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Território Baixo Amazonas

PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL

SUSTENTÁVEL

AMAZONAS

Amazonas, Agosto de 2010

Page 3: Baixo Amazonas - AM

SILVA, Michele Andreza P. da, et. al.

Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável do Baixo Amazonas. Cáritas Arquidiocesana de Manaus. Estudo Técnico – Manaus, agosto, 2010.

138 f.; il. Color.

Estudo Técnico

1. Gestão Territorial 2. Plano de Desenvolvimento 3. Território Baixo Amazonas

Page 4: Baixo Amazonas - AM

PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL

SUSTENTÁVEL DO BAIXO AMAZONAS – AM

PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Luiz Inácio Lula da Silva

MINISTRO DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

Guilherme Cassel

SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

Humberto Oliveira

DIRETORA GERAL DE AÇÕES DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

Fernanda Costa Corezola

DELEGACIA FEDERAL DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO NO AMAZONAS

Lúcio Moraes Carril

Cloves Farias Pereira

Arivan Ribeiro Reis

Alíria Noronha

Antonio Adalberto de Souza

Deise Costa

Eranilde Silva Mota

Ilana Pereira de Oliveira

Márcio Menezes

Maria Neuzeli Oliveira

Page 5: Baixo Amazonas - AM

iv

CÁRITAS ARQUIDIOCESANA DE MANAUS

PRESIDENTE

Dom Luiz Soares Vieira

VICE-PRESIDENTE

Pa. Izaías Andrade Junior

DIRETOR FINANCEIRO

Paulo Felizola

EQUIPE TÉCNICA DO PROJETO

Keila Marães

COLEGIADO DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL DO BAIXO AMAZONAS

COORDENADOR

José de Oliveira Ramos

Centro Estadual de Unidades de Conservação - CEUC

COORDENADOR ADJUNTO

Adalberto Nascimento Pinheiro

Associação da Casa Familiar Rural – CFR Boa Vista do Ramos

SECRETÁRIO

José Alfredo Maia Pontes

Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Urucará - STR

SECRETÁRIO

José de Azevedo Lopes

Associação Agropecuária do Juruá Estrada

ASSESSOR TERRITORIAL

Amarildo Leal

Page 6: Baixo Amazonas - AM

v

ELABORAÇÃO

Michelle Andreza Silva – Bióloga

Possui graduação em Ciências Biológicas e mestranda em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia. Já

trabalhou com projetos de pesquisa vinculados à Universidade Federal do Amazonas. Participou de projetos de extensão na

Universidade Federal do Amazonas. Publicou pelo projeto PIATAM (Inteligência Socioambiental Estratégica da Indústria de

Petróleo na Amazônia) o trabalho: A coleta de produtos florestais nas comunidades da área de atuação do PIATAM e pelo

PYRÁ (Programa de Recursos Aquáticos e da Várzea) o trabalho: Macrófitas Aquáticas como Indicadoras Ambientais em

Sistemas Lacustres Manejados. Atualmente é consultora em gestão ambiental.

Suzy Cristina Pedroza da Silva – Engenheira Florestal

Graduada em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Amazonas em 2003. Mestre em Agricultura e

Sustentabilidade na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas, área de concentração - agroecologia em 2006. Tem

experiência na área de Recursos Florestais, Agricultura Familiar, Sistemas Agroflorestais e Socioeconomia, com ênfase nos

usos dos Recursos Naturais, atuando em Comunidades Rurais do Amazonas. Foi pesquisadora do Núcleo de

Socioeconomia da Universidade Federal do Amazonas e Censipam - Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção

da Amazônia. Atualmente, é doutoranda em Geociência aplicada na Universidade de Brasília.

Cloves Farias Pereira – Cientista Social

Possui graduação em Ciências Sociais, especialização em População e Desenvolvimento e mestrado em Sociedade e

Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas. Foi consultor do Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento – PNUD vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Interamericano de Cooperação para

Agricultura vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. Atualmente, é subdelegado Federal do Ministério do

Desenvolvimento Agrário no Amazonas. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em povos tradicionais e

mundo rural Amazônico.

Maria Cristina de Oliveira – Socióloga

Graduada em Ciências Sociais na Universidade Federal do Amazonas e mestranda em Ciências do Ambiente e

Sustentabilidade na Amazônia no Centro de Ciências do Ambiente - UFAM. Tem experiência na grande área de Ciências

Humanas; Sociologia, com ênfase em Desenvolvimento socioeconômico; associativismo e cooperativismo. No currículo

Lattes os termos mais frequentes na contextualização da produção científica são: organização social; Associativismo;

Cooperativismo; Ambiente; Recursos Naturais; Agricultura Familiar, Estudo de impacto Ambiental (EIA RIMA) na área de

socioeconômica.

Chris Lopes da Silva – Antropóloga

Graduada em Ciências Sociais, especialização em Etnodesenvolvimento pela Universidade Federal do Amazonas. Possui

experiência nas áreas de saúde, educação, etnodesenvolvimento e proteção dos conhecimentos tradicionais dos povos

indígenas. Atualmente está vinculada à Secretaria de Estado para os Povos Indígenas.

Tony Porto Braga- Biólogo

Possui graduação em Biologia pela Universidade Federal do Pará (Licenciatura Plena em 1997) e mestre em Biologia de

Água Doce e Pesca Interior pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2001). Tem experiência na área de Recursos

Pesqueiros e Trabalhos em Comunidades Ribeirinhas, com ênfase em Recursos Pesqueiros de Águas Interiores na

Amazônia, atuando principalmente nos seguintes temas: Pesca, Amazônia, Comunidades Ribeirinhas, Reserva Extrativista,

Etnoecologia e Etnoictiologia. Atualmente, é doutorando em Biologia de Água Doce e Pesca Interior no Instituto Nacional de

Pesquisas da Amazônia.

Page 7: Baixo Amazonas - AM

vi

Apresentação Estamos apresentando à sociedade amazonense o Plano Territorial de

Desenvolvimento Rural Sustentável do Baixo Amazonas. Trata-se de um

documento construído no debate engajado, que envolveu dezenas de lideranças

sociais e dirigentes institucionais da região e no compromisso intelectual de jovens

pesquisadores que se dedicaram ao levantamento de dados e estudos sobre os

sete municípios que compõem o território.

Não é tarefa simples a elaboração de um plano de desenvolvimento, quando

nos referimos a uma região marcada pela ausência do Estado, onde os indicadores

sociais e econômicos são meros registros quantitativos sem muita expressão

nacional. O PTDRS do Baixo Amazonas é um recorte geográfico que traz no seu

conteúdo a experiência de agricultores e a apuração da realidade social,

econômica, produtiva, cultural e étnica.

Nos seus mais de 107 mil quilômetros quadrados, com uma população que

ultrapassa os 230 mil habitantes, o Território da Cidadania do Baixo Amazonas se

revelou, nesses últimos sete anos, uma bela e profunda experiência de

territorialidade. Os constantes debates, proporcionados pelo Ministério do

Desenvolvimento Agrário, através da Secretaria de Desenvolvimento Territorial,

que aportou recursos para garantir os encontros, foram instrumentos

indispensáveis para o amadurecimento do Colegiado Territorial. Ampliar o olhar

para além do município, com vista a um projeto de interação implementado a partir

do reconhecimento e compartilhamento das afinidades existentes na região foi o

grande desafio posto aos sujeitos territoriais. A resposta não poderia ser outra:

uma experiência de organização e uma visão cosmopolitizada do universo

territorial.

Quando a Secretaria de Desenvolvimento Territorial do MDA iniciou o

Programa de Territórios Rurais a expectativa era romper com o velho modelo de

criação de “polos”. Essa experiência, desenvolvida nas décadas de 60, 70, até

meados dos anos noventa, serviu sobremaneira para mostrar por onde não mais

caminhar. Os “polos”, que deveriam irradiar desenvolvimento, após se tornarem

focos de aplicação das políticas públicas, se tornaram vítimas desse planejamento

absurdo. Não espraiaram seu desenvolvimento para os municípios vizinhos e ainda

Page 8: Baixo Amazonas - AM

vii

tiveram que aguentar toda demanda populacional não atendida pelo serviço público

nesses municípios. A SDT/MDA resolveu apontar para outro lado: construir uma

experiência de territorialidade no Brasil, que servisse de base para pôr em prática

políticas públicas estruturantes na área rural.

O resultado desse desafio está aqui. Após sete anos, estamos entregando à

sociedade amazonense e, em particular, ao povo da Calha do Baixo Amazonas o

seu primeiro Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável.

Que sirva como instrumento de luta e de futuro, para que extrativistas,

agricultores familiares, pescadores artesanais, quilombolas, indígenas, ribeirinhos

da terra firme e das várzeas possam ter um amanhã melhor.

Lúcio Moraes Carril

Delegado Federal do Desenvolvimento Agrário no Amazonas

Page 9: Baixo Amazonas - AM

viii

Sumário

APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................................................................... vi

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................. 1

I – ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PLANO ............................................................................................................................... 4

II – CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO BAIXO AMAZONAS ................................................................................................ 5

2.1 Contexto Territorial e Demográfico ......................................................................................................................... 5

2.1.1 Extensão e Limites............................................................................................................................................ 5

2.2 População e Densidade Demográfica ...................................................................................................................... 5

2.2.1 Indicadores de Desenvolvimento Humano ...................................................................................................... 8

2.3 Contexto Histórico de Ocupação e Utilização do Território ................................................................................... 23

2.3.1 Historiografia do Contato – Os Primeiros Habitantes .................................................................................... 23

2.3.2 A frente de expansão nacional ....................................................................................................................... 24

2.3.3 Formação das Vilas e dos Povoados ............................................................................................................... 25

2.4 Contexto Natural.................................................................................................................................................... 26

2.4.1 Clima .............................................................................................................................................................. 26

2.4.2 Geologia ......................................................................................................................................................... 26

2.4.3 Relevo e Altimetria ......................................................................................................................................... 27

2.4.4 Solos ............................................................................................................................................................... 28

2.4.5 Hidrografia ..................................................................................................................................................... 28

2.4.6 Vegetação ...................................................................................................................................................... 28

2.4.7 Fauna.............................................................................................................................................................. 29

III – DIGNÓSTICO TERRITORIAL ......................................................................................................................................... 36

3.1 CONTEXTO FUNDIÁRIO E AMBIENTAL ................................................................................................................... 36

3.1.1 Projetos de Assentamentos ........................................................................................................................... 36

3.1.2 As Unidades de Conservação ......................................................................................................................... 37

3.1.2.1 Unidade de Conservação Municipal ....................................................................................................... 38

Reserva de Desenvolvimento Sustentável Urariá ..................................................................................... 38

3.1.2.2 Unidade de Conservação Estadual ......................................................................................................... 38

Parque Estadual Nhamundá ..................................................................................................................... 38

Área de Proteção Ambiental Nhamundá .................................................................................................. 39

Floresta de Maués .................................................................................................................................... 39

Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã ............................................................................. 39

3.1.2.3 Unidade de Conservação Federal ........................................................................................................... 40

Floresta Nacional do Pau-Rosa ................................................................................................................. 40

Reserva Biológica Uatumã ........................................................................................................................ 40

Parque Nacional da Amazônia .................................................................................................................. 40

3.1.3 Terras Indígenas ............................................................................................................................................. 42

3.1.3.1 Terra Indígena Andirá-Marau ................................................................................................................. 42

3.1.3.2 Terra Indígena Nhamundá – Mapuera ................................................................................................... 44

3.1.3.3 Terra Indígena Trombetas-Mapuera ...................................................................................................... 45

Organismos governamentais – campo de atuação ................................................................................... 47

Organizações indígenas com atuação na Terra Indígena .......................................................................... 48

3.1.4 Os Remanescentes de Quilombos .................................................................................................................. 50

3.1.5 Os dilemas ambientais do Baixo Amazonas ................................................................................................... 51

3.1.5.1 Lixo ......................................................................................................................................................... 51

3.2. CONTEXTO SOCIAL ................................................................................................................................................ 53

3.2.1 Saúde ............................................................................................................................................................. 53

3.2.1.1 Situação da malária no Território Baixo Amazonas ................................................................................ 56

3.2.2 Abastecimento de água ................................................................................................................................. 58

3.2.3 Saneamento ................................................................................................................................................... 60

Page 10: Baixo Amazonas - AM

ix

3.2.4 Educação ........................................................................................................................................................ 61

3.2.5 Assistência Social ........................................................................................................................................... 67

3.2.5.1 Programas: Transferência de Renda e Assistência Social ....................................................................... 67

3.2.5.2 Assistência Social no Território Baixo Amazonas ................................................................................... 68

3.2.6 Segurança Pública .......................................................................................................................................... 69

3.2.6.1 Segurança Pública no Território Baixo Amazonas .................................................................................. 69

3.2.7 Infraestrutura econômica .............................................................................................................................. 71

3.2.7.1 Transporte .............................................................................................................................................. 71

O Sistema de Transportes no Baixo Amazonas – Estrutura Atual............................................................. 71

Transporte Fluvial ..................................................................................................................................... 71

Transporte Intra - Municipal - Terrestre ................................................................................................... 72

Transporte Aéreo ..................................................................................................................................... 73

3.2.7.2 Energia ................................................................................................................................................... 74

3.2.7.3 Comunicação .......................................................................................................................................... 77

3.3 Contexto Econômico ............................................................................................................................................. 79

3.3.1 Agricultura...................................................................................................................................................... 81

Lavoura Temporária ................................................................................................................................. 81

Lavoura Permanente ................................................................................................................................ 84

3.3.2 Rebanho Animal ............................................................................................................................................. 90

Rebanho Bovino e Bubalino...................................................................................................................... 91

Rebanho Suíno.......................................................................................................................................... 91

Rebanho Caprino e Ovino ......................................................................................................................... 91

Rebanho Equino, Asinino e Muar ............................................................................................................. 91

Efetivo de Aves (Galos, Galinhas, Frangos, Frangas e Pintos) ................................................................... 92

Vacas Ordenhadas (cabeças) .................................................................................................................... 94

Produtos de Origem Animal ..................................................................................................................... 94

3.3.3 Pesca .............................................................................................................................................................. 95

3.3.4 Extrativismo Vegetal .................................................................................................................................... 100

Extração Vegetação - Alimentícios (Toneladas) ...................................................................................... 100

Extração Vegetação - Oleaginosas (Toneladas) ...................................................................................... 101

Extração Vegetação – Carvão Vegetal, Lenha e Madeira ....................................................................... 102

3.3.5 Setor Secundário .......................................................................................................................................... 103

3.3.6 Setor Terciário .............................................................................................................................................. 105

3.3.6.1 Turismo ................................................................................................................................................ 105

3.3.6.2 Comércio e Serviços ............................................................................................................................. 106

Setor de Comércio .................................................................................................................................. 106

Setor de Serviços .................................................................................................................................... 107

IV – VISÃO DE FUTURO ................................................................................................................................................... 109

V – DIRETRIZES ................................................................................................................................................................ 110

VI – OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ....................................................................................................................................... 111

VII – MODELO DE GESTÃO DO PROGRAMA .................................................................................................................... 130

7.1 MECASNISMO DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL ....................................................................................... 130

7.1.1 Atribuições do Colegiado Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável: ............................................. 130

7.1.2 Secretaria Executiva ..................................................................................................................................... 132

7.1.3 Núcleo Dirigente .......................................................................................................................................... 132

7.1.4 Núcleo Técnico ............................................................................................................................................. 133

7.1.5 Câmaras Temáticas ...................................................................................................................................... 134

REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................................. 135

ANEXOS................................................................................................................................ Erro! Indicador não definido.

Page 11: Baixo Amazonas - AM

x

Lista de Figuras

Figura 1. Área de abrangência do PTDRS Baixo Amazonas. .............................................................................................. 5

Figura 2. Mapa de Classificação Climática do Brasil. ........................................................................................................ 30

Figura 3. Formações Geológicas do Baixo Amazonas – AM. ............................................................................................ 31

Figura 4. Geomorfologia do Baixo Amazonas – AM. ......................................................................................................... 32

Figura 5. Mapa de solos do Baixo Amazonas – AM. .......................................................................................................... 33

Figura 6. Mapa Hidrológico do Baixo Amazonas – AM. ..................................................................................................... 34

Figura 7. Mapa de vegetação do Baixo Amazonas – AM. .................................................................................................. 35

Figura 8. Unidades de Conservação encontradas no Território Baixo Amazonas – AM. ................................................ 41

Figura 9. Terras Indígenas encontradas no Território Baixo Amazonas – AM. ................................................................ 49

Figura 10. Histórico Epidemiológico da Malária nos municípios do Território Baixo Amazonas ................................... 57

Figura 11. Domicílios particulares, por forma de abastecimento de água. ...................................................................... 59

Figura 12. Proporção de moradores por tipo de destino de lixo no Território Baixo Amazonas. ................................... 52

Figura 13. Demanda máxima de energia entre 2007 e 2008 nos municípios do Baixo Amazonas. ................................. 75

Figura 14. Cultivos temporários mais expressivos no Território Baixo Amazonas, com relação a quantidade produzida no estado do Amazonas, 2008. .......................................................................................................................... 82

Figura 15. Cultivos permanentes mais expressivos no Território Baixo Amazonas em 2007/2008 com relação ao total produzido no estado do Amazonas. ................................................................................................................................... 85

Figura 16. Censo Estatístico Comunitário – Transporte e cargas utilizados na pesca. .................................................. 97

Figura 17. Número de pescadores registrados na colônia de pescadores em Parintins de 2002 a 2004. ...................... 98

Figura 18. Desembarques pesqueiros mensais nos portos do município de Parintins em 2001. .................................. 99

Figura 19. Quantidades desembarcadas de pescado em Parintins de 2001 a 2004. ..................................................... 100

Page 12: Baixo Amazonas - AM

xi

Lista de Quadros

Quadro 1. Condições geográficas para os municípios do Território Baixo Amazonas. .................................................... 5

Quadro 2. População recenseada, por situação do domicílio e sexo do Território Baixo Amazonas. ............................. 6

Quadro 3. Densidade demográfica do Território Baixo Amazonas. .................................................................................... 6

Quadro 4. População por faixa etária do Território Baixo Amazonas (Contagem 2007). .................................................. 7

Quadro 5. Índice de Desenvolvimento Humano do Território Baixo Amazonas. ............................................................... 8

Quadro 6. Temperaturas dos municípios do Território Baixo Amazonas. ....................................................................... 26

Quadro 7. Altitude acima do nível do mar para os municípios do Território Baixo Amazonas. ...................................... 27

Quadro 8. Assentamentos no Território Baixo Amazonas. ............................................................................................... 36

Quadro 9. Unidades de Conservação compreendidas pelos municípios do Território Baixo Amazonas. ..................... 37

Quadro 10. Terras Indígenas do Território Baixo Amazonas. ........................................................................................... 42

Quadro 11. Povos da Terra Indígena Trombetas-Mapuera do Território Baixo Amazonas. ............................................ 46

Quadro 12. Recursos próprios aplicados em saúde – Estados da Região Norte 2006- 2008. ......................................... 53

Quadro 13. Número de Leitos no Território Baixo Amazonas. .......................................................................................... 54

Quadro 14. Número de unidades segundo tipo de estabelecimento - 2009. .................................................................... 54

Quadro 15. Internações Hospitalares do SUS – Território Baixo Amazonas, 2009. ......................................................... 55

Quadro 16. Cobertura do número de óbitos por 1000 habitantes, Território Baixo Amazonas, 2007. ............................ 56

Quadro 17. Proporção por tipo de instalação sanitária no Território Baixo Amazonas. ................................................. 60

Quadro 18. Número de alunos matriculados por nível de ensino no Território Baixo Amazonas. ................................. 62

Quadro 19. Número de alunos matriculados por nível de ensino superior no Território Baixo Amazonas. ................. 63

Quadro 20. Educação Superior no Território Baixo Amazonas – 2009. ............................................................................ 64

Quadro 21. Taxa de analfabetismo, segundo os municípios do Baixo Amazonas – 2000............................................... 66

Quadro 22. Política Pública no Brasil. ................................................................................................................................ 67

Quadro 23. Programas sociais do Território Baixo Amazonas. ........................................................................................ 68

Quadro 24. Municípios do Território Baixo Amazonas com Programas sociais. ............................................................. 69

Quadro 25. Órgãos de segurança pública no Território Baixo Amazonas. ...................................................................... 70

Quadro 26. Segurança pública no Território Baixo Amazonas. ........................................................................................ 71

Quadro 27. Embarcações que atendem à demanda dos municípios do Território Baixo Amazonas. ............................ 72

Quadro 28. Frota de veículos por tipo, segundo os municípios da área de abrangência do Território Baixo Amazonas - 2008. .................................................................................................................................................................................... 72

Quadro 29 - Transporte Aéreo – Linhas Aéreas Comerciais no Baixo Amazonas. .......................................................... 73

Page 13: Baixo Amazonas - AM

xii

Quadro 30. Geração bruta potencia instalada e demanda máxima de Energia nos municípios do Território Baixo Amazonas em 2007 e 2008................................................................................................................................................... 74

Quadro 31. Consumo de Energia Elétrica por Classe em MWh nos Municípios do Baixo Amazonas, 2007 e 2008 ..... 76

Quadro 32. Perfil da Telefonia Fixa na sede do Território Baixo Amazonas – 2009. ....................................................... 77

Quadro 33. Prestadoras de Celular que Atuam no Amazonas nos Municípios do Baixo Amazonas – 2009. ................ 78

Quadro 34. Produto Interno Bruto e per capita dos municípios do Território Baixo Amazonas (2003 a 2007). ............. 79

Quadro 35. Participação de cada setor da economia no valor adicionado Bruto do PIB (2007) dos municípios Baixo Amazonas. ............................................................................................................................................................................ 80

Quadro 36. Produto Interno Bruto e per capita dos municípios do Território Baixo Amazonas (2003 a 2007). ............. 80

Quadro 39. Quantidade produzida (Lavoura Temporária) noTerritório Baixo Amazonas e no Estado do Amazonas. .. 81

Quadro 40. Quantidade produzida (Lavoura Permanente) noTerritório Baixo Amazonas e no Estado do Amazonas. . 84

Quadro 37. Área plantada e quantidade produzida para lavoura temporária (2007 e 2008) para o Território Baixo Amazonas. ............................................................................................................................................................................ 87

Quadro 38. Área plantada e quantidade produzida para lavoura permanente (2007 e 2008) para o Território Baixo Amazonas. ............................................................................................................................................................................ 89

Quadro 41. Efetivo de rebanho animal (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas. ..................................................... 92

Quadro 42. Efetivo de vacas ordenhadas (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas. ................................................ 94

Quadro 43. Produtos de origem animal no Território Baixo Amazonas. .......................................................................... 95

Quadro 44. Produção (t) e posição relativa das cinco principais espécies e espécies-alvo de defeso, desembarcadas nos portos do município de Parintins em 2001. ................................................................................................................. 99

Quadro 45. Quantidade produzida e valor da produção na extração vegetal por tipo de produto extrativo - alimentício (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas. ................................................................................................................... 101

Quadro 46. Quantidade produzida e valor da produção na extração vegetal por tipo de produto extrativo - oleaginosas (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas. .............................................................................................. 101

Quadro 47. Quantidade produzida e valor da produção na extração vegetal por tipo de produto extrativo – carvão vegetal, lenha e madeira (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas. ......................................................................... 102

Quadro 48. Quantidade de indústrias e pessoal ocupado no ano de 2007 no Território Baixo Amazonas. ................ 104

Quadro 49. Setor de Serviços no Território Baixo Amazonas. ........................................................................................ 108

Page 14: Baixo Amazonas - AM

xiii

Lista de Tabelas

Tabela 1. Matriz de planejamento construída a partir do Eixo Atividades Produtivas Sustentáveis, apresentando os programas, projetos e ações. .............................................................................................................................................. 113

Tabela 2. Matriz de planejamento construída a partir do Eixo Ordenamento Territorial, Regularização Fundiária, Gestão Ambiental, apresentando os programas, projetos e ações. ................................................................................ 120

Tabela 3. Matriz de planejamento construída a partir do Eixo Infraestrutura para o Desenvolvimento, apresentando os programas, projetos e ações. ........................................................................................................................................ 124

Tabela 4. Matriz de planejamento construída a partir do Eixo Inclusão Social e Cidadania, apresentando os programas, projetos e ações. ............................................................................................................................................. 126

Tabela 5. Matriz de planejamento construída a partir do Eixo Fortalecimento Institucional, apresentando os programas, projetos e ações. ............................................................................................................................................. 129

Page 15: Baixo Amazonas - AM

1

INTRODUÇÃO

As políticas públicas implementadas nas últimas décadas pelo Governo

Federal trataram sempre o País como um todo homogêneo. Essa prática gerou

limitações à participação, à articulação e à integração das esferas regionais e locais

aos processos decisórios e de implantação das políticas públicas como as que

comprometeram o sucesso na busca por um desenvolvimento mais sustentável.

Nesse contexto, o Ministério do Desenvolvimento Agrário redefiniu o enfoque

do planejamento para o âmbito territorial, permitindo uma visão mais integradora de

espaços, agentes, mercados e das políticas públicas. Essa nova visão de

planejamento do desenvolvimento rural voltada para o território foi viabilizada

através do Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais

(PRONAT).

O PRONAT está baseado na gestão, na organização e no fortalecimento

institucional dos atores sociais dos territórios rurais, especialmente daqueles que

atuam na representação dos agricultores familiares, dos assentados da reforma

agrária e de populações rurais tradicionais; o planejamento e a gestão social dos

territórios, tendo por referência os critérios do desenvolvimento sustentável, a

autonomia e a participação social; iniciativas territoriais que contribuam para a

dinamização e diversificação das economias territoriais tendo, por referências, a

valorização dos recursos locais, a competitividade territorial, o crescimento e a

distribuição da renda com o incremento de empregos; e a implementação e

integração de políticas públicas visando à redução das desigualdades sociais e

regionais e à geração de riquezas com eqüidade social.

As estratégias de apoio ao desenvolvimento sustentável dos territórios rurais

se inserem plenamente no PRONAT que se baseia na abordagem territorial como

referência para a elaboração do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural

Sustentável (PTDRS).

O PTDRS é um instrumento que expressa à síntese das decisões que o

conjunto dos atores sociais, em conjunto com o Estado, alcançou num dado

Page 16: Baixo Amazonas - AM

2

momento no processo de planejamento do desenvolvimento territorial. Torna-se, a

partir daí, um dos instrumentos para gestão participativa do território, pois contém as

diretrizes e estratégias que nortearão os rumos do desenvolvimento sustentável.

O PTDRS é considerado o principal instrumento construído de forma

participativa pelo colegiado em apoio à gestão social do desenvolvimento territorial.

Para alcançar este objetivo, é necessário avançar nas discussões sobre a estratégia

de sua formulação e de apropriação pelo colegiado e por todos os atores territoriais.

Em termos de qualidade e utilização das informações que reúne, considera-se

básico que condense as condições para a tomada de decisões sobre o futuro do

território e estimule cada vez mais a cultura de planejamento.

A abordagem territorial compõe-se de três fases onde o PTDRS é construído.

Na primeira fase, a ênfase recaiu sobre a preparação do território para o processo

de construção do PTDRS. Nessa fase, se destacou a mobilização, sensibilização e

capacitação dos atores sociais: uma primeira aproximação de um diagnóstico geral.

Na segunda fase, ocorreu o processo de planificação do território propriamente dito,

com ações como o diagnóstico participativo, elaboração de uma visão de futuro,

definição do eixo aglutinador, construção do Plano Territorial. Nesta terceira fase,

inicia-se a formulação dos projetos territoriais específicos, relacionados à

materialização do plano em iniciativas concretas e a concretização gradual do plano,

havendo continuamente atividades de monitoramento e avaliação.

A primeira parte do plano contém a delimitação da área (extensão e limites) e

a caracterização do Território Baixo Amazonas, apresentando aspectos sobre

demografia, contexto histórico de ocupação e utilização e enfatiza o contexto natural

da área de abrangência do PTDRS.

A segunda parte contém o diagnóstico territorial, constituído a partir de dados

secundários e apresenta uma análise sobre a situação fundiária (projetos de

assentamentos, unidades de conservação, terras indígenas e remanescentes de

quilombos) do Território Baixo Amazonas, os indicadores sociais como saúde,

educação e infraestruturas sociais, que atestam os problemas socioambientais.

Ainda nesta parte foram analisados os indicadores econômicos das principais

atividades econômicas desenvolvidas no território.

Page 17: Baixo Amazonas - AM

3

E finalmente para compor o PTDRS do Território Baixo Amazonas foram

elaboradas e formuladas a partir da caracterização e do diagnóstico territorial, os

projetos territoriais, agrupados em programas vinculados aos eixos aglutinadores,

que representam os temas estruturantes do plano, os objetivos estratégicos e suas

diretrizes e definido o modelo de gestão do programa e os mecanismo de

participação e controle social.

Equipe Técnica

Page 18: Baixo Amazonas - AM

4

I – ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PLANO

A área de abrangência do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural

Sustentável do Baixo Amazonas – PTDRS Baixo Amazonas – é constituída por 07

(sete) municípios, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués, Nhamundá, Parintins,

São Sebastião do Uatumã e Urucará (Figura 1).

Page 19: Baixo Amazonas - AM

5

Figura 1. Área de abrangência do PTDRS Baixo Amazonas.

II – CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO BAIXO

AMAZONAS

2.1 Contexto Territorial e Demográfico

2.1.1 Extensão e Limites

O Território Baixo Amazonas ocupa uma área de 107.029,60 Km2 (Quadro 1),

o que representa 6,8% da área total do estado do Amazonas (1.570.746 Km2). Está

localizado na parte leste do estado do Amazonas com o estado do Pará; ao norte

com o estado de Roraima; ao sul com o município de Apuí – AM; a leste com estado

do Pará e oeste com municípios de Presidente Figueiredo, Itapiranga, Silves,

Urucurituba, Itacoatiara, Nova Olinda do Norte e Borba – AM (Quadro 1).

Quadro 1. Condições geográficas para os municípios do Território Baixo Amazonas.

Municípios do Baixo Amazonas Gentílico

Área

Territorial

(km2)

Distância

da Capital

(km)

Coordenadas Geográficas

LAT

LONG

Barreirinha Barreirinhense 5.750,53 329,70 -02º 47´ 36” -57º 04´ 12”

Boa Vista do Ramos Boa-vistense 2.586,83 270,60 -02º 58´ 11” -57º 35´ 25”

Maués Maueense 39.988,39 257,70 -03º 23´ 01” -57º 43´ 07”

Nhamundá Nhamundaense 14.105,62 381,50 -02º 11´ 10” -56º 42´ 47”

Parintins Parintinense 5.952,33 368,80 -02º 37´ 42” -56º 44´ 09”

São Sebastião do Uatumã Uatumaense 10.741,04 246,20 -03º 22´ 42” -68º 52´ 21”

Urucará Urucaraense 27.904,86 259,10 -02º 32´ 11” -57º 45´ 36”

Fonte: IBGE/Cidades, 2010.

2.2 População e Densidade Demográfica

Segundo a Contagem da População (2007), o Território Baixo Amazonas

apresenta uma população de 230.847 habitantes, que corresponde a 7,2% da

população total do estado. Dos sete municípios, Parintins é o que apresenta a maior

população com 102.044 habitantes, representando 44,2% do Território. A maioria da

população do território está localizada na área urbana (133.155 habitantes)

representando 57,6% do total da população e a população rural (97.692 habitantes)

apresenta 42,3%. A contagem de indivíduos fica em torno de 51,5% para homens e

47,8% para mulheres, num total de 118.964 e 110.352 pessoas do sexo masculino e

feminino, respectivamente (Quadro 2).

Page 20: Baixo Amazonas - AM

6

Quadro 2. População recenseada, por situação do domicílio e sexo do Território Baixo Amazonas.

Municípios do Território Baixo

Amazonas

População recenseada, por situação do domicílio e sexo

Total Urbana Rural

Total Homens Mulhere

s Total Homens

Mulheres

Total Homen

s Mulhere

s

Amazonas 3 221 939

1 592 067

1 565 850

2 495 879

1 208 239

1 239 069

726 060 383 828 326 781

Baixo Amazonas 230 847 118 964 110 352 133 155 66 561 65 812 97 692 52 403 44 540

Barreirinha 26 645 13 978 12 661 11 800 6 046 5 752 14 845 7 932 6 909

Boa Vista do Ramos 13 138 6 934 6 186 6 665 3 378 3 287 6 473 3 556 2 899

Maués 47 020 24 270 22 298 24 104 11 903 12 111 22 916 12 367 10 187

Nhamundá 17 553 8 997 8 477 7 211 3 628 3 577 10 342 5 369 4 900

Parintins 102 044 52 294 49 614 66 236 32 976 33 151 35 808 19 318 16 463 São Sebastião do Uatumã 8 731 4 581 4 046 6 363 3 326 3 037 2 368 1 255 1 009

Urucará 15 716 7 910 7 070 10 776 5 304 4 897 4 940 2 606 2 173

Fonte: Contagem da População, 2007.

A densidade demográfica do território é de 2,2 hab/Km2. A maior densidade

demográfica é verificada no município de Parintins com um índice de 17,1 hab/km2,

e a menor é verificada no município de Urucará com uma densidade de 0,6 hab/km2

(Quadro 3). A população do Baixo Amazonas compreende 56% a faixa etária de 15

a 69 anos. Crianças e adolescente até 14 anos estão entre os 40% da população e

somente 3% estão na faixa etária de 70 a 80 ou mais anos (Quadro 4).

Quadro 3. Densidade demográfica do Território Baixo Amazonas.

Municípios do Território

Baixo Amazonas

População Área Territorial

(km2)

Densidade Demográfica

(Hab/km2) Total Urbana Rural

Baixo Amazonas 230 847 133 155 97 692 107.029,60 2,2

Barreirinha 26 645 11 800 14 845 5.750,53 4,6

Boa Vista do Ramos 13 138 6 665 6 473 2.586,83 5,1

Maués 47 020 24 104 22 916 39.988,39 1,2

Nhamundá 17 553 7 211 10 342 14.105,62 1,2

Parintins 102 044 66 236 35 808 5.952,33 17,1

São Sebastião do Uatumã 8 731 6 363 2 368 10.741,04 0,8

Urucará 15 716 10 776 4 940 27.904,86 0,6

Fonte: Contagem da População, 2007.

Page 21: Baixo Amazonas - AM

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Pop

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Unidade da Federação e

Municípios do Baixo

Amazonas

Menos

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1 a 4

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5 a 9

anos

10 a 14

anos

15 a 19

anos

20 a 24

anos

25 a 29

anos

30 a 34

anos

35 a 39

anos

40 a 44

anos

45 a

49

anos

50 a

54

anos

55 a

59

anos

60 a

64

anos

65 a

69

anos

70 a

74

anos

75 a

79

anos

80

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ou

mais

Baixo Amazonas

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24 953

32 138

29 904

26 152

21 147

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126

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71

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4 172

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91

1 783

1 481

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750

633

610

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1 586

1 3

56

1 2

18

912

804

600

470

416

334

274

194

146

153

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10

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13 9

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12 9

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11 4

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74

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3 282

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341

286

235

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368

285

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134

157

Font

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007.

Page 22: Baixo Amazonas - AM

8

2.2.1 Indicadores de Desenvolvimento Humano

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi criado, originalmente, para

medir o nível de desenvolvimento humano dos países, a partir de indicadores de

educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao

nascer) e renda (PIB per capita). O índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento

humano) a 1 (desenvolvimento humano total):

• IDH até 0,499 tem desenvolvimento humano considerado baixo;

• IDH Entre 0,500 e 0,799 é considerado de médio desenvolvimento humano;

• IDH maior que 0,800 tem desenvolvimento humano considerado alto.

O IDH (2000) do território foi de 0,682 (Quadro 5), estando abaixo do índice

do Estado, que é de 0,713. O Território Baixo Amazonas está entre as regiões

consideradas de médio desenvolvimento humano entre 0,5 e 0,8. Dos três itens do

IDH, a educação é o componente que mais tem contribuído para aumentar o índice,

alcançando 0,828. Os municípios que mais se destacam, quanto ao IDH (2000), no

território, são Parintins e Urucará, os índices mais baixos estão entre os municípios

de Boa Vista do Ramos e Barreirinha.

Quadro 5. Índice de Desenvolvimento Humano do Território Baixo Amazonas.

Índice de Desenvolvimento

Humano - Municipal, 1991 e

2000

1991 2000

IDHM

IDHM-

Renda

IDHM-

Longevidad

e

IDHM-

Educaçã

o IDHM

IDHM-

Renda

IDHM-

Longevidad

e

IDHM-

Educaçã

o

Brasil 0,696 0,681 0,662 0,745 0,766 0,723 0,727 0,849

Amazonas 0,664 0,64 0,644 0,707 0,713 0,634 0,692 0,813

Baixo Amazonas --- --- --- --- 0,682 0,518 0,698 0,828

Barreirinha 0,615 0,498 0,619 0,728 0,645 0,461 0,693 0,782

Boa Vista do Ramos 0,595 0,499 0,599 0,687 0,642 0,458 0,618 0,850

Maués 0,649 0,589 0,660 0,698 0,689 0,535 0,721 0,812

Nhamundá 0,607 0,500 0,599 0,722 0,656 0,480 0,681 0,806

Parintins 0,658 0,546 0,636 0,791 0,696 0,527 0,705 0,855

São Sebastião do Uatumã 0,661 0,577 0,614 0,791 0,659 0,489 0,661 0,828

Urucará 0,640 0,559 0,599 0,761 0,698 0,589 0,705 0,800

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. PNUD, 2010.

Page 23: Baixo Amazonas - AM

23

2.3 Contexto Histórico de Ocupação e Utilização do Território

2.3.1 Historiografia do Contato – Os Primeiros Habitantes

A Amazônia, desde o processo de colonização portuguesa, sempre foi alvo

de cobiça estrangeira. Franceses, portugueses, holandeses e ingleses, cujas ideias

baseavam-se no mercantilismo, e, mais recentemente americanos direcionaram

esforços no sentido de incorporar a Amazônia. No período colonial as expedições

tinham como objetivos reconhecer a região e encontrar riqueza. O que se

encontrou em grande quantidade foram os produtos extrativistas, conhecidos como

drogas do sertão e os povos indígenas, que também se tornaram um produto em

disputa, pois havia a necessidade de mão de obra e essa era abundante.

A conquista portuguesa na Amazônia se inicia em 1616, com a fundação do

Forte do Presépio de Santa Maria de Belém, no braço sul da foz do Amazonas,

antecedendo aos ingleses, holandeses e aos poucos franceses que haviam

estabelecido feitorias para o escambo com índios, cujo raio de ação atingia até a

foz do Xingu (GALVÃO, 1979).

Para Freire (1991), a busca desenfreada por ouro e prata na Amazônia não

atendeu às expectativas dos colonizadores portugueses. A forma encontrada para

obter lucro fácil foi a exploração da força de trabalho indígena, usada

principalmente na coleta das drogas do sertão, no transporte de mercadorias, na

construção de feitorias, engenhos, canoas e até como guerreiros. Os índios eram

tão importantes para os colonizadores que se tornaram o principal produto de

exportação da Amazônia, quando foram capturados e levados pelos portugueses

para trabalhar nos engenhos de açúcar das Antilhas.

Quando se iniciou o processo de escravidão da força de trabalho dos povos

indígenas da Amazônia, já existia uma lei criada pela Coroa Portuguesa para

regulamentá-la. A lei de 1611 dava plenos direitos aos colonos portugueses que

assumiam a função de Capitão de Aldeia, para capturar índios. Durante esse

período, a economia da região amazônica se orientou exclusivamente para a

atividade extrativista, cujos produtos eram encaminhados à metrópole lusitana, já

que tinham mercado certo na Europa (REIS, 1966).

Os mecanismos de dominação utilizados pelos colonizadores tinham

objetivos claros: descer os índios de suas aldeias para se instalarem nos núcleos

coloniais e atuarem nas atividades de agricultura, de pesca, de caça e outros,

Page 24: Baixo Amazonas - AM

24

principalmente na coleta das drogas do sertão. Nos núcleos coloniais a agricultura

indígena, baseada nas práticas agrícolas tradicionais, principalmente no cultivo da

mandioca e do milho, foi substituída pelo plantio de outros produtos destinados ao

mercantilismo europeu, como açúcar, tabaco, algodão, etc.

Em 1686, inicia-se o funcionamento do sistema de administração da colônia,

com diversas leis complementares, das quais as mais importantes são: O Alvará de

1688, conhecido como o “Alvará dos Resgates” e a Carta Régia de 1689. Eram

instrumentos que regulavam o recrutamento da força de trabalho indígena e as

relações de trabalho no período de 1686-1757 (FREIRE, 1991).

Até meados do século XVIII, os colonizadores efetivaram a escravização de

vários povos indígenas pela prática das guerras justas, estimulando as guerras

intertribais e aguçando-lhes a rivalidade, com a finalidade de comprar os escravos

aprisionados pela tribo vencedora. Esse sistema permitiu ao colonizador ter a mão

de obra necessária para o projeto colonial e manter o fluxo de negócios do

mercado indígena na Amazônia. Muitos povos que se recusavam a se submeter ou

participar do modelo de colonização imposto pelo Estado Português foram

massacrados e exterminados ou mesmo aprisionados e submetidos à escravização

por meio da guerra justa.

2.3.2 A frente de expansão nacional

As populações indígenas resistiram historicamente aos mecanismos de

dominação no século XVII, na luta contra as expedições punitivas e, recentemente,

no século XX, contra a sociedade nacional. Toda essa relação desigual do contato

provocou efeitos que se evidenciam nas invasões dos territórios tradicionalmente

ocupados pelos povos Sateré-Mawé e Hixkariana, Kaxuyana, Katuena e Waiwai.

Os povos indígenas elegeram, como estratégia de sobrevivência, os lugares

no centro da mata, próximos às cabeceiras dos rios. Mesmo assim, com o

desenvolvimento do ciclo da borracha no século XX, a expansão econômica

adentrou os limites das terras indígenas.

Assim, a historiografia no Território Baixo Amazonas evidencia que o

primeiro momento do contato, o impacto causado aos povos indígenas pelo

processo de colonização, foi à promoção considerável do extermínio físico. Nos

dias atuais, a sociedade nacional se faz presente nas terras indígenas – através

Page 25: Baixo Amazonas - AM

25

das ordens religiosas, das organizações não governamentais, da expansão

econômica (comerciantes) e do Estado (FUNAI) – impondo novos valores e

símbolos, distintos da organização social destas sociedades, explicitados nos

problemas sociais e nas transformações culturais.

2.3.3 Formação das Vilas e dos Povoados

A formação dos povoados e vilas na Amazônia, como primeiros núcleos

populacionais, contou com a presença dos indígenas (repartidos, “livres” e

escravos) e as benfeitorias instaladas nos aldeamentos. A organização desses

agrupamentos humanos decorreu da política adotada pelo Estado Português,

durante a administração de Sebastião José de Carvalho e Mello – o Marquês de

Pombal – que estruturou e determinou uma nova organização social, política e

econômica para Amazônia portuguesa, cuja finalidade era viabilizar o

empreendimento colonial e enquadrá-lo ao perfil econômico que se desenvolvia na

Europa (REIS, 1966).

A política do Estado Colonial Português na Amazônia teve como resultado o

processo de formação e desenvolvimento de uma sociedade dita cabocla. Esse

processo teve início no século XVIII, tendo continuidade nos processos de

formação dos povoados, onde a população emergiu dos contingentes indígenas

das aldeias, missionados ou ditos destribalizados, que passaram a reajustar o seu

modo de vida segundo padrões impostos pelas diretrizes do Diretório Pombalino ou

mesmo pelos contatos diretos e permanentes entre indivíduos de diferentes

culturas. A consequência desse convívio resultou na mudança dos padrões

culturais das populações nativas e da emergência de uma nova sociedade mestiça

e cabocla (GALVÃO, 1979).

A consolidação do Diretório dos Índios na Amazônia estava baseado na

transformação cultural dos povos indígenas nos chamados caboclos. Os principais

mecanismos adotados foram a transformação das antigas aldeias em vilas e

povoados com nomes aportuguesados, que deveriam possuir, ao menos, 150

pessoas; o sobrenome indígena deveria ser português; além dos indígenas serem

obrigados a cultivar roça, não só para o sustento, mas também para servir aos

moradores das novas vilas e povoados; e o estímulo ao casamento entre índio e

português. Assim, o Estado Português consolidou o processo de ocupação da

Page 26: Baixo Amazonas - AM

26

Amazônia com uma população “menos” indígena nas vilas e povoados

aportuguesados, que, mais tarde, deram origem às cidades do Território Baixo

Amazonas.

2.4 Contexto Natural

2.4.1 Clima

O clima predominante na região Amazonica é do tipo equatorial (Figura 2).

O clima equatorial abrange boa parte do território nacional, englobando

principalmente a região da Floresta Amazônica. As médias pluviométricas são

altas, com pluviosidade alta, a estação seca é curta e faz muito calor (IBGE,

2002).

No Território Baixo Amazonas, o clima equatorial úmido e chuvoso possui

variações térmicas de 27ºC a 30ºC (Quadro 6).

Quadro 6. Temperaturas dos municípios do Território Baixo Amazonas.

Municípios do Baixo Amazonas

Temperatura ºC

Máx Mín Méd

Barreirinha 30,5ºC 22,4ºC 27ºC

Boa Vista do Ramos 37ºC 24ºC 29º C

Maués 37ºC 24ºC 29ºC

Nhamundá 30ºC 22,4ºC 27ºC

Parintins 30,5ºC 22,4ºC 27ºC

São Sebastião do Uatumã 32,5ºC 24ºC 29ºC

Urucará 32,5ºC 24ºC 30ºC

Fonte: SEGOV – AM, 2010.

2.4.2 Geologia

O Território Baixo Amazonas, de acordo com IBGE (2000), é formado

principalmente pela formação geológica Alter do Chão. Entretanto a região

comporta outras 29 importantes unidades geológicas conhecidas como: Aluviões

Holocênicos, Cobertura Detrito-Laterítica Paleogênica, Cobertura Detrito-Laterítica

Pleistogênica, Formação Aruri, Formação Ererê, Formação Itaituba, Formação

Maecuru, Formação Monte Alegre, Formação Nova Olinda, Formação

Prosperança, Formação Seringa, Formação Sobreiro, Formação Urupi,

Granodiorito Rio Novo, Grupo Beneficente, Grupo Curuá, Grupo Gorotire, Grupo

Iricoumé, Grupo Jatuarana, Grupo Tapajós, Grupo Trombetas, Suite Intrusiva Água

Page 27: Baixo Amazonas - AM

27

Branca, Suite Intrusiva Abonari, Suite Intrusiva Mapuera, Suite Intrusiva Parauari,

Suite Intrusiva Porquinho, Suite Intrusiva Quarenta Ilhas, Suite Intrusiva Suretama

e Terraços Holocênicos (Figura 3).

2.4.3 Relevo e Altimetria

O relevo é constituído pelo tipo planície Amazônica, variando de plano a

suave ondulado. O território não possui serras, apenas terra firme acidentada e

terra de várzea com restingas, que são inundadas no período de enchentes dos

rios (MDA, 2006).

De acordo com IBGE (2000), o Território Baixo Amazonas possui cerca de

17 unidades geomorfológicas distribuidas na região, dentre as quais podemos

destacar: a planície Amazônia e fluviais, mencionadas acima, Chapadas do

Cachimbo, Depressão do Madeira-Canumã, Depressão do Abacaxis-Tapajós,

Depressão Interplanática do Trombetas, Depressão Periférica da Amazônia

Setentrional, Patamares do Tapajós, Pediplano Rio Branco-Rio Negro, Planalto

Dissecado do Norte da Amazônia, Planalto Dissecado dos Rios Negro-Uatumã,

Planalto do Parauari-Tropas, Planalto do Rio Juma-Médio Sucunduri, Planalto do

Uatumã-Jari, Planalto dos Apiacás-Sucunduri, Planalto Meridional da Bacia

Sedimentar do Amazonas e Planalto Setentrional da Bacia Sedimentar do

Amazonas (Figura 4).

No Quadro 7, podemos observar os valores de altitudes que se encontram

nos municípios. Para os municípios de Barreirinha, Maués, São Sebastião do

Uatumã e Urucará, a média varia em torno de 17,2 metros, para os municípios de

Nhamundá e Parintins, o nível acima do mar alcança cerca de 50 metros.

Quadro 7. Altitude acima do nível do mar para os municípios do Território Baixo Amazonas.

Municípios do Baixo Amazonas Altitude (m)

Barreirinha 16m

Boa Vista do Ramos 16m

Maués 18m

Nhamundá 50m

Parintins 50m

São Sebastião do Uatumã 18m

Urucará 18m

Fonte: SEGOV – AM, 2010.

Page 28: Baixo Amazonas - AM

28

2.4.4 Solos

Os solos do Território Baixo Amazonas é formado principalmente por

latossolo amarelo e uma grande porção na parte norte dos municípios de Urucuará,

Nhamundá e São Sebastião do Uatumã por solos do tipo argissolo vermelho-

amarelo, mas são encontrados também areia quartzosa, areia quartzosa

hidromórfica, cambissolo, espodossolo, gleissolo, latossolo vermelho-amarelo,

plintossolo, solo aluvial, solo litólico e solo petroplíntico (Figura 5).

2.4.5 Hidrografia

A rede hidrográfica da região do Baixo Amazonas é constituída por vários

rios, lagos, furos e igarapés. Dentre os mais importantes corpos de água, está o rio

Amazonas. Entretanto, no território, há outros rios comumente importantes que

são: Abacaxis, Andirá, Apoquitauá, Arari, Ariaú, Camarão, Cicantá, Curuçá, Jacu,

Jará, Jatapu, Mamuru, Marau, Maués-Açu, Maués-Mirim, Nhamundá, Pacoval,

Paraconi, Parauari, São Manuel ou Teles Pires, Tapajós, Uaicurapá e o rio Uatumã

(Figura 6).

2.4.6 Vegetação

A vegetação desta região se caracteriza predominantemente pela ocorrência

de Floresta Ombrófila Densa e de Formações Pioneiras de influência fluvial

(várzea) com ou sem palmeiras. Contudo, no Território Baixo Amazonas, há

ocorrências de outros tipos vegetacionais como Floresta Ombrófila Aberta

Submontana com cipós, Floresta Ombrófila Aberta Submontana com palmeiras,

Floresta Ombrófila Aberta Terras Baixas com palmeiras, Floresta Ombrófila Densa

Aluvial Dossel emergente, Floresta Ombrófila Densa Aluvial Dossel uniforme,

Floresta Ombrófila Densa Submontana Dossel emergente, Floresta Ombrófila

Densa Submontana Dossel uniforme, Campinarana Florestada sem palmeiras,

Campinarana Gramíneo - lenhosa sem palmeiras, Savana Arborizada sem floresta-

de-galeria, Savana Florestada, Savana Gramíneo-Lenhosa sem floresta-de-galeria,

Savana Parque com floresta-de-galeria e Savana Parque sem floresta-de-galeria

(Figura 7).

As formações florestais mais encontradas na região entre o trecho do rio

Amazonas de Manaus até Óbidos no Pará são a Hevea brasiliensis (seringueira),

Page 29: Baixo Amazonas - AM

29

Aniba spp. (pau-rosa, louro-rosa), Coumarona odorata (cumarú), Theobroma

cacao (cacaneiro), Bertholletia excelsa (castanha-do-brasil), Manilkara sp.

(balata), M. huberi (maçaranduba), M. amazonica (maparajuba), Mezilaurus

itauba (itaúba), Carapa guianensis (andiroba), Copaifera spp. (copaíba) e

Cedrella odorata (cedro-vermelho). As regiões das várzeas dos rios

apresentam as seguintes espécies: Mimosa spp. (rabo-de-camaleão), Bombax

munguba (munguba), Cecropia spp. (imbaúba), Qualea retusa (umirirana),

Leopoldina maior (iara-açu), Delbergia inundata (cipó-de-tucunaré),

Oenocarpus pataria (pararia). Mauritia flexuosa (buriti), Euterpe oleracea (açaí),

Sweetia nitens (itaubarana), Roupala obtusa (cedro), Lieania heteromorphe

(ajuru) e Mollia lepidota (sururu), dentre outras (DIEGUES, 2002).

2.4.7 Fauna

De acordo com Diegues (2002), dentre a fauna característica estão as

espécies de aves como Numenius borealis (maçarico-esquimó), Eudocimus

ruber (guará), Phoenicopterus ruber (Flamingol), Dendrocygna sp., Pophyrula

martinico (franco-d' água-azul), Cairina moschata (pato-do-mato), Anchinga

anhinga (biguá) e Eurypyga helias (pavão-do-pará). Com relação aos

mamíferos espécies características são: Pteronura brssiliensis (ariranha),

Trichechus inunguis (peixe-boi), Hydrochoerus hydrochaeris (capivara),

Procyon cancrivorus (mão-pelada), Panthera onca (onça-pintada), Felis

concolor (sucuarana) e F. pardalis (jaguatirica). Com relação aos peixes,

existem com grande frequência Arapaima gigas (pirarucu), Colossoma

macropomum (tambaqui), CichJa ocellaris (tucunaré), Semaprochilodus sp.

(jaraqui), Pseudoplastoma fascinatum (surubim), Hydrolycus scomberoides

(peixe-cachorro), Brachyplatystoma filamentosum (piraíba), Potamorhaphis sp.

(peixe-agulha) e Plagioscion sp. (pescada) e, quanto aos répteis, Caiman

crocodilus (jacaré-tinga), Melanosuchus niger (jacaré-açu), Podocnemis

expansa (tartaruga-da-amazônia) e P. unifilis (tracajá).

Page 30: Baixo Amazonas - AM

30

Figura 2. Mapa de Classificação Climática do Brasil.

Fonte: IBGE, atualizado pela Diretoria de Geociências, Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, 2002.

Page 31: Baixo Amazonas - AM

31

Figura 3. Formações Geológicas do Baixo Amazonas – AM.

Fonte: Base de Geologia IBGE, 2000. Adaptação de Silva, 2010.

Page 32: Baixo Amazonas - AM

32

Figura 4. Geomorfologia do Baixo Amazonas – AM.

Fonte: Base de Geomorfologia IBGE, 2000. Adaptação de Silva, 2010.

Page 33: Baixo Amazonas - AM

33

Figura 5. Mapa de solos do Baixo Amazonas – AM.

Fonte: Base de Solos IBGE, 2000. Adaptação de Silva, 2010.

Page 34: Baixo Amazonas - AM

34

Figura 6. Mapa Hidrológico do Baixo Amazonas – AM.

Fonte: Base de Hidrologia IBGE, 2000. Adaptação de Silva, 2010.

Page 35: Baixo Amazonas - AM

35

Figura 7. Mapa de vegetação do Baixo Amazonas – AM.

Fonte: Base de Vegetação IBGE, 2000. Adaptação de Silva, 2010.

Page 36: Baixo Amazonas - AM

36

III – DIGNÓSTICO TERRITORIAL

3.1 CONTEXTO FUNDIÁRIO E AMBIENTAL

3.1.1 Projetos de Assentamentos

O Território Baixo Amazonas possui dois assentamentos rurais que abrangem

uma área de 81.239,971 hectares, com capacidade para 2.567 famílias. Estes

assentamentos estão localizados nos municípios de Maués e Parintins (MDA, 2006).

Quadro 8. Assentamentos no Território Baixo Amazonas.

Municípios do

Território

Baixo

Amazonas

Nome do assentamento Área Capacidade

de famílias Titulados

Não

titulados Total

Amazonas 7.519.567,6196 31.440 2.116 18.270 20.386

Território Baixo Amazonas 81.239,971 2.567 397 1.518 1.941

Maués

Assentamento Aliança 2.969,9706 89 - 70 70

Floresta Estadual de Maués 438.440,3200 620 - 595 595

RDS Urariá 59.137,0129 750 - 670 670

Flona do Pau Rosa 827.877,0000 300 182 182

Parintins Assentamento Vila Amazônia 76.107,0019 2.478 - 1.774 1.774

PAE Ilha do Paraná de Parintins 2.162,9981 60 - 53 53

Fonte: INCRA, 2010

Os relatórios das Oficinas do Programa Território da Cidadania evidenciam

que as ações do INCRA não têm contribuído para implantação de ações eficazes de

assistência técnica. As principais dificuldades dos assentados, vistos como entraves

ao desenvolvimento, estão relacionadas a: infraestrutura coletiva não implantada ou

necessitando de melhorias (por exemplo, os ramais e vicinais) e pouca qualificação

dos assentados para acessar o crédito do PRONAF.

A inexistência de investimentos na melhoria dos assentamentos do INCRA é

um dos problemas estratégicos para a promoção do desenvolvimento no território. A

superação de problemas relacionados à regularização fundiária, grilagem no entorno

e nas próprias áreas, más condições das estradas, dificuldades na comercialização

da produção e na obtenção de crédito, falta de energia elétrica, além de inúmeros

conflitos sociais é condição básica para se alcançar o desenvolvimento.

Page 37: Baixo Amazonas - AM

37

3.1.2 As Unidades de Conservação

O Território Baixo Amazonas conta com unidades de conservação federal,

estadual e municipal, incluindo as categorias de unidades de conservação de

proteção integral, unidades de conservação de uso sustentável, terras indígenas e

áreas de quilombolas, que desempenham funções essenciais para o

desenvolvimento regional, em termos de uso sustentável da floresta e outros

recursos naturais (Figura 8).

As áreas protegidas são: Reserva de Desenvolvimento Sustentável Urariá,

Parque Estadual Nhamundá, Área de Proteção Ambiental Nhamundá, Floresta de

Maués, Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã e Floresta Nacional de

Pau-Rosa, que abragem em grande parcela do território, representado por

2.002.455,47 hectares (Quadro 9).

Quadro 9. Unidades de Conservação compreendidas pelos municípios do Território Baixo Amazonas.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

ENTIDADE RESPONSÁVEL

MUNICÍPIOS

DE ABRANGÊNCI

A

PROTEÇÃO LEGAL

ESFERA CATEGORIAS

ÁREA TOTAL (hectare)

Reserva de Desenvolvimento

Sustentável Urariá (2)

Instituto de Desenvolvimento

Sustentável de Maués - IDS

Maués Decreto Nº

40/2001 Municipal

Uso Sustentá

vel 59.137,00

Parque Estadual Nhamundá (1)

Centro Estadual de Unidades de

Conservação - CEUC Nhamundá

Decreto 12.175, de 06/07/1989

Estadual Proteção Integral

56.671,15

Área de Proteção Ambiental Nhamundá

(1)

Centro Estadual de Unidades de

Conservação - CEUC

Nhamundá e Parintins

Decreto 12.836, de 09/03/1990

Estadual Uso

Sustentável

195.900,00

Floresta de Maués (1) Centro Estadual de

Unidades de Conservação - CEUC

Maués Decreto 23.540, de 19/07/2003

Estadual Uso

Sustentável

438.440,32

Reserva de Desenvolvimento

Sustentável do Uatumã (1)

Centro Estadual de Unidades de

Conservação - CEUC

São Sebastião do

Uatumã e Itapiranga

Decreto 24.295, de 25/06/2004

Estadual Uso

Sustentável

424.430,00

Floresta Nacional de Pau-Rosa (1)

Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade - ICMBio

Maués e Nova Olinda

do Norte

Decreto S/N, de 07/08/2001

Federal Uso

Sustentável

827.877,00

Reserva Biológica Uatumã (1)

Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade - ICMBio

Presidente Figueiredo, Urucará e

São Sebastião do

Uatumã

Decreto 99.277, de 06/06/1990

Federal

Proteção Integral

940.358,00

Parque Nacional da Amazônia (3)

Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade - ICMBio

Itaituba-PA, Aveiro-PA e Maués-AM

Decreto 73.683, de 19/02/1974; Decreto 90.823, de 18/01/1985; Decreto S/N de

13/02/2006

Federal Proteção Integral

2.837.553,00

Page 38: Baixo Amazonas - AM

38

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

ENTIDADE RESPONSÁVEL

MUNICÍPIOS

DE ABRANGÊNCI

A

PROTEÇÃO LEGAL

ESFERA CATEGORIAS

ÁREA TOTAL (hectare)

TOTAL 5.780.366,47

Fonte: (1) LABGEO – SDS – Coletânea de Unidades de Conservação, 2009; (2) Lima, 2003 e IBAMA, 2010.

3.1.2.1 Unidade de Conservação Municipal

Reserva de Desenvolvimento Sustentável Urariá

A criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável – RDS Urariá teve a

iniciativa do poder público municipal de Maués. A RDS Urariá é uma reserva com a

categoria de uso sustentável, criada pelo Decreto Municipal nº 40, de 29 de

novembro de 2001, possui 59.137 hectares, é formado por onze comunidades

espalhadas em três áreas: o lago Grande da Barreira, com sete comunidades; o lago

do Curuçá, com duas comunidades; e outras duas comunidades no paraná do

Urariá, a reserva nasceu imbuída do espírito do desenvolvimento sustentável, da

melhoria da qualidade de vida da população e do respeito ao meio ambiente. Para

administrar a RDS, o decreto municipal criou o Instituto de Desenvolvimento

Sustentável de Maués – IDS Maués e uma Organização Social, denominada de

Agroambiental Consultoria e Organização Projetos Ltda., que conta com uma sede

na cidade de Manaus (LIMA, 2003).

3.1.2.2 Unidade de Conservação Estadual

Parque Estadual Nhamundá

O Parque Estadual Nhamundá foi criado pelo o decreto 12.175 de 06 de julho

de 1989, possui uma área estimada em aproximadamente 56.671,15 ha (cinquenta e

seis mil, seiscentos e setenta e um e quinze hectares), o Parque tem por finalidade a

preservação dos ecossistemas naturais englobados, contra quaisquer alterações

que os desvirtuem, destinando-se a fins científicos, culturais, educativos e

recreativos. É uma unidade de conservação de uso de proteção integral

(COLETÂNEAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, 2009).

Page 39: Baixo Amazonas - AM

39

Área de Proteção Ambiental Nhamundá

A Área de Proteção Ambiental Nhamundá foi criada pelo decreto Nº 12.836,

em 09 de março de 1990. Sua área de abrangência compreende os municípios de

Nhamundá e Parintins. A planície fluviolacustre é formada pelo encontro dos rios

Nhamundá e Amazonas. A APA possui uma área de 195.900 hectares, com mais de

450 famílias com potencial para desenvolver especialmente a silvicultura, a

agricultura e o turismo sustentável. As comunidades da APA participam de um

acordo de pesca. A área é aberta à exploração sustentável das florestas nativas, à

visitação turística e à pesquisa científica (COLETÂNEAS DE UNIDADES DE

CONSERVAÇÃO, 2009).

Floresta de Maués

A criação da Floresta de Maués foi de iniciativa do poder público municipal de

Maués, no final do ano de 2001. Porém, o estado detinha o domínio territorial da

área da floresta, esta foi uma das razões para que esta fosse incorporada no Projeto

Zona Franca Verde do Governo do Estado do Amazonas, passando a ser chamada

como Floresta Estadual de Maués. É uma unidade de conservação de uso direto,

criada pelo decreto estadual de número 23.540, em 19 de julho de 2003. Com área

de aproximadamente 438.440,32 hectares, possui 14 comunidades dentro de seus

limites, com aproximadamente 390 famílias distribuídas nos rios Apocuitaua e

Parauari (margem esquerda) e 05 na área de entorno. A Floresta Estadual de Maués

teve importantes etapas no seu processo de consolidação, tais como: estudo para

criação, legalização da terra, por meio da concessão de direito real de uso e

elaboração do plano de gestão (COLETÂNEAS DE UNIDADES DE

CONSERVAÇÃO, 2009).

Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã

Criada pelo decreto de número 24.295, de 25 de junho de 2004 a Reserva de

Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, RDS Uatumã, está localizada nos

Municípios de São Sebastião do Uatumã e de Itapiranga, a bacia do rio Uatumã

possui uma área de alta importância biológica, além de corredeiras, cachoeiras, sua

área tem aproximadamente 424.430 hectares (COLETÂNEAS DE UNIDADES DE

CONSERVAÇÃO, 2009).

Page 40: Baixo Amazonas - AM

40

3.1.2.3 Unidade de Conservação Federal

Floresta Nacional do Pau-Rosa

A Floresta Nacional de Pau-Rosa está localizada no município de Maués,

estado do Amazonas. A Flona Pau-Rosa tem uma área total aproximada de

827.877,00 hectares. Foi criada pelo decreto sem número datada no dia 07 de

agosto de 2001, parte de sua extensão está em sobreposição com a Terra Indígena

Andirá-Marau e com a Floresta Estadual de Maués. A Floresta Nacional de Pau-

Rosa tem, por objetivo, segundo seu Decreto de criação, “promover o manejo de uso

múltiplo dos recursos naturais, a manutenção e a proteção dos recursos hídricos e

da biodiversidade, a recuperação de áreas degradadas, a educação ambiental, bem

como o apoio ao desenvolvimento sustentável dos recursos naturais das áreas

limítrofes” (COLETÂNEAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, 2009).

Reserva Biológica Uatumã

A Reserva Biológica do Uatumã está localizada nos municípios de Presidente

Figueiredo, Urucará e São Sebastião do Uatumã, estado do Amazonas. A REBIO

Uatumã tem uma área total aproximada de 940.358,00 hectares. Foi criada pelo

decreto número 99.277 datada no dia 06 de junho de 1990. É uma unidade de

conservação de proteção integral sendo a gestão do Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade – ICMBio (COLETÂNEAS DE UNIDADES DE

CONSERVAÇÃO, 2009).

Parque Nacional da Amazônia

O Parque Nacional da Amazônia está localizado nos municípios de Itaituba e

Aveiro no estado do Pará e Maués no estado do Amazonas. Os objetivos específicos

da unidade é preservar vários ecossistemas amazônicos naturais, com a finalidade

científica, educativa e recreativa. A criação desta unidade surgiu através do

programa de integração nacional iniciado pelo governo em 1970. Em 1971 uma área

de 6 milhões de hectares, designada "polígono de Altamira", foi desapropriada pelo

INCRA. No Decreto no 4.340, de 22 de agosto de 2002, a área territorial do Parque

foi ampliada com o objetivo de proteger a diversidade biológica, disciplinar o

processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.

Atualmente, o Parque Nacional da Amazônia possui uma área total de 2.837.553,00

hectares (IBAMA, 2010).

Page 41: Baixo Amazonas - AM

41

Figura 8. Unidades de Conservação encontradas no Território Baixo Amazonas – AM.

Fonte: IBAMA. Base Unidades de Conservação IBAMA, 2009 / 2010. Adaptação de Silva, 2010.

Page 42: Baixo Amazonas - AM

42

3.1.3 Terras Indígenas

As Terras Indígenas que se encontram dentro do Território Baixo Amazonas

possuem áreas territoriais que abrangem os municípios de Barreirinha, Maués,

Parintins, Urucará e Nhamundá. Estas terras indígenas são conhecidas como

Andirá-Marau, Nhamundá-Mapuera e Trombetas-Mapuera (Quadro 10).

Quadro 10. Terras Indígenas do Território Baixo Amazonas.

Terras

indígenas Etnia

Extensão

(ha) Município

Administr

ação

regional

da FUNAI

Document

o

Situação

jurídica

Presen

ça de

índios

isolad

os

Andirá-Marau Sateré-

Mawé 788.528

Aveiro/PA

Barreirinha/AM

Itaituba/PA

Maués/AM

Parintins/AM

Parintins

(AM)

Dec.

93.069

Data de

pub.

07/08/86

Homolog

ada em

06/08/86

Não

Nhamundá-

Mapuera

Kaxuyana

Hixkaryan

a

Katuena

Waiwai

1.049.520

Nhamundá/AM

Oriximiná/PA

Urucará/AM

Faro/PA

Belém (PA)

Dec.

98.063

Data de

pub.

18/08/89

Homolog

ada em

17/08/89

Não

Trombetas-

Mapuera

Hixkaryan

a

Katuena

Waiwai

3.970.898

Caroebe/RR

Faro/ PA

Nhamundá/AM

Oriximiná/PA

São João da

Baliza/RR

Urucará/AM

Belém (PA)

Decreto

S/N.

Data de

pub.

22/12/2009

Homolog

ada em

21/12/09

Sim

Total 5.808,946

Fonte: SIASI-FUNASA/MS, 2009; Queirós, 2006; ISA 2010.

3.1.3.1 Terra Indígena Andirá-Marau

A Terra Indígena Andirá-Marau é unidade de referência dos povos indígenas

Sateré – Mawé, conforme atesta a Portaria nº. 1.216, de 06/05/1982 do processo de

sua regularização administrativa. Foi homologada pelo Decreto Nº. 93.069

publicado no Diário Oficial da União em 07 de agosto de 1986 e está localizada na

região do Baixo Rio Amazonas, aliando os estados do Amazonas e Pará por

compreender os municípios amazonenses Barreirinha, Maués e Parintins com Aveiro

e Itaituba no território paraense.

Page 43: Baixo Amazonas - AM

43

Politicamente, divide-se em três áreas caracterizadas pelos rios que banham

seu território: rio Andirá, no município de Barreirinha (servindo de acesso para os

indígenas atingirem o estado do Pará), rio Marau, no município de Maués e rio

Uaicurapá no município de Parintins. Até o presente momento, apenas se registra o

estabelecimento de aldeias no território amazonense, confirmando-se 91 aldeias.

As aldeias mais expressivas são: Ponta Alegre, Simão, Molongotuba, Vila

Nova, Castanhal, Conceição, Araticum Novo, Fortaleza, Umirituba, Nova América,

Ponto Alto, São Miguel, Boa Vista, Itaubal, São João, São Marcos, São Sebastião do

Arco, Ipiranga, no rio Andirá, Santa Maria, Vila Nova II, Campo do Miriti, Nossa

Senhora de Nazaré, Boas Novas, Nova Aldeia, Marau Novo, Kuruatuba e Menino

Deus no rio Marau e Vila Batista I, São Francisco, Nova Alegria e Vila da Paz no rio

Uaicurapá.

De seus 788.528 hectares de extensão, 90.593 de hectares estão em

sobreposição com duas unidades de conservação: o Parque Nacional da Amazônia,

localizado no município de Itaituba (PA) e a Floresta Nacional Pau Rosa localizada

no município de Maués (AM). Esta última ainda possui parte de sua área em

sobreposição com a Floresta Estadual de Maués (FISCHER, 2006).

A sobreposição da Terra Indígena Andirá-Marau com estas unidades de

conservação vem gerando conflitos entre índios, órgãos governamentais,

populações tradicionais, organizações não governamentais, pesquisadores e outros

atores sociais. Segundo Ricardo (2004), citando o artigo 231,§4º, da Constituição

Brasileira de 1988, as Terras Indígenas são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos

dos grupos indígenas sobre são imprescritíveis.

A historiografia relata que aldeias inteiras dos Sateré-Mawé foram destruídas

por seringalistas que cobiçavam os ricos seringais de suas terras. A área habitada

pelos Sateré-Mawé continua sendo procurada pela quantidade de produtos vegetais,

animais e minerais encontrados em suas terras, com valor comercial expressivo. Em

1981, a área foi invadida pela empresa estatal petrolífera francesa Elf-Aquitaine que,

através de contrato de riscos assinado com a Petrobrás, passou a executar pesquisa

de prospecção para exploração de petróleo (RIBEIRO, 1979).

Recentemente, empresas mineradoras registraram pedidos de autorização

para pesquisa de ouro, cassiterita e chumbo. Até o momento, foi autorizada a

pesquisa/83 para cassiterita, que será realizada pela Companhia de Pesquisa de

Recursos Minerais – CPRM (RICARDO, 1999).

Page 44: Baixo Amazonas - AM

44

As organizações indígenas atuam principalmente na promoção e valorização

dos direitos, conhecimentos e desenvolvimento do povo Sateré-Mawé. As

organizações indígenas (Conselho Geral das Tribos Sateré-Mawé, Consórcio dos

Produtores Sateré-Mawé, Associação Indígena Sateré-Mawé do rio Andirá,

Associação dos Produtores Sateré-Mawé do rio Uaicurapá e Mamori, Organização

dos Agentes de Saúde Sateré Mawé dos rios Marau e Uirupadi, Organização dos

Professores Indígenas Sateré Mawé dos rios Marau e Uirupadi e Organização dos

Tuísas Sateré Mawé dos rios Marau e Uirupadi) apresentaram um conjunto de

demandas junto à Fundação Estadual do Povos Indígenas (atual SEIND) para o

desenvolvimento de projetos de manejo da agrobiodiversidade, de educação e

gestão ambiental e de saúde.

3.1.3.2 Terra Indígena Nhamundá – Mapuera

A Terra Indígena Nhamundá-Mapuera compreende uma faixa territorial de

1.049.520 (ha) e compreende os municípios de Nhamundá e Urucará, no estado do

Amazonas, Oriximiná e Faro no Pará. Dentre suas principais aldeias, destacam-se

as mais populosas: Kassawá – que reúne vários povos indígenas, mas caracteriza-

se como local dos Hixkaryana, Mapuera, Riozinho, Porteira e Cafezal e – que abriga

a população Kaxuyana. Sua situação jurídica atual é de homologada através do

documento Decreto 98.063 de 18/08/1989, sua administração regional da FUNAI é

de Belém (PA) e DSEI-FUNASA de Parintins (AM/PA).

É uma região rica em biodiversidade o que pode ser aproveitado na garantia

da sustentabilidade indígena. Na região, localizam-se as bacias hidrográficas do

Jatapu e do Trombetas. A sobrevivência de sua população se dá através da

extração, plantio, coleta, caça e pesca de elementos como frutas, nozes e

castanhas, cana-de-açúcar, algodão, mandioca brava e doce, pimenta, cipós

utilizados na confecção de artesantos e utensílios, anta, mandi, cutia, jacamim,

macaco, mutum, queixada, tartaruga dentre outros (ISA, 2010).

Esta Terra Indígena possui um variado número de grupos indígenas.

Entretanto, as lideranças indígenas reconhecem a predominância de três: Wai-Wai,

Kaxuyana e Hixkaryana. Há o reconhecimento de que muitos dos povos descritos

são subgrupos Hixkaryana como os Parukoto, Karahawyana, Mawayana e Xereu

(CGPH, 2009).

Page 45: Baixo Amazonas - AM

45

• Wai-Wai – falantes da língua Wai-Wai que pertence à família linguística Karib.

Ocupam a Terra Indígena Nhamundá-Mapuera onde dividem espaço com

outras etnias, e ainda a Terra Indígena Wai-Wai em Roraima. Sua população

está estimada em 2.914 (ZEA, 2005).

• Hixkaryana – Autodenominam-se Wabu. São falantes da língua Hixkaryana

que pertence ao tronco linguístico Karib. Residem os municípios de

Nhamundá (AM), Faro (PA) e Oriximiná (PA).

O conflito revelado pelos indígenas é contra a Eletronorte, que tem interesse

na construção das hidrelétricas Cachoeira Porteira no médio rio Trombetas e Carona

no rio Mapuera, que afetarão diretamente as aldeias Mapuera, Kassawá e Porteira

que possuem níveis diferenciados de contato. Segundo informações do CGPH

(2009), as comunidades vêm reunindo caciques, professores, lideranças e demais

comunitários para discutir os riscos e benefícios advindos da hidrelétrica. Além

disso, a presença de empresas mineradoras interessadas no potencial minerário da

terra indígena. Consta o requerimento de mineradoras para pesquisa de ouro,

cassiterita, titânio, columbita, ilmenita, wolframita, alumínio, carvão, enxofre,

chumbo, fosfato, linhito, minério de hafnio, turfa, zirconita, tantalita e estanho

(Ricardo, 1999). Segundo este autor, somente consta a autorização de pesquisa nº

83 para a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM para pesquisa de

cassiterita na região. Entretanto, não se tem notícia de que estes direitos de

pesquisa e concessão de lavra estejam sendo efetivamente exercidos (Ricardo apud

Santilli, 1999). Há registro e denúncias contra a presença de garimpeiros e

castanheiros ilegais nos arredores da aldeia Cafezal dos índios Kaxuayana.

3.1.3.3 Terra Indígena Trombetas-Mapuera

A Terra Indígena possui 3.970.418 hectares, abrangendo os municípios

Nhamundá (AM), Urucará (AM), Oriximiná (PA), Faro (PA), Caroebe (RR) e São

João da Baliza (RR). Trata-se da delimitação do território de ocupação tradicional

dos índios do complexo cultural Tarumã-Parukoto, contando ainda com a presença

de diversos grupos isolados, entre eles dois grupos Waimiri-Atroari.

Page 46: Baixo Amazonas - AM

46

Quadro 11. Povos da Terra Indígena Trombetas-Mapuera do Território Baixo Amazonas.

Nomes Outros nomes ou grafias

Família/Língua

UF (Brasil) Países

limítrofes

População censo/estimativa

Hixkaryana Hixkariana Karib AM, PA, RR 631 (Funasa, 2006)

Katuena Waiwai Karib AM, PA, RR 136 (Funasa, 2006)

Kaxuyana Caxuiana, Katxuyana Karib AP, AM, PA 350 (João do Valle axuyana,

2009)

Waiwai Hixkaryana, Mawayana,

Karapayana, Katuena, Xerew Karib AM, PA, RR 2.914 (Zea, 2005)

Fonte: SIASI-FUNASA/MS, 2009; Queirós, 2006; ISA 2009.

O relatório de identificação e demarcação desta Terra Indígena (2000-2002),

coordenado pelo antropólogo Ruben Caixeta, identificou a presença de diversos

sítios arqueológicos na região, muitos deles em processo de re-ocupação, além de

reconhecer diversas áreas de perambulação de índios isolados, dente elas as do rio

Novo, rio Cidade Encantada, cabeceira do Baracuxi, rio Carara ou Cidade Velha e

rio Cachorrinho. Ressalta ainda a utilização de uma de suas áreas como rota de

caça, pesca, ritual e comercialização dos índios Tarumã-Parukoto que habitam a

outra Terra Indígena, a Nhamundá-Mapuera.

A população de 2.805 habitantes está distribuída em pequenos sítios e

aldeias ao longo do rio Jatapu e afluentes, dentre as mais expressivas, destacam-se

Jatapuzinho, no rio Jatapu, aldeia Cobra, no igarapé Cobra, aldeia Katuau no rio

Jatapu, aldeia Samauma, no rio Jatapu e aldeia Naja, no rio Mapuera.

Os índios Tarumã-Parukoto utilizam os recursos naturais da terra indígena

onde praticam caça, coleta e agricultura, sendo a agricultura a principal fonte de

renda. Plantam e colhem mandioca, cará, macaxeira, pupunha, mamão, abacaxi,

pimenta, fibras como algodão e curuá, além de plantas utilizadas para a obtenção de

tintas rituais, como o urucum e o jenipapo. Como recursos faunísticos, destacam-se

a presença e consumo de queixada, caititu, anta, macaco, jabuti, mutum, trairão,

surubim, curimatá, piau, tucunaré, jandiá e piranha. A castanha-do-brasil é o

principal produto coletado na terra indígena e representa uma fonte de renda para os

indígenas que a comercializam nas cidades próximas, além de ser base de seu

consumo. Ainda no relatório de identificação e delimitação da terra indígena (200-

2002), descarta-se a degradação ambiental nas áreas limites da terra indígena.

Contudo, subescreve o impacto gerado por grandes projetos como a hidrelétrica de

Page 47: Baixo Amazonas - AM

47

Jatapu e Balbina, a mineração Pitinga e o projeto de colonização do Instituto de

Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Faz observância ainda que, nas décadas

de 60-70, a região foi cobiçada por balateiros, caçadores de pele, garimpeiros e

mineradoras (BRASIL, 2004, pag 46, seção 1).

A Terra Indígena Trombetas-Mapura foi homologada como área tradicional

dos índios do complexo cultural Tarumã-Parukoto (contactados ou isolados), além

de abrigar grupos do complexo cultural Waimiri-Atroari (isolados) e outros grupos

isolados. Entre o grupo Tarumã-Parukoto estão os povos Karapaywana, Wai-Wai,

Katuena, Hixkaryana, Maywana, Xereu, Cikiryana, Tunayawana, Yaipiyana e

Pianokoto. Parte desta população mora em três outras Terras Indígenas contínuas

ou próxima: Terra Indígena Nhamundá-Mapura (AM/PA) e Terra Indígena Waimiri-

Atroari (RR) e outra na Guiana.

A historiografia do estado do Pará ressalta que, desde o século XVII, os

índios do complexo Tarumã-Parukoto já habitavam o interior da Terra Indígena

Trombetas-Mapuera. Atualmente, estes indígenas ocupam as áreas dos rios

Nhamundá (PA), Mapuera (PA), rio Essequio (Guiana), rio Anauá (RR) e rio Jatapu

(RR e AM).

As décadas de 60 e 70 marcam um período de grande procura de balateiros,

mineradoras e caçadores na terra indígena onde hoje é reconhecida a Terra

Indígenas Trombetas-Mapuera. A região ainda sofre pressões sobre seus recursos

naturais e minerais. Sobre estes últimos, destacam-se aqueles que despertaram o

interesse de mineradoras como Vale do Rio Doce e Matapi Mineradora, registrados

nos autos de requerimento para pesquisa e/ou lavra: cassiterita, monazita, titânio,

minério de estanho e estanho, além de outros como columbita, chumbo, ouro,

tantalita, anatásio e ilmenita (Ricardo, 1999).

Há diversas denúncias de exploração irregular de recursos pesqueiro e

madeireiro, além da constante ameaça fundiária por parte de fazendeiros da região

que contestam a aglutinação de várias terras indígenas no território, o que diminui a

extensão de terras disponíveis para ocupação e exploração diversa para os não

indígenas.

Organismos governamentais – campo de atuação

ELETRONORTE - construção e administração estadual da hidrelétrica de

Jatapu, no rio de mesmo nome. O Governo dos estados do Pará e Roraima têm

Page 48: Baixo Amazonas - AM

48

gerado compensações aos impactos causados pela construção da hidrelétrica aos

povos Wai-Wai e Waimiri-Atroari.

FUNAI – Fundação Nacional do Índio, administração regional de Belém (PA),

é a responsável pela fiscalização do território da Terra Indígena Trombetas-

Mapuera.

FUNASA – O Distrito Sanitário Especial Indígena Leste de Roraima é o

responsável pela atenção à saúde dos povos indígenas que residem na Terra

Indígena.

Organizações indígenas com atuação na Terra Indígena

Organizações indígenas – o movimento indígena é representado pelo

Conselho Indígena de Roraima (CIR), Organização das Mulheres Indígenas de

Roraima (OMIR) e Organização dos Professores Indígenas de Roraima (OPIR).

O diagnóstico territorial explicita a existência de conflitos nas terras indígenas,

provocadas pelos interesses de agentes econômicos na exploração dos recursos

minerais e produtos da biodiversidade presentes nas terras indígenas.

Page 49: Baixo Amazonas - AM

49

Figura 9. Terras Indígenas encontradas no Território Baixo Amazonas – AM.

Fonte: SIPAM. Base de Terras Indígenas IBAMA, 2006. Adaptação de Silva, 2010.

Page 50: Baixo Amazonas - AM

50

3.1.4 Os Remanescentes de Quilombos

A história dos quilombos do Baixo Amazonas Paraense se inicia por volta de

1780, onde teve início o cultivo do cacau e a criação de gado em grandes fazendas

na região de Santarém e de Óbidos. O crescimento econômico tornou essa região

uma das mais importantes na Província do Grão-Pará nesta época. Uma grande

quantidade de escravos africanos foi trazida para trabalhar nessas fazendas. Os

historiadores acreditam que esses escravos eram originários da região da África

conhecida como Congo-angolana, sendo, na sua maioria da etnia bantu. Os

quilombos foram formados já nas primeiras décadas da implantação das fazendas

(CPISP, 2010).

No Território Baixo Amazonas, os quilombolas residem à margem esquerda

do rio Andirá, com aproximadamente 600 pessoas nas comunidades São Pedro,

Boa Fé e Matupiri.

Segundo relatório da Federação das Organizações Quilombolas do Município

de Barreirinhas, em 1878, aproximadamente, de um navio negreiro transportava os

escravos para serem vendidos no Pará, um grupo de escravos conseguiram fugir do

navio e chegaram a Vila Amazônia em busca de liberdade. Um comerciante

chamado Ataide levou o grupo para trabalhar na sua propriedade em Barreirinha,

com algodão e madeira. Quando foram despedidos da propriedade, o grupo

continuou em Barreirinha, subindo o rio Andirá fixaram-se numa localidade

denominada de Matupiri.

Os quilombolas estão organizados socialmente nas comunidades que

produzem seus meios de vida na floresta, na terra e na água. Eles extraem da

floresta uma relação bastante extensa de produtos, incluindo-se alimentos de origem

vegetal e animal como: madeira, palha, frutos silvícolas, óleos essenciais, remédios,

substâncias aromáticas, gomas elásticas e fibras. A caça consiste numa atividade

sazonal relevante como alternativa alimentar e fonte de proteína animal. A caça é

uma atividade muito importante nas comunidades, entretanto, não se pode

particularizar a sua análise sem deixar de reconhecer que a pesca é a principal fonte

de proteína. A agricultura possui, para todas as quatro comunidades, uma grande

importância econômica, principalmente a mandioca e a banana. Depois da mandioca

e a farinha, o peixe é o produto mais importante na vida os quilombolas, eles

declararam que a pesca é para a subsistência nas quatro comunidades. A pesca

assume um caráter de atividade subsidiária, surgindo como elemento de apoio no

Page 51: Baixo Amazonas - AM

51

que se refere à provisão de alimentos, uma vez que a farinha de mandioca é o

principal produto agrícola local.

Os principais problemas enfrentados pelos quilombolas estão relacionados à

falta de resolução das pendências na regularização fundiária dos seus territórios,

ausência de infraestrutura, obras e serviços públicos, com destaque para a falta de

políticas públicas para solucionarem os problemas de abastecimento de água

potável, posto de saúde, escolas, apoio às atividades agrícolas e benefícios sociais

(auxílio maternidades, seguro defeso, bolsa família, etc).

Os principais problemas identificados nas Oficinas do Programa Território da

Cidadania estão relacionados à dificuldade na regularização fundiária dos

agricultores familiares e dos quilombolas, que tem provocado a existência de

conflitos envolvendo madeireiros que recentemente se instalaram no território,

principalmente aqueles localizados nos municípios de Maués, Boa Vista do Ramos,

Barreirinha e Nhamundá.

3.1.5 Os dilemas ambientais do Baixo Amazonas

3.1.5.1 Lixo

O lixo também passa a ser um problema ambiental, uma vez que seu destino

é a queimada, por mais de 50% da população e menos da metade é coletado, mas

sem nenhum tipo de tratamento (Figura 10).

A maioria das cidades tem apenas lixões, a coleta é feita em tratores e

caminhões abertos. Apenas Maués e Urucará coletam mais de 40% do lixo

produzido.

Os agentes sociais do Colegiado Territorial ressaltaram o principal problema

que tem gerado impactos negativos nas áreas protegidas, nos assentamentos rurais

e nas propriedades rurais, é o uso irracional dos recursos naturais e regularização

fundiária: Dentro os problemas: exploração irregular da reserva legal; a falta de

regularização da propriedade inviabiliza o licenciamento ambiental; áreas intenso

tráfico de animais e madeira; devastação ambiental; frequentes queimadas

indiscriminadas; falta de pesquisa para manejo dos recursos naturais; falta de

acordo de pesca; falta de fiscalização; desmatamento indiscriminado; terminais de

barcaças; esgotamentos sanitários sem tratamento; inexistência e/ou insuficiência de

recursos técnico-operacionais para a gestão do lixo: coleta seletiva, reciclagem e

destino do lixo.

Page 52: Baixo Amazonas - AM

52

Outros problemas que geram impactos negativos são: inexistência de

programas de agroecologia e ecoturismo, inexistência programas de educação

ambiental, ação fiscalizadora frágil, baixa fiscalização sobre manutenção de reservas

legais, demora na conclusão do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE),

inexistência de um programa de coleta e tratamento de água e esgoto. É importante

asseverar que a frágil aproximação das ações do Ministério do Meio Ambiente e da

Secretaria Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável para os

municípios do território, não promoveu o fortalecimento dos sistemas municipais de

meio ambiente, como a elaboração dos Planos Diretores Municipais, o Fundo

Municipal de Meio Ambiente, o Conselho Municipal de Meio Ambiente e apoio

financeiro para estruturação e formação das Secretarias Municipais de Meio

Ambiente.

Um aspecto crítico no território, que afeta outras áreas, como meio ambiente

e, consequentemente, a saúde é o saneamento ambiental: as infraestruturas

voltadas para o saneamento e de depósito de resíduos sólidos. A falta de aterros, de

rede de coleta de esgoto e estações de tratamento de água e esgoto, dada a sua

proporção, deixa de ser um aspecto local, adquirindo abrangência territorial.

Entretanto o problema é mais grave em algumas cidades, principalmente,

Barreirinha, São Sebastião do Uatumã, Nhamundá e Boa Vista do Ramos.

Figura 10. Proporção de moradores por tipo de destino de lixo no Território Baixo Amazonas.

Fonte: IBGE, Censo Demográfico (2000).

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53

3.2. CONTEXTO SOCIAL

3.2.1 Saúde

Nos municípios da zona rural do estado do Amazonas, o tema saúde é de

grande proporção, porém, em muitos casos, não atende à necessidade da

população local. O governo federal tem tentado organizar, eventualmente, planos de

intervenção sanitária direcionados para as regiões. Especificamente no Amazonas,

onde se aplica maior recurso financeiro na área da saúde de toda Região Norte,

conforme quadro 12.

Quadro 12. Recursos próprios aplicados em saúde – Estados da Região Norte 2006- 2008.

UF PERCENTUAL APLICADO / ANO

2006 2007 2008

Rondônia 12,11 12,00 12,78

Acre 13,77 13,82 14,34

Amazonas 23,47 22,17 19,21

Roraima 13,22 13,64 14,95

Pará 12,74 12,61 12,77

Amapá 12,93 13,74 13,91

Tocantins 13,52 14,74 13,79

Fonte: SEPLAN, 2009.

As Secretarias Municipais da Saúde são responsáveis pelas coordenações,

execuções, supervisões e avaliações das ações básicas de saúde, a partir dos

postos de saúde nas áreas rurais e urbanas. No entanto, no Território Baixo

Amazonas, o sistema da saúde pública não atende à necessidade de toda

população, passando a ser incipiente na infraestrutura e nos recursos humanos para

atendimento básico. Assim, ainda que existam deficiências no sistema de saúde

pública, há postos de saúde, unidades mistas de Saúde, Hospitais de médio porte

(em Parintins) e a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) que são responsáveis

pelo atendimento básico para toda população.

Em relação à variação da oferta de leitos/habitante (quadro 13), os dados

apontam que a disponibilidade de leitos do território é extremamente baixa. No

cenário analisado, os leitos não atendem nem à demanda da população urbana. A

cidade de Parintins apresenta uma melhor estrutura de serviços hospitalares, devido

o município se constituir em um grande polo turístico.

Page 54: Baixo Amazonas - AM

54

A situação da população do meio rural é mais agravada, uma vez que as

cidades não possuem infraestrutura de leito, pois na maioria das comunidades não

existem postos de saúde.

Quadro 13. Número de Leitos no Território Baixo Amazonas.

MUNICÍPIOS DEPENDÊNCIA TIPOLOGIA LEITOS

2006 2007

Barreirinha Estadual Unidade Mista 17 17

Boa Vista do Ramos Estadual Unidade Mista 20 20

Maués Estadual Unidade Mista 66 66

Nhamundá Estadual Unidade Mista 30 30

Parintins Est/Munic/FNS/Filantróp. C.S/SPA/Hospital

Médio

151 151

São Sebastião do

Uatumã

Estadual Unidade Mista 20 20

Urucará Estadual Unidade Mista 40 40

Total 344 344

Fonte: Anuário Estatístico, 2008.

Os dados abaixo mostram o perfil das unidades de atendimento à saúde no

Território Baixo Amazonas. No total, são 105 estabelecimentos de saúde. Segundo

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), os municípios com maior

número de estabelecimentos são Barreirinha e Parintins. Este último, ainda se

destaca por possuir estabelecimentos como: clínicas particulares, laboratórios,

policlínica e unidade móvel de saúde. Os Municípios de Barreirinha e Nhamundá se

destacam por possuir o maior número de postos de saúde no Território Baixo

Amazonas.

Quadro 14. Número de unidades segundo tipo de estabelecimento - 2009.

Descrição

Estabelecimento de Saúde

Unidade Básica de Saúde

Postos de Saúde

Unidade Mista

Centro de Saúde

Hospital Geral

Outros

Barreirinha 27 - 25 1 1 - -

Boa Vista do Ramos 4 - 2 1 1 - -

Maués 15 - 4 1 6 - 4

Nhamundá 14 - 13 1 - - -

Parintins 34 4 1 - 9 2 18

São Sebastião do Uatumã 4 3 - 1 0 - -

Urucará 7 4 - 1 1 - 1

Total no Território Baixo Amazonas 105 11 45 6 18 2 23

Fonte: CNES, 2009.

Page 55: Baixo Amazonas - AM

55

Do número de internações nos municípios do Território Baixo Amazonas,

Parintins se destaca com o maior número de internações, um total de 473. O número

elevado refere-se à maior concentração populacional do município, que recebe os

casos mais agravantes (Quadro 15). Um problema de saúde pública no Território

Baixo Amazonas decorre da falta de saneamento básico, conforme será explicitado

abaixo.

Quadro 15. Internações Hospitalares do SUS – Território Baixo Amazonas, 2009.

MUNICÍPIOS TOTAL

Barreirinha 50

Boa Vista do Ramos 24

Maués 122

Nhamundá 29

Parintins 473

São Sebastião do Uatumã 25

Urucará 59

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), 2010.

Segundo relatório da Secretaria do Estado de Saúde (2007), os indicadores

de mortalidade no estado do Amazonas, ainda não representa a real situação do

quadro finalizado acima. Apresentam deficiências quantitativas e qualitativas, à

medida que o registro de óbitos efetuados nos municípios demonstram uma

cobertura marcadamente baixa e heterogênea na captação e notificação de óbitos,

com uma amplitude de variação em 2007 de 10,9 % a 222,4%, em relação aos

óbitos esperados.

Considerando o quadro abaixo, os municípios que se destacam em número

de óbitos são Maués e Barreirinha. A subnotificação de óbitos permeia praticamente

todos os municípios, o que vai refletir na taxa de mortalidade geral e outros

indicadores de mortalidade. Os dados não permitem a identificação das principais

causas dos óbitos - morbidade.

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Quadro 16. Cobertura do número de óbitos por 1000 habitantes, Território Baixo Amazonas, 2007.

MUNICÍPIOS POPULAÇÃO

2007

ÓBITOS COBERTURA DÉFICIT

ESPERADOS INFORMADOS COEF. P/

1.000 HAB.

%

ALC.

Nº ABS. %

Barreirinha 27.281 122 72 2,6 58,9 50 41,1

Boa Vista do Ramos 12.945 57 39 3,0 68,5 18 31,5

Maués 47.925 211 145 3,0 68,8 66 31,2

Nhamundá 17.099 75 36 2,1 47,8 39 52,2

Parintins 116.092 615 318 2,7 51,7 297 48,3

São Sebastião do

Uatumã 9.328 41 11 1,2 26,8 30 73,2

Urucará 24.197 106 27 1,1 25,4 79 74,6

Fonte: SUSAM, 2007.

A maioria dos municípios do território não conta com serviços hospitalares,

sobretudo os serviços de média e alta complexidade. Dessa forma, os serviços

hospitalares estão mais organizados em nível municipal.

3.2.1.1 Situação da malária no Território Baixo Amazonas

Em relação à situação epidemiológica no Território Baixo Amazonas, há

casos de municípios que ainda estão em contínuo crescimento no caso da malária.

Em Maués, em comparação ao ano de 2005, houve um crescimento de 167 casos

com relação ao ano de 2007. Em Parintins (no ano de 2007), houve a diminuição de

mais de 50% dos casos em comparação ao ano de 2005, mas um aumento no ano

de 2008. No entanto, os números que chamam atenção é do município de São

Sebastião do Uatumã.

Segundo dados da SEPLAN (2009), houve um crescimento considerado de

alto risco de contaminação da malária, mas com uma considerável diminuição no

ano de 2008, com 664 casos.

No total, os casos de malária na região do Território Baixo Amazonas têm

diminuído gradativamente. Em comparação com os anos de 2005 a 2008, somente

no ano de 2007 houve aumento de casos. O ano de 2008 é o que revela menor

índice de casos.

Importante é ressaltar que o Indicador de Gravidade - IPA - Índice Parasitário

Anual refere-se para casos de população de 1.000 habitantes, o baixo risco seria: <

10/1.000 hab. o médio risco se refere a: 10 a 49,9 casos por 1.000 habitantes e

considera o alto risco: ≥ 50 casos por 1.000 habitantes. Nesse sentido, para o

Page 57: Baixo Amazonas - AM

57

Território Baixo Amazonas, os municípios oscilam entre médio e alto grau de risco

em casos de malária. Os municípios de Barreirinha e Boa Vista dos Ramos são os

que possuem o menor índice de casos da doença.

Os dados epidemiológicos dos últimos 04 anos, nos municípios do Território

Baixo Amazonas, demonstram que o município São Sebastião do Uatumã tem lugar

de destaque como espaço de produção da malária, com aumento exponencial a

partir do ano de 2005, quando foram registrados 2.054 casos em todo o município.

Em 2006, foram notificados 1.632 casos, seguindo-se de 1.539 em 2007, com

decréscimo, quando se registraram 664 casos autóctones em 2008. No ano de

2009, os índices são menores por motivo das estatísticas se mostrarem até o

primeiro semestre (Figura 11).

Figura 11. Dados Epidemiológico da Malária nos municípios do Território Baixo Amazonas

Fonte: SEPLAN / SIVEP MALÁRIA, 2009.

Nas oficinas realizadas nos municípios que compõem o Baixo Amazonas

(Parintins, Maués e Barreirinha), aparecem questões importantes para se

compreender melhor a temática Saúde no território. Os problemas relacionados à

área da saúde mais comuns relatados pelos participantes das oficinas foram: falta

posto de saúde com medicamentos; falta de conhecimento dos programas

Page 58: Baixo Amazonas - AM

58

municipais de saúde; falta de transporte para doentes das comunidades rurais; falta

de serviços de referência à saúde da mulher, da criança, do adolescente e do idoso;

grande dificuldade para realização de exames e internações; falta capacitação dos

moradores das comunidades rurais; insuficiência de equipamentos de saúde para

atender às demandas territoriais; ausência (pouca valorização) de medicina

preventiva; ineficiência de políticas públicas para meio rural; infraestrutura de

serviços de saúde deficiente; e alto custo do profissional médico.

3.2.2 Abastecimento de água

O abastecimento de água para consumo da população na zona urbana dos

municípios é feito, na maioria das vezes, pela rede geral e seguido por poços

artesianos. Na zona rural, o consumo, em sua maioria, é feito do próprio rio, com

pequenos tratamentos como o hipoclorito de sódio, fervura, coação.

No município de Parintins, o abastecimento da água é realizado pelo Serviço

Autônomo de Águas e Esgotos – SAAE. A capacitação é efetuada em mananciais

subterrâneos através de 22 poços artesianos com média de 80 metros de

profundidade. Estão ativados poços na área urbana com capacidade de produção

maior que o volume captado. Na área rural deste município, estão instalados 9

poços, localizados nas agrovilas de Mocambo, Caburi e Vila Amazônia. A extensão

de rede de abastecimento é de 11.478 m, com um total de 14.386 ligações (COUTO,

2005).

Em Nhamundá, a capacitação e abastecimento estão a cargo da Companhia

de Saneamento do Amazonas. O sistema na cidade é realizado por captação

subterrânea, um reservatório elevado com capacitação de 65 m³ e distribuição da

água encanada em rede pública. Na zona rural deste município o abastecimento é

realizado por 11 poços artesianos, embora a captação de água para consumo seja

feita pelas famílias nos rios e igarapés (COUTO, 2007).

O abastecimento de água está ligado à qualidade de vida das populações e

como o crescimento das cidades interioranas não passou por uma política de

planejamento adequada, as cidades ainda sofrem com o problema do

abastecimento, como podemos constatar no gráfico acima. É significativo o número

de abastecimento de água por outra forma, que pode ser por igarapé ou água sem

tratamento. A rede geral encanada é elevada nos municípios de Urucará (64,2%),

Page 59: Baixo Amazonas - AM

59

São Sebastião do Uatumã (73,5%) e Parintins (62,4%). Já no município de

Barreirinha o percentual é de 37,8% (Figura 12).

Figura 12. Domicílios particulares, por forma de abastecimento de água. Fonte: IBGE, Censo Demográfico (2000).

Quanto à água canalizada, o Baixo Amazonas tem problemas graves, as

cidades com maior população urbana não chegam a atender 70% dos domicílios

com água proveniente da rede geral. O maior índice de domicílios atendidos é

apresentado em Parintins, enquanto Barreirinha atinge 37,8% dos domicílios.

No que diz respeito ao abastecimento de água na zona rural, é evidente que o

abastecimento é feito pelos poços e nascentes, mas a inexistência de dados não

permitem detalhar o percentual de população da zona rural sem acesso à água de

qualidade.

A partir dos dados existentes é possível traçar uma tendência de que a

maioria da população da zona rural tem acesso apenas às nascentes e outros

formas de acesso à água.

Nas oficinas realizadas nos municípios que compõem o Baixo Amazonas

(Parintins, Maués e Barreirinha), aparecem questões importantes para se

compreender melhor a temática da falta de água. Os problemas relacionados ao

abastecimento de água foram: inexistência de campanhas de cloro, flúor e higiene

pessoal; falta de poços artesianos com profundidade necessária para obtenção de

água de qualidade; o consumo de água sem tratamento provoca doenças como

diarreia, desidratação, febres, amebas, dentes com cáries, etc.; e dificuldade de

acesso aos serviços de saúde.

Page 60: Baixo Amazonas - AM

60

3.2.3 Saneamento

Em 2002, iniciou-se a construção de 6 quilômetros de rede de esgoto com

duas estações de tratamento através de um convênio com o Ministério a Saúde no

valor de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais). Para a coleta de esgotos

sanitários (águas negras), são utilizados sumidouros, fossas sépticas e privadas

higiênicas, resultantes de um trabalho realizado pela unidade de saneamento da

prefeitura que promove a doação de materiais para a população de baixa renda, ou

os dejetos são despejados diretamente no rio. Nas comunidades rurais, a maioria

das famílias usa os sanitários, conhecidos como fossa negra, localizadas fora da

casa principal e construídos por um buraco no chão, casinha e piso de madeira,

podendo ser cobertos ou não (COUTO, 2005).

Destacam-se, no quadro 17, os números de instalação sanitária por fossa

rudimentar, vala, fossa séptica e o último item (sem instalação sanitária). O número

de instalações por fossa rudimentar é o que cobre maior percentual. Em Boa Vista

do Ramos, quase 90% da população usa a fossa rudimentar para despejo dos

dejetos sanitários. A vala comum é usada por quase metade da população de

Barreirinha, mais de 8% dos moradores do Município de Maués não fazem uso de

nenhuma instalação sanitária. Importante é observar que a rede geral de esgoto é

inexistente no município de São Sebastião do Uatumã (segundo o censo de 2000) e

sem nenhum tipo de tratamento.

Quadro 17. Proporção por tipo de instalação sanitária no Território Baixo Amazonas.

Município

Instalação Sanitária %

Rede geral de esgoto ou pluvial

Fossa séptica

Fossa rudimenta

r Vala

Rio, lago ou mar

Outro escoadour

o

Não sabe o tipo de escoadour

o

Sem instalação sanitária

Barreirinha 0,1 2,9 43,6 45,2 0,4 0,1 0 7,7

Boa Vista do Ramos 0,2 4,2 89,9 3,1 0,0 0,1 0 2,5

Maués 0,2 18,8 59,2 12,6 0,4 0,1 0 8,8

Nhamundá 0 12,0 79,4 1,8 0,1 0,1 0 6,6

Parintins 1,1 23,9 65,2 5,3 0,9 0,1 0 3,5

São Sebastião do Uatumã

0 15,3 54,7 26,7 0,1 0 0 3,2

Urucará 0,4 18,3 48,2 29,0 0,1 0,1 0 3,9

Fonte: IBGE, Censo Demográfico (2000).

Page 61: Baixo Amazonas - AM

61

A questão do saneamento ambiental no Território Baixo Amazonas é crítica.

Todas as cidades possuem um elevado percentual de domicílios sem coleta de

esgoto. A grande maioria das comunidades rurais não tem banheiro com fossa

séptica. Mesmo as cidades que coletam esgoto e distribuem água, em sua maioria,

não possuem Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).

Os dados de água, saneamento e lixo revelam que o território tem fragilidade

na prevenção de doenças infecciosas e parasitárias. Os dados explicitam que a

população do território necessita urgentemente de elevados investimentos em

saneamento básico, cuja relação direta será o aumento dos investimentos públicos

na saúde curativa. Na zona rural, onde são elevados os déficits de saneamento

básico, a maioria dos domicílios sequer tem banheiro com fossa séptica, água

encanada e sistema de coleta de lixo, como mostram as tabelas acima.

3.2.4 Educação

Para uma visão geral do quadro da educacional da rede pública de ensino no

Território Baixo Amazonas, destaca-se, em larga escala, o número de estudantes de

nível fundamental, que varia entre 6ª e 9ª série, um total de 60.375 estudantes. O

ensino médio, nível que varia entre o 1º ao 3º ano se destaca em segundo lugar,

com um total de 12.236 estudantes e o ensino infantil possui um total de 11.184

(Quadro 18).

É necessário realizar um amplo levantamento identificando os pontos precisos

onde é necessário reformar a rede física e ampliar o potencial de atendimento. Dotar

as escolas de infraestrutura de informática e capacitar pessoal para dar suporte

adequado nas escolas.

O Estado deve garantir essa infraestrutura, qualificar professores, criar e

ampliar bibliotecas escolares, municipais e itinerantes, formar recursos humanos

para o trabalho com alunos portadores de necessidades especiais, produzir e editar

livros didáticos e paradidáticos, que trata da obrigatoriedade de temas de afro-

descendentes e indígenas.

Page 62: Baixo Amazonas - AM

62

Quadro 18. Número de alunos matriculados por nível de ensino no Território Baixo Amazonas.

Municípios Alunos matriculados na rede pública de ensino

Infantil Fundamental Médio

Barreirinha 1.922 7.585 1.460

Boa Vista do Ramos 832 3.745 772

Maués 1.992 14.951 2.163

Nhamundá 797 4.502 855

Parintins 4.606 24.179 5.566

São Sebastião do Uatumã 576 1.911 423

Urucará 459 3.502 997

Total 11.184 60.375 12.236

Fonte: IBGE, 2008.

Segundo PTDRS BAIXO AMAZONAS (2007), em algumas situações, as

escolas se encontram nas áreas mais povoadas, o ensino oferecido nas

comunidades mais longínquas é até a quarta série do Ensino Fundamental, o que

faz acontecer a migração de estudantes para as sedes dos municípios ou para as

comunidades com uma oferta maior de boa estrutura e corpo docente.

Com relação às instalações, grande parte das escolas apresenta problemas

de estrutura do prédio e também no seu funcionamento quanto a um atendimento

qualificado.

No caso dos professores, não existe a oferta de capacitação nem alojamento;

o material didático é insuficiente para o número de alunos, os alunos que moram em

localidades distantes da escola são penalizados por falta de condução.

O ensino superior no território tem sido incentivado por parte do Governo

Federal e Estadual, sendo a Universidade Estadual do Amazonas - UEA um desses

investimentos, apresentando um total de 2.760 alunos matriculados, com

representação nos sete municípios do território. A Universidade Federal do

Amazonas – UFAM conta com um contingente de 449 alunos no total, sendo 299 no

Campus Avançado de Parintins e 150 em Maués, como está representado na tabela

abaixo. Ainda há de se destacar a inserção de novas unidades de ensino do Instituto

Federal do Amazonas, IFAM, que, no ano de 2010, proporcionou um total de 240

vagas para seu quadro de alunos no Território Baixo Amazonas (Quadro 19).

Page 63: Baixo Amazonas - AM

63

Quadro 19. Número de alunos matriculados por nível de ensino superior no Território Baixo Amazonas.

Municípios ANO – 2007 e 2010 Total por

município Estadual (UEA) Federal (UFAM) Federal (IFAM)

Barreirinha 141 0 0 141

Boa Vista do Ramos 36 0 0 36

Maués 584 150 120 854

Nhamundá 87 0 0 87

Parintins 1.790 299 120 2.209

São Sebastião do Uatumã 82 0 0 82

Urucará 40 0 0 40

Total por Instituição 2.760 449 240

Fonte: IBGE / UFAM / IFAM / UEA – 2010.

A presença da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), da Universidade

do Estado do Amazonas (UEA) e do Instituto Federal do Amazonas (IFAM) tem

contribuído para a formação escolar da população do interior do estado. A Educação

Superior chega a quase todos os municípios do estado do Amazonas através do

Projeto PROFORMAR oferecido pela UEA, ministrando o curso de graduação

Normal Superior. Além do PROFORMAR, a UEA mantém dois Núcleos de Ensino

Superior, sendo um em Parintins e outro em Maués com vários cursos e

principalmente de habilitação em Licenciatura. A UFAM também oferece cursos de

graduação para os municípios do interior do estado por meio da graduação regular

ou pelo Programa Especial de Formação Docente da Rede Pública (PEFD-RP). Este

programa tem o objetivo de formar os docentes que atuam na educação básica para

o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do

ensino fundamental, oferecida em nível médio, na modalidade Normal.

Segundo PTDRS BAIXO AMAZONAS (2007), apesar dos investimentos, o

avanço acadêmico é ainda bastante escasso, evidenciando-se apenas nos

municípios de Maués e Parintins. No entanto, mesmo em Maués, que é a sede de

uma universidade, a porcentagem de pessoas entre 18 e 22 anos que frequentam o

curso superior é de 0%. Frente a esse dado alarmante, pois se espera que, pelo

menos na região que se tem o acesso direto à universidade, a mesma seja

frequentada por um mínimo de jovens do local. Em oposição a esse dado, está o

resultado de Parintins, que tem o maior valor de frequência de jovens entre 18 e 24

anos, com presença de 0,86%. Quanto à análise de pessoas com 25 anos ou mais,

os dados se mostram um pouco diferentes, tendo Maués ainda como o de menor

Page 64: Baixo Amazonas - AM

64

frequência, mas com Boa Vista do Ramos com o de maior frequência, podendo daí

se concluir que muitas pessoas dessa região, para terem acesso ao estudo no curso

superior migram para os municípios detentores de universidades. É importante

ressaltar que, embora existam grandes problemas na questão educacional, a esfera

federal busca suprir as necessidades de ensino superior nos municípios do Brasil.

No ano de 2010, os municípios de Parintins e Maués recebem três novos cursos

técnicos que visam suprir as necessidades de curto e médio e longo prazo para a

população local (Quadro 20).

A criação dos cursos superiores no território, é certo, promoverá o

desenvolvimento humano no Baixo Amazonas. Mas esse plano não poderá deixar

de estabelecer como prioridade máxima a criação da fazenda experimental em

Parintins e casas dos estudantes. Além da criação de cursos no CETRU para

formação de técnicos nas temáticas da agricultura familiar. A oferta de cursos de

pós-graduação, em nível de especialização e mestrado, torna-se também uma

necessidade em função da expansão do ensino superior na região, que passa a

exigir cada vez mais profissionais titulados em nível de mestrado e doutorado.

Quadro 20. Educação Superior no Território Baixo Amazonas – 2009.

Curso/ habilitação

Modalidade

Município

Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Administração em Gestão Organizacional

Presencial Parintins

Comunicação social

Pedagogia

Serviço social

Zootecnia

Educação física

Artes Plásticas

Artes plásticas / Licenciatura

Presencial Maués

Administração / Bacharelado

Ciências Agrárias / Licenciatura

Universidade do Estado do Amazonas - UEA

Biologia / Licenciatura

Presencial Parintins Física / Licenciatura

Page 65: Baixo Amazonas - AM

65

Curso/ habilitação

Modalidade

Município

Geografia / Licenciatura

História / Licenciatura

Matemática / Licenciatura

Letras / Licenciatura

Química / Licenciatura

Educação Física / Licenciatura

Normal superior

Pedagogia

Tecnologia em Agroecologia

Letras (Língua Portuguesa) / Licenciatura

Presencial Maués

Matemática / Licenciatura

Educação Física / Licenciatura

Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas

Normal Superior Instituto Federal do Amazonas - IFAM

Técnico Integrado em Administração

Presencial Parintins

Técnico Integrado em Agropecuária

Técnico Integrado em Informática

Instituto Federal do Amazonas - IFAM

Técnico Integrado em Administração

Presencial Maués

Técnico Integrado em Agropecuária

Técnico Integrado em Informática

Fonte: IBGE / UFAM / IFAM / UEA – 2010.

Os índices de alfabetização indicam que, no Baixo Amazonas, as cidades são

as que possuem o maior índice de pessoas alfabetizadas, enquanto a zona rural

apresenta os menores valores.

Procedendo a uma análise focada na questão do analfabetismo no território,

observa-se que, na população de 15 e mais anos de idade, os municípios que

apresentam os maiores índices são Barreirinha (17,3%), Nhamundá (15,5%) e

Maués (15,4%). Observa-se ainda que, em sua totalidade, a zona rural é a que

Page 66: Baixo Amazonas - AM

66

possui o maior índice de analfabetismo, devendo haver maiores investimento

educacionais para esta região (Quadro 21).

Os municípios que apresentam os maiores aumentos no número de pessoas

alfabetizadas são Parintins (9,4%) e Boa Vista do Ramos (11,0%).

Quadro 21. Taxa de analfabetismo, segundo os municípios do Baixo Amazonas – 2000.

Municípios

População de 15 e mais anos (Idade)

Total Urbana Rural Absoluto %

Total Urbana Rural Total Urbana Rural

Barreirinha 11.991 5.025 6.966 2.070 558 1.512 17,3 11,1 21,7

Boa Vista do Ramos 5.631 2.772 2.859 622 271 351 11,0 9,8 12,3

Maués 22.110 12.314 9.796 3.403 1.126 2.277 15,4 9,1 23,2

Nhamundá 8.484 3.7000 4.784 1.318 283 1.035 15,5 7,6 21,6

Parintins 51.759 34.562 17.197 4.886 2.729 2.157 9,4 7,9 12,5

São Sebastião do Uatumã

3.876 2.627 1.249 510 253 257 13,2 9,6 20,6

Urucará 10.172 4.763 5.409 1.364 418 946 13,4 8,8 17,5

Fonte: IBGE, 2008.

A pedagogia da alternância consiste num projeto pedagógico realizado em

Escolas Família Rurais. Seu propósito é garantir a escolarização dos filhos dos

trabalhadores rurais, sem que eles se desvinculem do cotidiano das práticas próprias

do meio rural. Para garantir a sua eficácia são necessárias: uma organização de

base, que mobilize os usuários em torno da especificidade do seu projeto, uma

estrutura física que permita o internato, a formação adequada dos monitores que

acompanharão os alunos e suas famílias e a opção política por uma escolarização

adequada ao meio onde vivem as pessoas. No Território Baixo Amazonas, as

Escolas Família Rurais tiveram início no município de Boa Vista do Ramos, de onde

o Colegiado Territorial pretende expandir com recursos territoriais para Parintins e

Urucará.

Nas oficinas realizadas nos municípios que compõem o Baixo Amazonas

(Parintins, Maués e Barreirinha), aparecem questões importantes para se

compreender melhor a temática da educação. Os problemas relacionados à

educação foram: falta de formação direcionada para a educação do campo; falta de

aperfeiçoamento dos conteúdos para educação do campo; precária formação dos

profissionais; infraestrutura deficiente; falta de privacidade dos professores e falta de

vivência com os alunos; falta de moradia adequada para os professores nas

Page 67: Baixo Amazonas - AM

67

comunidades; pouca interação entre as universidades públicas e comunidades

rurais; não há valorização dos profissionais da Educação; sistema curricular

inadequado; desestímulo ao bom desempenho das atividades; remuneração

inadequada; uso da metodologia inadequada no ensino multisseriado; e, ensino não

contempla a especificidade do aluno para atender às diferentes séries.

3.2.5 Assistência Social

3.2.5.1 Programas: Transferência de Renda e Assistência Social

A política assistencial brasileira tem sido alterada significativamente nos

últimos anos em transições de gestões nos diferentes níveis de atuação. O grande

impulso se deve à participação de diferentes atores nesse processo, tanto em nível

público, quanto em nível privado. Estas mudanças foram iniciadas com a

Constituição de 1988 e a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), de 1993, como

política pública fundada nos direitos sociais básicos, associada a ações

permanentes, dirigidas aos setores vulneráveis segundo suas necessidades.

Quadro 22. Política Pública no Brasil.

Tipo Instituição Valor R$

Bolsa-Escola Ministério da Educação (MEC). De 15,00 a 95,00

Bolsa-Alimentação (MS). 15,00

Bolsa-Renda (seguro-safra) (MA). Até 600,00

Bolsa-Qualificação (MT). Calculado salário mensal do último

mês

Seguro-desemprego (MT). Calculado salário mensal do último

mês

Abono Salarial PIS/Pasep Caixa Econômica Federal (CEF). 1 salário mínimo

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil

(MPAS). Até 120,00

Programa do Agente Jovem (MPAS). 65,00

Benefício Mensal – Idoso (MPAS). 1 salário mínimo

Benefício Mensal – Portadores de Deficiência

(MPAS). 1 salário mínimo

Renda Mensal Vitalícia (MPAS). 1 salário mínimo

Auxílio-gás (MME). 15,00

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS, 2010.

As diferenças geradas entre as regiões brasileiras foram, significativamente,

minimizadas no momento em que estes programas e projetos sociais se tornaram

Page 68: Baixo Amazonas - AM

68

acessíveis às populações de todas as localidades brasileiras. Atualmente, os

programas de oferecimento de bolsas constituem importante marco na pequena

elevação da renda de famílias distribuídas pelo estado do Amazonas. Tal como é

possível observar nos municípios do Território Baixo Amazonas, estas bolsas

passam a ocupar um papel fundamental na geração da renda dessas famílias, não

sendo a única forma de renda das famílias, uma vez que tal população vive da

pesca, artesanato, caça, trabalho informal, dentre outras ocupações.

3.2.5.2 Assistência Social no Território Baixo Amazonas

O estado do Amazonas recebe do Ministério do Desenvolvimento Social e

Combate à Fome (MDS), por ano, R$ 760,2 milhões para execução de programas

sociais. As ações nas áreas de transferência de renda, assistência social e

segurança alimentar beneficiam 1,5 milhões de pessoas. O Programa Bolsa Família,

maior programa de transferência de renda do País, transfere por mês R$ 28,7

milhões para 263,7 mil famílias amazonenses (Quadro 23).

Quadro 23. Programas sociais do Território Baixo Amazonas.

Programa Destino Valor R$

Programa Jovem Cidadão Jovens de 15 a 17 anos 65,00

Beneficio de Prestação continuada Portado de deficiência e idosos Um Salário mínimo

PAINF – Programa de atenção integral da família

Famílias com vínculos afetivos frágeis, discriminadas por questões de gênero, etnia, deficiência, idade, entre

outras. -

Programa de atenção a criança Crianças na faixa etária de 0 a 6 anos que em situação de vulnerabilidade social

De 8,51 a 17,02 por criança

Rede de proteção social Atender a crianças, adolescentes, jovens, idosos, pessoas portadores de deficiência que se encontra em

situação de risco pessoal e social. -

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS, 2010.

O MDS investiu R$ 3,7 milhão no Programa de Erradicação do Trabalho

Infantil (PETI) no estado, para tirar 14,6 mil crianças e adolescentes do trabalho até

novembro de 2009. Cerca de 8,1 mil jovens são beneficiados com o programa

Projovem Adolescente, que aplicou R$ 3,3 milhões até novembro de 2009. No

Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), os 68 Centros de Referência de

Assistência Social (CRAS) atendem a 224 mil pessoas com repasse de R$ 4,7

milhões.

Page 69: Baixo Amazonas - AM

69

Os programas sociais que são destinados aos municípios do Território Baixo

Amazonas, podem ser visualizados no quadro 24.

Quadro 24. Municípios do Território Baixo Amazonas com Programas sociais.

PROGRAMA Barreirinha

Boa Vista do Ramos

Maués Nhamundá Parintins São Sebastião do

Uatumã

Urucará

Programa Jovem Cidadão

Não Não Sim Sim Sim Não Não

Beneficio de Prestação continuada

Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

PAINF – Programa de atenção integral da

família Sim Não Sim Não Não Não Não

Programa de atenção a criança

Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Rede de proteção social Não Não Não Não Sim Não Não

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS, 2010.

3.2.6 Segurança Pública

No que concerne à gestão e políticas públicas, a educação, a saúde e a

segurança respondem por mais de 90% dos servidores do estado. Dentre vários

obstáculos desta natureza, a segurança se destaca com problemas como as

dificuldades de deslocamento das forças da Polícia Civil e Militar, a precária

manutenção de instalações e a ausência de recursos tecnológicos adequados

(SEPLAM, 2009).

Por fim, dentre os vários problemas destacados, a coordenação das forças

ressalta que o maior e urgente obstáculo a ser resolvido é a política de valorização e

qualificação de policiais civis e militares, juntamente com a implantação de sistemas

de análises de informação e comunicação para uma eficiência na segurança pública.

3.2.6.1 Segurança Pública no Território Baixo Amazonas

A precariedade de recursos para a segurança pública é muito mais intensa no

interior do estado e a demanda de recursos humanos e estruturas físicas é bem

menor.

Nos municípios do Território Baixo Amazonas a presença do conselho tutelar

é assídua, devendo este ser inspecionado por juizado da infância e juventude do

estado do Amazonas. As delegacias específicas como delegacia da criança e

Page 70: Baixo Amazonas - AM

70

adolescente e delegacia da mulher são inexistentes em quase todos os municípios

do território, com exceção do município de Parintins (Quadro 25).

Quadro 25. Órgãos de segurança pública no Território Baixo Amazonas.

Município Conselho tutelar Delegacia de proteção

a criança e adolescente

Delegacia da mulher

Juizado especial criminais

Barreirinha Sim Não Não Sim

Boa Vista do Ramos Sim Não Não Sim

Maués Sim Não Não Não

Nhamundá Sim Não Não Sim

Parintins Sim Não Sim Não

São Sebastião do Uatumã Sim Não Não Não

Urucará Sim Não Não Não

Fonte: IBGE/ Perfil dos Municípios Brasileiros, 2006.

No quadro 26, observa-se que a defesa civil, responsável por prevenir e

reduzir desastres se faz presente apenas nos municípios de Barreirinha, Nhamundá

e Parintins, nos demais municípios não existe. Para o estado do Amazonas, a

maioria dos guardas municipais é citada apenas em dois municípios, como

Barreirinha e Parintins, nos dias de festividade o número de policiais aumenta

consideravelmente.

Os crimes como roubos e furtos são direcionados para a cadeia local e os

casos mais agravantes são direcionados à Penitenciária Raimundo Vidal Pessoa,

em Manaus.

É importante ressaltar que, no interior do estado do Amazonas, os recursos

para segurança são limitados. Não há investimento em tecnologias, como também

não há investimentos em capacitação de recursos humanos. Assim, cabe ao estado

dispor recursos para a proteção e segurança para toda sociedade.

Page 71: Baixo Amazonas - AM

71

Quadro 26. Segurança pública no Território Baixo Amazonas.

Município Defesa civil Guarda municipal Total de guardas

municipais

Barreirinha Não Sim 30

Boa Vista do Ramos Sim Não -

Maués Não Não -

Nhamundá Sim Não -

Parintins Sim Sim 60

São Sebastião do Uatumã Não Não -

Urucará Não Não -

Fonte: IBGE/ Perfil dos Municípios Brasileiros, 2006.

3.2.7 Infraestrutura econômica

3.2.7.1 Transporte

A compreensão do sistema de transporte do Território Baixo Amazonas é de

suma importância para o desenvolvimento territorial, uma vez que viabiliza o

deslocamento de pessoas e cargas para diferentes cidades na Amazônia.

O Sistema de Transportes no Baixo Amazonas – Estrutura Atual

Como na maioria dos municípios da zona rural do estado do Amazonas, a

principal via de acesso é a fluvial seguida da via aérea. O transporte terrestre desta

localidade é propício para locomoção na sede dos municípios.

Transporte Fluvial

O transporte fluvial expressa grande importância para o Território, é bastante

utilizado tanto para o transporte de cargas, quanto para a locomoção de

passageiros. Esse tipo de transporte está presente em todo o local, tendo percursos

que chegam ao Território desde Manaus, levando em média aproximadamente de 20

horas, através de barcos regionais (MDA, 2007).

Page 72: Baixo Amazonas - AM

72

Quadro 27. Embarcações que atendem à demanda dos municípios do Território Baixo Amazonas.

Município do Território Baixo

Amazonas

Embarcações Dias de saída Lotação Tempo de viagem

Barreirinha B/M José Rogério; São Fco do Anamã; B/M Almte. Araújo; B/M PP 2001; B/M Bom Socorro IV; B/M Arcanjo

Seg. a sábado 56; 95; 100; 100; 60; 80

30h; 30h; 32h; 32h; 32h; 32h

Boa Vista do Ramos

B/M José Rogério; São Fco do Anamã; B/M Almte. Araújo; B/M PP 2001; B/M Elshadai I; B/M Bom Socorro IV; B/M Arcanjo

Seg. a sábado 56; 95; 100; 100; 80; 60; 80

30h; 30h; 32h; 32h; 20h; 32h; 32h

Maués B/M P P 2003; N/M P P Maués; B/M Dom Jackson I; B/M P P 2002; B/M Calypso I; B/M Elisabeth III

Seg. a sábado 100; 300; 100; 100; 100; 120

20h; 20h; 20h; 20h; 20h; 20h

Nhamundá Capitão J C, cidade de Terra Santa e Santana.

Parintins B/M Coronel Tavares 12; N/M Luiz Afonço; N/M Karolina do Norte; N/M Amazon Star; N/Catamarã; N/M Novo Aliança; N/M Globo do Mar; N/M Parintins; N/M Ana Beatriz III; N/M Golfinho do Mar; B/M Príncipe do Amazonas; N/ M Cisne Branco; N/M Onze de Maio; B/M 14 de Outubro VII; N/M São Bartolomeu; B/M Lírio do Mar; B/M Cap. Nunes; B/M Aliança III

Seg. a sábado 150; 300; 300; 400; 400; 200; 200; 500; 300; 200; 180; 200; 150; 200; 300; 150;

100; 80

20h; 40h; 40h; 4 dias; 4 dias; 28h; 40h; 20h; 40hs; 40h; 20h; 4 dias; 4 dias; 20h; 40h; 40h; 20h; 20h

Fonte: Pesquisa de campo, 2010.

Segundo o Couto (2005), algumas comunidades recebem recurso do poder

público para o transporte de uma comunidade para outra, como é o caso de

Mocambo do Arari. Em outras localidades os moradores se locomovem com

recursos próprios em pequenas embarcações que suprem tais necessidades.

Transporte Intra - Municipal - Terrestre

Nos municípios existem, principalmente nas periferias das sedes municipais,

algumas estradas para ligar comunidades rurais à sede (MDA, 2007).

Quadro 28. Frota de veículos por tipo, segundo os municípios da área de abrangência do Território Baixo Amazonas - 2008.

Municípios Motoneta

Motocicleta

Automóvel

Micro-ônibus

e ônibus

Camionete Caminhão e Trator

Caminhonete Outros Total

Barreirinha 40 104 1 - 3 1 2 - 151

Boa Vista do Ramos

16 37 3 - 3 1 2 - 60

Maués 610 1.025 211 4 ônibus

107 25 23 2 2.007

Nhamundá 57 91 5 - 1 4 3 - 161

Page 73: Baixo Amazonas - AM

73

Parintins 2.923 4.220 753 3 e 7 231 125 e 3 tratores

66 4 8.347

São Sebastião do Uatumã

19 67 1 - 1 3 1 - 92

Urucará 73 157 3 1 e 1 5 11 5 - 256

Fonte: Anuário Estatístico do Amazonas, 2008.

O quadro acima representa o número mais atual da frota de veículos

existentes nos municípios do Território doBaixo Amazonas.

Os municípios de Parintins e Maués se destacam por possuir um número

extenso de motocicletas. Para uma população de 107.249 pessoas, existem 4.220

motocicletas e um total de 8.347 veículos motorizados.

Em Maués esse número é menor. Para uma população de 49.668 pessoas, o

número de motocicletas é de 1.025 e um total de 2.007 veículos motorizados.

O município de Boa Vista dos Ramos é o menor em quantidade de veículos

motorizados, para uma população de 13.994 pessoas, há um total de 60 veículos.

Transporte Aéreo

No Território Baixo Amazonas, somente os municípios de Maués e Parintins

possuem aeroportos autorizados pela ANAC.

Segundo PTDRS BAIXO AMAZONAS (2007), as estruturas conservam boa

qualidade, possuindo desde terminal de passageiros ao parque de estacionamento.

Nos demais municípios, a infraestrutura se limita a pistas de pouso.

Dentre as linhas aéreas que prestam serviço no Território Baixo Amazonas,

podemos destacar as empresas, Táxi Aéreo fretado e TRIP Linhas Aéreas (Quadro

29).

Quadro 29 - Transporte Aéreo – Linhas Aéreas Comerciais no Baixo Amazonas.

COMPANHIAS AÉREAS MUNICIPIOS DESTINO Dias Da Semana Saída Chegada

Táxi Aéreo fretado

Barreirinha Não existe Depende da demanda

Boa Vista do Ramos Não existe Depende da demanda

Maués Não existe Depende da demanda

Táxi Aéreo fretado Nhamundá Não existe Depende da demanda

TRIP Linhas Aéreas Parintins Manaus Todos os dias 06:00

19:00

07:00

20:00

São Sebastião do

Uatumã Não existe

Urucará Não existe

Fonte: INFRAERO/ TRIP/ RICO, 2010.

Page 74: Baixo Amazonas - AM

74

3.2.7.2 Energia

Os municípios do Território Baixo Amazonas são atendidos com a presença

de unidades geradoras da Amazonas Energia que é resultado da fusão entre a

Companhia Energética do Amazonas – CEAM e a Manaus Energia – ME no ano de

2008.

Ressalta-se, ainda, que o abastecimento através da Amazonas Energia é

feito, principalmente, na sede dos municípios. As comunidades mais longínquas

proporcionam seu próprio consumo de energia através de motores a diesel.

A geração bruta de energia elétrica no Território Baixo Amazonas foi de

140.463 Mwh no ano de 2008, seguido de 53.712 Kwh da potência instalada, com

uma demanda de energia de 25.935 nos referidos municípios. No município de

Parintins, houve um crescimento 2.869 Mwh na geração bruta de energia, diferente

do município de Boa Vista do Ramos que no ano de 2007 gerou um total de 5.824

Mwh de energia e reduziu esse valor para 5.528 Mwh (Quadro 30).

Quadro 30. Geração bruta potência instalada e demanda máxima de Energia nos municípios do Território Baixo

Amazonas em 2007 e 2008

Município Geração Bruta (Mwh) Potência Instalada (Kwh) Demanda Máxima

2007 2008 2007 2008 2007 2008

Barreirinha 8.429 8.672 3.728 2.900 1.611 1.746

Boa Vista do Ramos 5.824 5.528 2.958 2.958 985 1.266

Maués 24.010 25.518 9.350 10.950 4.858 4.747

Nhamundá 6.122 6.764 3.137 2.500 1.134 1.285

Parintins 76.574 79.443 28.373 26.550 14.393 14.053

São Sebastião do Uatumã 4.739 5.104 2.797 2.334 873 954

Urucará 8.719 9.434 6.933 5.520 1.663 1.884

Total 134.417 140.463 57.276 53.712 25.517 25.935

Fonte: Anuário Estatístico, 2008.

A figura 13 apresenta a variação na demanda de energia. Nos anos de 2007 e

2008, houve crescimento em cinco municípios do Território Baixo Amazonas,

enquanto a demanda de energia diminuiu em Maués e Parintins.

Page 75: Baixo Amazonas - AM

75

Figura 13. Demanda máxima de energia entre 2007 e 2008 nos municípios do Baixo Amazonas.

Fonte: Anuário Estatístico, 2008.

No quadro 31, verifica-se que a classe que mais consome energia é a

residencial, com 21.531 MWh no município de Parintins. Esse número é proporcional

à população urbana do município, por abrigar a maior parte dos moradores, e, por

sua vez na zona rural, o consumo é menor, por não possuir (em muitos casos) rede

elétrica em todas as localidades. Ainda é importante observar que em todos os

municípios, o consumo de energia aumentou na zona rural, com um número de

739 no ano de 2007 para 1.069 em 2008 no Território. Nos municípios de

Barreirinha, Boa Vista do Ramos e Urucará, no ano de 2008 o uso de energia

consumida pelo poder público diminuiu 308 MWh. Ressalta-se, ainda, que o

aumento de energia na zona rural ocorre em grande parte, por motivo da

implantação do “Programa Luz para Todos”, implantado em algumas comunidades

pelo Governo Federal.

O fornecimento de energia no campo tomou grande impulso nos últimos anos

devido ao Programa Luz para Todos, do Governo Federal, que tem como meta a

universalização da energia nos domicílios rurais. Para o Colegiado Territorial, a

maioria das comunidades rurais do território não tem acesso à energia elétrica

ofertada pelo programa. O atendimento à demanda das comunidades rurais continua

muito aquém do desejado e observa-se um crescimento da demanda.

Page 76: Baixo Amazonas - AM

76

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do

Terr

itório B

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Am

azo

nas

, 2

00

7 e

2008

Município

Residencial

Comercial

Rural

Poder público

2007

2008

2007

2008

2007

2008

2007

2008

Bar

reiri

nha

2.5

20

3.0

03

766

818

293

414

1.0

30

1.0

08

Boa

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o R

amos

1.2

26

1.3

13

333

379

115

193

760

613

Maués

6.4

91

6.9

11

1.9

01

2.0

97

132

244

2.1

60

2.1

70

Nham

undá

2.0

59

2.2

78

499

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0

0 779

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Par

intin

s

20.5

81

21.5

31

8.3

61

8.6

94

79

109

6.8

62

7.3

27

São

Sebas

tião

do

Uatu

1.1

92

1.3

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284

323

120

109

605

654

Uru

cará

2.3

01

2.9

64

468

519

0

0 980

841

Total no Baixo

Amazonas

36.370

39.359

12.612

13.386

739

1.069

13.176

13.553

Font

e: A

nuári

o E

stat

ístic

o d

a S

EP

LAN

-AM

.

Page 77: Baixo Amazonas - AM

77

3.2.7.3 Comunicação

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL (2010),

as empresas Telemar Norte Leste S.A. e a EMBRATEL são as concessionárias

responsáveis pelos serviços de telefonia fixa no Amazonas. Ao todo, são 442.962

telefones instalados, sendo 18.543 destes telefones de uso público – TUP e a

densidade de 13,26 telefones para cada 100 habitantes.

A situação da telefonia fixa no estado do Amazonas é regular visto que todos

são atendidos com o serviço que se estende para alguns distritos e comunidades

rurais desses municípios. As operadoras de celular disponíveis até o momento no

Território Baixo Amazonas são: VIVO, TIM e OI (ANATEL, 2010).

Em relação aos serviços de Correios e Telégrafos, a região conta com o

suporte da Empresa Brasileira de Correios – ECT, que possui agências nas sedes

dos sete municípios que compõem o território, disponibilizando serviços à população

como: recebimento e distribuição de correspondências, entrega de malotes,

pagamento de tarifas públicas, fax, cartão postal, sedex, telegrama (MDA, 2007).

Analisando o perfil de telefonia fixa na sede dos municípios no ano de 2009 foi

registrado um grande número de telefones instalados, um total de 1.0537 (unidades).

No entanto, esse total diminui quando as unidades estão sendo utilizadas, cerca de

5.120. Os Telefones de Utilidade Pública – TUP somam um total de 841 instalado em

todas as sedes do Território Baixo Amazonas (Quadro 32).

Quadro 32. Perfil da Telefonia Fixa na sede do Território Baixo Amazonas – 2009.

Município Telefone Fixo Instalado

Telefone Fixo em Serviço

Telefone Individual em serviço

Acesso público - TUP

Barreirinha 548 196 148 48

Boa Vista do Ramos 431 117 80 37

Maués 2.148 892 701 191

Nhamundá 568 434 384 50

Parintins 5.512 3.025 2.626 399

São Sebastião do Uatumã 406 173 128 45

Urucará 924 283 212 71

Total 1.0537 5.120 4.279 841

Fonte: ANATEL, 2010.

A telefonia móvel no Território Baixo Amazonas é operacionalizada pela OI,

VIVO e TIM. As três operadoras atuam com frequência em Maués e Parintins, ficando

Page 78: Baixo Amazonas - AM

78

os outros municípios apenas com a cobertura da prestadora VIVO, conforme quadro

abaixo.

Quadro 33. Prestadoras de Celular que Atuam no Amazonas nos Municípios do Baixo Amazonas – 2009.

Município Possui

Cobertura

Cobertura na Cidade

CLARO TIM VIVO OI

Barreirinha Sim N N S N

Boa Vista do Ramos Sim N N N S

Maués Sim S S S S

Nhamundá Sim N N N S

Parintins Sim S S S S

São Sebastião do Uatumã Sim N N N S

Urucará Sim N N N S

Fonte: ANATEL (2010).

Todos os municípios possuem, no mínimo uma agência dos correios que, além

dos serviços de postagem convencionais, possui o banco postal que abre e

movimenta contas do banco Bradesco. Como meio de informação, circulam no

Território Baixo Amazonas vários jornais impressos, como também, jornais editados

na cidade de Manaus como: A Crítica, Em Tempo, Diário e outros. Há ainda o serviço

de internet na sede dos municípios e o acesso somente a uma rede de TV, a Globo.

As rádios AM e FM são os mais populares meios de informação e comunicação, pois,

em cada município, existe uma rádio que difunde as notícias em nível local, territorial

e estadual.

No Território, estão distribuídas pequenas comunidades distantes ou próximas

dos centros urbanos. Essas comunidades se ressentem do isolamento e da falta de

infraestrutura de comunicações, sobretudo para atender as necessidades de

emergência para atendimento médico ou outras atividades de comunicação. Ao

mesmo tempo, é necessário promover a inclusão digital dessas populações, de modo

a fornecer instrumentos para o exercício da cidadania.

Page 79: Baixo Amazonas - AM

79

3.3 Contexto Econômico

O Produto Interno Bruto (PIB) do conjunto dos sete municípios que integram o

Território Baixo Amazonas, apresentou uma economia crescente ao longo dos anos1

de 2003 a 2007 e correspondeu a 2,13% do PIB do estado do Amazonas (42.023.218

milhões de reais). O PIB do Baixo Amazonas (2007) é de 894.107 milhões de reais e

alcançou maior rendimento no município de Partintins com 358.968 milhões de reais,

representando 40% da economia do território, Maués com 192.319 milhões de reais

(21,5%), Barreirinha com 96.777 milhões de reais (10,8%) e Nhamundá com 90.446

milhões de reais (10%) e os outros três municípios (Boa Vista do Ramos, São

Sebastião do Uatumã e Urucará) somam 17,4% (Quadro 34).

Quadro 34. Produto Interno Bruto e per capita dos municípios do Território Baixo Amazonas (2003 a 2007).

Brasil, Região Norte, Amazonas

e municípios do Território Baixo Amazonas

Produto Interno Bruto

A preços correntes (1 000 R$)

2003 2004 2005 2006 2007

Brasil 1 699 947 694 1 941 498 358 2 147 239 292 2 369 483 546 2 661 344 525

Norte 81 199 581 96 012 341 106 441 710 119 993 429 133 578 391

Amazonas 24 977 170 30 313 735 33 352 137 39 156 902 42 023 218

Baixo Amazonas 489 729 535 858 666 419 848 472 894 107

Barreirinha 53 838 59 800 65 510 83 280 96 777

Boa Vista do Ramos 23 826 26 002 35 868 44 203 48 413

Maués 92 102 103 770 140 455 179 156 192 319

Nhamundá 40 379 42 385 67 086 82 100 90 446

Parintins 212 311 230 214 278 770 352 951 358 968

São Sebastião do Uatumã 17 014 20 278 20 592 30 195 32 846

Urucará 50 258 53 408 58 136 76 587 74 338

Fonte: IBGE - Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais, 2009.

O PIB dos municípios do Território Baixo Amazonas é de 894.107 mil reais,

verificado em 2007, decorre do desempenho do valor adicionado bruto na

participação da economia nos setores de serviços (597.631 mil reais), seguido da

participação do setor da agropecuária (186.014 mil reais) e do setor da indústria com

74.499 mil reais (Quadro 35).

1 Publicação atualizada do PIB Brasileiro (2003 – 2007).

Page 80: Baixo Amazonas - AM

80

O setor de serviço em 2007 adicionou, na economia do território um percentual

de 66,8%, enquanto a agropecuária contribui com 20,8%. Os municípios de maiores

atuações foram Parintins e Maués.

Quadro 35. Participação de cada setor da economia no valor adicionado Bruto do PIB (2007) dos municípios do Baixo Amazonas.

Municípios do Baixo Amazonas

Valor adicionado bruto em 2007 (mil reais) Total

Agropecuária Indústria Serviços Impostos

Baixo Amazonas 186.014 79.499 597.631 30.960 894.104

Barreirinha 23.698 8.175 62.433 2.470 96.776

Boa Vista do Ramos 11.506 4.199 31.626 1.081 48.412

Maués 45.113 15.898 125.182 6.126 192.319

Nhamundá 38.861 5.482 43.412 2.691 90.446

Parintins 35.675 37.417 270.622 15.253 358.967

São Sebastião do Uatumã 7.008 2.939 21.945 954 32.846

Urucará 24.153 5.389 42.411 2.385 74.338

Fonte: IBGE - Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais, 2009.

Em relação ao PIB per capita (2007), todos os municípios do Território Baixo

Amazonas se encontram abaixo da média estadual de R$ 13.043,00. Os maiores

índices foram registrados para os municípios de Nhamundá, Urucará e Maués

(Quadro 36). Na série histórica do PIB per capita, de 2003 a 2007, podemos verificar

o incremento na renda por habitante, representando um aumento ao acesso a bens e

serviços.

Quadro 36. Produto Interno Bruto e per capita dos municípios do Território Baixo Amazonas (2003 a 2007).

Brasil, Região Norte, Amazonas e municípios do Baixo Amazonas

Produto Interno Bruto Per capita (R$)

2003 2004 2005 2006 2007

Brasil 9 498 10 692 11 658 12 687 14 465

Norte 5 780 6 680 7 241 7 988 9 135

Amazonas 8 100 9 658 10 318 11 826 13 043

Baixo Amazonas 15 363 16 515 19 979 25 014 28 570

Barreirinha 2 156 2 341 2 484 3 077 3 632

Boa Vista do Ramos 2 050 2 187 2 919 3 503 3 685

Maués 2 108 2 329 3 066 3 822 4 090

Nhamundá 2 499 2 592 4 034 4 868 5 153

Parintins 2 079 2 192 2 554 3 134 3 518

São Sebastião do Uatumã 2 085 2 414 2 354 3 341 3 762

Urucará 2 386 2 460 2 568 3 270 4 730

Fonte: IBGE - Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais, 2009.

Page 81: Baixo Amazonas - AM

81

3.3.1 Agricultura

Neste estudo, analisaremos a Produção Agrícola Municipal (IBGE, 2009) e as

variáveis de área plantada (hectares) e a quantidade produzida (toneladas e mil

frutos) para os anos de 2007 e 2008 para lavoura temporária e lavoura permanente

(Quadro 37 e 38).

Entende-se, por lavoura temporária ou cultura temporária, a cultura de curta ou

média duraçăo, geralmente com ciclo vegetativo inferior a um ano, que, após a

colheita, necessita de novo plantio para produzir, e, por lavoura permanente ou

cultura permanente, a cultura de longo ciclo vegetativo, que permite colheitas

sucessivas, sem necessidade de novo plantio (IBGE, 2002).

Lavoura Temporária

No Território Baixo Amazonas, podemos destacar, na lavoura temporária, as

nove principais culturas agrícolas cultivadas em até pelo menos três municípios do

território, que são mandioca, milho, arroz, cana-de-açúcar, feijão, melancia, abacaxi,

juta e malva e apenas três espécies (melão, fumo e tomate) que ocorrem em pelo

menos um município cada. A maior produção do estado do Amazonas para lavouras

temporária nos anos de 2007 e 2008 foram: a mandioca (908.819 toneladas) e a

cana-de-açúcar com 354.642 toneladas. No Território Baixo Amazonas, as produções

com maiores destaques para cultura temporária foram mandioca (121.362 t), cana-de-

açúcar (19.510 t) e milho (2.682 t), representando, 13,4%, 5,5% e 9,2% do total

produzido no estado do Amazonas (Quadro 39).

Quadro 39. Quantidade produzida (Lavoura Temporária) no Território Baixo Amazonas e no estado do Amazonas.

Culturas Temporárias do Território Baixo Amazonas

Quantidade Produzida Produção Média do Baixo Amazonas

Produção Média do estado do Amazonas

Percentual Estadual 2007 2008

Mandioca (Toneladas) 100.328 142.397 121.362,5 908.819,0 13,4%

Cana-de-açúcar (Toneladas) 24.880 14.140 19.510,0 354.642,5 5,5%

Milho (em grão) (Toneladas) 2.852 2.512 2.682,0 29.243,5 9,2%

Malva (fibra) (Toneladas) 1.996 499 1.247,5 14.312,0 8,7%

Melancia (Toneladas) 560 1.520 1.040,0 26.908,0 3,9%

Juta (fibra) (Toneladas) 1.309 - 654,5 3.062,5 21,4%

Arroz (em casca) (Toneladas) 735 480 607,5 12.273,0 4,9%

Feijão (em grão) (Toneladas) 448 324 386,0 4.479,0 8,6%

Fumo (em folha) (Toneladas) 210 - 105,0 151,0 69,5%

Page 82: Baixo Amazonas - AM

82

Culturas Temporárias do Território Baixo Amazonas

Quantidade Produzida Produção Média do Baixo Amazonas

Produção Média do estado do Amazonas

Percentual Estadual 2007 2008

Tomate (Toneladas) 80 16 48,0 2.252,0 2,1%

Melão (Toneladas) 3 - 1,5 101,5 1,5%

Abacaxi (Mil frutos) 465 2.334 1.399,5 31.282,0 4,5%

Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal, 2007 / 2008.

Os cultivos mais expressivos no Território Baixo Amazonas, em 2007 e 2008,

com relação à quantidade produzida no estado do Amazonas, foram fumo (69,5%),

juta (21,4%), mandioca (13,4%) e milho, que apresentou um percentual de 9,2%

(Figura 14).

Fumo (em folha) (Toneladas)

Juta (fibra) (Toneladas)

Mandioca (Toneladas)

Milho (em grão) (Toneladas)

Malva (fibra) (Toneladas)

Feijão (em grão) (Toneladas)

Cana-de-açúcar (Toneladas)

Arroz (em casca) (Toneladas)

Abacaxi (Mil frutos)

Melancia (Toneladas)

Tomate (Toneladas)

Melão (Toneladas)

69,5%

21,4%

13,4%

9,2%

8,7%

8,6%

5,5%

4,9%

4,5%

3,9%

2,1%

1,5%

Percentual da Quantidade Produzida (2007 e 2008) com relação ao Estado do Amazonas

Figura 14. Cultivos temporários mais expressivos no Território Baixo Amazonas, com relação à quantidade produzida no estado do Amazonas, 2008.

Dos principais cultivos da lavoura temporária, quanto ao potencial de

produção no Território Baixo Amazonas, podemos destacar:

a) Mandioca

A área plantada no Território Baixo Amazonas com o cultivo de mandioca

totalizou 10.517 e 13.349 hectares para os anos de 2007 e 2008, respectivamente. A

área média por município se deu por 1.488 hectares para 2007 e 1.907 hectares para

2008, que correspondeu à média de 13,4% do total de área plantada no Amazonas.

Page 83: Baixo Amazonas - AM

83

Os municípios que apresentaram maior quantidade de área plantada (hectares) em

2007 e 2008 foram Parintins, Maués e Nhamundá.

A mandioca no Território Baixo Amazonas alcançou uma produção média nos

anos de 2007 e 2008 de 121.363 toneladas, correspondendo a 13,6% da produção

estadual. A quantidade produzida de maior destaque em 2007 foi para os municípios

de Nhamundá (33.480 toneladas) e Maués (28.300 toneladas), e, em 2008, para o

município de Parintins com 57.600 toneladas.

b) Milho

A cultura de milho totalizou em 2008 1.005 hectares. A área média por

município ficou em torno de 144 hectares que correspondeu a 8,4% do total de área

plantada no estado do Amazonas.

Os municípios que apresentaram maior quantidade de área plantada (hectares)

para a cultura de milho em 2008 foram Maués (420 hectares), Parintins (240

hectares), Nhamundá (160 hectares) e Urucará (120 hectares).

A quantidade produzida de milho no Território Baixo Amazonas, em 2008,

alcançou uma produção de 2.512 toneladas, correspondendo a 8,6% da produção

estadual. A quantidade produzida de maior destaque no território foi para os

municípios de Maués, Parintins, Nhamundá e Urucará.

c) Outras Culturas Temporárias

A área plantada no Território Baixo Amazonas com o cultivo de abacaxi

totalizou 44 e 166 hectares para os anos de 2007 e 2008, respectivamente. A área

média por município se deu por 6 hectares para 2007 e 24 hectares para 2008, que

correspondeu à média de 3,7% do total de área plantada no estado do Amazonas. Os

municípios que apresentaram maior quantidade de área plantada (hectares) para o

cultivo de abacaxi em 2007 e 2008 foram Maués e Parintins.

A quantidade produzida de abacaxi no Território Baixo Amazonas alcançou em

2007 uma produção de 465 frutos e em 2008 uma produção de 2.334 frutos,

correspondendo a 10,4% da produção estadual. A quantidade produzida de maior

destaque em 2008 foi para o município de Maués com 1.890 mil frutos de abacaxi.

A cultura de feijão totalizou em 2008 cerca de 361 hectares. A área média por

município ficou em torno de 52 hectares, que correspondeu a 11,2% do total de área

Page 84: Baixo Amazonas - AM

84

plantada no estado do Amazonas. Os municípios que apresentaram maior quantidade

de área plantada (hectares) para a cultura de feijão em 2008 foram Maués e Parintins.

A quantidade produzida de feijão no Território Baixo Amazonas para o mesmo ano

alcançou uma produção de 324 toneladas correspondendo a 9,8% da produção

estadual. Maués e Parintins, ambos com 151 toneladas de feijão, foram os municípios

com maior destaque na produção do Território Baixo Amazonas.

As demais lavouras temporárias, como melancia e arroz, são sumariamente

importantes na economina do Território Baixo Amazonas. Algumas culturas como

tomate, fumo, que representou 69,5% do total produzido no Amazonas, juta (21,4%) e

melão foram destaque em apenas alguns dos municípios do território.

Lavoura Permanente

Quanto à agricultura de cultivos permanentes, no Território Baixo Amazonas,

podemos destacar, treze principais culturas frutíferas (abacate, banana, cacau, café,

coco-da-baía, guaraná, laranja, limão, mamão, manga, maracujá, tangerina e

urucum), que se encontram cultivados e comercializados em torno dos sete

municípios de abrangência deste estudo.

A maior produção do estado do Amazonas para lavouras permanente nos anos

de 2007 e 2008 foram banana (162.745 toneladas) e laranja com a produção de

14.965 toneladas. No Território Baixo Amazonas, a produção com maior destaque foi

de banana (6.028 toneladas), abacate (1.640 toneladas), laranja (1.380 toneladas) e

guaraná com 662 toneladas, representando, 3,7%, 63,7%, 9,2% e 70,6% do total

produzido no estado do Amazonas (Quadro 40).

Quadro 40. Quantidade produzida (Lavoura Permanente) noTerritório Baixo Amazonas e no estado do Amazonas.

Culturas Permanentes do Território

Baixo Amazonas Quantidade Produzida

Produção Média do Baixo Amazonas

Produção Média do estado do Amazonas

Percentual Estadual

2007 2008

Banana (cacho) (Toneladas) 5.584 6.472 6.028,0 162.744,5 3,7%

Abacate (Toneladas) 3.278 2 1.640,0 2.574,5 63,7%

Laranja (Toneladas) 1.532 1.228 1.380,0 14.964,5 9,2%

Guaraná (semente) (Toneladas) 870 453 661,5 936,5 70,6%

Maracujá (Toneladas) 371 137 254,0 2.636,0 9,6%

Tangerina (Toneladas) 195 - 97,5 777,5 12,5%

Cacau (em amêndoa) (Toneladas) 72 60 66,0 1.168,0 5,7%

Limão (Toneladas) 21 - 10,5 2.416,0 0,4%

Page 85: Baixo Amazonas - AM

85

Culturas Permanentes do Território

Baixo Amazonas Quantidade Produzida

Produção Média do Baixo Amazonas

Produção Média do estado do Amazonas

Percentual Estadual

2007 2008

Café (em grão) (Toneladas) - 20 10,0 3.131,0 0,3%

Mamão (Toneladas) 12 - 6,0 5.683,5 0,1%

Urucum (semente) (Toneladas) - 12 6,0 79,0 7,6%

Manga (Toneladas) 3 - 1,5 955,0 0,2%

Coco-da-baía (Mil frutos) 1 828 414,5 9.670,0 4,3%

Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal , 2007 / 2008.

As espécies frutíferas mais expressivas no Território Baixo Amazonas em 2007

e 2008 com relação à quantidade produzida no estado do Amazonas nos mesmos

anos foram guaraná (70,6%), abacate (63,7%), tangerina (12,5%), maracujá (9,6%) e

laranja (9,2%) (Figura 15).

Guaraná (semente) (Toneladas)

Abacate (Toneladas)

Tangerina (Toneladas)

Maracujá (Toneladas)

Laranja (Toneladas)

Urucum (semente) (Toneladas)

Cacau (em amêndoa) (Toneladas)

Coco-da-baía (Mil frutos)

Banana (cacho) (Toneladas)

Limão (Toneladas)

Café (em grão) (Toneladas)

Manga (Toneladas)

Mamão (Toneladas)

70,6%

63,7%

12,5%

9,6%

9,2%

7,6%

5,7%

4,3%

3,7%

0,4%

0,3%

0,2%

0,1%

Percentual da Quantidade Produzida (2007 e 2008) com relação ao Estado do Amazonas

Figura 15. Cultivos permanentes mais expressivos no Território Baixo Amazonas em 2007/2008 com relação ao total produzido no estado do Amazonas.

Dos principais cultivos da lavoura permanente, quanto ao potencial de

produção no Território Baixo Amazonas, podemos destacar:

a) Banana

A área plantada no Território Baixo Amazonas com o cultivo de banana

totalizou 421 e 949 hectares para os anos de 2007 e 2008, respectivamente. A área

média por município se deu por 70,2 hectares para 2007 e 135,6 hectares para 2008,

que correspondeu à média de 4,2% do total de área plantada no Amazonas. Os

Page 86: Baixo Amazonas - AM

86

municípios que apresentaram maior quantidade de área plantada (hectares) em 2007

e 2008 para o cultivo da banana foram Maués, Parintins e Urucará.

A banana em cacho no Território Baixo Amazonas alcançou uma produção

média nos anos de 2007 e 2008 de 6.028 toneladas, correspondendo à maior

produção (cultura permanente) em toneladas do território, entretanto correspoendeu

apenas a 3,7% do total da produção no estado do Amazonas. Os municípos que se

destacaram no cultivo de banana foram Parintins, Maués e Urucará.

b) Abacate

No Baixo Amazonas, a cultura de abacate totalizou em 2007 cerca de 190

hectares. A área média por município ficou em torno de 38 hectares, que

correspondeu a 41,8% do total de área plantada no estado do Amazonas. Maués foi o

município de maior representação quanto à área plantada e produção de abacate. A

quantidade produzida de abacate no Território Baixo Amazonas para o mesmo ano

alcançou uma produção de 3.287 toneladas correspondendo a 76,4% da produção

estadual em 2007. A produção de 2008 foi inexpressível para o Território.

c) Laranja

A cultura de laranja totalizou em 2008 cerca de 262 hectares. A área média por

município ficou em torno de 65,5 hectares que correspondeu a 7,7% do total de área

plantada no estado do Amazonas. Os municípios que apresentaram maior quantidade

de área plantada (hectares) para a cultura de laranja em 2008 foram Barreirinha e

Maués.

A quantidade produzida de laranja no Território Baixo Amazonas em 2008

alcançou uma produção de 1.128 toneladas correspondendo a 6,7% da produção

estadual. A quantidade produzida de maior destaque no Território foram Barreirinha,

Maués e Urucará.

d) Guaraná

A área plantada com a cultura do guaraná no Território Baixo Amazonas

totalizou 4.405 e 6.267 hectares para os anos de 2007 e 2008, respectivamente. A

área média por município se deu por 734,2 hectares para 2007 e 895,3 hectares

para 2008, que correspondeu à média de 76,2% do total de área plantada no estado

Page 87: Baixo Amazonas - AM

87

do Amazonas. Deste percentual, Maués é responsável pelo menos 55% do total da

área plantada destinada a produção de guaraná.

A quantidade produzida de guaraná no Território Baixo Amazonas alcançou em

2007 uma produção de 870 tonelada e em 2008 uma produção de 453 toneladas,

correspondendo a 70,6% da produção estadual, sendo Maúes o maior produtor.

e) Outras Culturas Permanentes

As demais culturas permanentes como maracujá, tangerina, cacau, limão, café,

mamão, urucum e manga são de suma importância na economina local do Território

Baixo Amazonas.

Quadro 37. Área plantada e quantidade produzida para lavoura temporária (2007 e 2008) para o Território Baixo

Amazonas.

Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas

Lavoura temporária

Variável X Ano

Área plantada (Hectares)

Quantidade produzida

2007 2008 2007 2008

Amazonas

Abacaxi (Mil frutos) 6.252 2.474 40.096 22.468

Arroz (em casca) (Toneladas) 9.764 4.901 14.614 9.932

Cana-de-açúcar (Toneladas) 6.274 6.050 343.302 365.983

Feijão (em grão) (Toneladas) 5.313 3.235 5.654 3.304

Fumo (em folha) (Toneladas) 222 32 279 23

Juta (fibra) (Toneladas) 4.015 406 5.637 488

Malva (fibra) (Toneladas) 10.180 7.410 17.514 11.110

Mandioca (Toneladas) 79.212 97.393 678.420 1.139.218

Melancia (Toneladas) 5.816 4.683 23.387 30.429

Melão (Toneladas) 63 0 203 0

Milho (em grão) (Toneladas) 16.120 11.905 29.174 29.313

Tomate (Toneladas) 622 135 2.818 1.686

Barreirinha - AM

Abacaxi (Mil frutos) 2 10 24 120

Arroz (em casca) (Toneladas) 215 0 210 0

Cana-de-açúcar (Toneladas) 230 20 9.200 800

Feijão (em grão) (Toneladas) 110 7 88 6

Juta (fibra) (Toneladas) 10 0 15 0

Mandioca (Toneladas) 1.536 1.050 12.600 13.650

Melancia (Toneladas) 10 45 60 315

Milho (em grão) (Toneladas) 270 0 810 0

Boa Vista do Ramos - AM

Abacaxi (Mil frutos) 4 5 12 20

Arroz (em casca) (Toneladas) 100 0 80 0

Cana-de-açúcar (Toneladas) 40 0 0 0

Feijão (em grão) (Toneladas) 60 18 48 16

Page 88: Baixo Amazonas - AM

88

Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas

Lavoura temporária

Variável X Ano

Área plantada (Hectares)

Quantidade produzida

2007 2008 2007 2008

Mandioca (Toneladas) 800 779 10.400 4.811

Melancia (Toneladas) 30 31 400 620

Milho (em grão) (Toneladas) 300 25 502 62

Maués - AM

Abacaxi (Mil frutos) 18 105 324 1.890

Arroz (em casca) (Toneladas) 150 100 203 200

Cana-de-açúcar (Toneladas) 230 230 8.280 9.200

Feijão (em grão) (Toneladas) 135 168 180 151

Mandioca (Toneladas) 3.369 2.400 28.300 20.400

Melancia (Toneladas) 0 35 0 70

Milho (em grão) (Toneladas) 450 420 841 1.050

Nhamundá - AM

Abacaxi (Mil frutos) 3 8 45 120

Arroz (em casca) (Toneladas) 15 41 15 82

Cana-de-açúcar (Toneladas) 18 20 630 800

Feijão (em grão) (Toneladas) 62 0 50 0

Juta (fibra) (Toneladas) 500 0 686 0

Malva (fibra) (Toneladas) 200 0 400 0

Mandioca (Toneladas) 3.000 3.000 33.480 34.389

Melancia (Toneladas) 20 40 40 80

Milho (em grão) (Toneladas) 200 160 200 400

Parintins - AM

Abacaxi (Mil frutos) 2 30 6 144

Arroz (em casca) (Toneladas) 160 46 100 92

Cana-de-açúcar (Toneladas) 130 130 6.500 3.200

Feijão (em grão) (Toneladas) 90 168 52 151

Fumo (em folha) (Toneladas) 140 0 210 0

Juta (fibra) (Toneladas) 350 0 408 0

Malva (fibra) (Toneladas) 750 333 1.319 499

Mandioca (Toneladas) 32 4.800 96 57.600

Melancia (Toneladas) 40 80 60 250

Milho (em grão) (Toneladas) 139 240 199 600

São Sebastião do Uatumã - AM

Abacaxi (Mil frutos) 3 0 18 0

Arroz (em casca) (Toneladas) 50 30 51 60

Cana-de-açúcar (Toneladas) 20 0 0 0

Feijão (em grão) (Toneladas) 12 0 10 0

Mandioca (Toneladas) 420 120 4.616 1.271

Melancia (Toneladas) 0 30 0 105

Melão (Toneladas) 0 0 0 0

Milho (em grão) (Toneladas) 25 40 50 100

Urucará - AM

Abacaxi (Mil frutos) 12 8 36 40

Arroz (em casca) (Toneladas) 70 23 76 46

Cana-de-açúcar (Toneladas) 9 3 270 140

Page 89: Baixo Amazonas - AM

89

Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas

Lavoura temporária

Variável X Ano

Área plantada (Hectares)

Quantidade produzida

2007 2008 2007 2008

Feijão (em grão) (Toneladas) 24 0 20 0

Juta (fibra) (Toneladas) 175 0 200 0

Malva (fibra) (Toneladas) 180 0 277 0

Mandioca (Toneladas) 1.260 1.200 10.836 10.276

Melancia (Toneladas) 0 40 0 80

Melão (Toneladas) 2 0 3 0

Milho (em grão) (Toneladas) 200 120 250 300

Tomate (Toneladas) 20 2 80 16

Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal , 2007 / 2008.

Quadro 38. Área plantada e quantidade produzida para lavoura permanente (2007 e 2008) para o Território Baixo Amazonas.

Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas

Lavoura permanente

Variável X Ano Área plantada (Hectares)

Quantidade produzida

2007 2008 2007 2008

Amazonas

Abacate (Toneladas) 455 196 4.292 857

Banana (cacho) (Toneladas) 22.562 14.650 235.242 90.247

Cacau (em amêndoa) (Toneladas) 1.879 1.550 917 1.419

Café (em grão) (Toneladas) 1.651 5.548 705 5.557

Coco-da-baía (Mil frutos) 729 3.844 2.869 16.471

Guaraná (semente) (Toneladas) 5.905 8.047 1.122 751

Laranja (Toneladas) 2.779 3.382 11.702 18.227

Limão (Toneladas) 463 594 1.430 3.402

Mamão (Toneladas) 603 695 1.683 9.684

Manga (Toneladas) 314 260 859 1.051

Maracujá (Toneladas) 372 1.234 2.257 3.015

Tangerina (Toneladas) 328 105 1.151 404

Urucum (semente) (Toneladas) 65 97 66 92

Barreirinha - AM

Abacate (Toneladas) 1 - 5 -

Banana (cacho) (Toneladas) 50 43 550 275

Guaraná (semente) (Toneladas) 160 200 33 40

Laranja (Toneladas) 120 100 564 500

Limão (Toneladas) 3 - 21 -

Manga (Toneladas) 1 - 3 -

Maracujá (Toneladas) - 5 - 10

Tangerina (Toneladas) 32 - 64 -

Boa Vista do Ramos - AM

Banana (cacho) (Toneladas) 80 50 720 300

Guaraná (semente) (Toneladas) 500 470 69 28

Maracujá (Toneladas) 5 5 3 10

Maués - AM Abacate (Toneladas) 180 - 3.240 -

Banana (cacho) (Toneladas) - 200 - 1.400

Page 90: Baixo Amazonas - AM

90

Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas

Lavoura permanente

Variável X Ano Área plantada (Hectares)

Quantidade produzida

2007 2008 2007 2008

Café (em grão) (Toneladas) - 20 - 20

Coco-da-baía (Mil frutos) - 120 - 600

Guaraná (semente) (Toneladas) 3.000 4.700 624 300

Laranja (Toneladas) 132 130 568 585

Maracujá (Toneladas) 23 35 368 70

Tangerina (Toneladas) 28 - 84 -

Urucum (semente) (Toneladas) - 15 - 12

Nhamundá - AM

Banana (cacho) (Toneladas) 60 50 761 57

Guaraná (semente) (Toneladas) - 160 - 10

Laranja (Toneladas) 10 - 30 -

Tangerina (Toneladas) 3 - 15 -

Parintins - AM

Abacate (Toneladas) 5 - 19 -

Banana (cacho) (Toneladas) 111 485 2.473 3.395

Coco-da-baía (Mil frutos) - 30 - 120

Guaraná (semente) (Toneladas) 260 260 27 13

Laranja (Toneladas) 35 7 117 28

Mamão (Toneladas) 7 - 12 -

Maracujá (Toneladas) - 15 - 27

São Sebastião do Uatumã - AM

Abacate (Toneladas) 2 - 2 -

Banana (cacho) (Toneladas) 20 21 180 185

Coco-da-baía (Mil frutos) 1 7 1 28

Guaraná (semente) (Toneladas) 25 17 7 2

Laranja (Toneladas) 27 - 121 -

Urucará - AM

Abacate (Toneladas) 2 2 12 2

Banana (cacho) (Toneladas) 100 100 900 860

Borracha (látex coagulado) (Toneladas) - 50 - 10

Cacau (em amêndoa) (Toneladas) 240 50 72 60

Coco-da-baía (Mil frutos) - 20 - 80

Guaraná (semente) (Toneladas) 460 460 110 60

Laranja (Toneladas) 30 25 132 115

Maracujá (Toneladas) - 10 - 20

Tangerina (Toneladas) 16 - 32 -

Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal , 2007 / 2008.

3.3.2 Rebanho Animal

O rebanho animal foi analisado a partir da Pesquisa Pecuária Municipal (IBGE,

2009), onde se verificou o efetivo rebanho (cabeças) e a produção de produtos de

origem animal nos municípios. Dentre os principais tipos de rebanho analisados no

Território Baixo Amazonas, destacam-se o rebanho bovino e bubalino; suíno; caprino

Page 91: Baixo Amazonas - AM

91

e ovino; rebanho equino, asinino e muar e efetivo de aves (galos, galinhas, frangos,

frangas e pintos) a partir do quadro 41.

Rebanho Bovino e Bubalino

O efetivo bovino do estado do Amazonas em 2007 e 2008 registrou 1.208.652

e 1.312.352 cabeças, respectivamente. Deste total, registrou-se no Território Baixo

Amazonas, 216.748 cabeças de gado no ano de 2007, representando 17,9% e

259.073 cabeças de gado em 2008 (19,7%) do total de efetivo bovino no estado. O

município de Parintins contribuiu com cerca de 52% em média do efetivo bovino no

território naquele período. Com relação ao efetivo bubalino no estado do Amazonas,

verificou-se a ocorrência de de 18.173 (em 2007) e 27.606 (em 2008) de cabeças de

búfalos. Deste total, o Território Baixo Amazonas, particiou em média com 45,4%,

sendo representado com destaque por Parintins, Nhamundá e Barreirinha.

Rebanho Suíno

O efetivo suíno do estado do Amazonas em 2007 e 2008 registrou 155.525 e

143.664 cabeças, respectivamente. No Território Baixo Amazonas, foram registrados

25.466 e 24.026 cabeças, com um percentual de 16,4% e 16,7% do total efetivo no

estado, sendo representativo dos municípios de Parintins, Nhamundá e Maués.

Rebanho Caprino e Ovino

O efetivo caprino em 2008, no estado do Amazonas registrou 16.070 cabeças.

No Território Baixo Amazonas foram registrados, no mesmo ano, 6.397 cabeças, com

um percentual de 39,8% do total efetivo no estado. O principal município responsável

foi Parintins. Enquanto que o efetivo ovino em 2008, no estado do Amazonas

registrou 41.802 cabeças. No Território Baixo Amazonas foram registrados, no

mesmo ano, 12.450 cabeças, com um percentual de 29,8% do total efetivo no estado.

Os principais municípios responsáveis foram Parintins e Barreirinha.

Rebanho Equino, Asinino e Muar

O rebanho de equino se destaca nos municípios de Parintins e Nhamundá. Em

2007, foi registrado, no Baixo Amazonas, o total de 5.444 cabeças, representando

44,2% no estado do Amazonas. No Território Baixo Amazonas, o efetivo de asinino e

Page 92: Baixo Amazonas - AM

92

muar não é representantivo, ocorrendo em 2007, pelo menos, 134 e 55 cabeças,

respectivamente. Esse tipo de rabanho se destaca apenas nos municípios de

Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués e Parintins.

Efetivo de Aves (Galos, Galinhas, Frangos, Frangas e Pintos)

O efetivo de aves (Galos, Galinhas, Frangos, Frangas e Pintos) se destaca em

todos os municípios do Baixo Amazonas. Em 2008, o Amazonas registrou cerca de

3.682.718 bicos de galináceos. O Baixo Amazonas, neste cenário, responde por

apenas por 4,3% desta economia no estado. Os municípios mais atuantes neste setor

são Barreirinha, Maués, Nhamundá e Parintins.

Quadro 41. Efetivo de rebanho animal (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas.

Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas

Tipo de rebanho Ano

2007 2008

Amazonas

Bovino 1.208.652 1.312.352

Equino 12.318 12.339

Bubalino 43.124 56.831

Asinino 497 594

Muar 974 947

Suíno 155.525 143.664

Caprino 14.808 16.070

Ovino 54.793 41.802

Galos, frangas, frangos e pintos 959.487 1.107.736

Galinhas 2.365.027 2.574.982

Barreirinha

Bovino 33.106 39.860

Equino 593 -

Bubalino 3.274 4.416

Asinino 15 -

Muar 5 -

Suíno 2.709 4.820

Caprino 449 650

Ovino 2.887 2.800

Galos, frangas, frangos e pintos 15.000 14.000

Galinhas 13.933 14.847

Boa Vista do Ramos

Bovino 11.113 15.501

Equino 130 500

Bubalino 700 852

Asinino 100 -

Muar 3 -

Suíno 1.635 1.100

Caprino 624 500

Page 93: Baixo Amazonas - AM

93

Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas

Tipo de rebanho Ano

2007 2008

Ovino 1.435 1.000

Galos, frangas, frangos e pintos 2.600 -

Galinhas 2.262 -

Maués

Bovino 22.358 17.728

Equino 44 -

Bubalino 991 1.167

Asinino 9 -

Suíno 3.318 682

Caprino 726 258

Ovino 2.647 1.687

Galos, frangas, frangos e pintos 10.514 51.000

Galinhas 14.980 -

Nhamundá

Bovino 24.010 24.922

Equino 1.290 1.325

Bubalino 3.699 3.839

Suíno 3.699 5.020

Caprino 725 815

Ovino 992 1.021

Galos, frangas, frangos e pintos 17.900 -

Galinhas 10.696 -

Parintins

Bovino 107.312 141.394

Equino 3.100 1.500

Bubalino 8.448 15.864

Asinino 10 -

Muar 47 -

Suíno 12.938 11.160

Caprino 2.823 4.000

Ovino 4.095 5.000

Galos, frangas, frangos e pintos 41.014 30.000

Galinhas 32.752 36.190

São Sebastião do Uatumã

Bovino 5.013 5.368

Equino 12 10

Bubalino - 92

Suíno 95 98

Ovino - 72

Galos, frangas, frangos e pintos 1.300 1.930

Galinhas 1.012 490

Urucará

Bovino 13.836 14.300

Equino 275 283

Bubalino 1.061 1.376

Page 94: Baixo Amazonas - AM

94

Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas

Tipo de rebanho Ano

2007 2008

Suíno 1.072 1.146

Caprino 122 174

Ovino 820 870

Galos, frangas, frangos e pintos 5.000 4.674

Galinhas 4.981 6.118

Fonte: IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal, 2007 / 2008.

Vacas Ordenhadas (cabeças)

Do efetivo de vacas ordenhadas do estado do Amazonas, Parintins em 2008,

registrou um percentual de 33,2 e 86% no Território Baixo Amazonas. Os municípios

que compõe o Território Baixo Amazonas participaram, em 2008, com pelo menos

38% na economia do estado neste setor (Quadro 42).

Quadro 42. Efetivo de vacas ordenhadas (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas.

Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas

Ano Percentual no Amazonas (2008)

Percentual no Baixo Amazonas

(2008) 2007 2008

Amazonas 39.343 85.393

Baixo Amazonas 8.401 32.839

Barreirinha 2.405 2.674 3,13 8,14

Boa Vista do Ramos 269 284 0,33 0,86

Maués 239 1.300 1,52 3,96

Nhamundá 243 100 0,12 0,30

Parintins 5.168 28.350 33,20 86,33

São Sebastião do Uatumã 0 51 0,06 0,16

Urucará 77 80 0,09 0,24

Fonte: IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal, 2007 /2008.

Produtos de Origem Animal

O mercado de produto de origem animal no Território Baixo Amazonas se dá

principalmente pela produção de leite, ovos de galinha e mel de abelha. A produção

de leite 1.000 (mil litros), destaca-se principalmente no município de Nhamundá que

atingiu um equivalente de 7.088 (mil litros) em 2008, gerando uma renda de 10.631

(mil reais) para o município. A produção de ovos de galinha ficou em 362 (mil dúzias)

a maior produção no Território, somente no município de Parintins, gerando um valor

de produção em torno de 782 (mil reais) em 2008. A produção de mel de abelha

(quilogramas) foi destaque em 2007 e 2008 nos municípios de Barreirinha, Boa Vista

Page 95: Baixo Amazonas - AM

95

do Ramos e Maués, a maior produção de mel foi registrada em 2008 no município de

Maués (Quadro 43).

Quadro 43. Produtos de origem animal no Território Baixo Amazonas.

Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas

Tipo de produto

Produção de origem animal

Valor da produção (Mil

Reais)

2007 2008 2007 2008

Amazonas

Leite (Mil litros) 19.505 39.385 16.793 41.213

Ovos de galinha (Mil dúzias) 50.986 53.560 65.762 72.583

Mel de abelha (Quilogramas) 1.152 19.040 8 278

Barreirinha

Leite (Mil litros) 809 986 752 986

Ovos de galinha (Mil dúzias) 33 42 46 63

Mel de abelha (Quilogramas) - 750 - 10

Boa Vista do Ramos

Leite (Mil litros) 123 138 113 207

Ovos de galinha (Mil dúzias) 7 - 9 -

Mel de abelha (Quilogramas) - 5.000 - 75

Maués

Leite (Mil litros) 102 1.248 94 1.248

Ovos de galinha (Mil dúzias) 35 - 50 -

Mel de abelha (Quilogramas) - 11.050 - 166

Leite (Mil litros) 100 12 92 15

Nhamundá Ovos de galinha (Mil dúzias) 21 - 27 -

Leite (Mil litros) 2.325 7.088 2.139 10.631

Parintins Ovos de galinha (Mil dúzias) 328 362 472 782

Leite (Mil litros) - 19 - 17

São Sebastião do Uatumã Ovos de galinha (Mil dúzias) 2 4 3 6

Leite (Mil litros) 33 34 27 31

Urucará Ovos de galinha (Mil dúzias) 63 77 84 108

Fonte: IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal, 2007 e 2008.

3.3.3 Pesca

A pesca é a principal fonte de proteína para a maioria das populações

amazônicas, sendo muito mais eficiente do que a caça nas áreas de várzea e terra

firme (MORÁN, 1990; RIBEIRO e FABRÉ, 2003).

Depois da farinha de mandioca, o pescado é um dos produtos mais importante

na vida da população do Território Baixo Amazonas. A pesca assume um caráter de

atividade subsidiária ou comercial, surgindo como elemento de apoio no que se refere

à provisão de alimentos ou trabalho e renda uma vez que a farinha de mandioca é o

principal produto agrícola local.

Page 96: Baixo Amazonas - AM

96

E, com relação aos apetrechos usados e as espécies capturadas da ictiofauna

nas duas estações principais do calendário hidrológico, é possível perceber que os

“tipos específicos de apetrechos utilizados e a diversidade das espécies capturadas

variam, de modo inevitável, com a flutuação dos níveis da água em seus respectivos

habitats” (WITKOSKI, 2007, p. 279).

A pesca é divida em duas estações, mais precisamente entre a cheia e a seca.

Para pescar determinada espécie, os ribeirinhos utilizam um tipo de instrumento de

pesca adequado para cada estação do ano.

Os ambientes de pesca existentes na região podem ser divididos em três: rios,

lagos e igarapés. Eles apresentam subdivisões, dependendo da sazonalidade, como

é o caso da floresta inundada adjacente ao rio (várzea) e aos lagos (igapós). Outros

exemplos de ambiente sazonal são as praias e os poços, que são formados na calha

do rio Amazonas durante o período de seca e que também são utilizados para a

captura de pescado (CARDOSO e FREITAS, 2007).

A explotação desses ambientes é efetuada em conjunto pelos pescadores

comerciais e de subsistência (tanto por homem quanto por mulheres e crianças,

dependendo da época do ano), com maior ou menor intensidade, dependendo da

espécie-alvo e do apetrecho utilizado.

No Território Baixo Amazonas, a frota comercial explota principalmente a calha

do rio Amazonas na seca e os lagos durante a época da cheia (CERDEIRA et al.,

2000; ISAAC et al., 2004), enquanto na região do Médio rio Solimões, a frota local

explota principalmente a calha do rio (VIANA, 2004). Por outro lado, a pesca de

subsistência é praticada principalmente nos lagos no Território Baixo Amazonas

(CERDEIRA et al., 2000).

A atividade pesqueira no Território Baixo Amazonas, assim como em outras

partes da Amazônia, pode ser caracterizada de acordo com a tecnologia empregada e

as principais espécies-alvo das pescarias (ISAAC et al., 1996). A pesca comercial tem

maior produtividade e capacidade de captura e usa grandes redes à deriva, espinhel e

malhadeiras fixas. Este tipo de pesca concentra-se principalmente nos estoques dos

grandes bagres migradores, como a piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii), dourada

(B. rousseauxii) e surubins (Pseudoplatystoma tigrinum e P. fasciatuam) no canal

principal do rio durante a estação seca.

Page 97: Baixo Amazonas - AM

97

A atividade pesqueira é praticada por todas as comunidades, é a principal

atividade geradora de renda junto com a agricultura que também forma a base

alimentar das comunidades. A pesca de subsistência é realizada com petrechos

artesanais como a flecha, caniço, tarrafa e arpão, enquanto que a pesca comercial

utiliza a malhadeira e a bubuia.

Alguns petrechos são utilizados o ano inteiro, outros apenas na época do

verão, nos rios. Com relação às embarcações, existem 4 categorias: casco (pau

cavado de uma única madeira), canoa (feita com tábuas), bajara (canoa grande com

motor central) e barco motor, que, além da atividade da pesca, são, também utilizadas

como meio de transporte e carga (Figura 16).

Figura 16. Censo Estatístico Comunitário – Transporte e cargas utilizados na pesca.

Fonte: ProVárzea/Ibama - Couto, 2007.

A pesca no Território Baixo Amazonas é operada por duas categorias de

pescadores: pescadores profissionais e os residentes da área de várzea. A pesca

menos profissionalizada e de menor escala é a praticada por residentes da várzea.

Eles capturam espécies mais sedentárias como tucunaré (Cichla spp.), pirarucu

(Arapaima gigas) e a pescada (Plagioscion spp.), ou aquelas espécies que utilizam o

lago como hábitat trófico durante parte de seus ciclos de vida, como o tambaqui

(Colossoma macropomum). Utilizam artes de pesca menores e menos eficientes, e

exploram os lagos de várzea próximos às suas casas. Boa parte do peixe oriundo

deste tipo de pescaria é consumida pelos próprios ribeirinhos ou comercializada em

mercados locais.

Page 98: Baixo Amazonas - AM

98

O município de Parintins, onde o Pravárzea manteve um programa de coletas

de dados estatísticos de 2001 a 2004, é o único município do Baixo Amazonas onde

se tem mais informações disponíveis sobre a pesca.

Em 2002, o número de pescadores, segundo a Federação de Pescadores do

Amazonas era de 2.022. Dados do Provárzea/IBAMA, fornecidos pela mesma

federação, informam que em 2003 havia 2.050 pescadores associados à Colônia de

Pescadores de Parintins. Em 2004 havia somente 1.223 associados. Com estas

informações verificamos uma queda no número de associados nestes anos

disponíveis.

Número de pescadores registrados na colônia de pescadores em Parintins

0

500

1000

1500

2000

2500

2002 2003 2004

Anos disponíveis

N de pescadores

Figura 17. Número de pescadores registrados na colônia de pescadores em Parintins de 2002 a 2004.

O IDAM (2010) informa que o município possuía em 2007 um total de 74

criadores de peixes, sendo que nenhum era assistido por este órgão. Através de

piscicultura, o município produz cerca de 51 toneladas de peixes por ano.

Na figura 18, podemos observar o total desembarcado neste município; no ano

de 2001 foi de 2793,69 t com valores por mês que variaram entre o mínimo de 15 t

(janeiro) e o máximo de 472 t (maio) (PROVÁRZEA, 2002).

Page 99: Baixo Amazonas - AM

99

Figura 18. Desembarques pesqueiros mensais nos portos do município de Parintins em 2001.

Fonte: ProVárzea/Ibama - 2002.

Um total de 41 categorias de espécies foi registrado nos desembarques do

município de Parintins no ano de 2001. As cinco espécies mais capturadas

representam 60% do total, com destaque para o curimatã com 19% do volume total

(530 t), seguido do tambaqui (340 t), jaraqui (317 t), mapará (264 t) e surubins (219 t).

Quadro 44. Produção (t) e posição relativa das cinco principais espécies e espécies-alvo de defeso,

desembarcadas nos portos do município de Parintins em 2001.

Espécies

Produção (t)

%

Posição Relativa

Curimatã 530,37 18,98 1

Tambaqui 339,88 12,17 2

Jaraqui 316,74 11,34 3

Mapará 264,83 9,48 4

Surubins 219,21 7,85 5

Matrinxã 8,54 0,31 25

Os barcos de pesca são os responsáveis pela maior parte dos desembarques

de Parintins, alcançando 57% do volume de pescado desembarcado. As canoas

foram responsáveis por 10% do total.

Observamos, de uma maneira geral, que houve uma diminuição significativa na

quantidade de pescado desembarcado em Parintins nos dados disponíveis (Figura

19), sendo que os fatores que levaram a esses registros ainda não foram discutidos.

Page 100: Baixo Amazonas - AM

100

Quantidade de pescado desembarcado em Parintins

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

2001 2002 2003 2004

Anos disponíveis

Quantidade em

toneladas

Figura 19. Quantidades desembarcadas de pescado em Parintins de 2001 a 2004.

As políticas públicas para o setor da pesca, historicamente, não apresentam

alternativas para o desenvolvimento das populações empobrecidas, que compõem a

maior parcela do setor. O desenvolvimento do setor, em bases mais equitativas, com

justiça social, implicaria, por certo, um crescimento da economia do território.

Atualmente, o território enfrenta dificuldades na aquisição de infraestrutura de bens e

serviços para reduzir as desigualdades; precariedade nas condições de trabalho do

setor da pesca, com limitado acesso restrito dos pescadores aos direitos sociais

trabalhistas; limitada participação dos pescadores aos espaços sociais de tomada de

decisão; e falta de política de investimento e apoio, por parte do governo, aos

pescadores e suas organizações.

3.3.4 Extrativismo Vegetal

A extração vegetal no Território Baixo Amazonas é direcionado para a

produção de açai, castanha, tucum, carvão vegetal, lenha e madeira.

Extração Vegetação - Alimentícios (Toneladas)

No Território Baixo Amazonas, a produção vegetal para fins alimentícios se dá

exclusivamente pela extração do açaí e da castanha-do-brasil.

A produção de açaí no Território Baixo Amazonas ocorre de forma incipiente

somente no município de Parintins que, em 2007 e 2008, alcançou uma produção de

7 toneladas, representando 05,% do total de produção no estado do Amazonas e

gerando uma renda de 11 mil reais para o município.

Page 101: Baixo Amazonas - AM

101

A extração da castanha-do-brasil ocorre em todos os municípios do território,

excluindo São Sebastião do Uatumã. Maior destaque no Território é dado ao

município de Nhamundá que, em 2007, alcançou uma produção de 160 tonelada e,

em 2008, 165 toneladas, gerando uma renda em cerca de 350 mil reais, entretanto, o

município de Nhamundá participa somente com 1,8% da produção no estado do

Amazonas (Quadro 45).

Quadro 45. Quantidade produzida e valor da produção na extração vegetal por tipo de produto extrativo - alimentício (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas.

Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas

Tipo de produto extrativo

(Toneladas)

Quantidade Produzida Valor da Produção (Mil

Reais)

2007 2008 2007 2008

Amazonas Açaí 1.220 1.274 1.114 1.392

Castanha-do-brasil 8.871 9.111 21.486 23.502

Barreirinha Castanha-do-brasil 9 10 17 19

Boa Vista do Ramos Castanha-do-brasil 10 15 19 35

Maués Castanha-do-brasil 38 39 73 87

Nhamundá Castanha-do-brasil 160 165 336 363

Parintins Açaí 7 7 6 16

Castanha-do-brasil 12 12 21 23

São Sebastião do Uatumã Castanha-do-brasil 1 2 3 6

Urucará Castanha-do-brasil 6 6 16 16

Fonte: IBGE - Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, 2007 e 2008.

Extração Vegetação - Oleaginosas (Toneladas)

Com relação à produção de produtos extrativos para fins oleaginosos, destaca-

se apenas no município de Urucará, a extração de amêndoa de tucum, sendo uma

fonte importante de economia, pois o município representa 94% da produção do

estado do Amazonas, gerando uma renda de 23 mil reais para o município (Quadro

486).

Quadro 46. Quantidade produzida e valor da produção na extração vegetal por tipo de produto extrativo - oleaginosas (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas.

Unidade da Federação e Território Baixo Amazonas

Tipo de produto extrativo (Toneladas)

Quantidade Produzida

Valor da Produção (Mil Reais)

2007 2008 2007 2008

Amazonas Tucum (amêndoa) 16 18 29 22

Urucará - AM Tucum (amêndoa) 15 17 27 20

Fonte: IBGE - Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, 2007 e 2008.

Page 102: Baixo Amazonas - AM

102

Extração Vegetação – Carvão Vegetal, Lenha e Madeira

A produção de carvão vegetal ocorre somente nos municípios de Boa Vista do

Ramos e Parintins. Em 2007 e 2008, ambos os municípios apresentam uma produção

média de 15 toneladas de carvão vegetal, representando um percentual de 0,28% do

total produzido (Quadro 25). A produção de lenha em metros cúbicos ocorre em todos

os municípios do Território Baixo Amazonas, maior destaque é dado aos municípios

de Barreirinha, Maués, Parintins e Urucará. Parintins apresentou, em 2008, uma

produção com cerca de 54.849 m3 de lenha, Urucará, 39.470 m3, Barreirinha

31.035m3 e Maués 25.468m3, juntos somaram um total de 95.973m3, representanto,

em 2008, apenas 4% da produção de lenha do estado (Quadro 25). A produção de

madeira em metros cúbicos ocorre Barreirinha, Parintins e Urucará. A soma da

produção de madeira nestes três municípios, em 2008, alcancou cerca 17.489 m3 ,

representando apenas 1,5% do total do estado do Amazonas (Quadro 47).

Quadro 47. Quantidade produzida e valor da produção na extração vegetal por tipo de produto extrativo – carvão vegetal, lenha e madeira (2007 e 2008) no Território Baixo Amazonas.

Unidade da Federação e Território Baixo

Amazonas Tipo de produto extrativo

Produzida Valor da Produção

(Mil Reais)

2007 2008 2007 2008

Amazonas

Carvão vegetal (Toneladas) 5.362 5.721 6.076 6.989

Lenha (Metros cúbicos) 2.645.389 2.728.455 10.829 11.757

Madeira em tora (Metros cúbicos) 1.063.425 1.102.976 28.131 30.037

Barreirinha - AM Lenha (Metros cúbicos) 30.131 31.035 104 109

Madeira em tora (Metros cúbicos) 5.086 5.239 134 138

Boa Vista do Ramos - AM Carvão vegetal (Toneladas) 3 3 4 4

Lenha (Metros cúbicos) 7.854 8.090 29 31

Maués - AM Lenha (Metros cúbicos) 24.726 25.468 94 99

Nhamundá - AM Lenha (Metros cúbicos) 11.362 11.726 35 36

Parintins - AM

Carvão vegetal (Toneladas) 28 28 26 31

Lenha (Metros cúbicos) 54.323 54.849 228 263

Madeira em tora (Metros cúbicos) 5.736 6.023 157 169 São Sebastião do Uatumã - AM

Lenha (Metros cúbicos) 12.173 12.781 54 64

Urucará - AM Lenha (Metros cúbicos) 39.324 39.470 187 197

Madeira em tora (Metros cúbicos) 5.844 6.227 196 218

Fonte: IBGE - Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, 2007 e 2008.

Um dos principais problemas da agricultura familiar está relacionado a perda da

produção. À perda da produção que ocorre na fase de colheita e transorte do produto

Page 103: Baixo Amazonas - AM

103

até a residência do produtor. Outro aspecto está relacionado à falta de infraestrutura

de armanezamento, transporte e comercialização.

Não são insignificativos os processos de agregação de valor. Não é otimizada

a produção de produtos ue são subutilizados como é o caso da farinha de mandioca

que, além da produção de farinha não é incentivada a produção de outros

subprodutos como tucupi e amido. Além disso, a qualidade da farinha é inferior, fator

responsável pela baixa cotação do preço no mercado.

A extensa cadeia de intermediação dos produtos da agricultura familiar

compromente sua reprodução social. A comercialização deverá ser assumida pelos

agricultores familiares, mediante a organização dos mesmos em forma de

associações ou cooperativas, o que será objeto de palestras e campanhas para

conscientizá-los da importânca dessa prática para atender às necessidades da

comunidade.

O tema agricultura apresenta expressivos problemas estruturais, que levam ao

compromentimento da sustentabilidade da agricultura familiar, tais como: modelo

indaquado de ATER, fragilidade do IDAM, falta de estrutura de apoio para

escoamento da produção, preço baixo da produção, falta de estrutura para

agroindustrialização dos produtos e baixa produtividade nos sistemas de cultivos.

3.3.5 Setor Secundário

No setor secundário, Parintins e Maués detém 43,3 % e 25,7%,

respectivamente do total de empreendimentos cadastrados no Território.

Barreirinha, de acordo com IBGE (2007), possui cadastrada 79

empreendimentos, dentre as quais podemos observar a usina de beneficiamento de

arroz, olarias, marcenarias e padarias. Em Boa Vista do Ramos, constam 75

empreendimentos discriminados como serrarias e padarias. Em Maués, 396

empreendimentos estão cadastrados, entre as quais se destacam a usina de extração

de essências de pau-rosa, serrarias, beneficiamento de guaraná, fábricas de gelo,

movelarias, panificadoras e olarias. Nhamundá possui 69 empreendimentos. No

município de Parintins, constam 713, participando deste potencial estão as indústrias

da construção civil, esquadrias metálicas, peças metálicas, gelo, redes e tapetes,

beneficiamento de malva, sacos/fios/tela de juta, beneficiamento de arroz, moinho de

café, beneficiamento de pau-rosa, estaleiros, serrarias, olarias e marcenarias. São

Page 104: Baixo Amazonas - AM

104

Sebastião do Uatumã possui apenas 31 empreendimentos cadastrados, entre os

quais se estacam os estaleiros, olarias, serrarias, carpintarias e padarias. Urucará

possui 176 empreendimento cadastrados, entre os quais se destacam, olarias,

fabricantes de móveis de madeira, fábricas de gelo, padarias, vestuários, artigos de

viagens e tecidos.

O maior percentual de pessoal ocupado é dado aos municípios de Parintins

(5.860 pessoas) e Maués com 2.686 pessoas, o menor percentual de pessoas

ocupadas neste setor se dá nos municípios de São Sebastião do Uatumã (257

pessoas) e Boa Vista do Ramos com 367 pessoas. O número de pessoal assalariado

é mais expressivo em Parintins 5.196 pessoas, representanto 88,7% e Maués com

2.407 pessoas, representando 89,6% do pessoal total ocupado.

O salário médio mensal varia entre 1,4 a 2,3 salários mínimos. O salário médio

mensal mais elevado é pago pelo município de Barreirinha, com pelo menos 2,3

salários mínimos mensais, o salário menos expressivo no setor fica em torno de 1,4

no município de Boa Vista do Ramos (Quadro 48).

Quadro 48. Quantidade de indústrias e pessoal ocupado no ano de 2007 no Território Baixo Amazonas.

Unidade da Federação e

Território Baixo Amazonas

Quant. indústria cadastrada

s

Tipo de Indústrias

Pessoal ocupado total

(Pessoas)

Pessoal ocupado assalaria

do (Pessoas

)

Salário médio mensal

(Salários Mínimos)

Barreirinha 79 Usina de beneficiamento de arroz, olaria,

marcenarias e padarias. 826 761 2,3

Boa Vista do Ramos

75 Serraria e padaria 367 305 1,4

Maués 396 Usina de extração de essências de pau-rosa,

serrarias, beneficiamento de guaraná, fábrica de gelo, movelarias, panificadoras e olaria.

2.686 2.407 2

Nhamundá 69 Sem informação 766 720 1,6

Parintins 713

Esquadrias metálicas, peças metálicas, gelo, redes e tapetes, beneficiamento de malva, sacos/fios/tela de juta, beneficiamento de arroz, moinho de café, beneficiamento de pau-rosa, estaleiros, serrarias,

olarias, marcenarias.

5.860 5.196 2

São Sebastião do Uatumã

31 Estaleiros, olaria, serrarias, carpintaria e padaria. 257 235 1,5

Urucará 176 Olarias, fabricantes de móveis de madeira, fábrica de gelo, padaria, vestuário, artigos de viagens e

tecidos. 995 834 1,7

Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2007 e SEGOV-AM, 2010.

Page 105: Baixo Amazonas - AM

105

3.3.6 Setor Terciário

3.3.6.1 Turismo

Os segmentos do turismo no estado do Amazonas seguem no sentido de

atender ao público em serviços de hotelaria urbana, hotelaria de selva, cruzeiros

marítimos e pesca esportiva.

No ano de 2008, a quantidade de turistas registrado em hotelaria urbana

alcançou um número de 439.105 turistas, em hotelaria de selva (32.482 turistas), em

cruzeiros marítimos e pesca esportiva, cerca de 17.655 e 5.842 turistas

respectivamente, com um total de 495.084 turistas que visitaram o Amazonas

(ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO AMAZONAS, 2009).

De acordo com a Secretaria de Estado da Cultura e Turismo do Amazonas

(2008), os principais eventos promovidos pelos municípios acontecem ao longo do

ano.

Em Boa Vista do Ramos acontece a Festa do Padroeiro São Sebastião (10 a

20) e o Aniversário do Município (31), ambos no mês de janeiro.

No município de São Sebastião do Uatumã, também, no mês de janeiro se

comemora a Festa do Padroeiro São Sebastião (10 a 20).

Em Nhamundá, acontece em maio o Aniversário do Município (30) e a Festa do

Trabalhador (01) e, em setembro, a Festa da Pesca do Tucunaré (data móvel).

Em Parintins comemora-se no mês de março o Carnaval de Rua (data móvel)

e, em junho, o Festival Folclórico de Parintins (12 a 30) e a Festa da Padroeira da

Cidade.

No município de Urucará no mês de maio se comemora o aniversário do

município (10).

Em Barreirinha acontece o Festival Folclórico de Barreirinha (25 a 27), em

junho; e em julho , a Festa do Milho (7); a Festa da Padroeira Nossa Senhora do Bom

Socorro (05 a 15) em agosto; a Pesca do Tucunaré (data móvel); Exposição

Agropecuária do Distrito de Terra Preta (15 a 17); o Festival de Arte e Cultura Popular

Intercomunitário (22 a 29), em setembro; em dezembro, acontece a Festa de São

Benedito (26).

Em Maués, no dia 25 de junho se comemora o Aniversário do Município (25),

em setembro o Festival de Verão (4 a 7), em novembro, a Festa da Padroeira Nossa

Senhora da Conceição (1 a 8) e a Festa do Guaraná (último final de semana).

Page 106: Baixo Amazonas - AM

106

Entretanto, as maiores expressões no setor turístico no Território Baixo

Amazonas estão nas manifestações religiosas, nas festas ligadas ao ciclo produtivo,

como festas juninas, a literatura, artesanato, culinária e os folclores.

Existem no território dois patrimônios significativos: em Maués, com acervo de

várias coleções representativas da cultura do guaraná, documentos, iconografia entre

outros. Em Barreirinha, a casa do Poeta Thiago de Melo, cujo patrimônio imaterial

divulga e preserva a memória do poeta.

O potencial dos sítios arqueológicos do território possibilita a exploração

turística que podem ser mais bem aproveitadas. No Território, estão localizados

diversos sítios arqueológicos, principalmente em Maués, Parintins, Barreirinha,

Urucará e outros.

3.3.6.2 Comércio e Serviços

Setor de Comércio

Barreirinha possui estabelecimentos comerciais de atacado e varejo,

destacando os empreendimentos como lojas financeiras, empresas de informática,

mercadinhos, restaurantes e estabelecimentos de pinturas (BAETURISMO, 2010).

O município de Boa Vista do Ramos possui estabelecimentos varejistas dos

mais diversificados produtos, que vão desde gêneros alimentícios até material de

construção, incluindo medicamentos em geral (SEGOV-AM, 2010).

Em Maués, o comércio possui estabelecimentos varejistas e atacadistas, os

estabelecimentos mais encontrados no município são lojas de vestimentas, artigos

diversificados, livrarias, vídeo locadora e estabelecimentos de gêneros alimentícios

(CNM, 2010).

A proximidade de centros comerciais urbanos de Faro e Terra Santa, no Pará,

e Parintins, no Território Baixo Amazonas, e a diminuta área urbana da Ilha de

Nhamundá foram responsáveis pelo limitado desenvolvimento do setor comercial do

município, que é representado por pequenos estabelecimentos varejistas como lojas

de confecções, mercadinhos, bares, açougues, postos, entre outros (COUTO, 2007).

Parintins conta com cerca de 1.000 estabelecimentos comerciais, varejista e

atacadista dos mais diversificados produtos, que vão de gêneros alimentícios a

materiais de construção (COUTO, 2005).

Page 107: Baixo Amazonas - AM

107

Em São Sebastião do Uatumã e Urucará, os estabelecimentos comerciais se

dividem em comércio varejista e atacadista (SEGOV-AM, 2010).

Setor de Serviços

No Território Baixo Amazonas, os municípios contam com os serviços das

administrações municipais e estaduais e com os serviços prestados por empresa

privadas (Quadro 51).

Em Barreirinha, por exemplo, destacam-se os serviços oferecidos em hotéis e

pensões e estes são responsáveis por 64,5 % do PIB.

No município de Boa Vista do Ramos, os serviços de carpinteiro, costureira,

pintor de paredes, mestre de obras, construtor e outros foram responsáveis por 65,3

% do PIB.

Em Maués, os serviços de hotéis, consultórios médicos, odontológicos,

protéticos, oculistas, contadores, relojoeiros, consertos de carros, motos e barcos,

cabeleireiros, fotógrafos, borracharia, ourivesaria e oficina de refrigeração respondem

por 65,1 % do PIB.

Em Nhamundá, destacam-se os serviços oferecidos em pousadas,

restaurantes, oficinas mecânicas, empresas de comunicação, etc., (COUTO, 2007) e

são responsáveis por 48 % do PIB.

A prestação de serviços no município de Parintins é responsável por 75,4% do

PIB municipal e destaca-se nos ofícios de cabeleireiros, protéticos, borracharias,

oficinas de autos e equipamentos eletrônicos, além de médicos, dentista,

contabilistas, hotéis, bares, restaurantes, etc. Parintins possui cinco agências

bancárias: Banco do Amazonas, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Bradesco e

Caixa Econômica Federal (COUTO, 2005).

Em São Sebastião do Uatumã, o setor de serviços respondeu por 66,8 % do

PIB municipal, Urucará se destacou pelos serviços de agência bancária, mercado

municipal, feira do produtor, matadouro e foram responsáveis por 57,1% do PIB no

município em 2007.

Page 108: Baixo Amazonas - AM

108

Quadro 49. Setor de Serviços no Território Baixo Amazonas.

Território Baixo Amazonas Percentual de Serviços do PIB

2007 (%)

Especificações de Serviços

Baixo Amazonas 66,8 -------

Barreirinha 64,5 Hotéis e pensões.

Boa Vista do Ramos 65,3 Carpinteiro, costureira, pintor de paredes, mestre de obras, construtor e

outros.

Maués 65,1

Hotéis, consultórios médicos, odontológicos, protéticos, oculistas, contadores, relojoeiros, consertos de carros, motos e barcos, cabeleireiros, fotógrafos, borracharia, ourivesaria e oficina de

refrigeração.

Nhamundá 48,0 Pousadas, restaurantes, oficinas mecânicas, empresas de

comunicação e outros.

Parintins 75,4 Cabeleireiros, protéticos, borracharias, oficinas de autos e

equipamentos eletrônicos, além de médicos, dentista, contabilistas, hotéis, bares, restaurantes e outros.

São Sebastião do Uatumã 66,8 Não especificado.

Urucará 57,1 Agência bancária, mercado municipal, feira do produtor, matadouro.

Fonte: IBGE, PIB 2007 e SEGOV-AM, 2010.

Page 109: Baixo Amazonas - AM

109

IV – VISÃO DE FUTURO

A visão de futuro pode ser entendida como a identificação dos sonhos

individuais e coletivos das comunidades e sujeitos que fazem parte do Território Baixo

Amazonas. Dito de outra forma, a visão de futuro surge de uma análise sobre a

situação atual do território, e define um ideal a ser alcançado num universo temporal a

ser estabelecido pelo grupo. A partir dessa análise os participantes do processo de

planejamento apresentam propostas dos empreendimentos que desejam realizar no

Território.

A visão de futuro do PTDRS é: promover o desenvolvimento das dimensões de

sustentabilidade (ambiental, sociocultural e educacional, socioeconômica e política

institucional) da agricultura familiar, em quinze anos. Tendo, como linhas mestras que

orientam e atraem o processo de desenvolvimento, as seguintes diretrizes:

Page 110: Baixo Amazonas - AM

110

V – DIRETRIZES

• Estimular o desenvolvimento com equidade, evitando-se a reprodução de uma

sociedade desigual, em que poucos se beneficiam dos investimentos e das

iniciativas organizadas para a região.

• Minimizar o desmatamento ilegal, associado à transformação da estrutura

produtiva regional, impedindo a replicação do padrão extensivo do uso do solo

que caracterizou a economia de fronteira da Amazônia nas últimas décadas.

• Fortalecer a sociedade civil da região, para que o avanço da presença do

Estado se construa em sinergia com o engajamento da sociedade local.

Page 111: Baixo Amazonas - AM

111

VI – OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

• Estimular o desenvolvimento da produção rural com bases sustentáveis e no

uso de tecnologias de manejo de recursos naturais de baixo impacto;

• Estimular o diálogo e a criação de novos padrões de procedimento e

relacionamento entre a comunidade e as várias instâncias institucionais;

• Fortalecer a articulação entre governo e sociedade para impulsionar o

desenvolvimento sustentável local;

• Maximizar a recuperação de áreas alteradas com ênfase na agroecologia;

• Intensificar a conscientização ambiental, voltadas para a preservação e

conservação ambiental;

• Intensificar ações sociais de saúde, educação e inclusão social.

• Articular a cooperação institucional por meio das Câmaras Temáticas e os

Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável, com vista ao

processo de planejamento das atividades territoriais;

• Fortalecer a gestão do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável

– PTDRS.

Page 112: Baixo Amazonas - AM

112

EIXO ESTRATÉGICO

1. FOMENTO ÀS ATIVIDADES PRODUTIVAS SUSTENTÁVEIS

Diretrizes: Estimular o desenvolvimento da produção rural com bases sustentáveis e no uso de tecnologias de manejo de recursos naturais de baixo impacto.

Programas: Estruturar cadeias produtivas sustentáveis, com a incorporação de novas culturas e a valorização das técnicas e dos conhecimentos tradicionais.

Articular ações de desenvolvimento da agricultura familiar.

Projetos: Fortalecimento Territorial da Cadeia Produtiva da Mandioca

Fortalecimento Territorial da Cadeia Produtiva do Mel e seus Derivados

Fortalecimento Territorial da Cadeia Produtiva do Guaraná

Fortalecimento Territorial da Cadeia Produtiva da Fruticultura

Fortalecimento Territorial da Cadeia Produtiva do leite

Fortalecimento Territorial da Cadeia Produtiva da Castanha-do-brasil

Consolidação dos sistemas agroflorestais como estratégia de desenvolvimento da agricultura familiar

Apoio às ações de comercialização e abastecimento da agricultura familiar

Apoio a agroindustrialização

Garantia de assistência técnica e treinamento em extensão rural

Garantia de crédito de fomento por meio de suas organizações associativas para os agricultores familiares

Page 113: Baixo Amazonas - AM

11

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pro

du

tiva

s

• C

riar

e m

elh

ora

r a

infr

aest

rutu

ra d

e co

mer

cial

izaç

ão (

vias

de

aces

so, d

epó

sito

s e

ou

tro

s)

• R

ealiz

ar p

roce

sso

de

neg

oci

ação

po

lític

o-i

nst

itu

cio

nal

Page 115: Baixo Amazonas - AM

11

5

PR

OG

RA

MA

S P

RO

JETO

S A

ÇÕ

ES

• Q

ual

ific

ar t

ecn

icam

ente

e/o

u g

eren

cial

men

te a

s ag

roin

stri

as,

resu

ltan

do

na

(re)

elab

ora

ção

de

mo

del

os

de

gest

ão c

om

pat

ívei

s co

m a

rea

lidad

e d

o

pro

jeto

e d

e se

us

agen

tes

(ges

tore

s e/

ou

ben

efic

iári

os)

• I

mp

lan

tar

e m

od

ern

izar

un

idad

e d

e ag

roin

stri

a d

e C

asta

nh

a-d

o-b

rasi

l, lo

caliz

ada

no

mu

nic

ípio

de

Nh

amu

nd

á

A

rtic

ula

ções

de

açõ

es d

e d

esen

volv

imen

to d

a ag

ricu

ltu

ra f

amili

ar

Co

nso

lidaç

ão d

os

sist

emas

ag

rofl

ore

stai

s co

mo

est

raté

gia

de

de

sen

volv

imen

to d

a ag

ricu

ltu

ra

fam

iliar

• G

aran

tir

Inve

stim

ento

s su

bsi

dia

do

s p

ara

agri

cult

ore

s fa

mili

ares

em

tra

nsi

ção

par

a p

rod

uçã

o o

rgân

ica

• A

po

iar

a re

aliz

ação

de

feir

as e

eve

nto

s ag

roec

oló

gico

s

• A

mp

liar

o a

cess

o a

o P

RO

NA

F A

GR

OEC

OLO

GIA

e F

LOR

ESTA

• C

apac

itar

pro

fiss

ion

ais

na

elab

ora

ção

, exe

cuçã

o, m

on

ito

ram

ento

e a

valia

ção

de

pro

jeto

s ag

rofl

ore

stai

s

• F

ort

alec

er a

Ped

ago

gia

da

Alt

ern

ânci

a -

Cas

a Fa

mili

ar R

ura

l

• P

rom

ove

r a

form

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em

agr

oec

olo

gia

Ap

oio

às

açõ

es d

e co

mer

cial

izaç

ão e

ab

aste

cim

ento

d

a ag

ricu

ltu

ra f

amili

ar

• P

rom

ove

r a

real

izaç

ão d

o E

nco

ntr

o T

erri

tori

al d

e P

AA

e P

NA

E

• A

dq

uir

ir k

it´s

de

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a

• A

dq

uir

ir a

logí

stic

a d

e tr

ansp

ort

e

• A

po

iar

a aq

uis

ição

de

galp

ões

e e

stru

tura

de

arm

azen

amen

to

• C

apac

itar

os

emp

reen

dim

ento

s, v

isan

do

o d

esen

volv

imen

to d

o p

roce

sso

pro

du

tivo

e c

om

erci

aliz

ação

e c

on

seq

üen

tem

ente

a m

elh

ori

a d

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idad

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os

pro

du

tos

com

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aliz

ado

s

• F

orm

ar c

om

itê

gest

or

das

fei

ras

• P

rom

ove

r a

amp

liaçã

o d

o P

rogr

ama

Aq

uis

ição

de

Alim

ento

s –

PA

A –

do

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sim

ult

ânea

• P

rom

ove

r a

org

aniz

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do

s ag

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lto

res

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iliar

es v

isan

do

o a

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o a

o P

rogr

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Nac

ion

al d

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limen

taçã

o E

sco

lar

– P

NA

E

• F

ort

alec

er a

CO

OP

ERA

TIV

A C

OO

TEM

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co

mo

Bas

e Te

rrit

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al d

e Se

rviç

os

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om

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aliz

ação

(as

sess

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a, f

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esp

ecíf

ica,

eve

nto

s e

enco

ntr

os,

pro

du

ção

de

mat

eria

l de

div

ulg

ação

, etc

.)

• C

riar

e m

elh

ora

r a

infr

aest

rutu

ra d

e co

mer

cial

izaç

ão (

cen

trai

s d

e co

mer

cial

izaç

ão, a

cess

o, d

epó

sito

s e

ou

tro

s).

• P

rom

ove

r a

imp

lan

taçã

o e

org

aniz

ação

de

feir

as

Ap

oio

a a

gro

ind

ust

rial

izaç

ão

• I

mp

lan

tar

Sist

ema

Insp

eção

Mu

nic

ipal

- S

IM

Page 116: Baixo Amazonas - AM

11

6

PR

OG

RA

MA

S P

RO

JETO

S A

ÇÕ

ES

• A

po

iar

à p

arti

cip

ação

em

eve

nto

s d

e d

ivu

lgaç

ão e

ven

da

de

pro

du

tos

das

agr

oin

stri

as f

amili

ares

e d

a ag

ricu

ltu

ra f

amili

ar.

• E

stru

tura

r p

roce

sso

de

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ação

co

nti

nu

ada

(bo

as p

ráti

cas,

div

ersi

fica

ção

e a

pri

mo

ram

ento

téc

nic

o)

Art

icu

laçõ

es d

e aç

ões

de

des

envo

lvim

ento

da

agri

cult

ura

fam

iliar

Gar

anti

a d

e as

sist

ênc

ia t

écn

ica

e tr

ein

amen

to e

m e

xten

são

ru

ral

• P

rom

ove

r a

real

izaç

ão d

o e

nco

ntr

o t

err

ito

rial

de

ATE

R, c

réd

ito

e P

lan

o S

afra

• G

aran

tir

a o

per

acio

nal

izaç

ão d

e cr

eden

ciam

ento

de

org

aniz

açõ

es d

e A

TER

• A

po

iar

o p

roce

sso

ed

uca

tivo

de

form

ação

e c

apac

itaç

ão ju

nto

a a

gric

ult

ore

s fa

mili

ares

, po

vos

ind

ígen

as e

ou

tras

po

pu

laçõ

es t

rad

icio

nai

s

• F

om

enta

r as

red

es d

e in

terc

âmb

io d

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on

hec

imen

tos,

en

volv

end

o in

stit

uiç

ões

de

pes

qu

isa,

org

aniz

açõ

es s

oci

ais

e o

utr

os

par

ceir

os

• P

rom

ove

r o

fo

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ecim

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do

IDA

M, a

ssim

co

mo

a a

mp

liaçã

o d

o q

uad

ro t

écn

ico

e in

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stru

tura

op

erac

ion

al

• A

rtic

ula

r co

m a

s p

refe

itu

ras

a o

fert

a d

e A

TER

• A

rtic

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r o

s se

rviç

os

de

exte

nsã

o c

om

os

org

anis

mo

s d

e p

esq

uis

as e

de

ensi

no

• A

TER

par

a at

ivid

ades

esp

ecíf

icas

: man

dio

ca, m

el, l

eite

, gu

aran

á e

fru

tas

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ersa

s

• F

ort

alec

er e

am

plia

r as

esc

ola

s ag

roté

cnic

as e

cas

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amili

ares

ru

rais

Gar

anti

a d

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réd

ito

de

fom

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p

or

mei

o d

e su

as o

rgan

izaç

ões

as

soci

ativ

as p

ara

os

agri

cult

ore

s fa

mili

are

s

• A

po

iar

a el

abo

raçã

o d

os

pla

no

s m

un

icip

ais

de

recu

per

ação

do

PR

ON

AF

• A

rtic

ula

r co

m a

s p

refe

itu

ras

a o

fert

a d

e cr

édit

o

• C

apac

itar

téc

nic

os

qu

e vi

abili

zam

o a

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o a

o c

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ito

• I

nce

nti

var

a im

pla

nta

ção

de

coo

per

ativ

as d

e cr

édit

o

• E

lab

ora

r P

lan

o S

afra

Ter

rito

rial

, co

mo

ref

erên

cia

estr

atég

ica

par

a a

def

iniç

ão d

e at

ivid

ades

a s

erem

est

imu

lad

as p

elo

cré

dit

o

• P

rom

ove

r En

con

tro

Ter

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so

bre

Cré

dit

o, A

TER

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TES

• P

rio

riza

r o

fin

anci

amen

to d

a es

tru

tura

das

cad

eias

pro

du

tiva

s d

e p

rod

uçã

o f

amili

ar,

viab

iliza

nd

o o

ace

sso

ao

cré

dit

o e

in

cen

tivo

s fi

scai

s p

ara

as c

adei

as

pro

du

tiva

da

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ca, m

el, l

eite

, gu

aran

á e

po

lpas

• F

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alec

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am

plia

r fi

nan

ciam

ento

s e

lin

has

de

créd

ito

às

mu

lher

es a

gric

ult

ora

s fa

mili

ares

• A

po

iar

a ar

ticu

laçã

o p

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amp

liaçã

o d

os

po

sto

s d

e p

agam

ento

s d

os

ben

efic

iad

os

do

PR

ON

AF

Page 117: Baixo Amazonas - AM

11

7

Page 118: Baixo Amazonas - AM

118

EIXO ESTRATÉGICO

2. ORDENAMENTO TERRITORIAL, REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA E GESTÃO

AMBIENTAL

Diretrizes: Promover um conjunto de ações voltadas para o ordenamento territorial, regularização agrária e gestão ambiental, fomento a atividades sustentáveis com inovação tecnológica e agregação de valor.

Programas:

Economias Sustentáveis

Ordenamento Fundiário

Fortalecimento Institucional

Agenda Socioambiental

Gestão e Monitoramento

Qualidade e Saneamento Ambiental

Projetos:

Manejo Comunitário do Pirarucu

Fortalecimento da meliponicultura no Baixo Amazonas

Implantação do manejo comunitário do jacaré

Promover a elaboração dos planos de manejo e estratégias de uso múltiplo em comunidades Quilombolas

Implantação de atividades turísticas nas áreas protegidas

Implantação de atividades turísticas nas áreas protegidas

Reconhecimento dos direitos à regularização da terra das comunidades quilombolas

Reconhecimento dos direitos à regularização da propriedade dos agricultores familiares

Consolidação dos sistemas municipais de meio ambiente nos municípios do Baixo Amazonas

Fortalecimento da educação ambiental como instrumento de proteção e conservação dos recursos naturais

Page 119: Baixo Amazonas - AM

119

Implantação do programa Coletivos Educadores e Salas Verdes

Implantação do programa Agenda Ambiental na Administração Pública - A3P

Gestão Ambiental em áreas protegidas

Pactos Sociais para o Manejo de Recursos Naturais

Promoção do uso de recursos naturais renováveis e das áreas alteradas para minimizar o desequilíbrio de ecossistemas pelo manejo sustentável

Promoção da implantação, ampliação e modernização de sistema de saneamento ambiental nos núcleos urbanos e comunidades rurais

Page 120: Baixo Amazonas - AM

12

0 T

abela

2. M

atr

iz d

e pla

nej

am

ento

const

ruíd

a a

part

ir d

o Eixo Ordenam

ento Territorial, R

egularização Fundiária, Gestão Ambiental,

apre

senta

ndo o

s pro

gram

as,

pro

jeto

s e

açõ

es.

PR

OG

RA

MA

S P

RO

JETO

S A

ÇÕ

ES

Eco

no

mia

s

Sust

entá

veis

Man

ejo

Co

mu

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ário

do

Pir

aru

cu

• D

iagn

ost

icar

po

ten

cial

de

uso

do

s R

ecu

rso

s P

esq

uei

ros

• E

lab

ora

r ac

ord

o d

e p

esca

• A

com

pan

har

co

nta

gem

e p

esca

do

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aru

cu

• R

ealiz

ar o

fici

na

de

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iaçã

o d

a p

esca

do

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aru

cu

• M

on

ito

rar

man

ejo

de

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cu

• P

rom

ove

r o

fici

nas

de

edu

caçã

o a

mb

ien

tal

• A

dq

uir

ir b

ases

de

mo

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ora

men

to d

os

lago

s m

anej

adas

• A

po

iar

imp

lan

taçã

o d

e in

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stru

tura

na

com

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aliz

ação

do

pei

xe m

anej

ado

• A

po

iar

via

bas

e d

e se

rviç

o e

co

mer

cial

izaç

ão, à

des

pes

ca d

o p

irar

ucu

Fort

alec

imen

to d

a

mel

ipo

nic

ult

ura

no

Bai

xo

Am

azo

nas

• R

ealiz

ar o

fici

nas

de

man

ejo

da

abel

ha

ind

ígen

a se

m f

errã

o

• R

ealiz

ar o

fici

nas

de

elab

ora

ção

de

me

lipo

nár

ios

• R

ealiz

ar o

fici

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de

mo

nit

ora

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to d

os

mel

ipo

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ios

• P

rom

ove

r en

con

tro

ter

rito

rial

de

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ca d

e ex

per

iên

cias

do

s ag

ricu

lto

res

fam

iliar

es q

ue

trab

alh

am c

om

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ípo

nas

Imp

lan

taçã

o d

o m

anej

o

com

un

itár

io d

o ja

caré

• R

ealiz

ar e

stu

do

de

via

bili

dad

e d

e im

pla

nta

ção

do

man

ejo

do

jaca

ré n

a A

PA

Nh

amu

nd

á, p

aran

á d

o U

rucu

ritu

ba,

par

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Ram

os,

co

mu

nid

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São

To

e ri

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irá

Pro

mo

ver

a el

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raçã

o d

os

pla

no

s d

e m

anej

o e

est

raté

gias

de

uso

ltip

lo e

m c

om

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idad

es

Qu

ilom

bo

las

• E

lab

ora

r p

roje

to p

ara

apo

io a

o d

esen

volv

imen

to S

ust

entá

vel d

as C

om

un

idad

es Q

uilo

mb

ola

s

Imp

lan

taçã

o d

e at

ivid

ades

turí

stic

as n

as á

reas

pro

tegi

das

• E

lab

ora

r o

zo

nea

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to c

om

ind

icat

ivo

s p

ara

os

tip

os

de

exp

lora

ção

do

tu

rism

o s

ust

entá

vel

• E

lab

ora

r P

lan

o d

e Tu

rism

o S

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err

itó

rio

• P

rom

ove

r o

deb

ate

com

a p

op

ula

ção

so

bre

a c

on

stru

ção

de

um

pro

jeto

de

turi

smo

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lidár

io d

e b

ase

co

mu

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ária

cen

trad

o n

as d

ire

triz

es d

a ec

on

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ia

solid

ária

e t

uri

smo

loca

l

• C

apac

itar

agr

icu

lto

res

fam

iliar

es e

m t

uri

smo

• D

ivu

lgar

lin

has

de

créd

ito

par

a m

elh

ori

a d

a in

frae

stru

tru

ra d

as p

rop

ried

ades

Page 121: Baixo Amazonas - AM

12

1

PR

OG

RA

MA

S P

RO

JETO

S A

ÇÕ

ES

Eco

no

mia

s Su

sten

táve

is

Imp

lan

taçã

o d

e at

ivid

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turí

stic

as n

as á

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pro

tegi

das

• I

mp

lan

tar

sist

ema

de

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ora

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to e

fis

caliz

ação

am

bie

nta

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UC

´s

• C

on

stru

ir o

u a

deq

uar

os

Cen

tro

s d

e In

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açõ

es T

urí

stic

as

• E

lab

ora

r In

ven

tári

o d

a C

ult

ura

Po

pu

lar

do

Ter

ritó

rio

• R

ealiz

ar p

esq

uis

a d

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eman

da

turí

stic

a p

ara

iden

tifi

car

os

pri

nci

pai

s m

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do

s em

isso

res

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per

fil d

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uri

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• A

po

iar

a in

stal

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de

cen

tro

s d

e ca

paci

taçã

o, p

rod

uçã

o e

co

mer

cial

izaç

ão d

o a

rtes

anat

o t

erri

tori

al

• A

po

iar

e in

cen

tiva

r a

com

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aliz

ação

de

arte

san

ato

• A

po

iar

a es

tru

tura

ção

de

ofi

cin

as d

e tr

abal

ho

de

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são

Ord

enam

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Fu

nd

iári

o

Rec

on

hec

imen

to d

os

dir

eito

s à

regu

lari

zaçã

o d

a te

rra

das

com

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idad

es q

uilo

mb

ola

s

• P

rom

ove

r re

un

ião

vis

and

o à

reg

ula

riza

ção

das

ter

ras

das

co

mu

nid

ades

qu

ilom

bo

las

(SP

U e

INC

RA

)

• G

aran

tir

a el

abo

raçã

o d

o e

stu

do

de

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tifi

caçã

o d

as c

om

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es q

uilo

mb

ola

s

Rec

on

hec

imen

to d

os

dir

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s à

regu

lari

zaçã

o d

a p

rop

ried

ade

do

s

agri

cult

ore

s fa

mili

ares

• P

rom

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r o

ord

enam

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da

várz

ea

• P

rom

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r a

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zaçã

o f

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diá

ria

Fort

alec

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to In

stit

uci

on

al

Co

nso

lidaç

ão d

os

sist

emas

mu

nic

ipai

s d

e m

eio

am

bie

nte

no

s

mu

nic

ípio

s d

o B

aixo

Am

azo

nas

• F

ort

alec

er o

s ó

rgão

s m

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icip

ais

de

mei

o a

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ien

te e

m s

eus

asp

ecto

s ad

min

istr

ativ

o

• F

ort

alec

er e

cri

ar, q

uan

do

fo

r o

cas

o, o

s C

on

selh

os

Mu

nic

ipai

s d

e M

eio

Am

bie

nte

• F

ort

alec

er e

cri

ar, q

uan

do

fo

r o

cas

o, o

s Fu

nd

os M

un

icip

ais

de

Mei

o A

mb

ien

te

Age

nd

a So

cio

amb

ien

tal

Age

nd

a So

cio

amb

ien

tal

Fort

alec

imen

to d

a ed

uca

ção

amb

ien

tal c

om

o in

stru

men

to d

e

pro

teçã

o e

co

nse

rvaç

ão d

os

recu

rso

s n

atu

rais

• I

mp

lan

tar

pro

gram

a ag

ente

am

bie

nta

l mir

im

• R

ealiz

ar o

fici

na

terr

ito

rial

de

form

ação

em

ed

uca

ção

am

bie

nta

l

• P

rom

ove

r a

real

izaç

ão d

e o

fici

nas

de

agen

tes

amb

ien

tais

co

mu

nit

ário

s

• R

ealiz

ar o

fici

nas

de

gest

ão a

mb

ien

tal

Imp

lan

taçã

o d

o p

rogr

ama

Co

leti

vos

Edu

cad

ore

s e

Sala

s

Ver

des

• P

rom

ove

r p

arce

ria

com

Min

isté

rio

do

Mei

o A

mb

ien

te p

ara

imp

lan

taçã

o d

o p

rogr

ama

Imp

lan

taçã

o d

o p

rogr

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Age

nd

a A

mb

ien

tal n

a

Ad

min

istr

ação

blic

a -

A3

P

• P

rom

ove

r p

arce

ria

com

Min

isté

rio

do

Mei

o A

mb

ien

te p

ara

imp

lan

taçã

o d

o p

rogr

ama

Page 122: Baixo Amazonas - AM

12

2

PR

OG

RA

MA

S P

RO

JETO

S A

ÇÕ

ES

Ges

tão

e M

on

ito

ram

ento

Ges

tão

Am

bie

nta

l em

áre

as

pro

tegi

das

• R

ealiz

ar d

iagn

óst

ico

s am

bie

nta

is e

m á

reas

pro

tegi

das

a f

im d

e id

enti

fica

r im

pac

tos

amb

ien

tais

pro

voca

do

s p

or

ativ

idad

es e

con

ôm

icas

• P

rom

ove

r a

real

izaç

ão d

e o

fici

nas

de

agen

tes

amb

ien

tais

• G

aran

tir

o c

on

tro

le a

mb

ien

tal e

man

ejo

nas

áre

as p

rote

gid

as

• A

po

iar

à im

pla

nta

ção

de

sist

emas

de

co

mu

nic

ação

nas

áre

as p

rote

gid

as

• A

po

iar

a re

aliz

ação

de

ofi

cin

as d

e ge

stão

am

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nta

l em

áre

as p

rote

gid

as

• E

lab

ora

r d

iagn

óst

ico

Etn

oam

bie

nta

l em

Ter

ras

Ind

ígen

as

• P

rom

ove

r a

elab

ora

ção

do

s p

lan

os

de

man

ejo

e e

stra

tégi

as d

e u

so m

últ

iplo

em

áre

as p

rote

gid

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Pac

tos

Soci

ais

par

a o

Man

ejo

de

Rec

urs

os

Nat

ura

is

• A

po

iar

a el

abo

raçã

o d

e ac

ord

os

sob

re o

man

ejo

de

recu

rso

s n

atu

rais

• A

po

iar

inic

iati

vas

edu

cati

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e d

e m

ob

iliza

ção

so

cial

Pro

mo

ção

do

uso

de

recu

rso

s

nat

ura

is r

eno

váve

is e

das

áre

as

alte

rad

as p

ara

min

imiz

ar o

des

equ

ilíb

rio

de

eco

ssis

tem

as

pel

o m

anej

o s

ust

entá

vel

• I

nce

nti

var

o a

cess

o a

o P

RO

NA

F fl

ore

stal

• P

rom

ove

r a

div

ulg

ação

de

pro

gram

as d

e u

so d

e ca

mp

inei

ra e

sila

gem

• P

rom

ove

r a

cap

acit

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e a

ssis

tên

cia

técn

ica

em m

anej

o d

e p

asta

gem

• P

rom

ove

r a

sist

emat

izaç

ão d

e ár

eas

deg

rad

ávei

s

Qu

alid

ade

e Sa

nea

me

nto

Am

bie

nta

l

Pro

mo

ção

da

imp

lan

taçã

o,

amp

liaçã

o e

mo

der

niz

ação

de

sist

ema

de

san

eam

ento

amb

ien

tal n

os

cleo

s u

rban

os

e

com

un

idad

es r

ura

is

• F

om

enta

r a

cole

ta e

a d

esti

naç

ão d

os

resí

du

os

sólid

os,

co

mo

plá

stic

os

e vi

dro

s, a

trav

és d

e aç

ões

exp

licat

ivas

e e

du

caci

on

ais

• I

nce

nti

var

a el

abo

raçã

o d

e p

roje

tos

qu

e co

nte

mp

lem

a c

ole

ta s

elet

iva

de

lixo

• F

om

enta

r p

olít

ica

de

trat

amen

to e

re

cicl

agem

de

resí

du

os

sólid

os

• P

rom

ove

r e

gar

anti

r a

imp

lan

taçã

o, a

mp

liaçã

o e

mo

der

niz

ação

de

sis

tem

a d

e sa

nea

men

to a

mb

ien

tal (

águ

a, e

sgo

to, d

ren

agem

, res

ídu

os

sólid

os,

co

ntr

ole

de

end

emia

s e

mel

ho

rias

do

mic

iliar

es)

no

s n

úcl

eos

urb

ano

s e

com

un

idad

es r

ura

is.

• A

po

iar

a el

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raçã

o d

os

Pro

gram

as m

un

icip

ais

de

gest

ão d

os

resí

du

os

sólid

os.

Page 123: Baixo Amazonas - AM

123

EIXO ESTRATÉGICO

3. INFRAESTRUTURA PARA O DESENVOLVIMENTO

Diretrizes: Apoiar a infraestruturação social, considerando suas funções de apoio à produção (energia, abatedouro, comunicações, transporte) e de prestação de serviços essenciais à qualidade de vida de seus habitantes (saneamento básico, destinação de resíduos sólidos, saúde, educação e segurança pública).

Programas: Fortalecimento da Estrutura Social

Projetos:

Ensino diferenciado para a educação no Baixo Amazonas

Universalização de água de qualidade para consumo humano em comunidades rurais

Promover a elaboração dos planos de manejo e estratégias de uso múltiplo em comunidades Quilombolas

Promoção, implantação e adequação de abatedouros municipais

Promoção e ampliação da oferta de energia com vista à universalização do acesso domiciliar

Modernização e ampliação do sistema de comunicações

Ampliação, legalização, segurança e modernização do sistema viário e de transportes

Estratégia de acesso do aluno à educação

Garantir o fortalecimento do ensino superior no território

Page 124: Baixo Amazonas - AM

12

4 T

abela

3. M

atr

iz d

e pla

nej

am

ento

const

ruíd

a a

part

ir d

o Eixo Infraestrutura para o Desenvolvimento

, apr

esent

ando o

s pro

gram

as, pro

jeto

s e a

ções.

PR

OG

RA

MA

S P

RO

JETO

S A

ÇÕ

ES

Fort

alec

imen

to d

a Es

tru

tura

So

cial

Ensi

no

dif

eren

ciad

o p

ara

a ed

uca

ção

no

Bai

xo A

maz

on

as.

• C

on

stru

ir m

ora

dia

s p

ara

pro

fess

ore

s n

as c

om

un

idad

es r

ura

is.

• I

mp

lan

tar

EJA

em

to

das

as

esco

las

do

cam

po

ob

serv

and

o a

s es

pec

ific

idad

es d

e p

rod

uto

res

rura

is e

pes

cad

ore

s

Un

iver

saliz

ação

de

águ

a d

e q

ual

idad

e p

ara

con

sum

o h

um

ano

em

co

mu

nid

ades

ru

rais

• I

mp

lan

tar

po

ços

arte

sian

os

em c

om

un

idad

es r

ura

is

• E

lab

ora

r p

roje

tos

de

amp

liaçã

o d

o a

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o d

e fa

míli

as a

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a d

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idad

e -

FUN

ASA

• I

mp

lan

tar

po

lític

a p

ara

me

lho

ria

da

qu

alid

ade,

cap

taçã

o e

dis

trib

uiç

ão d

e ág

ua

no

s ce

ntr

os

urb

ano

s e

rura

is

Pro

mo

ção

, im

pla

nta

ção

e

adeq

uaç

ão d

e ab

ated

ou

ros

mu

nic

ipai

s • I

mp

lan

tar

e ad

equ

ar a

bat

edo

uro

s m

un

icip

ais

Pro

mo

ção

e a

mp

liaçã

o d

a o

fert

a d

e en

ergi

a co

m v

ista

à

un

iver

saliz

ação

do

ace

sso

d

om

icili

ar

• I

mp

lan

tar

Pro

gram

a Lu

z P

ara

Tod

os

nas

áre

as r

ura

is a

ind

a n

ão c

on

tem

pla

das

co

m r

ede

de

ener

gia

elé

tric

a co

nfi

áve

l, fo

rnec

ida

pel

a co

nce

ssio

nár

ia

• I

nfo

rmar

pre

viam

ente

ao

Pro

gram

a Lu

z P

ara

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os,

as

com

un

idad

es q

ue

serã

o a

ten

did

as p

elo

Pro

gram

a Lu

z P

ara

Tod

os

e q

ual

fo

rma

de

gera

ção

de

ener

gia

alte

rnat

iva

qu

e se

rá u

tiliz

ada

• G

aran

tir

a ex

pan

são

do

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tem

a d

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istr

ibu

ição

de

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gia

Mo

der

niz

ação

e a

mp

liaçã

o d

o

sist

ema

de

com

un

icaç

ões

• I

mp

lan

tar,

ad

equ

ar e

mo

der

niz

ar o

sis

tem

a d

e tr

ansm

issã

o d

e d

ado

s vi

a te

lefô

nic

a

• M

elh

ora

r a

qu

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ade

do

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tem

a d

e te

lefo

nia

cel

ula

r p

ara

tod

o o

Ter

ritó

rio

• A

mp

liar

o s

iste

ma

de

tele

fon

ia r

ura

l

• I

ncl

uir

e a

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liar

a p

arti

cip

ação

do

ter

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rio

no

pro

gram

a G

ESA

C

Am

plia

ção

, leg

aliz

ação

, seg

ura

nça

e

mo

der

niz

ação

do

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tem

a vi

ário

e

de

tran

spo

rtes

• R

ecu

per

ar a

est

rad

a q

ue

liga

o m

un

icíp

io d

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arre

irin

ha

ao d

istr

ito

de

Ped

ras

• P

rom

ove

r a

arti

cula

ção

do

EIA

/RIM

A d

a m

alh

a ro

do

viár

ia e

ntr

e N

ham

un

– U

ruca

rá –

São

Seb

asti

ão d

o U

atu

Estr

atég

ia d

e ac

esso

do

alu

no

à

edu

caçã

o

• A

deq

uar

a m

atri

z cu

rric

ula

r ru

ral p

ara

a ed

uca

ção

no

cam

po

• C

apac

itar

pro

fess

ore

s ru

rais

em

ed

uca

ção

dif

eren

ciad

a e/

ou

esp

ecif

ica

• M

elh

ora

r e

adeq

uar

est

rutu

ra f

ísic

a e

esp

acia

l das

esc

ola

s ru

rais

• I

ncl

uir

na

mat

riz

curr

icu

lar

o e

stu

do

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lín

guas

ind

ígen

as

Gar

anti

r o

fo

rtal

ecim

ento

do

en

sin

o s

up

erio

r n

o t

erri

tóri

o

• I

mp

lan

tar

faze

nd

a ex

per

imen

tal d

o C

amp

us

Un

iver

sitá

rio

da

UFA

M e

m P

arin

tin

s

• I

mp

lan

tar

curs

os

sup

erio

res

em a

po

io a

o d

esen

volv

imen

to t

erri

tori

al n

o C

ETR

U

• G

aran

tir

a im

pla

nta

ção

da

casa

do

est

ud

ante

, co

mo

fo

rma

de

gara

nti

a a

pe

rman

ênci

a e

o a

cess

o d

o a

lun

o n

as U

niv

ersi

dad

es F

eder

al e

Est

adu

al

Page 125: Baixo Amazonas - AM

125

EIXO ESTRATÉGICO

4. INCLUSÃO SOCIAL E CIDADANIA

Diretrizes: Promover a gestão compartilhada de políticas públicas relacionadas a educação do campo, educação superior, saúde, cultura e inclusão social.

Programas: Garantia à assistência e à previdência social

Garantia à saúde

Resgate e o Fortalecimento da Cultura

Resgate e o Fortalecimento da Cultura

Programa de educação do campo

Projetos:

Implantação do Centro de Referência de Assistência Social - CRAS nos municípios, para atender crianças, adolescentes e idosos

Implantação de posto permanente com acesso, em cada município, à assistência e à previdência social

Implantação do CRAS indígena nos municípios

Garantia a assistência à saúde e à educação da mulher

Organização do sistema público de saúde

Resgate e o fortalecimento da cultura, apoiando e respeitando as especificidades de cada município

Fortalecimento do museu de Maués

Reforma e tombamento da casa do poeta e escritor Thiago de Melo

Promoção a implantação de bibliotecas rurais em todas as comunidades rurais do Território

Registro de técnicas e saberes próprios de cada comunidade em audiovisual, textual, etc

Fortalecimento da Pedagogia da Alternância

Page 126: Baixo Amazonas - AM

12

6 T

abela

4. M

atr

iz d

e pla

nej

am

ento

const

ruíd

a a

part

ir d

o Eixo Inclusão Social e Cidadania

, a

pres

ent

ando o

s pr

ogra

mas

, pr

ojeto

s e a

ções.

PR

OG

RA

MA

S P

RO

JETO

S A

ÇÕ

ES

Gar

anti

a à

assi

stên

cia

e à

pre

vid

ênci

a so

cial

Imp

lan

taçã

o d

o C

entr

o d

e

Ref

erên

cia

de

Ass

istê

nci

a So

cial

-

CR

AS

no

s m

un

icíp

ios,

par

a at

end

er

cria

nça

s, a

do

lesc

ente

s e

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sos

• I

mp

lan

tar

Cen

tro

de

Ref

erên

cia

de

Ass

istê

nci

a So

cial

- C

RA

S n

os

mu

nic

ípio

s, p

ara

aten

der

cri

ança

s, a

do

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ente

s e

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sos

Imp

lan

taçã

o d

e p

ost

o p

erm

anen

te

com

ace

sso

, em

cad

a m

un

icíp

io, à

assi

stên

cia

e à

pre

vid

ênci

a so

cial

• G

aran

tir

a re

aliz

ação

de

mu

tirõ

es d

e aç

ão s

oci

al n

o t

erri

tóri

o

Imp

lan

taçã

o d

o C

RA

S in

díg

ena

no

s

mu

nic

ípio

s

• A

po

iar

os

po

vos

ind

ígen

as e

m e

stad

o d

e ri

sco

Gar

anti

a a

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stên

cia

à sa

úd

e e

à

edu

caçã

o d

a m

ulh

er

• P

rom

ove

r aç

ão s

oci

al a

trav

és d

e ce

ntr

os

com

un

itár

ios,

de

pro

du

ção

e o

utr

os

Gar

anti

a à

saú

de

Org

aniz

ação

do

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tem

a p

úb

lico

de

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de

• I

mp

lan

tar

e am

plia

r eq

uip

es d

e sa

úd

e d

a fa

míli

a e

o n

úm

ero

de

agen

tes

com

un

itár

ios

de

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de

de

aco

rdo

co

m a

nec

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dad

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e ca

da

loca

lidad

e

• C

on

stru

ir u

nid

ade

de

saú

de

da

fam

ília

na

regi

ão

• P

rom

ove

r ed

uca

ção

per

man

ente

par

a a

qu

alif

icaç

ão d

os

pro

fiss

ion

ais

de

saú

de

• C

riar

eq

uip

es it

ine

ran

tes

par

a at

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imen

to d

a sa

úd

e n

a zo

na

rura

l

• E

xpan

dir

o a

ten

dim

ento

da

vaci

naç

ão, f

inan

cian

do

a a

qu

isiç

ão d

e o

utr

a fo

rma

(gás

ou

ou

tro

) d

e re

frig

eraç

ão p

ara

atin

gir

a m

aio

r p

arte

da

po

pu

laçã

o

da

zon

a ru

ral

• I

nce

nti

var

o p

rogr

ama

de

fito

terá

pic

os

Res

gate

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Fo

rtal

ecim

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da

Cu

ltu

ra

Res

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e o

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da

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ura

, ap

oia

nd

o e

res

pe

itan

do

as

esp

ecif

icid

ades

de

cad

a m

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icíp

io

• D

iagn

ost

icar

, id

enti

fica

r e

pro

tege

r sí

tio

s ar

qu

eoló

gico

s

• C

apac

itar

age

nte

s p

atri

mo

nia

is n

a p

rote

ção

par

a sí

tio

s ar

qu

eoló

gico

s n

os

mu

nic

ípio

s d

o T

erri

tóri

o

• C

riar

pro

jeto

s d

e va

lori

zaçã

o e

res

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da

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ura

atr

avés

da

edu

caçã

o p

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mo

nia

l

Fort

alec

imen

to d

o m

use

u d

e

Mau

és

• F

ort

alec

er m

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u d

e M

aués

Res

gate

e o

Fo

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da

Cu

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Ref

orm

a e

tom

bam

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da

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do

po

eta

e es

crit

or

Thia

go d

e

Mel

o

• R

efo

rmar

e t

om

bar

cas

a d

o p

oet

a e

esc

rito

r Th

iago

de

Mel

o

Page 127: Baixo Amazonas - AM

12

7

PR

OG

RA

MA

S P

RO

JETO

S A

ÇÕ

ES

Pro

mo

ção

a im

pla

nta

ção

de

bib

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Page 128: Baixo Amazonas - AM

128

EIXO ESTRATÉGICO

5. FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Diretrizes: Promover a gestão compartilhada das políticas públicas, por meio do diálogo, negociação e formação de consenso entre órgãos governamentais e o Colegiado de Desenvolvimento Territorial.

Programas: Mecanismo de Participação e Controle Social

Planos Territoriais para o desenvolvimento sustentável

Projetos:

Criação de mecanismos institucionais para gestão social do território e do PTDRS

Fortalecimento do modelo de gestão de modo a assegurar o controle social do PTDRS

Fortalecimento das instâncias de gestão do PTDRS

Elaboração do plano de vida dos povos e organizações indígenas do Baixo Amazonas

Elaborar planos diretores municipais

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Page 130: Baixo Amazonas - AM

130

VII – MODELO DE GESTÃO DO PROGRAMA

7.1 MECASNISMO DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

Será realizado um processo de contratualização entre os atores, tendo em

vista que o projeto ora proposto viabilizará a cooperação sistêmica entre o setor

governamental, sindical, comunidades ribeirinhas, comunidade científica, instituições

governamentais e não governamentais para execução do Plano Territorial de

Desenvolvimento Rural Sustentável – PTDRS.

Esse momento será importante para consolidar a divisão do trabalho e das

atribuições particulares entre a Secretaria Executiva, Núcleo Técnico, Núcleo

Dirigente e Plenária, onde todos tenham compromisso e cada um possa responder

de modo prático e responsável na constituição da rede de cooperação. A montagem

do arranjo institucional se dará pela delimitação das diretrizes que irão nortear a

realização do PTDRS (arranjo institucional) permitindo o fluxo contínuo de

informações, de trocas de serviços e de apoio mútuo.

7.1.1 Atribuições do Colegiado Territorial de Desenvolvimento Rural

Sustentável:

O Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Baixo Amazonas (CODETER

T11) será a institucionalidade com atuação territorial responsável pela gestão do

Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável, que possibilita mediações

entre interesses locais e processos de elaboração de políticas públicas, bem como

espaços que viabilizam o diálogo entre os interesses ou demandas da sociedade

civil com relação às políticas públicas.

O Colegiado de Desenvolvimento Territorial tem um papel importantíssimo

para a condução e desenvolvimento da estratégia de apoio aos territórios rurais. Ele

deve representar a diversidade de instituições, organizações e segmentos sociais e

produtivos existentes no território, consistindo de:

a) Participar da construção de estratégias de implementação dos

instrumentos de políticas públicas do Território;

b) Promover o processo de mobilização, sensibilização e articulação das

ações territoriais;

Page 131: Baixo Amazonas - AM

131

c) Promover o processo de construção e implementação do Plano

Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS);

d) Discutir e definir as ações prioritárias para apoio a projetos estratégicos

dentro da área do território, fazendo o seu monitoramento e avaliação;

e) Organizar as demandas locais, observando a realidade de cada

município integrante, no campo socioeconômico e cultural;

f) Contribuir com o processo de organização e fortalecimento dos

Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável

(CMDRS) na condução à gestão participativa dos Planos Municipais de

Desenvolvimento Rural Sustentável (PMDRS);

g) Promover articulações e compatibilizações entre as políticas territoriais

e as políticas municipais, estadual e federal voltadas para o

desenvolvimento rural sustentável;

h) Sensibilizar, comprometer, articular e coordenar os atores sociais do

território, visando à construção participativa do planejamento territorial

que deve resultar na elaboração coletiva do Plano Territorial de

Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS);

i) Promover a elaboração das agendas de prioridades, bem como a

seleção dos projetos e programas de suporte ao PTDRS;

j) Articular, apoiar e acompanhar os arranjos institucionais que, no âmbito

do território, se responsabilizarão pela elaboração, implantação e

operacionalização dos projetos específicos;

k) Estimular e apoiar a criação, estruturação e operacionalização de

Redes Territoriais de prestação de serviços (assistência técnica,

capacitação, tecnologias apropriadas, informação/divulgação etc);

l) Contribuir para a integração territorial, articulação intermunicipal,

buscando estabelecer relações horizontais de cooperação;

m) Apoiar a elaboração de estudos e pesquisas, bem como a produção e

edição de instrumentos de divulgação, informação e formação que

contribuam para o desenvolvimento territorial;

n) Representar o território perante entes públicos e privados, nacionais e

estrangeiros, visando à articulação de parcerias e políticas que

objetivem o desenvolvimento territorial;

Page 132: Baixo Amazonas - AM

132

o) Desenvolver e apoiar programas, projetos, ações e iniciativas voltadas

para o desenvolvimento territorial;

p) Incentivar a qualificação e capacitação técnica dos seus membros e

dos atores do território;

q) Fomentar a criação e o fortalecimento de redes sociais de cooperação

no território;

r) Articular-se com outros colegiados, fóruns, redes, universidades,

instituições de pesquisa e outros organismos nacionais e internacionais

com o propósito de construir relações de cooperação, de produção de

conhecimento e troca de saberes.

7.1.2 Secretaria Executiva

A Secretaria Executiva é a instância máxima de Coordenação do PTDRS.

Tem o papel político de orientar e tomar decisões estratégicas, ligadas ao processo

de desenvolvimento territorial.

7.1.3 Núcleo Dirigente

O Núcleo Dirigente tem a função de coordenar as ações definidas pelo

Plenário do Colegiado Territorial, articular atores sociais, instituições e políticas

públicas para a construção e implementação do desenvolvimento territorial.

A Secretaria Executiva estabelecerá a contratualização entre os atores

governamentais para a formação da rede institucional de gestão do PTDRS. A

estratégia de organização em arranjo, na qual cada uma contribui a partir de sua

vocação particular e se beneficia da força da interação com as demais, gerando uma

efetiva potencialização de ações, recursos de toda ordem e estratégias:

a) Encaminhar, após definições em Assembleia Geral do CODETER, as

deliberações necessárias;

b) Sensibilizar e mobilizar as entidades representativas do CODETER;

c) Elaborar planejamento anual das suas atividades;

d) Contribuir para a organização e fortalecimento dos CMDRS;

e) Acompanhar o andamento das comissões criadas no âmbito do

CODETER;

Page 133: Baixo Amazonas - AM

133

f) Mobilizar instituições e atores sociais para os processos de formulação

de estratégias de Desenvolvimento Territorial;

g) Definir os critérios de seleção e contratação do (a) assessor (a) técnico

territorial;

h) Cumprir e fazer cumprir o Regimento Interno e outras disposições

aprovadas pelo Plenário do Colegiado Territorial;

i) Coordenar ações do Colegiado, do Núcleo Técnico e das Comissões

Temáticas;

j) Realizar e/ou articular ações e estratégias para implementação das

decisões do Colegiado, tais como os Planos de Desenvolvimento

Territorial seus projetos e programas;

k) Elaborar a proposta de Regimento Interno e suas alterações quando

necessárias, a serem apresentadas, discutidas, analisadas e

aprovadas pelo Plenário do Colegiado; Promover a integração dos

projetos.

7.1.4 Núcleo Técnico

É uma instância de apoio ao Colegiado Territorial devendo ser composto por

técnicos de organizações de ensino, pesquisa, assistência técnica e setores diversos

de prestação de serviços do poder público e da sociedade civil, as seguintes

atribuições:

a) Encaminhar, após definições em Assembleia Geral, as deliberações

necessárias;

b) Prestar assessoria direta e constante ao Núcleo Dirigente;

c) Elaborar e acompanhar estudos, diagnósticos, planos e projetos

territoriais;

d) Desenvolver instrumentos para o acompanhamento, gestão e controle

social, em conjunto com o Núcleo Dirigente e Câmaras Temáticas;

e) Apoiar entidades e orgãos proponentes e executores de projetos

territoriais na elaboração dos planos de trabalho e encaminhamento da

documentação junto às entidades financiadoras;

f) Apoiar tecnicamente o Colegiado Territorial na gestão de projetos e

recursos do Território;

Page 134: Baixo Amazonas - AM

134

g) Apoiar o processo de formação dos agentes de desenvolvimento

territorial e sistematização de experiências.

7.1.5 Câmaras Temáticas

As Câmaras Temáticas são espaços criados pelo Plenário do Colegiado e

vinculados ao Núcleo Dirigente para subsidiar suas decisões do Colegiado de

Desenvolvimento Territorial. Tem o papel de propor, dialogar e articular temas

específicos relacionados aos Eixos Temáticos do Plano Territoriais de

Desenvolvimento Rural Sustentável do Baixo Amazonas:

a) Definir um(a) Animador(a) para articular e coordenar as atividades da Câmara

Temática;

b) Fazer levantamento, classificação e agrupamento de informações, preparação

e manutenção de bancos de dados para o PTDRS;

c) Elaborar, acompanhar e monitorar projetos do PTDRS para o território;

d) Propor critérios para seleção e priorização de projetos e emitir pareceres

sobre os mesmos;

e) Manter um diálogo permanente com o Núcleo Dirigente sobre o desempenho

de suas ações previstas no PTDRS;

f) Propor e apoiar eventos e atividades de planejamento, formação e

sistematização relacionadas aos temas que lhes são pertinentes;

g) Apresentar às demais Câmaras e instâncias do Colegiado o registro de suas

ações.

Page 135: Baixo Amazonas - AM

135

REFERÊNCIAS

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