balanço do plano brasil maior_2 primeiros anos_comex

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PBM

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  • REPRESENTANTES DA SOCIEDADE

    DANIEL FEFFER

    DECIO DA SILVA

    FREDERICO FLEURY CURADO

    HLIO BRUCK ROTENBERG

    OTVIO MARQUES DE AZEVEDO

    JORGE GERDAU JOHANNPETER

    JOSU CHRISTIANO GOMES

    LUIZ ROBERTO ORTIZ NASCIMENTO

    LUIZA HELENA TRAJANO RODRIGUES

    MARCELO ODEBRECHT

    PAULO GILBERTO FERNANDES TIGRE

    ROBSON BRAGA DE ANDRADE

    MURILO PINTO DE OLIVEIRA FERREIRA

    PAULO PEREIRA DA SILVA

    NIVALDO SANTANA SILVA

    JOS CALIXTO RAMOS

    RICARDO PATAH

    SERGIO APARECIDO NOBRE

    REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

    DILMA ROUSSEFFPRESIDENTA DA REPBLICA

    CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

    REPRESENTANTES DO GOVERNO

    FERNANDO DAMATA PIMENTELMINISTRO DO DESENVOLVIMENTO, INDSTRIA E COMRCIO EXTERIOR

    GLEISI HELENA HOFFMANN MINISTRA-CHEFE DA CASA CIVIL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    MARCO ANTONIO RAUPPMINISTRO DA CINCIA, TECNOLOGIA E INOVAO

    GUIDO MANTEGAMINISTRO DA FAZENDA

    ANTONIO DE AGUIAR PATRIOTA MINISTRO DAS RELAES EXTERIORES

    MIRIAM APARECIDA BELCHIORMINISTRA DO PLANEJAMENTO, ORAMENTO E GESTO

    FERNANDO DE SOUZA COELHO MINISTRO DA INTEGRAO NACIONAL

    IZABELLA MNICA VIEIRA TEIXEIRAMINISTRA DO MEIO AMBIENTE

    EDISON LOBOMINISTRO DE MINAS E ENERGIA

    ANTONIO ANDRADEMINISTRO DA AGRICULTURA, PECURIA E ABASTECIMENTO

    CSAR AUGUSTO RABELLO BORGESMINISTRO DOS TRANSPORTES

    GILBERTO CARVALHO MINISTRO-CHEFE DA SECRETARIA GERAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    MANOEL DIASMINISTRO DO TRABALHO E EMPREGO

    CELSO AMORIMMINISTRO DA DEFESA

    ALEXANDRE PADILHA MINISTRO DA SADE

    JOS LENIDAS CRISTINOSECRETRIO DE PORTOS

    WELLINGTON MOREIRA FRANCOSECRETRIO DE AVIAO CIVIL

    LUCIANO GALVO COUTINHO PRESIDENTE DO BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO E SOCIAL

  • Balano Executivo - 2 anos

    Braslia, agosto de 2013

  • Grupo Executivo do Plano Brasil Maior

    Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior

    Ricardo Schaefer (coordenador)

    Casa Civil da Presidncia da Repblica

    Gilson Alceu Bittencourt (titular)

    Ivo da Motta Azevedo Correa (suplente)

    Ministrio da Fazenda

    Mrcio Holland de Brito (titular)

    Pablo Fonseca Pereira dos Santos (suplente)

    Ministrio de Cincia e Tecnologia

    Luiz Antnio Rodrigues Elias (titular)

    Reinaldo Dias Ferraz de Souza (suplente)

    Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto

    Esther Dweck (titular)

    Esther Bemerguy de Albuquerque (suplente)

    Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial

    Mauro Borges Lemos (titular)

    Otvio Camargo (suplente)

    Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social

    Joo Carlos Ferraz (titular)

    Gianna Cardozo Sagazio (suplente)

    Financiadora de Estudos e Projetos

    Glauco Arbix (titular)

    Joo De Negri (suplente)

  • AGNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

    MAURO BORGES LEMOSPRESIDENTE

    MARIA LUISA CAMPOS MACHADO LEALDIRETORA

    OTVIO SILVA CAMARGODIRETOR

    CNDIDA BEATRIZ DE PAULA OLIVEIRACHEFE DE GABINETE

    Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial

    Setor Bancrio Norte, Quadra 1 - Bloco BEdCNC - 70041-902 / Braslia DFTel.: (61) 3962-8700 www.abdi.com.br www.brasilmaior.gov.br

    GERNCIA DA COMUNICAO DA ABDIOSWALDO BUARIM JNIOR

    SUPERVISO DE PUBLICAOJOANA WIGHTMAN

    PROJETO GRFICO E DIAGRAMAOJULIANO BATALHA MARCO LCIUS FREITAS

    CAPAJULIANO BATALHAMARCO LCIUS

  • 32

    II) Regime Especial de Tributao do Programa Nacional de Banda Larga (REPNBL)

    Institudo pela Lei 12.715/2012 e regulamentado pelo decreto 7.921/2013, o REPNBL prev que as companhias que tiverem projetos para construo de redes aprovados pelo Mi-nistrio das Comunicaes e forem, em seguida, habilitadas pela Receita Federal, sejam EHQHFLDGDVSHODGHVRQHUDomRGHLPSRVWRVIHGHUDLVVREUHPiTXLQDVHTXLSDPHQWRVPD-terial de construo e mo de obra utilizados na implementao dos projetos. O objetivo desse esforo modernizar as redes de telecomunicaes do pas, diminuir as desigual-GDGHVGHDFHVVRHPGLIHUHQWHVUHJL}HVHPDVVLFDURVHUYLoR

    $WpMXQKRGHIRUDPUHFHELGRVPDLVGHSURMHWRVDVHUHPEHQHFLDGRVSRUHVVHregime especial de tributao. No entanto, como prazo de apresentao de projetos foi prorrogado pela Lei 12.837/2013 para 30 de junho de 2014, ainda so esperados novos pleitos. O governo federal estima que vo ser antecipados entre R$ 16 bilhes e R$ 18 bilhes em investimentos em infraestrutura de banda larga que originariamente seriam realizados pelas empresas at 2016.

    3URPRomRGDV([SRUWDo}HVe Defesa Comercial

    As medidas de comrcio exterior institudas no mbito do PBM incluem a concesso de isenes tributrias e crdito para estimular as exportaes brasileiras, alm de aes de defesa voltadas contra prticas desleais e ilegais de importaes, de modo a coibir irregularidades que prejudicam os resultados comerciais do pas. Entre as iniciativas de destaque, incluem-se o Reintegra, o regime de Ex-tarifrios, os esforos antidumping e o aperfeioamento da estrutura tarifria, com a criao de mecanismo no Mercosul que permite o aumento do Imposto de Importao.

    5.1 Regime Especial de Reintegrao de Valores Tributrios para as (PSUHVDV([SRUWDGRUDV5HLQWHJUDA concepo do Reintegra teve como objetivo propiciar a reintegrao de valores refe-rentes a custos tributrios federais residuais existentes nas cadeias de produo, via resti-tuio e/ou compensao de crditos, para exportaes realizadas at 31/12/13. Institudo pela Lei 12.546, de 14/12/2011, e regulamentado pelo Decreto 7.633, de 01/12/11, o regime EHQHFLDFHUFDGHPLOFyGLJRVGD1RPHQFODWXUD&RPXPGR0HUFRVXO1&0FRPDGH-voluo de 3% do valor das exportaes.

    (PJHURXXPDUHQ~QFLDVFDOGH5ELOK}HVYDORUTXHGHYHVHUHSHWLUQRDQRGH2013. Para 2014, estima-se que o impacto dos pedidos de restituio acolhidos no ltimo trimestre de 2013 repercutam em uma renncia da ordem de R$ 2,7 bilhes.

  • Balano Executivo 33

    ([7DULIiULRUma das diretrizes do Plano Brasil Maior fortalecer a indstria nacional de bens de capi-tal e de bens de informtica e telecomunicao. Com esse intuito, a Resoluo Camex n 17, de 03 de abril de 2012, estabeleceu novo procedimento para dar maior transparncia, HFLrQFLDHDJLOLGDGHDRGRUHJLPHGH([WDULIiULRV(VVHSURFHGLPHQWRFRQVLVWHQDUHGX-o temporria do Imposto de Importao para mquinas e equipamentos sem produo similar no Brasil.

    Uma das principais mudanas foi a vedao da reduo do imposto para os Sistemas Inte-grados (agrupamentos de equipamentos destinados a exercer uma funo determinada e com controle de processo centralizado). Pelas novas regras, caber ao Comit de Anlise GH([WDULIiULRV&D([YHULFDUTXHSHUFHQWXDOGHDOtTXRWDVHUiDSOLFDGRSDUDDV&RPEL-QDo}HVGH0iTXLQDVFRQJXUDomRVHPHOKDQWHDRVVLVWHPDVLQWHJUDGRVPDVSUHYLVWDQRSistema Harmonizado de Nomenclatura-SHN) que tenham componentes nacionais. As-sim, na anlise tcnica dos pleitos da indstria, levada em conta a eventual quantidade de itens fabricada no Brasil para conceder a reduo tarifria que, por esse critrio, pode ser maior que 2% (alquota normalmente aplicada maioria das concesses).

    Outra medida importante foi a incluso do BNDES no Comit de Anlise de Ex-tarifrios DOWHUDomRIHLWDQR QDOGHHLQFRUSRUDGDj5HVROXomR&DPH[Q$SDUWLFLSDomRGRBNDES refora o estudo de medidas de apoio ao desenvolvimento da produo nacional de bens de capital, informtica e telecomunicao, alm de fortalecer a utilizao do regi-me de Ex-tarifrio como um instrumento de poltica industrial. Alm do BNDES, integram o CaEx a Secretaria Executiva da Cmara de Comrcio Exterior (Camex) e a Secretaria de Desenvolvimento da Produo (SDP), ambas do Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior.

    $5HVROXomR&DPH[QWDPEpPHVSHFLFRXRVFULWpULRVDVHUHPXWLOL]DGRVSHOR&D([SDUD YHULFDU D LQH[LVWrQFLDGHSURGXomRQDFLRQDO 3DUD LVVR DGRWRXVHQRYRSURFHGL-mento para consultas pblicas e/ou consultas aos fabricantes nacionais ou s suas enti-dades representativas. Estabeleceu-se prazo de at quinze dias corridos para a resposta e alertou-se os interessados que, na ausncia de manifestao, poder ser considerado atendido o requisito de inexistncia de produo nacional. Nessa fase, tambm so utili-zadas informaes do banco de dados do BNDES sobre a produo nacional do bem. A Resoluo Camex n17 trouxe ainda o novo modelo de formulrio a ser preenchido pelos pleiteantes reduo temporria de imposto para mquinas e equipamentos.

    O objetivo da reviso de regras foi estabelecer um olhar mais atento anlise de mrito GRVSHGLGRV$OpPGHYHULFDUVHH[LVWHRXQmRSURGXomRQDFLRQDOR&D([SDVVRXDDQDOL-sar os objetivos dos projetos industriais e que eventuais contrapartidas podem ser dadas em favor da indstria nacional.

    O regime de Ex-tarifrio representa um estmulo aos investimentos produtivos no Pas, possibilitando aumento da inovao tecnolgica por parte de empresas de diferentes segmentos da economia, garantindo um nvel de proteo indstria nacional de bens de capital, uma vez que a reduo tributria s concedida para bens que no possuem produo nacional, e produzindo um efeito multiplicador de emprego e renda sobre seg-mentos diferenciados da economia nacional.

  • 34

    DISTRIBUIO SETORIAL E INVESTIMENTOS VINCULADOS AOS EX-TARIFRIOS - ([WDULIiULRVFRQFHGLGRVQRSHUtRGRGHMXOKRDPDLR

    SetorQuantidade de

    itens

    Valor FOB importaes

    em Ex (US$)%

    Investimentos globais (US$)

    %

    Petrleo, Gs e Naval

    479 2.243.026.093 4,39% 23.016.179.864 7,96%

    Complexo da Sade

    911 1.048.920.008 2,05% 1.394.707.692 0,48%

    Automotivo

    2.490 3.754.128.804 7,35% 30.301.530.415 10,48%

    Defesa, Aeronutico e Espacial

    69

    96.236.984 0,19% 213.313.671 0,07%

    Bens de Capital

    2.076 3.985.497.249 7,80% 9.943.704.517 3,44%

    Tecnologia da Informao e Comunicao / Complexo Eletroeletrnico

    974

    12.764.101.505 24,98% 16.694.711.501 5,78%

    Calados, Txtil e Confeces, Genas e Jias

    554

    732.033.310 1,43% 1.507.770.933 0,52%

    Mveis

    492 598.394.324 1,17% 3.091.340.675 1,07%

    Construo Civil

    350 950.475.448 186,00% 10.271.723.631 3,55%

    Qumica

    1.369 2.205.860.456 4,32% 28.891.525.624 10,00%

    Energias Renovveis

    362 2.567.078.111 5,02% 45.195.054.221 15,64%

    Minerao

    1.041 3.677.879.843 7,20% 41.029.896.436 14,20%

    Metalurgia/Siderurgia

    1.967 6.259.382.951 12,25% 27.446.341.996 9,50%

    Papel e celulose

    448 1.562.588.344 306,00% 17.218.155.716 5,96%

    HPPC

    212 283.176.659 55,00% 755.642.858 0,26%

    Agroindstria

    1.298 1.531.702.705 3,00% 5.456.802.213 1,89%

    Comrcio, Servios e Servios Logsticos

    946

    3.690.253.568 7,22% 6.801.853.425 2,35%

    Outros

    1.984 3.138.183.481 6,14% 19.790.851.569 6,85%

    TOTAL

    18.022 51.088.919.843 100% 289.021.106.957 100%

    Fonte: Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior

    5.3 Antidumping

    No Plano Brasil Maior, as duas orientaes estabelecidas em matria de defesa comercial focam na celeridade. Em sntese, consistem em: (i) reduzir o prazo mdio para determi-naes preliminares de 180 para 120 dias; e (ii) reduzir o prazo mdio das investigaes antidumping de 15 para 10 meses.

    Com a publicao do Decreto 8.058, de 26 de julho de 2013, o setor industrial brasileiro passa a dispor de processos de defesa comercial mais cleres e transparentes. A elabo-

  • Balano Executivo 35

    rao do novo decreto antidumping contou com a participao da opinio pblica es-pecializada, por meio de consulta pblica realizada em 2011 que colheu contribuies de empresas, associaes, entidades de classe, escritrios de advocacia e consultorias. Essas contribuies foram, em maior ou menor grau, incorporadas ao texto do decreto.

    A diminuio do prazo para determinaes preliminares, que se tornam obrigatrias com o novo decreto, so da maior relevncia para as diretrizes de celeridade, uma vez que a determinao preliminar condio indispensvel para a aplicao de direito antidumping provisrio. Os objetivos de aplicao do direito provisrio em at quatro meses levando em considerao o fato de que sua extenso mxima de seis meses e de concluso da LQYHVWLJDomRHPGH]PHVHVVLJQLFDPTXHDLQG~VWULDHVWDUiSURWHJLGDGDFRQFRUUrQFLDdesleal no prazo de quatro meses a partir do incio da investigao. Trata-se, portanto, de um avano importante na defesa da indstria brasileira.

    Outra novidade nos processos a clara delimitao das fases probatria e de manifesta-es, alm de uma linha do tempo precisa para todas as etapas da investigao. Com as no-YDVUHJUDVHVWDEHOHFLGDVIRUDPHVSHFLFDGRVWRGRVRVSUD]RVTXHWDQWRR'HSDUWDPHQWRde Defesa Comercial, do MDIC, quanto as partes interessadas devem observar ao longo de toda a investigao, inclusive as situaes em que solicitaes de extenso de prazos po-dem ser concedidas. Alm disso, o prazo mximo para a anlise de peties protocoladas foi reduzido para 60 dias. No entanto, peties que no demandarem pedidos de informa-es adicionais podero resultar em incio de investigao entre 15 e 30 dias.

    Para avanar nos resultados de reduo dos prazos da investigao tambm foram con-tratados 48 novos investigadores, aprovados em recente concurso pblico para o MDIC e empossados em fevereiro deste ano. Os novos investigadores j receberam extenso treinamento terico e prtico, estando alocados nas anlises dos processos em curso. A nova legislao e os novos investigadores so vertentes do mesmo esforo para atingir o objetivo de diminuir a durao dos processos de investigao antidumping, promovendo o desenvolvimento da indstria no Brasil.

    5.4 Aperfeioamento da estrutura tarifria: criao de mecanismo no Mercosul que permite aumento do Imposto Importao

    Os princpio norteadores do governo brasileiro para aperfeioar a estrutura tarifria por meio da criao de mecanismo no Mercosul que permite o aumento do Imposto de Im-portao derivam do Plano Brasil Maior. Aliado a outras medidas encaminhadas, esse aperfeioamento permite ao governo incentivar o processo de investimento na produo no Brasil, gerando aumento de emprego, renda e competitividade.

    No IX Conselho Mercado Comum Extraordinrio - CMC, realizado em dezembro de 2011, foi aprovada a Deciso CMC no 39/11, que permite aos estados-parte elevarem, unilateral-mente, a alquota do imposto de importao de 100 cdigos da Nomenclatura Comum do Mercosul NCM por razes de desequilbrios derivados da conjuntura econmica inter-nacional. O perodo dessa elevao tarifria estende-se por doze meses, prorrogveis por mais doze. No Brasil, a incorporao ao ordenamento jurdico nacional da referida Deciso foi feita por meio da Resoluo CAMEX no 70, de setembro de 2012.

  • 36

    $GHQLomRGRVSURGXWRVDWHUHPDDOtTXRWDPDMRUDGDSDVVRXSHODDQiOLVHGR*UXSRTcnico de Alteraes Temporrias da Tarifa Externa Comum (GTAT-TEC) e pela delibe-rao do Conselho de Ministros da Camex. Os princpios que nortearam a incluso desses produtos foram a agregao de valor na indstria domstica, coerncia da elevao ta-rifria com a cadeia produtiva, investimentos realizados ou planejados, capacidade pro-dutiva compatvel com a demanda, nvel de utilizao da capacidade instalada e grau de penetrao das importaes, entre outros.

    Alm dos aspectos tcnicos analisados, foi considerada a compatibilidade dessas ele-vaes tarifrias com o Plano Brasil Maior e suas dimenses estruturante e sistmica. A elevao tarifria temporria visa permitir indstria nacional o fortalecimento de suas FDGHLDVSURGXWLYDVDGLYHUVLFDomRGHVXDVH[SRUWDo}HVDFULDomRGHQRYDVFRPSHWrQ-cias tecnolgicas e de negcios e a gerao inovaes. Dessa maneira, a indstria poder competir de maneira mais arrojada no mercado internacional.

    2VJUiFRVHWDEHODVDVHJXLUDSUHVHQWDPDSDUWLFLSDomRGRVVHWRUHVEHQHFLDGRVSRUessa elevao tarifria.

    Quantidade de cdigos da NCM pela &ODVVLFDomRGH*UDQGHV&DWHJRULDV(FRQ{PLFDV

    Grandes Categorias EconmicasCdigo NCM

    Quantidade %

    Comidas e bebidas no processadas 1 1,00%

    Comidas e bebidas processadas 0 0,00%

    Sub-Total - comidas e bebidas 1 1,00%

    Insumos industriais primrios 0 0,00%

    Insumos industriais processados 70 70,00%

    Sub-Total - insumos industriais 70 70,00%

    &RPEXVWtYHLVHOXEULFDQWHV 1 1,00%6XE7RWDO&RPEXVWtYHLVHOXEULFDQWHV 1 1,00%Bens de capital 10 10,00%

    Bens de capital partes e acessrios 6 6,00%

    Sub-Total - bens de capital 16 16,00%

    Equipamentos de transporte industrial 2 2,00%

    Equipamentos de transporte no industrial 0 0,00%

    Equipamento de transporte partes e acessrios 6 6,00%

    Sub-Total - equipamentos de transporte 8 8,00%

    Bens de consumo durveis 0 0,00%

    Bens de consumo semi-durveis 4 4,00%

    Bens de consumo no durveis 0 0,00%

    Sub-Total - bens de consumo 4 4,00%

    Total 100 100%

    Fonte: Camex

  • Balano Executivo 37

    Participao dos produtos por Grandes Categorias Econmicas

    Fonte: Camex

    6. Consideraes Finais

    A maturao do conjunto de medidas de poltica industrial e tecnolgica implementadas a partir de 2011 ampara um movimento de recuperao da indstria. Trata-se de podero-sos instrumentos de estmulo competitividade, que reforam as expectativas positivas sobre o desempenho da indstria brasileira e funcionam como eixos de sustentao da retomada prevista para 2014.

    Desde a erupo da crise econmica mundial de 2008, a indstria brasileira vive uma si-tuao de estagnao. O excepcional crescimento de 10,1% da indstria de transformao em 2010 reverteu a queda de 8,7% em 2009, mas expanso de apenas 0,1% em 2011 seguiu-se uma retrao de 2,5% em 2012. No ms em que o Plano Brasil Maior completa GRLVDQRVpPXLWRRSRUWXQRYHULFDUVHRHVIRUoRJLJDQWHVFRGRJRYHUQRIHGHUDOYLVDQGRDUHFXSHUDomRLQGXVWULDOQDOPHQWHFRPHoRXDDSUHVHQWDUHIHLWRVPDLVHIHWLYRV

    &HUFDGH5ELOK}HV HPGHVRQHUDo}HVFDLV HQWUH H VHPFRQWDELOL]DU Dreduo do IPI para consumo de bens), ampliao do Programa de Sustentao do In-vestimento (PSI/BNDES) a juros reais negativos e previso de incentivos de mais de R$ 32 bilhes inovao, com o lanamento do Inova-Empresa (FINEP-BNDES). Isso num contexto em que a Selic atingiu seus nveis mais baixos desde o Plano Real, em torno de 2% reais. A despeito das crticas poltica industrial pela focalizao no modelo falido de incentivo ao consumo das famlias, seu foco efetivo foi a reduo dos custos dos fatores de produo trabalho e capital e o estmulo inovao tecnolgica visando a recupera-o da competitividade.

    A anlise mais detida da evoluo dos dados de produo fsica da indstria de transfor-mao permite vislumbrar uma tendncia de recuperao industrial. Tendo como pano de fundo o conjunto das medidas pr competitividade, essa tendncia indicada pelo evoluo da mdia mvel trimestral sem ajuste sazonal, que capta melhor o movimento

    1%

    70%1%

    16%

    8% 4%Comidas e bebidas

    Insumos industriais

    Combustveis e lubrificantes

    Bens de capital

    Equipamentos de transporte

    Bens de consumo

  • 38

    da srie. A srie de crescimento da produo fsica tem a vantagem de eliminar a conta-minao das oscilaes de preos relativos.

    O crescimento da mdia mvel trimestral mostra que a produo fsica da indstria de transformao est crescendo 4,96% no perodo de 12 meses (junho de 2013/junho de 2012). Para efeito de comparao, o crescimento da indstria no perodo imediatamente anterior (junho 2012/junho 2011) foi de -4,69%. Chegamos ento a duas concluses: (i) a taxa corrente de crescimento da produo industrial est robusta; (ii) o crescimento da indstria de transformao, depois da estagnao de 30 meses iniciada em 2011, j ultra-passou a expanso do PIB (IBC-Br) em 27%.

    O que h de peculiar em 2013 a forte expanso da indstria de transformao a partir de maro. Desde ento, o crescimento acumulado foi de 11,83%. Essa tendncia parece consistente no apenas porque o incremento industrial da mdia mvel ocorreu em to-dos os quatro meses, mas tambm porque a indstria de bens de capital apresenta uma recuperao ainda mais intensa, com crescimento anualizado de 17,8% em junho de 2013.

    A mudana no patamar do cmbio tem contribudo para a recuperao. Considerando o patamar mdio de 2,17 referente junho de 2013, o custo do trabalho em dlar reduz-se 7% em relao a dezembro de 2010 e 12,4% em relao a janeiro de 2013. No caso de seto-res tradables em direta concorrncia com produtos importados, essa reduo de custo muito mais relevante do que as estimativas mais pessimistas de repasse da valorizao do GyODUSDUDRVSUHoRVGRVLQVXPRVLQGXVWULDLV2JUiFRDVHJXLULOXVWUDHVVDQRYDGLQkPLFDa boca do jacar entre custos salariais em dlares e a produo industrial se fechou. Isso VLJQLFDTXHRGHFUpVFLPRVLVWHPiWLFRGRYDORUGRVVDOiULRVHPGyODUHVWiFRQWULEXLQGRpara o crescimento da produo industrial.

    96,48

    87,80

    98,19

    87,27

    106,10

    92,93

    85,00

    90,00

    95,00

    100,00

    105,00

    110,00

    jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13

    Produo Fsica e

    Salrio Mdio Nominal sobre Cmbio

    base mvel: out-dez/2010

    ndice trimestral - Produo Fsica ndice trimestral -Folha de Pagamento Nominal por trabalhador/Cmbio

    Dados de desembolsos do BNDES, por sua vez, indicam um claro esforo de promoo do desenvolvimento baseado nas prioridades do Plano Brasil Maior. Os blocos de siste-mas produtivos do PBM responderam, entre julho de 2012 e junho de 2013, por 79% dos desembolsos totais do banco, alcanando um patamar de R$ 151 bilhes. Cerca de 90% desse total corresponde a liberaes para setores dos blocos I e II do PBM, com destaque para projetos de Bens de Capital; Qumica e Petroqumica; P&G e Naval. Vale tambm no-

  • Balano Executivo 39

    tar o crescimento observado nos desembolsos do perodo julho de 2012 a junho de 2013 HPUHODomRDRPHVPRSHUtRGRDQWHULRU2GHVWDTXHQHVVHFDVRFDSRUFRQWDGRVVHWR-res de Qumica e Petroqumica; Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmticos; P&G e Naval; e Automotivo, que mais que dobraram o volume de desembolsos recebido.

    Evidencia-se, assim, que a poltica industrial tem focos direcionados para a criao de efeitos multiplicadores interindustriais e para a ampliao da base corporativa e tecnol-gica de setores chave para a competitividade do pas. Ainda assim, no descuida de ativi-dades relevantes para a gerao de emprego e renda, apostando na reduo dos custos da produo, na promoo das exportaes e na defesa comercial.

    O perodo que se estende de agosto de 2012 a julho de 2013 foi marcado tambm pelo fortalecimento da atuao dos Comits e Conselhos de Competitividade Setoriais, que promoveram um estreitamento do dilogo pblico-privado, avanando na estruturao de medidas prioritrias. Tendo a sua elaborao concluda em abril de 2013, as Agendas Estratgicas Setoriais sintetizam as propostas pactuadas nos 19 Conselhos de Compe-titividade, que renem governo, empresariado e classe trabalhadora. As medidas visam sustentar avanos direcionados a cada setor, que complementam os esforos sistmicos GHDSHUIHLoRDPHQWRGRDPELHQWHUHJXODWyULR QDQFHLURHWULEXWiULRQDFLRQDODVHUHPH[H-cutados at dezembro de 2014.

    O conjunto de medidas proposto, que inclui a expanso dos esforos de inovao, a am-SOLDomRGRVSURJUDPDVVHWRULDLVGHQDQFLDPHQWRRDSULPRUDPHQWRGDPHWRGRORJLDGHaferio de contedo local e avanos nos regimes especiais setoriais, entre outras aes, foi validado pelo Comit Gestor e pelo Grupo Executivo do PBM e ser acompanhado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), tendo seu balano de exe-cuo periodicamente divulgado no site do PBM. Cabe ressaltar que o CNDI tem atuado ativamente no estabelecimento de orientaes gerais ao Plano Brasil Maior, subsidiando as atividades do Sistema de Gesto e conferindo um carter participativo implementa-o da estratgia.

    Nessa direo, destaca-se a criao de cinco grupos de trabalho temticos para tratar de assuntos estratgicos para o desenvolvimento da indstria brasileira, coordenados pelos Ministros de Estado nas suas respectivas reas de competncia e tendo como vice--coordenadores representantes da sociedade civil organizada. Trabalhando no mbito do CNDI, esses grupos tm como atribuio propor e encaminhar solues associadas a temas como facilitao do comrcio exterior, competitividade logstica, relaes de tra-balho, marcos regulatrios para o investimento e tributao, aliando-se aos esforos dos 19 Conselhos de Competitividade em funcionamento.

    Os avanos de formulao e o amadurecimento institucional e operacional conquistado QRV~OWLPRVDQRVUHDUPDPDUHOHYkQFLDGR3ODQR%UDVLO0DLRU$LQGDDVVLPpQHFHVViULRcontinuar aperfeioando mecanismos de dilogo e formulao de polticas pblicas, alm de desenvolver sistemticas ainda mais precisas de monitoramento e avaliao, de modo a ampliar a abrangncia e os resultados almejados. Essas diretrizes incorporam-se s ati-vidades em curso, direcionando a continuidade dos trabalhos desenvolvidos no mbito do Plano Brasil Maior.

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