barroco goiano
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CONTEXTO HISTÓRICO
• Descobertas as Minas Gerais de um lado e as minas
de Cuiabá, de outro, no século XVII, uma ideia
renascentista (a de que os filões de metais
preciosos se dispunham de forma paralela em
relação ao equador) iria alimentar a hipótese de
que, entre esses dois pontos, também haveria do
mesmo ouro.
• Assim, foram intensificadas as investidas
bandeirantes, principalmente paulistas, em território
goiano
• Elas culminariam tanto com a descoberta quanto
com a apropriação das minas de ouro dos índios
goiases, que seriam extintos dali mais rapidamente
que o próprio metal.
• Bartolomeu Bueno da Silva fundaria, em 1727,
o Arraial da Barra, a primeira cidade do futuro
estado de Goiás.
• Subsequentemente, povoados passaram a
multiplicar-se. A exploração do ouro atingiu o seu
auge na segunda metade do século XVIII.
O MOVIMENTO ARTÍSTICO
• O Barroco em Goiás é bem modesto, em
comparação ao de Minas e ao de certas cidades
litorâneas.
• Uma das razões da diferença foi a falta de pessoas
competentes, pois a população era constituída em
boa parte por aventureiros, na maioria de São
Paulo.
• Outra importante razão foi a curta duração de
escassos 20 anos de ouro em Goiás.
• Não obstante, há remanescentes barrocos em
povoações do século XVIII, ligados ao ciclo de
ouro, que em Goiás foi altamente influenciado
pela atividade dos paulistas, assim, compreende-se
que não se feito lá, o que não foi feito em São
Paulo.
• Em Goiás o Barroco sobreviveu ao Barroco mineiro
na obra extraordinária de José Joaquim da Veiga
Valle, natural de Meia Ponte, um dos mais
importantes escultores goianos(1806-1874).
PIRENÓPOLIS
• Os principais focos arquitetônicos e artísticos do
estado foram as cidades de Pirenópolis, a primeira
cidade do estado, e a Cidade de Goiás, antiga
capital.
• Pirenópolis, fundada como Arraial da Barra, foi
tombada como conjunto arquitetônico,
urbanístico, paisagístico e histórico pelo IPHAN -
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
em 1989, o município conta com um Centro
Histórico belamente ornado com casarões e igrejas
do século XVIII.
• Temos exemplos como a Igreja Matriz de Nossa Senhora
do Rosário (1728-1732), as Igreja de Nossa Senhora do
Carmo (1750-1754) e de Igreja de Nosso Senhor do
Bonfim (1750-1754)
• Há também a Casa de Câmara e Cadeia construído
em 1919 como réplica idêntica do original de 1733.
• A casa histórica foi demolida em 1919, construindo-se
uma réplica no Largo da Ponte Velha. Em 1999, devido
às péssimas condições em que se encontrava,
a Câmara Municipal deixou o local, ocupado
provisoriamente pelo Corpo de Bombeiros.
GOIÁS VELHO
• A Cidade de Goiás foi fundada numa região
aurífera em 1727. Em 1736 foi elevada à vila. Já em
1753, o conde de Arcos, primeiro governador da
Capitania de Goyaz, chegou a cidade e
promoveu grandes obras, como a Casa de
Fundição e o Palácio do Governo.
• No fim do séc. XVIII, o ouro se esgotou, e as
atividades econômicas tiveram que se transformar
e, consequentemente, também as atividades
culturais passaram a desprezar a arquitetura e
valorizar a poesia e as artes plásticas.
• Isso, somado a transferência da capital do estado
transferida para a recém-construída Goiânia,
conservou a arquitetura única da cidade,
patrimônio da humanidade da UNESCO.
• A cidade também é famosa pela Procissão do
Fogaréu, ritual singular no país.