biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

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PROINFO INTEGRADO NTE – NÚCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL CURSO TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO: ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TICS (Tecnologia da Informação e Comunicação) SECRETERIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – DONA INÊS/PB TURMA: 100 HORAS. PROFISSIONAIS CURSISTAS: 1ª e 2ª FASES DO ENS. FUND. TUTORA/EMAIL: IZABEL CRISTINA COSTA DE ARAÚJO RODRIGUES/ [email protected] ID DA TURMA: 29.096 PERÍODO: 05/09/2012 ATÉ 09/09/2012. CURSISTAS: Raimunda Maria da Silva Cavalcante. Antonio Andrade Leal Júnior Natalina Gomes DATA: 05/09/2012 ATIVIDADE Nº: 4.3 TEMA: Biografia da Instituição Educacional Escola Estadual de Ensino Médio Governador Clóvis Bezerra Cavalcanti MARIA DO LIVRAMENTO CARVALHO GESTORA ANTÔNIO ANDRADE LEAL JÚNIOR GESTOR ADJUNTO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO GOVERNADOR CLÓVIS BEZERRA CAVALCANTI. DONA INÊS – PARAÍBA 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: 1.1 Escola: Est. Ens. Médio Gov. Clóvis Bezerra Cavalcanti. 1.2 Entidade Mantenedora: Secretaria Estadual de Educação

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Page 1: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

PROINFO INTEGRADONTE – NÚCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL

CURSO TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO: ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TICS(Tecnologia da Informação e Comunicação)

SECRETERIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – DONA INÊS/PBTURMA: 100 HORAS. PROFISSIONAIS CURSISTAS: 1ª e 2ª FASES DO ENS. FUND.

TUTORA/EMAIL: IZABEL CRISTINA COSTA DE ARAÚJO RODRIGUES/ [email protected]

ID DA TURMA: 29.096 PERÍODO: 05/09/2012 ATÉ 09/09/2012.CURSISTAS: Raimunda Maria da Silva Cavalcante.

Antonio Andrade Leal JúniorNatalina Gomes

DATA: 05/09/2012 ATIVIDADE Nº: 4.3TEMA: Biografia da Instituição Educacional

Escola Estadual de Ensino Médio Governador Clóvis Bezerra Cavalcanti

MARIA DO LIVRAMENTO CARVALHO GESTORA

ANTÔNIO ANDRADE LEAL JÚNIORGESTOR ADJUNTO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO GOVERNADOR CLÓVIS BEZERRA CAVALCANTI. DONA INÊS – PARAÍBA

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

1.1 Escola: Est. Ens. Médio Gov. Clóvis Bezerra Cavalcanti.

1.2 Entidade Mantenedora: Secretaria Estadual de Educação

1.3 Modalidades de Ensino: Médio e Educação de Jovens e Adultos.

1.4 Endereço: Rua Prof. Odilon Matias, 156 Centro

1.5 Município: Dona Inês/PB

2. APRESENTAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

Page 2: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

História do município de Dona Inês

A formação do município, segundo estudos do SEBRAE, do ano de

1996, ocorreu aproximadamente, na segunda metade do século XIX. O que se

confirma, através da história que os mais velhos contam sobre a denominação

do lugar. Afirmam que a denominação “Dona Inês” foi anterior a ocupação

efetiva da região, quando vaqueiros que trabalhavam nas fazendas do

município de Bananeiras vinham a procura de gado desgarrado. Porém, em

uma dessas jornadas eles viram ao longe uma cortina de fumaça, levados pela

curiosidade, pois sabiam que o lugar era totalmente desabitado, foram

observar e encontraram uma mulher muito bem vestida, junto com um negro,

sentados a sombra de um cajueiro. Ao perguntarem de onde vinham, ela disse

que eram do Estado de Pernambuco e que estavam fugindo da sua família, por

motivos amorosos.

Esta mulher nunca mais foi vista neste local. Porém, seu nome

nunca foi esquecido pelos vaqueiros. Pois, ao se separarem nas matas da

região, a procura de gado, sempre marcavam como ponto de encontro a Serra

de Dona Inês, lugar onde fora encontrada esta mulher, para eles, inesquecível.

O povoamento se deu no final do século XIX, quando alguns

senhores como Manoel Pedro, Pedro Teodósio e outros, vieram construir suas

moradias no lugar que mais tarde seria efetivamente chamado de Dona Inês.

Outras pessoas idosas afirmam que, as pessoas encantadas com a beleza do

local e a grande quantidade de caça, se instalaram no local e desenvolveram

suas famílias.

Outra forma de entendermos a formação do município de Dona Inês,

é procurando observá-lo geograficamente, pois, o mesmo encontra-se

localizado entre grandes municípios, como Bananeiras, Araruna e Nova Cruz.

Porque, entre os mesmos, ocorria a troca de mercadorias através das feiras

livres. Com isso, foi possibilitado o povoamento do mencionado local,

principalmente, como forma de encurtar as distâncias entre os mesmos.

Com a chegada de novas pessoas, foi se formando o povoado. O

qual passou a condição de vila no ano de 1943, por força do Decreto Lei Nº

520, a qual pertencia ao município de Bananeiras.

O anseio pela Emancipação Política neste município surgiu no

momento em que Dona Inês não foi contemplada com a divisão administrativa,

Page 3: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

a qual fizera surgir novos municípios, para o qüinqüênio 1944/48,

permanecendo assim como Distrito de Bananeiras.

O município contava com homens que por motivos próprios ou

mesmo comum a toda sociedade, buscavam uma melhoria de vida da

população, através da Emancipação Política. Dentre os quais, podemos citar:

os Srs. Luiz Pedro e Manoel Leonel. Estes eram vereadores e representavam

os interesses do povo deste local na Câmara Municipal de Bananeiras. Eles,

junto com outros homens de influência no município, fizeram o movimento de

Emancipação Política.

Esse movimento teve início por volta de meados dos anos 50,

quando a arrecadação do município começou a crescer devido o cultivo do

sisal. Neste período, Bananeiras passou a necessitar desta arrecadação, para

manter sua economia forte e sua política de favores. Entretanto, os

comerciantes deste município percebendo a grande perda de investimentos

gerados dentro do próprio lugar, criaram um movimento que passou a contestar

a autonomia administrativa de Bananeiras. Os mesmos passaram a visitar

políticos na capital com o intuito de facilitar a Emancipação Política do

município

A Emancipação Política do município de Dona Inês, teve início

quando os dois vereadores Luiz Pedro da Costa e Manoel Leonel da Costa,

fizeram acordo com a oposição aos Bezerras, juntamente com os vereadores

de Borborema, outro distrito de Bananeiras, ambos combinaram de

apresentarem o projeto de lei na Câmara Municipal, acrescido dos vereadores

de oposição das demais localidades, teria maioria e seria aprovado.

Em seguida, o projeto de lei de Nº 231/1958, foi encaminhado para a

Assembléia Legislativa em João Pessoa, que teve como relator o deputado

estadual Humberto Coutinho de Lucena, o qual na época fazia oposição aos

Bezerras, o mesmo criava o município, como também, estabelecia os limites

com relação a Bananeiras e criava a comarca. Entretanto, a família Bezerra

contava com outro deputado na assembléia, o sr. Clóvis Bezerra Cavalcanti, o

mesmo apresentou na comissão de custeio e justiça, duas emendas

supressivas, suprimindo os limites, o qual passou a ser o Rio Curimataú e

retirando do projeto a criação da comarca a qual até hoje não existe, alegando

falta de condições para manutenção das despesas com um juiz.

No ano de 1959, estava no Governo do Estado, Pedro Moreno

Gondim do PSD, o mesmo passou a assumir o governo em janeiro de 1958,

Page 4: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

após o afastamento do então governador Flávio Ribeiro Coutinho, que tinha se

licenciado, por questões de saúde. O grupo político de Dona Inês que lutava

pela Emancipação Política, tratou de buscar apoio para o movimento, já que

esta facção política também era do PSD e o mesmo fazia oposição aos

Bezerras Cavalcanti. O Projeto de Lei fora apresentado e aprovado, no dia 19

de junho de 1959, sendo nomeado o Sr. José Tomaz de Aquino para o cargo

de prefeito no dia 17 de novembro de 1959. Os Bezerras quando perceberam

que perderiam a autonomia política nesta região, passaram a fazer oposição a

administração do prefeito atual. No ano seguinte, teríamos eleição para

prefeito, seria o momento oportuno para a formação e consolidação de uma

nova oligarquia política no município.

Entrada da cidade de Dona Inês, 1960.

Fonte: Arquivo pessoal Mozart Bezerra

Rua: José Paulino da Costa, do lado direito o cinema, 1961.

Fonte: Arquivo Pessoal, Mozart Bezerra.

Rua: Ana da Conceição Melo, 1960.Fonte: Arquivo Pessoal,Mozart Bezerra

Page 5: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

Rua: Pedro Teixeira, 1960.Fonte: Arquivo Pessoal, Mozart Bezerra.

História do Colégio Estadual

Com o aumento do número de alunos que deixavam o município em

busca de estudos nos municípios de Bananeiras e Belém, foi observado pelo

poder público, a necessidade de se construir um colégio que atendesse a essa

demanda de alunos, então, o prefeito tentou junto ao secretário de educação.

Porém, o Estado não dispunha desta verba, foi quando um dos deputados

sugeriu redirecionar a verba do colégio que deveria ser construído em Serra da

Raiz, isso porque o então prefeito fazia oposição ao governo.

Luiz quando viu isso disse: “não aqui nós vamos partir para a construção de um colégio”, aí foi verificar a Legislação, foi pra lá, viu o que era possível fazer, aí havia uma possibilidade uma escola de 1º grau Pe. Ibiapina, uma instituição aí, que podia fundar e ajudava em alguma coisa na organização da escola né, aí Luiz entrou na luta, chegou na prefeitura, entrando firme para conseguir isso, a prefeitura não tinha recursos ele foi batalhar, inclusive foi com um deputado nosso na época, deputado estadual que havia sido eleito aqui, um rapaz muito bom era Valdir Lima, Valdir dos Santos Lima que era o nosso deputado um rapaz de Serraria, um rapaz muito bom, ele era muito amigo do governador, muito amigo do Secretário da Educação do Estado que se chamava Tarcísio de Miranda Burity. Valdir Lima foi com Luiz ao gabinete do secretário solicitar, vê se tinha algum recurso que pudesse ajudar a prefeitura a construir uma escola de 1º grau e Burity, não vamos vê, tal, puxa pra lá, puxa pra cá, aí Valdir viu assim um município que já tava com uma verba pra construção de uma escola né, e por sinal era um município adversário do governo, o nome desse município chamava Serra da Raiz (...) aí Valdir disse: P. Burity esse município aqui é adversário do governo, você transfere isso aqui para Dona Inês que é amigo do governo, aí Burity topou, era 20 milhões de cruzeiros que na mesma hora transferiu para Dona Inês, que ajudou muito, foi a grande alavanca para a construção do colégio, Luiz foi economizando os recursos do município e com esse dinheiro

Page 6: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

da Secretaria da Educação construiu esse colégio que esta aí. (Francisco Guilherme dos Santos, Entrevista concedida ao autor, 2003).

Com esta verba a prefeitura completou a obra e construiu o colégio

que foi inaugurado no ano 1978, mesmo contra a vontade de todo o esquema

político, pois o Sr. Clóvis Bezerra e Joaquim Cabral já haviam demonstrado ser

contra esta obra, que fora o pivô do prévio rompimento entre Luiz José e a

oligarquia dominante.

Já tinha tido uns aborrecimentos que começou com a construção desse colégio, aí eles sempre foram contrários, achavam que Dona Inês não havia, não tinha condições de ter uma escola no porte daquele, e nas conversas mesmo entre Joaquim Cabral e Dr. Clovis eles abordavam isso, mesmo antes de eu ser prefeito, eu ouvia eles conversarem que não podia ter esse colégio aqui, que tinha um bocado de analfabeto, quem vinha de fora pra ensinar. Quando eu idealizei esse colégio ele não gostou, achava que era uma atitude precipitada, e que eu estava com aquilo pensando em suplanta-lo politicamente, quando a minha intensão não era essa. (Luiz José da Silva, entrevista concedida ao autor, 2003).

Assim o colégio estadual foi inaugurado no ano de 1979, mesmo

contra a vontade da oligarquia que comandava este município, porém na

inauguração todos estavam presentes e festejando a tal obra.

Inauguração do Colégio Estadual, 1978.Luiz José, Joaquim Cabral, Clóvis Bezerra (da esquerda para direita)

Fonte: Arquivo Pessoal, Vilma Almeida da Silva.

Page 7: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

Inauguração do Colégio Estadual, 1978.Vilma Almeida, Clóvis Bezerra, Tarcísio Burity, Joaquim Cabral, Luiz José.(da esquerda para

direita) Fonte: Arquivo Pessoal, Vilma Almeida da Silva.

Localização Geográfica

O Município de Dona Inês/PB, localiza-se a 6º de Latitude Sul e 35º de

Longitude Oeste, fazendo parte assim da Mesorregião do Agreste, da

Microrregião do Curimataú Oriental e da Região da Borborema, no Estado da

Paraíba. Sua altitude é de aproximadamente 480 metros acima do nível do mar

e sua extensão territorial é de 132 km².

O Município de Dona Inês/PB limita-se ao Norte com os Municípios de

Araruna, Cacimba de Dentro e Riachão; ao Sul com os Municípios de

Bananeiras e Solânea; ao Leste com o Município de Campo de Santana; e a

Oeste com o Município de Cacimba de Dentro. Dona Inês está

aproximadamente 156 Km da Capital do Estado, João Pessoa. O Município se

subdivide em 01 (uma) Sede, 01 (um) povoado e 63 (sessenta e três) Sítios.

Administrativamente, o Município de Dona Inês/PB está vinculado a 2ª Região,

que tem como pólo a cidade de Guarabira/PB.

FIGURA 1 – Limites do Município de Dona Inês – PB.

Page 8: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

Fonte: Leal Junior (2007).

Segundo o Censo Demográfico/2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE, 2000), foram registrados 10.227 (dez mil, duzentos e

vinte e sete) habitantes no Município de Dona Inês. De acordo com esse Censo, existe

a predominância da população rural (61,01%), apesar da população urbana ter tido um

acréscimo de 4% entre os anos de 1996 e 2000.

Toda a área onde se localiza o município de Dona Inês/PB, está na

depressão do Planalto da Borborema. O território é ligeiramente colinoso e sua

topografia está dividida da seguinte forma: 30% (trinta por cento) plana, 65% (sessenta

e cinco por cento) ondulada e 5% (cinco por cento) montanhosa. (SEBRAE, 1996)

Os tipos de solo encontrados formam uma associação de podzólicos vermelho

(atuais argissolos), com textura argilosa e solos litólicos eutróficos (atuais neossolos

litólicos) de textura média. São rasos e pedregosos, porém ricos para a pastagem,

tanto a nativa quanto à cultivada pelo homem, em especial as do tipo pangola e

bracharia, como para a agricultura.

O município de Dona Inês possui uma vegetação do tipo acatingado. A

região onde está localizado o município é uma área de transição climática entre o

Brejo úmido e o Cariri semi-árido. Suas matas são compostas de árvores do tipo

subcaducifoliadas resultante dos solos litólicos e podzólicos, com espécies

xerófilas da caatinga e algumas espécies de mata úmida.

As árvores nativas, encontradas nessa região, são principalmente da família

das cactáceas, a exemplo do juazeiro, da canafístula, mulungús, barrigudas,

mandacarus (cardeiro), umbuzeiros, aroeira, imburana, ipês (amarelo e roxo), além

de facheiros e gravatás.

As matas localizadas no município sofreram uma grande devastação, que

teve início com a fundação da cidade. Primeiro foram às construções das casas; em

seguida, devastou-se para construção de roçados e abertura de estradas; depois para

dar acesso ao “Lajedo da Serra” (hoje a pedreira de granito). Hoje, já bastante

devastada, ainda sofre com o contrabando da madeira, e na utilização caseira (fogões

de lenha, produção do carvão e queima em fogueiras).

Page 9: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

A região onde se localiza o município de Dona Inês, é caracterizada como de

clima tropical semi-árido (Bsh), com uma temperatura amena graças à influência da

altitude. Durante o quadrimestre chuvoso a temperatura se torna mais baixa com

nevoeiros intensos e freqüentes. Mesmo nessa época do ano, os ventos (alísios do

sudeste) são brandos. A temperatura varia entre 17º C no período mais frio e 30º C no

período mais quente do ano. A precipitação pluviométrica anual, varia entre 350 e 700

mm, e o sistema correlato de circulação atmosférica existente é o mEc. ( Massa

Equatorial Continental)

Praticamente não existe rede hidrográfica no município. Não existem rios

dentro do município, apenas na divisa com o município de Bananeiras/PB, é que

encontramos o Rio Curimataú, rio temporário com período de vazão no inverno.

Existem ainda, pequenos braços desse rio que adentram por pequenas faixas de terra

do município. O município conta com um grande número de açudes, lagoas, barreiros

e poços artesianos.

A captação de água no Município é um problema à parte. O abastecimento

canalizado de água doce, na zona urbana, existe desde o ano 2000, sendo que em

alguns povoados do município, como é o caso do Povoado de Cozinha, a canalização

aconteceu a partir do ano de 2002. Até então, o abastecimento era feito com água

salobra, vinda do açude “Cacimba da Várzea”. Além disso, existem no Lajedo da Serra

dois reservatórios construídos para captação de água das chuvas (armazenamento a

céu aberto, sem tratamento).

FIGURA 2 – Clima, vegetação e solo da região/ Município de Dona Inês-PB.

Page 10: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

Fonte: Leal Junior (2007).

BIBLIOGRAFIA DO PATRONO

Clovis Bezerra Cavalcanti, nasceu em Bananeiras a 09 de julho de

1911. O primogênito filho de Augusto Bezerra e Maria das Mecês Bezerra.

Cursou a faculdade de medicina em Pernambuco, formando-se em 06 de

dezembro de 1935.

Casado com a senhora Maria de Lourdes Atthayde Bezerra

Cavalcanti. Teve 03 filhos, Afrânio Bezerra Cavalcanti, Ângela Bezerra

Cavalcanti de Melo e Célia Bezerra Cavalcanti Leite.

Page 11: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

Iniciou suas atividades no seu torrão natal, fazendo da profissão um

verdadeiro sacerdócio. Em 1936 foi nomeado médico da saúde pública.

Clóvis Bezerra foi deputado estadual por 40 anos, foi vice-

governador nos mandatos dos governadores: João Agripino, Ernani Satyro e

Tarcísio de Miranda Burity a quem sucedeu no período de março de 1983.

3. JUSTIFICATIVA

Vivemos num mundo capitalista, onde se procura obter

conhecimentos com o objetivo de conseguir posição social e retorno financeiro,

uma sociedade que usa a guerra como argumento e faz dela meios para

defender interesses políticos e religiosos. Um mundo conturbado, onde a

família, eixo central da sociedade, perde sua identidade, gerando filhos sem

valores, sem princípios.

As consequências da crise global interferem na situação brasileira:

menores abandonados, pais desempregados, baixo poder aquisitivo, famílias

desestruturadas, a violência, agricultura prejudicada por anos consecutivos de

secas devido à falta de políticas públicas.

A Escola Estadual de Ensino Médio Governador “Clovis Bezerra

Cavalcanti” têm como função principal respeitar e valorizar as experiências de

vida dos educandos e de suas famílias. Temos como propósito fortalecer nos

educandos, a postura humana e os valores aprendidos: a criticidade, a

sensibilidade, a contestação social, a criatividade diante das situações difíceis,

manter a esperança. Queremos deste modo, formar seres humanos com

dignidade, identidade e projeto de futuro. Preparar o aluno para inserção na

sociedade, sabendo escolher o caminho mais justo para sua vida.

Também desejamos que nossa clientela interfira na sua

comunidade, participando das decisões, buscando soluções, mantendo boa

convivência, tendo presente em sua vida a religiosidade e os valores morais e

éticos.

4. VISÃO DE EDUCAÇÃO, ESCOLA E SOCIEDADE.

4.1. Visão de educação

Page 12: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

A educação é um dos processos de formação da pessoa humana,

através do qual as pessoas se inserem na sociedade, transformando-se e

transformando a sua realidade.

4.2. Visão de escola

Ambiente que leva em conta o conjunto das dimensões da formação

humana, onde o conhecimento é compartilhado e sistematizado, tendo a tarefa

de formar seres humanos com consciência de seus direitos e deveres.

4.3 Visão de sociedade

Ambiente no qual o indivíduo está integrado, produzindo e

reproduzindo relações sociais, problemas e propondo valores, alterando

comportamentos, desconstruindo e construindo concepções, costumes e

ideias. Onde o natural seja pensar no bem de todos e não apenas em si

mesmo.

5. TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

A escola segue algumas matrizes pedagógicas que norteiam nossa

prática e vivências fundamentais neste processo de humanização das pessoas,

que também chamamos de educação.

5.1. Pedagogia da organização coletiva

Nossa escola tem como desafio permanente difundir novas relações de

trabalho, pelo jeito de dividir tarefas e pensar no bem estar do conjunto e da

comunidade escolar.

A escola se organiza coletivamente através de novas relações sociais

que produz e reproduz valores, alternando comportamentos, costumes e ideias.

Construindo a aprendizagem organicamente coletiva torna o espaço escolar

uma janela aberta para a visão de um mundo novo, e de uma cultura de pensar

no bem de todos.

5.2. Pedagogia do trabalho

Pelo trabalho nossa escola acredita que o educando compartilha

conhecimentos, cria habilidades e forma consciência. Em si o trabalho já é uma

potencialidade pedagógica, e a escola torna-o mais plenamente educativo, à

Page 13: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

medida que ajudamos nossos educandos a perceber o seu vínculo com as

demais dimensões da vida humana.

No cotidiano os educandos desenvolvem trabalhos pedagógicos

através de oficinas realizadas, a fim de vivenciarem os conhecimentos

adquiridos na sala de aula, na preparação dos mesmos para enfrentar a

sociedade e as novas tecnologias desse mundo globalizado, além de cuidarem

da conservação do ambiente mantendo o espaço de sala de aula limpo e da

conservação do patrimônio escolar.

5.3. Pedagogia da escolha

Dizemos que há uma pedagogia da escolha á medida que

reconhecemos que a comunidade escolar se educa, se humaniza mais quando

exercita a possibilidade de fazer escolhas e refletir sobre elas. Ao ter que

assumir a responsabilidade pelas próprias decisões os indivíduos do processo

educativo aprendem a dominar impulsos, influências, e aprendem também que

a coerência entre valores que defende com as palavras e os valores que

efetivamente se vive, é um desafio sempre em construção vivido na escola.

5.4. Pedagogia da história

A escola acredita que cultivar a memória é mais do que compreender

friamente o próprio passado. A pedagogia da história se baseia em não ver a

história somente como uma disciplina e passe a trabalhá-la como uma

dimensão importante de todo o processo educativo.

A comunidade tem uma história que desencadeou-se em movimento,

pois todos as famílias vieram de diferentes comunidades e passaram por

diversos conflitos sociais até chegarem neste lugar. Sendo assim a escola tem

o papel fundamental de manter viva, e sempre em pleno resgate, esse

processo vivido pela comunidade.

6. FILOSOFIA DA ESCOLA

Educar partindo do principio: Prática-teoria-prática, em busca da

construção de uma sociedade justa, igualitária, vivenciadora de valores e

conhecimentos socialmente úteis, almejando o desenvolvimento integral do ser

Page 14: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

humano, sujeitos do contexto social e capazes de transformar o ambiente em

que vivem.

7. OBJETIVO GERAL

Ser espaço físico, pedagógico, político e cultural de formação de

sujeitos de plena cidadania e de consciência crítica, capazes de produzir e

compartilhar os conhecimentos, transformando-os em aprendizagem concreta

e viabilizadora que venha a favorecer o crescimento social de nossa

comunidade escolar.

7.1 Objetivos dos níveis de ensino

7.1.1 Ensino Médio

Desenvolver a capacidade de aprendizagem, postura pesquisadora,

autoestima, formação de valores, fortalecimento dos vínculos familiares e

convivência comunitária, através de conhecimentos socialmente úteis, a fim de

exercer sua cidadania.

7.2Objetivos específicos

Desenvolver a capacidade de organização dos educandos quanto à

preservação e limpeza do ambiente educativo, pontualidade,

horários da escola e o zelo ao patrimônio escolar,

Vivenciar juntamente com a comunidade escolar, atitudes como

humildade, respeito, postura, disciplina, solidariedade e amor a

terra;

Construir um ambiente educativo que vincule com a comunidade

através dos processos econômicos, políticos e culturais;

Cultivar a memória coletiva do povo brasileiro, valorizando a

dimensão pedagógica da história da classe trabalhadora;

Oferecer a comunidade escolar, momentos de estudo, a fim de

qualificar a atuação junto à comunidade escolar;

Page 15: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

Buscar a combinação entre teoria e trabalhos práticos como

instrumentos para desenvolvermos habilidades e conhecimentos

socialmente úteis á comunidade escolar.

8. PROPOSTA METODOLÓGICA

Queremos que os educandos possam ser mais gente e não apenas

sabedores de competências e habilidades técnicas. Eles precisam aprender a

interpretar, produzir e saber articular o pensamento e o seu próprio sentimento,

sintonizados com a sua história de luta, ou seja, cidadãos conscientes e

capazes de interagir na sociedade.

A proposta de educação de nossa escola tem ênfase em três

aspectos importantes na questão da metodologia de ensino: temas geradores;

prática-teoria-prática; e participação coletiva.

O estudo a partir de Temas Geradores como forma de tomar da

realidade concreta o ponto de partida do ensino, de superar uma abordagem

estanque e desatualizada do ensino/aprendizagem mais atraente e significativo

para os educandos. Sendo assim; esse método de ensino torna o processo

ensino-aprendizagem mais voltado às necessidades e aos interesses

populares.

Em linhas gerais podemos dizer que Temas Geradores são assuntos

ou questões extraídas da realidade. Em torno destas questões são

desenvolvidos os conteúdos e práticas no conjunto da escola. A partir disso

desejamos intervir concretamente na realidade.

Através da relação entre prática-teoria-prática, temos como objetivo

garantir que os educandos sejam estimulados a perceber como se utilizam na

prática social os conhecimentos que vão produzindo na escola. Temos uma

grande preocupação com a aprendizagem de habilidades, conhecimentos

práticos, que somente ações concretas podem proporcionar.

Queremos um método que ensine não só a dizer, mas também a

fazer, nas varias dimensões da vida humana.

A participação coletiva provoca os educandos a vivências e

assegura aos mesmos o direito de ter vez e voz no cotidiano educativo. Os

métodos de ensino ou a didática utilizada pelos educadores devem incentivar

os educandos a se assumirem como sujeitos do processo ensino-

Page 16: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

aprendizagem que têm opiniões, posições contestações, questionamentos,

dúvidas, entre si, com os educadores, pais e outros.

O dia-a-dia escolar deve ser espaço de concentração para o estudo,

mas também da fala, da discussão, da expressão de sentimentos.

A educação não é obra apenas da inteligência, do pensamento, é

também da afetividade, do sentimento. E é esta combinação que precisa estar

tanto no ato de educar, como no de ser educado e deve ser o pilar da relação

educador-educando, sustentado pelo companheirismo e pelo respeito no

sentido profundo e libertador da palavra.

9. PERFIL DO EDUCANDO QUE PRETENDE FORMAR

Queremos que o nosso educando seja capaz de:

sentir indignação diante de injustiças e de perda da dignidade humana;

apresentar companheirismo e solidariedade nas relações entre as

pessoas, bem como respeito às diferenças culturais, raciais e estilos

pessoais;

planejar atividades e dividir tarefas, tendo disciplina no trabalho e no

estudo;

demonstrar sensibilidade ecológica e respeito ao meio ambiente;

praticar o exercício permanente da crítica e da autocrítica, bem como a

criatividade e o espírito de iniciativa diante dos problemas;

sonhar, de partilhar o sonho e as ações de realizá-la;

demonstrar atitude de humildade, mas também de auto-confiança.

10. METAS E AÇÕES

10.1 Metas

Page 17: Biografia da instituição de ensino clóvis bezerra cavalcanti

- Construir ambiente educativo onde todos os segmentos da comunidade

escolar sintam-se responsáveis pelo processo educativo e pela conservação do

patrimônio escolar;

- Conscientizar da importância do estudo, como fonte de conhecimento e apta-

afirmação;

- Estimular a participação da comunidade nas ações da escola;

- Ser espaço de interação e discussão conduzindo na busca de alternativas;

- Ter todos as crianças, jovens e adultos, freqüentando a escola;

10.2 Ações

- Realização de reuniões com todos os segmentos da comunidade escolar para

organização das atividades escolares;

- Realização de momentos cívicos semanalmente para entoação dos hinos

Nacional e do Estado;

- Realização, pelos alunos com o auxílio dos professores, de peças teatrais,

declamação de poemas, dança; contribuindo para o enriquecimento da cultura.

- Disponibilização do prédio escolar para a realização de encontros religiosos,

cultos ecumênicos, reuniões;

- Realização de reuniões periódicas com os professores e com o Conselho

Escolar;

- Realização de reuniões com o Circulo de Pais e Mestres;

- Realização de palestras com o Conselho Tutelar, psicológicos e pessoas da

comunidade;

- Realização de eventos para a aquisição de recursos, a fim de realizar

passeios educativos;

- Organização de prestações de contas à comunidade escolar.

11. AVALIAÇÃO

Entendemos a avaliação como um processo contínuo e cumulativo,

contextualizado por toda a comunidade escolar. São realizadas práticas

avaliativas

diagnósticas,

investigativas,

participativas,

levando em consideração o aluno como um todo, sua bagagem cultural e as

diferenças individuais.

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12.1 Expressão dos resultados da avaliação

A avaliação é feita de forma constante e contínua no decorrer de todo o ano

letivo, através da verificações dos conteúdos que estão sendo estudados.

É realizada: Avaliação somativa, um dos exemplos mais conhecidos é a

prova objetiva (os mais variados tipos de testes, relatórios, questionários).

Avaliação formativa, que pretende acompanhar o processo de aprendizagem, o

crescimento e a formação dos alunos; esta é feita através de observação

diária).

12.2 Estudos de recuperação

A avaliação como já descrevemos é processo continuo, devendo

prevalecer os aspectos qualitativos sobre os quantificativos. Com base neste

pensamento o estudo de recuperação é oferecido a todos os educandos,

sempre que o educador notar deficiências no processo, é paralelo.

12.3 Controle de freqüência

Um educando será promovido para a série seguinte se tiver freqüência

igual ou superior a setenta e cinco por cento da carga horária anual. O controle

de freqüência é registrado em livros de registro, de uso dos educadores, os

quais ficam arquivados ao final do ano letivo, na Secretaria da escola.

Quando as faltas do educando gerarem perigo de reprovação, os pais

serão convocados para reunião na escola e serão comunicados do perigo de

reprovação do(a) filho(a). Caso as faltas continuem, o caso é encaminhado ao

Conselho Escolar. Se assim mesmo o problema continuar, será encaminhado

ao Conselho Tutelar, a fim de que o mesmo tome as providências de acordo

com a lei vigente.

12.4 Documentação escolar

Ao término do ensino fundamental a escola conferirá certificado de

conclusão do ensino fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos,

como também histórico escolar em duas vias.

13. CONCLUSÃO

Ao concluir este trabalho, afirmamos que nossa escola precisa ser um

espaço aberto onde todos os sujeitos sejam estimulados ao exercício da

escolha, mas pequenas e nas grandes coisas, de modo que assim aprendam a

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cultivar valores e a refletir sobre eles, o tempo todo. Somente assim seremos a

escola que somos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996: estabelece as diretrizes e

bases da educação nacional.

Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares

nacionais.

Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. 130p.

BAFFI, Maria Adelia Teixeira. O perfil profissional do formando no Projeto

Pedagógico. Pedagogia em Foco, Petrópolis, 2002.

VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: Plano de Ensino-Aprendizagem e

Projeto

Educativo. São Paulo: Libertat, 1995.