo para cada lado, as aves tm um campo visual mais extenso do que o mamferos. Os olhos so enormes, por vezes maiores do que o crebro. Tm grande capacidade de acomodao ocular, podendo focar rapidamente objetos. Podem servir como telescpio e como lentes de aumento e esto concebidos para ter o mximo de luminosidade.O olho da coruja capta uma quantidade de luz 100 vezes superior do ser humano. Os mochos so capazes de localizar a sua presa na obscuridade total servindo-se da audio. O seu ouvido dividido em ouvido externo, mdio e interno e a audio apurada. 2.6.5 Sistema nervoso e sensorial Encfalo : Com 2 hemisfrios cerebrais. Cerebelo : Bem desenvolvido (centro de coordenao e equilbrio) Lobos pticos : Bem desenvolvidos (acuidade visual) Ouvido externo : Tmpano recoberto por penas Ouvido mdio : Columela e msculo columelar Ouvido interno : Cclea -cls. ciliadas Olhos : Retina (cones, com gotculas de leo coloridas, e bastonetes)

Fvea (cavidade na retina, na regio de maior acuidade visual, que desvia os raios luminosos e aumenta a imagem). A fvea em alguns falces aumenta a imagem em at 30%.

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2.6.6 Sistema Urogenital (Sistema Reprodutor) H dois rins metanefros Ureter Cloaca No h bexiga urinria, exceto em Avestruz. Glndulas supra-orbitais em certas aves.Machos com testculos pares.Fmeas com ovrio esquerdo desenvolvido, na maioria testculos e ovrio. Ducto

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Cloaca Ao longo do oviduto:H glndulas envolvidas na formao do ovo. - > Fmea

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-> Macho

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Apresentam dimorfismo sexual, isto , o macho e a fmea so muito diferentes.Tm sexos separados e so ovparas, ou seja, botam ovos que completam seu desenvolvimento fora do corpo materno, isso contribui para a reduo do peso da fmea, pois ela no carrega o ovo ou o embrio dentro de seu corpo, como na ovoviviparidade e na viviparidade.A reproduo sexuada, com fecundao interna. A unio dos gametas ocorre no oviduto, antes da formao da clara e casca do ovo e so ento eliminados pela cloaca. Elas possuem um ovo terrestre com uma casca protetora externa, e internamente encontram-se os anexos embrionrios. Seus ovos apresentam mnio, crio, saco vitelino e alantide e ao eclodir os filhotes so alimentados e vigiados pelos pais. As vias reprodutoras, urinrias e digestivas das aves abrem-se na cloaca, o que tambm se observa nos rpteis. Nessas espcies, a fecundao faz-se pela sobreposio da cloaca do macho sobre a cloaca da fmea, o que permite a penetrao dos espermatozides no interior do sistema reprodutor feminino. fecundao, geralmente segue-se o choco (ou incubao), perodo de cuidados intensivos com os ovos, mantidos aquecidos pelo prprio calor do corpo. Este comportamento de cuidado com a prole chamado de cuidado parental. Em muitas espcies tanto a fmea quanto o macho realizam esta atividade. O acasalamento Para poderem acasalar, alguns machos tm cores muito vistosas na sua plumagem. Esta plumagem colorida serve para atrair as fmeas para poderem fazer ninho e formarem uma ninhada. O Pavo tem uma cauda que levanta, formando um leque de cores garridas e muito atraentes para as fmeas.Outras aves realizam danas a dois (macho e fmea) quando pretendem acasalar. o caso do Ganso-patolas que mostra as suas bonitas patas azuis enquanto realiza a sua dana. A Abetarda tambm realiza uma espcie de dana para atrair a fmea. Esta dana tem o nome de banho de espuma pois parece realmente que a ave fica coberta de espuma e muito maior. Para atrair as fmeas, a maioria das aves escolhe um local alto e seguro para cantar. Os cantos e chamamentos das aves so muito diferentes uns dos outros, podendo ser ouvidos a muitos quilmetros em redor. Algumas aves acasalam para a vida inteira e fazem os seus ninhos sempre no mesmo local, o caso das Cegonhas, dos Mochos e das Corujas. As aves so oviparas Produzem-se por meio dos ovos, que variam em forma, tamanho e cor, segundo a espcie. O ovo protegido por um involutrio calcrio e poroso, a casca, produzida no oviduto da fmea. Em seu interior encontra-se a clula-ovo ou gema, rodeada por uma substancia gelatinosa, a clara. 30

O desenvolvimento do ovo requer calor, que proporcionado pelo corpo da me ou dos dois progenitores durante o perodo denominado incubao. Os ovos das aves, semelhana dos ovos dos rpteis, possuem uma casca calcria resistente e porosa. Os anexos embrionrios tpicos dos rpteis tambm esto presentes nos ovos de aves: mnio, crio, alantide e saco vitelnico, este ltimo bastante rico em vitelo, a gema do ovo. A clara, cujo nome correto albmen, acrescentada ao ovo durante sua passagem pelo oviduto, via de sada do sistema reprodutor feminino. 2.7 Ecologia e distribuio So vertebrados que, em geral, possuem os membros anteriores transformados em asas para voar. Assim sendo, conquistaram o meio terrestre e o meio areo. As adaptaes para o vo incluem, alm das asas: penas, membrana nictitante, cerebelo desenvolvido, sacos areos, esterno com quilha, msculo peitoral desenvolvido, ossos pneumticos, esqueleto rgido (coluna vertebral, cinturas plvica e escapular fundida).O principal avano das aves em relao aos rpteis reside em sua capacidade de controlar a temperatura do corpo, mantendo-a constante, independente de variaes ambientais: so vertebrados homeotrmicos. A homeoterma garante as aves fcil adaptao aos mais variados ambientes terrestres - nas zonas polares ou nos desertos, nas mais altas montanhas dos Andes ou em cavernas privadas de luz, na selva amaznica ou nas mais populosas cidades - tornando possvel sua larga distribuio geogrfica. Alm disso, a capacidade de voar permitiu a explorao do meio areo, ampliando sua distribuio a praticamente todas as regies da Terra.Tm dois pares de membros: anteriores as asas e posteriores as pernas ou patas. As patas tambm so adaptadas ao tipo de ambiente em que vive a ave. 2.8 Cores Nas aves as cores so produzidas de quatro maneiras bsicas: Cores melnicas: Produzidas pela melanina, sintetizada pela ave nas clulasdos folculos que formam as penas. Nesta categoria encontramos apenas as cores :preto e marrom

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Cores estruturais: provenientes de uma refrao dos raios solares nasestruturas ocas e cheias de ar das penas. O branco e o azul so cores produzidas por este efeito da luz em cmaras de ar existentes na estrutura das penas. A iridescncia o fenmeno da mudana de cores estruturais conforme a aves se movimenta em relao incidncia do sol. bem conhecido nos beijaflores.

Cores provenientes de pigmentos vegetais: Cores obtidas atravs daingesto de pigmentos de frutos, sementes e folhas. Para manter as cores, estas aves necessitam de determinados alimentos. Nesta categoria encontramos o vermelho e o amarelo.

Cores combinadas: Utilizam uma combinao de fatores para semanifestarem. O verde uma cor que resulta da combinao de um pigmento vegetal ingerido pela ave, mais um efeito de reflexo da luz nas penas. Dessa forma. no h um "pigmento verde" puro entre as aves, mas uma combinao de fatores que o determinam. Uma exceo o pigmento turacoverdina encontrado em algumas aves da frica.

2.9 Os Ninhos Os ninhos das aves tm formas extraordinariamente variadas. Tanto podem ser pequenas salincias de saliva que se colam s paredes das grutas, longos tneis que ocupam muitos metros de solo, como, no caso de algumas guias, pilhas macias de ramos que pesam mais do que um automvel. Mas os familiares so, sem dvida, os ninhos em forma de taa funda, feitos por aves de regies arborizadas, sebes e quintas. Apesar da sua semelhana quanto forma, os pequenos pormenores destes ninhos identificam as suas obreiras com tanto rigor como se de uma impresso digital se tratasse.

Teias de aranha como alicerce Para fazer o seu ninho, um tentilho estende primeiro fios de teia de aranha em redor de um grupo de ramos bifurcados. Estes constituem o suporte do ninho. Depois de se certificar de que a estrutura est firme, a ave constri a taa com musgo, lquenes e fibras vegetais, revestindo-a depois com penas e plos.

32 A recolha destes materiais de construo uma tarefa rdua. Se por qualquer motivo o tentilho resolve achar o seu ninho pouco seguro, transporta os materiais do ninho para um novo local, para evitar trabalho extra.

Penas em segunda mo As penas so uma parte importante de muitos ninhos. Aves canoras como rabirruivo, cujo ninho est aqui representado, recolhem penas que outras aves deixaram cair, enquanto aves aquticas e pernaltas recorrem s suas prprias penas. Algumas aves pequenas, como os pardais, melhoram o abastecimento natural, puxando penas do dorso de aves maiores.

Obra-prima em lama Muitas aves que fazem o ninho em forma de taa utilizam lama como material de construo, mas em muitos casos ela aplicada em camada logo abaixo do revestimento final de penas, plos ou palhas. O tordo comum um caso raro, porque utiliza a lama como nico revestimento. A ave constri uma parte exterior slida com tronquinhos e palha e depois espalha o revestimento semilquido no interior. Embora a lama constitua a maior parte da mistura, esta tambm contm saliva e esterco de animais.

33 Uma vez aplicado, o revestimento endurece. Mesmo depois de as aves terem abandonado o ninho, ele pode resistir chuva durante muitos meses.

3 Curiosidades Animais famintos

As aves so animais muito ativos: o vo exige um grande consumo de energia, e, para produzi-la, elas comem muito. Os beija-flores, por exemplo, comem num dia mais do que o dobro de seu prprio peso. Frutas, sementes, vermes, insetos e pequenos vertebrados constituem as principais fontes de alimentao para as aves. Mas existem espcies com gostos muito estranhos: umas se nutrem do nctar das flores (beija-flores); outras (como alguns patos), de plncton (organismos aquticos microscpicos); e h, inclusive, algumas que se alimentam de cadveres (como os urubus).

As aves tm bico freqentemente robusto, destitudo de dentes, por isso engolem o alimento sem mastig-lo. Esse alimento recolhido numa espcie de saco chamado goela ou papo, depois passa pelo primeiro estmago, chamado glandular ou qumico, provido de glndulas que produzem o suco digestivo. A digesto prossegue, ento, no segundo estmago, chamado moela ou estmago mecnico, dotado de paredes muito musculosas, a o bolo alimentar triturado pela rugosidade da superfcie interna e chega ao intestino. s vezes, as aves

engolem pedrinhas para facilitar o trabalho de triturao feito pela moela. 34 A melhor bssola do Mundo

Orientao uma palavra-chave para todos os viajantes, mas neste domnio quem mais impressiona so as aves. Capazes de percorrer milhares de quilmetros de forma orientada, tm suscitado muitas questes ainda por responder. As aves renem indubitavelmente um conjunto de caractersticas que tm desde sempre cativado a imaginao dos Homens. Destas caractersticas destacam-se duas: a mestria do vo e a capacidade de orientao. A conjuno destas duas permite s aves efetuarem longas migraes anuais, regressando ano aps ano ao mesmo local. Mesmo muito antes de se conhecerem os mecanismos de orientao das aves, j os homens tiravam partido desta capacidade. A utilizao de pombos correios para transmisso de mensagens era j uma prtica corrente na Roma antiga. Esta capacidade de orientao to fina no , no entanto, exclusiva das aves. Tambm alguns peixes conseguem aps vrios anos no mar, regressar ao exato regato onde nasceram. Por sua vez, os homens desde cedo encontraram na orientao um desafio fundamental, quando das suas viagens por terra ou mar. Alguns povos, bastante virados para a vida no mar, como os Vikings, ou os Maori do Pacfico Sul, desenvolveram um conhecimento bastante apurado dos astros celestes que lhes permitia navegar com alguma segurana sem terra vista. Os povos nmades do deserto associaram ainda a este conhecimento um mapa mental riqussimo da paisagem em constante mudana que os rodeava. Mais tarde, durante os Descobrimentos e para fazer frente s dificuldades de viagens de maior dimenso, os Homens desenvolveram e aperfeioaram instrumentos de navegao, como a bssola, o sextante ou o astrolbio, sendo este ltimo inventado por Portugueses.

35 Com a ajuda destes instrumentos foram-se aperfeioando mapas, mas mesmo assim os erros de navegao eram freqentes. Cristovo Colombo acabou por morrer convencido que encontrara efetivamente o caminho martimo para a ndia, quando afinal tinha chegado s Carabas.

Desde esta poca at aos nossos dias, os sistemas de navegao evoluram muito. Atualmente, existem sistemas de posicionamento global por satlite (GPS) cujo rigor quase absoluto. O desenvolvimento destas tecnologias o produto de uma longa caminhada e no deixa de ser irnico que mesmo assim a fiabilidade destes dispositivos seja por vezes inferior s capacidades naturais de outros animais, que ao longo de milhes de anos tm cruzado os cus e oceanos do planeta. Para compreender a complexidade dos mecanismos de orientao das aves foram necessrios muitos anos. Efetivamente, uma das primeiras dificuldades consistiu em apurar se as aves que voltavam ano aps ano ao mesmo local eram de fato os mesmos indivduos, ou apenas outros da mesma espcie. Em 1803, Audubon marcou a pata de um pequeno passeriforme (Sayornis phoebe) com uma fita de seda e constatou que este regressou na primavera seguinte ao mesmo local. Esta foi, provavelmente, uma das primeiras aves "anilhadas" da histria e o princpio de uma srie de experincias que conduziram ao ainda escasso conhecimento de que hoje dispomos nesta rea.

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Durante anos pensou-se que as aves possuam um super sentido que lhes permita orientarem-se nas condies mais adversas. Atualmente sabemos que o que efetivamente possuem a conjuno de uma srie de sentidos apurados, que em alternativa ou em conjugao lhes permite, por exemplo, encontrar uma mesma rvore no meio de uma floresta, aps um ano de ausncia e milhares de quilmetros de viagem. Apesar das aves possurem sentidos especficos para a orientao, pela viso que se guiam na maior parte das vezes. Naturalmente que esse tipo de navegao exige no s um conhecimento prvio do local, como tambm condies climticas favorveis. De uma forma geral, as aves miradoras procuram seguir a linha de costa, ou cursos de gua que lhes sejam familiares. A uma escala mais reduzida, quando se aproximam do destino, o reconhecimento visual da paisagem parece ser tambm preponderante para encontrar o local onde nidificaram no ano anterior. Tambm a navegao apoiada na posio do Sol, ou das demais estrelas e planetas, dependem da viso. Para alm disso, para que a posio do Sol possa revelar efetivamente uma direo necessrio saber em que hora do dia nos encontramos. Experincias feitas em cativeiro revelam que as aves podem compensar o movimento aparente do Sol, com uma percepo exata do ciclo circadiano. Outra experincia levada a cabo na Antrtida, com Pingins de Adlia que foram transportados para o interior do continente, provou que em dias encobertos os pingins se deslocavam ao acaso e em dias de sol na direo correta, corrigindo a sua rota em 15 graus por hora em relao posio do Sol. Freqentemente o disco solar est encoberto por nuvens mas, mesmo assim, desde que haja uma parte do cu visvel possvel para as aves, atravs da polarizao dos raios solares na atmosfera, prever a posio do Sol. A navegao apoiada nas estrelas aparentemente mais simples, uma vez que alguns astros, como o caso da Estrela Polar no hemisfrio Norte se mantm ao longo da noite com a mesma orientao. Mesmo assim, verificou-se atravs de experincias feitas em planetrios que diferentes espcies ou indivduos se apiam em diferentes estrelas ou constelaes.

37 Estas estratgias de navegao esto fortemente apoiadas na viso. No entanto algumas experincias efetuada com pombos correios, demonstraram que aps uma viagem de 170 Km eram capazes de encontrar o seu destino, mesmo com lentes de contacto que no lhes permitiam ver para alm de 3 metros. A explicao para este fato pode estar na sensibilidade das aves para o Geomagnetismo, ou seja, a mesma fora que atrai as agulhas das bssolas para o Norte. Durante as tempestades solares, quando existem perturbaes no magnetismo da Terra, verificam-se padres aberrantes de migrao. Tambm algumas experincias revelaram que pombos com campos magnticos criados artificialmente em redor do seu pescoo no conseguiam em dias encobertos encontrar o seu destino. Tambm o olfato e a audio, embora no sendo sentidos muito apurados pelas aves, podem em alguns casos desempenhar um importante papel na sua orientao. Algumas aves marinhas desenvolveram um olfato apurado que lhes permite encontrar o ninho durante a noite e recentemente descobriu-se que as aves so sensveis a rudos de baixa freqncia, como o barulho das ondas, e suspeita-se que esta possa tambm ser igualmente uma ajuda importante.

A aprendizagem tem um papel fundamental na potenciao destes sentidos inatos. So geralmente aves mais velhas e experientes que lideram os bandos durante as migraes. Numa experincia foram deslocadas centenas de estorninhos, durante a sua migrao da Escandinvia para o Reino Unido. Foram trazidos da Holanda para a Sua e quando libertados, os adultos corrigiram a sua rota e prosseguiram em direo ao Reino Unido. Os jovens mantiveram a orientao da rota inicial e terminaram em Espanha. 38 Os dados que se obtiveram com toda a investigao levada a cabo nas ltimas dcadas ajudaram a compreender os mecanismos de navegao das aves, mas efetivamente o que elas fazem vai muito mais alm. Vejamos o caso de uma Pardela que, nos anos cinqenta, foi deslocada da sua toca numa ilha ao largo do Pas de Gales para ser libertada a quase 5000 quilmetros do outro lado do Atlntico, perto de Boston. Em apenas 12 dias regressou para a sua toca, tendo inclusivamente chegado antes da carta que os investigadores tinham enviado para o Reino Unido a avisar da libertao da dita ave. Para fazer este percurso foi necessrio, para alm de conhecer o local do seu ninho e a orientao dos pontos cardeais, conhecer a localizao exata do ponto de partida.

O mecanismo pelo qual algumas espcies de aves conseguem localizar com exatido o ponto do globo em que se encontram, mesmo que nunca l tenham estado, permanece ainda obscuro. Apesar do rigor e preciso da capacidade de localizao e navegao de algumas aves, dos bilhes que anualmente migram algumas acabam por se perder. Todos os anos, por exemplo, a Europa visitada por miradores Nerticos que se afastam das suas rotas no continente americano. Mesmo assim, destas a maioria so aves juvenis ou imaturas e por isso menos experiente.A dificuldade do Homem em apreender conceitos que no podem ser experimentados pelos seus 5 sentidos lana um enorme desafio aos investigadores, que incessantemente procuram respostas para este enigma.

39 Migrao das aves Algumas aves mudam de regio na poca de inverno, procura de regies mais quentes. O Brasil recebe muitas dessas aves.Parece evidente que um dos factores relacionados com a migrao das aves o da abundncia ou escassez de alimento. Em muitas regies do globo, a sua alimentao escasseia durante certas pocas do ano. A maioria das aves morreria se permanecesse nestes locais. a situao verificada nas regies com invernos muito rigorosos. Durante esta poca, as aves migram para regies mais amenas com maior abundncia alimentar, retornando na Primavera quando o clima e os recursos alimentares lhes so de novo favorveis.Por sua vez, as espcies no migradoras so espcies capazes de sobreviver com os recursos alimentares disponveis nesta poca. Com a descida acentuada das temperaturas no Inverno, os insectos escasseiam; por

esta razo que a maioria das aves insectvoras migram. Barulhos Excessivos A vocalizao um comportamento natural nos psitacdeos e serve para se localizarem no bando. Na natureza essa vocalizao mais intensa ao amanhecer e ao entardecer. Em cativeiro no desejvel essa gritaria, pois perturba o sossego dos moradores e vizinhos. O som alto de eletrodomsticos (aspirador-dep, liquidificador, rdio em volume alto, cortador-de-relva, etc.) estimula os gritos nos psitacdeos. O comportamento agressivo e territorial pode levar a ave a gritar excessivamente. A procura por ateno do dono e a ansiedade e medo pela separao do dono so tambm causas de gritos barulhentos. Tcnicas corretivas Cobrir a gaiola por alguns minutos ou isolar a ave em um recinto da casa. Ignorar completamente a ave durante o perodo de gritaria (no olhar, falar ou interagir com a ave). Eliminar o estmulo ambiental que est desencadeando a gritaria (desligar equipamentos barulhentos, por exemplo).

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Sumrio1. Introduo 2. Desenvolvimento 2.1 Origem das Aves p. 05 p. 03 a 05

2.2 Classificao 2.3 Outras ordens 2.4 Anatomia interna 2.5 Asas 2.5.2 Pele 2.5.3 Ossos 2.5.4 Pata 2.6 Sistemas 2.6.1 Sistema Circulatorio 2.6.2 Sistema Digestrio 2.6.3 Sistema Respiratorio 2.6.4 2.6.5 Sistema Nervoso Sistema Nervoso Sensorial

p. 06 a 10 p.11 a 16 p. 17 p. 17 e 18 p. 18 p.19 p.19

p.20 e 21 p.21 a 23 p.23 a 25 p.25 e 26 p.26 e 27 p. 27 a 30 p. 31

2.6.6 Sistema Urogenital (Sistema Reprodutor) p. 2.7 Ecologia e Distribuio

2.8 Cores 2.9 Os Ninhos 3.0 curiosidades

p.31 e 32 p.32 a 34 p.34 a 40

3.1 doenas

p. 41 a 43

3.1 Doenas Gripe Aviria ou Gripe do Frango A gripe aviria, tambm conhecida como gripe do frango, gripe dos pssaros ou gripe asitica uma doena tpica das aves. Esta enfermidade, em funo de suas caractersticas, pode ser transmitida das aves para certas espcies de mamferos como, por exemplo, o gato domstico e o ser humano. At o momento, existem poucos indcios de que a doena pode ser transmitida de humano para

humano. Esta enfermidade causada pelo vrus influenza avirio H5N1 (da mesma famlia dos vrus que provocam a gripe comum). A gripe aviria foi identificada pela primeira vez no final do sculo XIX, na Itlia. Na ocasio, ganhou o nome de doena da Lombardia (regio italiana). Porm, foi somente no ano de 1955 que ela foi descrita como uma doena provocada pelo vrus da famlia Influenza A. As aves aquticas so hospedeiras naturais deste tipo de vrus, no apresentando sintomas. no continente asitico, principalmente na China, que a doena alastra-se com mais rapidez na atualidade. Em Hong Kong, no ano de 1997, 18 casos foram relatados, apresentando quadros graves de complicaes respiratrias. Neste caso, uma simples epidemia, causou a morte de 33% das pessoas contaminadas, ou seja, um alto ndice de mortalidade para uma doena. Este fato tem levado as autoridades de sade de diversos pases a tomarem precaues importantes, a fim de evitarem uma epidemia de grandes propores. O vrus tambm leva a morte rpida grande parte de espcies de aves. A maioria dos animais morre 24 horas aps o contgio. Muitos produtores de frangos, gansos, patos e aves em geral podem perder toda a produo em questo de poucos dias, caso as aves contaminadas no sejam identificadas e sacrificadas. Os prejuzos comerciais e financeiros provocados por esta doena podem ser altssimos, inclusive prejudicando a produo de carne de aves e ovos no mundo todo, em caso de uma epidemia de grandes propores. O medo de que a doena saia do continente asitico, espalhando-se pelo mundo grande, pois o pato selvagem, hospedeiro natural da doena, pode disseminar o vrus durante a fase migratria. Esta espcie de pato mais resistente a enfermidade e raramente apresenta sintomas, fato que dificulta a identificao das rotas de transmisso.

Formas de contgio em seres humanos: contato direto com secrees de aves infectadas pelo influenza avirio H5N1; 41 - atravs do ar; - gua, alimentos e roupas contaminadas Sintomas da gripe aviria em seres humanos: - febre alta - dores musculares

- dificuldades e problemas respiratrios - ressecamento da garganta

As pesquisas na rea de medicina ainda no resultaram num remdio capaz de curar uma pessoa com esta doena. Alguns remdios servem para diminuir a intensidade da doena e evitar contgios. Vrias vacinas esto em fase de testes em diversos laboratrios espelhados pelo mundo.

Doenas Transmitidas pelos Pombos So patologias causadas por pombos: Criptococose: doena causada pelo fungo Cryptococus neoformans. transmitida pela inalao da poeira contendo fezes secas de pombos e canrios. Compromete o pulmo e pode afetar o sistema nervoso central, causando alergias, micose profunda e at meningite subaguda ou crnica. Seus sintomas so: febre, tosse, dor torcica, podendo ocorrer tambm dor de cabea, sonolncia, rigidez da nuca, acuidade visual diminuda, agitao e confuso mental. Histoplasmose: transmitida pela inalao do esporo do fungo Histoplasma apsulatum encontrado em fezes secas de pombos e morcegos. Causa uma micose profunda e seus sintomas variam desde uma infeco assintomtica at febre, dor torcica, tosse, malestar geral, anemia, etc. uma doena que vai depender do estado de sade do indivduo, podendo assim se desenvolver ou no.

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Salmonelose: causada pela ingesto de ovos ou carne contaminados pela bactria Salmonella sp presente nas fezes de pombos e outros animais. Gera uma toxinfeco alimentar com sintomas como febre, diarria, vmitos, e dores abdominais. Suas fezes, em contato com alimentos como verduras, frutas, podem acarretar nessa doena. Ornitose:

tambm conhecida como psitacose, transmitida por via oral por meio da poeira contendo as fezes secas de aves (pombo, arara, papagaio, perus) e infectadas pela Chlamydia psittaci. O indivduo infectado pode apresentar febre, vmito, calafrio, mialgia, tosse, cefalia, acompanhados por comprometimentos das vias areas superiores e inferiores. Essa doena oportunista, isto ,depende do estado de sade do indivduo. Dermatites: parasitose causada pelo piolho do pombo (caros, Ornithonyssus sp.), que provoca erupes na pele e coceiras semelhantes s de picadas de insetos. Alergias: ocasionadas pela inalao de penugens de pombos ou de um ar rico em poeira das fezes dos pombos. Pode causar rinites, ou crises de bronquite em pessoas sensveis.

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