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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S.A. Sociedade Aberta Sede: Praça D. João I, 28, 4000-295 Porto Matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto, sob o número único de matrícula e identificação fiscal 501.525.882 Capital Social integralmente realizado: 4.268.817.689,20 de euros (Entidade Emitente) AUMENTO DE CAPITAL COM OFERTA PÚBLICA DE SUBSCRIÇÃO DE 14.169.365.580 AÇÕES ORDINÁRIAS, ESCRITURAIS E NOMINATIVAS SEM VALOR NOMINAL, COM SUBSCRIÇÃO RESERVADA A ACIONISTAS NO EXERCÍCIO DO DIREITO DE PREFERÊNCIA E DEMAIS INVESTIDORES QUE ADQUIRAM DIREITOS DE SUBSCRIÇÃO E ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO DE 157.437.395 AÇÕES JÁ EMITIDAS E DE 14.169.365.580 AÇÕES OBJETO DA PRESENTE OFERTA PÚBLICA, ORDINÁRIAS ESCRITURAIS E NOMINATIVAS SEM VALOR NOMINAL E QUE, PRESSUPONDO A INTEGRAL SUBSCRIÇÃO DO AUMENTO DE CAPITAL, CORRESPONDEM NO SEU CONJUNTO A 94,79% DAS AÇÕES REPRESENTATIVAS DO CAPITAL SOCIAL DO BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S.A. PROSPETO DE OFERTA PÚBLICA DE SUBSCRIÇÃO E DE ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO O presente prospeto deverá ser lido em conjunto com os documentos inseridos por remissão, os quais fazem parte integrante do mesmo. ORGANIZAÇÃO 12 de janeiro de 2017

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  • BANCO COMERCIAL PORTUGUS, S.A. Sociedade Aberta

    Sede: Praa D. Joo I, 28, 4000-295 Porto Matriculada na Conservatria do

    Registo Comercial do Porto, sob o nmero nico de matrcula e identificao fiscal 501.525.882

    Capital Social integralmente realizado: 4.268.817.689,20 de euros (Entidade Emitente)

    AUMENTO DE CAPITAL COM OFERTA PBLICA DE SUBSCRIO DE 14.169.365.580 AES

    ORDINRIAS, ESCRITURAIS E NOMINATIVAS SEM VALOR NOMINAL, COM SUBSCRIO RESERVADA A ACIONISTAS NO EXERCCIO DO

    DIREITO DE PREFERNCIA E DEMAIS INVESTIDORES QUE ADQUIRAM DIREITOS DE SUBSCRIO

    E

    ADMISSO NEGOCIAO DE 157.437.395 AES J EMITIDAS E DE 14.169.365.580 AES OBJETO DA

    PRESENTE OFERTA PBLICA, ORDINRIAS ESCRITURAIS E NOMINATIVAS SEM VALOR NOMINAL E QUE, PRESSUPONDO A

    INTEGRAL SUBSCRIO DO AUMENTO DE CAPITAL, CORRESPONDEM NO SEU CONJUNTO A 94,79% DAS AES REPRESENTATIVAS DO

    CAPITAL SOCIAL DO BANCO COMERCIAL PORTUGUS, S.A.

    PROSPETO DE OFERTA PBLICA DE SUBSCRIO E DE ADMISSO NEGOCIAO

    O presente prospeto dever ser lido em conjunto com os documentos inseridos por remisso, os quais fazem parte integrante do mesmo.

    ORGANIZAO

    12 de janeiro de 2017

  • 1

    NDICE

    AVISO IMPORTANTE ....................................................................................................... 4

    DECLARAES OU MENES RELATIVAS AO FUTURO ....................................... 7

    DEFINIES .................................................................................................................. 9

    CAPTULO 1 SUMRIO ................................................................................................ 14

    CAPTULO 2 FATORES DE RISCO ............................................................................ 40

    2.1 Fatores de risco relativos economia Portuguesa ....................................................................................... 40 2.2 Fatores de risco legais e regulamentares ....................................................................................................... 50 2.3 Fatores de risco relacionados com o Plano de Recapitalizao e com o Plano de Restruturao

    do Banco ........................................................................................................................................................... 67 2.4 Fatores de risco relacionados com a atividade do Banco........................................................................... 73 2.5 Fatores de risco relacionados com a Oferta e as Aes BCP ................................................................. 105

    CAPTULO 3 RESPONSVEIS PELA INFORMAO ............................................. 114

    3.1 Identificao dos responsveis pela informao contida no Prospeto .................................................. 114 3.2 Disposies legais relevantes sobre responsabilidade pela informao................................................. 117 3.3 Declarao dos responsveis pela informao contida no Prospeto ..................................................... 118

    CAPTULO 4 DILUIO ............................................................................................. 119

    CAPTULO 5 DESCRIO DA OPERAO ............................................................ 120

    5.1 Montante e natureza ....................................................................................................................................... 120 5.2 Categoria e forma de representao e emisso das Aes ....................................................................... 120 5.3 Preo e liquidao ........................................................................................................................................... 120 5.4 Colocao ......................................................................................................................................................... 121 5.5 Perodos e locais de aceitao ....................................................................................................................... 124 5.6 Deliberaes, autorizaes e aprovaes .................................................................................................... 125 5.7 Organizao e liderana ................................................................................................................................. 125 5.8 Resultado da Oferta ........................................................................................................................................ 125 5.9 Direitos atribudos s Aes e seu exerccio .............................................................................................. 126 5.10 Regime de transmisso das Aes.............................................................................................................. 126 5.11 Servio financeiro.......................................................................................................................................... 126 5.12 Admisso negociao ................................................................................................................................ 126 5.13 Estabilizao .................................................................................................................................................. 127 5.14 Momento e circunstncias em que a Oferta pode ser alterada, retirada ou suspensa ....................... 127 5.15 Eventuais ofertas pblicas de aquisio obrigatrias .............................................................................. 128 5.16 Outras ofertas ................................................................................................................................................ 130

    CAPTULO 6 MOTIVOS DA OFERTA E AFETAO DAS RECEITAS ................. 131

    CAPTULO 7 REGIME FISCAL ................................................................................. 132

    7.1 Pessoas singulares residentes e no residentes com estabelecimento estvel em Portugal ao qual sejam imputveis os rendimentos derivados das Aes .......................................................................... 132

    7.2. Pessoas singulares no residentes para efeitos fiscais em Portugal sem estabelecimento estvel ao qual sejam imputveis os rendimentos derivados das Aes ............................................................ 134

    7.3. Pessoas coletivas residentes para efeitos fiscais em Portugal ou pessoas coletivas no residentes com estabelecimento estvel em Portugal ao qual sejam imputveis os rendimentos derivados das Aes ...................................................................................................................................... 135

    7.4. Pessoas coletivas no residentes para efeitos fiscais em Portugal sem estabelecimento estvel ao qual sejam imputveis os rendimentos derivados das Aes ............................................................ 136

    CAPTULO 8 DADOS FINANCEIROS SELECIONADOS DO EMITENTE ......... 139

    CAPTULO 9 CAPITALIZAO E ENDIVIDAMENTO DO EMITENTE ........... 144

    CAPTULO 10 DESCRIO DA ATIVIDADE DO EMITENTE ............................. 146

    10.1 Principais Atividades .................................................................................................................................... 146

  • 2

    10.1.1 Introduo.......................................................................................................................................... 162 10.1.2 Estratgia e pontos fortes................................................................................................................ 163 10.1.3 Principais segmentos/reas de negcio ........................................................................................ 169

    10.1.3.1 Retalho em Portugal ....................................................................................................... 170 10.1.3.2 Empresas, Corporate & Banca de Investimento ....................................................... 171 10.1.3.3 Private Banking ............................................................................................................... 172 10.1.3.4 Portflio de Negcios No Core ................................................................................. 173 10.1.3.5 Negcios no Exterior ..................................................................................................... 174 10.1.3.6 Outros ............................................................................................................................... 179

    10.2 Anlise da Atividade ..................................................................................................................................... 180 10.2.1 Enquadramento sectorial ................................................................................................................ 180 10.2.2 Atividade por segmentos ................................................................................................................. 182

    10.2.2.1 Desempenho nos primeiros nove meses de 2016 e de 2015 e nos anos de 2015, 2014 e 2013 (IAS/IFRS) ................................................................................ 182

    10.2.3.1 Principais acontecimentos (2013-2015) ...................................................................... 204 10.2.3.2 Acontecimentos recentes ............................................................................................... 214

    10.3 Informao sobre tendncias ...................................................................................................................... 221 10.3.1 Tendncias que afetam o Emitente e o setor em que opera ..................................................... 221 10.3.2 Tendncias na evoluo recente do negcio do Emitente ........................................................ 224

    10.4 Pessoal ............................................................................................................................................................. 225 10.4.1 Nmero de efetivos e sua repartio ............................................................................................. 225 10.4.2 Formao e gesto de talentos ....................................................................................................... 226 10.4.3 Benefcios ........................................................................................................................................... 227 10.4.4 Esquemas de participao dos trabalhadores .............................................................................. 228

    10.5 Penses e encargos associados ................................................................................................................... 228 10.6 Imveis, instalaes e equipamentos ......................................................................................................... 233 10.7 Investimentos ................................................................................................................................................ 235 10.8 Investigao e desenvolvimento ................................................................................................................. 236 10.9 Poltica de dividendos .................................................................................................................................. 241 10.10 Dependncias significativas....................................................................................................................... 243 10.11 Aes judiciais e arbitrais ........................................................................................................................... 243 10.12 Interrupes de atividade .......................................................................................................................... 246 10.13 Contratos Significativos ............................................................................................................................. 246

    CAPTULO 11 ANLISE DA EXPLORAO E DA SITUAO FINANCEIRA DO EMITENTE .................................................................................. 249

    11.1 Anlise dos resultados de explorao e da situao financeira ............................................................. 249 11.1.1 Anlise da Demonstrao Consolidada dos Resultados ............................................................ 254 11.1.2 Anlise do Balano Consolidado ................................................................................................... 283

    11.2 Fatores significativos que afetaram materialmente os rendimentos ou a situao financeira ou comercial da atividade do Millennium bcp................................................................................................ 312

    11.3 Gesto de Risco no Millennium bcp ......................................................................................................... 312

    CAPTULO 12 LIQUIDEZ E RECURSOS DE CAPITAL DO EMITENTE ............ 333

    12.1 Descrio dos fluxos de tesouraria ............................................................................................................ 333 12.2 Recursos financeiros ..................................................................................................................................... 336 12.3 Declarao relativa ao fundo de maneio ................................................................................................... 341

    CAPTULO 13 RGOS DE ADMINISTRAO E DE FISCALIZAO, QUADROS SUPERIORES E REVISOR OFICIAL DE CONTAS DO EMITENTE .................................................................................. 342

    13.1 rgos de Administrao e de Fiscalizao e Revisor Oficial de Contas ........................................... 342 13.1.1 Composio ....................................................................................................................................... 342

    13.1.1.1 Conselho de Administrao .......................................................................................... 342 13.1.1.2 Comisso de Auditoria ................................................................................................... 352 13.1.1.3 Revisor Oficial de Contas .............................................................................................. 352

    13.1.2 Declaraes relativas aos membros dos rgos de Administrao e de Fiscalizao e ao Revisor Oficial de Contas ...................................................................................................... 352

    13.1.3 Remuneraes e outros benefcios ................................................................................................ 353 13.1.3.1 Remunerao do Conselho de Administrao ........................................................... 353 13.1.3.2 Remunerao da Comisso de Auditoria .................................................................... 355

  • 3

    13.1.3.3 Remunerao do Revisor Oficial de Contas .............................................................. 355 13.1.4 Deteno de aes por parte dos rgos de Administrao e de Fiscalizao ...................... 356 13.1.5 Prazos dos mandatos dos rgos de Administrao e Fiscalizao e Revisor Oficial de

    Contas ....................................................................................................................................... 356 13.1.6 Condies especiais conferidas aos membros dos rgos de Administrao e

    Fiscalizao .............................................................................................................................. 356 13.2 Informaes sobre o rgo de remuneraes .......................................................................................... 357 13.3 Quadros Superiores ...................................................................................................................................... 357

    13.3.1 Dirigentes ........................................................................................................................................... 357 13.3.2 Declaraes relativas aos Quadros Superiores ............................................................................ 359 13.3.3 Remuneraes e outros benefcios ................................................................................................ 360 13.3.4 Deteno de aes por parte dos Quadros Superiores .............................................................. 360

    13.4 Cumprimento das obrigaes previstas no regime do Governo das Sociedades Cotadas............... 361 13.5 Outros Corpos Sociais ................................................................................................................................. 367

    13.5.1 Conselho Estratgico Internacional .............................................................................................. 367 13.5.2 Mesa da Assembleia Geral .............................................................................................................. 367 13.5.3 Secretria da Sociedade .................................................................................................................... 367

    13.6 Representante para as Relaes com o Mercado .................................................................................... 367

    CAPTULO 14 PRINCIPAIS ACIONISTAS E OPERAES COM ENTIDADES TERCEIRAS LIGADAS ....................................................................... 369

    14.1 Principais Acionistas do Emitente ............................................................................................................. 369 14.2 Partes relacionadas ........................................................................................................................................ 370 14.3 Acordos para alterao do controlo do Emitente ................................................................................... 384

    CAPTULO 15 INFORMAO ADICIONAL ............................................................ 385

    15.1 Identificao do Emitente ........................................................................................................................... 385 15.2 Legislao que regula a atividade do Emitente ........................................................................................ 385 15.3 Capital social .................................................................................................................................................. 385

    15.3.1 Valor e representao ....................................................................................................................... 385 15.3.2 Aes prprias................................................................................................................................... 388

    15.4 Estatutos ......................................................................................................................................................... 388 15.4.1 Descrio dos principais direitos inerentes s aes .................................................................. 388 15.4.2 Objetivos e metas do Emitente ...................................................................................................... 395 15.4.3 Capital social, outros valores mobilirios e direito de preferncia ........................................... 395 15.4.4 Principais disposies estatutrias relativas aos rgos de Administrao e Fiscalizao ... 396 15.4.5 Participaes qualificadas e comunicao de participaes ...................................................... 402

    CAPTULO 16 INFORMAES SOBRE A DETENO DE PARTICIPAES .. 404

    CAPTULO 17 PREVISES OU ESTIMATIVAS DE LUCROS ................................ 426

    CAPTULO 18 INFORMAES DE TERCEIROS, DECLARAES DE PERITOS E DECLARAES DE EVENTUAIS INTERESSES ..... 427

    CAPTULO 19 OUTRAS INFORMAES E DOCUMENTAO ACESSVEL AO PBLICO....................................................................................... 428

    19.1 Documentos publicados ao abrigo da presente Oferta .......................................................................... 428 19.2 Informao inserida por remisso.............................................................................................................. 428 19.3 Comunicaes ................................................................................................................................................ 428 19.4 Locais de consulta ......................................................................................................................................... 428

    ANEXOS .............................................................................................................. 429

  • 4

    AVISO IMPORTANTE

    A referncia neste documento a diplomas legais ou outras fontes normativas objeto de modificao sempre efetuada pela identificao do normativo originrio, sem prejuzo da aplicao da respetiva verso atualizada quando relevante. A forma e o contedo do presente prospeto obedecem ao preceituado no Cdigo dos Valores Mobilirios (CdVM), ao disposto no Regulamento (CE) n. 809/2004 da Comisso, de 29 de abril, com a redao atualmente em vigor, e demais legislao aplicvel. O presente prospeto diz respeito oferta pblica de subscrio de 14.169.365.580 aes e admisso negociao de 14.326.802.975 aes ordinrias, escriturais e nominativas sem valor nominal, representativas do capital social do Banco Comercial Portugus, S.A., (adiante designado por Millennium bcp, Emitente, Sociedade ou Banco). O presente prospeto tambm diz respeito admisso negociao no Mercado Regulamentado Euronext Lisbon dos 157.437.395 direitos de subscrio a serem destacados das Aes BCP No Admitidas. O presente prospeto foi objeto de aprovao por parte da Comisso do Mercado de Valores Mobilirios (CMVM) e encontra-se disponvel sob a forma electrnica em www.cmvm.pt e em www.millenniumbcp.pt. As entidades que, no mbito e com os limites do disposto nos artigos 149. e 243. do CdVM, so responsveis pela completude, veracidade, atualidade, clareza, objetividade e licitude da informao contida no presente prospeto encontram-se indicadas no Captulo 3 - Responsveis pela informao. O n. 5 do artigo 118. do CdVM estabelece que a aprovao do prospeto o acto que implica a verificao da sua conformidade com as exigncias de completude, veracidade, atualidade, clareza, objetividade e licitude da informao. O n. 7 do artigo 118. do CdVM estabelece que a aprovao do prospeto e o registo no envolvem qualquer garantia quanto ao contedo da informao, situao econmica ou financeira do oferente, do emitente ou do garante, viabilidade da oferta ou qualidade dos valores mobilirios. Nos termos do artigo 234., n. 2, do CdVM, a deciso de admisso de valores mobilirios negociao pela Euronext Lisbon Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. no envolve qualquer garantia quanto ao contedo da informao, situao econmica e financeira do emitente, viabilidade deste e qualidade dos valores mobilirios admitidos. O Millennium bcp, atuando por intermdio da sua rea de banca de investimento (para este efeito, adiante designado Millennium investment banking) o intermedirio financeiro responsvel pela prestao dos servios de assistncia Oferta. O Millennium bcp responsvel, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 149. do CdVM, pela prestao dos servios de assistncia previstos no artigo 337. do CdVM, devendo assegurar o respeito pelos preceitos legais e regulamentares, em especial quanto qualidade da informao. A existncia deste prospeto no assegura que a informao nele contida se mantenha inalterada desde a data da sua disponibilizao. No obstante, se, entre a data da sua aprovao e a data de admisso negociao das Aes no mercado regulamentado Euronext Lisbon, for detetada alguma deficincia no prospeto ou ocorrer qualquer facto novo ou se tome conhecimento de qualquer facto anterior no considerado no prospeto,

  • 5

    que seja relevante para a deciso a tomar pelos destinatrios da Oferta, o Emitente dever requerer imediatamente CMVM a aprovao de adenda ou de retificao do prospeto.

    No Captulo 2 do presente prospeto (Fatores de Risco) esto referidos riscos associados atividade do Emitente, Oferta e aos valores mobilirios objeto da Oferta. Os potenciais investidores devem ponderar cuidadosamente os riscos associados deteno de valores mobilirios, bem como as demais advertncias constantes deste prospeto antes de tomarem qualquer deciso de aceitao dos termos da Oferta. Para quaisquer dvidas que possam subsistir quanto a estas matrias, os potenciais investidores devero informar-se junto dos seus consultores jurdicos, financeiros ou outros. Os potenciais investidores devem tambm informar-se sobre as implicaes legais e fiscais existentes no seu pas de residncia que decorrem da aquisio, deteno, onerao ou alienao das aes do Emitente que lhes sejam aplicveis. Qualquer deciso dever basear-se na informao do prospeto no seu conjunto e ser efetuada aps avaliao independente da condio econmica, da situao financeira e dos demais elementos relativos ao Emitente. Nenhuma deciso dever ser tomada sem prvia anlise, pelo potencial investidor e pelos seus eventuais consultores, do prospeto no seu conjunto, mesmo que a informao relevante seja prestada mediante a remisso para outra parte deste prospeto ou para outros documentos incorporados no mesmo. A distribuio do presente prospeto ou a aceitao dos termos da Oferta, com consequente subscrio e deteno dos valores mobilirios aqui descritos, pode estar restringida em certas jurisdies. Aqueles em cuja posse o presente prospeto se encontre devero informar-se e observar essas restries. A Oferta, que se rege pelo disposto no CdVM, decorre exclusivamente no territrio portugus, no se efetuando noutros mercados, designadamente, nos Estados Unidos da Amrica, Austrlia, Canad, Japo ou frica do Sul, sem prejuzo de nela poderem participar todos os destinatrios cuja participao no seja objeto de proibio por lei que lhes seja aplicvel. Este documento no constitui nem parte de uma oferta ou solicitao de compra de valores mobilirios nos Estados Unidos da Amrica. Nem as Aes, nem os respetivos direitos de subscrio foram, ou iro ser, registados ao abrigo do United States Securities Act of 1933 (Securities Act). As Aes e os respetivos direitos de subscrio apenas podero ser oferecidos nos Estados Unidos a Investidores Institucionais Qualificados (Qualified Institutional Buyers ou QIBs), conforme definidos na Rule 144A e nos termos desta ou por fora da aplicao de uma iseno aos requisitos de registo prevista no Securities Act. Os valores mobilirios no sero objeto de uma oferta pblica nos Estados Unidos da Amrica. Tendo em conta as restries legalmente aplicveis noutras jurisdies, nomeadamente no que diz respeito a pessoas qualificveis como US Persons pelas leis dos Estados Unidos da Amrica, feita a seguinte meno em lngua inglesa:

    NOT FOR RELEASE, PUBLICATION OR DISTRIBUTION DIRECTLY OR INDIRECTLY IN OR INTO THE UNITED STATES, AUSTRALIA, JAPAN OR SOUTH AFRICA OR IN ANY JURISDICTION WHERE SUCH DISTRIBUTION OR RELEASE IS UNLAWFUL.

    Other than the filing in Portugal with the Comisso do Mercado de Valores Mobilirios (CMVM), this offering document has not been filed with, or reviewed by, any national or local securities commission or

  • 6

    regulatory authority of any other jurisdiction, including the United States of America, nor has any such commission or authority passed upon the accuracy or adequacy of this Prospectus. Any representation to the contrary is unlawful and may be a criminal offence.

    The distribution of the offering document in certain jurisdictions may be restricted by law. Persons into whose possession the offering document comes are required by the Banco Comercial Portugus, S.A. to inform themselves about, and to observe, any such restrictions. This offer is being made in the Portuguese market in accordance with the Portuguese Securities Code (Cdigo dos Valores Mobilirios) and is only addressed to persons to whom it may lawfully be made. In particular, in order to comply with relevant securities laws, it is not being made by any means or instrumentally, directly or indirectly, in or into any other jurisdictions, in particular, without limitation, the United States, Australia, Japan or South Africa or in any jurisdiction in which such offer is unlawful. This document is not, and does not constitute or form a part of an offer or solicitation to purchase or subscribe securities in the United States. Securities may not be offered or sold in the United States absent registration under the U.S. Securities Act of 1933, as amended (the Securities Act), or pursuant to an exemption from, or in a transaction not subject to, registration. Subject to certain exceptions, the securities referred to herein may not be offered or sold in Australia, Japan or South Africa or to, or for the account or benefit of, any national, resident or citizen of Australia, Japan or South Africa. The offer and sale of the securities referred to herein has not been and will not be registered under the Securities Act or under the applicable securities laws of Australia, Japan or South Africa. The Bank does not presently intend to register any securities under the Securities Act. The Securities have not been and will not be registered under the applicable securities laws of any state or jurisdiction of Australia, Japan or South Africa, and subject to certain exceptions, may not be offered or sold within Australia, Japan or South Africa or to or for the benefit of any national, resident or citizen of Australia, Japan or South Africa. This document is not for distribution in or into Australia, Japan or South Africa. No person receiving a copy of this prospectus and/or any other document or subscription form related hereto in any jurisdiction other than Portugal may treat the same as constituting either an offer to sell or the solicitation of an offer to subscribe if, in the relevant jurisdiction, such an offer or solicitation cannot lawfully be made. In such circumstances, this prospectus and/or any other document or subscription form related thereto are for informational purposes only and none other.

  • 7

    DECLARAES OU MENES RELATIVAS AO FUTURO

    O presente prospeto inclui declaraes ou menes relativas ao futuro. Algumas destas declaraes ou menes podem ser identificadas por palavras ou expresses como antecipa, acredita, espera, planeia, pretende, tem inteno de, estima, projeta, ir, procura(-se), antecipa(-se), prev(-se), perspetiva(-se) e similares. Com exceo das declaraes sobre factos pretritos constantes do presente prospeto, quaisquer declaraes que constem do presente prospeto, incluindo, sem limitar, em relao situao financeira, s receitas e rendibilidade (incluindo quaisquer projees ou previses financeiras ou operacionais), estratgia da atividade, s perspetivas, planos e objetivos de gesto para operaes futuras, constituem declaraes ou menes relativas ao futuro. Estas declaraes relativas ao futuro, ou quaisquer outras projees contidas no prospeto, envolvem riscos conhecidos e desconhecidos, incertezas (designadamente quanto aos respetivos efeitos) e outros fatores que podem conduzir a que os resultados concretos, a performance efetiva ou a concretizao de objetivos do Millennium bcp ou os resultados do setor, sejam significativamente diferentes dos que constam ou esto implcitos nas declaraes ou menes relativas ao futuro. Estas declaraes ou menes relativas ao futuro baseiam-se numa multiplicidade de pressupostos, convices, expetativas, estimativas e projees do Millennium bcp em relao s suas atuais e futuras estratgias de negcio e do contexto em que o Grupo espera vir a desenvolver a sua atividade no futuro, os quais no so, total ou parcialmente, controlveis pelo Banco. Tendo em conta esta situao, os potenciais investidores devero ponderar cuidadosamente estas declaraes ou menes relativas ao futuro previamente tomada de qualquer deciso de investimento relativamente s Aes.

    Diversos fatores podero determinar que a performance futura do Grupo seja significativamente diferente daquela que resulta expressa ou tacitamente das declaraes ou menes relativas ao futuro, incluindo, a ttulo meramente exemplificativo, os seguintes:

    alteraes nas condies econmicas e de negcio em Portugal, bem como nas condies econmicas e de negcio nas operaes do Grupo no estrangeiro, nomeadamente na Polnia, Moambique e Angola;

    flutuaes e volatilidade das taxas de juro, dos spreads de crdito e dos depsitos e das taxas de cmbio;

    alteraes nas polticas governamentais e no enquadramento regulamentar da atividade bancria;

    alteraes no ambiente competitivo do Grupo BCP;

    flutuaes dos mercados acionistas em geral e do preo das Aes BCP;

    incapacidade de cumprimento dos objetivos definidos no Plano de Reestruturao;

    outros fatores que se encontram descritos no Captulo 2 - Fatores de Risco; e

    fatores que no so atualmente do conhecimento do Millennium bcp. Todas as declaraes ou menes relativas ao futuro tm por base convices, pressuposies e expectativas do Banco relativamente ao desempenho futuro, tendo em conta a informao atualmente disponvel. Os investidores no devem encarar as declaraes ou menes relativas ao futuro como previses de eventos futuros, nem como previses ou estimativas de lucros e devem considerar cuidadosamente os fatores supra referidos, bem como outras incertezas e acontecimentos, especialmente, luz do enquadramento poltico, econmico, social, regulatrio e legal no qual o Grupo desenvolve a sua atividade. Em especial, os investidores devem ter em considerao os riscos descritos no Captulo 2 Fatores de Risco deste Prospeto Caso alguns riscos ou incertezas se concretizem desfavoravelmente, ou algum pressuposto venha a revelar-se incorreto, as perspetivas futuras descritas ou mencionadas neste prospeto podero no se verificar total ou parcialmente e os resultados efetivos podero ser significativamente diferentes dos antecipados, esperados, previstos ou estimados no presente prospeto. Estas declaraes ou menes relativas ao futuro reportam-se apenas data do presente prospeto. O Millennium bcp no assume qualquer obrigao ou compromisso de divulgar quaisquer atualizaes ou revises a qualquer declarao relativa ao futuro constante do presente prospeto de forma a refletir qualquer

  • 8

    alterao das suas expetativas decorrente de quaisquer alteraes aos factos, condies ou circunstncias em que os mesmos se basearam, salvo se, entre a data de aprovao do prospeto e a data de admisso negociao das Aes no mercado regulamentado Euronext Lisbon, for detetada alguma deficincia no prospeto ou ocorrer qualquer facto novo ou se tome conhecimento de qualquer facto anterior no considerado no prospeto, que seja relevante para a deciso a tomar pelos destinatrios da Oferta, caso em que dever imediatamente requerer CMVM aprovao de adenda ou retificao do prospeto.

  • 9

    DEFINIES

    Exceto se indicado diversamente de forma expressa, os termos a seguir mencionados tm, no presente prospeto, os significados aqui referidos: Aes As 14.169.365.580 aes, ordinrias, escriturais e

    nominativas, sem valor nominal, com um valor de emisso e preo de subscrio unitrio de 0,094, a emitir no mbito do presente aumento de capital, que, pressupondo a integral subscrio do aumento de capital, correspondem a 93,75% das Aes BCP;

    Aes BCP No Admitidas As 157.437.395 aes, ordinrias, escriturais e nominativas,

    sem valor nominal, ainda no admitidas negociao no Mercado Regulamentado Euronext Lisbon, emitidas na sequncia do aumento de capital deliberado em reunio do Conselho de Administrao de 18 de Novembro de 2016;

    Ao BCP, Aes BCP ou Aes do Emitente As aes ordinrias, escriturais e nominativas, sem valor

    nominal representativas do capital social do Banco Comercial Portugus, S.A.;

    Basileia II O regime prudencial bancrio acordado no mbito do

    Comit de Basileia sobre Superviso Bancria, e adotado na ordem jurdica portuguesa pelo Decreto-Lei n. 103/2007 e pelo Decreto-Lei n. 104/2007, ambos de 3 de abril, que transpem, respetivamente, a Diretiva n. 2006/49/CE e a Diretiva n. 2006/48/CE, ambas de 14 de junho de 2006;

    Basileia III O regime prudencial bancrio que substituiu Basileia II,

    implementado pela CRD IV e pelo CRR, e j parcialmente adotado em Portugal por via do Decreto-Lei n. 103/2007, de 3 de abril, conforme alterado pelo Decreto-Lei n. 88/2011, de 20 de julho, que transpe a Diretiva n. 2010/76/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro, que altera as Diretivas n. 2006/48/CE e n. 2006/49/CE;

    BdP O Banco de Portugal; BCE O Banco Central Europeu; BMA O Banco Millennium Atlntico, S.A.; CE A Comisso Europeia; CET1 O rcio Common Equity Tier 1; Chiado A Chiado (Luxembourg) S. r.l. uma sociedade do grupo

    Fosun, o qual encabeado pela Fosun International Holdings Ltd;

    CMVM A Comisso do Mercado de Valores Mobilirios;

  • 10

    CoCos Os instrumentos de capital Core Tier I emitidos pelo Banco em 29 de junho de 2012, no montante de 3 mil milhes de euros, subscritos pelo Estado;

    CRD IV ou CRD A Diretiva 2013/36/EU de 26 de junho, relativa ao acesso

    atividade das instituies de crdito e superviso prudencial das instituies de crdito e empresas de investimento, que altera a Diretiva 2002/87/CE e revoga as Diretivas 2006/48/CE e 2006/49/CE;

    CRR O Regulamento 575/2013/EU de 26 de junho, relativo aos

    requisitos prudenciais para as instituies de crdito e para as empresas de investimento e que altera o Regulamento (EU) n. 648/2012;

    CVM A Central de Valores Mobilirios; Cdigo das Sociedades Comerciais ou CSC O Cdigo das Sociedades Comerciais, aprovado pelo

    Decreto-Lei n. 262/86, de 2 de setembro, com a redao atualmente em vigor;

    Cdigo dos Valores Mobilirios ou CdVM O Cdigo dos Valores Mobilirios aprovado pelo Decreto-

    Lei n. 486/99, de 13 de novembro, com a redao atualmente em vigor;

    Core Income Margem financeira e comisses; DRRB A Diretiva 2014/59/UE do Parlamento Europeu e do

    Conselho, de 15 de maio de 2014, que estabelece um enquadramento para a recuperao e a resoluo de instituies de crdito e de empresas de investimento;

    DTAs Os ativos por impostos diferidos (deferred tax assets); Euro; euro ou O Euro, a moeda nica dos membros da Unio Europeia que

    integram a Unio Econmica e Monetria; Euronext Lisbon A Euronext Lisbon Sociedade Gestora de Mercados

    Regulamentados, S.A.; FMI O Fundo Monetrio Internacional; Gap Comercial Diferena entre o total de crdito a clientes lquido de

    imparidades acumuladas (valor de balano) para riscos de crdito e o total de recursos de clientes de balano;

    Grupo ou Grupo BCP O conjunto formado pelo Banco Comercial Portugus, S.A. e

    as sociedades que com ele se encontram em relao de domnio ou de grupo, nos termos do artigo 21. do CdVM;

    Banco, BCP, Banco Comercial Portugus, Emitente, Millennium bcp,

  • 11

    ou Sociedade O Banco Comercial Portugus, S.A., sociedade aberta, com sede na Praa D. Joo I, 28, no Porto, com o capital social de 4.268.817.689,20 euros, matriculado na Conservatria do Registo Comercial do Porto sob o nmero nico de matrcula e de identificao de pessoa coletiva 501.525.882;

    Haircut Os ativos subjacentes a operaes de crdito do Eurosistema

    esto sujeitos a medidas de controlo de risco de modo a proteger o Eurosistema contra o risco de perdas financeiras se esses ativos tiverem de ser realizados devido a incumprimento de uma contraparte. O Eurosistema aplica margens de avaliao (ou haircut) aos ativos subjacentes, o que implica que ao valor de mercado desses ativos seja deduzida uma determinada percentagem (margem de avaliao ou haircut);

    Interbolsa A Interbolsa Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidao

    e de Sistemas Centralizados de Valores Mobilirios, S.A.; IRC O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas; IRS O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares; Leverage ratio O Leverage ratio calculado de acordo com o quadro prudencial

    definido pela CRD IV e pelo CRR; Liquidity Coverage Ratio O liquidity coverage ratio calculado de acordo com o quadro

    prudencial definido pela CRD IV e pelo CRR; Mercado Regulamentado Euronext Lisbon O mercado regulamentado gerido pela Euronext Lisbon

    Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A.; MGA A Millennium Gesto de Activos - Sociedade Gestora de

    Fundos de Investimento, S.A.; Millennium investment banking O Banco Comercial Portugus, agindo atravs da sua diviso

    de banca de investimento e, para efeitos desta Oferta, com estabelecimento na Av. Prof Dr. Cavaco Silva (Tagus Park), Edifcio 2, Piso 2 a, 2740-256 Porto Salvo, na qualidade de intermedirio financeiro responsvel pela assistncia Oferta;

    Net Stable Funding Ratio O Net Stable Funding Ratio calculado de acordo com o quadro

    prudencial definido pela CRD IV e pelo CRR; NPE non-performing exposures NPL non-performing loans Oferta, Oferta Pblica de Subscrio ou OPS: A oferta pblica de subscrio a que o presente prospeto

    respeita; Oferta Particular ou Aumento de Capital Reservado As 157.437.395 aes subscritas pela Chiado, uma sociedade

    do grupo da Fosun, atravs de oferta particular no mbito do

  • 12

    aumento de capital social 4.094.235.361,88 Euros para 4.268.817.689,20 Euros, realizado ao preo de emisso por ao de 1,1089, com supresso do direito de preferncia por parte dos acionistas do BCP.

    OPT A oferta pblica de troca sobre valores mobilirios emitidos

    pelo Grupo por contrapartida da entrega de novas aes ordinrias do Banco, concluda em junho de 2015, no mbito da qual o capital social do Banco foi aumentado em 387,5 milhes de euros, de 3.706,7 milhes de euros para 4.094,2 milhes de euros, mediante a emisso de 4.844.313.860 novas aes ordinrias, escriturais e nominativas, sem valor nominal, com preo de emisso de 0,0834 euros por ao.

    PAEF ou Programa O Programa de Assistncia Econmica e Financeira; Plano de Recapitalizao O Plano de Recapitalizao apresentado ao Banco de

    Portugal, no mbito do acesso do Banco ao investimento pblico para reforo de fundos prprios Core Tier 1, nos termos previstos no n. 1 do artigo 9. da Lei n. 63-A/2008, de 24 de novembro, o qual foi aprovado pelos acionistas em assembleia geral realizada no dia 25 de junho de 2012, sendo o investimento pblico aprovado pelo Despacho n. 8840-B/2012 do Ministro do Estado e das Finanas, de 28 de junho de 2012, publicado em Suplemento ao Dirio da Repblica, 2. srie, de 3 de julho de 2012, na sequncia de parecer do Banco de Portugal;

    Plano de Reestruturao O Plano de Reestruturao do Banco aprovado pela CE em

    30 de agosto de 2013, no mbito do processo n. SA.34724 (2013/N) Portugal;

    PME Pequenas e mdias empresas; PNNC O Portflio de Negcios No Core; Regime Geral das Instituies de Crdito e Sociedades Financeiras O Regime Geral das Instituies de Crdito e Sociedades

    Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n. 298/92, de 31 de dezembro, com a redao atualmente em vigor;

    Resultado core ou Core net income Agregado da margem financeira e das comisses lquidas

    deduzidas dos custos operacionais; Sonangol A Sonangol - Sociedade Nacional de Combustveis de

    Angola, Empresa Pblica; Tratado Oramental O Tratado sobre a Estabilidade, a Coordenao e a

    Governao na Unio Econmica e Monetria, assinado, em 2 de maro de 2012, pelos Chefes de Estado e de Governo dos Estados-Membros da Unio Europeia (com exceo do Reino Unido e da Repblica Checa), visando reforar a disciplina oramental atravs da introduo de medidas que garantam uma maior fiscalizao e uma resposta mais eficaz face emergncia de desequilbrios;

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    TCMA A taxa de crescimento mdia atualizada; Troika O FMI, a CE e o BCE, designados em conjunto; UE A Unio Europeia; UEM A Unio Econmica e Monetria; Zona Euro Os Estados-membros da UE que adotaram o Euro.

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    CAPTULO 1 SUMRIO

    Os Sumrios so elaborados com base em requisitos de divulgao denominados Elementos. Tais Elementos so numerados em seces de A E (A.1 E.7). O presente Sumrio contm todos os Elementos que devem ser includos num sumrio para o tipo de valores mobilirios e emitente em causa. A numerao dos Elementos poder no ser sequencial, uma vez que h Elementos cuja incluso no , neste caso, exigvel. Ainda que determinado Elemento deva ser inserido no Sumrio tendo em conta o tipo de valores mobilirios e emitente, poder no existir informao relevante a incluir sobre tal Elemento. Neste caso, ser includa uma breve descrio do Elemento com a meno No Aplicvel. As palavras e expresses utilizadas no Sumrio devero ter o mesmo significado que lhes atribudo ao longo do Prospeto, exceto se o contrrio resultar do contexto em que so usadas ou quando se estabelea ou preveja o contrrio.

    Seco A Introduo e advertncias

    A.1 Advertncias O presente sumrio deve ser entendido como uma introduo ao Prospeto, no dispensando a leitura integral do mesmo, considerando que a informao nele includa se encontra resumida e no pretende ser exaustiva. Adicionalmente, este Prospeto dever ser lido e interpretado em conjugao com todos os elementos de informao que nele so incorporados por remisso para outros documentos, fazendo estes documentos parte integrante do Prospeto. Qualquer deciso de investimento nos valores mobilirios deve basear-se numa anlise do Prospeto no seu conjunto pelo investidor. Sempre que for apresentada em tribunal uma queixa relativa informao contida num Prospeto, o investidor queixoso poder, nos termos da legislao interna dos Estados-Membros, ter de suportar os custos de traduo do Prospeto antes do incio do processo judicial. S pode ser assacada responsabilidade civil s pessoas que tenham apresentado o sumrio, incluindo qualquer traduo do mesmo, e apenas quando o sumrio em causa for enganador, inexato ou incoerente quando lido em conjunto com as outras partes do Prospeto ou no fornecer, quando lido em conjunto com as outras partes do Prospeto, as informaes fundamentais para ajudar os investidores a decidirem se devem investir nesses valores.

    A.2. Autorizaes para Revenda

    No Aplicvel. No se autoriza a utilizao do presente Prospeto para uma subsequente revenda de aes.

    Seco B Emitente

    B. 1 Denominaes jurdica e comercial do Emitente

    Banco Comercial Portugus, S.A..

    B.2 Endereo e forma jurdica do Emitente, legislao ao abrigo da qual o Emitente exerce a sua atividade e pas em que est

    O Emitente uma sociedade annima com o capital aberto ao investimento pblico (sociedade aberta) e tem sede social sita na Praa D. Joo I, 28, no Porto, encontrando-se registado no Banco de Portugal como Banco com o cdigo 33, na CMVM como intermedirio financeiro sob o n. de registo 105 e na Autoridade de Superviso de Seguros e Fundos de Penses como mediador de Seguros Ligado n. 207074605. O Millennium bcp rege-se pelas normas da Unio Europeia, pelas leis bancrias e

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    registado comerciais aplicveis s sociedades annimas nomeadamente pelo Cdigo das Sociedades Comerciais e, em particular, pelo Regime Geral das Instituies de Crdito e Sociedades Financeiras, pelo CdVM e demais legislao complementar. Em termos gerais, a atividade do Millennium bcp encontra-se sujeita superviso do Banco de Portugal, enquanto instituio de crdito, sujeita superviso da CMVM, enquanto emitente e intermedirio financeiro e sujeita superviso da Autoridade de Superviso de Seguros e Fundos de Penses enquanto mediador de Seguros Ligado. O Millennium bcp encontra-se igualmente sujeito ao disposto na Lei n. 63-A/2008, de 24 de novembro e na Portaria n. 150-A/2012, de 17 de maio desde a realizao do investimento pblico atravs da subscrio pelo Estado de Instrumentos de Capital Core Tier 1 subordinados e convertveis em aes.

    B.3 Natureza das operaes em curso e das principais atividades do emitente

    O Grupo desenvolve um conjunto de atividades financeiras e servios bancrios em Portugal e no estrangeiro, estando presente nos seguintes mercados: Polnia, Sua, Moambique, Angola (atravs da associada Banco Millennium Atlntico) e Macau. O Millennium bcp presta servios nos cinco continentes atravs das suas operaes bancrias, escritrios de representao e/ou atravs de protocolos comerciais, possuindo, no final de junho de 2016, mais de 5,3 milhes de clientes. Todas as operaes operam sob a marca Millennium. Em Portugal, o Grupo opera tambm sob a marca ActivoBank.

    Com referncia a 30 de setembro de 2016 o Millennium bcp era um dos maiores bancos privados em Portugal, com ativos totais de 73.042 milhes de euros, crdito a clientes (bruto) de 52.610 milhes de euros e recursos de clientes totais de 63.354 milhes de euros, incluindo os relevados no balano e fora de balano, nomeadamente os ativos sobre gesto e os produtos de capitalizao, operando com a segunda maior rede de distribuio bancria do pas, com 634 sucursais. A atividade em Portugal representa 74% dos ativos totais, 77% do crdito a clientes (bruto) e 70% dos depsitos totais de clientes. De acordo com informao do Banco de Portugal, o Grupo detinha, em setembro de 2016, uma quota de mercado de 18,0% em crdito a clientes e 17,0% em depsitos. O Millennium bcp o banco com a segunda maior rede de sucursais em Portugal, dispondo ainda de uma rede consolidada nos pases em que tem operaes. As operaes internacionais representam 47% do total de 1.189 sucursais e 53% dos 15.881 Colaboradores do Grupo BCP, tendo apresentado uma contribuio para o resultado lquido de 134,8 milhes de euros nos primeiros nove meses de 2016. De salientar que o Bank Millennium na Polnia tem 381 sucursais e uma quota de mercado de cerca de 4,5% em crdito a Clientes e 5,1% em depsitos (em setembro de 2016, com base na Associao Polaca de Bancos) e o Millennium bim lder no mercado moambicano (em setembro de 2016: 28,8% em crdito a clientes e 28,2% em depsitos, com base em dados do Banco de Moambique). O Millennium bcp oferece aos seus clientes uma ampla gama de produtos e servios bancrios e financeiros, que vo desde contas ordem, meios de pagamento, produtos de poupana e de investimento, at private banking, gesto de ativos e banca de investimento, passando pelo crdito imobilirio, crdito ao consumo, banca comercial, leasing, factoring e seguros, entre outros, servindo a sua base de clientes de forma segmentada. O Millennium bcp um banco centrado no retalho em que oferece servios de banca universal, procurando concentrar todo o relacionamento com os seus clientes. O Banco oferece complementarmente canais de banca distncia

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    (servio de banca por telefone e por internet), que funcionam como pontos de distribuio dos seus produtos e servios financeiros. Os canais remotos esto tambm na base de um novo conceito de banca, assente na plataforma do ActivoBank, como forma privilegiada de servir um conjunto de clientes urbanos, com esprito jovem, utilizadores intensivos de novas tecnologias de comunicao e que valorizam na relao bancria a simplicidade, a transparncia, a confiana, a inovao e a acessibilidade.

    B.4 Tendncias recentes mais significativas que afetam o Emitente e o setor em que opera

    Tendncias que afetam o Emitente e o setor em que opera: A retoma da economia portuguesa mantm-se moderada e os bancos operam num contexto de taxas de juro em nveis bastante reduzidos, o que pressiona a margem financeira. Para alm disso, os bancos portugueses tm no seu balano um montante significativo de ativos no produtivos. Existem alguns riscos que podero comprometer o crescimento do PIB em Portugal, desde logo a desacelerao da atividade econmica global que condiciona a procura externa dirigida economia portuguesa, em particular de parceiros comerciais relevantes, como Angola ou Brasil. O Brexit contribui tambm para acentuar o risco de desacelerao da economia portuguesa. A evoluo da procura interna poder tambm ser condicionada pela eventual necessidade de medidas oramentais adicionais, aps Portugal no ter cumprido os objetivos oramentais em 2015, num contexto em que os nveis de endividamento privado podero constituir um entrave ao investimento, no obstante os efeitos potencialmente positivos da poltica monetria acomodatcia do BCE. O crdito concedido pelo BCP tem vindo a reduzir-se, num contexto de desalavancagem dos setores no financeiros da economia, que resulta na diminuio da procura por crdito. Em paralelo, os depsitos tm vindo tambm a diminuir, na medida em que o Banco tem deixado sair alguns depsitos institucionais de grande dimenso que exigem uma remunerao mais elevada, de acordo com uma poltica de preservao da margem financeira. medida que o Gap Comercial se fecha, o BCP tem reduzido tambm o seu recurso ao financiamento junto do BCE. Nos prximos meses, de esperar que as tendncias anteriormente referidas continuem em vigor, sendo de esperar a continuao da reduo do rcio de crdito/depsitos e a diminuio do recurso ao financiamento junto do BCE.

    A manuteno das taxas de juro do mercado monetrio em valores muito reduzidos tem contribudo para a diminuio do spread sobre os depsitos a prazo dos bancos portugueses, tendncia que se manteve em 2016, mais do que compensando a reduo dos spreads no crdito. As taxas das novas operaes de constituio de depsitos a prazo situavam-se em setembro de 2016 j em valores prximo dos 29 pontos base, devendo a taxa mdia da carteira convergir para estes nveis no decurso do prximo ano. O efeito preo na margem financeira dever manter-se globalmente positivo, refletindo a melhoria da margem de juros com Clientes (diferencial entre a taxa global do crdito e a taxa global a que os bancos remuneram os depsitos). No entanto, o prosseguimento da reduo da carteira de crdito (efeito volume) dever continuar a condicionar a margem financeira. A rendibilidade dos bancos portugueses continua a ser fortemente condicionada por uma envolvente de reduzidas taxas de crescimento do PIB, baixas taxas de inflao e taxas de juro em nveis historicamente baixos e por um perodo mais longo do que o inicialmente esperado; contrao do crdito, cuja evoluo tem refletido o processo de desalavancagem do setor privado no financeiro mais

  • 17

    lento no atual contexto de reduzidas taxas de juro; reconhecimento de montantes significativos de imparidades; e, finalmente, um progresso limitado de reduo dos custos operacionais para o conjunto do sistema. Os nveis de rendibilidade registados no setor bancrio desde o incio da crise financeira continuam a limitar a capacidade de gerao interna de capital. O Grupo BCP tem uma exposio relevante Polnia, onde existem riscos de alteraes legislativas. Permanecem alguns riscos relacionados com a situao econmica nalguns pases de frica, com potencial impacto na situao do Grupo nomeadamente em Moambique e Angola, cuja atividade econmica est a desacelerar e que enfrentam uma expressiva desvalorizao cambial desde o incio do ano. A esperada melhoria do core income, bem como a continuao do esforo de reestruturao e conteno de custos devero traduzir-se em sinais positivos, que se refletiro na melhoria dos resultados core em 2016, ainda que condicionados pela conjuntura econmica. Existe um foco acrescido na gesto do stock de ativos problemticos e dos respetivos nveis de cobertura, devendo ser tomadas medidas para incentivar a reduo do stock de ativos problemticos, em simultneo com outras de cariz preventivo, aplicadas no mbito da superviso prudencial e direcionadas para as novas entradas em Non-performing loans (NPL), no sentido de incentivar uma gesto mais pr-ativa dos NPLs, compreendendo medidas para remover os fatores de bloqueio nos sistemas legal, judicial e fiscal. Os aumentos de capital recentemente anunciados pelo Banco Popular Espaol e pelo Banco Popolare (Itlia), podero indiciar uma inteno de antecipar o provisionamento dos ativos problemticos no sentido de aumentar a cobertura por imparidades. No possvel ainda determinar qual o impacto que a resoluo do BES poder ter para o BCP, enquanto instituio participante do fundo de resoluo criado pelo Decreto-Lei n. 31-A/2012, de 10 de fevereiro (o Fundo de Resoluo). Relativamente a 2016, as contribuies pagas pelo Banco ao Fundo de Resoluo equivaleram a cerca de 20% do total das contribuies pagas pelo setor bancrio. O Fundo de Resoluo, por sua vez, detm a integralidade do capital social do Novo Banco avaliado a 31 de dezembro de 2015 em 4,9 mil milhes de euros (compreendendo 3,9 mil milhes de euros financiados por um emprstimo do Estado, a que acrescem cerca de 0,7 mil milhes de euros obtidos por via de emprstimos junto de diversos bancos e o restante via mobilizao dos recursos disponveis do Fundo de Resoluo). Os recursos financeiros do Fundo de Resoluo podem provir de contribuies, iniciais e peridicas, das instituies participantes, do produto das contribuies sobre o setor bancrio institudas pela Lei n. 55-A/2010, de 31 de dezembro, e ainda dos rendimentos da aplicao de recursos, podendo tambm obter recursos atravs de contribuies especiais das instituies participantes ou ainda obter garantias por partes das instituies participantes e emprstimos ou garantias por parte do Estado. Neste contexto, o eventual impacto que a resoluo do BES poder ter no Banco enquanto instituio participante do referido Fundo de Resoluo poder vir a depender de fatores externos que lhe so alheios, incluindo o valor a que o Novo Banco venha a ser vendido e a modalidade ou modalidades que, dentro do condicionalismo legal, venham a ser adotadas quanto forma de cobertura de eventuais necessidades de financiamento do Fundo de Resoluo. Adicionalmente, na sequncia de uma clarificao do Banco de Portugal, as

  • 18

    eventuais contribuies dos bancos participantes do Fundo de Resoluo s sero registadas quando forem devidas e pagas e a contribuio para o Fundo de Resoluo deve ser reconhecida como custo somente no ano em que devida e em que ocorre o pagamento. Adicionalmente foi esclarecido que no previsvel que o Fundo de Resoluo venha a propor a criao de uma contribuio especial para financiamento da medida de resoluo aplicada ao BES. De acordo com o Banco de Portugal, a eventual cobrana de uma contribuio especial afigura-se, desta forma, remota. Em 28 de setembro de 2016, o Fundo de Resoluo e o Ministrio das Finanas anunciaram a extenso do emprstimo de 3,9 mil milhes de euros originalmente concedido ao Fundo de Resoluo em 2014 para financiamento da medida de resoluo aplicada ao BES. De acordo com o Fundo de Resoluo, a extenso da maturidade do emprstimo assegura a capacidade do Fundo de Resoluo para cumprir as suas obrigaes atravs da sua receita regular, independentemente das contingncias positivas ou negativas a que o Fundo de Resoluo est exposto. Assim, de acordo com o Ministrio das Finanas, no haver necessidade de contribuies extraordinrias para financiar o Fundo de Resoluo, mantendo-se o esforo contributivo exigido ao setor bancrio nos nveis atuais. Quaisquer aumentos ou redues de responsabilidades decorrentes da materializao de contingncias futuras, na sequncia das medidas de resoluo aplicadas ao BES e ao BANIF Banco Internacional do Funchal, S.A., determinaro apenas o ajustamento da maturidade dos emprstimos do Estado e dos bancos ao Fundo de Resoluo. Em 20 de dezembro de 2015, o Governo e o Banco de Portugal decidiram a venda da atividade do Banif Banco Internacional do Funchal, S.A. e da maior parte dos seus ativos e passivos ao Banco Santander Totta, no contexto de uma medida de resoluo. Esta medida, segundo o comunicado do Banco de Portugal de 20 de dezembro de 2015, envolve um apoio pblico estimado de 2.255 milhes de euros que visa cobrir contingncias futuras, dos quais 489 milhes de euros pelo Fundo de Resoluo e 1.766 milhes de euros diretamente pelo Estado. A Diretiva 2014/59/UE, Diretiva de Recuperao e Resoluo Bancria (DRRB), prev um regime de resoluo comum na Unio Europeia que permite s autoridades lidar com a situao de falncia de instituies bancrias. Os acionistas e os credores tero que internalizar parte importante dos custos associados falncia de um banco, minimizando o custo para os contribuintes. Para evitar que as instituies bancrias estruturem os seus passivos de forma que comprometa a eficcia do bail-in ou de outros instrumentos de resoluo e para evitar o risco de contgio ou uma corrida aos depsitos bancrios, a Diretiva estabelece que as instituies venham a cumprir com um requisito mnimo de fundos prprios e passivos elegveis (MREL). Este novo regime (MREL), que entrou em vigor no decurso de 2016, com um perodo transitrio, dever ter implicaes sobre a emisso de dvida pelas instituies bancrias, podendo levar a alteraes na estrutura do passivo, atravs da emisso de nova dvida snior com alguma estrutura de subordinao ou reforando o Tier 2. A emisso de instrumentos de Additional Tier 1 s dever ser equacionada aps o reembolso integral dos CoCos. Tendncias na evoluo recente do negcio do Emitente: A atividade do Banco no perodo de dois meses findo em 30 de novembro de 2016 manteve-se em larga medida em linha com as expetativas dos rgos de

  • 19

    gesto para o perodo, bem como com as tendncias histricas. Os depsitos de clientes na atividade em Portugal e na atividade internacional continuaram a evoluir em conformidade com a tendncia observada durante o ano e com as expetativas dos rgos de gesto. O custo de financiamento continuou a diminuir em resultado do contnuo esforo de repricing da carteira de depsitos de clientes em termos mais favorveis para o Banco. A carteira de crdito a clientes na atividade em Portugal e na atividade internacional continuou a diminuir ligeiramente em conformidade com a tendncia observada durante o ano e em resultado do contnuo enfoque no processo de desalavancagem do Banco. A dinmica dos depsitos de clientes e do crdito a clientes evoluiu durante o ano, em conformidade com as expetativas dos rgos de gesto de melhoria continuada da taxa de margem financeira e de atingir o objetivo definido para 2018 de 100% de rcio de crdito a clientes / depsitos de clientes. O resultado operacional antes de provises e imparidades para o perodo de dois meses findos em 30 de novembro de 2016 foi coerente com as tendncias subjacentes observadas nos primeiros nove meses findos em 30 de setembro de 2016, bem como com as expetativas dos rgos de gesto suportadas pelo: (i) desempenho positivo da margem financeira, dado que a melhoria do efeito taxa de juro compensou o efeito volume; (ii) desempenho estvel dos resultados de servios e comisses no perodo de dois meses findo em 30 de novembro de 2016, em conformidade com as expetativas dos rgos de gesto; e (iii) evoluo contida dos custos operacionais em concordncia com as expetativas dos rgos de gesto e com o esforo contnuo de conteno de custos implementado pelos rgos de gesto. A margem financeira, os resultados de servios e comisses e os custos operacionais evoluram durante o ano em conformidade com as expetativas dos rgos de gesto e com o objetivo definido para o rcio de cost-to-core income (custos operacionais a dividir pela soma da margem financeira com as comisses lquidas) para 2018 de menos de 50%. As imparidades do crdito para o perodo de dois meses findo a 30 de novembro de 2016 continuaram a ser elevadas em conformidade com a tendncia observada nos primeiros nove meses de 2016, e com as expetativas dos rgos de gesto. No primeiro semestre de 2016, o Banco anunciou publicamente o objetivo de atingir 7,5 mil milhes de euros de non-performing exposures (NPE) para a atividade em Portugal em dezembro de 2017. Em 30 de setembro de 2016, o saldo de NPE na atividade em Portugal situava-se em 9,3 mil milhes de euros. O Banco tem continuado a implementar o programa de reduo de NPE, reafirmando o objetivo estabelecido para 2017. O CET1 fully implemented sofreu uma evoluo positiva no perodo de dois meses findo a 30 de novembro de 2016, principalmente devido ao aumento de capital subscrito pela Chiado (Luxembourg) S. r.l., uma sociedade do grupo Fosun, no valor de 175 milhes de euros.

    B.5 Descrio do grupo e da posio do Emitente no seio do mesmo

    O Banco Comercial Portugus, S.A. a entidade me do Grupo BCP, conjunto formado pelo Banco Comercial Portugus, S.A. e as sociedades que com ele se encontram em relao de domnio ou de grupo, nos termos do artigo 21. do CdVM. O diagrama das principais participaes, data do Prospeto, o que a seguir se apresenta.

  • 20

    _________ * registado pelo mtodo de equivalncia patrimonial.

    B.6 Principais acionistas A tabela seguinte inclui a lista dos acionistas detentores de participaes qualificadas, de acordo com a ltima informao pblica divulgada relativa a cada um deles:

    Nos termos dos Estatutos, as aes ordinrias do Emitente conferem todas os mesmos direitos, pelo que os direitos de voto dos principais acionistas da sociedade acima identificados no diferem dos direitos de voto dos restantes acionistas. rgos de Administrao e de Fiscalizao A tabela seguinte apresenta a lista de deteno de aes por parte dos membros dos rgos de Administrao e de Fiscalizao, de acordo com a informao reportada a 30 de setembro de 2016:

    Aes BCP detidas a 30 de setembro de 2016

    Nome N Aes

    N Aes ajustado

    aps

    reagrupamento (*)

    Antnio Vtor Martins Monteiro 18.119 241

    Carlos Jos da Silva 1.165.812 15.544

    Nuno Manuel da Silva Amado 3.824.650 50.995

    lvaro Roque de Pinho Bissaia Barreto 0 0

    Andr Luiz Gomes 53.451 712

    Antnio Henriques de Pinho Cardo 772.843 10.304

    Antnio Lus Guerra Nunes Mexia 11.330 151

    Andr Palma Mira David Nunes (**) 0 0

    Cidlia Maria Mota Lopes 10.247 136

    Jaime de Macedo Santos Bastos 4.037 53

    Joo Bernardo Bastos Mendes Resende 0 0

    Acionista N. aes

    % do capital

    social e dos

    direitos de voto

    Chiado (Luxemburg)S..r.l * 157 437 395 16,67%

    Total do Grupo Fosun 157 437 395 16,67%

    Sonangol - Sociedade Nacional de Combustveis de Angola, EP, diretamente ** 140 454 871 14,87%

    Total do Grupo Sonangol 140 454 871 14,87%

    Fundo de Penses EDP *** 19 939 423 2,11%

    Direitos de votos detidos pelos membros dos orgos de Administrao e Fiscalizao **** 406 344 0,04%

    Total do Grupo EDP 20 345 767 2,15%

    Total de Participaes Qualificadas 318 238 033 33,69%

    * De acordo com a comunicao de participao qualificada divulgada ao mercado no dia 22 de novembro de 2016

    ** De acordo com a comunicao de participao qualificada divulgada ao mercado no dia 25 de novembro de 2016

    *** De acordo com a comunicao de participao qualificada divulgada ao mercado no dia 30 de dezembro de 2016

    **** Corresponde ao nmero de aes detidas a 30 de junho de 2016 a dividir por 75, com arredondamento por defeito, de modo

    a refletir o efeito do processo de reagrupamento das aes BCP, cuja produo de efeitos ocorreu em 24 de outubro de 2016.

  • 21

    Joo Manuel de Matos Loureiro 13.180 175

    Jos Jacinto Iglsias Soares 0 0

    Joo Nuno de Oliveira Jorge Palma (***) 160.000 2.133

    Jos Miguel Bensliman Schorcht da Silva Pessanha 20.879 278

    Jos Rodrigues de Jesus 0 0

    Lingjiang Xu (***) 0 0

    Maria da Conceio Mota Soares de Oliveira Call Lucas 275.002 3.666

    Miguel de Campos Pereira de Bragana 1.715.485 22.873

    Miguel Maya Dias Pinheiro 1.694.099 22.587

    Raquel da Costa David Vunge 0 0

    Rui Manuel da Silva Teixeira 170.389 2.271

    (*) Corresponde ao nmero de aes detidas a 30 de setembro de 2016 a dividir por 75, com arredondamento por defeito, de modo a refletir o efeito do processo de reagrupamento das aes BCP, cuja produo de efeitos ocorreu em 24 de outubro de 2016.

    (**) Membro designado pelo Estado em 16 de dezembro de 2016. (***) Membros cooptados em reunio do Conselho de Administrao de 9 de janeiro de 2017.

    Quadros Superiores A tabela seguinte apresenta a lista de deteno de aes por parte dos Quadros Superiores, de acordo com a informao reportada a 30 de setembro de 2016:

    Aes BCP detidas a 30 de setembro de 2016

    Nome N Aes N Aes ajustado aps

    reagrupamento (*)

    Ana Isabel dos Santos de Pina Cabral 182.953 2.439 Dulce Maria Pereira Cardoso Mota Jorge Jacinto 143.335 1.911 Filipe Maria de Sousa Ferreira Abecasis 0 0 Mrio Antnio Pinho Gaspar Neves 139.000 1.853 Lus Miguel Manso Correia dos Santos 100.000 1.333 Pedro Manuel Rendas Duarte Turras 69.412 925 Ricardo Potes Valadares 102.986 1.373 Rui Pedro da Conceio Coimbra Fernandes 0 0 Rui Manuel Pereira Pedro 700.000 9.333

    (*) Corresponde ao nmero de aes detidas a 30 de setembro de 2016 a dividir por 75, com arredondamento por defeito, de modo a refletir o efeito do processo de reagrupamento das aes BCP, cuja produo de efeitos ocorreu em 24 de outubro de 2016.

    B.7 Informao financeira histrica fundamental selecionada sobre o Emitente No mbito do disposto no Regulamento (CE) n. 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de julho de 2002 (tal como sucessivamente alterado), no Decreto-Lei n. 35/2005, de 17 de fevereiro (tal como sucessivamente alterado) e do Aviso do Banco de Portugal n. 5/2015, as demonstraes financeiras consolidadas do Grupo so preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) conforme aprovadas pela UE a partir do exerccio de 2005. As IFRS incluem as normas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) bem como as interpretaes emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) e pelos respetivos rgos antecessores. As demonstraes financeiras consolidadas do Millennium bcp relativas aos exerccios de 2013, 2014 e 2015 encontram-se auditadas. A informao financeira intercalar consolidada relativa aos primeiros nove meses de 2015 e 2016 no auditada. As demonstraes financeiras consolidadas intercalares condensadas no auditadas para o perodo de nove meses findo em 30 de setembro de 2016 foram preparadas de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade 34 - Relato Financeiro Intercalar (IAS 34) tal como adotada pela Unio Europeia, pelo que no incluem toda a informao requerida na preparao de demonstraes financeiras consolidadas preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas pela Unio Europeia. Consequentemente, a adequada compreenso das demonstraes financeiras consolidadas intercalares condensadas exige que as mesmas sejam lidas em conjunto com as demonstraes financeiras consolidadas do Banco com referncia a 31 de dezembro de 2015.

  • 22

    Dados financeiros selecionados do Emitente

    Milhares de euros

    Balano consolidado (sntese)30 set. 2016

    (no auditada)31 dez. 2015 31 dez. 2014 31 dez. 2013

    ATIVO

    Caixa e disponibilidades em ICs e bancos centrais (1) 3.040.125 2.616.730 2.503.221 3.993.693

    Aplicaes em instituies de crdito 1.628.151 921.648 1.456.026 1.240.628

    Crditos a clientes 48.805.818 51.970.159 53.685.648 56.802.197

    Ativos financeiros detidos para negociao e Outros ativos financeiros

    detidos para negociao ao justo valor atravs de resultados 1.236.372 1.340.823 1.674.240 1.290.079

    Ativos financeiros disponveis para venda 10.680.030 10.779.030 8.263.225 9.327.120

    Ativos financeiros detidos at maturidade 415.611 494.891 2.311.181 3.110.330

    Ativos por impostos diferidos 2.790.693 2.561.506 2.398.562 2.181.405

    Outros ativos (2) 4.444.796 4.200.092 4.068.813 4.061.581

    73.041.596 74.884.879 76.360.916 82.007.033

    PASSIVO

    Depsitos de instituies de crdito 11.302.736 8.591.045 10.966.155 13.492.536

    Depsitos de clientes 48.937.144 51.538.583 49.816.736 48.959.752

    Ttulos de dvida emitidos 3.919.170 4.768.269 5.709.569 9.411.227

    Passivos subordinados 1.682.860 1.645.371 2.025.672 4.361.338

    Outros passivos (3) 2.251.324 2.661.040 2.855.877 2.506.372

    68.093.234 69.204.308 71.374.009 78.731.225

    CAPITAIS PRPRIOS

    Capital 4.094.235 4.094.235 3.706.690 3.500.000

    Ttulos prprios (3.106) (1.187) (13.547) (22.745)

    Prmio de emisso 16.471 16.471 - -

    Aes preferenciais 59.910 59.910 171.175 171.175

    Outros instrumentos de capital 2.922 2.922 9.853 9.853

    Reservas legais e estatutrias 245.875 223.270 223.270 223.270

    Reservas de justo valor (66.067) 23.250 106.898 22.311

    Reservas e resultados acumulados (22.820) (31.046) 234.817 (580.207)

    Resultado consolidado do exerccio atribuvel aos acionistas do Banco (251.080) 235.344 (226.620) (740.450)

    Total de Capitais Prprios atribuveis aos acionistas do Banco 4.076.340 4.623.169 4.212.536 2.583.207

    Interesses que no controlam 872.022 1.057.402 774.371 692.601

    Total de Capitais Prprios 4.948.362 5.680.571 4.986.907 3.275.808

    TOTAL DO PASSIVO E CAPITAL PRPRIO 73.041.596 74.884.879 76.360.916 82.007.033

    (1) Inclui: Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais e Disponibilidades em outras instituies de crdito.

    (2) Inclui: Ativos com acordo de recompra, Derivados de cobertura, Investimentos em associadas, Ativos no correntes detidos para venda, Propriedades de

    investimento, Outros ativos tangveis, Goodwill e ativos intangveis, Ativos por impostos correntes e Outros ativos.

    (3) Inclui: Passivos financeiros detidos para negociao, Derivados de cobertura, Passivos no correntes detidos para venda, Provises, Passivos por impostos

    correntes, Passivos por impostos diferidos e Outros passivos.

  • 23

    Milhares de euros

    Demonstrao Consolidada dos Resultados (sntese)30 set. 2016

    (no auditado)

    30 set. 2015

    (reapresentado)

    (no auditado) (1)

    2015 2014 2013

    Margem financeira 906.988 876.603 1.301.575 1.116.151 848.087

    Rendimentos de instrumentos de capital 6.961 3.487 11.941 5.888 3.680

    Resultados de servios e comisses 481.146 497.965 692.862 680.885 662.974

    Resultados em operaes financeiras (2) 212.513 505.937 595.444 442.162 264.172

    Resultados da atividade seguradora 2.499 7.580 10.227 10.806 10.789

    Outros proveitos/custos de explorao (94.586) (37.113) (101.890) (44.828) (45.914)

    Total de proveitos operacionais 1.515.521 1.854.459 2.510.159 2.211.064 1.743.788

    Custos operacionais 722.356 760.468 1.106.526 1.149.610 1.295.239

    Imparidade do crdito (870.188) (613.634) (833.024) (1.106.990) (820.827)

    Outras imparidades e provises (3) (242.829) (117.043) (161.289) (209.274) (465.766)

    Resultado operacional (319.852) 363.314 409.320 (254.810) (838.044)

    Resultados por equivalncia patrimonial 60.608 25.084 23.528 35.960 62.260

    Resultados de alienao de subsidirias e outros ativos (4.243) (23.980) (30.138) 45.445 (36.759)

    Resultado antes de imposto (263.487) 364.418 402.710 (173.405) (812.543)

    Impostos (4) 68.213 (67.128) (56.397) 97.675 210.799

    Resultado aps impostos de operaes em continuao (195.274) 297.290 346.313 (75.730) (601.744)

    Resultado de operaes descontinuadas ou em descontinuao 45.227 72.200 14.648 (40.830) (45.004)

    Resultado consolidado do exerccio atribuvel a:

    Acionistas do banco (251.080) 264.536 235.344 (226.620) (740.450)

    Interesses que no controlam 101.033 104.954 125.617 110.060 93.702

    Resultado do exerccio (150.047) 369.490 360.961 (116.560) (646.748)

    Resultado lquido por Aco (em Euros)

    Bsico (0,01) 0,01 0,01 (0,01) (0,02)

    Diludo (0,01) 0,01 0,01 (0,01) (0,02)

    (1) Reapresentado na sequncia da fuso do Banco Millennium Angola com o Banco Privado Atlntico.

    (2) Inclui: Resultados em operaes de negociao e de cobertura e Resultados em ativos financeiros disponveis para venda.

    (3) Inclui: Imparidade de outros ativos financeiros, Imparidade de outros ativos, Imparidade do goodwill e Outras provises.

    (4) Inclui: Impostos correntes e Impostos diferidos.

    Milhares de euros

    Demonstrao dos Fluxos de Caixa Consolidados (sntese)30 set. 2016

    (no auditado)

    30 set. 2015

    (no auditado)2015 2014 2013

    Fluxos de caixa de atividades operacionais 1.706.627 1.650.088 1.253.111 1.765.144 5.096.998

    Fluxos de caixa de atividades de investimento (744.742) (779.547) (8.809) 1.449.830 140.060

    Fluxos de caixa de atividades de financiamento (1.273.985) (618.167) (1.090.214) (3.560.724) (5.016.846)

  • 24

    Nota: valores em milhes de euros, exceto percentagens, custo do risco, nmero de sucursais, nmero de clientes e nmero de colaboradores. (1) O Banco Comercial Portugus, S.A. acordou a realizao de uma fuso por incorporao do Banco Millennium Angola, S.A. com o Banco Privado Atlntico, S.A, por esse facto essa entidade passou a ser considerada como operao descontinuada desde 31 de maro de 2016. Com referncia a 30 de setembro de 2015, o total de ativos e passivos desta subsidiria foram relevados no balano consolidado nas linhas respetivas enquanto que os custos e proveitos do exerccio com referncia a setembro de 2016 e 2015, foram apresentados numa s linha denominada Resultado de operaes descontinuadas ou em descontinuao. (2) No auditada, extrada do relatrio de gesto. (3) Rendibilidade dos capitais prprios mdios (ROE): relao entre o resultado lquido do perodo atribuvel a acionistas do Banco e os capitais prprios mdios. Em que: Capitais prprios = Capitais prprios atribuveis aos acionistas do Banco Aes preferenciais e Outros instrumentos de capital, lquidos de Ttulos prprios da mesma natureza. (4) De acordo com a Instruo n. 16/2004 do Banco de Portugal, na verso vigente. (5) Com base no resultado antes de interesses que no controlam. (6) Relao entre a margem financeira e o saldo mdio do total de ativos geradores de juros. (7) Spread face taxa de juro Euribor a trs meses, da atividade em Portugal, com base nos saldos mdios apurados atravs das demonstraes financeiras. (8) Outros proveitos lquidos comisses lquidas, resultados em operaes financeiras, outros proveitos de explorao lquidos, rendimentos de instrumentos de capital e resultados por equivalncia patrimonial.

  • 25

    (9) Crdito a clientes, lquido, deduzido dos depsitos de clientes. (10) No auditado, conforme informao reportada s entidades de superviso. At 31 de dezembro de 2014, com base nos critrios de Basileia, aps 31 de dezembro de 2014, de acordo com o Regulamento Delegado (UE) 2015/61 da Comisso, de 10 de outubro de 2014, que completa o Regulamento (UE) n. 575/2013 Parlamento Europeu e do Conselho, no que diz respeito ao requisito de cobertura de liquidez para as instituies de crdito. (11) Custos operacionais em percentagem do produto bancrio. Exclui o impacto de itens especficos. (12) Exclui o impacto de itens especficos (programa de reestruturao e reformas antecipadas e alteraes legislativas relacionadas com subsdio de morte). (13) Fundos prprios apurados de acordo com o Aviso do Banco de Portugal n. 6/2010 em 2013 e de acordo com CRD IV/CRR phased-in desde 2014. Em 2015 e 2016 inclui o novo regime de ativos por impostos diferidos institudo pela Lei n. 61/2014. Os rcios de 2014 so proforma, considerando o mesmo regime de ativos por impostos diferidos. Os valores de setembro de 2015 incluem os resultados lquidos acumulados nos primeiros nove meses de 2015 e o impacto dos requisitos mnimos de fundos prprios que o BCE tencionava fixar para 2016. (14) Ativos ponderados pelo risco apurados de acordo com as regras do Banco de Portugal (Avisos n. 5/2007, 7/2007, 8/2007 e 9/2007) em 2013 e de acordo com a CRD IV/CRR phased-in desde 2014. Em 2015 e 2016 inclui o novo regime de ativos por impostos diferidos institudo pela Lei n. 61/2014. Os rcios de 2014 so proforma, considerando o mesmo regime de ativos por impostos diferidos. (15) Os rcios relativos a 2015 e 2016 incluem o novo regime de ativos por impostos diferidos institudo pela Lei n. 61/2014. Os rcios de 2014 so proforma, considerando o mesmo regime de ativos por impostos diferidos. Os valores de setembro de 2015 incluem os resultados lquidos acumulados nos primeiros nove meses de 2015 e o impacto dos requisitos mnimos de fundos prprios que o BCE tencionava fixar para 2016. (16) De acordo com a Instruo do Banco de Portugal n. 32/2013, na verso vigente. (17) Custo do risco proporo das dotaes para imparidade do crdito (lquida de recuperaes) no perodo em funo da carteira de crdito (bruto). (18) Non-performing exposures (NPE, de acordo com a definio da EBA) Crdito vencido a mais de 90 dias ou crdito com reduzida probabilidade de ser cobrado sem realizao de colaterais, mesmo se reconhecido como crdito em incumprimento ou crdito com imparidade. Considera adicionalmente todas as exposies se o crdito vencido a mais de 90 dias representar mais de 20% da exposio total do devedor, mesmo se no estiver classificado como crdito com imparidade. Inclui ainda o crdito no perodo de quarentena, durante o qual o devedor tenha demonstrado capacidade para cumprir com as condies de reestruturao, mesmo se a reestruturao tenha conduzido sada das classes de crdito em incumprimento ou crdito com imparidade.

    (19) Cobertura por imparidades (balano), colaterais e expected loss gap. (20) Os valores de 30 de setembro de 2015 excluem o Banco Millennium Angola.

    B.8 Informaes financeiras pro forma fundamentais selecionadas

    No aplicvel. No presente Prospeto no so apresentadas informaes financeiras pro forma.

    B.9 Previso ou estimativa

    No Aplicvel. O Emitente no apresenta previses ou estimativas de resultados.

    B.10 Reservas expressas no relatrio de auditoria das informaes financeiras histricas

    No aplicvel, no foi emitida nenhuma opinio com reserva. A Deloitte & Associados Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., inscrita na Cmara de Revisores Oficiais de Contas sob o n. 43 e registada na CMVM sob o n. 231, que iniciou funes como Revisor Oficial de Contas do Banco, aps a apresentao das contas relativas ao primeiro trimestre de 2016 pelo Conselho de Administrao, emitiu um relatrio de reviso limitada s demonstraes financeiras consolidadas por referncia ao perodo intercalar findo em 30 de setembro de 2016. A Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, KPMG & Associados, SROC, S.A. inscrita na Cmara de Revisores Oficiais de Contas sob o n. 189 e registada na CMVM sob o n. 9093, na qualidade de Auditor Externo ao Emitente e de Revisor Oficial de Contas, emitiu a Certificao Legal e o Relatrio de Auditoria das contas individuais e consolidadas do Millennium bcp, por referncia a 31 de dezembro de 2013, de 2014 e de 2015.

    B.11 Capital de explorao do Emitente

    No aplicvel. O Emitente considera que o seu capital de explorao suficiente para as suas necessidades atuais para os prximos 12 meses.

    Seco C Valores Mobilirios

    C.1 Tipo e categoria dos valores mobilirios a oferecer e a admitir negociao

    As Aes so ordinrias, nominativas e com representao escritural, sem valor nominal, com um valor de emisso unitrio de 0,094 euros e sero objeto de inscrio nas contas dos respetivos intermedirios financeiros legalmente habilitados, no havendo lugar emisso de ttulos. Uma vez admitidas negociao, as Aes objeto da Oferta sero fungveis com as demais Aes BCP e estaro inscritas sob o cdigo ISIN PTBCP0AM0015. As Aes BCP No Admitidas as quais foram objecto da Oferta Particular, sendo expectvel que a sua admisso venha a ocorrer em simultneo com a admisso negociao das Aes objecto da presente Oferta. Os direitos de subscrio a serem destacados das 157.437.395 Aes BCP No

  • 26

    Admitidas. Uma vez admitidos negociao, estes direitos de subscrio sero fungveis com os direitos de subscrio a ser destacados das restantes Aes BCP e estaro inscritos sob o cdigo ISIN PTBCP0AMS089

    C.2 Moeda em que os valores mobilirios so emitidos

    As novas Aes sero emitidas em euros.

    C.3 Nmero de aes emitidas e valor nominal

    Sero emitidas at 14.169.365.580 aes ordinrias, escriturais e nominativas sem valor nominal.

    C.4 Direitos associados aos valores mobilirios

    De acordo com o estabelecido na lei e nos Estatutos do Banco, aps a admisso negociao no Mercado Regulamentado Euronext Lisbon, as Aes sero fungveis com as demais aes do Emitente e conferiro aos seus titulares os mesmos direitos que as demais aes ordinrias existentes antes da Oferta.

    Os detentores das Aes BCP tm como direitos principais, designadamente, o direito informao, o direito participao nos lucros, o direito de voto em Assembleia Geral e o direito partilha do patrimnio em caso de liquidao, tudo nos termos da lei e dos estatutos do Banco.

    Nos termos do disposto no n. 1 do artigo 26. dos estatutos do Millennium bcp, no so contados os votos emitidos por um acionista, diretamente ou atravs de representante: a) que excedam 30% dos votos correspondentes ao capital social; b) que excedam a diferena entre os votos contveis emitidos por outros

    acionistas que, com o acionista em causa, se encontrem e, sendo o caso, na medida em que se encontrem, em qualquer das relaes previstas no nmero 2 deste artigo, e 30% da totalidade dos votos correspondentes ao capital social.

    A este respeito, na assembleia geral realizada no dia 25 de junho de 2012 foi deliberado tomar designadamente conhecimento dos compromissos de o Banco tomar medidas que venham a ser exigidas pelo Estado quanto a aes por si detidas no contexto da recapitalizao do Banco, nomeadamente em relao a qualquer converso dos Instrumentos de capital Core Tier 1 subscritos pelo Estado, incluindo, quando necessrio, convocar a Assembleia Geral de Acionistas para deliberar consolidao de aes ou renunciar a limitaes estatutrias (ou, na medida permitida por lei, aprovar derrogao das mesmas) aos direitos de voto relativamente a aes detidas pelo Estado no contexto da recapitalizao do Banco, nomeadamente aps converso dos Instrumentos de capital Core Tier 1 subscritos pelo Estado e apenas enquanto por este detidas, reconhecendo o princpio de que, quanto a aes detidas pelo Estado no contexto da recapitalizao do Banco, nomeadamente aps a converso em aes dos Instrumentos de capital Core Tier 1 subscritos pelo Estado, eventuais limitaes de direitos de voto previstas nos estatutos do Banco no sejam aplicveis ao Estado.

    C.5 Eventuais restries livre transferncia dos ttulos

    Todas as aes ordinrias do Emitente so livremente transmissveis de acordo com as normas legais aplicveis, designadamente as que se referem ao controlo pelo Banco de Portugal e pelo BCE de participaes qualificadas em instituies de crdito, encontrando-se as Aes BCP atualmente admitidas negociao inscritas sob o cdigo ISIN PTBCP0AM0015 e as Aes BCP No Admitidas inscritas sob o cdigo ISIN PTBCP6AM0043.

    C.6 Admisso negociao

    Foi solicitada a admisso negociao no Mercado Regulamentado Euronext Lisbon das Aes oferecidas atravs da Oferta Pblica de Subscrio a que se refere este Prospeto, prevendo-se que a admisso ocorra to brevemente quanto possvel aps o registo comercial do aumento de capital, nomeadamente no dia 9 de fevereiro de 2017 ou em data aproximada.

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    Foi igualmente solicitada a admisso negociao das 157.437.395 Aes BCP No Admitidas as quais foram objeto da Oferta Particular, sendo expectvel que a sua admisso venha a ocorrer em simultneo com a admisso negociao das Aes objecto da presente Oferta. Adicionalmente, foi igualmente solicitada a admisso negociao dos 157.437.395 direitos de subscrio a serem destacados das 157.437.395 Aes BCP No Admitidas, os quais se prev venham a ser admitidos negociao em simultneo com os demais direitos de subscrio a serem destacados das Aes BCP que j se encontram admitidas negociao.

    C.7 Poltica de dividendos

    A poltica de dividendos prosseguida at 2011 pelo Grupo visava, por um lado, assegurar as necessidades de investimento do Grupo e, por outro, garantir aos acionistas uma adequada remunerao do capital investido, consistindo na distribuio de cerca de 40% dos resultados lquidos dos exerccios sob a forma de dividendos. No mbito do Plano de Recapitalizao e do Despacho n. 8840-B/2012 do Ministro do Estado e das Finanas, de 28 de junho de 2012, publicado em Suplemento ao Dirio da Repblica, 2. srie, de 3 de julho de 2012, que aprovou o investimento pblico previsto no Plano de Recapitalizao, bem como dos anexos a ambos os documentos, est prevista a suspenso da poltica de pagamento de dividendos durante o perodo de investimento pblico, com exceo do eventual pagamento de remunerao prioritria relativa s aes especiais que o Estado venha eventualmente a deter, restrio esta que se encontra em vigor desde 2013. Para este efeito, encontra-se previsto na Portaria n. 150-A/2012, de 17 de maio,