bauru_15_revisado

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  • 7/25/2019 bauru_15_revisado

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    Bauru no 15 | Dezembro de 2015jornal brasil atualdistribuio gratuita

    @jorbrasilatual (11) 7757-7331

    LazerTradicionalgastronomia daspraas pblicas marca

    registrada da cidade

    EconomiaCrise obrigatrabalhador a sereinventar no

    mercado informal

    Estudantes bauruenses tambm participam da mobilizao estadual quebarrou projeto de Alckmin de fechar 93 unidades e isolar ciclos

    Escola dos alunos

    EducaoPesquisa mostra quebrasileiro ainda segue comdificuldade para interpretar

    textos e ilustraes

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    O fisiologismo da polica brasileira al-canou seu pice com a abertura do pro-cesso de impeachment contra a presidentaDilma Roussef, protagonizado pelo presi-dente da Cmara dos Deputados, EduardoCunha, no dia 3 de dezembro.

    A chantagem do peemedebista, que estava beira de ser deposto da presidncia da Casa,com o risco de perder o mandato e de ser pre-

    so por envolvimento nos escndalos de cor-rupo e lavagem de dinheiro na Petrobras suas contas na Sua podem ter recebidoat R$ 50 milhes em propinas , consagra oesvaziamento do sistema polico brasileiro,degenerando cada vez mais o senido da coi-sa pblica (res publica).

    Dilma est sendo acusada do crime de res-ponsabilidade devido s pedaladas fiscais.A prica, realizada desde os governos FHC,

    consiste em atraso no repasse do Tesouro aosbancos pblicos para pagamentos diversos,de modo que o governo no fique sem recur-sos em caixa, podendo sinalizar aos merca-dos segurana para invesimentos.

    O momento fez emergir do ostracismo o se-gundo colocado nas eleies e o seu partido. Atnovembro, o PSDB pretendia derrubar Cunha dapresidncia da Cmara, porque considerava in-

    suficientes suas explicaes sobre as contas naSua. Agora, Acio Neves vem a pblico enalte-cer a poltica do toma l d c. Apoio a propostade impeachment. O Congresso no faz nada queno esteja em sintonia com a populao, disse.

    Uma guerra foi delagrada em dois eixos:manuteno do governo democraicamenteeleito da presidenta Dilma Roussef, na tenta-iva de recuperao da economia para evitar

    um quadro de recesso ainda mais devasta-dor; ou salvamento do mandato do deputadoEduardo Cunha (denunciado no STF por cor-rupo), que privilegia deputados sanguessu-gas interessados em manter privilgios pes-soais com o dinheiro pblico.

    imprevisvel o resultado deste embate,mas muito difcil imaginar que ambosvoltem s suas atribuies consitucionaisdevidas com a presena do outro tambm

    no Poder. O que certo, porm, que casoavance o pedido de impeachment contra apresidenta Dilma, o pas seguir em para-lisia no ano que vem, pois os esforos dogoverno se voltaro para a crise polica. Ainstabilidade deve afastar os invesidores,postergando solues para a crise econmi-ca. Tudo indica que navegaremos por guasainda mais turvas em 2016.

    EXPEDIENTE REDE BRASIL ATUAL BAURU

    Editora Grfica Atitude Ltda.

    Diretor de RedaoPaulo Salvador EditorEnio Loureno Reprteres Giovanni

    Giocondo, Giovani Vieira Miranda e Ricardo Santana Editor de ArteAdriano

    Kitani RevisoraMalu Simes Foto capa divulgao Facebook Telefone (11)

    3295-2819 EndereoRua So Bento, 365, 19oandar Centro, So Paulo, SP

    CEP 01011-100

    Tiragem5 mil exemplares Distribuio Gratuita

    Editorial

    Barganhas e tramoias em Braslia

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    3Bauru

    Crise econmica faz bauruensese reinventar na informalidade

    Governo de So Paulo dispensa 600agentes sanitrios em todo o Estado

    Economia Trabalho

    Empreendedores populares tentam driblar cenrio de incerteza

    O atual cenrio de instabilidade eco-nmica do pas comea a preocupar ostrabalhadores. De acordo com dadosdo Cadastro Geral de Empregados eDesempregados (Caged) do Ministriodo Trabalho, a taxa de desligamen-

    tos (51,78%) superou a de admisses(48,22%) comparando os perodos deoutubro de 2014 e 2015.

    Os destaques negaivos so paraos setores de servios (taxa de 87,51%de desligamento), comrcio (79,76%),construo civil (65,69%), indstria detransformao (52,21%) e extrao mi-neral (17,5%).

    Em Bauru, os relexos da crise tm

    levado trabalhadores a se reiventa-rem. Para driblar o quadro de incer-tezas, Catarine Rondine, 33, me dedois filhos, encontrou espao paraempreender na Praa do Jardim Re-dentor com um tobog inlvel.

    O meu marido j trabalha comfestas infanis, e esta foi uma opoque encontramos para incrementara renda da famlia, revela.

    Assim como outras praas pblicas,a do Jardim Redentor, na zona leste, temdinmica prpria. Srgio Fatuli, 42, tam-bm visualiza o potencial do lugar e levadiariamente seu carrinho de pipoca des-de que foi demiido da loja de produtos

    eletrnicos, onde trabalhava h 12 anos.A gente no pode dar sopa para o

    azar. preciso se reinventar e ganhar opo de cada dia. At que aparea outraoportunidade na rea, eu vou invesir econfiar na comunidade, comenta.

    No calado da Rua Baista de Car-valho, no Centro, a crise econmica ofuscada pelos cartazes de vagas tem-porrias para o fim de ano. As espe-

    culaes sobre quedas nas vendas docomrcio no impedem que AdrianaCardoso, gerente de uma loja de cala-dos, contrate novos funcionrios.

    Aqui, a gente prefere no pensarque h uma crise no pas. Sempre hrumores, mas ns no podemos depen-der das especulaes. Precisamos estarpreparados e depois fazer o balano,explica a microempresria.

    O governo do Estado de So Paulono renovou os contratos tempor-rios de cerca de 600 agentes sanit-rios da Superintendncia de Controlede Endemias (Sucen), treinados parao combate proliferao do Aedesaegypi, mosquito transmissor de

    dengue, chikungunya e zika vrus. Em Bauru, 19 funcionrios, quetambm atendiam a municpios vizi-nhos, foram dispensados. Os agentesforam contratados em julho por 90dias, com prorrogao pelo mesmoperodo realizada em setembro. ASecretaria Estadual de Sade afir-ma que uma nova renovao no foifeita por impedimento da lei e que

    um novo processo seleivo deve ocor-rer at o final de janeiro.Essa poca do ano, no entanto,

    considerada por especialistas comoa mais propensa para a dissemina-o dos focos do mosquito, dada acombinao de calor e umidade.

    Segundo os funcionrios, o tra-balho realizado nos limos mesesser perdido. Srgio Roberto Alves

    Calero, 45, agente dispensado na regiode Bauru, revela que dos trs meses ini-ciais, dois foram usados somente paratreinamento da equipe.

    Divulga

    o

    Funcionrios atuavam no combate dengue; 19 eram de Bauru

    O governo do Estado est demiin-do profissionais qualificados no com-bate ao mosquito. um treinamentointenso e que no vivel ser realizadoquando h condies para uma epide-mia. Esto abrindo caminhos para aproliferao das doenas, denuncia.

    Ele ainda lembra que a no reno-vao ocorre aps Alckmin anunciarum pacote de R$ 50 milhes para com-bate dengue. Eles fazem propagan-da ao apontar que policiais e agentesda Defesa Civil vo atuar no controle.Na verdade esto dispensando quemde fato est preparado, diz Srgio.

    Nmeros alarmantes

    Bauru vive a maior epidemia dedengue da histria, com 8.771 casose seis mortes registrados em 2015.No Estado, so oito cidades em es-tado de alerta, de acordo com a Se-cretaria de Sade.

    O estado de alerta tambm estaplicado em todo o Brasil devido aoscasos do zika vrus e chikungunya.O Ministrio da Sade apontou 1.761

    casos suspeitos de microcefalia, emdecorrncia da infeco pelo zika,distribudos em 422 municpios, com19 mortes de bebs contabilizadas.

    RoqueFerreira

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    5Bauru

    Escola dos alunos barra projeto de AlckminEducao II

    Movimento de ocupao de mais de 200 escolas no Estado obriga governador tucano a suspender o fechamento de unidades

    A

    mobilizao de alunos epais das escolas pblicasestaduais de So Paulo bar-

    rou o projeto de Reorgani-zao do Ensino do governo GeraldoAlckmin (PSDB), que previa o fecha-mento de 93 escolas e o isolamentodos ciclos de ensino, afetando direta-mente 311 mil estudantes em 2016.

    O movimento iniciado no dia 9 denovembro com a ocupao da EscolaEstadual Diadema (na cidade hom-nima) ganhou fora por todo o Es-

    tado, aingindo mais de 200 escolasocupadas pelos discentes.

    Em Bauru, os alunos no desocupa-ram os prdios das escolas estaduaisFerreira de Menezes (Jardim Petrpolis),Stela Machado (Vila Pacfico), AyrtonBusch (Parque Jaragu) e Luiz Castanhode Almeida (Vila Falco), a lima a serdesocupada no dia 16 de dezembro, atque outras garanias fossem dadas.

    A diretoria de ensino local afirmouque no haver punies aos manifes-tantes, e prometeu maior paricipao

    dos alunos na tomada de decises. Os jo-vens ainda pediram a retratao pbli-ca da dirigente de ensino Gina Sanches,que declarou imprensa que havia con-sumo de drogas nas escolas ocupadas.

    Escola dos alunosPela primeira vez o bebedouro est

    limpo, conta Manoela Alves, de 15anos, aluna do primeiro ano do ensi-

    no mdio na Escola Estadual AyrtonBusch (onde estuda h 10 anos).

    A adolescente enaltece os dias vividosna ocupao pelas experincias e novosrepertrios adquiridos, como quando co-nheceu o maracatu, tendo contato comos instrumentos e a dana.

    Em uma noite de chuva, Manoelarelembra do bate-papo sobre cons-cincia que os alunos iveram com

    o escritor Manoel Carlos Rubira, quefoi precedido por um exerccio demeditao. Nunca ive uma pales-

    tra dessas aqui. A escola dos alunos melhor do que a do governo do Ge-raldo Alckmin, disse a garota.

    Me apoiadoraCelma Thomaz conta que cansou de

    ir Escola Estadual Ferreira de Mene-zes para ouvir reclamaes sobre seufilho Vincius Thomaz, de que era mui-to falador e atrapalhava as aulas. Para

    ela, o sistema educacional contrrio emancipao dos alunos. Eu digo paraVincius fazer o que o sistema de ensi-no no espera dele, explica.

    Erros polticosO movimento dos estudantes secun-

    daristas, que teve respaldo do Minist-rio Pblico e da Defensoria Pblica deSo Paulo, imps algumas derrotas ao

    governador Geraldo Alckmin. Duran-te as ocupaes, pesquisas apontaramavaliao negaiva do seu governo. Ou-

    tro ponto foi a demisso do secretriode Educao Herman Voorwald, men-tor do projeto.

    Um udio vazado em 29 de no-vembro tambm evidenciou a dispo-sio de assessores da Secretaria deEducao em encarar o movimentodos estudantes como caso de polcia.

    Sem legalidadeApesar de no ter liminar de rein-

    tegrao de posse da Jusia, o corpodireivo da Escola Estadual AyrtonBusch invadiu o prdio com apoiopolicial no dia 7 de dezembro, s6 horas. A jusificaiva foi a de quehouve furto de dinheiro na escola, oque no foi comprovado. Ainda as-sim, os alunos seguiram com a ocu-pao at o dia 11.

    DivulgaoFacebook

    Por Ricardo Santana

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    antena atual o que acontece no mundo voc confere aqui

    Bauru Skate ParkDezembro de 2015 entrou para ahistria do skate bauruense com ainaugurao do Bauru Skate Park,pista localizada na zona sul, comrea de 1.300 metros quadrados, 400metros de calamentos e obstculospara a prtica dostreet e do vertical.O projeto custou cerca de R$ 693 mil,

    executado em convnio da Prefeituracom o governo federal. At ento,a cidade contava com apenas umapista pblica, inaugurada no bairroTerra Branca no ano passado, cujoprojeto no foi bem aceito pelosskaistas devido a problemas tcnicosapresentados em sua elaborao.

    Fotos:divulgao,reproduoFacebook

    EXPOSIO GUERRA

    NA SRIA Est em cartazat 16 de janeiro, na Galeria

    Zipper, em So Paulo, a

    exposio Filhos da Guerra:

    O Custo Humanitrio de um

    Conlito Ignorado, com fotos do

    brasileiro Gabriel Chaim, que

    vive no pas do Oriente Mdio.

    Fale conoscoleia, opine, criique, sugira, curta,

    comparilhe

    www.redebrasilatual.com.br/jornais

    jornal brasil atual

    (11) 7757-7331 @jorbrasilatual

    11 edio do Rock do BemNas primeiras semanas do ms,aconteceu a 11 edio do Rock doBem em Bauru, ao cultural que tempor objeivo arrecadar brinquedospara enidades sociais. Mais de 20atraes musicais foram distribudaspela cidade. A iniciaiva comeou em

    2005, quando um grupo de amigosresolveu aliar o rock com aesfilantrpicas. Atualmente, o Rockdo Bem entrou para o calendriodos eventos mais aguardados emovimentados de Bauru.

    Precisamos

    cortar esse

    cncer

    [corrupo]

    que tem

    roubado a

    essncia do

    futebol. As pessoas envolvidas

    poderiam invesir mais paramelhorar o futebol brasileiro e

    mundial. Esse movimento, levando

    corruptos priso, chega ao Brasil.

    Que ainja todas as partes para

    trazer melhorias e, no futuro, um

    futebol melhor, disse o jogador

    Z Roberto, do Palmeiras,integrante do movimento deatletas Bom Senso F.C., emprotesto contra o presidenteda CBF, Marco Polo Del Nero,durante a lima rodada doCampeonato Brasileiro de 2015.

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    www.coquetel.com.br Revistas COQUETEL

    BANCO 30

    Seointerme-diria do

    dedo

    A sobran-celha, emrelao aorosto (pop.)

    Reagir na-turalmente

    piada

    A maisaguda

    das vozesmasculinas

    Municpioturstico do

    litoralfluminense

    A organi-zao co-mo o VivaRio (sigla)

    Boa capa-cidade deavaliao

    (?) Russo,lder doLegioUrbana

    Ato Institu-cional(sigla)

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    compras

    "O Dirio de(?)", filmebrasileiro

    (2012)

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    Polly

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    Inflamaono ouvidoCortam adentadas

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    Indivduoimprestvel

    Espcie depalmeiraMquina

    txtil

    (?) Gaiman,escritor

    O indivduoimaturo

    Imagensque ajudam

    os meteorologistasna previso do tempo

    (?) bor-dalesa,

    fungicidacaseiro

    Relatar ahistria

    Recipiente em quese mergulhava

    o bico depena

    "Ces de (?)", filmeclssico de Quentin

    Tarantino(1992)

    Cabea degado

    Habitat dopirarucu

    Beco, emingls

    Local dobracelete

    Contar,em ingls

    Pronomepossessivo

    Cada itemdo Cdigode Hamu-rabi (Hist.)

    Valoriza-dos pro-

    dutospersas

    Duas figu-ras huma-

    nas doprespio

    Cerimniareligiosa(?) Paul,

    guitarristaRdio

    (smbolo)(?) Gomes,

    polticoMedida de(?): a fun-damental o metroquadrado

    SerSupremo

    "Novo", em neologia

    Selees da estreiada Arena da Amaznia

    na Copa de 2014

    3/lesnetoar.4/laneneilseattell.10/falanginha.15/fotosdesatlite.

    Soluo

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    A sndrome dos pernas de pauPor Enio Loureno

    Entrelinhas

    Em 1958, logo aps o primeiro ttulomundial da Seleo Brasileira, o cronis-ta Nelson Rodrigues escreveu no exinto

    Jornal dos Sportsque a expresso pernade pau deixou de ter senido no Brasil.Para o escritor, todos os brasileiros, aparir de ento, estavam imbudos dashabilidades de Garrincha, Didi e Pel.

    Quase 60 anos depois, a tragdia da

    Copa de 2014 parece ter nos levado aomomento anterior conquista da pri-meira Taa Jules Rimet. Desde o penta-campeonato em 2002, o Brasil colecio-na fracassos em mundiais, e demorouquase uma dcada para voltar a ter umjogador entre os trs candidatos Bolade Ouro da FIFA.

    A exceo, claro, est no jogo vir-tuoso de Neymar, que vem num cres-

    cente imparvel desde o seu surgimen-to no Santos em 2009, colecionandodribles, golaos, ttulos individuais ecoleivos, at figurar na trade dos me-lhores jogadores do mundo deste ano.

    Fora o jovem de 23 anos, difcilencontrar entre os nossos atletas res-qucios da velha escola brasileira. Es-panhis, alemes, argeninos usam eabusam daqueles recursos que consi-

    dervamos exclusivos dos futebolistastupiniquins (at um portugus, ora pois,tem tratado a bola com mais carinho).

    O futebol nacional se tornou burocr-ico e previsvel, enquanto os estrangei-ros mesclaram eficincia com algumaplasicidade. Os campeonatos brasilei-ros viraram barbadas que premiam ospoucos imes organizados. Sempre umaequipe arranca e leva. O atual campeo

    Corinthians, com um bom e entrosadomeio de campo, mas sem individualida-des geniais, botou 12 pontos de diferen-a no vice Atlico Mineiro, seguindo adinmica do bicampeonato do Cruzeironos anos anteriores.

    Ao final de cada temporada, aindasonhamos em projetar os craques dopassado nas poucas revelaes, como

    os promissores Luan, do Grmio, e Ga-briel, do Santos. Mas qual deles estaria altura de Neymar? Ou mesmo osbons Douglas Costa, do Bayern de Mu-nique, e Willian, do Chelsea, compa-nheiros de seleo do atacante do Bar-celona, at que ponto podem ser maisdo que meros coadjuvantes na Copa daRssia em 2018?

    difcil apontar onde o nosso fu-

    tebol se perdeu. A m gesto da CBF,porm, que no fomenta campeona-tos regionais, vira as costas aos seusfederados que esto fora do eixoRio-So Paulo-Minas-Sul, dominadapor repugnantes coronis, teve cru-cial contribuio para a pasmaceiraatual de nossos campos de jogo.

    Provavelmente o celeiro brasileironunca deixar de produzir aristas da

    bola, mas seguir escasseando enquantocartolas corruptos da esirpe de RicardoTeixeira, Jos Maria Marin e Marco Polodel Nero seguirem dirigindo o esporte dopovo. E se assim o for, finado Nelson Ro-drigues, caminharemos para o equvocoda indisino, em que podemos come-ter a infmia de comparar aquele gniodas pernas tortas de 58 com qualquer ou-tro man das pernas de pau.

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    Os comerciantes que uilizam aspraas revelam uma reclamao ani-ga: a falta de banheiros pblicos. Comexceo da Praa Rui Barbosa, noCentro, as demais no contam com aestrutura (nem mesmo banheiros qu-

    micos nos dias mais movimentados).No possvel que o poder pblico

    ainda no tenha percebido que a popula-o que frequenta esse lugar reivindica.Eles [policos] podem frequentar espaosmais nobres, mas no devem esquecer-sedos comerciantes e dos bauruenses quepreferem as opes mais populares,aponta Jaudir Pelo, 47, o Alemo, co-merciante na Praa da Hpica.

    Gastronomia das praas marca da cidade

    Sucesso no Jardim Terra Branca Falta de infraestrutura

    Lazer

    Ao entardecer, quem passapela Avenida Naes Uni-das, na altura da Praa daPaz, consegue visualizar a

    transformao do espao. A calmariado local, simbolizada pela esculturado pombo da paz, logo subsitudapela ocupao de mesas e cadeiras,com aromas das comidas dos trailers.

    Essa uma das poucas reas da ci-dade reconhecidas pelo cheiro carac-tersico, destaca a comerciante Mar-ta Tanure, 60. s 18 horas, de segundaa segunda,a praa torna-se um pontomovimentado de encontro dos mora-dores, que tm disposio 12 trailerspara degustao de pratos rpidos.

    Muito antes do sucesso dos esili-zadosfood trucks, esses carros de lan-ches so sucesso entre os bauruenses.O espao aqui j tradicional. Temcarrinho que est h quase vinte anos.Para a gente no h crise, sempre temalgum que quer aproveitar o cu comum pouquinho de comida e diverso,brinca Marta, proprietria de um co-nhecido trailer de pizza em pedaos.

    Ado Irineu, 52, que vive no Jar-dim Panorama e visita a praa aosfinais de semana, tambm compar-ilha desse pensamento. No temcomo pensar em Bauru sem associarcom a roina da Praa da Paz. Mes-mo tendo crescido, o espao aindaguarda ares para diverso com segu-rana, comenta.

    Aos sbados e domingos, Marta

    consegue vender mais de 100 pe-daos de pizza. Seu companheirodo trailer ao lado, Claudinho, fa-moso pelos churros desde 1996,aproveita o alto fluxo de pessoaspara inovar no cardpio. Lanotendncias na praa. Todo mstento colocar novos sabores, e ob-servo a reao do pessoal. Pelo vis-to, tenho acertado, conta.

    Fartas opes de pratos, bom preo e convvio harmonioso do o tom nesses espaos pblicos onde os food trucks ainda no chegaram

    Por Giovani Vieira

    A Praa da Hpica (fot o), no Jar-dim Terra Branca, que tem umarea quatro vezes maior do que aPraa da Paz, tem se tornado re-ferncia como ponto de encontro

    nos ltimos anos.De acordo com a Prefeitura, o lo-

    cal a maior praa de alimentaoa cu aberto da cidade, com aproxi-madamente 20 trailers. O cardpiodiversificado vai dos tradicionaislanches, espeinhos e doces at co-midas regionais e chinesa.

    A ampla rea de recreao comgangorras, escorregador, balan-

    os feitos com pneus e gira-girade madeira, que foram instala-dos pelo poder pblico, tambmconquista as famlias. A facilida-de para estacionar os carros, em

    contraste com as opes da zonasul, outro atrativo.

    Esse um dos poucos lugaresonde eu posso ir com meus filhossem me preocupar. D para sentar,conversar e comer por um preo quecabe no oramento da famlia, diz aempregada domsica Clia Baista,de 32 anos, moradora de um dos con-juntos habitacionais do bairro.

    Diego

    Orejuela