basta cyberbullying

IncluI pautas para as mes, paIs e educadores

apostila para a preveno do

cyberbullying dirigida aos adolescentes

APOSTILA 7

32APOSTILA PARA ADOLESCENTES - PREVENO DO cyberbullying INCLUI PAUTAS PARA PAIS E EDUCADORES

INTRODUOTalvez voc no saiba, mas, nos ltimos anos, o uso das tecno-logias de informao e de comunicao (TIC), especialmente os smartphones e a Internet, vem gerando novas formas de vnculos entre as pessoas. As relaes estabelecidas pela Internet fazem parte da sua vida cotidiana e tambm da de milhes de adolescentes ao redor do mundo. Sem dvida, isso traz grandes vantagens e oportunidades, mas, ao mesmo tempo, necessrio estar preparado para evitar situaes desagradveis que, ainda que no ambiente virtual, podem ser to prejudiciais quanto as que acontecem offline.

importante que voc saiba que todos os adolescentes tm direito a se beneficiar da tecnologia em um ambiente virtual seguro, livre de assdio, zombarias, brigas e qualquer tipo de humilhao. Segundo a Conveno sobre os Direitos da Criana, os adolescentes tm direito, por exemplo, liber-dade de expresso e esse direito inclui a liberdade de pro-curar, receber e difundir informaes e ideias de todo tipo, sem limitao, seja oralmente, por escrito ou impressas, de forma artstica ou por qualquer outro meio (Artigo 13).

Como voc pode ver, todos temos direito de usar a Internet, o celular e todo tipo de tecnologia que nos permita nos informar e nos expressar livremente. Mas, ao mesmo tempo, tambm temos obrigaes com os outros. A premissa principal que nos relacionemos com respeito, evitando agresses ou qualquer tipo de discriminao. Isso contribuir para que os ambientes virtuais nos quais voc interage sejam mais seguros para voc e para todos.

Nesta apostila, voc vai encontrar algumas propostas para promover a boa convivncia com os demais na Internet e aprender como agir diante de uma situao de cyberbullying. Voc tambm vai dispor de atividades e ferra-mentas que sero teis para pensar e agir em relao ao tema, junto com os adultos, seus irmos, irms, amigos e amigas.

Possivelmente voc conhece algum que tenha sido alvo de agresses, discriminao ou zombarias por meio de mensagens de texto no celular, comentrios nas redes sociais, vdeos maliciosos ou de outras formas que se va-lham do uso da tecnologia. Voc consegue se pr no lugar dessa pessoa? Como se sente? Como pode se defender? Provavelmente tambm possa se perguntar por que razes essas pessoas so agredidas e como fazer alguma coisa para evitar uma situao que venha a afetar algum que voc conhece.

O cyberbullying uma forma de assdio ou perseguio que acontece entre pares (ou seja, entre pessoas da mesma idade), usando a Internet, o celular ou qualquer outra tecno-logia que sirva para se comunicar. Por isso, falamos cyber + bullying. Lamentavelmente, esse um dos problemas mais graves (e mais frequentes!) que podem acontecer com voc ou com algum(a) colega, amigo ou amiga.

Falamos de cyberbullying quando quem assedia tem a inteno de agredir sempre uma mesma pessoa e o faz constantemente ao longo do tempo. O cyberbullying implica um desequilbrio de poder entre quem assedia e quem assediado: esse ltimo se sente em desvantagem e no encontra possibilidades de se defender.

Por isso, nestas pginas, convidamos voc e tambm os adultos (especialmente seus pais e professores) a trabalhar na preveno e agir imediatamente para frear o cyberbullying, se algum que voc conhece est em uma situao como a que mencionamos ou se voc parte de um grupo em que isso acontece.

Agresses utilizando as TIC: j aconteceu com voc?


Voc deve levar em considerao que o assediado ou quem assedia com certeza no permanecer nesse papel para sempre. O mais provvel que ambos possam mudar. De fato, a pessoa que assediada pode ser importunada em um determinado grupo e no ter problemas em outro. O mesmo acontece com quem assedia. Essa pessoa pode agir de forma diferente em outro grupo, modificando suas atitudes com os demais. Apesar de o cyberbullying se caracterizar pela repetio atravs do tempo, rotular as pessoas ou identific-las como agredido e agressor estigmatiza os envolvidos.

Para levar em considerao:No aos rtulos

Como j dissemos, o cyberbullying pode acontecer por meio de mensagens de texto cruis, pela divulgao de falsos rumores ou mentiras, por e-mail ou pelas redes sociais, com a publicao de vdeos vergonhosos, a criao de perfis falsos nas redes sociais ou sites em que se zomba de algum. A caracterstica principal do cyberbullying que a agresso dirigida a uma pessoa se propaga pela web a uma grande velocidade, difcil de deter, e, ao mesmo tempo, visualizada por muitas pessoas. A reproduo rpida de comentrios, mensagens ou imagens pode ser um pesadelo, se utilizada para agredir ou humilhar algum. Por esse motivo, o cyberbullying geralmente muito invasivo e prejudicial: as mensagens ou outros conte-dos com carter agressivo podem ser enviados a qualquer momento do dia, em qualquer lugar, e compartilhados com muitssima gente, inclusive de forma annima. Dessa maneira, a pessoa est sujeita a ser assediada a toda hora, mesmo estando em sua prpria casa.

Como ocorre ocyberbullying?

algumas consequncias do cyberbullying

Alm disso, esses contedos permanecem no ciberespao afetando os assediados por um bom tempo, j que o que publicado na Internet dificilmente pode ser apagado ou eliminado de forma completa. Isso porque qualquer pessoa pode baixar uma imagem ou um vdeo no computador e public-los outra vez. Assim, diferente do que acontece em casos de bullying, as caractersticas da tecnologia fazem com que, mesmo quando a agresso feita somente uma vez, a ofensa se prolongue e se reproduza atravs do tempo.

O cyberbullying um problema muito grave e traz conse-quncias negativas para todos os envolvidos, no somente para quem agredido. Aquele que agride pode pensar que poderoso ou superior, e achar que a violncia uma boa maneira de resolver problemas ou conseguir o que se quer. Por outro lado, os que so testemunhas de uma situao de cyberbullying podem se sentir sozinhos ou culpados, especialmente se no sabem o que fazer a respeito. Muitas vezes, podem sentir medo e passar a ser os agredidos, ou serem deixados de lado se no participarem. Em relao ao assediado, as consequncias podem ser mltiplas. Por ser algo que se repete atravs do tempo, o cyberbullying pode produzir sentimentos duradouros de vergonha, depresso e baixa autoestima. Quem agredido pode querer evitar o encontro com os demais, faltando escola ou deixando de frequentar os espaos comuns. Pode diminuir seu rendimento escolar e se sentir mal fisicamente, desanimado e sem foras. Isso, ao mesmo tempo, aumenta o sentimento de solido, de angstia e de impotncia diante do que lhe acontece. Em alguns casos, o assdio pode afetar a sade de quem agredido e essa pessoa vai precisar de ateno mdica ou psicolgica.


Quando uma agresso se tornacyberbullying?

Apesar de todas as formas de agresso serem desagradveis e humilhantes para quem as sofre, nem todas podem ser consideradas cyberbullying. Talvez voc j tenha visto ou participado de brincadeiras ou zoaes que so feitas uma veze que podem ser comuns entre colegas ou amigos e amigas. Situaes espordicas como, por exemplo, no ser convi-dado para um evento uma vez ou no ter sido escolhido para fazer parte de um grupo ou equipe no representam bullying nem cyberbullying.

no cyberbullying:

Quando algum no convidado para fazer parte de um grupo de amigos nas redes sociais, esporadicamente.

Quando algum no aceito como contato ou amigo.

Uma briga ocasional por chat entre duas ou mais pessoas.

Publicar uma foto em que algum est com a cara engraada.

Criticar o comentrio de algum nas redes sociais.

sIm, cyberbullying:

Criar um grupo destinado a falar mal de algum, convidar pes-soas a se unir e divulgar o grupo para que fique ativo por vrias semanas ou meses na Internet.

Inventar falsos rumores que ridicularizem uma pessoa da es-cola e faz-los circular por mensagens de texto ou nas redes sociais por um perodo de tempo considervel.

Publicar fotos de algum com o objetivo de denegrir sua imagem, sua famlia, sua origem tnica, orientao sexual ou religio. Fazer essas fotos circularem entre todos os conta-tos. Repetir a ao vrias vezes com o propsito de isolar ou deixar de fora algum em um determinado grupo.

Humilhar algum criando um falso perfil e utilizando-o para gerar problemas com outros ou em um grupo, de forma repetida e constante.

Fazer uma srie de fotomontagens que prejudiquem ou enver-gonhem algum e divulg-la no seu grupo de amigos, para que todos zombem.

Enviar mensagens ameaadoras por e-mail ou SMS, ou perseguir algum nas redes sociais em que essa pessoa habi-tualmente se relaciona por vrias semanas ou meses.

Filmar uma agresso a um(a) colega ou amigo(a) e comparti-lhar o vdeo na Internet, para que ele possa ser visto por todo mundo, com o objetivo de aumentar a humilhao e a agresso.

Humilhar algum repetidas vezes utilizando uma foto ou vdeo ntimo em que essa pessoa aparea (pode ser que o vdeo ou foto tenham sido compartilhados entre amigos ou namorados em um primeiro momento, mas, depois de uma briga, por exemplo, um dos envolvidos os utilizam como ameaa ou de forma desrespeitosa, com o objetivo de envergonhar o outro ou at por vaidade). Isso costuma ser chamado de sexting.

No esquea: todos temos direitos importante que voc esteja consciente de que ningum tem o direito de agredi-lo: voc tambm deve ser respeitado quando usa a Internet. Voc tem direito a se expressar livremente, a no ser discriminado, a ter sua integridade moral preservada e a ser protegido contra qualquer forma de violncia. Se algum agredi-lo zombando do seu jeito de ser, da sua aparncia, da sua religio, origem tnica ou famlia, condio econmica, social ou intelectual; ou se algum amea-lo, mesmo se isso ocorrer via Internet, seu direito a no ser discriminado no est sendo respeitado. Quando isso acontecer, voc tem direito a buscar proteo dos adultos responsveis que o rodeiam, para que seja protegido contra


Evite intrusos. Pea a um adulto que faa uma reviso minuciosa no seu computador, para garantir que no haja softwares maliciosos (troianos, spyware, etc.). H ferramen-tas gratuitas online para isso. Depois, mude as senhas de acesso aos servios que utiliza. as senhas devem ser com-plexas e combinar nmeros, letras maisculas e minscu-las.

Limpe sua lista de contatos nas redes sociais. Apesar de ser superlegal ter muitos amigos, quando voc enfrenta uma situao de cyberbullying, a melhor coisa a fazer conser-var somente as pessoas em quem pode confiar.

Configure suas opes de privacidade nas redes sociais ou similares e torne-as as mais restritas possveis. Caso circulem rumores sobre voc online, tente rastrear a informao que foi publicada por outros ou por voc mesmo e procure elimin-la, porque ela pode ser usada para prejudic-lo(a).

Pea aos seus contatos que no publiquem informaes ou fotos suas sem seu consentimento.

proteja seus dados pessoais. A gente quem decide o uso que quer fazer deles, incluindo as fotos em que aparece.

Guarde as provas do assdio o tempo que for possvel, seja qual for a forma em que a agresso se manifeste. Tente tambm saber e se certificar da identidade dos autores. Para isso, voc pode imprimir as provas ou fazer capturas de tela e salv-las no computador. Compar- tilhe-as com seus pais ou com um adulto de confiana. Ter as provas pode ajudar a frear a agresso ou revelar o agressor. pea a um adulto que diga ao agressor que o que ele est fazendo doloroso a voc e que pare de fazer isso. O pedido deve ser feito sem agressividade ou ameaas e sem expor ningum em pblico. Caso queira, voc mesmo(a) pode fazer isso, depois de ter falado com seus pais ou com um adulto de confiana.

qualquer tipo de violncia. Da mesma maneira, voc deve respeitar os direitos dos demais quando publicar coisas na Internet ou interagir com algum.

para quem sofre o cyberbullying:

no fique calado. Isso muito importante! Levante a voz e faa-se ouvir sobre o que est acontecendo com voc. Esse o primeiro passo para deter o assdio.

pea ajuda. Aos seus pais, professores ou qualquer adulto em quem confie.

no responda s provocaes com novas agresses. No ajuda em nada e funciona como um estmulo e uma vantagem para quem o agride.

evite as pginas ou redes sociais em que est sendo agredido at que a situao se resolva. Se forem redes sociais ou comunidades online no vai ser difcil. Se o assdio estiver sendo feito pelo celular, talvez voc deva pensar na possibilidade de mudar o nmero.

denuncie as pginas que se dedicam a incomodar ou assediar: as redes sociais, como Facebook, Twitter, YouTube, etc., contam com um mecanismo de denncia de abusos e de pginas e publicaes imprprias. Use esses mecanis-mos de denncia e pea a outros que denunciem tambm. Assim, os administradores das redes sociais atendero s denncias e podero bloquear pginas ou publicaes.

Feche as portas da sua vida online s pessoas que no so de plena confiana. Para isso:

o que fazer diante de uma situao decyberbullying?


para o grupo de pares:

se voc testemunha de uma situao de cyberbullying, pode

Antes de qualquer coisa, no compartilhar o contedo que considera agressivo.

Denunciar o contedo agressivo (seja um grupo, uma foto ou um vdeo) mediante as opes oferecidas pelas redes sociais e pelas plataformas de vdeos.

Se ningum tomou uma atitude, voc pode ser til fazendo um comentrio que mostre que no est de acordo com o que foi publicado sobre algum.

Aproxime-se do(a) colega ou amigo(a) que est sendo assediado(a) e diga que ele ou ela no est sozinho.

Comente a situao com um adulto, para que ele possa intervir.

No apoie! Sua atitude pode fazer a diferena e ajudar al-gum que est em uma situao dolorosa.

aqueles que apoiam o assdio deixam de ser espectado-res e passam a ser agressores.

para mes, pais e educadores que detectam uma situao de cyberbullying:

Dialogue com o agressor sobre as possveis causas do cyberbullying: Por que voc est agindo assim? Tente descobrir quais conflitos ele ou ela possam ter e como canaliz-los de outro modo. Tente refletir sobre como se sentiria se a situao fosse inversa.

Promova o conceito de igualdade e responsabilidade di-ante dos demais, para que todos compreendam que zombar de algum por suas caractersticas (aparncia fsica, etnia, classe social, etc.) uma forma de discriminao. Todos tm direito a ser respeitados e tratados de maneira igual, sem importar nossas diferenas, quaisquer que sejam elas.

Insista na atitude de no faa na Internet o que no faria cara a cara. Pea aos agressores que tirem da web tudo que tenham usado para ofender algum, imediatamente. Insista para que os agressores peam desculpas publica-mente pelo dano causado a um(a) colega ou amigo(a). Tome medidas legais se a situao de assdio no for interrompida. Tendo-se esgotado todas as instncias na escola e no dilogo com os envolvidos e familiares, h leis e instituies governamentais que protegem as vtimas de agresso. Nesse caso, necessrio que os adultos respon-sveis, especialmente os pais e a direo da escola (se o cyberbullying estiver acontecendo entre colegas), sejam assessorados para iniciar os procedimentos de proteo de direitos com os quais contam em sua jurisdio, tanto em termos de normas escolares quanto de legislaes vigentes.

o anonimato Como voc j deve saber, na Internet frequente o uso de nicknames ou de perfis que possam conter dados falsos (como a idade, por exemplo). O anonimato pode dar a sensao de liberdade, mas, em alguns casos, se torna algo negativo: quando algum annimo, s vezes, pode fazer ou dizer coisas que no diria pessoalmente. Em alguns casos, o escudo que o anonimato d favorece atitudes agressivas, insistentes ou de carter ameaador.


Em uma situao de cyberbullying, o anonimato torna-se especialmente perigoso, j que os que assediam no enfren-tam pessoalmente a pessoa que agridem e fica muito mais difcil identific-los. Por isso, lembre-se: se voc no diria isso na cara da pessoa, no o faa pela Internet!

usar as tecnologias da informao e da comunicao de forma responsvel uma maneira de prevenir o cyberbullying. Tratar os demais com respeito, ter cuidado com o que publica, configurando adequadamente sua pri-vacidade e seus perfis, conhecer os riscos que podem existir nas atividades que voc realiza online: tudo isso muito im-portante na hora de conviver com outros no ciberespao de forma segura e saudvel.

Apresentamos aqui alguns conselhos bsicos que nos per-mitem tornar os ambientes virtuais mais seguros:

nas redes sociais:

Leve em considerao que qualquer pessoa (em qualquer lugar do mundo!) pode ver o que voc escreve, pode ver suas fotos, pode salv-las, modific-las e utiliz-las para o que desejar, se voc no proteger suas informaes. Por isso, importante configurar adequadamente sua privaci-dade e pensar duas vezes antes de postar algo na Internet ou enviar algum e-mail ou SMS com algo que mais tarde voc possa se arrepender.

Quando voc cria um perfil online, no deve publicar mais dados pessoais que os estritamente necessrios para ha-bilitar sua conta. Deixe de fora qualquer informao que pos-sa sugerir onde voc mora ou quais lugares frequenta. Em alguns sites, os espaos de informaes indispensveis para criar um perfil esto marcados com um asterisco (*).

Como prevenir o cyberbullying?

Tenha em mente que o amigo de um amigo no necessariamente um amigo para voc.

no abra as mensagens de pessoas desconhecidas. Isso o ajudar a se proteger de vrus e de softwares prejudiciais ao seu computador.

Se voc sofrer alguma situao de intimidao, informe aos administradores do prprio site e conte para um adulto de confiana.

no responda a agresses com outra agresso.

sobre os vdeos e fotos:

no envie nem publique fotos que possam envergonhar ou comprometer outras pessoas. Se no tiver certeza, pergunte primeiro e certifique-se de que elas no vo se sentir incomodadas com o que voc quer publicar. Uma pergunta pode poupar problemas para voc e seus amigos.

Se lhe enviarem uma imagem de uma agresso a outra pessoa, salve a imagem no seu computador e mostre-a em seguida aos seus pais ou a um adulto no qual voc confia.

Nunca se empolgue com a publicao de uma foto ou vdeo que humilhe um colega, amigo ou amiga. Sua aprovao favorece o assdio dirigido a essa pessoa. sem inteno, voc pode se tornar cmplice.

sobre o bate-papo e as mensagens de texto:

no se encontre pessoalmente com algum que voc tenha conhecido em um bate-papo na Internet. muito perigoso! Voc no sabe exatamente quem essa pessoa.

no d seus dados pessoais nem da sua famlia ou amigos quando estiver batendo papo com pessoas que voc no conhece.


no compartilhe segredos ou fotos ntimas em um bate-papo. Voc no tem como saber o que as pessoas podem fazer com eles.

no use webcams com desconhecidos nem com pessoas em quem no tenha confiana suficiente.

no continue o bate-papo se a conversa o incomodar ou gerar desconfiana.

no permita que o ameacem com informaes ou ima-gens que voc enviou a algum. A situao piora se voc se deixa levar pelo medo.

converse com um adulto de confiana diante de qualquer situao que gere dvidas ou medo.

Para comear, necessrio assinalar que redes sociais como Facebook e Twitter so para maiores de 13 anos. Por isso, indispensvel que voc diminua os riscos configurando adequadamente sua privacidade.

Chamamos de configurao de privacidade em uma rede social as opes e preferncias que podem ser ativadas para escolher as pessoas que podem ter acesso aos contedos que voc publica. Por meio dessas opes, voc pode decidir o que ser visto ou no, e por quais pessoas nos diferentes servios de Internet que utiliza. Trata-se de uma ferramenta muito til que lhe permitir evitar situaes de risco e assim se sentir mais seguro ao usar as tecnologias.

o que e como se usa a configurao de privacidade?

Aqui, mostramos dois exemplos: twitter:

Para escolher a privacidade, clique em Configurao. Voc ter duas opes:

Forma pblica. Todos podero ver tudo o que escreve e publica no Twitter. a opo que aparece ao criar a conta.

Forma privada. Suas mensagens somente podero ser vistas por seus seguidores, amigos ou pessoas que voc permitir. Para que suas mensagens sejam privadas, voc deve ir s configuraes e marcar a opo Privacidade. Depois, clique em Salvar. Dessa forma, suas mensagens estaro protegidas e somente sero vistas por seus segui-dores.

Facebook:

Ao acessar a rede social, voc encontrar direita na tela um cone com um cadeado que lhe permitir acessar as configuraes de privacidade do Facebook. Voc poder configurar trs itens principais: Quem pode ver minhas coi-sas?, Quem pode entrar em contato comigo? e Quem pode me procurar?. Nesses casos, recomendamos restrin-gir as opes a amigos ou amigos de amigos. Por outro lado, na seo Bloqueio, voc pode montar uma lista de contatos com acesso restrito s informaes do seu perfil e inclusive bloquear usurios para que eles no entrem em contato com voc. essa ltima opo recomendvel se voc receber notificaes desagradveis ou de pessoas desconhecidas.

Por ltimo, em Linha do tempo e configuraes de marcaes, voc pode administrar as seguintes opes: Quem pode adicionar contedo minha linha do tempo?, Quem pode ver publicaes na minha linha do tempo?, Como eu fao para gerenciar marcaes que as pessoas adicionam e sugestes de marcaes?.


Alm de ser importante que voc seja cauteloso com o que diz e faz quando est online, expor seus dados pessoais na web tambm pode ser arriscado, j que qualquer pessoa poder ter acesso a eles. Por isso, im-portante distinguir quais dados podem ser divulgados na Internet, quais no podem e quais voc deve revelar somente a pessoas que conhece pessoalmente.

Marque com um x quais dados voc j publicou online. Depois, pense em como compartilhar esse dado pode ser arriscado e leve isso em considerao na prxima vez.

atividades que ajudam a pensar e agir para prevenir o cyberbullying

o que sim, o que no?

atividade 1:

Seu nome e sobrenome

Endereo de e-mail

Endereo da sua casa

Seu nmero de telefone celular

Os jogos que voc gosta

O lugar aonde vocvai ou onde estava

Seus gostos musicais

J compartilhou?

Pode ser arriscado?

Sim, pode ser que eu os tenha compartilhado com pessoas desconhe-cidas. Nesse caso, melhor usar apelidos.

Compartilhar seu e-mail pode ser arriscado se voc abrir spams ou responder mensagens desconhecidas.

Sim, arriscado. Esse dado melhor com-partilhar pessoalmente, quando quiser convidar algum de confiana para ir sua casa. No deve ser pblico.

Sim. Voc no deve divulgar seu nmero de celular, j que pode receber ligaes indesejadas. No arriscado.

Sim, arriscado. Se vai marcar no mapa o lugar onde est, deve ter certeza de ter configu-rado corretamente sua privacidade. No arriscado.

1 As marcaes so normalmente utilizadas no Facebook para indicar quem so as pes-soas que aparecem nas fotos, vdeos ou outros contedos. Quando algum marcado, a publicao aparece no seu perfil ou linha do tempo e todos os seus contatos podem v-la. Desmarcar algum significa eliminar a marcao por meio da qual assinalada sua presen-a ou vnculo com o contedo. importante levar em considerao que os usurios podero revisar os posts em que so marcados, se essa prefrencia for selecionada naconfigurao de privacidade.

Essas preferncias so importantes, porque permitem no somente restringir quem pode marc-lo1 como tambm quem poder ver as fotos ou os status nos quais voc foi marcado antes que sejam publicados na sua linha do tempo.


Publicao responsvel de contedos: pense antes de publicar!

Alguma vez voc j se arrependeu do que publicou nas redes sociais? J compartilhou algum sentimento ou pensamento que era melhor manter privado? Muitas vezes, publicamos online pensamentos ou experincias que no comparti- lharamos ao nos encontrar com os outros cara a cara. Quando estamos atrs da tela, s vezes, nos animamos a com-partilhar nossos segredos mais ntimos. No entanto, preciso ter cuidado, porque o que voc publica online pode ser visto por outras pessoas, ou baixado, e pode ficar para sempre em algum lugar da Internet. Por isso, antes de publicar, pense se est disposto a compartilhar o que quer dizer, no somente com seus melhores amigos, mas tambm com todo mundo. o que publicado hoje pode ter consequncias amanh para voc e os demais.

o que voc pode fazer?

Publique somente imagens que qualquer pessoa possa ver. Pense inclusive nas pessoas que voc no conhece. Leve em considerao que qualquer pessoa pode baixar fotos que voc compartilhou na Internet e faz-las circular en-tre seus contatos. No publique fotos ou vdeos de outras pessoas que possam incomod-las. Se isso acontecer, aceite o direito do outro de lhe pedir para exclu-los. Antes de publicar, pergunte-se: eu divulgaria este contedo na rua? Se a resposta for no, ento no o publique online!

dicas para educadores:

A exibio de filmes ou vdeos que abordam o cyber-bullying uma boa maneira de abrir o debate e instalar o tema na escola. Como professor, voc pode realizar esta atividade em workshops em que todos participem e dia-loguem sobre suas experincias. As perguntas recebidas podero servir como guia para uma reflexo conjunta.

dicas para pais e mes:

Os vdeos ou curtas-metragens podem ser uma boa maneira de comear um dilogo com os adolescentes sobre os temas que os preocupam.

cidadania digital responsvel A cidadania digital responsvel um conceito que nos permite refletir sobre as pautas de convivncia e de com-portamento nas redes sociais e sobre o uso das TIC em geral. O objetivo tornar os ambientes virtuais mais seguros e evitar situaes de conflito entre os usurios. a cidadania digital o conjunto de normas de comportamento que devemos ter quando estamos online. Um exemplo: voc acha que uma pessoa tem o direito de postar um vdeo de algum que se sente ridicularizado, mesmo quando esse algum lhe pediu que no o publicasse? Isto cidadania: o respeito pelo seu semelhante a primeira coisa a se levar em considerao Vale tambm para quando voc se en-contra cara a cara com algum, sem usar a tecnologia!


Quais direitos e obrigaes voc acredita que temos quando estamos online?

Complete este quadro marcando o que acontece com voc:

direitos

Direito de nos expressar livremente.

Direito a reportar fotos, vdeos ou contedos que se refiram a ns e nos faam sentir incomodados.

obrigaes

Excluir uma publicao se algum envolvido nos pedir, porque isso o afeta.

um cidado digital responsvel...

Convive de maneira amigvel com as pessoas com quem se comunica.

Respeita as ideias, opinies e crenas dos demais, mesmo que elas no coincidam com as suas.

Est preparado para se responsabilizar pelas consequncias das suas prprias decises e publicaes online.

Zela pelo respeito a todos os usurios, incluindo a si mesmo.

Nesta proposta, h quatro situaes em que o cyberbullying ocorre ou est prestes a ocorrer. Pedimos que voc reflita sobre qual a melhor ao possvel. Depois, converse com outras pessoas que tenham feito a mesma atividade, compare suas respostas e tentem tirar algumas concluses juntos.


A atividade que apresentamos a seguir pode ser realizada na escola, em pequenos grupos. Pode ser adotada a modalidade de role playing para cada um dos casos. Depois, pea aos grupos que escolham uma ao dentre as que so apresentadas. Aps isso pode ser feito um debate sobre as opes escolhidas para se tirar algumas concluses.

Ponha-se no lugar do outro

atividade 2:

melina e samantaMelina, uma adolescente de 13 anos, cria um grupo em uma conhecida rede social e convida seus contatos para participar dele. O grupo se chama Dez razes para odiar Samanta Perez e j possui 68 membros. Suponha que voc recebeu um convite para entrar no grupo O que voc faz?

a. Entro no grupo, mas no comento nada, s para no ficar de fora.b. No entro no grupo.c. Denuncio o grupo na rede social. d. Outro: ____________________________________________________



no entrar no grupo fundamental. Mas, o mais impor-tante, impedir que o assdio continue. Para comear, voc pode pedir s suas amigas que saiam do grupo. Tambm pode escolher a opo c e denunciar o grupo na rede social.

Se voc estivesse no lugar da Samanta, a primeira coisa que deveria fazer pedir ajuda a um adulto. No deixe que o assdio a intimide. denuncie o grupo, fale com seus pais e professores. Por outro lado, se voc amigo ou amiga da Melina, pode se aproximar dela e questionar sua atitude: por que est agredindo a Samanta? O que ela sentiria se a situao fosse inversa? dicas para mes, pais e educadores:

importante estar a par do comportamento dos adolescentes nas redes sociais e falar com eles sobre o que acontece nelas: quais atividades eles realizam? Quantos e que tipo de contatos tm? De quais grupos fazem parte?

conversar com eles sobre suas atividades online contribui para que tomem conscincia dos seus limites.

Se voc nota uma mudana no comportamento do(a) seu/sua filho(a) ou aluno(a), pergunte se ele/ela foi vtima de cyberbullying ou se no sabe como reagir diante de uma situao de assdio dentro do seu grupo de amigos. Se esse for o caso, importante se sentar com ele/ela na frente do computador ou usar o celular para repassarem juntos o ocorrido e pensar nas possveis atitudes a tomar.

Joaquim e JliaQuando Joaquim e Jlia namoravam, Jlia enviou para ele uma foto de roupa ntima via SMS. Alguns meses depois, a relao terminou e Joaquim divulgou a foto nos bate-papos de mensagens instantneas. Coloque-se no lugar da Jlia, o que voc faria?

a. Procuraria uma foto comprometedora do Joaquim e enviaria para todos os meus contatos. b. Denunciaria a foto nas redes sociais.c. Falaria diretamente com o Joaquim para que ele exclusse a foto.d. Outro: ____________________________________________________


Neste caso, falar com quem fez algo que lhe desagra-dou pode ser til. Porm, depois que a foto foi publicada na Internet, qualquer pessoa pode baix-la, salv-la e depois public-la outra vez. Por isso, importante denunciar a foto como contedo inadequado na rede social. Para isso, voc deve clicar embaixo da foto em Opes e selecionar denunciar.

Depois de ter informado a rede social, importante que voc converse com um adulto de confiana. Seus pais ou algum docente podero ajud-lo(a) a atravessar esse mau momento.


Quando esse tipo de situao acontecer, importante det-la o mais rpido possvel.

Por isso, indispensvel estabelecer uma penalidade que seja considerada justa pelos agressores e por todos aqueles que tenham divulgado fotos que prejudiquem a imagem de algum, seja por SMS ou qualquer meio virtual.


pedro e alanPedro um aluno recm-chegado ao colgio e ainda no tem muitos amigos. Alan, por outro lado, lder do grupo. H pouco tempo, ele viu um vdeo que achou muito engraado, que mostra a agresso de um jovem a outro, por pura diverso. Suponha que Alan lhe sugira filmar uma agresso a Pedro, para depois compartilh-la numa pgina de vdeos. O que voc faria?

a. No faria o vdeo.b. No faria o vdeo e alertaria algum adulto sobre os planos do Alan.c. Faria o vdeo (s porque engraado), mas no o publicaria na Internet.d. Outro: ___________________________________________________

Depois disso, recomendvel conversar sobre os cuidados com a intimidade, a confiana nos relacionamentos amo-rosos e a publicao responsvel de contedos.

Tambm importante estabelecer dilogos que funcio-nem como ferramentas de preveno e de ateno aos diferentes casos, se houver, bem como pensar em polticas de preveno e penalizao com a participao de diretores, educadores, pais e os prprios estudantes.

Por ltimo, deve ser levado em considerao que, embora o assdio no tenha ocorrido nas dependncias da escola, as tIc eliminaram a fronteira dentro-fora, de modo que o que acontece nos meios virtuais afeta a convivncia esco-lar em todos os sentidos.


se voc participa da agresso, est dando seu consen-timento a uma situao de assdio a um colega, amigo ou amiga, mesmo que s esteja filmando.

Se voc filmar esse vdeo, deve levar em considerao que, mesmo que no o publique na Internet, qualquer pessoa poder faz-lo.

conveniente pedir ajuda e alertar um adulto sobre a situao, j que ela afeta a integridade de algum. Falar com Alan pode ser uma boa maneira de ajud-lo a refletir sobre as consequncias das suas aes. se preferir, voc pode pedir ajuda a outro amigo e conversarem jun-tos sobre isso.

dicas para educadores: Essa forma de agresso pode se tornar muito comum entre os adolescentes e pode ser reproduzida muito rpido, j que inclusive pessoas que no conhecem os envolvidos podem ter acesso ao vdeo. importante reverter e reparar as consequncias do assdio pblico e pedir ao autor que pea desculpas e reflita sobre suas aes. Para isso, pode ser positivo pedir aos envolvidos a produ-o de um novo vdeo, por exemplo, em que eles expliquem aos seus pares como prevenir o cyberbullying.

micaelaMicaela soube que uma jovem criou um perfil falso da sua ex-melhor amiga para que ela ficasse mal perante todos os seus contatos. Depois, recebeu uma solicitao de amizade de algum que conhece, mas no tem certeza de quem na verdade. Coloque-se no lugar da Micaela, o que voc faria?

a. Comprovo se temos amigos em comum para ter certeza de quem se trata.b. Escrevo uma mensagem privada para me certificar da identidade da pessoa.c. Aceito a solicitao de qualquer maneira Assim chego aos 500 amigos!



Verificar a autenticidade dos perfis muito importante. Os amigos em comum podem ser um bom indcio. Mas, se algum pretende se fazer passar por outro, o mais provvel que envie vrias solicitaes e seja aceito por alguns con-tatos da pessoa a quem pretende incomodar. Por isso, o me-lhor verificar a identidade pessoalmente, perguntando pessoa envolvida se aquele realmente seu perfil.

dicas para mes, pais e educadores:

Embora os adolescentes entendam muito sobre as redes sociais, bom reforar algumas medidas de segurana:

encerrar suas sesses adequadamente quando usarem computadores compartilhados. no compartilhar suas senhas com amigos nem colegas (essas provas de confiana no so necessrias!) no aceitar solicitaes de amizade de pessoas que no conhecem. Em caso de dvida, o melhor incentiv-los a perguntar pessoalmente.

seu prprio relatoVoc j viveu alguma situao similar s que relatamos ou sabe de um caso de algum prximo a voc? Como agiu nessa ocasio? Como agiria agora?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

para mes, pais e educadores:

Segundo dados da ComScore, os adolescentes representam a maior porcentagem de usurios de Internet na Amrica Latina (32,5%). De acordo com uma enquete realizada pela RedNATIC2:

49% das garotas e garotos adolescentes consultados acreditam que, quando algum agride ou fala mal de outra pessoa na Internet, devem ignor-lo ou no devem se envolver. 52% dos jovens disseram j ter se sentido discriminados nas redes sociais em algum momento. 84% das pessoas consultadas manifestaram saber algo, pouco ou nada sobre seus direitos e responsabilidades para o uso seguro e responsvel da Internet e outras tecnologias. Levando em considerao esses dados, temos aqui nove conselhos que sintetizam tudo o que foi expressado para favorecer o uso responsvel das TIC entre os adolescentes: 1) Usar o computador, celular, Internet, redes sociais e outros dispositivos tecnolgicos pode ser uma boa maneira de compreender melhor o mundo virtual dos adolescentes. No entanto, voc deve levar em considerao que sua capacidade de orient-los no est vinculada somente, nem especialmente, ao seu conhecimento das tecnologias, e, sim, experincia e assessoria que pode oferecer quando se trata de resolver conflitos entre pares. 2) Conversar com os adolescentes sobre a configurao da privacidade nas redes sociais. A configurao de privacidade uma opo que permite a eles estabelecer quem pode ter acesso ao contedo que publicam, quem poder ver suas fotos ou enviar solicitaes de amizade. (Ver acima)

2 Consulta regional a adolescentes. Indita, RedNatic . Nota disponvel no http://www.rednatic.org/project/el-84-de-los-adolescentes-de-la-region-sabe-poco-sobre-sus-direitos-y-responsabilidades-para-el-uso-seguro-y-responsvel-de-internet-y-outras-tecnologias/ (02-06-14)


3) Dialogar com eles sobre os limites entre o privado, o pblico e o ntimo. Enfatizar a necessidade de pensar antes de publicar. Lembrar que, depois que um arquivo foi publi-cado na Internet, no temos mais controle sobre quem o v e quem o recebe.

4) No caso dos pais, necessrio permitir que os adoles-centes usem o Facebook ou outras redes sociais sem im-por como condio que eles os aceitem como amigos. Respeitar a privacidade e a liberdade de expresso dos filhos importante para estabelecer com eles uma relao de confiana, sem por isso deixar de se envolver e dialogar sobre as atividades que realizam online.

5) Na medida do possvel, evitar que os adolescentes usem a Internet at altas horas da noite, j que isso pode alterar o ritmo da vida cotidiana. Fazer em famlia ou na instituio um acordo sobre quando, onde e como usar o celular, o tablet ou o computador.

6) Se os jovens vo a lanhouses, visitar o lugar e perguntar se existe algum tipo de sistema de proteo a contedos no recomendados para menores. Se no houver, procurar uma lanhouse que atenda a esse requisito. No caso do colgio, importante que os computadores contem com um sistema de proteo. Eles podem ser baixados como softwares gratuitos.

7) Lembrar que devem encerrar sua sesso de forma cor-reta nas diferentes ferramentas que usam (redes sociais, bate-papos, e-mail, etc.), especialmente quando utilizarem um computador que no seja seu. Assim, por exemplo, se abrirem sua caixa de entrada de e-mails, no suficiente fechar o navegador para se desconectar do servio. im-portante que encerrem sua sesso, para que a conta no fique disponvel ao prximo usurio que abrir o navegador. 8) Lembrar que no devem compartilhar suas senhas com amigos, amigas, namorados, namoradas, noivos, noivas, como prova de amizade ou de confiana. Alm do mais, essas senhas devem ser seguras, combinando palavras e nmeros.

9) compartilhar com os adolescentes notcias que tenham sido publicadas em jornais ou na televiso sobre situaes de cyberbullying pode contribuir para que ganhem um sen-timento de responsabilidade. Os adolescentes devem saber que so responsveis pelas consequncias de seus atos, inclusive na Internet. Do mesmo modo, bom que saibam que tm direito de defender sua privacidade e o dever de respeitar a dos outros usurios.

Papel do adulto diante do cyberbullying Os adultos prximos s crianas e adolescentes tm um pa-pel fundamental na identificao, preveno e deteno de uma situao de assdio entre pares. No se trata de coisa de criana nem de episdios isolados sem consequncias. As consequncias, alis, no afetam somente as pessoas en-volvidas diretamente. Por isso, uma interveno adequada que abranja todo o grupo ajudar a desarmar a situao criada. A escola deve se envolver para frear situaes de assdio geradas entre colegas usando tecnologias. As fronteiras dentro-fora da escola deixaram de existir com o uso das novas tecnologias e no podemos ignorar o que acontece a um aluno nesses meios. A escola dever promover o dilogo, avaliar sanes e maneiras de reverter e reparar o dano causado a um(a) aluno(a). A equipe de diretores deve se apoiar no pessoal especializado em convivncia escolar, dinmica de grupos ou psicologia. De acordo com a gravidade do caso, pode ser necessrio, tambm, contar com a participao dos pais dos envolvidos em reunies separadas. muito im-portante para todos os adultos compreenderem que os papis so mutantes, segundo a dinmica de cada grupo.


no estigmatizar os jovens em papis negativos os ajudar a ocupar outro lugar no grupo.

Quase todos os pases da regio contam com bases legais em matria de violncia escolar, s quais as escolas devem estar subordinadas. Diante desses casos, importante que a escola procure suas instncias superiores (supervisores, administrao de distrito, etc.), para se informar sobre os passos a seguir, segundo as normas vigentes que protegem os direitos das crianas.

Embora tenhamos dado nfase at aqui aos riscos que surgem com o uso das novas tecnologias da informao e da comunicao, certo que elas tambm podem nos ajudar a deter o assdio online.

Como voc j sabe, os diferentes dispositivos tecnolgicos que existem hoje nos oferecem muitas possibilidades para criar mensagens e compartilh-las com outros de maneira muito rpida e efetiva. Por isso, sugerimos que voc se envolva: participe da campanha CHegA De bullying, nO fiQue CAlADO e d sua contribuio. hora de agir!

Por um uso amigvel das tecnologias:

chega de cyberbullying!

o que podemos fazer?

Compartilhe no seu perfil um link com informaes sobre cyberbullying: o que e como reagir. Pesquise e publique um vdeo com o qual as pessoas possam refletir sobre o tema. Voc pode criar um blog para falar sobre o tema. Pode pedir aos demais que comentem e compartilhem suas experincias pessoais. Assuma o compromisso contra o bullying da campanha CHegA De bullying, nO fiQue CAlADO. Voc pode assinar o pacto acessando http://www.chegadebullying.com.br/

Voc pode deter o assdio: por um ambiente virtual amigvel e livre de cyberbullying.


Conveno Internacional dos Direitos da Criana (1989), Organizao das Naes Unidas.

ComScore (2013) Futuro digital. Amrica Latina 2013, O estado atual da indstria digital e as tendncias que esto moldando o futuro. Informao disponvel em: http://www.slideshare.net/pipe1201/fu-turo-digital-latinoamerica2013informe-24766620?qid=e80d37c3-8982-47a7-b9f0-1dbd1623eedd&v=default&b=&from_search=2

ECPAT Internacional (2005) A violncia contra as crianas no Ciberespao. Contribuio ao Estudo Mundial das Naes Unidas sobre a Violncia contra as Crianas. Bangkok. Disponvel em: http://resources.ecpat.net/EI/Publications/ICT/Cyberspace_SPA.pdf

Instituto Nacional contra a discriminao, a xenofobia e o ra-cismo (INADI), Plataforma por uma Internet livre de discriminao, Como denunciar?. Disponvel em: http://internet.inadi.gob.ar/como-denunciar/

Luengo Latorre, Jos Antnio (2011) Cyberbullying. Guia de recursos para centros educativos. Materiais para equipes de dire-tores e ao tutorial, Ed. Defensor do Menor na Comunidade de Madrid.

Rodrguez, Nora (2006) Stop Bullying. As melhores estratgias para prevenir e frear o assdio escolar. Ed. RBA

Associao Chicos.net (2009) Para um entendimento da inte-rao dos adolescentes com os dispositivos da Web 2.0. O caso do Facebook, estudo realizado no marco do projeto de investi-gao do Instituto de Investigao para a Justia (IIJ), com o apoio do IDRC e CIDA Canad.

Associao Chicos.net (2011) Adolescentes e Adultos no Facebook. Modalidades de interao nas redes sociais. Disponvel em: www.tecnologiasi.org.ar

Associao Chicos.net, Save the Children Sucia (2010) Programa Uso Seguro e Responsvel das Tecnologias. Manual de Enfoque Terico.

bibliografia bibliografia

RedNATIC. Rede de Organizaes da Amrica Latina pelo direito das crianas e adolescentes ao uso seguro e responsvel das TIC (2014) Consulta adolescente de tipo exploratria em nove pases da regio. Sobre o uso das novas tecnologias e o direito a uma cidadania digital ativa. Disponvel em: http://www.rednatic.org/project/el-84-de-los-adolescentes-de-la-region-sabe-poco-sobre-sus-direitos-y-responsabilidades-para-el-uso-seguro-y-responsv-el-de-internet-y-outras-tecnologias/ Zysman, Maria, O que bullying e que no ?, disponvel em: http://libresdebullying.wordpress.com/2013/06/17/que-es-bully-ing-y-que-no/ Programa Nacional Com Voc na Web, iniciativa da Direo Nacional de Proteo de Dados Pessoais, do Ministrio de Justia e Direitos Humanos da Nao (Argentina) www.convosenlaweb.gob.ar (Disponvel em 29-04-2014). http://www.chegadebullying.com.br/ (Disponvel em 29-04-2014)

http://www.altoalbullying.com/ (Disponvel em 29-04-2014)

www.programatecnologiasi.org (Disponvel em 29-04-2014)

http://libresdebullying.wordpress.com (Disponvel em 29-04-2014)

www.cuidadoconlawebcam.com (Disponvel em 29-04-2014)

National Crime Prevention Council: http://www.ncpc.org/topics/bullying (Disponvel em 29-04-2014)


notas:

Comit de coordenao: Cartoon Network Amrica Latina - Larissa Pissarra;Rain Barrel Communications - Robert Cohen, Paul HoeffelViso Mundial - Amanda Rives, Gabriela Olgun Martnez

Desenvolvimento de contedo: Associao Chicos.net

Redao: Cintia Bal

Coordenao editorial e reviso: Andrea Urbas

crditos

36APOSTILA PARA ADOLESCENTES - PREVENO DO cyberbullying

chegadebullying.com.br

Coordenao de contedo: Viso Mundial e Cartoon Network

basta cyberbullying

Documents