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Bandeiras, Entradas e o Povoamento de Goiás

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Page 1: Bandeiras e Entradas - Povoamento de Goias

Bandeiras, Entradas e o Povoamento de Goiás

Page 2: Bandeiras e Entradas - Povoamento de Goias

Capitanias Hereditárias

As Capitanias hereditárias foram um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, em 1534. Este sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa).

Este sistema foi criado pelo rei de Portugal com o objetivo de colonizar o Brasil, evitando assim invasões estrangeiras. Ganharam o nome de Capitanias Hereditárias, pois eram transmitidas de pai para filho (de forma hereditária).

Estas pessoas que recebiam a concessão de uma capitania eram conhecidas como donatários. Tinham como missão colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios).

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Capitanias Hereditárias

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União Ibérica

• De 1580 a 1640 – Com a crise de sucessão, Portugal passou a ser governada pelo Rei Felipe II da Espanha. A colônia portuguesa no Brasil passou a ser governado pela Espanha, e neste período teve a vinda dos Holandeses e o desenvolvimento da cultura da cana para a produção de açúcar.

• O Tratado de Tordesilhas passa a não ser mais respeitado.

• Neste período o Brasil teve um grande aumento do seu território graças a explorações financiadas pela Coroa espanhola.

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A crise

• Na segunda metade do século XVII, face à crise econômica da agro manufatura açucareira, suscitada na Colônia a partir da expulsão dos holandeses (1654), tornou-se imperioso identificar nova fonte de recursos. Registrou-se, a partir de então, uma nova leva de expedições, a partir da vila de São Paulo, rumo aos sertões.

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Entradas, Bandeiras e Monções• Entradas tinham a finalidade de expandir o

território, eram financiadas pelos cofres públicos e com o apoio do governo colonial em nome da Coroa de Portugal.

• Bandeiras foram iniciativas de particulares, que com recursos próprios buscavam obtenção de lucro. Seus membros ficaram conhecidos como Bandeirantes.

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Entradas, Bandeiras e Monções• Monções eram expedições fluviais paulistas que partiam

de Porto Feliz, às margens do Rio Tietê, com destino às áreas de mineração em Mato Grosso, com a finalidade de abastecê-las . As canoas levavam mantimentos, ferramentas, armas, munições, tecidos, instrumentos agrícolas e escravos negros, entre outras mercadorias para serem comercializados nos povoados, arraiais e vilas do interior. Na volta, traziam principalmente ouro e peles. Há que considerar ainda o aspecto particular desse fenômeno na região amazônica, em busca não apenas do extrativismo das chamadas drogas do sertão, especiarias apreciadas na Europa como, por exemplo, o urucum e o guaraná, mas também em busca do apresamento do próprio indígena.

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Entradas, Bandeiras e Monções• Apresador - Para a captura de índios (chamado,

indistintamente, "o gentio") para vender como escravos;

• Prospector - Voltadas para a busca de pedras ou metais preciosos.

• Sertanismo de contrato - Para combater índios e negros (quilombos).

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Quilombo

• No período de escravidão no Brasil (séculos XVII e XVIII), os negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas. Estes locais eram conhecidos como quilombos. Nestas comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade. Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas, principalmente, pelos atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas.

• Principal Quilombo – Quilombo dos Palmares, destruido em 1964 com um ataque liderado por Domingos Jorge Velho e o chefe Zumbi dos Palmares teve a cabeça decaptada e exposta em praça publica para dar exemplo a outros escravos.

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Brasil após as Entradas, Bandeiras e Monções.

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AnhangueraBandeirante paulista

Estátua do Bandeirante - Obra do artista Amando Zago, localizada na Praça do Bandeirante, Goiânia, Goiás.

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AnhangueraBandeirante paulista

Anhanguera foi um bandeirante paulista, um dos primeiros a explorar o Brasil Central, no século XVII. Aspirando encontrar ouro no sertão goiano, organizou uma bandeira e partiu para lá em 1682. Com grande caravana e acompanhado de seu filho, que tinha apenas 12 anos de idade, partiu para a exploração.

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AnhangueraBandeirante paulista

Conta à lenda que Bartolomeu Bueno da Silva procurava as ambicionadas minas de ouro, quando se deparou com índios da tribo Goiá, que impediram a entrada da bandeira em seu território. Percebendo que as índias estavam adornadas com ouro, tiveram certeza que ali era o local da mina. Teve a idéia de encher uma pequena vasilha de aguardente e tocar fogo. Os índios acreditaram que a água estava pegando fogo, e diante da ameaça do bandeirante de queimar os rios, os indígenas renderam-se. Não só permitiram a entrada dos exploradores em seus territórios, como ainda lhes revelaram a localização da mina. Bartolomeu Bueno recebeu dos índios o apelido de Anhanguera, que significa "Diabo Velho" ou "Espírito Maligno".

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AnhangueraBandeirante paulista

Anhanguera seu filho (1672-1740) que nasceu em Parnaíba no vale do rio Tietê, São Paulo, estava estabelecido em Sabará, onde em 1701 foi nomeado assistente do distrito. A medida que aumentava a remessa de ouro para a metrópole, crescia também o número de exploradores. Vários conflitos surgiram na região e em 1720 foi oficializada a independência de Minas Gerais e os paulistas procuraram outras zonas de mineração.

Com o incentivo e permissão do rei Dom João V, Bartolomeu Bueno e os sócios João Leite da Silva Ortiz e Domingos Rodrigues do Prado, assinaram em 14 de fevereiro de 1720, um contrato para procurar as minas nas terras de Goiás, onde seu pai já havia encontrado ouro. Em troca do trabalho, lhe foi concedido o direito de cobrar uma taxa sobre a passagem nos rios que conduzissem às minas goianas.

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AnhangueraBandeirante paulista

Além do contrato os bandeirantes receberam um regimento que seria a "lei" nas suas andanças pelo sertão. O regimento era tão amplo que serviu de base para a organização do governo de Goiás. Passou três anos explorando a região em busca da serra dos Martírios. Finalmente encontrou ouro no rio vermelho.

A história da cidade de Goiás ou Goiás Velho, começou depois das descobertas, quando em 1726 Anhanguera nomeado capitão-mor, por D.João V, fundou o arraial de Sant'Ana. Em 1739 fundou o arraial Vila Boa de Goiás, hoje Goiás Velho. Acusado de sonegação de impostos, Anhanguera foi perdendo o prestígio e por fim o cargo de capitão-mor.

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Cidade de Goiás ou Goiás Velho

A história da cidade de Goiás, hoje conhecida também como Cidade de Goiás ou Goiás Velho, se confunde com os primeiros passos do estado de mesmo nome. Nas primeiras décadas do século XVIII, começaram a chegar à região bandeirantes paulistas motivados pela descoberta de ouro. Dos diversos arraiais criados em torno dos locais de exploração do mineral, destacou-se o Arraial de Sant'Ana, fundado às margens do rio Vermelho em 1722 por Bartolomeu Bueno da Silva, conhecido como Anhanguera.

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Cidade de Goiás ou Goiás Velho

Em 1736, o Rei de Portugal, com a intenção de cobrar impostos e controlar o contrabando de ouro, além de defender o território dos colonizadores espanhóis, decidiu fundar a Vila Boa de Goiás. A nova cidade se tornou sede da Capitania das Minas de Goiás, desmembrada da de São Paulo, e logo incorporou o Arraial de Sant'Ana. O nome Goiás é uma homenagem aos antigos ocupantes das terras, os índios Goiás.

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Cidade de Goiás ou Goiás Velho

A exploração do ouro de aluvião (encontrado nas margens dos rios) entrou em decadência na segunda metade do século XVIII, justamente quando as concentrações de população começavam a se organizar e as principais edificações da cidade foram construídas. Uma das justificativas para a simplicidade da arquitetura local está na decadência econômica dessa fase. Com a população predominante de negros e mulatos, a cidade passou a crescer independente das explorações e ocupações desordenadas dos bandeirantes.

Os chafarizes e poços, por exemplo, foram construídos à medida que cresciam as necessidades da população.

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Cidade de Goiás ou Goiás Velho

Capital do estado até 1930, quando se deu a transferência para a recém-fundada Goiânia, Goiás é a cidade do estado com maior número de construções protegidas pelo patrimônio histórico. Aos poucos, a cidade onde o escultor Veiga Valle e a escritora Cora Coralina realizaram sua obra vai fazendo do turismo uma importante Capital do estado até 1930, quando se deu a transferência para a recém-fundada Goiânia, Goiás é a cidade do estado com maior número de construções protegidas pelo patrimônio histórico. Aos poucos, a cidade onde o escultor Veiga Valle e a escritora Cora Coralina realizaram sua obra vai fazendo do turismo uma importante atividade econômica.

Page 20: Bandeiras e Entradas - Povoamento de Goias

Cidade de Goiás ou Goiás Velho

Page 21: Bandeiras e Entradas - Povoamento de Goias

Povoamento de Goiás

O povoamento determinado pela mineração de ouro é povoamento mais irregular e mais instável, sem nenhuma ordem. Quando o ouro se esgota, os mineiros mudam-se para outro lugar e a povoação definha ou desaparece.

Três zonas povoaram-se assim durante o século XVIII com uma relativa densidade; uma zona no centro-sul, na “região do Tocantins”.

E, por fim, o verdadeiro norte da Capitania, ficava ainda sem nenhuma povoação; o sul e o sudoeste, todo o Araguaia e o norte desde Porto Nacional até o Estreito. A ocupação humana destas zonas processar-se-ia com a extensão da pecuária e da lavoura, durante os séculos XIX e XX.

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Povoamento de Goiás

Mapas da capitania de Goiás, com a zona de mineração e de gado, registros e caminhos. Cartografia do AHU anexa ao Doc. 603. 

Page 23: Bandeiras e Entradas - Povoamento de Goias

Atividades

Com base nos textos trabalhados sobre Entradas, Bandeiras e o Inicio do povoamento em Goiás. Desenvolva um texto sobre seu entendimento sobre estes movimentos.