bibliotecas digitais: saberes e práticas

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  • Professor do Departamento de Cincia da Informao da UFF e do Programa de Ps-Graduao em Cincia da Informao - PPGCI - IBICT/UFF.Mestre e Doutor em Cincia da Informao pela UFRJ/1BICT.Pesquisador do CNPq. Tem atuado em diferentes projetos relacionados a tpicos como bibliotecas digitais e documentos eletrnicos, como na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertaes (http: //www. ibict. br/bdtd/ acesso. htm): no Programa PROSSIGA; no projeto SciELO/Open Archives (http: //www. scielo. br). Autor de vrias publicaes, em peridicos nacionais e internacionais, na rea de bibliotecas digitais, metadados e publicaes eletrnicas.

    CARLOS H. MARCONDES

    HLIO KURAMOTOFormado em Engenharia Eltrica pela UnB em 1988. Diplomado em Estudos Aprofundados (DEA) em Cincias da Informao e da Comunicao pela ENSSIB (Frana), em 1995. Doutor em Cincias da Informao e da Comunicao pela Universit Lumire (Lyon, Frana), 1999.Trabalha no Instituto Brasileiro de Informao em Cincia e Tecnologia (IBICT) desde fevereiro de 1983, inicialmente como analista de sistemas e, em seguida, ocupou diversos cargos de confiana. Desde outubro de 2002, atua como Coordenador Geral de Projetos Especiais e Diretor substituto do IBICT.

    http://www.ibict.br/bdtd/http://www.scielo.br

  • Editora da UFBA Instituto Brasileiro de Informao emRua Baro de Geremoabo, Cincia e Tecnologia - IBICT

    s/n - Campus de Ondina SAS Quadra 05 Lote 06 Bloco HCEP 40170-290 - Salvador - BA 70070-914 - Braslia, DF

    Tel: +55 71 3263-6164 Tel: +55 6 1 2 1 7-6360 / 6350Fax: +55 71 3263-6160 Fax: +55 6 1 21 7-6490

    www. edufba. ufba. b rw w w . ibict. bredufba@ufba. br webmaster@ibict. br

    http://www.edufba.ufba.brwww.ibict.brmailto:[email protected]:[email protected]

  • Saberes e PrticasCarlos H. Marcondes Hlio Kuramoto Ldia Brando Toutain Lus Sayo [orgs. j

    Salvador/BrasliaUFBA/IBICT2005

  • 2005 by Programa de Ps-Graduao em Cincia da Informao/UFBA e IBICT - Instituto Brasileiro de Informao em Cincia e Tecnologia. Direitos para esta edio cedidos Editora da Universidade Federal da Bahia. Feito o depsito legal.

    Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, a no ser com a permisso escrita do autor e da editora, conforme a Lei n 9610 de 19 de fevereiro de 1998.

    Copidesque e Reviso (IBICT)Francisco de Paula Margaret de Palermo Silva

    Reviso Editorial (EDUFBA)Tnia de Arago Bezerra Magel Castilho de Carvalho

    Capa Joe Lopes

    Projeto Qrfico e Editorao Joe Lopes

    Parcerias:IBICT - Instituto Brasileiro de Informao em Cincia e Tecnologia, Programa de Ps-Graduao em Cincia da Informao/UFBA e a Editora da Universidade Federal da Bahia - EDUFBA

    Biblioteca do IBICT_______ ___________________________________________ ___ ___B582

    Bibliotecas digitais: saberes e prticas/organizadores. Carlos H. Marcondes, Hlio Kuramoto. Ldia B. Toutain, Lus Sayo [prefcio de Aldo de Albuquerque Barreto]. - Salvador. BA:

    EDUFBA: Braslia: IBICT. 2005.278 p: il.

    Publicao em parceria da UFBA com o IBICT.ISBN 85-232-0350-8

    I. Biblioteca digital. 2. Biblioteca digital - Brasil. 3. Preservao digital. 4. Software livre. 5. Web semntica. 6. Metadados. 7. Comunicao cientfica - Tecnologia digital. I. Ttulo. II. Marcondes. Carlos Henrique. III. Kuramoto. Hlio. IV. Toutain. Ldia Brando. V. Sayo. Lus Fernando. VI. Barreto. Aldo de Albuquerque. VII. Universidade Federal da Bahia. VIII. Instituto Brasileiro de Informao em Cincia e Tecnologia.

    CDU 027-021. 131

  • Prefcio...... 7

    Introduo...... 11

    1 . D im e n s o C o n t e x t u a i

    Biblioteca digital: definio de termos Ldia Brando/U FB7-1 ...... 15

    Estado atual das bibliotecas digitais no Brasil Murilo Cunha/UnBCauan McCarthy/Louisiana State University,School of Library and Information Science...... 25

    W eb semntica e a gesto de contedos informacionais Maria Luiza Machado Campos/NCE-UFRJ Maria Luiza de Almeida Campos/UFF Linair Maria Campos/NCE-UFRJ...... 55

    2 . D im e n s o T e c n o l g i c a

    Infra-estrutura tecnolgica de uma biblioteca digital: elementos bsicos

    Silvana Vidotti/UNESP-Marlia,Ricardo onalves SantAna/UNESP-Marlia...... 79

    Metadados: descrio e recuperao de informaes na Web Carlos Marcondes/U F F ...... 97

    Preservao digital no contexto das bibliotecas digitais: uma breve introduo

    Luis F. Sayo/CIN...... 115

    Ferramentas de software livre para bibliotecas digitais Helio Kuramoto/IBICT...... 147

  • 3 . D im e n s e s d o U s o

    O novo papel das tecnologias digitais na comunicao cientfica

    Sely Costa/lnB...... 167

    A interface do usurio e as bibliotecas digitais Sueli M ar a Ferreira/USP Patrcia Cristina N. Souto/Portcom...... 187

    Tornando a informao disponvel: o acesso expandido e a reinveno da biblioteca

    Marlia Levacou/UFRS....... 207

    4 . G e s t o erm B i b l i o t e c a s D ig i t a i s

    Servios de referncia digital Marlia Rocha Alvarenga Mendona/UFF...... 22 7

    Gesto em bibliotecas digitais Luis Atlio V icentin i/UNICAM P...... 227

    Bibliotecas digitais: uma nova cultura, um novo conceito, um novo profissional

    Othon Jambeiro/UFBA Helena Pereira/UFBA ngela Maria Barreto/UFBA...... 263

    5 . E x p e r i n c i a s B r a s i l e i r a s e i n t e r n a c i o n a i s

    Biblioteca digital brasileira: integrando a ICT brasileira Helio Kuramoto/IB IC T ...... 293

    Uma biblioteca digital em multimdia para apoiar a educao no Brasil

    Fredric Michael L ittofUSP...... 3 11

    Federao de bibliotecas digitais lusfonas em cincias da comunicao

    Sueli Mara Ferreira/USP Patrcia Cristina N. Souto/Portcom...... 325

  • P r e f c ioAs mudanas na tecnologia da informao ocorridas durante os lti

    mos anos reorganizaram as atividades associadas cincia da informao. A sociedade sempre foi mais afetada pelas transform aes da tecnologia do que pelo seu contedo, pelo menos no curto prazo. Por isso, aqueles que convivem mais de perto com estas alteraes enfrentam com maior carga as conseqncias sociais e fsicas de uma enorme ansiedade tecnolgica.

    O profissional desta rea foi precipitado em uma conjuno de transformaes, m uitas das quais, ele ainda nem mesmo percebeu.

    O modelo tecnolgico inovador fechado e induz a um distanciamento alienante de com o ele opera ou se opera no melhor sentido. O conhecimento interno da tcnica , muitas vezes, considerado irrelevante e at indesejvel. Se as suas conseqncias so benficas para a sociedade, questionar quase inoportuno.

    A chegada da sociedade eletrnica de informao modificou drasticamente a delimitao de tempo e espao da informao. A importncia do instrumental da tecnologia da informao forneceu a infra-estrutura para modificaes, sem retorno, das relaes da informao com seus usurios.

    A interatividade ou interatuao multitemporal mudou o acesso do usurio informao para o tempo real, o que representa o tempo de acesso no entorno de zero nos estoques digitais de informao; possibilita o acesso em mltiplas formas de interao entre o receptor e a estrutura da informao contida neste espao. A interatividade modifica o fluxo: usurio > tempo > informao. Esta condio reposiciona os acervos, o acesso e a distribuio da informao. O prprio documento de informao se torna mais acessvel e libera o receptor das diversas funes em linha e em tempo linear, passando para um acesso on-line e com linguagens interativas; a interatividade em tempo real liberta o indivduo dos seus rituais de sincronismo cotidiano: todos executando a mesma atividade e ao mesmo tempo: ir ao banco, ir ao trabalho, ir ao mercado, ir aula.

    A interconectividade reposiciona a relao usurio > espao > informao, permitindo uma mudana estrutural no fluxo de informao que se torna multiorientado. Q uando o tempo se aproxima de zero e a velocidade do infinito, os espaos se desterritorializam, perdem seus limites. A interconectividade d ao indivduo uma nova condio de contigida

  • de, onde a possibilidade de vizinhana se estende para a regio do infinito e permite ao usurio da informao ter a possibilidade de deslocar-se, no mom ento de sua vontade, de um espao de informao para outro espao de informao; de um estoque de informao para um outro esto que de informao. O usurio passa a decidir na escolha de sua informao, o determinador de suas necessidades. Ele agora o julgador da relevncia do docum ento que procura e da qualidade do estoque que o contm em tem po real, com o se estivesse colocado virtualm ente dentro do sistema de armazenamento e recuperao da informao.

    Estas m udanas operadas no status tecnolgico das atividades de armazenamento e transmisso da informao vm trazendo mutaes contnuas na relao da informao com seus usurios. Destacamos como instabilidades mais notveis: a) mudanas na estrutura de informao; b) mudanas no fluxo de informao; c) o novo profissional da informao.

    A interao em tempo real com a estrutura e suporte da informao tem questionado o carter alfabtico e linear do documento texto. O com putador permite um texto livre das amarras da composio e da interpretao linear. O cdigo lingstico comum permanece como base das estruturas de informao, como o elemento sistemtico e compulsrio, para uma determinada comunidade de informao, mas os significados esto cada vez mais individualizados e intencionais. O documento em hipertexto permite que cada receptor modifique a mensagem arbitrariamente segundo seu conceito de relevncia, atuando tambm como se fosse um autor do prprio texto. O fluxo da informao entre os estoques digitais e os receptores permeiam dois critrios: o da tecnologia da informao que almeja possibilitar o maior e melhor acesso disponvel e o critrio da cincia da informao, que intervm para qualificar este acesso em termos das com petncias individuais dos usurios para assimilar a informao.

    Nas dcadas iniciais da atividade, as unidades de informao trabalhavam com um fluxo de informao que era realizado em um tempo linear e direcionado a um nico espao de informao. Hoje, com a informao digital on-line, os fluxos de informao so multidirecionados, levando a meandros digitais onde os espaos so de vivncia pela no presena.

    O profissional desta rea se encontra, na atualidade, como se em um ponto no presente entre o passado e o futuro. Convive com tarefas e tcnicas tradicionais de sua profisso, mas precisa atravessar para uma

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  • outra realidade, onde esto indo seus clientes, e aprender a conviver com o novo e o inusitado, numa constante renovao da novidade.

    O presente livro trata de todos estes aspectos, no seu tema de bibliotecas digitais, desde a histria destas bibliotecas, seus conceitos e definies, a articulao tecnolgica, a gesto, o uso e as experincias brasileiras.

    Certamente, um livro que preenche uma lacuna na rea. A parte sobre DIMENSO CONTEXTUAI analisa o significado econmico, social e cultural da Web semntica e a recuperao de informaes: ontologias, agentes, metadados e publicaes digitais: os principais padres de bibliotecas digitais. A DIMENSO TECNOLGICA verifica o que necessrio para montar o site de uma Biblioteca Virtual: os componentes da URL de uma biblioteca digital: rede, servidor, roteador, endereo IP, servidores de bancos de dados, motores de busca, a interface com o usurio. DIMENSES DO USO indica o novo papel das bibliotecas digitais na comunicao cientfica, suas finalidades, mecanismos, canais, filtros: o papel dos servios de informao e das publicaes eletrnicas: a auto publicao, o auto-arquivamento e informao livre; movimento Open Access, Open Archives. GESTO EM BIBLIOTECAS DIGITAIS explora os fluxos de trabalho no contexto de uma Biblioteca Digital: seleo, aquisio e incluso de material digital; relaes com os usurios; habilidades do profissional de informao no planejamento e operao de bibliotecas digitais. EXPERINCIAS BRASILEIRAS e internacionais informa sobre as experincias de sucesso no Brasil e no exterior.

    Aldo de Albuquerque BarretoProfessor, doutor e coordenador do Programa de Ps-Qraduao do IBICT/UFF

  • IntroduoPrope-se este livro a atender necessidade existente na literatura de

    Cincia da Informao no Brasil sobre bibliotecas digitais. Por ser a primeira iniciativa neste sentido, inscreve-se como uma contribuio ao conhecimento do assunto. Assim, visa permitir a profissionais e estudantes da rea uma compreenso abrangente de aspectos tericos, tcnicos e prticos envolvidos no planejamento e operao de bibliotecas digitais.

    A partir de uma proposta inicial dos organizadores de agenda destas questes, culminando em um acordo de co-edio entre o Programa de Ps-Graduao em Cincia da Informao do ICI/UFBA e o IBICT, vrios autores, especialistas no assunto, foram convidados a colaborar. A grande maioria respondeu positivamente, o que permitiu a abrangncia do quadro de questes e problemas tratados nos diferentes captulos.

    O que primeiro nos parece relevante considerar diz respeito ao alcance e impacto das bibliotecas digitais na sociedade brasileira. A nosso ver, esse alcance ainda bastante reduzido, chegando a ser mnima sua repercusso.

    As bibliotecas sempre foram, historicamente, instituies que concentram a informao num lugar fsico para servir a uma comunidade de usurios. Como as bibliotecas eram fsicas, o alcance de seus servios ficava restrito s comunidade que a elas conseguiam ter acesso.

    Com o surgimento da Internet, esta situao evolui de forma drstica: no apenas o potencial de coletar e concentrar informaes dispersas aumentou enormemente, como se tornou expressiva a capacidade de atender ao pblico no sentido mais amplo possvel. As bibliotecas digitais tornam-se, desse modo, um instrumento poderoso de distribuio, cooperao e acesso ao conhecimento, atendendo e podendo servir de foco agregador a uma comunidade segmentada, distribuda geograficamente.

    Na era global e informacional em que vivemos, torna-se imperiosa a necessidade de bibliotecas digitas num pas como o Brasil, e nos mais distintos campos de atividades - a exemplo dos nveis fundamental e mdio do ensino, dos servios de sade, do pequeno empreendedorismo, da produo cultual e da preservao do meio ambiente, para s citar alguns.

    Que se atente para o fato de que a Internet no tem dono. A conseqncia da resultante a quantidade gigantesca de informao livre, disponvel, de padres e ferramentas de softwares tambm livres e gratui-

  • tos, o que focalizado em alguns captulos deste livro. Visto que se trata de informao perdida porque dispersa, desorganizada, avulta a importncia da criao de bibliotecas digitais.

    A considerao desses fatores, problemas e carncias, ensejou o projeto de elaborao dos textos reunidos neste volume, na perspectiva do desenvolvimento de bibliotecas digitais no pas.

    Espera-se que este livro possa instigar e servir de ferramenta para fomentar discusses sobre o tema.

    Carlos H. Marcondes Hlio Kuramoto Ldia Brando Toutain Lus F. Sayo

  • Ldia Maria Batista Brando Toutain'

    Este texto tem por objetivo auxiliar a compreenso e aquisio da terminologia prpria da informtica e da informao no que concerne ao conceito especfico de biblioteca digital.

    Organizado como um manual de consulta, este livro rene a maior concentrao de termos utilizados pelos autores dos textos presentes, alm dos empregados por especialistas na rea da biblioteca digital. Abrange tambm termos e conceitos nem sempre constantes de livros de textos ou de dicionrios de informtica.

    crucial que os usurios saibam em que consistem as diferenas entre aplicaes da W e b e W e b e W e b semntica, entendam a necessidade ou vantagens de utilizar certos padres na implantao de uma biblioteca digital, familiarizem-se com as novas tecnologias, como os metadados, as linguagens documentais de disseminao, transmisso e uso.

    As referncias cruzadas ou links a outras entradas ou termos ajudaro a entender melhor determinado termo. A lguns termos tm mais de um significado, e cada qual esclarecido para facilitar o entendimento.

    O que aqui apresentado resultou, principalmente, da contribuio valiosa dos outros autores deste livro.

    A n a l g ic oSistema de representao de fenmenos por meio de analogias ou

    semelhanas.

    ' Doutora em filosofia, professora do Instituto de Cincia da Informao (ICI) da Universidade Federal da Bahia-UFBA. lbrandao@ufba. br

    mailto:[email protected]

  • A s s in a t u r a d ig ita lModalidade de assinatura eletrnica, resultado de uma operao m a

    tem tica que utiliza algoritmo de criptografia e permite aferir, com segurana, a origem e a integridade de um determinado docum ento digital.

    B ib l io t e c a d ig ita lBiblioteca que tem como base informacional contedos em texto completo

    em formatos digitais - livros, peridicos, teses, imagens, vdeos e outros que esto armazenados e disponveis para acesso, segundo processos padronizados, em servidores prprios ou distribudos e acessados via rede de computadores em outras bibliotecas ou redes de bibliotecas da mesma natureza.

    C e r t i f ic a d o d ig ita lDocum ento em itido e assinado digitalm ente por uma autoridade

    certificadora que contm dados que identificam seu titular.

    C r ip to g r a f iaCodificao de dados segundo um cdigo secreto, chamado chave,

    de forma que somente os usurios autorizados podem restabelecer sua forma original para consult-lo.

    C o o k ieA rquivo que o navegador pode ler e registrar no com putador do usu

    rio um website. Assim , o usurio pode ser identificado, na segunda v is ita, no website. Corresponde a um arquivo de texto pequeno, que o servidor cria no disco rgido do usurio, sem sua permisso ou conhecim ento, o que freqentemente chamado de personalizao .

    D ig i t a lForma de codificao de objetos do mundo real por meios de dgitos

    binrios - seqncia de 0 's e l 's .

    D ig i t a l iz a oProcesso de converso de um docum ento analgico para um formato

    digital, convertendo-o em sinais binrios, por meio de dispositivo apropriado, como um scanner ou cmera fotogrfica d igital.

  • D o c u m e n to d ig ita l

    Registro de informao codificado por meio de dgitos binrios.

    D O I - D ig ita l O b je c t Id e n t if ie r

    Sistema para identificar univocam ente objetos digitais na W e b , que tem como propsito principal a gesto da propriedade intelectual e o comrcio digital dos objetos. Marca registrada da DOI Foundation (http: //www. doi. org).

    D u b lin c o re

    Padro de metadados voltado para a descrio e descoberta de recursos na Internet. Possui um vocabulrio controlado padronizado correspondente a 15 elementos de dados, que servem para descrever recursos web, como pginas HTML.

    F o rm a to d e a rq u iv o

    Especificao de regras e padres descritos formalmente para interpretao das cadeias de bits que formam os arquivos digitais. So classificados segundo o conhecim ento e a propriedade dessas especificaes: a) abertos - quando as especificaes so de conhecim ento pblico (exemplo: XM L, HTML e TXT; b) fechados - quando as especificaes no so divulgadas pelos proprietrios (exemplo: D O C e PPT); c) proprietrios - quando uma organizao detm os d ireitos sobre o form ato (exemplo: PDF e DOC). Quando um formato produzido por um rgo de normalizao, ele classificado tambm como padronizado.

    F ra m e s / q u a d ro s

    Tcnica utilizada na organizao de websites complexas (grandes empresas, jornais on-line) que consiste na diviso da tela em vrios cam pos. A configurao mais popular a repartio em um quadro fino na parte esquerda ou superior da tela (sumrio com links) e um quadro maior para o anncio dos arquivos endereados por links.

    G e s t o d e c o n te d o s

    Um term o geral que se refere organ izao , ca tegorizao e estruturao de recursos de informao - texto, imagem, som etc. - de

  • forma que possam ser armazenados, publicados, reutilizados, e editados com maior flexibilidade.

    H ip e r f ic o / h y p e r f ic t io nUtilizao literria do hipertexto. Em vez de marcao linear, que per

    mite ao autor uma planificao rigorosa do curso de recepo, so oferecidas ao leitor alternativas de ligao que exigem a renncia m om entnea, as o fe rtas e sp ec f icas , e a cen tu am o p rocesso de le itu ra , respectivamente, a situao, interao x imerso. O encontro com o texto assim objetivo no s a respeito da gerao do sentido, mas tambm em relao composio do texto.

    H ip e r l in k / h y p e r l in kUm a palavra, frase ou imagem que recebe uma marcao especial

    para funcionar como um elo com outro docum ento que pode estar no mesmo com putador ou em outro servidor da Internet. O hiperlink acionado por um clique do mouse.

    H ip e r m d ia / h y p e r m e d iaAm pliao do conceito de hipertexto. Forma de estruturao de do

    cumentos segundo o qual vrios meios de armazenamento e transmisso de informao so integrados atravs de hiperlinks, permitindo a utilizao simultnea de texto, sons, imagens e vdeo.

    H ip e r t e x to / h y p e r t e x tForma de estruturao da informao que permite a leitura no linear

    de um texto, por meio de acionam ento de hiperlinks que viabilizam a conexo direta com outras partes do docum ento ou com outros documentos disponveis na W e b .

    H T M L / H y p e r t e x t M a r k u p L a n g u a g e a lngua franca para publicao de docum entos na W e b . E um for

    mato no-proprietrio baseado no padro SG M L e pode ser criado e processado por uma grande variedade de ferramentas. O HTML utiliza tags, como < h I > e , para estruturar o texto em cabealhos, pargrafos, listas, links de hipertextos etc.

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  • Ic o n e / c o nPictograma que, na tela, simboliza um objeto especfico, programa ou

    funes, as quais so ativadas por clique, com o, por exemplo, o smbolo da lixeira para a funo rejeitar.

    IC P - In f r a - e s t ru tu ra d e C h a v e s P b l ic a sE um conjunto de tcnicas, prticas e procedimentos, que estabele

    cem os fundamentos tcnicos e metodolgicos de um sistema digital baseado em certificao chaves pblicas.

    In t e r n e tRede das redes. Rede de computadores de abrangncia mundial que

    interliga os mais diferentes sistemas computacionais e redes, e possibilita, por meio de protocolos padronizados, tais como o Transmission Contool Protocol (TCP) e Internet Protocol (IP), a troca de dados entre eles. Os diferentes servios de Internet baseiam-se nos prprios protocolos de transmisso: Simple M ail Transfer Protocol (SMTP) para e-mail, File Transfer Protocol (FTP) para transmisso de dados, Internet Relay Chat (IRC) para Internet, Chatb HyperTextTransfer Protocol (HTTP) para W orld W id e W eb .

    M e t a d a d o s

    Elementos de descrio/definio/avaliao de recursos informacionais armazenados em sistemas computadorizados, organizado por padres especficos, de forma estruturada.

    M ig r a oEstratgia de preservao que consiste em copiar, converter e/ou

    transferir a informao digital de uma plataforma tecnolgica que est se tornando obsoleta para uma outra mais atualizada e de uso corrente. O objetivo da migrao preservar a integridade de objetos digitais enquanto mantm a capacidade do usurio de recuper-los, exibi-los e utiliz-los em face das constantes mudanas tecnolgicas.

    M u l t im d ia

    Tecnologia que permite ao com putador trabalhar simultaneamente e de forma interativa com diversos tipos de registro informacional, como texto, som, imagens estticas, animao e vdeo.

  • N a v e g a d o r e s / W e b b r o w s e r sProgramas de computadores que atuam como interface entre o usu

    rio e a W e b , permitindo-o navegar - ou surfar - pelos recursos oferecidos W e b . No modelo cliente/servidor, o navegador se caracteriza funcionalmente como um programa cliente. Netscape, Mosaic, e Internet Explorer so exemplos de navegadores W e b .

    O b je t o d ig ita lNo contexto dos arquivos e bibliotecas digitais, um registro de in

    formao codificado digitalmente, consistindo de contedo informacional, metadados e identificador.

    O n t o lo g ia1. Proposio evidente ou que se d por verdadeira em um sistema lgico e

    da qual derivam dedutivamente outras proposies. Estabelece fundamentos de significados conceituais sem os quais a W eb Semntica no seria possvel.

    2. Concepo de estruturas concebidas com o um conjunto de relaes entre elementos com funes definidas.

    O p e n a rc h iv e s / a rq u iv o s a b e r to sArquivo eletrnico baseado no protocolo Open Archives Initiative

    Protocol for Metadata Harvesting (O A I-PM H )- , geralmente de acesso livre, do tado de d isp o s itivo s de a u to p u b lica o e in te rcm b io de metadados. Constitu i um marco histrico do desenvolvim ento da com unicao cientfica, da publicao eletrnica e das bibliotecas digitais. A partir dos Open Archives, estabeleceram-se padro e protocolo para permitir interprobabilidade entre os sistemas das bibliotecas digitais.

    O p e n s o u rc eRefere-se a pacote de software cuja distribuio acompanha o seu

    cdigo fonte, o que possibilita ao usurio alterar e adequar o software segundo as suas necessidades.

    O W L / W e b O n t o lo g y L a n g u a g ePadro para elaborar ontologias na W e b . Possui uma terminologia para

    formalizar a definio do conceito.

  • P a d r e s a b e r to s

    Referem-se a padres cuja docum entao est publicada e prontamente disponvel, e que tm o desenvolvimento baseado em processos consensuais envolvendo as diversas partes interessadas.

    P r e s e r v a o d ig ita l

    Conjunto de aes tcnicas, gerenciais e administrativas destinadas a manter a integridade e a acessibilidade de objetos digitais de valor con tnuo, pelo tem po que transcenda as mudanas tecnolgicas.

    R D F / R e s o u rc e D e s c r ip t io n F r a m e w o rk

    Uma infra-estrutura tcnica desenvolvida pela W 3 C - baseada em XM L- voltada para a descrio, intercmbio de metadados e interoperabilidade. Tem importncia fundamental na concepo da W e b semntica.

    S e r v i o d e re fe re n c ia d ig ita l

    Servio de intermediao entre os recursos informacionais disponveis na Internet e os usurios. Tem como objetivo prestar assistncia ao usurio no direcionamento de questes s fontes de informaes W e b e/ ou a outras fontes. Pode ser gerenciado autom aticamente, atravs de software aplicativos ou atravs da assistncia de especialistas.

    S e m n t ic a

    Disciplina que estuda a linguagem natural e formal (signos, termos, palavras) a sua funo de representao, o que significa ou a que se refere.

    S e r v id o r w e b / w e b s e v e r

    Servidor que, posto disposio dos computadores descentralizados (clientes), processa os servios e envia o docum ento solicitado.

    S G M L / S t a n d a r d G e n e ra l iz e d M a r k u p L a n g u a g ePadro internacional para definir descries de estrutura e contedo

    de diversos tipos de documentos. Forma a base para o HTML e o XM L.

    P r o to c o lo s o a p

    Simple O bject Access Protocol - S O A P - um protocolo baseado em

  • XM L usado para requisitar servios W e b , e intercambiar dados e informaes estruturados em ambientes descentralizados e distribudos.

    T a x o n o m aFerramenta que possui a funo de organizao sistemtica de con

    tedos informacionais, apresentando as relaes hierrquicas entre os contedos, classificando-os em grupos ou categorias.

    T e s a u r oVocabulrio controlado, compreendido com o estruturas term inol

    gicas, que visa a Padronizar a linguagem, em servios de informao, cobrindo um domnio especfico do conhecim ento, traduzido de uma linguagem natural para uma linguagem de mquina.

    T e s a u ro c o n c e it u a iRecurso que permite evidenciar melhor as relaes entre os termos

    representados na ontologia*, privilegiando-se os aspectos do significado.

    V R M L / V i r t u a l R e a l i t y M o d e l in g L a n g u a g e

    Linguagem que produz mundos tridimensionais e deixa-se representar por um correspondente plug-in tambm do Browser.

    U n ic o d e ( I S O 10646-1 U n iv e r s a l C h a r a c te r S e t )Cdigo de caracteres de 16 bits que busca cobrir todos os sistemas

    de escrita em escala mundial; deve substituir o A SC II - conjunto de caracteres de 7 bits que tem como limite somente 128 caracteres.

    U R I/ U n i f o r m R e s o u rc e Id e n t if ie rConjunto genrico de todos os nomes/endereos que identificam re

    cursos informacionais na W e b . Inclui U R L 's e U R N 's .

    U R N / U n i f o r m R e s o u r c e N a m e

    Padro da W 3 C que define uma sintaxe para nome e endereo de objetos digitais persistentes disponveis na Internet.

  • U R L - U n ifo r m R e s o u rc e L o c a to r

    Endereo eletrnico que especifica - em ordem: o protocolo de co municao, o host servidor, o cam inho do diretrio, o nome do arquivo e o tipo do arquivo. Quando um desses elementos muda, o link quebrado e se torna inopervel.

    V i r t u a l

    Que no existe de fato. Representao eletrnica de algo real.

    W e b s e m n t ic a / s e m a n t ic w e b

    1. Evoluo da W E B * atual, cujos proponentes foram Tim Berners- See, Hendler e Lassila. V isa fornecer estruturas e dar significado sem ntico ao contedo das pginas W e b , criando um ambiente onde agente de software e usurios possam trabalhar de forma cooperativa.

    2. Conhecim ento sem ntico* estruturado.

    W e b m a s t e r

    Pessoa responsvel pela m anuteno tcnica, observao e atualizao de um Website, sem que seja necessariamente o autor.

    W 3 C

    W orld W ide Web Consortium um consrcio internacional de indstrias que desenvolve padres e protocolos comuns que promovem a evoluo da W W W e assegura a sua interoperabilidade.

    W 3

    Um a rede de servidores conectados por meio de um protocolo co m um , p e rm itin d o acesso a m ilhes de recu rsos in fo rm ac ion a is hipertextuais. Tambm conhecida como W W W , W e b e W orld W ide Web.

    X M L / E x te n s ib le M a r k u p L a n g u a g e

    I . Linguagem de padro universal, referendada pela w 3ce aberta, que descreve docum entos eletrnicos nos quais o contedo e sua descrio compem um nico arquivo.

  • 2. Estrutura sinttica de padro que descreve dados entre aplicaes e recursos de mquina. Constitui a base de vrios padres na rea de informao.

    3. Linguagem genrica que descreve estrutura de docum entos eletrnicos, padro simples, em formato texto. Possui recursos bem definidos e extensveis que permitem descrever e pesquisar objetos, atributos e valores atravs do relacionamento entre eles.

    R e fe r n c ia sCMARA TCNICA DO DOCUMENTO ELETRNICO. Qlossrios de Documentos /rquivsticos Digitais. Rio de Janeiro: CONARQ, julho 2004. Disponvel em: < http: //www. arquivonacional. gov. br/conarq/cam_tec_doc_ele/ download/Glossario_CTDE_2004. pdf>. Acesso em: 01/06/2005.COSTA, Sely. Mudanas no processo de comunicao cientfica. In: Muller, S.: Passos, E. Comunicao cientfica. Braslia, 2000.WATERS, D. W h a t are Digital Libraries? CUR ISSUES, Washington, DC, n. 4, jul/aug., 1998. Disponvel em w w w *. c\\r. org/ pubs/issues/. (Acesso em 2005).TRISKA, R.: CAF, L. Arquivos abertos: subprojeto da Biblioteca Digital Brasileira. Cl. Inf., Braslia, v. 30, n. 3, set/dez. 2000.ARMS, W . Key concepts in the architecture of the digital library. D-LIB MAGAZINE. Virginia, USA. Disponvel em http: //iuiuiu. d lib . org/dlib/july95/ 07 arms. (Acesso em 2005).BULLOCK, A. Preservation of digital information. Ottawa: National Library of Canada, apr. 22, 1999. http: //LULULU. nic -ben. ca/publication/pl-259. html. PFAFFENBERGER, B. Websters new world: dicionrio de informtica. 6. ed. Rio de Janeiro Campus, 1998.MARCONDES, C.: SAYO, L. Integrao e interabilidade no acesso a recursos informacionais eletrnicos em C&T: a proposta da Biblioteca Digital Brasileira. Ci. Inf., Brasilia, v. 30, n. 3, p. 24-33, 2001.MARDERO, M. Servio de referncia virtual. Ci. Inf., Brasilia, v. 30, n. 2, p. 7-1 5, 2001.

    http://www.arquivonacional.gov.br/conarq/cam_tec_doc_ele/%e2%80%a8download/Glossario_CTDE_2004.pdfhttp://www.arquivonacional.gov.br/conarq/cam_tec_doc_ele/%e2%80%a8download/Glossario_CTDE_2004.pdfhttp://iuiuiu.dlibhttp://LULULU.nic

  • Murilo Bastos da Cunha, Ph. D. ' Cavan McCarthy, Ph. D. "

    I . I n t r o d u o

    A histria da Internet no Brasil est intim am ente ligada im plantao da Rede Nacional de Pesquisa (R N P ) [URL: http: //www. rnp. br], cuja criao remonta a 1989 (Histrico, 2003). M uitos estados criaram suas prprias redes, enquanto a R N P era responsvel pela interligao dos sistemas estaduais e tambm pelo acesso ao exterior.

    Entre 19 9 1 e 1993, a RN P implantou o seu backbone bsico, interligando I I estados. Neste perodo, a rede era utilizada somente para co municao cientfica e tecnolgica. O segundo perodo, de 1994 a 1996, foi marcado por uma enorme expanso de suas atividades. Em maio de 1995, a Internet brasileira foi aberta para uso comercial, provocando um enorme crescimento da demanda que, at aquele momento, estava reprimida. A Internet, a partir de ento, foi rapidamente adotada no Brasil como uma nova modalidade de comunicao, com pletamente apropriada para os avanos tecnolgicos e para uma nao recentemente democratizada (Cunha, 1999).

    Universidade de Braslia. Departamento de Cincia da Informao e Documentao. Braslia DF 70910-900 Brasil, murilobc@unb. br.Louisiana State University. School of Library and Information Science

    267 Coates Hall. Baton Rouge. LA 70803-3920, USA. mccarthy@lsu. edu.

    http://www.rnp.brmailto:[email protected]:[email protected]

  • As taxas de crescimento da Internet brasileira foram consideravelmente superiores s ocorridas em outros pases (Histrico, 2003). Em 2000, cerca de 10 milhes de brasileiros utilizavam a Internet (Pastore, 2000 a). Nesse mesmo ano, o Brasil atingia cerca de 4 1 % dos usurios latino-americanos da Rede (Pastore, 2000b). De acordo com dados do Ibope (2002), o nmero de cidados com acesso Internet em residncias alcanava 14 milhes, dos quais 7, 8 milhes poderiam ser considerados internautas ativos, com um tem po de navegao que j ultrapassava dez horas por ms.

    Entretanto, apesar do crescimento da Internet no Brasil ser acentuado, esse dado estatstico pode ser enganador, pois para a imensa maioria da populao, o acesso ao com putador ainda um sonho. O s dados do IBGE (IBGE, PN A D ), referentes a 2002, atestam que dos 170 milhes de habitantes do pas, apenas 3, 3 % (o equivalente a quase 7 milhes de habitantes) dispunham de computadores em casa. Este um percentual pequeno se comparado com a existncia no domiclio de telefone (fixo ou celular) e aparelho de televiso, respectivamente em 62 e 90, em cada 100 residncias no pas. A lm disso, o acesso Internet e com putadores, isto , da chamada incluso digital, irregular no que concerne s classes sociais. Em 7 de outubro de 2003, segundo a Agncia Nacional de Telecomunicaes (ANATEL), do total de internautas brasileiros, 4 2 % pertenciam classe A , que tem 5 % da populao; a classe B, que representa 19 % dos brasileiros, representava 48 , 7 % dos internautas e, finalmente, as classes C, D e E, onde vivem 7 6 % da populao, contavam com apenas 9, 3 % dos internautas. O diagnstico da AN ATEL para a pequena quantidade de internautas no Brasil em relao populao de que o problema em aumentar o acesso no est na telefonia, mas nos preos dos m icrocomputadores.

    Em setembro de 2004, segundo Daniele Madureira, a Internet j estava presente em 15 % dos lares brasileiros, mas

    em um Pas no qual a desigualdade social chega a ser pungente e apenas um tero dos 182 milhes de habitantes tem condies reais de adquirir o bsico para a subsistncia, vale a pena investir em uma mdia que s atinge, segundo pesquisa da Fundao Getlio Vargas (FGV), 15% das residncias no Brasil?

  • Continuando, a autora comenta que

    (... ) no mundo, foi preciso 38 anos para o rdio atingir 50 milhes de pessoas, a TV aberta levou 13 anos e a TV a cabo, 10. Para atingir a mesma marca, a Internet precisou de apenas cinco anos. (... ) lembrando que ao considerar o acesso internet independentemente da origem (casa, trabalho, escola, cyber caf) o nmero de usurios no Brasil muito maior do que 27 milhes. Destaca que a rede no se limita aos PCs: a mdia inclui celulares, palms, videogames, TV digital e sistemas pervasivos (encontrados em carros e aparelhos eletrodomsticos). No nosso Pas, o nmero reduzido de internautas um reflexo da excluso social e econmica de grande parte da populao, mas esto sendo adotadas polticas para reverter isso. (Madureira, 2004)

    Na mesma poca (setembro de 2004), escrevendo sobre o comrcio eletrnico no Brasil, Dubes Sonego, aponta os crescimentos verificados no nmero de usurios residenciais e nas diversas formas de acesso Rede. Esses dados constam da Tabela I .

    Tabela 1 - Usurios ativos da InternetPerodo Usurios ativos

    (milhes)Banda largo (milhes; %

    do total de usurios)Linha discada (milhes; %

    do total de usurios).Maio de 2002 7, 59 1, 5 (19, 76%) 6, 09 (80, 24 %)Moio de 2003 7, 96 2, 11 (26, 6%) 5, 84 (73, 4 %)Maio de 2004 11, 68 4, 93 (42, 2 %) 6, 75 (57, 8 %)

    Fonte: Sonego (2004)

    Os dados estatsticos da Tabela I demonstram que o nmero de usurios da banda larga cresceu 228, 23 % entre maio de 2002 e maio de 2004. A lm disso, esses dados numricos sinalizam que as perspectivas para expanso so excelentes. Um a anlise da Internet brasileira preparada por Howton, W ardw ell & Gunday (2001) mostrou que 0 papel do Estado na proviso de incentivos para a indstria de informtica poder fazer com que o pas possa ter uma revoluo na Internet. Para que os projetos de bibliotecas digitais alcancem sucesso jun to comunidade brasileira, vital que haja uma dim inuio da chamada excluso digital, fazendo com que se tenha uma ampla capilaridade da Rede em todos os segmentos sociais.

  • 2 . D e s e n v o l v i m e n t o d a b i b l i o t e c a d ig i t a l n o B r a s i l

    O Brasil possui uma tradio de servios bibliotecrios, funcionando na maioria das cidades de mdio e grande porte; que, geralmente, contam com sistemas de automao de bibliotecas (McCarthy, 1990; McCarthy; Schmidt, 1994; Corte, A . e outros, 2003). As bibliotecas suportam os programas educacionais, especialmente os de segundo e terceiro graus.

    Na ltima dcada, as bibliotecas digitais tiveram um significativo im pacto no setor de biblioteca e informao, notadam ente na Am rica do Norte, onde atraram enorme ateno (Chowdhur; Chowdhury, 1999). O rpido avano da Internet no Brasil, conforme j apontado no item anterior, e existncia de uma base razovel de bibliotecas automatizadas, natu ralmente ir redundar na ampliao do nmero de bibliotecas digitais. No contexto atual, as maiores iniciativas brasileiras se enquadram em quatro categorias; cincia e tecnologia, educao, literatura e hum anidades, histria e poltica. A seguir, sero analisados os principais projetos institucionais de bibliotecas digitais.

    C i n c ia e T e c n o lo g ia (C & T )IB IC TO Institu to Brasileiro de Informao em Cincia e Tecnologia (IBICT),

    uma agncia do M inistrio da Cincia e Tecnologia (M CT), sempre desem p e n h o u um papel v ita l no d e se n v o lv im e n to de a tiv id a d e s informacionais avanadas. Os seus projetos que chegaram fase de implementao sero com entados a seguir.

    O Programa de Informao e Com unicao para a Pesquisa (PR O SS IG A ) [URL: http: //prossiga. ib ict. br] foi criado em 1995, no mbito do M inistrio da Cincia e Tecnologia; em meados de 2 0 0 1, foi transferido para o IBICT. Ele um portal que tem por objetivos a divulgao da informao, com unicao e inovao para a cincia e tecnologia. Alm de manter um diretrio com ponteiros para stios selecionados nas diversas reas de C&T, possui tam bm uma srie de b ib lio tecas d ig itais [h ttp : // w w w . prossiga. br/bvtematicas/], denom inadas "b ib liotecas v irtu a is . Muitas dessas bibliotecas so guias de stios W e b sobre cada um dos temas e que, geralmente, incluem dados sobre: pesquisadores, associaes e sociedades cientficas, instituies de ensino, publicaes, legislao, principais peridicos e obras de referncia. Essas bibliotecas, na

    http://prossiga.ibict.brhttp://www.prossiga.br/bvtematicas/

  • verdade, so diretrios de stios W e b relacionados com um tema especfico, geralmente incluindo dados sobre: pesquisadores, associaes e sociedades cientficas, instituies de ensino, publicaes, legislao, principais peridicos e obras de referncia. Elas cobrem uma variedade de assuntos e que foram criadas contando, em sua maioria, com a cooperao de importantes instituies.

    Em maio de 2003, o Prossiga tinha uma mdia diria de 85. 980 acessos (Prossiga em nmeros, 2003).

    A t janeiro de 2005, eram 19 os temas cobertos pelas bibliotecas digitais. Abaixo, em ordem alfabtica, so informados o tema, a data de criao, o U R L e resumo do projeto.

    1) Agropecuria na Am aznia (28 de maro de 2003) [URL: http: // w w w . prossiga. br/embrapa/agropecuaria/]: foi organizada pelo Cen tro de Pesquisa da Am aznia Oriental da EM BRA PA . Ela disponibiliza informaes sobre cincias agrrias e setor produtivo, com foco no agronegcio.2) Astronom ia (14 de agosto de 2 0 0 1) [URL: http: //www. prossiga. br/ astronomia/]:, projeto do Observatrio do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em parceria com o IBICT. O seu objetivo disponibilizar informaes sobre a astronomia, no s para o pesquisador, mas tambm para o usurio leigo.3) C in c ias Soc ia is (17 de novem bro de 1999) [U R L : h ttp : // binac. nce. ufrj. br/cienciassociais/]: projeto do Instituto de Cincias So ciais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que disponibiliza informaes em sociologia, antropologia e cincia poltica.4) Economia (13 de janeiro de 1998) [URL: http: //www. prossiga. br/ nuca-ie-ufrj/economia/]: projeto do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, visa disponibilizar informaes sobre os diferentes dom nios da cincia econmica.5) Educao (2 de setem bro de I 998) [U R L : h ttp : //bve. d b e c . inep. gov. br]: projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (IN EP), que disponibiliza informaes sobre avaliao de ensino: estatsticas educacionais; ensino fundamental, mdio e superior; outros assuntos correi atos Educao.6) Educao a D is tnc ia (13 de m aio de 1998) [U R L : h ttp : //

    http://www.prossiga.br/embrapa/agropecuaria/http://www.prossiga.br/http://www.prossiga.br/http://bve.dbec

  • w w w . prossiga. br/edistancia/]: projeto da Faculdade de Educao e Institu to de Cincia da Informao da Universidade Federal da Bahia: disponibiliza informaes sobre recursos tecnolgicos da com unicao e informao na educao, especialmente aqueles relacionados com televiso, vdeo, com putador e conexo Internet.7) Energia [URL: http: //www. prossiga. br/cnencin/bvenergia/]: foi desenvolvida pelo Centro de Informaes Nucleares da Com isso N ac ional de Energia Nuclear (C IN /CN EN ). Ela inclui stios que tratem de rea de energia nos aspectos tecnolgicos da produo, converso e utilizao eficiente de todas as fontes de energia, convencionais e no convencionais, incluindo impactos ambientais, econm icos e sociais (Com isso Nacional de Energia Nuclear. C IN . Biblioteca V ir tual de Energia. O que ? )8) Engenharia B iom d ica (6 de ju lh o de 2000 ) [U R L : h ttp : // w w w . prossiga. br/fem-unicamp/bvbiomedica/]: projeto da Faculdade de Engenharia Mecnica da U N IC A M P ; disponibiliza informaes nas reas de bioengenharia, biomateriais, prteses e orteses, biomecnica e assuntos correlatos engenharia biomdica.9) Engenharia do Petr leo (13 de maio de I 998) [U R L : h ttp : // w w w . prossiga. br/dep-fem-unicamp/petroleo/]: projeto do Departamento de Engenharia do Petrleo da Universidade Estadual de C am pinas: disponibiliza informaes sobre os variados aspectos da engenharia do petrleo, tanto nacional quanto internacional.10) Estudos Culturais (3 de julho de 2000) [URL: http: //binac. nce. ufrj. br

    /estudos culturais/]: projeto conjunto do Programa Avanado de C u ltura Contem pornea e do Programa de Ps-Graduao da Escola de Com unicao da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O s assuntos cobertos so: gnero e sexualidade, identidades nacionais, ps- colonialismo, etnia, cultura popular, ps-modernidade, multiculturalis- mo e globalizao.I I) Inovao Tecnolgica (15 de dezembro de 2000) [URL: http: // w w w . prossiga. br/finep/]: projeto conjunto entre a Financiadora de Estudos e Projetos (FIN EP) e o Prossiga; disponibiliza informaes so bre inovao tecnolgica em seus mltiplos aspectos.12) Jurdica (1 de dezembro de 1998) [URL: http: //www. cjf. gov. br/ bvirtual/]: projeto do Conselho da Justia Federal; disponibiliza o aces

    http://www.prossiga.br/edistancia/http://www.prossiga.br/cnencin/bvenergia/http://www.prossiga.br/fem-unicamp/bvbiomedica/http://www.prossiga.br/dep-fem-unicamp/petroleo/http://binac.nce.ufrj.brhttp://www.prossiga.br/finep/http://www.cjf.gov.br/

  • so direto a documentos (textos doutrinrios, peridicos eletrnicos, cdigos legais) e a fontes secundrias (bibliotecas, referncia de jurisprudncia, legislao, andamento processual e instituies jurdicas).13) Literatura (27 de maio de 2002) [URL: http: //binac. nce. ufrj. br/literatura/]: parceria entre o Programa Avanado de Cultura Contem pornea da Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Programa de Ps- Graduao em Teatro da U N IR IO . Ela disponibiliza informaes sobre literatura, com nfase na brasileira, latino-americana e portuguesa.14) Mulher (13 de setembro de 2 0 0 1) [URL: http: //www. prossiga. br/ bvmulher/cedim/]: projeto do Conselho Estadual dos Direitos da M u lher (CEDIM/RJ): disponibiliza informaes sobre as mulheres relacionadas com: sade, violncia, trabalho, cultura, direito e cidadania, educao, poder e participao poltica.15) Museus de Cincia e Divulgao Cientfica (20 de agosto de 2 0 0 1) [URL: http: //binac. nce. ufrj. br/cienciassociais/]: parceria entre a Fundao O sw aldo Cruz e o IBICT; disponibiliza informaes sobre m useus das reas de cincias naturais e fsicas.16) ptica Bsica e Aplicada (24 de abril de 1998) [URL: http: // w w w . prossiga. br/ifsc-usp/optica/]: projeto do Instituto de Fsica de So Carlos, rgo da Universidade de So Paulo: disponibiliza informaes sobre o apoio o desenvolvim ento do ensino e pesquisa na rea de ptica.17) Poltica Cientfica eTecnolgica (dezembro de 1996) [URL: http: /

    /w w w . prossiga. br/politica-ct/]: lanada em pelo prprio Prossiga.18) Sade Mental (20 de agosto de 20 01) [URL: http: //www. prossiga. br/ ee_usp/saudemental/]: projeto conjunto do Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Psiquiatria da Escola de Enfermagem da Universidade de So Paulo e do Ministrio da Sade: disponibiliza informaes sobre a prom oo, preveno e tratam entos referentes ao melhoramento, manuteno ou a restaurao da sade mental.19) Sade Reprodutiva (7 de junho de 1999) [URL: http: //www. prossiga. br/ fspjjsp/saudereprodutiva]: projeto da Faculdade de Sade Pblica da Universidade de So Paulo; disponibiliza informaes sobre os eventos biolgicos, psicolgicos e sociais relacionados reproduo humana.

    http://binac.nce.ufrj.br/lite%c2%ac%e2%80%a8ratura/http://binac.nce.ufrj.br/lite%c2%ac%e2%80%a8ratura/http://www.prossiga.br/http://binac.nce.ufrj.br/cienciassociais/http://www.prossiga.br/ifsc-usp/optica/http://www.prossiga.br/politica-ct/http://www.prossiga.br/http://www.prossiga.br/

  • Outra importante iniciativa dentro do Prossiga a srie de bibliotecas digitais [http: //www. ib ict. br/notaveis/] dedicadas a importantes cientistas brasileiros. Nessas bibliotecas, geralmente so includos dados biogrficos, produo intelectual do pesquisador (em sua maioria com textos com pletos), matrias na imprensa, imagens, fotos e informaes sobre suas descobertas e/ou contribuies para a cincia e tecnologia. A t janeiro de 2005 as sete bibliotecas existentes eram:

    a) An sio Teixeira [URL: http: //www. prossiga. br/anisioteixeira/]: foi lanada em 10 de dezembro de 1997, pelo Prossiga com a colaborao de 14 entidades que cederam docum entos, alm de arquivos pessoais privados. Ela disponibiliza referncias, cartas e docum entos do educador Ansio Teixeira, incluindo sua produo intelectual, correspondncia, matrias e entrevistas na mdia, depoimentos e hom enagens ao educador (instituies que receberam o seu nome, prmios institudos e recebidos pelo pensador).b) Carlos Chagas [URL: http: //www. prossiga. br/chagas/]: um projeto realizado pela Fundao O sw aldo Cruz (RJ) e que disponibiliza informaes sobre o mdico Carlos Chagas e sobre a doena descoberta pelo mesmo (a Doena de Chagas).c) G ilberto Freyre [U RL: h ttp : //prossiga. bvgf. fgf. org. br/portugues/ index. htm ]: foi organizada pela Fundao Gilberto Freyre (Recife, PE), com o objetivo de servir de portal oficial de disseminao do arquivo documental da Fundao. Alm da docum entao impressa, so interessantes as colees especiais com fotos, udio e vdeos de/sobre o pensador brasileiro.d) Leite Lopes [URL: http: //www. prossiga. br/leitelopes/]: foi lanada em 24 de maro de 1999, pelo Prossiga e pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Fsicas (CBPF). Ela disponibiliza informaes sobre o fsico Jos Leite Lopes, relacionadas com os seguintes aspectos: trajetria, contribuio Fsica, produo cientfica (geral, sobre Fsica e sobre poltica cientfica), presena na mdia, textos biogrficos e pintura.e) O sw aldo Cruz [URL: http: //www. prossiga. br/oswaldocruz/]: foi lanada em 19 de outubro de 2000, pela Fundao O sw aldo Cruz (RJ). Ela disponibiliza informaes sobre o mdico O sw aldo Cruz e seu trabalho em prol da sade pblica no Brasil.

    http://www.ibict.br/notaveis/http://www.prossiga.br/anisioteixeira/http://www.prossiga.br/chagas/http://prossiga.bvgf.fgf.org.br/portugues/http://www.prossiga.br/leitelopes/http://www.prossiga.br/oswaldocruz/

  • f) O tto Gottlieb [URL: http: //www. prossiga. br/ottogottlieb/]: foi lanada em 27 de maio de 2003, pelo Prossiga com o apoio da FAPERJ. Ela disponibiliza informaes sobre o professor de qumica O tto Gottlieb, estando organizada em seis partes: trajetria, produo cientfica (1945/ 2002), legado cientfico (teses e dissertaes orientadas), presena na mdia e depoimentos de colaboradores, amigos e ex-alunos.g) Paulo Freire [U R L : h ttp : //w w w . paulofreire. ufpb. br/paulofreire/ index. html] projeto conjunto, desenvolvido em 2000, pelas reas de Educao, Informtica, Educao a Distncia da Universidade Federal da Paraba, em cooperao com o CNPq. O seu objetivo disponibilizar os pressupostos filosficos, sociolgicos e pedaggicos do pensamento desse importante educador.h) V ita l Brazil [URL: http: //www. prossiga. br/vitalbrazil/]: foi lanada em 4 de julho de 2002, pelo Prossiga em cooperao com o Instituto V ital Brazil e a Fundao O sw aldo Cruz. Ela disponibiliza informaes sobre o cientista V ital Brazil, incluindo sua produo intelectual, biografia e sobre ofidismo e soro antiofdico.

    Biblioteca Digital Brasileira - No final de 2 0 0 1, o IB ICT lanou o portal Biblioteca Digital Brasileira (BD B) [http: //www. ib ict. br/bdb/portal/ bdb_portal. htm], que oferece uma interface para acesso a teses e dissertaes digitalizadas. A BDB pretende permitir o acesso, num nico lugar, a artigos cientficos, teses, dissertaes, alm dos arquivos digitais dos rgos da rea de C & T d o Governo: incluir tambm salas de bate-papo e listas de discusso para sociedades cientficas.

    Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes - A implantao da BDTD remonta a 1995 quando o IBICT integrou, numa nica base de dados, as referncias bibliogrficas de teses e dissertaes de 17 universidades brasileiras. Em dezembro de 2002, o IB ICT instalou a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertaes (BDTD) [URL: http: //bdtd. ibict. br/bdtd], cuja misso viabilizar a criao de um consrcio de publicaes eletrnicas com a finalidade de localizar e disponibilizar teses e dissertaes produzidas no Brasil.

    Esse consrcio, indito no Brasil, considera que potenciais provedores desse tipo de informao, em grande nmero, podem trabalhar de forma conjunta, proporcionando a multiplicao de pontos de acesso para

    http://www.prossiga.br/ottogottlieb/http://www.paulofreire.ufpb.br/paulofreire/http://www.prossiga.br/vitalbrazil/http://www.ibict.br/bdb/portal/http://bdtd.ibict.br/bdtd

  • o usurio, com significativo aproveitam ento dos recursos materiais e humanos disponveis.

    Alm de reunir e integrar grande nmero de publicaes eletrnicas de teses e dissertaes, o consrcio permite tambm aos usurios o acesso aos textos integrais dos artigos do seu interesse, por meio do portal B iblioteca Digital Brasileira. Outra conseqncia positiva da criao desse consrcio a incorporao das informaes de teses e dissertaes produzidas no Brasil ao sistema internacional Networked Digital Library of Theses and Dissertations.

    Para acelerar a criao de bibliotecas digitais nos cam pi brasileiros, o IB ICT desenvolveu o Sistema de Publicaes Eletrnicas de Teses e Dissertaes (TEDE). Este pacote de programas permite a rpida implantao desse tipo de atividade dentro da instituio de ensino superior, que far o papel de coletora e provedora de dados. O IB ICT receber os dados coletados e far a sua agregao, em nvel nacional.

    Vale ressaltar que a C A PES aprovou, no final de 2003 (Brasil iniciou... ), a recomendao para que o depsito das teses e dissertaes da BDTD seja obrigatrio. Isto far com que seja aumentado o acervo da biblioteca e que haja um maior interesse em iniciar projetos de teses digitais nas universidades brasileiras. Em 18 de janeiro de 2005, existiam 6. 228 te ses/dissertaes em texto completo, hospedadas em 14 repositrios de instituies de ensino superior.

    Arquivos A b e rto s- O IB ICT implantou, no final de novembro de 2 0 0 1, o projeto dos Arquivos Abertos que visa oferecer comunidade cientfica uma alternativa de com unicao de textos acadmicos, cientficos e tecnolgicos via ambiente web. O Arquivo Aberto do IBICT, denominado Dilogo Cientfico (D IC I) [URL: http: //dici. ib ict. br/], utiliza o software eprints [URL: http: //www. eprints. org/] desenvolvido pela University of Southam pton (U K ), cujos arquivos esto de acordo com os padres do Metadata Harvesting. No stio da eprints. org possvel visualizar as principais informaes sobre os projetos desenvolvidos no Brasil.

    O conceito da Iniciativa de Arquivos Abertos (Open Archives Initiative, O A I) representa o anseio da comunidade cientfica em formar um frum aberto para aprimorar o desempenho do atual modelo de com unicao cientfica. Ele visa tambm formar um repositrio de informaes que disponibilize na W e b , de forma pblica e gratuita, as contribuies sub-

    http://dici.ibict.br/http://www.eprints.org/

  • metidas diretamente pelos autores. Pretende-se, assim, acelerar o processo da divulgao dos resultados das pesquisas.

    A t incio de 2005, segundo Mrdero Arellano (2005), o IB IC T j t inha implantando o DICI nas seguintes entidades: a) Sociedade Brasileira de Gentica [URL: http: //sbg. ib ict. br/]; b) Arena Cientfica (Arquivos Abertos para a Comunidade de Especialistas em Com unicao), em parceria com a Rede de Informao em Com unicao dos Pases de Lngua Portuguesa (PO RTC O M ), mantida pela Sociedade Brasileira de Estudos In te rd is c ip lin a re s da C o m u n ic a o ( IN T E R C O M ) [U R L : h t tp : // com unicacao. ibict. br/]; c) Dilogo Cientfico em Cincia da Informao [URL: http: //dici. ib ict. br/] para os pesquisadores brasileiros dessa rea..

    Repositrio Institucional Digital do IBICT. Utilizando a plataforma DSpace, desenvolvida pela MIT, o IBICT implantou, no final de 2 0 0 4 ; o R ep o s it r io In s t itu c io n a l D ig ita l do IB IC T (R ID l) [U R L : h ttp s : // dspace. ibict. br/dspace/]. Em 8 de fevereiro de 2005, o seu acervo contava com 13 docum entos digitais.

    SCIELOCriada em 1965, com a denominao de Biblioteca Regional de M edi

    cina (B IREM E), ocupando as instalaes da antiga Escola Paulista de M edicina (atualm ente Universidade Federal de So Paulo). Em 1967, foi assinado um co n v n io entre o G ove rno B ras ile iro e a O rg an izao Pan-americana de Sade (O PA S) e a B IREM E expandiu sua abrangncia geogrfica, passando a funcionar como um centro internacional para o continente, como ncleo central de uma rede cooperativa que englobou as instituies de informao da rea de sade. Sua denominao passou a ser Centro Latino-Americano e do Caribe de Informao em Cincias da Sade [URL: http: //www. bireme. br/], mantendo-se a sigla anterior.

    A BIREME, localizada em So Paulo, conhecida pela distribuio da informao biomdica em CD-ROM (Castro; Packer; Castro, 1989; McCarthy, 1996). Ela tambm tem sido um ativo centro da UNESCO , distribuindo os gerenciadores de bases de dados bibliogrficos CDS/ISIS e M ICROISIS.

    A Biblioteca Cientfica Eletrnica On-Line, mais conhecida pela sigla em ingls SC IELO (Scientific Electronic Library On-line) [URL: http: // w w w . scielo. org], um projeto piloto desenvolvido em 1997 pela B IREM E com o apoio financeiro da Fundao de Am paro Pesquisa de So Paulo (FAPESP). Seu objetivo era desenvolver uma metodologia de digitalizao,

    http://sbg.ibict.br/http://dici.ibict.br/http://www.bireme.br/http://www.scielo.org

  • armazenamento, disseminao e avaliao da literatura cientfica em formato eletrnico, por meio da proviso de uma biblioteca digital de peridicos eletrnicos com texto completo (W lad im ir, 2002). O projeto piloto foi testado no perodo de maro de 1997 a maio de 1998, com peridicos, em sua maioria das reas de sade; a partir de junho de 1998, passou a operar de forma regular, incorporando novos ttu los de outras reas. O sistema atualm ente tambm inclui ttu los em cincias sociais e hum anidades. A coleo bsica, em janeiro de 2005, era formada por 13 1 ttu los brasileiros, 47 chilenos, I 7 cubanos e 2 1 espanhis. Os artigos em texto com pleto esto disponveis nas verses em html e pdf, possuindo resumos em ingls. Desde 2002, o Web of Science faz hipervnculos com os artigos armazenados no SC IELO (ISI, 2002).

    Segundo o levantamento estatstico mais recente, durante 2003, o SC IELO recebeu 2 . 788. 4 5 1 acessos que possibilitaram o downloading de 42 . 372. 055 pginas de artigos de peridicos (Statistics o fw w w . scielo. br).

    A coleo est sendo expandida para incluir peridicos da Costa Rica, Espanha e Venezuela. Um subsistema separado cobre peridicos de sade pblica. Um a caracterstica interessante do SC IELO a ligao entre o nome do autor do artigo e seu curriculum vitae armazenado no Lattes (Santana; Packer; Barretto, 2001), mantido pelo Conselho Nacional de Desenvolvim ento Cientfico e Tecnolgico na base de dados denominada Plataforma Lattes [http: //www. cnpq. br/]. Essa caracterstica permite que o usurio do SC IELO possa encontrar no Lattes produtos de pesquisa do mesmo autor. A Scientific Development NetWork observou que o modelo SC IELO uma alternativa vivel para o aum ento da visibilidade e do fator de impacto dos peridicos de pases em desenvolvim ento na com unidade internacional (Dickson, 2002).

    Observatrio N acionalO Observatrio Nacional criou a Biblioteca Digital de Obras Raras e Es

    peciais [URL: http: //www. docvirt. no-ip. com/obnacional/acervo. html], incluindo documentos relevantes sobre astronomia e histria da cincia no Brasil.

    Agncia N ac ional de AguasA Agncia Nacional de guas lanou a Biblioteca Digital Progua

    Sem i-rido [URL: http: //www. ana. gov. br/proagua/biblioteca. asp] onde esto includos os textos completos de docum entos e relatrios tcnicos, bem com o a legislao sobre gua no Brasil.

    http://www.scielo.brhttp://www.cnpq.br/http://www.docvirt.no-ip.com/obnacional/acervo.htmlhttp://www.ana.gov.br/proagua/biblioteca.asp

  • E d u c a o

    Ministrio da EducaoPortal da CAPES. A Coordenao de Aperfeioam ento de Pessoal de

    Nvel Superior (C APES) [URL: http: //www. capes. gov. br] o rgo do M inistrio da Educao responsvel pela avaliao dos programas brasileiros de ps-graduao. Sua primeira iniciativa na rea da informao digital foi a criao, em novembro de 2000, do Portal da C APES [URL: http: // w w w . periodicos. capes. gov. br] que oferece acesso a diversos sistemas europeus e norte-americanos de peridicos eletrnicos.

    Em 2 0 0 1, com um estoque de cerca de 1500 ttulos, o portal tinha um uso mdio de 350. 000 acessos por ms: no final de 2002, passou a oferecer acesso a 2. 400 ttulos, dos fornecedores Science Direct, Blackwell, Ovid, A C M e outras fontes: em janeiro de 2005, passou a oferecer acesso a 8. 466 ttu los de peridicos nacionais e estrangeiros.

    O Portal um programa que tem financiamento federal e que perm itia, em janeiro de 2005, o acesso a alunos universitrios, professores e pesquisadores de 130 instituies, entre elas universidades, centros de pesquisa da EM BRA PA e centros federais de ensino tcnico. Essas en tidades podem consult-lo por meio de um endereo Internet autorizado (IP address). Mediante pagamento, a C APES passou a permitir o acesso s instituies privadas de ensino, sendo a Universidade Catlica de Braslia a primeira organizao a assinar este tipo de contrato.

    No segundo semestre de 2003, com os problemas oramentrios advindos dos cortes feitos pelo Executivo, o Portal da CAPES passou por perodo difcil na renovao das assinaturas com os provedores de peridicos eletrnicos. Chegou-se a propalar at que o Portal estava sendo "fechado", havendo manifestaes a favor do funcionamento do Portal por parte das sociedades, associaes cientficas e acadmicos. Uma Comisso Consultiva para Negociao do Portal de Peridicos foi criada e, em 3 de outubro de 2003, informou que

    as negociaes junto aos fornecedores apontam convergncias para novos termos de contrato, em bases favorveis ao Pas. A renovao dos atuais contratos, cujo valor anual de 18 milhes de dlares, se articula com a possibilidade de incluso de novos ttulos, atendendo s demandas das reas do conhecimento ainda no contempladas no Portal. (CAPES. Informativo n. 16)

    http://www.capes.gov.brhttp://www.periodicos.capes.gov.br

  • No final de novembro de 2003, foi divulgada a notcia de que a renovao dos contratos foi aprovada (CAPES. Informativo n. 20).

    Em janeiro de 2005, o Portal tambm provia acesso a 80 bases de dados bibliogrficos, destacando-se: W eb of Science, Agrcola. Biological A b s tra c ts , M E D L IN E , P s y c h o lo g ic a l A b s tra c ts , C A B A b s tra c ts , C O M PEN D EX , Cambridge Scientific /bstracts e INSPEC.

    Base de dados sobre teses - Como parte de suas atividades na rea de ps-graduao, a CAPES, ao longo dos anos, acumulou uma base de dados sobre teses e dissertaes. Essa base de dados disponibilizada em linha em junho de 2002 [URL: http: //www. capes. gov. br/Scripts/index. idc7pagina =/ servicos/indicadores/TesesDissertaes. htm ], contm 185. 000 registros de teses defendidas no Brasil a partir de 1987. uma base de dados que no inclui acesso ao texto completo, informando, porm, o endereo das bibliotecas depositrias onde o documento est disponvel.

    Em meados de 2004, essa base de dados passou a oferecer acesso ao texto com pleto de teses e dissertaes da rea de Histria [URL: http: // w w w 2 . liphis. com/]. Este um projeto coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro que, no final de janeiro de 2005, j contava com 249 registros de diversas universidades.

    Portal Domnio Pblico Em novembro de 2004, o Ministrio da Educao lanou o Portal Domnio Pblico [URL: http: //www. mec. gov. br/ dominiopublico/], que inclui uma biblioteca digital que reunir mais de mil obras literrias, artsticas e cientficas da cultura universal (Macedo, 2004). O acervo estar disposio da populao para pesquisa, estudo e compartilhamento de informaes. As obras oferecidas pelo Portal j so de domnio pblico ou tm autorizao legal de divulgao e exibio por parte dos detentores de direitos autorais ou representantes legais.

    O acervo do Portal pretende incluir uma enorme variedade de documentos: romances, crnicas, poesia, livros e publicaes de diversas reas, teses e dissertaes, fotografias, mapas, gravaes fonogrficas, filmes, program as de rdio e te lev iso . Com o se pode no tar pelos com ponentes projetados para o seu acervo, o Portal de Domnio Pblico tem metas de difcil atendimento, pois, mesmo nos pases desenvolvidos, so poucos os exemplos de b ib liotecas digitais que fizeram a integrao de tantos tipos de suportes informacionais. Em janeiro de 2005, este projeto s tinha im plem entado um catlogo co letivo de obras

    http://www.capes.gov.br/Scripts/index.idc7paginahttp://www.mec.gov.br/

  • digitalizadas, disponveis no Brasil e no exterior e que, mediante solicitao do usurio, poderiam ser feitos os downloads para armazenamento local. Espera-se que o Ministrio da Educao consiga prover recursos financeiros, e principalmente humanos e tecnolgicos, para atingir essas metas originais. Em caso contrrio, o Portal pode ser transformar num mero catlogo coletivo de referncias de documentos digitais.

    Universidade de So PauloA Universidade de So Paulo (USP), a maior do pas, com cerca de 40. 000

    estudantes (USP hoje, 2005), mantm o portal denominado Saber [URL: http: / /w w w . saber. usp. br/]. Por meio desse Portal, possvel acessar a coleo de teses e dissertaes; obras raras e especiais; a Biblioteca Virtual do Estudante de Lngua Portuguesa e o catlogo da Editora da USP (EDUSP), a maior editora universitria do Brasil, que publica cerca de 70 ttulos por ano.

    O Portal tambm oferece acesso ao Dedalus, o catlogo em linha do Sistema de Bibliotecas da U SP (SIB I), contendo cerca de 1. 400. 000 registros bibliogrficos. O SIBI pioneiro na utilizao do Aleph/Exlibris, programa de automao de bibliotecas, atualmente adotado por diversas instituies brasileiras.

    Biblioteca Virtual do Estudante de Lngua Portuguesa - Em 1989, a Universidade de So Paulo criou um centro educacional tecnologicamente avanad o , a cham ada Esco la do Fu tu ro . Em 1997, essa Esco la disponibilizou na Internet a Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro (BibVirt) [URL: http: //www. bibvirt. futuro. usp. br/], atualm ente denominada Biblioteca Virtual do Estudante de Lngua Portuguesa.

    A BibVirt oferece cerca de 200 textos completos de autores clssicos das literaturas brasileira e portuguesa, nos formatos rtf e html. Textos que podem apoiar programas de televiso de ensino a distncia tambm esto sendo digitalizados. Considerando a natureza colorida da cultura brasileira, fotografias de aves, frutas e m sica tam bm podem ser acessadas. Alm disso, existem arquivos de udio com discursos de polticos e cientistas brasileiros.

    Essa biblioteca tem ganhado prmios, sendo votada nos concursos do l-Best como um dos mais belos stios de sua categoria. Estatsticas recentes mostram que a maioria dos usurios formada por estudantes e professores do primeiro grau das grandes cidades brasileiras; 7 % dos seus usurios provm de cidades com menos de 10. 000 habitantes (Pro-

    http://www.saber.usp.br/http://www.bibvirt.futuro.usp.br/

  • jeto, 2002), sendo, portanto, um interessante indicador da penetrao da W e b no interior brasileiro.

    Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais - Em novembro de 2003, a Biblioteca Central da U SP inaugurou a sua Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais [URL: http: //www. obrasraras. usp. br/] (Moreno, 2003). Em janeiro de 2005, estavam disponibilizadas 4 1 obras em vrias reas do conhecimento, obedecendo aos critrios de antiguidade, valor histrico e inexistncia de novas impresses ou edies do ttulo. Os demais documentos do acervo, num total de 1. 224 ttulos, tiveram as capas digitalizadas.

    Biblioteca de Teses e Dissertaes - Um dos com ponentes do Portal do Saber, a Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes da U SP [URL: http: / /w w w . teses. usp. br] disponibiliza o acesso ao texto com pleto a este tipo de docum ento armazenado em formato pdf (M A S IERO , 2 0 0 1).

    Biblioteca Digital de Direitos H u m an o s-A Biblioteca Virtual de Direitos Humanos da Universidade de So Paulo [URL: http: //www. direitoshumanos. usp. br/], criada pela sua Comisso de Direitos Humanos, coloca disposio dos interessados as informaes sobre este importante e atual tema.

    O s docum entos disponibilizados so: textos aprovados pelos organismos internacionais e ratificados pelo Governo brasileiro; textos e legislaes elaboradas pelo sistema Interamericano de Direitos Humanos; texto com pleto de docum entos importantes de interesse geral do cidado brasileiro, tais como: Estatuto do Idoso, Estatuto da Criana e A d o lescente, Cdigo de Defesa do Consumidor.

    Universidade Estadual de CampinasA Universidade Estadual de Campinas (U N IC A M P ), um grande cen

    tro de pesquisa que contava, em 2003, com cerca de 30. 000 alunos e cuja maioria est na rea de ps-graduao (U N IC A M P. Retrato).

    Ela m antm um d inm ico sistem a de b ib lio tecas [U R L : h ttp : // w w w . unicam p. br/bc/] que, em 8 de novembro de 2 0 0 1, ativou uma biblioteca digital, denominada Biblioteca Digital da Unicam p [URL: http: // libdigi. unicam p. br], que tem por objetivo preservar e disseminar, atravs da produo cientfica/acadmica da Unicam p em formato eletrnico de: artigos, fotografias, ilustraes, obras de arte, revistas, registros so noros, teses, vdeos e outros docum entos de interesse ao desenvolvimento cientfico, tecnolgico e scio-cultural (Apresentao da biblioteca). A lm desses docum entos, tam bm esto sendo inclu dos os

    http://www.obrasraras.usp.br/http://www.teses.usp.brhttp://www.direitoshumanoshttp://www.unicamp.br/bc/

  • trabalhos apresentados em eventos e os peridicos eletrnicos editados pela universidade.

    Foi utilizado um conjunto de programas desenvolvido localmente e denominado Nou-rau - um trocadilho do termo em ingls know-how. Nesse conjunto [URL: http: //www. rau-tu. unicam p. br/nou-rau/sbu/], que segue a poltica do software livre, podem ser inseridos diversos tipos de documentos, de teses a recortes de jornais, em diferentes formatos, incluindo html, pdf, rtf e mesmo Powerpoint (Descrio, 2002).

    Em janeiro de 2005, o acervo dessa biblioteca digital inclua 3. 933 teses e 10. 4 6 1 docum entos gerais, tendo sido realizados 382. 848 downloads desde a sua implantao.

    Universidade Federal do ParanA Universidade Federal do Paran utiliza a plataforma DSpace, desenvol

    vida pelo Massaehusetts Institute of Technology (M IT) e Hewlett-Packard, para a criao de arquivos digitais em nvel de universidades. O DSpace viabiliza a coleo, armazenagem, indexao, conservao e disponibilizao da produo cientifica de professores e pesquisadores. O projeto, denominado Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes [URL: http: //dspace. c3sl. ufpr. br/dspace/ index. jsp], inclui teses, dissertaes, relatrios tcnicos, arquivos com sons e imagens. Em 25 de janeiro de 2005, o acervo total consistia de: 15 arquivos com sons e imagens; 3 relatrios tcnicos; 53 teses e dissertaes.

    Universidade Federal do Rio Qrande do SulA Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com a colaborao do

    IBICT, lanou a sua Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes [URL: http: / /w w w . biblioteca. ufrgs. br/bibliotecadigital/], contendo documentos defendidos a partir de 2 0 0 1. Em 25 de janeiro de 2005, estavam disponibilizados 2. 420 docum entos em texto completo.

    Pontifcia Universidade Catlica (Rio de Janeiro)A Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro (PU C -R io ), utili

    zando a metodologia da NLTD, lanou a sua Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes [URL: http: //www. maxwell. lambda. ele. puc-rio. br/cgi-bin/ db2w w w /PRG _0490 . D2W /INPUT7CdLinPrg= pt], Vale ressaltar que, a partir de agosto de 2002, todas as teses e dissertaes defendidas na PUC-Rio obrigatoriamente passaram a ser depositadas nesse repositrio.

    Pontifcia Universidade Catlica de M inas G eraisA Pontifcia Universidade Catlica de M inas Gerais (PU C -M G ) lan

    http://www.rau-tu.unicamp.br/nou-rau/sbu/http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/http://www.biblioteca.ufrgs.br/bibliotecadigital/http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/cgi-bin/

  • ou, com a colaborao do IBICT, a sua Biblioteca Digital de Publicaes [U R L : h ttp : // w w w 2 . s istem as. pucm inas. br/BDP/SilverStream /Pages/ pg_BDPPrincipal. htm l]. Nessa biblioteca, estaro disponibilizadas a te ses e dissertaes produzidas nessa universidade.

    Universidade Federal de Santa CatarinaA Universidade Federal de Santa Catarina criou o seu Banco de Teses

    e Dissertaes [URL: http: //teses. eps. ufsc. br/index. asp], A origem desse Banco est ligada criao, em 1995, do Laboratrio de Mdia e Conhecimento, vinculado ao Programa de Ps-Graduao em Engenharia da Produo. No perodo de 1995 a 1999, foram digitalizadas 283 dissertaes de mestrado e 74 teses de doutorado. Em janeiro de 2005, esse repositrio contava com 4827 itens digitais, sendo 4-005 teses e dissertaes.

    Universidade Estadual PaulistaA Universidade Estadual Paulista (U N ESP ) lanou a sua Biblioteca

    Digital, que utiliza o Sistema Nou-Rau desenvolvido pela Universidade de Cam pinas. Essa Biblioteca [U RL: h ttp : //ww w . b ib lio teca. unesp . br/ bibliotecadigital/] tem por objetivo o armazenamento, controle e disseminao de docum entos digitais. O seu acervo com posto de teses e dissertaes, partituras musicais, slides, fotografias, peridicos eletrnicos e a produo cientfica da instituio.

    Universidade Federal de So Carlos - A Universidade Federal de So Carlos criou, em I 7 de agosto de 2004, no seu Portal do Conhecim ento, a Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes [URL: http: //www. bdtd. ufscar. br/ ]. Essa biblioteca visa divulgar, em texto completo, a teses e dissertaes defendidas nos seus 18 programas de ps-graduao.

    Universidade do Vale do Rio dos Sinos - A Universidade do Vale do Rio dos Sinos (U N IS IN O S ) criou, com o apoio do IBICT, a sua Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes [URL: http: //bdtd. unisinos. br].

    Universidade Catlica de Braslia - A Universidade Catlica de Braslia U C B ) lanou, com o apoio do IBICT, a sua Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes [URL: http: //www. bdtd. ucb. br/tede/tde_busca/index. php]. Em 2 de fevereiro de 2005, o seu acervo era com posto de 40 teses de mestrado, em texto completo.

    Universidade Catlica de Pelotas - A Universidade Catlica de Pelotas (Rio Grande do Sul) lanou, com o apoio do IBICT, a sua Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes [URL: http: //200. 17. 170 . 152/tede/tde_busca/index. php],

    http://teses.eps.ufsc.br/index.asphttp://www.biblioteca.unesp.br/http://www.bdtd.ufscar.br/http://bdtd.unisinos.brhttp://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_busca/index.phphttp://200.17.170.152/tede/tde_busca/index.php

  • Universidade Federal F lum inense-A Universidade Federal Fluminense, por meio do seu Ncleo de Documentao, lanou a sua Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes [URL: http: //www. bdtd. ndc. uff. br]. Esse projeto contou com o apoio do IBICT.

    Universidade Livre da Mata A tlntica - A Universidade Livre da Mata A tlntica, instituio de utilidade pblica, sediada no Convento dos Franciscanos, em Cair (Bahia), uma entidade do terceiro setor, dedicada promoo do desenvolvimento scio-econmico-ecolgico integrado. Contando com o apoio do W orldw atch Institute, sediado em W ash ing ton (U S A ), m ontou a B ib lio teca D ig ital W w i- U M A [U R L : h ttp : // w w w . w w iu m a. org. br/]. O acervo dessa biblioteca constitudo de textos com pletos de entrevistas, artigos de diversas publicaes peridicas e os nmeros publicados na lngua portuguesa da revista W orld W atch.

    Universidade Catlica Dom Bosco - A Universidade Catlica Dom Bosco, por meio do seu Mestrado em Desenvolvimento Local, criou, em maio de 2002, a sua Biblioteca Digital [URL: http: //www. bdmdl. ucdb. br/ ]. No projeto foi utilizado o prottipo desenvolvido na Universidade Federal de Santa Catarina pelo grupo de pesquisa Bibliotecas Digitais da Rede Metropolitana de A lta Velocidade/Florianpolis. A t 25 de janeiro de 2005, existiam 395 documentos digitais no acervo dessa biblioteca.

    Universidade do Vale do Itaja - A Universidade do Vale do Itaja, por meio do seu Centro de Cincias Tecnolgicas da Terra e do Mar, criou a sua Biblioteca Digital [URL: http: //www. cttm ar. univali. br/~bibcttmar/]. O projeto foi desenvolvido por alunos de Cincia da Com putao. O seu acervo inclui trabalhos de concluso do curso de graduao, teses e dissertaes.

    Faculdade Integrada do Recife - A Faculdade Integrada do Recife criou a Biblioteca Digital da Copesq [URL: http: //docente. fir. br/copesq/nipe/ bibliotecadigital/] que inclui as publicaes e monografias de concluso de cursos dos alunos de graduao dessa instituio de ensino superior.

    Instituto Tecnolgico de Aeronutica - O Instituto Tecnolgico de A e ro n u tica (IT A ) lanou a sua B ib lio te ca D ig ita l [U R L : h ttp : // w w w . bibl. ita. br. ], um projeto desenvolvido pela Biblioteca Central e a Diviso de Cincia da Computao. Em janeiro de 2005, constavam do seu acervo 97 trabalhos de concluso de curso de graduao, 389 teses e 110 dissertaes.

    http://www.bdtd.ndc.uff.brhttp://www.wwiuma.org.br/http://www.bdmdl.ucdb.br/http://www.cttmar.univali.br/~bibcttmar/http://docente.fir.br/copesq/nipe/http://www.bibl.ita.br

  • L it e r a tu r a e h u m a n id a d e sBiblioteca N acionalA Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro (BN ) [URL: http: //www. bn. br/],

    o maior acervo da Amrica Latina (com cerca de nove milhes de peas), foi fundada em 1808 a partir da coleo da Biblioteca Real de Portugal que havia sido transferida de Lisboa para o Rio d e Janeiro, por ocasio da invaso francesa Pennsula Ibrica.

    Na BN possvel consultar incunbulos raros, apreciar as gravuras de Debret ou ouvir msicas com postas por Villa-Lobos. Todos esses acessos so facilitados por meio do Programa Biblioteca Nacional sem Fronteiras [URL: http: //www. bn. br/fbn/bibsemfronteiras/], criado em janeiro de 2 0 0 1, e que visa a montagem de uma biblioteca digital concebida de forma ampla com o um am biente onde esto integradas as colees digitalizadas essenciais para o entendim ento das culturas brasileira e portuguesa (Programa Biblioteca).

    Peridicos raros do incio do sculo XIX, gravuras e imagens tambm esto sendo digitalizados e indexados. Para visualizar essas imagens e realizar pesquisa textual necessrio fazer os downloads dos plug-in do programas DocReader, produzido pelo DocPro [URL: http: //www. docpro. com. br/ default. htm],

    Na Biblioteca Nacional existe uma rea separada denominada Literatura Eletrnica , na qual os leitores que desejarem consultar textos com pletos de 15 dos principais autores da literatura brasileira, podem encontr-los no formato pdf.

    Em janeiro de 2005, j estavam digitalizados os A n a is da Biblioteca Nacional, relativos aos volum es I -1 I 7 e cobrindo o perodo de 1876 a 1997. Nessa mesma data, o catlogo da BN disponibilizava os seguintes tipos de docum entos digitalizados: 167 livros, 504 m anuscritos, 196 fotos, I 7 partituras musicais, 10 mapas antigos, 10 materiais audiovisuais, seis obras raras (de um acervo total de 42. 000 itens).

    Portais gerais e de humanidadesOs portais dos grandes provedores brasileiros de acesso Internet ofere

    cem servios relevantes literatura e humanidades. O Terra/Lycos [URL: http: / /w w w . terralycos. com], megaportal com sede em Barcelona (Espanha), considerado o portal lder nos mercados espanhol e brasileiro. Ele reivindica contar com mais de 400 milhes de visitantes em mais de 40 pases. No Brasil, ele

    http://www.bn.br/http://www.bn.br/fbn/bibsemfronteiras/http://www.docpro.com.br/http://www.terralycos.com

  • mantm um dinmico portal [URL: http: //www. terra. com. br] que oferece uma livraria eletrnica, a Virtual Books Online [URL: http: //virtualsbooks. terra. com. br/ ], que tambm contm uma coleo com 120 obras clssicas das literaturas portuguesa e brasileira, alm de fico, poesia e livros infantis.

    O outro grande portal brasileiro o Universo On-line (U O L ) [URL: w w w . uol. com . br/] que divulga ser o mais utilizado stio na portuguesa, com mais de um milho de assinantes, sete milhes de pginas e 10 milhes de usurios nicos visitantes a cada ms. O U O L, criado em 28 de abril de 1996, uma empresa mantida pelo grupo Abril (editor, entre outros, da revista Veja) e Folha de S. Paulo. Grande parte do contedo do U O L restrito aos assinantes: o acervo com posto, entre outros, de obras de referncia, dicionrios eletrnicos, revistas e jornais.

    Outros recursos em humanidadesPequenos stios, sem apoio financeiro oficial, disponibilizam textos

    completos da literatura brasileira que esto em domnio pblico. bom lembrar que a legislao brasileira sobre direitos autorais permite a cpia livre de contedos aps 70 anos do falecimento do autor, alm disso, os clssicos da literatura brasileira geralmente fazem parte da bibliografia bsica dos vestibulares para ingresso nas instituies de ensino superior. Os principais stios so:

    a) Biblioteca Virtual de Literatura [URL: http: //www. biblio. com . br]: criada em setembro de 2000, prov acesso a textos em formato html, com biografias e comentrios dos principais literatos brasileiros e portugueses, com trechos de partes de suas obras que j esto em domnio pblico. Ela tem uma freqncia mdia diria de 350 acessos.b) Alexandria Virtual [URL: http: //www. supervirtual. com . br]: a Editora Supervirtual uma empresa privada de armazenamento digital, localizada em So Paulo (SP). Foi alm dos clssicos bsicos, disponibilizando uma ampla variedade de material em diferentes formatos (zip, doc e pdf). Em janeiro de 2005, o seu acervo era de 102. 396 itens.c) EBooks Brasil [URL: http: //www. ebooksbrasil. com/] o maior distribuidor de livros eletrnicos no pas.d) B ib lio teca D ig ital Pausa para a Filosofia [U R L : h ttp : //w w w . bdpfilosofia. pop. com . br/]: prov acesso ao texto com pleto de livros em portugus, dos principais filsofos estrangeiros.

    http://www.terra.com.brhttp://virtualsbooks.terra.com.br/http://www.uol.com.br/http://www.biblio.com.brhttp://www.supervirtual.com.brhttp://www.ebooksbrasil.com/http://www

  • Histria, Direito e PolticaSenado FederalO Senado Federal, com sede em Braslia, tem uma longa tradio na

    rea de informtica. O Centro Grfico do Senado Federal [URL: http: // w w w . senado. gov. br/web/cegraf/conselho/] oferece acesso no formato pdf a textos com pletos de livros que cobrem cerca de 500 anos do Brasil, relacionados com as reas de histria, poltica e direito.

    O Senado Federal mantm o Sistema de Informaes do Congresso Nacional (S IC O N ) [URL: http: //www6. senado. gov. br/sicon/] que permite o acesso a quatro bases de dados (Bibliotecas da Rede Rubi, Discursos dos Senadores, Legislao federal, Matrias com tram itao no Senado). Essas bases de dados so integradas e muitos dos seus registros encaminham para o texto com pleto do docum ento, por exemplo: discurso do parlamentar, texto de uma norma legal ou artigo de peridico.

    Fundao etlio VargasA Fundao Getlio Vargas mantm no Rio de Janeiro o Centro de

    Pesquisa e Docum entao de Histria Contempornea do Brasil (C PD O C ) [URL: http: //www. cpdoc. fgv. br/comum/htm/] que focaliza a recente histria poltica brasileira.

    Os usurios podem consultar materiais relacionados com a histria brasileira mediante registro gratuito. Eles tm acesso a cerca de 35. 000 fotografias digitalizadas, udio com 400 entrevistas de personalidades que participaram de eventos polticos nos ltimos 50 anos, outros m ateriais audiovisuais e reprodues de docum entos impressos. Tambm possvel consultar um catlogo de quase um milho de m anuscritos e verbetes do D icionrio histrico-biogrfico brasileiro.

    Superior Tribunal de JustiaA Bib lioteca Digital Jurd ica [U RL: h ttp : //bdjur. s tj. gov. br/dspace/

    index. jsp] foi criada em 22 de setembro de 2004, no m bito do Superior Tribunal de justia. Ela utiliza a Plataforma DSpace, desenvolvida no MIT. Em 8 de fevereiro de 2005, constavam em seu acervo 42 docum entos digitais em texto integral, com posto de normas legais, artigos de peridicos, palestras, discursos, conferncias e captulos de livros.

    A r t e s e A r q u i t e tu r aInstituto Moreira Sales

    http://www.senado.gov.br/web/cegraf/conselho/http://www6.senado.gov.br/sicon/http://www.cpdoc.fgv.br/comum/htm/http://bdjur.stj.gov.br/dspace/

  • O Instituto Moreira Salles (Rio de Janeiro e So Paulo) [URL: http: // w w w . ims. com . br] iniciou, em fevereiro de 2004, a digitalizao dos acervos da sua diviso musical, que tem sob sua guarda as colees dos msicos Antnio D auria, Pixinguinha, Elizeth Cardoso e Ernesto Nazareth, do crtico Jos Ramos Tinhoro, do pesquisador Humberto Franceschi e do jornalista W a lte r Silva (Conde, 2002). O projeto visa disponibilizar para o pblico um riqussimo acervo com posto de livros, partituras e gravaes musicais raras que contam a histria do choro, do surgimento das escolas de samba, do nascimento do rdio e dos antigos carnavais do Rio de Janeiro.

    Tesouros da Cidade de So PauloEm I I de maro de 2003, foi lanado o Projeto Tesouros da Cidade de

    So Paulo: Biblioteca Digital Multim dia [URL: http: //portal. prefeitura. sp. gov. br/secretarias/cultura/bibliotecas/marioandrade/0009]. Esse Projeto, uma parceria entre a Secretaria Municipal da Cultura de So Paulo e o Instituto Embratel 2 1, visa a digitalizao e a veiculao pela Internet de acervos raros localizados na Biblioteca Mrio de Andrade e no Departamento de Patrimnio Histrico.

    Os acervos incluem cerca de 5. 000 gravuras e fotos das transformaes urbanas ocorridas em So Paulo, no perodo de 1860 a 1960 e os textos integrais de 120 livros raros sobre o Brasil, publicados entre 15 5 1 a 1885.

    Biblioteca V irtual do Am azonasA Biblioteca Virtual do Am azonas [URL: http: //www. bv. am. gov. br/

    portal/] foi lanada em abril de 2002. Trata-se de um projeto da Secretaria de Cultura do Estado do Am azonas que tem por objetivo disponibilizar parte do acervo de materiais raros da Biblioteca Pblica do Estado e do Instituto Geogrfico e Histrico do Am azonas. Abrange textos em dom nio pblico sobre temas amaznicos, docum entos da Provncia ( 1852- 1888), estudos literrios e recortes de jornais. Em janeiro de 2005, j estavam disponibilizados I 74 imagens de projetos arquitetnicos de edificaes de Manaus no final do sculo 19 e incio do sculo 20, alm de plantas da cidade, linhas de bonde, relatrios, mensagens, exposies e legislao da Provncia do Amazonas.

    http://www.ims.com.brhttp://portal.prefeiturahttp://www.bv.am.gov.br/

  • 3 . C o n c l u s e s

    Existe uma srie de fatores que favorecem o desenvolvim ento da b iblioteca digital no Brasil. Conforme j exposto no primeiro item, o pas est formalmente comprometido com o amplo acesso Internet; cerca de 2 0 % da populao - em torno de 35 milhes de pessoas - deveria ter acesso no final de 2004.

    As empresas telefnicas, desde 2000, passaram a oferecer acesso em banda larga e servios de AD SL a partir de 2002. O M inistrio da Cincia e Tecnologia est implantando a Rede Nacional de Pesquisa -2 (RNP-2), o equivalente Internet-ll (Histrico, 2001), que interligar todos os 27 estados brasileiros com ligaes at 155 mps, com conexes para as redes estrangeiras.

    Apesar de recente, a biblioteca digital comea a receber apoio financeiro governamental. Algum as bibliotecas digitais que obtiveram sucesso foram criadas baseadas nas experincias e recursos existentes em suas instituies, por exemplo: Prossiga, Biblioteca Virtual do Estudante de Lngua Portuguesa e SCIELO. Em alguns casos, esse sucesso faz com que a biblioteca digital se transforme no ncleo central de um portal, por exemplo: o SCIELO. Esforos cooperativos tambm desempenharam im portante papel na criao de bibliotecas digitais no Brasil, ressaltando-se o caso do Prossiga.

    Existem claras similaridades entre as bibliotecas digitais no Brasil e em outros pases, so elas: o suporte governamental tem sido vital na implantao adequada dos sistemas; instituies nacionais e as bibliotecas nacionais tm estado em primeiro plano no m ovim ento das bibliotecas digitais. A prpria Biblioteca Digital de Sade pode ser comparada ao U S PubMed [URL: http: //www4. ncbi. n lm . nih. gov/PubMed], o Hospital V irtual [URL: http: //www. vh . org] ao U K O M N I [URL: http: //omni. ac. uk]. Em muitos pases, a Biblioteca Nacional ocupa um papel d