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Bem-vindo(a) à Suíça Informações para emigrantes

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Page 1: Bem-vindo(a) à Suíça (portugiesisch) · Bem-vindo(a) à Suíça Informações para emigrantes. Conteúdo 5 Um país com muitas faces. Variedade cultural num pequeno espaço 7

Bem-vindo(a) à SuíçaInformações para emigrantes

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Conteúdo

5

Um país com muitas faces

Variedade cultural num pequeno espaço

7

Conviver

Igualdade de oportunidades e respeito

9

Cidadãos e cidadãs têm a última palavra

Federalismo e democracia directa

13

A ponte do sucesso

Importância da educação e trabalho

17

Sentido de responsabilidade social

Segurança social e saúde

2 3

Page 3: Bem-vindo(a) à Suíça (portugiesisch) · Bem-vindo(a) à Suíça Informações para emigrantes. Conteúdo 5 Um país com muitas faces. Variedade cultural num pequeno espaço 7

Uma nova etapa começa em sua

vida. Já deves ter ouvido várias coi-

sas diferentes sobre a Suíça. Talvez

algumas se mostrem verdadeiras,

enquanto outras se tornem falsas.

De qualquer forma, muitas coisas

serão novas, diferentes do seu país

de origem, desconhecidas. No en-

tanto, abrace estas mudanças e

conheça a sua nova casa. Somente

conhecendo nosso país e nossa cul-

tura você poderá entender melhor

a população Suíça. Por isso, é im-

portante que você seja capaz de se

comunicar em um dos nossos idio-

mas nacionais. A língua irá lhe dar

as ferramentas para enfrentar a vida

quotidiana, completar uma forma-

ção, juntar-se à força de trabalho,

criar novos contactos e forjar novas

amizades.

Este folheto oferece uma primeira

visão geral da vida quotidiana na

Suíça: da escola e do trabalho aos

cuidados de saúde e ao nosso sis-

tema político. A vida quotidiana da

nossa sociedade baseia-se em valo-

res partilhados, bem como em re-

gras escritas e não escritas. É muito

importante que você se familiarize

com eles.

Karin Keller-Sutter

Conselheira Federal

A convivência com pessoas de di-

ferentes culturas está mudando a

vida na Suíça. Tanto os cidadãos suí-

ços como as pessoas que vivem há

algum tempo na Suíça enfrentam,

portanto, muitos desafios. Ter su-

cesso em conviver exige paciência,

respeito mútuo e que «os estran-

geiros estão dispostos a se integrar

e que o povo da Suíça está aberto

a eles». É o que está previsto em

nossa lei sobre estrangeiros e inte-

gração. No caminho para tornar a

Suíça sua nova pátria, este folheto o

ajudará a dar o primeiro passo.

Desejamos-lhe todo o sucesso!

Bem-vindo(a) à Suíça

2 3

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4 5

Samba KebbehRevisor

«Quando com 21 anos emigrei para a Suíça, por causa da minha actual esposa, o choque cultural foi tremendo. Apesar de os suíços e suíças serem muito educados, correctos e de confiança – faltava-me sempre uma certa abertura. Quando recebi inúmeras rejeições às minhas candidaturas, percebi que a Suíça não era um país maravilha e que teria que lutar pela minha sorte. Fui para uma escola durante um ano onde aprendi intensivamente a língua alemã. Isto ajudou-me a melhorar substancial- mente as minhas possibilidades e a minha auto-estima.Por fim, após todas as dificuldades iniciais, graças principalmente à minha entidade patronal consegui

tornar-me num suíço gambiano feliz e satisfeito. Foi a minha entidade patronal que acreditou nas minhas capacidades e fez de mim o primeiro revisor africano na Suíça.Hoje gosto muito de viver na Suíça e considero um enriquecimento o facto de ser uma mistura das duas culturas e aproveitar o melhor de cada uma.»

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Um país com muitas faces

Pessoas de quase todos os países

do mundo vivem na Suíça. Uma

em cada quatro pessoas não tem

passaporte suíço. E cada terceiro

casamento é binacional. A popula-

ção residente na Suíça é de cerca

8,4 milhões de pessoas.

Um espaço pequeno exige

respeito e tolerância

Os viajantes ficam sempre impres-

sionados com as curtas distâncias

na Suíça. O país pode ser percorri-

do de uma extremidade à outra em

menos de cinco horas. Um terço

da população suíça vive nas cinco

grandes cidades Zurique, Genebra,

Basileia, Berna e Lausanne e nas

respectivas periferias. Mais de me-

tade do país é composto por mon-

tanhas. Aqui vive apenas cerca de

10 por cento da população. Convi-

vemos portanto num espaço muito

reduzido. Isto requer tolerância e

respeito por todos.

Cada região mantém vivas as

suas características culturais

Na Suíça existem quatro idiomas

oficiais: alemão, francês, italiano

e romanche (ou reto-romanche).

Dependendo da região onde se

situa, é confrontado(a) com um dos

quatro idiomas e diferentes hábito-

se costumes. A variedade cultural e

linguística é fundamental na Suíça.

Esta tem uma longa tradição.

Falar a língua é importante

para uma boa integração

A maioria da população vive na

região suíça de língua oficial ale-

mã. Cerca de 65 por cento da

população fala o suíço alemão.

Cerca de 20 por cento fala francês,

8 por cento italiano. O romanche

é apenas falado em determinadas

regiões do cantão de Graubünden

(0,5%). Na região suíça de língua

oficial alemã é utilizado o Hoch-

deutsch (alto-alemão) como língua

oficial e principalmente para a cor-

respondência. Na comunicação oral

é todavia utilizada uma grande va-

riedade de dialectos. Assim sendo,

o dialecto falado em Basileia diver-

ge do dialecto falado no cantão de

Zurique. Os habitantes de Berna

falam diferente dos habitantes de

Friburgo. Não é necessário que fale

perfeitamente como os habitantes

locais, mas o seu dia-a-dia será

bastante mais fácil se aprender a

compreender o dialecto. Os conhe-

cimentos linguísticos são um requi-

sito fundamental para uma boa in-

tegração no dia-a-dia e no mundo

do trabalho.

Variedade cultural num pequeno espaço

Os(as) emigrantes tiveram desde

sempre uma participação acti-

va no enriquecimento da Suíça.

Por exemplo o túnel do Gotardo

(Gotthardtunnel), um dos prin-

cipais eixos de transporte da

Suíça, foi construído principal-

mente por mão-de-obra italiana.

Além disso, foram os(as) emi-

grantes que fundaram muitas

das actuais grandes empresas de

sucesso. Actualmente a econo-

mia suíça depende da força labo-

ral proveniente do estrangeiro.

Informações sobre a Suíça Tudo o que quer saber sobre a Suíça

www.swissworld.org

O portal suíço A Suíça e as autoridades públicas

www.ch.ch

4 5

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Sabri Aliu Co-fundador do Vätertreff (encontro de pais)

«O meu vizinho é suíço. Foi ele quem nos integrou na vida do bairro e permitiu que juntássemos aos nossos hábitos e costumes cosovares tam-bém os hábitos e costumes suíços. Ele fê-lo simplesmente de ser humano para ser humano, sem quaisquer preconceitos. Nunca hei-de esquecer esse acto de cidadania. Especialmente por causa dos meus cinco filhos. Eu queria proporcionar-lhes uma boa vida na Suíça.O nosso bairro é para mim mais do que um simples tecto sobre a cabeça. Isto deve-se certamente ao facto de, com o passar do tempo, as pessoas que aqui vivem se terem apercebido que uma convivência satisfatória requer empenho por parte de todos e

que tal depende de cada um de nós. Não importa se é suíço ou estrangei- ro, jovem ou idoso: é necessário que- brar o gelo e abrir portas à comunica- ção. Porque apenas assim é possível mudar as coisas em conjunto.Foi a partir deste reconhecimento que foi criado o Vätertreff (Centro de encontro do Pai), onde os pais se reúnem uma vez por mês para discu- tir assuntos e resolver problemas em conjunto. Isto facilitou o nosso dia-a- dia. E o melhor de tudo: de vizinhos tornaram-se amigos.»

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Conviver

Os(as) emigrantes contribuem

para o enriquecimento económico

e cultural da Suíça. Para que a

convivência seja bem-sucedida é

esperado que todos os habitantes

do nosso país sejam capazes de

comunicar e que se esforcem para

serem financeiramente indepen-

dentes. Uma convivência pacífica

implica ainda que a legislação suíça

e os princípios da constituição se-

jam respeitados e cumpridos. Além

disso, todos devem ter as mesmas

oportunidades para participar na

vida social.

Direitos fundamentais

na Suíça

Os direitos fundamentais na Suíça

garantem que ninguém pode ser

excluído devido à sua origem, raça,

sexo, religião ou devido à orien-

tação sexual. Homens e mulheres

têm os mesmos direitos e podem,

por exemplo, escolher livremente

a profissão e escolher livremente

o parceiro ou parceira. Cada pes-

soa tem o direito de escolher livre-

mente a sua religião e de defender

livremente as suas convicções.

Contudo, cada um tem que conce-

der os mesmos direitos a terceiros.

Qualquer pessoa pode defender-se

contra qualquer tipo de discrimi-

nação. Em situações de conflito

existem centros de apoio que o(a)

ajudarão a encontrar uma solução.

Além da legislação escrita

existem também regras não

escritas

São frequentemente as pequenas

coisas do dia-a-dia que são im-

portantes para a convivência das

pessoas. No entanto, muitas ve-

zes é difícil tomar conhecimento

dessas regras do dia-a-dia. Por

exemplo: na sua casa talvez exista

um plano onde está definido em

que dia determinada família pode

lavar a roupa. Estas regras têm que

ser respeitadas. Ou talvez os vizi-

nhos reajam quando à noite ainda

são discutidos acesamente assun-

tos na varanda ou se as crianças

brincarem nas escadas. É espera-

do que você respeite essas regras

escritas ou não escritas que visam

uma convivência pacífica e de res-

peito mútuo. Informe-se. Pergunte

por exemplo pelas regras do con-

domínio ou entre em contacto com

o seu vizinho. O respeito mútuo e

discussões abertas são os primeiros

passos para uma boa relação com

os vizinhos.

Igualdade de oportunidades e respeito

O contacto com o seu novo vi-

zinho ou a participação numa

organização ou associação no

seu município é um enriqueci-

mento pessoal. Nestas situações

recebe também informações que

o(a) podem ajudar a sieà sua

família na escola, no local de tra-

balho ou na comunicação com

entidades públicas competentes.

Morar na Suíça Informações

www.bwo.admin.ch > wie wir wohnen > Infoblatt «Wohnen in der Schweiz»

Discriminação e racismo Centros de apoio

www.edi.admin.ch > Themen > Rassismus > Fachstelle für Rassismusbekämpfung > Recht und Be-ratung > Anlauf- und Beratungsstellen

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Anna GruberEstudante, membro do Conselho da Juventude

«Definir conscientemente objectivos, manter-se focado e fiel aos seus valo- res. Isto aplica-se tanto a mim como à Eva, que veio da Macedónia paraa Suíça no tempo da escola primá- ria. No entanto, sendo uma jovem emigrante de oitos anos de idade, os obstáculos que tinha de superar eram bem mais elevados. Mas a Eva apren-deu depressa. E nós com ela.Ela esforçou-se em aprender a língua alemã e nós aprendemos a ter paci- ência e consideração. Aprendemos uns com os outros e uns dos outros. Foi um enriquecimento humano.Também no Parlamento da Juven- tude são discutidos temas sobre a integração. Incomoda-me sempre um pouco que a palavra «Integração»

seja reduzida ao significado de apren- dizagem da língua ou uso ou não uso do véu islâmico. Integração significa muito mais: são necessárias pessoas que tenham a vontade de conhecer um novo país e uma cultura estra- nha. E por outro lado é neces-sária uma sociedade que permita tal troca intercultural. A compreensão mútua e a tolerância não podem ser obrigadas por leis.»

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Cidadãos e cidadãs têm a última palavra

Para saber como a Suíça está orga-

nizada localmente, desde a escola

aos impostos e aos direitos e obri-

gações, são necessárias informa-

ções base sobre o estado e o direito.

A Suíça é composta por

26 cantões autónomos

A Suíça é composta por 26 estados

federados, os chamados cantões.

Antigamente os cantões eram com-

pletamente independentes. Com

o passar dos tempos estes estados

uniram-se, formando a actual Suíça,

e entregaram à administração cen-

tral algumas competências. No

entanto, os cantões continuam bas-

tante autónomos em algumas áreas.

Os cantões dispõem, por exemplo,

de uma constituição e leis próprias

que, no entanto, não podem opor-se

à legislação federal. Os cantões

também dispõem de parlamentos,

governos e tribunais próprios.

Muitas coisas são diferentes

de cantão para cantão

A autonomia dos cantões é uma

característica fundamental e impor-

tante da Suíça. Você será diariamen-

te confrontado(a) com esta realida-

de. Se, por exemplo, se mudar com

a sua família de um cantão para

outro, pode acontecer que a sua

criança aprenda outras coisas na

escola; ou pode acontecer que não

pague os mesmos impostos, mes-

mo que o seu salário seja o mesmo.

Ou pode acontecer que o seguro de

saúde não custe o mesmo, apesar

de ter os mesmos direitos.

O conselho federal, os cantões

e os municípios dividem entre

si as tarefas dos estados

A Suíça está dividida em três pata-

mares estaduais: conselho federal,

cantões e municípios. Neste con-

texto, a federação assume apenas

as tarefas expressamente atribuídas

pela constituição federal. Estas são,

entre outras, a defesa nacional e a

regulação do trânsito rodoviário. As

competências dos cantões abran-

gem, por exemplo, o ensino esco-

lar, a polícia, os cuidados de saúde

e cobram impostos para fazer face

às despesas. Também os cerca de

2700 municípios na Suíça usufruem

de uma grande autonomia. Estes

são, por exemplo, responsáveis pelo

controlo dos habitantes e assumem

tarefas e funções específicas na es-

cola.

Federalismo e a democracia directa

As Autoridades Federais Os Órgãos Federais na Suíça

www.admin.ch

Centros de apoio à integração Informações sobre o dia-a-dia e sobre as ofertas de cursos no seu cantão

www.sem.admin.ch > Über Uns > Kontakt > Kantonale

Behörden > Ansprechstellen für Inte-gration in den Kantonen und Städten

Na Suíça é importante que se

informe e participe, o mais de-

pressa possível, na vida do seu

cantão e município. Aqui recebe

as primeiras informações para

todos os aspectos importan-

tes da vida como, por exemplo,

habitação, trabalho e escola.

Mas, principalmente, encontra

pessoas e centros de apoio que

lhe podem dar as respostas tão

necessárias às suas perguntas.

8 9

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Bruno MollAutor e realizador cinematográfico freelancer

«Nos meus filmes documentários o tema central é quase sempre a políti- ca. Para mim ser político não significa chamar à atenção, em voz alta com lemas políticos, mas estar atento. Eu pretendo encarar os preconceitos e abrir portas, em vez de as fechar.Não como suíço, mas de ser humano para ser humano transmitiria a um(a) emigrante que: encare o nosso país com curiosidade e que não se feche no seio dos membros da sua cultura. Naturalmente recomendo a essa pessoa que aprenda melhor a nossa língua e que investigue a nossa men- talidade. Desejo que essa pessoa veja o que nos une e não apenas aquilo que nos separa. Essa pessoa deve co- locar perguntas e procurar o diálogo

com a população. Deve escalar as nossas montanhas e misturar-se entre a população durante os passeios aos Domingos. Deve fazer as compras nos mercados das praças e ler, ver e ouvir os nossos suportes de comunicação. Resumindo e concluindo: deve tentar encontrar o seu lugar aqui. Tudo isto desejo naturalmente também a nós próprios, aos naturais da Suíça.»

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A população usufrui de um

grande direito de participação

A forma de governo da Suíça é a

democracia directa. A população

com direito de voto não só pode

eleger regularmente os seus re-

presentantes parlamentares a nível

federal, cantonal e municipal, como

também tem direito de voto em

muitos outros assuntos – por exem-

plo, o valor dos impostos e taxas

ou a implantação de estradas, mas

também sobre a entrada da Suíça

em organizações ou tratados inter-

nacionais com outros estados. Cida-

dãos e cidadãs suíços(as) a partir

dos 18 anos de idade podem votar

em todos os assuntos que afectam

toda a Suíça.

A participação activa é

importante e desejada

Na Suíça existem muitas formas

de participar activamente. É, por

exemplo, possível participar no

Conselho de Pais (Elternrat) ou

participar numa Associação local

(Quartierverein). Além disso, todas

as pessoas imputáveis podem en-

viar pedidos, propostas e reclama-

ções às entidades. Isto pode ser, por

exemplo, realizado em forma de

petição (recolha de assinaturas). Em

alguns cantões e municípios são-lhe

atribuídos, após um determinado

tempo de residência, direitos políti-

cos como, por exemplo, o direito de

voto. Informe-se no seu município

de residência.

Todas as forças políticas

importantes são representadas

no governo

O governo da Suíça é composto por

sete membros e chama-se Conselho

Federal. O Conselho Federal é elei-

to pelo parlamento e é composto

pelos representantes dos grandes

partidos políticos. Um membro do

Conselho Federal é eleito Presiden-

te pelo parlamento, por um período

de um ano. O parlamento é com-

posto por duas câmaras: o Con-

selho Nacional, que representa o

povo e pelo Conselho dos Estados,

que representa os cantões. Estas

formam a Assembleia federal.

Os mesmos direitos e

obrigações para todos

A Suíça é um estado de direito. Isto

significa que não só a população do

nosso país é obrigada a respeitar a

lei, como também o próprio estado

não está acima da lei. Os tribunais

são independentes do governo e

do parlamento. Os direitos e obri-

gações fundamentais em vigor e a

organização da Suíça constam na

Constituição Federal Suíça.

Cidadãos e cidadãs têm a última palavraFederalismo e a democracia directa

Sistema político Informações gerais

www.ch.ch

Introdução ao sistema político da Suíça

Brochura «Breve introdução ao sistema federativo»

www.bk.admin.ch > Dokumentation > Der Bund kurz

erklärt

10 11

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Vasco BeloFamília suíço-portuguesa

«Considero a formação profissional, tal como ela é praticada na Suíça, exemplar. Esta facilita a muitos jovens a transição da vida escolar para o mundo do trabalho. No meu paísde origem, Portugal, a formação e instrução é apenas transmitida pelas escolas e, consequentemente, quem não frequentar o ensino secundá-rio não dispõe de boas opções de escolha.É muito importante oferecermos aos nossos filhos um bom futuro. Isso implica que participemos na escola e formação dos nossos filhos e os apoiemos nas suas capacidades. Istoporque quem não tem uma formação profissional fica rapidamente excluído das oportunidades de emprego.

Neste caso não importa de que país somos provenientes.No ceio da nossa família falamos apenas francês – o que me entristece um pouco. Visto que a minha mulher é suíça e não fala português, e eu próprio ter crescido na Romandie, as coisas acabaram por resultar desta forma. Mas ainda temos as nossas festas portuguesas em família e as férias em Portugal, onde as crianças têm um acesso facilitado e privilegia- do à minha língua materna.»

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A ponte do sucesso

En Suiza, la formación y la actividad

laboral cobran gran importancia. Todos

los niños y adolescentes e incluso los

adultos deben fomentarse conforme

a sus capacidades.

Apoio a partir do nascimento

O desenvolvimento da fala é muito

importante para as crianças. O apoio

pré-escolar é um importante contri-

buto para a igualdade de oportuni-

dades. Existem muitas possibilidades

para a sua criança aprender a língua

oficial do país antes de entrar na

escola: por exemplo, «Kinderkrip-

pen» (crianças na idade préescolar são

acompanhadas de manhã até à noite)

e «Spielgruppen» (crianças na idade

pré-escolar são acompanhadas ho-

rariamente e introduzidas no mundo

dos jogos). Estas instituições públicas

e privadas assumem temporariamen-

te a educação da sua criança até à

idade de entrada no ensino escolar

obrigatório, mas também mais tar-

de como complemento ao ensino

escolar (p. ex. acompanhamento na

hora de almoço, apoio nos trabalhos

de casa). Vale a pena frequentar es-

tas instituições. A frequência nestas

instituições acarreta maioritariamen-

te custos que têm que ser pagos pe-

los pais. As tarifas costumam variar

consoante o salário dos pais.

O jardim de infância prepara

as crianças para a escola

O jardim de infância acolhe, em re-

gra, crianças a partir dos quatro anos

de idade, consoante o cantão. O jar-

dim de infância público é gratuito e

faz parte da escolaridade obrigató-

ria em quase todos os cantões. Nos

poucos cantões onde é opcional,

quase todas as crianças o visitam de

qualquer maneira. O contacto com

outras crianças ajuda a sua criança a

melhorar os conhecimentos linguís-

ticos e as capacidades sociais. Por

isso, recomendamos-lhe vivamente

de fazer uso desta oferta. Igualmente

importante para os conhecimentos

linguísticos da sua criança é que con-

tinue a falar em casa com ela na sua

língua materna.

Como funciona a escola?

Assim que a sua criança atingir a

idade escolar, o município atribui

a criança a um estabelecimento de

ensino próximo da sua residência e

informa os pais, por escrito, sobre o

local e o dia de início do ensino esolar

obrigatório.

Todas as crianças na Suíça frequen-

tam o ensino escolar obrigatório. As

escolas públicas oferecem um ensino

escolar gratuito e qualitativamente

muito bom, ao longo de 9 anos.

Importância da educação e trabalho

Uma formação profissional qua-

lificada após conclusão do ensi-

no escolar obrigatório é um con-

ceito normal e comum na Suíça.

Cerca de noventa por cento de

todos os jovens concluem uma

formação profissional ou acadé-

mica. Deste modo, as oportuni-

dades no mercado de trabalho e

a flexibilidade para a posterior

vida laboral são substancial-

mente maiores.

12 13

Informações e endereços sobre o sistema escolar na Suíça www.edk.ch

Political bodies > To the list of EDK members

www.educa.ch Bildungsraum Schweiz > Bildungs- system

Apoio na escolha profissional Orientação profissional

www.berufsberatung.ch

Formação profissional Informações sobre a formação base profissional

www.berufsbildungplus.ch

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14 15

A ponte do sucessoImportância da educação e trabalho

no universitário (após realização de

uma prova).

Uma vaga de formação

profissional na empresa, após

conclusão do ensino obrigatório

A procura por uma vaga de formação

profissional numa empresa tem que

ser iniciada atempadamente, isto é,

o mais tardar um ano antes da con-

clusão do ensino escolar obrigatório.

No entanto, nem todos os jovens

encontram uma vaga de formação

profissional adequada. Neste caso é

possível frequentarem os chamados

cursos de ponte. Pergunte na escola

ou na orientação profissional sobre

os cursos e programas adequados.

Formação e formação contínua

no nível terciário

Na Suíça, o ensino superior está

dividido em universidades e esco-

las superiores de ciências aplicadas

técnicas (p. ex. escolas de ensino

superior pedagógicas, sociais ou

técnicas). O pré-requisito para os

estudos é, consoante o tipo de es-

tabelecimento de ensino superior e

de curso, a conclusão do 12.º ano

ou o diploma profissional.

A importância do trabalho

O gosto pelo trabalho e a indepen-

dência económica são tradicional-

mente muito importantes na Suíça

para a integração na sociedade.

Ter trabalho – juntamente com a

independência financeira para o

dia-a-dia – é para muitos um pré-

requisito para uma boa auto-estima

e reconhecimento social.

Após o ensino escolar

obrigatório

A conclusão do ensino secundário

II é muito importante para o futuro

profissional e social da sua criança

na Suíça. Existem diversos caminhos

para atingir este objectivo, mas prin-

cipalmente dois: a formação numa

profissão específica, a chamada

«formação profissional» numa em-

presa ou a continuação numa escola

orientada para o prosseguimento de

estudos (p. ex. Escola Cultural Geral

FMS, Escola de 12.º ano). A decisão

sobre o tipo de estudos a concluir é

tomada pelos(as) estudantes, jun-

tamente com os pais e os professo-

res, no final do ensino secundário I

(a partir do 8.º ano) com base nos

desejos profissionais e nas respec-

tivas capacidades. Existem centros

de orientação profissional e centros

de informação que o apoiam a si e

aos seus filhos na escolha a tomar.

A formação profissional

desempenha um papel

fundamental na Suíça

Cerca de dois terços dos jovens op-

tam por uma formação profissional,

após a conclusão do ensino escolar

obrigatório. Esta formação une a

aprendizagem prática (durante o

trabalho na empresa) à formação

teórica escolar. A maioria dos cursos

profissionais tem uma duração de

dois a quatro anos. Os jovens com

as respectivas capacidades podem

ainda optar por concluir o Diploma

Profissional. Este abre caminho aos

estabelecimentos de ciências apli-

cadas de ensino superior ou ao ensi-

O ensino escolar obrigatório está

dividido no ensino primário e no en-

sino secundário I: o ensino primário

tem por norma uma duração de seis

anos além de dois anos de jardim de

infância. Depois segue-se durante

3 anos o ensino secundário I, no qual

os estudantes são ensinados em

grupos de acordo com o seu nível.

Na Suíça, os cantões são principal-

mente responsáveis pela educação/

ensino. A sua organização não é uni-

forme em toda a Suíça. Informe-se

com antecedência no seu município.

Ofertas de apoio

complementares

Os(as) estudantes com necessidades

de apoio especiais recebem apoios

gratuitos, no âmbito do ensino es-

colar obrigatório. Para crianças com

conhecimentos insuficientes do idio-

ma oficial escolar, existem igualmen-

te programas de apoio. Fora da esco-

la existem também programas de en-

sino no idioma materno. Pergunte,

por exemplo, na sua escola ou nas

organizações da sua comunidade lin-

guística sobre os programas de ensi-

no em «Língua materna e cultura»

(Heimatlicher Sprache und Kultur).

Nada é possível sem os pais

No jardim de infância e na escola

são realizadas regularmente reu-

niões de pais. Dos pais é esperado

que aproveitem a oportunidade

para falar com os professores e

pedagogos sobre a sua criança e as

possibilidades de educação. Se não

dominar a língua local, solicite tra-

duções interculturais.

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O trabalho clandestino é

mau para todos

Quem trabalhar mas não pagar as

contribuições para a segurança so-

cial e não pagar impostos está a de-

sempenhar um trabalho clandesti-

no. O trabalho clandestino constitui

um crime para a entidade patronal

e para o trabalhador por conta de

outrem e não compensa. O trabalho

clandestino coloca em risco a sua

própria cobertura de seguro e a de

terceiros.

Que autorizações necessito para

o trabalho e residência?

Se for cidadão ou cidadã de um

estado-membro da União Europeia

(UE) ou de um país membro da

EFTA, você está sob o acordo de livre

circulação de pessoas.

Se, no entanto, for oriundo de outro

país ou se viver, neste país, como

pessoa com autorização de residên-

cia humanitária ou com o estatuto

de refugiado, estará sob a alçada

da Lei de estrangeiros e integração

(FNIA) ou da Lei de asilo (AsylA).

A Secretaria de Estado para a Migra-

ção SEM informa-o(a) sobre todas

as prescrições gerais em vigor que

visam o acesso ao mercado de tra-

balho suíço, a residência e as condi-

ções para chamar a sua família para

junto de si. Os cantões são respon-

sáveis pela emissão das autoriza-

ções. Para mais informações sobre

as formalidades dos tipos de autori-

zação deve entrar em contacto com

a respectiva autoridade cantonal

que é, por norma, o Departamento

Cantonal de Migração.

Na Suíça vigora o direito do

trabalho liberal

Os direitos e obrigações das entida-

des patronais e dos trabalhadores

por conta de outrem são definidos,

por escrito, num contrato de tra-

balho. Neste são definidos os prin-

cipais aspectos do contrato como,

por exemplo, o horário de trabalho,

o período experimental, o salário, os

prazos de despedimento e as férias.

Para alguns ramos profissionais exis-

tem regulamentos gerais (contrato

de trabalho colectivo).

Na Suíça trabalha-se em média

42 horas por semana. Consoante o

sector, o tempo de trabalho pode,

no entanto, atingir as 50 horas

(tempo de trabalho máximo defini-

do por lei). O salário acordado com

a sua entidade patronal é um valor

ilíquido. Deste valor são desconta-

das as contribuições obrigatórias

para a segurança social. Na Suíça

não existe um salário mínimo defi-

nido por lei. No entanto, em muitos

ramos profissionais existem remu-

nerações mínimas, acordadas entre

associações patronais e sindicatos

em contratos de trabalho colectivos.

Equivalência dos diplomas

Na Suíça a entidade patronal dá

muito valor às qualificações e habi-

litações oficialmente reconhecidas,

ou seja, diplomas e habilitações de

trabalho. Existem diversas entidades

competentes para a avaliação das

habilitações e experiências adqui-

ridas no estrangeiro. Estas infor-

mam-no(a) sobre possíveis procedi-

mentos.

Ensino no idioma materno www.edk.ch

> Bildungssystem CH > Kantons- umfragen > HSK-Unterricht

Diplomas estrangeiros Informações e endereços para a equiva-lência de diplomas estrangeiros

www.sbfi.admin.ch > Education > Recognition of foreign qualifications

Trabalho, residência e família Secretaria de Estado de Migração SEM

www.sem.admin.ch > Entry and Residence

Autoridades públicas cantonais www.sem.admin.ch

> About us > Contact > Cantonal authorities

14 15

A formação contínua também

é importante para os adultos.

Existem diversas possibilidades

para uma formação base ou

formação contínua profissional.

Estas formações têm vindo a

valorizar crescentemente. Os

cursos de formação contínua

são prin- cipalmente oferecidos

por instituições privadas mas

também públicas.

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Yasar Turgut Médica de Família

«Eu atendo os(as) pacientes fre-quentemente ao longo de anos. Isto permite-me avaliar melhor as queixas dos meus pacientes, comparando com alguém que atendo apenas uma vez e cujo historial clínico não conhe-ço. Afinal de contas não é apenas o corpo que padece da doença, mas todo o ser humano. Neste caso uma conversa pessoal ou uma relação de confiança entre o médico e paciente permite obter melhores resultados. Especialmente nos(as) emigrantes estrangeiros(as) que vêm ao meu consultório, as diferenças culturais não devem ser subestimadas e devem ser bem analisadas. As minhas raízes turcas ajudam-me, não só, a com-preender os seus problemas,

mas também a entendê-los. Para muitos não é fácil orientarem-se no sistema do serviço de saúde suíço. Neste caso compete-me a mediação entre os médicos da especialidade, os hospitais e os pacientes e o respectivo acompanhamento individual.»

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Sentido de responsabilidade social

A Suíça dispõe de um bom sistema

social. Este assegura que as pessoas

não padeçam de necessidades ma-

teriais a longo prazo em situações

complicadas.

As duas faces da moeda:

solidariedade e responsabilidade

pessoal

Cada pessoa assume responsabili-

dade por si e participa com o próprio

contributo, consoante as capacida-

des, para superar as tarefas no es-

tado e na sociedade. Isto é definido

pela Constituição Federal Suíça. Em

situações em que tal não é possível,

o Conselho Federal, os cantões e os

municípios asseguram a protecção

necessária, por exemplo, face às

consequências económicas da ida-

de, invalidez ou doença, acidente e

desemprego. Para que estes serviços

também possam ser prestados, é im-

portante que pague as suas contribu-

ições de segurança social e impostos

e que faça o possível para garantir

a sua própria subsistência e que não

tenha de depender de terceiros.

O seguro de saúde é obrigatório

na Suíça

Quem viver na Suíça é obrigado a ter

um seguro de saúde. O mais tardar

três meses após ter uma residência

na Suíça é obrigatório ter um seguro

de saúde para si e para a sua família.

O seguro básico obrigatório para

todos os adultos e menores na Suíça

cobre as despesas para tratamentos

médicos e em hospitais públicos,

bem como para a maioria dos me-

dicamentos prescritos pelos médi-

cos. Para esse efeito, todos os meses

paga um prémio ao seguro de saúde.

O montante do prémio depende do

local de residência, se pretende assu-

mir pessoalmente parte das despesas

e se segurar serviços complementa-

res. Serviços complementares são,

por exemplo, tratamentos dentários

que não são cobertos pelo seguro

básico obrigatório e que têm que ser

pagos separadamente.

Seguro para acidentes

de trabalho

Quem trabalhar oito horas ou mais

por semana é segurado, pela enti-

dade patronal, contra acidentes.

Este seguro cobre as despesas eo

ordenado, durante o tempo de bai-

xa médica em caso de acidentes.

Quem trabalhar menos de oito ho-

ras por semana, ou trabalhar por

conta própria, tem que celebrar

pessoalmente este seguro.

Segurança social e saúde

O desespero pode bater à porta

de qualquer um. A rede da se-

gurança nacional baseia-se na

solidariedade. Por isso todos

contribuem para o bem comum:

os saudáveis pelos doentes, os

jovens pelos idosos, os ricos pe-

los pobres ou os solteiros pelas

famílias.

Segurança social na Suíça

www.bsv.admin.ch > sozialpolitische Themen

Doença Informações sobre o seguro de saúde

www.foph.admin.ch > Insurances > Health insurance

Desemprego O que fazer?

www.jobarea.ch

Violência Centros de apoio especializados contra a violência

www.ebg.admin.ch > Themen > Gewalt > Beratungsstellen für Opfer

16 17

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apoiá-lo(a) na procura de um novo

emprego. Só receberá subsídio de

desemprego se tiver trabalhado

durante, pelo menos, doze meses

nos últimos dois anos ou se apre-

sentar uma justificação de isenção

da obrigatoriedade do pagamento

das contribuições. Na Suíça todos os

trabalhadores por conta de outrem

estão obrigatoriamente segurados

contra o desemprego.

Apoios complementares para

as famílias

Todas as mulheres que desempen-

ham uma profissão têm direito a uma

licença de maternidade de 14 se-

manas e ao pagamento de 80% do

último ordenado ou salário duran-

te esse período. Os trabalhadores

por conta de outrem com crianças

têm sempre direito a prestações

familiares, independentemente do

ordenado. Estas prestações também

são atribuídas a desempregados

com baixos rendimentos.

O objectivo é permitir uma vida

com dignidade para todas as

pessoas

Em alguns casos, quando os rendi-

mentos não são suficientes para so-

breviver e nem mesmo a segurança

social pode ajudar, entra em acção

a assistência social. A assistência

social é da responsabilidade dos

cantões e, por norma, é accionada

pelo município de residência. Esta é

financiada pelos impostos.

18 19

Sentido de responsabilidade socialSegurança social e saúde

órfão. O IV tem o objectivo de apoiar

pessoas com uma deficiência. Neste

caso, o seguro ajuda as pessoas a

poderem manter o posto de traba-

lho ou a encontrar um novo. Se ne-

nhuma das duas coisas for possível,

o IV também paga pensões de re-

forma. O montante das pensões de

reforma do AHV e IV assegura cobrir

as despesas existenciais. Se este não

for o caso é possível solicitar presta-

ções complementares.

As necessidades complementares

que excedem os valores mínimos

de sobrevivência são cobertas pe-

las pensões de reforma da caixa de

pensão. O seguro de uma caixa de

pensão é obrigatório para todos os

trabalhadores por conta de outrem,

a partir de um determinado salário

mínimo (cerca de 20000 francos por

ano).

Os trabalhadores por conta própria

podem escolher se pretendem con-

tribuir para uma caixa de pensão.

Quem, além disso, quiser poupar

dinheiro para ter uma velhice desa-

fogada, pode investir o dinheiro no

chamado terceiro pilar, num seguro

ou num banco e ainda é favorecido

pelo estado, através da dedução de

impostos.

O que fazer em caso de

desemprego?

Se estiver desempregado(a) ou se

estiver à procura de emprego deve

inscrever-se no Centro de Empre-

go (RAV) no seu cantão. Este irá

Procure um médico ou médica de

família da sua confiança

A maioria das pessoas na Suíça tem

um médico ou médica de família a

quem recorre regularmente em caso

de doença e acidente. Este ou esta

irá transferi-lo(a) para um médico

ou médica da especialidade ou para

o hospital, consoante o grau de gra-

vidade da doença ou acidente. As

idas directas ao hospital só devem

ser realizadas em situações de emer-

gência.

Cada pessoa tem direito à

integridade física e psíquica

Na Suíça toda e qualquer aplicação

de violência é proibida e punível por

lei. Nesta estão incluídas a violência

doméstica, a mutilação genital femi-

nina ou casamentos forçados. Con-

tacte um dos centros de apoio es-

pecializados caso se encontre numa

situação de emergência.

Apoio na velhice, prestações

de sobrevivência ou invalidez

Adultos a partir dos 18 anos de ida-

de são obrigados a ter um seguro

de velhice e a favor de sobreviven-

tes (AHV) e um seguro de invalidez

(IV) e pagar regularmente as contri-

buições referentes a esse seguro. O

AHV paga uma pensão de velhice

a mulheres a partir dos 64 anos de

idade e a homens a partir dos 65

anos de idade. Após a morte de um

familiar, o seguro paga igualmente

uma pensão de sobrevivência e de

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Pé-de-imprensa

EditorStaatssekretariat für Migration SEM (Secretaria de Eastadio das Migrações SEM)Quellenweg 6, 3003 Bern-WabernTelefone 058 465 11 11

www.sem.admin.ch

Conceito e redacção Abteilung Integration SEM

Concepção, redacção e realização medialink, Zürich

www.medialink.net

Fotografía Patrik Fuchs, Zürich

www.patrikfuchs.com

Traduçãoproverb, Biel/Bienne

www.proverb.chtranspose SA

www.transpose.ch

FonteVertrieb Bundespublikationen BBL CH-3003 Berna

www.bundespublikationen.admin.chReferência 420.002.por

© SEM / EJPD 2020

Caras leitoras, caros leitores

Integração

Centros de competência cantonais e outros endereços no âmbito da integração

www.sem.admin.ch > Über uns > Kontakt > Kantonale Behörden > Ansprechstellen für Inte- gration in Kantonen und Städten

Comissão Federal para Questões de Migração EKM

www.ekm.admin.ch

Informações sobre as áreas de vida em diversos idiomas

www.migraweb.ch

Traduções interculturais

www.inter-pret.ch

Migração

Secretaria de Estadio das Migrações

Trabalho/Residência/Acompanhamento da família

www.sem.admin.ch > Entry and Residence

Endereços cantonais

www.sem.admin.ch > About us > Contact > Cantonal authorities

Nacionalização

www.sem.admin.ch > Entry & residence > Swiss citizenship / Naturalization

Endereços cantonais

www.sem.admin.ch > About us > Contact > Cantonal authorities

Publicações do SEM

www.sem.admin.ch > Publications & services > Publications

Outros temas

Trabalho

Secretaria de Estado de Economia seco

www.seco.admin.ch Trabalho clandestino

www.keine-schwarzarbeit.ch

Educação Conferência de Directores de Educação Cantonal EDK

www.edk.ch

State Secretariat for Education,Research and Innovation

www.sbfi.admin.ch

Descriminação/Racismo/Violência Centro de Apoio no Combate ao Racismo FRB

www.edi.admin.ch> Themen > Rassismus > Fachstelle für Rassismusbekämpfung

Centros de apoio especializados contra a violência

www.ebg.admin.ch> Topics > Violence > Victim Support Switzerland Saúde Departamento Federal de Saúde BAG

www.bag.admin.ch

Informações sobre questões de saúde em diversos idiomas

www.migesplus.ch

Sistema de Segurança Social Departamento Federal de Segurança Social BSV

www.bsv.admin.chInformações sobre AHV/IV e EL

www.ahv-iv.ch

Assistência Social

www.skos.ch

Habitação Departamento Federal de Habitação BWO

www.bwo.admin.ch

Estado Civil

www.bj.admin.ch > Gesellschaft > Zivilstandswesen > Merkblätter

Com esta brochura esperamos ter conseguido desmistificar o dia-a-dia

e ajudado nos primeiros passos no novo ambiente. No caso de ter

perguntas a colocar ou assuntos pessoais pendentes, pode consultar a

seguir uma série de links para informações complementares e apoios.

Não hesite em informar-se. Temos muito gosto em ajudá-lo(a). Deseja-

mos-lhe sorte e motivação!

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