benefÍcios da fisioterapia na prevenÇÃo da …s/2016/debora.pdf · qual a paciente acamada, com...
TRANSCRIPT
FACULDADE TECOSMA Curso de Fisioterapia
BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DA SÍNDROME DO IMOBILISMO NO IDOSO ACAMADO: estudo de caso.
Paracatu – MG 2016
Débora Vieira de Castro
BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DA SÍNDROME DO IMOBILISMO NO IDOSO ACAMADO: estudo de caso.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia da Faculdade TECSOMA.
Orientador (a):
Prof.ª M. Sc. Cecília Maria Dias Nascimento
Prof.ª M. Sc. Michele Faria Lima
Paracatu- MG 2016
Castro, Débora Vieira de Benefícios da Fisioterapia na prevenção da síndrome do imobilismo
no idoso acamado: estudo de caso. / Débora Vieira de Castro. Paracatu, 2016.
61f. Orientadora: Michelle Faria Lima Co-orientadora: Cecília Maria Dias Nascimento Monografia (Graduação) – Faculdade Tecsoma, Curso de Graduação
em Fisioterapia.
1. Fisioterapia Preventiva. 2. Paciente acamado. 3. Cinesioterapia. I. Lima, Michelle Faria; Nascimento, Cecília Maria Dias. II. FaculdadeTecsoma. III. Título.
CDU: 615.8
DÉBORA VIEIRA DE CASTRO
BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DA SÍNDROME DO IMOBILISMO NO IDOSO ACAMADO: estudo de caso.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia da Faculdade TECSOMA.
PARACATU, 08 DE JUNHO DE 2016
Banca examinadora
__________________________________________
M Sc. Michelle Faria Lima. Faculdade Tecsoma
__________________________________________
M Sc. Cecília Dias Nascimento. Faculdade Tecsoma
Dedico esse trabalho à Deus, o nome acima de todos pelo qual
existo, aos meus pais, minha irmã, e minhas sobrinhas, bênçãos de Deus
em minha vida.
AGRADECIMENTOS
À Deus, autor da vida, sem Ele eu não estaria aqui. Tudo que tenho, que sou
e o que vier a ser, vem do Senhor.
Aos meus pais Josué e Joana D´arc (in memorian), pelas orações, cuidado,
amor, incentivo, pelo exemplo de temor a Deus, caráter e honestidade sempre
querendo o melhor para mim, realizando os meus sonhos, mesmo que para isso
tivesse que abrir mão dos seus. Amarei vocês para todo sempre....
À minha irmã e cunhado Cristina e Edvaldo pelo apoio sempre.
Às minhas sobrinhas Ester Cristina e Eunice Débora, obrigada por
compreenderem a minha ausência, vocês são presentes de Deus em minha vida
para tornar melhor os meus dias...
Ao meu irmão José Antônio pelo apoio.
À minha avó, tios e primos, obrigada pelo incentivo e apoio
Aos professores por compartilhar seus conhecimentos
Às funcionárias da biblioteca pela disposição sempre
Aos colegas ( Ana Paula, Bianca, Bruna, Caroline, Claudirene, Fábio, Jessica,
Larissa, Pricilla, Tainy e Tuane) pelo companheirismo nestes anos que passamos
juntos
À Silésia por dedicar parte de seu tempo para me acompanhar na realização
das sessões.
À paciente do estudo e sua filha, pela colaboração para que eu pudesse
aprimorar meus conhecimentos.
A todos que me incentivaram e oraram por mim
Enfim a todos que direta ou indiretamente, fizeram parte da minha formação.
Porque dele, e por meio dele, e para ele
são todas as cousas. A ele, pois, a glória
eternamente. Amém.
Romanos 11:36.
RESUMO
Chegar à velhice, é um privilégio para a população mesmo nos países pouco desenvolvidos. O envelhecimento humano pode ser entendido como um processo natural, onde ocorre a diminuição progressiva da função dos indivíduos. O idoso acamado precisa de cuidados especiais, prevenindo assim as complicações. O objetivo deste estudo foi identificar os efeitos da intervenção fisioterapêutica precoce na prevenção da Síndrome do imobilismo no idoso acamado através da técnica de cinesioterapia. Foi realizada uma pesquisa quantitativa do tipo estudo de caso na qual a paciente acamada, com sequelas de AVC prévio foi submetida a um protocolo de atendimento fisioterapêutico domiciliar com base na técnica de cinesioterapia, realizado três vezes por semana, durante 50 minutos, totalizando 15 sessões. Após as sessões, verificou-se manutenção com leve aumento da força muscular verificada pelo teste de força muscular manual, manutenção com leve aumento da amplitude de movimentos, aferida pela goniometria manual, ausência de contraturas, problemas respiratórios e escaras, nas AVD´s avaliadas pelo índice de Katz paciente manteve como na avaliação inicial continência com perca apenas na independência em alimentar após recorrência do AVC no decorrer das sessões. Demonstrando que a intervenção fisioterapêutica precoce mostrou resultados positivos na prevenção dos efeitos em estudo causados pelo imobilismo.
Palavras-chave: Fisioterapia preventiva, Paciente acamado, Cinesioterapia.
ABSTRACT
Reaching old age is a privilege for the population even in underdeveloped countries. The human aging can be understood as a natural process, where occurs the progressive decrease in function of the individuals. The bedridden elderly needs special care, thus preventing the complications. The aim of this study was to identify the effects of early physical therapy intervention in preventing paralysis syndrome in bedridden elderly through kinesiotherapy technique. A quantitative research of a case study type was conducted in which the bedridden patient, with prior stroke sequelae underwent a home physical therapy treatment protocol based on kinesiotherapy technique, performed three times a week for 50 minutes, totaling 15 sessions. After the sessions, it was found maintenance with a slight increase in muscle strength checked by manual muscle strength testing, maintenance with a slight increase in range of motion, measured by manual goniometer, no contractures, respiratory problems and bedsores, in the daily activities evaluated by the Katz rate in version adapted patient remained as in the initial continence evaluation with loss only in the independence in food after stroke recurrence during the sessions. Demonstrating that early physical therapy intervention showed positive results in the prevention of the effects in study caused by immobility.
Keywords: Preventive Physiotherapy, bedridden patient, Kinesiotherapy.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Avaliação da força muscular em membros superiores e inferiores antes e após intervenção.......................................................................
35
Tabela 2: Avaliação da ADM dos membros superiores e membros inferiores antes e após intervenção ......................................................................
37
Tabela 3: Escala das Atividades Básicas de Vida Diária – Índice de Katz.........................................................................................................
40
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABVDs - Atividades básicas de vida diária
ADM - Amplitude de movimento
AP - Ausculta pulmonar
ASSOBRAFI - Associação brasileira de fisioterapia cardiorrespiratória e fisioterapia
em terapia intensiva
KG – Quilograma
MID – membro inferior direito
MIE – membro inferior esquerdo
PA – Pressão arterial
SIP - Síndrome da Imobilidade Prolongada
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
SUMÁRIO
1. Introdução........................................................................................ 13
2. Objetivos.......................................................................................... 15
2.1 Objetivo Geral................................................................................. 15
2.2 Objetivos Específicos...................................................................... 15
3. Justificativa...................................................................................... 16
4. Referencial Teórico.......................................................................... 17
4.1 O envelhecimento............................................................................ 17
4.2 Principais causas que levam o idoso a ficar
acamado..........................................................................................
18
4.3 Epidemiologia.................................................................................. 19
4.4 Síndrome do imobilismo.................................................................. 19
4.4.1 Efeitos da síndrome......................................................................... 20
4.4.1.1 Redução da massa e força muscular.............................................. 20
4.4.1.2 Contraturas...................................................................................... 21
4.4.1.3 Efeitos no aparelho respiratório....................................................... 21
4.4.1.4 Efeitos no sistema tegumentar....................................................... 22
4.4.1.5 Perda de massa óssea.................................................................... 22
4.4.1.6 Efeitos no sistema cardiovascular................................................... 23
4.4.1.7 Alterações metabólicas e bioquímicas............................................ 23
4.4.1.8 Alterações urinárias......................................................................... 24
4.4.1.9 Comprometimento da função gastrintestinal................................... 24
4.4.1.10 Desnutrição...................................................................................... 24
4.4.1.11 Efeitos psicológicos......................................................................... 25
4.4.1.12 Alterações neurológicas.................................................................. 25
4.5 Diagnóstico...................................................................................... 25
4.6 Fisioterapia preventiva..................................................................... 25
4.6.1 Cinesioterapia ................................................................................. 27
4.6.2 Alongamento ................................................................................... 28
4.6.3 Fortalecimento muscular ................................................................ 28
4.6.4 Amplitude de movimento ................................................................ 28
4.6.5 Mobilização articular ....................................................................... 28
4.6.6 Prevenção de escaras .................................................................... 29
5. Metodologia..................................................................................... 30
6. Resultados e discussão .................................................................. 33
7. Conclusão........................................................................................ 42
8. Referências...................................................................................... 43
Anexos............................................................................................. 47
Apêndices........................................................................................ 49
13
1. INTRODUÇÃO
Chegar à velhice, é um privilégio para a população mesmo nos países pouco
desenvolvidos. Mesmo que a melhora dos parâmetros de saúde populacional esteja
longe de ser distribuída de forma igual nos diferentes países e contextos
socioeconômicos, envelhecer não é mais vantagem para poucos (VERAS, 2009).
O envelhecimento humano pode ser entendido como um processo natural,
onde ocorre a diminuição progressiva da função dos indivíduos – senescência que é
o envelhecimento natural, fisiológico. Contudo, em condições de sobrecarga, por
exemplo, doenças, acidentes e estresse emocional, pode ocasionar uma condição
patológica que requeira assistência – senilidade (BRASIL, 2007).
O envelhecimento fisiológico traz uma série de alterações no organismo, que
trazem consequências perdas funcionais progressivas e readaptações, as quais
acontecem de forma individualizada, com intensidades diferentes de uma pessoa
para outra e em cada órgão ou sistema. O envelhecimento aumenta as
possibilidades de instalação de diversas afecções crônico-degenerativas, muitas
delas ocasionando comprometimento de função e de mobilidade definitivos
(CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO, 2006).
Carvalho Filho e Papaléo Netto, (2006, p. 719) definem a síndrome da imobilidade como diversas alterações no organismo como um todo, em vários órgãos e sistemas, que são decorrentes da ausência do movimento corpóreo – incluindo os sistemas osteomuscular, cardiovascular, respiratório, gastrintestinal, urinário, tegumentar e neuropsíquico – e levando a alterações metabólicas importantes.
Para Farias e Neto (2008) citado por Leal e Mejia (2015), a síndrome do
imobilismo envolve um conjunto de modificações nos indivíduos que estão
acamados por um longo período que acabam por produzir consequências no corpo
causando um comprometimento da funcionalidade do paciente, o impedindo de
interagir com a sociedade inclusive podendo provocar problemas de ordem
emocional.
Muitos motivos levam o idoso ficar acamado por um período curto de tempo ou
pelo resto da vida reduzindo suas atividades e terá acentuadas perdas físicas. O
idoso acamado precisa de cuidados especiais, prevenindo assim as complicações
(DRIUSSO; CHIARELLO, 2007).
14
Quanto maior o tempo que o paciente permanece inativo, maiores serão as
consequências negativas e maior será o período que o corpo levará para retornar a
um estado saudável (FARIAS; NETO, 2008).
A mobilização precoce, ou seja, a movimentação do indivíduo o quanto antes
possível de forma livre ou por meio de exercícios é um dos meios para prevenir a
síndrome do imobilismo. (CAZEIRO; PERES, 2010).
A Fisioterapia vai atuar, no atendimento preventivo, junto a faixa etária de
idosos, com incapacidade funcional, comprometimentos vasculares e restritos ao
leito, na prevenção, e com o intuito de evitar os prejuízos que a imobilização
prolongada causa ao indivíduo, que pode até mesmo prejudicar o tratamento do
comprometimento primário (SAY et al., 2003, apud DRIUSSO; CHIARELLO, 2007).
Este estudo propõe verificar os benefícios da intervenção fisioterapêutica
precoce na prevenção das seqüelas causadas pela síndrome do imobilismo no idoso
acamado.
15
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Identificar os efeitos da intervenção fisioterapêutica precoce na prevenção das
seqüelas causadas pela Síndrome do imobilismo no idoso acamado.
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Avaliar as alterações presentes nos sistemas músculo esquelético,
respiratório e tegumentar.
Aplicar técnicas de cinesioterapia, Exercícios Respiratórios e mudanças
de decúbito.
Verificar a eficácia da intervenção Fisioterapêutica na prevenção da
síndrome do imobilismo.
16
3. JUSTIFICATIVA
Frente ao aumento da população de idosos em nosso país, e sabendo que o
envelhecimento em si já aumenta a vulnerabilidade física e funcional, e muitos
desses idosos apresentam patologias que os levam a ficar acamados, podendo ter
alterações em vários sistemas, levando a infuncionalidade, surge a necessidade das
intervenções fisioterapêuticas preventivas.
A fisioterapia se torna necessária, para evitar a Síndrome do imobilismo, sendo
que os exercícios cinesioterápicos utilizam materiais simples, é uma técnica de baixo
custo e eficaz, mantendo mobilidade, força muscular, prevenindo complicações
pulmonares e estimulando a independência nas atividades de vida diária pois nem
sempre a família está presente o tempo todo ou pode disponibilizar um cuidador,
reduzindo assim os custos.
Nem sempre podemos evitar a imobilidade, mas podemos prevenir
complicações com a intervenção precoce da Fisioterapia.
17
4. REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 O Envelhecimento
A predisposição mundial à diminuição da mortalidade e da fecundidade e o
aumento da longevidade têm levado ao envelhecimento da população (CARVALHO
FILHO; PAPALÉO NETTO, 2006).
Não há dúvidas da transição demográfica no Brasil. Até o ano de 2025 estima-
se que estaremos ocupando o sexto lugar da população de idosos do planeta com
31,8 milhares de pessoas com 60 anos ou mais. O envelhecimento da população
tem como característica o aumento de incapacidades progressivas nas suas
atividades funcionais e de vida diária, junto às condições socioeconômicas adversas.
Com o ritmo acelerado de envelhecimento no Brasil aparecem novos desafios para a
sociedade brasileira, ocorrendo este processo num cenário de grandes
transformações sociais, familiares, urbanas e industriais (KAKIHARA, 2011).
O envelhecimento apresenta-se como um declínio das funções dos órgãos e
sistemas do nosso organismo. Seu início é pouco perceptível, através de alterações
estruturais e/ ou funcionais. Admite-se que a partir dos 30 anos, anualmente
acontece a perda de 1% da função do nosso organismo. O ritmo do envelhecimento
não é igual de uma pessoa para outra, varia também de um órgão para outro como
também em indivíduos de uma mesma idade (PAPALLEO NETTO, 1994 apud
DRIUSSO; CHIARELLO, 2007).
Carvalho Filho e Papaléo Netto (2006) definem ainda o envelhecimento como:
“Período da vida que, sucede a fase de maturidade e que é caracterizado por
declínio das funções orgânicas, que, em decorrência, acarreta maior
susceptibilidade à eclosão de doenças, que terminam por levar o idoso à morte”.
O envelhecimento é um conjunto de processos que dependem do tempo e
geralmente refletem a idade cronológica, mas varia de um indivíduo para outro
(GUCCIONE, 2002).
As mudanças associadas à idade, que englobam estruturas fixas e o
funcionamento do organismo e que afetam a capacidade de funcionamento ou
sobrevivência da pessoa são chamados de envelhecimento biológico (...) o
envelhecimento biológico diminui a capacidade do organismo de manter a
homeostase, e, portanto, de sobreviver (GUCCIONE, 2002).
18
4.2 Principais causas que levam o idoso a ficar acamado
Driusso e Chiarello (2007), relatam que várias são as causas que levam o
idoso a ficar acamado, variando também o tempo que pode ser curto ou até mesmo
pelo resto da vida. Acentuam-se as perdas físicas e reduz as atividades. Devem ser
acentuados também os cuidados evitando maiores complicações.
Para Carvalho Filho e Papalléo Netto (2006), as modificações fisiológicas
associadas ao envelhecimento podem contribuir para a perda da mobilidade:
diminuição da força muscular, modificações articulares, lentificação de respostas
motoras, déficit proprioceptivo, alterações visuais e auditivas, alterações no sistema
cardiovascular e respiratório. O envelhecimento favorece o risco de aparecimento de
diversas afecções crônico degenerativas, podendo muitas delas causar
comprometimento funcional e de mobilidade definitivos.
As principais causas que levam o idoso a ficar acamado são: doenças osteoaarticulares (osteoartrose, sequelas de fraturas de membro inferior, doenças reumáticas, deformidades plantares), doenças cardiopulmonares (doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência cardíaca congestiva, cardiopatia isquêmica), doenças neurológicas (acidente vascular encefálico, neuropatia periférica, demência), doença psíquica (depressão) e déficits neurosensoriais (cegueira, surdez) (LEUDUC, 2002 apud DRIUSSO; CHIARELLO, 2007, p.31).
Vários fatores patológicos podem levar ao imobilismo, dentre eles: doenças,
neurológicas, ortopédicas, reumatológicas, cardiopulmonares, má nutrição,
patologias dos pés, quadros dolorosos, alterações psicoafetivas, demências,
neoplasias e vestibulopatias (FERNANDES, 2012 apud LEAL; MEJIA, 2015).
Dentre as principais causas, da imobilidade, prevalecem as condições
neurológicas e musculoesqueléticas (CARVALHO FILHO; PAPALLÉO NETTO,
(2006).
É notável que com o envelhecimento, se torne maior a vulnerabilidade, as
probabilidades de agravos e o predomínio de doenças crônicas, responsáveis pela
ocorrência da maior parte das incapacidades nos idosos. É normal que o ser
humano adquira pelo menos uma patologia crônico-degenerativa após os 60 anos
de idade, e pelo menos 15% desses idosos apresentam duas ou mais doenças
(LESSA, 1998 apud FONSECA,2010).
19
4.3 Epidemiologia
Das pessoas com sessenta e cinco anos ou mais que vivem na comunidade,
aproximadamente 15% referem dificuldade para deambular e essa porcentagem
eleva-se para 40 % para os idosos que têm setenta e cinco anos ou mais. Dados do
National Institute on Aging dos Estados Unidos citado por Carvalho Filho e Papalléo
Netto (2006).
Estima-se que 5% dos idosos com sessenta e cinco anos ou mais vivem em
instituição de longa permanência, aumentando esta taxa para 20% para idosos
acima de oitenta e cinco anos, o que mostra o potencial de maior risco para doenças
crônicas incapacitantes que está presente nos idosos mais idosos (CARVALHO
FILHO; PAPALLÉO NETTO, 2006).
4.4 Síndrome do imobilismo
A imobilidade e as suas consequências acarretam uma perda da qualidade de
vida do idoso. É um problema de grande prevalência principalmente nas idades mais
elevadas e está relacionada à perda de independência funcional, aumentando às
possibilidades de institucionalização do indivíduo (CARVALHO FILHO; PAPALLÉO
NETTO, 2006).
Para Silveira et al. (2007) apud Nogueira e Mejia (2015), a mobilidade é
fundamental para a manutenção ou restauração da ADM, pois impede
comprometimentos articulares e musculares, limitação funcional ou incapacidade na
realização do movimento.
As consequências físicas e psicológicas da imobilidade ocasionam em perda
de independência e autonomia, que reduz bem-estar e qualidade de vida
(CARVALHO FILHO; PAPALLEO NETTO, 2006).
Segundo Biolo et al. (2005) apud Cintra (2014), a imobilidade corresponde a
uma síndrome geriátrica, que acomete indivíduos com enfermidades incapacitantes,
o que termina na supressão de movimentos articulares. Muitos fatores
comprometem a mobilidade predominando os neurológicos e musculoesqueléticos.
20
Considera-se que de sete a dez dias no leito seja um período de repouso, de doze a quinze dias já é considerada imobilização e a partir de quinze dias decúbito de longa duração. Assim, as alterações induzidas pelo imobilismo, podem começar nas primeiras vinte e quatro horas e, se continuarem, pode resultar em outras complicações (FARIAS, 2008 apud CINTRA et al., 2014, p.71).
Devido a condição de imobilismo prolongado, irá resultar em uma série de
consequências ao idoso, caracterizada pela Síndrome do Imobilismo que é definida
por Carvalho Filho e Papalléo Netto (2006, p. 719):
Caracteriza-se por diversas alterações no organismo como um todo, em vários órgãos e sistemas, que são decorrentes da ausência de movimento corpóreo- incluindo os sitemas ósteo-muscular, cardiovascular, respiratório, gastrintestinal, urinário, tegumentar e neuropsíquico levando a alterações metabólicas importantes.
4.4.1 Efeitos da síndrome
Fernandes (2012) apud Leal e Mejia (2015), relata que a Síndrome do
imobilismo é caracterizada por modificações nos diversos tecidos e órgãos
decorrentes do repouso prolongado podendo ser sistêmicas ou segmentares.
4.4.1.1 Redução da massa e força muscular
A redução da massa e força musculares é uma das consequências mais
importantes e talvez a mais fácil de ser identificada na imobilidade. Conforme o grau
de imobilidade o indivíduo perde cerca de 5% diariamente de força. Uma pessoa
acamada, com imobilidade completa perde cerca de 10 a 15% de força muscular a
cada semana (CARVALHO FILHO; PAPALEO NETTO, 2006).
A massa muscular, que na composição corpórea de um adulto jovem chega a
19%, no idoso pode cair para 12%. A diminuição da força muscular em decorrência
do envelhecimento é conhecida como sarcopenia, que é associada a redução na
proporção do metabolismo basal, redução da força muscular e níveis restritos de
atividade. A perda muscular é consequência da diminuição do número e do tamanho
individual das fibras musculares, principalmente das fibras de contração rápida tipo
II, o que contribui para tornar o idoso mais lento nas suas atividades físicas (Hameed
et al. (2002) apud Driusso e Chiarelo 2007).
21
4.4.1.2 Contraturas
Deliberato (2002) se refere à contratura como: aos graus mais avançados de
encurtamento adaptativo, podendo ser dividida, em relação à gravidade, em
contratura leve, moderada, grave ou gravíssima, com comprometimento funcional,
pois a amplitude de movimento normal se encontra prejudicada.
Alterações musculares e ausência de movimento das articulações causam as
contraturas que é a redução da amplitude de movimento articular. Diminui a
quantidade e fluidez do liquido sinovial e acontecem modificações nas estruturas
intra-articulares, com degeneração da cartilagem e proliferação do tecido conectivo,
que vai produzir aderências entre as superfícies articulares, além de reduzir a
elasticidade das estruturas. Reabsorção óssea subcondral também é comum na
imobilização prolongada, por falta de carga sobre a articulação (CARVALHO FILHO;
PAPALLEO NETTO, 2006). As contraturas no idoso aparecem mais comumente nos
quadris e joelhos (CARVALHO FILHO; PAPALEO NETTO, 2006).
4.4.1.3 Efeitos no aparelho respiratório
A pessoa idosa, já tem uma deficiência do Clearancemucociliar, a rigidez da
parede torácica aumentada, hipotrofia da musculatura respiratória, e a superfície dos
alvéolos reduzida. Com isso, há uma redução da elasticidade pulmonar, diminuição
da capacidade de difusão do oxigênio, fechamento das pequenas vias aéreas e
redução dos fluxos expiratórios (CARVALHO FILHO; PAPALLÉO NETO, 2006).
A redução do movimento diafragmático e da excursão torácica, aumenta a
resistência mecânica à respiração, que diminui a ventilação, reduz a tosse e dificulta
a eliminação de secreções, o que pode levar a graves complicações, como
atelectasia e pneumonia. Esta posição deitada leva a acumular líquidos na base dos
pulmões, que vai servir de cultura para a proliferação de bactérias. (CAZEIRO e
PERES, 2010).
Conforme França et al. (2012) e ASSOBRAFIR (Associação Brasileira de
Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva) apud De
Rivoredo e Mejia (2015), é primordial que as vias aéreas estejam sem secreção e
que os músculos respiratórios trabalhem corretamente. A fisioterapia atua na
22
manutenção das funções vitais de diversos sistemas corporais, pois atua na
prevenção e/ou no tratamento das doenças cardiopulmonares, circulatórias e
musculares, reduzindo assim a chance de possíveis complicações clínicas.
4.4.1.4 Efeitos no sistema tegumentar
Úlceras de pressão ou de decúbito, são lesões de pele e tecidos subjacentes e
manifestam mais frequentemente em proeminências ósseas sendo o imobilismo a
principal causa de surgimento (CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO, 2006).
As úlceras de pressão são definidas ainda como áreas de necrose celular
causadas por isquemia onde os tecidos são privados de oxigênio e nutrientes.
Podem acometer qualquer parte do corpo preferencialmente áreas com pouco tecido
adiposo e proeminências ósseas como: região occipital, orelhas, escápulas, coluna
torácica, sacro, trocânter maior, maléolo lateral e calcanhares (DE RIVOREDO;
MEJIA, 2015).
Além da pressão sobre a superfície corpórea, também a fricção, forças de
cisalhamento e umidade sobre a pele são fatores que vão contribuir para o
rompimento da pele. A incontinência urinária também é um fator de risco, tanto pela
umidade como pelos componentes da urina que são irritantes para a pele. O mesmo
ocorre na incontinência fecal. A presença de fezes e urina em contato com as feridas
aumentam mais a extensão das mesmas além da contaminação e infecção
CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO, 2006).
4.4.1.5 Perda de massa óssea
Com a imobilidade, acontece aumento na atividade de osteoclastos e, como
consequência, aumento da reabsorção óssea, que resulta na chamada osteoporose
de desuso, que se associa à osteoporose senil em idosos acamados. No terceiro dia
de imobilização já começa a exacerbar a perda óssea e seu pico acontece na quinta
ou sexta semana. Havendo o retorno da deambulação, a velocidade de recuperação
da massa óssea é cerca de 1% ao mês. A perda da massa óssea pode causar
fraturas, que vão diminuir as chances de reversão da imobilidade e recuperação
funcional (CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO, 2006).
23
4.4.1.6 Efeitos no sistema cardiovascular
Na posição supina, o sangue é redistribuído dos vasos das extremidades para
o tórax. Um valor próximo de 11% do volume total é deslocado. Assim, acontecem
várias modificações hemodinâmicas, incluindo aumento da frequência cardíaca,
pressão arterial e débito cardíaco. Há, portanto, sobrecarga do trabalho cardíaco,
que é de aproximadamente 20%, para se tornar mais fácil a circulação desse volume
extra. Em pacientes com cardiopatias preexistente, essa sobrecarga se torna
bastante significativa. Quanto mais abruptamente acontece o confinamento ao leito,
maiores são as alterações hemodinâmicas (CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO,
2006).
A imobilização no leito leva a hipotensão postural, linfedema de membros
inferiores e acidentes tromboembolíticos, queda do consumo máximo de oxigênio e
aumento da freqüência cardíaca máxima (DE RIVOREDO; MEJIA, 2015).
Os indivíduos que permanecem acamados por longo período, utilizam com
frequência a manobra de valsava, na tentativa de virar-se no leito, elevar-se com o
auxílio de trapézio ou barra, elevar-se em uma cadeira de rodas ou na defecação.
Com a elevação da pressão intratorácica, o fluxo sanguíneo venoso é inibido
causando elevação de pulso e elevação transitória na pressão arterial sistêmica
(CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO, 2006).
4.4.1.7 Alterações metabólicas e bioquímicas
A imobilidade aumenta a reabsorção óssea, o cálcio é mobilizado dos ossos,
aumentando a calcemia, aumenta também a eliminação urinária, tornando o balanço
total de cálcio negativado (CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO, 2006).
Com a imobilidade, é possível a elevação dos níveis séricos de hormônio
paratiroideano e a diminuição dos níveis de andrógeno e da espermatogênese,
também a intolerância à glicose (CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO, 2006).
24
4.4.1.8 Alterações urinárias
A imobilidade aumenta o aparecimento de infecções do trato urinário e de
litíase urinária pois está associada ao comprometimento da drenagem de urina e às
alterações nos níveis de cálcio e do pH urinários. A elevação da mobilização de
cálcio no esqueleto aumenta a calciúria, predispondo à formação de cálculos que
também são formados pela elevação do pH da urina, resultante da ausência de
metabólitos ácidos do metabolismo muscular. A posição horizontal leva a estase
urinária, diminuindo a drenagem dos cálices e aumentando o tempo para
precipitação e agregação de cristaloides (CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO,
2006).
Ocorre ainda o enfraquecimento dos músculos abdominais, comprometimento
nos movimentos diafragmáticos e relaxamento incompleto do assoalho pélvico, que
provoca a retenção urinária parcial, levando a infecções de repetição, podendo
ocorrer a insuficiência renal aguda e evoluir para a crônica (DE RIVOREDO; MEJIA,
2015).
4.4.1.9 Comprometimento da função gastrintestinal
Um problema bem comum em pacientes com imobilidade é a obstrução
intestinal principalmente nos idosos. Ocorre devido à redução da mobilidade
intestinal, à ingesta inadequada de fibras e líquidos, à redução do tônus da
musculatura usada para defecação, e às dificuldades para adotar posições
adequadas para eliminação das fezes, algumas medicações também podem
interferir nesta função. Além da redução da atividade física que é acompanhada da
redução do trânsito intestinal, dificultando a propulsão do bolo fecal (CARVALHO
FILHO; PAPALÉO NETTO, 2006).
4.4.1.10 Desnutrição
O paciente acamado tem uma incidência elevada de desnutrição calórico-
protéica pois além de ser dificultado o acesso espontâneo ao alimento, pode ter
comprometimentos da ingesta devido disfagia, anorexia e depressão (CARVALHO
FILHO; PAPALÉO NETTO, 2006).
25
4.4.1.11 Efeitos psicológicos
A imobilidade causa isolamento, sentimento de desvalia, depressão e reduz
as chances de socialização que devem ser diagnosticadas pois aceleram o declínio
funcional, a fragilidade e a dependência dos indivíduos (CARVALHO FILHO;
PAPALÉO NETTO, 2006).
4.4.1.12 Alterações neurológicas
Após longos períodos de imobilização podem ocorrer neuropatias por
compressão. Há uma diminuição da propriocepção, da coordenação de movimentos
e do equilíbrio. É comum ocorrer alterações de percepção. É necessário o estímulo
intelectual pois o repouso prolongado no leito sem estímulos pode contribuir para
déficits cognitivos (CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO, 2006).
4.5 DIAGNÓSTICO
O paciente é diagnosticado com a síndrome se apresentar déficit cognitivo
médio a grave, várias contraturas e, pelo menos mais duas manifestações entre
úlcera de decúbito, disfagia, dupla incontinência e afasia (LEUDUC, 2002 apud
DRIUSSO; CHIARELLO, 2007).
Carvalho Filho e Papalléo Netto (2006) dizem que as contraturas articulares
constituem uma condição indispensável para o diagnóstico da síndrome da
imobilidade.
4.6 FISIOTERAPIA PREVENTIVA
O profissional Fisioterapeuta preventivo, age em programas de promoção de
saúde e proteção específica, sendo seu princípio fundamental o conjunto de
conhecimentos científicos relativos às causas que possam causar sofrimento ao ser
humano, e conhecendo também os mecanismos de interferência junto a essas
causas, visando eliminá-las ou minimizá-las (DELIBERATO, 2002).
O fisioterapeuta pode evitar grande parte das complicações decorrentes da
imobilidade prolongada, seja de uma região ou corpo todo; caso não haja
26
possibilidade, pode atuar com o objetivo de interromper a queda das condições de
saúde do paciente (DELIBERATO, 2002).
Arantes et al. (1992) citado por Driusso e Chiarello (2007) diz que o melhor
tratamento para essas alterações sistêmicas é a prevenção.
A avaliação da função e aptidão física dos idosos é de grande importância para
orientar intervenções específicas e também combater dependências que são
preveníveis além da promoção de uma vida mais ativa possível. Detecta o grau de
dependência dos idosos, favorece selecionar intervenções adequadas, com o
objetivo de melhoria da capacidade funcional em especial no desempenho das
atividades de vida diária (BENETTI, 2010).
É de grande importância a atividade física no paciente acamado pois as
articulações sinoviais precisam de atividade física para estimulo da homeostase para
manter a composição biomecânica matricial (CINTRA, 2014).
O treino do exercício físico resistido é cada vez mais indicado para pessoas
idosas como um modo seguro e eficaz para melhorar a força muscular e capacidade
funcional. (Fiatarone et al.; 1990, Okuma;1998, apud MACEDO; GAZZOLA; NAJAS;
2008).
Para Carneiro e Peres (2010) apud Leal e Mejia (2015), a técnica de prevenção
envolve: estímulo do movimento no leito, independência nas atividades, incentivo a
caminhar, evitar complicações pulmonares, auxilio na redução de possíveis
patologias pulmonares já existentes. Facilita um padrão respiratório mais eficaz,
evita complicações circulatórias, reduz dor, manter força muscular e amplitude de
movimentos.
A movimentação do paciente o quanto antes possível de forma livre ou através
de exercícios é um dos meios para a prevenção da Síndrome do Imobilismo. São
citados diferentes tipos de exercícios como movimentação passiva, para ganhar
amplitude de movimento ou alongamento, contrações musculares breves, além de
exercícios isométricos, isotônicos e isocinéticos que quase sempre ficam sobre a
responsabilidade do fisioterapeuta (OLIVEIRA; MEJIA, 2016).
A fisioterapia tem missão especial de cooperação, diante da realidade de
acompanhamento com idosos comprometidos por doenças crônico-degenerativas,
aplicando meios terapêuticos físicos, prevenindo, eliminando ou melhorando estados
patológicos, na promoção e também na educação em saúde. A função do
fisioterapeuta na reabilitação do idoso acamado é de grande importância pois atua
27
nas alterações da função que os mesmos apresentam por consequência da
imobilidade (CALDAS et al., 2012 apud MENDES, 2014).
É cada vez mais necessário o papel do fisioterapeuta junto à equipe
multidisciplinar de saúde. Embora a prevenção da síndrome do imobilismo seja de
responsabilidade de toda a equipe, o fisioterapeuta tem uma posição de destaque,
visto que sua formação compreende habilidades, competências, e a aplicação de
técnicas específicas no tratamento de tal realidade (OLIVEIRA; MEJIA, 2016).
O atendimento domiciliar é de grande importância no trabalho do fisioterapeuta
na atenção primária, pois é quando se depara com a realidade vivida pelas pessoas
podendo verificar suas atividades de vida diária, e suas restrições podendo assim
adotar uma melhor conduta para cada caso (OLIVEIRA et al. 2012 apud MENDES,
2014).
4.6.1 Cinesioterapia
A cinesioterapia é definida por De Rivoredo e Mejia (2015) como a terapia ou
tratamento que utiliza o movimento que usam recursos e técnicas variadas.
Farias e Neto (2008), falam do uso da cinesioterapia como a técnica para
mobilizar as articulações, fortalecer os músculos, aumentar a resistência e o
condicionamento, e assim, melhorar a amplitude articular, a flexibilidade e, assim a
mobilidade geral, como prevenção do encurtamento muscular, das atrofias,
contraturas, e edemas que podem sobrevir em consequência da imobilidade.
Os exercícios terapêuticos são benéficos, em especial quando iniciados
precocemente, apesar das variadas abordagens. Desprezar o início dos exercícios
apenas contribui para aumentar o déficit funcional do paciente (MAYNARD, 2010).
Passos e Mejia (2016), após estudos relatam que para prevenir as
complicações do imobilismo, realizaram cinesioterapia com alongamento global,
exercícios ativos e mobilização escapular, para prevenir encurtamento muscular,
manter ADM, força muscular, aumentar circulação, prevenindo complicações
cardiovasculares e circulatórias.
Junqueira, Ribeiro e Scianni (2004) em um estudo realizado com objetivo de
avaliar o impacto de um programa de fortalecimento muscular em indivíduos
hemiparéticos, realizados 3 vezes por semana, durante seis semanas, cujo
programa de Cinesioterapia consistia em alongamentos, fortalecimento muscular
28
isométrico e isotônico com uso progressivo de cargas para membros superiores,
tronco e membros inferiores relacionadas as atividades de vida diária relatam como
resultado melhora significativa da força muscular em todos os grupos musculares.
4.6.2 Alongamento
Termo que descreve qualquer manejo da fisioterapia realizado para aumentar a
mobilidade dos tecidos moles e consequentemente melhorar a ADM por meio do
alongamento (aumento do comprimento) de estruturas que por terem sofrido
encurtamento adaptativo foram se tornando hipomóveis com o tempo (KISNER;
COLBY, 2005).
4.6.3 Fortalecimento Muscular
O exercício resistido é uma forma de exercício ativo onde uma contração
muscular dinâmica ou estática é resistida através de uma força externa que pode ser
aplicada manual ou mecanicamente. É essencial na reabilitação para pessoas com a
função comprometida e também nos programas de condicionamento para quem
deseja promover ou manter a saúde e o bem-estar físico, pois favorece o
desempenho de habilidades motoras e previne ou reduz o risco de lesão ou doença
(KISNER; COLBY, 2005).
4.6.4 Amplitude de Movimento
É o movimento completo possível. As atividades de ADM em fisioterapia, são
realizadas para manter a mobilidade das articulações e dos tecidos moles para
diminuir a perda da flexibilidade dos tecidos e a formação de contraturas (KISNER;
COLBY, 2005).
4.6.5 Mobilização Articular
Técnica manual da fisioterapia usada no tratamento de disfunções articulares
onde há limitação da amplitude de movimento. É uma forma segura e eficiente para
29
manter ou restaurar a mobilidade intra-articular a qual também pode ser usada no
tratamento da dor (KISNER; COLBY, 2005).
4.6.6. Prevenção de escaras
Prevenir as escaras também é função do fisioterapeuta, desde a fase
hospitalar, efetuando a mudança de decúbito a cada duas horas (KNOBEL, apud
FARIAS E NETO, 2008).
NOGUEIRA (2002) citado por PASSOS e MEJIA (2016), em seus estudos
sobre fatores de risco e medidas para prevenir ulceras de pressão, afirma a
necessidade de cuidados com a pele, diminuição da carga, mecânica,
reposicionamento com uso de almofadas, conscientização do paciente e cuidador,
para prevenir as úlceras de pressão.
30
5. METODOLOGIA
5.1 Tipo de Estudo
O presente trabalho é um estudo de caso, com método quantitativo.
Para Marconi e Lakatos (2011), os dados devem ser, quanto possível,
expressos com medidas numéricas. O paciente deve ser paciente e não ter presa,
pois as descobertas significativas resultam de procedimentos cuidadosos e não
apressados.
A essência de um estudo de caso, a tendência central entre todos os tipos de
estudo de caso, é que ele tenta iluminar uma decisão ou um conjunto de decisões:
por que elas são tomadas, como elas são implementadas e com que resultado
(SCHRAMM,1971 apud YIN, 2010).
5.2 Escolha do paciente
O paciente objeto do estudo obedeceu aos critérios de inclusão que são: ter
idade igual ou superior a 60 anos, ser acamado, estar consciente e ter compreensão
do que lhe é proposto; e de exclusão: portadores de patologias cardiovasculares
graves, inconscientes e deficiência auditiva, visual ou cognitiva que dificultem a
compreensão dos comandos.
5.3 Materiais e métodos
A paciente participante deste estudo e/ou sua responsável legal, foram
devidamente esclarecidas quanto à pesquisa, e que as informações obtidas teriam
como finalidade a produção e apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC) e assim foi assinado o termo de consentimento livre e esclarecido (anexo A),
autorizando sua participação como voluntária neste estudo. O presente estudo
obedeceu ao prescrito nas Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa
Envolvendo Seres Humanos do Conselho Nacional de Saúde de acordo com a
resolução 196/96 como preconizado por BRASIL (2012).
31
Foi realizada uma avaliação inicial com o objetivo de analisar a situação
pregressa da paciente, através da ficha de avaliação (Apêndice A) sendo que para
avaliação da ADM dos membros superiores e inferiores foi utilizado o método de
goniometria utilizando um goniômetro (marca TRIDENT), para a avaliação de força
muscular de membros superiores e inferiores foi utilizado o teste de força muscular
manual, conforme descrito por Kendall e colaboradores (2007). Para avaliar as
atividades de vida diária foi utilizado o índice de Katz conforme descrito por
CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO (2006) versão adaptada, feita a inspeção de
pele para observar possível presença de escaras e realizada a ausculta respiratória
bilateral.
A primeira avaliação ocorreu no mês de março e a última para avaliar os
benefícios da intervenção fisioterapêutica precoce na prevenção da Síndrome do
imobilismo no idoso acamado no mês de abril.
Foram realizadas 15 sessões no domicilio da paciente, residente no município
de Paracatu - MG, três vezes por semana, sendo 50 minutos por sessão entre os
dias 04/03/16 a 16/04/16 pela pesquisadora, acompanhada por uma profissional
Fisioterapeuta.
O protocolo de intervenção cinesioterapêutica compreendeu a realização de
alongamentos, exercícios passivos, ativos, ativo assistivos, ativos com resistência,
exercícios isométricos e isotônicos, exercícios respiratórios, mudanças de decúbito e
inspeção diária de pele.
Alongamento passivo de grupo musculares de membros superiores e inferiores
Exercícios de ADM passivos nos movimentos de flexão, extensão, rotação
interna e externa de quadril, ativo livre em membros inferiores com movimentos de
adução e abdução e com uso de bola; flexão, extensão de joelho, flexão plantar e
dorsiflexão de tornozelo e em membros superiores com movimentos de flexão,
extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de punho, flexão e
extensão de cotovelo.
Exercícios isotônicos com carga progressiva para fortalecimento de grupos
musculares de membros superiores e inferiores com uso de caneleiras.
Exercícios isotônicos com resistência manual para fortalecimento de membros
inferiores flexores plantares e dorsiflexores.
Exercícios isométricos com uso de bola para fortalecimento de grupos
musculares de membros inferiores.
32
Exercícios respiratórios com padrão diafragmático e associado a cinesioterapia
dos membros superiores com uso de bastões.
Exercícios de dissociação de cintura pélvica.
Mudanças de decúbito e orientações à cuidadora quanto as mudanças
A Pressão Arterial (PA), Frequência Cardíaca (FC) e Frequência Respiratória
(FR) foram verificadas em todas a sessões.
As intervenções tiveram como objetivos manter ou melhorar ADM, manter ou
ganhar força muscular, estimular movimentação no leito prevenindo as escaras,
prevenir complicações pulmonares, maior independência possível nas atividades.
Os materiais utilizados durante as sessões foram: esfignomanômetro e
estetoscópio (marca PREMIUM), bastão de madeira, bolas de borracha (tamanhos
variados), e caneleiras de 0,5 KG (marca POLI® SPORTS).
Foi realizada uma revisão bibliográfica a respeito do tema abordado com
referências nacionais de livros, revistas e artigos científicos.
33
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A paciente, objeto desta pesquisa, é do sexo feminino, 65 anos, apresentava
dificuldade de locomoção há 04 anos, devido as sequelas de AVC´s prévio sendo o
primeiro aos 40 anos e mais 04 novos episódios apresentando hemiparesia à direita,
há um mês acamada em domicilio, sendo que no decorrer das sessões a paciente
teve o 5º episódio de AVE isquêmico e passou a apresentar hemiplegia à direita e
disartria.
Segundo RYERSON e TYSON (2004; 2006) apud SCALZO et al. (2010), entre
as manifestações clinicas do AVC, estão prejuízos como funções sensitivas,
motoras, de marcha e equilíbrio, como também de déficits cognitivo e de linguagem.
Entre os comprometimentos motores está a hemiplegia, que tem como característica
a perda de força muscular no dimidio contralateral à lesão encefálica.
Foram realizados atendimentos fisioterapêuticos domiciliares baseados na
técnica de Cinesioterapia com frequência de três vezes semanais durante 15
sessões incluindo uma avaliação inicial e uma final.
Na avaliação inicial, paciente em bom estado geral, colaborativa e com o
cognitivo preservado Hipertensa, em uso de medicamentos losartana 50 mg,
Hidroclorotiazida 25 mg, Nifedipina 20 mg, apresenta sinais vitais PA: 110 X 80
mmhg; frequência cardíaca 63 Bpm, frequência Respiratória 17 irpm; Ausculta
Pulmonar MV (+) sem ruídos adventícios.
Estavam previstas 20 sessões, mas devido recorrência do AVE paciente ficou
07 dias hospitalizada, foram realizadas apenas 15 sessões. Foram acrescentados os
seguintes medicamentos: Citalopran 20mg e hemifumarato de quetiapina 25mg.
Na tabela 01 pode-se observar os resultados do teste de força muscular dos
membros superiores e inferiores antes e após intervenção fisioterapêutica domiciliar
através da técnica de Cinesioterapia.
A força muscular foi avaliada conforme a escala de Kendall a qual a graduação
é feita variando de 0 a 5, sendo que o grau 0 significa nenhuma contração visível ou
palpável; grau 01 ligeira contração, sem nenhum movimento; grau 02 movimento
com ação da gravidade eliminada; grau 03 movimento contra a gravidade; grau 04
movimento contra a gravidade e capaz de prosseguir contra uma resistência
moderada; grau 05 movimento contra a gravidade e capaz de prosseguir contra uma
resistência máxima (KENDALL et al., 2007).
34
Como mostra a tabela 1 após a intervenção da fisioterapia domiciliar com
respeito ao membro superior esquerdo em todos os grupos musculares a força
muscular manteve sua força inicial ou possuíam força muscular adequada. Com
respeito ao membro inferior esquerdo, em todos os grupos musculares manteve a
força muscular inicial observando aumento de 1 grau para flexores plantares e
dorsiflexores de tornozelo. Quanto aos membros superior e inferior direito o grau de
força em todos os grupos musculares foi para 0 provavelmente devido à recorrência
de AVE no qual paciente veio apresentar hemiplegia.
O treino do exercício físico resistido é cada vez mais indicado para pessoas
idosas como um modo seguro e eficaz para melhorar a força muscular e capacidade
funcional. (Fiatarone et al.; 1990, Okuma; 1998, apud MACEDO; GAZZOLA; NAJAS;
2008).
Passos e Mejia (2016), em seu estudo com uma paciente de 93 anos, em pós
fratura transtrocanteriana, para prevenir as complicações do imobilismo, realizaram
cinesioterapia com alongamento global, exercícios ativos e mobilização escapular,
para prevenir encurtamento muscular, manter ADM, força muscular, aumentar
circulação, prevenindo complicações cardiovasculares e circulatórias os quais
mostra que a paciente teve ganho pouco significativo de força muscular o que condiz
com o presente estudo em que paciente manteve força muscular com ganho pouco
significativo em alguns grupos musculares e isto é um fator positivo pois a paciente
não perdeu força muscular que é uma característica dos pacientes acamados.
Junqueira, Ribeiro e Scianni (2004), em um estudo realizado com 10 indivíduos
que apresentavam sequelas de AVE, com objetivo de avaliar o impacto de um
programa de fortalecimento muscular em indivíduos hemiparéticos, realizados 3
vezes por semana, durante seis semanas, cujo programa de Cinesioterapia consistia
em alongamentos, fortalecimento muscular isométrico e isotônico com uso
progressivo de cargas para membros superiores, tronco e membros inferiores
relacionadas as atividades de vida diária que obteve como resultado melhora
significativa da força muscular em todos os grupos musculares testados avaliado
pela escala de força manual. O que difere do presente estudo em que paciente
apresentou manutenção da força muscular com melhora pouco significativa.
35
Tabela 1: Avaliação da força muscular em membros superiores e inferiores antes e após
intervenção
Teste de força muscular manual Antes Após
Grupos musculares testados Direito Esquerdo Direito Esquerdo
Ombro
Flexores
Extensores
Adutores
Abdutores
3
3
3
3
5
5
5
5
0
0
0
0
5
5
5
5
Cotovelo
Flexores
Extensores
3
3
5
5
0
0
5
5
Punho
Flexores
Extensores
2
2
4
4
0
0
4
4
Quadril
Flexores
Extensores
Adutores
Abdutores
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Joelho
Flexores
Extensores
3
3
5
5
0
0
5
5
Tornozelo
Flexores plantares
Dorsiflexores
2
2
2
2
0
0
3
3
Fonte: o autor
Na tabela 2 são mostrados os resultados dos valores obtidos em graus através
da mensuração da ADM dos membros superiores e inferiores, sendo que nos
membros superior e inferior direito a paciente provavelmente devido à recorrência do
AVE apresentou grau de mobilidade 0 em realizar movimentos ativos.
36
Após a intervenção fisioterapêutica em domicilio, aplicada a técnica de
cinesioterapia, nota-se que houve aumento de ADM do membro superior esquerdo
em 20º para flexão de cotovelo e 10º em rotação interna de ombro, para o membro
inferior esquerdo houve um aumento de ADM de 10º para flexão de joelho, 10º para
flexão plantar de tornozelo e 20º para dorsiflexão de tornozelo os demais
movimentos testados não houve diferença de ADM, mantendo a ADM inicial.
A imobilidade leva a redução na capacidade da função, dos sistemas
osteomuscular, tecido conjuntivo, articular, respiratório e metabólico, dentre outros.
Para prevenir as complicações decorrentes do imobilismo se faz necessário o
estimulo da movimentação no leito com exercícios metabólicos, passivos e ativos
resistidos (VOJVODIC, 2004 apud PASSOS; MEJIA, 2016).
O estudo de Passos e Mejia (2016), com uma paciente idosa, realizado no
período de 10/04 a 10/05/2009, para prevenir as complicações do imobilismo,
realizaram cinesioterapia com alongamento global, exercícios ativos e mobilização
escapular, para prevenir encurtamento muscular, manter ADM, força muscular,
aumentar circulação, prevenindo complicações cardiovasculares e circulatórias os
quais mostra que a paciente teve ganho pouco significativo de ADM. Confirmando
com o presente estudo em que paciente teve ganho pouco significativo de ADM em
poucos grupos musculares.
FERNANDES (2014), em um estudo com o objetivo de avaliar o efeito de um
programa de mobilização e exercício ativo sobre a amplitude articular em 24
pessoas acamados há mais de seis meses no domicilio, que apresentavam a
síndrome de desuso, sendo feita a avaliação das amplitudes das articulações com
um goniômetro, entre os meses de agosto de 2014 a janeiro de 2015, foram
verificados resultados significativos nas articulações de ombro, cotovelo, punho,
anca e joelho. No pé observou-se significância na flexão plantar, na flexão dorsal
não houve significância. Difere do presente estudo pois a ADM de ombro e joelho se
manteve apenas leve em ombro e no tornozelo observou ganho de ADM em flexão
plantar e dorsiflexão.
De Rivoredo e Mejia (2015), em um estudo de revisão bibliográfica, com o
objetivo de identificar os efeitos da cinesioterapia motora na prevenção da síndrome
da imobilidade prolongada e descrever os benefícios da prevenção da SIP em
pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva onde dentre outros
exercícios se aplica a cinesioterapia motora passiva o mais precoce possível,
37
mobilização articular ou dissociação do quadril ou cintura escapular, evoluindo para
cinesioterapia motora ativa os quais contribuirão para prevenção das disfunções
articulares.
Tabela 2: Avaliação da ADM dos membros superiores e membros inferiores antes e após
intervenção
Goniometria
Antes Após
Movimentos Testados Direito Esquerdo Direito Esquerdo
Ombro
Flexão
Extensão
Adução
Abdução
Rotação interna
Rotação externa
70
20
20
80
30
40
110
30
30
90
40
40
0
0
0
0
0
0
110
30
30
90
50
40
Cotovelo
Flexão
Extensão
90
0
110
0
0
0
130
0
Punho
Flexão
Extensão
0
0
60
30
0
0
60
30
Quadril
Flexão
Extensão
Adução
Abdução
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Joelho
Flexão
Extensão
90
0
100
0
0
0
110
0
Tornozelo
Flexão plantar
Dorsiflexão
0
0
0
0
0
0
10
20
Fonte: o autor
38
Sistema Respiratório
Segundo CAZEIRO E PERES (2010), em um estudo de revisão bibliográfica, a
redução do movimento diafragmático e da excursão torácica, aumenta a resistência
mecânica à respiração, que diminui a ventilação, reduz a tosse e dificulta a
eliminação de secreções, o que pode levar a graves complicações, como atelectasia
e pneumonia. Esta posição deitada leva a acumular líquidos na base dos pulmões,
que vai servir de cultura para a proliferação de bactérias.
No estudo de caso realizado por Passos e Mejia (2016), com uma
paciente idosa para prevenção de comprometimentos respiratórios decorrentes do
imobilismo, utilizaram exercícios respiratórios de reexpansão, com associação da
cinesioterapia motora de MMSS com objetivo de aumentar o fluxo inspiratório e
expiratório. Ao término do estudo, paciente mantinha sistema respiratório com
ausculta pulmonar normal igual ao presente estudo. O que condiz com a paciente
em estudo, que após exercícios de padrão diafragmático e exercícios de
cinesioterapia motora associados a membros superiores, a paciente mantinha seu
sistema respiratório normal, com ausculta pulmonar com murmúrio vesicular
presente sem ruídos adventícios igual ao início do estudo.
A mobilização precoce é de grande importância na promoção da higiene
brônquica, além de prevenir as complicações circulatórias resultantes da cirurgia e
da imobilidade. Porto (2002) apud OLIVEIRA; MEJIA (2016), segundo revisão de
literatura com o objetivo de mostrar a importância da fisioterapia na prevenção da
síndrome do imobilismo realizada no período de dezembro de 2014 a fevereiro de
2015.
Sistema Tegumentar
Foram realizadas mudanças de decúbito da paciente, reposicionando com
apoio sobre as áreas de maior contato e também orientada a cuidadora sobre
mudanças de decúbito e cuidados com a pele, paciente manteve pele íntegra, sem
úlcera de pressão o que condiz com estudo de caso de Passos e Mejia (2016) que
após orientar paciente e cuidador sobre a utilização de coxins sobre proeminências
ósseas, diminuir a pressão de determinadas áreas do corpo sobre o leito com uso de
39
travesseiros, cuidados com a pele e higiene, ao final do estudo, paciente não
apresentou úlceras de pressão. NOGUEIRA (2002) apud PASSOS e MEJIA (2016),
em seus estudos sobre fatores de risco e medidas para prevenir ulceras de pressão,
afirma a necessidade de cuidados com a pele, diminuição da carga, mecânica,
reposicionamento com uso de almofadas, conscientização do paciente e cuidador,
para prevenir as úlceras de pressão.
De Rivoredo e Mejia (2015) em um estudo de revisão bibliográfica, com o
objetivo de identificar os efeitos da cinesioterapia motora na prevenção da síndrome
da imobilidade prolongada e descrever os benefícios da prevenção da SIP em
pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva fala da aplicação de um
protocolo que envolva inspeção diária de pele, higienização, posicionamento
adequado no leito, uso de órteses, coxins e outras adaptações para facilitar o ajuste
postural do paciente, que ao final não apresentou ulcera de pressão.
Sobre a avaliação das atividades básicas de vida diária, as escalas das ABVDs
vão avaliar as condições básicas das pessoas em cuidar de si próprias, mostrando
assim as limitações quando se procura uma real definição de seu desempenho físico
(CARVALHO FILHO; PAPALLÉO NETTO,2006).
Dentre as escalas mais utilizadas está o Índice de Katz pois oferece uma
descrição da capacidade de autocuidado, além de facilitar a identificação de fatores
de risco e monitorar evolução clinica das doenças já diagnosticadas.
O índice de Katz é composto por seis atividades básicas, onde a pontuação 6
mostra independência, ou seja, habilidades para desempenhar atividades cotidianas.
A pontuação 4 aponta uma dependência parcial podendo ou não, o idoso requerer
auxilio, a pontuação igual ou inferior a 2 aponta a necessidade de assistência,
mostrando uma dependência importante (FREITAS et al. 2002 apud CARVALHO;
PEIXOTO; CAPELLA, 2007).
Em seu trabalho de revisão de literatura MACEDO; GAZZOLA; NAJAS (2008),
relatam que com a força muscular diminuída e a tolerância ao exercício, ocorre a
redução da capacidade das AVD´s e assim aumento da dependência.
A tabela 03 mostra os resultados da avaliação das atividades básicas de vida
diária antes e após aplicação do protocolo de intervenção.
40
Tabela 3– Escala das Atividades Básicas de Vida Diária – Índice de Katz- versão adaptada
Antes Depois
Atividade Independente Sim Não Sim Não
Banho Não recebe assistência ou somente recebe em
uma parte do corpo
0 0
Vestir-se Escolhe as roupas e se veste sem nenhuma
ajuda, exceto para calçar sapatos
0 0
Usar o
sanitário
Necessita de ajuda para ir ao sanitário,
higienizar-se e vestir após evacuar ou urinar
0 0
Transferência Consegue deitar e levantar de uma cama ou
sentar e levantar de uma cadeira sem ajuda
(pode usar bengala ou andador)
0 0
Continência Tem autocontrole do intestino e da bexiga (sem
“acidentes ocasionais”)
1 1
Alimentação Alimenta-se sem ajuda, exceto para cortar carne
ou passar manteiga no pão.
1 0
Fonte: o autor
Após análise desta tabela é possível observar que na primeira avaliação a
paciente obteve 02 pontos e na segunda avaliação 1 ponto, mantendo a
necessidade de assistência, mostrando uma dependência importante.
Para as atividades de banho, vestir, transferência, e continência a pontuação
manteve alterando apenas a pontuação da alimentação onde provavelmente pela
recorrência de AVE paciente não consegue mais alimentar sozinha.
Smanioto e Haddad (2011), em seu estudo com o objetivo de avaliar o perfil e o
grau de dependência de idosos institucionalizados, aplicando o índice de Katz,
verificou uma dependência maior para o banho, depois para vestir-se, continência,
uso do sanitário, mobilidade e alimentação. Ocorrendo primeiro o declínio em
realizar as funções mais complexas, ficando preservada por mais tempo as funções
41
que têm maior impacto na sobrevida o que difere em sequência do presente estudo
em que a paciente, mantem a continência, porém não consegue se locomover, nem
alimentar sozinha.
Guimarães et al. (2004), realizaram um estudo com 40 idosos que se
encontravam em tratamento fisioterapêutico nas áreas de ortopedia e neurologia no
qual avaliou a capacidade funcional em relação às atividades básicas de vida diária
utilizando o índice de Katz. Observa-se que o banho, o vestuário e a transferência
foram as atividades que apresentaram maior índice de dependência parcial ou total
em ambos os grupos confirmando com o presente estudo em que a paciente
apresentava desde a avaliação inicial dependência para banho, vestuário e
transferência vindo a apresentar posteriormente dependência para alimentação.
Dos idosos do estudo citado acima, somente os idosos do setor de neurologia
apresentaram nível de dependência completa causada pelas alterações
neurológicas que comprometem a capacidade podendo causar alterações na
mobilidade, consciência corporal, coordenação, entre outros. A dependência da
paciente em estudo se justifica devido a mesma apresentar diagnóstico de AVE com
recorrências.
A causa mais comum de deficiência crônica é o AVE. É estimado que
aproximadamente 1/3 dos sobreviventes vão se tornar funcionalmente dependentes
após um ano, tendo dificuldade para realizar as atividades de vida diária (AVD), para
deambular, na fala, dentre outros (O´SULLIVAN; SCHMITZ, 2010).
42
7. CONCLUSÃO
Conclui se que a intervenção fisioterapêutica precoce através da técnica de
cinesioterapia foi eficaz para a prevenção da síndrome do imobilismo no paciente
idoso acamado.
A paciente não teve ganhos significativos, mas manteve força muscular,
manteve ADM, e devido à repetição do AVE no decorrer das sessões, que após o
mesmo a paciente passou a apresentar hemiplegia, provavelmente devido a este
fato, paciente perdeu força muscular e ADM em membro superior e inferior direito;
não apresentou contraturas, problemas respiratórios e nem escaras.
43
8. REFERÊNCIAS
BENEDETTI, T. R. B. et al. O idoso institucionalizado: avaliação da capacidade funcional e aptidão física Cad. Saúde Pública, v. 26, n. 9, p. 1738-1746, 2010. Acesso em 30 out 2015.
BRASIL. Cadernos de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Caderno de atenção básica. 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde – comissão nacional de ética em pesquisa. Resolução nº 196/96 versão 2012. Disponível em: <http://conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/aquivos/resolucoes/23_out_versao_final_196_ENCEP2012.pdf>. Acesso em: 01 mar. 2016.
CARVALHO FILHO, E. T. de; PAPALÉO NETTO, M. Geriatria: fundamentos, clínica e terapêutica. 2. edição. São Paulo: Editora Atheneu, 2006.
CARVALHO, G. A; PEIXOTO, N. M.; CAPELLA, P. D. Análise Comparativa da Avaliação Funcional do Paciente Geriátrico Institucionalizado por Meio de Protocolos de Katz e Tineti. Revista Digital:Buenos Aires, ano 12, n. 14, 2007.
CAZEIRO, A. P. M.; PERES, P. T. A Terapia Ocupacional na Prevenção e no Tratamento de Complicações decorrentes da Imobilização no Leito. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, v. 18, n 2, p.149-167, mai/ago 2010. Disponível em: <:https://scholar.google.com.br/scholar?q=a+terapia+ocupacional+na+preven%C3%A7%C3%A3o+e+no+tratamento+de+complica%C3%A7%C3%B5es+decorrentes+da+imobiliza%C3%A7%C3%A3o+no+leito&btnG=&hl=pt-R&as_sdt=0%2C5>. Acesso em: 10 set. 2015.
CINTRA, M. M. M et al. Influência da Fisioterapia na Síndrome do Imobilismo. In: Colloquium Vitae. v. 05, n. 1, p. 68-76. 2014. Disponível em: <https://scholar.google.com.br/scholar?q=influencia+da+fisioterapia+na+s%C3%ADndrome+do+imobilismo&btnG=&hl=pt-BR&as_sdt=0%2C5>. Acesso em: 20 ago. 2015.
DE RIVOREDO, M. G. A. C.; MEJIA, D. A Cinesioterapia Motora como prevenção da Síndrome da Imobilidade Prolongada em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva. Disponível em: <https://scholar.google.com.br/scholar?hl=ptBR&q=a+cinesioterapia+motora+como+preven%C3%A7%C3%A3o+da+s%C3%ADndrome+da+imobilidade+prolongada+em+pacientes+internados+em+unidade+de+ terapia+intensiva&btnG=&lr=>. Acesso em: 20 ago. 2015.
DELIBERATO, P. C. P. Fisioterapia Preventiva: fundamentos e aplicações. 1. ed. São Paulo: Manole, 2002.
DRIUSSO, P.; CHIARELLO, B. Fisioterapia Gerontológica. 1. edição. São Paulo: Manole, 2007.
44
FARIAS, S. H.; NETO, W. L. M. Atuação da Fisioterapia sobre os efeitos do Imobilismo no Sistema Osteomioarticular. Lato & Sensu, Belém, v. 9, n. 2, p.47-53, nov,2008. Disponível em: <https://scholar.google.com.br/scholar?q=atua%C3%A7%C3%A3o+da+fisioterapia+sobre+os+efeitos+do+imobilismo+no+sistema+osteomioarticular&btnG=&hl=pt-BR&as_sdt=0%2C5>. Acesso em: 20 ago. 2015.
FERNANDES, T. J. Efeito de um programa de mobilização e exercício ativo sobre a amplitude articular em pessoas com síndrome de desuso. 2015. Disponível em: <https://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/12043/1/Teresa%20de%20Jesus%20Fernandes.pdf>. Acesso em 21 mai. 2016.
FONSECA, H. L. A. Caracterização dos Principais Problemas de Saude do Idoso Acamado, e Desafios para a Equipe de Saude da Familia no acompanhamento destes. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2010. Disponível em <http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/2396-1/72341581.html>. Acesso em: 14 mai. 2016.
GUCCIONE, A. A. Fisioterapia Geriátrica. 2. edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
GUIMARÃES, et al. Avaliação da capacidade funcional de idosos em tratamento fisioterapêutico. Revista Neurociências. v. 12, n. 3, p. 130-133, 2004.
JUNQUEIRA, R. T; RIBEIRO, A. M. B. E.; SCIANNI, A. A. Efeitos do fortalecimento muscular e sua relação com a atividade funcional e a espasticidade em indivíduos hemiparéticos. Rev. Bras. Fisioter.: Belo Horizonte, v. 08, n.3, p. 247-252, 2004. Disponível em <http://www.rbf-bjpt.org.br/files/v8n3/v8n3a10.pdf>. Acesso em: 21 mai. 2016.
KAKIHARA, C.T. et al. Lian Gong Como Forma de Melhorar a Qualidade de Vida de Idosos Institucionalizados. Revista Fisioterapia Brasil, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 84 - 88, 2011.
KENDALL, F. P. et al. Músculos: provas e funções. 5. ed. São Paulo: Manole, 2007.
KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios Terapêuticos: fundamentos e técnicas. 4. ed. São Paulo: Manole, 2005. LEAL, M; MEJIA, D. P. M. Intervenção Fisioterapêutica na prevenção da Síndrome do Imobilismo em pacientes acamados por tempo prolongado e seus efeitos no sistema locomotor. Disponível em: <https://scholar.google.com.br/scholar?q=interven%C3%A7%C3%A3o+fisioterapeutica+na+preven%C3%A7%C3%A3o+da+sindrome+do+imobilismo+em+pacientes+acamados+por+tempo+prolongado+e+seus+efeitos+no+sistema+locomotor&btnG=&hl=pt-BR&as_sdt=0%2C5>. Acesso em: 20 ago. 2015.
MACEDO, C.; GAZZOLA, J. M.; NAJAS, M. Síndrome da Imobilidade no Idoso: Importância da Fisioterapia. Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde. v. 33, n. 3, p. 177-184, 2008. Disponível em:
45
<http://www.saudedireta.com.br/docsupload/134036680533abcs177.pdf>. Acesso em 14 mai. 2016.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
MAYNARD, M. R. Efeitos da Fisioterapia Motora em Pacientes Críticos: Revisão de Literatura. Revista Brasileira Terapia Intensiva, Rio de Janeiro, v. 22, n.1, p. 85 – 91, fev, 2010. Disponível em: <
<https://scholar.google.com.br/scholar?q=efeitos+da+fisioterapia+motora+em+pacientes+criticos%3 A+revis%C3%A3o+de+literatura&btnG=&hl=pt-BR&as_sdt=0%2C5>. Acesso em 12 jan. 2016.
MENDES, P. M. V. et al. A atuação fisioterapêutica no PET SAUDE UESPI “atenção ao idoso acamado”. Revista eletrônica gestão & saúde, saúde do idoso. p. 3151-3158, Piauí. 2014. Disponível em <http://gestaoesaude.unb.br/index.php/gestaoesaude /article/view/970/pdf>. Acesso em: 21 mai. 2016.
NOGUEIRA, K.; MEJIA, D. P. M. Intervenção fisioterapêutica na prevenção da síndrome do imobilismo nas fraturas traumáticas diafisárias da tíbia em crianças de 5 a 10 anos. Disponível em: <httpd://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&q=interven%C3%A7%C3%A3o+fisioterap%C3%AAutica+na+preven%C3%A7%C3%A3o+da+sindrome+do+imobilismo+nas+fraturas+traumáticas+diafis%C3%A1rias+da+tíbia+em+crian%C3%A7as+de+5+a+10+anos&btnG=&Ir=>. Acesso em: 15 out. 2015.
O´SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 5. ed. São Paulo: Manole, 2010.
OLIVEIRA, M. S. S.; MEJIA, D. P. M. Atuação da Fisioterapia na Prevenção da Síndrome do imobilismo em Pacientes Acometidos por Fraturas Cominutivas no Membro Inferior. Disponível em: <http:// portalbiocursos.com.br /ohs/data/docs/101/42-AtuaYYo_da_Fisioterapia_na_PrevenYYo_da.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2016.
PASSOS, Z. L. e MEJIA, D. P. M. Protocolo de Tratamento Fisioterapeutico para a Síndrome do Imobilismo em Pós Fratura Transtrocanteriana. Disponível em: <http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/32/97_-_Protocolo_de_tratamento_fisioterapYutico_para_sYndrome_do_imobilismo_em_pYs_fratura_transtrocanteriana.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2016.
SCALZO, P. L. et al. Qualidade de Vida em Pacientes com Acidente Vascular Cerebral: Clinica de Fisioterapia PUC Minas Betim. Revista Neurociência. v.18, n. 02, p. 139-144. 2010.
SMZNIOTO, F. N.; HADDAD, M. C. F. L. Índice de Katz Aplicado a Idosos Institucionalizados. Revista Rene: Fortaleza. v.12, n. 01, p. 18-23. 2011. Disponível
46
em: <http://www.revistarene.ufc.br/vol12n1_pdf/a03v12n1.pdf>. Acesso em: 21 mai. 2016.
VERAS, R. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Revista Saúde Pública. v. 43, p. 548, 2009.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
47
ANEXOS
ANEXO A- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96).
Eu, ________________________________________________________RG.:
___________________, abaixo qualificada, DECLARO para fins de participação em
pesquisa, que fui devidamente esclarecida sobre o Projeto de Pesquisa intitulado:
Prevenção da Síndrome do Imobilismo no idoso acamado. Estudo de caso,
desenvolvido pela aluna Débora Vieira de Castro, do curso de bacharelado em
Fisioterapia da Faculdade Tecsoma.
O imobilismo causa danos aos diferentes órgãos e sistemas do copo humano,
podendo o paciente desencadear uma síndrome. Será realizado um programa de
exercícios cinesioterapêuticos nos membros superiores e inferiores e músculos
respiratórios, duas vezes por semana no período de fevereiro a abril /2016. Este
estudo tem o intuito de analisar os efeitos da intervenção precoce na Síndrome do
Imobilismo.
O entrevistado tem a liberdade de recusar a sua participação em qualquer fase
da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu tratamento e cuidado.
É garantido o sigilo e a privacidade dos dados confidenciais envolvidos na pesquisa.
Os dados e informações provenientes deste trabalho serão utilizados com fins de
publicação e produção de trabalho de conclusão de curso para grau de bacharel.
Declaro, outrossim, que depois de esclarecida pela pesquisadora e ter
entendido o que me foi explicado, consinto voluntariamente em participar desta
pesquisa.
Paracatu, de 2016.
48
Qualificação do declarante
Termo de Consentimento Livre e esclarecido
Objeto de pesquisa
Nome: ______________________________________________________________
RG:________________________ data de nascimento: ___/___/___ sexo: F( ) M( )
Endereço:__________________________________________________ nº_______
Bairro:_________________________________ Cidade:______________________
CEP___________________________________ telefone______________________
_________________________________________________
Assinatura do declarante
Declaração do pesquisador
Declaro, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigências contidas
no capítulo IV da resolução 196/96 e que obtive de forma apropriada e voluntária, o
consentimento livre e esclarecido do declarante acima qualificado para realização
desta pesquisa.
Paracatu, _____de ________________ de 2016
______________________________________
Débora Vieira de Castro
Assinatura do pesquisador
49
APÊNDICES
APÊNDICE A - FICHA DE AVALIAÇÃO FISIOTERAPEUTICA
Identificação:
Nome: ______________________________________________________________
Data de Nascimento: ____/____/____ Idade:____________ sexo: _______
Telefone: ( )_________________________________________________________
Filiação: ______________________________ _____________________________
Religião: ____________________________________________________________
Anamnese:
Queixa Principal:_____________________________________________________
___________________________________________________________________
História da moléstia pregressa: __________________________________________
___________________________________________________________________
História da moléstia atual: ______________________________________________
___________________________________________________________________
Medicamentos em uso: ________________________________________________
Exame físico:
Geral
P.A.
F.C.
Temperatura:
FR.
Palpação pele
Avaliação goniométrica:
Avaliação da força manual:
50
APÊNDICE B - PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
Ausculta respiratória antes de iniciar cada atendimento
Alongamento Passivo de grupos musculares nos membros superiores e membros
inferiores 3 séries de 15 repetições
Mobilização articular passiva das articulações de membros superiores e membros
inferiores 3 séries de 15 repetições
Exercícios de ADM ativo livre em membros inferiores nos movimentos de flexão,
extensão, de joelho, flexão plantar e dorsiflexão de tornozelo e em membros
superiores com uso de bastão nos movimentos de flexão, extensão abdução e
adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho por 3
séries de 15 repetições
Treino de mudança de decúbito no leito, posição de deitada para sentada
Exercícios isotônicos com cargas progressivas para fortalecer grupos musculares de
membros superiores com uso de halteres 3 séries de 10 repetições
Exercícios isométricos com uso de bolas para fortalecimento de grupos musculares
de membros inferiores 3 séries de 15 repetições
Exercícios isotônicos com cargas progressivas para fortalecer grupos musculares de
membros inferiores com uso de caneleiras 3 séries de 15 repetições
Exercícios respiratórios com uso de bastões
Exercícios de dissociação de cinturas pélvica 3 séries de 15 repetições
51
APÊNDICE C -TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu,_____________________________________RG.: __________________declaro
que acompanhei as sessões de atendimento domiciliar das intervenções para
prevenção da síndrome do Imobilismo e autorizo que os dados obtidos com o
presente trabalho sejam utilizados no TCC.
Paracatu, _____de ________________ de 2016
______________________________________
Silésia Marques de Lima Valadares
FISIOTERAPEUTA
52
APÊNDICE D – DESCRIÇÃO DAS SESSÕES
04/03/2016: Realizada a primeira avaliação, e logo em seguida iniciou a sessão.
Paciente em bom estado geral, colaborativa, em sedestação na cama, aparência
bem cuidada, apresentando dados vitais normais, colaborativa, PA110 X80 mmhg,
FC 63 bpm, AP com murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios, FR 17
irpm com queixa de dor nos joelhos.
Realizado mobilização articular passiva de membros superiores nos movimentos de
flexão e extensão de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de
punho (3x10)
Mobilização articular passiva de membros inferiores com movimentos de flexão e
extensão de joelho, flexão e extensão de quadril, flexão plantar e dorsiflexão de
tornozelo (3x10). Procedimentos realizados sem intercorrências apresentando ao
final PA: 110x80mmhg, paciente deixada aos cuidados da filha.
05/03/2016:
Paciente em bom estado geral, colaborativa, deitada na cama, aparência bem
cuidada, apresentando dados vitais normais, PA 120 X80 mmhg, FC:91bpm, AP
com murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios, FR 17 irpm, queixa dor
nos joelhos.
Mudança de decúbito de deitada para sedestação.
Realizado mobilização articular passiva e ativa assistida de membros superiores nos
movimentos de flexão e extensão de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e
extensão de punho (3x10)
Mobilização articular passiva de membros inferiores com movimentos de flexão e
extensão de joelho, flexão e extensão de quadril, flexão plantar e dorsiflexão de
tornozelo (3x10).
Fortalecimento de flexores plantares e dorsiflexores de tornozelo com resistência
manual.
Procedimentos realizados sem intercorrências apresentando ao final PA:
120x80mmhg.
53
09/03/2016
Paciente em bom estado geral, colaborativa, deitada na cama, aparência bem
cuidada, apresentando dados vitais normais, PA 110 X70 mmhg, FC 92bpm, AP
com murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios, FR 17 irpm, queixando de
“ferroada” em joelho esquerdo.
Realizado mobilização articular passiva de membros superiores nos movimentos de
flexão e extensão de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de
punho (3x10)
Mobilização articular passiva de membros inferiores com movimentos de flexão e
extensão de joelho, flexão e extensão de quadril, flexão plantar e dorsiflexão de
tornozelo (3x10).
Alongamento de membros superiores com bastão com ênfase em tríceps
associados a exercícios respiratórios (3x10)
Exercícios de flexão plantar e dorsiflexão de tornozelo com resistência manual para
fortalecimento.
Realizada mudança de decúbito para sedestação
Sessão encerrada sem intercorrências apresentando ao final: P.A110 x 80 mmhg,
FC 88 Bpm, FR 15.
11/03/16
Paciente em bom estado geral, colaborativa, em sedestação na cama, apresentando
dados vitais normais, PA 120 X80 mmhg, FC 90bpm, AP com murmúrio vesicular
presente sem ruídos adventícios, FR 17 irpm, sem queixas.
Realizado alongamento de membros superiores com bastão triceps ( 3x10)
Flexão e extensão passiva do joelho
Exercícios resistidos para fortalecimento muscular de membros superiores,
principais músculos envolvidos bíceps e bíceps braquial com uso de bastão e
caneleira de 0,5 kg.
Exercícios resistidos para fortalecimento de membro inferior principais músculos
envolvidos flexores joelho com caneleira de 0,500 kg (3x10)
Exercícios de flexão plantar e dorsiflexão de tornozelo com resistência manual para
fortalecimento.
54
Mudança de decúbito para deitada.
Sessão encerrada sem intercorrências com P.A ao final 120X 80 mmhg.
12/03/16
Paciente em bom estado geral, colaborativa, encontrada deitada na cama,
apresentando dados vitais normais, PA: 120X80, FC 90 mmhg, FR 16, AP com
murmurio vesicular presente sem ruídos adventícios , sem queixas.
Realizados alongamentos de membros superiores principal musculo envolvido
tríceps
Mudança de decúbito de deitada pra sedestação
Exercícios ativo assistido e ativo livre com bastão em flexão e extensão de cotovelo
e flexão e extensão de ombro (3x10)
Exercícios resistidos para fortalecimento de membros superiores (flexores de
cotovelo e punho) com caneleira de 0,500kg em cada membro. (3x10)
Exercícios resistidos para fortalecimento de membro inferior (flexores joelho) com
caneleira de 0,500 kg (3x10)
Fortalecimento de flexores plantares e dorsiflexores de tornozelo com resistência
manual
Orientações para a cuidadora (filha) quanto a mudança de decúbito para prevenção
de escaras.
Procedimentos realizados sem intercorrências apresentando ao final PA 120X80, FC
82 Bpm, FR 15irpm.
16/03/16
Paciente em bom estado geral, colaborativa, encontrada sentada na cama,
apresentando dados vitais normais, PA 120X80 mmhg, FC 68Bpm, FR 15irpm, AP
com murmúrio vesícular presente sem ruídos adventícios, relata dormência em MID.
Realizado alongamento passivo e ativo livre membro superior com bastão (3x10)
Fortalecimento de grupos musculares de membro superior (flexores de ombro,
flexores cotovelo e punho) com caneleira de 0,500 kg (3x10) membro esquerdo ativo
livre e membro direito ativo assistido
55
Mobilização articular passiva de membros inferiores com movimentos de flexão e
extensão de joelho, flexão e extensão de quadril, flexão plantar e dorsiflexão de
tornozelo (3x10).
Alongamento membro inferior músculos posteriores
Fortalecimento inferior (flexores de joelho) com caneleira de 0,500 kg (3x10)
Fortalecimento de flexores plantares e dorsiflexores de tornozelo com resistência
manual
Fortalecimento de adutores de quadril com uso de bola
Mudança de posição de sentada para deitada
Sessão encerrada sem intercorrências com paciente apresentando PA: 120X80
mmhg, FC 80Bpm, FR 15 irpm.
28/03/2016 Filha relata que dia 17/03/16 notou a mãe com movimentos mais lentos
e algumas mudanças no comportamento da mãe e a levou dia 18/03/16 para
consulta médica onde foi diagnosticado que a mesma sofreu um AVE isquêmico,
ficou internada e recebeu alta hospitalar em 24/03/16. Apresenta hemiplegia a direita
e disartria.
Paciente em bom estado geral, colaborativa, sentada na cama, apresentando dados
vitais normais PA 120X80 mmhg, FC 83 Bpm, FR 16,
Realizado mobilização articular passivo de membros superiores com movimentos de
flexão extensão de ombro, flexão extensão cotovelo e flexão e extensão punho.
( 3x15)
Fortalecimento membro superior esquerdo (flexores, cotovelo) com caneleira 0,500
kg ( 3 x 15)
Mobilização articular de membros inferiores com movimentos de flexão e extensão
de joelho, flexão e extensão de quadril (passiva), flexão plantar e dorsiflexão de
tornozelo (3x10). MID Passiva e MIE Ativo assistido e ativo livre.
Orientações à cuidadora (filha) quanto as mudanças de decúbito e manter a pele
hidratada para evitar escaras.
Sessão encerrada sem intercorrências com paciente apresentando PA 100X70, FC
89Bpm, FR 14 irpm.
56
30/03/16 Paciente em bom estado geral, colaborativa, encontrada deitada na cama,
apresentando dados vitais normais, PA 100X70 mmhg, FC 84Bpm, FR 15irpm, AP
com murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios.
Realizado mobilização articular passiva de membros superiores nos movimentos de
flexão e extensão de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de
punho (3x10), com movimentos passivos em MSD e ativos assistidos e ativo livre em
MSE.
Mobilização articular passiva de membros inferiores com movimentos de flexão e
extensão de joelho, flexão e extensão de quadril, flexão plantar e dorsiflexão de
tornozelo (3x10) com movimentos passivos em MID e ativos assistidos e ativo livre
em MIE.
Realizado dissociação de cintura pélvica.
Fortalecimento em MSE com peso de 0,500 Kg nos movimentos de flexão e
extensão de cotovelo e flexão extensão ombro
Fortalecimento de flexores plantares e dorsiflexores de tornozelo com resistência
manual
Fortalecimento de adutores com bola.
Realizada mudança de decúbito
Atendimento encerrado sem intercorrências com paciente apresentando ao final PA
100x60 mmhg, FC 80Bpm, FR 16 irpm.
01/04/16 Paciente em bom estado geral, colaborativa, estava sentada na cama,
apresentando dados vitais normais, PA 90X70 mmhg, FC 96 Bpm FR 16 irpm, AP
com murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios, sem queixas.
Realizados respiratórios de padrão diafragmático,
Alongamentos passivos de membros superiores (paciente refere dor ao alongar
MSD)
Mobilização articular de membros superiores com movimentos passivos de MSD e
movimentos livres de MSE flexão e extensão de ombro, flexão e extensão de
cotovelo, flexão e extensão de punho (3x10)
Alongamento de cervicais
Fortalecimento em MSE com peso de 0,500 Kg nos movimentos de flexão e
extensão de cotovelo e flexão extensão ombro
57
Dissociação de cintura pélvica
Alongamento de membros inferiores
Mobilização articular de membros inferiores passiva de membros inferiores com
movimentos de flexão e extensão de joelho, flexão e extensão de quadril, flexão
plantar e dorsiflexão de tornozelo (3x10), com movimentos passivos em MID e ativos
assistidos e ativo livre em MIE.
Fortalecimento muscular MIE com movimentos de flexão e extensão de joelhos com
peso de 0,500 kg.
Fortalecimento de flexores plantares e dorsiflexores de tornozelo com resistência
manual
Mudança de decúbito de sedestação para deitada
Sessão encerrada sem intercorrências com Paciente apresentando ao final PA
90X70 mmhg, FC 94 Bpm, FR 14 irpm.
06/04/2016 Paciente encontrada deitada, em bom estado geral, sem queixas,
colaborativa, apresentando sinais vitais normais, com P.A. 130X90mmhg, frequência
cardíaca, 90 Bpm, frequência respiratória 17 irpm, AP com murmúrio vesicular
presente sem ruídos adventícios consultou hoje com neurologista que receitou
citalopram 20 mg e hemifumarato de quetiapina 25 mg.
Realizado mobilização articular em membros superiores (dedos, flexão e extensão
de punho, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de ombro),
Realizados alongamentos passivos de membros superiores,
Fortalecimento de membros superiores nos movimentos de flexão e extensão de
cotovelo com carga de 0,500 kg e flexão e extensão de ombros nos movimentos de
flexão e extensão de ombro com carga de 0,500 Kg
Realizado mobilização articular de membros inferiores (dedos, tornozelos com
movimentos circulares, flexão plantar e dorsiflexão, flexão e extensão joelho, flexão
e extensão quadril), com movimentos passivos em MID e ativos assistidos e ativos
livres em MIE.
Realizados exercícios respiratórios de padrão diafragmático,
Fortalecimento de membros inferiores nos movimentos de flexão e extensão de
joelho com carga de 0,500kg
58
Fortalecimento de flexores plantares e dorsiflexores de tornozelo com resistência
manual
Encerrada a sessão sem intercorrências e paciente apresentando sinais vitais
normais PA: 110X80mmhg, FC 86 Bpm, FR 17irpm.
08/04/16 Paciente encontrada sentada na cama em bom estado geral, sem queixas,
apresentando sinais vitais normais, PA 130 X 90 mmhg, frequência cardíaca 80
Bpm, frequência respiratória 13 irpm, AP com murmúrio vesicular presente sem
ruídos adventícios.
Realizado mobilização articular de membros inferiores com movimentos circulares
de tornozelo, flexão e extensão plantar, flexão e extensão de joelho, flexão e
extensão de quadril, sendo realizados movimentos ativos e ativo assistido em MIE e
passivo em MID.
Dissociação de cintura pélvica
Fortalecimento de adutores com uso de bola
Realizado mobilização articular em membros superiores com movimentos de flexão
e extensão de punho, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de ombro
sendo realizados movimentos ativos e ativo assistido em MSE e passivo em MSD.
Mudança de decúbito de sedestação para deitada
Sessão encerrada sem intercorrências com paciente apresentando PA 130 X 90, FR
14 irpm e FC 86.
09/04/16 Paciente estava deitada na cama, em bom estado geral, hidratada, corada,
colaborativa, sem queixas, apresentando sinais vitais normais PA 90 X 60 mmHg,
FC 90 Bpm, FR 16 irpm, AP com murmúrio vesicular presente sem ruídos
adventícios.
Realizado mobilização articular em membros superiores com movimentos de flexão,
extensão e movimentos circulares de punho, cotovelos e ombro. Exercícios de
flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de ombros sendo realizados
movimentos ativo livre em MSE e movimentos passivos em MSD. (2X10) Realizado
alongamento de membros superiores.
Realizado mobilização articular de membros inferiores com movimentos de flexão,
extensão e movimentos circulares de tornozelo, e de joelhos , exercícios de flexão e
59
extensão de joelho, flexão e extensão de quadril sendo realizados movimentos
ativos livres em MIE e passivo em MID exceto na flexão e extensão de quadril que
foi realizado passivamente. Dissociação de cinturas pélvica.
Fortalecimento de flexores plantares e dorsiflexores de tornozelo com resistência
manual
Realizado exercício respiratório (padrão diafragmático).
Mudança de decúbito de deitada para sedestação
Sessão encerrada sem intercorrências com Paciente apresentando PA:
90X60mmhg, FC 87 Bpm, FR 14 Bpm.
13/04/16 Paciente em bom estado geral, hidratada, colaborativa, deitada na cama
sem queixas. Com sinais vitais normais PA: 110X80 mmgh, ausculta pulmonar com
murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios, FC 90 Bpm, FR 14 irpm.
Realizado passivamente nos exercícios de mobilização articular em ombro, cotovelo
e dedos. Nos movimentos de flexão / extensão de punho 3x10, flexão e extensão de
cotovelo e flexão e extensão de ombro associados a caneleira de 0,500 para ganho
de força muscular, realizados alongamentos passivos em membros superiores, nos
exercícios de MSE paciente realizou movimentos ativo assistidos e ativo livres e no
MSD foram realizados exercícios passivos.
Alongamento passivo de membros inferiores, realizado mobilização articular de
membros inferiores com movimentos de flexão, extensão e movimentos circulares de
tornozelo, e no joelho exercícios de flexão e extensão, flexão e extensão de quadril
sendo realizados movimentos ativos livres e em MIE e passivo em MID exceto na
flexão e extensão de quadril que foi realizado passivamente. Realizado exercício
isométrico em MIE com bola para ganho de força e mudança de decúbito. Ao final,
PA 110x70 mmHg, FC 92 Bpm e FR 12 irpm. Encerrada a sessão sem
intercorrências.
15/04/16 Paciente em bom estado geral, colaborativa, encontrada deitada na cama,
apresentando dados vitais normais, PA 90X70 mmhg, FC 86Bpm, FR 15irpm, AP
com murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios.
Realizados movimentos de flexão/ extensão de punho, flexão extensão de cotovelos,
flexão/extensão e adução e abdução de ombro com movimentos passivos em MSD
e ativo em MSE associados com caneleira de ½KG para fortalecimento muscular.
60
Nos membros inferiores realizados movimentos de flexão plantar e dorsiflexão de
tornozelo, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão de quadril com movimentos
passivos em MID e ativos ativo em MIE, realizada passivamente adução e abdução
de quadril. Realizada dissociação de cintura pélvica enquanto paciente pressionava
a bola para fortalecimento de adutores de quadril, realizado flexão e extensão de
joelho com caneleira de ½KG para fortalecimento de membros inferiores.
Fortalecimento de flexores plantares e dorsiflexores de tornozelo com resistência
manual
Realizada mudança de decúbito de deitada para sedestação
Atendimento encerrado sem intercorrências com paciente apresentando ao final PA
90X70 mmhg, FC 83Bpm, FR 14 irpm.
16/04/16 Paciente estava sentada na cama, em bom estado geral, sem queixas,
apresentando sinais vitais normais PA 100X70 mmhg, FC 75 Bpm, FR 14irpm
ausculta pulmonar com murmúrio vesicular presente, sem ruídos adventícios.
Realizados movimentos de flexão e extensão de punho, flexão e extensão de
cotovelo, flexão, extensão, abdução e adução de ombro pressionando a bola com
movimentos passivos em MSD e ativo em MSE,
Realizados exercícios respiratórios de padrão diafragmático,
Movimentos circulares, flexão plantar e dorsiflexão em tornozelo, flexão e extensão
de joelho, com movimentos passivos em MID e ativos em MIE,
Flexão, extensão e rotação interna e externa de quadril.
Realizado mudança de decúbito para sedestação. Sessão encerrada sem
intercorrências com paciente apresentando ao final PA 100X70mmhg, FC 77 FR 14
irpm.