balanco das aguas 2014-2015

14
Publicação Anual da Agência Nacional de Águas - Nº 4 BALANÇO das ÁGUAS BALANÇO das ÁGUAS Semiárido Nordeste atravessa quarto ano de seca intensa Progestão Programa da ANA que estimula gestão de recursos hídricos chega a todos os estados Cantareira Começam as tratativas para renovar a outorga do principal manancial de SP

Upload: celeste-martha

Post on 09-Sep-2015

13 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

água

TRANSCRIPT

  • Publicao Anual da Agncia Nacional de guas - N 4BALANO das GUASBALANO das GUAS

    SemiridoNordeste atravessa quarto ano de seca intensa

    ProgestoPrograma da ANA que estimula gesto de

    recursos hdricos chega a todos os estados

    CantareiraComeam as tratativas para renovar aoutorga do principal manancial de SP

  • 2 BALANO das GUAS

    Plano busca alternativas para garantir segurana hdrica no Pas...................................................... 14Regies metropolitanas tero plano de oferta de gua ................................................. 14

    ANA e Embrapa apresentam levantamento nacional sobre rea irrigada com pivs................................... 15

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Como j amplamente conhecido, estamos atravessando um perodo muito seco, com chuvas bem abaixo das mdias histricas em vrias regies do Pas. No Nordeste, essa situao se repete pelo quarto ano consecutivo e no rio So Francisco, a vazo defluente ao reservatrio de Sobradinho vem sendo reduzida desde 2013, para preservar os estoques de gua que esto bastante baixos.

    No Sudeste, pela primeira vez foi necessrio recorrer ao chamada volume morto, gua que fica localizada abaixo dos nveis operacionais, em reservatrios do rio Paraba do Sul e do Sistema Cantareira.

    Por isso, desde o ano passado a Agncia Nacional de guas vem intensificando as campanhas de fiscalizao nessas duas regies, para acompanhar o cumprimento das vrias regras especiais ou alocaes negociadas de gua, necessrias para enfrentar esse perodo de escassez.

    Desde a sua criao, em 2000, a Agncia Nacional de guas se esfora para cumprir sua misso insitucional de implementar e coordenar a gesto compartilhada e integrada dos recursos hdricos e regular o acesso gua em corpos dgua de domnio federal.

    A ANA integra o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos (Singreh) e a entidade federal brasileira responsvel pela implementao da Poltica Nacional de Recursos Hdricos.

    Uma boa notcia que todos os estados j aderiram ao Programa Nacional de Consolidao do Pacto Nacional pela Gesto das guas (Progesto), instrumento pelo qual a ANA transfere recursos financeiros, mediante o cumprimento de metas fixadas pelos prprios estados, para o fortalecimento da gesto dos recursos hdricos nas unidades da federao.

    As dificuldades trazidas pela seca nos ltimos anos tambm so incentivos para o Sistema de Gerenciamento de Recursos Hdricos avanar para uma melhor gesto cada vez mais integrada, o que sem dvida contribui para aumentar a segurana hdrica de todo o Pas.

    Crise e Oportunidades

    Diretoria Colegiada

    Vicente Andreu Guillo - Diretor-presidentePaulo Lopes Varella NetoJoo Gilberto Lotufo ConejoGisela Damm Forattini

    Secretaria-Geral (SGE)Mayui Vieira Guimares Scafura

    Gerncia Geral de Articulao e Comunicao (GGAC)Antnio Flix Domingues

    Lista completa de autoridades em:www.ana.gov.br

    Expediente

    Coordenao e reviso:Cludia Dianni - Mtb 56.200/SPRedao:Carol Braz - DF 3962JPCludia Dianni - Mtb 56.200/SPRaylton Alves - DF 6948JPProjeto Grfico:Raylton Alves e Daniel CardimDiagramao e direo de arte:Raylton Alves

    Capa: Represa Jacare (SP) Raylton Alves / Banco de Imagens ANA

    Endereos:

    Setor Policial (SPO), rea 5, Quadra 3Blocos B, L, M e T - Braslia (DF)CEP: 70610-200

    SIA Trecho 4, Lote 370 - Braslia (DF)CEP: 71200-041

    Telefone: (61) 2109-5103E-mail: [email protected] na internet: www.ana.gov.br

    2015 Agncia Nacional de guasAs matrias desta publicao podem ser reproduzi-das, desde que citada a fonte.

    Edio n 4: O Balano das guas uma revista anual da Agncia Nacional de guas. Esta edio resume as principais atividades da ANA entre maro de 2014 e junho de 2015.

    Sumrio

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    3

    Gesto

    Planejamento

    Capacitao

    Monitoramento

    Projetos

    Internacional

    ANA

    Prmio ANA

    crtica a situao dos recursos hdricos no Nordeste......................................................... 9

    Reservatrios do Paraba do Sul tero novas regras de operao.......................................................... 10

    Comeam as tratativas para renovar a outorga do Sistema Cantareira................................................ 11Agncia intensifica fiscalizao por uso irregular da gua................................................................ 12Cear assume a emisso das outorgas dos recursos hdricos federais no estado............................................. 12

    Especialistas debatem efeitos da Poltica Nacional de Segurana de Barragens................................... 13

    Conjuntura 2014 avalia situao da gua e da crise hdrica no Brasil.................................................... 4Publicao Especial traz detalhes sobre as 12 Regies Hidrogrficas brasileiras........................... 6

    Progesto chega a todos os estados e ao Distrito Federal................................................................. 7ANA define regras para gastos em entidades delegatrias de agncias de gua.......................... 8Agncia seleciona trs projetos de reso agrcola de efluentes tratados no Semirido...................... 8

    Regulao

    Capacitao em gesto de recursos hdricos atinge mais de 56 mil alunos.......................................... 17

    Modernizao da Rede chega a mais de mil pontos monitorados pela ANA.......................................... 18

    ANA oferece incentivo financeiro para divulgao de dados de qualidade da gua.............................. 19Equipamentos da ANA chegam a salas de situao em todo o Pas...................................................... 20Brasil e Uruguai fazem parceria para monitorar bacias compartilhadas.......................................... 20

    Senado aprova indicao de Ney Maranho para diretoria da ANA......................................... 23ANA e CNA: parceria no uso sustentvel dos recursos hdricos.................................................. 23

    Agncia faz intercmbio tcnico com pases do Caribe, CPLP e Amrica Latina.............................. 22

    Nove estados j adotaram o Programa Produtor de gua................................................................ 21ANA destina R$ 40 milhes para seu programa de tratamento de esgotos......................................... 21

    ANA premia boas prticas de uso dos recursos hdricos com viagem ao Frum Mundial da gua...... 24

    Expediente

    Boa leitura!

    BALANO das GUAS

  • 5BALANO das GUAS4 BALANO das GUAS4

    Em maro deste ano, a Agncia Nacional de guas (ANA) lanou o relatrio de Conjuntura dos Re-cursos Hdricos no Brasil Infor-me 2014, que traz um retrato da situao dos recursos hdricos no Pas em seus diversos aspectos. Na publicao, h informaes so-bre qualidade, quantidade e usos da gua, balano hdrico, secas e cheias, e sobre a gesto (veja alguns dados na pgina 5). Este ano, o Conjuntura trouxe o Encar-te Especial sobre a Crise Hdrica, que atualizou a sociedade sobre a situao das secas, especialmente no Nordeste e no Sudeste, alm de contribuir para o debate com re-lao atual situao das bacias

    Conjuntura 2014 avaliasituao da gua e dacrise hdrica no Brasil

    Gesto Gesto

    Seca s margens do rio Paranapanema em Arandu (SP) Raylton Alves / Banco de Imagens ANA

    hidrogrficas brasileiras. Segundo o Encarte, desde o segundo se-mestre de 2012 tem ocorrido uma gradativa e intensa reduo nas taxas pluviomtricas (chuvas) em algumas regies do Pas, fenme-no que tem prejudicado a oferta de gua para o abastecimento p-blico, especialmente no Semirido e nas regies metropolitanas mais populosas e com maior demanda hdrica. A publicao d destaque para o Sistema Cantareira, a bacia do Paraba do Sul e o Semirido, regio que abrange todos os es-tados do Nordeste (exceto o Ma-ranho) e parte de Minas Gerais. Saiba mais sobre a situao destas regies nas pginas 9 a 11.

    gua doce superficial

    Apesar de o Brasil possuir 13% da gua doce disponvel do planeta, a distribui-o desigual, pois 81% esto concen-trados na Regio Hidrogrfica Amaz-nica, onde est o menor contingente populacional, cerca de 5% da populao e a menor demanda. Nas regies hidro-grficas banhadas pelo Oceano Atlnti-co, que concentram 45,5% da populao do Pas, esto disponveis apenas 2,7% dos recursos hdricos do Brasil.

    Comits de bacias

    Em 2013, foram criados 20 novos co-mits de bacias na Bahia, Cear, Gois, Mato Grosso, Paran, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. Com isso, o Brasil passou dos 29 em 1997, ano da publica-o da Lei das guas, para 194 comits. Estes colegiados funcionam como par-lamentos das guas e atuam na pro-moo dos usos mltiplos das guas nas bacias onde atuam e na negociao de conflitos pelo uso das guas. H comits instalados sobre uma rea que equivale a 30% do territrio brasileiro.

    Irrigao

    A rea irrigada projetada para 2012 foi de 5,8 milhes de hectares, ou cerca de 20% do potencial nacional de 29,6 milhes de hectares. Houve um aumento signi-ficativo da agricultura irrigada no Brasil nas ltimas dcadas, crescendo sempre a taxas superiores s do crescimento da rea plantada total. Em regies com dficit hdrico, a irrigao assume papel primordial no desenvolvimento dos ar-ranjos produtivos. Embora aumente o uso da gua, os investimentos no setor resultam em aumento substancial da produtividade e do valor da produo, diminuindo a presso pela incorporao de novas reas de cultivo. As regies do polo de irrigao Petrolina-Juazeiro (PE/BA) e o oeste baiano, assim como a rea de rizicultura (cultivo de arroz) no Sul do Pas se destacam como reas de alta de-manda para irrigao no Brasil.

    Navegao

    Conforme dados da Agncia Nacional de Transportes Aquavirios (Antaq), o Brasil possui mais de 20 mil km de vias interiores economicamente navegveis, sendo que 80% delas esto no Comple-xo Solimes-Amazonas (rede hidrovi-ria que inclui, alm dos rios Solimes e Amazonas, outros, como o Negro, o Ma-deira e o Tapajs). Segundo o Anurio Estatstico Aquavirio referente a 2013, o transporte de cargas em vias naveg-veis interiores chegou a, aproximada-mente, 31 milhes de toneladas, sendo cerca de 35% desta carga transportados pelas vias da RH Amaznica, 14% da RH Atlntico Sul, 12% da RH Tocantins-Ara-guaia, 19% da RH Paraguai, 20% da RH Paran e 0,1% da RH So Francisco.

    Planos de Recursos Hdricos

    Trs planos de recursos hdricos em ba-cias interestaduais foram iniciados em 2013: do rio Paraguai, do rio Grande e do Paranapanema. Num estgio de elabora-o mais avanado est o da bacia do Pi-ranhas-Au, cuja previso de aprovao para 2015. Os planos at 2012 cobrem 51% do territrio nacional. Entre os pla-nos para bacias estaduais, destacam-se os planos diretores de recursos hdricos mineiros: do Alto rio Grande, do rio das Mortes, dos afluentes mineiros do rio Urucuia e do entorno do reservatrio de Furnas. No Paran, tambm foi finaliza-do o Plano das Bacias do Alto Iguau e dos Afluentes do Alto Ribeira.

    Saneamento

    Segundo dados do Sistema Nacional de Informaes sobre Saneamento (SNIS), em oito regies hidrogrficas o atendi-mento urbano com rede de gua foi su-perior a 90% em 2012. Em apenas quatro regies, o ndice ficou abaixo dos 90%: Atlntico Nordeste Oriental (88,1%), Amaznica (76,4%), Tocantins-Araguaia (68,5%) e Atlntico Nordeste Ocidental (68,5%). O atendimento com servios de esgotamento sanitrio avaliado con-forme as taxas de coleta e tratamento de esgotos. De acordo com o SNIS, qua-tro regies hidrogrficas apresentaram ndices de coleta de esgoto acima de 60%: Paran, Atlntico Leste, So Fran-cisco e Atlntico Sudeste, conhecidas pelo grande contingente populacional, pelo elevado desenvolvimento econ-mico e por um parque industrial signifi-cativo. Por sua vez, somente 58,2% do esgoto coletado na Regio Hidrogrfica Atlntico Sudeste recebem tratamento. Nas regies Atlntico Leste, do Paran e do So Francisco este ndice fica em tor-no de 84%, 72% e 63% respectivamente. A despeito de apresentar atendimento urbano com rede de gua acima de 90%, a RH do Parnaba fica atrs das outras re-gies no quesito infraestrutura de esgo-tamento sanitrio. L, a coleta de esgoto de apenas 17,9%. Esse ndice baixo nas trs regies hidrogrficas cujo aten-dimento urbano com rede de agua en-contra-se abaixo dos 80%: Atlntico Nor-deste Ocidental (28%), Amaznica (25%) e Tocantins-Araguaia (25%). As taxas de tratamento de esgoto encontram-se em torno de 28% na primeira destas regi-es; 78% na segunda e 63% na terceira. Apesar de possurem os indicadores de saneamento bsico mais baixos em re-lao s outras regies hidrogrficas, essas regies no enfrentam grandes problemas em relao quantidade e qualidade das guas de seus rios.

    GUA POPULAO5%

    19%95%

    81%

    RH Amaznica

    Restante do Brasil

    4% 4%

    21%

    48%

    23%

    ndice de Qualidade da gua

    3%

    82%

    9%6%

    tima Boa Regular Ruim Pssima

    URBANO

    RURAL

    Indicadores nacionais de abastecimento de gua e de

    esgotamento sanitrio

    Atendimento urbano de gua

    93%Coleta de esgoto

    58%Tratamento de esgoto coletado

    69%Tratamento de esgoto gerado

    40%

    Fonte: SNIS

    Para acessar o Conjuntura dos Recursos Hdricos no Brasil desde 2009 e as edies especiais sobre a crise hdrica e sobre as regies hidrogrficas, acesse:

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    BALANO das GUAS

    http://conjuntura.ana.gov.br

  • 7BALANO das GUAS6 BALANO das GUAS

    1 - Amaznica2 - Tocantins-Araguaia3 - Atlntico Nordeste Ocidental4 - Parnaba5 - Atlntico Nordeste Oriental 6 - So Francisco

    Somente depois desse trmite foi assi-nado contrato com a Agncia Nacional de guas. As metas do Progesto foram divididas em quatro tipos, de acordo com a complexidade do processo de gesto dos recursos hdricos de cada estado. Classificadas de A a D, as ti-pologias indicam os desafios a serem enfrentados no processo de fortaleci-mento da gesto das guas e da estru-tura institucional necessria. Cear, Rio de Janeiro e Minas Gerais, por exemplo, foram enquadrados pelos estados na tipologia D, a mais comple-xa, pois h conflitos pelo uso das guas, principalmente com relao quantida-de de gua disponvel para a populao.

    A regio que apresenta melhor balan-o quali-quantitativo (tipologia A) a Norte, com exceo do Par e de Tocantins, que inspiram mais ateno devido existncia de reas crticas. Na classificao B, alm do Par e de Tocantins, esto Maranho, Piau, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergi-pe, Gois, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondnia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal. Os

    Progesto chega a todos osestados e ao Distrito Federal

    O Programa Nacional de Consolida-o do Pacto Nacional pela Gesto das guas (Progesto), lanado pela Agn-cia Nacional de guas em 2013 como instrumento para aplicao do Pacto Nacional, alcanou em 2014 a adeso de todos os estados brasileiros e do Dis-trito Federal. A cobertura do Progesto em todo o territrio nacional fortalece os Sistemas Estaduais de Gerenciamen-to de Recursos Hdricos e aumenta a ar-ticulao e a cooperao com o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recur-sos Hdricos (Singreh). O Progesto pre-tende investir mais de R$ 100 milhes ao final dos cinco anos estabelecidos para sua execuo.

    Cada uma das 27 unidades da federao vai receber parcelas anuais de R$ 750 mil, desde que as metas institucionais acordadas sejam cumpridas. Os rgos gestores estaduais de recursos hdricos foram os responsveis pela proposio das metas a partir de apontamentos feitos por especialistas que lidam com a gesto dos recursos hdricos nos esta-dos e no Distrito Federal. A aprovao coube aos Conselhos de Recursos Hdri-cos dos estados e do Distrito Federal.

    estados da Bahia, Pernambuco, Paraba e Paran fazem parte da tipologia C, pois apresentam criticidade em algu-mas bacias hidrogrficas.

    As metas fixadas buscam harmonizar cri-trios, processos e procedimentos para implementar os instrumentos de gesto previstos na Poltica Nacional de Recursos Hdricos, a lei 9.433/97. Esses instrumen-tos de gesto so os planos de recursos hdricos, o enquadramento dos corpos dgua em classes de acordo com usos e a qualidade a ser alcanada ou mantida, a outorga de direitos de uso dos recursos hdricos, a cobrana pelo uso dos recur-sos hdricos nas bacias hidrogrficas e o Sistema Nacional de Informaes sobre Recursos Hdricos (Snirh).

    So exemplos de metas aperfeioar a rede de monitoramento, formar banco de dados sobre disponibilidade hdrica, formar ou aperfeioar cadastro de usu-rios, capacitar servidores, elaborar pla-nos para as bacias hidrogrficas, entre outras aes. At o final de 2014, foram repassados mais de R$ 22 milhes pelo Programa. Para 2015, a ANA prev trans-ferir mais R$ 18 milhes.

    ANA apresenta Progesto aos secretrios estaduais de Recursos Hdricos e Meio Ambiente

    Carolina Cogrossi / Banco de Imagens ANA

    Gesto

    Publicao Especial traz detalhes sobre as 12 Regies Hidrogrficas Brasileiras

    Est disponvel no site da ANA, no novo portal da Conjuntura dos Recursos Hdri-cos, o relatrio sobre as Regies Hidrogr-ficas Brasileiras, com informaes impor-tantes para o planejamento e a gesto dos recursos hdricos. A publicao traz as ca-ractersticas de cada uma das 12 regies, como rea, populao, municpios, bio-mas, cobertura vegetal, desmatamento, principais rios, saneamento, cheias, secas e vazes, entre outras informaes, como atividades produtivas e potencial econ-mico e hidroenergrico, por exemplo.

    Para facilitar a gesto, a Resoluo n 32/2003 do Conselho Nacional de Re-cursos Hdricos (CNRH) instituiu a Divi-so Hidrogrfica Nacional em 12 regi-es. Essa diviso considera como regio hidrogrfica (RH) o espao territorial brasileiro compreendido por uma bacia, grupo de bacias ou sub-bacias contguas com caractersticas naturais, sociais e econmicas homogneas ou similares. O objetivo desse recorte orientar o planejamento e o gerenciamento dos recursos hdricos do Pas.

    As subdivises consideradas em cada regio hidrogrfica possuem vrias uni-dades hidrogrficas (UH), que consistem em agrupamentos de unidades de plane-jamento hdrico (UPH) que, por sua vez, correspondem s unidades hdricas esta-duais para a gesto de recursos hdricos.

    A Agncia Nacional de guas, por atri-buio estabelecida na Resoluo n 58/2006, do CNRH, elabora anualmente, desde 2009, os Relatrios de Conjuntura dos Recursos Hdricos no Brasil. Este ano, alm da edio especial: Conjuntura de Recursos Hdricos Regies Hidrogr-ficas, foi divulgado tambm o encarte especial Conjuntura dos Recursos Hdri-cos Crise Hdrica, com o objetivo de atualizar a sociedade e contribuir para o debate com relao atual situao das

    bacias hidrogrficas brasileiras. O encar-te fez um balano da crise desde 2012 e das aes regulatrias da ANA e acompa-nhou o Relatrio de Conjuntura dos Re-cursos Hdricos Informe 2014 (paginas 4 e 5), divulgado em maro.

    De acordo com o Encarte, desde o segundo semestre de 2012, observa-se uma gradati-va e intensa reduo nos ndices pluviom-tricos (chuvas) em algumas regies do Pas, que tem prejudicado a oferta de gua para o abastecimento pblico, especialmente no semirido brasileiro e nas regies metro-politanas mais populosas e com maior de-manda hdrica (So Paulo e Rio de Janeiro).

    Outros setores que dependem do arma-zenamento da gua, como o de irrigao e o de energia hidreltrica, tambm es-to sendo afetados pela falta de chuvas e pelo menor volume de gua armazena-do nos reservatrios. A reduo nos n-veis de chuvas verificados mensalmente (desde 2012 no Nordeste e desde outu-

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Gesto

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    bro de 2013 no Sudeste), em relao mdia histrica mensal (dados monito-rados desde 1930) traz um fato novo, de natureza ambiental, ainda imprevisvel. A compreenso das causas dessas alte-raes climticas e das tendncias das chuvas interanuais ainda imprecisa de-vido, principalmente, ao curto perodo de observaes dessas anomalias.

    Ainda de acordo com o Encarte, apesar da importncia das aes de gesto, e consi-derando a severidade da seca em decor-rncia dos baixos ndices pluviomtricos, deve-se ter ateno especial com as aes estruturantes necessrias para garantir maior segurana hdrica aos sistemas de abastecimento e s atividades produti-vas, sendo fundamental reforar o seu planejamento, providenciar a elaborao dos respectivos projetos e a execuo da infraestrutura hdrica, alm da construo de um pacto institucional entre os atores envolvidos. Leia sobre as regies Nordeste e Sudeste nas pginas 9 a 11.

    A DivisoHidrogrficaNacional

    2

    3

    45

    67

    89

    10

    12

    11

    7 - Atlntico Leste8 - Atlntico Sudeste9 - Paran10 - Paraguai11 - Uruguai12 - Atlntico Sul

    O Brasil dividido em 12 regies hidrogrficas para orientar o planejamento e a gesto de recursos hdricos. So elas:

    1

  • 9BALANO das GUAS8 BALANO das GUAS

    ANA define regras para gastos em entidades delegatrias de agncias de gua

    Irrigao em Patos (PB)

    Zig Koch / Banco de Imagens ANAA Agncia Nacional de guas (ANA) publi-cou duas Resolues relacionadas s enti-dades delegatrias das funes de agncias de gua no Dirio Oficial da Unio de 22 de dezembro. A Resoluo n 2.018/2014 trata do enquadramento das despesas referentes aplicao dos valores arreca-dados com a cobrana pelo uso da gua de domnio da Unio, no mbito dos con-tratos de gesto firmados entre a ANA e as entidades delegatrias que funcionam como agncias de bacia, ou seja, so os braos executivos dos Comits de Bacia Hidrogrficas. A Resoluo n 2.019/2014 define procedimentos para seleo e re-crutamento de pessoal para as entidades. De acordo com a Resoluo n 2018, as despesas devem ser enquadradas como fi-nalsticas ou administrativas. As finalsticas incluem os custos para realizao de estu-dos, programas, projetos e obras includos nos planos de recursos hdricos, alm de aes para o fortalecimento dos comits de bacias, como: realizao de reunies do respectivo comit e aes de comunicao. J as despesas administrativas so aquelas para custear a execuo de atividades ro-tineiras das delegatrias, como: aluguis, materiais de escritrio, custeio de pessoal (inclusive remuneraes e demais vanta-gens) e despesas com viagens. As despesas administrativas ficam limi-tadas a 7,5% do total arrecadado com a cobrana pelo uso da gua, incluindo os rendimentos financeiros. Desse valor, 6% podem ser gastos com as contrataes, incluindo os encargos. Para os dirigentes das delegatrias, a Resoluo n 2.018 limita a remunerao em R$ 11.150,00. Para os demais empregados, o teto de R$ 6.690,00. Ambos limites no incluem encargos sociais e previdencirios. Tais va-lores so passveis de reajuste pela ANA. Despesas administrativas com recursos re-passados pela ANA nos contratos de gesto so vedadas para remunerao de servido-res e empregados pblicos, membros do Conselho Nacional de Recursos Hdricos (CNRH) e dos comits de bacias atendidos pela entidade delegatria. A partir da publi-cao da Resoluo n 2.018, as delegat-rias tm at um ano para realizar todas as adequaes necessrias. No caso da Reso-luo n 2.019/2014, a Agncia Nacional de guas estabelece que a seleo de empre-gados para as delegatrias dever ser feita por meio de provas ou provas e ttulos. Os processos seletivos devero contar com etapas eliminatrias e classificatrias de acordo com a natureza e a complexidade das funes a serem desempenhadas pe-los profissionais. A partir da assinatura do contrato de gesto entre a ANA e as delega-

    trias, as entidades devero realizar seleo at 12 meses. O processo seletivo dever ser divulgado no site da Agncia de Bacia e em jornal de grande circulao na regio com antecedncia mnima de 45 dias entre a data de realizao das provas e o trmino das inscries, que devem ficar abertas por pelo menos dez dias. Do edital de seleo, devem constar informaes, como: quanti-dade de vagas, remuneraes, local de tra-balho, condies para inscrio, atividades a serem desempenhadas, regime e prazo de contratao. Para indicar dirigentes, as entidades delega-trias devero adotar os critrios de: repu-tao ilibada, formao universitria, experi-ncia profissional e conhecimentos tcnicos comprovados e compatveis com a funo. Caso a delegatria seja substituda, a suces-sora poder aproveitar seus empregados, desde que contrate esses empregados em at 30 dias, contados a partir da celebrao do contrato de gesto com a ANA. Agncias de gua As agncias de gua, conhecidas como agncias de bacia, integram o Sistema Na-cional de Gerenciamento de Recursos Hdri-cos (SINGREH) e sua viabilidade financeira assegurada pela cobrana pelo uso de recursos hdricos em sua rea de atuao. Enquanto as agncias no estiverem cons-titudas, os conselhos de recursos hdricos podem delegar, por prazo determinado, o exerccio da competncia dessas agncias para organizaes sem fins lucrativos, cha-madas de entidades delegatrias. Em bacias com rios de domnio da Unio h quatro destas instituies: Agevap (Paraba do Sul), Agncia das Bacias PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundia), AGB Peixe Vivo (So Francisco) e Ibio AGB Doce (Doce).

    A Agncia Nacional de guas habilitou trs projetos no mbito da Seleo de Propostas para Desenvolvimento de Aes de Reso Agrcola de Efluen-tes Tratados no Semirido Brasileiro. Os trabalhos selecionados em setem-bro de 2014 foram apresentados pe-los municpios de Serra Branca (PB), Mauriti (CE) e Picu (PB). As iniciativas sero financiadas, via contrato de re-passe, num total de R$ 4 milhes do oramento da ANA recursos que so-mente sero liberados a partir da rea-lizao das etapas dos projetos. A seleo escolheu propostas de re-so agrcola de efluentes tratados no Semirido em municpios com at 50 mil habitantes, para que elas sirvam como difusoras e multiplicadoras da prtica de reso. Com os trabalhos selecionados, a ANA busca estimular aes que contribuam com o sane-amento e a qualidade de vida das regies e municpios beneficiados, ajudando a reduzir a mortalidade infantil e a aumentar o ndice de De-senvolvimento Humano (IDH) local. Entre outros possveis benefcios, as propostas podem auxiliar na melho-ria da qualidade dos corpos dgua, na alimentao dos rebanhos da re-gio, alm de incentivar a ampliao da rea irrigada e o aumento da pro-dutividade na agricultura.

    ANA seleciona trsprojetos de reso agrcola de efluentes tratados no Semirido

    Gesto

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    No rio So Francisco, a vazo defluente de Sobradinho est reduzida a 900m/s. O objetivo preservar o estoque de gua no reservatrio, que no final de junho acumulava 24% da sua capacida-de total. A reduo temporria da vazo mnima defluente do reservatrio de Sobradinho leva em considerao a im-portncia dos reservatrios tambm de Itaparica (Luiz Gonzaga), Apolnio Sales (Moxot), Complexo de Paulo Afonso e Xing para a produo de energia do Sistema Nordeste e para o atendimen-to dos usos mltiplos da gua na bacia. Desde abril de 2013, a ANA vem auto-rizando a reduo da vazo mnima em Sobradinho, que de 1.300m/s.

    O monitoramento dos audes consiste em acompanhar os nveis dgua e as vazes afluentes e defluentes. Essas informaes servem de suporte para a tomada de deciso sobre a operao desses barramentos, que deve perse-guir sempre o atendimento a todos os usos, priorizando o consumo humano e a dessedentao animal em casos de escassez, conforme estabelece a Polti-ca Nacional de Recursos Hdricos.

    Em junho, a descarga mnima autoriza-da em Sobradinho estava em 1.100m/s. Para os perodos de carga leve, cuja de-manda de gerao hidreltrica me-nor, era autorizada vazo de 1000m/s de 0h a 7h em dias teis e sbados, alm dos domingos e feriados durante todo o dia, mas foram realizados testes, autorizados pelo Ibama e com o conhe-cimento da ANA, de operao em So-bradinho com vazo de 900m/s. Em 29 de junho, a Resoluo ANA 713/2015 autorizou Sobradinho a operar com va-zo de 900m/s at 31 de julho.

    escassez hdrica. As aes podem variar desde a reduo da vazo defluente dos reservatrios at a suspenso de usos.

    Em maio, em parceria com os rgos gestores da Paraba e do Rio Grande do Norte e o Comit da Bacia, a ANA reu-niu mais de mil pessoas entre usurios do Sistema Curema-Au, representan-tes dos municpios, produtores rurais e poderes pblicos, em vrios munic-pios, para discutir a crtica situao. Na sequncia, foi publicada a Resoluo Conjunta 640 ANA-Igarn-Aesa/2015 que interrompeu, a partir de 1 de julho, as captaes superficiais para irrigao e aquicultura nos trechos do rio Pianc a jusante do aude Curema e no Piranhas--Au entre a confluncia com o Pianc e o aude Armando Ribeiro Gonalves.

    A Resoluo tambm interrompe as cap-taes de guas subterrneas para os mesmos fins nas faixas de 100 metros das margens desses mesmos trechos de rios, com exceo de guas captadas do cristalino. As restries afetam seis mu-nicpios na PB e trs no RN. Em julho de 2013, havia sido criado o Grupo Tcni-co Operacional do Sistema Curema-Au (GTO). A ANA j havia estabelecido, em setembro de 2013, regras de restrio de uso para irrigao nessas regies, com ro-dzio nas captaes em dias alternados e uso durante os horrios de tarifa verde. A irrigao no entorno do aude Epit-cio Pessoa, conhecido como Boqueiro (PB), est paralisada desde julho de 2014 e houve reduo de 20% na captao da Companhia de gua e Esgotos da Para-ba (Cagepa). Tambm foram estabeleci-das regras de uso para audes de Itans e Armando Ribeiro Gonalves e para o rio Au, no Rio Grande do Norte.

    Dos 496 reservatrios nordestinos moni-torados pela ANA, 320 acumulavam me-nos de 30% da sua capacidade no final do primeiro semestre. Este quarto ano de seca intensa que o Semirido enfrenta e em algumas regies, como no Cear, h risco de a estiagem ser severa tambm no ano que vem devido ao fenmeno El Nio, de acordo com a Fundao de Me-teorologia do Cear (Funceme). No rio So Francisco, a operao do reservat-rio de Sobradinho vem sendo conduzida de forma a evitar atingir o volume morto.

    O ano de 2014 destacou-se como de seca extrema no Nordeste chegando a registrar ndices com probabilidade de ocorrer a cada 100 anos. De acordo com o Informe Especial da Crise Hdrica, di-vulgado em maro, a anlise desde 2012 das centenas de estaes que medem chuvas na regio revelam a evoluo de um quadro no qual o perodo chuvoso tem sido marcado por precipitao es-pacialmente escassa em reas de todos os estados da Regio.

    A seca foi particularmente severa no Serto de Inhamuns e Central do Cea-r, locais classificados como extrema-mente secos em 2012, em comparao com a srie histrica. O mesmo ocorreu em grandes reas da poro oeste do Rio Grande do Norte, desde a verten-te oriental da Borborema at o vale do Apodi, englobando tambm a bacia do Piranhas-Au. Para conviver melhor com os impactos gerados pela forte estia-gem dos ltimos anos no Semirido, a ANA adotou diversas aes regulatrias emergenciais com o objetivo de aten-der ao disposto na Lei n 9.433/97, que prioriza o abastecimento humano e a dessedentao animal em situaes de

    crtica a situao dos recursoshdricos no Nordeste

    Aude no riacho Montealvane em Campos Sales (CE)

    Zig Koch / Banco de Imagens ANA

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Regulao

  • 11BALANO das GUAS10 BALANO das GUAS

    Reservatrios do Paraba do Sul tero novas regras de operao

    Para evitar que os reservatrios da Bacia voltem a enfrentar nveis crti-cos como os observados desde o ano passado, um grupo de especialistas da Agncia Nacional de guas e dos rgos gestores de recursos hdricos de So Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais elaborou novas regras de operao do Sistema Hidrulico do Paraba do Sul, que incluem novos limites para vazes defluentes dos reservatrios de Funil, Santa Branca, Paraibuna e Jaguari, alm da estrutura da transposio para o rio Guandu, que abastece a Regio Metro-politana do Rio de Janeiro.

    A minuta de resoluo com as novas regras foi elaborada com a participao do Grupo de Trabalho Permanente de Acompanha-mento da Operao Hidrulica da Bacia do Rio Paraba do Sul, do Comit de Inte-grao da Bacia (Ceivap), e dos secretrios estaduais responsveis pela rea de recur-sos hdricos dos trs estados que dividem a Bacia. A ANA recebeu contribuies do Comit de Bacia e aguarda as do setor el-trico. Todas as sugestes sero avaliadas e a minuta ser apresentada ainda ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, que em novembro de 2014 reuniu-se com os governadores, a ANA e o Ibama para tratar da segurana hdrica da Bacia.

    As novas regras no vo valer para o atual perodo de crise hdrica, que em 2014 registrou os piores nveis de vazes afluentes desde 1930, incio das sries histricas na regio, mas visam a garantir a segurana hdrica da Bacia no futuro. O incio de vigncia da nova operao ser informado oportunamente.

    O grupo tcnico que discute a seguran-a hdrica da Bacia do Paraba do Sul foi formado em julho de 2014 e, alm das novas regras, avaliou a proposta de in-terligao, feita por So Paulo, dos re-servatrios de Jaguari, no rio de mesmo nome, em So Paulo, afluente do Para-ba do Sul), ao reservatrio de Atibainha, que integra o Sistema Cantareira, tam-bm em So Paulo. Em janeiro, o gru-po concluiu pela viabilidade tcnica da obra, que ser executada pelo governo do estado de So Paulo. Ao final de junho deste ano, o sistema equivalente do Paraba do Sul estava com 15,32% da sua capacidade, mas o volume baixou tanto no final do ano passado que foi necessrio usar o volume morto de dois reservatrios. O sistema equivalente do Paraba do Sul chegou ao fim de 2014 com apenas 2,7% de sua capacidade de armazenamento contra 51,7% no final de dezembro de 2013. Em 2014 foram regis-tradas as piores vazes afluentes desde 1930, poca no incio das medies. Por isso, entre os dias 23 de janeiro de 6 de fevereiro e entre os dias 26 de janeiro e 23 de fevereiro de 2015 foi necessrio recorrer ao volume morto do Paraibu-na e do Santa Branca, respectivamente. Ao contrrio do que ocorreu no Sistema Cantareira, onde a Sabesp teve que fazer obras para alcanar a reserva, localizada abaixo dos nveis operacionais, portanto acessvel somente por bombeamento, no Paraibuna e no Santa Branca foi possvel retirar o volume morto por gravidade.

    Com as chuvas de fevereiro e maro de 2015, houve recuperao dos reservat-

    rios. Mesmo assim, o sistema comeou o perodo seco, em abril deste ano, com 16,02% da capacidade, quando no incio do perodo seco do ano passado, acumu-lava 40,6%. No fim de junho, o Sistema armazenava 15,32% de sua capacidade. No Paraba do Sul, as vazes liberadas para o Rio a partir da barragem de Santa Ceclia permanecem em 110m/s at 31 de outubro, segundo a Resoluo ANA 714 de junho de 2015. Desde maio de 2014, a ANA vem au-torizando redues da vazo mnima afluente barragem de Santa Ceclia, que passou de 190 para 173m/s. A partir de ento, outras resolues foram publica-das autorizando novas redues, passan-do por 165m/s (em julho) e160m/s (em setembro) at o patamar de 140m/s, que vinha sendo adotado desde dezembro de 2014. Em maro deste ano, passou a va-ler a vazo mnima de 110m/s. A bacia do Paraba do Sul A bacia hidrogrfica do rio Paraba do Sul tem uma rea de aproximadamente 62.074km e abrange 184 municpios, sendo 88 em Minas Gerais, 57 no Rio de Janeiro e 39 em So Paulo. O rio Pa-raba do Sul resulta da confluncia dos rios Paraibuna e Paraitinga, que nascem no Estado de So Paulo, a 1.800 metros de altitude. O curso dgua percorre 1.150km, passando por Minas, at de-saguar no Oceano Atlntico em So Joo da Barra (RJ). Os principais usos da gua na bacia so: abastecimento, diluio de esgotos, irrigao e gerao de energia hidreltrica.

    Rio Paraba do Sul prximo a Campos dos Goytacazes (RJ)

    Zig Koch / Banco de Imagens ANA

    Bombas para captao do volume morto na represa Jacare (SP)

    Comeam as tratativas para renovar a outorga do Sistema Cantareira

    Raylton Alves / Banco de Imagens ANA

    A Agncia Nacional de guas e o Departa-mento de guas e Energia Eltrica de So Paulo (DAEE) fixaram um cronograma para a renovao da outorga do Sistema Canta-reira, que dever ser concluda at 31 de ou-tubro. Em junho, foram disponibilizados os dados de referncia atualizados at 2014, portanto, com os registros mais crticos dos ltimos 85 anos, dados imprecindveis para avaliar as condies da nova outorga para Sabesp, operadora do sistema.

    Os dados de referncia incluem docu-mentos normativos, sries de vazes e de qualidade da gua, demandas e dados operacionais, entre outros. At 14 de agos-to, ANA e DAEE vo receber as propostas sobre a renovao da outorga elaboradas pelos entes do sistema, ou seja, os Comi-ts das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jun-dia (PCJ) e do Alto Tiet, alm do Instituto Mineiro de Gesto das guas (Igam) e da Sabesp. Na terceira e ltima etapa, at 18 de setembro, ser feita a apresentao de uma proposta guia para o processo final de discusso entre os entes do sistema. A outorga de direito de uso das guas do Sistema Cantareira foi concedida pelo DAEE Sabesp, por delegao da ANA, em agosto de 2004 e venceria em agos-to do ano passado, mas, devido ao atual perodo hidrolgico que registra as mais baixas vazes afluentes desde 1930, o prazo foi estendido at outubro de 2015, para que os dados das atuais vazes fos-sem considerados nos estudos. Antes da crise, o Cantareira era respons-vel pelo abastecimento de nove milhes na Regio Metropolitana de So Paulo (RMSP), quando a vazo de retirada ou-

    torgada chegava a 36m/s, sendo at 31m/s para a RMSP e at 5m/s para a re-gularizao dos rios da bacia do Piracica-ba, Capivari e Jundia (PCJ). Desde o incio das regras especiais de operao, estabe-lecidas pela ANA e pelo DAEE para o atual perodo de crise, a partir de maro 2014, as retiradas foram sendo reduzidas me-dida que a estiagem se estendia. No fim de maio deste ano, ANA e DAEE definiram as vazes defluentes para o atual perodo seco, que vai at o final de outubro.

    O Comunicado Conjutno ANA/DAEE n 247, fixou a mxima vazo defluente m-dia do Sistema para a Regio Metropoli-tana de So Paulo em de 13,5m/s entre 1 de junho e 31 de agosto e em 10m/s at 30 de novembro. A vazo j inclui a contribuio do reservatrio Paiva Castro, localizado na bacia do Alto Tiet. Para a bacia do PCJ, esto autorizadas vazes mximas mdias de 3,5m/s entre 1 de junho de 30 de novembro. A ANA e o DAEE podero autorizar acrscimos nas descargas mediante solicitao justificada dos Comits ou da Sabesp. No ano passado, choveu 25% da mdia anual na regio. Este ano, os reservatrios iniciaram o perodo seco, em abril, com um volume disponvel 17% inferior do que no final do perodo chuvoso do ano passado (maro de 2014). No final de junho, o nvel de armazenamento do Sistema Cantareira estava -10%. O nmero negativo porque a gua utilizada atualmente est armaze-nada abaixo dos nveis operacionais dos reservatrios, o chamado volume morto. A gua armazenada acima dos nveis opera-cionais, chamada de volume til. A quan-tidade de gua que ainda estava disponvel

    para uso no fim de junho, considerando o que restava da cota autorizada para uso do volume morto, equivalia a 14,8% do que cabe no volume til do reservat-rio, esgotado em julho de 2014. Em maio, completou um ano que a Sabesp passou a recorrer, pela primeira vez, ao volume mor-to do Cantareira. Os reguladores federal e estadual autorizaram a Sabesp a usar duas cotas. Em maio do ano passado, 182,5 bi-lhes de litros foram disponibilizados e em outubro, mais 105 bilhes de litros.

    Entre fevereiro e maro houve melhora nas chuvas, o que possibilitou certa re-cuperao no Sistema que nesses meses recebeu 36,55% e 38,14% da mdia his-trica anterior, respectivamente, contra 8,47% e 13,77% em 2014, ano que supe-rou 1953 como o pior da srie. Mas em abril as vazes voltaram a cair para 15,59% da mdia, apesar de serem ligeiramente melhores do que em abril de 2014, quan-do entraram 13,46% da pior vazo da s-rie. Em junho dese ano, a vazo mdia foi 13,64 m/s, mais do que o dobro da mdia de 6,62m/s registrada em junho de 2014, mas ainda assim apenas 44% da vazo m-dia da srie histrica.

    Segundo relatrio de maio do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), do Minis-trio da Cincia e Tecnologia, o volume morto deve continuar a ser usado pelo menos at outubro, isso se chover 50% acima da mdia de referncia para os prximos meses. O perodo seco no Su-deste vai at o final de setembro. Ainda segundo o Cemanden, se chover 50% abaixo da mdia, o uso do volume morto pode se estender at dezembro.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    RegulaoRegulao

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

  • 13BALANO das GUAS12 BALANO das GUAS

    peo da segurana dessas estruturas ao longo dos anos, para garantir a reduo de acidentes e melhorar os processos de gesto da segurana. De acordo com a ltima verso do Relatrio de Seguran-a de Barragens, divulgado em junho, do universo de barragens cadastradas, apenas 402 realizaram inspeo regular, sendo que nesse total esto includas as de usos mltiplos e as de resduos indus-triais e de minerao. O nmero revela a necessidade de divulgar o tema para que as entidades operadoras desses em-preendimentos realizem as inspees de forma regular a fim de corrigir potenciais falhas estruturais e acidentes.

    A legislao brasileira define os critrios para avaliao de riscos de acordo com as caractersticas tcnicas, do estado de con-servao do empreendimento e do atendi-mento ao Plano de Segurana estabelecido para o barramento. A classificao conside-ra, ainda, a categoria de dano potencial que

    Agncia intensifica fiscalizao poruso irregular da gua

    Por causa do agravamento da escassez hdrica, a Agncia Nacional de guas in-tensificou as campanhas de fiscalizao do uso de recursos hdricos de domnio federal no Nordeste e no Sudeste. Em 2014, foram feitas 540 vistorias em 64 campanhas, em que foram emitidas 203 notificaes e 54 multas, devido a irre-gularidades. A fiscalizao da ANA visa a regularizar os usos das guas, confor-me definido na Poltica Nacional de Re-cursos Hdricos (Lei n 9.433/97). Seu objetivo principal orientar e prevenir condutas ilcitas. Por isso, compete aos agentes fiscalizadores aplicar a sanes queles usurios cujas captaes de gua ou lanamentos de efluentes este-jam em desacordo com a lei.

    No ano passado, as aes de fiscalizao foram direcionadas s bacias hidrogrfi-cas crticas, para verificar o cumprimen-to de regras de uso estabelecidas pelos rgos gestores de recursos hdricos. Foram fiscalizadas as bacias hidrogrfi-cas dos rios Piranhas-Au (PB/RN), So Francisco (BA, SE, Al, PE e MG) e Piraci-caba, Capivari e Jundia (MG, RJ e SP). O reservatrio Epitcio Pessoa, conhecido como Boqueiro, na Paraba, tambm foi alvo de campanhas da Agncia. No Nor-deste, onde cerca de 60% dos reservat-rios acompanhados pela ANA esto com nveis baixos, a ANA conduziu diversas reunies de alocao negociada de gua para estabelecer regras de restrio de uso e operao diferenciada. O papel da fiscalizao fundamental nesse proces-so de alocao negociada nao apenas para garantir o cumprimento das regras, mas tambm a oferta para usos priorit-rios, conforme determina a lei brasileira.

    Na Bacia Hidrogrfica do Rio Piranhas--Au, a Agncia Nacional de guas e os rgos gestores estaduais de recursos h-dricos do Rio Grande do Norte e da Para-ba, com a participao de outros atores, como DNOCS, Comit de Bacia Hidro-grfica e usurios de recursos hdricos, pactuaram regras para garantir o abaste-cimento humano. A equipe da ANA vis-toriou 128 usurios. A ao resultou na emisso de 45 autos de infrao, sendo 34 advertncia, dez multas e um embar-go. No So Francisco foram realizadas quatro campanhas de fiscalizao. Para 2015, a equipe de fiscalizao da ANA vai manter as vistorias nas bacias crticas, principalmente no Semirido e na regio Sudeste. A previso realizar 61 campa-nhas de fiscalizao, sendo 33 no Semi-rido. Os usurios que no cumprirem as determinaes da agncia esto sujeitos a sanes que vo desde advertncia at a apreenso de equipamentos.

    Regulao

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    a barragem representa, conforme o poten-cial de perdas de vidas humanas e dos im-pactos econmicos, sociais e ambientais decorrentes de ruptura nas estruturas. Uma das preocupaes levantadas du-rante o Seminrio foi a segurana da populao que vive no entorno de barra-gens com potencial de dano. De acordo com o ltimo Relatrio de Segurana de Barragens em 2014 houve acidentes en-volvendo barragens no Amap, em Gois e em Minas Gerais, o que caracterizou o ano como o de maior nmero de aciden-tes desde 2011, quando a ANA passou a acompanhar a situao dos barramentos.

    Para aprimorar os instrumentos de apli-cao da legislao, a ANA vem promo-vendo audincias pblicas para receber contribuies da sociedade. Desde 2011, foram realizadas dez, sendo que trs es-to abertas para receber contribuies at o dia 17 de julho. Com as audincias, foi possvel regulamentar, entre outros pontos, questes relacionadas s inspe-es regulares e com o plano de seguran-a de barragem, alm da definio, pelo Conselho Nacional de Recursos Hdricos (CNRH), dos critrios gerais para classi-ficao das barragens por categoria de risco, por dano potencial e por volume.

    A ANA econtra-se nas estapas finais do desenvolvimento da plataforma in-formatizada do Sistema Nacional de Informaes sobre Barragens, que vai unificar eletronicamente os dados e otimizar a gesto do setor, como preco-niza a Lei n 12.334/2010.

    A segunda edio do Seminrio sobre Segurana de Barragens promovido pela Agncia Nacional de guas lotou o audi-trio da ANA, em Braslia. Com a presena de especialistas nacionais e internacio-nais, o encontro permitiu o nivelamento das informaes disponveis sobre barra-mentos, e a troca de experincias mun-diais trazidas ao pblico particpante pelo Banco Mundial, parceiro da ANA no even-to. Dos avanos pontuados, destaque para o aumento no nmero de barragens ca-dastradas que saltou de 10.466 em 2013 para os 14.966 em 2014.

    Realizado em maio deste ano, o semin-rio teve o objetivo de promover o debate sobre os avanos conquistados nos cinco anos de vigncia da Lei n 12.334/2010, que instituiu Poltica Nacional de Segu-rana de Barragens. Com a promulgao da lei federal, a ANA assumiu as atribui-es de organizar, implantar e gerir o Sistema Nacional de Informaes sobre Segurana de Barragens (SNISB), cujo de-senvolvimento da plataforma informati-zada est previsto para ser concludo at 2016. Para isso, necessrio cadastrar os barramentos existentes no Pas.

    A Poltica Nacional de Segurana de Barragens se aplica a barramentos que foram construidos para armazenar gua para os chamados usos mltiplos dos recursos hdricos, que podem ser sa-neamento, pesca, irrigao e lazer, por exemplo. A Lei tambm vale para reser-vatrios destinados produo de ener-gia eltrica; disposio final de rejei-tos, como o caso da minerao; e ao acumulo de resduos industriais.

    A fiscalizao das barragens de usos mltiplos cabe ao rgo que emitiu a outorga de direito de uso dos recursos hdricos para aquele empreendimen-to. Se o barramento estiver localizado em rio de domnio federal, aqueles que atravessam mais de um estado ou fazem fronteiras, a fiscalizao cabe ANA; se estiver em um corpo dgua de dom-nio estadual, aqueles cuja nascente e a foz esto dentro dos limites do estado, cabe ao rgo gestor estadual de recur-sos hdricos. As barragens das usinas hi-dreltricas so fiscalizadas pela Agncia Nacional de Energia Eltrica (Aneel); as de rejeitos de minerao, pelo Depar-tamento Nacional de Produo Mineral (DNPM); e os barramentos de rejeitos industriais, pelo rgo ambiental que emitiu a licena de instalao da obra.

    Das 14.966 barragens catalogadas at o momento, 166 so fiscalizadas pela ANA, cuja preocupao primordial com a ins-

    Especialistas debatem efeitos da Poltica Nacional de Segurana de Barragens

    Regulao

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    10.466

    14.966

    2013 2014

    Barragens cadastradasentre 2013 e 2014

    Barragem de Serra da Mesa (GO)

    Rui Faquini / Banco de Imagens ANA

    Cear assume a emisso das outorgas dos recursos hdricos federais no estadoPor delegao da Agncia Nacional de guas, desde agosto de 2014 o estado do Cear recebeu a competncia de emitir outorgas de direito de uso dos recursos hdricos de domnio da Unio em territrio cearense. Com isso, im-portantes audes no estado, alm de rios federais como o Poti e o Long, passam a ter outorgas emitidas pela Se-cretaria de Recursos Hdricos do Cear (SRH), com exceo das outorgas para aproveitamentos de potenciais hidre-ltricos, que continuam sob responsa-bilidade da ANA. A medida entrou em vigor por meio da Resoluo ANA n 1.047/2014 e vale at 2024.

    Com a delegao, alm de poder emitir novas outorgas, a SRH assume a incum-bncia de promover alteraes, reno-vaes, transferncias, suspenses e revogaes de outorgas emitidas pela Agncia. No caso das outorgas preven-tivas e de direito de uso de recursos h-dricos do domnio da Unio com a finali-dade de aquicultura em tanques-rede, a SRH ter que seguir os trmites definidos entre a Agncia Nacional de guas e o Ministrio da Pesca e Aquicultura (MPA).

    Outra competncia prevista para a Se-cretaria de Recursos Hdricos do Cear a emisso da declarao de regulari-dade de uso da gua para pedidos cujas captaes, derivaes e lanamento de efluentes independam de outorga. De acordo com a nova resoluo, a ANA e a SRH-CE devero disponibilizar sociedade as informaes referentes regularizao de usurios de recursos hdricos e a fiscalizao dos usos das

    guas de domnio da Unio no Cear no caso, os corpos hdricos interestadu-ais e os reservatrios construdos com recursos da Unio. A competncia de fiscalizar os usos dos recursos hdricos permanece com a ANA, como determi-na a Lei n 9.433/1997.

    O estado do Cear caracteriza-se pela predominncia de cursos dgua intermi-tentes, com isso, os reservatrios ganham uma importncia muito grande na dispo-nibilizao de gua para a sociedade.

    No Brasil, existem delegaes da ANA para os rgos gestores estaduais de re-cursos hdricos do Distrito Federal e de So Paulo, que outorgam, por exemplo, usos no Lago Parano (em Braslia) e no Sistema Cantareira (em So Paulo).

    A outorga um instrumento de gesto previsto na Poltica Nacional de Recur-sos Hdricos, cujo objetivo assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da gua e o exerccio dos direitos de acesso aos recursos hdricos. Para corpos dgua de domnio da Unio, a competncia para emisso da outorga da Agncia Nacional de guas. Em So Paulo, a ANA delegou as outorgas ao De-partamento de guas e Energia Eltrica (DAEE) nas bacias dos rios Piracicaba, Ca-pivari e Jundia (PCJ). No DF, o rgo que recebeu a delegao foi a Agncia Regu-ladora de guas, Energia e Saneamento Bsico (Adasa). Nos corpos hdricos de domnio dos estados e do Distrito Fe-deral, a solicitao de outorga deve ser feita ao rgo gestor estadual ou distrital de recursos hdricos.

    Fiscalizao na bacia do Piranhas-Au (PB)

    Daniel Cardim / Banco de Imagens ANA

  • 15BALANO das GUAS14 BALANO das GUAS

    ANA e Embrapa apresentam levantamento nacional sobre rea irrigada com pivs

    De acordo com o ltimo relatrio de Con-juntura dos Recursos Hdricos no Brasil, da Agncia Nacional de guas, a irrigao responsvel por 72% do consumo de gua no Pas. Levando em conta a importncia do setor, a ANA e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa) conclu-ram em maio deste ano o Levantamento da Agricultura Irrigada por Pivs Centrais no Brasil Ano 2013. O primeiro estudo em escala nacional sobre o tema identifi-cou aproximadamente 18 mil pivs cen-trais que ocupam 1,18 milho de hectares, rea 32% maior do que a identificada pelo Censo Agropecurio de 2006.

    Segundo o trabalho, quatro estados con-centram quase 80% da rea ocupada por pivs centrais no Pas: Minas Gerais (31%), Gois (18%), Bahia (16%) e So Paulo (14%). Estes estados contribuem para uma concentrao de uso de pivs nas bacias dos rios So Francisco, Paranaba, Grande e Paranapanema cerca de 350 mil, 300 mil, 100 mil e 90 mil hectares res-pectivamente. Considerando regies hi-drogrficas, a do Paran concentra quase 530 mil hectares (nela esto as bacias do Paranaba, Grande e Paranapanema) e a do So Francisco acumula 350 mil ha.

    O estudo foi realizado pela ANA e pela Embrapa Milho e Sorgo (MG), levando em considerao a crescente expanso da agricultura irrigada no Brasil, os confli-tos pelo uso da gua, a carncia de dados atualizados sobre as reas irrigadas e a necessidade de planejamento e ordena-mento da atividade em bases econmi-cas e ambientais sustentveis. A tcnica de piv foi escolhida como objeto do le-vantamento por ser o mtodo de maior expanso no Pas nos ltimos anos. A parceria entre as duas instituies vai at o fim deste ano e est sendo realizado o

    levantamento referente a 2014, previsto para ser lanado no segundo semestre. Assim, ser possvel fazer um comparati-vo quantitativo dos pivs a curto prazo, entre 2013 e 2014. Com os resultados, os principais polos de expanso da irrigao podero ser monitorados mais ampla-mente e o restante do Pas poder ser monitorado com periodicidade bienal ou trienal. Com o levantamento, que utilizou a anlise de imagens de satlite, poss-vel aperfeioar as estimativas de deman-das da gua e os dados podem ser utiliza-dos na elaborao de planos de recursos hdricos, em estudos de bacias crticas e em publicaes, como o relatrio de Con-

    juntura dos Recursos Hdricos no Brasil. A partir do cruzamento das bases de dados referentes agricultura irrigada com as bases de bacias hidrogrficas (da ANA) e de municpios (do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica), os gestores pbli-cos podero ter informaes para a ges-to do uso da gua na irrigao e a avalia-o da safra agrcola. Outra possibilidade para utilizao dos dados obtidos pelo estudo o cruzamento com cadastros e outorgas de recursos hdricos, apontando o nvel de regularizao nas sub-bacias. Assim, possvel planejar melhor cam-panhas de regularizao, fiscalizao e capacitao de usurios de gua.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Planejamento

    Plano busca alternativas para garantir segurana hdrica no Pas

    A Agncia Nacional de guas (ANA) e o Ministrio da Integrao Nacional (MI) esto elaborando o Plano Nacio-nal de Segurana Hdrica (PNSH), que vai definir as principais intervenes estruturantes e estratgicas de recur-sos hdricos para todo o Pas. Entre as intervenes previstas h barragens, sistemas adutores, canais e eixos de integrao aes necessrias para garantir a oferta de gua para o abas-tecimento humano e para o uso em ati-vidades produtivas. Outro objetivo do trabalho reduzir os riscos associados a eventos crticos (secas e cheias).

    Lanado em agosto de 2014, o Plano Nacional de Segurana Hdrica ser con-cludo at 2016 com dois horizontes de planejamento: 2020 para identificao de demandas efetivas e 2035 para aes e obras a serem propostas. O objetivo que as obras sejam executadas princi-palmente pelo Ministrio da Integrao Nacional e seus parceiros tanto no mbi-to federal, quanto estadual. Com abran-gncia nacional, o estudo tem como foco reas crticas em termos de cheias ou secas, como: Nordeste Setentrional e bacia do rio Parnaba; bacia do So Fran-cisco; So Paulo e Rio de Janeiro; Regio Sul (principalmente RS e SC); e Leste da Bahia e Norte de Minas Gerais.

    Uma das diretrizes do Plano que as in-tervenes que faro parte do portflio do PNSH tenham natureza estruturante e abrangncia interestadual ou relevncia regional, alm de garantir resultados du-radouros em termos de segurana hdrica. As intervenes tambm devero ter sustentabilidade hdrica e operacional. O estudo vai analisar os usos setoriais da gua sob a tica dos conflitos pelo recurso existentes e potenciais e dos impactos na utilizao da gua em termos de quantidade e qualidade.

    Os primeiros resultados do Plano es-to previstos para setembro de 2015 e se referem ao Nordeste Setentrional (Cear, Rio Grande do Norte, Paraba e Pernambuco), incluindo o estudo in-tegrado de obras complementares ao Projeto de Integrao do Rio So Fran-cisco (Pisf), tambm conhecido como transposio do So Francisco.

    Em dezembro de 2015 ser a vez dos re-sultados da regio Sul, o que inclui o es-tudo integrado sobre as necessidades e potencialidades de reservao de gua no Rio Grande do Sul, estado que tem passa-do por estiagens recorrentes nos ltimos anos. Para junho de 2016 est prevista a entrega dos resultados do Sudeste, inclu-

    Planejamento

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Para mais informaes sobre o Levantamento da Agricultura Irrigada

    por Pivs Centrais no Brasil, acesse:http://metadados.ana.gov.br

    31%366 MIL haMG

    18%210 MIL haGO16%192 MIL haBA

    11%100 MIL ha

    Restantedo Brasil

    6%76 MIL haRS5%67 MIL haMT

    14%168 MIL haSP

    Percentural de reaocupada por pivs centrais

    Piv central em Itapeva (SP), na bacia do rio Paranapanema

    Raylton Alves Banco de Imagens ANA

    Municpios com maiorrea irrigada por pivs

    54 MIL haCristalina (GO)

    52 MIL haParacatu (MG)

    35 MIL haBarreiras (BA)

    32 MIL haMucug (BA)

    14 MIL haRio Paranaba (MG)

    14 MIL haIta (SP)

    33 MIL haSo Desidrio (BA)

    17 MIL haPrimavera do Leste (MT)

    57 MIL haUna (MG)

    15 MIL haLus Eduardo Magalhes (BA)

    sive o estudo integrado para gesto de ris-co de inundaes nas bacias dos rios Doce (MG e ES) e Paraba do Sul (MG, RJ e SP). No mesmo ms trs estados nordestinos tambm tero os resultados do PNSH: Alagoas, Bahia e Sergipe. Por fim, em ju-lho ser a vez do Norte, Centro-Oeste, Maranho e Piau. Tambm no segundo semestre do ano que vem h previso da entrega do relatrio final do Plano Nacio-nal de Segurana Hdrica.

    O Plano est em realizao por meio da parceria entre a Agncia Nacional de guas, o Ministrio da Integrao Nacio-nal e o Banco Mundial, no mbito do Pro-grama de Desenvolvimento do Setor gua (Interguas) uma iniciativa do Brasil para aperfeioar a articulao e a coordenao de aes no setor de recursos hdricos.

    Segurana hdrica

    A segurana hdrica considera a garantia da oferta de gua para o abastecimento humano e para as atividades produtivas em situaes de seca ou desequilbrio entre a oferta e a demanda do recurso. O conceito abrange as medidas relacionadas ao enfrentamento de cheias e da gesto necessria para a reduo dos riscos asso-ciados a secas e cheias.

    No segundo semestre deste ano, a ANA far a contratao de consulto-ria para o Plano Integrado de Oferta Hdrica para Regies Metropolitanas e Bacias Hidrogrficas Compartilha-das dos Estados de So Paulo, Rio de Janeiro, Paran e Minas Gerais. O objetivo do estudo definir arranjos que garantam a oferta hdrica para as regies metropolitanas de Belo Horizonte, Campinas, Curitiba Rio de Janeiro, So Paulo, Baixada Santista e suas reas de influncia. De acor-do com o Censo de 2010, a regio concentra 64,4 milhes de habitan-tes (38,5% da populao do Brasil), sendo que 61,6 milhes vivem em reas urbanas. Outro foco do Plano estabelecer um marco de gesto compartilhada de recursos hdricos na regio, que tem uma interdepen-dncia hdrica O trabalho tem dura-o prevista de 18 meses.

    Agncia contrata plano de oferta de gua para regies metropolitanas

    5 Junho/2016Centro-Oeste, Norte, Maranho e Piau

    4 Junho/2016Alagoas, Bahia e Sergipe

    3 Junho/2016Sudeste

    2 Dezembro/2015Sul

    1Setembro/2015Cear, Paraba, Pernambucoe Rio Grande do Norte

    Etapas da entrega dos resultados do PNSH

  • 17BALANO das GUAS16 BALANO das GUAS

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Capacitao

    Capacitao em gesto de recursos hdricos atinge mais de 56 mil alunos

    Segundo a Lei n 9.984/2000, que criou a Agncia Nacional de guas, cabe instituio estimular a pesquisa e a ca-pacitao de recursos humanos para a gesto de recursos hdricos. Por isso, em 2014 a ANA ofereceu cursos presen-ciais, semipresenciais ou na modalidade de ensino a distncia (EaD) para mais de 22 mil alunos, um recorde desde a cria-o da ANA que desde 2001 j capaci-tou mais de 56 mil pessoas.

    Com investimentos de R$ 4,8 milhes, em 2014 a Agncia conseguiu ofere-cer 50 mil vagas para 83 mil inscritos, sendo que 22 mil alunos conseguiram aprovao nos cursos. Em 2013, foram capacitados 12 mil e para 2015 a pre-viso da ANA atingir mais de 33 mil pessoas. Um dos motivos para o au-mento do nmero de alunos alcana-dos pela Agncia Nacional de guas a incorporao da modalidade EaD. Este tipo de capacitao permite que mais pessoas interessadas em aprender so-bre a gua tenham acesso aos cursos da ANA, j que possvel participar com apenas um computador e em qualquer lugar que tenha acesso a internet.

    As aes de capacitao da Agncia so focadas em gestores de recursos hdri-cos e meio ambiente, usurios de gua e membros de comits de bacias. No en-tanto, os cursos so acessveis para ou-tros pblicos, como estudantes e pessoas interessadas em aprender mais sobre a gua em seus diversos aspectos. Acom-panhe todos os cursos oferecidos pela Agncia Nacional de guas em: http://capacitacao.ana.gov.br.

    Um dos objetivos da ANA incorporar o contedo dos cursos no ensino formal de instituies de ensino. Por isso, em dezembro de 2014 a Agncia iniciou o curso de ps-graduao Lato Sensu em Elaborao de Projetos para Gesto Mu-nicipal de Recursos Hdricos, oferecida em parceria com o Instituto Federal do Cear (IFCE). Participam da ps-gradua-o servidores pblicos municipais, es-taduais e federais que atuam rea. So feitos trs encontros presenciais nos primeiros 12 meses em Braslia, Forta-leza, Manaus, So Paulo e Florianpolis.

    Com durao de 18 meses, a ps--graduao gratuita busca capacitar profissionais para atuar na concepo, captao de recursos, implementao e prestao de contas de projetos ligados s polticas de mbito municipal com potencial impacto sobre os recursos hdricos, como as relacionadas ao meio ambiente, saneamento, uso e ocupao

    do solo. Outra ao em andamento o curso Manejo da Irrigao: Quando, Quanto e Como Irrigar, promovido jun-tamente com o Instituto de Pesquisa e Inovao na Agricultura Irrigada (Inova-gri) em 26 cidades no Distrito Federal e em 13 estados. A escolha dos locais considerou a pluralidade da agricultura irrigada no Brasil, diferenas regionais, nvel de uso da tecnologia, sistemas de irrigao, entre outros aspectos.

    Com atividades tericas e prticas, o curso aborda os diferentes sistemas de irrigao, o manejo de guas resi-duais, a drenagem agrcola e a outorga de direito de uso de recursos hdricos. A capacitao voltada para irrigantes, extensionistas rurais, tcnicos e profis-sionais de instituies do Sistema Na-cional de Gerenciamento de Recursos Hdricos (Singreh) com atuao na rea de irrigao ou com interesse no tema. Saiba mais em no site da Inovagri.

    Para atingir o pblico jovem, o Projeto gua Conhecimento para Gesto, da ANA em parceria com a Fundao Parque Tecnolgico de Itaipu e com a Itaipu Bina-cional, lanou em agosto de 2014 o gua em Jogo, que simula a gesto de uma ba-cia hidrogrfica. Durante 30 minutos, o jogador tem que adotar medidas para ga-rantir a qualidade e a quantidade de gua suficientes para atender aos usos da bacia apresentada, como: indstrias, agricultura e abastecimento. O jogo pode ser acessa-do no site www.aguaemjogo.com.br.

    Em 2014, a ANA tambm lanou uma srie de animaes para ensinar didaticamente temas do setor de recursos hdricos, como o ciclo hidrolgico, a outorga, as funes dos comits de bacias, a cobrana pelo uso da gua, entre outros temas. As ani-maes so utilizadas nos prprios cursos da Agncia e esto disponveis a todos os interessados no canal da ANA no YouTube: www.youtube.com/anagovbr.

    Alunoscapacitados

    201320142015*

    12,5 mil22,7 mil

    33,9 mil

    Vagasabertas

    201320142015*

    24,7 mil50,5 mil

    76,3 mil

    Capacitao em nmeros

    Investimento 201320142015*

    R$ 3,9 milhesR$ 4,8 milhes

    R$ 7,2 milhes*Metas para 2015

    Tela visualizada pelos jogadores do gua em Jogo

  • 19BALANO das GUAS18 BALANO das GUAS

    13Redes que precisam aumentar operaodos pontos da RNQA: Alagoas, Bahia, EspritoSanto, Gois, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraba, Pernambuco, Paran, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe

    Redes com rpida possibilidade de expanso:Cear, Distrito Federal, Minas Gerais e So Paulo4

    10Sem redes de monitoramento de qualidade:Acre, Amap, Amazonas, Maranho, Par, Piau,Rondnia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins

    ANA oferece incentivo financeiro para divulgao de dados de qualidade da gua

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Monitoramento

    Modernizao da Rede chega a mais de mil pontos monitorados pela ANA

    Monitoramento

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    2014

    948

    2013

    850

    2012

    690

    2011

    510

    2010

    390

    2009

    335

    2008

    313

    2007

    309

    2015*

    1011

    Estaes telemtricas da ANA em operao

    O Brasil possui a Rede Hidrometeorolgi-ca Nacional (RHN) composta por mais de 15 mil estaes em operao para que o Pas possa monitorar seus rios e o volume de chuvas. Somente a Agncia Nacional de guas possui mais de 4,5 mil estaes distribudas por 3.261 pontos de monito-ramento em todo o Brasil, sendo 1.805 flu-viomtricas (que monitoram vazo, nvel, qualidade da gua e carga de sedimentos dos rios) e 2.699 pluviomtricas (chuvas).

    Para que os dados possam ser coletados com mais agilidade, a ANA investiu cer-ca de R$ 10 milhes em equipamentos e despesas de custeio durante 2014 para modernizar 98 das suas estaes em ba-cias hidrogrficas com cheias (rio Madei-ra e Solimes, por exemplo) e na rea de influncia do Sistema Cantareira. Ao final do ano, a Agncia chegou a quase um tero dos seus pontos de monitoramento com estaes telemtricas, que enviam os dados automaticamente para a sede do rgo, em Braslia, atravs de telefo-nia mvel ou por satlite. As informaes coletadas ficam disponveis no Sistema Nacional de Informaes sobre Recursos Hdricos (SNIRH): www.snirh.gov.br.

    Outra vantagem da modernizao da Rede a facilidade de operao em re-gies mais remotas, como na Amaznia, e o envio frequente de dados em regies com muitas oscilaes nos nveis dos rios, como no caso do rio Doce, entre Minas Gerais e Esprito Santo. A modernizao tambm se estende a equipamentos que ficam fora das estaes de monitoramen-to e auxiliam em agilidade e preciso, como medidores acsticos de vazo e sondas de qualidade da gua.

    Por meio das estaes modernizadas, possvel acompanhar eventos hidrolgicos crticos, como secas e cheias, alm de mo-nitorar o volume armazenado e a qualidade da gua nos audes do Semirido, que so importantes para o abastecimento pblico da regio. As plataformas de coleta de da-dos tambm permitem fiscalizar a operao dos reservatrios utilizados pelo setor el-trico e o cumprimento de regras definidas em outorgas para uso de recursos hdricos e pactuadas em marcos regulatrios.

    A modernizao da Rede Hidrometeorol-gica Nacional comeou em 1995 a partir da parceria entre o Instituto Nacional de Pes-quisas Espaciais (Inpe) e o extinto Departa-mento Nacional de guas e Energia Eltrica (DNAEE). Na ocasio, o Inpe forneceu cerca de 200 estaes. Em 2001, ano seguinte sua criao, a ANA assumiu a atribuio de coordenar as atividades no mbito da RHN, em articulao com rgos e entidades

    pblicas ou privadas que integram a Rede ou que sejam usurias dela. As estaes telemtricas so complementares s con-vencionais, que precisam de um observa-dor para registrar pessoalmente os dados obtidos nas rguas e nos pluvimetros (equipamento que permite saber o volume acumulado de chuva). Os dados registrados so enviados para a ANA e o tempo que le-vam para chegar instituio depende da acessibilidade da estao e da frequncia de visita do observador.

    Rede em nmeros

    A operao e a manuteno das esta-es sob responsabilidade direta da Agncia Nacional de guas so executa-das por entidades pblicas e privadas, as entidades operadoras, com as quais a ANA firma contrato ou acordo de co-operao. A principal parceria da Agn-cia com o Servio Geolgico do Brasil (CPRM), que opera mais de 70% das es-taes sob responsabilidade da ANA.

    Rede ganha logotipo

    Em novembro de 2014, a ANA e o CPRM lanaram um logotipo para a Rede Hi-drometeorolgica Nacional, para fa-cilitar a identificao das estaes de monitoramemto e os trabalhos de co-leta, tratamento e difuso dos dados e informaes. A parceria entre as insti-tuies na operao da Rede comeou em 2001, quando a ANA passou a co-ordenar a RHN. O CPRM est envolvido na manuteno, operao e apoio no planejamento das estaes integrantes da Rede desde 1969, quando o rgo atuava em conjunto com o extinto De-partamento Naciomal de guas e Ener-gia Eltrica ( DNAEE).

    A cada ano, acontecem cerca de 600 roteiros de monitoramento da Rede no Brasil, que totalizam:

    4,5por via terrestre

    de kmMILHO

    48de navegao

    horasMIL

    900de txi-areo

    horas

    *Dados at junho de 2015

    Nem todas as unidades da Federao moni-toram a qualidade de suas guas. Nas que realizam o trabalho, os dados so coletados seguindo parmetros diferentes e sem uma frequncia padronizada. Alm disso, nem sempre as informaes so acessveis ao pblico. Para auxiliar os estados a amplia-rem e padronizarem o monitoramento no Pas, a Agncia Nacional de guas lanou, em junho de 2014, o Programa de Estmu-lo Divulgao de Dados de Qualidade de gua (Qualigua). A iniciativa baseada em uma premiao por cumprimento de me-tas e prev cerca de R$ 15 milhes nos pr-ximos cinco anos para instituies pblicas que monitoram os aspectos qualitativos da gua nos estados e no Distrito Federal.

    O Qualigua busca promover a implemen-tao da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade de gua (RNQA) e estimular a padronizao em escala nacional dos mtodos de coleta das amostras, dos par-metros verificados, da frequncia das an-lises e da divulgao dos dados, que so importantes para diversos pblicos, como: gestores pblicos, pesquisadores, estudan-tes e empresas. A adeso dos estados e do Distrito Federal ao Programa voluntria e cada contrato ter durao de cinco anos.

    Em menos de um ano, 14 estados j solici-taram adeso ao Qualigua: Alagoas, Bahia, Cear, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraba, Paran, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondnia, So Paulo, Sergipe Tocantins e Alagoas. Entre estes estados, Minas Gerais, Paran, Rio Grande do Norte, Tocantins, Alagoas e Mato Grosso do Sul firmaram acordo de cooperao tcnica com a ANA, mas ainda no houve repasses de recursos, j que os contratos de premiao ainda precisam ser assinados entre a Agncia e os respectivos rgos responsveis pelo monitoramento qualitativo dos recursos hdricos. Os recursos da premiao pela divulga-o dos dados sero repassados duas vezes por ano mediante o cumprimento das metas de monitoramento e divulga-o de dados, que levaro em considera-o vrios aspectos, como: o percentual de pontos da RNQA operados pelo esta-do, o nmero de parmetros avaliados e o percentual de pontos operados com medio de vazo simultnea este l-timo para anlise da carga de poluentes na gua. Estas metas sero pactuadas en-tre a ANA e as instituies participantes. O valor do pagamento ser de R$ 1,1 mil por ponto monitorado e divulgado.

    O Qualigua estabelece metas mnimas a serem cumpridas por trs grupos de uni-dades da Federao, sendo que as mais

    estruturadas tero metas mais exigentes. O primeiro grupo formado pelos estados que j operam redes de qualidade de gua e que podem expand-las imediatamente: CE, DF, MG e SP. O segundo grupo tem 12 estados (BA, ES, GO, MT, MS, PB, PR, PE, RJ, RN, RS e SE) e engloba aqueles que j operam redes, mas que precisam aumen-tar a capacidade de operao dos pontos da RNQA, especialmente no que se refere capacitao dos seus tcnicos e laborat-rios. O terceiro grupo formado pelos de-mais 11 estados, onde o monitoramento inexistente ou no est consolidado.

    RNQA

    Criada em 2013, a Rede Nacional de Mo-nitoramento da Qualidade da gua prope a padronizao dos dados, dos procedi-mentos de coleta e da anlise laboratorial dos parmetros qualitativos para que seja possvel comparar as informaes obtidas nas diferentes unidades da Federao. A meta que at dezembro de 2020 todos os estados e o DF contem com 4.450 pon-tos de monitoramento, dos quais 1.817 j esto em operao. Nos ltimos dois anos, a Agncia investiu cerca de R$ 12 milhes em equipamentos de campo cedidos a 15 estados e ao DF, que fazem parte dos dois grupos que j realizam o monitoramento qualitativo. Prevista para o primeiro se-mestre de 2016, a prxima etapa de envio de materiais ser para os estados que no possuem rede de monitoramento. Entre os equipamentos, esto: medidores acsticos de vazo, sondas multiparamtricas de qualidade de gua, materiais para anlises de laboratrio, caminhonetes 4x4 com ba adaptado e barcos com motor de popa. Os parmetros mnimos a serem coleta-dos nos pontos de monitoramento en-volvem aspectos fsico-qumicos (trans-parncia, temperatura da gua, oxignio dissolvido, pH e Demanda Bioqumica de Oxignio, por exemplo), microbiolgicos (coliformes), biolgicos (clorofila e fito-plncton) e de nutrientes (relacionados a fsforo e nitrognio). Todos os dados obtidos pela RNQA sero armazenados no Sistema de Informaes Hidrolgicas (HidroWeb), da ANA, e sero integrados e divulgados atravs do Sistema Nacional de Informao sobre Recursos Hdricos (SNIRH). A RNQA o principal eixo do Programa Nacional de Avaliao da Qua-lidade das guas (PNQA), cujo objetivo oferecer sociedade um conhecimento adequado sobre a qualidade das guas superficiais do Brasil. O PNQA busca sub-sidiar gestores pblicos na definio de polticas para recuperao da qualidade das guas, contribuindo para a gesto sustentvel dos recursos hdricos.

    1.817

    4.450PREVISTOS

    em OPERAO

    Estgio de implantao das redes estaduais

    Situao dos pontos de monitoramento da RNQA

    Sonda para medio de qualidade da gua

    Raylton Alves / Banco de Imagens ANA

  • 21BALANO das GUAS20 BALANO das GUAS

    Projetos

    Nove estados j adotaram o Programa Produtor de gua

    Criado pela ANA em 2001 com o objetivo de promover a revitalizao ambiental de bacias hidrogrficas, o programa Produ-tor de gua j est em propriedades ru-rais do Esprito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paran, Rio de Janeiro, So Paulo e Sergipe, alm do Distrito Federal. O Programa estimula a adoo de prticas de conservao no meio rural de forma a melhorar a qualidade e a quantidade da gua e revitalizar a bacia hidrogrfica. O ganho ambiental expressi-vo e se traduz em melhoria hdrica para as atuais e para as futuras geraes.

    A iniciativa da ANA conta com 38 proje-tos em andamento, abrangendo reas de Regies Metropolitanas em mananciais de abastecimento de capitais como So Paulo, Rio de Janeiro, Campo Grande e Acre. Mais de 1.200 produtores rurais so beneficiados com recursos advindos dos servios ambientais prestados, impac-tando positivamente uma populao de mais de 40 milhes de habitantes.

    Na Regio Sudeste, palco de severa e hist-rica crise hdrica, por exemplo, a ANA con-tabiliza a execuo de aproximadamente 30 projetos que podem contribuir com a me-lhora na qualidade hdrica das bacias hidro-grficas e, consequentemente, do Sudeste brasileiro. Somente na regio de contribui-o do Sistema Cantareira, a ANA conta com projetos em Extrema (MG), Joanpolis (SP) e Nazar Paulista (SP).

    O primeiro projeto do Produtor de gua foi instalado em Extrema e repre-senta um grande ganho para a poltica de Pagamento por Servios Ambientais (PSA). O Conservador das guas, como chamado, concede apoio tcnico e re-munerao a 170 produtores rurais que recebem pelo ganho ambiental efetiva-mente comprovado em suas proprie-dades. No DF, o Produtor de gua no ribeiro Pipiripau recebeu apoio tcni-co da ANA para plantio de rvores, ade-quao de estradas rurais, construo de barraginhas e de terraos para evitar a degradao do solo.

    Em 2014, o Produtor de gua no ribei-ro Pipiripau recebeu cerca de R$ 6 milhes. O benefcio foi concedido aos 102 produtores rurais dos ncleos Ta-quara e Pipiripau que aderiram ao pro-grama e realizaram o plantio de mais de 200 mil mudas nativas do Cerrado para o reflorestamento de dois mil hectares de reas de Preservao Permanente e adequao de 50% das estradas rurais. O investimento estimado no projeto do Pipiripau da ordem de R$ 40 milhes para o prazo de dez anos.

    Para 2015, a Agncia pretende avanar nos nove projetos selecionados pelo edital de 2014, investindo mais R$ 5,8 milhes no mbito do Programa. Os projetos selecionados para receber apoio tcnico e financeiro so de Mato Grosso, Minas Gerais, So Paulo e Ser-gipe e recebero, cada um, um valor mximo de R$ 700 mil e no mnimo R$ 466,5 mil. Na modalidade Capacitao e Apoio Tcnico, a Agncia selecionou quatro projetos em dois Estados: Pro-dutores de gua da Serra Paulista e

    Mais gua Camanducaia, em So Pau-lo, e Produtor de gua Itanhandu e Conservador dos Mananciais de Delfim Moreira, em Minas Gerais.

    Para aderir ao Programa, o produtor ru-ral precisa se inscrever por meio de um edital de seleo da ANA. Uma vez se-lecionado, o produtor recebe, alm de incentivo financeiro, assistncia tcni-ca, material para construo das cercas, mudas e mquinas para construo dos terraos em sua propriedade.

    ANA destina R$ 40 milhes para seu programa de tratamento de esgotos

    Mais conhecido como programa de compra de esgoto tratado, o Prodes fe-chou 2014 com cerca de R$ 40 milhes investidos em estaes de tratamento de esgoto em quatro unidades da fe-derao aproximadamente R$ 5 mi-lhes acima da estimativa inicial do pro-grama, para 2014. Foram contratados quatro empreendimentos em Minas Gerais, um em So Paulo, um no Esp-rito Santo e um no Rio Grande do Sul. Do total, R$ 3 milhes foram investidos por terceiros (comits e agncias de ba-cias hidrogrficas) e a maior parcela, R$ 36.402.807,90, foi investimento direto da Agncia Nacional de guas.

    O Prodes paga pelo esgoto efetiva-mente tratado, sem financiar obras ou aquisio de equipamentos. Para receber o valor contratado o empre-endimento deve comprovar o cumpri-mento das metas de remoo de car-

    ga poluidora pactuadas em contrato. Os oito empreendimentos contrata-dos em 2014 representaro, ao final do prazo, um ganho de qualidade para aproximadamente um milho de habitantes dos Estados onde o Pro-grama foi instalado.

    As Estaes de Tratamento de Esgo-to (ETEs) so certificadas trimestral-mente por um perodo de trs anos a partir do incio de sua operao. O valor trimestral devido s liberado aps verificao do cumprimento das metas pactuadas, de forma a garan-tir o ganho ambiental do processo. Desde 2001, j foram assinados 77 contratos no mbito do Prodes, to-talizando um investimento da ordem de R$ 374 milhes em sete Estados: saber: esprito Santo, So Paulo, Mi-nas Gerais, Paran, Bahia, Rio de Ja-neiro e Rio Grande do Sul.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Seminrio do Produtor de gua em Braslia

    Raylton Alves / Banco de Imagens ANA

    Monitoramento

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Nos ltimos anos, vrios eventos hidrol-gicos extremos, como cheias e secas, vm acontecendo em diversas regies do Bra-sil. Na bacia Amaznica, por exemplo, o rio Negro em Manaus (AM) registrou sua maior seca em 2010 e apenas dois anos depois aconteceu a maior cheia j regis-trada no curso dgua desde o incio dos registros, em 1902. Neste contexto de in-certezas climticas, a Agncia Nacional de guas, em parceria com os estados, tem investido na montagem de Salas de Situ-ao centros de monitoramento de rios, reservatrios e chuvas , que so funda-mentais no esforo das vrias instituies para reduzir perdas humanas e materiais causadas por cheias e secas.

    Somente em plataformas de coleta de da-dos (PCD) para a Rede Hidrometeorolgica Nacional, a ANA investiu cerca de R$ 30 mi-lhes desde 2000, o que inclui a compra de estaes telemtricas, que transmitem os dados automaticamente via satlite ou sinal de celular, e a instalao dos equipamentos. Estas estaes so cedidas pela ANA aos es-tados, por meio de acordos de cooperao tcnica, sendo que todos eles e o Distrito Fe-deral j receberam PCDs para suas respecti-vas salas de situao. Alm de ceder os equi-pamentos de campo, a ANA tambm treina tcnicos locais para operao adequada dos equipamentos e realiza a manuteno preventiva dos materiais em parceria com o Servio Geolgico do Brasil (CPRM).

    A ANA tambm estrutura o ambiente in-terior das salas de situao estaduais. Para isso, desde 2001 a Agncia investiu cerca de R$ 150 mil em todas as unidades da Federao, a partir de Alagoas e Pernam-buco, totalizando aproximadamente R$ 4 milhes. Entre os equipamentos cedidos esto: computadores, impressoras, televi-sores de LCD, equipamento de videocon-ferncia e mobilirio. Cabe aos estados e ao DF a operao das salas, que podem contar com hidrlogos, meteorologistas e representantes da Defesa Civil. A manuten-o corretiva dos equipamentos da rede de monitoramento tambm fica a cargo das unidades da Federao.

    Outro requisito que deve ser atendido pelas salas de situao estaduais a interligao dos dados gerados por elas com a Sala de Situao da ANA, em Braslia. Em 2014, trs das ltimas quatro unidades da Federao sem salas em operao inauguraram seus centros de monitoramento. Em maro, Mi-nas Gerais inaugurou a Sala de Situao de Eventos Hidrometeorolgicos Crticos, ope-rada pelo Instituto Mineiro de Gesto das guas (Igam). Em maio, foi a vez de Mato Grosso do Sul comear o monitoramento pela Sala de Situao, sob responsabilida-

    de do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). O Distrito Federal comeou a operar o Centro de Operao das guas (COA) em dezembro por meio da Agncia Reguladora de guas, Energia e Saneamento Bsico do Distrito Federal (Adasa). S o Esprito Santo, que recebeu os equipamentos em dezembro de 2014, ain-da no est com sua sua sala em operao por motivos administrativos.

    Como passo seguinte na estruturao de uma rede nacional de salas de situao, a ANA comeou, em maio de 2014, a realizar visitas aos centros de monitoramento esta-duais. O objetivo verificar a infraestrutura fsica e os recursos humanos alocados para o funcionamento das salas; as formas de pro-duo e difuso das informaes geradas; e as dificuldades, novas demandas e melho-rias para o funcionamento destes centros. A Agncia j visitou 18 estados e a previso ir at dezembro de 2015 ao Amap, Ama-zonas, Cear, Distrito Federal, Esprito Santo, Maranho, Par, Paraba e Sergipe.

    Equipamentos da ANA chegam a salas de situao em todo o Pas

    PCD da ANA que faz parte da rede de alerta de Tocantins

    Eduardo Boghossian / Banco de Imagens ANA

    Investimentos nas salas de situao estaduais e do DF

    MILHES4

    DE REAISEquipamentos

    para montagem dassalas de situao

    MILHES30

    DE REAISEquipamentos de

    monitoramento (PCD)

    O Brasil e o Uruguai compartilham as bacias hidrogrficas do rio Quara e da Lagoa Mirim. Para aperfeioar a preveno a eventos hidrolgicos cr-ticos, como cheias e secas, e a gesto de ambas as bacias, a ANA e a Direo Nacional de gua do Uruguai (Dina-gua) esto realizando desde 2014 um trabalho conjunto. A parceria busca modernizar a rede compartilhada de monitoramento hidrometeorolgico, alm de capacitar profissionais brasi-leiros e uruguaios envolvidos na ges-to de recursos hdricos das bacias em questo para que sejam capazes de avaliar e monitorar as respectivas disponibilidades de gua.

    A segunda etapa do trabalho, que comeou neste ano, prev a insta-lao de uma Sala de Situao na sede da Dinagua, em Montevidu, a partir do fim de 2015 para auxiliar na gesto de recursos hdricos e no monitoramento de eventos crticos nas duas bacias. Esta a primeira vez que o Brasil articula a monta-gem conjunta de um desses cen-tros de monitoramento com outro pas. Outra linha de ao que vem sendo adotada a capacitao de profissionais de ambos os pases para identificar vulnerabilidades e mapear reas de risco a inundaes. Alm disso, a ANA e a Dinagua vo compartilhar informaes de inte-resse mtuo para a gesto de risco de secas e inundaes nas bacias do Quara e da Lagoa Mirim.

    Brasil e Uruguai fazemparceria para monitorar

    bacias compartilhadas

  • 23BALANO das GUAS22 BALANO das GUAS

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    Your text here

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean

    massa.

    ANA

    Senado aprova indicao de Ney Maranho para diretoria da ANA

    O plenrio do Senado aprovou, no dia 1 de julho, com 57 votos a favor e seis con-tra, a indicao do atual secretrio Na-cional de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano do Ministrio do Meio Ambien-te, Ney Maranho, para o cargo de di-retor da Agncia Nacional de guas. No dia 16 de junho, ele havia sido sabati-nado na