banco central: o cerco aos devedores. - plano editorial filecentral colocou em funcionamento o bacen...

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62 projetos premiados e -administração C om R$ 3 milhões de investimentos, o Banco Central colocou em funcionamento o Bacen Jud 2.0, um sistema que permite o bloqueio e desbloqueio eletrônico de contas bancárias de devedores por ordem judicial. De acordo com o Banco Central, o sistema será um importante instrumento para evitar que devedores contumazes deixem de pagar dívidas reconhecidas pela Justiça, porque o juiz, após proferir a sentença condenatória e transcorrido o prazo de pagamento, poderá bloquear eletronicamente o valor suficiente para o pagamento. A arma para obrigar o cumprimento das sentenças será a rapidez: o juiz inclui a ordem de bloqueio no Bacen Jus até as 18h59. Às 23 h do mesmo dia, o sistema consolida todas as ordens judiciais recebidas e repassa os arquivos às instituições financeiras por meio do Sistema de Transferência de Arquivos do Banco Central (PSTA). No dia seguinte, os bancos abrem seu movimento com as ordens já executadas. Ou seja, o devedor não tem tempo de sacar o dinheiro da sua conta para impedir o cumprimento da ordem judicial. De acordo com o Banco Central, a forma tradicional de bloqueio de contas por ordem judicial demandava muito tempo entre a emissão da ordem pelo juiz até a entrega do documento à instituição financeira, o que era feito pelo oficial de Justiça. O devedor limpava a conta antes de ser bloqueada. O Bacen Jud 2.0 resultou de discussões entre Banco Central, Judiciário e representantes das instituições financeiras, numa ação conjunta para tornar as decisões judiciais efetivas e ajudar a reduzir a morosidade da Justiça. O Poder Judiciário foi representado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST) e Conselho da Justiça Federal. Para o Banco Central, o Bacen Jud 2.0 terá impacto direto também na redução do chamado custo Brasil, porque vai eliminar burocracia e gastos administrativos. O Banco Central, por exemplo, mantinha dezenas de funcionários para processar as ordens judiciais que chegavam em papel. Cada ordem judicial exigia do Poder Judiciário o deslocamento de um oficial de Justiça até o Banco Central ou até determinada instituição financeira para entregá-la e determinar o seu cumprimento. Além disso, a morosidade da Justiça e a frustração no cumprimento de sentenças também são incluídos no cálculo do custo Brasil. No ano passado, o Banco Central recebeu quase 600 mil ordens judiciais, 467 mil pelo sistema eletrônico. Embora trabalhe para a adesão de 100% dos juízes, o Banco Central reconhece que há casos em que o fórum não está devidamente informatizado e que a comunicação por papel ainda é a única possível. Além disso, o projeto, iniciado em 2004, está em sua primeira fase de implantação. Hoje, os juízes podem usar o sistema para determinar bloqueios, desbloqueios, transferências de valores bloqueados e receber respostas sobre o cumprimento de suas ordens. O sistema permite ainda ao juiz o controle de respostas dadas pelas instituições financeiras. A partir de 2006, outros aplicativos estarão disponíveis, como o que possibilita obter informações sobre existência de contas, saldos e extratos. Quando estiver totalmente implantado, o Bacen Jud 2.0 vai permitir também a inclusão de informações sobre falências de empresas e consultas gerenciais. De acordo com o Banco Central, o desenvolvimento do sistema foi feito em sua própria fábrica de software, localizada em Recife. O sistema roda num cluster de servidores. A segurança das informações, informa o Banco Central, é garantida por uma sofisticada tecnologia de criptografia de dados, que segue os mesmos padrões de segurança utilizados pela instituição. Banco Central: o cerco aos devedores. Banco Central do Brasil Projeto: Sistema de Atendimento às Solicitações do Judiciário Parceiros – Tribunal Superior do Trabalho, Superior Tribunal de Justiça, Conselho de Justiça Federal, Federação Brasileira dos Bancos, Associação Brasileira de Bancos Estaduais e Regionais, Associação Brasileira de Bancos Internacionais e Associação Brasileira de Bancos Tempo de desenvolvimento – desde abril de 2004 Implementação – junho 2005 Custo – R$ 2 milhões (mão-de-obra) Hardware – cluster de servidores Software – desenvolvimento interno Número de usuários – 20 mil juízes, 40 mil assessores do juizado e 135 instituições financeiras integradas www.bcb.gov.br/?bacenjud2

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Com R$ 3 milhões de investimentos, o BancoCentral colocou em funcionamento o Bacen Jud

2.0, um sistema que permite o bloqueio edesbloqueio eletrônico de contas bancárias dedevedores por ordem judicial. De acordo com o BancoCentral, o sistema será um importante instrumentopara evitar que devedores contumazes deixem depagar dívidas reconhecidas pela Justiça, porque o juiz,após proferir a sentença condenatória e transcorrido oprazo de pagamento, poderá bloqueareletronicamente o valor suficiente para o pagamento.A arma para obrigar o cumprimento das sentençasserá a rapidez: o juiz inclui a ordem de bloqueio noBacen Jus até as 18h59. Às 23 h do mesmo dia, osistema consolida todas as ordens judiciaisrecebidas e repassa os arquivos às instituiçõesfinanceiras por meio do Sistema de Transferênciade Arquivos do Banco Central (PSTA). No diaseguinte, os bancos abrem seu movimento com asordens já executadas. Ou seja, o devedor não temtempo de sacar o dinheiro da sua conta paraimpedir o cumprimento da ordem judicial. De acordocom o Banco Central, a forma tradicional debloqueio de contas por ordem judicial demandavamuito tempo entre a emissão da ordem pelo juiz atéa entrega do documento à instituição financeira, oque era feito pelo oficial de Justiça. O devedorlimpava a conta antes de ser bloqueada.

O Bacen Jud 2.0 resultou de discussões entreBanco Central, Judiciário e representantes dasinstituições financeiras, numa ação conjunta paratornar as decisões judiciais efetivas e ajudar areduzir a morosidade da Justiça. O Poder Judiciáriofoi representado pelo Superior Tribunal de Justiça(STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST) eConselho da Justiça Federal. Para o Banco Central,o Bacen Jud 2.0 terá impacto direto também naredução do chamado custo Brasil, porque vaieliminar burocracia e gastos administrativos. OBanco Central, por exemplo, mantinha dezenas defuncionários para processar as ordens judiciais quechegavam em papel. Cada ordem judicial exigia doPoder Judiciário o deslocamento de um oficial deJustiça até o Banco Central ou até determinadainstituição financeira para entregá-la e determinar oseu cumprimento. Além disso, a morosidade daJustiça e a frustração no cumprimento de sentençastambém são incluídos no cálculo do custo Brasil.No ano passado, o Banco Central recebeu quase600 mil ordens judiciais, 467 mil pelo sistemaeletrônico. Embora trabalhe para a adesão de 100%dos juízes, o Banco Central reconhece que há casosem que o fórum não está devidamente informatizadoe que a comunicação por papel ainda é a únicapossível. Além disso, o projeto, iniciado em 2004,está em sua primeira fase de implantação. Hoje, osjuízes podem usar o sistema para determinarbloqueios, desbloqueios, transferências de valoresbloqueados e receber respostas sobre ocumprimento de suas ordens. O sistema permiteainda ao juiz o controle de respostas dadas pelasinstituições financeiras. A partir de 2006, outrosaplicativos estarão disponíveis, como o quepossibilita obter informações sobre existência decontas, saldos e extratos. Quando estiver totalmenteimplantado, o Bacen Jud 2.0 vai permitir também ainclusão de informações sobre falências deempresas e consultas gerenciais.De acordo com o Banco Central, o desenvolvimentodo sistema foi feito em sua própria fábrica desoftware, localizada em Recife. O sistema roda numcluster de servidores. A segurança dasinformações, informa o Banco Central, é garantidapor uma sofisticada tecnologia de criptografia dedados, que segue os mesmos padrões desegurança utilizados pela instituição.

Banco Central:o cerco aos devedores.

Banco Central do BrasilProjeto:Sistema de Atendimento às Solicitações do Judiciário

Parceiros – Tribunal Superior do Trabalho, SuperiorTribunal de Justiça, Conselho de Justiça Federal, FederaçãoBrasileira dos Bancos, Associação Brasileira de BancosEstaduais e Regionais, Associação Brasileira de BancosInternacionais e Associação Brasileira de BancosTempo de desenvolvimento – desde abril de 2004Implementação – junho 2005Custo – R$ 2 milhões (mão-de-obra)Hardware – cluster de servidoresSoftware – desenvolvimento internoNúmero de usuários – 20 mil juízes, 40 mil assessoresdo juizado e 135 instituições financeiras integradaswww.bcb.gov.br/?bacenjud2

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A prefeitura de Curitiba decidiu implementar oE-Compras Curitiba em 2002. Para isso,

uma comissão da Secretaria de Administração,órgão responsável por todas as compras domunicípio, foi a campo conhecer as soluções queexistiam na época. O levantamento incluiu uma visita àBolsa Eletrônica de Compras (BEC) de São Paulo,única solução em estágio mais maduro naquelaépoca, e que já garantia resultados havia dois anos.Mas importar essa solução para Curitiba não erapossível, não se adequava ao tipo de arquitetura dossistemas legados que mantinham a operação decompras e gestão da administração. A prefeiturarecorreu ao Instituto de Informática de Curitiba (ICI),organização social responsável pela gestão detecnologia do município, que por sua vez decidiu partirde uma base já existente para realizar o projeto efechou uma parceria com a Sofhar Gestão &Tecnologia, empresa paranaense dona de um sistemade compras voltado para a iniciativa privada,denominado SmartBye.Uma equipe híbrida modelou o sistema para atenderas especificações da Lei 8.666 e as necessidades deCuritiba, tendo como desafios a integração com osistema legado – interno da Secretaria deAdministração, que roda sobre banco de dadosSybase e sistema operacional Windows NT – e aimplementação de um sistema de autenticaçãosegura. Outra grande preocupação foi preparar o

sistema para a inevitável evolução futura.A opção do ICI de não partir do zero no desenvolvimentoda aplicação foi estimulada pela meta de reduzir custos– acabou não havendo custos porque, para a Sofhar, oE-Compras funcionou como um piloto –; tempo dedesenvolvimento e implementação. Se a opção tivessesido desenvolver internamente, esse prazo não seriamenor do que 18 meses.O sistema foi idealizado em três esferas: fornecedores,pregoeiros e público. Cada um desses módulos atende,com informações e serviços, as necessidadesespecíficas dos usuários. Mas o que mais causaimpacto para a sociedade e transforma em realidade atão almejada transparência nas compras públicas, é aferramenta de acompanhamento. O contribuinteinteressado pode, por meio de um link, acompanhartambém online o processo de licitação em andamento.E também, as empresas que são contratadas e poralgum motivo são punidas, suspensas ou banidas – pelamá prestação ou atraso nos serviços, são algunsexemplos –, ganharam um lugar especial no E-Compras.Está no canto direito superior do portal, para quemquiser ver o nome dos maus prestadores de serviços.Com a maturidade na operação do sistema, a prefeituradeu início à descentralização das compras, diminuindoassim a burocracia e aumentando a agilidade noprocesso de aquisição de bens. Antes, todas ascompras eram realizadas por meio da Secretariade Administração. O sistema já teve a adesão daSecretaria Municipal de Abastecimento, SecretariaMunicipal de Saúde, Secretaria de Urbanização deCuritiba, Companhia de Habitação Popular, Fundaçãode Ação Social, Secretaria Municipal de Educação eCompanhia de Desenvolvimento de Curitiba.Em três anos de operação, a prefeitura compra detudo, de alimentos a equipamentos, e consegueeconomizar uma média de 25% com o processoeletrônico. E a ampla concorrência faz com que, emalguns casos, a prefeitura consiga baixar os preçosem até 38% — na comparação com o processopresencial. Desde a implementação foram realizados4,7 mil processos de compras por quase 2 milusuários em negociação com uma base ativa defornecedores de 1,8 mil.Para 2006, a prefeitura estuda a modificação dodecreto municipal que regula as compras no sistemapara ampliar as modalidades de compras por meioeletrônico. Além disso, o sistema, que foi desenvolvidona plataforma .Net, da Microsoft, vai passar por algumasalterações. Segundo o ICI, essas modificações serãofeitas para que o E-Compras rode independente debrowser, ou seja, que funcione sobre outras plataformas.

Curitiba economiza25% nas compras

Instituto Curitiba de InformáticaProjeto:E-Compras Curitiba

Parceiro - Secretaria de Fazenda de CuritibaParceiro Tecnológico – Sofhar Gestão & TecnologiaTempo de desenvolvimento – 10 mesesImplementação – julho de 2002Hardware – IntelSoftware – MicrosoftRede - 8 secretarias conectadasNúmero de usuários – 2 milEconomia - 25%www.e-compras.curitiba.pr.gov.br

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O programa de Gestão de Compras Eletrônicas,implementado pela Empresa de Processamento

de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs)em 2003, já proporcionou ao Estado economia deR$ 8 milhões. Foram comprados R$ 63 milhões pelosistema de pregão eletrônico, que cadastrou 900fornecedores. De acordo com a Procergs, a economiajá superou em muito o custo do investimento, deR$ 2,85 milhões (R$ 1,6 milhão investidos naaquisição de solução tecnológica e adaptação aomodelo de negócios, R$ 450 mil em equipamentos, eR$ 800 mil em desenvolvimento e consultoria).Para a Procergs, o programa, além da racionalizaçãoe redução de custos, representa para os gestores uminstrumento de controle e melhora da eficiência doprocesso de compras. Informações históricas decompras e contratos, resultados de certames, preçosde mercado, especificações técnicas, legislação ejurisprudências sobre editais de licitações estão àdisposição dos gestores públicos. O Gestão deCompras Eletrônicas auxilia na apuração do melhorpreço de bens e serviços comuns.Outra vantagem, ressalta a Procergs, é atransparência dos negócios públicos: todos osconcorrentes têm acesso às informações pelaInternet, com menos risco de uma empresa sebeneficiar de informações privilegiadas. Durante ospregões, os fornecedores conhecem os lancesfeitos pelos seus concorrentes e o público pode teracesso a informações gerenciais das transações.Assim, ressalta a Procergs, o público podeacompanhar o processo de compra e verificar sualegitimidade. A maior transparência e informações àdisposição do público, de acordo com a empresa, sãouma poderosa arma contra o mau uso dos recursospúblicos, e tendem a eliminar os custos gerados pelacorrupção. Ao reduzir a burocracia, o sistema fechamuitas portas utilizadas pela corrupção.Os bons resultados iniciais estimularam a Procergs acontinuar investindo na evolução da Gestão deCompras Eletrônicas, em busca de novasfuncionalidades e aplicativos que reduzam aindamais a burocracia e o uso de papel. Nelson CostasSegredo, coordenador do programa, lembra quehoje a empresa precisa entregar cópias dosdocumentos para se cadastrar como fornecedorado governo. Se ela vencer um pregão, tem que

apresentar os documentos originais para assinar ocontrato. Esse problema poderia ser resolvido como uso de certificação digital, que torna válidos osdocumentos eletrônicos. Outra vantagem é agarantia de autenticidade das informações: emborao sistema rode em ambiente seguro, com uso desenhas de acesso, há possibilidade de uma empresaalegar que não fez determinado lance ou que suasenha foi roubada.A certificação digital poderia reduzir as exigênciasde certidões e outros documentos. Hoje, osistema de compras da Procergs acessa osistema do FGTS, confere se determinadofornecedor está em dia com suas obrigações, masa informação não tem valor. A lei exige que aempresa apresente certidão negativa do FGTS. Ouso da certificação, segundo Nelson Segredo,será discutido no contexto da implantação daAC-RS, a autoridade certificadora do governo quevai atender os três poderes do Estado.Outras facilidades para as empresas dependem denegociações com os demais Estados e até com aUnião. Uma delas é a criação de uma codificaçãoúnica de produtos para todos os portais de compraseletrônicas. Hoje, cada Estado adota uma codificaçãodiferente, o que obriga o fornecedor a fazer diversasoperações para identificar o código usado pelaunidade da federação que está fazendo o pregão.

RS: compras eletrônicas,economia e transparência.

ProcergsProjeto:Gestão de Compras Eletrônicas

Parceiros – Cybiz (solução), Banrisul e CelicTempo de desenvolvimento – 30 diasImplementação – outubro de 2003Custo – R$ 2,85 milhõesHardware - Itautec e DellSoftware – Linux e OracleNúmero de usuários - 1,3 mil, sendo 900 fornecedores,63 órgãos e 170 usuários internosVolume negociado – R$ 63 milhõesCompras – 2,3 mil negócios (até setembro de 2005)Economia – R$ 8 milhõeswww.compras.rs.gov.br

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O Programa para Prevenção e Controle deOcorrências Criminais (Infopol) é um sistema

de aplicação informatizada de coleta e análise dedados (Boletim de Ocorrência Eletrônico),desenvolvido pela Fundação Aplicações deTecnologias Críticas (Atech) e já implementado, totalou parcialmente, nas Secretarias de Segurança dosEstados de Pernambuco, Acre, Amazonas (os trêsEstados compraram a suíte completa); Ceará e MatoGrosso (implementaram apenas o módulo de análise).Por meio do sistema são obtidos dados quedescrevem as ocorrências policiais, centralizadas emum banco de dados integrado, onde os gestores dasegurança pública têm acesso às informações paratransformá-las em conhecimento e inteligência, pormeio dos módulos de análise do sistema (mapas,tabelas, gráficos de tendências).Segundo a Fundação Atech, o uso da aplicação deinteligência permite fazer análises instantâneas, quecontribuem para reduzir índices de criminalidade,acidentes, distúrbios e outras ocorrências, no curtoprazo. Nos Estados onde está em funcionamento, oInfopol contribuiu para diminuir a demanda reprimida,além de ajudar no controle da produtividade e dosresultados obtidos pelos policiais, gerar estatísticapara divulgação e estabelecimento de metas,acompanhamento e cobrança de resultados; e

identificar a migração criminal na modalidade, notempo e no espaço. O Estado de Pernambuco, porexemplo, ocupava o primeiro lugar no ranking nacionalde registro de homícidios e, um ano depois deimplantar o Infopol, passou para o quinto lugar.Conforme a Fundação Atech, a implementação doprograma envolve procedimentos administrativos eoperacionais e capacitação gerencial. Aliados àaplicação da TI para a coleta qualificada deinformações, ao monitoramento em larga escala eanálise criminal, constitui-se num instrumento para aatuação estratégica, tática, operacional eadministrativa, destinado às polícias Civil e Militar, aoCorpo de Bombeiros, às Guardas Municipais, à DefesaCivil, ao Sistema Prisional, ao Ministério público, entreoutras entidades estaduais e municipais. Na esferafederal, destina-se ao Departamento de PolíciaFederal, ao Departamento de Polícia RodoviáriaFederal e à Secretária Nacional de Segurança Públicado Ministério da Justiça.A Fundação Atech destaca que tão importante quantoa capacitação dos profissionais é a normalização dainterpretação das ocorrências, para evitar que ummesmo evento seja registrado de forma diferente nosdiversos órgãos do Estado. Da mesma forma, os BOseletrônicos seguem um padrão para o registro deinformações para a análise criminal e parainvestigações, ações judiciárias e administraçãopenitenciária para uniformizar a informação. As açõesfuturas devem ser correlacionadas com eventosanteriores, como o pagamento de resgate de umevento de seqüestro, a ocorrência de morte comevento de roubo, etc.“Os boletins de ocorrências manuais e eletrônicos sãounificados de forma a assegurar a abordagem detodas as informações do ciclo completo de polícia,condição fundamental para padronização dosregistros, facilitando o processo digital, o arquivo e acomposição de um histórico”, explica Marcelo Ribeirode Almeida, da Fundação Atech.A ferramenta de TI adotada, chamada de Infopol, é umsistema composto por duas unidades: a de coleta dedados e a de análise. Ambas são operadas emambiente web, usando tecnologias de mapeamentogeorreferenciado, imagens em nível do solo, imagensaéreas e imagens de satélite de baixa altitude,comunicações móveis e os conceitos dedatawarehouse, datamining e datamart.

Infopol: a inteligênciacontra o crime.

Fundação AtechProjeto:Infopol – Programa para Prevenção e Controle deOcorrências Criminais

Parceiros: Secretarias de Segurança dos Estados dePernambuco, Acre, Ceará, Amazonas e Mato GrossoTempo de desenvolvimento do projeto: Pernambuco– 2 anos; no Acre – 2 anos; no Amazonas – 9 meses;no Ceará – 9 meses; no Mato Grosso - 4 mesesCusto de implementação: R$ 3,9 milhões (a suíte comtodos os módulos de análise e de coleta de informações,que são: BO eletrônico, inquérito policial, análise matricial,espacial, estatística mapeada e análise distribuída)Ferramentas tecnológicas utilizadas: PlataformaWeb (JAVA); Ferramenta de GIS (Sistema de InformaçõesGeográficas); Ferramenta de BI (Business Intelligence)Sistemas operacionais: Windows e Linux

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O governo do Estado de São Paulo quermassificar as compras por meio da

modalidade de pregão eletrônico em 2006. ODecreto 49.722, de junho de 2005,estabeleceu o prazo de seis meses para que opregão eletrônico passasse a ser usado para aaquisição de bens comuns e contratação deserviços — à exceção de obras de grandeporte — sem limite de orçamento. Ao mesmotempo em que o Executivo e o Legislativotrabalhavam na regulamentação, a SecretariaEstadual da Fazenda, em parceria com aCompanhia de Processamento de Dados doEstado de São Paulo (Prodesp), desenvolveu eimplementou o sistema de pregão — emcaráter de piloto na própria Secretaria — que,em 2006, passa a integrar oficialmente a BEC(Bolsa Eletrônica de Compras).Nesse projeto, foram investidos cerca deR$ 1,3 milhão, sendo que parte veio definanciamento do Banco Interamericano deDesenvolvimento (BID). E a expectativa dogoverno é de que os 1,6 mil órgãos queutilizam a BEC passem a comprar pela novamodalidade.O índice de economia e a agilidade dosprocessos são os apelos mais fortes. Só naprimeira compra por pregão, realizada pelaSecretaria, em agosto de 2005 — durante opiloto —, a economia registrada na compra de15 mil pacotes de papel A4 foi de 21%. Se nométodo tradicional de compras umaconcorrência pública leva, no mínimo, 60 dias, opregão eletrônico é praticamente instantâneo:do anúncio ao fechamento da compra de papelnão se passaram mais do que oito dias, sendoque a homologação foi feita no mesmo dia, aentrega em dez dias e o pagamento em 40 dias.Esse workflow ágil só é possível porque, portrás das ferramentas de pregão, existe umabase transacional unificada, sólida epadronizada, que interliga o órgão público aofornecedor, do aviso de licitação até aexecução orçamentária.Desde 2000, o governo adotou a BEC paraaquisição de bens por meio de cotaçõeseletrônicas, um ambiente online e em temporeal, que integra toda a cadeia de suprimentos;

houve um movimento de centralização dosistema de compras e a descentralização daoperação dos processos de aquisição.Essa solução está mais do que madura. Com autilização do sistema pelos 1,6 mil usuários,em 2005, a BEC movimentou R$ 100 milhõesna compra de 171 mil itens e gerou economiade aproximadamente 28%.Para desenvolver a aplicação de pregão, aFazenda, a Prodesp e o CQGP (Comitê deQualidade da Gestão Pública) estabeleceramcinco grupos de trabalho — legislação,desenvolvimento de sistemas, cadastro únicode fornecedores, catálogo de produtos e bancode preços — incumbidos de revisar osprocessos de trabalho, bem como unificar epadronizar procedimentos, produtos e serviços.No caso do catálogo de produtos, por exemplo,estão sendo padronizados os 33 mil itens jácadastrados nas compras pela BEC e, a partirde 2006, serão incluídos cerca de 3 mil tiposde serviços. Os fornecedores — cerca de 8 milque atendem pela Bolsa — estão sendounificados no catálogo. Já com a adoção dobanco de preços, cuja metodologia está sendodesenvolvida, a expectativa é nivelar o valor decada item no menor preço possível.

São Paulo: toda a forçaao pregão eletrônico.

Secretaria de Estado dos Negóciosda Fazenda de São PauloProjeto:Pregão Eletrônico

Parceiros - Prodesp, Comitê de Qualidade da GestãoPública da Casa Civil e Procuradoria Geral do EstadoFinanciamento – Banco Interamericano deDesenvolvimentoParceiro tecnológico - MicrosoftTempo de desenvolvimento – seis mesesImplementação – julho de 2005Custo – R$ 1,3 milhãoHardware – IntelSoftware – MicrosoftRedução de tempo – de 60 dias para oito diaswww.bec.sp.gov.br

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A Empresa de Processamento de Dados do RioGrande do Sul (Procergs) foi procurada pelo

Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul),em 2003, para desenvolver um portal de compraseletrônicas que pudesse competir com osmarketplaces do Banco do Brasil e da CaixaEconômica Federal. Três anos depois, osresultados obtidos com o portal – o valornegociado até outubro de 2005, por exemplo, foide R$ 98 milhões e a economia gerada para osclientes ficou na casa dos 10% – foram tãopositivos que o Banrisul percebeu que tecnologia éum diferencial para seus clientes. Notou tambémque a TI é um tema estratégico em se tratando declientes do setor público, em especial osmunicípios, que têm poucas ferramentas para ocontrole das contas públicas para cumprir a Lei deResponsabilidade Fiscal.Mais uma vez o banco estadual procurou aProcergs. Dessa vez para uma iniciativa bemmaior: consolidar o Metrópole, pacote de soluçõesde gestão para apoiar o processo deinformatização e modernização dasadministrações municipais.A Procergs estava a meio caminho, já que os

municípios sempre procuravam a empresa embusca de apoio e de soluções. Com isso, parte dopacote estava pronta e é composta por sistemas eaplicativos já desenvolvidos pela própria empresa,entre eles: folha de pagamento, controle dematrículas, correio eletrônico (Direto) e a soluçãode gestão de biblioteca.Outros sistemas necessários para a informatizaçãodos municípios, que a Procergs não tem naprateleira, estão em processo de homologação.A empresa está demandando mais cinco tipos desoluções para compor o pacote: ouvidoria, controlehospitalar, controle de IPTU e controle de ISS, alémde cobrança de dívida ativa e portal eletrônico.Já estão aptas a oferecer a solução dentro doMetrópole, a Decision Warehouse, com um sistemade gestão hospitalar, e a Teleparticipação, com asferramentas de ouvidoria. A Procergs estima quepelo menos 15 parceiros deverão ser habilitadospara fornecer soluções dentro do pacote aolongo de 2006.Para evitar reclamações do setor privado, aProcergs fez chamada pública para fecharparcerias, em vez de desenvolver sozinha opacote. Além disso, pretende estimular asempresas do Rio Grande do Sul. Em se tratandode vender soluções de tecnologia para osmunicípios, em sua maioria sem recursos parafechar um orçamento específico para a área de TI,foi necessário que a Procergs e o Banrisuldesenvolvessem um modelo de negócios flexível.O modelo comercial escolhido foi o Application ServiceProvider (ASP). Ou seja, a prefeitura paga pelautilização do software como serviço e os sistemasficam hospedados no datacenter da Procergs, quetambém fornece a equipe de desenvolvimento esuporte ao pacote. Já o Banrisul entra com a linha decrédito que deve estimular a modernização do parquede equipamentos.Por último, entrou como parceiro o Tribunal deContas do Estado, que certifica e também estimulaa utilização do pacote para reforçar a necessidadede os municípios estarem alinhados com a Lei deResponsabilidade Fiscal. Para suportar a demandaesperada, a Procergs está investindo R$ 300 milna aquisição de novas máquinas para aumentar oprocessamento e a capacidade dearmazenamento.

A solução da Procergspara os municípios gaúchos

ProcergsProjeto:Metrópole

Parceiros de Negócios – Banrisul e Tribunal de Contasdo EstadoSistemas da Procergs – folha de pagamento, controlede matrículas, correio eletrônico (Direto) e a solução degestão de bibliotecaSistemas de outras empresas – gestão hospitalar,ISS e IPTU eletrônicos, Ouvidoria e Relacionamento ePortal de Gestão Governamental (em homologação)Parceiros Homologados – Decision Warehouse (sistemade gestão hospitalar) e Teleparticipação (ouvidoria)Tempo de Desenvolvimento – dez mesesImplementação - dezembro de 2005Investimento – R$ 300 milFinanciamento e comercialização – Banrisulwww.procergs.com.br

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A Empresa de Processamento de Dados do RioGrande do Sul (Procergs) foi procurada pelo

Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul),em 2003, para desenvolver um portal de compraseletrônicas que pudesse competir com osmarketplaces do Banco do Brasil e da CaixaEconômica Federal. Três anos depois, osresultados obtidos com o portal – o valornegociado até outubro de 2005, por exemplo, foide R$ 98 milhões e a economia gerada para osclientes ficou na casa dos 10% – foram tãopositivos que o Banrisul percebeu que tecnologia éum diferencial para seus clientes. Notou tambémque a TI é um tema estratégico em se tratando declientes do setor público, em especial osmunicípios, que têm poucas ferramentas para ocontrole das contas públicas para cumprir a Lei deResponsabilidade Fiscal.Mais uma vez o banco estadual procurou aProcergs. Dessa vez para uma iniciativa bemmaior: consolidar o Metrópole, pacote de soluçõesde gestão para apoiar o processo deinformatização e modernização dasadministrações municipais.A Procergs estava a meio caminho, já que os

municípios sempre procuravam a empresa embusca de apoio e de soluções. Com isso, parte dopacote estava pronta e é composta por sistemas eaplicativos já desenvolvidos pela própria empresa,entre eles: folha de pagamento, controle dematrículas, correio eletrônico (Direto) e a soluçãode gestão de biblioteca.Outros sistemas necessários para a informatizaçãodos municípios, que a Procergs não tem naprateleira, estão em processo de homologação.A empresa está demandando mais cinco tipos desoluções para compor o pacote: ouvidoria, controlehospitalar, controle de IPTU e controle de ISS, alémde cobrança de dívida ativa e portal eletrônico.Já estão aptas a oferecer a solução dentro doMetrópole, a Decision Warehouse, com um sistemade gestão hospitalar, e a Teleparticipação, com asferramentas de ouvidoria. A Procergs estima quepelo menos 15 parceiros deverão ser habilitadospara fornecer soluções dentro do pacote aolongo de 2006.Para evitar reclamações do setor privado, aProcergs fez chamada pública para fecharparcerias, em vez de desenvolver sozinha opacote. Além disso, pretende estimular asempresas do Rio Grande do Sul. Em se tratandode vender soluções de tecnologia para osmunicípios, em sua maioria sem recursos parafechar um orçamento específico para a área de TI,foi necessário que a Procergs e o Banrisuldesenvolvessem um modelo de negócios flexível.O modelo comercial escolhido foi o Application ServiceProvider (ASP). Ou seja, a prefeitura paga pelautilização do software como serviço e os sistemasficam hospedados no datacenter da Procergs, quetambém fornece a equipe de desenvolvimento esuporte ao pacote. Já o Banrisul entra com a linha decrédito que deve estimular a modernização do parquede equipamentos.Por último, entrou como parceiro o Tribunal deContas do Estado, que certifica e também estimulaa utilização do pacote para reforçar a necessidadede os municípios estarem alinhados com a Lei deResponsabilidade Fiscal. Para suportar a demandaesperada, a Procergs está investindo R$ 300 milna aquisição de novas máquinas para aumentar oprocessamento e a capacidade dearmazenamento.

A solução da Procergspara os municípios gaúchos

ProcergsProjeto:Metrópole

Parceiros de Negócios – Banrisul e Tribunal de Contasdo EstadoSistemas da Procergs – folha de pagamento, controlede matrículas, correio eletrônico (Direto) e a solução degestão de bibliotecaSistemas de outras empresas – gestão hospitalar,ISS e IPTU eletrônicos, Ouvidoria e Relacionamento ePortal de Gestão Governamental (em homologação)Parceiros Homologados – Decision Warehouse (sistemade gestão hospitalar) e Teleparticipação (ouvidoria)Tempo de Desenvolvimento – dez mesesImplementação - dezembro de 2005Investimento – R$ 300 milFinanciamento e comercialização – Banrisulwww.procergs.com.br

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A criação de um sistema para o cadastro deserviços terceirizados

(www.terceirizados.sp.gov.br) ajudou o governo doEstado de São Paulo a zerar o déficitorçamentário, que era de 21,7% da receita totalem 1994. O sistema, acessível com uso de senharestrita, completa-se com o site do cadastro deterceiros (www.cadter.sp.gov.br).As ferramentas permitiram controlar agestão dos contratos terceirizados, mantidos portodos os órgãos da administração pública.O cadastro consiste em um banco de dados queconsolida informações de todos os contratos deterceirização do Estado, ao qual estãoconectadas todas as secretarias, autarquias,fundações e empresas públicas. Por meio dosistema foi possível estabelecer umgerenciamento ágil e eficiente de todos oscontratos terceirizados, além de fornecimento desubsídios às novas contratações e negociaçõescom fornecedores.“Essa nova maneira de gerir os negócios públicosresultou em grande economia de recursos eensejou uma modificação substancial nospadrões de gestão tradicional da administração”,diz Roberto Agune, que coordenou o SistemaEstratégico de Informações da Casa Civile hoje está na Fundap (Fundação doDesenvolvimento Administrativo), vinculada àSecretaria da Casa Civil do Governo do Estadode São Paulo.Atualmente esse cadastro reúne informações de42.914 contratos, dos quais 6.961 ativos,envolvendo cerca de R$ 8,8 bilhões. Desde quefoi implantado, em janeiro de 1995, gerou umaeconomia de R$ 11,4 bilhões para o Estado,resultado da redução total de gastos mensaiscom serviços terceirizados no período (janeiro de1995 a janeiro de 2005).Segundo o governo paulista, o sistema de gestãodos contratos de serviços terceirizadospossibilitou ao governo uma visão geral eatualizada da terceirização no Estado, contribuiupara a transparência nas contratações deserviços terceirizados e para a criação de umarede informatizada, que disponibiliza a todos os

órgãos da administração pública informaçõesconfiáveis e transparentes dos serviçosterceirizados contratados pelo governo.Hoje, estão disponíveis no sitewww.cadterc.sp.gov.br estudos detalhadosdos serviços terceirizados de característicascomuns aos diversos órgãos da administraçãopública. Essa organização permite estabelecerorientações gerais sobre especificação técnica,composição de custos para determinação depreços referenciais, na prestação de serviçosrelativos a: vigilância e segurança patrimonial;controle, operação e fiscalização de portarias eedifícios; limpeza, asseio e conservação predial;transporte de funcionários, sob o regime defretamento contínuo; nutrição e alimentação depresos; nutrição e alimentação de adolescentesatendidos pela Febem; limpeza hospitalar;nutrição e alimentação hospitalar; nutrição ealimentação a aervidores e ampregados;lavanderia hospitalar; moto-frete; e gasesmedicinais.

São Paulo tem afórmula do déficit zero

FundapProjeto:Sistema de Gerenciamento de Contratos de ServiçosTerceirizados

Parceiros – Prodesp (Companhia de Processamentosde Dados do Estado de São Paulo), Casa Civil,Corregedoria Geral da Administração, Auditoria daFazenda do Estado e Tribunal de Contas do EstadoParceiro de tecnologia – IBMTempo de desenvolvimento – 15 mesesImplementação – 1999Custo – R$ 157 milEconomia – R$ 11,49 bilhões (de 1995 até 2005)Hardware – HP e IntelSoftware – Microsoft e IBMNúmero de usuários – 1,9 mil gestores de contrato egoverno de SPwww.terceirizados.sp.gov.brwww.cadter.sp.gov.br

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A criação de um sistema para o cadastro deserviços terceirizados

(www.terceirizados.sp.gov.br) ajudou o governo doEstado de São Paulo a zerar o déficitorçamentário, que era de 21,7% da receita totalem 1994. O sistema, acessível com uso de senharestrita, completa-se com o site do cadastro deterceiros (www.cadter.sp.gov.br).As ferramentas permitiram controlar agestão dos contratos terceirizados, mantidos portodos os órgãos da administração pública.O cadastro consiste em um banco de dados queconsolida informações de todos os contratos deterceirização do Estado, ao qual estãoconectadas todas as secretarias, autarquias,fundações e empresas públicas. Por meio dosistema foi possível estabelecer umgerenciamento ágil e eficiente de todos oscontratos terceirizados, além de fornecimento desubsídios às novas contratações e negociaçõescom fornecedores.“Essa nova maneira de gerir os negócios públicosresultou em grande economia de recursos eensejou uma modificação substancial nospadrões de gestão tradicional da administração”,diz Roberto Agune, que coordenou o SistemaEstratégico de Informações da Casa Civile hoje está na Fundap (Fundação doDesenvolvimento Administrativo), vinculada àSecretaria da Casa Civil do Governo do Estadode São Paulo.Atualmente esse cadastro reúne informações de42.914 contratos, dos quais 6.961 ativos,envolvendo cerca de R$ 8,8 bilhões. Desde quefoi implantado, em janeiro de 1995, gerou umaeconomia de R$ 11,4 bilhões para o Estado,resultado da redução total de gastos mensaiscom serviços terceirizados no período (janeiro de1995 a janeiro de 2005).Segundo o governo paulista, o sistema de gestãodos contratos de serviços terceirizadospossibilitou ao governo uma visão geral eatualizada da terceirização no Estado, contribuiupara a transparência nas contratações deserviços terceirizados e para a criação de umarede informatizada, que disponibiliza a todos os

órgãos da administração pública informaçõesconfiáveis e transparentes dos serviçosterceirizados contratados pelo governo.Hoje, estão disponíveis no sitewww.cadterc.sp.gov.br estudos detalhadosdos serviços terceirizados de característicascomuns aos diversos órgãos da administraçãopública. Essa organização permite estabelecerorientações gerais sobre especificação técnica,composição de custos para determinação depreços referenciais, na prestação de serviçosrelativos a: vigilância e segurança patrimonial;controle, operação e fiscalização de portarias eedifícios; limpeza, asseio e conservação predial;transporte de funcionários, sob o regime defretamento contínuo; nutrição e alimentação depresos; nutrição e alimentação de adolescentesatendidos pela Febem; limpeza hospitalar;nutrição e alimentação hospitalar; nutrição ealimentação a aervidores e ampregados;lavanderia hospitalar; moto-frete; e gasesmedicinais.

São Paulo tem afórmula do déficit zero

FundapProjeto:Sistema de Gerenciamento de Contratos de ServiçosTerceirizados

Parceiros – Prodesp (Companhia de Processamentosde Dados do Estado de São Paulo), Casa Civil,Corregedoria Geral da Administração, Auditoria daFazenda do Estado e Tribunal de Contas do EstadoParceiro de tecnologia – IBMTempo de desenvolvimento – 15 mesesImplementação – 1999Custo – R$ 157 milEconomia – R$ 11,49 bilhões (de 1995 até 2005)Hardware – HP e IntelSoftware – Microsoft e IBMNúmero de usuários – 1,9 mil gestores de contrato egoverno de SPwww.terceirizados.sp.gov.brwww.cadter.sp.gov.br

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O Sítio do Pregão (www.pregao.sp.gov.br),instituído pelo governo do Estado de São

Paulo em 2003, reúne informações não apenasdos pregões que serão realizados como tambémdos já realizados pela administração pública dogoverno estadual. Assim, é possível saber no site que,de 2003 até novembro de 2005, foram realizadospelo governo do Estado de São Paulo 38.616pregões (31.538 encerrados), com um volumenegociado de R$ 14,5 bilhões – e redução de 19,22%nos custos (economia de R$ 2,78 bilhões). Asinformações estão organizadas de modo a permitiruma consulta de item a item do que será ou foicomprado ou contratado pelo governo; visualizar ovalor unitário de cada item e identificar o quanto aadministração pretendia pagar, o quanto pagou, e oresultado do valor unitário decorrente danegociação de produto por produto, comidentificação do fornecedor.“O Sítio do Pregão é um centro de conhecimento emconstante construção, propiciando a sociedade aampla transparência de todas as compras dogoverno, e aos pregoeiros de toda a nação umaimportante ferramenta de trabalho, com a utilizaçãode um fantástico banco de preços por produto e por

fornecedor”, resume Roberto Agune, da Fundap(Fundação do Desenvolvimento Administrativo), órgãovinculado à Secretaria da Casa Civil do governo doEstado de São Paulo.Agune lembra que o governo de São Paulo deu inícioàs licitações na modalidade pregão em 2002, quandoregulamentou seu uso, na administração pública, pordecreto e, na administração direta e autárquica, pormeio de uma resolução do Comitê Estadual de GestãoPública. A adoção do novo sistema de compras foigradativa e uma das ações prioritárias foi otreinamento e a capacitação dos servidores públicosda área de licitação e contratação – entre pregoeirose equipe de apoio já foram capacitados 3,7 milservidores, e o governo mantém, pela Fundap, cursosde Técnicas de Negociação, de Comunicação e deDesenvolvimento Profissional.Para facilitar o ritual do pregão, a Casa Civil, emparceria com a Sabesp e a Prodesp, desenvolveu oaplicativo Sistema de Acompanhamento de PregãoPresencial (SAPP) para ser utilizado como suporteoperacional pelos pregoeiros e equipe de apoiodurante a sessão de abertura, credenciamento,propostas, lances, negociação e a geração das atascorrespondentes.O processo foi consolidado com a implementação doSítio do Pregão na Internet, que hoje traz informaçõessobre legislação, editais padrão (tem quatro modelosde minutas de editais elaboradas pela ProcuradoriaGeral do Estado); estudo do cadastro de serviçosterceirizados, com preços máximos de aceitabilidade;catálogo de materiais; informações sobre o sistemade apoio ao pregoeiro, e o cadastro de pregões, meioeletrônico de acesso restrito, para que os órgãos daadministração pública estadual registrem asinformações sobre todos os pregões.As compras por pregão geram economia,transparência e ganho de tempo. No processocomum, a escolha do vencedor chega a demoraraté 120 dias, enquanto no pregão isso ocorre nomesmo dia. Se nenhuma empresa participanteentrar com recurso, num prazo de dez dias oresultado sairá publicado no Diário Oficial. Caso hajacontestação por parte das concorrentes, oprocesso licitatório levará em média 15 dias. Alémdisso, beneficia as micro e pequenas empresas quetêm mais chances de participar das concorrênciasrealizadas por meio de pregão.

Todos os pregões de SPno mesmo endereço

Fundap e Sistema Estratégico deInformações (SEI) da Casa Civil dogoverno de São PauloProjeto:Sítio do Pregão

Parceria - Sabesp e ProdespTempo de desenvolvimento – 12 mesesImplementação – janeiro de 2003Custo – R$ 219 milHardware - IntelSoftware – IBM e MicrosoftNúmero de usuários – 1,6 mil unidades compradorasdo Estado e o governo como um todoNúmero de pregões – 38.616 (até novembro de2005)Volume negociado – R$ 14,5 bilhõesEconomia – R$ 2,7 bilhõeswww.pregao.sp.gov.br

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Só no primeiro semestre de 2005 o governo doEstado de São Paulo desembolsou

R$ 6 milhões para escoltar mais de 125 mil presosa caminho das audiências no Estado. Para essalogística foram envolvidos cerca de 96 mil oficiaisdas polícias civil e militar, mobilizando quase 34 milviaturas. Esses números dão uma noção de quantoé alto o gasto público com o trânsito de presospara responderem seus crimes perante a Justiça.Para tentar reverter esse quadro, e também paraaumentar a segurança da população e agilizar osprocessos judiciais, a Secretaria de AdministraçãoPenitenciária (SAP), com apoio da Companhia deProcessamento de Dados do Estado de São Paulo(Prodesp), desenvolveu um modelo devideoconferência para teleaudiência. Com omodelo, os presos podem participar remotamentedos julgamentos e das tomadas de depoimentodas testemunhas.Essa iniciativa foi possível, em parte, porque umaMedida Provisória, de fevereiro de 2002,estabelecia que estabelecimentos penitenciárioou prisional tivessem instalações e equipamentosque possibilitassem o trâmite processual adistância e em tempo real.Em funcionamento desde 2004, o sistema,desenvolvido e implementado em dois anos,passou por um longo período de testes. Foramfeitas pelo menos 30 audiências – inclusive emconexão com o presídio de segurança máxima dePresidente Bernardes – antes que fosse adotadoem escala maior.Atualmente, o sistema está instalado em 12 salas,sendo seis varas na cidade de São Paulo emcomunicação com seis Centros de DetençãoProvisória (CDP) em Guarulhos, Osasco, PresidenteBernardes e em três diferentes localidades dacidade de São Paulo.Ao todo são 20 aparelhos de telefonia IP e 12equipamentos de videoconferência conectados pelaIntraGov a uma Unidade de Controle Multiponto(MCU), que possibilita a distribuição de imagens emmais de três pontos simultaneamente. Além disso, foidesenvolvido um sistema de gravação, denominadoxCoference (BroadNeeds), que faz a gravação emdois ângulos diferentes (de plano aberto e da mão)do momento em que o réu assina um documento.Como resultado, nessa primeira etapa de

estabilização do sistema antes de ser estendidopara outras localidades e âmbitos, cada sala podefazer cerca de oito teleaudiências diárias, maisque o dobro das audiências presenciais, com umcusto de apenas R$ 128. Só no mês de agosto de2005, foram realizadas 131 teleaudiências – numúnico dia, uma vara fez 11 teleaudiências. ASecretaria de Administração Penitenciária estimaque nesse período foram realizadas 1.056teleaudiências sem a participação de 456 policiaise sem a utilização de 163 viaturas – que ficaramliberados para fazer policiamento.Mas para conseguir chegar a um sistema quefosse seguro e eficiente, a Secretaria ouviu a CasaCivil, a Prodesp, Escola Paulista de Magistratura, aSecretaria de Segurança Pública, o MinistérioPúblico, o Poder Judiciário, a Procuradoria Geraldo Estado e todas as entidades envolvidas antesde desenvolver o edital. Com o edital pronto, aSecretaria contratou, por meio da Prodesp, a AynilSoluções, integradora que coordenou aimplementação das soluções. A BroadNeeds foi aempresa responsável pelo desenvolvimento dosistema de gravação das audiências; o sistema e osequipamentos de videoconferência são da Tandberg,implementados pela TES Tecnologia; já os telefonesIP são da Cisco. A Secretaria vai investirR$ 5 milhões até 2007 na ampliação do sistema.

Teleaudiência.E SP reduz o deslocamento de presos.

Secretaria de Assuntos PenitenciáriosProjeto:Teleaudiência por Videoconferência nos Tribunais doEstado de São Paulo

Parceiros - Prodesp, Tribunal de Justiça e Casa CivilIntegrador - Aynil SoluçõesParceiros tecnológicos – BroadNeeds (sistema degravação), Cisco (telefones IP), Tandberg e TESTecnologiaTempo de desenvolvimento – dois anosImplementação – 2004Investimento – R$ 5 milhões em dois anosHardware – Tandberg, Cisco e DellSoftware – BroadNeeds e TandbergPlataforma – MicrosoftPontos instalados no Estado – 12

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É indiscutível o papel do computador comoferramenta de educação e interação e da

Internet como meio de democratização dainformação e acesso a todos os tipos deserviços. Mas será que se tem cumprido o papeldessas ferramentas quando se trata do acessode pessoas com necessidades especiais?Aparentemente não. Últimos dados do censorevelam que dos 180 milhões de habitantes doBrasil, mais de 16 milhões têm algum tipo dedeficiência visual, sendo que cerca de 160 milsão completamente cegos. O quadro daalfabetização entre os deficientes visuais ébastante precário: apenas 9,76% tiveram aoportunidade de se alfabetizar e ter umaprofissão. Em relação à informática, a realidadeé ainda mais pessimista: somente 0,5%dessas pessoas têm acesso às facilidades docomputador.Mas aos poucos, se depender do ServiçoFederal de Processamento de Dados (Serpro),esse quadro vai mudar. Tomando a dianteira noprocesso de disseminar a importância daacessibilidade, o Serpro criou duas frentes deatuação: disseminação das melhores práticasno desenvolvimento de portais com acesso parausuários com deficiência visual e distribuiçãode um sistema que garante o acessodesses usuários aos computadores.Em 2004, o Serpro criou o Sítio de Acessibilidadena Web, www.serpro.gov.br/acessibilidade,

espaço dedicado ao assunto, onde se encontrauma biblioteca e o link Guia Para Tornar PáginasMais Acessíveis. No guia, baseado nas diretrizespreconizadas pela W3C — organizaçãointernacional que estabelece as melhorespráticas em Internet —, o Serpro fazrecomendações dirigidas aos técnicos ecriadores de páginas web. Essas indicações vãoda forma mais adequada de apresentação doconteúdo até as melhores formas deestruturação dos scripts de desenvolvimento.Em outra frente, o Serpro, segundo indicaçãodo próprio Governo Federal, uniu-se ao CPqD(Centro de Pesquisa e Desenvolvimento emTelecomunicações) para desenvolver umasolução aberta que permitirá aos cegos edeficientes visuais utilizarem o computador.Até então, a única maneira de esses usuáriospoderem operar um equipamento era adquirindouma licença do sistema Microsoft e programasleitores de tela, implicando um custo de nãomenos do que R$ 2,5 mil, valor impraticável pelamaior parte de usuários com essa necessidade.Então, como forma alternativa de acesso, foramconcebidos dois sistemas importantes: o LeituraEletrônica — Letra e o Sistema Interativo deNavegação Linux — Sinal. Ambos visam ainclusão digital dos deficientes visuais. Assoluções, baseadas em software livre,transformam as palavras escritas em sons.Os sistemas serão distribuídos em um CDque se executa automaticamente noequipamento do usuário.E estão em acordo com a resolução daOrganização das Nações Unidas (ONU) notratamento dos direitos das pessoas comdeficiências visuais.O Serpro está conversando com o Ministérioda Educação para estabelecer a melhor logísticade distribuição dos CDs. Já se sabe que serãodistribuídos, gratuitamente, nas bibliotecas enas escolas, bem como nas instituições voltadaspara pessoas com as deficiências. O Sinal rodaem DOSVOX, desenvolvido pela UFRJ, baseadoem Linux. Já o sistema de síntese de voz doLetra é de propriedade do CPqD.

As palavras viram sons,para dar acesso aos deficientes.

SerproProjeto:Leitura Eletrônica - Letra

Parceiro – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento emTelecomunicações (CPqD)Tempo de desenvolvimento – 12 mesesLançamento - dezembro de 2005Custo – R$ 42 milSoftware – software de leitura eltrônica de documentosdesenvolvido pelo CPqD e DOSVOX da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (UFRJ)www.serpro.gov.br/acessibilidade

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O governo do Paraná implementa, de formagradativa, conceitos de governo eletrônico,

em um modelo que está baseado na transparênciada gestão pública, sempre tendo a Tecnologia daInformação como ferramenta para viabilizar amodernização nas formas de acompanhamento efiscalização de suas ações. Uma dessas iniciativasé o Portal de Gestão do Dinheiro Público –www.gestaododinheiropublico.pr.gov.br –,desenvolvido e implementado, em 2004, pelaCompanhia de Processamento de Dados doParaná (Celepar) em parceria com a Secretaria deFazenda do Estado.O portal, que recebe uma média de 45 mil visitas pormês, é uma ferramenta centralizadora de todas asinformações para a prestação de contas do governoà sociedade. Ou seja, todo pagamento feito pelogoverno é publicado no portal e o cidadão temacesso aos repasses federais e estaduais aosmunicípios do Estado, bem como à lista completados gastos do Estado, inclusive com odetalhamentos de valores e beneficiários.Além de publicar documentos exigidos na legislaçãofiscal vigente, que determina a veiculação do PlanoPlurianual, Orçamento Anual, Balanço Geral doEstado e demonstrativos da Lei de ResponsabilidadeFiscal, o site facilita a obtenção de informações pelocidadão comum. Aliás, essa foi uma das principaispreocupações que nortearam a estruturação doportal: a usabilidade e a legibilidade das informaçõesa serem disponibilizadas. Visando estabelecer umcanal direto com a sociedade, o site veicula asinformações de maneira que o cidadão comumpossa compreendê-las. E para evitar que asinformações técnicas, difíceis de seremcompreendidas, fossem simplesmente jogadas noportal, a equipe de desenvolvimento criou umglossário para organizar e decodificar qualquertermo técnico contábil.Algumas ferramentas são consideradas inovadorasno quesito transparência. Estão disponíveis no portal:a publicação integral de todos os desembolsosefetuados pelo poder executivo estadual, seja qualfor o valor e o beneficiário; os valores repassadosaos municípios são divulgados no portal, até as 20hdo dia anterior ao do crédito na conta-corrente dasprefeituras, com valores separados por tipo dareceita (ICMS, IPVA, entre outros); a divulgação da

lista completa dos precatórios pendentes por ordemde pagamento e atualizada mensalmente ou sempreque ocorrem pagamentos; a publicação integral decontratos assinados pelo executivo na concessão derodovias ou de incentivos fiscais especiais.Outra inovação é que o portal de Gestão do DinheiroPúblico não corre o risco de ser desativado com atroca de administração. Simplesmente porque éresultado de um decreto do Estado do Paraná, denovembro de 2004, que prevê o alinhamento daconduta pública estadual à Lei de ResponsabilidadeFiscal e aos modelos de transparência e ética nagestão. Isso significa que, por meio da Internet, ocidadão sempre terá à sua disposição informaçõespara o acompanhamento dos gastos do governo.Com essa iniciativa, o governo de Paraná, pretendeestimular a cultura de prestação de contas comouma obrigação do Estado e não como um benefício.Além disso, essa prática visa inibir práticas ilícitaspor parte dos administradores públicos ou credoresdo governo e permitir que a sociedade civilorganizada e os cidadãos ajudem o poder público, oTribunal de Contas, a Ouvidoria e as CorregedoriasPúblicas a fiscalizarem o uso do dinheiro público.Da concepção ao desenvolvimento do projeto, tudofoi conduzido internamente pela Celepar e pelaSecretaria de Fazenda, que investiram mais de 950horas de trabalho e R$ 85 mil.

O Paraná presta contasao contribuinte. Via portal.

CeleparProjeto:Portal de Gestão do Dinheiro Público

Parceiro – Secretaria de Estado da Fazenda do ParanáTempo de desenvolvimento – 17 semanasImplantação – Novembro de 2004Custo – R$ 85 milHardware – ZNET e HPSoftware – Linux Red Hat e OracleNúmero de visitas – 45 mil por mêswww.gestaododinheiropublico.pr.gov.br

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Com a expectativa de promover a democratização do acesso da sociedade às informações e

serviços disponíveis na Internet, o governo federalpublicou, em 2004, o decreto-lei 5.296, queobriga todos os portais eletrônicos daadministração pública, no prazo de um ano, aoferecer o acesso a deficientes visuais.Mas muito antes da regulamentação, o governo doParaná já tinha noção da importância de se levarcidadania aos portadores de deficiência visual. Em2003, a Companhia de Informática do Paraná(Celepar) lançou a versão do seu portal –www3.pr.gov.br/acessibilidade – para o acesso dedeficientes visuais.O projeto da versão nasceu sob a orientação daSecretaria Especial para Assuntos Estratégicos doEstado mas a adaptação ficou a cargo da Celepar,que viabilizou o projeto tecnologicamente.Isso foi possível principalmente porque, paradiscutir as melhores formas de se desenvolveruma interface sob medida, a Celepar foi a campopesquisar. E para ouvir quem mais precisava falar,realizou um Fórum de Acessibilidade. No evento,que reuniu técnicos em informática e portadoresde deficiência, foram definidos os padrões e asnecessidades específicas.Em apenas 45 dias estava no ar o novo portal.Tamanha agilidade, porque a versão é simples.Exigiu apenas que a equipe dedicadatransformasse o portal convencional, que é

carregado de imagens e fotos, em uma interfacesomente com texto que pudesse ser transformadoem voz. Ao longo de um ano os serviços foramadaptados e, hoje, à medida que surgem novosserviços, informações ou transações, já nascemcom a prerrogativa do acesso aos usuáriosespeciais.Depois de dois anos no ar é possível considerarque o Estado está entre as referências nacionaisem inclusão digital, seja pela abrangência dasinformações e serviços adaptados para o acessodesse público — permeia praticamente 100% doslinks —, seja pela qualidade da interface.É que a equipe de tecnologia da Celepar,extraoficialmente, conta com apoio de um controlede qualidade especial: funcionários da Seção deBraille da Biblioteca Pública do Paraná, usuáriosassíduos da interface fazem com freqüência umavarredura no portal para garantir que tudo estejarigidamente adaptado.O portal foi desenvolvido em software livreDOSVOX, da Universidade Federal do Rio deJaneiro. A Celepar não mensura o custo - todoprojeto foi desenvolvido internamente. O usuáriopode acessar o portal tanto utilizando sistemasabertos quanto proprietários.No site, os portadores de deficiência visualencontram todas as informações sobre o governodo Estado, listadas por áreas – administração,cultura, educação, fazenda, indústria, mapas,documentos, meio ambiente, saúde, entre outras –e, dispostas no lado esquerdo da página em umacoluna única. Esse recurso foi adotado parafacilitar a navegação pelo usuário. “Na medida emque o deficiente navega, o sistema digitaltransforma as letras em som e, assim, ele podesaber que tipo de informação está acessando”,explica Beatriz Barreto Brasileiro Lanza,coordenadora da divisão de governo eletrônico daCelepar. No portal, o usuário tem acesso a outrossites com recursos de acessibilidade. Porexemplo, a partir do link cultura, o usuário acessao link museus e bibliotecas que o remete para osite da Biblioteca Pública do Paraná, que tem umatendimento específico para deficientes visuais,com informações sobre os livros de seu acervoem formato eletrônico e em Braille.

O Paraná se antecipae oferece acesso aos deficientes

CeleparProjeto:Versão do Portal para Deficientes Visuais

Parceiro – Secretaria Especial para AssuntosEstratégicos do ParanáTempo de desenvolvimento – 45 diasImplementação – março de 2003Custo – não medidoSoftware – software livre DOSVOX sistema deacessibilidade desenvolvido pela Universidade Federaldo Rio de JaneiroNúmero de usuários – não há estatísticawww3.pr.gov.br/acessibilidade

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A Lei de Responsabilidade Fiscal diz que a“administração pública deverá manter sistemas

de custos que permitam a avaliação e oacompanhamento da gestão orçamentária,financeira e patrimonial”. E a regra estáfuncionando como mola propulsora de inovações.Os governos, também preocupados emtransformar e melhorar as gestões, enfrentam umgrave problema quando se trata dos investimentosem Tecnologia da Informação: medir, quantitativa equalitativamente, os benefícios de umaimplementação.Para fazer essa medição e aumentar atransparência, a Casa Civil do governo do Estadode São Paulo demandou da Fundação doDesenvolvimento Administrativo (Fundap) e daCompanhia de Processamento de Dados doEstado de São Paulo (Prodesp) uma solução quepudesse analisar e extrair, online e em tempo real,dados para servirem de base para um cálculoconstante da economia gerada com os processosautomatizados. Assim nasceu, em abril de 2004, oconceito do Relógio da Economia –www.relogiodaeconomia.sp.gov.br.Em sete meses, desenvolveu-se a metodologia quecompara os custos processuais anteriores àintrodução das tecnologias com aqueles apuradosapós a sua implantação. E se transformou no sitede Internet onde qualquer cidadão pode ver quantoo Estado está economizando com as comprasrealizadas por meio da Bolsa Eletrônica deCompras (BEC) no mês, no ano ou o acumuladodesde a implantação do sistema, em novembrode 2000.A metodologia resultou em três indicadores:redução de custos processuais para o governo epara o fornecedor e dos preços dos produtosnegociados.Os estudos de análise de redução feitos pela FFPesquisa & Consultoria, parceira para o projeto ebase para se desenvolver o conceito do Relógio,apontam que o uso da BEC tem proporcionadouma economia anual de cerca de R$ 94 milhões.Isso porque houve uma diminuição na média decusto processual de 51% – de R$ 1,7 mil paraR$ 844 – e de redução nos preços dos produtoscomercializados de cerca de 25%. Já osfornecedores obtiveram uma redução média do

custo no processo licitatório de 93% (passou deR$ 70 para R$ 5).O Relógio da Economia mede ainda a economia naprestação de serviços à população nos processosde identificação de cidadãos e retirada decertificados de antecedentes criminais. Foicomparada a geração dos documentos na PolíciaCivil, método tradicional, e no Poupatempo, centralúnica de serviços. O resultado mostra que o customédio total ponderado para todos os trâmitesanalisados é de R$ 48 para o processo tradicionale de R$ 34 para os postos do Poupatempo. Issoreverte em uma economia anual de R$ 50 milhõespara o Estado.Mas o Relógio não funciona apenas como métodode prestação de contas para a sociedade ou comoum marcador de índices de economia. Temapoiado a tomada de decisões do poderExecutivo. Com base nos resultados apontados nosite, o governo do Estado instituiu, em 2005, aobrigatoriedade da utilização dos meioseletrônicos para aquisição de bens comuns.E determinou a criação de mais três postosde atendimento do Poupatempo (Campinas,Osasco e Santos).O Estado estuda a incorporação da metodologiana avaliação de outros serviços prestados paramedir o ganho de eficiência e a economiaproporcionada pela introdução das inovaçõestecnológicas no setor público.

Relógio da Economia: SP conta asvantagens das compras eletrônicas.

FundapProjeto:Relógio da Economia

Parceiros – Secretaria da Casa Civil do Governo doEstado de São Paulo e ProdespTempo de desenvolvimento – sete mesesLançamento – Novembro de 2004Custo – R$ 437 milHardware – HP e IntelSoftware – MicrosoftNúmero de acessos – 50 mil em nove meseswww.relogiodaeconomia.sp.gov.br

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Secretaria da Fazenda do Estadode São PauloProjeto:Autorização para Impressão de Documentos Fiscais (AIDF)

Parceiro – ProdespTempo de desenvolvimento – sete mesesImplementação – março de 2005Custo – R$ 2,5 milhõesHardware – Sun MicrosystemsSoftware – Sun Microsystems, IBM e SybaseUsuários potenciais - 937 mil contribuintes doEstado; 135 mil contabilistas; 3 mil gráficas do Estadode São Paulo e 500 de outros EstadosUsuários internos – 3,5 mil agentes fiscais e 2 miltécnicos de apoiowww.pfe.fazenda.sp.gov.br

O Sistema Eletrônico de Autorização paraImpressão de Documentos Fiscais (AIDF

Eletrônica), implementado no Estado de São Paulopela Secretaria da Fazenda e pela Prodesp, recebeu337 mil solicitações nos primeiros seis meses defuncionamento, 54% (183.275) das quais liberadasautomaticamente. O sistema foi implementado noperíodo de agosto de 2004 a março de 2005, quandoo contribuinte passou a ter a opção de solicitar umaautorização para impressão de documentos fiscaisnas páginas do Posto Fiscal Eletrônico na Internet(www.pfe.fazenda.sp.gov.br). Essas autorizações sãousadas para se confeccionarem talonários e osistema eletrônico resultou em benefícios tambémpara as gráficas.No sistema antigo, o contribuinte era obrigado acomparecer ao Posto Fiscal com a última AIDF paraapresentar um novo pedido. O novo sistema facilitou otrabalho de cerca de 900 mil contribuintes paulistasdo ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias),de 3 mil gráficas do Estado de São Paulo e de 500gráficas de outros Estados (embora a autorização sejapara estabelecimentos localizados no Estado de SãoPaulo, há empresas que imprimem seus talonários emoutros Estados). A AIDF Eletrônica simplificou eagilizou o processamento dos pedidos de impressãode documentos fiscais e padronizou as regras para a

autorização em todo o Estado. Os contribuintestambém podem consultar a situação do pedido viaInternet. Além disso, o sistema permitiu à Secretariada Fazenda redução de 50% de atendimento nospostos fiscais e conseqüente redução nos custos deatendimento. Contribuiu ainda para diminuir as filasnos postos fiscais e para otimizar o tempo dosservidores, que faziam o atendimento presencial. ASecretaria de Fazenda destaca ainda que a adoção daAIDF Eletrônica na administração trouxe para ocontribuinte melhoria dos processos, redução decustos, ganho de qualidade, aumento de segurança,oferta de novos serviços, melhoria no atendimento aocidadão, qualidade dos serviços prestados etransparência. Para o Estado, o sistema possibilitou aredução no custo de administrar o ICMS e permitiu aofisco implantar controles automatizados deconsistência, efetuar cruzamentos de informações decontribuintes com estabelecimentos gráficos, bemcomo inibir fraudes na solicitação da AIDF.O sistema da AIDF Eletrônica atende 90% dasrequisições para impressão de documentos fiscais. Oscasos não contemplados, por ainda dependerem deoutros procedimentos, são os pedidos de impressãode formulário de segurança, de documentosautorizados por regime especial, de produtor rural, decontribuinte de outros Estados e de nota fiscalconjugada com conhecimento de transporte. Paraformular o pedido eletrônico, o interessado precisaapenas acessar a página do Posto Fiscal Eletrônico efornecer as informações sobre sua última AIDF empapel, para que possa efetuar o novo pedido, quepode abranger diversos estabelecimentos ou apenasuma unidade da empresa. No caso de microempresas(ME) e das empresas de pequeno porte, querepresentam de 70% a 80% das solicitaçõesrecebidas pelos Postos Fiscais, se não houverpendências fiscais e se a quantidade solicitada deimpressos estiver dentro de parâmetrospreestabelecidos, o sistema fará a homologaçãoautomática do pedido. No caso do contribuinteenquadrado no regime periódico de apuração (RPA), osistema irá proceder de forma análoga à da Deca(Declaração Cadastral) eletrônica ou inscrição noCadastro de Contribuintes do ICMS, ou seja, o pedidopassa primeiro pelo exame e homologação do fisco.Em seguida, o sistema pedirá a confirmação dagráfica para depois gerar a AIDF.

A AIDF Eletrônica facilita avida de 900 mil contribuintes

Secretaria da Fazenda do Estadode São PauloProjeto:Autorização para Impressão de Documentos Fiscais (AIDF)

Parceiro – ProdespTempo de desenvolvimento – sete mesesImplementação – março de 2005Custo – R$ 2,5 milhõesHardware – Sun MicrosystemsSoftware – Sun Microsystems, IBM e SybaseUsuários potenciais - 937 mil contribuintes doEstado; 135 mil contabilistas; 3 mil gráficas do Estadode São Paulo e 500 de outros EstadosUsuários internos – 3,5 mil agentes fiscais e 2 miltécnicos de apoiowww.pfe.fazenda.sp.gov.br

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As enormes filas para sacar recursos do FGTS(Fundo de Garantia por Tempo de Serviço)

fazem parte do passado. Com a implantação doprograma Conectividade Social, a CaixaEconômica Federal reduziu a burocracia naadministração das contas do FGTS e facilitou avida das empresas e dos trabalhadores. Agora,as empresas podem fazer eletronicamente todasas operações das contas de FGTS de seusempregados, como a atualização de cadastro,comunicação de rescisão de contrato detrabalho, obtenção de extrato e saldo atualizadoda conta, emissão de guias de recolhimentorescisório do FGTS e contribuição social, eemissão de procuração eletrônica. O trabalhador,que antes precisava ir diversas vezes a umaagência da Caixa para sacar recursos do FGTS,comparece apenas uma vez à Caixa, e jáencontra o valor a que tem direito disponível.Escritórios de contabilidade e sindicatos tambémtêm acesso ao sistema.A Caixa Econômica Federal iniciou as negociaçõespara implantar o Conectividade Social em fins de1996, com consultas ao mercado sobre soluçãopara dar segurança ao processo eletrônico. Noano seguinte, foram feitas as especificações domodelo, da infra-estrutura, dos componentes e dacamada de segurança, e comprados os primeirosequipamentos para dar início à implantação doprojeto. A estruturação do parque tecnológico foiconcluída em 2003, e sustenta hoje um programaque atende 2,6 milhões de empresas em todo opaís, responsáveis pela transmissão de 2,8milhões de arquivos mensalmente para a Caixa.Desde o início de 2005, a transmissão do arquivomensal de recolhimento do FGTS só pode ser feitapor meio eletrônico.O sistema, na avaliação da Caixa, resultará emsignificativa redução de custos para empresas,trabalhadores e também para a própria Caixa,pois elimina a tramitação de processos em papel.O trabalhador ganha, porque não vai perder maistempo em filas nem gastar dinheiro comdeslocamentos desnecessários.De acordo com a Caixa, 20 milhões de pessoasserão beneficiadas por ano. Para levar essasfacilidades a empresas e empregados, a Caixainvestiu R$ 15 milhões em desenvolvimento

tecnológico, infra-estrutura, suporte e treinamentode recursos humanos, e destina R$ 5 milhões porano para manter o sistema funcionando com todasegurança. A questão da segurança é um dospontos fundamentais do Conectividade Social, poronde passam volumosos recursos diariamente.Por isso, as empresas só têm acesso ao sistemamediante assinatura digital e os dados sãoprotegidos pelas mais avançadas tecnologias decriptografia. O sistema, além de controlar,armazena todas as informações de acesso eprocedimentos realizados, o que possibilitaposteriores auditorias. A certificação digitalgarante ainda a autenticidade da operação. Ouseja, ela tem o mesmo valor de uma operaçãofeita com carimbos e assinaturas em papel.Os códigos foram desenvolvidos pela Caixa emparceria com as fábricas de software da DBA eTrue Acess. As empresas desenvolveram osaplicativos em sistemas operacionais da Microsofte utilizaram o aplicativo de segurança PW (PrivateWhite) e componentes do MQ Series (da IBM) esistemas IBM para mainframe. Na parte dehardware, o Conectividade Social utiliza plataformaalta da IBM (a base dados do FGTS) e 25servidores da Intel e 40 servidores da SunMicrosystems.

O fim da fila paraas transações do FGTS

Caixa Econômica FederalProjeto:Conectividade Social

Parceiro-empresa – Gerdau (onde rodou o piloto)Tempo de desenvolvimento – oito anos (do piloto aofuncionamento pleno)Fábricas de software – DBA e True AccessImplementação – 2000 (em fevereiro de 2005, passoua ser obrigatório para envio de arquivos mensais).Custo – R$ 15 milhões (desenvolvimento) R$ 5 milhõespor ano em manutençãoHardware – IBM, Intel e Sun MicrosystemsSoftware – Microsoft e IBMNúmero de usuários – 2,5 milhões de empresas e 22milhões de trabalhadores por mêswww.caixa.gov.br

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Poupatempo - ProdespProjeto:Cidadão.SP

Parceiros – Fundação do Desenvolvimento Administrati-vo (Fundap), Casa Civil, Seade e Imprensa OficialTempo de desenvolvimento – 12 mesesImplementação – agosto de 2005Custo – R$ 60 milSoftware – software livrePlataforma - LinuxNúmero de serviços – 1,932Acesso – média de visitas diárias: 95 milwww.cidadao.sp.gov.br

Independente do grau de interatividade entre ocidadão e os serviços na web, os órgãos e

secretarias passaram, cada vez mais, a migrarpara os meios eletrônicos. Isso por conta doavanço tecnológico e do desenvolvimentoacelerado, e nem sempre organizado, dasdiretrizes de governo eletrônico. Como resultadodesse crescimento quase espontâneo edescentralizado surgiram dois efeitos negativos:fragmentação dos serviços em diversos sites,muitas vezes sem nenhuma conexão, edesconhecimento dos serviços disponíveis porparte dos usuários.No governo do Estado de São Paulo, com mais de2 mil serviços disponíveis, esse cenário poderiaficar um pouco mais caótico. Surgiu, então, anecessidade de se concentrar esse emaranhadode sítios num mesmo portal. Conceito esse queremete ao modelo do Poupatempo, que reúne emum mesmo local — físico no caso — a diversidadede serviços prestados para o cidadão. Mas ficouclaro que integrar arquitetura de ambientes doEstado, complexa e ramificada, não seria tarefadas mais fáceis.No final de 2003, uma equipe de técnicos dogoverno de São Paulo (Sistema Estratégico deInformações da Casa Civil, Poupatempo, Prodespe Fundap) foi conhecer de perto iniciativas

européias em portal e iniciou um processo deimplementação do espaço único onde o cidadãopudesse acessar todos os serviços prestados pelogoverno. Um ano depois, o Sistema Estratégico deInformações da Casa Civil, o Núcleo de ServiçosEletrônicos da Fundap, do Poupatempo, daProdesp e da Seade, em parceria com aSecretaria de Comunicação do Estado,conceberam o Cidadão.SP –www.cidadao.sp.gov.br.Utilizando conceitos de usabilidade, navegabilidadee acessibilidade, disseminados e agregados aosportais considerados mais avançados do mundo,como Canadá, Coréia do Sul, Cingapura eAustrália, em agosto de 2005, depois de 12meses de análises, foi consolidada uma interfacemais simples e com a linguagem cotidianacapaz de conduzir mais facilmente o usuário aoserviço desejado.O maior impacto se deu na organização da visãodo cidadão e usuário, que passou a ser atendidopor 16 temas centrais ou eventos da vida.Para chegar a esse conceito, a Fundação Seademapeou todos os serviços públicos. Forampesquisados 25 órgãos de primeiro escalão e 311vinculados. Ao todo foram coletados 2,4 milserviços que passaram por um processo deanálise crítica e de consistência, sendo validadosapenas 1,9 mil.Cerca de 120 serviços, considerados os maisprocurados nos portais do governo e noe-poupatempo, foram subdivididos nos temas davida: Pais e Filhos, Adolescentes, Estudando, MeusDocumentos, Trabalhando e Desemprego, MeuNegócio, Contas e Impostos, Minha Casa, MeuTransporte e Transporte Coletivo, Natureza e MeioAmbiente, Portadores de Deficiência e TerceiraIdade. Os temas estão dispostos na página inicialdo Cidadão.SP, que tem uma média de 95 milvisitas diárias.E apesar do seu grande impacto na operação dogoverno eletrônico, o investimento foi baixo:R$ 60 mil. Todo o desenvolvimento foi interno eem software livre. O conceito, considerado boaprática em governo eletrônico, está servindo debase para a modificação de toda prestação deserviços online. O governo prepara também olançamento do portal Empresa.SP.

Cidadão.SP: 1,9 milserviços no mesmo portal.

Poupatempo - ProdespProjeto:Cidadão.SP

Parceiros – Fundação do Desenvolvimento Administrati-vo (Fundap), Casa Civil, Seade e Imprensa OficialTempo de desenvolvimento – 12 mesesImplementação – agosto de 2005Custo – R$ 60 milSoftware – software livrePlataforma - LinuxNúmero de serviços – 1,932Acesso – média de visitas diárias: 95 milwww.cidadao.sp.gov.br

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A tendência dos governos de usar outrastecnologias, além da Internet, para prestar

serviços de governo eletrônico, é uma realidadeno Paraná desde 2002, quando a Secretaria doTrabalho, Emprego e Promoção Social do Estadocriou o serviço Convocação de Trabalhadorespor SMS. Desenvolvido pelo Núcleo deInformática e Informações da Secretaria, oserviço mantém um banco de dados detrabalhadores e divulga as vagas disponíveis nas200 Agências do Trabalhador, espalhadas portodo o Estado.Essa iniciativa se deu por dois motivos: asecretaria tinha como metas reduzir os gastos eaumentar o conforto no atendimento aosusuários. Primeiro, as agências precisavam,constantemente, de investimentos para ter seusespaços físicos aumentados e adequados paraatender as centenas de pessoas quediariamente se aglomeravam em intermináveisfilas em busca de uma oportunidade de trabalho.Segundo, quem está desempregado não dispõede dinheiro para se locomover com freqüênciaaté as agências.A idéia do projeto surgiu, não só dapopularização dos celulares e mensagens SMS,mas também da perspicácia da equipe detecnologia da Secretaria, que, checando obanco de dados da Agência do Trabalhador,notou um denominador comum: cerca de 80%dos cadastrados tinham celular. Essa margem,para a equipe, era mais do que segura para segarantir o sucesso da iniciativa.Hoje, ao efetuar o cadastro numa das agênciasou pelo site www.setp.pr.gov.br, o usuárioautoriza o envio do SMS para seu celular.O processo é simples. É enviado o SMS,gratuitamente, informando que há uma vagadisponível, bem como um número de telefone –da Unidade de Resposta Audível (URA) – paraonde se deve ligar informando se existe ou nãointeresse. Com o número do CPF ou do PIS/PASEP, o usuário confirma o recebimento, eautomaticamente impede que a vaga sejadirecionada para outro trabalhador.Dependendo da vaga, é possível até que ousuário nem precise se deslocar: ele pode

receber uma carta de encaminhamento paraentrevista por fax ou e-mail, dispensando ocomparecimento na agência.Para não excluir os cidadãos que não têmcelular, ou preferem não autorizar o serviço, aSecretaria criou uma alternativa tambémeletrônica: a mensagem pode ser encaminhadapara um e-mail.Apesar de parecer uma solução simples, não foifácil de ser viabilizada. Em oito meses dedesenvolvimento e R$ 100 mil de investimento(despesas de pessoal, hardware e software),exigiu um grande esforço da secretaria, emparceria com a TIM – única operadora que seinteressou na época – e com a Companhia deInformática do Paraná (Celepar). Isso porque, naépoca em que a idéia surgiu, não havia nadasimilar em funcionamento, e a utilização de SMSnão estava consolidada entre os usuários datelefonia móvel.Atualmente, a Secretaria do Trabalho, Empregoe Promoção Social do Estado , que conta com oserviço de todas as operadoras que atuam noEstado – TIM, Vivo, Brasil Telecom e Claro –,envia, automaticamente, cerca de 600mensagens todos os dias, dependendo dasvagas disponíveis em cada cidade.

O Paraná ofereceemprego pelo celular

Secretaria do Estadodo Trabalho, Emprego e PromoçãoSocial do ParanáProjeto:Convocação de Trabalhadores por SMS

Parceiros – Celepar e TIMParceiros para entrega do serviço – TIM, Vivo, BrasilTelecom e ClaroTempo de desenvolvimento – oito mesesImplementação – dezembro de 2002Custo – R$ 100 milHardware – TeledataSoftware – TeledataNúmero de usuários – 200 Agências do TrabalhadorNúmero de mensagens – 600 mensagens por diawww.setp.pr.gov.br

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Um levantamento divulgado pelo Comitê Gestorda Internet no Brasil (CGI.br) indica que 55% da

população nunca teve contato com umcomputador; 68% nunca acessou a Internet; emenos de 1% da população usa telecentros. Asprincipais razões de exclusão são a falta decomputador e o custo alto do equipamento. Paratentar reverter esse quadro, o governo federal temdiscutido mais políticas públicas de TI e osgovernos estaduais e municipais têm procuradoimplementá-las, por meio de centros de acessogratuito à Internet. No Estado de São Paulo, ogoverno teve também a iniciativa de implementar oprojeto e-poupatempo, uma iniciativa de aproximaro cidadão dos serviços eletrônicos do governo,por meio de salas com acesso à Internetsupervisionadas por monitores especializados.Além de funcionar como uma ferramenta deinclusão digital no primeiro contato do cidadãocom os meios eletrônicos, o projeto, ao longo de12 meses de piloto, transformou-se numlaboratório de análise dos serviços prestadospelos órgãos públicos e do comportamento dousuário no contato com os meios eletrônicos.Logo surgiu o Laboratório Interação Homem-Computador (LabIHC), com uma metodologia deobservação da interação do usuário como umconsumidor de serviços públicos.

Os dados recolhidos, mais tarde, passaram aservir de subsídio para modificar e melhorar osserviços providos pelo Estado, como um controlede qualidade. E todas as experiências relevantesregistradas nas salas se transformaram no Manuale-poupatempo de Usabilidade, um conjunto derecomendações e melhores práticas deusabilidade para os serviços públicostransacionais.Mais tarde esse manual serviu de apoio nacomposição da Resolução de fevereiro de 2005,que estabelece normas e diretrizes para todos ossites e serviços web do Estado.Ao longo da evolução do projeto, algumasparcerias foram feitas. A Fundação de Apoio àUniversidade do Estado de São Paulo e oLaboratório de Tecnologia de Software da EscolaPolitécnica da Universidade São Paulo, por meiode um contrato de consultoria, desenvolveram ametodologia de coleta e análise de dados, alémda criação e operação do LabIHC. Já a Inteltrabalhou na readequação da sala e-poupatempoe do LabIHC do Poupatempo Guarulhos. Aempresa implementou uma rede sem-fio paraque o atendimento fosse feito em dispositivosmóveis; criou-se o conceito de e-poupatempoativo. Outra parceria foi firmada com a AMD, naimplementação da sala de atendimento noPoupatempo de Santo Amaro.A primeira iniciativa foi implementada noPoupatempo de Guarulhos e um ano depois foiinaugurada a sala no posto de Ribeirão Preto. Em2004, foi implementada no Shopping Campinas eem 2005 três postos Poupatempo – Santo Amaro,Itaquera e São Bernardo – ganharam uma sala e-poupatempo, além de três Unidades Móveis quecirculam pelo interior do Estado.Em 2006, as salas de e-poupatempo devem serestendidas para os postos da Sé, Luz, São Josédos Campos e Campinas Centro. Outros cincoPoupatempos – Santos, Osasco, Bauru, São Josédo Rio Preto e Lapa – devem ser inaugurados comas salas do e-poupatempo.O Estado realizou de julho de 2003 até agostode 2005, 320 mil atendimentos nas salas doe-poupatempo. O investimento anual só emrecursos humanos é da ordem de R$ 500 mil.

Um laboratório para medir aqualidade dos serviços de e-gov

Poupatempo e ProdespProjeto:e-Poupatempo — Inclusão Digital por meio da Realizaçãode Serviços Públicos: uma forma de Inclusão Social

Parceiros – Escola Politécnica da Universidadede São Paulo e Fundação de Apoio à Universidadede São Paulo (Fusp)Parceiros Tecnológicos – Intel e AMDTempo de desenvolvimento – 12 mesesImplementação – setembro de 2003Custo – R$ 500 mil, em recursos humanos, por anoHardware – Intel e AMDPlataforma – MicrosoftNúmero de atendimentos – 320 mil entre julho de2003 e agosto de 2005www.fusp.org.br

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Ficou mais fácil abrir uma empresa no RioGrande do Sul, depois que o governo do Estado

implementou um programa de modernização daJunta Comercial. Chamado de Empresa Mais Fácil,o projeto oferece serviços eletrônicos integradosentre os diversos órgãos das três esferas depoder: com um único pedido, via Internet, épossível abrir uma empresa, pois o sistema doEmpresa Mais Fácil se encarrega de repassar asinformações aos demais órgãos do governo doEstado, dos municípios e do governo federal.O Empresa Mais Fácil foi desenvolvido pelaEmpresa de Processamento de Dados do Estadodo Rio Grande do Sul (Procergs) em linguagemASP VB, com geração de conhecimento emGhostScrip. O projeto, que utiliza banco de dadosOracle, tem um potencial de 3 milhões deusuários, beneficiados com redução de custosburocráticos e economia de tempo.De acordo com a Procergs, os cadastros daJunta Comercial estão integrados com os daSecretaria de Fazenda do Estado. O contador ousócio da empresa pode cadastrá-la no site daSecretaria da Fazenda. Se houver divergência dedados, é feito o acerto em 24 horas. Aintegração com a Receita Federal do Brasil foipossível com a assinatura de convênio paraunificação de procedimentos de cadastramento ede alterações de dados do Registro Mercantil edo Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).O convênio prevê também intercâmbio de dadoscadastrais, com otimização dos serviçosprestados.Além do cadastramento e pedido de abertura deempresa, o sistema emite guias para pagamentode taxas, que podem ser recolhidas pelo homebanking do Banrisul. De acordo com a Procergs,está em fase de implementação um aplicativo quepermite também o registro de empresa individualpela Internet. Os dados da Junta Comercialrevelam que 53% das empresas do Rio Grande doSul são individuais, que também serãobeneficiadas com a simplificação do processo.A Procergs destaca que o processo demodernização da Junta Comercial garante maisagilidade, economia, qualidade e segurança não sóao processo de abertura de novas empresas mastambém a todos os serviços que a Junta

Comercial oferece ao cidadão, como os de auto-atendimento, que incluem:* Consulta ao Andamento de Processos: Semdeslocamento até a sede da Junta Comercial, ou aum de seus escritórios regionais, é possívelverificar pela Internet a situação de qualquerprocesso em tramitação. A média diária é de1.500 consultas.*Pesquisa de Nome Empresarial: Pela Internet,sem custo, é possível solicitar a pesquisa e obtera resposta se o nome pesquisado poderá serregistrado. A informação é disponibilizada no siteem menos de 24 horas e o serviço tem tido umamédia de 1.500 pesquisas por mês.* Download de Formulários: Estão disponíveis, emmeio eletrônico, 56 formulários relativos aoregistro de empresas mercantis e atividades afins,possibilitando a digitação e impressão paraposterior encaminhamento à Jucergs. Essesformulários antes eram adquiridos em livrarias epreenchidos em máquinas de datilografia.* Solicitação de Certidões Simplificadas eEspecíficas: Constituem-se em documentos cominformações atualizadas constantes de atosarquivados na Junta Comercial. A solicitação ocorrevia Internet, mediante o pagamento por GA (Guia deArrecadação) no valor correspondente ao serviçosolicitado. A certidão é remetida pelos Correiospara o endereço informado pelo solicitante.Ocorrem em média 400 solicitações por mês.

No Sul, é mais fácil abriruma empresa: pela Internet.

ProcergsProjeto:Empresa Mais Fácil

Parceiro – Junta Comercial do Estado do Rio Grandedo SulTempo de desenvolvimento – 24 mesesImplementação - maio de 2002Custo – R$ 500 milBanco de Dados – OracleNúmero de usuários – 3 milhões de acessosConsultas – 1,3 milhãowww.jucergs.rs.gov.br

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As reclamações contra as empresas queprestam serviço público, como água, energia e

telefonia, respondem por uma parte das 5,5milhões de novas ações que o Tribunal de Justiça deSão Paulo julga por ano. Pelas vias tradicionais, entrea formalização do processo, o encaminhamento aoJuizado de Pequenas Causas (nas questões queenvolvem quantias de até 20 salários mínimos) até amarcação de uma audiência de conciliação, ocidadão esperava até seis meses. Isso sem contar otempo que se perdia nas idas e vindas dasaudiências de conciliação e, em alguns casos, àsessão de julgamento, quando não havia conciliação.Essa rotina não é mais necessária no Fórum Centraldo Tribunal de Justiça de São Paulo, que adotouuma solução de comunicação que interliga otribunal às prestadoras de serviços públicos. Aferramenta, chamada de Expressinho, registra asreclamações num sistema que envia online areclamação para o prestador de serviço e já marcaautomaticamente uma reunião de conciliação entreas partes envolvidas, reduzindo o tempo daprimeira audiência de conciliação de seis mesespara 15 dias, em média.A implementação do Expressinho faz parte de umprojeto mais amplo de modernização do Tribunal deJustiça do Estado de São Paulo que compreende ainformatização, e integração, das 1.800 unidades de

trabalho do órgão, em 310 municípios do Estado. Oprojeto, de R$ 150 milhões, tem como objetivoimplementar sistemas que atendam a todas ascompetências do judiciário, desde a civil (abrange asvaras de família, infância, registro público, fazenda,acidente de trabalho) até a criminal, tanto na parte deprocessos de conhecimento (julgamento da questão)quanto processos de execução.O projeto foi iniciado em dezembro de 2003 e, esteano, foi concluída a parte de infra-estrutura nas 310comarcas e, em outubro de 2005, 220 comarcas jáestavam integradas. A previsão era concluir, emdezembro, a primeira etapa do projeto de integraçãodos fóruns e, em 2006, concluir os serviços deintegração e massificar o uso da certificação digital eda assinatura digital, além de implementar um portalque vai se chamar Tribunal de Justiça Digital. “Esseportal vai complementar o já existente, que recebeem média 45 mil visitantes por dia, os quais fazempelo menos cinco consultas, ou seja, 220 milconsultas diariamente”, diz Paulo Galvão,superintendente da Prodesp, a empresa deprocessamento de dados do Estado que coordena aimplementação do projeto. “Com o portal digital serápossível fazer requisição, envio e recebimento dedocumentos pela Internet, com o uso de certificaçãodigital”, acrescenta Galvão. Com a certificaçãodigital, o TJ poderá ampliar os serviços doExpressinho. A idéia é adotar um sistema para queas reclamações sejam feitas pela Internet – hoje ocidadão precisa ir ao fórum fazer sua reclamação –que passará a ser um intermediador do processo.Inicialmente, o Tribunal de Justiça contratou osserviços da Serasa para emitir os certificadosdigitais, mas o tribunal está caminhando para seruma AC (Autoridade Certificadora) de primeiro níveljunto à ICP-Brasil e, assim que criar a AC TJ-SPpassará a fazer o serviço. “A partir de 2006 aemissão de documentos e transferência será pelaintranet”, anuncia Galvão. A primeira experiência foi noFórum da Barra Funda, na capital, com a emissão demandados de prisão, alvarás de soltura, e requisiçõespela intranet, com documento certificado, abrangendotodas as unidades de cartórios. Com isso, osdocumentos que são enviados por malote passarão aser remetidos via intranet. Por exemplo, um alvará desoltura segue pela rede e é emitido na penitenciáriaonde está o preso.

Com o Expressinho,ficou mais fácil reclamar.

Tribunal de Justiça do Estadode São PauloProjeto:Informatização do Tribunal de Justiça do Estadode São Paulo

Coordenação – ProdespDesenvolvimento – quatro anosInício da implementação – dezembro de 2003Custo total – R$ 150 milhõesHardware – Itautec, Novadata, Unisys, IBM e LexmarkSoftware e serviços – Microsoft/TBA Licenses e IBM/ BRQCertificação digital - SerasaUsuários beneficiados – 32 mil internos e, após aconclusão do projeto, estima-se um volume de 220 milconsultas externas ao portal digital.www.tj.sp.gov.br

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