biografia de gil vicente
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Biografia de Gil VicenteTRANSCRIPT
Escola Básica 2,3 Vasco da Gama de Sines.
2012/2013
Língua Portuguesa
Biografia de “Gil Vicente”
Aluno: Thales Morais nº 23, 9º A.
Professora: Ana Gaiolas.
Sines 1/10/2012
Biografia
Considerado o maior representante da literatura renascentista de Portugal antes de
Camões, Gil Vicente só não é o primeiro dramaturgo português como também fundou uma
tradição no teatro que inspirou diversas produções em Portugal, em outros países europeus e
no Brasil. Ele viveu entre os anos de 1465 e 1537, não se sabe ao certo a data, segundo dois
genealogistas do século XVI.
Ele também se destacou no cenário português por organizar os espetáculos palacianos, como
festejos de casamento, nascimento, recepção de membros da realeza e comemoração de
datas cristãs, como a Páscoa e o Natal.
Valendo-se do prestígio que adquiriu na corte foi que Gil Vicente pode satirizar, através das
obras teatrais, os vícios do clero e da nobreza. É através dessas obras que o dramaturgo realiza
uma síntese ibérica e original das tradições medievais do teatro, retomando os “milagres”, os
“mistérios”, com consciência moral renovadora – própria do Renascimento cristão e erasmiano
– que suas comédias se revelam na expressão satírica, de humor saboroso e popular, arma de
direta eficácia. Ele recriou em suas farsas e autos pastoris os diferentes aspectos da vida de
Portugal do século XVI, tanto da Lisboa onde emergia a revolução marítima e comercial, como
o meio camponês com sua linguagem, folclore e costumes peculiares.
Dirigindo-se a uma platéia requintada, a corte dos reis D. Manuel e D. João III, onde imperava o
orgulho das grandes descobertas e o sucesso das grandes navegações, Gil Vicente refina a
substância popular de sua comicidade, incutindo-lhe um tanto do riso cosmopolita que
anuncia os triunfos da nova era. São variadas as fontes de sua dramaturgia. Embora fosse
mínima a experiência de Portugal em relação ao teatro, o dramaturgo não ignora as
representações profanas de textos religiosos, que lhe servirão de base aos autos voltados para
os temas da Religião e para as farsas episódicas.
Ao buscar inspiração em textos religiosos, Gil Vicente não pretende difundir a religião nem
converter pecadores. Seu objetivo era mostrar como o homem – independente de classe
social, sexo, raça ou religião – é egoísta, falso, orgulhoso, mentiroso e frágil quando se trata de
satisfazer seus desejos da carne e do dinheiro.
O melhor das suas obras encontra-se em suas peças populares, que vão abrir caminho para
sua obra-prima, a trilogia das sátiras que compõem o “Auto das Barcas”: “Auto da Barca do
Inferno” (1516), “Auto da Barca do Purgatório” (1518) e “Auto da Barca do Paraíso” (1519).
Destacam-se também “O velho da horta”, “Auto da Índia” e “Farsa de Inês Pereira”.
Em “Auto da Barca do Inferno”, a mais conhecida de suas peças, as cenas ocorrem à margem
de um rio, onde estão ancoradas duas barcas: uma é dirigida por um anjo e leva as almas que,
de acordo com seu julgamento, irão para o céu; a outra é dirigida pelo diabo, que conduzirá as
almas para o inferno.
A peça apresenta uma verdadeira galeria de tipos sociais: um nobre, um frade, um sapateiro,
uma alcoviteira, um judeu, um enforcado, entre outros, que vão compor um rico painel das
fraquezas humanas. Para o céu, só vão um bobo e um cruzado. Todos os outros são
condenados ao inferno.
As peças de Gil Vicente inspiraram várias outras produções, como algumas obras do Pe.
Anchieta, voltada para a catequese dos índios no século XVI, “Morte e Vida Severina”, auto de
Natal pernambucano, de João Cabral de Melo Neto e a peça mais popular e prestigiada de
Ariano Suassuna, “Auto da Compadecida”, adaptada para a TV.
Bibliografia
Este trabalho foi pesquisado nos seguintes sites:
http://www.infoescola.com/biografias/gilvicente/http://www.gilvicente.eu/autor/biografia_d
e_gil_vicente.html
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/gil -vicente/gil-vicente-1.php