biob-003 biomatemática prof. marcos vinícius carneiro ... · 4. somatório e produtório. -...

12
Biomatemática - Prof. Marcos Vinícius Carneiro Vital (ICBS – UFAL) - Material disponível no endereço http://marcosvital.wordpress.com/ Universidade Federal de Alagoas Instituto de Ciências e Biológicas e da Saúde BIOB-003 Biomatemática Prof. Marcos Vinícius Carneiro Vital 1. Escalas. - Nominal: não há aspecto quantitativo. - Classificar espécies biológicas por nomes. - Ordinal: há diferença quantitativa entre os objetos classificados, mas o intervalo não possui significado. - Classificar um ambiente em regeneração em estágios que indiquem uma ordem: inicial, intermediário, avançado. - Escala graduada (ou intervalar): a escala é quantitativa, mas o ponto zero é arbitrário, então as percentagens não têm significado. - Temperatura, quando medida em graus Celsius, representa uma escala graduada. - 20 ºC não é duas vezes mais quente do que 10 ºC! - A temperatura 0 ºC é arbitrariamente definida como a temperatura na qual a água se congela. - Escala de proporcionalidade: o ponto zero é “natural”, e as percentagens podem ser aplicadas. - O peso é uma escala de proporcionalidade. Existe um ponto zero “natural” (mesmo que um pouco abstrato), e podemos dizer com segurança que 2 Kg pesam o dobro do que 1 Kg. 2. Percentagens. - A lógica de uma porcentagem é normalmente bastante intuitiva. Por exemplo, imagine uma situação na qual estamos acompanhando o crescimento de uma planta. Na

Upload: tranlien

Post on 11-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Biomate

mática

-Prof.M

arcosViníciu

sCarn

eiro

Vital(IC

BS–UFAL)-Mate

rialdisp

oníve

lnoendereço

http

://marco

svital.wordpress.co

m/

Universidade Federal de Alagoas

Instituto de Ciências e Biológicas e da Saúde

BIOB-003 – Biomatemática

Prof. Marcos Vinícius Carneiro Vital

1. Escalas.

- Nominal: não há aspecto quantitativo.

- Classificar espécies biológicas por nomes.

- Ordinal: há diferença quantitativa entre os objetos classificados, mas o

intervalo não possui significado.

- Classificar um ambiente em regeneração em estágios que indiquem uma

ordem: inicial, intermediário, avançado.

- Escala graduada (ou intervalar): a escala é quantitativa, mas o ponto zero é

arbitrário, então as percentagens não têm significado.

- Temperatura, quando medida em graus Celsius, representa uma escala

graduada.

- 20 ºC não é duas vezes mais quente do que 10 ºC!

- A temperatura 0 ºC é arbitrariamente definida como a

temperatura na qual a água se congela.

- Escala de proporcionalidade: o ponto zero é “natural”, e as percentagens

podem ser aplicadas.

- O peso é uma escala de proporcionalidade. Existe um ponto zero

“natural” (mesmo que um pouco abstrato), e podemos dizer com segurança que 2 Kg

pesam o dobro do que 1 Kg.

2. Percentagens.

- A lógica de uma porcentagem é normalmente bastante intuitiva. Por exemplo,

imagine uma situação na qual estamos acompanhando o crescimento de uma planta. Na

Biomate

mática

-Prof.M

arcosViníciu

sCarn

eiro

Vital(IC

BS–UFAL)-Mate

rialdisp

oníve

lnoendereço

http

://marco

svital.wordpress.co

m/

nossa primeira medida, ela apresenta 10 cm de altura. Uma semana depois, somos

informados de que ela cresceu 20%. Qual seria seu novo tamanho?

- 20% representa um aumento de proporção 20

100 baseado no tamanho

original. Ou seja, o novo tamanho é 10 cm mais a quantidade aumentada, que é 20

100 ∙ 10

= 2 cm. Então a nova altura é de 12 cm.

- Ainda seguindo o mesmo exemplo, podemos nos fazer duas perguntas: se a

planta crescer mais 20% na próxima semana, então qual teria sido sua porcentagem total

de aumento a partir de nossa medida inicial? E qual seria seu novo tamanho? Tentar

responder esta pergunta rapidamente pode nos levar à respostas erradas...

- Primeiro, não podemos dizer que ela cresceu 40%!

- E segundo, também não podemos dizer que sua nova altura é de 14

cm!

- A razão disto é simples.

- Se ao passar mais uma semana ela cresceu mais 20%, este novo

aumento já não será baseado na altura inicial, e sim nos 12 cm que ela tem ao final da

primeira semana.

- Ou seja, ela cresceu mais 20% a partir de 12 cm, então o novo

aumento é: 20

100 ∙ 12 = 2,4 cm; então a nova altura é de 14,4 cm.

- E qual a porcentagem de aumento nos daria 4,4 cm a mais do

que nossos 10 cm iniciais? 𝑝

100 ∙ 10 = 4,4, então p = 44%.

- Vamos chamar a medida inicial de w, e a porcentagem de aumento de p.

- E vamos tentar criar uma regra geral sobre como lidar com

porcentagens, que possa ser aplicada a qualquer situação!

- Pelo nosso exemplo, vimos que podemos saber a quantidade de aumento

dividindo p por cem e multiplicando por w. Ou seja, a quantidade aumentada é: 𝑝

100 ∙ 𝑤.

- E o valor final, após o aumento, seria: 𝑤 + 𝑝

100 ∙ 𝑤, que podemos

escrever como: 𝑤 ∙ (1 + 𝑝

100)

Biomate

mática

-Prof.M

arcosViníciu

sCarn

eiro

Vital(IC

BS–UFAL)-Mate

rialdisp

oníve

lnoendereço

http

://marco

svital.wordpress.co

m/

- E como lidar com aumentos consecutivos? No nosso exemplo, a planta cresceu

20% por semana, indo de 10 para 12 cm após a primeira e de 12 para 14,4 após a

segunda semana. Bom, nós sabemos calcular qual o novo tamanho após a primeira

semana: 𝑤 ∙ (1 + 𝑝

100); se este é o novo tamanho, então a partir dele podemos calcular

o aumento após a segunda semana: (𝑤 ∙ (1 + 𝑝

100)) ∙ (1 +

𝑝

100).

- Mas existe uma maneira bem mais simples de representar a fórmula

acima: 𝑤 ∙ (1 + 𝑝

100)

2

.

- Generalizando ainda mais, se pensarmos em n aumentos consecutivos na

mesma porcentagem, podemos reescrever nossa fórmula assim:

𝑤 ∙ (1 + 𝑝

100)

𝑛

- Esta fórmula representa qual deveria ser a medida final de um valor

inicial w que aumentou uma porcentagem p em n vezes consecutivas.

- Caso esteja calculando uma redução, e não um aumento, lembre-

se de que o valor de p deverá ser negativo.

3. Valores médios.

- Quando lidamos com várias medidas (por exemplo, tamanho corporal de vários

peixes), pode ser interessante condensar os dados em um único valor. Uma das maneiras

mais comuns de se fazer isso é calcular a média.

3.1. Média aritmética.

- A média aritmética é aquela que usamos usualmente, e é calculada somando

todos os valores medidos e dividindo pelo número de medias. Por exemplo, se tivermos

três medidas (x1, x2 e x3), então a nossa média aritmética seria: �̅� = 𝑥1+ 𝑥2+ 𝑥3

3

- Generalizando, podemos escrever uma fórmula da média aritmética:

�̅� = 𝑥1 + 𝑥2 + … + 𝑥𝑛

𝑛

- Mais adiante vamos reescrevê-la de uma maneira mais compacta.

Biomate

mática

-Prof.M

arcosViníciu

sCarn

eiro

Vital(IC

BS–UFAL)-Mate

rialdisp

oníve

lnoendereço

http

://marco

svital.wordpress.co

m/

3.2 Média geométrica.

- Existem situações nas quais a média aritmética não representa bem o que

queremos demonstrar. Se tomarmos novamente o nosso exemplo da planta crescendo, e

calcularmos a média aritmética das alturas medidas, teríamos �̅� = 10+12+14,4

3= 12,133

- Neste caso, pode nos interessar mais uma medida que,

geometricamente, seja central. Então aplicamos a média geométrica, na qual

multiplicamos os valores e extraímos a raiz enésima do produto (onde n é o número de

medidas). Neste caso: √10 ∙ 12 ∙ 14,43 = 12

- Generalizando:

𝑥𝑔 = √𝑥1 ∙ 𝑥2 ∙ … ∙ 𝑥𝑛𝑛

- E também veremos uma maneira mais simples de representá-la.

4. Somatório e produtório.

- Quando escrevemos as fórmulas gerais das médias, logo acima, tivemos que

usar as reticências para representar a repetição de uma mesma operação. Existe uma

maneira muito mais compacta de fazer isso: o uso do somatório (no caso das somas) e

do produtório (no caso das multiplicações, ou produtos).

4.1 Somatório.

- Um somatório é representado pela letra grega maiúscula Sigma: Σ.

- Vamos chamar de i o índice que aparece “embaixo” do x. Ou seja, vamos falar

de xi, sendo que x1 é o valor de x quando i = 1.

- E vamos continuar chamando de n o número de valores.

- Então, podemos escrever, por exemplo:

∑ 𝑥𝑖

𝑛

𝑖=1

= 𝑥1 + 𝑥2 + … + 𝑥𝑛

- Que, em português, é o mesmo que dizer: a soma dos valores de x, indo

do valor x1 até o valor xn, onde n é o número de valores de x que queremos somar.

Biomate

mática

-Prof.M

arcosViníciu

sCarn

eiro

Vital(IC

BS–UFAL)-Mate

rialdisp

oníve

lnoendereço

http

://marco

svital.wordpress.co

m/

- Então vamos voltar à fórmula da média, e dizer que:

�̅� = (∑ 𝑥𝑖

𝑛

𝑖=1

) /𝑛

- Compare com a maneira com a qual escrevemos a fórmula geral da

média anteriormente, e veja que o significado é o mesmo.

4.2 Produtório.

- A mesma lógica pode ser usada com uma seqüência de multiplicações, mas

trocamos o Sigma pela letra maiúscula Pi: Π.

- Usando a mesma notação do somatório, podemos escrever que:

∏ 𝑥𝑖

𝑛

𝑖=1

= 𝑥1 ∙ 𝑥2 ∙ … ∙ 𝑥𝑛

- Que é o mesmo que dizer: a multiplicação dos valores de x, indo do

valor x1 até o valor xn, onde n é o número de valores de x que queremos multiplicar.

- Antes de reescrevermos a média geométrica usando o

produtório, vamos seguir adiante com algumas informações sobre potências.

5. Potências e potências fracionárias.

- Uma potência pode ser representada pela forma geral an, onde a é chamado de

base e n é chamado de expoente.

- O significado é simples: multiplicar a por ele mesmo n vezes.

- As potências podem ser bem úteis para representarmos de maneira compacta

números que são muito grandes ou pequenos. Normalmente fazemos isso usando a

potência de dez.

- 100 = 102, 1000 = 103, 10000 = 104, etc.

- Também podemos pensar em potências negativas, e é fácil compreendê-las se

pensarmos na “direção oposta”.

- 100 = 102, 10 = 101, 1 = 100, 1/10 = 0,1 = 10-1, 1/100 = 0,01 = 10-2, etc.

Biomate

mática

-Prof.M

arcosViníciu

sCarn

eiro

Vital(IC

BS–UFAL)-Mate

rialdisp

oníve

lnoendereço

http

://marco

svital.wordpress.co

m/

5.1 Operações com potências.

- Existem algumas regras básicas que nos ajudam a lidar com operações

matemáticas que envolvem potências:

- 𝑎𝑛 ∙ 𝑎𝑚 = 𝑎𝑛+𝑚

- 𝑎𝑛 / 𝑎𝑚 = 𝑎𝑛−𝑚

- (𝑎𝑛)𝑚 = 𝑎𝑛∙𝑚

- 𝑎𝑛 ∙ 𝑏𝑛 = (𝑎 ∙ 𝑏)𝑛

- 𝑎−𝑛 = 1

𝑎𝑛

5.2 Potências fracionárias.

- Lidar com uma potência fracionária é mais simples do que parece. Vamos

tentar deduzir uma fórmula geral para trabalhar com isso.

- Sabemos que 23 = 8; podemos multiplicar o expoente por n nos dois

lados da equação, e teremos 23∙𝑛 = 8𝑛 (lembrando que 8 = 81).

- Agora vamos fazer o oposto: dividir os expoentes por n. O nosso

resultado seria que 23/𝑛 = 81/𝑛, e temos aí nossa potência feacionária. Para entendê-la,

vamos ver o que acontece quando n = 3: 23/3 = 81/3, então 81/3 = 2.

- O que seria o mesmo que dizer que √83

= 2.

- Em outras palavras, uma potência fracionária é o que nos conhecemos como

raiz. E uma fórmula geral seria:

𝑎1/𝑛 = √𝑎𝑛

- Vamos sempre dar preferência pela notação em potência fracionária do que

pela notação em raiz.

- Primeiro, por ser mais fácil de digitar em um computador.

- Segundo, porque é mais fácil de resolvemos operações, uma vez que

podemos aplicar aquelas regras de potências que vimos logo acima!

5.3 Voltando ao produtório e à média geométrica.

Agora podemos dizer que:

𝑥𝑔 = (∏ 𝑥𝑖

𝑛

𝑖=1

)

1/𝑛

Biomate

mática

-Prof.M

arcosViníciu

sCarn

eiro

Vital(IC

BS–UFAL)-Mate

rialdisp

oníve

lnoendereço

http

://marco

svital.wordpress.co

m/

Exercício 1

Um pesquisador criou um pequeno projeto para estudar o crescimento de uma

árvore ameaçada de extinção, visando obter informações para planejar sua conservação.

Na primeira etapa do trabalho, ele mediu 10 mudas de um mês de idade, e encontrou os

seguintes valores (medidos em centímetros):

15; 18; 22; 23; 20; 17; 21; 25; 19; 20.

1.1. Calcule a altura média das mudas medidas, usando a equação:

�̅� = ∑ 𝑥𝑖/𝑛

𝑛

𝑖=1

Expresse, na resposta, a etapa na qual a equação acima é desdobrada.

Aqui basta calcular a média. O detalhe de desdobramento da fórmula está presente

apenas para exercitarmos a lógica de um somatório, e a resposta deveria estar mais ou

menos assim:

�̅� = 15 + 18 + 22 + 23 + 20 + 17 + 21 + 25 + 19 + 20

10= 20

Dando continuidade ao experimento, o pesquisador realizou uma nova medida

de altura das mudas após mais um mês (isto é, quando as mudas tinham dois meses de

idade). Como resultado, ele descobriu que a altura média aumentou em 20%.

1.2. Qual seria a altura média das mudas de dois meses? Assumindo que a cada mês a

altura média aumenta outros 20%, qual seria a altura média das mudas de três meses?

A maneira mais simples é aplicar a fórmula de uso de porcentagens vista nesta aula.

Para o primeiro aumento, nossa conta seria:

20 ∙ (1 + 20

100) = 24

E, para o segundo aumento:

20 ∙ (1 + 20

100)

2

= 28,8

1.3. Qual é a porcentagem total de aumento das mudas desde o primeiro mês de idade

até o terceiro?

A maneira mais simples de chegarmos ao resultado é novamente aplicar a fórmula, o

que nos levaria a:

28,8 = 20 ∙ (1 +𝑝

100)

E encontrar o valor de p, o que faremos passo a passo a seguir. Perceba que desta vez

não elevamos a fórmula ao quadrado, pois estamos tentando descobrir qual o aumento

total desde o tamanho inicial até o tamanho final, então não precisamos cobrir todas as

etapas de aumento no nosso cálculo.

Resolvendo as contas:

Biomate

mática

-Prof.M

arcosViníciu

sCarn

eiro

Vital(IC

BS–UFAL)-Mate

rialdisp

oníve

lnoendereço

http

://marco

svital.wordpress.co

m/

28,8 = 20 ∙ (1 +𝑝

100)

28,8

20= (1 +

𝑝

100)

1,44 = (1 +𝑝

100)

1,44 − 1 = 𝑝

100

0,44 = 𝑝

100

𝑝 = 44

Ou seja, o aumento total foi de 44%.

Exercício 2

Um entomólogo estava realizando um trabalho de descrição de uma nova espécie de

inseto. Em uma das etapas do seu projeto, ele mediu o comprimento de dez indivíduos

em estágio larval, recém eclodidos dos ovos. As medidas que ele encontrou foram (em

milímetros):

35; 26; 27; 33; 29; 31; 33; 27; 28; 31.

2.1. Calcule o comprimento médio dos insetos medidos, usando a equação:

�̅� = ∑ 𝑥𝑖/𝑛

𝑛

𝑖=1

Expresse, na resposta, a etapa na qual a equação acima é desdobrada.

�̅� = 35 + 26 + 27 + 33 + 29 + 31 + 33 + 27 + 28 + 31

10= 30

Dando continuidade ao seu trabalho, o pesquisador passou a investigar o

desenvolvimento das larvas. Ele constatou que a cada semana o tamanho dos indivíduos

aumentava em 15%, até eles completarem o desenvolvimento algumas semanas depois.

2.2. Qual seria o tamanho de uma larva deste inseto que eclodiu com o tamanho médio

(ou seja, 30 mm) após uma semana de desenvolvimento? E qual seria o seu tamanho

após duas semanas?

Para uma semana:

30 ∙ (1 + 15

100) = 34,5

E para duas semanas:

Biomate

mática

-Prof.M

arcosViníciu

sCarn

eiro

Vital(IC

BS–UFAL)-Mate

rialdisp

oníve

lnoendereço

http

://marco

svital.wordpress.co

m/

34,5 ∙ (1 + 15

100) = 39,675

Ou, como alternativa para as duas semanas:

30 ∙ (1 + 15

100)

2

= 39,675

2.3. Qual a porcentagem total de aumento de uma larva de 30 mm que cresceu por duas

semanas seguidas?

39,675 = 30 ∙ (1 +𝑝

100)

1,3225 = (1 +𝑝

100)

𝑝 = 32,25 %

Exercício 3

Um cientista constatou que, ao serem alimentadas com um tipo de ração, as

cobaias criadas em seu laboratório tinham um ganho de peso de 7% por semana.

Considerando uma cobaia com o peso inicial de 350 gramas, responda:

3.1. Quais seriam os seus pesos após uma, duas, e três semanas?

Uma

350 ∙ (1 + 7

100) = 374.5

Duas

374.5 ∙ (1 + 7

100) = 400.715

Três

400.715 ∙ (1 + 7

100) = 428.765

Lembrando que para duas e três semanas podemos usar o cálculo a partir do valor

inicial (350) e elevar à potência correspondente aos aumentos consecutivos.

3.2. Qual a porcentagem total de aumento da cobaia após as três semanas?

428.765 = 350 ∙ (1 +𝑝

100)

1,225 = (1 +𝑝

100)

𝑝 = 22,5 %

Biomate

mática

-Prof.M

arcosViníciu

sCarn

eiro

Vital(IC

BS–UFAL)-Mate

rialdisp

oníve

lnoendereço

http

://marco

svital.wordpress.co

m/

Exercício 4

Um mofo na parede da sala de um professor de matemática teve a sua área

medida em 127 cm2. Se a mancha crescer 1,5% ao dia:

A resolução é a mesma, então serei mais direto com as respostas. Fiquem apenas atentos

ao valor da porcentagem, que é pequeno neste exemplo.

4.1. Qual será o tamanho da mancha a cada dia ao longo de uma semana (7 dias)?

Dia Mofo

0 (inicial) 127

1 128.90

2 130.83

3 132.80

4 134.79

5 136.81

6 138.86

7 140.95

4.2. Qual a porcentagem total de aumento do mofo após a semana?

𝑝 = 10,98 %

4.3. Se mais uma semana se passar, qual será o tamanho do mofo?

140.95 ∙ (1 + 1,5

100)

7

= 156,46

Ou

127 ∙ (1 + 1,5

100)

14

= 156,46

Exercício 5

O rótulo de um produto de limpeza informava que o seu uso reduziria o número

de bactérias de uma superfície qualquer em 99%. Considere uma superfície com 10

bilhões de bactérias, e responda:

A diferença crucial neste exemplo é que estamos falando de uma redução, então nosso

valor de p deve ser negativo na fórmula. Fora isso, nada muda.

5.1. Quantas bactérias devem ser encontradas na superfície após o produto ser usado

uma vez? E se o produto for usado novamente uma segunda vez sobre a mesma

superfície, quantas bactérias devem sobrar? E se for usado novamente, uma terceira

vez?

Biomate

mática

-Prof.M

arcosViníciu

sCarn

eiro

Vital(IC

BS–UFAL)-Mate

rialdisp

oníve

lnoendereço

http

://marco

svital.wordpress.co

m/

Primeira

10000000 ∙ (1 − 99

100) = 100000

Segunda

100000 ∙ (1 − 99

100) = 1000

Terceira

1000 ∙ (1 − 99

100) = 10

5.2. Qual a redução total do número de bactérias após os três usos consecutivos?

10 = 10000000 ∙ (1 +𝑝

100)

0,000001 = (1 +𝑝

100)

𝑝 = −99,99990 %

Exercício 6

Um fragmento de Mata Atlântica com uma área de 250 km2 passa por um processo

contínuo de desmatamento, que remove 10% de sua área ao ano.

Novamente, temos uma redução, então atenção para o p negativo.

6.1. Qual será o tamanho deste fragmento daqui a 10 anos?

Aqui a solução mais prática é calcular de uma única vez:

250 ∙ (1 − 10

100)

10

= 87,17

6.2. Qual a porcentagem total de redução da área ocorreu neste período?

87,17 = 250 ∙ (1 +𝑝

100)

𝑝 = −65,13 %

Exercício 7.

Um pesquisador relatou a existência de uma área desertificada em expansão dentro de

uma Unidade de Conservação de Mata Atlântica. A área desertificada foi medida em

200 km2, e foi constatado que ela estava em crescimento em uma taxa de 15% ao ano.

Biomate

mática

-Prof.M

arcosViníciu

sCarn

eiro

Vital(IC

BS–UFAL)-Mate

rialdisp

oníve

lnoendereço

http

://marco

svital.wordpress.co

m/

7.1. Qual será o tamanho da área desertificada daqui a três anos? E daqui a cinco

anos?

𝑤𝑛 = 200 ∙ (1 +15

100)

3

= 200 ∙ 1.52 = 304.17

𝑤𝑛 = 200 ∙ (1 +15

100)

5

= 200 ∙ 2.01 = 402.27

7.2. Qual o percentual total de aumento da área desertificada após cinco anos?

402.27 = 200 ∙ (1 +𝑝

100)

2.011 = (1 +𝑝

100)

1.011 =𝑝

100

𝑝 = 101.1%