barramentos e tipos de memoria ram

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1FACULDADE INTERAO AMERICANA

ANDRE VITOR SHIROMA

BARRAMENTOS DE DISPOSITIVOS E TIPOS DE MEMRIA RAM

SO BERNARDO DO CAMPO 2010

1. ISA (INDUSTRY STANDARD ARCHITECTURE)

O ISA foi o primeiro barramento usado em micros PC, a arquitetura de barramento usada nos PCs XT e AT. A verso usada nos PCs AT tambm chamada de barramento AT, e tornou-se um padro de fato na indstria de computadores. Lanada no comeo dos anos 90, o barramento ISA comeou a ser substitudo pela arquitetura de barramento local PCI nos ltimos anos. Muitos computadores fabricados hoje contm os dois tipos de barramento, ISA (para dispositivos mais lentos ou antigos) e PCI (para dispositivos que necessitem de maior performance). Em 1993, a Intel e Microsoft introduziram uma nova verso do ISA, chamada de ISA Plug and Play. A especificao Plug and Play permite o sistema operacional configurar placas de expanso automaticamente, a fim de que os usurios no necessitem mexer em jumper ou micro-chaves. O barramento ISA formado pelos slots de 8 e 16 bits existentes nas placas de CPU, alm de alguns dos seus circuitos internos. Foi originado no IBM PC, na verso de 8 bits, e posteriormente aperfeioado no IBM PC AT, chegando verso de 16 bits. Possui as seguintes caractersticas: Transferncias em grupos de 8 ou 16 bits Clock de 8 MHz

1.1 ISA XT

Os primeiros computadores pessoais, baseados no Intel 8088 e 8086, funcionavam a velocidades de 4,77 e 6 MHz. A estas velocidades, o desempenho do barramento suficiente para acompanhar o resto do sistema. Esta implementao define por isso um nico barramento para interligar CPU, RAM e todos os outros dispositivos. Este tipo de barramento surgiu com o IBM XT, sncrono com o processador e tem uma largura de 8 bits e uma taxa de

transferencia de at 8 Megabytes/s . Posteriormente este barramento adotou o nome de ISA XT ou ISA de 8 bits.

1.2 ISA AT

Em 1984 com o surgimento do processador Intel 80286 surgiu a norma ISA (Industry Standard Architecture), que uma evoluo do barramento anterior. O i80286 trabalha a velocidades entre 12-16MHz, o que substancialmente superior velocidade permitida pelo barramento anterior. Optou-se ento pela pela desincronizao entre CPU e barramento. O barramento ISA trabalha sempre a 8 MHz, enquanto a velocidade do CPU varia. O barramento ISA, tambm denominado ISA AT para se distinguir do anterior, tem 16 bits de largura e uma taxa de transferencia de at 8 Megabytes/s .

1.3 EXEMPLOS DE APLICAO:

Apesar de antiquado e lento, o ISA ainda usado atualmente para a conexo de perifricos lentos, como placas de som e modems, para os quais a transmisso de dados a 8 Megabytes por segundo permitida pelo ISA suficiente, porm a tendncia que o ISA seja substitudo por outros barramentos, a maioria das placas me modernas traz apenas um slot ISA, e outras nenhum. Cada vez mais modelos de placas de som e modems so lanados em verso PCI.

2. MCA (MICRO CHANNEL ARCHITECTURE)

Tendo perdido o controle da arquitetura do PC e de uma parcela significativa do mercado, em 1987 a IBM deu um salto para tentar recuperar sua posio, lanando a famlia de microcomputadores PS/2. Essa linha de computadores apresentou diversos aprimoramentos importantes ela trabalha com 32 bits de dados por vez a uma freqncia de 10 MHz, incluindo diversos dispositivos integrados a placa me, como uma controladora de vdeo, portas de comunicao serial e paralela, novas portas para teclado e mouse, controladora de discos rgidos e disquetes, alm de um disco rgido de alto desempenho. No entanto, o recurso mais interessante do sistema foi a nova arquitetura de barramento de expanso. Ao contrrio do barramento do PC-AT, o barramento MCA foi inteiramente documentado e especificado pela IBM, com o objetivo bvio de criar um novo padro para os PCs. A IBM foi mais alm inicialmente ela no permitiu que outras companhias reproduzissem o barramento como havia feito nos projetos anteriores. Sem outras companhias apoiando o MCA, no apenas o projeto se enfraqueceu, mas tambm inspirou uma resposta de sete empresas rivais da IBM. Lideradas pela Compaq, em 1988, o grupo rival introduziu o barramento EISA (Extendend Industry Standard Arquitecture).

2.1 INOVAES

A arquitetura MCA continha diversas inovaes, incluindo um controle de barramento avanado, denominado de DMA (Direct Memory Access ou Acesso Direto a Memria) um recurso para que um dispositivo assumisse o barramento do microprocessador e transferisse os dados de/para a memria principal de forma independente, deixando o processador livre para outras funes. Foi includo ainda um recurso de interrupo sensvel ao nvel, permitindo que as interrupes fossem compartilhados, ao contrrio do barramento ISA, que permite que apenas um dispositivo utilize uma interrupo por vez. Outro recurso fundamental desenvolvido com o barramento MCA permitia a autoconfigurao dos dispositivos (Plug and Play), ajustando todo o sistema

automaticamente. Isto ajuda a eliminar conflitos provocados quando dois componentes desejam empregar os mesmos recursos do sistema, como utilizar uma mesma rea de endereos da memria. O MCA foi uma boa idia. Mas na verdade nunca se firmou tambm por duas razes: - No podia aceitar as antigas placas de expanso de 8 bits e as placas ISA de 16 bits, ou seja, contrrio ao grande mercado existente destes dispositivos. - A IBM tambm no conseguiu criar um padro que pudesse desbancar o ISA e o EISA. Saa muito caro construir sistemas com o MCA. Era difcil fabricar as novas placas de expanso de tamanho menor, a um custo competitivo com as placas ISA. As placas de expanso MCA exigiam circuitos impressos multicamadas e chips personalizados para estabelecer uma interface com o barramento MCA. Outro detalhe estava nos programas aplicativos da poca. Estes no apresentaram qualquer ganho de desempenho quando rodados no novo sistema. Para aproveitar os novos recursos do MCA, os programas deveriam ser reescritos para tal. Em 1990, a IBM introduziu diversos aprimoramentos ao barramento MCA, como uma ttica para tentar derrotar seu concorrente mais popular, o EISA, pelo menos nos sistemas de maior porte. Entretanto, nem o EISA chegou a fazer muito sucesso. A IBM foi permitindo que a arquitetura de microcanal fosse aos pouco desaparecendo do mercado. O MCA contudo deixou um grande legado: introduziu diversos novos conceitos, que passaram a fazer parte das implementaes dos novos tipos de barramento que surgiriam, o VLB e o PCI.

3. EISA (EXTENDED INDUSTRY STANDARD ARCHITECTURE)

A Compaq se tornou um dos principais fabricantes de clones de PCs e comeou a trabalhar na extenso de uma arquitetura de barramento, que possibilitasse comportar uma taxa de transferncia de dados mais alta. Um

consrcio de fornecedores liderado pela Compaq e tambm a Intel, desenvolveram o padro EISA (Extended Industry Standard Architecture ou Arquitetura Industrial Padro Estendida). O objetivo do padro, alm de permitir uma taxa de transferncia de dados maior era, tambm, manter a compatibilidade retroativa com os barramentos dos PCs mais antigos e melhorar as especificaes do ISA de forma funcional, eltrica e fsica. Isso foi conseguido com o design inteligente de um novo conector de slot, que inclua novos sinais em uma segunda fileira de contatos, abaixo dos contatos ISA existentes. O EISA trabalha a 8,33 MHz, com 32 bits. Na teoria, o barramento deveria chegar uma taxa de 33 MB/s. Nas placas perifricas EISA no existem jumps de configurao, pois ela feita toda por software. As placas EISA vm com um disco, onde existe um utilitrio de configurao que geram dados para serem armazenados em uma memria RAM CMOS, semelhante a que existe na placa me do computador. O padro EISA adiciona 100 novos contatos (duas linhas de 50 contatos) que, se fossem colocados em linha com o ISA, certamente gerariam um conector impraticvel. A soluo adotada para acomodar os novos contatos e ainda manter a compatibilidade com as placas ISA, foi produzir uma Segunda camada de contatos no slot, a uma profundidade maior e deslocada em relao aos contatos ISA. Uma placa ISA pode ser adaptada normalmente num slot EISA, e no provoca curto ou m conexo, pois ela no entra a fundo no slot devido a um elemento mecnico, que trava seu encaixe antes que ela alcance os contatos EISA. Apesar dos novos aprimoramentos, os conjuntos dos chips do sistema EISA eram muitos caros e o design do circuito tambm, visto que, para aceitar os ciclos dos barramentos ISA e os ciclos EISA mais velozes, diversos novos sinais foram acrescentados e a complexidade do sistema aumentou muito. Para piorar, os programas populares da poca (normalmente baseados no DOS) no obtinham ganho significativo com o novo sistema. Como resultado, o sistema EISA nunca foi considerado realmente como uma arquitetura de mercado, ficando mesmo restrito aos equipamentos servidores de alto desempenho, onde os recursos aprimorados poderiam ser convertidos em

benefcios verdadeiros. Veja pinagem de um conector EISA e sua compatibilidade com o ISA.

4. VLB (VESA LOCAL BUS)

Lanado em 93 pela Video Electronics Standards Association (uma associao dos principais fabricantes de placas de vdeo), o VLB (VESA Local Bus) um barramento de expanso, muito mais rpido que o ISA, EISA ou o MCA. Inicialmente o VLB (ou VESA, como chamado por muitos) surgiu como barramento prprio para a conexo da placa de vdeo. Nesta poca, o Windows 3.11 e os aplicativos grficos j eram populares, de forma que existia uma grande demanda por placas de vdeo mais rpidas. O "rpido" que menciono aqui a simples capacidade de atualizar a tela em tempo real enquanto edita uma imagem no Photoshop, no tem nada a ver com acelerao 3D ou exibio de vdeo em alta resoluo, como temos hoje em dia :). Alm de serem muito lentas, as placas de vdeo ISA eram limitadas exibio de apenas 256 cores. Graas boa velocidade, o VLB acabou tornando-se o padro tambm para outros perifricos, como controladoras IDE e SCSI. Novamente, existiu a preocupao de manter compatibilidade com as placas ISA, de forma que os slots VLB so na verdade uma expanso, onde temos um slot ISA tradicional, seguido por um segundo conector, que inclui os pinos adicionais. Isso rendeu o apelido de "Very Long Bus" (barramento muito comprido ;) e trouxe uma srie de problemas de mal contato, j que se a placa-me no estivesse muito bem presa ao gabinete, a presso necessria para encaixar as placas faziam com que a placa envergasse, comprometendo o encaixe. A grande presso necessria acabava danificando os contatos com o tempo, o que, combinada com a oxidao natural, acabava fazendo com que muitas placas realmente deixassem de funcionar depois de removidas e reinstaladas algumas vezes. O VLB um barramento local, onde os contatos so ligados diretamente aos pinos do processador. Esse design simples barateava a produo das placas-

me, mas fazia com que a utilizao do processador fosse relativamente alta e no fosse possvel utilizar mais do que 3 placas VLB no mesmo micro. O VLB se tornou rapidamente o padro de barramento para placas para micros 486, mas acabou desaparecendo com a introduo do barramento PCI. Uma curiosidade que as primeiras placas para micros Pentium (a primeira gerao, que oferecia suporte apenas aos Pentium de 60 e 75 MHz) chegaram a incluir slots VLB, utilizando uma verso adaptada do barramento. O VLB funciona na mesma freqncia da placa me, ou seja, num 486 DX-2 50, onde a placa me funciona a 25 MHz, o VLB funcionar tambm a 25MHz. E, em uma placa de 486 DX-4 100, que funciona a 33 MHz, o VLB funcionar tambm a 33 MHz. Vale lembrar que o VLB um barramento de 32 bits. As desvantagens do VLB so a falta de suporte a Bus Mastering e a Plug-andPlay, alm de uma alta taxa de utilizao do processador e limitaes eltricas, que permitem um mximo de 2 ou 3 slots VLB por mquina. Isto no chegava a ser uma grande limitao, pois geralmente eram utilizados apenas uma placa de vdeo e uma placa Super-IDE VLB.

5. PCI (PERIPHERAL COMPONENT INTERCONNET)

Em 1992, a Intel comeou a desenvolver um padro de barramento para interconectar dispositivos perifricos, isto gerou a primeira especificao do PCI (Peripheral Connection Interface ou Interface de Conexo Perifrica). Essa primeira especificao no aceitava slots de expanso. Com a introduo dos chips 486 de alta velocidade e do Pentium, a indstria comeou a se preocupar com a viabilidade do barramento VESA. Incentivada por diversas fontes, a Intel atualizou a especificao do PCI, para que ele pudesse aceitar conectores de slots de expanso. Os fabricantes descobriram que deveriam mudar a arquitetura do barramento local a cada nova gerao de CPUs que surgisse. Com isso, a interface dos dispositivos perifricos tambm tinha de ser alterada a cada nova leva de microprocessadores.

Ao contrrio do VLB, que opera com velocidade igual a do barramento local, o PCI foi projetado para operar em sua prpria freqncia de clock, independente da velocidade do barramento do sistema. O PCI estabelece uma conexo com o barramento local do processador, atravs de um chip especial, que estabelece uma ponte entre o barramento local (ponte PCI) e o barramento PCI. Desse modo, a cada gerao de microprocessadores que surgisse, apenas o chip de ponte precisaria ser modificado, e todos os dispositivos perifricos continuariam a funcionar de forma automtica, com todos os novos processadores produzidos. Originalmente especificado para 32 bits funcionando a 33 MHz, o barramento PCI apresentava uma taxa de transferncia mxima terica de 132 MBps 16,5 vezes mais rpido que o barramento ISA. A especificao original tambm previu um slot de 124 pinos (62 pinos de cada lado). A prxima verso do PCI estendeu o barramento para operar em 64 bits e passou a utilizar um conector estendido, acrescentando mais 64 pinos de contato (32 de cada lado), semelhante com o que foi feito para o slot ISA, quando substituiu o barramento do PC original. A especificao mais usual hoje a 2.1, que dispe uma velocidade de barramento de 66 MHz. Isto dobra, efetivamente, a taxa de transferncia da especificao original para 264 MBps 33 vezes mais rpido que no barramento ISA. A figura mostra as especificaes para o slot PCI.

6. AGP (ACCELERATED GRAPHICS PORT)

Por mais rpido e largo que seja um barramento, parece que existe uma tarefa, que ameaa consumir toda a largura de banda possvel e ainda exige mais: a exibio grfica. Nos dias do barramento ISA, utilizvamos placas de vdeo relativamente simples os padres MDA (Monochrome Display Adapter) e CGA (Color Graphics Array) para controlar os monitores de vdeo. Estas placas exigiam

quantidades de dados relativamente baixas. Um monitor de vdeo CGA era capaz de exibir quatro cores (2 bits de dados) a uma resoluo de 320x200 pontos por polegada, a uma taxa de 60 vezes por segundo (60 Hz), o que exigia cerca de 128.000 bits por tela, ou pouco mais de 937 KBps. Por outro lado, uma imagem, com profundidade de cores de 16 bits, exige cerca de 1,5 MB de dados para cada imagem e, a 75 HZ, estes dados so solicitados 75 vezes por segundo. Devido s novas aceleradoras grficas, nem todas estas informaes precisam ser transmitidas pelo barramento para a placa de vdeo. A nova tecnologia de imagens criou novos problemas. Hoje os grficos 3D possibilitam a modelagem, em tela, dos mundos fantstico e realista, apresentando um nvel altssimo de detalhamento. O mapeamento de texturas um exemplo dos aspectos do vdeo, que exigem quantidades enormes de dados. A placa de vdeo necessita ter acesso mais rpido possvel a estas informaes, para que possa desenhar as imagens na tela com sucesso. Entra em cena, desse modo, a AGP, desenvolvida pela Intel, para as placas me com o processador Pentium II. A AGP (Accelerated Graphics Port ou Porta Aceleradora Grfica) mal se compara definio original de barramento, j que ela uma conexo dedicada tarefa exclusiva de conectar a placa de vdeo a uma interface de alta velocidade, aproveitando mais diretamente os recursos da placa me. Isto quer dizer que a AGP possui funo restrita. Enquanto os slots PCI aceitam uma variedade de dispositivos adaptadores de rede, placas de som, placas de fax-modem, placas de vdeo a AGP trabalha apenas com grficos. Esta tarefa limitada e unilateral possibilita o ajuste do projeto para a mxima velocidade. Outra caracterstica importante da AGP envolve a reduo da quantidade de memria necessria na placa de vdeo. A AGP permite o uso da memria do sistema como uma extenso virtual da memria do vdeo e o acesso as informaes diretamente na memria principal do computador sem envolver a CPU no processo. A velocidade utilizada para proporcionar placa de vdeo o acesso rpido aos dados. A AGP capaz de transferir dados a velocidades bem mais altas do que o PCI. Enquanto o barramento PCI de 33 MHz e 32 bits atinge uma taxa de transferncia de at 132 MBps, a AGP na verso 1x j pratica 266 MBps. Outra

especificao, denominada 2x, foi projetada para 32 bits, mas operando em velocidades de at 133 MHz 4 vezes mais que o PCI apresentando uma taxa de transferncia mxima de 532 MBps. Esta marca o dobro da taxa do barramento PCI operando em 66 MHz e 32 bits. Em 2000 surgiram os primeiros chipsets com suporte para AGP 4x (como o Intel 820) e placas que implementam esta caracterstica, para a qual j foram feitos muitos controladores de grficos. Com AGP 4x a largura da banda para o subsistema de vdeo pode alcanar at 1066 MB por segundo (aproximadamente 1GBps). Mais tarde, em 2001, esperado o padro 8x que prev expandir a largura de banda do subsistema de vdeo para acima de 2 GBps. Outras vantagens da AGP: a placa de vdeo no precisa concorrer com nenhum outro dispositivo para ter acesso aos dados. A AGP tambm descongestiona o barramento PCI, liberando mais largura de banda para outros dispositivos tambm exigentes, como o disco rgido e a placa de rede. Como desvantagem, somente possvel conectar apenas uma placa AGP no sistema. Caso o usurio deseje conectar uma segunda placa de vdeo (recurso que no Windows 98 e nas verses posteriores permite ligar vrios monitores no mesmo computador), dever instalar placa de vdeo PCI adicionais. H duas caractersticas distintas de voltagem nas placas AGP: a comum, de 3,3 V, e a de 1,5 V.

7. UNIVERSAL SERIAL BUS (USB)

USB um tipo de conexo "ligar e usar" que permite a conexo de perifricos sem a necessidade de desligar o computador. Antigamente, instalar perifricos em um computador obrigava o usurio a abrir a mquina, o que para a maioria das pessoas era uma tarefa quase impossvel pela quantidade de conexes internas, que muitas vezes eram feitas atravs de testes perigosos para o computador, sem falar que na maioria das vezes seria preciso configurar jumpers e interrupes IRQs, tarefa difcil at para profissionais da rea.

O surgimento do padro PnP (Plug and Play) diminuiu toda a complicao existente na configurao desses dispositivos. O objetivo do padro PnP foi tornar o usurio sem experincia capaz de instalar um novo perifrico e us-lo imediatamente sem mais delongas. Mas esse padro ainda era suscetvel a falhas, o que causava dificuldades para alguns usurios. O USB Implementers Forum foi concebido na ptica do conceito de Plug and Play, revolucionrio na altura da expanso dos computadores pessoais, feito sobre um barramento que adota um tipo de conector que deve ser comum a todos os aparelhos que o usarem, assim tornando fcil a instalao de perifricos que adotassem essa tecnologia, e diminuiu o esforo de concepo de perifricos, no que diz respeito ao suporte por parte dos sistemas operacionais (SO) e hardware. Assim, surgiu um padro que permite ao SO e placa-me diferenciar, transparentemente: A classe do equipamento (dispositivo de armazenamento, placa de rede, placa de som, etc); As necessidades de alimentao eltrica do dispositivo a uma distncia de ate 5 metros sem a necessidade de outro equipamento, caso este no disponha de alimentao prpria; As necessidades de largura de banda (para um dispositivo de vdeo, sero muito superiores s de um teclado, por exemplo); As necessidades de latncia mxima; Eventuais modos de operao internos ao dispositivo (por exemplo, mquina digital pode operar, geralmente, como uma webcam ou como um dispositivo de armazenamento - para transferir as imagens). Ainda, foi projetado de maneira que possam ser ligados vrios perifricos pelo mesmo canal (i.e., porta USB). Assim, mediante uma topologia em rvore, possvel ligar at 127 dispositivos a uma nica porta do computador, utilizando, para a derivao, hubs especialmente concebidos, ou se por exemplo as impressoras ou outro perifricos existentes hoje tivessem uma entrada e saida usb, poderamos ligar estes como uma corrente de at 127 dispositivos, um ligado ao outro, os quais o computador gerenciaria sem nenhum problema, levando em conta o trfego requerido e velocidade das informao solicitadas pelo sistema. Estes dispositivos especiais (os hub's anteriormente citados) estes tambm dispositivos USB, com classe especfica -, so responsveis

pela gesto da sua sub-rvore e cooperao com os ns acima (o computador ou outros hubs). Esta funcionalidade foi adaptada da vasta experincia em redes de bus, como o Ethernet - o computador apenas encaminhar os pacotes USB (unidade de comunicao do protocolo, ou URB, do ingls Uniform Request Block) para uma das portas, e o pacote transitar pelo bus at ao destino, encaminhado pelos hubs intermedirios.

7.1 CONCEPO Tridente smbolo do USB. O padro USB foi desenvolvido por um consrcio de empresas, entre as quais destacam-se: Microsoft, Apple, Hewlett-Packard, NEC, Intel e Agere. Foi muito difcil para estas empresas encontrar um consenso sobre a abordagem do controlador. Dividiram-se ento as opinies, formando dois grupos distintos: UHCI, Universal Host Controller Interface, apoiado majoritariamente pela Intel, que transferia parte do processamento do protocolo para o software (driver), simplificando o controlador eletrnico; OHCI, Open Host Controller Interface, apoiado pela Compaq, Microsoft e National Semiconductor, que transferia a maior parte do esforo para o controlador eletrnico, simplificando o controlador lgico (driver). Isto gerou algumas incompatibilidades e lanou a ameaa de disperso do padro. Pela experincia anterior em casos de adaptao de padres (como o caso das extenses individualistas do HTML da Microsoft e da Netscape verso 3 deste protocolo que, frequentemente, quebrava a compatibilidade entre sites), agora podia-se confirmar a desvantagem de no se conseguir a universalizao. Porm, traria novas concluses para a verso 2.0 deste protocolo, desta vez unidos sob o modelo EHCI, Enhanced Host Controller Interface, permitindo colmatar as falhas e reunir as qualidades dos dois modelos anteriores; mas sem dvida, o avano notvel desta verso seria o aumento da largura de banda disponvel - tornava-se agora possvel, com um nico driver, transferir som, vdeo e ainda assim usar a impressora, portudo isto

pelo mesmo canal - at um total de 480 Megabaites/s no usb 2.0, e 4,8 GiB/s no usb 3.0.

8. BARRAMENTO FIREWIRE (IEEE 1394)

O FireWire um barramento serial de altssimo desempenho que proporciona a conexo de diversos equipamentos, utilizando uma topologia flexvel e proporcionando uma relao custo-benefcio bastante atraente. Nosso objetivo passar uma idia a respeito das caractersticas inovadoras do FireWire, como os conceitos de portais, pontes, ns, conexo virtual, etc.. Pedimos desculpas se deixarmos alguma lacuna, mas colocamos como justificativa a dificuldade de obtermos dados tcnicos sobre o assunto. Boa parte dos documentos disponveis tinham acesso controlado, o que no nos permitiu um estudo mais aprofundado. O barramento FireWire, criado pela Apple no incio da dcada de 90, foi adaptado, em 1995, e padronizado pela norma IEEE 1394. Sua capacidade de comunicao pode atingir at 30 vezes a velocidade do USB (Universal Serial Bus, leia artigo sobre o assunto). Sua idia parecida com a do USB: possui uma interface simples capaz de receber at 63 dispositivos, como drives de discos, cmeras digitais, televiso digital, computadores, etc.. A Sony, Panasonic, Sharp, Canon e JVC foram as primeiras companhias a lanarem produtos com o FireWire (cerca de 7 milhes de codificadores de vdeo digital - MPEG). O mercado de computadores tambm j est abastecido com modelos da Apple, Compaq, Sony e NEC. Aguarda-se tambm a oferta de outros modelos de outras companhias lderes. Atualmente, a Castlewood Systems desenvolve um drive de disco que recebe diretamente a massa de dados de uma cmera digital, que promete eliminar o uso de fitas num estdio de vdeo de alta qualidade. Como pode ser observado, o FireWire no um barramento exclusivo para computadores, visto que as aplicaes de vdeo foram as primeiras a serem beneficiadas. Contudo, as companhias tm gradualmente adicionado, nos modelos mais novos, conectores FireWire em computadores, como feito para

o USB. Como no USB, no necessrio inicializar a mquina para detectar os dispositicos FireWire conectados, j que os mesmos so tambm detectados no ato de sua conexo fsica, em tempo de execuo de aplicativos. Os produtos FireWire atuais podem operar a uma taxa de 400 Mbps (50MB/s), contra 12 Mbps (1,5 MB/s) do USB. Apesar de revises da especificao USB j permitirem taxas maiores (USB 2.0 operando a 480Mbps ou 60MB/s), o FireWire no parar por a: dever atingir brevemente, com o auxlio de fibras especiais ou comunicao sem fio ("wireless"), velocidades de 800 a 3.200 Mbps. Para falar a verdade, pode operar a 800Mbps (100MB/s) sob a nova especificao IEEE1394b. FireWire , ento, um apelido para um barramento serial especificado pelo IEEE, recebendo o nome oficial de IEEE 1394. A exemplo do PCI, dois ou mais barramentos FireWire isolados eletricamente podem ser conectados via um circuito especial, chamado de ponte. Historicamente, seu nascimento se deu em 1995 e foi apresentado sociedade em fevereiro de 1996, quando Peter Johansson, da Congruent Software, exps o trabalho intitulado "Serial Bus to Serial Bus Bridges" para um grupo de representantes das grandes empresas lderes de mercado, como Phillips, Apple, NEC, Seagate, Sony, Sun, Samsung e Texas. Este acontecimento deu origem a uma srie de reunies para a discusso de questes tcnicas para no s a definio do padro IEEE 13941 (ponte entre barramentos FireWire), mas tambm para a especificao de pontes responsveis pela interface do barramento em estudo com outros barramentos. Estas reunies passaram a contar posteriormente tambm com representantes da Intel, Microsoft, Canon, Compaq e Panasonic, dentre outras. Embora tais especificaes ainda no estejam finalizadas, o grupo mantm sempre um "draft" da situao no site http://grouper.ieee.org/groups/1394/1. Sendo assim, alguns detalhes expostos neste texto esto sujeitos a posteriores revises. Com as novas revises do FireWire propondo-o a ser um barramento serial com um desempenho cada vez melhor, a taxa de comunicao implementada por uma ponte flexivelmente programvel para estar entre S100 (100 Mb/s) a at S3200 (3200 Mb/s), a um custo acessvel, tanto para conectar perifricos de computadores quanto eletro-domsticos. Segundo o comit 1394, outras aplicaes, como transmisso digital de vdeo, ainda esto limitadas por uma

arquitetura e uma definio de protocolo para pontes hoje incompletas. Na verdade, a especificao fsica do barramento foi bem simples. O mais complexo definir os padres de ponte, o que est sendo feito pela proposta IEEE 1394-1. Para comear uma descrio da proposta 1394-1, sero colocadas algumas definies. Ponte: o circuito capaz de permitir a comunicao entre dois ou mais barramentos seriais com operaes independentes. Identificador de barramento (Bus_ID): um nmero de 10 bits que identifica, de forma nica, um dos barramentos seriais em uma topologia de rede composta por vrios barramentos. Portal: o circuito que conecta fisicamente uma ponte FireWire com um barramento. Cada ponte deve implementar pelo menos 2 portais, ou seja, permitir a comunicao entre 2 barramentos. Numa rede genrica, uma ponte pode implementar N portais, N