bibliografia comentada do livro e da leitura

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Uma iniciativa do Escritório do Livro Atualizada em setembro de 2013. 429 entradas. HISTÓRIA DO LIVRO | LIVRO & IMPRENSA NO BRASIL | EDIÇÃO & EDITORAÇÃO | TIPOGRAFIA & TIPÓGRAFOS | ENCADERNAÇÃO, CONSERVAÇÃO & RESTAURO | ILUSTRAÇÃO & GRAFISMOS ARTE & DESIGN | BIBLIOFILIA, SEBOS & BIBLIOTECAS MEMÓRIA EDITORIAL | LEITURA | TRADUÇÃO O LIVRO NA FICÇÃO | PERIÓDICOS MANUAIS & REFERÊNCIAS RESENHAS APOIO: CASA DE RUI BARBOSA - HORTA - SUMMUS - ZAHAR - PLANETA - EDUSP MERCADO DE LETRAS - METALIVROS - AUTÊNTICA - ÁTICA - EDUSC ED.UFSC - HUCITEC - RECORD - ROCCO - ARX - SEXTANTE - SENAC-SP ED. UFRGS - EDUNISC - OLHO D'ÁGUA - CIA. DAS LETRAS - CARRENHO ROSARI - MAUAD - ATELIÊ - ED.UNESP - ITAÚ CULTURAL - COM-ARTE Portugal : CAMINHO - ALMEDINA - ESTAMPA - COLIBRI - VERBO Espanha : INDEX BOOK - França : VIVIANE HAMY História do Livro Arns, D. Paulo Evaristo. A Técnica do Livro segundo S. Jerônimo. Tradução de Cleone Augusto Rodrigues. RJ: Imago, 1993. Reedição em 2007, SP: Cosac & Naify. Barbier, Frédéric. História do Livro. Tradução de Valdir Heitor Barzotto et al. SP: Paulistana, 2008. O grande historiador francês do livro oferece aqui uma obra abrangente, tanto cronologicamente, já que parte da invenção da escrita e segue até o livro eletrônico, como tematicamente, uma vez que aborda os aspectos materiais, sociais, políticos, do livro e de sua feitura. Esta obra fundamental está infelizmente bastante prejudicada, nesta edição brasileira, por graves problemas de tradução, redação e revisão... Belo, André. História & Livro e Leitura. Belo Horizonte: Autêntica , 2002. O livro é uma das fontes mais ricas de que o historiador dispõe. Nele

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Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

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Page 1: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Uma iniciativa do Escritório do Livro

Atualizada em setembro de 2013. 429 entradas.

HISTÓRIA DO LIVRO | LIVRO & IMPRENSA NO BRASIL | EDIÇÃO &

EDITORAÇÃO | TIPOGRAFIA & TIPÓGRAFOS | ENCADERNAÇÃO,

CONSERVAÇÃO & RESTAURO | ILUSTRAÇÃO & GRAFISMOS

ARTE & DESIGN | BIBLIOFILIA, SEBOS & BIBLIOTECAS

MEMÓRIA EDITORIAL | LEITURA | TRADUÇÃO

O LIVRO NA FICÇÃO | PERIÓDICOS MANUAIS & REFERÊNCIAS

RESENHAS

APOIO:CASA DE RUI BARBOSA - HORTA - SUMMUS - ZAHAR - PLANETA - EDUSP

MERCADO DE LETRAS - METALIVROS - AUTÊNTICA - ÁTICA - EDUSC

ED.UFSC - HUCITEC - RECORD - ROCCO - ARX - SEXTANTE - SENAC-SP

ED. UFRGS - EDUNISC - OLHO D'ÁGUA - CIA. DAS LETRAS - CARRENHO

ROSARI - MAUAD - ATELIÊ - ED.UNESP - ITAÚ CULTURAL - COM-ARTE

Portugal : CAMINHO - ALMEDINA - ESTAMPA - COLIBRI - VERBO

Espanha : INDEX BOOK - França : VIVIANE HAMY

História do Livro

Arns, D. Paulo Evaristo.

A Técnica do Livro segundo S. Jerônimo.Tradução de Cleone Augusto Rodrigues.RJ: Imago, 1993.Reedição em 2007, SP: Cosac & Naify.

Barbier, Frédéric.

História do Livro.Tradução de Valdir Heitor Barzotto et al.SP: Paulistana, 2008.

O grande historiador francês do livro oferece aqui uma obra abrangente,tanto cronologicamente, já que parte da invenção da escrita e segue até o

livro eletrônico, como tematicamente, uma vez que aborda os aspectosmateriais, sociais, políticos, do livro e de sua feitura. Esta obra

fundamental está infelizmente bastante prejudicada, nesta ediçãobrasileira, por graves problemas de tradução, redação e revisão...

Belo, André.História & Livro e Leitura.Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

O livro é uma das fontes mais ricas de que o historiador dispõe. Nele

Page 2: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

encontramos idéias do seu autor, as marcas do lugar social de ondeescreveu, os indícios da produção e da venda da obra, do trabalho de

ilustração, de grafismo, a materialidade e espiritualidade do livro.

Bernd, Zila (org)Arnaldo Campos, Luiz Antônio de Assis Brasil, Gérard Gonfroy, EuniceJacques, Moacyr Scliar e Armindo Trevisan.

A Magia do papel.Porto Alegre: Marprom, 1994. Port/inglês.

Patrocinado pela Riocell, o livro reúne artigos sobre o papel. Destaquepara a segunda parte, "Mágicas Travessias", em que Armindo Trevisan,

Arnaldo Campos e Gérard Gonfroy abordam a história do papel e suaimportância para a história da cultura letrada.

Excerto

Blasselle, Bruno.Histoire du livre I - À pleines pages.Paris: Gallimard, Découvertes, 1997.

Bonita edição ilustrada de bolso, com depoimentos e documentos emanexo, narra a história do livro desde os rolos de papiro até o livro

neoclássico.

Histoire du livre II - Le triomphe de l'édition.Paris: Gallimard, Découvertes, 1991.

Retoma a história do livro a partir das grandes transformações em suafeitura ocorridas no século XIX, aprofundando temas como o papel do

editor, das livrarias, os prêmios literários, o crescimento das literaturas deentretenimento (policiais, quadrinhos, infanto-juvenis, etc), entre outros.

Borges, Jorge Luis.O Livro.Trad. de Rosinda Ramos da Silva.São Paulo: Edusp, 2008.

Um ensaio de Borges sobre o objeto livro, na forma de pequena e eleganteplaquete em edição comemorativa dos vinte anos da Edusp e do milésimo

título publicado.

Bowman, Alan K. & Woolf, Greg (orgs.).Cultura escrita e poder no Mundo Antigo.Tradução de Valter Lellis Siqueira.São Paulo: Ática, 1998.

Desde seus inícios, a escrita esteve a serviço do poder. Porém, a forma deexercê-lo pode variar bastante de império para império e de sociedade

para sociedade. Os antropólogos, sociólogos ou historiadores quecolaboram com essa obra exploram exatamente a relação entre poder e

cultura escrita: o poder sobre os textos, mas também o poder exercido pormeio de seu uso, em distantes e distintas sociedades.

Burke, Peter.Uma História social do conhecimento - de Gutenberg aDiderotTradução de Plínio Dentzien.Rio de Janeiro: Zahar, 2003.

Adotando uma abordagem socio-cultural e baseando-se em textos escritosentre os séculos XVI e XVIII, Burke examina o caminho percorrido pelo

conhecimento humano desde a invenção da prensa tipográfica porGutenberg até a publicação da Enciclopédia francesa de Diderot e

d'Alembert, e as transformações na organização do saber na Europa noinício da era moderna.

Page 3: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Veja outro artigo de Peter Burke

Campos, Arnaldo.Breve História do Livro.Porto Alegre: Mercado Aberto, 1994.

Canaveira, Rui.História das Artes GráficasLisboa: 3 volumes, ilustrados.

Vol. 1 (1994) e vol. 2 (1996):Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras de Papel.

O primeiro volume, Dos Primórdios a 1820, e o segundo, A RevoluçãoIndustrial e a Indústria Gráfica, dão um excelente panorama do assunto,

desde a evolução da escrita até as tecnologias que revolucionaram aimprensa no último século, em Portugal e no mundo.

O terceiro volume (Lisboa: Edição do autor, 2001), aborda maisdetidamente o aspecto artístico da atividade gráfica, das pequenas

tipografias "artísticas" do final do século XIX aos estilos tipográficos, aencadernação, e os mestres modernos da tipografia.

Os 3 volumes podem ser adquiridos, no Brasil, na Associação Brasileira deIndústrias Gráficas - ABIGRAF/SP. Seu texto integral está, além disso,

disponível no site Página Gráfica

Contato com o autor: [email protected]

Canfora, Luciano.Livro e Liberdade.Tradução de Antonio de Padua Danesi.SP: Ateliê Editorial / RJ: Casa da Palavra, 2003.

Antiga e múltipla é a relação entre livro e liberdade: da biblioteca queenlouqueceu Dom Quixote aos bibliômanos de carne e osso; da destruição

da Biblioteca de Alexandria às fogueiras de livros nazistas; daperseguição a autores pela Inquisição à formação das modernas

bibliotecas. Na História e na Literatura, exemplos do permanente poder dolivro.

Resenha

Curtius, Ernst Robert.Literatura Européia e Idade Média Latina.Trad. de Paulo Rónai e Teodoro Cabral.São Paulo: Hucitec / Edusp, 1996.

Obra do crítico e professor das universidades de Marburgo, Heildelberg eBonn, é um clássico dos estudos literários. Suas análises sobre a literatura

medieval são exemplos de uma erudição excepcional, além de teremdifundido a idéia de uma continuidade entre as heranças culturais greco-

romanas e renascentistas.Destaque para o capítulo "O Livro como símbolo".

Darnton, Robert.O Beijo de Lamourette - mídia, cultura e revolução.Tradução de Denise Bottmann.SP: Companhia das Letras, 1990.

É um livro que nos fala da história, dos meios de comunicação, e dahistória dos meios de comunicação. Destaque para a parte III: "A Palavra

Impressa", sobre "o que é história dos livros" ou "primeiros passos parauma história da leitura".

Darnton, Robert.Edição e Sedição: o universo da literatura clandestina no

século XVIII.

Page 4: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Tradução de Myriam Campello.SP: Companhia das Letras, 1992.

Darnton, Robert.

O Iluminismo como negócio - história da publicação daEnciclopédia, 1775-1800.Tradução de Laura Teixeira Motta e Maria Lúcia Machado (textos franceses).SP: Companhia das Letras, 1996.

Edições piratas, alterações de texto efetuadas por editores ou revisores,contrafações, traições, contrabando, propaganda mentirosa, utilização de

privilégios, são alguns dos ingredientes do longo processo de edição daEnciclopédia de Diderot e d'Alembert, que se revela, para além de um

projeto coletivo de intelectuais corajosos, como um retrato vivo do mundodos negócios no início dos tempos modernos.

Darnton, Robert.Boemia literária e Revolução - o submundo das letras no

Antigo Regime.Tradução de Luís Carlos Borges.SP: Companhia das Letras, 1987.

Darnton arma aqui um fascinante quebra-cabeça em que surge o perfilinesperado de um grupo cujo papel instrumental na queda do Antigo

Regime foi, até então, negligenciado pelos historiadores. Tal grupoconstitui o submundo literário: filósofos falidos, editores piratas e livreiros

clandestinos.

Darnton, Robert.A Questão dos livros - passado, presente e futuro.Tradução de Daniel Pellizzari.SP: Companhia das Letras, 2010.

"Uma discussão sobre o lugar dos livros no ambiente digital [...]. Longe dedeplorar os modos eletrônicos de comunicação, quero explorar as

possibilidades de aliá-los ao poder desencadeado por JohannesGutenberg há mais de cinco séculos. O que livros e e-books têm em comum?

Que vantagens mútuas conectam as bibliotecas e a internet?"(da introdução do autor).

Darnton, Robert e Roche, Daniel (orgs).

Revolução Impressa - a imprensa na França (1775-1800)Trad. de Marcos Maffei JordanSão Paulo: Edusp, 1996.

O papel que a tipografia desempenhou na Revolução Francesa é a questãocentral deste livro que focaliza a liberação da imprensa no período

revolucionário e suas conseqüências para o mercado editorial e o públicoleitor da época. A coletânea reúne colaborações de diversos estudiosos do

tema, que apontam a prensa tipográfica como um dos mais importantesinstrumentos para o surgimento de uma nova cultura política. Os ensaios,

acompanhados de reproduções de capas, instrumentos de impressão,panfletos, descrevem a indústria editorial do Antigo Regime, examinam os

efeitos da revolução no modo como editores, impressores e livreirospassaram a conduzir seus negócios, e analisam a relação dos produtos

impressos com o movimento revolucionário.

Desbordes, Françoise.Concepções sobre a escrita na Roma Antiga.Tradução de Fulvia Moretto e Guacira M. Machado.São Paulo: Ática, 1995.

Recupera as vozes de autores e gramáticos como Suetônio, Varrão e Plínio,entre outros — O que pensavam eles a respeito da escrita? Mostrando a

teoria e evolução da língua latina, e através de tratados de ortografia que

Page 5: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

estabelecem as regras para a passagem do oral ao escrito e de preceitospara a criação e leitura, a autora chega ao conceito de "voz escrevível",

aquela que pode ser escrita.

Earp, Fábio Sá; Kornis, George.

A Economia da cadeia produtiva do livro.Rio de Janeiro: BNDES, 2005.

O livro é resultado parcial da pesquisa O desenvolvimento da cadeiaprodutiva do livro no Brasil em perspectiva internacional comparada:

propostas de ações públicas e privadas na construção de uma agenda detransformação setorial, encomendada pelo BNDES ao Grupo de Pesquisa

em Economia do Entretenimento do Instituto de Economia da UFRJ.Apresenta dados da economia do livro no Brasil e no mundo - volume de

vendas, panorama da edição, distribuição e difusão, problemas da cadeiaprodutiva, sem deixar de abordar o impacto das novas tecnologias.

O texto integral está disponível no site do BNDES

Eisenstein, Elizabeth L.

A Revolução da cultura impressa - os primórdios da EuropaModerna.Tradução de Osvaldo Biato.São Paulo: Ática, 1998. Ilustrada, p & b.

Panorama das grandes mudanças nas comunicações no século XV, onde aautora explora a passagem do texto manuscrito para o impresso no

contexto dos três principais movimentos que marcaram a Europa Moderna:o Renascimento, a Reforma e o surgimento da ciência moderna, revelando

os múltiplos efeitos da cultura impressa na vida intelectual do Ocidente.

Escarpit, Robert.

Sociologie de la Littérature.Paris: PUF, Col. Que Sais-je?, 1973.

Febvre, Lucien e Martin, Henri-Jean.

O Aparecimento do Livro.Trad: Fulvia Moretto e Guacira M. Machado.SP: Editora da UNESP / Hucitec, 1992.

Furtado, José Afonso

O Papel e o pixelDo impresso ao digital: continuidades e transformações.

Florianópolis: Escritório do Livro, 2006.

O estudioso português traça um extenso panorama das profundastransformações trazidas ao mundo do livro e da comunicação, quer no

nível da produção, quer da sociologia da literatura e da leitura,apresentando ainda vastíssima e atualizada bibliografia internacional

sobre o tema.Veja Mais

Resenha

Guedes, Fernando

Os Livreiros em Portugal e as suas associações desde o séculoXV até nossos dias.Lisboa: Editorial Verbo, 1993. Ilustrado.

Estudo de conjunto da profissão dos "ministros da sabedoria", abrangendosuas várias etapas: livreiros e mercadores de livros; editores e impressores;

privilégios reais; os livreiros na bandeira do Arcanjo S. Miguel; oslivreiros do rei e da Universidade; a Confraria de Santa Catarina dos

Livreiros; os regimentos do ofício de livreiro; declínio e morte dascorporações; o liberalismo e o século XX.

Guedes, Fernando

Page 6: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

O Livro e a leitura em Portugal - subsídios para a sua

História, séculos XVIII-XIX.Lisboa: Editorial Verbo, 1987. Ilustrado.

Bonita edição realizada no ano do quinto centenário da imprensa emPortugal, onde o autor parte do estudo de três livrarias centenárias

portuguesas (destaque para a Bertrand), e envereda pela pesquisa domovimento editorial, analisa publicações e leituras, detém-se no fenômeno

dos "gabinetes de leitura" e observa o papel social do escritor.

Labarre, Albert.Histoire du Livre.Paris: PUF, Col. Que sais-je? 3.ed, 1979.

Martins, Wilson.

A Palavra Escrita - história do Livro, da imprensa e dabiblioteca.

SP: Ática, 2a ed., 1996.

McMurtrie, Douglas C.

O Livro.Tradução de Maria Luísa Saavedra Machado.

Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 3a ed., 1997.

Excelente história do livro com ênfase nas artes envolvidas em sua feitura.Excerto

Oliveira, José Teixeira de.

A Fascinante História do Livro.vol. I: RJ: Cátedra, 1984.vols. II (1985), III (1987) e IV (1989): RJ: Kosmos.

Pacheco, José.

A Divina Arte Negra e o Livro Português - séculos XV e XVI.Lisboa: Vega, s/data.

Portella, Eduardo (org).Reflexões sobre os Caminhos do Livro.Trad. Guilherme João de Freitas.São Paulo: Unesco / Ed. Moderna, 2003.

Ensaios de pensadores do mundo inteiro acerca dos novos rumos do livro.Diz Eduardo Portella na introdução: "A história do livro não pode ser, de

modo algum, a crônica de uma morte anunciada. Deixemos de lado,portanto, a ilusão fundamentalista, a crença na relíquia tombada, bem

como a antevisão apocalíptica.Indicação de Rosa Freire d'Aguiar

Verger, Jacques.

Homens e Saber na Idade Média.Tradução de Carlota Boto.Bauru/SP: Edusc, 1999.

Quando a sociedade medieval se torna mais complexa, no fim da IdadeMédia, são os detentores do saber que emergem como os melhores fautores

do Estado Moderno. Lúcido ensaio sobre os sistemas de educação daEuropa Medieval, com destaque para o capítulo III: "Os Livros", que

descreve o conteúdo das bibliotecas e a evolução do manuscrito aoimpresso.

Excerto

Villaça, Nízia.

Impresso ou eletrônico? - um trajeto de leitura.RJ: Mauad, 2002.

Page 7: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

"Este livro pretende refletir sobre alguns aspectos da passagem da culturaimpressa à eletrônica e algumas de suas implicações filosóficas, políticas,

sociológicas, sublinhando a importância do lugar da arte literária naantecipação do imaginário da Web e a importância das negociações queestas passagens exigem do corpo diante dos novos desafios aos processos

de subjetivação." (a autora, na Introdução)

Zumthor, Paul.

A Letra e a voz.Tradução de Amália Pinheiro e Jerusa Pires Ferreira.SP: Companhia das Letras, 1993.

Numa época letrada, dominada pela leitura silenciosa, esquecemos que naorigem de tudo o que se escreve está a voz. O autor explora aqui a

complexidade da relação entre letra e voz em todo o Ocidente medieval,estendendo suas observações a algumas práticas poéticas do Extremo

Oriente, África e Nordeste brasileiro.Destaque para o capítulo 5: "A Escritura".

Para sugestões, clique em contato......................... Volta para o alto da página

Livro & Imprensa no Brasil

Abreu, Alzira Alves de.A Modernização da Imprensa (1970-2000).

Rio de Janeiro: Zahar, 2002.Coleção Descobrindo o Brasil.

Em meio ao processo de transição política que conduzia à democracia, aimprensa brasileira enfrentava grandes transformações tecnológicas,

empresariais e de formação do pessoal, a diversificação das publicações edos leitores. Esse livro acompanha o processo com clareza e objetividade

até a nova etapa inaugurada com a internet.

Abreu, Márcia.

Os Caminhos dos livros.São Paulo: Fapesp; Campinas: ALB / Mercado de Letras, 2003.

Rio de Janeiro, período colonial. A vida não era fácil para quem queria lerum livro. A Coroa Portuguesa impediu a impressão no Brasil até que a

Família Real se transferisse para cá no período das invasões napoleônicas.Antes e depois da mudança, o contato com os livros era fortemente

controlado por organismos de censura, mas as obras chegavam às mãosdaqueles que as buscavam. Os caminhos dos livros conta uma parte dessa

história, acompanhando a atuação da censura em Portugal e no Brasil,apresentando os livros pelos quais havia maior interesse, buscando pistas

sobre os modos de ler e sobre as pessoas que habitavam o mundo doslivros.

Abreu, Márcia.Histórias de Cordéis e Folhetos.Campinas: Mercado de Letras / ALB, 1999.

Andrade, Olympio de Souza.

O Livro Brasileiro desde 1920.

Rio de Janeiro: Cátedra / Brasília: INL, 1978. 2a ed. rev.

Bragança, Aníbal.

Livraria Ideal - do cordel à bibliofilia.Niterói: Pasárgada / EdUFF, 1999.

É uma história de livros, livrarias, livreiros e leitores no Brasil. O livreiroitaliano Silvestre Mônaco e sua livraria são símbolos de uma era, que

começou com a expansão do mercado editorial brasileiro, até os anos 60,

Page 8: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

de um sistema de ensino então adotado, de formação intelectual. Nãolamenta, mas constata e analisa a perda da hegemonia do livro, nas duas

últimas décadas. É uma história compacta, abrangente, da formação doBrasil neste século. (Mauro Dias, in O Estado de São Paulo).

[email protected]

Bragança, Aníbal & Santos, Maria Lizete dos (orgs).A Profissão do Poeta & Carta aos Livreiros do Brasil.Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 2002.

Volume em homenagem a Geir Campos, reúne 13 pequenos ensaios edepoimentos de vários autores, além de poemas e outros textos inéditos do

próprio Geir Campos.Veja mais

Excerto

[email protected] / [email protected]

Camargo, Ana Maria de Almeida & Moraes, Rubens Borba de.

Bibliografia da Impressão Régia do Rio de Janeiro. São Paulo: Edusp / Kosmos, 1993. 2 vols.

A obra identifica as publicações dos primeiros anos do funcionamento daImpressão Régia, de 1808 a 1822. Organizados cronologicamente, os

títulos são acompanhados de estudo de Rubens Borba de Moraes sobre ahistória da Impressão Régia e sua produção.

"Esta obra preenche uma lacuna de informação sobre os primórdios datipografia no Brasil, e ainda nos dá, indiretamente, um retrato da

sociedade que se formou no Rio de Janeiro com a vinda de D. João VI."(José Mindlin)

Camargo, Mário de (org).

Gráfica - Arte e indústria no Brasil - 180 anos de história.Bauru/SP: Edusc/ São Paulo: Bandeirantes, 2003.

Bela edição, lindamente ilustrada, que narra os 180 anos da históriagráfica brasileira, apresentando o universo de nossa cultura gráfica, sua

passagem de "arte" para "indústria", incluindo vários depoimentos eexperiências. A obra fala de cartazes publicitários e de cinema, de revistas

e de livros, com fartas reproduções de capas de diversos períodos.

Camargo, Susana (coord).

A Revista no Brasil.SP: Editora Abril, 2000.

Edição comemorativa dos 50 anos da Abril, traz um bom panorama,ilustradíssimo, dos duzentos anos de história das revistas brasileiras.

Campos, Arnaldo; Mendonça, Renato (org)

Um Livreiro de todas as letras. Entrevista a Renato Mendonça.Prefácio de Charles Kiefer.Florianópolis: Escritório do Livro / Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2006.Col. Memória do Livro, 6.

Veja MaisExcerto

Resenha

Campos Jr, Celso / Denis Moreira / Giancarlo Lepiani / Maik R.

Lima.

Nada mais que a verdade - a extraordinária história do jornal

Notícias Populares.São Paulo: Carrenho Editorial, 2002.

"Basta falar no Notícias Populares — ou NP para os mais íntimos — que as

Page 9: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

pessoas começam a sorrir. Mesmo quem nunca abriu o jornal (precisavaabrir?) ainda se lembra de casos como o do bebê-diabo, de algumas

manchetes antológicas, como BROXA TORRA O PÊNIS NA TOMADA, oudas suas orgiásticas edições de Carnaval.

Esse sorriso paira em quase todas as páginas [do livro], e é fácil imaginaro quanto [os autores] se divertiram ao escrevê-lo. Mas, se tantas vezes o

NP transformou tragédias reais em motivo de risada, este livro faz opercurso inverso. Todo o folclore em torno do jornal, que os autores

recuperam generosamente, vai aos poucos se cobrindo de melancolia."(Marcelo Coelho, no prefácio)

Carneiro, Maria Luiza Tucci.

Livros proibidos, idéias malditas

- o Deops e as idéias silenciadas. São Paulo: Proin-USP / Fapesp / Ateliê Editorial, 2. ed ampliada, 2002.Ilustrado.

A destruição de um livro pelo DEOPS se processava em etapas distintas:em primeiro lugar proibia-se sua circulação junto à sociedade (posse e

leitura), seguida da ordem e do ato da apreensão. Confiscadas, as obras"suspeitas" eram relacionadas pelos investigadores que anexavam uma

amostragem aos autos policiais. (...) Com base em critérios aleatórios,elaborava-se uma longa listagem de títulos e autores, hoje documentosexemplares para conhecermos as práticas de leituras vigentes no nosso

passado.(excerto)

Carneiro, Maria Luiza Tucci (org).

Minorias Silenciadas - história da censura no Brasil.São Paulo: Fapesp / Imprensa Oficial / Edusp, 2002.

Fruto do Simpósio Minorias Silenciadas, organizado em 1997, na USP, porMaria Luiza Tucci Carneiro como parte do colóquio Direitos Humanos no

Limiar do século XXI, coordenado por Renato Janine Ribeiro, a obra reúneensaios sobre a censura à atividade intelectual e artística em diferentes

momentos da história brasileira, desde o período colonial até os anosposteriores ao golpe militar de 1964. Conta com a colaboração de

especialistas de diversas áreas.Destaque, na área do livro, para os artigos "Censura literária e

inventividade dos leitores no Brasil colonial", de Luiz Carlos Villalta, e"Política, religião e moralidade: a censura de livros no Brasil de D. João

VI", de Leila Mezan Algranti.

Castro, Renato Berbert de.

A Tipografia Imperial e Nacional da Bahia (Cachoeira, 1823

- Salvador, 1831).SP: Ática, 1984.

Costa, Cacilda Teixeira da.

Livros de Arte no Brasil - edições patrocinadas.São Paulo: Itaú Cultural, 2000.

Catálogo dos livros de arte produzidos no Brasil com patrocínioempresarial. O excelente ensaio introdutório, além de oferecer um bom

panorama da história do livro de arte patrocinado entre nós, sugerealgumas reflexões sobre o assunto, como a motivação do patrocinador e as

leis de incentivo.

Costa, Cristiane.

Pena de aluguel - Escritores jornalistas no Brasil (1904-2004).

SP: Companhia das Letras, 2005.

Radiografia da vida literária e jornalística no Brasil. Ecoando umapergunta de João do Rio (O jornalismo é um fator positivo para a arteliterária?), a autora expõe os fatores econômicos que fazem com que o

sonho de viver de escrever pareça tão ilusório nos dias de hoje quanto no

Page 10: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

início do século XIX.

Cruz, Heloisa de Faria.

São Paulo em papel e tinta- periodismo e vida urbana (1890-1915)São Paulo: Imprensa Oficial / Educ, 2002.

"Trata-se, aqui, da pequena imprensa paulistana na passagem do séculoXIX para o XX, diversificada e cheia de possibilidades para o historiador,

(...) que a autora apresenta como experiência cultural que também éprática de classe." (Marcos Silva, no prefácio)

Cruz, Heloisa de Faria (org).

São Paulo em revista - Catálogo de publicações da Imprensa

cultural e de variedades paulistana (1870-1930)São Paulo: Arquivo do Estado / Imprensa Oficial / Cedic / PUC, 1997.

Instrumento de pesquisa que reúne referências sobre uma gamaextremamente variada de publicações da imprensa periódica que vieram a

público na cidade de São Paulo. Na invenção da mordernidade urbana,das novas formas de sociabilidade e sensibilidade, essas publicações

ganham a cidade, transformam-se no suporte impresso das mais variadasconcepções e práticas culturais.

El Far, Alessandra.O Livro e a leitura no Brasil.Rio de Janeiro: Zahar, 2006.Coleção Descobrindo o Brasil.

Pequena obra que recupera e esclarece alguns pontos da história do livroe da leitura em nosso país, desde a proibição da impressão no período

colonial até os dias de hoje, quando presenciamos a venda de livros embancas de jornal e estações de metrô. Um percurso que envolve editoras,

livrarias, escritores e, é claro, os leitores.

El Far, Alessandra.

Páginas de sensação -Literatura popular e pornográfica do Rio de Janeiro (1870-1924).

SP: Companhia das Letras, 2004.

Florescia em finais do século XIX e começo do XX certa literatura popularlargamente consumida por uma crescente população carioca alfabetizada.

Dentre esses, a autora seleciona os chamados "romances de sensação" e"romances para homens", com trama sensacional que desafiava os rígidos

padrões de uma sociedade patriarcal. O leitor penetra assim no universodas publicações e da literatura popular.

Fischer, Luís Augusto.50 Anos de Feira do Livro -vida cultural em Porto Alegre, 1954-2004.

Porto Alegre: L&PM, Col. pocket, 2004.

Linha do tempo que apresenta sucintamente os principais fatos quemarcaram, em Porto Alegre e no Brasil, a história, a cultura, a literatura, e

a Feira do Livro nesses seus 50 anos de existência.

Gonçalo Júnior.A Guerra dos gibis - A formação do mercado editorial brasileiro e a

censura aos quadrinhos (1933-64).

SP: Companhia das Letras, 2004.

Embora fizessem a festa da garotada e dos editores Adolfo Aizen e RobertoMarinho, os gibis, chegados ao Brasil como novidade americana a partir

dos anos 30, causavam arrepios nos guardiões da moral, tubarões daimprensa e raposas da política, que em coro pediam censura urgente às

Page 11: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

revistinhas. Outros enxergavam nelas potenciais educativos. Na heróicaGuerra dos gibis envolveram-se grandes figuras da vida nacional...

Gonçalo Júnior.O Homem Abril - Cláudio de Souza e a história da maior editora

brasileira de revistas.

SP: Opera Graphica, 2005. Ilustrado.

Cláudio de Souza foi, por cerca de 25 anos, um dos mais destacadosfuncionários da Editora Abril, passando por quase todos os departamentos

da empresa. Apaixonado por quadrinhos, lançou gibis que ainda existemcomo Mickey, Mônica, Cebolinha, e tantos outros. Curiosamente, seu nome

é omitido entre os "fazedores de revistas" mencionados na Revista doBrasil [vide acima, nesta seção], um dos motivos que levou o autor a

retraçar, através de sua biografia, a história da editora com suas inúmerase saborosas histórias.

Contato com o autor: [email protected]

Hallewell, Laurence.

O Livro no Brasil (sua história).Trad. de Maria da Penha Villalobos e Lólio Lourenço de Oliveira.SP: Edusp / T.A.Queiroz, 1985.

REEDIÇÃO, revista, atualizada e ampliada.Trad. de Maria da Penha Villalobos, Lólio Lourenço de Oliveira e GeraldoGerson de Souza.Formato 24x30 cm. 816 pp.SP: Edusp, 2005.

Primeiro e mais completo panorama histórico da indústria editorialbrasileira. Escrito originalmente em 1975, foi publicado pela primeira vezno Brasil em 1982, e para esta segunda edição passou por extensa revisão

do autor britânico. Retrata com precisão, clareza e riqueza de dadosestatísticos o desenvolvimento das editoras brasileiras e os problemas

econômicos, sociais e políticos que enfrentaram para sobreviver. Ofereceum relato minucioso das obras e dos autores publicados pelas editoras

comerciais e oficiais, além de tabelas, cronogramas e dados comparativosdetalhados sobre população, importação, tarifas, preços, salários,

exportação, produção de papel, traduções e comércio livreiro.Belissima edição, que conta ainda com inúmeras reproduções a cores de

livros que são parte importante da indústria editorial brasileira.

Ipanema, Marcello & Ipanema, Cybelle.A Tipografia na Bahia: documentos sobre suas origens e o

empresário Silva Serva.RJ: Instituto de Comunicação Ipanema, 1977.

Knychala, Catarina Helena.

O Livro de Arte Brasileiro - (Teoria, história, descrição:1808-1980).RJ: Presença/Pró-Memória/INL, 1983.

Lajolo, Marisa & Zilberman, Regina.O Preço da Leitura - Leis e números por detrás das letras. São Paulo: Ática, 2002. Ilustr. p & b.

Resenha

Lajolo, Marisa e Zilberman, Regina.A Formação da Leitura no Brasil.São Paulo: Ática,1996.

Lajolo, Marisa e Zilberman, Regina.A Leitura rarefeita: livro e leitura no Brasil.São Paulo: Brasiliense, 1991.

Page 12: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Lima, Guilherme Cunha.

O Gráfico Amador - As Origens da Moderna TipografiaBrasileira.RJ: Editora UFRJ, 1997. Ilustrado p&b.

Resenha

Lima, Yone Soares de.A Ilustração na produção literária - São Paulo, década devinte.São Paulo: IEB / USP, 1985.

Lindoso, Felipe.

O Brasil pode ser um país de leitores?Prefácio de Sérgio MachadoSP: Summus Editorial, 2004.

Fruto da longa experiência do autor como antropólogo, jornalista, editore assessor da CBL, a obra apresenta um histórico da indústria editorial no

Brasil e analisa todo o conjunto de ações que fazem (ou fariam) do livroum produto, de consumo sim, mas diferenciado quanto aos resultados que

traz para os indivíduos e para o país."Felipe Lindoso reflete sobre a evolução do processo de formação de nossa

nacionalidade, visto, sobretudo, do ponto de vista editorial" (SérgioMachado)

Lins, Osman.

Guerra sem testemunhas: o escritor, sua condição e arealidade social.São Paulo: Ática, Col. Ensaios, 1974.

Lopes, Moacir.A Situação do escritor e do livro no Brasil.Rio de Janeiro: Cátedra, 1978.

Lyons, Martyn e Leahy, Cyana.

A Palavra impressa: histórias da leitura no século XIX.Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 1999.

Lyra, Helena Cavalcanti deCom Homero Senna, Ivette Maria S. do Couto e Plínio Doyle.

História de revistas e jornais literários- Índice da Revista Brasileira.RJ: Fund. Casa de Rui Barbosa, Vol. II, 1995.

No presente volume estão reunidos e comentados os índices das sete"fases" da Revista Brasileira entre 1855 e 1980, indicadas pelos nomes de

seus diretores.

Martins, Ana Luiza.

Revistas em Revista - Imprensa e práticas culturais emtempos de República, São Paulo (1890-1922)São Paulo: Edusp / Imprensa Oficial / Fapesp, 2001.

Trabalho raro de classificação temática e crítica das revistas como fontehistórica, Revistas em Revista recupera parte do universo mental da

efervescente São Paulo na virada do século XIX para o XX, investigando aampliação do público leitor e, sobretudo, a força da revista como impresso

decisivo na passagem do consumo do jornal para o livro. A autora revelaaspectos insuspeitos de nossa história cultural, como a definição da forma

revista na perspectiva de sua historicidade, sua presença nas bibliotecasda época, a profissionalização do escritor e os gêneros literários em voga,

assim como as políticas de alfabetização popular e o público leitor emformação. Do ponto de vista técnico, Ana Luiza examina a constituição do

Page 13: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

parque gráfico e os dramas da incipiente indústria papeleira do país, asconseqüências da proliferação da imagem e as inúmeras estratégias devenda do produto, atreladas aos modelos iniciais de propaganda e de

publicidade no Brasil.

Matos, Felipe.Uma Ilha de leitura - Notas para uma história da cidade através de

suas livrarias, livreiros e livros (Florianópolis, 1830-1960)

Florianópolis: UDESC (História), 2005(Trabalho de conclusão de curso, inédito em livro).

Trabalho de caráter introdutório à História Editorial da cidade deFlorianópolis, fazendo uma cartografia de tipografias, livrarias, livreiros elivros. Pretende demonstrar a emergência do leitor na antiga freguesia de

Nossa Senhora do Desterro e na Florianópolis da primeira metade doséculo XX, através do surgimento dos primeiros gabinetes tipográficos e

estabelecimentos comerciais que vendiam livros, buscando romper com umdiscurso historiográfico que caracteriza a Desterro/Florianópolis como

uma "paisagem de cores mortas", onde tudo é anacrônico e lento, na qual"o resto do mundo morria silencioso", a despeito da inundação de cultura

impressa que lentamente revolucionou os hábitos da cidade, e dos livrosque circulavam pela ilha através de suas livrarias.

Contato com o autor: [email protected]

Meyer, Marlyse (org)

Do Almanak aos almanaques.Textos de Jean-François Botrel, Jerusa Pires Ferreira, Maria Coleta Oliveira,Machado de Assis.São Paulo: Ateliê Editorial, 2001. Ilustrado.

Livro de referência que resguarda a memória e a atualidade do importanteveículo de comunicação que é o almanaque, que sempre ocupou um papel

significativo no mercado editorial brasileiro.

Mira, Maria Celeste

O Leitor e a banca de revistas- a segmentação da cultura no século XX.SP: Olho d'Água, 2001.

Para descobrir "quem lê tanta revista?", a autora parte de O Cruzeiro, a"revista da família brasileira", até chegar, no final do século XX, à

proclamada "revista personalizada". Analisa os modelos de revista maisimportantes do Brasil e do mundo, sua relação com grupos de

leitores/consumidores e os movimentos sociais e culturais que osconstituem como segmentos de mercado e alteridades.

Resenha

Miranda, Francisco Gonçalves.

Memória histórica da Imprensa Nacional.RJ: Imprensa Nacional, 1922.

Nunes, José Horta.Formação do leitor brasileiro: imaginário da leitura noBrasil colonial.Campinas/SP: Ed. Unicamp, 1994.

Oliveira, Lívio Lima de.

O livro de preço acessível no Brasil- o caso da coleção "L&PM Pocket".São Paulo: ECA - USP, 2002 (dissertação de mestrado, inédita em livro).

O trabalho estuda as estratégias de edição de livros a preços acessíveis,monstrando experiências com esse tipo de livro nos EUA (desde o século

Page 14: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

XIX), na Europa (desde o século XV) e no Brasil (a partir do final doséculo XIX). Apresenta um estudo de caso da editora L&PM e faz algumas

recomendações para a produção de livros a preços acessíveis.

Contato com o autor: [email protected] artigo do autor

Paixão, Fernando (coord.).Momentos do Livro no Brasil.São Paulo: Ática, 1996.

Edição comemorativa dos 30 anos da Editora Ática, ricamente ilustrada,retraça a história da edição no Brasil, do século XIX até nossos dias.

Park, Margareth Brandini.Histórias e Leituras de Almanaques no Brasil.São Paulo: Fapesp; Campinas: ALB / Mercado de Letras, 1996.

Este livro sobre os almanaques farmacêuticos brasileiros é uma bela eimportante contribuição à história da produção, da circulação e da

leitura das obras de grande difusão, e confirma que é arriscado qualificarsem nuanças o almanaque de "popular". O almanaque é um livro

destinado a todos e que todos, mesmo os menos letrados ou os analfabetos,podem "ler".

A obra é também uma magnífica investigação sobre a memória da leitura,(...) testemunhando, de maneira muito bonita, a vitalidade das pesquisas

sobre a história e a sociologia do livro, da leitura e da escritura realizadasno Brasil. Não há, sem dúvida, outro país no mundo em que esse campo depesquisa seja tão vigoroso e inventivo. (da Introdução de Roger Chartier)

Pedro, Joana Maria.Nas Tramas entre o público e o privado: a imprensa deDesterro no século XIX.Florianópolis: Editora da Ufsc, 1995.

Escrito a partir de pesquisa sobre jornais publicados em Desterro (atualFlorianópolis) entre 1831 e 1889, elucida importantes aspectos da

história da imprensa no Brasil do século XIX.

Piacentini, Tânia.

Literatura: o universo brasileiro por trás dos livros.Florianópolis: Editora da Ufsc, 1991.

A autora recolhe e analisa o depoimento de 12 escritores brasileiros quepublicaram obras nos anos 70, procurando resposta para algumas

questões — em que condições trabalha um ficcionista? qual o papel doeditor no seu trabalho? de que maneira o mercado livreiro afeta a

atividade literária? — e assim "tecer a trama do fenômeno literário emdeterminada época e sociedade".

Ramalho, Cristina.O Livro e a leitura na Lei Federal de Incentivo.Prefácio de Mequita C. de AndradeIntrodução de Ronaldo Graça Couto.São Paulo: Metalivros, 2002.

Em bela edição, ilustrada a cores, o livro faz um balanço das publicações eprojetos de incentivo à leitura realizados com o apoio da lei Rouanet nos

últimos dez anos. Há depoimentos de autores, editores, patrocinadores,fotógrafos, designers e jornalistas sobre os aspectos positivos e negativos

da lei, além de sugestões para aprimorá-la.

Reimão, Sandra.

Repressão e resistência - censura a livros na ditadura militar.

Page 15: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

São Paulo: Edusp / Fapesp, 2011.

O livro discute, a partir de documentos de arquivos oficiais, a censura alivros, notadamente os de ficção, durante a ditadura militar brasileira

(1964-1985). Com base nos pareceres dos censores, e descrevendominuciosamente os caminhos da proibição, a autora analisa diferentes

casos de censura e acaba por desvendar seus mecanismos, objetivos emotivações, nem sempre explicitados pelos órgãos da repressão. Ediçãobonita e caprichada, ilustrada a cores, que ainda traz em anexo vários

documentos relevantes.

Rizzini, Carlos.O Jornalismo antes da tipografia.São Paulo: Nacional, 1968 (Ed. fac-símile).

Rizzini, Carlos.

O Livro, o jornal e a tipografia no Brasil - 1550/1822 - comum breve estudo geral sobre a informação.São Paulo: Imprensa Oficial, 1988. (Ed. fac-símile).

Rodrigues, João Paulo Coelho de Souza.A Dança das cadeiras - literatura e política na Academia

Brasileira de Letras (1896-1913).Campinas: Editora da Unicamp, 2001.

Em 1897, alguns dos mais importantes intelectuais brasileiros fundavam aAcademia Brasileira de Letras. Nas palavras de seu então presidente,

Machado de Assis, o desejo dos que ali estavam era "conservar, no meio dafederação política, a unidade literária". Mas afinal, qual a relação entre

literatura e política naquela virada de século? Deveria a política serobjeto da literatura? Poderia não ser?

Serra, Elizabeth d'Angela et alli.O Livro para crianças no Brasil.São Paulo: CBL, 1994.

Sodré, Nelson Werneck.A História da imprensa no Brasil.RJ: Civilização Brasileira, 1966.

Taborda, Felipe (ed).Ideografia: a arte de capas de livros no Brasil.S. Bernardo do Campo: Bandeirante, 1990.

História da Tipografia no Brasil.MASP, 1979.

Torelly, Aparício (Barão de Itararé)Almanhaque para 1949, ou Almanhaque d'A Manha.

eAlmanhaque para 1955, primeiro semestre.Organizados por Sérgio Papi e José Mendes Andrade.São Paulo: Studioma / Imprensa Oficial / Edusp, 2002.

O jornalista e editor Aparício Torelly conviveu com políticos, escritores eartistas como Prestes, Graciliano Ramos e Di Cavalcanti. Por meio de seualterego Barão de Itararé, debochou da política e dos costumes, desde a

década de 1920 até os portais da modernidade juscelinista, nas páginas deseu semanário de humor, A Manha, e nos seus Almanhaques, como estes

dois primeiros de uma série de três, agora relançados em edição fac-

similar.

Resenha

Travancas, Isabel.O Livro no Jornal - os suplementos literários dos jornais

Page 16: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

franceses e brasileiros nos anos 90.São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.

A autora pesquisa dois suplementos literários brasileiros ("Mais!" daFolha de São Paulo e "Idéias", do Jornal do Brasil), e dois franceses ("Les

Livres", do Libération e "Le Monde des livres" do Le Monde), e analisa asrelações entre dois objetos tão distintos e ao mesmo tempo estreitamenterelacionados: o jornal e o livro. Reflete como o jornal e seus produtores

tratam e pensam o livro; o livro como produto da sociedade de massa,como centro da notícia e ponto de partida para suplementos, em duas

sociedades modernas, capitalistas, urbanas, com uma indústria culturalbastante dinâmica, e nas quais o livro tem grande valor simbólico.

CABRIÃO: Semanário humorístico editado por Ângelo

Agostini, Américo de Campos e Antônio Manoel dos Reis:1866-1867.Introdução de Délio Freire dos Santos.

São Paulo: Editora da Unesp / Imprensa Oficial, 2a ed. rev. e ampl., 2000.

Edição fac-similar dos exemplares do semanário humorístico editado nacidade de São Paulo na década de 1860, que "...tirou o sono e motivou

gargalhadas nos meios políticos, sociais eclesiásticos", diz Délio Freiredos Santos na introdução, onde faz uma bela síntese da caricatura na

imprensa no Brasil e no mundo.

Vários.

Anais do III Encontro de Editoração da Bahia.Salvador: Instituto Baiano do Livro, 1993.

Traça um bom e variado panorama da edição brasileira, reunindopalestras de Calasans Neto e Floriano Teixeira ("Ilustradores de Livros"),

Sérgio Mattos ("Divulgação da Produção editorial no interior"),Florisvaldo Mattos ("Divulgação da produção editorial na Bahia"),

Felipe Lindoso ("Câmara Brasileira do Livro"), José Marques de Mello("Formando editor na Universidade"), João Guizo ("A Prestação de

serviços no ramo editorial"), Plínio Martins Filho ("Edusp, de co-editora aeditora"), Gumercindo Rocha Dórea ("Ser editor baiano").

Indicação de Sérgio Mattos.

Vários.

O Futuro do Livro na Bahia.Anais do V Encontro de Editoração da Bahia.Salvador: Instituto Baiano do Livro, 1996.

Reúne palestras de Alfredo Weiszflog, Gustavo Falcón, Claudius Portugal,Sérgio Almeida, Tereza Marcílio, Tânia M. B. Teixeira, Fátima Lôbo, Célia

Matos, Zeny Duarte, Marina Araújo e Maria Aparecida Viviane Ferrazacerca dos vários aspectos da produção editorial baiana.

Indicação de Sérgio Mattos.

"Tem um poeta no meio do caminho".Texto de Waldemar Torres.Porto Alegre: Espaço Engenho & Arte / Câmara do Livro, 2001.

Catálogo da exposição realizada durante a 47a Feira do Livro de PortoAlegre, apresentando, selecionadas da biblioteca do bibliófilo Waldemar

Torres, obras de Drummond em prosa, em verso, vertidas para outraslínguas, traduzidas por ele, crítica, filmografia. O catálogo, além da

listagem, reproduz a cores capas de diversas edições.Indicação de Carmen Menezes.

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Page 17: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Edição & Editoração

Araújo, Emanuel.

A Construção do Livro.RJ: Nova Fronteira/INL, 1986.

Azevedo, Fernando de.

As Técnicas de produção do livro e as relações entre mestres ediscípulos.

Conferência, 2a ed. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1946.

Barracco, Helda Bulotta.Elementos de Linguagem Editorial.São Paulo: Com-Arte, 1974.

Barracco, Helda Bulotta.

Guia à História da Editoração.São Paulo: Ebraesp, 1975.

Corrêa, Tupã Gomes.

Editoração: conceitos, atividades, meios.São Paulo: Edinac, 1988.

Genette, Gérard.Paratextos editoriais.Tradução de Álvaro Faleiros (título original: Seuils)São Paulo: Ateliê Editorial, 2009.

Trata este livro do paratexto do texto literário: apresentação editorial,nome do autor, títulos, dedicatórias, epígrafes, prefácios, notas, capa,

composição, formato... Pois as obras literárias, desde a invenção do livromoderno, nunca se apresentam como um texto nu: vêm cercadas de um

aparato que as completa e protege, impondo-lhes um modo de usar e umainterpretação consentâneos com o propósito do autor.

Guimarães, Júlio Castañon.

Sobre um projeto de edição crítico-genética da poesia deCarlos Drummond de Andrade.RJ: Fund. Casa de Rui Barbosa, Col. Papéis Avulsos-32, 1997.

Apresenta um sumário de alguns grandes projetos de edições recentes emlíngua portuguesa e discute a possibilidade de aplicação de princípiosatuais de edição, tanto na perspectiva ecdótica quanto na perspectiva

genética, à poesia de Carlos Drummond de Andrade.

Hay, Louis. A Montante da Escrita.Trad. José Renato Câmara.

&Grésillon, Almuth. Devagar: obras.Trad. Júlio Castañon Guimarães.

RJ: Fund. Casa de Rui Barbosa, Col. Papéis Avulsos-33, 1999.

Reúne textos de dois dos mais importantes críticos que atuam na linha deestudos de manuscritos literários conhecida como crítica genética. "A

montante da escrita", de Louis Hay, examina as relações entre certossuportes de anotações e do desenvolvimento do texto literário, e o texto deAlmuth Grésillon, "Devagar: obras", apresenta as várias possibilidades de

abordagem do manuscrito literário pela crítica genética.

Houaiss, Antônio.Elementos de Bibliologia.SP: Hucitec / Pró-Memória / INL, 1983 (edição fac-similar).

Page 18: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Knapp, Wolfgang.

O que é Editora.São Paulo: Brasiliense, 1986. Col. Primeiros Passos, vol. 176.

Knychala, Catarina Helena.Editoração: técnica da apresentação do livro.RJ: Presença; Brasília: INL, 1981.

Laufer, Roger.Introdução à Textologia.São Paulo: Ed. Perspectiva, 1980.

Lustig, Silvia (org).Editoração: mercado de trabalho e regulamentação da

profissão.São Paulo: Com-Arte, 1986.

Magalhães, Aluísio (com Antônio Houaiss, Benedicto Silva e outros).

Editoração Hoje.

Rio de Janeiro: FGV, 1981, 2a ed.

Martins Filho, Plínio (org).Livros, editoras & projetos.São Paulo: Ateliê Editorial / Com-Arte; S. Bernardo do Campo: Bartira, 1997.

Smith Jr., Datus C.Guia para a Editoração de Livros.Trad. de Eliane Tejera Lisboa.Recife: UFPE; Florianópolis: UFSC, 1990.

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Tipografia & Tipógrafos

Bicker, João Manuel e Ferrand, Maria.

A Forma das Letras.Coimbra: FBA / Almedina, 2000.

Simples, bonito, breve e útil dicionário sobre a anatomia das letras.Ilustrado, também oferece pequena biografia dos grandes tipógrafos e

exemplos de seus tipos.Excerto

Blackwell, Lewis.La Tipografia del Siglo XX.Barcelona: Gustavo Gili, 1997.

Faz uma resenha dos principais designers de tipo desde o fim do séculoXIX, relacionando as mudanças formais das fontes com as tecnologias de

composição e impressão que vão surgindo neste intervalo. Fartamenteilustrado.

Indicação e comentário de Edna Cunha Lima.

Bodoni, Giambattista.Manual Tipográfico.Organização, produção editorial e ensaio introdutório de João Manuel Bicker. Tradução de Rita Marnoto.Coimbra: FBA / Almedina, 2001.

Em linda e despojada edição, o prefácio do célebre tipógrafo italiano aoseu Manuale Tipografico, publicado postumamente por sua viúva em 1818.

Ilustrado.

Page 19: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

J. B. Bodoni, typographe italien (1740-1813).Tradução e ensaio introdutório de Anne de Margerie.Paris: Jacques Damase éditeur, 1985.

Versão francesa do prefácio ao Manuale Tipografico, infelizmente bastanteresumida. Há, em compensação, fartas e boas ilustrações.

Bringhurst, Robert .The Elements of Typographic Style.

Hartley & Marks. 2a ed. revista e aumentada, 1997.

Simplesmente o melhor livro que já li sobre o assunto. O mais interessante éque não é apenas um manual de estilo tipográfico, mas uma reflexão sobre

o assunto e o autor prova o que diz com o próprio livro! Basta folhear aedição para perceber que tudo o que ele escreve faz sentido. É um livromuito bonito e com uma riqueza de informações fantástica. Imperdível.

Essencial.Indicação e comentário de Georges Kormikiaris

Editado no Brasil pela Cosac Naify (2005), sob o título Elementos do estilotipográfico, com tradução e apresentação de André Stolarski.

Burke, Christopher.

Paul Renner. The Art of Typography.New York: Princeton University Press, 1998.

Paul Renner, conhecido designer responsável pela fonte Futura, merece deBurke um trabalho atento de biógrafo, traçando sua carreira e vida.

Indicação e comentário de Edna Cunha Lima.

Canaveira, Rui.Dicionário de Tipógrafos Famosos.

Lisboa: Edição do autor, 2001 (4a ed.).

A versão on-line deste utilíssimo dicionário, pode ser encontrada no sitePágina para a Indústria Gráfica

Contato com o autor: [email protected]

Friederichs, Bertram Schmidt.

Typographie par Fournier le Jeune.Paris, Jacques Damase éditeur, 1991.

Frutiger, Adrian.Sinais e símbolos - desenho, projeto e significado.Tradução de Karina Jannini.São Paulo: Martins Fontes, 2001.

Extensa e excelente obra em que o grande tipógrafo suíço fala de traços,formas, sinais, volumes... A segunda parte, "Os sinais que registram a

linguagem", aborda a escrita, sua história, a legibilidade, os caracterestipográficos, os algarismos e sinais de pontuação.

Gill, Eric.An Essay on typography.Boston: David R. Godine, Publisher, 1988.

Ensaio sobre tipografia.Tradução de Luís Varela. Introdução de Luís Ferreira.Coimbra: FBA / Almedina, 2003.

"O nome Eric Gill (1882-1940) é conhecido, actualmente, sobretudo comoo de um designer tipográfico. Como artista ele seria muito mais do que

isso: um escultor, gravador e ilustrador. Foi uma personalidadeextraordinária e prolífica, sendo um dos mais controversos e conhecidosartistas em Inglaterra entre as duas guerras mundiais." (Luís Ferreira, na

Page 20: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Introdução)Indicação desta edição portuguesa: Olímpio Ferreira.

Gruszynski, Ana Cláudia.A Imagem da palavra: Retórica tipográfica na pós-modernidade

Teresópolis, RJ: Novas Idéias, 2007.

A autora, designer gráfica e professora da FABICO-UFRGS, reflete aqui, apartir de um histórico da transição entre modernidade e pós-modernidade,

sobre as mudanças na prática do design gráfico na sociedadecontemporânea, além de discutir com muito clareza conceitos comoidentidade, estilo, cultura gráfica, legibilidade... Fundamental para

designers, e também para não-designers desejosos de compreender aquiloque une e separa imagem e palavra, e que ela denomina "retórica

tipográfica".Contato com a autora: [email protected]

Jean, Georges.L'Écriture, mémoire des hommes

Paris: Gallimard, Découvertes, 1987.

História lindamente ilustrada e bastante documentada da escrita, com seuinício na Suméria cinco mil anos atrás, o livro fala na evolução dasescritas, dos alfabetos, dos materiais e suportes utilizados para seu

registro, incluindo interessantes observações acerca das artes do livro.Fala também nos vários ofícios relacionados à escrita, desde os escribas

aos decifradores de hieróglifos e alfabetos, passando por tipógrafos,gravadores, impressores.

Jourquin, Jacques.Gutemberg de l’or au plomb.Paris, Jacques Damase éditeur, 1988.

Lamartine, Alphonse de.Gutenberg, inventeur de l'imprimerie.Bédée (França): Folle Avoine, 1997.

Pequena biografia de Gutenberg e, conseqüentemente, pequena história dainvenção da imprensa, pelo célebre poeta romântico. Publicada

originalmente na revista Le Civilizateur em 1953.

Lemaire, Gérard-Georges.Les Mots en Liberté - Futuristes Paris: Jacques Damase éditeur, 1986.

Letouzey, Victor.La Typographie.Que sais-je? PUF, 1970.

MacCarthy, Fiona.

William Morris.Londres: Faber and Faber, 1994.

Considerada a biografia "definitiva" de William Morris, consegue abarcarem suas quase 800 páginas a trajetória tão multifacetada, e tão prolífera,

deste que foi uma das figuras essenciais da Inglaterra novecentista, e tantainfluência nos deixou nas artes decorativas e artes do livro dos séculos

seguintes.

Mandel, Ladislas.Écritures, miroir des hommes et des sociétés.Méolans-Revel (França): Atelier Perrousseaux, 1998.

Escrituras, espelho dos homens e das sociedades.Tradução de Constância Egrejas.

Page 21: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Apresentação de Dorothée de BruchardSão Paulo: Edições Rosari, 2006.

História da escrita em que o autor, húngaro radicado na França e um dosexpoentes da tipografia naquele país, desenvolve a tese, amadurecidadurante décadas, de que a evolução da escrita pelos milênios e pelas

culturas não provém tanto da invenção de novas ferramentas ou suportes,mas é, pelo contrário, o resultado, o "espelho" dos sonhos, das angústias,

dos sistemas políticos (permissivos ou autoritários) dos homens e dassociedades.

Mandel, Ladislas.Du Pouvoir de l'écriture.Méolans-Revel: Atelier Perrousseaux, 2004.

Neste seu segundo ensaio, o autor se interroga sobre o processo da criaçãoem geral, da criação da escrita, sobre o "por quê" e o "para quem" de umanova escrita. Nas épocas clássicas, cada povo tinha a sua escrita própria,

que refletia a sua imagem. Hoje, uma proliferação de caracterestipográficos inunda o mercado mundial. Para Ladislas Mandel, a escrita

sob todas as suas formas é uma linguagem completa, uma criação doespírito e ele procura, com suas interrogações, devolver a palavra à

escrita.

McLean, Ruari (ed).Typographers on Type.New York / Londres: W.W. Norton, 1995.

Ruari Mc Lean reúne neste volume uma antologia de escritos sobre fontes eproblemas de design de livros, de responsabilidade dos principais

designers de tipo desde William Morris (1875) até Matthew Carter (1990),com algumas ilustrações.

Indicação e comentário de Edna Cunha Lima.

Rocha, Claudio.Projeto Tipográfico - análise e produção de fontes digitais.São Paulo: Edições Rosari, 2002.Coleção Textos Design.

Claudio Rocha, designer e grande desenhador de tipos, nos conta nestelivro, que é um excelente começo para a compreensão da tipografia, a

história e evolução dos tipos, a importância das técnicas, etc, e evidencianossa necessidade de uma cultura tipográfica.

Ruder, Emil.Manual de Diseño Tipográfico.

México: Ediciones G. Gili, 1982, 4a ed.

Sirat, Colette et alii.Signes Hébraïques — Calligraphies & Typographies.Paris, Jacques Damase éditeur, 1990.

Satué, Enric.Aldo Manuzio.Editor, tipógrafo. Livreiro.

Traduzido do catalão por Cláudio Giordano.São Paulo: Ateliê Editorial, 2005.Coleção Artes do Livro, 4.

Belo livro sobre a vida e a obra do grande tipógrafo-editor humanista doséculo XVI, a quem a arte do livro deve, entre outras, a invenção da letracursiva, o formato de bolso, a paginação dupla como unidade formal, as

coleções temáticas, os conselhos editorias...

Spencer, Herbert.

Page 22: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Pioneers of Modern Typography.Cambridge, Massachussets, The MIT Press, 1990.

COLEÇÃO QUAL É O SEU TIPO?São Paulo: Edições Rosari.

Com coordenação editorial de Claudio Ferlauto, a coleção, simples,bonita, ilustrada, oferece em cada pequeno volume a história e um estudo

de uma fonte tipográfica.

. Helvética, tipo topa tudo, por Guto Lins. 2002.

. A Eterna Franklin Gothic, por Claudio Rocha. 2003.

. Times Collage - um tipo clássico revisitado, por Tide Hellmeister. 2003.

. Bembo - quando uma parceria dá certo, por Fernanda Martins. 2003.

. Trajan, por Claudio Rocha. 2003.

. B de Bodoni, por Claudio Ferlauto. 2003.

. Tempos gráficos - diário de época, por Lúcia Bergamaschi Costa Weymar

e João Fernando Igansi Nunes. 2003.. Capitular Collage, por Tide Hellmeister. 2003.

. Gill Sans, por Gustavo Piqueira. 2004.

. Psicodélicas - um tipo muito louco, por Carlos Perrone. 2004.

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Encadernação, Conservação e Restauro

Cassares, Norma Cianflone (com a colaboração de Cláudia Moi).

Como fazer conservação preventiva em arquivos e bibliotecas.São Paulo: Arquivo do Estado / Imprensa Oficial, 2000.

O objetivo deste manual é oferecer informações básicas e práticas aprofissionais que atuam direta ou indiretamente em acervos de bibliotecas

e arquivos. Para permitir que profissionais sem treino ou experiência naárea possam cooperar de forma eficiente com equipes de conservação dasinstituições, traz conceitos, informações, instruções, além de bibliografia,

glossário, lista de endereços úteis.

Castelo Branco, Zelina.

Encadernação - História e técnica.São Paulo: Hucitec, 1978.

Monje Ayala, Mariano.El Arte de la EncuadernaciónMadrid, Clan Librería-Editorial, 1998.

Mais do que um manual de encadernação, excelente obra de referência:descreve os instrumentos, as técnicas, e traz sobretudo uma boa história

desta arte, exemplos ilustrados de estilos, comparação com ornamentos emoutras artes, etc.

Indicação de Pedro de Souza

Paletta, Fátima A. Colombo & Yamashita, Marina Mayumi.Colaboração de Débora Ferrazoli Penilha

Manual de higienização de livros e documentos encadernadosSão Paulo: Hucitec, 2004.

Em linguagem simples, o manual sugere procedimentos que ajudam naconservação do patrimônio documental, retardando ou impedindo a

deterioração de acervos e documentos de papel.

Pratt, Guy A.

Page 23: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

A Arte de encadernar.Trad. Álvaro Mariz de Andrade.S. Paulo: Lep, 1956.

Rigaut, Henriette.La Reliure - comme un professionnel.Paris: Ed. Fleurus, 1989.

Preservação e Restauração de documentos - Quatro Estudos.RJ: Fund. Casa de Rui Barbosa, Col. Papéis Avulsos - 33, 2000.

"Proteção ambiental de livros e material afim", "A Composição físico-química do papel", "Recuperando História: um processo de doação de

sesmarias", "Restauração de obras de arte sobre papel com pigmento debaixa estabilidade" são os trabalhos apresentados neste volume.

Para sugestões, clique em contato......................... Volta para o alto da página

Ilustração & Grafismos

Amar, Pierre-Jean.Histoire de la photographie.Paris: PUF, 1997.

Destaque, nessa pequena história da fotografia, para o capítulo "Lapresse, le livre et le photojournalisme".

Buti, Marco & Letycia, Anna (orgs).Gravura em metal.São Paulo: Imprensa Oficial / Edusp, 2002.

Os organizadores resgataram aqui textos desses três artistas, três pólos deirradiação da gravura no Brasil: Carlos Oswald, Mário Dóglio e Francesc

Domingo. Textos que aliam caráter histórico e aspecto técnico - trazeminformações diversas sobre métodos e instrumentos utilizados pelo

gravador, o manejo de tintas e vernizes, a preparação do local de trabalhoetc., além de outros aspectos como os gêneros e modalidades de gravura

existentes, entre elas a água-forte, a água-tinta, a heliogravura, aeletrogravura. Há ainda depoimentos de Antonio Francisco Albuquerque e

Roberto Grassman, dois impressores com larga experiência no ofício, quedetalham os processos de impressão da gravura em metal.

Cirne, Moacy (org).Quadrinhos: Sedução e Paixão.Petrópolis: Vozes, 2000.

É um livro-reflexão sobre algumas das questões — em arte e literatura —mais pertinentes da atualidade, tomando como centro de sua abordagem

crítica o mundo gráfico e temático das histórias-em-quadrinhos.

Crane, Walter.The decorative illustration of books.Londres: Senate, 1994.

Pequena história da ilustração dos livros, da Idade Média ao livromoderno, publicada pela primeira vez em 1896. Várias ilustrações,

selecionadas pelo autor, um dos maiores ilustradores ingleses de seutempo.

Excerto

Debat, Michelle (org).La Photographie et le livreanalyse de leurs rapports multiformes, nature de la photographie, statut

Page 24: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

du livre.

Paris: Trans Photographic Press, 2003.

Textos de diversos autores abordando a relação entre a fotografia e o livro(fotografia e ilustração, usos editoriais da fotografia, fotografia e

imprensa, etc).

Fabris, Annateresa (org).Fotografia - usos e funções no século XIX.São Paulo: Edusp, 1998.

O impacto da invenção da fotografia e seu desenvolvimento num quadro degrandes transformações sociais e tecnológicas, tanto no contexto europeu

quanto em suas implicações no Brasil, é o ponto de partida dos diversosestudos reunidos neste livro, que abordam tópicos como as dificuldades de

legitimação artística da nova técnica, suas relações com os meiostradicionais de representação de imagens (como a pintura, o desenho e os

diversos tipos de gravura) ou a utilização da reprodução fotográfica naimprensa ilustrada.

Ferreira, Orlando da Costa.Imagem e Letra: introdução à bibliologia brasileira - a

imagem gravada.

São Paulo: EDUSP, 1994, 2a ed.

Fonseca, Joaquim da.Caricatura - a imagem gráfica do humor.Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1999.

Verdadeira obra de referência, o livro conceitualiza a caricatura em suasdiversas manifestações (charge, cartum, quadrinhos, desenho animado),

descreve suas técnicas e procedimentos, além de traçar sua história, desdeque surgiu até nossos dias, destacando as principais escolas e artistas.

Inclui capítulos específicos sobre a caricatura no Brasil.

Grojnowski, DanielPhotographie et langage.Paris: José Corti, 2002.

Ensaio sobre as relações entre a fotografia e o texto literário, jornalísticoou crítico.

Kossovitch, Leon / Laudanna, Mayra / Resende, Ricardo (textos).Gravura - arte brasileira do século XX.São Paulo: Cosac & Naify / Itaú Cultural, 2000.

A partir da pesquisa sobre o universo da gravura tradicional brasileira(Leon Kossovitch e Mayra Laudanna) e sobre os desdobramentos recentes

das técnicas de gravação (Ricardo Resende), o livro registra o trabalho deartistas que fizeram a história de nossa gravura, muitos deles integrando

inclusive a história de nosso livro ilustrado — Goeldi, por exemplo.

Machado, Ubiratan.A Etiqueta de livros no Brasil:

subsídios para uma história das livrarias.São Paulo: Imprensa Oficial / Oficina do Livro / Edusp, 2004.

Como os tipógrafos (que criaram as insígnias, impressas nos livros) e oscolecionadores de livros (que criaram os ex-libris), os livreiros também

buscaram com o uso das etiquetas uma forma de estampar nos livros aidentificação de suas atividades.

Ubiratan Machado pesquisou milhares de etiquetas de diversas livrariasde todo o país e nos apresenta um pouco da história das livrarias desde o

século XIX até nossos dias. "Em sua humildade, as etiquetas mantêm viva alembrança de livrarias desaparecidas, retratam aspectos curiosos do

Page 25: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

processo de comercialização do livro, desvendam práticas comerciais,hábitos sociais, técnicas promocionais muitas vezes rudimentares, e até a

receptividade ou resistências a conquistas ideológicas".

Martins Filho, Plínio (org.).Ex-Libris - Coleção Livraria Sereia de José Luís Garaldi.

Prefácio de Dorothée de Bruchard.São Paulo: Ateliê Editorial, col. Artes do Livro, 2008.

Linda edição, apresenta coleção quase toda formada por exemplaresbrasileiros, em reprodução a cores de excelente qualidade. O prefácio traz

uma pequena história do ex-libris.Prefácio

Mediavilla, Claude.

L'ABCdaire de la Calligraphie.Paris: Flammarion, 2000.

Pequena história ilustrada da caligrafia.

Monteiro, D. Salles.

Catálogo de clichês.Apresentação de Plínio Martins Filho.São Paulo: Ateliê Editorial, col. Artes do Livro, 2003.

Edição fac-similar do catálogo de clichês da empresa carioca D. SallesMonteiro, provavelmente datado do início do século XX. Obra de raro

valor documental, por reproduzir boa variedade de elementos tipográficos,vinhetas decorativas e simbólicas, filetes, e diversos elementos e códigos da

comunicação impressa da época.

Monteiro, Rosana Horio.Descobertas múltiplas -a fotografia no Brasil (1824-1833).São Paulo: Fapesp; Campinas: Mercado de Letras, 2001.

No Brasil, onde se estabelecera longe dos grandes centros europeus doperíodo, o francês Hércules Florence (1804-1879) desenvolvia desde 1833

um processo de fixação de imagens a que dava o nome de fotografia. Seutrabalho, interrompido em 1839 quando noticiou-se no Rio de Janeiro a

descoberta de Daguerre, ficou esquecido por quase um século.

Paiva, Eduardo França.História & Imagens.Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

Os novos historiadores já não tomam a iconografia como simples"ilustração", mas sim como fonte das mais ricas, registro realizado por

meio de ícones, de imagens pintadas, desenhadas, gravadas, etc.

Peignot, Jerôme.Calligraphie - du trait de plume aux contre-écritures.Paris: Damase, 1983.

Peignot, Jerôme.Petit traité de la vignette.Paris: Imprimerie Nationale, 2000.

A vinheta é uma linguagem sob a linguagem, um sussurro. Florões,vinhetas simples ou combinadas, vinhetas figurativas: a tipografia também

segue os caprichos da moda. O autor a retraça, com muitas ilustrações,nesta obra lindamente impressa.

Pereira, Lauro Ávila (coord).Última Hora - Série Ilustrações.

Col. "Arquivo em Imagens" no 3.

Page 26: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

São Paulo: Arquivo do Estado / Imprensa Oficial, 1999.

O projeto "Arquivo em Imagens" visa divulgar o acervo iconográfico dojornal carioca Última Hora. Este 3. volume apresenta uma pequena parte do

acervo de ilustrações que, com mais de 2.000 imagens — divididas em trêsgrupos temáticos: Política, Cotidiano e Artes — traz nomes como Henfil,

Jaguar, Redi, Octávio, Lan, Nássara.

Ray, Gordon N.The Art of the French illustrated book - 1700 to 1914.630 ilustrações p& b.N.Y., Dover Publications/Pierpont Morgan Library, 1986. (2 vols. em 1)

Ray, Gordon N.

The Illustrator and the book in England - 1790 to 1914.N.Y., Dover Publications/Pierpont Morgan Library, 1976.

Traz a biografia e descrição bibliográfica do trabalho dos grandes artistasdesta época de ouro do livro ilustrado: William Blake, Turner, Constable,

Tenniel, W. Morris, Crane, Beardsley... 295 excelentes ilustrações p & b.

Scarinci, CarlosA Gravura no Rio Grande do Sul (1900-1980).Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982.

Seligman, Patricia. (callig. de Timothy Noad).Guide pratique des lettres enluminées.Dessain et tolra. Paris 1996.

Um manual para pintar iluminuras que também oferece uma boa visão desua história e vários estilos, fartamente ilustrados.

Speltz, Alexander.Estilos de Ornamentos.Trad. de Ruth Judice.SP: Ediouro, s/data.

Com 3765 ilustrações esquemáticas que, embora não muito bemreproduzidas, oferecem um panorama da história do ornamento em váriascivilizações, permitindo inclusive a aproximação entre os ornamentos no

livro e nas outras artes.

Teixeira, Luiz Guilherme Sodré.O Traço como texto: a história da charge no Rio de Janeirode 1860 a 1930.RJ: Fund. Casa de Rui Barbosa, Col. Papéis Avulsos - 38, 2001.

"A história da charge no Rio de Janeiro começa em meados do século XIXcom a chegada de imigrantes europeus — pintores, arquitetos, desenhistas

—, cujos traços ganham vigor com o exotismo de nossos costumes e aprecariedade de nossas instituições" (Primeiro parágrafo da obra)

Van der Linden, Sophie.

Para ler o livro ilustrado.Trad. de Dorothée de Bruchard.SP: Cosac Naify, 2011.

A autora analisa, pela observação de centenas de livros ilustrados, arelação entre a palavra escrita e a imagem narrativa na leitura dos livros.

Para sugestões, clique em contato......................... Volta para o alto da página

Arte & Design

Page 27: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Amadeo Jr, Ricardo.Diagramação eficaz.Colaboração de Marcelo Yamaschita Salles, Mario Guimarães Mucida eWagner Shimabukuro.São Paulo: Com-Arte, 2002.

O artista plástico, profissional de editoração e professor da Eca coloca suaexperiência neste livro de introdução à prática da comunicação visual.

Bierut, Michael; Heller, Steven; Helfand, Jessica; Poynor, Rick (org).

Textos clássicos do design gráfico.Tradução de Fernando Santos.São Paulo: Martins Fontes, 1999.

Reúne textos de nomes essenciais como Emil Ruder, Jan Tschichold,William Morris, Frederic Goudy...

Bridgewater, Peter.Introdução ao design gráfico.Trad. Joaquim António Nogueira Gil.Lisboa: Editorial Estampa, 1999.

Guia prático dos procedimentos e técnicas do design gráfico, com boasorientações e exemplos completos de projetos profissionais, do logotipo à

revista. Ilustrado a cores, também oferece um glossário básico.

Caldas, Waltercio.Livros.Textos de Fábio Borgatti Coutinho, Marcelo Mattos Araújo e Sônia Saltzen.Porto Alegre: MARGS; São Paulo: Pinacoteca, 2002.

Catálogo da exposição "Livros", mostra do artista plástico cariocaWaltercio Caldas, realizada sucessivamente no Museu de Arte do Rio

Grande do Sul e na Pinacoteca do Estado de São Paulo. São 28 livros-objeto, ou "formas-livro", como define Sônia Saltzen no ensaio

introdutório, integrando o livro e as artes plásticas.

Chamie, Emilie.Rigor e Paixão - poética visual de uma arte gráfica.São Paulo: Editora Senac, 1999.

"Rigor e paixão são os traços marcantes do trabalho artísticos de EmilieChamie - um dos nomes mais significativos de uma geração de designers

gráficos que revolucionou, a partir dos anos 50, a comunicação visualbrasileira. Neste livro, ela nos traz uma amostra de seu trabalho pioneiro,

que afinal se fez repertório para numerosos profissionais da área.(...) Aoarticular caracteres e imagens, Emilie embala-se numa poética visual que

eleva as formas discursivas da arte gráfica ao nível da boa arte."(da introdução de A. P. Quartim de Moraes)

Collaro, Antonio Celso.Projeto Gráfico: teoria e prática da diagramação.SP: Summus Editorial, 2000, 4. ed. revista e ampliada.

Aborda os princípios de diagramação, tipologia, tipometria e outrosaspectos do projeto gráfico, em diferentes formas de materiais impressos -

livros, jornais, revistas... Esta edição ampliada inclui a atual concepção dediagramação, que tem no computador sua principal ferramenta, ilustrado

com exemplos do Pagemaker, o software mais utilizado em editoração.

Craig, James.Produção Gráfica.Trad. Alfredo G. Galliano, João J. Noro, Edmilson O. ConceiçãoSão Paulo: Mosaico / Edusp, 1980.

Escorel, Ana Luisa.

Page 28: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Brochura Brasileira: objeto sem projeto.Rio de Janeiro: José Olympio, 1974.

Escorel, Ana Luisa.O Efeito multiplicador do design.

São Paulo: Editora Senac, 2a ed, 2000.

Reunião de vários artigos e resenhas em que a autora se propõe divulgar evalorizar a atividade do designer, tentando refletir sobre algumas questões

e definir campos e conceitos ainda imprecisos.Destaque, no que toca ao livro, para os capítulos "Identidade e

Legibilidade no Produto Gráfico" e " Glória aos mãos sujas" - Excerto

Fawcett-Tang, Roger.Formatos Experimentales - Libros, folletos, catálogos.Barcelona: Index Book, ilustrado a cores, s/d.Introduções de Chris Forges e John O'Reilly.Traduzido para o espanhol por T&S.

O livro, já em si um formato original, com duas aberturas permitindoleituras cruzadas, apresenta projetos de diversos designers, inovadores na

forma e no material utilizado. "El objetivo de este libro no es en absolutosugerir que los formatos experimentales sean "el futuro de la impresión" ni

siquiera que sean "lo mejor de la impresión". La finalidad de este libro esdemostrar lo que puede conseguirse cuando los diseñadores transgreden

las reglas para crear algo excepcional." (Chris Forges, na introdução).

Ferlauto, Claudio.O Tipo da gráfica - uma continuação.São Paulo: Edições Rosari, 2002.Coleção Textos Design.

A obra reúne textos que oferecem um bom panorama da produção, dosacontecimentos e idéias que permearam o design brasileiro, especialmente

na arte gráfica, nos últimos anos, situando-os em seu contexto social,econômico, político, tecnológico.

Destaque, na área do livro para "A Tipografia da capa de livro" e "Capade livro: Eugenio Hirsh".

Ferlauto, Claudio & Jahn, Heloisa.O Livro da Gráfica.São Paulo: Edições Rosari, 3. ed, 2001.

A obra, concebida de início como portfólio da Hamburg Gráfica Editora eposteriormente editada para um público mais amplo, fala dos temas

centrais da gráfica, como as cores, a tipografia, as imagens e suas técnicasde reprodução. Fala um pouco de história, informação, curiosidades. Falade autores e personagens, de romance e de poesia, introduzindo o leitor ao

mundo maravilhoso da imprensa, do livro e da leitura.Excerto

Gombrich, E. H.

A História da Arte.Tradução de Álvaro Cabral. RJ: Zahar, 4 ed., 1985.

Gowing, Sir Lawrence (editor).A History of Art.Barnes & Noble, 1995.

Grossmann, Marcia.Como te leio? Como-te livro!São Paulo: Cultura editores associados, 2002.

Fruto de um TCC em Comunicação Visual na FAAP/SP, o livro é umabrincadeira leve e séria envolvendo o objeto livro, seus vários aspectos e

Page 29: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

componentes, o ato de ler e de escrever. Ilustrado.

Hendel, Richard (org).O Design do livro.Tradução de Geraldo Gerson de Souza e Lúcio Manfredi.São Paulo: Ateliê Editorial, col. Artes do Livro, 2003. Ilustrado p&b, capadura.

Richard Hendel, premiado artista gráfico americano, e outros oitodesigners apresentam alguns de seus projetos de livros comerciais e

acadêmicos. Hendel analisa alguns aspectos do design de livros, como aescolha do tamanho e formato, dos tipos, a disposição da mancha na

página, etc. Imprescindível para os profissionais do meio editorial, embelíssima apresentação gráfica.

Janson, H. W.História da Arte - Panorama das Artes Plásticas e daArquitectura da Pré-História à Actualidade.Trad. de J. A. Ferreira de Almeida.Lisboa: Fund. Calouste Gulbenkian, 3 ed. 1984.

Kopp, Rudinei.Design gráfico cambiante.Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2002. Ilustrações p&b.

O autor apresenta, num primeiro momento, uma boa restrospectivahistórica do design gráfico moderno, abordando vários estilos a partir dovitoriano, para depois analisar (através do estudo de relógios, revistas...)

o design gráfico que ele propõe denominar "cambiante" - mutante eflexível, é uma manifestação da pós-modernidade.

Lins, Guto.

Livro Infantil? Projeto gráfico, metodologia, subjetividade.São Paulo: Edições Rosari, 2002.Coleção Textos Design.

A obra aborda aspectos da produção de livros infantis pela ótica dodesign gráfico. O autor, designer, ilustrador e professor (PUC/RJ), trata de

procedimentos criativos, técnicos, industriais e de mercado, úteis para oestudante de design e de produção editorial.

Martins Filho, Plínio (organização e seleção).A Arte invisível.Traduções de Geraldo Gerson de Souza.São Paulo: Ateliê Editorial, col. Artes do Livro, 2003.

Em formato 10 x 7,5 cm, capa dura, o livrinho apresenta "minutos desabedoria" aplicados à arte de projetar livros: são frases selecionadas e

extraídas da obra de alguns designers e tipógrafos, dicas úteis para quem"faz livros" e que ensinam a melhor apreciar o objeto livro. Começa com a

frase de Richard Hendel: "Se a impressão é a arte negra, o design do livropode ser a arte invisível".

Massin.La Mise en pages.Paris: Hoëbeke, 1991.

O autor é um designer gráfico francês internacionalmente conhecido,durante vinte anos diretor artístico das edições Gallimard, criador da

capa da coleção "Folio" e "L'Imaginaire", autor de memoráveis projetosgráficos (como La Cantatrice Chauve, de Ionesco). Nesta obra de reflexão

estética, faz a aproximação entre a diagramação de um livro com aarquitetura, o cinema, a fotografia, a música; fala de elementos

fundamentais da diagramação, como o movimento, a duração, ocontraponto; e nos oferece suas próprias receitas, dicas, numa obra

profunda, bela, e fartamente ilustrada.

Page 30: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Meggs, Philip B. & Purvis, Alston W.História do design gráfico.Tradução de Cid Knipel.São Paulo: Cosac Naify, 2009.

Completíssima história do design gráfico mundial, que toma as pinturasrupestres de Lascaux, realizadas há mais de dez mil anos, como início deum fio condutor que se desenrola da invenção da escrita ao design pós-

moderno, das origens da imprensa à era digital. O volume, de 720 p., comcapa dura, é fartamente ilustrado (o que inclui 1.300 imagens coloridas),

além de trazer gráficos e índices.

Morris, William.The Ideal Book.Edited and introduced by William S. Peterson.University of California Press, 1982.

Reúne ensaios de William Morris sobre a arte do livro e sua experiência naKelmscott Press, com ótima introdução de William Peterson, que também

fez o belíssimo projeto gráfico. Em apêndice, entrevistas com WilliamMorris e artigos na imprensa da época sobre a Kelmscott Press.

Parry, Linda (ed.).

William Morris, 1834-1896.London: Philip Wilson Publishers, 1996.

Catálogo da exposição comemorativa do centenário de William Morrisrealizada no Victoria and Albert Museum, em Londres. Reúne, além de

formidável iconografia, textos de diversos autores abordando os váriosaspectos do trabalho de Morris. Destaque para os capítulos

"Callygraphy", de John Nash, e "The Kelmscott Press", de John Dreyfus.

Powers, Alan.Era uma vez uma capa - história ilustrada da literatura infantil

Tradução de Otacílio Nunes.São Paulo: Cosac Naify, 2008.

Uma história da literatura infantil inglesa (do início do século XIX aosdias de hoje), fartamente ilustrada (a cores) com reproduções de suas

capas, apresenta os principais artistas deste ofício, explica os recursostécnicos e suas transformações e ainda traz histórias de seus designers e

editores.

Richaudeau, François.Manuel de Typographie et de Mise en Page.Paris: Retz, 1989.

Rogers, Bruce.Paragraphs on Printing.N.Y.: Dover Publications, 1979.

Pioneiro americano no ofício de book designer, e o mais conhecido, BruceRogers (1870-1957) deixa aqui registrados os seus preceitos e técnicas

sobre a arte de projetar livros. Edição bem ilustrada (p & b) com seusprincipais trabalhos.

Sehn, Thaís.O Livro como objeto de desejo.Pelotas: UFPel, Instituto de Artes e Design, 2009 (TCC inédito em livro).

ExcertoTexto integral (pdf)

Silveira, Paulo.

Page 31: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

A Página Violada - da ternura à injúria na construção dolivro de artista.Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2001.

O campo do livro de artista parece realmente se desenvolver pelaexpressão de sua referência, o próprio livro, com identidade distinta de

outras categorias artísticas. O livro como é aqui considerado sepresentifica tanto na forma códice, como nas formas de rolo e de sanfona,

assim como em qualquer das suas variantes, incluindo a sua própriaanulação ou destruição. Na construção dessa categoria, a página é

alterada em grau crescente até a exasperação pelo dano, momento em quea violação aos arquétipos é consumada e no qual é caracterizado o

abandono do livro gráfico tradicional. O momento mais agudo da páginaviolada é o momento da divisão entre seus teóricos, dos que defendem ou

não a manutenção do livro mesmo.(excerto, p. 246)

Tschichold, Jan.A Forma do livro.Tradução de José Laurenio de Melo.São Paulo: Ateliê Editorial, 2007.

Com texto introdutório de Robert Bringhurst, traz ensaios que o renomadotipógrafo e designer alemão Jan Tschichold escreveu entre 1937 e 1974.

Aborda, de maneira didática, os vários aspectos da composiçãotipográfica: página e mancha, parágrafos, grifos, entrelinhamento,

tipologias, formatos e papéis, entre outros.

Wilson, Adrian.The Design of Books.S. Francisco: Chronicle Books, 1993.

Wollner, Alexandre.Textos recentes e escritos históricos.São Paulo: Edições Rosari, 2002.Coleção Textos Design.

Reunião de textos do decano do design brasileiro, um dos fundadores daESDI, que documentam décadas de design gráfico no Brasil.

Zaczek, Iain.William Morris.Introduction by Dr. Claire I. R. O'Mahony.Bath (U.K.): Parragon, 2001.

Lindo livrinho que descreve e ilustra vários trabalhos de Morris nasdiversas áreas do design e da arte em que exerceu suas habilidades.

Destaque para as páginas dedicadas às suas obras caligráficas etipográficas, assim como à gravura e projeto gráfico.

Indicação de Pat Odber de Baubeta

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Bibliofilia, Sebos & Bibliotecas

Abreu, Regina.A Fabricação do Imortal - memória, história e estratégias deconsagração no Brasil.Rio de Janeiro: Rocco, 1996.

O livro, com mais de 100 fotografias de objetos e cenas do início do séculoXX, focaliza a coleção do político republicano Miguel Calmon du Pin eAlmeida, Ministro da Viação do Governo Afonso Pena. A Coleção reúne

um conjunto completo de obras de arte, recolhida ao Museu Histórico

Page 32: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Nacional em 1936, e revelou-se uma fonte para os estudos dos primeirosanos da República no Brasil — especialmente sobre as elites que

transformaram a feição do país na virada do século, introduzindo hábitos ecostumes europeus com a pretensão de fazer da capital federal uma "Paris

dos trópicos".Destaque para o capítulo XI, "Um Homem de Letras", que apresenta a

biblioteca formada por luxuosos volumes de edições francesas e britânicas.

Antunes, Cristina; Bruchard, Dorothée (org)

Memórias de uma guardadora de livros - com Cristina

Antunes. Entrevista a Cleber Teixeira e Dorothée de Bruchard.Prefácio de Ana Luiza Martins.Florianópolis: Escritório do Livro / SP: Imprensa Oficial, 2004.Col. Memória do Livro, 3.

Veja MaisResenha de Marlova Aseff

Resenha de Miguel Sanches NetoResenha de Sônia van Dijck

Excerto

Barrière, Didier.

Nodier, l'homme du livre - le rôle de la bibliophilie dans lalittérature.Bassac: Plein Chant, 1989.

Completíssimo e detalhado estudo sobre a vida, a obra e a influência deCharles Nodier, escritor e bibliófilo francês do século XIX.

Battles, Matthew.A Conturbada história das bibliotecas.Trad. de João Vergílio Gallerani CuterSão Paulo: Planeta, 2003.

A história das bibliotecas tem pouca semelhança com a placidez de umsalão de leitura. Envolve desfechos violentos e interrupções abruptas,

espelho de momentos cruciais vivenciados pela humanidade. O leitor éconvidado pelo autor, bibliotecário, a visitar diversas bibliotecas (da

Babilônia, da Alexandria, a de Jonathan Swift, a do Congresso, a do guetode Vilna) num relato fascinante que une informações técnicas e precisão

histórica.

Bessone, Tânia Maria.Palácio dos Destinos Cruzados: bibliotecas, homens e livros no Rio

de Janeiro - 1870-1920.

RJ: Arquivo Nacional, 1999.Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa 1997

Eles eram loucos por livros. Alguns chegavam a gastar o que podiam e nãopodiam comprando as últimas novidades na Laemmert ou na Garnier, asprincipais livrarias de um Rio de Janeiro em que, na virada do séc. XIX,

leitura era um prazer e, sobretudo, um privilégio de poucos. Esses leitores ebibliófilos de primeira hora é que fazem a História desta obra. Mergulhada

por cinco anos em inventários, almanaques e cartas, a historiadora TâniaBessone traça um painel fascinante do momento em que o livro passou a

ocupar seu devido lugar na sociedade brasileira, num livro que é umdiscreto épico da construção da identidade intelectual do país a partir da

formação de suas estantes.(Paulo Roberto Pires, O Globo, Prosa & Verso, 8/1/2000).

Contato com a autora: [email protected]

Blasselle, Bruno & Melet-Sanson, Jacqueline.

La Bibliothèque nationale de France - Mémoire de l'avenir.Paris: Gallimard, Découvertes, 1990.

Page 33: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

A história da Biblioteca Nacional francesa, desde suas origens (abiblioteca dos reis) até a recente inauguração da sede "François

Mitterrand" e da biblioteca virtual Gallica. Lindamente ilustrada, narradapor seu conservador geral e uma de suas diretoras.

Bragança, Aníbal et alli.O Consumidor de livros de segunda mão. Perfil do cliente dossebos.São Paulo: ECA / USP, 1992 (inédito em livro).

ExcertoTexto integral (pdf)

Bury, Richard de.Philobiblon.Tradução, apresentação e glossário de Marcello Rollemberg.São Paulo: Ateliê Editorial, 2005.Coleção Prazer do Livro, 1.

Escrita em 1344 pelo reverendo Richard de Bury, ex-bispo de Durhan echanceler do rei inglês Eduardo III, a obra fala sobre o cuidado a se tomar

com os livros, com as leituras, sobre normatização de empréstimos embibliotecas, etc. Um livro para amantes do livro.

Cabral, Maria Luísa.Bibliotecas, acesso, sempre.Lisboa: Edições Colibri, 1996.

Profundamente envolvida com a automatização da Biblioteca Nacional eoutras bibliotecas portuguesas, a autora reúne aqui uma série de artigos

publicados na imprensa de Portugal sobre os problemas das bibliotecas edo acesso à informação. O prefácio é da brasileira Esther Caldas

Guimarães Bertoletti, consultora em documentação da Fund. BibliotecaNacional no Rio de Janeiro.

Canfora, Luciano.

A Biblioteca desaparecida - histórias da biblioteca deAlexandria.Tradução de Federico Carotti.SP: Companhia das Letras, 3a reimpr, 2001.

Ptolomeu Filadelfo quer reunir todos os livros do mundo; o califa Omarpretende queimá-los todos, salvo o Corão. Entre esses dois sonhos, nasceu

e foi destruída a monumental biblioteca de Alexandria, cidade que pormais de mil anos serviu de capital cultural do Ocidente.

Para narrar a história dessa imensa coleção de livros, Luciano Canforaretoma uma antiga técnica dos bibliotecários de Ptolomeu, a montagem e a

reescritura das fontes, fundidas numa prosa aparentemente romanceada,mas na realidade baseada, quase que frase por frase, nos textos antigos. A

história da maior biblioteca do mundo se confunde assim com a históriados livros que acumulou e dos livros que a descreveram.

Coelho, Beatriz Amaral de Salles et al.Catálogo dos Periódicos da Coleção Plínio Doyle.

RJ: Fund. Casa de Rui Barbosa, 2000. 2a ed. revista e ampliada.

Aqui se encontram indexados 1.788 títulos de jornais e revistas, algunsconstituindo dezenas de tomos, da Coleção Plínio Doyle, incorporada à

Biblioteca da Casa de Rui Barbosa. Merecem destaque, por sua raridade:O Arlequim, O Bezouro, Dom Quixote, Minerva Brasiliense, Psit, Revista

Ilustrada. Ordenados por ordem alfabética segundo grafia atualizada, ostítulos são apresentados também na grafia original. Completam a

publicação dois índices, um de local e outro dos diretores, colaboradores eredatores.

Page 34: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Delgado, Maria Cristina.Cartografia sentimental de sebos e livros.Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

Explorando o universo dos alfarrábios e assim contribuindo para o resgateda história dos sebos no Brasil, a obra revela a riqueza de práticas

cotidianas desses espaços que guardam a história da circulação do livro eda leitura. Fazem-se aqui presentes, com suas surpreendentes histórias de

paixão pelo livro raro e usado, os colecionadores, as viúvas, os ratos debibliotecas, os ácaros e traças.

Doyle, Plínio.Uma Vida.RJ: Casa da Palavra / Fund. Casa de Rui Barbosa, 1999.

Em conversas com Isabel Lustosa e Homero Senna (e a participação deRachel Valença), Plínio Doyle conta, com mais de 90 anos de idade, suas

memórias de bibliófilo, leitor, idealizador do Arquivo-Museu de LiteraturaBrasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa, criador do Sabadoyle -

reuniões semanais que se repetiram ao longo de 34 anos. O relato incluihistórias de sua biblioteca de 25 mil volumes.

Herkenhoff, Paulo.Biblioteca Nacional: a história de uma coleção.Rio de Janeiro: Salamandra, 1997.

Hue, Sheila Moura & Pinheiro, Ana Virginia (orgs).Catálogo dos Quinhentistas Portugueses na Biblioteca

Nacional.Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 2004. 2a ed.

Lake, Carlton. Confessions of a Literary Archaeologist.NY: New directions, 1990.

Indicação de José Mindlin"Conta, em onze capítulos profusamente ilustrados, as aventuras de umbibliófilo cujo interesse pela literatura francesa de fins do século XIX e

inícios do XX passou do colecionismo individualista para a organizaçãoinstitucional: o resultado de suas buscas por manuscritos e primeiras

edições constitui hoje o núcleo principal da famosa Ransom Collection doHumanities Research Center da University of Texas, Austin, de que ele é o

curador executivo."(João Alexandre Barbosa, in Entre Livros, SP: Ateliê, 1999.)

Lucas, Clarinda Rodrigues.Leitura e interpretação em biblioteconomia.Campinas: Editora da Unicamp, 2000.

Partindo da verificação do imaginário que cerca a figura do bibliotecário,a obra recupera o papel deste profissional na construção da memória,

como representada nas bibliotecas, nos arquivos, procurando verificar olugar do bibliotecário na divisão social do trabalho de leitura.

Milanesi, Luís.

Biblioteca.São Paulo: Ateliê Editorial, 2002.

Esse texto foi primeiramente editado em 1983 na famosa Coleção PrimeirosPassos da Editora Brasiliense, com o título O que é Biblioteca? Menos de

uma década depois de sua primeira edição, a obra consultada por todos osestudantes da área já se desatualizava com as rápidas mudanças ocorridas

no final do século XX, quando afigurou-se um novo quadro para a coleta,organização e disseminação da informação. A maior transformação foi o

surgimento da Internet e das tecnologias de acumulação e acesso à

Page 35: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

informação. Muitos até decretaram precipitadamente o fim das bibliotecas,mas os avanços tecnológicos só contribuíram para a expansão virtual de

seu modelo formal. Indispensável para qualquer profissional emBiblioteconomia, a obra oferece uma visão particular de "o que será" a

biblioteca.

Milanesi, Luís.A Casa da invenção.São Paulo: Ateliê Editorial, 4. ed, 2003.

Com o advento das novidades tecnológicas do final do século XX asbibliotecas, para ocuparem um espaço maior na sociedade, deverão

estender sua função para além do seu objetivo tradicional de "informar", jáque isso será feito com mais eficiência pela internet. Elas deverão ter como

desafio "discutir a informação" e "criar novas informações".

Mindlin, José.Memórias esparsas de uma biblioteca.Entrevista a Cleber Teixeira e Dorothée de Bruchard.Prefácio de Cleber Teixeira.Florianópolis: Escritório do Livro / SP: Imprensa Oficial, 2004.Col. Memória do Livro, 2.

Veja MaisResenha de Marlova Aseff

Resenha de Miguel Sanches NetoResenha de Sônia van Dijck

Mindlin, José.Uma Vida entre Livros - Reencontros com o TempoSão Paulo: Edusp / Companhia das Letras, 1997.

Não faço nada sem alegria - A Biblioteca indisciplinada deGuita e José Mindlin.São Paulo: Museu Lasar Segall, IPHAN, MinC, 1999.

Catálogo da exposição realizada no Museu Lasar Segall, em São Paulo, deoutubro a dezembro de 1999, apresenta obras selecionadas da bibliotecade Guita e José Mindlin. Textos de Carlos Wendel de Magalhães, Marcelo

Mattos Araújo, Antonio Candido de Mello e Souza e José Mindlin.

José conta suas histórias.Bauru/SP: Edusc / São Paulo: Imprensa Oficial, 2000.

Fac-símile de obra originalmente escrita e ilustrada por 16 crianças de 6 e7 anos, da Escola Viva de SP, relatando a visita que fizeram à biblioteca

de José Mindlin.

Moraes, Rubens Borba de.O Bibliófilo Aprendiz ouProsa de um velho colecionador para ser lida por quem gosta de livros,

mas pode também servir de pequeno guia aos que desejam formar uma

coleção de obras raras antigas ou modernas

Brasília: Briquet de Lemos / RJ: Casa da Palavra, 1998, 3. ed.

Moraes, Rubens Borba de.Livros e Bibliotecas no Brasil colonial.RJ: LTC; SP: SCCT/SP, 1979.

Schwarcz, Lilia Moritzcom Paulo Cesar de Azevedo & Angela Marques da Costa.

A Longa viagem da biblioteca dos reis- do terremoto de Lisboa à independência do Brasil.

Page 36: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

SP: Companhia das Letras, 2002.

A história da Real Biblioteca portuguesa, que deu origem à BibliotecaNacional brasileira, contada a partir de sua destruição no grande

terremoto de Lisboa, em 1755. A narrativa, enriquecida de mais de 400ilustrações, acompanha a reconstrução do acervo feita pelo marquês de

Pombal e chega até a Independência do Brasil, quando d. Pedro I adquiriua coleção.

Silva, Zélia Lopes da (org).Arquivos, patrimônio e memória - trajetórias e perspectivas.SP: Editora da Unesp, 1999.

Conjunto de textos que tratam de diferentes dimensões da memória coletivado país, de questões que debatem, na atualidade, a preservação dos

acervos documentais e a disponibilização das informações aos usuários, deforma rápida e segura. A obra permite ao leitor acompanhar o debate

travado nas universidades e outras instituições de pesquisa sobre apreservação do patrimônio documental e a ação desenvolvida por esses

centros.

Souza, Francisco das Chagas.Biblioteconomia, educação e sociedade.Florianópolis: Editora da Ufsc, 1993.

Reflexão sobre o lugar do bibliotecário e da biblioteca no contexto sócio-político-econômico em que se inserem.

Stickel, Erico. J. SiriubaUma Pequena biblioteca particular:Subsídios para o estudo da iconografia no Brasil.Prefácio de Emanoel Araújo.São Paulo: Edusp / Imprensa Oficial, 2004.

Erico Stickel possui uma respeitável biblioteca de títulos publicados noBrasil ou em outros países, que têm em comum o olhar sobre a cultura

brasileira em seus aspectos mais variados. A Pequena Biblioteca, doada aoInstituto de Estudos Brasileiros da USP, é o tema deste livro. Em capa

dura, formato grande (23 x 27 cm), ilustrada com mapas, aquarelas,gravuras e desenhos – muitos dos quais inéditos –, a obra traz aos leitoresum pouco da história de formação da biblioteca, sempre enriquecida comos comentários do autor, que é advogado, colecionador de arte brasileira

e bibliófilo. A relação com os livros de Erico Stickel, hoje com 84 anos, vemdesde cedo. Ainda muito novo, já convivia com a biblioteca herdada de seu

tio-avô, à qual adicionou sua própria coleção, da qual faz parte a"pequena biblioteca" do título do livro. "Eu sempre vivi no meio dos livros.O que era apenas um hobby foi crescendo e virou um livro. São mais de 100

ilustrações e minhas anotações pessoais sobre um conjunto de obras que,se não são raras, são difíceis de encontrar", declara o bibliófilo.

Carlo Carrenho, no PublishNews

Thomas, Alan G.Great Books and Book Collectors.London: Weidenfeld and Nicolson, 1975.

Um experiente sebista inglês conta histórias de manuscritos medievais,incunábulos, grandes fraudes, experimentos editoriais, tudo acompanhado

de belas ilustrações.

Usherwood, Bob.

A Biblioteca pública como conhecimento público.Tradutor não identificado.Lisboa: Editorial Caminho, 1999.

O autor britânico, professor da Universidade de Sheffiels, analisa aqui opapel das bibliotecas públicas na vida social, econômica e política, e

Page 37: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

sugere que os valores adotados pela sociedade e pelos profissionais dasbibliotecas contribuem para moldar o mundo da informação a cujaconstrução assistimos. Aborda ainda as implicações mais vastas do

conceito de "conhecimento público".

Veras, Dalila Teles; Veras, Luzia Maninha Teles (orgs).Alpharrabio 12 anos: uma história em cursoSanto André: Alpharrabio, 2004.

Relato das atividades da livraria/sebo Alpharrabio, também Casa deCultura, de exposições, debates, e arquivo no ABC paulista, nos seus 12

primeiros anos de existência. Contém textos, entrevistas, fotos.Contato: [email protected]

Destaques da Biblioteca InDisciplinada de Guita e JoséMindlin.Introdução e comentários de José Mindlin.São Paulo: Fapesp / Edusp: Rio de Janeiro: Fund. Biblioteca Nacional, 2005.2 volumes, ilustrados a cores, acondicionados numa caixa;Formato 25 x 31 cm, capa dura.

Linda edição apresentando, com ilustrações e comentários, aspreciosidades daquela que é a maior biblioteca privada da América

Latina. O primeiro volume é dedicado à Brasiliana, enquanto o segundomostra alguns incunábulos, raridades da arte tipográfica ou da

encadernação, curiosidades várias, assim com literatura estrangeira ehistória.

Biblioteca Pública do Paraná.

Ex-Libris - Coleção Biblioteca Pública do Paraná.Curitiba: Imprensa Oficial, 2002.

Bela edição com reprodução, a cores, de grande parte dos ex-librisconstantes da Biblioteca Pública do Paraná.

Veja mais

Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli.Textos de Fábio Luiz Borgatti Coutinho, Eduardo Portella e Vera BeatrizSiqueira.

Biblioteca Nacional - Obras raras.Porto Alegre: MARGS, 2000.

Catálogo da exposição de obras raras da Biblioteca Nacional, realizadaem 2000 durante a 46a Feira do Livro de Porto Alegre. O livro retrata

edições antigas, outras mais recentes com participação de artistas comoMatisse e Goeldi, além de coleções raras de gravuras (Dürer, Goya...) que

complementaram a exposição. O texto de Vera Siqueira traz preciosasinformações sobre história e estética do livro.

Universidade de São Paulo. Sistema Integrado de Bibliotecas.Rosemarie Erika Horch, Márcia Rosetto, Edijanailde Costa Ribeiro (org)

Bibliotheca Universitatis.São Paulo: Edusp / Imprensa Oficial, 1993 (século XV e XVI) e 2002 (2 vols.século XVII).

A Universidade de São Paulo possui em seus acervos bibliográficos obrasantigas e raras, compondo um valioso patrimônio destinado ao ensino e à

pesquisa universitários. Parte desse rico acervo encontra-se aquirelacionada: 224 títulos dos séculos XV e XVI, 1 000 volumes do século

XVII, com detalhada descrição bibliográfica. Ilustrados.

Para sugestões, clique em contato......................... Volta para o alto da página

Memória Editorial

Page 38: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Amorim, Sônia Maria de.Em busca de um tempo perdido: edição de literaturatraduzida pela Editora Globo (1930-1950).São Paulo: Edusp / Com-Arte; Porto Alegre: Ed.da UFRGS, 1989.Col. Memória editorial, 2.

Andrades, Marcelo Fereira de (coord.).Editora Vozes: 100 anos de história.Petrópolis: Vozes, 2001.

A primeira parte registra a história cronológica da editora, de suafundação em 1901 até 2001. A segunda parte é a história da Vozes contada

nas entrelinhas da literatura, da cultura, da educação, das ciênciassociais, da religiosidade popular, das artes gráficas, da imprensa, da

Igreja, da moral, da astronomia, da lingüística, da culinária e dosmovimentos sociais e a partir de trajetórias de seus autores: Joaquim

Mattoso Câmara, Pierre Bourdieu, Michel Foucault, Viktor Frankl, CarlGustav Jung, Leonardo Boff, Frei Boaventura Kloppenburg, Dom Paulo

Evaristo Arns, Pierre Weill e Patativa do Assaré e seu legado sãocomentados por especialistas.

Ricamente ilustrado, com projeto gráfico elaborado pelo artista francêsZaven Paré, o livro contribui para a história das editoras brasileiras —

procura inclusive apresentar, para cada período abordado, uma descriçãodos processos e condições da escrita, de produção editorial e de leitura.

Araújo, Nélson de.

Editoração: ato de amor ao livro.Salvador: Instituto Baiano do Livro, 1997.

Nesta palestra, proferida em setembro de 1990 quando do I Encontro deEditoração da Bahia, o escritor, jornalista, professor, editor, pesquisador,

fotógrafo Nélson de Araújo (1926-93) relata sua trajetória como editor,desde o período em que assessorou Manoel Pinto de Aguiar, dono da

Livraria Progresso Editora, até sua experiência como proprietário do seloEdições do ViceRey. O livro traz ainda a participação, no debate que seseguiu, de Nélson Cerqueira, Gustavo Falcón, Luis Guilherme, Myriam

Fraga, Gil Francisco, Flávia Garcia Rosa e Matilde Schnitman.Indicação de Sérgio Mattos

Azevedo, Carmem Lucia; Camargos, Márcia; Sacchetta, Vladimir.Monteiro Lobato: Furacão na Botocúndia.São Paulo: Editora Senac, 1998.

Fotobiografia apoiada em farta documentação iconográfica. Destaquepara o capítulo "Revolução editorial", retrato do Monteiro Lobato editor

que revolucionou o setor no Brasil nas décadas 1910-20.Há dois formatos: uma edição ilustrada e outra, compacta, contendo

apenas os textos. Vencedor, em 1998, dos prêmios Jabuti e Livro do Ano.

Resenha (texto de orelha de Benjamin Abdala Júnior)

Barsante, Cássio Emmanuel.

A vida ilustrada de Tomás Santa Rosa.RJ: Fundação Banco do Brasil / Bookmakers, 1993.

Indicação de Egeu Laus

Bertaso, José Otávio.A Globo da Rua da Praia.Porto Alegre: Globo, 1993.

Berthier, Patrick (ed).Balzac et l'imprimerie.Paris: Imprimerie Nationale, 1999.

Antologia, comentada pelo organizador, de textos de Balzac relacionados

Page 39: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

à sua experiência, durante 15 anos, de editor e tipógrafo.

Brito, Mário da Silva (org).Martins: 30 anos.São Paulo: Martins, 1967.

Bruchard, Dorothée de (org); Malheiros, Eglê; Miguel, Salim.Memória de Editor - com Salim Miguel & Eglê MalheirosEntrevista a Tânia Piacentini e Dorothée de Bruchard.Florianópolis: Escritório do Livro / IOESC, 2002.Col. Memória do livro, 1.

Veja MaisResenhaExcerto

Bufrem, Leilah Santiago.Editoras Universitárias no Brasil - uma crítica para a

reformulação da prática.São Paulo: Edusp / Com-Arte; Curitiba: Ed.da UFPR, 2001.Col. Memória editorial, 3.

Análise da atividade das editoras universitárias, que hoje ocupam um lugarsignificativo no setor editorial brasileiro. Apoiada na noção de campo deprodução cultural de Bourdieu, Leilah Bufrem estuda o contexto em que

surgiram e se estabeleceram, sua construção de padrões próprios deprodução, as relações entre as editoras — em sua maioria de caráter público

— e as instituições de ensino a que estão ligadas. Mostrando ascaracterísticas que as distinguem como geradoras de um tipo específico de

valor cultural, elabora propostas para uma política editorial universitáriaatualizada.

Cavalheiro, Edgard.Monteiro Lobato, Vida e Obra.São Paulo: Cia. Distr. Livros / Nacional, 1955, 2 v.

Creni, Gisela.Editores artesanais brasileiros.Prefácio de Sandra Reimão. Belo Horizonte: Autêntica; Rio de Janeiro:Biblioteca Nacional, 2013.

A autora, ao nos revelar o trabalho editorial de João Cabral de Melo Neto(O Livro Inconsútil), Manuel Segalá (Philobiblion), Geir Campos e Thiago

de Mello (Hipocampo), Pedro Moacir Maia (Dinamene), Gastão deHolanda (O Gráfico Amador) e Cleber Teixeira (Noa Noa), nos introduz ao

rico e tão pouco conhecido universo dos editores artesanais brasileiros.Orelha por Cristina Antunes

Epstein, Jason.O Negócio do Livro -passado, presente e futuro do mercado editorial.Rio de Janeiro: Record, 2002.

Série de palestras proferidas na Biblioteca de Nova York peloprotagonista de uma das mais criativas e marcantes carreiras do mercadoeditorial norte-americano. Eloqüente testemunho que combina história e

memória com uma análise sobre a crise, os desafios, os impasses e asoportunidades da indústria do livro.

Resenha de Diogo MainardiResenha de Aníbal Bragança

Félix, Moacyr (org).Ênio Silveira, arquiteto de liberdades.RJ: Bertrand Brasil, 1998.

Page 40: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Feltrinelli, Carlo.Feltrinelli: editor, aristocrata e subversivoTradução de Romana Ghirotti Prado.SP: Conrad, 2006.

Herdeiro de uma das mais tradicionais famílias do capitalismo milanês,Giangiacomo Feltrinelli fundava, após a II Guerra, a editora Feltrinelli,

responsável pela edição italiana de autores como Saul Bellow, HenryMiller e Jack Kerouac, e pela publicação internacional do best-seller

Doutor Jivago, de Boris Pasternak, censurado pela URSS. Paralelamente àvida de editor, era um ativo militante de esquerda, mesmo depois de sair doPC italiano. Mas enquanto era amigo de Fidel Castro e embrenhava-se na

guerrilha no mato boliviano logo antes da morte de Che Guevara, nãodeixava de lado suas mansões, iates e a vida do jet set europeu. A biografia

dessa vida agitada e contraditória é uma homenagem de seu filho CarloFeltrinelli, que perdeu o pai aos 10 anos de idade e assumiu seu lugar na

editora.

Ferreira, Jerusa Pires (org.).J. Guinsburg.Com Sônia Maria de Amorim e Vera Helena F. Tremel.Editando o Editor, 1. - SP: Edusp / Com-Arte, 1989.

Depoimento do editor da Perspectiva.

Ferreira, Jerusa Pires (org.).Flávio Aderaldo.Com Conceição A. Cabrini e Maria do Carmo Guedes.Editando o Editor, 2. - SP: Edusp / Com-Arte, 1992.

Depoimento do editor da Hucitec.

Ferreira, Jerusa Pires (org.).Ênio Silveira.Com Marta Assis de Almeida, Magali Oliveira Fernandes e Mirian Senra.Editando o Editor, 3. - SP: Edusp / Com-Arte, 1992.

Depoimento do editor da Civilização Brasileira.

Ferreira, Jerusa Pires (org.).Arlindo Pinto de Souza.Com André de Oliveira Lima, José Ivaldo Gonçalves e Mine Akiyoshi.Editando o Editor, 4. - SP: Edusp / Com-Arte, 1995.

Depoimento do editor da Luzeiro.

Ferreira, Jerusa Pires (org.).Jorge Zahar.Editando o Editor, 5. - SP: Edusp / Com-Arte, 2001.

Depoimento do editor da Zahar.

Ferreira, Jerusa Pires (org.).Cláudio Giordano.Com Magali Oliveira Fernandes, Sonia Montone, Carla Fernanda Montana eFábio Larsson.Editando o Editor, 6. - SP: Edusp / Com-Arte, 2003.

Depoimento do editor da Giordano, editor e fundador da Oficina do Livro.

Fonseca, Fernando Taveira da - Com José Antunes, Irene Vaquinhas,

Isabel Nobre Vargues, Luís Reis Torgal e Fernando J. Regateiro.

Imprensa da Universidade de Coimbra - uma história dentroda História.Coimbra: Imprensa da Universidade / Almedina, 2001.

Page 41: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Os vários autores recontam a história da Imprensa da Universidade deCoimbra, desde seus inícios em 1537 até nossos dias, passando pela

Reforma Pombalina, a República, sua extinção durante o Estado Novo e aretomada das atividades em 1998.

Frias, José Maria Corrêa de.Memória sobre a tipografia maranhense.São Paulo: Siciliano, 2001. No catálogo da Editora Arx.

Originalmente publicada para a Exposição do Rio de Janeiro de 1866, aobra retrata "um período de ouro na história da imprensa no Maranhão",

a segunda metade do século XIX, quando aquela província era um dosprincipais centros editoriais do país, descrevendo as tipografias, o

material empregado, os trabalhos tipográficos, etc.

Giordano, Cláudio.Monteiro Lobato Editor.São Paulo: Editora Giordano / ABER, 1996.

Um perfil de Monteiro Lobato editor, através do levantamento feito emcima de acervo de pouco mais de uma centena de obras por ele editadas e

cujos exemplares foram comprados em sebo. [email protected]

Gondim, Eunice Ribeiro.Vida e Obra de Paula Brito.RJ: Brasiliana, 1965.

Kikuchi, Tereza (org.).José Mindlin, editor.São Paulo: Edusp, 2004.

José Mindlin é conhecido e respeitado como um dos mais importantesbibliófilos brasileiros. No entanto, poucas pessoas sabem do seu trabalho

como editor de livros. Esta obra, belamente ilustrada, apresenta aexperiência editorial de José Mindlin. Acompanha um DVD.

Koshiyama, Alice Mitika.Monteiro Lobato, intelectual, empresário, editor.São Paulo: T. A. Queiroz, 1982.

Reedição: São Paulo: Edusp / Com-Arte, 2006.Col. Memória editorial, 4.

Mais uma bem-vinda iniciativa da Edusp em prol de nossa memóriaeditorial. Somando-se à extensa bibliografia sobre Monteiro Lobato, o

livro destaca-se e adquire importância singular ao estudar a importânciado escritor para a indústria editorial no Brasil, tomando como pano de

fundo a formação do mercado consumidor de livros no país, desde ostempos coloniais.

Lajolo, Marisa.Monteiro Lobato, a modernidade do contra.São Paulo: Brasiliense, 1985.

Lajolo, Marisa.Monteiro Lobato: um brasileiro sob medida.São Paulo: Moderna, 2000.

"A mudança de papéis vividos por Monteiro Lobato é paulatina eirreversível. Foi primeiro aprendiz de escritor, colaborador de

jornaizinhos estudantis e insignificantes. Depois, escritor de verdade,colaborador de jornais e revistas de prestígio. Depois escritor-editor de si

mesmo, e finalmente editor de obras alheias. A travessia de um pólo a outronão se fez sem impasses, hesitações, remorsos. Os sentimentos de Monteiro

Lobato em face de sua própria trajetória são ambíguos e complexos..."

Page 42: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

(excerto, p. 33)

Martins, José de Barros.Dez anos de atividades editoriais.São Paulo: Martins, 1950.

Martins Filho, Plínio & Rollemberg, Marcello.

Edusp - Um Projeto editorialSão Paulo: Imprensa Oficial, 2001.

"Este livro foi escrito para registrar a experiência de implantação naEdusp de um projeto editorial próprio. Pretende ser também um documentosobre o funcionamento da editora, em todos os setores de atuação, e sobre

o processo de produção de livros, desde a recepção primeira de umoriginal até o acompanhamento gráfico, desde o relacionamento com o

autor até a distribuição comercial e o funcionamento de livrarias. (...) AEdusp tem sido, indiscutivelmente, uma escola teórica e prática do ofício e

da arte de fazer livros. Porém, mais do que ensinar a fazer, estimula —seguindo a prática acadêmica — um certo grau de experimentação e

inovação no campo editorial, e a reflexão sobre a produção do livro e seulugar particular no mundo contemporâneo. (...) Editar livros é um desafio

permanente. Garantir um espaço para pensar o livro e manter uma editorade alto padrão intelectual e acadêmico é uma tarefa que tem na

Universidade um lugar privilegiado."(Plinio Martins Filho, na apresentação).

Matos, Felipe.Uma Ilha de leitura - notas pra uma história de Florianópolis através

de suas livrarias, livreiros e livros (1830-1950).

Florianópolis: EdUFSC, 2008.

O surgimento das primeiras tipografias, publicações e livrarias - a obra éuma introdução à história da circulação de livros em Santa Catarina,

assim como das suas práticas de leitura e do que pode ser entendido comoum "circuito do livro".

Excerto

Pauvert, Jean-Jacques.La Traversée du livre.Paris: Viviane Hamy, 2004.

Fascinante relato autobiográfico do polêmico editor francês Jean-JacquesPauvert — primeiro editor da obra completa de Sade, de Histoire d'O, entre

outros — desde o início de sua carreira em 1941, na Gallimard, até maiode 68. Belamente ilustrado.

Excerto

Pereira, Francisco José (org).Nosso homem do livro - Odilon Lunardelli.Florianópolis: União Brasileira dos Escritores-SC, 1999.

Depoimentos de vários autores, Salim Miguel e Flávio José Cardozo entreeles, que constituem uma homenagem póstuma ao livreiro e editor

florianopolitano.

Peterson, William S.The Kelmscott Press - A History of William Morris'sTypographical adventure.University of California Press, 1991.

Análise detalhada da trajetória da Kelmscott Press, assim como da estéticade Morris no contexto da edição vitoriana. 101 ilustrações. A melhor e

mais completa obra sobre o assunto.

Proust, Marcel & Gallimard, Gaston.

Page 43: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Correspondência.Introdução de Pascal Fouché.Tradução de Helena B. Couto Pereira.São Paulo: Ars Poética / Edusp, 1993.

Cartas trocadas entre 1912 e 1922 por Proust e seu editor Gaston Gallimard.

Torresini, Elizabeth Rochadel.Editora Globo. Uma aventura editorial nos anos 30 e 40.SP: Edusp / Com-Arte - Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 1999.Col. Memória editorial, 1.

Como pôde aparecer no Rio Grande do Sul, fora do eixo Rio-São Paulo,uma editora do tamanho e da importância da Editora Globo ainda na

década de 1930? Este livro mostra que a indústria cultural no Brasil não éfenômeno recente.

Schiffrin, André.L'édition sans éditeurs.Trad. do inglês por Michel Luxembourg.(França): La Fabrique éditions, 1999.

Itinerário da Pantheon Books, fundada em N.York em 1941, sendo um dossócios Jacques Schiffrin, fundador da Pléiade. A Pantheon torna-se umaprestigiosa editora, que será comprada pela Random House, por sua vez

comprada por Newhouse.... Num momento de concentração maciça daedição global, esta é uma pequena obra reveladora e salutar,

indispensável aos que vêem no livro mais do que um "produto".

Unseld, Siegfried.O autor e seu editor.Tradução de Áurea Weissenberg.Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.

Entre os diversos problemas que cercam a atividade editorial, um dos maisimportantes e delicados é o da relação entre o autor e o editor. O autor

desenvolve aqui uma análise histórica da vida editorial de quatro grandesautores de língua alemã: Rilke, Brecht, Hermann Hesse e Robert Walser,

que resulta num competente estudo sobre o papel cultural do editor.

Verissimo, Erico.Um Certo Henrique Bertaso - pequeno retrato em que opintor também aparece.Porto Alegre: Editora Globo, 1973.São Paulo: Companhia das Letras, 2011 (prefácio de Luis FernandoVeríssimo).

O autor relata sua experiência como tradutor e autor na Editora gaúcha, esua convivência com seu proprietário, Henrique Bertaso.

Verissimo, Erico.Breve crônica duma editora da província.Santa Maria/RS: Editora UFSM, 2000.

Balzac - imprimeur et défenseur du livre.Paris: Paris-Musées / Editions des Cendres, 1995.

Obra coletiva, com prefácio de Judith Meyer-Petit, apresenta ensaios edocumentos que analisam a experiência de Balzac como editor e tipógrafo.

A obra também contém catálogo da exposição de mesmo nome, realizadana Maison de Balzac, em Paris, 1995-96.

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Page 44: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Leitura

Abreu, Márcia (org).Leitura, história e história da leitura.São Paulo: FAPESP; Campinas: ALB / Mercado de Letras, 2000.

Edição comemorativa dos 190 anos da Biblioteca Nacional.

sinopse Veja mais

Abreu, Márcia (org).Leituras no Brasil.Campinas: ALB / Mercado de Letras, 1995.

Antologia de pronunciamentos realizados nos nove primeiros Congressosde Leitura no Brasil, constitui um documento do debate sobre a leitura no

país nas últimas duas décadas. Textos de Haquira Osakabe, EzequielTheodoro da Silva, Paulo Freire, Magda B. Soares, Lígia Chiapini Moraes

Leite, Eni P. Orlandi, Miriam Lemle, Síria Possenti, Regina Zilberman,Mário Alberto Perini, Marisa Lajolo, Mary Kato, Eliana Yunes, Walda deAndrade Antunes, Edson Gabriel Garcia, Ary Kuflik Benclowicz, Moacyr

Scliar e João Wanderley Geraldi.

Abreu, Márcia; Schapochnik, Nelson (orgs).Cultura letrada no Brasil - Objetos e práticasCampinas: ALB / Mercado de Letras, 2005.

Esse livro reúne especialistas que estudam as formas materiais, aprodução, a circulação e a recepção de textos no Brasil desde o período

colonial até a contemporaneidade, examinando diferentes modalidades decomunicação (oral, manuscrito, impresso, hipertexto) e diversas formas e

gêneros dos artefatos da cultura letrada (correspondência, cordel, folheto,brochura, almanaque, revista, jornal). Observa, ainda, as possíveis

interações entre autor, texto, leitor e livro, assim como os modos de fazer eusar os artefatos da cultura letrada em diferentes contextos da recepção

(escola, gabinetes de leitura, bibliotecas, teatro). (Márcia Abreu)

Algranti, Leila Mezan.Livros de devoção, atos de censura - ensaios de história do livro e

da leitura na América Portuguesa (1750-1821)

São Paulo: Fapesp / Hucitec, 2004.

A autora dedica-se aqui à história dos livros religiosos e de sua leitura,quer no tocante à produção, quer ao consumo e circulação, e busca

compreender seu significado na América portuguesa, na qual se constituiuuma sociedade reconhecidamente pouco letrada, permeada pelo

escravismo e marcada pela influência da religião católica. O que liam oscolonos, como liam e por que liam esses livros, são algumas das questões

analisadas em ampla pesquisa documental.

Barzotto, Valdir Heitor (org)Estado de Leitura.Campinas: Mercado de Letras / ALB, 1999.

Chartier, Roger.Formas e sentido -Cultura escrita: entre distinção e apropriação.Tradução de Maria de Lourdes Meirelles Matencio.Campinas: ALB / Mercado de Letras, 2003.

Ensaio em que se discutem as diversas ‘revoluções da leitura’ quetransformaram as relações entre as pessoas, as estratégias intelectuais e,sobretudo, as formas de ler. Acompanhando momentos decisivos, como o

que marca a passagem da leitura oral para a silenciosa ou o início da

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utilização de tipos móveis para composição de livros, chega-se à maisrecente das ‘revoluções’, associada à disseminação dos computadores e da

Internet.

Chartier, Roger.Os Desafios da escrita.Tradução de Fulvia M. L. Moretto.SP: Editora da Unesp, 2002.

Nestes cinco ensaios (originados de conferências proferidas pelo autordurante a Bienal do Rio de 2001, a convite da Editora da Unesp), Chartier

mostra como o mundo digital está alterando a relação do leitor com otexto impresso, e fala sobre a transformação do próprio conceito de livro.

Chartier, Roger.A Ordem dos Livros - Leitores, autores e bibliotecas naEuropa entre os séculos XIV e XVIII.Tradução de Mary del Priore.Brasília: UNB, 1994.

Chartier, Roger (org).Práticas da leitura.Trad. de Cristiane Nascimento.São Paulo: Estação Liberdade, 1996.

Chartier, Roger (org).Les usages de l'imprimé.Com A. Boureau, M.-E. Ducreux, C. Jouhaud, P. Saenger, C. Velay-Vallantin.Paris: Fayard, 1987.

Chartier, Roger (org).A aventura do livro: do leitor ao navegador.Trad. de Reginaldo C. Corrêa de Moraes.São Paulo: Imprensa Oficial / Fundação Editora Unesp, 1998.

A internet fez renascer o sonho de universalidade no qual toda ahumanidade participa do intercâmbio de idéias. Mas suscita também a

angústia de ver desaparecer a cultura do livro. Qual é o futuro do livro? Oque nos ensina seu passado? Roger Chartier nos lembra que muitas

revoluções, como a de Gutenberg, vividas como ameaças, criaram, pelocontrário, oportunidades e esperanças. Refletir sobre a aventura do livro é,

em definitivo, examinar a tensão fundamental que atravessa o mundocontemporâneo, dilacerado entre a afirmação das particularidades e o

desejo do universal.

Chartier, Roger & Cavallo, Gugliemo (orgs).História da leitura no mundo ocidental.Trad: Fulvia Moretto (it.), Guacira M. Machado (fr.) e José Antônio de M.Soares (ingl).São Paulo: Ática, 1998. 2 vols.

Muito mais que uma história da leitura no Ocidente: ao analisar osaspectos históricos do tema, a obra acaba investigando não apenas a

leitura, mas também o texto, a escrita e os leitores, mostrando ainda comoos espaços reservados aos livros e aos leitores foram se modificando.

Chartier, Roger & Ariès, Philippe.História da Vida Privada - (vol. 3) da Renascença ao Século das

Luzes.

Tradução: Hildegard Feist.SP: Companhia das Letras, 1991.

Entre os diversos fatores que contribuíram para consolidar a sensibilidadee o individualismo que caracterizaram a era moderna estão o avanço da

alfabetização e da difusão dos livros. Destaque para os capítulos "AsPráticas da escrita", "A Escritura do foro privado", "As práticas literárias

Page 46: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

ou a publicidade do privado".

Chartier, Anne-Marie e Hébrard, Jean.Discursos sobre a leitura (1880 - 1980).São Paulo: Ática, 1995.

Cotroneo, Roberto.Se uma criança, numa manhã de verão- carta para meu filho sobre o amor pelos livros

Rio de Janeiro: Rocco, 2004.

Com rara leveza, Cotroneo discorre sobre a importância da literatura naformação de um ser humano. Para isso, seleciona quatro clássicos em sua

vastíssima biblioteca: A ilha do tesouro, de Robert Lewis Stevenson, Oapanhador no campo de centeio, de J. D. Salinger, o longo poema O canto

de amor de John Alfred Prufrock, de T. S. Eliot, e O náufrago, de ThomasBernhard.

Cunha, Maria do Rosário.A Inscrição do Livro e da Leitura na ficção de Eça deQueirósCoimbra: Almedina, 2004.

Esta abordagem da ficção de Eça de Queirós centra-se no triânguloconstituído pelo leitor, o livro e a leitura - o leitor enquanto personagem, o

livro e a leitura enquanto objeto e comportamento ficcionais.Resenha

Cunha, Maria Teresa Santos.Armadilhas da sedução: os romances de M. Delly.Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

Os romances de M. Delly, em certa medida, nortearam a educação da jovemmulher, brasileira, de camada média urbana entre as décadas de 30 e 60. A

obra é uma contribuição relevante à historiografia brasileira atual,especialmente no que tange à educação feminina em sua estratégia mais

difundida: a prática da leitura de romances.

DeNipoti, Cláudio.Páginas de prazer - a sexualidade através da leitura no iníciodo século.Campinas: Editora da Unicamp, 1999.

No esforço recente dos historiadores em recuperar no passado as atitudesdos leitores e toda a riqueza e variedade contidas no universo da leitura, o

autor desvenda o universo de freqüentadores da Biblioteca Pública doParaná entre 1911 e 1918.

Eça de Queirós, José Maria.O Livro e a Leitura em Eça de Queirós.Seleção e apresentação de Maria do Rosário Cunha.Prefácios de Márcia Abreu e Carlos Reis.Florianópolis: Escritório do Livro, 2007. Apoio: IPLB.

Textos pinçados na obra ficcional e não-ficcional de Eça de Queirós poruma de suas maiores estudiosas portuguesas da atualidade, trazem as

reflexões do autor sobre o livro, sua produção, sua função, sobre a leiturae os leitores do século XIX. A esclarecedora introdução de Maria do

Rosário, e os prefácios de dois importantes pesquisadores do tema, noBrasil e em Portugal, nos dão bons elementos para a compreensão deste

período de grandes transformações na história do livro e da leitura.Veja mais

Excerto

Fadiman, Anne.

Page 47: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Ex-Libris - confissões de uma leitora comum.Tradução de Ricardo Gomes Quintana.Rio de Janeiro: Zahar, 2002.

Ex-Libris - confessions of a common reader.London: Penguin books, 1999.

A relação de um leitor com um livro pode ser tão íntima e complexa quantoentre duas pessoas. Anne Fadiman mostra, em ensaios deliciosos, como

seus livros preferidos se tornaram capítulos de sua história pessoal, algoque acontece com os apaixonados por livros. Ex-Libris oferece ao leitor,

comum ou incomum, um fascinante relato de bibliofagia. É uma declaraçãode amor aos livros, à língua e à palavra escrita.

Resenha

Fraisse, Emmanuel/ Pompougnac, Jean-Claude/ Poulain, Martine.Representações e Imagens da Leitura.Com a participação de Philippe Charrier, Danielle Marcoin, Nathalie Vallée.Tradução de Osvaldo Biato.São Paulo: Ática, 1997.

Ao longo dos 3 capítulos: Relatos de Aprendizado, Cenas de leitura napintura, na fotografia, no cartaz, O Livro, a leitura e o leitor na críticaliterária francesa, vai se delineando a atividade de leitura nos relatos

autobiográficos. Analisando testemunhos de Sartre, Beauvoir, Mauriac, aspinturas de Renoir a Miguel Barcelò, a fotografia e o cartaz publicitário, o

livro revela que, na fotografia e nos cartazes, as cenas de leiturarepresentam mais uma prática social, enquanto nos relatos

autobiográficos e na pintura mostram-se como um ato íntimo e solitário.

François, Annie.Bouquiner - autobiobibliographie.Paris: Seuil, 1999.

Neste ensaio agudo e bem-humorado a autora, leitora há muitos anos paradiversas casas editoriais, comenta a relação leitor-livro através, inclusive,dos vários hábitos e manias que a constituem: marca-páginas, ler na cama,

papel, tipografia, empréstimos, resenhas literárias, etc.

Galvão, Ana Maria de Oliveira.Cordel, leitores e ouvintes.Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

A autora capta e analisa leitores de literatura e cordel no período entre1930 e 1950. A obra permite relacionar práticas que se desenvolveram no

Brasil em meados do século XX com aquelas, muito mais antigas, quecaracterizaram o primeiro grande movimento de alfabetização e de

catequização desejado pelos religiosos. Permite também aos leitorescompreender por que os objetos de cordel podem ser um suporte essencial

das práticas culturais e da circulação das informações escritas nos grupossociais não letrados, dando uma contribuição fundamental a uma históriada leitura das camadas populares do Brasil, além de mostrar como se podereconstruir leituras do passado, modos de ler, formas de acesso ao escrito e

de atribuição de sentido a textos. O livro traz, ao final, ilustrações devárias capas e recortes de livros que também contam a história da

literatura de cordel no país.Premiado com o título altamente recomendável pela Fundação Nacional

do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), na categoria "Teórico".

Gritti, Delmino.Sobre o livro e o escrever.Caxias do Sul: Maneco Livraria & Editora, 2002.

São 450 páginas de citações sobre o livro, a leitura e o ato de escrever,grandes frases de grandes autores como Cervantes, Borges, Kafka, Marx,

Page 48: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Mário Quintana, a que também se acrescentam as próprias reflexões doautor, que nos explica na nota inicial: "Esta compilação é fruto de leituras

de todos esses anos de trabalho como livreiro. Sempre que consideravainteressante o texto, anotava". O resultado é uma fantástica antologia de

amor ao livro, com apresentação de Armindo Trevisan e orelha de MoacyrScliar.

Contato com o autor: [email protected]

Guimarães, Hélio de Seixas.Os leitores de Machado de Assis - o romance machadiano

e o público de literatura no século 19.

São Paulo: Nankin editorial / Edusp, 2004.

Na passagem do século XIX para o XX, a população alfabetizada do Brasilcorrespondia a 18% do total, dos quais apenas 2% eram capazes de ler

livros. Buscando definir a figura do leitor na produção ficcional deMachado de Assis, assunto central do estudo, o autor traça um panorama

do público leitor brasileiro de então, da recepção e circulação da obraliterária. Vencedor do Prêmio Jabuti de teoria e crítica literária, 2005.

Júnior, Otávio.O Livreiro do Alemão.São Paulo: Panda Books, 2011.

O autor narra sua trajetória desde o dia em que encontrou, num lixão daVila Cruzeiro (Complexo do Alemão) onde morava, um livro - que iriamudar sua vida, até a realização de seu projeto "Ler é 10 - Leitura na

Favela", que vem difundindo o livro e incentivando a leitura em diversascomunidades do Rio de Janeiro. "Fala-se muito do baixo índice de leitura do

povo brasileiro e até vejo esforços para aumentar esse índice. Mas possodizer que ainda é pouco. Existe uma classe excluída, social e culturalmente,

pela sociedade. São povos que vivem nos guetos das grandes cidades.Muitos deles leitores adormecidos, sem acesso a saneamento básico,

educação, ensino profissionalizante e cultura. Um futuro de igualdade sóexistirá quando todos tiverem acesso à informação e à cultura. Uma criança

que pega amor pelos livros aos oito anos será um grande leitor pelo resto davida."

Lacerda, Lilian de.Álbum de Leitura: memórias de vida, histórias de leitoras.Prefácio de Roger Chartier (trad. Isabel Loureiro)SP: Editora da Unesp, 2003.

Partindo de 12 depoimentos de escritoras nascidas entre 1843 e 1916 emvárias regiões do Brasil, a autora reconstitui a trajetória dessas mulheresenquanto leitoras e produtoras de textos, analisando as histórias de vida

dentro de seu contexto e repertório cultural.

Machado, Ana Maria.Silenciosa AlgazarraSP: Companhia das Letras, 2011.

Nesta coletânea, que reúne textos recentes, a autora trata de temasdiversos: os problemas do convívio entre escritores e críticos, a prática da

literatura com os pequenos pacientes de hospitais, o trabalho dosilustradores nas obras infantis..., para discutir a importância da leitura e

dos livros.

Manguel, Alberto.Uma História da Leitura.SP: Companhia das Letras, 1997.

Manguel, Alberto.Os Livros e os dias - um ano de leituras prazerosas

Tradução de José Geraldo Couto.SP: Companhia das Letras, 2005.

Page 49: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Durante um ano, todo mês, Manguel escolheu um grande romance parareler e comentar em seu diário: passando de Bioy Casares a Goethe, de

Machado de Assis a Cervantes, suas impressões de leitura se entremeiamcom lembranças pessoais, observações sobre o cotidiano e o mundo

contemporâneo, e considerações acerca do ato de ler, escrever, manteruma biblioteca.

Manguel, Alberto.A Biblioteca à noiteTradução: Samuel Titan Jr.SP: Companhia das Letras, 2006.

Uma crônica do percurso das bibliotecas na história e uma investigaçãosobre o lugar dos livros e das bibliotecas na cultura humana, a obra

lembra histórias das delícias e agruras dos incontáveis bibliófilos,bibliotecários e bibliômanos na vida real ou na ficção.

Martins, Maria Helena.O que é Leitura.SP: Brasiliense, 1982. Col. Primeiros Passos, vol. 74.

Meyer, Marlyse.Folhetim - uma história.SP: Companhia das Letras, 1996.

Essa fórmula tão popular, consagrada pela telenovela, tem uma velha elonga história, também cheia de peripécias inverossímeis e coincidências

inacreditáveis. Marlyse Meyer retraça, nesta obra polêmica eenciclopédica, a trajetória de um gênero que sempre provocou desprezos

solenes e atrações inconfessáveis, revelando por um prisma originalfacetas da história da escrita, da imprensa e da leitura.

Paiva, Aparecida.A Voz do veto - a censura católica à leitura de romances.Belo Horizonte: Autêntica, 1997.

Relata a trajetória de Frei Pedro Sinzig, da ordem franciscana e um dosfundadores da Vozes de Petrópolis. Frei Sinzig, que chegou ao Brasil em

1893 e faleceu em 1952, foi autor do livro Através dos romances: guia paraas consciências, publicado pela Vozes em 1923. Este manual, descobertopela autora na bliblioteca de Lúcia Casasanta, esposa do mestre Mário

Casasanta, é um livro de censura católica aos romances, escrito paraorientar a leitura feminina e comenta, em pequenos verbetes, 21.553 livros

de 6.607 escritores. A autora analisa as múltiplas atividades de Frei Sinzigna história da censura à literatura no Brasil, no início do século, edenuncia os equívocos da prática católica sobre o discurso crítico.

Pennac, Daniel.Como um romance.Tradução de Leny WerneckRio de Janeiro: Rocco, 1993.

Ensaio em que o professor francês questiona, através da recriaçãoficcional do ambiente de uma sala de aula, a razão de os jovens não

gostarem de ler e ensina como recuperar nos alunos o gosto pela leitura.

Piégay-Gros, Nathalie (ed).Le Lecteur.Paris: GF Flammarion, 2002. Col. Corpus.

Antologia de textos de autores como Sêneca, Montaigne, Proust, Valery,Benjamin, Flaubert, etc, acerca da leitura e do leitor.

Piglia, Ricardo.O Último leitor

Page 50: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Tradução: Heloisa Jahn.SP: Companhia das Letras, 2006.

Ensaios acerca desse vínculo decisivo entre obras literárias e leitores,constituindo uma "história imaginária da leitura", da estranha sociedade

que formam os leitores reais e imaginários de todos os tempos.

Reimão, Sandra.Livros e televisão.São Paulo: Ateliê Editorial, 2004.

A autora nos apresenta aqui, em 5 estudos com abordagens diversas, arelação entre a literatura e a telenovela, o livro e a televisão, o livro e as

outras mídias, o leitor e o telespectador.

Reimão, Sandra.

Mercado editorial brasileiro (1960-1990).São Paulo: Com-Arte / Fapesp, 1996.

A partir dos dados da produção editorial desses trinta anos, dos elementosdas pesquisas sobre os livros mais vendidos, a autora analisa as relações

entre publicações de livros e as condições sociais, políticas e culturais dopaís.

Rocha, José Carlos (org).Políticas editoriais e hábitos de leitura.São Paulo: Com-Arte, 1987.

Sanches Neto, Miguel.

Herdando uma Biblioteca.Rio de Janeiro: Record, 2004.A capa, de Victor Burton, foi vencedora do Prêmio Jabuti 2005.

Reunião de crônicas que têm por fio condutor a formação da biblioteca,material e espiritual, desse professor de literatura, escritor, crítico

literário, por vezes editor, mas sobretudo leitor compulsivo nascido numafamília onde só havia um livro: a Bíblia. São histórias comoventes,

sagazes, da formação de um leitor: "Não venho de uma biblioteca paterna,e sim de sua ausência. Tive que buscar a figura do pai em amigos e autores

e fiz das afinidades culturais o caminho para esta família, dispersa notempo e no espaço, que a literatura me deu. Murilo Mendes tratava os

grandes artistas do passado como aeroamigos. Para mim, eles foram osaeroancestrais, de quem num ato de fraude amorosa, me fiz descender."

ResenhaContato com o autor: www.miguelsanches.com.br

Schopenhauer, Arthur.Sobre Livros e Leituras.Porto Alegre: Paraula, 1993, ed. bilíngüe.Tradução de Walter Carlos Costa e Philippe Humblé.

excerto

Silva, Ezequiel Theodoro.Leitura e Realidade Brasileira.Porto Alegre: Mercado Aberto, 1997, 5 ed.

Estudo apaixonado e contundente sobre o livro e a leitura comoinstrumento de aprendizado e liberdade.

Sodré, Moniz.Best-seller: a literatura de mercado.São Paulo: Ática, 1988.

Este livro revê o romance policial, o filme de gângster, a ficção científica, ahistória sentimental, o relato de terror, o romance de aventura, a

Page 51: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

telenovela (figuras da chamada "literatura de massa" comumenteexcluídos do universo crítico) como peças de cultura importantes para a

elaboração de uma antropologia do cotidiano, em que se misturamideologia e mito.

Steiner, George.Nenhuma paixão desperdiçada.Rio de Janeiro: Record, 2001.

Em uma era em que a arte da leitura e o status do texto têm sidoconfrontados por movimentos literários e pelas novas tecnologias dainformação, estes ensaios celebram a primazia da arte de ler, em seu

sentido clássico.Excerto

Steiner, GeorgeCeux qui brûlent les livres.Paris: Ed. de l'Herne, 2008.Tradução: Pierre-Emmanuel Dauzat

Três ensaios do pensador franco-americano em torno do livro, da leitura, arelação do leitor com o livro.

Walty, Ivete Lara Camargos et alli.Palavra e imagem: leituras cruzadas.Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

Zaid, Gabriel.

Livros demais! - sobre ler, escrever e publicar.

Apresentação de Raul WassermannPrefácio e tradução de Felipe LindosoSP: Summus Editorial, 2004.

Editores assustados e autores desapontados são apenas um aspecto doprocesso que despeja no planeta um milhão de títulos por ano. Com a visão

crítica de longa experiência no mercado editorial e muito bom humor, ocrítico e ensaísta conta a história do livro no mundo, aborda os problemasque atingem a área e explica a ligação inevitável entre comércio e cultura.

Zilberman, Regina.Fim do Livro, fim dos leitores?São Paulo: Editora Senac, 2000.

A autora tece considerações acerca da leitura e do livro. Relembrando arelação do leitor com a escrita desde o do pergaminho até o e-book,

discute o destino do livro.

VáriosHábito de Leitura no Brasil.Anais do IV Encontro de Editoração da Bahia.

Salvador: Instituto Baiano do Livro, 1994.

Reúne palestras proferidas no encerramento do encontro, ocorrido emoutubro de 1993, com Élio Regis, Francisco Gregório Filho, Adinoel Motta

Maia, Elizabeth Naves, Marta Penzin e Ziraldo.Indicação de Sérgio Mattos.

Vários.Au Bonheur de lire.Paris: Gallimard, Folio, 2004.

Antologia de textos sobre a leitura, incluindo excertos de Daniel Pennac,Nathalie Sarraute, Proust...

Para sugestões, clique em contato......................... Volta para o alto da página

Page 52: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Tradução

Aguiar, Rosa Freire d'.Memória de tradutora.Entrevista a Dorothée de Bruchard e Marlova Aseff.Edição de texto de Marlova Aseff.Florianópolis: Escritório do Livro / NUT/UFSC, 2004.Col. Memória do Livro, 4.

Veja maisResenha de Boris Schnaiderman

Resenha de Mauri FurlanExcerto

Ballard, Michel.De Cicéron à Benjamin - traducteurs, traductions, réflexions.Lille: Presses Universitaires de Lille, 1992.

Obra de fôlego, bastante exaustiva e documentada, sobre a história datradução no Ocidente.

Bassnett, Susan.Estudos de Tradução.Tradução de Vivina de Campos Figueiredo.Lisboa: Fund. Calouste Gulbenkian, 2003.

Bataillon, Laure.

Traduire, ÉcrireDepoimentos de Arnaldo Calveyra, Alicia Dujovne Ortiz, Griselda Gambaro eJuan José Saer.Paris: Arcane 17 / ATLF / Meet, 1991.

Textos esparsos da grande tradutora que introduziu, na França, aliteratura hispânica, notadamente Cortázar; fundadora da Associação dos

Tradutores Literários Franceses, fala aqui sobre o ofício e a arte detraduzir, escrever, buscar palavras. Depoimentos de alguns dos autores

traduzidos por ela.Excerto em português

Benjamin, Walter.

A tarefa do tradutor - quatro traduções para o português.Edição organizada por Lúcia Castello Branco.Traduções de Fernando Camacho, Karlheinz Barck, Susana Kampff Lages,João Barrento.Belo Horizonte: FALE / UFMG, 2008.

texto on-line

Berman, Antoine.L'Épreuve de l'étrangerParis: Gallimard, 1984.

A Prova do Estrangeiro- cultura e tradução na Alemanha romântica.Tradução de Maria Emília Pereira Chanut.Bauru/SP: Edusc, 2002.

O que é traduzir? Que lugar ocupa a tradução dentro de uma cultura? Noque consiste esta operação de transposição de uma língua para outra, queé "a prova do estrangeiro"? Antoine Berman, tradutor de textos literários

latino-americanos e alemães, aborda a problemática estudando uma épocae uma cultura nas quais eles foram colocados com vigor e paixão,

tornando-se objeto de debates e alvo das mais diferentes posições. (...) Oresultado é um painel unificado, desvelado, explorado e analisado, que

Page 53: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

aponta para a crucial inserção da tradução no campo da história, dosaber, do próprio processo de conhecimento.

Berman, Antoine.La traduction et la lettre ou l'auberge du lointain.Paris: Seuil, 1999.

Burke, Peter & Po-chia Hsia, R.A tradução cultural - nos primórdios da Europa moderna.Tradução de Roger Maioli dos Santos.São Paulo: Unesp, 2009.

O volume reúne uma equipe internacional de tradutores para apresentar aprática da tradução como uma parte da história cultural, buscando

compreender as contribuições da tradução para a difusão de informaçõesna Europa moderna. Um livro que vem preencher um pouco de uma enorme

lacuna: embora a tradução seja essencial para a construção da cultura,sua história tem sido de modo geral negligenciada pelos historiadores, que

a relegaram e especialistas em línguas e literatura.

Catford, J. C.A Linguistic Theory of Translation.London: Oxford University Press, 1965.

Cavalcanti, Geraldo Holanda.Memórias de um tradutor de poesia.Entrevista a Dorothée de Bruchard e Andréia Guerini.Florianópolis: Escritório do Livro / NUT/UFSC, 2006.Col. Memória do Livro, 5.

Veja maisExcerto

Cayron, Claire.Claire Cayron - Profissão: traductrice, profession: tradutora.Edição bilíngueOrganizado por Dorothée de Bruchard.

Tradução: Ana Carolina Corrêa da Silva, Bianca Melyna Filgueira, ClaudiaBorges de Faveri, Diego Conte, Dorothée de Bruchard, Ellen Carina Araujode Carvalho, Iris Marjorie Böing Imhof, Lia Benthien, Marcia Bioni, NatháliaLeite Munari, Teresa Cristina Rodrigues dos Santos, Thays Tomazi.

Florianópolis: Escritório do Livro / DLLE/UFSC, 2012.

Versão integral em pdf

Coulthard, Marlcolm & Caldas-Coulthard, Carmem Rosa (org.).Tradução: Teoria e Prática.Florianópolis: Editora da Ufsc, 1991.

Cruz, Celso.Metamorfoses de KafkaPrefácio de João AzenhaSão Paulo: Anablume / Fapesp, 2007.

Neste livro, originado em sua dissertação de mestrado, defendida na USPem 2005, o autor "desdobra a metáfora kafkiana para as transformações

que marcam o processo de traduzir e seus resultados (...) Quem traduz,reescreve, e essa reescrita dialoga com um sistema literário num ponto do

tempo e do espaço. (...) Celso analisa o movimento de recepção de Kafka esuas metamorfoses. Para isso, revira sebos, acervos públicos e bibliotecas,

até conseguir reunir um corpus de 21 traduções de A metamorfose, queabarca cerca de 40 anos. Analisa os paratextos e as capas: tudo aquiloque se diz sobre o livro. Verifica as relações de dependência entre esses

movimentos de recepção e as políticas editoriais em voga no momento em

Page 54: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

que cada edição veio à luz" (do prefácio de João Azenha)..

De Launay, Marc.Qu'est-ce que traduire?Paris: Vrin, 2006.

O filósofo e tradutor francês reflete sobre a tradução, sobre opapel do original, da interpretação e do tempo para a

traduzibilidade. O livro traz em anexo, traduzidos pelo autor, océlebre texto de Friedrich Schleiermacher, "Des différentes

méthodes de la traduction", e, de Wilhelm von Humboldt,

"Introduction à l'Agamemnon d'Eschyle".

Delille, Karl H. - Com Maria A. Hörster, Maria E. Castendo, Maria M.G.

Delille, Renato Correia.

Problemas da tradução literária.Coimbra: Almedina, 1986.

Acreditando que "a tradução literária assume uma função importantíssimacomo medianeira entre os povos e as culturas, contribuindo para o

conhecimento do que nos é estranho e para o enriquecimento do que nos épróprio", e desejando tirar do ostracismo a pesquisa universitária neste

terreno, Karl Heinz Delille reúne aqui trabalhos apresentados durante oSeminário de Mestrado em Literatura Comparada, na Faculdade de Letras

de Coimbra entre 1982 e 1984 (tradução alemão x português).

Delisle, Jean & Woodsworth, Judith (org.).Os Tradutores na História.Tradução de Sérgio Barth.São Paulo: Ática, 1998.

Tradutores e intérpretes sempre representaram um papel determinante naevolução das sociedades e na vida intelectual: inventaram alfabetos,contribuíram para a criação de línguas e deram forma às literaturas

nacionais. Participaram da difusão dos conhecimentos e da propagaçãodas religiões, importaram e exportaram valores culturais, redigiram

dicionários, etc. Esboça-se aqui o panorama dessa atividade na Europa,Américas, África, Índia e China.

ExcertoResenha

Eco, Umberto.Quase a mesma coisa.Tradução de Eliana Aguiar.Rio de Janeiro: Record, 2010.

Resenha

Faveri, Claudia Borges de; Torres, Marie-Hélène C. (orgs).Clássicos da Teoria da Tradução.Antologia Bilíngüe, vol II: francês-português.

Vários tradutores.Florianópolis: Núcleo de Tradução da UFSC, 2004.

Antologia de textos sobre teoria da tradução em francês: Etienne Dolet, DuBellay, D'Alembert, Mme de Staël, Victor Hugo, etc.

Furlan, Mauri (org).Clássicos da Teoria da Tradução.Antologia Bilíngüe, vol IV: Renascimento.Vários tradutores.Florianópolis: Nuplitt / UFSC, 2006.

Page 55: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Antologia de textos sobre teoria da tradução produzidos durante aRenascença: Martin Luther, Aretino, Fray Luis de León, Cervantes, Etienne

Dolet, etc.

Heidermann, Werner (org).Clássicos da Teoria da Tradução.Antologia Bilíngüe, vol I: alemão-português.

Vários tradutores.Florianópolis: Núcleo de Tradução da UFSC, 2001.

Seleção de alguns textos sobre teoria da tradução em alemão: Benjamin,Nietzsche, Schopenhauer, Hölderlin, Schlegel, Humboldt, Schleiermacher,

Goethe.

Kristeva, Irena.Pour comprendre la traduction.Paris: L'Harmattan, 2009.

Nesse consistente e bem escrito ensaio, sem perder de vista os dois aspectosdo traduzir, o objetivo e o subjetivo, a autora examina as abordagens

contemporâneas da tradução. Partindo de seu enraizamento no contextocultural e na língua, faz incursões pela semiótica e pela psicanálise,

buscando uma hermenêutica que articule tanto a prática, como a análise ea critica da tradução.

Lages, Susana Kampff.Walter Benjamin: tradução e melancolia.São Paulo: Edusp, 2002.

Procedendo à construção da "tarefa do tradutor", e partindo daconstatação de que existe um forte vínculo entre as teorias da tradução e

aquelas sobre a disposição melancólica, Susana Kampff Lages seconcentra na obra de Walter Benjamin para estabelecer um diálogo comdiferentes tradições interpretativas sobre a tradução, incluindo autores

contemporâneos como Heidegger, Paul de Man e Jacques Derrida. Aautora realiza uma análise minuciosa do ensaio de Benjamin "A Tarefa do

Tradutor", ligando-o a temas como as conexões entre linguagem e morteou Proust e Baudelaire como paradigmas de uma escritura moderna

melancólica.

Laranjeira, Mário.Poética da Tradução: do sentido à significância.São Paulo: Edusp, 1993.

Lefevere, André.Tradução, reescrita e manipulação da fama literária.Tradução de Claudia Matos Seligmann.Bauru/SP: Edusc, 2007.

A tradução é, evidentemente, uma reescritura de um texto original. Todareescritura, qualquer que seja sua intenção, reflete uma certa ideologia e

uma poética e, como tal, manipula a literatura para que ela funcionedentro de uma sociedade determinada de uma forma determinada.

Reescrituras podem introduzir novos conceitos, novos gêneros, novosartifícios, e a história da tradução é igualmente a história da inovação

literária, do poder formador de uma cultura sobre outra. Mas a reescriturapode também reprimir a inovação, distorcer e conter...

Resenha

Larbaud, Valery.Sob a invocação de São Jerônimo - ensaios sobre a arte e técnicas de tradução.Trad. de Joana Angélica d'Avila Melo e

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João Ângelo Oliva (grego e latim)São Paulo: Mandarim, 2001. No catálogo da Editora Arx.

Inspirado no patrono dos tradutores, Larbaud tece reflexões sobre aimportância, na arte literária, da atividade do autor e do tradutor, e os

limites das intervenções do editor e do revisor.

Méziriac, Claude-Gaspar Bachet.De la Traduction [1635].Introdução de Michel Ballard.Arras (França) / Ottawa (Canadá): Artois Presses Université / Presses del'Université d'Ottawa, 1998.

Num dos primeiros discursos proferidos na Académie Française, em 1635,o autor desenvolve, em torno de uma crítica à tradução "do Plutarco" deAmyot, e em nome de certa ética tradutória, o que constitui uma primeiraanálise de erros apresentada de forma sistemática - e, consequentemente,

um dos textos fundadores da tradutologia.

Milton, John.O Clube do Livro e a Tradução.Colaboração de Afonso Teixeira Filho.Bauru/SP: Edusc, 2002.

A história do livro, síntese da própria trajetória da humanidade, só muitorecentemente passou a interessar aos pesquisadores brasileiros. JohnMilton enfoca aqui a tradução, especialmente aquelas feitas para as

publicações do chamado Clube do Livro. Terreno que a crítica brasileirade certa forma marginalizou, mas que certamente exerceu uma grande

influência em nossa produção cultural, especialmente na formação de umamplo público para a literatura e, em especial, para o romance. O Clube

do Livro, inspirado no Book-of-the-Month americano, vendia suaspublicações mensais, pelo correio ou por vendedores, a um público que foi

aos poucos construindo seus hábitos de leitura. As tiragens chegaram aatingir 50 mil exemplares para alguns títulos, número expressivo mesmonos dias de hoje e que representou uma revolução nos hábitos de leitura

nos anos 50 e 60.

Mounin, Georges.Les Problèmes théoriques de la traduction.Paris: Gallimard, 1963.

Moura, Agenor Soares de.À Margem das traduções.Organizado por Ivo Barroso. Prefácio de Paulo Rónai.São Paulo: Editora Arx, 2003.

Composta de 87 artigos publicados no jornal Diário de Notícias, do Rio deJaneiro, a partir de 1944, a obra, trabalho inédito e original num país emque a tradução costuma ser ignorada nas resenhas, mostra aos leitores a

qualidade e a adequação das traduções publicadas naquela época,apontando falhas, propondo modelos.

Oustinoff, Michaël.La traduction.Paris: PUF,Que sais-je?, 2003.

Paz, Octavio.Traduccion: Literatura y Literalidad.Barcelona: Tusquets Editores, 1971.

Plaza, Julio.Tradução intersemiótica.São Paulo: Perspectiva, 1987.

Ricoeur, Paul.

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Sur la traduction.Paris: Bayard, 2004.

Robinson, Douglas.Construindo o Tradutor.Tradução de Jussara Simões.Bauru/SP: Edusc, 2002.

Como traduzir com mais rapidez e maior precisão? Como lidar com osproblemas que geralmente surgem nesse processo? Como funciona omercado das traduções? Estas são algumas perguntas que Douglas

Robinson discute e responde neste livro, onde também apresenta ummétodo inovador para o estudo da tradução. A aceleração da informação,vivida pela humanidade sobretudo nas últimas décadas, é aqui tratada emsua relação direta com a necessidade crescente de seleção de informações

em qualquer área do conhecimento.

Rónai, Paulo.A Tradução vivida.Rio de Janeiro: Educom, 1976.

Conjunto de conferências proferidas pelo tradutor, crítico húngaroradicado no Brasil, abordando com elegância e extrema competência

diversos aspectos da tradução. Destaque, no que toca a história editorial,para o capítulo "A Operação Balzac", onde o autor conta a extraordinária

aventura que foi coordenar durante quinze anos a tradução da ComédiaHumana para a Editora Globo, nos anos 1940/50. Rónai, além de revisar

todos os textos, inseriu notas e prefácios nesta que seria reconhecidainternacionalmente como a edição crítica exemplar da obra de Balzac.

Silveira, Brenno.A Arte de Traduzir.São Paulo: Melhoramentos, 2 ed., s/d.Reedição em 2004, SP: Unesp.

Steiner, George.After Babel - Aspects of language & translation.N. Y.: Oxford University Press, 3 ed., 1998.

Venuti, Lawrence.Escândalos da Tradução - por uma ética da diferença.Tradução de Laureano Pelegrin, Lucinéia Marcelino Villela, Marileide DiasEsqueda, Valéria Biondo.Bauru/SP: Edusc, 2002.

Quais os elementos culturais ocultos em qualquer tradução? Venuti éfamoso por suas posições polêmicas em relação ao processo da tradução,especialmente quanto à "domesticação" que muitos textos sofrem quando

traduzidos, gerando uma acentuada distorção semântica e conseqüenteperda dos elementos culturais implícitos no texto original.

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O Livro na Ficção

Bellotto, Tony.Bellini e o demônio.SP: Companhia das Letras, 1997.

O detetive Remo Bellini está empenhado em encontrar um manuscritoperdido de Dashiell Hammett, numa história que mostra "outra forma de se

visualizar o livro: como tesouro maravilhoso, objetivo de personagensempenhados na procura do romance ou manuscrito perdido, leitmotiv de

romances, como o de Eco, que tematizam a busca do conhecimento

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(conhecimento que pode ser visto como fonte de poder, ou como diriaNietzsche, como fonte de potência, chave para uma mudança interior)",

como lembra Marco Antônio de Almeida no artigo "O Personagem Livro"(clicar em "Livros e Leituras" no menu).

Block, Lawrence.O ladrão que estudava Espinosa.Tradução de Maria Helena Rodrigues de Sousa.SP: Companhia das Letras, 2002.

O livreiro nova-iorquino Bernard Rhodenbarr, também conhecido dapolícia por seu talento para arrombar a propriedade alheia, acaba

injustamente acusado de assassinato - para se safar, terá de desvendar ocaso recorrendo aos escritos do filósofo Espinosa.

Borges, Jorge Luís."A Biblioteca de Babel", in Ficções.in Obras Completas:São Paulo: Globo, vol. I, trad. de Carlos Nejar. 1999.Barcelona: Emecê Editores, vol. I, 1996.

Bradbury, Ray.Fahrenheit 451São Paulo: Globo, 2003.

Clássico da literatura de ficção publicado em 1953, trata de umasociedade, num futuro nem tão distante, em que os livros foram proscritos eo simples fato de manter obras literárias ou filosóficas em casa constitui um

crime.

Brooks, Geraldine.As Memórias do Livro - romance sobre o manuscrito de Sarajevo

Tradução: Marcos Malvezzi Leal.Rio de Janeiro: Ediouro, 2008.

Mescla de história e ficção, relata a trajetória da Hagadá, obra-primaúnica que sobreviveu por séculos apesar do anti-semitismo e da própria

doutrina judaica. Prêmio Pulitzer de ficção, a obra é muito bem construídae resulta numa história fascinante e enriquecedora. Lamentavelmente, aedição brasileira contém quantidade inaceitável de erros gramaticais etipográficos que constituem verdadeiro desrespeito para com o leitor, o

trabalho da autora e do tradutor, e também para com o objeto livro que aobra vem celebrar.

Buarque, Chico.Budapeste.SP: Companhia das Letras, 2003.

José Costa, um ghost-writer de talento fora do comum, se vê diante de umimpasse criativo e existencial. Escriba exímio, meio sem querer, de meraescrita sob encomenda passa a praticar "alta literatura". Também meio

sem querer, vai parar em Budapeste, onde buscará a redenção no idiomahúngaro, "segundo as más línguas, a única língua que o diabo respeita".

Calvino, Ítalo.Se um viajante numa noite de inverno.Tradução de Margarida Salomão.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

Dunning, John.Edições perigosas.Tradução de Celso Nogueira.SP: Companhia das Letras, 1994.

O assassinato de um mascate de livros é o ponto de partida para umainvestigação do detetive, livreiro e bibliófilo Cliff Janeway que, de

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passagem, arrisca comentários sobre Mark Twain, Faulkner e StephenKing.

Cuneo, Anne.Le Maître de Garamond.Paris: Atock, 2003.

Romance histórico, em que o gravador de tipos Claude Garamond relata avida de seu mestre, o erudito e impressor humanista Antoine Augereau,

morto como herético durante a Reforma. Além de resgatar assim a memóriade uma importante figura da tipografia francesa, a autora dá um excelenteretrato do mundo livreiro renascentista (com personagens como Rabelais,

Robert Estienne, Aldo Manúcio, Francesco Griffo), e das grandesperseguições aos tradutores e impressores promovida pela Igreja ou, mais

especificamente, pelos teólogos da Sorbonne.

Dunning, John.Impressões e provas.Tradução de Celso Nogueira.SP: Companhia das Letras, 1996.

Cliff Janeway, detetive, livreiro e amante de livros raros, envolvido nummistério em que está em jogo uma edição muito especial de O corvo, de

Edgar Allan Poe.

Dunning, John.A Promessa do livreiro.Tradução de Alvaro Hattnher.SP: Companhia das Letras, 2005.

O livreiro e ex-policial Cliff Janeway recebe a visita de uma velha senhoraque lhe pede algo impossível: recuperar uma coleção de obras raras dofamoso explorador inglês Richard Burton, que havia pertencido ao avô

dela e que fora roubada oitenta anos antes. Tem início uma investigaçãoque chegam a envolver a biografia do próprio Burton.

Dunning, John.

Assinaturas e assassinatos.Tradução de Alvaro Hattnher.SP: Companhia das Letras, 2008.

Robert Marshall, colecionador de valiosas primeiras edições de livrosassinadas, é assassinado, dando início a uma trama que tem por cenário os

bastidores do mundo dos livros raros.

Dunning, John.O último caso da colecionadora de livros.Tradução de Alvaro Hattnher.SP: Companhia das Letras, 2009.

O livreiro-detetive Cliff Janeway é contratado para avaliar a estranhabiblioteca de Candice, finada mulher de um milionário criador de cavalos.Ao seguir a pista de livros caríssimos que estariam faltando na biblioteca,

o livreiro acaba destampando uma verdadeira caixa de Pandora familiar...

Eco, Umberto.O Nome da Rosa.Trad: Aurora Bernardini e Hoemo Freitas de Andrade.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983.

Ferguson, Will.Ser Feliz®.Tradução de Manoel Paulo Ferreira.SP: Companhia das Letras, 2003.

Graças a um livro de auto-ajuda perigosamente convincente e eficaz,

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descoberto pelo pequeno funcionário de uma grande editora, a felicidadese alastra pelo mundo. O autor canadense traça um retrato impiedoso da

obsessão pelo bem-estar na sociedade do consumo, como também domercado editorial.

Fitzgerald, Florence.The Bookshop.London: Flamingo, 1983.

A oposição que enfrenta Florence Green quando resolve abrir uma livrariana sua pequena cidade litorânea inglesa. Belíssima e singela história, cuja

tradução editada no Brasil pela Bertrand, em 2000, está esgotada.

Flaubert, Gustave.Bibliomaniein Mémoires d'un fou, Novembre et autres textes de jeunesse.Texto estabelecido e editado por Yvan Leclerc.Paris: GF Flammarion, 1991.

Primeiro texto publicado por Flaubert, ainda adolescente, a novela contaa história do primeiro serial killer bibliófilo de que se tem notícia na

literatura: o monge livreiro Giacomo, semi-letrado que pouco lê, e matapor amor aos antigos manuscritos.

Texto integral (tradução)

Funke, Cornelia.Coração de tinta.Tradução de Sonali Bertuol.SP: Companhia das Letras, 2006.

Mo, além de exímio encadernador, tem uma habilidade insólita: ao ler emvoz alta, dá vida às palavras, e coisas e seres das histórias surgem ao seu

lado como que por mágica. Numa noite, a língua encantada de Mo trouxeà vida alguns personagens de um livro misterioso chamado Coração de

tinta...

Gaarder, Jostein & Hagerup, Klaus.A Biblioteca mágica de Bibbi Bokken.Tradução de Sonali Bertuol.SP: Companhia das Letras, 2003.

O garoto Nils e sua prima Berit moram em cidades diferentes e, paramanter contato, decidem escrever um diário a quatro mãos, enviando-o deuma cidade a outra por correio. E este acaba sendo um livro de múltiplashistórias onde, numa trama de detetives recheada de suspense e aventura,

o próprio herói é o livro e sua história, seu processo de produção ecatalogação nas bibliotecas.

Gélat, Jacques.

Le Traducteur.Paris: José Corti, 2006.

Um tradutor, certo dia, substitui um ponto e vírgula por uma vírgula.Percebe o erro, mas não o corrige, e assim é que começa: na tradução

seguinte, vai trocando alguns detalhes no texto, aos poucos vai inserindopalavras e frases de sua lavra, e acaba - que tradutor não sonhou com

isso? - escrevendo o seu próprio romance...

Hrabal, Bohumil.Une trop bruyante solitude.Paris: Robert Laffont, 1983.Tradução: Anne-Marie Ducreux-Palenicek

Publicada inicialmente em Praga (1976) como literatura clandestina, é aobra do grande escritor tcheco que lhe valeu mais notoriedade. O

narrador, operário numa usina de reciclagem de papel, cuja cultura se

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construiu pela leitura de livros proibidos fadados à destruição, recria asobras-primas em outra obra de arte - as páginas picadas são

transformadas em balões de papel decorativos. Fábula sensível e umconvite à reflexão sobre a modernidade.

Jean, Raymond.La Lectrice.Arles (França): Actes Sud, 1986.

Marie-Constance resolve certo dia colocar um anúncio oferecendo seusserviços de leitora a domicílio. Passa então, com sua voz encantadora, a

ler aos seus ouvintes trechos de Maupassant, Duras, ou mesmo Sade - paracada cliente (um adolescente, um executivo, uma generala...), um autor

diferente, e relações distintas que se estabelecem em torno da literatura eda leitura.

Melo, Patrícia.Elogio da mentira.SP: Companhia das Letras, 1998.

O texto pode ser lido como um romance policial, gênero que é aquiparodiado e homenageado. Mas a narrativa de fôlego, irônica, que prende,

é também uma boa sátira ao mercado editorial.

Mitchell, Joseph.O Segredo de Joe Gould.Tradução de Hildegard Feist.Posfácio de João Moreira Salles.SP: Companhia das Letras, Col. Jornalismo literário, 2003.

Em 1942, Joseph Mitchell publicou nas páginas da revista The New Yorkero perfil de um literato maltrapilho que vivia perambulando pelo

Greenwich Village, o bairro boêmio de Nova York. O personagemchamava-se Joe Gould e a reportagem revelava que, apesar de viver comomendigo, preparava uma obra monumental: História oral do nosso tempo.

Gould morreu em 1957 e o livro que vinha escrevendo nunca foiencontrado. Em 1964, Mitchell escreveu para a mesma revista outro texto

sobre o boêmio do Village - revelando "O segredo de Joe Gould" guardadopor tanto tempo.

Depois disso, o jornalista nunca mais publicou um texto sequer, emboracontinuasse a freqüentar a redação diariamente e a receber salário até o

fim da vida. É sobre ele, sobre a The New Yorker, sua redação ecolaboradores, sobre o ofício de escrever e de editar, o belo posfácio de

João Moreira Salles.

Monbrun, Estelle.Meurtre chez tante Léonie.Paris: Viviane Hamy, 2004.

Romance policial que tem como cenário a reunião anual da ProustAssociation, na casa descrita por Proust em Du Côté de chez Swann e, por

personagens, um editor, um eminente pesquisador, uma doutoranda, etc, àsvoltas com a descoberta de manuscritos inéditos. Por trás do pseudônimo

da autora, uma professora de literatura francesa em universidadeamericana. Leve e divertido.

Nodier, Charles.L'Amateur de Livres.organizado e anotado por Jean-Luc SteinmetzBordeaux: Le Castor Astral, 1993.

Quatro textos relacionados ao livro do escritor e bibliófilo, "pai dosbibliófilos" franceses do século XIX. Destaque para "Le Bibliomane", conto

satírico em que um bibliófilo morre de "bibliomania".

Pérez-Reverte, Arturo.

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El Club DumasMadrid: Punto de Lectura, 2000.

Lucas Corso, comprador de livros antigos, envolve-se em perigosaaventura quando se vê tendo de decifrar o mistério de um livro que invoca

o demônio, cuja edição foi queimada em 1667 juntamente com o editor e doqual só sobraram 3 exemplares. Também se insere na trama um capítulo

manuscrito dos Três Mosqueteiros de Dumas....Editado no Brasil pela Martins Fontes, 1995.

Pouy, Jean-Bernard.1280 ÂmesParis: Baleine/Le Seuil, 2000. Romance policial.

Um cliente de Pierre de Gondol, o menor livreiro de Paris, um dia vemconsultá-lo, desnorteado: um famoso romance de Jim Thompson que, em

inglês, tem o título Pop 1280, na tradução francesa que ele está lendochama-se 1275 âmes. Pierre então se transforma em detetive literário, para

procurar em outros livros e outros países, a pista dos desaparecidos...

Rushdie, Salman.

Haroun e o mar de histórias.Tradução de Isa Mara Lando.SP: Companhia das Letras, 1998.

Sá Moreira, Régis de.Le LibraireParis: Au Diable Vauvert, 2004.

Encantadora narrativa que fala do cotidiano de um livreiro em algumagrande cidade do mundo. Sua paixão pelos livros, pela leitura, suas

excentricidades, relação com os clientes... Texto cheio de poesia e força.

Saramago, José.

História do cerco de Lisboa.Lisboa: Editorial Caminho, 1989.

O revisor de uma grande editora não resiste, certo dia, a interferir nahistória, "corrigindo" o texto no qual está trabalhando.

Smith, Lane.É um livro.Tradução de Júlia Moritz Schwarcz.SP: Companhia das Letrinhas, 2010.

Uma história ilustrada, tanto para crianças quanto para adultos, sobre onosso velho e bom - e amado - livro. Aquele que, ao contrário dos produtoseletrônicos, não apita, não interage, não conecta nem retwitta. Mas que, só

pela emoção da narrativa e das imagens, prende a atenção de qualquerum.

Veja o Book Trailer

Soares, Jô.Assassinatos na Academia Brasileira de Letras.SP: Companhia das Letras, 2005.

Um serial killer literário parecia solto nesse Rio de Janeiro de 1924 -reconstituído pelo autor com humor e precisão - querendo ver "mortos

todos os imortais" da Academia. Os "crimes do penacho" serãoinvestigados pelo comissário Machado Machado...

Vantrease, Brenda Rickman.O mestre das iluminuras.Tradução de Maria Luiza Newlands da Silveira.Rio de Janeiro: Sextante, 2006.

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Na Inglaterra medieval, caros e raros, os livros eram escritos somente emlatim ou francês normando, esmeradamente copiados à mão e decorados

com requintadas iluminuras — e portanto disponíveis apenas para anobreza e o clero. Até que o teólogo e professor da Universidade de Oxford,

John Wycliffe, resolve se insurgir contra essa situação e começa a traduziras Escrituras para a língua inglesa. A partir daí se desenrola uma trama de

perder o fôlego.

Winchester, Simon.O Professor e o louco.Tradução de Flávio Villas-Boas.SP: Companhia das Letras, 2009.

Foi com a inclusão da paravra zyxt numa lista de milhares de verbetes que,em 1928, os mais de setenta nos de elaboração do Oxford English

Dictionary chegaram ao fim. O livro narra os desafios enfrentados paralevar a cabo o projeto irrealizável de descrever todas as palavras en inglês

e nos apresenta duas figuras fascinantes: o filólogo autodidata JamesMurray e William Chester Minor, o médico esquizofrênico que, internado

num hospital psiquiátrico, foi o mais prolífico colaborador do dicionário.

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Periódicos

Artigo Definido.São Paulo: Com-Arte (ECA) - USP.Último número: n. 5, maio de 2003.

Publicação semestral da Com-Arte, editora-laboratório do curso deEditoração da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São

Paulo. Neste número, destaque para matéria sobre o editor José Olympio.www.eca.usp.br/comarte/

Cadernos de Tradução.Florianópolis, NUT - UFSC.Último número: n. 8, 2001/2.

Publicação semestral do NUT - Núcleo de Tradução da UniversidadeFederal de Santa Catarina. Traz artigos, entrevista com tradutores,

resenhas de livros sobre tradução e de livros traduzidos.www.cadernos.ufsc.br

Pesquisa Visual.Rio de Janeiro: Horta.Editora: Mariana Aurélio.Último número: n. 1, 2006.

Publicação que quer sugerir uma desmistificação do design - e resulta numprojeto consistente e original, com belos textos articulados. Esse primeiro

número traz textos e entrevistas de André Villas-Boas, Eduardo Beliner,Cadu Costa, Edna Cunha Lima, Tony de Marco e Cláudio Rocha.

www.horta.art.br

Revista Bibliográfica & Cultural.São Paulo: Oficina do Livro.Editor: Cláudio Giordano. Último número: n. 3, 2002.

Publicação da Oficina do Livro Rubens Borba de Moraes, visa inventariare registrar o acervo da biblioteca desta Instituição, através de reproduções

fac-similares, transcrições, comentários. Um encarte a cores reproduz umaseleção de capas do arquivo.

Contato: [email protected]

Page 64: Bibliografia Comentada Do Livro e Da Leitura

Revista do Livro.RJ: Fundação Biblioteca Nacional, Departamento Nacional do Livro.

Após 31 anos de ausência, a Revista do Livro (publicada pelo antigoInstituto Nacional do Livro, 1956-70) retornava aos seus leitores

agradecidos - em janeiro de 2002, sob a gestão de Eduardo Portella naFundação Biblioteca Nacional, saía o número 44. Seu último número, o

46, saiu em 2003. Foi extinta sob a gestão de Pedro Corrêa do Lago,quando os recursos que lhe eram destinados foram repassados à Revista

Nossa História.

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Manuais & Referências

Arezio, Arthur.Diccionario de termos graphicos.Bahia: Imprensa Oficial, 1930.

Baer, Lorenzo.Produção Gráfica.

São Paulo: Editora Senac, 3a ed., 2001.

Amplo panorama da produção gráfica, abordando tópicos como tipologiae tipometria, papel, processamento de imagens, tintas de impressão,

composição de textos, etc, e acentuando, ao tratar de novas tecnologias, aimportância do domínio das técnicas tradicionais.

Duarte, Eliane Cordeiro V. G. e Pereira, Edmeire C.Direito autoral - perguntas e respostasCuritiba: UFPR, 2009.

Coletânea de perguntas e respostas elaborada a partir da experiênciaacumulada pelo Núcleo de Propriedade Intelectual da UFPR liderado pela

Professora Edmeire Cristina Pereira desde sua criação em 2003. Visacontribuir para a divulgação de aspectos teóricos, metodológicos e

práticos sobre direitos autorais e outras questões sobre ativos intangíveis.Texto integral

Falleiros, Dario Pimentel.O mundo gráfico da informática - editoração eletrônica, design gráfico & artes digitaisSão Paulo: Futura, 2003.

Bastante completa introdução ao mundo do DTP (Desktop Publishing) eda impressão digital, a obra, agradavelmente editada, oferece noções

gerais bem avançadas, informações técnicas sobre impressão tradicional edigital, editoração, equipamentos e softwares usados na área, técnicas,

termos técnicos, cursos, eventos, uma boa bibliografia, fartas dicas, truquese macetes.

Gandelman, Henrique.De Gutenberg à internet - Direitos autorais na era digitalRio de Janeiro: Record, 2001.

Dos tipos móveis de Gutenberg ao último CD que você comprou - ainformação contida nesses suportes (e em todos os que foram inventados

nos últimos 500 anos) está protegida pelo chamado copyright. (...) Comofica o direito autoral numa época em que todos parecem ter acesso a toda

criação humana? Para esta novíssima pergunta já existem respostas[contidas nesta obra] de um advogado especialista no assunto. Este livro

se destina aos artistas de todas as áreas. (Ruy Castro)

Pescuma, Derna & Castilho, Antônio Paulo F. de.

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Referências Bibliográficas - um guia para documentar suaspesquisas incluindo Internet, cd-rom, multimeios.Campinas: Olho d'Água, 2001.

Manual para elaboração técnica das referências bibliográficas pertinentesao trabalho científico, segundo recentes normas da ABNT.

Polk, Ralph W.Manual do Tipógrafo.Trad: Martim Martz e Antônio Sodré.São Paulo: Lep, [1948?].

Porta, Frederico.Dicionário de Artes Gráficas.Porto Alegre: Editora Globo, 1958.

5.884 verbetes definindo palavras e expressões das artes da imprensa e dagravura, trazendo também a biografia de seus maiores personagens.

Indicação de Cléber Teixeira

Queiroz, Sônia (org).Glossário de termos de edição e tradução.Belo Horizonte: FALE / UFMG, 2008.

texto on-line

Santos, Gildenir Carolino & Rosemary Passos (colaboradora).

Manual de organização de referências e citaçõesbibliográficas para documentos impressos e eletrônicosCampinas: Editora da Unicamp / Autores Associados, 2000.

Baseada nas normas da ABNT e ISO, é obra obrigatória à biblioteca detodos aqueles que se lançam à produção de trabalhos acadêmicos e

relatórios de pesquisa.

Legislação sobre o livro e a leituraBrasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2012. Série Legislação, n.78.

Apresenta a legislação sobre o livro e a leitura. Reúne as normas jurídicasque tratam da política nacional do livro e da leitura; da preservação do

patrimônio bibliográfico; dos direitos autorais e proteção da propriedadeintelectual; da regulamentação da profissão de bibliotecário e das datas

comemorativas e homenagens cívicas ao livro.Texto integral (pdf)

Publicações oficiais brasileiras: guia para editoraçãoElaboração de Adelaide Ramos e Côrte. Brasília: Presidência da República, 2010.

Guia bastante completo para a editoração de publicações oficiais (livros,periódicos, multimídia...), traz informações e orientações bastante úteis e

exaustivas para a editoração em geral.Texto integral

Também disponível em www.presidencia.gov.br

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