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ARACRUZ Bem de Raiz ganha site na internet (pág. 6) em revista Ano 15 Nº 179 Fevereiro 2008 Desenvolvimento sustentável Comitê de Sustentabilidade: um fórum para orientar as ações da Aracruz Páginas 8 e 9

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ARACRUZBem de Raiz ganha site na internet (pág. 6)

e m r e v i s t a

Ano 15

Nº 179

Fevereiro – 2008

Desenvolvimento sustentávelComitê de Sustentabilidade: um fórum para orientar as ações da AracruzPáginas 8 e 9

aracruz em revista2

posturas e práticas ambientais e sociais. O ambiente para as empresas de hoje é

marcado por exigências associadas à sustenta-bilidade partindo de comunidades, consumi-dores, ONGs, governos, empregados, investi-dores e clientes. Com isso, a competitividade passou a requerer o atendimento dessas exigências, além das tradicionais – qualidade, preço e retorno fi nanceiro.

Várias empresas, inclusive a Aracruz, vêm buscando incorporar a sustentabili-dade como um valor permanente e como prática de gestão, levando em conta di-mensões como governança, transparência e credibilidade, relacionamento com as partes interessadas e tratamento adequado das questões ambientais e sociais. O convite pelo Conselho de Administração para que renomados membros independentes inte-grem o seu Comitê de Sustentabilidade é um passo nessa direção.

É importante que cada empregado en-tenda que a busca da sustentabilidade na empresa, assim como na sociedade, é impor-tante para a sua vida, e que sua participação é vital, seja no desempenho de suas atividades funcionais, seja na incorporação de hábitos como redução e separação de lixo, no uso de produtos que causem menor impacto ao ambiente, economia de energia em casa e no trabalho. E na raiz disso tudo deve estar uma atitude geral pró-ativa em busca de um mundo mais justo e saudável.

Por que a sustentabilidadeé importante?

Carlos Alberto Roxo

Várias empresas, inclusive a Aracruz, vêm buscando incorporara sustentabilidade como um valor permanente e como prática de gestão

Jéssica, Gilsomara, Juliana e Darlane: menores aprendizes iniciam aprendizado prático (pág. 14)

Í n d i c e

O conceito de sustentabilidade é defi ni-do de muitas formas, mas poucos per-cebem como é completo. A começar

por nós. O homem antigo vivia em torno de 30 anos e o seu signifi cado de susten-tabilidade era sobreviver no curto prazo e preservar a espécie. Para o homem de hoje, que pode viver muito mais, o signifi cado é o de chegar a idades avançadas em boas condições e gerar descendentes que alcan-cem o mesmo, o que o faz adotar estilos de vida que levem em conta a alimentação, exercícios físicos, busca da estabilidade emocional e fi nanceira e um conjunto de hábitos incorporados ao dia-a-dia.

Mas isso não basta, pois o homem de-pende de um ambiente sustentável, o que o fez preocupar-se com os recursos naturais e o conjunto da sociedade. Quando esses são marcados pelo desequilíbrio e pela frag-mentação, enfrentamos ameaças que põem em risco a sustentabilidade pessoal, como a poluição do ar, da água e dos alimentos, os vírus que escapam dos ambientes naturais, os efeitos das mudanças climáticas, a fome, a violência física e moral e a própria capaci-dade da sociedade em se manter integrada e conectada com o planeta.

Tal entendimento fez com que o ho-mem procurasse incorporar a sustentabili-dade no funcionamento da sociedade, ge-rando mudanças que alteraram o ambiente de negócios, exigindo das empresas novas

Coordenação Jornalística: Sandra Cola (MTb 320/85) Jornalista Resp.: Rogéria Gomes (MTb 435/89) Textos: Daniel Andriotti, Fernanda Farina, Jullya Minnely, Larissa Fleischmann e Renata Tissot Editoração: Pauta 6 Fotos: Daniel Andriotti, Euclydes Aranha, Manejo Ambiental e Marcelo Duarte Impressão: GSA Tiragem: 7.000 exemplares

ARACRUZ EM REVISTA é uma publicação mensal da Aracruz Celulose S.A., editada sob a coordenação da Gerência de RH Corporativa. Rodovia Aracruz/Barra do Riacho, Km 25, CEP 29197-900, Aracruz – ES – Tel.: (27) 3270 2918 ou 3270 2588

Conselho de Comunicação Interna: Antônio Elias Bosque Jr, Fernando Bertolucci, Fernando Ramiro,Francisco Geovani Rosal, Jorge Luiz Moro, Karina Fiorezi, Lícia Lucas Cantarella, Luiz Malovine, Marcelo Ambrogi, Margareth Soares Cunha, Robert Cardoso Sartório e Simara Santos Silva

Envie sua sugestão ou opinião para a comunicação interna: [email protected]

Opinião Por que a sustentabilidade é importante? 02

Conheça de perto Joselito Junqueira 03

Negócio Insumo feito em casa 04

Tecnologia Novo SAP em operação 05

Pesquisa Prevenção: melhor remédio contra pragas 06

Imagem Bem de Raiz na internet 06

Qualifi cação Mais fornecedores certificados 07

Capa Sob a ótica da sustentabilidade 08

Giro pelo negócio Equipe da Carpelo conhece a APM 10

Equipe Inteligência digital 12

Parceiros Empresa parceiranúmero um 13

Responsabilidade social

"Pescar" habilitamais 15 jovens 14

Helvécia ganha biblioteca 15

Espaço PEA Manejo florestal 15

Integração Mês de visitas 16

Você também pode escreverSe você é daquelas pessoas que gostam de escrever e desejaria publicar no espaço Opinião da Aracruz em revista algum artigo de sua autoria, basta encaminhá-lo à Comunicação Interna ([email protected]). O artigo pode ter de 35 a 40 linhas digitadas, e sua publicação será avaliada.

Carlos Alberto Roxo é diretor de Sustentabilidade e Relações Corporativas da Aracruz

op

in

o

ARACRUZBem de Raiz ganha site na internet (pág. 6)

e m r e v i s t a

Ano 15Nº 179Fevereiro – 2008

Desenvolvimento sustentávelComitê de Sustentabilidade: um fórum para orientar as ações da Aracruz nessa áreaPáginas 8 e 9

3aracruz em revista

Um campeão das quadras

E m 1984, um anúncio sobre novas vagas para a área fl orestal da então Riocell chegou à Escola Técnica de

Agricultura de São Leopoldo, cidade da região do Vale do Rio dos Sinos, a 40 quilômetros de Porto Alegre (RS). Entre os interessados estava o aluno Joselito Junqueira, natural da cidade de Estrela, à época com 18 anos. O hoje analista de Pla-nejamento Florestal da Unidade Guaíba iniciava ali – como auxiliar de inventário da Florestal Guaíba (empresa subsidiária da Riocell) – uma carreira que já dura mais de duas décadas.

Vida nova, cidade diferente e logo a paixão de Joselito não fi cou restrita apenas à atividade profi ssional. Ele conheceu Margareth, que na época trabalhava no município vizinho de Eldorado do Sul e que, três anos mais tarde, virou colega de trabalho. Atualmente ela é assistente executiva da área de desenvolvimento da Unidade Guaíba. Casados há 17 anos, Jo-selito e Margareth têm um casal de fi lhos: Júlia, de 11; e Pedro, de 4 anos.

Ao longo do tempo, a família, o tra-balho, o lazer e os amigos tiveram que ser conciliados com investimentos em capacitação profi ssional: Joselito traz no currículo uma graduação no curso de Administração de Empresas, obtido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e uma pós-graduação em Gestão Florestal, cursada na Universidade Federal do Paraná.

Os mais de vinte anos de vivência na Unidade Guaíba lhe proporcionaram diferentes percepções. Joselito considera que a mais signifi cativa delas tenha sido a aquisição da fábrica pela Aracruz, “uma grande organização, cuja tecnologia de ponta e estratégia de longo prazo na

C o n h e ç a d e p e r t o

Joselito Junqueira está há 24 anos na Unidade Guaíba, onde já foicampeão sul-brasileiro de voleibol defendendo a equipe da empresa Amigo

da bola

produção de celulose proporcionaram a retomada dos investimentos na fábrica de Guaíba”. Ele salienta ainda que o pro-cesso de terceirização da então Riocell, iniciado pela área fl orestal, provocou mu-danças no perfi l dos empregados e trouxe um conceito inovador no proces-so de gestão de empresas.

Joselito Junqueira

Torcedor do Grêmio e adepto de pelo menos uma peladinha de futebol com os amigos por semana, Joseli-to também é um apaixonado pelo basquete, esporte que praticou por algum tempo. Mas foi no voleibol que obteve seu maior mérito esportivo: vestindo a camiseta azul e branco do Clube Recreativo Riocell, disputou quatro campeonatos estaduais da modalidade em torneios organiza-dos pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) nas décadas de 80 e 90.

Ele chegou a conquistar o título estadual superando equipes que mais tarde atingiriam patamares profis-sionais e passariam a integrar a Liga Nacional de Vôlei, como Sadia e Per-digão. Joselito e seus colegas de quadra no Clube Recreativo Riocell foram ainda mais longe: ergueram o troféu de campeão sul-brasileiro numa fi nal

emocionante contra a catarinense Chapecó, disputada em Florianópolis (SC).

Quando não está debruçado diante de mapas e planilhas, pla-nejando o suprimento de madeira para a fá-brica, ele curte mesmo

é viajar e promover churrascos com fa-miliares e amigos. No

verão, gosta de desfru-tar de um merecido descanso junto ao mar.

Mas jamais tira os olhos do futuro, imaginando uma projeção profi ssional cada vez maior e alinhada ao crescimento da empresa.

aracruz em revista4

Planta satélite na Unidade Guaíba já produz carbonato de cálcio precipitado. Depois dacelulose, o produto é o mais importante componente na fabricação de papel

A Unidade Guaíba já conta com uma planta satélite de carbonato de cálcio precipitado (CCP). O anúncio ofi cial

do início das operações foi feito na segunda metade do mês de janeiro pela SMI – Mi-nerals Technologies do Brasil, empresa fi liada à norte-americana Specialty Minerals Inc., que detém a maior escala e a mais avançada tecnologia mundial na fabricação deste produto. Em 2006, a SMI e a Aracruz fi rmaram uma parceria para a fabricação de carbonato de cálcio precipitado. De-pois da celulose, o produto é o segundo componente de maior importância para a fabricação de papel.

O gerente industrial da Unidade Guaíba, Paulo Silveira, destaca que a planta satélite de CCP aumenta a competitividade da Fábrica de Papel: “O valor agregado vem pela eliminação do custo do frete, que era muito signifi cativo, pois o produto percorria

N e g ó c i o

Otimizar custos

atendendo a

requerimentos de

mercado

Insumo feito em casa

cerca de 2,5 mil quilômetros para chegar até Guaíba”, disse. Além disso, com a eliminação desse transporte rodoviário há ainda o bene-fício ambiental, já que se evita, no mínimo, o consumo de cerca de 20 mil litros mensais de óleo diesel usados pelos caminhões.

No empreendimento, foram investidos cerca de R$ 12 milhões e a planta tem capa-cidade de produção de até 25 mil toneladas anuais de CCP, possibilitando atender – além da fábrica de papel da Aracruz, que consome cerca de 10 mil toneladas/ano – aos merca-dos da região sul do Brasil e do Mercosul. Entre os benefícios sociais, estão previstos a geração de R$ 4 milhões em impostos, além de seis empregos diretos e dez indiretos. Lairton Leonardi, diretor da Minerals, elogiou a persistência e a qualifi cação da equipe da Aracruz envolvida no projeto. “As pessoas ainda são o que há de mais importante num empreendimento”, disse.

Ar mais puro

A planta de carbonato de cálcio precipitado (CCP) operada pela SMI na área industrial da fábrica gaúcha encurtou a distância entre o insumo e a Fábrica de Papel

A tecnologia para produção do CCP utiliza cal e CO2 (gás carbônico), que deixa de ser lançado na atmosfera e passa a ser matéria-prima no pro-cesso de fabricação deste produto. O CCP é transportado até a fábrica de papel através de tubulação, de forma similar à utilizada para a celulose e as demais utilidades.

“Até o fi nal de 2003, utilizávamos o GCC (carbonato de cálcio natural) em nossa máquina de papel”, explica a gerente de Fabricação de Papel da Unidade Guaíba, Bernadete Chagas. “Entretanto, por ser natural, ele é menos uniforme e sua qualidade está diretamente ligada à fonte de onde é extraída. Já o precipitado, por ser produ-zido industrialmente, é desenvolvido de acordo com a especifi cação do cliente, atendendo ao tipo de papel produzido e às características desejadas e valoriza-das pelos nossos clientes, realçando as propriedades físicas, óticas e de printa-bilidade do papel”, observa ela.

5aracruz em revista 5aracruz em revista

Após nove meses, a nova versão do sistema integrado SAP R/3 – desenvolvida no Projeto Fênix – entra em operação, oferecendo novas

funcionalidades e mais agilidade aos usuários de informática

Novo SAP já está em operação

A pós muito trabalho e superação da equipe envolvida no Projeto Fênix ao longo de 2007, a nova versão do

sistema integrado utilizado pela Aracruz – o SAP R/3 – entrou em operação em ja-neiro em todas as unidades da empresa.

A etapa de transição ocorreu conforme o planejado e desde o dia 1º de janeiro começaram a ser ativados processos rela-cionados às áreas industrial, comercial, Te-souraria, Suprimentos, Recursos Humanos e Fábrica de Papel da Unidade Guaíba.

As operações relacionadas à área de Controladoria também foram concluídas com o primeiro fechamento contábil de 2008, ocorrido no início de fevereiro. Após os principais ajustes, normais nesse tipo de substituição de sistema, parte da equipe do projeto será desmobilizada e parte será

mantida para concluir algumas alterações solicitadas pelos usuários, que não puderam ser executadas ainda.

O propósito do Projeto Fênix, que envolveu cerca de 100 pessoas (entre empregados da Aracruz e consultores externos), foi revisar os processos da empresa, que passaram por diversas mo-difi cações ao longo dos últimos dez anos. O projeto tornou esses processos mais simples e unifi cados entre as unidades de negócio da companhia, contribuindo para aumentar a produtividade e automa-tização das áreas.

A versão ECC 6.0 do SAP, mais moder-na, alinhada às melhores práticas de mer-cado e com nova plataforma tecnológica, garantirá que, no futuro, a empresa tenha o suporte adequado ao seu crescimento.

T e c n o l o g i a

Missão cumprida: a maior parte da equipe que participou do projeto está retornando para suas áreas de origem

Prover e implementar

soluções tecnológicas

Informática aprovada

A área de Informática da Aracruz manteve o bom índice de aprovação de seus serviços na Pesquisa Anual de Satisfação, realizada em dezembro de 2007. O índice de aprovação geral foi de 88,95%, considerando a quan-tidade de respostas com avaliações “muito bom” e “bom”.

A pesquisa foi enviada por e-mail a todos os usuários de correio eletrônico de todas as unidades e escritórios da empresa, incluindo prestadores de serviços e estagiários. Ao todo, 986 pessoas responderam e 75 enviaram algum tipo de co-mentário nas observações. “Esses comentários foram tabulados por assuntos e considerados no plano de ação de melhorias”, destacou o gerente de Informática da empresa, Mário Dobal Teixeira Neto.

Para assegurar a isenção e a transparência do resultado, as res-postas dadas pelos empregados e usuários que atuam na Info não foram consideradas.

aracruz em revista6

P e s q u i s a

Bem de Raiz

A Aracruz lançou em feverei-ro o site da marca Bem de Raiz, que identifica todos os

programas e ações de responsabi-lidade socioambiental da empresa, como o Programa Produtor Flo-restal e o Voluntariado Aracruz, entre outros.

O Bem de Raiz reforça, entre outros aspectos, a característica da Aracruz de ser uma empresa da terra, brasileira da gema, ou seja, de raiz. O objetivo do conceito é também unificar, dar coesão e propiciar uma percepção integra-da da companhia.

O Bem de Raiz surgiu da afinidade natural e direta com a matéria-prima da Aracruz: o euca-lipto. É uma expressão usada pelo Direito Civil para definir bens que não podem ser retirados do solo. O conceito e a marca foram desenvolvidos com o apoio das agências Setor 2 e 1/2 e W/Brasil e o site, pela Addcomm.

Criado em 2007, o Sistema de Gestão de Risco de Pragas da Aracruz estabelece diversos procedimentos operacionais antes de realizar as atividades de

maior risco de dispersão e introdução de pragas e doenças

Prevenção: melhor remédio contra pragas

P ara reduzir o risco de entrada e dis-persão de pragas fl orestais em viveiros e plantios da Aracruz, e também nas

propriedades dos parceiros do Programa Produtor Florestal, a empresa implementou o Sistema de Gestão de Risco de Pragas. “O eucalipto, assim como outras culturas, é um potencial hospedeiro de diversos agentes biológicos como fungos, bactérias e insetos, alguns dos quais capazes de comprometer o crescimento e a qualidade da madeira e, até mesmo, causar a morte das plantas. Como o nosso objetivo é atuar na preven-ção desse tipo de situação, desenvolvemos e implementamos esse sistema”, destacam os especialistas em Proteção Florestal do Centro de Pesquisa e Tecnologia (CPT), Robert Sartório e Reginaldo Mafi a.

A novidade, criada em 2007, estabelece diversos procedimentos operacionais pré-vios às atividades de maior potencial de

risco de introdução e dispersão de pragas e doenças. As operações de compra, venda ou transferência de sementes, mudas, ma-deira e equipamentos de colheita foram as atividades identifi cadas como sendo as de maior risco. “O novo sistema orienta essas áreas para que, através de amostragens, busquem identifi car sinais ou sintomas re-lacionados às pragas e doenças. A partir da sua detecção, o responsável pelas atividades de potencial risco solicita uma Análise de Risco de Pragas (ARP) aos responsáveis técnicos pela proteção fl orestal da Aracruz. Com esse novo sistema buscamos garan-tir a saúde dos nossos plantios”, explica Edmilson Bitti, especialista em Proteção Florestal da Aracruz.

O novo sistema orienta diferentes áreas da empresa que desenvolvem ati-vidades com potencial de introdução e dispersão de pragas.

I m a g e m

Para conferir, acessewww.bemderaiz.com.br

O novo sistema facilita o controle de pragas nos viveiros de mudas e nos plantios de eucalipto

na internet

7aracruz em revista

Q u a l i f i c a ç ã o

Outros 10 fornecedores de produtos e serviços foram certifi cados pelo Prodfor em 2007, entre eles a Gramado Paisagismo, a primeira empresa parceira da Aracruz a ter seu

Sistema de Gestão Ambiental certifi cado pelo programa

Mais fornecedores certificados

A Aracruz ampliou para 93 o número de fornecedores certifi -cados pelo Programa Integrado

de Desenvolvimento e Qualifi cação de Fornecedores (Prodfor), do qual é uma das empresas mantenedoras. Em 2007, mais 10 empresas que prestam serviços à companhia receberam o certifi cado, atestando a qualidade de seus produtos e serviços. Destas, nove foram certifi cadas no Sistema de Ges-tão da Qualidade em Fornecimento (SGQF) e uma no Sistema de Gestão Ambiental (SGA).

Para participar do processo de certificação pelo Prodfor as empresas são indicadas pelas respectivas mante-nedoras às quais fornecem produtos e serviços. As empresas parceiras que

serão indicadas pela Aracruz para o pro-cesso de desenvolvimento e certificação em 2008 ainda estão sendo selecionadas, segundo informou o representante da Aracruz no Comitê do Prodfor, Rubens Bastos Gouvea. Ao todo, o Prodfor, que completou seu décimo aniversário em 2007, já certificou cerca de 300 empresas no Espírito Santo.

Neste ano, a novidade no Programa será a certifi cação da primeira turma no Sistema de Gestão Financeira, Fiscal e Trabalhista (SGFFT), lançado em outu-bro de 2007. O objetivo da nova norma é implantar nas fornecedoras a organiza-ção necessária para o aprimoramento da gestão em fi nanças de forma geral e em acordo com a política fi scal e trabalhista da organização.

Empresa destaqueA Aliança Florestal, em-

presa parceira que atua na manutenção de equipamentos fl orestais e operação de colhei-ta, além de recertifi cada pelo Prodfor em 2007, foi premiada pelo melhor desempenho entre fornecedores na manutenção do Sistema de Gestão da Qua-lidade em Fornecimento.

“A conquista da qualidade e, mais ainda, da excelência, é um processo contínuo e permanen-te. A manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade é um grande desafi o e conquistar esse prêmio demonstra a consoli-dação de uma cultura geral de qualidade implantada entre os colaboradores”, destaca Carmem Regina Silva, coordenadora da Qualidade da Aliança.

Para 2008, a Aliança já possui novos desafi os, como a implantação de duas novas nor-mas criadas pelo Prodfor em 2007: o Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (SGSS) e o Sistema de Gestão Ambiental (SGA).

Empresas certificadas em 2007Sistema de Gestão da Qualidade em Fornecimento (SGQF)

Aplysia – Assessoria e Consultoria

Electron Montagens Industriais

Galpotec Construções e Serviços

HOEST Assessoria e Consultoria

Industrial Dallapícola

Mindworks Informática

MMC Construções e Montagens

Peçasmaq Serviço Comércio e Peças

Psicoespaço

Sistema de Gestão Ambiental (SGA)

Gramado Paisagismo

Trabalhadores da Gramado: primeiro fornecedor da Aracruz a ter sua gestão ambiental certificada pelo Prodfor

aracruz em revista8

C a p a

Para garantir que as práticas e estratégias adotadas pela Aracruz sejam realizadas com base em conceitos sustentáveis, a companhia conta com o trabalho de um Comitê de Sustentabilidade

D esenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessi-dades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades. Essa defi nição

clássica, apresentada em 1987 em um documento da Organização das Nações Unidas (ONU), permanece atual. Toda organização genuinamente comprometida com o futuro tem assim um vínculo natural com o conceito de sustentabilidade, que consiste em aliar a viabilidade econômica à responsabilidade socioambiental.

“Nossa celulose faz parte do dia-a-dia de milhões de pessoas, em todo o mundo, na forma de variados tipos de papel ampla-mente utilizados. Nossa principal matéria-prima é a madeira proveniente de plantios fl orestais, cujo suprimento depende de diversos fatores, tais como biodiversidade, disponibilidade de água e qualidade do solo. E pelo fato de mantermos extensas áreas plantadas em diferentes regiões do país, nossa companhia está presente em centenas de comunidades, muitas delas carentes de oportunidades, para cuja qualidade de vida nossa contribuição é importante. Nesse contexto, trabalhar em sintonia com o conceito

de sustentabilidade é essencial para o nosso sucesso no longo prazo”, explica o gerente de Relações Corporativas da Aracruz, Ricardo Mastroti.

Para assegurar que a estratégia de crescimento da Aracruz esteja sempre alinhada a princípios e práticas sustentáveis, a empresa instituiu em 2004 um Comitê de Sustentabilidade, composto por diretores da empresa e membros do Conselho de Administração. No ano passado, esse comitê foi fortalecido ainda mais com o ingresso de membros independentes.

Instituído pelo Conselho de Administração, o Comitê de Sus-tentabilidade se reúne semestralmente ou sempre que necessário para apresentar recomendações, que são avaliadas pelo Conselho antes da tomada de decisões. Acompanhar a implantação de políticas, estratégias e ações, recomendar a revisão de planos e iniciativas em responsabilidade socioambiental, bem como avaliar o desempenho da companhia, as propostas de investimentos e as estratégias de relacionamento com os diversos públicos são algumas de suas atribuições.

Sob a ótica da

Maximizar valor para

o acionista em base

sustentável

sustentabilidade

9aracruz em revista

Equipe experienteO Comitê de Sustentabilidade é formado por

oito membros, com mandato até 2010. O Conselho de Administração elege os membros do Comitê, que pode ser composto por membros efetivos e suplentes do Conselho, diretores da companhia e profi ssionais independentes com conhecimento e experiência em gestão ambiental, social e política.

É o caso do professor da Universidade de Brasília (UnB) e conselheiro do WWF, Claudio Pádua, e do ex-governador do Acre, Jorge Viana. Pádua foi esco-lhido em função do seu trabalho à frente de organis-mos como a Fundação Ipê e o Fundo Nacional para o Meio Ambiente (Funbio), tendo recebido prêmios internacionais na área de conservação.

Viana, além de engenheiro fl orestal, é dirigente da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac), instituição de pesquisa para manejo e uso sustentável dos recursos fl orestais.

Composição do Comitê de Sustentabilidade

Carlos Alberto Vieira, presidente do Conselho de Administração da Aracruz

Haakon Lorentzen, membro do Conselho de Administração da Aracruz

Carlos Augusto Lira Aguiar, diretor-presidente da Aracruz

João Felipe Carsalade, diretor comercial da Aracruz

Carlos Alberto de Oliveira Roxo, diretor de Sustentabilidade e Relações Corporativas da Aracruz

Albano Chagas Vieira, diretor corporativo de Operações Industriais do Grupo Votorantim

Claudio Valladares Pádua, professor da Universidade de Brasília (UnB) e conselheiro do WWF

Jorge Viana, ex-governador do Acre e dirigente da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac)

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aracruz em revista10 aracruz em revista10

Novos recordes naFábrica de Papel

A Fábrica de Papel da Unidade Guaíba registrou recorde histórico de produção em 2007: o ano encerrou com um volume bruto de fabricação de 62.734 toneladas, sendo 58.253 to-neladas do produto acabado.

O resultado representa um incremen-to de 5% e 6%, respectivamente, sobre os números registrados no ano anterior. “Além disso, também superamos o índi-ce de efi ciência de qualidade do papel”, salienta a gerente Bernadete Chagas. Se-

gundo ela, a qualifi cação do produto bateu na casa de 99,6%.

Mas os bons resultados não pa-ram por aí: mesmo com uma maior participação de folhas de papel no mix de produção, a equipe conse-guiu reduzir as perdas em 1%. “O resultado operacional foi impactado direta e positivamente, traduzindo-se em aumentos de 35% no valor do papel em reais e de 53% em dólares”, conclui Bernadete.

Equipe da Carpelo conhece a APMMais de 130 trabalhadores fl orestais conheceram o processo de produção de madeira serrada

e viram de perto a importância do trabalho que realizam no campo

A Aracruz Produtos de Madeira (APM), localizada em Posto da Mata (BA), re-cebeu, nos meses de janeiro e fevereiro,

quatro equipes da empresa parceira Carpelo, que foram conhecer de perto a operação da serraria. A equipe é responsável pela desrama, processo de retirada de galhos para evitar a formação de nós na madeira destinada à serraria.

Ao todo, 136 trabalhadores fl orestais foram conhecer o processo de produção de madeira serrada e, principalmente, ver de perto a importância do trabalho que realizam no campo. O grupo visitou o pátio de madeira e percorreu as várias etapas de produção, além de observar o processo de seleção das melhores madeiras, sua embala-gem e expedição para exportação.

O analista de Operações Florestais da Aracruz, João Ângelo Vivian, que acompanhou a turma, apontou aos tra-balhadores troncos que receberam uma boa desrama e nos quais não havia marca da retirada dos nós.

“O cuidado de vocês no campo for-nece uma madeira de alta qualidade. Os

ferimentos à árvore mancham a madeira. E a desrama do galho verde é melhor porque a árvore tem maior poder de ci-catrização, o que não ocorre com o galho seco”, explicou João Ângelo.

Ao fi nal da visita, o ajudante fl orestal

da Carpelo, Wagner dos Santos Bispo, disse que pôde constatar a importância da qualidade da árvore para a serraria. “Se não tem qualidade, a madeira não terá valor. Vou redobrar a atenção a partir de agora”, completou.

Os trabalhadores viram de perto como é processada a madeira que ajudam a cuidar no campo

11aracruz em revista

G i r o p e l o n e g ó c i o

Portocel: 4,6 milhões de toneladas

A Portocel obteve recorde no embarque de celulose em 2007.

Pelo terminal, foram embarcadas cerca de 4,6 milhões de toneladas

de celulose, volume 7% maior que em 2006, que foi de 4,3 milhões de

toneladas. “Superamos nossa ex-pectativa de movimentação em 4% e, para este ano, esperamos atingir o volume de embarque de cerca de

5,5 milhões de toneladas”, diz o diretor-superintendente da Porto-cel, Carlos Gilberto Marques. No

último ano, o terminal recebeu 227 navios de longo curso.

O escritório da Aracruz em Miami, nos Estados Unidos, ganhou novo endereço em fevereiro. Localizado em Aventura, na Flórida – estrategicamente posicionado entre os aeroportos de Miami e Fort Lau-derdale – a nova sede vai facilitar ainda mais o relacionamento entre a Aracruz e seus clientes da América do Norte, que é o mercado mais antigo da empresa, res-pondendo por 36% das vendas.

No novo prédio, localizado ao norte do centro de Miami, a equipe passa a contar com um ambiente mais claro, moderno, bonito, confortável e interativo, alinha-do aos novos padrões de escritórios da Aracruz no Brasil, como o escritório de São Paulo.

As pessoas da equipe fi carão dispostas em um mesmo ambiente, divididas em suas posições de trabalho. O espaço, de 210 m², inclui uma sala de reuniões, uma de video-conferência e um local para café.

A mudança ocorreu em função do crescimento da empresa na região, que demandou uma estrutura maior.

Os 55 voluntários da Rede de Mo-nitoramento de Transportes (RMT) de Caravelas (BA) apresentaram, no fi nal de janeiro, o resultado do monitoramento do tráfego de caminhões que trans-portam madeira da Aracruz na região. Realizada no dia 28 de janeiro, esta foi a segunda reunião da equipe, que começou a atuar em abril do ano passado.

A RMT de Caravelas atua com o objetivo de aumentar a segurança nas estradas por meio do monitoramento do comportamento dos motoristas que conduzem os caminhões de madeira pela BR-418 e demais estradas estaduais e municipais que cortam a região do extremo sul da Bahia.

O coordenador do Terminal de Ca-

De olho no transporte de toras

Novo endereço em Miami

ravelas, Jorge Luiz Moro Capo, destaca que a RMT promove maior interação entre os usuários das rodovias e a em-presa, contribuindo para a conscienti-zação do monitoramento do fl uxo de caminhões e, conseqüentemente, para a redução de acidentes.

Os resultados apresentados na reu-nião foram referentes ao ano de 2007 e indicaram uma redução de 52% no número de acidentes em relação a 2006 (10 contra 21 ocorrências). A RMT é composta por voluntários cuja tarefa é prestar atenção às atitudes dos motoristas que conduzem os caminhões de madeira. Caso percebam atitudes indevidas e in-seguras, eles comunicam a Aracruz, que adota as providências necessárias.

RMT contribui para asegurança do transporte de madeira

aracruz em revista12

E q u i p e

O papel deles não é só cuidar da informática, mas sim buscar soluções e novas tecnologias que facilitem as atividades da empresa. Com uma equipe enxuta e de alta produtividade, a

Info é responsável pelas áreas de informática e telecomunicações da Aracruz

Inteligência digital

Há anos os avanços tecnológicos nas áreas de informática e de telecomu-nicações introduziram as pessoas

em um novo mundo de possibilidades, facilitando tanto a vida pessoal quanto a profi ssional. O surgimento do celular, das redes interativas, da comunicação instantâ-nea à distância e de softwares facilitadores revolucionou principalmente o cotidiano das grandes empresas, de forma que, atu-almente, muitas delas não sobrevivem na ausência de tais facilidades ou pelo menos têm seu funcionamento comprometido.

Na Aracruz, cerca de 30 pessoas são responsáveis por alinhar a empresa às melhores práticas de mercado nessas áreas. Elas formam a equipe da Informá-tica – que inclui a de telecomunicações –, mais conhecida pelos empregados e prestadores de serviços como “Info”. Divididos entre as áreas de tecnologia/infra-estrutura, sistemas, segurança e

Atendimento à distância

Cuidar da telefonia fi xa e móvel, vi-deoconferências, radiocomunicação nos plantios fl orestais e das transmissões de dados dentro da empresa também é função da equipe da Info. Para resolver problemas com computadores, impres-soras e telefones, o trabalho conta com o apoio de algumas empresas parceiras (Nexa, Infl or, VGA e Gamatel), o que inclui outros 64 profi ssionais. O papel desses parceiros é auxiliar os usuários no dia-a-dia em problemas de sistemas, micros e telefones, através de uma cen-tral de Service-Desk.

Segundo Mário Dobal, nessa área é importante trabalhar com uma equipe bastante produtiva, dinâmica, curiosa e que esteja sempre em busca de inova-ções. “Como nosso papel não é fazer informática, não vamos inventar, mas sim procurar no mercado o que há de melhor para facilitar a atividade prin-cipal da empresa. Para isso, buscamos estudar e entender as necessidades dos usuários para atendê-los da melhor forma”, explica ele.

Cada vez mais, investir em segu-rança é fundamental para garantir a integridade das informações que circulam na empresa, evitando per-das e o mau uso de informações e, principalmente, da internet. Por isso, a Aracruz, além de contar com uma equipe especializada, promove cam-panhas educativas de alerta a seus usuários quanto a vírus e mensagens suspeitas, e oferece dicas sobre a utilização correta das ferramentas. Em 2007, não houve incidência de vírus na rede da empresa.

Adotar melhores práticas aprimo-rando a qualidade dos serviços ofere-cidos também é outra preocupação da Info, que desde 2006 vem trabalhando na revisão de seus processos internos e implantação de uma Governança de Tecnologia da Informação (TI) alinhada à Governança Corporativa.

governança, com a maioria das pessoas em Barra do Riacho e um pequeno grupo em Guaíba, o negócio desta equipe não é apenas cuidar da informática, mas sim buscar novas tecnologias e desenvolver projetos focados em um objetivo prin-cipal: facilitar as atividades e dar suporte à empresa em suas necessidades, pro-porcionando mais fl exibilidade e maior produtividade em suas operações, com controle e segurança das informações. “Somos uma equipe enxuta, porém de alta produtividade e que, sempre alinhada às melhores práticas, é referência no merca-do”, ressalta o gerente de Informática da Aracruz, Mário Dobal Teixeira Neto.

Exemplos de softwares facilitadores utilizados na Aracruz são os aplica-tivos SAP, um sistema integrado de informações atualizado recentemente por meio do Projeto Fênix, e o Lotus Notes, programa de correio eletrônico. A Info envolve o suporte às operações de todas as áreas da empresa no Brasil e no exterior.

A Info busca novas tecnologias e desenvolve projetos para garantir a produtividade das operações. Abaixo, a equipe de Barra do Riacho; ao lado, a turma que atua em Guaíba

13aracruz em revista

P a r c e i r o s

Lidando com muita energia

A ABB fi rmou contrato com a Aracruz há 16 anos, inaugurando o conceito de parceria que hoje faz parte de praticamente todos os processos da empresa. Sua equipe cuida da gestão da função elétrica das fábricas de Barra do Riacho

número um

Q uando a idéia de parcerias com ou-tras empresas estava amadurecendo na Aracruz, a ABB topou o desafi o

de ser a primeira delas. Isso aconteceu em novembro de 1991, quando a companhia assumiu a gestão da função elétrica do complexo fabril de Barra do Riacho.

A ABB é fruto de uma das primeiras grandes fusões de empresas no mundo. O grupo foi formado em 1988, quando a sueca Asea e a suíça Brown Boveri uni-ram-se para criar a ABB, que tem sua sede em Zurique (Suíça). Para as atividades de-senvolvidas na planta da Aracruz, a ABB conta com uma equipe de 69 profi ssionais, a maioria técnicos em elétrica.

Essa turma se divide em grupos para cui-dar da manutenção de equipamentos elétricos de baixa tensão, motores e do Sistema Elé-trico de Potência, responsável pela geração e distribuição de energia em todas as áreas operacionais: Pátio de Madeira, Linha de Pasta, Caustifi cação, Utilidades e Secagem.

“O foco da ABB não é a correção, mas a ação preventiva”, destaca o coordenador de Manutenção e gerente do contrato com a Aracruz, Edson Dominici. A ABB conta ainda com uma equipe central, que atua como fonte de apoio estratégico às demais, e outra que presta atendimento 24 horas, funcionando em regime de turno.

Além de desenvolver seu trabalho diá-rio, a equipe da ABB também é incentivada a tecer propostas de melhorias que possibilitem

Empresa parceira

a otimização das atividades, a boa performan-ce dos equipamentos e a segurança. Isso é feito a partir do Plano de Idéias de Melho-rias (PIM), por meio do qual o funcionário desenvolve um projeto que é submetido à avaliação. Se aprovada, a idéia sai do papel e seu autor é premiado. “É um incentivo para que nossa equipe busque soluções criativas para melhorias no processo, agregando valor ao cliente e à ABB”, observa Dominici.

No Espírito Santo, a ABB atende tam-bém à Canexus. Em outros estados, possui como clientes a Ford, Vale, Fosfértil, Voto-rantim, Suzano e Petrobras, dentre outros.

Mais da metade das receitas da ABB são provenientes dos mercados da Europa, quase um quinto da Ásia, do Oriente Médio e África, e um quarto dos mercados das Américas do Norte e do Sul.

O grupo opera em cerca de 100 países e emprega em torno de 110 mil pessoas. Líder em tecnologia de potência e de automação, está organizada em cinco divisões: Produtos e Sistema de Potência, Produtos de Automa-ção, Automação de Processos e Robótica. Possui fábricas em diversos países, sendo quatro no Brasil, especializadas na fabricação de produtos de automação e potência.

Na Aracruz, os técnicos da ABB cuidam da manutenção de seis turbo-geradores, da subestação 138 kV, 140 transformadores, 7.200 motores e 76 salas elétricas. Devido à diversidade de equipamentos e níveis de tensão dife-rentes, a preocupação com a segurança é muito grande. Para se ter uma idéia do tamanho da carga de energia com que eles lidam, os turbogeradores são responsáveis pela produção de toda a energia elétrica produzida na empre-sa. Juntos, eles somam a potência de 210.400 kW, o que corresponde ao fornecimento de energia para 14 muni-cípios do porte da cidade de Aracruz.

A ABB fechou o ano de 2007 sem registrar acidentes e há sete anos não é registrado nenhum acidente com afasta-mento. Edson Dominici atribui parte des-se sucesso ao Plano Diretor de Segurança (PDS) desenvolvido na empresa. Trata-se de uma ferramenta usada para eliminar e controlar os riscos de acidentes. Para isso, a equipe deve cumprir uma série de medidas e atingir metas. “O plano prevê a realização de Diálogo Diário de Segu-rança (DDS), treinamentos periódicos e inspeções internas constantes”, destaca o coordenador. Em 2007, a equipe atingiu 98% das metas propostas, resultado co-memorado pelos trabalhadores.

aracruz em revista14

‘Pescar’ habilita mais 15 jovens

Os alunos da terceira turma do projeto, desenvolvido na Unidade Guaíba, deixaram a empresa em janeiro mais preparados para

ingressar no mercado de trabalho

O Projeto Pescar, realizado na Unidade Guaíba, formou, em 11 de janeiro, sua terceira turma no curso de Auxiliar de Manutenção Mecânica. O grupo – com 15 jovens com idade

média de 18 anos – atuou na empresa durante oito meses no ano de 2007, recebendo noções de cidadania, postura profi ssional, co-municação, saúde e meio ambiente, relacionamento humano, além de aulas teóricas e práticas de metrologia, cálculo técnico, desenho mecânico, hidráulica básica, caldeiraria e ajustagem.

A solenidade de formatura contou com uma peça de teatro encenada pelos jovens, cuja história se assemelha muito às suas rea-lidades: adolescentes oriundos de famílias de baixa renda da cidade de Guaíba. Também foi apresentado um vídeo mostrando a trajetória dos formandos, as atividades realizadas dentro e fora da empresa e depoimentos sobre o signifi cado do projeto em suas vidas.

O jovem André Victor D’ávila foi o orador da turma. Ele agradeceu a todos aqueles que o auxiliaram durante os oito meses de formação e, em especial, à sua mãe. “Ela foi quem me condu-ziu até aqui e merece essa homenagem”. O paraninfo da turma, o empresário José Potter, primeiro empreendedor a apoiar uma escola do Projeto Pescar em Guaíba, recomendou aos jovens que mantenham um espírito de persistência em tudo o que fi zerem. “A vida nos reserva momentos bons, mas também temos que estar preparados para quando as coisas não acontecerem da forma como a gente planeja”, disse.

Os menores aprendizes estão na área, ou melhor, nas áreas. Os adolescentes que participam dos programas Arcel e Portocel Aprendiz na unidade industrial de Barra do Riacho e no porto iniciaram, no dia 12 de fevereiro, o núcleo profissionalizante do programa, após oito meses de aprendizado teórico. Eles agora exercem atividades em diversas áreas da empresa, colocando em prática o que já viram na teoria.

Entre os 37 aprendizes que fazem parte da turma, 30 são do curso de Serviços Administrativos e sete do curso de Al-moxarifado. Eles atuam sob a supervisão de empregados das respectivas áreas e, para exercer essa tarefa, esses orientadores participaram, no final de janeiro, de uma reunião, no auditório do Centro de Treinamento, onde receberam informações sobre o programa e como deveriam atuar.

A técnica-administrativo de saúde Renata da Silva Abrahão é uma das orientadoras da turma e sabe bem o significado do programa Menor Aprendiz: sua carreira na Aracruz teve início depois de ter participado do programa, em 2004. “Agora vou ter o privilégio de ser orientadora e será importante ensinar o que aprendi aqui”, conta.

A fase profissionalizante terá duração de 11 meses e os aprendizes estão distribuídos entre diversas áreas da Aracruz e da Portocel.

Aprendizes iniciam nova etapa

Enquanto em Barra do Riacho os aprendizes iniciam a fase prática do programa, na regional de Conceição da Barra uma nova turma foi recebida no dia 11 de fevereiro. São 20 adolescentes que residem na região de São Mateus e que estão iniciando a primeira fase do Arcel Aprendiz. Eles receberão formação para atuar como eletricistas de manutenção eletro-eletrônica.

Nova turma

Eliel, Maik e Jobson: aprendizado no Almoxarifado da Aracruz

A turma está apta a atuar como auxiliar de manutenção mecânica

15aracruz em revista

R e s p o n s a b i l i d a d e s o c i a l

Assegurar a licença

social para operar

V ocê sabe o que é isso? A missão da Aracruz é ofertar produtos obtidos de forma sustentável a partir de fl orestas plantadas, gerando bene-

fícios econômicos, sociais e ambientais, contri-buindo desta forma para o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas. Para obter produtos a partir de fl orestas plantadas de maneira sustentável, a Aracruz pratica o manejo fl orestal.

Manejo fl orestal é a administração da fl ores-ta para a obtenção de benefícios econômicos e sociais, respeitando-se os mecanismos de sus-tentação do ecossistema. Para ser sustentável, o manejo fl orestal deve ser economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente justo. O manejo fl orestal da Aracruz tem como objetivo a obtenção de madeira para a produção de celulose e produtos sólidos de madeira ao menor custo e investimento, por meio de uma operação fl orestal sustentável, baseada em plantios renováveis.

Em outras palavras, o manejo fl orestal inclui as ações do dia-a-dia e os processos de todos os envolvidos com a área fl orestal. Quando planta-mos, colhemos, combatemos incêndios, adota-mos procedimentos para evitar contaminações e interagimos com os vizinhos, estamos fazendo o manejo acontecer.

É importante perceber também que a Aracruz é formada por pessoas e que as atitudes e deci-sões individuais daqueles que atuam em nome da empresa devem refl etir os valores e compromissos da companhia. Isso quer dizer que o trabalho e as atitudes de cada um representam o trabalho e as atitudes da própria empresa, e vice-versa.

Helvécia ganha biblioteca

A Aracruz inaugurou, no fi nal de janeiro, uma biblioteca e um centro de informática na comunidade de Helvécia, distrito de Nova Viçosa (BA)

M oradores e alunos da comunidade de Helvécia, em Nova Viçosa, sul da Bahia, vão contar com mais um instrumento de educação, cidadania e inclusão digital. Foram inaugurados no local, no dia 31 de janeiro, uma

biblioteca e um centro de informática que já estão à disposição dos cerca de 4,5 mil moradores do distrito.

O diretor de Operações da Aracruz, Walter Lídio Nunes, participou da inauguração, ao lado de autoridades e representantes da comunidade local. “Este investimento em Helvécia é sinônimo de desenvolvimento, de inde-pendência para a região. Teremos geração de emprego e renda. Desta forma, a Aracruz está dando o que de mais importante um cidadão pode ter: o tra-balho”, destacou o prefeito de Nova Viçosa, Carlos Robson.

A biblioteca inaugurada possui aproximadamente 2 mil obras e o centro de informática conta com 11 computadores. A Aracruz vai fornecer treina-mento para o bibliotecário que vai atuar no espaço gerenciando a organização de livros didáticos, obras de literatura brasileira e estrangeira, enciclopédia, revistas, coleções de publicações da história do país, entre outros.

O projeto da biblioteca e do centro de informática envolveu o programa Voluntariado Aracruz e pretende contribuir para o aprendizado, democratizar o acesso à cultura com inclusão digital, além de despertar o gosto pela leitura entre moradores da região. O prédio da biblioteca e do centro de informáti-ca fi ca em frente à Escola Municipal de Ensino Fundamental João Martins Peixoto e também vai atender aos 760 alunos da instituição.

Walter Lídio Nunes disse que a empresa pretende investir mais na região. “Vamos auxiliar a comunidade na luta para implantar em Helvécia o ensino médio. Temos aqui 760 alunos e isso, por si só, justifi ca uma nova escola. Tudo que fi zermos pela educação, vamos sempre ter retorno maior. Esforços assim, feitos em favor da educação, receberão sempre o apoio e a atenção da Aracruz”, salientou.

A biblioteca de Helvécia pretende contribuir para o aprendizado da população local

E s p a ç o P E A

15aracruz em revista

Manejo Florestal

aracruz em revista16

I n t e g r a ç ã o

Janeiro foi mês de visita de familiares nas unidades industriais de Barra do Riacho e de Guaíba, como parte do programa Família na Empresa

Mês de visitas

N ossa, quanta madeira!”. “Por que os bichos vêm pra cá?”. “Demo-ra quanto pra muda virar árvore?”. “Eu posso levar uma muda pra casa?”. “Aqui tem um cheiro estranho.” Curiosos e muito atentos,

filhos de empregados da regional Aracruz, com idades entre 5 e 13 anos, participaram, no dia 9 de janeiro, da visita de familiares.

A primeira parada da turma foi no Centro de Reintrodução de Animais Selvagens (Cereias), onde conheceram o museu de bichos empalhados e visitaram o viveiro com animais em recuperação. O almoço foi realizado na companhia dos pais. À tarde, os visitantes foram ao viveiro florestal e fizeram um passeio de ônibus pela área industrial da empresa para conhecer o caminho percorrido pela madeira até virar celulose.

Para encerrar a visita, as crianças se divertiram com diversas brinca-deiras educativas sobre meio ambiente. Eles aprenderam, por exemplo, sobre a importância de se fazer a coleta seletiva do lixo. A turminha ga-nhou ainda publicações sobre educação ambiental e um brinquedo feito com madeira de eucalipto. As impressões da visita foram registradas em desenhos de giz de cera feitos em folhas de celulose.

Criar ambiente e clima

motivadores

Em Guaíba, visita reuniu 40 pessoas

Em Barra do Riacho, crianças e adolescentes fizeram parte da primeira turma a participar do programa Família na Empresa em 2008

Em Guaíba, os familiares conheceram o circuito do processo de produçãode celulose e de mudasde eucalipto

Os empregados e familiares da Unidade Guaíba tam-bém puderam conhecer um pouco mais das instalações da fábrica gaúcha. Num sábado ensolarado do fi nal do mês de janeiro, cerca de 40 visitantes começaram o passeio com a apresentação do vídeo institucional da empresa e seus processos de produção.

Em seguida, o grupo conheceu a planta industrial de celulose, percorrendo de ônibus o mesmo caminho que a madeira segue desde sua chegada à fábrica até o mo-mento em que, já transformada em celulose, é embalada para exportação. Depois, os visitantes foram conferir como a celulose é transformada em papel.

Após a visita à área industrial, foi a vez de conhecer o viveiro, local onde todas as árvores plantadas nos hortos fl orestais da unidade começam a ser cultivadas. O analista de Sistemas de Informações Geográfi cas Rodrigo Souza Barneche e sua esposa Juliana Fernandes Gomes, que é analista de Operações Florestais, levaram o fi lho Gabriel

para participar da visita. “Ele tinha muita curiosidade para entender como a árvore vira papel e fi cou impressionado com tudo: o calor, o barulho, as tubulações e os Equi-pamentos de Proteção Individual (EPIs)”, conta Barneche.