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http://www.ellenmacarthurfoundation.org/our-work/activities/circular-economy-in-cities © ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019 seja circular be.brussels PROGRAMA REGIONAL DE ECONOMIA CIRCULAR BRUXELAS VISÃO GERAL A INICIATIVA O Programa Regional para uma Economia Circular de Bruxelas (BRCPE), comumente referida como Seja Circular, é a iniciativa central de economia circular de Bruxelas, da qual derivam todas as outras atividades de economia circular. Ela foi desenvolvida para empregar as oportunidades apresentadas por uma economia circular, incluindo a reconciliação de objetivos ambientais e econômicos, o apoio à produção local, a otimização do uso do solo e a integração dos requisitos de transporte. Os principais impulsionadores do programa foram o desejo de estimular atividades econômicas inovadoras, gerar empregos e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos de Bruxelas. PERÍODO DE TEMPO Seja Circular é uma iniciativa de quatro anos, lançada em 2016. ÁREAS DE FOCO A iniciativa foca em cinco principais setores econômicos: varejo, logística, resíduos e recursos, alimentos, construção e o ambiente construído. EQUIPE CENTRAL E PARTICIPANTES EXTERNOS Quatro agências e três departamentos governamen- tais estão envolvidos em um nível de coordenação estratégica. No nível de implementação, foi desig- nada uma equipe central de 15 coordenadores nas diferentes administrações regionais. Junto à equipe central, cerca de 200 pessoas de mais de 90 diferentes organizações públicas, priva- das e sem fins lucrativos, representando diversos setores, também fazem parte da iniciativa Seja Circular. Esses participantes atuam como especialis- tas, parceiros, líderes e coordenadores temáticos em áreas específicas. Essa abordagem inclusiva criou um forte senso de pertencimento e ajuda a garantir que a iniciativa seja resiliente e sistêmica. FINANÇAS Até o momento, um orçamento anual de aproximadamente 13 milhões de euros é alocado pelo governo regional de Bruxelas. RESULTADOS ATÉ O MOMENTO Nos primeiros anos do Seja Circular: Mais de 220 empresas foram educadas e apoiadas na implementação de abordagens de economia circular Foram concedidos 8,3 milhões de euros a 139 negócios ou projetos de pesquisa Mais de 1.400 pessoas treinadas por meio de medidas educacionais Novas colaborações entre empresas e agências públicas A iniciativa Seja Circular recebeu o Prêmio Regional de Inovação 2016 da Assembleia das Regiões Europeias e o Prêmio de Inovação Eurocities em 2017. PRINCIPAIS ALAVANCAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS ROTEIROS E ESTRATÉGIAS CONVOCAÇÕES E PARCERIAS AUMENTO DA CONSCIENTIZAÇÃO CAPACITAÇÃO SUPORTE FINANCEIRO BRUXELAS PROGRAMA REGIONAL DE ECONOMIA CIRCULAR Colaboração para realizar uma mudança sistêmica GOVERNANÇA Parlamento da região de Bruxelas- Capital POPULAÇÃO 1,2 milhão PIB 132 bilhões de euros DENSIDADE 5.500 por km 2 Para saber mais, consulte Alavancas de políticas públicas seja circular be.brussels

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http://www.ellenmacarthurfoundation.org/our-work/activities/circular-economy-in-cities

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

seja circularbe.brussels

PROGRAMA REGIONAL DE ECONOMIA CIRCULAR

BRUXELAS

VISÃO GERAL

A INICIATIVA

O Programa Regional para uma Economia Circular de Bruxelas (BRCPE), comumente referida como Seja Circular, é a iniciativa central de economia circular de Bruxelas, da qual derivam todas as outras atividades de economia circular. Ela foi desenvolvida para empregar as oportunidades apresentadas por uma economia circular, incluindo a reconciliação de objetivos ambientais e econômicos, o apoio à produção local, a otimização do uso do solo e a integração dos requisitos de transporte. Os principais impulsionadores do programa foram o desejo de estimular atividades econômicas inovadoras, gerar empregos e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos de Bruxelas.

PERÍODO DE TEMPO

Seja Circular é uma iniciativa de quatro anos, lançada em 2016.

ÁREAS DE FOCO

A iniciativa foca em cinco principais setores econômicos: varejo, logística, resíduos e recursos, alimentos, construção e o ambiente construído.

EQUIPE CENTRAL E PARTICIPANTES EXTERNOS

Quatro agências e três departamentos governamen-tais estão envolvidos em um nível de coordenação estratégica. No nível de implementação, foi desig-nada uma equipe central de 15 coordenadores nas diferentes administrações regionais.

Junto à equipe central, cerca de 200 pessoas de mais de 90 diferentes organizações públicas, priva-das e sem fins lucrativos, representando diversos setores, também fazem parte da iniciativa Seja Circular. Esses participantes atuam como especialis-tas, parceiros, líderes e coordenadores temáticos em áreas específicas. Essa abordagem inclusiva criou um forte senso de pertencimento e ajuda a garantir que a iniciativa seja resiliente e sistêmica.

FINANÇAS

Até o momento, um orçamento anual de aproximadamente 13 milhões de euros é alocado pelo governo regional de Bruxelas.

RESULTADOS ATÉ O MOMENTO

Nos primeiros anos do Seja Circular:

• Mais de 220 empresas foram educadas e apoiadas na implementação de abordagens de economia circular

• Foram concedidos 8,3 milhões de euros a 139 negócios ou projetos de pesquisa

• Mais de 1.400 pessoas treinadas por meio de medidas educacionais

• Novas colaborações entre empresas e agências públicas

A iniciativa Seja Circular recebeu o Prêmio Regional de Inovação 2016 da Assembleia das Regiões Europeias e o Prêmio de Inovação Eurocities em 2017.

PRINCIPAIS ALAVANCAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

ROTEIROS E ESTRATÉGIAS

CONVOCAÇÕES E PARCERIAS

AUMENTO DA CONSCIENTIZAÇÃO

CAPACITAÇÃO SUPORTE FINANCEIRO

BRUXELASPROGRAMA REGIONAL DE ECONOMIA CIRCULAR

Colaboração para realizar uma mudança sistêmica

GOVERNANÇA Parlamento da

região de Bruxelas-Capital

POPULAÇÃO 1,2 milhão

PIB 132 bilhões de

euros

DENSIDADE 5.500 por km2

Para saber mais, consulte Alavancas de políticas públicas

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PROGRAMA REGIONAL DE ECONOMIA CIRCULAR

BRUXELAS

A JORNADA

ORIGENS

O programa Seja Circular se baseia nas experiências da iniciativa colaborativa Aliança Emprego-Ambiente (EEA) de Bruxelas. A EEA esteve em atividade de 2010 a 2014 com o objetivo de unir objetivos ambientais e oportunidades econômicas. Após essa iniciativa, três marcos sucessivos levaram à emergência do Seja Circular:

1. A avaliação altamente positiva de um participante da iniciativa EEA

2. Um estudo de metabolismo urbano que avaliou os fluxos de materiais de Bruxelas

3. A criação do Roteiro de Economia Circular de Bruxelas

LANÇAMENTO

Em março de 2016, a iniciativa Seja Circular foi lançada por três ministros de Bruxelas. Os ministros de:

• Habitação, Qualidade de Vida, Meio Ambiente e Energia,

• Economia, Emprego e Treinamento Vocacional • Coleta e Tratamento de Resíduos e Pesquisa

Científica Esses portfólios são o reflexo de muitas das áreas de políticas públicas que podem viabilizar e se beneficiar da implementação da economia circular. A iniciativa Seja Circular trabalha para unir as áreas em uma estratégia integrada. Os três ministros têm o apoio das quatro agências públicas que coordenam a iniciativa Seja Circular:

• Bruxelles Environnement (agência de meio ambiente)

• Hub.brussels (agência de suporte aos negócios)

• Innoviris (agência de inovação e pesquisa) • Agence Bruxelles-Propreté (agência de coleta de resíduos)

Aprendendo com a avaliação de participantes da EEA, a iniciativa Seja Circular foi lançada com uma forte visão e orientação política, ao mesmo tempo em que preserva a abordagem altamente inclusiva – unindo, assim, a orientação de cima para baixo com o engajamento e as percepções de baixo para cima.

DECIDINDO O FOCO

Inicialmente, os participantes, que incluem novas organizações e participantes da EEA, foram consul-tados de forma bilateral pelas agências governamen-tais. Em seguida, foram convidados a participar de grupos de trabalho, nos quais eles reuniram os seus os conhecimentos de cada setor e refinaram a visão e os objetivos para a cidade. Cinco áreas de foco foram identificadas com base em necessidades e oportunidades, e a visão foi traduzida para cada uma delas: varejo, logística, resíduos e recursos, alimentos, construção e ambiente construído.

A partir dessas cinco áreas de foco, os participan-tes identificaram medidas de transição das quais 111 foram aprovadas pelos ministros, abrangendo desde a realização de pilotos até novas políticas públicas, ferramentas e o teste de modelos comerciais. Muitas foram financiadas pelo orçamento da Seja Circular e, após quase dois anos de implementação, 20% delas foram concluídas. Falta iniciar apenas 12%.

As medidas abaixo mostram a diversidade de ângulos considerados, desde apoio empresarial até academia, treinamento e desenvolvimento de políticas:

MEDIDAS DE APOIO EMPRESARIALSeja Circular – A chamada da empresa Be Brussels oferece consultoria, apoio financeiro e de marketing a projetos empreendedores de economia circular que sejam técnica e economicamente viáveis, além de vantajosos para a empregabilidade local. Anualmente, uma chamada para projetos é emitida com orçamento de aproximadamente 1,5 milhão de euros para os que atenderem aos critérios. Os projetos apoiados (60 nos primeiros dois anos) são celebrados publicamente como Laureados Seja Circular. Outras medidas também focaram em apoiar negócios, de serviços de coaching a incubadoras de negócios, além do cluster de economia circular, CircleMade.Brussels e living labs da Innoviris para projetos de pesquisa em economia circular.

Créditos da foto: Vivian Hertz

Créditos da foto: Le champignon de Bruxelles

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PROGRAMA REGIONAL DE ECONOMIA CIRCULAR

BRUXELAS

MEDIDAS DE DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICASO Acordo de Regulamentação Circular, apoiado por uma secretaria formuladora de políticas públicas, reúne agentes dos setores público e privado em oficinas sobre assuntos específicos para identificar barreiras administrativas e legais para a transição a uma economia circular e configurar planos de trabalho para removê-las. Os assuntos discutidos vão desde o uso do espaço e dos edifícios até a designação dos resíduos. Essa medida é respaldada por especialistas legais e administrativos.

MEDIDAS DE TREINAMENTOAs ferramentas de treinamento para edifício circular oferecem módulos educacionais de economia circular a Bruxelas e aos trabalhadores da construção. Elas são executadas pelos centros de treinamento CDR-BRC e EFP de Bruxelas como os projetos MODULL 2.0 e BRIC.

MEDIDAS PARA A ACADEMIAUma cadeira acadêmica sobre metabolismo urbano e economia circular foi criada na Universidade Livre de Bruxelas para conectar os participantes públicos e privados da Seja Circular à academia. Isso também permite que os estudos sobre metabolismo urbano sejam integrados à estratégia de evolução.

MEDINDO O PROGRESSO

Em troca do financiamento do projeto, os participantes registram seu progresso na "plataforma de stakeholder" da Seja Circular, uma ferramenta de gerenciamento centralizado. A métrica de progresso inclui vários elementos, como:

• Número de negócios engajados, • Número de participantes treinados, apoiados e empregados.

REFLEXÕES

Usar os princípios de economia circular para apoiar e despertar inovações circulares para uma economia local próspera e perspectivas de trabalho. O reconhecimento e o endosso da economia circular pelo governo municipal, por meio da iniciativa Seja Circular, desempenharam um papel importante em proporcionar confiança e força para que empreendedores e empresas implementem novas formas de operar, além de iniciarem redes e parcerias adicionais.

Conscientizar e criar competência por meio de uma abordagem iterativa, inclusiva e colaborativa para programar o design. A iniciativa Seja Circular se esforçou para permanecer dinâmica e aberta a inovações conforme os aprendizados foram assimilados. A abordagem inclusiva e colaborativa combinada ao endosso político transparente trabalhou para fortalecer o engajamento e o compromisso com a iniciativa. Com o aumento da conscientização a respeito das oportunidades e dos benefícios de uma economia circular, a abordagem criou um clima de inovação transversal.

Manter a iniciativa se movendo em direção a uma coordenação central. Atingir o consenso entre múltiplos atores pode levar tempo e a administração necessária para gerenciar vários fatores tem seus próprios desafios. A criação de um comitê de coordenação central, constituído de três ministérios e quatro agências públicas, ajudou a gerenciar isso, rastrear o progresso e manter o impulso.

Engajar-se internacionalmente e em redes de colegas para compartilhar recursos e melhores práticas. Bruxelas fez uma parceria com a ONU Meio Ambiente para ser uma cidade piloto na GI-REC, uma plataforma colaborativa fornecida pela ONU Meio Ambiente para ajudar as cidades a desenvolver economias eficientes em recursos. O engajamento apoia a troca de conhecimento intermunicipal e forneceu a Bruxelas uma análise mais profunda do seu fluxo de materiais.

PARA MAIS INFORMAÇÕES Site: www.circulareconomy.brussels

Contato: [email protected]

Este estudo de caso faz parte da Economia circular em cidades, Ellen MacArthur Foundation

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AMSTERDÃ

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

Cidade deAmsterdã

A ECONOMIA COMPARTILHADAPLANO DE AÇÃO

VISÃO GERAL

A INICIATIVA

A cidade de Amsterdã desenvolveu uma abordagem proativa para que a economia compartilhada apoie os objetivos de seu Plano de Ação de Economia Compartilhada "vivo", que foi planejado para permitir que a cidade, os negócios e os residentes se beneficiem das plataformas compartilhadas e, ao mesmo tempo, também identifiquem e mitiguem riscos indesejados.

O plano é desenvolvido junto às atividades de economia circular da cidade, reconhecendo que economia compartilhada abre oportunidades para um melhor uso de materiais e recursos. Diversas inovações surgiram dela e aumentaram o acesso e o uso de ativos públicos e privados, incluindo o compartilhamento de utensílios domésticos, espaço, meios de transporte e até mesmo alimentos. Muitas dessas atividades também levaram à formação de conexões mais estreitas entre os residentes.

PERÍODO DE TEMPO

O plano foi desenvolvido primeiramente pelo Conselho Municipal de 2014 a 2018 e continua evoluindo para levar em conta os novos desenvolvimentos e mudanças de administração.

ÁREAS DE FOCO

O Plano de Ação analisa várias atividades, incluindo oportunidades de compartilhamento de produtos, escritórios, moradia e modais individuais e integrados de mobilidade compartilhada.

PRINCIPAIS ALAVANCAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

ROTEIROS E ESTRATÉGIAS

CONVOCAÇÕES E PARCERIAS

AUMENTO DA CONSCIENTIZAÇÃO

CAPACITAÇÃO LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO

EQUIPE CENTRAL E PARTICIPANTES EXTERNOS

O Plano de Ação foi desenvolvido e gerenciado por uma equipe de coordenação e estratégia de cinco pessoas no governo municipal de Amsterdã. Manten-do a ideia original de integrar o plano aos departa-mentos municipais, a equipe de estratégia foi reduzida para duas pessoas, uma vez que departamentos relevantes passaram a assumir responsabilidade.

FINANÇAS

Pilotos e iniciativas individuais são financiados pelo departamento relevante da cidade a partir de orçamentos existentes.

RESULTADOS ATÉ O MOMENTO

O Plano de Ação de Economia Compartilhada da cidade é combinado a outras iniciativas municipais, como a StartupAmsterdam, que é projetada para aumentar e melhorar o ambiente de negócios e startups de Amsterdã. Atualmente, há mais de 150 plataformas ativas de economia compartilhada em Amsterdã. As plataformas locais incluem, por exemplo:

• Peerby – um aplicativo que conecta pessoas que precisam pegar um item emprestado ou alugado

• MotoShare – um aplicativo que conecta proprietários de carros e motos a pessoas que precisam usar o veículo temporariamente

• LENA – uma "biblioteca da moda" em que os clientes podem alugar itens de moda de alta qualidade de uma vez só ou ter acesso às roupas oferecidas por meio de um serviço de assinatura

Cidade de Amsterdã

AMSTERDÃO PLANO DE AÇÃO DA ECONOMIA COMPARTILHADA

Formular uma economia compartilhada que funcione igualmente para negócios e cidadãos

GOVERNANÇA Conselho

municipal de Amsterdã

POPULAÇÃO 851.573

PIB 165 milhões de

euros

DENSIDADE 5.135 por km2

Para saber mais, consulte Alavancas de políticas públicas

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AMSTERDÃ

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

Cidade deAmsterdã

A ECONOMIA COMPARTILHADAPLANO DE AÇÃO

As plataformas compartilhadas de Amsterdã oferecem muitas vantagens para a cidade e seus habitantes, incluindo o uso de ativos públicos e privados (que, de outra forma, seriam poucos utilizados), a geração de novas oportunidades de negócios e fluxos de receita para indivíduos e negócios e a criação de conexões entre habitantes e visitantes que de outra forma não surgiriam.

Abordando a baixa participação entre os grupos de baixa renda e terceira idade, Amsterdã continua testando o potencial da economia compartilhada para levar benefícios a mais pessoas. Em 2017, o governo municipal levou a cabo um piloto de três meses, vinculando o passe de desconto Stadspas à Thuisafgehaald, uma plataforma compartilhada que apoia o compartilhamento de refeições, elimina

o desperdício alimentar e conecta comunidades locais. Durante a avaliação, mais de 900 refeições foram coletadas pelos titulares da Stadspas por meio da plataforma, ajudando a atender às necessidades nutricionais, criar conexões na comunidade local e identificar novas oportunidades para dimensionar o serviço.

Englobar e refletir diferentes prioridades da cidade e dos cidadãos se tornou um forte foco do trabalho. Para desenvolver isso ainda mais, Amsterdã se candidatou para o financiamento de pesquisa da UE para construir uma estrutura de intervenções governamentais focadas em como as cidades podem trabalhar para tornar a economia compartilhada mais inclusiva, beneficiando a sociedade de forma mais ampla.

A JORNADA

ORIGENS

O governo municipal de Amsterdã estava consciente das consequências do movimento compartilhado, como a redução de acomodações de aluguel de longo prazo ou o surgimento de atividades não regulamentadas, como hotéis ilegais. Eles também estavam conscientes das oportunidades potenciais, como inovações comerciais, uso mais eficiente de bens, redução de resíduos estruturais e municipais e o aumento de conexões na comunidade decorrentes de atividades da economia compartilhada. O governo municipal estava atento para encontrar uma resposta construtiva, especialmente porque o impulso estava crescendo e, até 2015, organizações como ShareNL declararam Amsterdã como a cidade líder em compartilhamento na Europa.

Em 2015, o Colégio de Prefeito e Vereadores (o conselho executivo municipal) sancionou uma pequena equipe, formada em Relações Econômicas e Escritório de Inovação, para criar um plano de ação e uma visão de economia compartilhada para orientar os avanços. Usando um misto de entrevistas presenciais e questionários, a equipe explorou de forma colaborativa as respostas, inovações e oportunidades da política com outros departamentos municipais, negócios, plataformas de economia compartilhada e moradores.

PROJETANDO O PLANO DE AÇÃO

Desde o início, a equipe de coordenação e os departamentos relevantes da cidade entraram em contato com as plataformas de economia compartilhada. Trabalhar próximo a elas ajudou a criar um ambiente que permite o crescimento de inovações de economia compartilhada ao mesmo tempo em que se mantinham permaneciam alertas e responsivos aos riscos.

Quaisquer ajustes a regulamentações que impactam atividades compartilhadas podem vir de nível europeu, nacional e municipal o que informa melhor quem está envolvido. Os departamentos municipais relevantes mantêm responsabilidade por respostas de políticas públicas em suas áreas. Por exemplo, o Departamento de Habitação estabeleceu contato diretamente com o Airbnb para chegar a um consenso em um Memorando de Entendimento (MoU), o que, em contrapartida, também ajudou a informar o Plano de Ação em geral. Esse MoU trabalha para garantir que as regras sejam mantidas durante os feriados. Ele limita as atividades de compartilhamento de casa a um máximo de 60 dias até 2018, reduzindo para 30 dias em 2019. Essas respostas mitigam os impactos adversos no mercado de aluguel a longo prazo, ao mesmo tempo em que o Airbnb ainda pode oferecer serviços compartilhados a proprietários e visitantes de curto prazo.

Sob o Plano de Ação, vários departamentos podem trabalhar juntos para desenvolver soluções integradas. Por exemplo, um esquema compartilhado de bicicletas une o Departamento de Mobilidade Inteligente ao Departamento de Planejamento e Turismo, já que eles consideram igualmente as necessidades dos moradores e turistas, além de abordar desafios, como "compartilhamento de bicicletas não autorizado" que obstrui espaços para estacionamento local em vez de utilizar plataformas exclusivas para isso. Colaborar dessa forma foi essencial para permitir que cada departamento apoiasse as plataformas compartilhadas, identificasse os riscos e mantivesse a igualdade de condições entre as empresas.

Créditos da foto: Dirk Kruyder

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AMSTERDÃ

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

Cidade deAmsterdã

A ECONOMIA COMPARTILHADAPLANO DE AÇÃO

Aprofundando o entendimento e complementando a entrega do Plano de Ação, o governo municipal decidiu adquirir experiência operacional prática ao realizar um piloto de economia compartilhada em seus próprios escritórios. Isso envolveu o comparti-lhamento de salas de reunião que ficavam vazias aos fins de semana com organizações de impacto social para realizar aulas de programação para refugiados. Essa abordagem proativa expôs diversos problemas práticos - como quem deveria se responsabilizar por trancar o prédio - que ajudaram a cidade a compreen-der melhor as plataformas compartilhadas.

A nova diretoria e o conselho municipal, eleitos em 2018, ainda precisam confirmar ou revisar a visão atual do Plano de Ação conforme continuam a exploração do ambiente.

MEDINDO O PROGRESSO

A falta de uma definição universal de economia compartilhada torna desafiadoras a medição e a comparação do progresso de diferentes iniciativas. As atividades de economia compartilhada envolvem a abertura do acesso a serviços ou ativos controlados, e isso pode ou não ter um custo. Embora ocorram muitas transições por meio de plataformas online, nem todas são assim. Termos e referências também variam muito e podem incluir consumo colaborativo, economia de plataforma, economia sob demanda, economia de aluguel e economia entre pares, entre outros.

Planejar uma economia compartilhada que beneficie diferentes setores da sociedade, apoie atividades econômicas e proteja recursos naturais é uma prioridade para a cidade. Ao estabelecer medidas apropriadas que refletem essas considerações, Amsterdã se torna capaz de rastrear o progresso.

As principais áreas de mensuração incluem:

• Consciência de que as plataformas de economia compartilhada são uma forma de aumentar o acesso a bens e serviços sem a necessidade da propriedade individual

• Participação de grupos de baixa renda e difícil acesso que se qualificam especificamente para se beneficiarem da acessibilidade

• Benefícios sociais, ambientais e econômicos resultantes

REFLEXÕES

Criar um Plano de Ação que beneficie igualmente residentes, empresas e visitantes. Ao ouvir cidadãos e empresas, Amsterdã trabalha para garantir que i) esse novo mercado tenha liberdade para inovar e crescer, ii) a cidade, os cidadãos, os visitantes e os negócios possam aumentar o acesso e o uso dos recursos da cidade e iii) efeitos adversos indesejados sejam mitigados.

Aproveitar o conhecimento e a responsabilidade departamental para incorporar práticas de economia compartilhada. Ao se reunir e fazer parcerias com outros departamentos, a pequena equipe de coordenação tem sido capaz de alavancar o conhecimento departamental e incorporar uma abordagem comum entre os agentes públicos que se engajam na economia compartilhada. Colaborar dessa maneira cria oportunidades para que surjam projetos mais aprimorados, mesmo quando se trata de certos desafios de coordenação, como a manutenção do ritmo e o acompanhamento de novos avanços.

Levantar o perfil das oportunidades de economia compartilhada por meio de endosso externo e da prefeitura. Em 2015, o endosso do vice-prefeito ajudou a desenvolver e entregar o Plano de Ação. As conexões da cidade de Amsterdã com ShareNL também ajudaram a promover os benefícios. A ShareNL fornece consultoria, webinars e reuniões para pesquisadores, startups, agentes públicos e plataformas compartilhadas. A ShareNL também gerencia a Aliança das Cidades compartilhadas, uma organização que trabalha com startups, corporações, governos, instituições de pesquisa e indivíduos de todo o mundo. Isso dá a cidades como Amsterdã a oportunidade de compartilhar suas conquistas com um público mais amplo e se beneficiar do aprendizado entre colegas.

PARA MAIS INFORMAÇÕES Site: www.iamsterdam.com

Contato: [email protected]

Este estudo de caso faz parte da Economia circular em cidades, Ellen MacArthur Foundation

Créditos da foto: Dirk Kruyder

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AUSTIN

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

DESENVOLVIMENTO DO MERCADO DE MATERIAIS

austin

mercado demateriais

VISÃO GERAL

A INICIATIVA

A ambição de chegar a lixo zero na cidade de Austin gerou várias iniciativas, incluindo a criação do Mercado de Materiais de Austin, uma plataforma de troca de materiais online. Alinhando-se aos princípios da economia circular, a ambição da plataforma é manter materiais e produtos em uso e longe de aterros sanitários, não apenas reduzindo os gastos com o gerenciamento de resíduos da cidade, mas também fornecendo meios para os negócios locais anunciarem e licitarem excedentes, beneficiando-se da redução de custos ou gerando receita adicional.

PERÍODO DE TEMPO

O Conselho Comercial dos Estados Unidos para Desenvolvimento Sustentável (o USBCSD), uma organização sem fins lucrativos que trabalha com negócios para encontrar soluções que abordem desafios ambientais e de recursos, ganhou o contrato da cidade para desenvolver e gerenciar o Mercado de materiais. O contrato teve início em abril de 2014, com o lançamento do Mercado de materiais em agosto do mesmo ano, e estará em vigor até 2020, quando o programa será analisado.

Planejar, orçar, testar e desenvolver o Mercado de Materiais levou aproximadamente dois anos e os agentes públicos foram cruciais para o desenvolvimento.

PRINCIPAIS ALAVANCAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

ROTEIROS E ESTRATÉGIAS

CONVOCAÇÕES E PARCERIAS

AUMENTO DA CONSCIENTIZA-

ÇÃO

CAPACITAÇÃO SUPORTE FINAN-CEIRO

LEGISLAÇÃO E REGULAMENTA-

ÇÃO

ÁREAS DE FOCO

O Mercado de Materiais foi projetado para atrair usuários de diferentes setores, uma vez que materiais descartados por uma empresa podem ter informações valiosas para outros. Os materiais anunciados e procurados no Mercado de Materiais incluem embalagens, orgânicos, plástico e materiais de construção e demolição.

EQUIPE CENTRAL E PARTICIPANTES EXTERNOS

O programa é conduzido por um Gerente de Contratos e Projetos da cidade de Austin junto à equipe USBCSD.

Mais de 500 empresas, instituições e organizações sem fins lucrativos se inscreveram como participantes do Mercado de Materiais.

FINANÇAS

Para cada um dos dois primeiros anos da iniciativa, o Mercado de Materiais recebeu 175 mil dólares, financiados pelo Departamento de recuperação de recursos de Austin (ARR), um departamento empresarial na cidade de Austin que, em contrapartida, é financiada por meio de taxas de recuperação de recursos e taxa de comunidade limpa. O financiamento diminuiu anualmente com a intenção de que a plataforma gerasse uma receita autossustentável até abril de 2020. Em 2018, o financiamento público foi de aproximadamente metade do que tinha sido em sua concepção.

AUSTINDESENVOLVER O MERCADO DE MATERIAIS

Criar novo valor e economizar os custos do negócio e da cidade

GOVERNANÇA Conselho

municipal de Austin

POPULAÇÃO 968.148

PIB 123 bilhões de

dólares

DENSIDADE 1.335 por km2

Para saber mais, consulte Alavancas de políticas públicas

austin

mercado demateriais

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AUSTIN

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

DESENVOLVIMENTO DO MERCADO DE MATERIAIS

austin

mercado demateriais

RESULTADOS ATÉ O MOMENTO

Até o fim de 2018, o Mercado de Materiais tinha se engajado com mais de 530 participantes na plataforma. No período de outubro de 2017 a setembro de 2018, uma média de 20 trocas foi processada por mês. No momento em que 593 trocas foram feitas, foi gerado um valor líquido de US$ 622.772. Isso inclui a quantia paga por cada troca, além da economia de custos de descarte estimada pelo vendedor e do valor economizado

pelos compradores por não ter que comprar um produto novo.

As trocas resultaram em:

• Mais de 400 toneladas de material desviado de aterros

• Mais de 950 milhões de toneladas de dióxido de carbono, equivalentes às emissões de carbono evitadas

A JORNADA

ORIGENS

O USBCSD, sediado em Austin, já vinha trabalhando com negócios a nível regional e nacional para encontrar formas convenientes de conectar as necessidades de suprimento de material de uma fábrica ao descarte de materiais de outra empresa.

Esse trabalho, junto com outros programas de troca de materiais dos EUA, foi o que inspirou a criação de uma "câmara de compensação" eletrônica, que vinculasse o suprimento à demanda e desviasse os materiais e os produtos do aterro sanitário. Ao reconhecer essas práticas de economia circular e a estratégia mais ampla da cidade para atingir a meta de lixo zero de Austin até 2040, a equipe da cidade trabalhou com o Diretor do ARR para desenvolver o conceito de um programa de troca de materiais em Austin.

O conceito foi lançado para licitação, o USBCSD ganhou e criou o Mercado de Materiais.

LANÇAMENTO

No início, o Mercado de Materiais era financiado pelo ARR, antes conhecido como "Serviços de Resíduos Sólidos", que promove a redução e recuperação de resíduos. O Mercado de Materiais é posicionado pelo ARR como uma ferramenta para ajudar os negócios a lidar com os requisitos de descarte e suprimento de material. Paralelamente, o ARR também promove eventos e oficinas para reunir diversos stakeholders, aumentar a conscientização sobre a plataforma e outras oportunidades e gerar conhecimento e competências em Austin.

A natureza circular das atividades no Mercado de Materiais também complementa o trabalho do programa de Desenvolvimento Econômico de Reciclagem de Austin, cuja missão é fornecer consultoria e apoio a empresas lixo zero e promover oportunidades para geração local de empregos. O programa inclui o provimento de um Guia de Recursos Empresariais de Reuso e Reciclagem, que fornece informações sobre regulamentações, grupos comunitários, recursos, serviços e programas locais relevantes para empreendedores de lixo zero e em conformidade com a meta de zero resíduo até 2040 de Austin. Outras iniciativas de políticas públicas em Austin também trabalham para apoiar o Mercado de Materiais, como regulamentação sob a forma do Estatuto Universal de Reciclagem. Esses donos de propriedades comerciais de mandato em Austin (como blocos de apartamento, prédios de escritórios e instalações de depósito) para encontrar formas de fornecer acesso a locatários e funcionários, fazem com que produtos e materiais descartados sejam desviados do aterro. O Mercado de Materiais fornece uma forma adicional para donos de propriedades comerciais lidarem com suas necessidades de descarte e gerarem um fluxo de receita no processo.

O Mercado de Materiais agora está bem estabelecido, com transações entre negócio ocorrendo regularmente. A plataforma online está passando por uma atualização de software para melhorar a experiência do usuário, atrair novos negócios, aprimorar a funcionalidade dos relatórios e desenvolver a criação de maiores receitas para apoiar a plataforma.

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AUSTIN

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DESENVOLVIMENTO DO MERCADO DE MATERIAIS

austin

mercado demateriais

MEDINDO O PROGRESSO

Como parte do compromisso de administrar o Mercado de Materiais e se qualificar para o financiamento do ARR, o USBCSD faz um relatório retrospectivo para a cidade de Austin mensalmente. Cada troca é registrada, incluindo detalhes sobre quem são as partes comercializadoras, qual é o valor da troca, que tipos e quantidades de produtos ou materiais são comercializados e seu uso final. O valor geral das transações, que inclui custos evitados de descarte e compra de materiais por outros meios, também é acompanhado.

Para determinar o valor de cada transação e acompanhar o que está sendo desviado do aterro, cada troca recebe uma pontuação ponderada de

acordo com o tipo e a quantidade de materiais e produtos. Por exemplo, concreto de construção e demolição (C&D) teria uma classificação mais baixa por volume do que placas de gesso de C&D devido ao mercado local limitado para gesso e aos gases tóxicos que ele gera no aterro. Assim, o gesso de C&D recebe uma pontuação ponderada mais alta para um desvio bem-sucedido. A métrica atual do programa para o Mercado de Materiais de Austin fornece uma visão geral do engajamento atualizado, os detalhes dos materiais disponíveis e necessários e os dados sobre desvio do aterro.

O Modelo de Redução de Resíduos produzido pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos é usado para acompanhar e reportar as reduções de emissões de gases do efeito estufa.

REFLEXÕES

Aplicar os princípios de uma economia circular apoia as metas do governo e pode revelar oportunidades de receita. Austin abraçou os princípios de economia circular como uma forma de ajudar a cumprir a meta de lixo resíduo até 2040. O Mercado de materiais da cidade é uma medida entre muitas iniciativas de políticas que ajudou a encontrar novas soluções para evitar que materiais valiosos sejam enviados ao aterro e ofereceu oportunidades para empreendedores e negócios. Os mandatos do Estatuto de Reciclagem Universal são outra medida compatível, pois compilam o Guia de recursos empresariais de reuso e reciclagem. O espírito de colaboração da cidade de Austin também desempenhou um papel fundamental. A cidade tem uma história de engajamento com negócios locais para promover os benefícios econômicos de trabalhar de formas diferentes, por meio de organizações como o Programa de Geração de Energia Verde de Austin e o Programa de Líderes de Negócios Verdes.

Criar um conjunto de intervenções complementares e fortalecedoras. Em 2015, Austin lançou a Competição [Re]Verse Pitch, uma iniciativa complementar ao Mercado de Materiais. Ela conecta negócios que buscam soluções de descarte para produtos que podem ter menor demanda a empreendedores e consultores em busca de oportunidades para desenvolver formas inovadoras de redirecionar materiais. As ideias de maior impacto recebem financiamento e apoio em espécie para o lançamento. A [Re]Verse Pitch foi lançada junto com o USBCSD e diversos outros parceiros da comunidade.

Coleta de percepções e aprendizados para iniciativas futuras. O Mercado de Materiais foi inicialmente oferecido como um serviço gratuito, dificultando a transição para uma estrutura de pagamento de taxas, especialmente entre as organizações sem fins lucrativos ou usuários eventuais. Com o desejo de fazer o Mercado de Materiais migrar para um modelo de geração de fluxo de receita autossustentável, neste momento a plataforma sugere uma doação voluntária para cada transação e está trabalhando para estabelecer, no futuro, uma taxa de transação com base em porcentagem.

O armazenamento e o transporte de produtos e materiais são outras áreas de aprendizado. A plataforma depende da administração de seus usuários em vez da criação de um local de armazenamento exclusivo do USBCSD, o que alteraria os fatores de risco e responsabilidade da iniciativa. Os materiais mantidos em um depósito exclusivo exigiriam que o USBCSD assumisse a responsabilidade sobre eles, desviando tempo e recursos do objetivo primário, que é encontrar novos usuários. O USBCSD, portanto, está trabalhando atualmente com entregadores locais terceirizados para encontrar soluções de transporte de pagamento por serviço prestado.

PARA MAIS INFORMAÇÕES Site: www.austinmaterialsmarketplace.org

Contato: [email protected]

Este estudo de caso faz parte da Economia circular em cidades, Ellen MacArthur Foundation

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GLASGOWGLASGOW

GLASGOWCÂMARA DE COMÉRCIO

uma iniciativa da

A COMUNIDADE DE NEGÓCIOS DÁ INÍCIO A REGIÕES E CIDADES CIRCULARES NA ESCÓCIA

GLASGOW

VISÃO GERAL

A INICIATIVA

A Glasgow Circular é uma iniciativa da Câmara de Comércio de Glasgow e é realizada em parceria com a Zero Waste Scotland, Conselho Municipal de Glasgow e Economia Circular. A iniciativa define uma visão de economia circular para Glasgow junto com etapas práticas para a cidade e a comunidade comercial que trabalha com o objetivo de apoiar o desenvolvimento econômico, o reuso, a recuperação de recursos e as reduções de carbono.

A Glasgow Circular foi o ponto de partida para um programa mais amplo de trabalho de cidades e regiões da Escócia, conduzido e patrocinado pela Zero Waste Scotland em parceria com as câmaras de comércio locais e outros stakeholder locais importantes. O aprendizado e a experiência da Glasgow Circular foram adaptados e desenvolvidos para se adequarem a diferentes cidades e regiões. Agora, programas integrais de atividade regional estão em andamento nas seguintes áreas: Tayside Circular (Dundee, Perth e Angus); Nordeste Circular (Aberdeen e Aberdeenshire) e Edimburgo Circular. Com base na experiência dessas cidades, o trabalho da economia circular regional escocesa continua a se desenvolver e contribui para o cumprimento de algumas ambições de estratégia econômica do governo nacional, políticas públicas e propostas de mudança climática, as quais mencionam o valor de adotar os princípios da economia circular.

PRINCIPAIS ALAVANCAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

ROTEIROS E ESTRATÉGIAS

CONVOCAÇÕES E PARCERIAS

AUMENTO DA CONSCIENTIZAÇÃO

CAPACITAÇÃO SUPORTE FINANCEIRO

PERÍODO DE TEMPO

Em 2015, por meio do financiamento da Zero Waste Scotland, a Câmara de Comércio de Glasgow comissionou a Economia Circular, uma empresa de consultoria de economia circular, para realizar uma varredura na cidade, identificar o potencial da economia circular e sugerir as próximas etapas. O relatório foi compartilhado em 2016. O trabalho entre todos os parceiros ocorreu entre 2016 e 2018 e a Glasgow Circular foi lançada em 2017. Em 2018, o Conselho Municipal de Glasgow anunciou que lideraria o desenvolvimento de um roteiro para a economia circular.

FINANÇAS

A Zero Waste Scotland detém £ 73 milhões do PIB fornecidos pelo governo escocês e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. O financiamento do Fundo Europeu vem por meio da Intervenção Estratégica do Programa do Acelerador de Economia Circular Eficiente em Recursos.

Uma proporção desse financiamento é usada no programa de apoio aos negócios de economia circular da Zero Waste Scotland. Esse programa de trabalho inclui a Glasgow Circular e as iniciativas mais amplas da cidade e da região.

GLASGOWA COMUNIDADE DE NEGÓCIOS DÁ INÍCIO A CIDADES E REGIÕES CIRCULARES NA ESCÓCIA

Adotar práticas de economia circular para criar economias e cidades prósperas

GOVERNANÇA Conselho

municipal de Glasgow

POPULAÇÃO 621.000

PIB 53 bilhões de

euros

DENSIDADE 3.548 por km2

Para saber mais, consulte Alavancas de políticas públicas

GLASGOWGLASGOW

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GLASGOWCÂMARA DE COMÉRCIO

uma iniciativa da

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GLASGOW

ÁREAS DE FOCO

Foram identificadas três áreas foco para a análise inicial de fluxo de material com base na importância econômica para Glasgow: saúde, educação e indústria. Selecionada como um subsetor da indústria, alimentos e bebidas foram estabelecidos como o ponto de partida para implementar as inovações circulares e criar aprendizados para levar projetos futuros adiante. Desde então, foram adicionados os setores criativo, de finanças e de turismo.

Em uma escala regional, as áreas de foco variam de cidade para cidade, mas se alinham amplamente à Estratégia de Economia Circular da Escócia de 2016 "Fazendo as coisas durarem", que destaca alimentos e bebidas, bioeconomia, insfraestrutura energética e fabricação como centros de interesse iniciais.

EQUIPE CENTRAL E PARTICIPANTES

Em setembro de 2015, a Câmara de Comércio de Glasgow realizou uma parceria com Zero Waste Scotland, Conselho Municipal de Glasgow e Economia circular. Além de compartilhar seu conhecimento em economia circular, a Zero Waste Scotland financiou a iniciativa, ao passo que o Conselho Municipal de Glasgow foi instrumental no fornecimento de dados sobre a cidade. O relatório Glasgow Circular foi produzido pela Economia Circular. As reuniões operacionais são realizadas mensalmente, conforme as atividades de economia circular progridem e evoluem na cidade.

RESULTADOS ATÉ O MOMENTO

Desde o lançamento da iniciativa Glasgow Circular, muitos projetos estão em andamento na cidade, e há exemplos mencionados neste caso.

Com base nisso e com a ambição de se tornar a primeira cidade circular da Escócia, o líder do governo municipal de Glasgow anunciou no 2018 Circular Economy Hotspot que lideraria o desenvolvimento de um roteiro de economia circular. O roteiro será baseado na pesquisa inicial realizada no relatório da Glasgow Circular e promoverá iniciativas nas seguintes áreas:

• Ambiente construído: capacitação em técnicas de construção circular, seguida de aprendizados da Commonwealth Games Athletes Village

• Alimentos: reduzir o desperdício alimentar, abordar insegurança de alimentos, apoiar a econo-mia local de alimentos e continuar trabalhando com Cidades de Alimentos Sustentáveis

• Têxteis: convênios com universidades e faculdades para incorporar os princípios de design circular aos cursos de design têxtil e aos departamentos de aquisição têxtil do setor público

• Energia: abastecer o equivalente a 15% das residências da cidade usando energia renovável

• Plástico: desenvolver e publicar uma estratégia e um plano de ação programados para 2019 para tratar do plástico descartado por meio da redução, reciclagem e ressignificação

Como forma de gerar ideias de maneira colaborativa, aumentar o público e engajar PMEs, Glasgow assumiu um Desafio de Laboratório Circular em abril de 2018, que alcançou 600 mil pessoas de 13 países. Isso resultou em três novos projetos focados na realização de grandes eventos e conferências alinhados aos princípios de economia circular.

Em 2017, o governo escocês ganhou a categoria do setor público no The Circulars por seu trabalho de posicionamento da economia circular no centro da estratégia econômica. The Circulars são prêmios apresentados na reunião anual do Fórum Econômico Mundial, que destacam as conquistas de organizações do setor público, viabilizando o desenvolvimento de atividades de economia circular. Em 2019, a Glasgow Circular foi selecionada como finalista da categoria setor público.

Até o momento, a Glasgow Circular engajou mais de 650 empresas por meio de suas atividades. Avançando na linha da experiência de Glasgow, a Zero Waste Scotland lançou Regiões e Cidades Circulares: Escócia, adaptando a abordagem para regiões e cidades individuais a fim de compartilhar percepções de negócios de economia circular em toda a Escócia.

A JORNADA

ORIGENS

A Câmara de Comércio de Glasgow (A Câmara) trabalha para criar parcerias estratégicas entre organizações para apoiar e promover o comércio em Glasgow e além, e a associação é voluntária. A Câmara reconheceu o potencial da economia circular para negócios inovadores e à prova de obsolescência e, por meio da introdução e do financiamento da Zero Waste Scotland, comissionou a Economia circular para ajudar a sinalizar o caminho em direção a uma estratégia e visão de economia circular.

IDENTIFICAR O PONTO DE PARTIDA

Após a analisar as atividades passadas, presentes e projetadas de Glasgow, além de prioridades políticas e econômicas, a pesquisa identificou três setores importantes: saúde, educação e indústria. Combinados, eles representam quase 30% da força de trabalho e 27% da economia de Glasgow.

Uma análise do fluxo de materiais desses setores foi realizada para mapear como os materiais e a energia serão fornecidos, utilizados e descartados e onde estão as oportunidades mais catalisadoras para criar mudanças. O processo e as descobertas foram definidos no relatório Glasgow Circular de 2016, junto com os elementos visuais do fluxo de materiais e inovações circulares.

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uma iniciativa da

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GLASGOW

DO PLANEJAMENTO À AÇÃO

Selecionado como subsetor da indústria, e com muitos vínculos com PMEs locais, o setor de alimentos e bebidas foi estabelecido como o mais apropriado ponto de partida para exploração mais profunda. Inovações na recuperação de calor, aquaponia e uso de fluxos residuais de alimentos foram destacados e um plano de ação definiu uma estratégia para transformar ideias em realidade.

Em junho de 2016, a Câmara hospedou uma reunião com vários stakeholders para lançar o relatório Glasgow Circular e aprofundar a compreensão sobre as oportunidades da economia circular. Os convidados incluíam empreendedores e organizações dos setores públicos e privados. A sessão destacou as áreas que apoiariam a inovação circular e os pilotos potenciais no setor de alimentos e bebidas.

As consultorias precisam ser conduzidas com a comunidade comercial local para identificar e desenvolver oportunidades adicionais. A Câmara trabalhou para reunir possíveis parceiros e criar competência ao sinalizar negócios para fontes de apoio e financiamento adicionais.

Desde o lançamento da iniciativa Glasgow Circular, muitos projetos estão em andamento, incluindo:

• Jaw Brew, uma cervejaria familiar em Glasgow, formou uma parceria com Aulds the Bakery para criar a Hardtrack, uma cerveja premiada feita com pães que não podem ser vendidos.

• O Revive Eco coleta grãos de café de cafeterias independentes e de franquias e os utiliza para produzir bio-óleos para uso em cosméticos, produtos farmacêuticos, alimentos e bebidas.

• O Glasgow Coffee Festival 2018, organizado pela Dear Green Coffee, foi o primeiro festival de café a proibir globalmente copos descartáveis, economizando 18 mil copos e fazendo compostagem dos resíduos de café.

• Graven, um estúdio de design independente em Glasgow, fez uma parceria com Spreng Thomson, especialistas em comunicações, para conduzir um programa de design circular com SMEs locais.

• A Young Enterprise Scotland, uma instituição de caridade que trabalha com jovens, desenvolveu um programa nas escolas primárias de Glasgow, desafiando os alunos a desenvolver ideias e produtos circulares.

Após identificar outros setores prontos para se beneficiar de oportunidades de economia circular, a Câmara de Comércio de Glasgow sediou uma segunda reunião em 2018, adaptada aos setores de construção e finanças. Até março de 2019, um informe será publicado para compartilhar as descobertas desse engajamento contínuo do setor.

EXPANDIR PARA UM PROGRAMA REGIONAL

Com base na experiência de Glasgow, a Zero Waste Scotland desenvolveu a iniciativa Regiões e Cidades Circulares: Escócia, trabalhando com câmaras de comércio e conselhos municipais em Edimburgo, Aberdeen, Dundee e Perth. Os relatórios iniciais de escopo foram desenvolvidos com cada cidade, estabelecendo seus setores prioritários e as principais oportunidades. As respectivas câmaras de comércio da cidade também trabalham com a Zero Waste Scotland para aumentar a conscientização, proporcionar ocasiões para convocações e parcerias, e sinalizar as organizações para mais apoio financeiro ou consultivo.

No futuro, a Zero Waste Scotland planeja desenvolver um kit de ferramentas para que as cidades criem competências de forma independente, à medida que busca incorporar princípios de economia circular nas estratégias econômicas locais e no desenvolvimento de infraestrutura.

MEDINDO O PROGRESSO

Desde o lançamento da Glasgow Circular, mais de 650 negócios se engajaram na iniciativa.

Após a criação de uma metodologia para calcular a atual linha de base de trabalhos circulares em Glasgow, um relatório sobre empregos afirmou que 21 mil cargos, representando 6% de todos os empregos na cidade, estão ligados a atividades circulares, e a expectativa é que esse número aumente.

A iniciativa Glasgow Circular é avaliada de forma independente, com medição trimestral do progresso por meio de uma série dos principais indicadores de desempenho relacionados a:

• Economia de energia e de carbono • Materiais desviados de aterros sanitários • Benefícios financeiros • Número de organizações engajadas

O método para realizar medições nessa escala ainda está na fase inicial e está sendo desenvolvido pela Universidade de Strathclyde. As primeiras descobertas devem ser capturadas ao longo de 2019.

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GLASGOW

REFLEXÕES

Demonstrar o que é possível na prática. Colaborações, como a parceria entre a Jaw Brew e a Aulds Bakery, oferecem exemplos tangíveis do que pode ser conquistado. Ao fornecer oportunidades colaborativas que auxiliam a criação de pilotos, a Glasgow Circular apoia o aprendizado entre parceiros, o potencial para novos empreendimentos e o desenvolvimento de modelos comerciais resilientes.

Apoiar negócios locais proporcionando um ambiente viabilizador. Integrar práticas circulares normalmente exige disposição para experimentar e testar novas maneiras de operar que podem competir com as prioridades existentes. No entanto, os negócios demonstraram que existe disposição para reuniões, parcerias e aprendizado

conjuntos. O amplo engajamento da Glasgow Circular em múltiplos setores é fundamental para criar ambientes em que as organizações possam se conectar, ao mesmo em que são encaminhadas para apoio estratégico e financeiro.

Projetar uma iniciativa de cidade que possa ser expandida para a região. Com base na experiência da Glasgow Circular, a Zero Waste Scotland continua utilizando uma abordagem similar nas cidades escocesas. Ao aplicar varreduras personalizadas às cidades, importantes prioridades e atividades econômicas podem ser abordadas. A expansão do programa complementa ainda mais a visão definida no governo escocês na Estratégia de Economia Circular da Escócia para 2016.

PARA MAIS INFORMAÇÕES Site: www.circularglasgow.com

www.zerowastescotland.org.ukContato: [email protected] [email protected]

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Advance LondonPrograma de apoio a PME de economia circular de Londres

PROGRAMA DE APOIO A PME DE ECONOMIA CIRCULAR ADVANCE LONDON

LONDRES

VISÃO GERAL

A INICIATIVA

Para apoiar pequenas e médias empresas na transição para uma economia circular, o Conselho de resíduos e reciclagem de Londres criou o Advance London, um programa de economia circular que oferece serviços de consultoria de negócios e orientação sobre investimentos a PMEs que cumprem os critérios de tamanho, faturamento e foco. O engajamento com as PMEs é feito de acordo com as atividades individuais e inclui a exploração de novos mercados de economia circular, fluxos de receita e modelos comerciais. Ao transformar os desafios relacionados a resíduos em oportunidades de negócios, o trabalho da Advance London também contribui para cumprir a meta de zerar os resíduos em aterros da cidade até 2026.

PERÍODO DE TEMPO

O Advance London é um programa de três anos, ativo de janeiro de 2017 a dezembro de 2019. Ele provavelmente buscará financiamento adicional para ampliar o apoio a longo prazo, decorrente da demanda positiva de PMEs e de resultados impactantes.

ÁREAS DE FOCO

As PMEs participantes estão abordando as cinco áreas de foco identificadas no Mapa de Rotas de Economia Circular de Londres, lançado em junho de 2017: ambiente construído, alimentos, produtos têxteis, produtos elétricos e plásticos.

PRINCIPAIS ALAVANCAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

ROTEIROS E ESTRATÉGIAS

CONVOCAÇÕES E PARCERIAS

AUMENTO DA CONSCIENTIZAÇÃO

CAPACITAÇÃO SUPORTE FINANCEIRO

EQUIPE CENTRAL E PARTICIPANTES

Uma equipe central de seis membros opera no Conselho de Resíduos e Reciclagem de Londres (LWARB), o órgão estatutário dedicado ao gerenciamento de resíduos em Londres e presidido pelo prefeito do representante de Londres. A equipe é apoiada por colegas do LWARD e por um grupo consultivo externo.

FINANÇAS

O Advance London é cofinanciado pelo LWARB e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (ERDF). Cada um contribui com £ 700 mil.

Paralelamente, o LWARB é um investidor chave em três fundos independentes (dissociados do cofinanciamento acima), que estão abertos para a qualificação de PMEs. Cada fundo tem como objetivo um estágio diferente do desenvolvimento empresarial, desde o apoio a quem está criando um Produto Mínimo Viável, a quem que precisa de financiamento de série A e B (financiamento para negócios em estágio inicial), até apoio de crescimento para quem possui fluxo de caixa e lucro comprovados e busca ampliação.

LONDRESPROGRAMA DE APOIO A PMES DE ECONOMIA CIRCULAR ADVANCE LONDON

Estimular e dimensionar descobertas

GOVERNANÇA Greater London

Authority

POPULAÇÃO 8,8 milhão

PIB 763 bilhões de

euros

DENSIDADE 5.729 por km2

Para saber mais, consulte Alavancas de políticas públicas

Advance LondonPrograma de apoio a PME de economia circular de Londres

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Advance LondonPrograma de apoio a PME de economia circular de Londres

PROGRAMA DE APOIO A PME DE ECONOMIA CIRCULAR ADVANCE LONDON

LONDRES

RESULTADOS ATÉ O MOMENTO

Até o fim de 2018, o Advance London tinha promovido cinco eventos de colaboração com o objetivo de intermediar relações entre PMEs e corporações, além de 20 oficinas de aprendizagem técnica sobre assuntos como Masterclass de Acesso a Finanças, Comunicações Convincentes para suas Inovações Circulares e Design Thinking.

O Advance London também ofereceu 700 horas de apoio personalizado a 112 PMEs. Até dezembro de 2019, o programa visa fornecer:

• Pelo menos três horas de apoio personalizado a 100 PMEs nos estágios iniciais do programa, o que inclui avaliação de elegibilidade e diagnóstico circular

• Pelo menos 12 horas de apoio personalizado a 80 PMEs nos estágios subsequentes do programa, o que inclui apoio à transição e ao crescimento

Uma em cada três PMEs engajadas teve subsídio, capital ou empréstimo assegurados no prazo de 18 meses após o primeiro aconselhamento recebido.

O programa também ajudou a promover 20 colaborações entre produto e mercado, o que gerou, até o fim de 2018, cinco novos produtos ou serviços circulares. São eles:

• Pluumo, um material exclusivo de embalagem térmica feito de penas excedentes

• CupClub™, um serviço de embalagens retornáveis projetadas para bebidas quentes ou frias

• Expansão do OLIO, um aplicativo de compartilhamento de alimentos, para incluir lojas locais a fim de que seja possível compartilhar alimentos e outros itens excedentes em vez de jogá-los fora

• Lançamento de um esquema de refil para frascos de perfume pelo 4160 Tuesdays, um fabricante de perfumes sediado em Londres

• Lançamento da produção em pequena escala de produtos de construção à base de micélio (filamentos de ramificação de fungos) pela Biohm

A JORNADA

ORIGENS

Em 2017, o LWARB publicou o Mapa de Rotas da Economia Circular de Londres, em que as PMEs foram identificadas como cruciais para o desenvolvimento de uma economia circular na cidade devido a suas contribuições para o volume de negócios do setor comercial privado. O mapa de rotas ajudou o LWARB a identificar os desafios que esses negócios enfrentam ao integrar abordagens de economia circular a suas atividades, especialmente em relação à obtenção de financiamento apropriado, desenvolvimento de mentalidade transformadora, promoção de produtos e obtenção de suporte das cadeias de suprimento e serviços de apoio. Para ajudar a superar alguns desses aspectos, o LWARB criou o programa Advance London.

PRÓXIMAS ETAPAS

Para criar um programa atraente, o LWARB aproveitou não apenas os aprendizados das PMEs que já trabalhavam na transição para uma economia circular, mas também os da sua rede mais ampla. Ele se engajou com investidores, aceleradores, espaços de trabalho e organizações como Circularity Capital, Central Research Lab, Clean City Awards Scheme e a rede CE100 da Ellen MacArthur Foundation.

O LWARB também formou parcerias com a Federação de Pequenos Negócios, o Centro de Crescimento de Londres, câmaras de comércio locais e distritos de aprimoramento de negócios. Essas parcerias ajudaram o LWARB a identificar e atrair as PMEs que melhor se beneficiariam do programa.

Além de uma equipe central, o LWARB nomeou um grupo consultivo exclusivo, que se reúne trimestralmente para acompanhar as conquistas do programa e informar sobre a direção futura, garantindo que o Advance London continue servindo e engajando da melhor maneira o maior número possível de PMEs. O grupo reflete um misto de conhecimento especializado com representantes dos conselhos londrinos, do setor de investimentos, do mundo corporativo e de acadêmicos e especialistas em economia circular.

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Advance LondonPrograma de apoio a PME de economia circular de Londres

PROGRAMA DE APOIO A PME DE ECONOMIA CIRCULAR ADVANCE LONDON

LONDRES

O PROCESSO

Advance London se concentra em duas principais áreas de apoio estratégico:

• PMEs com ofertas existentes de economia circular

• PMEs que desejam realizar a transição para um modelo de negócios de economia circular

Por meio de chamadas iniciais com PMEs potenciais, a equipe do Advance London trabalha para entender o modelo de negócio da PME e como os princípios da economia circular podem ser utilizados para gerar benefícios sociais, ambientais e econômicos. Então, os negócios elegíveis para apoio são convidados para a Masterclass de Negócios Circulares. Nesse estágio inicial, são coletados os dados de referência sobre cada PME para permitir o acompanhamento trimestral do progresso.

Todos os negócios que se tornam parte do programa Advance London recebem entre um mínimo de três horas e um máximo de dez dias de apoio personalizado, que abrange desde consultoria sobre modelos de negócio até como comercializar e escalar, ou formas de obter o financiamento apropriado para seus objetivos e estágio de desenvolvimento. As PMEs também recebem convites para oficinas de capacitação para se beneficiarem de uma variedade de oportunidades de colaboração e networking. As PMEs que desejam dar um passo adiante com investimento seguro são colocadas em contato com investidores especialistas de fundos independentes relevantes ou indicados para outras oportunidades de financiamento.

O relacionamento entre as PMEs do programa é um processo em andamento que continuará enquanto o programa estiver ativo.

MARCOS

O programa começou em janeiro de 2017 com um evento de lançamento que ocorreu na Prefeitura em abril de 2018. Cerca de 45 PMEs compareceram, junto com muitos especialistas envolvidos na criação do programa.

Durante seu tempo no programa Advance London, muitas das PMEs participantes conquistaram marcos significativos:

• ZigZag Global foi a primeira PME apoiada pelo programa a ser nomeada e aceita para o programa CE100 da Ellen MacArthur Foundation como um Inovador emergente em março de 2017. Em 2019, a empresa foi finalista no The Circulars, promovido anualmente na reunião do Fórum Econômico Mundial em Davos.

• A Nu Wardrobe e a Encycled, apoiados por um treinamento de iniciação do Advance London, ganharam financiamento concedido no Desafio de Moda da cidade de Londres, realizado pela London Legacy Development Corporation (LLDC) e pelo Cluster de Moda do Leste de Londres em novembro de 2017.

• Em outubro de 2017, o CupClub foi anunciado como um dos vencedores do Prêmio de Inovação da Nova Economia do Plástico recebendo o equivalente a US$ 2 milhões na categoria de design circular, que busca resolver o problema de itens pequenos que normalmente não são reciclados e sim descartados no meio ambiente ou nos aterros.

• A primeira empresa de portfólio a atrair maior investimento, a OLIO, fechou um financiamento Série A de US$ 6 milhões conduzido pela Octopus Ventures em junho de 2018.

• Também em 2018, com o apoio do programa Advance London, a Plan Zheroes, uma organização sem fins lucrativos de redistribuição de alimentos em Londres, implementou um novo modelo de geração de renda que resultou em um plano de negócios robusto para redistribuição de alimentos, introdução de uma nova estrutura de carregamento e sustentabilidade financeira aprimorada por meio do desenvolvimento de um fluxo de renda independente.

Para celebrar o marco de um ano e meio, em junho de 2018 o Advance London, em colaboração com o programa Londres Circular do LWARB, promoveu a primeira Semana de Economia Circular de Londres, em que 18 PMEs tiveram a chance de intermediar relações com 21 corporações, muitas das quais levaram a oportunidades de contrato.

Na mesma semana, o Advance London realizou o primeiro evento de corretagem entre inovadores PMEs (como Biohms, Skipping Rocks Lab, Customem) e empresas tradicionais de gerenciamento de resíduos (como Bywaters, First Mile, SWR Newstar, REAL) para iniciar o diálogo e identificar maneiras de aumentar a taxa de compostagem de produtos biodegradáveis.

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Advance LondonPrograma de apoio a PME de economia circular de Londres

PROGRAMA DE APOIO A PME DE ECONOMIA CIRCULAR ADVANCE LONDON

LONDRES

MEDINDO O PROGRESSO

Atualmente, o programa faz relatórios trimestrais sobre as duas principais áreas de resultados:

• A introdução de novos produtos, serviços ou processos

• A criação de novas oportunidades de emprego Uma metodologia sob medida que sendo desen-volvida por vários stakeholders, incluindo, por exemplo, LWARB, ERDF e futuros patrocinadores, também medirá resultados e impactos por toda a ampla variedade de PMEs, como:

• Aumento da lucratividade da PME • Resíduos desviados de aterros • Emissões de CO2 evitadas

Além disso, a equipe trabalhou no desenvolvimento de uma estrutura que auxilie o estabelecimento de um parâmetro de circularidade e das áreas de inovação potencial para cada PME. Entre julho e dezembro de 2018, a estrutura foi testada em 30 negócios e está sendo desenvolvida dentro programa em 2019.

REFLEXÕES

Aumento do alcance por meio da colaboração e da agilidade. A colaboração do programa com as iniciativas, redes e atividades mais amplas do LWARB (como Londres Circular) e com as iniciativas de políticas públicas da Greater London Authority (como o Prêmio Empreendedor da Prefeitura), contribuiu para o seu desenvolvimento. Isso aumentou a profundidade, o alcance e a habilidade do programa de atender às principais necessidades. O Advance London também avalia regularmente suas atividades, reunindo PMEs e outros stakeholders para avaliar seu valor agregado e adaptar suas atividades a fim de maximizar o impacto.

Desenvolvimento de programas personalizados para apoiar negócios de economia circular e transições de políticas públicas. Ter contato direto com PMEs por meio dos elementos personalizados do programa permitiu à equipe da Advance London ter uma compreensão em tempo real das necessidades e dos desafios das PMEs. Isso traz informações não apenas sobre a evolução do programa, mas também sobre o desenvolvimento mais amplo das políticas públicas.

Medição do progresso para proporcionar à Advance London e às PMEs visibilidade sobre impactos e informações sobre futuros avanços. A estrutura exclusiva desenvolvida para o programa permite que a equipe e as PMEs reúnam dados de partida e do progresso da economia circular na forma de oportunidades econômicas e de emprego que surgem com mudança para modelos de negócio circulares. A medição também ajuda os negócios a identificarem áreas relevantes para inovação ao longo de todas as cadeias de valor.

Criação de economias locais resilientes e culturas de negócio inovadoras. O programa ajuda as PMEs locais a assumirem a vanguarda das inovações de economia circular, o que, por sua vez, ajuda a revelar os benefícios econômicos, ambientais e sociais que estão sendo apreendidos na estrutura de medição. O programa também fornece oportunidades de parceria e de troca de conhecimento com organizações maiores, ajudando a impulsionar uma cultura geral de inovação em negócios.

PARA MAIS INFORMAÇÕES Site: www.advancelondon.org

Contato: [email protected]

Este estudo de caso faz parte da Economia Circular em Cidades, Ellen MacArthur Foundation

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DESENVOLVENDO UMA ESTRUTURA DE MEDIÇÃO PARA OS NEGÓCIOS LOCAIS E PARA A CIDADE

PETERBOROUGH

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

VISÃO GERAL

A INICIATIVA

Peterborough está comprometida com sua transformação em uma cidade circular até 2050. O Compromisso Peterborough Circular reúne parceiros locais que compartilham da ambição de integrar os princípios da economia circular à cidade para impulsionar o crescimento econômico e a resiliência, atender às necessidades locais, conectar comunidades e reduzir o impacto ambiental, incluindo as emissões de gases de efeito estufa.

Acompanhar o progresso em relação às ambições de ser uma cidade circular é fundamental para demonstrar os benefícios e criar impulso. Peterborough está desenvolvendo uma estrutura de medição composta por três pilares: i) Modelo de Maturidade de Economia Circular que possa oferecer uma avaliação qualitativa de circularidade para os negócios e para a cidade, ii) seleção dos principais indicadores de desempenho e iii) acompanhamento dos fluxos de materiais na cidade. Embora ainda esteja em andamento, o trabalho interno de Peterborough elevou o perfil da cidade a nível nacional e internacional.

PERÍODO DE TEMPO

A iniciativa Peterborough circular começou em 2015, com o Compromisso Peterborough Circular, seguido do desenvolvimento, em 2016, de uma estrutura de medições por meio dos sete Rs, do lançamento da Plataforma Share Peterborough em 2017 e de uma consultoria sobre o esboço do Roteiro de Planejamento e Desempenho de Cidade Circular.

PRINCIPAIS ALAVANCAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

ROTEIROS E ESTRATÉGIAS CONVOCAÇÕES E PARCERIAS AUMENTO DA CONSCIENTIZAÇÃO

ÁREAS DE FOCO

A estrutura de medições da Peterborough Circular foi projetada para oferecer apoio aos negócios e à cidade conforme acompanham o progresso em direção a uma economia circular, com o objetivo de atingir circularidade total até 2050. A estrutura inclui métricas de medição qualitativas e quantitativas.

• O foco quantitativo inclui crescimento econômico, redução de emissões de GEE, conscientização dos negócios sobre oportunidades e princípios de economia circular, redução de resíduos e reciclagem

• O foco qualitativo inclui o acompanhamento de mudanças operacionais, culturais e comportamentais

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

O programa Peterborough Circular é um elemento fundamental do Programa Peterborough do Futuro. Este último é administrado conjuntamente pelo Conselho municipal de Peterborough e pelo Opportunity Peterborough (uma empresa de desenvolvimento econômico sem fins lucrativos de propriedade do Conselho). O alinhamento ao Programa Peterborough do Futuro apoia a integração dos princípios de economia circular ao programa de cidade inteligente, bem como seu desenvolvimento econômico e investimentos internos.

O Peterborough Circular tem o equivalente a 1,5 equipe em período integral sediada no Opportunity Peterborough. Eles trabalham para trazer o setor relevante e o conhecimento de economia circular ao Conselho. A reunião com empresas, de organizações do terceiro setor e indivíduos de toda a cidade é central a isso.

PETERBOROUGHDESENVOLVENDO UMA ESTRUTURA DE MEDIÇÃO PARA OS NEGÓCIOS LOCAIS E PARA A CIDADE

Acompanhar o progresso em uma jornada para a circularidade total até 2050

GOVERNANÇA Conselho Municipal de Peterborough

POPULAÇÃO 198.914

PIB £ 5.3 bilhões

DENSIDADE 1.300 por km2

Para saber mais, consulte Alavancas de políticas públicas

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DESENVOLVENDO UMA ESTRUTURA DE MEDIÇÃO PARA OS NEGÓCIOS LOCAIS E PARA A CIDADE

PETERBOROUGH

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FINANÇAS

Em 2012, Peterborough foi um dos quatro Demonstradores de Cidade do Futuro do Reino Unido premiados com uma concessão de £ 3 milhões Innovate UK, a agência de inovação do país. Entre outras coisas, a concessão ajudou o programa Peterborough circular a emergir como parte das ambições de Peterborough do futuro. O prêmio continua a contribuir com os custos centrais da Peterborough Circular, incluindo equipe, desenvolvimento de software e marketing, bem como o desenvolvimento da estrutura de medição.

A investigação de outras oportunidades de financiamento para apoiar o trabalho da Peterborough Circular está em andamento. Com base na experiência de comercializar o Programa de Liderança de Cidades Inteligentes de Peterborough, a estrutura de medição deve se tornar uma ferramenta de longo prazo replicável, escalável e potencialmente comercializada para pequenas e médias cidades semelhantes a Peterborough.

RESULTADOS ATÉ O MOMENTO

A Peterborough Circular descobriu que está cada vez mais reunindo parceiros em torno do objetivo de alcançar uma cidade circular até 2050. "Não estamos nos tornando circulares para o selo, estamos nos tornando circulares porque isso ajuda a enfrentar desafios reais em nossa cidade." Peterborough circular.

O programa elevou o perfil da cidade nacional e internacionalmente e, em 2019, sediou a Conferência de Cidades Circulares do Futuro, com base no reconhecimento obtido no Smart City Awards de 2015 e sua inclusão nos estudos das cidades circulares do Fórum Econômico Mundial. O evento atraiu mais de 90 delegados, incluindo representantes de cidades nacionais e internacionais, empresas e organizações do terceiro setor, ávidos pelo aprendizado das melhores práticas e pela investigação de oportunidades de colaboração.

Até agora, quase 70 organizações assinaram o compromisso da Peterborough Circular e mais de 315 usuários se registraram na plataforma Share Peterborough desde meados de 2017. Essa atividade levou ao compartilhamento de 77 produtos ou serviços, poupando mais de £ 2.141 em novas compras e taxas de aterro, e ao desvio de mais de 220 kg de recursos de aterros sanitários Cinco oficinas de economia circular também foram promovidas para gerar aprendizado e conscientização sobre os setores de alimentos e agricultura, fabricação, manutenção e terceiro setor. Peterborough também fez uma parceria com a University College London e a Universidade de Cranfield para desenvolver ainda mais o conjunto de indicadores, desenvolver planos de cenário para a cidade e apoiar oportunidades de treinamento para estudantes.

A JORNADA

ORIGENS

A capacidade de acompanhar e medir o progresso tem sido um componente importante do trabalho de Peterborough pois o trabalho ajudou a engajar outros departamentos municipais, negócios locais e organizações. Como medir o progresso da economia circular em escala municipal é inerentemente complexo e Peterborough precisou desenvolver internamente o modelo, seu caminho tem sido de inovação e descoberta.

DESENVOLVER A ESTRUTURA DE MEDIÇÃO EM TRÊS PILARES

A partir do seu Modelo de Maturidade de sete Rs, avaliações e testes levaram ao surgimento de uma estrutura de três pilares mais diversificada.

Pilar 1 – O Modelo de Maturidade qualitativo que ajuda negócios e cidade a acompanhar o progresso. O Modelo de Maturidade foi desenvolvido primeiro por meio de pesquisas baseadas em bibliografia realizadas em 2016. O modelo foi projetado para mapear e acompanhar a atividade comercial local em relação aos sete Rs da Peterborough Circular (repensar, redesenhar, redirecionar [reusar e compartilhar], reparar, remanufaturar, reciclar e recuperar) com uma visão de um uso mais circular dos materiais. Como um modo relativamente novo de pensar e acompanhar a atividade dos negócios locais, os sete Rs foram

usados pela primeira vez por negócios locais para indicar como as oportunidades de economia circular podem funcionar para eles. Peterborough está desenvolvendo um Guia de Negócios Circulares dos 7 Rs e, em 2019, os dados de rastreamento antecipado devem surgir.

O teste dos sete Rs também destacou seus limites. Embora tivesse o potencial de funcionar bem para negócios individuais, seria limitado como uma medida de mudança sistêmica no nível da cidade. Portanto, a Peterborough Circular adotou percepções de melhores práticas a partir de modelos de previsão de riscos e análise de desastres que mostram melhor a interconexão e a interdependência das ações. Uma estrutura de Pensamento de Sistemas Sociotécnicos (STST) fornecerá agora a base para o modelo que acompanhará o progresso em escala da cidade. Em 2018, a equipe usou a estrutura para construir uma medida de linha de base qualitativa da circularidade na cidade, aferida de acordo com os principais critérios definidos na Estrutura de Monitoramento e desempenho e planejamento. Isso inclui critérios qualitativos de sete áreas (pessoas, cultura, infraestrutura, tecnologia digital, processos e procedimentos, objetivos e métricas) que, no momento oportuno, serão mais quantitativos.

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DESENVOLVENDO UMA ESTRUTURA DE MEDIÇÃO PARA OS NEGÓCIOS LOCAIS E PARA A CIDADE

PETERBOROUGH

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

Pilar 2 – Principais indicadores de desempenho quantificados. Para desenvolver medições quantita-tivas de resultados gerados por economias circulares, a Peterborough Circular aderiu à norma existente ISO 37120 para Comunidades e Cidades, que fornece indicadores para serviços municipais, qualidade de vida e cidades inteligentes e resilientes. Peterborough selecionou medidas quantitativas que seriam especí-ficas para medir a circularidade na cidade, como em resíduos, transporte e produção de energia.

Essa abordagem permitiu que Peterborough desen-volvesse indicadores de desempenho que geralmen-te já são acompanhados pelos administradores da cidade, que dessa forma utilizam os recursos munici-pais da melhor maneira. Esses indicadores serão acompanhados durante um período de tempo defini-do, por exemplo, a quantidade de materiais enviados ao aterro, os recursos reciclados e a quantidade de energia produzida a partir de fontes renováveis, embora Peterborough esteja buscando ir além dessas métricas convencionais. O trabalho está em andamen-to e Peterborough planeja lançar esse segundo pilar em 2019.

Pilar 3 – Fluxos de materiais urbanos. Para desenvolver uma imagem quantificada do suprimento de material na cidade e dos fluxos internos de materiais da cidade, a Peterborough circular focará inicialmente na cadeia de valores do Conselho municipal, identificando os principais fornecedores de bens e serviços e a natureza, a dimensão e o moimento dos materiais relacionados. Com o segundo pilar, principais indicadores de desempenho, Peterborough pretende capturar as tendências abrangentes no período de 2018 a 2021 para corresponder ao período de tempo da Estrutura de monitoramento de desempenho e planejamento e obter visibilidade do progresso em escala municipal.

REFLEXÕES

Construir uma comunidade de entendimento ao redor de medições e princípios de economia circular. A medição da atividade de economia circular em uma base individual de negócios depende da construção de altos níveis de conscientização e atividade. Isso ajuda a cultivar novas práticas de economia circular na cidade e revela práticas pré-existentes que não estavam sendo previamente reconhecidas. O amplo engajamento entre os setores aumenta a conscientização sobre as oportunidades apresentadas em uma economia circular e ajudou a Peterborough circular a identificar ferramentas que podem apoiar negócios locais, como o desenvolvimento do Guia de Negócios Circulares dos 7 Rs e a identificação de métricas.

Seleção de um dos indicadores adequados para iniciar o processo. Um dos desafios atuais em relação à medição da circularidade é encontrar indicadores comparáveis e padronizados. Ao consultar a atual norma ISO 37120 de Cidades e Comunidades Sustentáveis, Peterborough selecionou aproximadamente 75 indicadores

comumente rastreados que possibilitam comparações à linha de base e geram visibilidade sobre o progresso rumo à economia circular em escala municipal ao longo de um determinado período de tempo.

Colaboração de proximidade com o Conselho Municipal de Peterborough e aprendizado por meio de redes de parceiros. Um estreito vínculo organizacional com o Conselho Municipal de Peterborough permite que a Peterborough circular trabalhe rumo à integração da mentalidade circular a políticas e projetos de desenvolvimento econômico da cidade e se baseie em dados sobre a cidade para basear e acompanhar o progresso. Ao mesmo tempo em que colaboram com uma variedade de instituições acadêmicas, a Rede de Transferência de Conhecimento da Innovate UK e redes de empresas, organizações do terceiro setor, cidades e governos ajudam a trazer novas idéias, progridem na iniciativa Circular Peterborough e na estrutura de medição, e compartilham este trabalho com outros.

PARA MAIS INFORMAÇÕES Site: www.futurepeterborough.com/circular-city

www.opportunitypeterborough.co.uk

Contato: [email protected] [email protected]

Este estudo de caso faz parte da Economia Circular em Cidades, Ellen MacArthur Foundation

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CARPETES CRADLE TO CRADLE PARA EDIFÍCIOS DA CIDADE

SÃO FRANCISCO

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VISÃO GERAL

A INICIATIVA

No primeiro semestre de 2018, a cidade de São Francisco aprovou uma legislação segundo a qual todos os tapetes instalados nos departamentos da cidade teriam, pelo menos, o Cradle to Cradle Certified Silver e não deveriam conter antimicrobianos, compostos fluorados, produtos químicos retardadores de chama ou outras substâncias químicas preocupantes. Requisitos semelhantes se aplicam a carpetes adesivos. Placas de carpete devem ser usadas para facilitar a substituição e evitar o desperdício. Além disso, tanto as fibras quanto a base do carpete devem conter quantidades mínimas de material reciclado e, por fim, devem ser reciclados ao chegar ao fim do uso.

São Francisco conduziu essa iniciativa como parte da motivação a reduzir a quantidade de carpetes descartados que eram enviados a aterros (atualmente, mais de 80% nos EUA) e garantir o bem-estar dos visitantes e da equipe nos departamentos de São Francisco. Desde o início foi importante garantir que o processo não apenas inspirasse inovações para negócios e materiais, mas que também possibilitasse um processo de licitação competitiva. Portanto, era necessário haver pesquisas extensivas e engajamento das partes interessadas.

PERÍODO DE TEMPO

As pesquisas começaram em meados de 2016 e, após um período de consultoria, a regulamentação foi aprovada no primeiro semestre de 2018.

PRINCIPAIS ALAVANCAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

ROTEIROS E ESTRATÉGIAS

CONVOCAÇÕES E PARCERIAS

AUMENTO DA CONSCIENTIZAÇÃO

COMPRAS PÚBLICAS LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO

ÁREAS DE FOCO

Ao focar na cadeia de suprimentos do ambiente construído, São Francisco pôde trabalhar rumo ao cumprimento dos objetivos ambientais e de integridade dos materiais nos prédios da cidade e criar novas oportunidades para que os fornecedores ganhassem licitações municipais.

EQUIPE CENTRAL E PARTICIPANTES EXTERNOS

O desenvolvimento dos "requisitos de carpete verde" de São Francisco foi um esforço colaborativo entre as equipes de lixo zero, redução de produtos tóxicos e construção verde do Departamento do Meio Ambiente, além da força-tarefa municipal de construção verde, um consultor externo da HDR (empresa de consultoria, arquitetura, engenharia) e funcionários da cidade envolvidos em compras públicas.

FINANÇAS

A pesquisa e a execução da regulamentação foram financiadas com o orçamento do Departamento do Meio ambiente, fundamentalmente derivado de taxas de reuso municipais e totalizando aproximadamente 15 mil dólares.

SÃO FRANCISCOCARPETES CRADLE TO CRADLE PARA EDIFÍCIOS DA CIDADE

Preparar o terreno para aquisições circulares

GOVERNANÇA Conselho da prefeitura da cidade e do

condado de São Francisco

POPULAÇÃO 884.363

PIB 143 bilhões de

dólares

DENSIDADE 7.282 por km2

Para saber mais, consulte Alavancas de políticas

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CARPETES CRADLE TO CRADLE PARA EDIFÍCIOS DA CIDADE

SÃO FRANCISCO

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

RESULTADOS ATÉ O MOMENTO

A regulamentação ainda está na fase inicial de implementação, então, os benefícios econômicos, ambientais e sociais ainda serão quantificados em sua totalidade. No curto prazo, a criação e a aprovação da regulamentação significaram que:

• O Departamento do Meio Ambiente consultou outros departamentos da cidade para integrar os requisitos a projetos maiores

• Uma plataforma online está disponível para departamentos da cidade que buscam instalar novos pisos e procuram orientações sobre fornecedores de produtos que cumprem os requisitos

• Uma rede informal de líderes de diferentes departamentos foi identificada e consiste de indivíduos motivados a gerar mudanças em suas áreas e auxiliar em consultorias sobre categorias futuras de produto, como móveis e bancadas

A JORNADA

ORIGENS

O Código do Meio Ambiente de São Francisco contém estatutos destinados a orientar as atividades da cidade para proteger os cidadãos, proteger o meio ambiente e preservar os recursos naturais, além de também apoiar a atividade econômica. As atividades da cidade são guiadas pela premissa de que as escolhas menos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, baseadas nas evidências científicas mais aplicáveis, terão precedência em todos os momentos, evitando intervenções subsequentes dispendiosas e danos irreversíveis às pessoas e à natureza. Por exemplo:

• O Estatuto de Compras Ambientalmente Preferíveis busca "reduzir os impactos negativos à saúde humana e ao meio ambiente por meio do desenvolvimento de especificações para compras da cidade"

• Os requisitos de construção verde do Estatuto de Construções da cidade têm por objetivo proteger os seres humanos e o meio ambiente, além de contribuir para cumprir os objetivos de zero energia líquida da Comissão de energia da Califórnia em todas as novas construções comerciais da Califórnia até 2030 com atualizações de zero energia líquida em 50% dos edifícios comerciais existentes

Os requisitos de "carpete verde" foram desenvolvidos sob o mandato desses dois estatutos, sob a liderança do Departamento do Meio Ambiente de São Francisco, com amplo apoio da liderança eleita da prefeitura e do Conselho de supervisores da cidade.

LANÇAMENTO

Desde 2016, o Departamento do Meio Ambiente contratou um consultor externo da HDR Inc. por cerca de um ano para prestar assessoria sobre os componentes de carpetes em projetos de construção municipais. A HDR Inc. é uma empresa de serviços de engenharia, arquitetura, meio ambiente e construção. No início do processo, a equipe de redução de produtos tóxicos se engajou junto com outros departamentos para compreender onde seria necessário haver adaptações técnicas para os critérios de carpetes. As especificações de carpetes foram, então, esboçadas com o objetivo de evitar produtos químicos preocupantes e incluir conteúdo reciclável e o potencial máximo de reciclabilidade.

Na procura por produtos adequados, inicialmente a equipe buscou certificação independente de terceiros ou rótulos ecológicos que cumprissem os objetivos. O Cradle to Cradle Certified (C2CC) foi o mais adequado. Como uma das escolas de pensamento subjacentes à economia circular, os princípios do Cradle to Cradle promovem o design que permite a reutilização e a recuperação contínuas dos materiais, além do uso de materiais e produtos seguros para a saúde humana e para o meio ambiente. Eles consideram que todos os materiais são nutrientes que podem ser devolvidos a um sistema biológico ou técnico.

Para cumprir os objetivos de integridade e recupera-ção de materiais, a cidade foi além, no entanto, exigin-do a inclusão de três especificações adicionais:

1. Exclusão total de determinados produtos químicos, mais notavelmente substâncias de alquil perfluorado e polifluorado (PFASs)

2. Inclusão de conteúdo reciclado3. Transparência de materiais dos fabricantes

Depois que as especificações do carpete foram acordadas, uma pesquisa de fabricantes foi criada para estabelecer normas viáveis e identificar produtos compatíveis suficientes para garantir um processo de licitação competitivo, com opções suficientes para atender às necessidades de design dos arquitetos e gerentes de projeto da cidade. Finalmente, a equipe identificou três fabricantes que eram capazes de atender aos requisitos rigorosos.

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CARPETES CRADLE TO CRADLE PARA EDIFÍCIOS DA CIDADE

SÃO FRANCISCO

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MEDINDO O PROGRESSO

A regulamentação do carpete verde de São Francisco ainda está em sua fase inicial e, por isso, os benefícios ambientais e econômicos ainda não foram calculados. Porém, há um trabalho sendo realizado para compor um panorama e saber quantos carpetes em conformidade com a regulamentação já foram instalados. Os dados recebidos de um único fornecedor, em 2018, equivalem a 1.621 jardas2 (1.355 m2) de placas de carpete, por exemplo.

Auxiliando nesse processo, em 2019 será instalado um sistema em 2019 para acompanhar as compras de carpete em conformidade com as regulamentações para todas as construções com certificado LEED da cidade. Para projetos não LEED, a cidade está pesquisando outras opções para coletar dados de compra, notavelmente por meio do novo sistema de software de orçamento e finanças.

REFLEXÕES

Uso da criação e a implementação da regulamentação para gerar novas oportunidades para fornecedores e novas normas em aquisições municipais e gerenciamento de ativos. Sob o Estatuto de Compras Ambientalmente Preferíveis, essa regulamentação é obrigatória. Seu desenvolvimento mostrou que especificações alinhadas com a economia circular são viáveis e podem ser usadas para desenvolver o mercado e tornar mais comuns a reciclagem de materiais e a coleta para reutilização. O apoio da legislação pela liderança da prefeitura e pelo conselho de supervisores eleitos da prefeitura e do condado de São Francisco também incentiva o desenvolvimento de iniciativas semelhantes que apoiem os objetivos econômicos, ambientais e sociais da cidade.

Colaboração com outros fabricantes e departamentos das cidades para proteger o suprimento, a conscientização e o compromisso. Para proteger as mudanças nas práticas de compras da cidade, foi importante trabalhar com

outros departamentos para garantir que as novas normas fornecessem produtos suficientes para atender às necessidades dos departamentos municipais. O Departamento do Meio Ambiente continua promovendo reuniões periódicas com compradores de departamentos para aumentar a conscientização sobre os estatutos sob o Código do meio ambiente enquanto trabalha com uma rede de líderes informais para dar suporte à implementação da nova regulamentação.

Engajamento em pesquisas robustas para compreender os componentes dos produtos, a transparência dos materiais e o potencial de normas e certificados. A identificação de produtos em conformidade levou muitos meses, uma vez que os requisitos selecionados se estendem para além do Cradle to Cradle Certified. Para dar suporte à avaliação recorrente da conformidade de produtos pelos departamentos de compra da cidade, espera-se que os certificadores continuem desenvolvendo as normas e a transparência de materiais.

PARA MAIS INFORMAÇÕES Site: www.sfapproved.org

www.sfenvironment.org

Contato: [email protected]

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QUADRO DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA E IMPLEMENTAÇÃO DE ECONOMIA CIRCULAR

TORONTO

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VISÃO GERAL

A INICIATIVA

A Estrutura e o Plano de Implementação de Compras para Economia Circular (o Framework) de Toronto estão posicionados para se tornarem uma ferramenta importante na geração de crescimento econômico, no aprimoramento da prosperidade social e no rumo ao lixo resíduo na cidade. Os contratos de compra anuais de Toronto totalizam aproximadamente 2 bilhões de dólares canadenses em valor, o que representa um potencial considerável para fornecedores que têm ofertas de economia circular de longa data ou que estão começando a integrar a economia circular a seus modelos comerciais existentes. O Framework define os objetivos de compras para economia circular, além de oportunidades para a cidade impulsionar seu poder de compra. O Framework é consistente com a direção e a abordagem definidas na Estratégia de Longo Prazo para Gerenciamento de Resíduos da cidade de 2016.

PERÍODO DE TEMPO

A coordenação no desenvolvimento do Framework ocorreu entre janeiro e junho de 2018. Inicialmente, ela será implementada em compras piloto durante três anos a partir de junho de 2018 com uma consultoria comercial, engajamento e capacitação recorrentes. As recomendações finais serão apresentadas em 2021.

ÁREAS DE FOCO

Inicialmente, o Framework pode ser implementado nos seguintes setores-alvo: alimentos e aprovisionamento, gerenciamento de resíduos, informação e tecnologia, produtos têxteis e roupas, construção e engenharia.

PRINCIPAIS ALAVANCAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

ROTEIROS E ESTRATÉGIAS

CONVOCAÇÕES E PARCERIAS

AUMENTO DA CONSCIENTIZAÇÃO

CAPACITAÇÃO COMPRAS PÚBLICAS

EQUIPE CENTRAL E PARTICIPANTES

O desenvolvimento do Framework foi conduzido em parceria com a equipe da Divisão de Serviços de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (SWMS) e da Divisão de Gerenciamento de Materiais e Compras (PMMD) da cidade.

Na SWMS, encontra-se a Unidade de pesquisa, inovação e economia circular (UFRICE), que coordenou as atividades e convocou um grupo de trabalho interdivisional sobre economia circular, incluindo um ou dois representantes seniores de SWMS e PMMD, além de outras oito divisões “campeãs", nomeadamente: Planejamento da Cidade, Desenvolvimento Econômico e Cultura, Escritório de Meio Ambiente e Energia, Gerenciamento de Instalações, Parques, Florestas e Recreação, Serviços de Transporte, Águas de Toronto e Saúde Pública de Toronto. Outras divisões também estão abertas a participação.

Toronto também está engajando fornecedores ao projeto a fim de garantir que a implementação do Framework seja informada por possíveis licitantes e stakeholders comerciais.

FINANÇAS

Foi alocado 1,8 milhão de dólares canadenses para a UFRICE ao longo de três anos para cobrir os custos de vários projetos e iniciativas, incluindo equipes, estudos, concessões, parcerias, pilotos, conferências, taxas de associação e viagens.

TORONTOESTRUTURA E PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DE COMPRAS PARA ECONOMIA CIRCULAR

Criar uma mudança sistêmica por meio do poder público de compra

GOVERNANÇA Conselho

municipal de Toronto

POPULAÇÃO 3 milhões (2018)

PIB 308 bilhões de dólares

canadenses (2016)

DENSIDADE 4.769 por km2

Para saber mais, consulte Alavancas de políticas públicas

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QUADRO DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA E IMPLEMENTAÇÃO DE ECONOMIA CIRCULAR

TORONTO

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RESULTADOS ATÉ O MOMENTO

A UFRICE desenvolveu princípios orientadores e os submeteu ao Comitê de Gerenciamento Governamental de Toronto e um plano para integrar abordagens de economia circular aos processos de compras da cidade. A UFRICE também está determinando um parâmetro e métricas adequadas

para acompanhar os resultados econômicos, ambientais e sociais.

Desde sua origem, o projeto foi lançado na fase piloto e começou a identificar atividades de compra circular existentes e integrar novos requisitos a documentos de chamada.

A JORNADA

ORIGENS

O desenvolvimento da Estratégia de Longo Prazo de Gerenciamento de Resíduos de Toronto envolveu mais de 40 eventos, reuniões públicas e aproximadamente 3.400 respostas a pesquisas entre 2014 e 2016. A estratégia fornece um plano diretor de 30 a 50 anos para o gerenciamento de resíduos sólidos do município de Toronto. Para atingir os objetivos, a SWMS será orientada por princípios de economia circular que visam mudar fundamentalmente o modo como os recursos são vistos, por exemplo, desenhando sistemas e produtos que permitem uma maior recuperação de materiais.

Em novembro de 2017, como uma das recomendações da estratégia, a UFRICE se formou para entregar e implementar a transformação de economia circular. Sua função é apoiar o crescimento econômico e a inovação por meio de uma ampla gama de atividades, incluindo reunião de empresas, engajamento de novas tecnologias, capacitação e conscientização dos stakeholders públicos e privados.

Em apoio à estratégia, um conselheiro também propôs a atualização da Política de Comprar Ambientalmente Responsáveis de 2007 para alinhá-la aos princípios da economia circular. Em última instância, isso foi o que levou à criação do Framework e do plano de implementação de compras para economia circular coordenados pela UFRICE.

AGENTES APOIADORES

O Comitê de Gerenciamento Governamental de Toron-to, que governa todos os órgãos e agências munici-pais, apoiou a iniciativa, ajudando a priorizá-la. Organi-zações ambientais e agências locais participaram de uma oficina financiada pela UFRICE, que estimulou diálogos para promover atividades relacionadas a economia circular em áreas próximas a Toronto e aumentou a capacitação dos funcionários locais.

A capacitação também se estende para vendedores, que podem incluir o treinamento de economia circular para ajudá-los a reconhecer oportunidades para seus negócios. Os negócios adicionais que se engajam com a cidade em compras de economia circular podem cumprir novos critérios de contrato e o potencial para ganhar licitações municipais.

MEDINDO O PROGRESSO

Nesse estágio inicial, o progresso é parcialmente medido pelo acompanhamento do número de interações de engajamento com fornecedores e pilotos completos.

Reportar o progresso foi uma consideração importante e a cidade identificou indicadores fundamentais para esse acompanhamento. São eles:

• Econômico: economia de custos para a cidade, economia com a redução de resíduos

• Ambiental: porcentagem de resíduos desviados dos aterros, redução de CO�, porcentagem de conteúdo reciclado, matérias-primas evitadas

• Social: número de empregos criados, número de funcionários da cidade que receberam o treinamento, atividades de compartilhamento de ativos

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QUADRO DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA E IMPLEMENTAÇÃO DE ECONOMIA CIRCULAR

TORONTO

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

REFLEXÕES

Apoiar instituições importantes e políticas públicas complementares para ajudar a criar mudança. A instrução de novembro de 2017 do Comitê de Gerenciamento Governamental de Toronto (agora chamado Comitê de licenciamento e governo geral) para reportar uma estratégia para aquisição permitiu que essa iniciativa decolasse e que fosse adicionada à agenda dos líderes de grupos de trabalho. Além disso, o projeto está alinhado ao Projeto de Transformação do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos PMMDs, que inclui a implementação de fornecimento estratégico e gerenciamento de categorias. A cidade também apoia a extensão da responsabilidade aos proprietários e fabricantes de embalagens pelo ciclo de vida de seus produtos e pelos resíduos gerados. Em 2018, foi criada a Política pela Adição de Novos Materiais aos Programas de desvio de resíduos da cidade. Além disso, a nível de governo provincial, o apoio à extensão da responsabilidade do produtor está incluído no Ato de Resíduo Zero de Ontário de 2016, que incentivou tanto o Ato de Recuperação de Recursos e Economia Circular (2016) e Ato de Transição de Desvio de Resíduos (2016).

Colaboração e escolha do momento oportuno são fundamentais. Dado que a seleção de compras piloto adequadas não é um processo simples, a escolha do momento oportuno e a colaboração são essenciais. Para garantir que especificações circulares sejam incluídas nos novos contratos de aquisição, é necessário haver coordenação entre as equipes responsáveis pelo acordo em desenvolvimento. Isso poderia incluir a comunicação entre divisões com o respaldo do contrato, dos engenheiros de especificações, dos serviços jurídicos, dos gerentes de seguros e da equipe de PMMD.

Testes, pilotos, reuniões e parcerias levam a aprendizados enriquecidores. O trabalho colaborativo entre as várias divisões do governo municipal, com fornecedores e especialistas no campo, foi essencial para a identificação de oportunidades circulares, para o desenvolvimento recorrente do Framework e para a formulação das futuras compras da cidade.

Gerar novas oportunidades de negócios. A estrutura gera novas oportunidades para que os negócios ganhem contratos. A evolução das aquisições na cidade, junto à assistência e à motivação para a inovação comercial, dão suporte ao objetivo mais amplo de Toronto: crescimento econômico, aprimoramento da prosperidade social e avanço em direção à eliminação dos resíduos na cidade.

PARA MAIS INFORMAÇÕES Site: www.toronta.ca

Contato: [email protected]

Este estudo de caso faz parte da Economia Circular em Cidades, Ellen MacArthur Foundation

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PREFEITURA CRADLE TO CRADLE

VENLO

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

VISÃO GERAL

A INICIATIVA

Desde o início, foi decidido que o design da nova Prefeitura da cidade de Venlo (NL) deveria possuir certificação Cradle to Cradle (C2C) e ser localizada em uma área com necessidade de regeneração. A visão era criar um edifício que possibilitasse melhores conexões entre os diferentes departamentos da cidade, e isso mostraria consideração pela saúde dos trabalhadores, visitantes e pelo meio ambiente ao redor. Essas considerações foram feitas com o objetivo de criar custo-benefício de longo prazo a partir de escolhas de materiais e tecnologias para a economia de energia.

Como uma das escolas de pensamento que reforçam a economia circular, o design C2C permite reutilização e recuperação contínuas dos materiais em um sistema biológico ou técnico. Por meio de escolhas de materiais saudáveis e design para desmontagem, é possível recuperar parte do investimento original em uma data futura, pois os materiais podem ser vendidos de volta para os fabricantes por meio de um esquema de "compra e recompra" e, finalmente, reutilizados. Ao realizar o design da Prefeitura de Venlo, houve atenção especial à estrutura da construção e também ao acabamento do interior e à mobília instalada. A atenção aos detalhes se estendeu para a aquisição de produtos de dentro do prédio, como sabão.

PERÍODO DE TEMPO

Em 2007, decidiu-se que todas as novas construções da cidade seriam projetadas com o uso de princípios C2C. O design da Prefeitura de Venlo começou em 2009. A construção foi iniciada em 2012 e foi concluída em abril de 2016. O prédio foi aberto para o uso em agosto de 2016.

PRINCIPAIS ALAVANCAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

ROTEIROS E ESTRATÉGIAS

AUMENTO DA CONSCIENTIZAÇÃO

PLANEJAMENTO URBANO

GERENCIAMENTO DE ATIVOS

ÁREAS DE FOCO

Embora o foco principal dessa iniciativa estivesse no ambiente construído, ela foi impulsionada pelos obter economias de longo prazo, proteger o meio ambiente e a saúde humana e promover habilidades e ambição na cidade.

EQUIPE CENTRAL E PARTICIPANTES

De mais de 50 propostas iniciais enviadas em resposta às especificações da licitação, cinco foram pré-sele-cionadas até que uma escolha decisiva fosse feita. A equipe de projetos final contou com oito pessoas, incluindo um funcionário público líder, consultores técnicos, consultores financeiros e os arquitetos. A equipe criou roteiros para cada uma das diferen-tes áreas que o projeto precisaria abordar, desde o planejamento e o financiamento da construção até as necessidades do usuário. A assinatura geral envolveu o prefeito, o conselho e os vereadores.

FINANÇAS

O orçamento do conselho municipal alocado para o projeto era de 53 milhões de euros. A quantia foi proveniente de um empréstimo do Bank Nederlandse Gemeenten, uma agência de financiamento do governo local. Quando o projeto ficou abaixo do orçamento, 900 mil euros foram devolvidos ao conselho municipal para o reinvestimento em outras áreas.

VENLOPREFEITURA DE CRADLE TO CRADLE

Construir prosperidade futura para cidadãos, economia e meio ambiente

GOVERNANÇA Conselho

municipal de Venlo

POPULAÇÃO 101.000

PIB N/A

DENSIDADE 1.625 por km2

Para saber mais, consulte Alavancas de políticas

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PREFEITURA CRADLE TO CRADLE

VENLO

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

RESULTADOS ATÉ O MOMENTO

A nova prefeitura desempenhou um papel fundamental na atualização da imagem da cidade. Tradicionalmente associada à agricultura e logística, Venlo agora está cada vez mais associada a oportunidades de inovação e economia circular que atraem negócios e habilidades. A população de 18 a 24 anos aumentou na cidade, bem como o número de empresas com sede no local. A prefeitura recebeu mais de 32 mil visitantes entre 2016 e 2018, e os resultados do projeto fizeram com que Venlo tornasse a adequação ao C2C uma parte de todos os seus projetos de construção futuros.

Venlo continuou aumentando seu conhecimento em práticas de economia circular e C2C. Em 2010, a consultoria C2C ExpoLAB, de Cradle to Cradle, foi fundada em Venlo com o propósito de apoiar e incentivar os projetos do governo e de ambiente construído que buscam especificamente utilizar os benefícios do uso de princípios de C2C. Em 2012, o primeiro centro de treinamento de certificação para produtos Cradle to Cradle da Europa foi inaugurado em Venlo pelo Instituto de inovação de produtos Cradle to Cradle de São Francisco, EUA. O objetivo é treinar consultores que guiarão empresas conforme elas buscam certificação para processos de fabricação e produtos. No primeiro semestre de 2019, uma plataforma de conhecimento sobre economia circular será aberta na região para dar suporte a inovação, ciclos de materiais e esquemas de retorno de produtos. Venlo também está colaborando com cidades holandesas e alemãs dos arredores.

A JORNADA

ORIGENS

Em 2006, em um esforço para melhorar sua imagem e economia, a cidade de Venlo se comprometeu, junto com a Câmara de Comércio, a incorporar os princípios de C2C às atividades econômicas da cidade. Quando se tornou necessário renovar a prefeitura original, esses princípios foram mantidos em mente. No entanto, o esquema estrutural da antiga construção não permitia uma transformação adequada do espaço físico ou de sua função em termos de geração de energia, economia de energia, melhoria da qualidade do ar, processamento de água cinza, aquecimento ou resfriamento. Então, o prefeito, o conselho e os vereadores aprovaram a construção de uma nova prefeitura localizada em uma área que se beneficiaria do investimento usando princípios de C2C.

Alinhada às regulamentações da UE, uma licitação de design europeia foi emitida, com um resumo para fornecer a visão mais inovadora para uma prefei-tura C2C. A licitação vencedora precisaria cumprir a ambição abrangente de projetar e construir um espaço que beneficiaria as pessoas, o meio ambiente e a economia.

DESIGN DO PRÉDIO

A prefeitura de Venlo foi construída às margens do rio Meuse, em uma área que se beneficiaria do desenvolvimento econômico e da regeneração. A nova construção já catalisou a renovação da vizinhança de uma velha fábrica, que agora contém acomodações ativas. Outras 72 habitações estão sendo construídas nas proximidades da prefeitura de Venlo usando os princípios de C2C.

A fachada norte do edifício compreende mais de 100 variedades de plantas que servem para melhorar a qualidade do ar no exterior do edifício. Essa fachada viva não apenas converte o dióxido de carbono em oxigênio e filtra partículas, como também fornece um nível de isolamento sonoro e cria um hábitat para pássaros e insetos. Uma parede interior verde ajuda a umedecer o ar no interior do prédio.

As conexões do edifício aos sistemas naturais também minimizam o consumo de recursos. A água da chuva é coletada no telhado, onde se dirige para um filtro de helófita, um tipo de banco de junco, juntamente com lavatório e água de despensa. A água filtrada é, então, usada em descargas. Além disso, 1.300 m2 de painéis solares foram adicionados à área externa para fornecer energia e sombra.

Duas chaminés solares também aquecem e resfriam o edifício passivamente. Uma delas fica no topo do edifício e a outra, nos níveis superiores. Simplificando: essas chaminés solares capturam o aquecimento do sol e geram calor que circula o ar por todo o prédio. Trocas de calor e poços de ar são usados para regular a temperatura de acordo com as estações. O design é atraente e poupa dinheiro e energia, pois o prédio não precisa de sistemas tradicionais de aquecimento e resfriamento. Além disso, quando a temperatura fica dentro da faixa de 18 a 22 °C, o agradável espaço aberto no interior da chaminé solar nos níveis superiores pode ser ocupado pelos funcionários.

Os componentes da construção estão documentados em um "passaporte de material" digital que divulga os constituintes materiais e como desmontá-los, reciclá-los ou devolvê-los ao fabricante, recuperando uma proporção do investimento inicial. Ao criar um registro do valor do material residual dentro do edifício, torna-se possível quantificar o valor potencial das construções enquanto bancos de materiais.

De modo similar, a mobília do prédio também é fornecida por meio de um esquema de "compra e recompra" e é de fácil desmontagem para manutenção, garantindo que os componentes funcionais possam ser reutilizados. Escolhas de materiais para os móveis promovem a reciclabilidade.

Certos materiais foram evitados. Nesse caso, tinta e cola, em parte devido à falta de transparência do ingrediente e em parte para garantir a integridade do material e facilitar a recuperação futura dos materiais.

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PREFEITURA CRADLE TO CRADLE

VENLO

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

MEDINDO O PROGRESSO

Para estabelecer um parâmetro para acompanhar o progresso, medições de qualidade do ar, temperatura, umidade do ar e material particulado foram realizadas na antiga prefeitura. No primeiro semestre de 2019, a prefeitura de Venlo conduzirá um estudo comparativo. A Universidade de Maastricht também está medindo a conexão entre a melhoria da qualidade do ar e a redução do número de dias em que os funcionários estiveram doentes em comparação a outros edifícios. Já se sabe que a fachada verde do prédio absorve 30% dos óxidos de enxofre e nitrogênio do ar nas proximidades do edifício, compensando as emissões de partículas do tráfego local.

Junto com os benefícios de produtividade, saúde e meio ambiente, o projeto também prevê a entrega de 12,5% de retorno do investimento até 2040 e alguns retornos do design bioclimático e de C2C da edificação já estão sendo percebidos. A aquisição de móveis de C2C, por si só, leva a uma economia de custos de 18%, em parte graças ao valor agregado dos materiais, que podem ser devolvidos ao fabricante original no final da vida útil do produto por meio do esquema de compra e recompra, recuperando uma porcentagem do investimento original.

REFLEXÕES

Desenvolvimento de uma visão de longo prazo. Em 2006, Venlo adotou oficialmente os princípios de C2C em seus projetos de edificação como um meio de gerar inovação e crescimento econômico. Isso preparou o caminho para que princípios de C2C desempenhassem um papel central na licitação para a nova prefeitura de Venlo. Por adotar uma nova abordagem, Venlo pôde apresentar o que é possível no modo de construir, projetar e manter o ambiente construído.

Criação de uma cultura de inovação e integração para revelar benefícios e oportunidades de economia circular na cidade. Várias reuniões interdisciplinares foram promovidas para criar e comunicar ideias, visões e modelos comerciais para a nova edificação e diversos cenários foram desenvolvidos para compreender e demonstrar o potencial de benefícios de curto

e longo prazo das diferentes opções. O projeto também precisou de apoio e coragem da cidade para o investimento inicial a fim de possibilitar economias de longo prazo.

Compromisso, confiança e endosso da liderança. A disposição do prefeito, do conselho e dos vereadores de Venlo para adotar uma abordagem diferente para apoiar a prosperidade da cidade foi essencial para o sucesso geral do projeto. Reuniões bianuais foram promovidas com o conselho da cidade e os vereadores para confirmar que o projeto estava em andamento. Elas deram à equipe do projeto a confiança e o espaço para dar prosseguimento à construção, o que foi essencial para a habilidade do projeto de inovar e, ao fim, criar uma edificação que representasse muito mais do que um local de trabalho.

PARA MAIS INFORMAÇÕES Site: www.c2cvenlo.nl/en/home

Contato: [email protected]

Este estudo de caso faz parte da Economia circular em cidades, Ellen MacArthur Foundation

Créditos da foto: Ton Desar, Gemeente Venlo

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CENTRO DE RECONDICIONAMENTO DE COMPUTADORES

BELO HORIZONTE

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VISÃO GERAL

A INICIATIVA

O Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC) é um elemento essencial dos esforços de inclu-são digital, desenvolvimento de habilidades e redução do desperdício da cidade de Belo Horizonte. Nessa instalação de remanufatura de eletrônicos, os cidadãos provenientes de comunidades de baixa renda recebem treinamento extensivo para recuperar equipamentos de TI doados pós-uso para que se tornem totalmente funcionais. Este equipamento reformado continua a oferecer suporte a mais de 300 centros de inclusão digital operados pela cidade, onde os moradores de Belo Horizonte têm acesso gratuito a computadores e internet, bem como a diversas oportunidades de treinamento em alfabetização digital básica. O CRC é administrado pela Prodabel, fornecedor de tecnolo-gia e informações da cidade, como parte da iniciativa "Computadores para inclusão", do governo federal, que estabelece parcerias locais para configurar centros similares em todo o país.

PERÍODO DE TEMPO

O CRC de Belo Horizonte foi inaugurado em 2008 como um componente viabilizador do programa pré-existente, BH Digital. Ele se tornou um dos primeiros capítulos locais da iniciativa federal Computadores para Inclusão.

Dez anos depois, o CRC de Belo Horizonte continua sendo um componente exemplar da rede Computadores para Inclusão e a espinha dorsal dos esforços de desenvolvimento de competências, desvio de resíduos e inclusão digital de Belo Horizonte, que garantiu a Belo Horizonte o título de cidade mais avançada digitalmente do Brasil em 2011.

PRINCIPAIS ALAVANCAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

ROTEIROS E ESTRATÉGIAS

CONVOCAÇÕES E PARCERIAS

AUMENTO DA CONSCIENTIZAÇÃO

CAPACITAÇÃO SUPORTE FINANCEIRO

ÁREAS DE FOCO

A iniciativa foca no setor de eletrônicos como uma área prioritária para conquistar as ambições de inclusão social, desenvolvimento de habilidades e desvio de resíduos.

FINANÇAS

A operação do CRC é financiada pelo governo federal do Brasil, sob o programa Computadores para Inclusão. A cada dois anos, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) emite uma chamada pública para novos candidatos a programas ou solicitações de financiamento. Desde o seu estabelecimento, o CRC de Belo Horizonte assinou diversos acordos de financiamento com o MCTIC para garantir a continuidade da iniciativa. O financiamento de concessão federal totalizou cerca de R$ 2,4 milhões.

A cidade de Belo Horizonte também investiu recursos na operação, incluindo o provimento de um prédio de 897 m2 oferecido pela Secretaria Municipal de Educação para abrigar a instalação.

BELO HORIZONTECENTRO DE RECONDICIONAMENTO DE COMPUTADORES

Combinar recuperação de recursos, treinamento de habilidades e inclusão digital

GOVERNANÇA Prodabel – Empresa de

informática e informação do município de Belo Horizonte

S.A

POPULAÇÃO 2,5 milhão

PIB R$ 88 bilhões de reais

DENSIDADE 7.167 por km2

Para saber mais, consulte Alavancas de políticas públicas

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CENTRO DE RECONDICIONAMENTO DE COMPUTADORES

BELO HORIZONTE

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EQUIPE CENTRAL E PARTICIPANTES

Uma equipe central de oito pessoas do Departamento de Inclusão Digital é responsável pela sup\ Isso inclui um diretor, um superintendente, um gerente de apren-dizado e um representante responsável pela supervi-são de atividades de remanufatura e pelos locais de inclusão digital, além de quatro diretores da Prodabel.

A equipe é auxiliada por órgãos públicos e ONGs que doam recursos e espaços físicos para configurar e operar locais de inclusão digital, bem como monitores de CRC e outros contribuidores para sua oferta de capacitação.

O programa de treinamento de remanufatura de computadores, promovido no CRC, é principalmente dirigido para jovens moradores (16 a 24 anos) de Belo Horizonte em comunidades de baixa renda e que buscam adquirir novas habilidades para o primeiro emprego. Ao mesmo tempo, os locais de inclusão digital sediados em edifícios públicos e privados, especialmente em áreas de baixa renda, estão abertos para cidadãos de todas as idades em busca de alfabetização digital, visando democratizar o acesso à informação e promover tarefas como o envio de candidaturas para empregos e pagamento de contas pela internet.

RESULTADOS ATÉ O MOMENTO

Nos primeiros anos do CRC de Belo Horizonte desde seu lançamento em 2008:

• Nos nove primeiros anos da iniciativa, foram recuperados 7 mil produtos de TI usados (CPUs, monitores, impressoras) e oferecidos a locais de inclusão digital e iniciativas similares

• Em média, 15 mil quilos de eletrônicos usados foram desviados de aterros todos os anos, desde 2008, graças a essa iniciativa. O total até 2018 é de 165 mil quilos.

• Até o momento foram treinados 10.446 cidadãos em habilidades tecnológicas básicas, educação ambiental e remanufatura de computadores.

• Belo Horizonte foi reconhecida como a cidade mais avançada digitalmente do Brasil em um ranking de 2011

• A iniciativa se tornou uma prioridade municipal com objetivos anuais para 2018 a 2021 sobre remanufatura, treinamento de habilidades e inclusão digital (consulte a medição de progresso)

A JORNADA

ORIGENS

Em resposta às demandas dos cidadãos para uma maior inclusão digital na área de Belo Horizonte, especialmente em comunidades de baixa renda, o governo municipal lançou o programa BH Digital em 2005 para expandir a infraestrutura em áreas negligenciadas da cidade e fornecer alfabetização digital a todos. Na Prodabel, o fornecedor de tecnologia e informações público-privadas da cidade, foi criado o departamento de inclusão digital para executar a estratégia que incluiu a configuração de locais de inclusão digital nos arredores da cidade. Considerando o cenário de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos (EEE) em Belo Horizonte e uma demanda crescente para soluções de tratamento de eletrônicos usados, foi acordado que esses locais deveriam ser exclusivamente equipados com computadores reformados.

Uma vez confirmada a necessidade de uma instalação de remanufatura de computadores, a equipe do projeto solicitou financiamento do programa Computadores para Inclusão do MCTIC, cujos objetivos estratégicos são: promover a inclusão digital em áreas de baixa renda das grandes cidades brasileiras, capacitar jovens brasileiros de baixa renda para que tenham maiores oportunidades de inserção no mercado de trabalho e ampliar as atividades que mantêm os eletrônicos circulando na economia em usos de alto valor e fora do aterro. Uma proposta para o CRC de Belo Horizonte foi enviada pela equipe de inclusão digital na Prodabel e aprovada pelo MCTIC. A instalação foi estabelecida em um

espaço fornecido pela Secretaria municipal de educação e as operações começaram em abril de 2008.O

PROCESSO

Doações de equipamentos de TI por instituições públicas e privadas são intermediadas pelo MCTIC. As instituições que desejem fazer doações devem enviar uma lista detalhada dos equipamentos e suas condições ao Ministério de Planejamento. Então, o Departamento de Inclusão Digital do MCTIC indica se há interesse de algum CRC para direcionar as doações de equipamentos de TI. Indivíduos privados podem doar equipamentos de TI diretamente para um CRC local. Os moradores de Belo Horizonte devem entrar em contato com

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CENTRO DE RECONDICIONAMENTO DE COMPUTADORES

BELO HORIZONTE

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

a Prodabel por telefone ou email para organizar uma visita de coleta. Na data acordada, os funcionários da Prodabel avaliam os produtos in situ e selecionam os itens que podem ser usados no CRC (como computadores, impressoras e teclados), que depois são transportados de volta para a instalação. No passado, doações privadas de equipamentos de TI foram depositadas nos escritórios da Prodabel, mas desde 2008 a empresa vem operando um sistema de coleta de porta em porta utilizando vans alugadas. Espera-se um aumento nas doações nesse novo modelo, que torna o processo geral de doações mais conveniente.

Uma vez que o equipamento de TI doado chega ao CRC, ele é avaliado e agrupado em duas categorias com base em sua adequação para remanufatura. Os que são enviados ao processo de remanufatura são reformados para condições funcionais ou usados para peças de reposição. Cerca de um terço do volume total de doações deixam o CRC como equipamentos de TI reformados. O processo inteiro é conduzido por técnicos de treinamento e supervisado por instrutores.

O equipamento restaurado é agrupado em "kits de doação" e oferecido a locais de inclusão digital gerenciados pela Prodabel ou a outras instituições registradas (como escolas públicas e bibliotecas). Peças e materiais que não podem ser utilizados nos processos de remanufatura são leiloados pela cidade de Belo Horizonte para empresas registradas que os encaminham para reciclagem. A cidade retorna as receitas geradas para o programa de treinamento de CRC.

MARCOS

O CRC de Belo Horizonte começou a operar em abril de 2008. Em dezembro daquele ano, um evento de inauguração foi promovido pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) no Ministério do Planejamento. Entre os participantes do evento estavam o diretor de inclusão digital e o presidente da Prodabel, várias autoridades municipais e representantes de outros CRCs.

Em 2010, a cidade de Belo Horizonte assinou um acordo com o MCTIC no valor de R$ 371 mil em financiamento governamental para garantir a continuidade e o aprimoramento de suas iniciativas de inclusão digital, incluindo o CRC. O acordo expirou no fim de 2012 e o financiamento do governo para o CRC foi renovado duas vezes desde então.

Além do suporte ministerial continuado no financiamento do programa, dois marcos importantes reforçaram a relevância crescente da iniciativa a nível municipal e nacional. Em 2005, com o estabelecimento do departamento de inclusão digital na Prodabel, a cidade lançou seu Plano de Ação Governamental (PPAG), um plano estratégico de quatro anos para a cidade, que pela

primeira vez incluiu metas específicas relacionadas à operação CRC e, assim, reforçando seu status de prioridade da cidade. Isso foi reiterado diversas vezes, e a mais recente foi em 2017, para o PPAG 2018-2021. Também em 2017, com o objetivo de dimensionar formalmente a iniciativa pelo Brasil, uma proposta para transformar o programa Computadores para Inclusão de um programa voluntário para uma política nacional de EEE foi aprovada pela Câmara dos Deputados e enviada para aprovação pelo Senado brasileiro.

MEDINDO O PROGRESSO

O acordo de financiamento com o MCTIC depende do cumprimento de um conjunto de critérios básicos por parte dos CRCs. Eles são monitorados por meio de relatórios trimestrais pela Prodabel, que também deve produzir um relatório de progresso final ao fim do contrato. As metas em cada período de contrato incluem, (MCTIC):

• Um mínimo de 100 jovens cidadãos treinados em capacidades básicas de TI

• Um mínimo de 100 jovens cidadãos treinados em manutenção de computadores

• Revitalização de, ao menos, 10 locais de inclusão digital

Além disso, a cidade de Belo Horizonte incluiu as seguintes metas anuais para a Prodabel em seu Plano de Ação Governamental (PPAG) 2018-2021:

• Refabricar, ao menos, mil itens por ano nos CRCs até 2021

• Manter os 302 locais de inclusão digital atuais até 2021

• Fornecer acesso aos telecentros a 600 mil pessoas em 2018; a 650 mil em 2019; 700 mil em 2020; e 750 mil em 2021

• Fornecer treinamento de TI a, ao menos, 2 mil pessoas todos os anos

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CENTRO DE RECONDICIONAMENTO DE COMPUTADORES

BELO HORIZONTE

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REFLEXÕES

Beneficiando-se das conexões para criar iniciativas impactantes. As poderosas redes e o alcance incomparável da cidade sugerem que eles estão na melhor posição para liderar iniciativas desse tipo. Com acesso a várias secretarias da cidade, empresas de tecnologia, autoridades de empreendedorismo e outros, as autoridades municipais podem articular planos de ação robustos com stakeholders relevantes ao mesmo tempo em que garantem que todos os esforços sejam estendidos para as comunidades carentes. A operação bem-sucedida do CRC de Belo Horizonte solicitou que o MCTIC revisasse as diretrizes do programa que permitem que os governos municipais se inscrevam para a concessão diretamente. A rede de CRCs registrados agora inclui outras duas operações conduzidas por cidades, localizadas em João Pessoa e Curitiba.

Formação de mentalidades é fundamental para criar transformações duradouras. A Prodabel e a cidade de Belo Horizonte, como um todo, reconhecem a necessidade de incorporar a circularidade às atividades de treinamento profissional. Essa é uma oportunidade de educar jovens cidadãos e futuros profissionais inclinados a aproveitar ao máximo a tecnologia, os produtos e os materiais para gerar valor em uma economia circular em vez de insistir no modelo linear atual que causa tanto desperdício.

Adoção de uma abordagem multifacetada da inovação. Belo Horizonte já é considerada uma referência nacional em termos de recursos digitais. A cidade elevou o nível de ambição, visando a transformação em uma cidade inteligente amplamente reconhecida como tal. Uma abordagem multifacetada que integra inovação, inclusão social e meio ambiente será necessária para alcançar isso.

Escalar a iniciativa requer um novo nível de compromisso. Atualmente, os CRCs são estabelecidos e funcionam com base em trabalho voluntário e apenas três a cada nove instalações existentes são conduzidas pela cidade. Os resultados atualizados provaram a relevância do programa Computadores para Inclusão e transformar isso em uma política nacional seria uma etapa importante rumo à ampliação da remanufatura de eletrônicos e alfabetização digital no Brasil, o principal gerador de resíduos de EEE da América Latina.

PARA MAIS INFORMAÇÕES Site: www.prefeitura.pbh.gov.br

Contato: [email protected]

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TRANSIÇÃO PARA UM SISTEMA DE MOBILIDADE ELÉTRICA NA CIDADE

SHENZHEN 深圳

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VISÃO GERAL

A INICIATIVA

Em 2017, Shenzhen se tornou a primeira cidade do mundo a mudar para um sistema público de ônibus totalmente elétrico com o intuito de diminuir as emissões, reduzir a poluição sonora e melhorar a qualidade do ar. A iniciativa também ajudou a desenvolver ainda mais a mobilidade elétrica. A adoção de novos modelos de serviço incentiva os fabricantes a projetar componentes de veículos a para que eles possam realizar a manutenção e mantê-los em uso, retendo valor. Atualmente, há mais de 16 mil ônibus elétricos públicos (e-ônibus) em funcionamento.

Além disso, a cidade se engajou fortemente na infraestrutura urbana, incorporando mais de 500 estações e 5.100 pontos de carregamento de ônibus.

Embora os e-ônibus tenham substituído os veículos movidos a combustível (que, estima-se, contribuem em cerca de 20% para a poluição do ar da cidade), um maior desenvolvimento está em curso para aumentar a provisão de fontes de energia renovável alinhadas aos princípios de economia circular. O trabalho também está em andamento para melhorar as tecnologias de baterias e incentivar sua reutilização, velocidade de carregamento e adequação para uma gama maior de veículos.

PRINCIPAIS ALAVANCAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

ROTEIROS E

ESTRATÉGIASCONVO-

CAÇÕES E PARCERIAS

PLANEJAMEN-TO URBANO

COMPRAS PÚBLICAS

MEDIDAS FISCAIS

SUPORTE FINANCEIRO

LEGISLAÇÃO E REGULAMEN-

TAÇÃO

PERÍODO DE TEMPO

Em 2009, Shenzhen foi selecionada pelo governo nacional como um das 13 cidades piloto para veículos elétricos. Em 2017, a cidade se tornou a primeira no mundo a alcançar a meta de um sistema de ônibus totalmente elétrico. Há mais trabalhos em andamento, incluindo oportunidades para expandir o programa para outros veículos, como táxis.

ÁREAS DE FOCO

O foco tem sido no setor de mobilidade como um todo, incluindo infraestrutura, tecnologia de veículos elétricos e modelos de negócios.

FINANÇAS

Essa iniciativa de mobilidade pública foi apoiada por uma combinação de financiamento do governo nacional e subsídios da Comissão de Finanças do Município de Shenzhen.

O financiamento do projeto também fez uso e se beneficiou de modelos de serviço econômicos.

SHENZHENTRANSIÇÃO PARA UM SISTEMA DE MOBILIDADE ELÉTRICA NA CIDADE

Desenvolver mobilidade elétrica no sistema público de ônibus e além

GOVERNANÇA Governo popular

municipal de Shenzhen

POPULAÇÃO 12,5 milhão

PIB 2,2 trilhões de

iuanes

DENSIDADE 5.963 por km2

深圳

Para saber mais, consulte Alavancas de políticas públicas

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TRANSIÇÃO PARA UM SISTEMA DE MOBILIDADE ELÉTRICA NA CIDADE

SHENZHEN 深圳

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EQUIPE CENTRAL E PARTICIPANTES

Supervisionados diretamente pelo prefeito de Shenzhen, vários departamentos dentro do município estão envolvidos na implementação:

• A Comissão de desenvolvimento e reforma da cidade de Shenzhen, que recebe orientação do Comitê Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China e coordena a implementação local

• A Comissão de Recursos, Solo e Planejamento Urbano da cidade de Shenzhen, que identifica terras adequadas desenvolvidas e subdesenvolvidas e supervisiona locais de estações e pontos de carregamento

• Governo distrital, que apoia o fornecimento de alvarás de loteamento para estações e pontos de carregamento

• Comissão de Transporte da cidade de Shenzhen, que facilita o deslocamento dos e-ônibus ao conceder acesso preferencial nas ruas.

RESULTADOS ATÉ O MOMENTO

Em 2011, dois anos após ser selecionada como cidade piloto para veículos elétricos, Shenzhen sediou o evento mundial de estudantes Summer Universiade, no qual 200 e-ônibus e 300 e-táxis foram implantados. A primeira rota de ônibus totalmente elétrica foi lançada em 2012.

Desde 2015, as empresas de ônibus têm conseguido alugar e-ônibus e baterias de fabricantes por meio de modelos de serviço, poupando essas empresas de grandes investimentos iniciais e da necessidade de conhecimento tecnológico, aumentando, assim, a adoção de veículos.

O plano nacional de pilotos encorajou o desenvolvimento da indústria de veículos elétricos na China, estimada em 100 bilhões de iuanes em 2017. Muitas empresas também se beneficiaram desse desenvolvimento ao longo de toda a cadeia de valor. Por exemplo, a BYD, maior produtora chinesa de veículos elétricos, sediada em Shenzhen, está vendendo e-ônibus para 300 cidades no Japão, na Europa, nos EUA e em outros países do mundo.

As lições do piloto estão sendo estendidas para outras formas de mobilidade. Atualmente, Shenzhen transformou 16 mil ônibus e 23 mil táxis em veículos elétricos.

A JORNADA

ORIGENS

O desenvolvimento dessa iniciativa é fortemente impulsionado pela política local e nacional, com o intuito de reduzir as emissões, a poluição sonora e melhorar a qualidade do ar, além de gerenciar o atual excesso de capacidade de energia elétrica. O Plano de Desenvolvimento da Nova Indústria Energética de Shenzhen 2009-2015, a Política de Desenvolvimento da Nova Indústria Energética de Shenzhen e o 13º Plano Quinquenal para o desenvolvimento estratégico da nova indústria, em conjunto, reforçam a prioridade do desenvolvimento deste setor

A ROTA PARA UM SISTEMA DE E-ÔNIBUS EM TODA A CIDADE

Mudar para um sistema de veículo totalmente elétrico cria oportunidades e potencial para fluxos de receita adicionais. À medida que as organizações fazem uso de novos modelos de negócios que melhoram o gerenciamento de materiais e os custos e recebem financiamento público, incentiva-se a expansão da iniciativa e o desenvolvimento da infraestrutura e de tecnologias.

Veículos

Antes de 2016, um ônibus elétrico custava aproximadamente 1,8 milhão de iuanes. Por meio do uso de modelos de serviços, as instituições financeiras de terceiros compram os ativos e os alugam para empresas operacionais de ônibus que, assim, não precisam fazer grandes investimentos de capital inicial. Por exemplo, contratos de aluguel de oito anos são organizados por meio de uma instituição financeira de terceiros que, por um período de tempo limitado, assume o risco financeiro caso o veículo ou os componentes falhem. A Shenzhen Eastern Bus Company (uma empresa estatal) e a Shenzhen Western Bus Company Ltd (uma organização público-privada) alugaram serviços de e-ônibus da BYD local e de outros fabricantes por meio de instituições financeiras de terceiros, como a China Development Bank Leasing e China Construction Bank Financial Leasing. Nesses modelos de serviços, os fabricantes permanecem responsáveis pela manutenção e pelo reparo dos principais componentes, mantendo-os em uso. Isso também incentiva designs circulares que preveem a durabilidade e o reuso.

Créditos da foto: Grupo Shenzhen Eastern Bus

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http://www.ellenmacarthurfoundation.org/our-work/activities/circular-economy-in-cities

TRANSIÇÃO PARA UM SISTEMA DE MOBILIDADE ELÉTRICA NA CIDADE

SHENZHEN 深圳

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

Os fabricantes de ônibus também recebem subsídios do governo federal, que são vinculados ao governo municipal. No caso de Shenzhen, fabricantes de ônibus podem se inscrever para cerca de 500 mil iuanes cada, totalizando aproximadamente 1 milhão de iuanes a ser deduzido do preço. Conforme o setor de veículos elétricos amadurece, os subsídios nacionais e municipais são reduzidos e, eventualmente, deixarão de existir.

Baterias

Ao fim da vida útil, as baterias são enviadas aos recicladores aprovados pelo governo com o intuito de extrair materiais úteis, como elementos de terra rara. Espera-se que essa prática cresça junto com o desenvolvimento das políticas de responsabilidade estendida do produtor até 2020.

Estima-se que muitas baterias de veículos elétricos comecem a atingir o fim de vida útil em 2019, o que elevará a quantidade de baterias disponíveis para reciclagem, aumentando, por sua vez, a demanda pelas habilidades e tecnologias de recuperação necessárias. Fornecimento de materiais, design para usos múltiplos e design para reciclagem estão entre as prioridades de economia circular para o setor de veículos elétricos.

Infraestrutura e tecnologia de carregamento elétrico

A tecnologia e a infraestrutura necessárias para carregar os veículos envolve um alto investimento de capital. Além dos subsídios do governo, novas parcerias foram fundamentais. A Shenzhen Eastern Bus Company, por exemplo, fez uma parceria com empresas de fabricação de pontos de carregamento, que, após a sua construção, também são responsáveis pela manutenção e atualização. Os fabricantes dos pontos de carregamento recebem uma taxa de serviço por meio de unidades de eletricidade usadas, que facilita o desenvolvimento posterior da infraestrutura. A relação entre os e-ônibus da Shenzhen Eastern Bus Company versus os pontos de carregamento chegou a 2:1 no fim de 2018.

Uma carga sustenta um e-ônibus por um dia inteiro, portanto, o carregamento pode ser feito à noite, quando os ônibus não estão sendo usados e a demanda na rede é menor. A tecnologia de carregamento rápido está em desenvolvimento para aumentar as velocidades de carregamento e melhorar as taxas de circulação dos ônibus. As regulamentações também são aplicadas para que novas instalações de carregamento acompanhem o tamanho da população e a disponibilidade de terra.

MEDINDO O PROGRESSO

Os ônibus de motor a combustão representavam 20% da poluição do ar, mas, com a transição, estima-se que haja uma redução anual de 4,316 milhões de toneladas de material particulado. Além disso, a média de emissões de GHG por quilômetro de e-ônibus é 40% menor que a de um veículo a diesel, o que, a partir de 2017, reduziu as emissões de carbono na cidade em 0,63 milhão de toneladas.

Outro benefício é que os e-ônibus geram menos ruído e calor, contribuindo para a redução da poluição sonora urbana e dos efeitos de ilha de calor.

Atualmente, as fontes de energia renováveis representam apenas cerca de 1% da mistura energética total da iniciativa, sendo necessário um maior desenvolvimento para aumentar esse número. O 13º Plano Quinquenal da China também destaca o requisito geral para não utilizar mais combustíveis fósseis. Os parceiros da iniciativa também estão analisando as métricas para obter os benefícios materiais resultantes do maior foco na remanufatura e no uso do transporte público.

Créditos da foto: Grupo Shenzhen Eastern Bus

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SHENZHEN 深圳

© ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, MARÇO DE 2019

REFLEXÕES

Política pública que fornece um mandato para a mudança. Uma combinação de medidas de políticas públicas nacionais e municipais criaram condições favoráveis para o desenvolvimento de um sistema de mobilidade elétrica na cidade. Isso inclui a ambição do governo nacional de expandir o setor de veículos elétricos, o 13º Plano quinquenal da China, o Plano Estratégico de Desenvolvimento da Nova Indústria, o Plano de Desenvolvimento da Nova indústria Energética de Shenzhen 2009-2015, a Política de Desenvolvimento da Nova Indústria Energética de Shenzhen e o status de Shenzhen como a primeira Zona Econômica Especial da China, permitindo que Shenzhen tenha regras de comercialização e negócios personalizadas para estimular a inovação e a atividade econômica.

Viabilizar a inovação por meio do uso de novos modelos de negócios e suporte financeiro. O apoio financeiro dos subsídios nacionais e do financiamento do governo da cidade permitiu que a iniciativa crescesse o suficiente para se tornar autossuficiente. Além disso, o fornecimento de ônibus elétricos em regime de locação também aliviou os gastos iniciais de capital, mitigou os potenciais riscos financeiros recorrentes para as empresas de ônibus e apoiou a reforma e o reuso de componentes e peças.

O desenvolvimento da indústria de veículos elétricos em geral também foi incentivado pelo piloto. Por exemplo, incentivos como licenciamento gratuito para condutores de veículos elétricos e a remoção da taxa de combustível por passageiro em táxis elétricos. A melhoria na qualidade do ar urbano e a redução do ruído também estão trazendo benefícios ambientais, de saúde e de produtividade mais amplos para a cidade.

Em uma economia circular, a energia é gerada por meio de recursos renováveis e os materiais são mantidos em uso. Pesquisas para aumentar a porcentagem de energia renovável fornecida aos pólos de carregamento estão em andamento, assim como a pesquisa para melhorar a circularidade da tecnologia de baterias.

PARA MAIS INFORMAÇÕES Site: www.english.sz.gov.cn

Contato: Este estudo de caso foi desenvolvido em parceria com ICLEI East Asia.

Este estudo de caso faz parte da Economia Circular em Cidades, Ellen MacArthur Foundation