bacen_ii_pacteoexe_a2_aula 04 - financas - aula 01
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CURSO ON-LINE – FINANÇAS PARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL – ÁREA 2
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI
Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br
Aula Um
Olá, Pessoal!
Damos início ao curso de Finanças voltado à preparação para a prova de
Analista do Bacen, área 2. Serão abordados nesta aula os seguintes itens do
conteúdo programático:
2. Tipos de títulos financeiros: bônus, letras e notas do Tesouro, títulos
privados de renda fixa, ações ordinárias e preferenciais, instrumentos
derivativos: opções, futuros, swaps. 3. Mercados financeiros: índices de
mercados, tipos de ordem, margem, bolsas de valores, mercado de títulos de
renda fixa, tipos de operadores.
Um grande abraço,
Mariotti
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1. Tipos de Títulos Financeiros
Conforme descrito na aula um, o mercado monetário refere-se à
subdivisão do mercado financeiro em que são negociadas as operações de
concessão de recursos de curto e curtíssimo prazo. Nesse mercado atuam
basicamente o Banco Central do Brasil e as instituições financeiras realizando a
troca de títulos públicos financeiros (Letras e Notas do Tesouro Nacional).
Para uma Instituição Financeira um título constitui a aplicação dos seus
recursos em um ativo que rende juros. O termo título está normalmente
associado à fração de propriedade de um bem ou direito. Os títulos financeiros
estão associados à confissão de dívida, uma vez que são utilizados como forma
genérica de captação de recursos financeiros especialmente pelo governo. Os
títulos de renda fixa, incluídos nestes os títulos financeiros, possuem este
nome por representarem, em tese, o recebimento de juros (renda) ao longo da
duração do contrato que lastreia o próprio título. Destaca-se, no entanto, que
não se trata de dizer que todos os títulos possuem a sua remuneração pré-
fixada, ou seja, já se sabe (a priori) desde a sua compra o quanto se ganhará
ao longo do período de duração da dívida representada pelo próprio título.
Todos os títulos possuem uma remuneração atrelada a si, tendo como
características de diferenciação as seguintes:
Pré-fixada: Trata-se da remuneração conhecida a priori, ou seja, o
investidor (comprador) sabe desde o dia da compra, o quanto ganhará em
termos de rendimento (juros) com a compra do título. De forma simplista,
pode-se dizer que é uma boa opção de investimento quando o horizonte de
tempo de investimento projeta uma diminuição das taxas de juros, uma vez
que você pré-fixará o seu ganho, não se sujeitando a redução da remuneração
dos juros dos títulos;
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Pós-Fixada ou Flutuante: Ao contrário da remuneração pré-fixada, o
investidor só saberá o rendimento efetivo na data de vencimento do título,
caso opte em guardá-lo em sua carteira. É o investimento que acompanha o
que chamamos de curva de juros, ou seja, se a taxa de juros sobe, o
rendimento do título também aumenta, se a taxa de juros diminui, o
rendimento também diminui;
1.1 Mercado Primário de Títulos
Os Títulos Públicos são inicialmente ofertados no Mercado Primário1, em
leilões dos quais participam o Banco Central e as instituições financeiras.
Através desses leilões, fundos destinados ao financiamento de novo déficit são
levantados e dívidas preexistentes são refinanciadas ou "roladas".
Os leilões de títulos emitidos pelo Tesouro obedecem a uma programação
previamente estabelecida sendo divulgados por meio de comunicados às
instituições financeiras através do sistema do Banco Central, o Sisbacen, e
publicados no Diário Oficial da União, detalhando as condições específicas da
oferta, tais como os títulos a serem ofertados, as quantidades, a data de
liquidação financeira, o horário para recebimento das ofertas e outras
informações importantes. Os leilões do Tesouro geralmente são realizados às
terças- feiras, para liquidação no dia útil seguinte.
Além da colocação primária através dos leilões públicos, o Tesouro
Nacional realiza também, excepcionalmente, colocações diretas de forma não
competitiva. Esta forma é utilizada para casos bastante específicos, como, por
exemplo, o refinanciamento de dívidas de estados e municípios e troca de tipos
diferentes de títulos.
1 Destaca-e também a existência do mercado primário de ações ou valores mobiliários, o qual teceremos comentários
posteriormente.
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Em suma o mercado primário de títulos é o mercado onde são
negociados, primeiramente, os títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional.
1.2 Mercado Secundário de Títulos
O mercado secundário é formado através da revenda dos títulos
comprados em leilões primários entre instituições. A instituição que compra um
papel em leilão primário não é obrigada a carregar o papel até seu
vencimento. É prática comum a venda destes títulos a outras instituições, seja
de forma definitiva ou através de operações compromissadas (venda com
recompra com prazo e preço previamente definidos).
1.3. Tipos de Títulos Financeiros
1.3.1. Os Títulos Públicos de emissão do Tesouro Nacional (letras,
notas e bônus do Tesouro Nacional)
Os títulos emitidos pelo Tesouro Nacional – leia-se governo federal - e
distribuídos pelo Banco Central são os que possuem efetiva liquidez no
mercado financeiro, uma vez que Estados e Municípios ainda apresentam
grandes dificuldades financeiras, gerando por conseqüência a desconfiança por
parte dos investidores.
A emissão direta de títulos pelo Tesouro é usada como instrumento de
política fiscal, seja na antecipação de receitas orçamentárias, seja no
financiamento da dívida pública (interna e externa). A outra vertente de
emissão refere-se aos títulos disponibilizados ao Banco Central com fins de
operacionalização da política monetária, aumentando ou reduzindo a oferta de
moeda circulante na economia, via colocação ou retirada dos títulos junto às
instituições financeiras, responsáveis indiretas pela expansão dos meios de
pagamento na economia.
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Diferentemente do Banco Central, e em acordo a chamada política fiscal,
o Tesouro Nacional realiza a emissão de títulos públicos com o objetivo de
angariar fundos para fazer frente às despesas do governo, realizando para isso
a antecipação das receitas previstas no orçamento.
Os principais títulos que são/foram emitidos pelo Tesouro Nacional e que
ainda encontram-se em circulação estão disciplinados pelo Decreto Presidencial
3859/01.(http://www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/divida/decr
etos/Dec3859.doc ) , sendo estes:
1.3.1.1. Letra do Tesouro Nacional – LTN
É um título de responsabilidade do Tesouro Nacional, destinado a
cobertura do déficit orçamentário bem como para operações de antecipação de
receitas orçamentárias, observados os limites fixados pelo Poder Legislativo.
Características do título:
prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando da emissão
do título;
modalidade: nominativa;
valor nominal: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil reais);
rendimento: definido pelo deságio sobre o valor nominal (diferença
existente entre o preço unitário na data da colocação em mercado primário e o
valor de face (nominal) do título);
resgate: pelo valor nominal, na data de vencimento.
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O rendimento das LTNs é pré-fixado, ou seja, quando da sua emissão o
valor do rendimento (juros) já é definido em função da taxa de juros (SELIC)
que vigora na mesma data. O cálculo do seu valor de compra pelas Instituições
Financeiras é feito pela fórmula padrão do desconto composto da matemática
financeira, sendo “i” a taxa SELIC normalmente cotada ao ano (atualmente em
10,75% ao ano).
1.3.1.2. Letras Financeiras do Tesouro – LFT
Título emitido com o objetivo de prover recursos necessários à cobertura
do déficit orçamentário ou para realização de operações de crédito por
antecipação de receita orçamentária, também observados os limites fixados
pelo poder legislativo.
Destaca-se que a LFT, diferente da LTN, é um título que oferece
uma remuneração pós-fixada, ou seja, o seu resultado financeiro só
será conhecido após o prazo de vencimento do título. A remuneração é
dada pela taxa média efetiva da SELIC, o que garante uma rentabilidade
denominada de mercado (o valor dos juros associado ao título acompanha a
evolução/involução da taxa básica de juros).
É importante considerar que as LFTs podem ter um resultado financeiro
maior/menor do que as LTNs, pois caso ocorra uma diminuição da taxa básica
de juros, os rendimentos (pós-fixados) da LFT são menores do que os
rendimentos (pré-fixados) da LTN.
Conforme vemos logo abaixo, o valor de compra dos títulos ou fração
destes é R$ 1.000,00 na data-base, ou seja, os rendimentos são calculados a
partir deste valor.
Característica do título:
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prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando da emissão
do título;
modalidade: nominativa;
valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil reais);
rendimento: taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados
no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos públicos
federais, divulgada pelo Banco Central do Brasil, calculada sobre o valor
nominal;
resgate: pelo valor nominal, acrescido do respectivo rendimento, desde
a data-base do título.
Finalmente, destaca-se que as LFTs possuem duas derivações, quais
sejam LFT-A e LFT-B, tendo cada uma delas peculiaridades quanto ao
rendimento e a forma de resgate.
1.3.1.2.1 LFT- A:
A LFT- A foi/é utilizada para assunção de dívidas de Estados e do Distrito
Federal.
Característica do título:
prazo: 15 anos
valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil reais);
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rendimento: taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados
no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos públicos
federais, divulgada pelo Banco Central do Brasil, calculada sobre o valor
nominal, com o acréscimo de 0,0245% a.m.;
resgate: pelas suas peculiaridades, é de 180 parcelas mensais e
consecutivas, sendo cada uma delas de valor correspondente ao resultado
obtido pela divisão do saldo devedor verificado na data do vencimento de cada
uma das parcelas pelo número de parcelas vincendas, inclusive a que estiver
sendo paga.
1.3.1.2.2 LFT- B:
A LFT- B foi/é utilizada para assunção de dívidas de Estados e do Distrito
Federal.
Característica do título:
prazo: 15 anos
valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil reais);
rendimento: taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados
no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos públicos
federais, divulgada pelo Banco Central do Brasil, calculada sobre o valor
nominal;
resgate: pelo valor nominal, acrescido do respectivo rendimento, desde
a data-base do título.
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1.3.1.3. Notas do Tesouro Nacional - NTNs
São títulos emitidos para a cobertura de déficit orçamentário,
respeitando a autorização concedida e os limites fixados pelo poder legislativo.
As NTN’s oferecem aos seus compradores rendimentos pré/pós-fixados e
atrelados a um indexador da economia (taxa juros mínima (5% por exemplo)
+IPCA), o que pode tornar seu resultado mais ou menos atraente que as LFT’s
- que possuem rendimento pós-fixado atrelado a SELIC - ou as LTN’s - que
possuem rendimento pré-fixado.
Cabe destacar que são lançadas séries especiais de NTN’s, que pagam
rendimentos diferenciados. Sendo assim, optamos em destacar a NTN - Série A
nesta aula. Considerando que as séries especiais são em grande número e que
não costumam ser cobradas em provas quanto as suas peculiaridades,
optamos em disponibilizar o link de acesso ao decreto presidencial que trata
das características destes títulos.
(http://www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/divida/decretos/Dec3
859.doc.)
1.3.1.4 Notas do Tesouro Nacional – Série A – NTN-A:
Um exemplo é a NTNA1, que são utilizadas nas operações de troca
(reestruturação) da dívida externa do país representada pelos Brazil
Investment Bond - BIB’s. As características destes títulos são:
prazo: até dezesseis anos, observado o cronograma remanescente de
vencimento do BIB utilizado na operação de troca;
taxa de juros: seis por cento ao ano, calculada sobre o valor nominal
atualizado;
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forma de colocação: direta, em favor do interessado, podendo ser ao par,
com ágio ou deságio;
modalidade: nominativa;
valor nominal na data-base: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil reais);
atualização do valor nominal: pela variação da cotação de venda do dólar
dos Estados Unidos da América no mercado de câmbio de taxas livres,
divulgada pelo Banco Central do Brasil, sendo consideradas as taxas médias do
dia útil imediatamente anterior à data-base e à data do vencimento do título;
pagamento de juros: todo dia quinze dos meses de março e setembro, com
ajuste no primeiro período de fluência, quando couber;
resgate do principal: nas mesmas condições observadas para o pagamento
do BIB que originou a operação de troca, com ajuste no primeiro período de
fluência, quando couber.
1.3.1.5 Bônus do Tesouro Nacional
Trata-se um título já extinto, possuindo apenas algumas unidades em
circulação no mercado. Eram utilizados para prover recursos necessários à
cobertura de déficits orçamentários ou à realização de operações de crédito por
antecipação de receita e efetuar troca voluntária por Bônus da Dívida Externa
(BTN-BIB).
Existem ainda alguns outros títulos de emissão do Tesouro Nacional, mas
que não possuem grande representatividade em termos de negociação em
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mercado, não tendo sido sequer citados no conteúdo programático do edital.
São eles:
1.3.1.6 Títulos da Dívida Agrária - TDA
Os Títulos da Dívida Agrária são utilizados com fins de pagamento ao
proprietário da terra em decorrência de desapropriação da terra ou devido à
aquisição de imóvel rural pelo governo.
Os prazos dos títulos variam entre 15, 18 e 20 anos, com taxas de juros,
respectivamente, de 3%, 2% e 1%, quando se referirem à desapropriação
de terra.
Os títulos associados à compra de imóvel rural apresentam prazos de 5,
10, 15 e 20 anos, com remuneração de 6% a.a. para todos estes.
1.3.1.7 Os Títulos da Dívida Externa – Bonds
O Tesouro Nacional utiliza um tipo de título específico para captação de
recursos no exterior. Trata-se dos chamados bonds.
1.3.1.7.1 Títulos da Dívida Externa (A – Bond)
Trata-se do título de dívida externa denominado Federative Republic of
Brasil – 8%. O A-Bond é título público de dívida externa emitido pelo Tesouro
Nacional que veio substituir o C-Bond, outro título de dívida externa
plenamente resgatado pelo Tesouro. A substituição se deu devido ao maior
alongamento de prazo realizado com o novo título, assim como a possibilidade
de pagamento de um menor nível de remuneração aos compradores.
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A emissão do título é feita em dólares americanos, possuindo as
seguintes características:
Valor de Face: US$ 50.000,00
Rendimento: 8% a.a.
Vencimento: 2018
Considerando o grande número de títulos financeiros emitidos pelo
Tesouro Nacional, optamos também em disponibilizar a vocês o link referente
as diversas modalidades:
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/divida_publica/caracteristica_titulos.asp
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1.3.2. Títulos Privados de Renda Fixa
Ao mesmo tempo em que o poder público (União, Estados e Municípios)
contrai dívidas através da emissão de títulos públicos, as instituições
financeiras também possuem a capacidade de captar recursos com fins de
financiamento de seus recursos no próprio mercado financeiro. Um dos
instrumentos utilizados são os chamados títulos privados de renda fixa, que
pagam juros aos seus compradores.
Os títulos têm um prazo determinado para serem regatados pelo
emissor. Esse prazo varia de 30 dias até 5 anos.
Destaca-se que os títulos privados podem ser emitidos tanto por
instituições financeiras2 como por empresas não financeiras.
1.3.2.1. Títulos privados financeiros
1.3.2.1.1. Certificado/Recibo de Depósito Bancário (CDB/RDB)
São os títulos de renda fixa emitidos por bancos comerciais/múltiplos e
de investimento, utilizados para captação de recursos destinados aos
financiamentos de capital de giro. Conforme veremos adiante, em termos de
prazo de resgate, os CDB’s são utilizados como captação de recursos
destinados ao fornecimento de linhas de crédito de curto prazo. Assim, não
existe o chamado descasamento entre passivos e ativos, já que as duas
operações apresentam prazos semelhantes.
2 As Instituições Financeiras estão proibidas pela Lei 4.595/64 de realizarem a emissão de debêntures, cabendo esta
prerrogativa somente as Sociedades Anônimas não financeiras, a exceção das empresas de Arrendamento Mercantil,
empresas de leasing..
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A diferença entre o CDB e o RDB é que o primeiro deles é transferível
através de endosso, o que não acontece com o segundo.
O CDB mesmo sendo endossável, possui como característica ser apenas
nominativo e não ao portador, necessitando para ser transferido o endosso
pelo antigo proprietário, ou seja, precisa expressar o nome do novo
proprietário, o que não acontece com os títulos ao portador.
Características:
Prazo de resgate: varia de 30 dias a 5 anos de acordo com os interesses da
instituição emissora. Porém pode ser resgatado antes do prazo sem perda de
rentabilidade.
Condições: pre-fixado ou pós-fixado.
1.3.2.1.2 Letras de Câmbio
É um título de crédito no qual o devedor aceita pagar ao credor uma
determinada quantia. Sua emissão visa a captação de recursos por parte das
Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento, as chamadas
financeiras. Na emissão da letra de câmbio as instituições financeiras agem
como securitizadoras do crédito, garantindo o resgate do título pelo credor
(emprestador dos recursos).
As condições para emissão das letras de câmbio são acordadas entre as
partes envolvidas na operação, sendo que estas são normalmente operações
pré-fixadas.
1.3.2.1.3 Debêntures
As debêntures são títulos de longo prazo emitidos por empresas de
capital aberto destinados ao financiamento de projetos de investimento ou
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mesmo para aumento do perfil dos endividamentos das companhias de capital
aberto. Assim como num título público, consiste num instrumento no qual o
tomador dos recursos obriga-se a pagar ao credor (aplicador dos recursos) o
capital investido mais os juros da operação.
A emissão destes títulos é normatizada pela Comissão de Valores
Mobiliários, sendo que as IFs podem apenas operacionalizar a venda no
mercado. Somente as empresas de leasing e as companhias hipotecárias, no
conceito de Instituição Financeira, podem emitir debêntures, além das demais
S/As não financeiras.
As debêntures podem apresentar cláusula de conversibilidade em ações,
ou seja, a empresa devedora poderá realizar o pagamento de dívida através de
partes do seu capital.
1.3.2.1.4 Commercial Papers (Notas promissórias comerciais)
Os Commercial Papers são títulos emitidos por empresas não financeiras,
nos moldes das debêntures, visando à captação de recursos para a aplicação
em capital de giro. Desse entendimento, pode-se afirmar que o prazo das
operações são inferiores aos das debêntures, as quais visam a captação de
recursos para serem utilizados em investimentos de longo prazo.
A negociação dos Commercial Papers no mercado é feita por um valor
descontado, sendo recomprados pela empresa devedora pelo seu valor de
emissão.
1.3.2.1.5 Letras Financeiras
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Atenção!!! Novidade!!! Pode cair em prova dada a recente criação por Lei
(Medida Provisória 472, de 15 de dezembro de 2009) e regulamentação pelo
Conselho Monetário Nacional (Resolução 3836/10).
São títulos emitidos por Instituições Financeiras para captação de
recursos de longo prazo, dado que o prazo mínimo para vencimento é de 24
meses. É vedado o resgate, total ou parcial, antes do vencimento pactuado,
tendo como valor mínimo de emissão de R$ 300.000,00. As IFs podem adquirir
a LF de sua emissão numa fração máxima de 5%, desde que seja novamente
colocada em mercado por meio de venda posterior , ou seja, trata-se de uma
compra realizada somente com o intuito de negócio. (compra-se mas deve-se
vender posteriormente).
A remuneração da LF pode se dar por taxa de juros pré-fixada,
combinada ou não com taxas flutuantes, ou por índice de preços, sendo
vedada a emissão com cláusula de variação cambial.
2. Mercado de Renda Variável
O mercado de renda variável é representado especialmente pela
negociação de ações nas bolsas de valores. As ações são títulos
representativos do capital social de uma sociedade anônima. Diz-se que a
sociedade anônima é aberta quando seus títulos são negociados em bolsas de
valores ou em mercado de balcão3. Ressalta-se que no mercado de ações só se
negociam ações de sociedades anônimas de capital aberto. Não obstante,
existem ainda as sociedades anônimas de capital fechado, em que o capital
3 O mercado de balcão é um mercado de títulos sem local físico definido para a realização das transações que são
feitas por telefone entre as instituições financeiras. O mercado de balcão é chamado de organizado quando se estrutura
como um sistema de negociação de títulos e valores mobiliários podendo estar organizado como um sistema eletrônico
de negociação por terminais, que interliga as instituições credenciadas em todo o Brasil, processando suas ordens de
compra e venda e fechando os negócios eletronicamente.
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social é dividido em ações, mas que não têm seu capital negociado em bolsas
de valores.
As ações das companhias são divididas em ordinárias e preferenciais:
2.1 Ações Ordinárias
As ações ordinárias são parte do capital da empresa com direito a voto.
Os proprietários destas podem, em conjunto, e com maioria, eleger e destituir
os membros da diretoria e do conselho fiscal da empresa emissora das ações.
2.2 Ações Preferências
Diferentemente das ordinárias, as ações preferenciais não dão direito
original de voto aos seus possuidores. Não obstante, caso a empresa não
realize a distribuição dos lucros por mais de três anos consecutivos, as ações
preferências adquirem este direito.
As ações preferenciais possuem prevalência no recebimento dos lucros
(dividendos) e no capital (em caso de dissolução) auferidos pelas S.A.’s.
De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas (Lei 6.404/76), atualizada
pela Lei 10303/01, uma empresa de capital aberto somente poderá emitir
ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas à restrição no exercício
desse direito, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) do total das ações
emitidas.
As demais características das ações estão dispostas na seção III, artigos
15, 16 e 17 da Lei 6.404/76. Considerando tratar-se de informações de menor
relevância para o objeto da aula, optamos em disponibilizar o link de acesso:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404compilada.htm.
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2.3 Ganhos com Ações e os direitos dos acionistas
As ações podem remunerar o investidor basicamente de três formas:
através da sua valorização, via política de distribuição de dividendos e através
do pagamento de juros sobre o capital próprio.
A valorização das ações é decorrência de todo processo de criação de
valor pelas empresas quando da realização de projetos de investimento. Na
medida em que estes investimentos apresentam projeções de ganhos futuros
efetivos, é natural o crescimento do valor das ações.
Os dividendos correspondem à parcela do lucro obtido pela empresa que
é distribuída ao acionista por ocasião do fim do exercício social. Segundo a Lei
das Sociedades por ações, deve ser distribuído um mínimo de 25% do lucro
líquido (inciso I, § 1o do artigo 17). O valor correspondente na forma de
dividendos para cada um dos acionistas é proporcional à quantidade de ações
que este possui.
Os juros sobre capital próprio correspondem ao pagamento feito aos
acionistas por conta do resultado do lucro antes dos impostos (IR). Para o
acionista corresponde a um ganho adicional e para a empresa como um
instrumento de planejamento tributário.
2.4. Os Mercados Primário e Secundário de Ações
2.4.1. Mercado Primário
Uma Sociedade Anônima que queira abrir o seu capital pode assim fazê-
lo no chamado mercado primário de ações. De forma básica, toda abertura de
capital de SA's ocorre no mercado primário. Uma empresa que deseja captar
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recursos para financiamento de suas atividades pode emitir novas ações, ou se
assim não for, tão simplesmente ofertar ao público ações de sua propriedade
que já estão contabilizadas no capital.
Os chamados IPO’s – Initial Public Offering, ou oferta inicial de ações,
correspondem ao primeiro lançamento de ações no mercado, realizados, hoje,
e no caso brasileiro, no âmbito da BM&FBOVESPA.
2.4.2. Mercado Secundário
A continuidade das negociações com as ações ofertadas no mercado
primário ocorre no mercado secundário, onde é realizada a troca de
titularidade de parte do capital das empresas segundo o processo de
negociação de compra e venda. Importante destacar que o mercado
secundário tem tanta relevância quanto o mercado primário, pelo fato de que a
liquidez nas negociações das ações de empresas garante a estas a capacidade
de emissão de novos valore mobiliários, quando assim julgarem necessário
para fazer frente aos seus processos de expansão.
O mercado secundário de valores mobiliários é realizado também no
âmbito da BM&FBOVESPA.
3. Tipos de Ordem
O investidores, ao realizarem a compra e venda de valores
mobiliários, optam por dar instruções de ordens às instituições
financeiras responsáveis pela negociação. Sobre estas comentamos
abaixo:
3.1 Tipos de ordem
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As condições que podem ser escolhidas pelos clientes, para a execução
de suas ordens, devem estar enquadradas em um ou mais dos seguintes tipos
de Ordens:
a) ordem a mercado - é aquela em que o investidor especifica somente a
quantidade e as características dos valores mobiliários (no caso, ações) que
deseja comprar ou vender, devendo ser executada pela corretora partir do
momento que for recebida. Tem essa nomenclatura porque a compra ou venda
será realizada pelo preço vigente no mercado no momento;
b) ordem limitada - é aquela que deve ser executada somente a preço igual
ou melhor do que o especificado pelo investidor;
c) ordem administrada - é aquela que especifica somente a quantidade e as
características das ações a serem compradas ou vendidas, ficando o momento
da execução e conseqüentemente o preço a critério da Sociedade Corretora;
d) ordem discricionária - é aquela dada por administrador de carteira de
títulos e valores mobiliários ou por quem representa mais de um cliente,
cabendo ao ordenante estabelecer as condições em que a ordem deve ser
executada. Após sua execução, o ordenante indicará os nomes dos comitentes
a serem especificados, a quantidade de Ativos ou direitos a ser atribuída a
cada um deles e o respectivo preço;
e) ordem de financiamento - é aquela constituída por uma ordem de compra
ou de venda de um valor mobiliário em um mercado administrado pela Bolsa, e
outra concomitantemente de venda ou compra do mesmo valor mobiliário, no
mesmo ou em outro mercado (termo, futuro ou opção) também administrado
pela Bolsa, com prazo de vencimento distinto;
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f) ordem on-stop - é aquela que especifica o preço do valor mobiliário a partir
do qual a ordem deverá ser executada:
- ordem on-stop de compra – a ordem será executada quando, em uma
alta de preços, ocorrer um negócio a preço igual ou maior que o
determinado;
- ordem on-stop de venda – a ordem será executada quando, em uma
baixa de preços, ocorrer um negócio a preço igual ou menor que o
determinado;
g) ordem casada - é aquela cuja execução está vinculada à execução de
outra ordem do cliente, podendo ser com ou sem limite de preço.
4. Índices representativos do mercado de valores mobiliários no Brasil
(IBOVESPA, FGV-100 e IBX e IBX-50) e no exterior
Os índices representativos do mercado de valores mobiliários, também
conhecidos como índices de mercado de renda variável, representam o
desempenho de um grupo de ações (geralmente as mais negociadas) ao longo
do tempo. Os preços das ações têm sua variação decorrente de fatores
relacionados à condução da empresa de capital aberto ou a fatores externos
(conjuntura econômica nacional e internacional). Os índices são em sua maior
parte divulgados pela BM&FBOVESPA, sendo os seguintes:
4.1 Índice IBOVESPA
Dos índices presentes no mercado financeiro, o mais importante é o
índice IBOVESPA, que é o indicador do desempenho médio das cotações do
mercado de ações brasileiro. Sua relevância advém do fato do IBOVESPA
retratar o comportamento dos principais papéis negociados na BM&FBOVESPA,
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além de possuir grande tradição, pois o índice manteve a integridade de sua
série histórica e não sofreu modificações metodológicas desde sua
implementação em 1968.
A composição da carteira formadora do índice é reavaliada
quadrimestralmente, identificando o desempenho dos seus principais
papéis negociados nos últimos 12 meses.
Segundo os critérios definidos pela BOVESPA, a participação de
cada ação no portfólio que compõe o índice está associada tanto ao
volume quanto à quantidade de negociações com o ativo no mercado à
vista.
O cálculo de participação é feito da seguinte forma, conforme dispõe o
próprio manual com a metodologia de cálculo:
A participação de cada ação na carteira tem relação direta com a
representatividade desse título no mercado à vista – em termos de
número de negócios e volume financeiro – ajustada ao tamanho da
amostra. Essa representatividade é obtida pelo índice de
negociabilidade da ação, calculado pela seguinte fórmula:
Em que:
IN = índice de negociabilidade
ni = número de negócios com a ação "i" no mercado à vista (lote-padrão)
N = número total de negócios no mercado à vista da BOVESPA (lote-padrão)
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vi = volume financeiro gerado pelos negócios com a ação "i" no mercado à
vista (lote- padrão)
V = volume financeiro total do mercado à vista da BOVESPA (lote-padrão)
O lote-padrão de negociação é de 100 ações.
Para que não seja feita a reprodução literal do manual que demonstra a
forma de cálculo do Índice Bovespa, optamos em disponibilizar o link referente
a este: http://www.bmfbovespa.com.br/Indices/download/IBovespa.pdf
4.2 Índice Brasil - IBrX
É o índice de preços referente a uma carteira teórica composta pelas 100
ações de maior negociação na BM&FBOVESPA em termos de número de
negócios e volume financeiro. Essas ações são ponderadas na carteira do
índice pelo seu respectivo número de ações disponíveis à negociação no
mercado.
Destaca-se que integram carteira do IBrX - Índice Brasil as 100 ações
que atenderem cumulativamente aos seguintes critérios:
a - estarem entre as 100 melhores classificadas quanto ao seu índice de
negociabilidade, apurados nos doze meses anteriores à reavaliação;
b - terem sido negociadas em pelo menos 70% dos pregões ocorridos nos doze
meses anteriores à formação da carteira.
4.3 Índice Brasil 50 – IBrX – 50
O IBrX-50 é um índice que mede o retorno total de uma carteira teórica
composta por 50 ações selecionadas entre as mais negociadas na
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BM&FBOVESPA em termos de liquidez, ponderadas na carteira pelo valor de
mercado das ações disponíveis à negociação. Ele foi desenhado para ser um
referencial para os investidores e administradores de carteira, e também para
possibilitar o lançamento de derivativos (futuros, opções sobre futuro e opções
sobre índice). O IBrX-50 tem as mesmas características do IBrX – Índice
Brasil, que é composto por 100 ações, mas apresenta a vantagem operacional
de ser mais facilmente reproduzido pelo mercado.
4.4 Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE
O ISE tem por objetivo refletir o retorno de uma carteira composta por
ações de empresas com reconhecido comprometimento com a
responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial, e também atuar como
promotor das boas práticas no meio empresarial brasileiro.
4.5 Índice Setorial de Telecomunicações – ITEL
Este índice representa a variação do valor das ações das empresas de
telecomunicações com seus títulos negociados em bolsa. A BM&FBOVESPA
resolveu adotar para o cálculo do ITEL a ponderação por "free float"
(quantidade de ações em circulação). A ponderação de um indicador pelo valor
de mercado das ações em circulação permite que o índice represente o
comportamento dos papéis realmente disponíveis à negociação, o que facilita a
montagem de carteiras referenciadas no índice pelo investidor e permite um
melhor acompanhamento de seu desempenho.
4.6 Índice de Energia Elétrica – IEE
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O índice é constituído pelas ações de empresas abertas mais
significativas do setor de energia elétrica listadas na BM&FBOVESPA, possuindo
igual peso na carteira teórica do índice, o que reflete uma medida do
comportamento agregado do segmento econômico.
4.7 Índice do Setor Industrial – INDX
O INDX foi desenvolvido com o objetivo de medir o desempenho das
ações mais representativas do setor industrial, importante segmento da
economia brasileira. Sua carteira teórica é composta pelas ações mais
representativas da indústria, que são selecionadas entre as mais negociadas
na BM&FBOVESPA em termos de liquidez e são ponderadas na carteira pelo
valor de mercado das ações disponíveis à negociação.
4.8 Índice de Consumo – ICON
O ICON tem por objetivo oferecer uma visão segmentada do mercado
acionário, medindo o comportamento das ações das empresas representativas
dos setores de consumo cíclico e não-cíclico. As ações componentes são
selecionadas por sua liquidez, e são ponderadas nas carteiras pelo valor de
mercado das ações disponíveis à negociação.
4.9 Índice Imobiliário – IMOB
O IMOB tem por objetivo oferecer uma visão segmentada do mercado
acionário, medindo o comportamento das ações das empresas representativas
dos setores da atividade imobiliária compreendidos por construção civil,
intermediação imobiliária e exploração de imóveis . As ações componentes são
selecionadas por sua liquidez, e são ponderadas nas carteiras pelo valor de
mercado das ações disponíveis à negociação.
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4.10 Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada –
IGC
O IGC tem por objetivo medir o desempenho de uma carteira teórica
composta por ações de empresas que apresentem bons níveis de governança
corporativa.
4.11 Índice de Ações com Tag Along Diferenciado – ITAG
O ITAG tem por objetivo medir o desempenho de uma carteira teórica
composta por ações de empresas que ofereçam melhores condições aos
acionistas minoritários, no caso de alienação do controle. Destaca-se que para
isso elegem-se à inclusão na carteira teórica do índice todas as ações para as
quais a empresa concede tag along superior em relação à legislação aplicável,
a qual estabelece que as companhias abertas devem oferecer a todas as ações
ordinárias minoritárias tag along de 80% em relação ao preço obtido pelo
controlador, no caso de alienação de controle. Desta forma, as ações
ordinárias cujas companhias oferecem um percentual maior de tag along, e/ou
as ações preferenciais cuja companhia oferece tag along em qualquer
percentual são elegíveis ao ITAG.
4.12 Índice Small-Mid-Large Cap
Criados pela BM&FBOVESPA, o Índice BM&FBOVESPA Mid Large Cap
(MLCX) e o Índice BM&FBOVESPA Small Cap (SMLL) têm por objetivo medir o
comportamento das empresas listadas na Bolsa de modo segmentado, sendo
que o índice Mid Large medirá o retorno de uma carteira composta pelas
empresas listadas de maior capitalização, e o índice Small Cap medirá o
retorno de uma carteira composta por empresas de menor capitalização. As
ações componentes serão selecionadas por sua liquidez, e serão ponderadas
nas carteiras pelo valor de mercado das ações disponíveis à negociação.
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4.13 Índice Valor BM&FBOVESPA - IVBX-2
O Índice Valor BM&FBOVESPA - 2ª Linha (IVBX-2) foi desenvolvido em
conjunto pela BM&FBOVESPA e pelo jornal Valor Econômico, visando mensurar
o retorno de uma carteira hipotética constituída exclusivamente por papéis
emitidos por empresas de excelente conceito junto aos investidores,
classificadas a partir da 11ª posição, tanto em termos de valor de mercado
como de liquidez de suas ações. Ele é composto por 50 papéis escolhidos em
uma relação de ações classificadas em ordem decrescente por liquidez, de
acordo com seu índice de negociabilidade (medido nos últimos doze meses).
4.14 Índice Financeiro – IFNC
O IFNC tem por objetivo oferecer uma visão segmentada do mercado
acionário, medindo o comportamento das ações das empresas representativas
dos setores de intermediários financeiros, serviços financeiros diversos e
previdência e seguros. As ações componentes são selecionadas por sua
liquidez, e são ponderadas nas carteiras pelo valor de mercado das ações
disponíveis à negociação.
4.15 Índice FGV-100
Trata-se do índice desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas, tendo
como característica principal a não inclusão de ações de empresas estatais (ex:
Petrobrás) e de bancos, procurando ser um índice de variação das ações de
empresas privadas produtivas.
Outra característica do índice FGV-100 é que a ponderação para cálculo
da composição da carteira não é realizada exclusivamente pela participação no
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volume financeiro do mercado. Levam-se em consideração os critérios de
qualidade da empresa, conforme especificado pela FGV, tendo este critério
uma participação de 60% na ponderação realizada. Os outros 40% são
proporcionais ao volume financeiro negociado nas bolsas de valores.
4.16 Índice Dow Jones
Índice criado para acompanhar o desempenho das ações da Bolsa de
Valores de Nova York (NYSE). Seu cálculo é uma média simples das cotações
das ações das trinta empresas industriais mais importantes dos EUA, todas
listadas na NYSE.
Destaca-se que não existe nenhum critério pré-determinado relacionado
ao índice, a não ser que os componentes sejam companhias norte-americanas
que são líderes em seus segmentos de mercado.
4.17 Índices NASDAQ - National Association of Securities Dealers
Automated Quotation
O NASDAQ 100 Index é um dos índices utilizados nas negociações da
NASDAQ. Ele inclui 100 das maiores empresas não financeiras (baseado em
valor de mercado), norte-americanas e estrangeiras listadas na NASDAQ.
Assim como o índice NASDAQ Composite abaixo descrito, também utiliza uma
média ponderada.
Já o NASDAQ Composite Índex é o principal índice utilizado nas
negociações da NASDAQ, exprimindo a variação média diária das cotações de
todas as empresas, incluindo empresas não norte-americanas, listadas no
NASDAQ. Assim, o índice é construído usando a média ponderada (de acordo
com o valor de mercado) das cotações de mais de 3.400 ações.
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4.18 S&P 500 (Standard & Poors)
Trata-se do índice que captura a variação média diária das negociações
das 500 principais ações negociadas nas bolsas de valores norte-. O S&P500 é
formado por uma carteira teórica de 500 ações, escolhidas pela participação
das ações no mercado e pela liquidez. Ao contrário do Índice Dow Jones, que é
calculado utilizando médias simples, o S&P 500, que é calculado pela empresa
de classificação de risco e análise de mercado Standard & Poors, utiliza médias
ponderadas pelo valor de mercado das empresas.
4.19 FTSE-100
É o índice que exprime a variação média diária de uma carteira de ações
negociadas na Bolsa de Valores de Londres. O FTSE é usado como principal
indicador do desempenho das ações britânicas, sendo formado por uma
carteira teórica de 100 ações, escolhidas pela participação das ações no
mercado e pela liquidez.
4.20 Índice Nikkei
O Índice Nikkei reflete a variação média diária de uma carteira de ações
negociadas na Bolsa de Tóquio. Trata-se do índice mais utilizado pelo mercado
para avaliar o desempenho das ações japonesas.
5. Derivativos
Temos a seguinte definição dada para os Derivativos, de acordo com a
Circular Bacen 3082, art 1º § 1º:
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“Entende-se por Instrumentos Derivativos Financeiros aqueles cujo valor
varia em decorrência de mudanças em taxa de juros, preço de título ou valor
mobiliário, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de bolsa de valores,
índice de preço, índice ou classificação de crédito, ou qualquer outra variável
similar específica, cujo investimento inicial seja inexistente ou pequeno em
relação ao valor do contrato, e que sejam liquidados em data futura”.
Os derivativos são os ativos que derivam de outro ativo; é uma tradução
livre e usual para a palavra inglesa derivatives.
Os derivativos são instrumentos financeiros estabelecidos mediante
contratos, com a seguinte peculiaridade: seus preços são determinados e
variam em função dos preços de outro ativo, que pode ser uma mercadoria,
um título de renda fixa, uma ação, uma moeda estrangeira, etc.
Um exemplo comum de derivativo é o contrato de seguro de um
automóvel, onde o seu preço varia em função do valor do carro. Assim, quanto
maior o preço do veículo, maior é o prêmio (preço) do seguro a ser pago.
Verifica-se assim que o seguro é um derivativo do automóvel.
A função econômica básica dos derivativos é permitir que todos aqueles
com algum interesse comercial por determinado ativo-objeto (base do
derivativo) possam se defender de possíveis variações adversas no preço do
ativo. Conclui-se assim que o objetivo do derivativo é o de diminuir os
riscos de se manter os ativos em mãos. A opção em se contratar um
derivativo pode ser feito por investidores ou por empresas. No caso destas
últimas, a exemplo de uma companhia produtora de aço (siderúrgica), a
compra de um derivativo busca, a princípio, a proteção contra a variação do
preço de seu principal ativo. Para se evitar com que variações negativas nos
preços do seu produto impactem o seu fluxo de caixa, esta determina no
presente o quanto receberá pela venda do seu produto no futuro.
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Conforme se verifica, no caso de empresas, a função de um derivativo é
a de realizar a transferência de riscos associados às suas operações4. Esta
proteção é comumente chamada em mercado de hedge, que nada mais
significa do que defender-se dos riscos.
A título de exemplo, apresentamos a seguir uma operação de hedge com
uma mercadoria agrícola.
Exemplo:
Suponha que um produtor de café tenha um contrato de fornecimento do
produto para um comerciante, com preço antecipadamente acertado e com
entrega futura. Caso o preço do café aumente até a entrega, o comerciante
terá um aumento no seu resultado financeiro. Porém, caso o preço do café
diminua, ele terá uma diminuição no resultado e, até quem sabe, um prejuízo.
Percebe-se assim, que existe um risco neste negócio, podendo o comerciante
auferir lucro ou prejuízo, conforme a variação futura do preço do café.
Para se proteger contra o risco, o comerciante vende, no mercado futuro,
certa quantidade de contratos que se iguale à quantidade comprada do
produtor. Assim, no mercado futuro ele está em situação contrária à anterior.
Logo, se o preço subir ele perderá e se cair ele lucrará. Portanto, ao realizar as
duas operações, o comerciante eliminou seu risco, ou seja, quando ganhou em
uma operação, perdeu na outra e vice-versa.
4 No ano de 2008, assistimos uma série de grandes empresas brasileiras apresentarem grandes prejuízos em operações
com derivativos. De uma forma bem objetiva, pode-se dizer que tais resultados negativos estiveram associados à
utilização de derivativos como instrumento de especulação, e não de proteção como é o fundamento e o objetivo deste
tipo de operação para empresas.
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Na verdade, o que o comerciante fez, foi fixar o seu preço de venda do café,
garantindo a sua margem de lucro. O risco foi transferido para o comprador do
mercado futuro, que poderá estar realizando hedge ou não.
O funcionamento de um mercado de derivativos, com compradores e
vendedores negociando em grande escala, mediante um mecanismo aberto e
competitivo, faz com que seu preço real de mercado seja conhecido por todos
os interessados no negócio.
Os principais tipos de derivativos financeiros são as opções, os futuros,
as operações a termos e os swaps. Façamos uma descrição básica, neste
primeiro momento, de cada uma destas operações.
5.1 Operações com Opções
Um contrato de opções representa a negociação do direito (a opção) de
comprar ou vender um determinado ativo financeiro, mercadoria ou outro
derivativo.
São conceitos básicos deste mercado:
� opções de compra, também conhecidas como call, conferem ao
titular o direito de compra do objeto da opção;
� opções de venda, também conhecidas como put, conferem ao
titular o direito de venda do objeto da opção;
� prêmio é valor pago pelo titular ao lançador pela aquisição da
opção;
� preço de exercício é o valor pelo qual o objeto da opção será
negociado em caso de exercício;
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� comprador, também chamado de Titular, é quem tem o direito
(mas não a obrigação) de comprar, no caso da call, ou vender, no caso da put,
o objeto da opção, pelo preço de exercício no, ou até o dia do vencimento. Seu
risco é limitado ao valor pago pelas opções, pois caso o mercado lhe seja
desfavorável, pode não exercer seu direito, evitando assim um prejuízo maior;
e
� vendedor, também chamado de Lançador, é quem dá ao titular o
direito de comprar, no caso da call, ou vender, no caso da put. Em uma opção
de compra, se o titular resolver exercer o seu direito, o lançador é obrigado a
efetuar a venda pelo preço de exercício, não importando o preço de mercado
no momento do exercício. Assim, o risco assumido pelo lançador é ilimitado e
depende exclusivamente do mercado. Para as opções de venda o risco do
lançador tem como limite o preço de exercício.
As opções podem ainda ser divididas em opção americana e européia. A
opção americana pode ser exercida até a data de exercício, ou seja, ao longo
do prazo de exercício. Diferentemente, a opção européia só pode ser exercida
na data do seu exercício.
Vejamos um exemplo de uma operação com opções:
Exemplo:
Imaginemos uma oportunidade de investimento em que o preço é de R$
10,00/ação. Um investidor acredita que estas ações irão se valorizar, pagando
assim o prêmio por uma opção de compra no valor de R$ 1 por ação. Caso ele
compre 10 lotes com 100 ações cada, este investidor pagará R$ 1.000,00 pela
compra da opção de compra.
Findado o prazo de contrato de opção o investidor verifica que as ações estão
cotadas no mercado a vista no valor de R$ 12,00/ação. A resposta do
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investidor será de exercer a sua opção, realizando assim um ganho no valor de
R$ 1.000,00, que se deriva em:
Valor de 10 lotes após o período de tempo: R$12 X 10 X 100 =
R$12.000,00
- Valor dos 10 lotes na data da compra da opção: R$ 10 X 10 X 1000 = R$ 10.000,00
- Valor pago pela compra da opção de compra: R$ 1/ação X 10 X 100 = R$ 1.000,00
= Resultado da operação R$ 1.000,00 Veja que caso o valor da ação no futuro fosse menor do que R$ 11/ação, o investidor não
exerceria a opção, tendo perdido apenas o prêmio pago pela opção de compra.
Cabe destacar que investidores poderão não somente comprar opções de
compra, mas também comprar opções de venda, vender opções de compra ou
mesmo vender opções de venda.
5.2 Operações com Futuros
Os contratos futuros são as operações de mercado em que as partes
assumem compromisso de compra e/ou de venda para liquidação (física e/ou
financeira) em data futura, contando com o ajuste diário do valor dos
contratos (paga-se ou recebe-se o diferencial entre o preço acordado para o
exercício e o preço vigente (do dia)), que é o mecanismo que possibilita a
liquidação financeira diária de lucros e prejuízos das posições.
Um investidor pode desejar adquirir ações de uma empresa no futuro.
Para isso ele deve encontrar na ponta contrária da sua intenção outro
investidor que, inversamente, deseja efetuar a venda desses ativos para
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entrega também no futuro. O preço é acertado entre as partes e o negócio é
fechado como uma operação no mercado futuro.
Veja que o investidor aposta em uma elevação na cotação da ação no
mercado, adquirindo hoje, para entrega futura, por um preço acordado hoje.
De forma contrária, o vendedor acredita na possibilidade de compra de uma
ação no futuro a um preço inferior, o que permitiria realizar o lucro.
Importante considerar que nas operações de futuro, há um compromisso
entre as partes formalizado em contrato, entre comprar e vender,
diferentemente das opções, em que o compromisso é apenas do lançador ou
vendedor, sendo uma opção do comprador a realização da compra.
Um bom exemplo das operações de futuros é o chamado mercado futuro
de ações, que amplia as oportunidades de maximização da performance dos
investimentos, propiciando, em muitos casos, negociação com custos,
facilidade e eficiência bastante atrativos quando comparado a outros
mercados. Senão vejamos:
� Caracteriza-se por ser uma forma de aplicação bastante eficiente, pois
não requer o desembolso de um montante significativo de dinheiro na
abertura da posição a futuro, como ocorre quando da compra de ações à
vista. Neste mercado é requerido apenas um depósito de margem. Dessa
forma, o investidor pode aplicar a diferença de dinheiro entre o que
desembolsaria se comprasse a ação à vista e o que efetivamente
desembolsou para constituir as garantias exigidas por sua atuação no
Mercado Futuro de Ações, através da aplicação em ativos de menor risco
(poupança, renda fixa), aumentando assim sua rentabilidade.
Vejamos um exemplo do potencial de ganho com a operação de futuros:
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Exemplo:
A ação A está cotada atualmente no mercado a vista a R$ 100,00 por ação, e
seu contrato futuro para daqui a três meses está cotado a R$ 104,50. Para
comprar a ação no mercado à vista, é necessário pagar os R$ 100,00. Para
comprar um contrato futuro, R$ 9,40 precisam ser depositados como garantia.
Alguns dias depois, o preço à vista subiu para R$ 110,00 e o contrato futuro,
para R$ 114,50. Os retornos serão os seguintes:
Mercado à Vista
Mercado Futuro de Ações
Preço de abertura R$ 100,00 R$ 104,50
Preço de fechamento R$ 110,00 R$ 114,50
Ganho líquido R$ 10,00 R$ 10,00
Investimento inicial R$ 100,00
(pagos pela ação) R$ 9,40 (margem)
Retorno 10,0% 106,4%
Veja que o investidor ao fazer a escolha de utilizar o mercado futuro ao invés
do mercado à vista, deixa de ter que fazer um investimento de R$ 100,00 para
ganhar R$ 10,00 ou 10% (10/100), para fazer um pagamento de uma margem
de R$ 9,40 e ter R$ 10,00 de retorno que, em termos proporcionais ao valor
investido, corresponde a aproximadamente 106,4% (10/9,4).
5.3 Operações a Termo
É o mercado em que é assumido compromisso de compra e/ou venda
para liquidação em data futura. Trata-se da fase preliminar do mercado futuro,
em que não há ajuste diário nem intercambialidade (zeramento) de posições,
ficando as partes vinculadas uma à outra até a liquidação do contrato. Esta é
basicamente a diferenciação entre os dois mercados
Neste mercado são efetuadas a compra ou a venda de uma determinada
quantidade de produtos, ações e outros ativos, a um preço fixado, para
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liquidação em prazo determinado, a contar da data da operação em pregão,
resultando em um contrato entre as partes envolvidas.
São quase inexistentes as operações a termo quando comparadas com
as operações com opções e futuros nas bolsas. É um contrato comum em
regiões do país que são grandes produtores de soja, milho, açúcar e etc.
5.4 Swaps
Os chamados Swaps são acordos privados entre duas empresas para a
troca futura de fluxos de caixa. Este instrumento financeiro é bastante utilizado
para trocar futuros resultados de uma carteira de investimento sem a
necessidade de alteração desta.
O Swap pode ser utilizado para alterar a qualidade das emissões de uma
carteira de títulos, sem a alteração dos objetivos do investimento. Os swaps
mais utilizados referem-se à taxa de juros e ao câmbio, nos moldes do que
hoje é feito com certa frequência pelo BACEN.
Vejamos um bom exemplo ilustrativo:
Exemplo:
Suponha que num determinado momento existam dois investidores com
carteiras com composição diferente, porém de igual valor, a saber:
• Investidor A: possui uma carteira no valor de R$ 1.000,00 composta
exclusivamente por uma determinada ação X.
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• Investidor B: possui uma carteira no valor de R$ 1.000,00 composta de
títulos públicos que pagam uma taxa de juros livre de risco5.
Caso o investidor A deseje ter o rendimento de uma carteira de renda
fixa, ao invés de uma carteira de ações, e, ao mesmo tempo, o investidor B
deseje ter o rendimento de uma carteira de ações ao invés da renda fixa,
então surge a oportunidade de se realizar um contrato de swap.
Veja que inicialmente os investidores poderiam liquidar suas posições,
aplicando o resultado no novo investimento desejado, ou seja, o investidor A
poderia vender suas ações e aplicar o valor obtido em títulos públicos e o
investidor B poderia vender seus títulos e aplicar em ações. De todo modo,
caso estes entendam que esta troca deve ser apenas provisória, passa a ser
mais interessante para os investidores a realização de um contrato de swap.
No contrato ocorre a troca das posições sem a necessidade de liquidação
dos ativos financeiros. Isto acontece através de um acordo onde se estabelece
a troca dos rendimentos obtidos no fim do período de apuração.
Voltando ao exemplo anterior:
Supondo que o contrato de swap seja realizado com prazo de vencimento de
três meses; que a variação do preço da ação tenha sido de 15% no mesmo
período e que o rendimento dos títulos públicos foi de 10%, teremos o
seguinte resultado:
Rendimento obtido por A = 15% x R$ 1.000,00 = R$150,00
Rendimento obtido por B = 10% x R$ 1.000,00 = R$100,00
5 A taxa SELIC pode ser entendida como a taxa de juros livres de risco, uma vez que parte-se do pressuposto que o
governo sempre honrará as suas dívidas.
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Diferença dos rendimentos = R$150,00 - R$100,00 = R$50,00
Como através do contrato de swap os investidores tinham se comprometido a
trocar os rendimentos, temos que o resultado da carteira do investidor A deve
ser transferido para o investidor B e vice-versa. Dessa maneira no vencimento
do contrato o investidor A deverá pagar a diferença dos rendimentos para o
investidor B, ou seja, R$50,00.
5.7 Tipos de Operadores
Os operadore do Mercado de Derivativos se dividem em:
Hedger: investidores que participam do mercado com a finalidade de
transferir seus riscos, de forma a se proteger das oscilações de preço para
suas operações com o ativo subjacente. Em geral, os hedgers são agentes
econômicos que possuem interesse no ativo objeto e, por isto, ficam sujeitos
aos riscos de oscilação de preços deste ativo. Na verdade estes participam do
mercado de derivativos com o objetivo de eliminar ou minimizar estes riscos;
Especulador: Os especuladores são participantes que não possuem interesse
direto no ativo objeto relacionado ao contrato derivativo. Eles apenas desejam
assumir posições para obter lucro com as oscilações de preços do ativo. Ao
contrário dos hedgers, os especuladores desejam assumir riscos. Entretanto,
sua atuação é fundamental para a dinâmica do mercado, na medida em que
fornece a liquidez necessária para o funcionamento das negociações. O
especulador geralmente opera com pequenos volumes de negociação, mas
com grande frequência. Uma de suas principais operações consiste no day-
trade, ou seja, a realização de operações de compra e venda em um mesmo
dia, obtendo seus resultados com as variações de preço que ocorrem ao longo
de um dia de negociações;
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Financiador: O financiador procura o mercado derivativo com o objetivo de
uma taxa de remuneração fixa para suas operações, não se interessando pela
variação de preços do ativo subjacente. Na posição inversa do financiador,
tem-se a do financiado, que procura no mercado derivativo uma forma de
captar recursos a condições melhores que no mercado tradicional. Um bom
exemplo é a operação de compra e venda de um ativo no mercado à vista e a
consequente venda e compra deste mesmo ativo no mercado a termo. A
diferença de preços e o prazo entre a operação à vista e a termo define a taxa
implícita da operação;
Arbitrador: É o investidor que acompanha diversos mercados procurando
uma oportunidade de realização de lucros por meio de uma operação de
arbitragem.
Passemos agora à resolução de questões propostas:
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Questões Comentadas:
1 – (ENGENHEIRO/BNDES – CESGRANRIO/2008) Os Certificados de
Depósito Bancário (CDB) são títulos emitidos pelos Bancos com o
objetivo de
a) capitalizar as empresas de capital aberto que fazem parte do portfólio do
banco.
b) pagar indenizações e multas fiscais.
c) captar recursos que serão normalmente repassados na forma de
empréstimos.
d) captar recursos de curtíssimo prazo de outros Bancos.
e) captar recursos exclusivamente com taxas de juros pré-fixadas.
Comentários:
Os CDBs são utilizados como fonte de captação de recursos do público em
geral, sendo os mesmos recursos destinados ao financiamento de bens por
parte das instituições financeiras. Um CDB pode ser pré ou pós-fixado,
dependendo apenas na negociação feita entre o cliente emprestador e a
instituição financeira. Normalmente os CDBs são pós-fixados, tendo como
parâmetro de remuneração um percentual da taxa básica de juros (taxa
SELIC).
Gabarito: letra “c”.
2 – (ANALISTA/BACEN – CESGRANRIO/2010) Um título de renda fixa,
emitido pelo governo federal há três meses, pode ser revendido pelo
seu dono no
a) mercado primário do título.
b) mercado secundário de títulos.
c) mercado de derivativos.
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d) mercado de ações preferenciais.
e) dia seguinte ao seu vencimento.
Comentários:
A revenda de um título público por parte de uma instituição financeira, por
exemplo, ocorre no âmbito do mercado secundário de títulos.
Gabarito: letra “b”.
3 - (FINANÇAS E ORÇAMENTO/Empresa de Pesquisa Energética –
CESGRANRIO/2005) A captação de recursos das sociedades de crédito,
financiamento e investimento deve ser feita através de:
a) letra de câmbio.
b) certificado de depósito bancário.
c) depósitos à vista.
d) depósitos de poupança.
e) depósitos interfinanceiros.
Comentários:
As Letras de câmbio constituem a forma de captação de recursos financeiros
pelas chamadas financeiras (Sociedades de Crédito, Financiamento e
Investimento).
Gabarito: letra “a”.
4 – (ANALISTA DE FINANÇAS E ORÇAMENTO/EPE –
CESGRANRIO/2005) Títulos de Dívida de Médio e de Longo Prazo,
ofertados publicamente por empresas não financeiras de capital
aberto, são
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a) os bônus de subscrição
b) as notas promissórias
c) as letras hipotecárias
d) as cédulas de crédito
e) as debêntures
Comentários:
O título financeiro de captação de recursos de médio e longo prazo é
representado pelas debêntures. São emissão é sujeita a uma série de
determinações impostas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Gabarito: letra “e”.
5 – (ANALISTA TÉCNICO/SUSEP – ESAF/2010) A metodologia de
cálculo do valor do Índice Bovespa determina que:
a) o preço de cada ação na carteira teórica seja ajustado pelos dividendos
pagos pela ação.
b) a participação de cada ação seja proporcional à sua participação no volume
de negócios da bolsa.
c) a composição da carteira seja atualizada a cada três meses, levando em
conta quais são as ações mais acompanhadas pelos analistas de mercado.
d) os retornos das ações componentes da carteira sejam ajustados pela
alíquota de imposto de renda sobre ganhos de capital.
e) proventos que não sejam distribuídos em dinheiro, como desdobramentos e
direitos de subscrição, sejam ignorados.
Comentários:
Segundo dispõe o manual que demonstra a metodologia de cálculo do Índice
Bovespa, a participação de cada ativo está associado tanto ao volume quanto a
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quantidade de negócios realizados no mercado à vista. Tanto é por isso que a
PETROBRÁS possui a maior representação no índice. Muitas vezes que as
demais ações estão se comportando negativamente no mercado ao longo de
um dia, mas ao mesmo tempo as ações da PETROBRÁS estão se valorizando, o
índice é puxado para cima, em termos de valorização.
Gabarito: Letra “b”.
6 - (ANALISTA/SUSEP – ESAF/2006) Um índice de mercado de ações,
como o IBOVESPA, é construído com a finalidade de
a) representar a composição de uma carteira eficiente de mercado.
b) indicar as melhores oportunidades de investimento em ações disponíveis.
c) identificar para o investidor a carteira mais diversificada possível de ações.
d) mostrar a evolução média dos preços de títulos representativos.
e) avaliar os fluxos de entrada e saída de fundos no mercado de ações.
Comentários:
Conforme descrito, o objetivo do IBOVESPA é a evolução média dos preços de
títulos representativos deste mesmo índice.
Gabarito: letra “d”.
7 - (ANALISTA/ CVM – FCC/2003) É INCORRETO afirmar que
a) o Ibovespa reflete a variação de preços das ações mais negociadas nos
últimos 12 meses.
b) o Índice FGV-100 exclui as ações de empresas estatais e instituições
financeiras.
c)) a composição da carteira teórica do Ibovespa é reavaliada semestralmente.
d) o IBX-Índice Brasil é composto por 100 ações.
e) o Índice Valor Bovespa seleciona 50 ações a partir da 11ª. posição de
liquidez.
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Comentários:
Conforme verificado, a composição da carteira teórica do Ibovespa é
reavaliada quadrimestralmente.
Gabarito: letra “c”.
8 - (ECONOMISTA/BNDES – VUNESP/2005) Com relação aos
derivativos é correto afirmar que:
a) os derivativos, com exceção dos contratos de opções, são instrumentos
financeiros em que se “compram” ou se “vendem” direitos de determinados
ativos sem ter necessariamente que investir no ativo real;
b) através de uma operação no Mercado Futuro, o investidor pode fazer uma
proteção (Hedge) para a sua posição assumida no mercado à vista com o
objetivo de minimizar, ou se possível, reverter eventuais perdas;
c) sem custos, os derivativos dão ao investidor a possibilidade de evitar
cenários que acarretem resultados negativos, desfrutando, todavia, dos
cenários que lhe trazem resultados favoráveis;
d) a formação dos preços dos derivativos de um determinado ativo não deriva
dos preços do mercado à vista deste ativo. Ele é apenas um meio de
alavancagem e de trava;
e) os contratos de derivativos não podem ser negociados em Bolsas de Valores
pois dependem de condições particulares dos interessados.
Comentários: a) ERRADA. Os derivativos, inclusive os contratos de opções, são
instrumentos financeiros em que se “compram” ou se “vendem” direitos de
determinados ativos sem ter necessariamente que investir no ativo real;
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b) CERTA. Através de uma operação no Mercado Futuro, o investidor pode
fazer uma proteção (Hedge) para a sua posição assumida no mercado à vista
com o objetivo de minimizar, ou se possível, reverter eventuais perdas;
c) ERRADA. Com custos, os derivativos dão ao investidor a possibilidade de
evitar cenários que acarretem resultados negativos, desfrutando, todavia, dos
cenários que lhe trazem resultados favoráveis;
d) ERRADA. A formação dos preços dos derivativos de um determinado ativo
deriva dos preços do mercado à vista deste ativo. Ele é apenas um meio de
alavancagem e de trava;
e) ERRADA. Os contratos de derivativos podem ser negociados em Bolsas de
Valores, pois dependem de condições particulares dos interessados.
Gabarito: letra “b”.
9 – (Analista de Mercado de Capitais/CVM – ESAF/2008) Para o
adequado funcionamento do mercado de derivativos são necessários
agentes compradores e vendedores de contratos, sendo que os
principais são os hedgers, os especuladores e os arbitradores. Assim,
os especuladores caracterizam-se, principalmente, por:
a) prejudicar o mercado, devendo sua atuação ser cerceada;
b) atuar com objetivo de se proteger de riscos futuros;
c) efetuar transações simultâneas entre um mercado e outro;
d) contribuir para a liquidez do mercado;
e) depender de autorização prévia da CVM.
Comentários:
Reproduzimos abaixo a função do especulador como agente participante do
mercado de derivativos:
Os especuladores são participantes que não possuem interesse direto no ativo
objeto relacionado ao contrato derivativo. Eles apenas desejam assumir
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posições para obter lucro com as oscilações de preços do ativo. Ao contrário
dos hedgers, os especuladores desejam assumir riscos. Entretanto, sua
atuação é fundamental para a dinâmica do mercado, na medida em
que fornece a liquidez necessária para o funcionamento das
negociações. O especulador geralmente opera com pequenos volumes de
negociação, mas com grande frequência. Uma de suas principais operações
consiste no day-trade, ou seja, a realização de operações de compra e venda
em um mesmo dia, obtendo seus resultados com as variações de preço que
ocorrem ao longo de um dia de negociações.
Gabarito: letra “d”.
10 – (AFC/CGU – ESAF/2008) No que tange à definição e classificação
dos títulos de renda fixa, não se pode afirmar que:
a) os títulos de renda fixa são aqueles cujos rendimentos e prazos de resgate
são estabelecidos por ocasião da emissão do papel ou título, podendo os
rendimentos ser pré-fixados, pós-fixados ou flutuantes.
b) os títulos de renda fixa estão divididos em títulos públicos de renda fixa e os
títulos privados de renda fixa, que são os emitidos por instituições financeiras e
não financeiras.
c) a remuneração dos títulos que apresentam rendimento pós-fixado somente
é conhecida na data do resgate do papel.
d) a modalidade flutuante assemelha-se com a pós-fixada e diferencia-se,
basicamente, pela fixação de taxas contratadas.
e) as principais funções do mercado secundário de títulos de renda fixa, no
qual ocorre a transferência de titularidade dos papéis e ocasiona aumento ou
diminuição de recursos pelos emissores, são dar liquidez ao mercado primário
de títulos públicos e privados e permitir que a autoridade monetária realize
política monetária.
Comentários:
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R: As principais funções do mercado secundário de títulos de renda fixa, no
qual ocorre a transferência de titularidade dos papéis e não ocasiona aumento
ou diminuição de recursos pelos emissores, são dar liquidez ao mercado
primário de títulos públicos e privados, permitindo ainda que a autoridade
monetária realize política monetária via mercado secundário de títulos.
Para fins de informação e consolidação de entendimento, o termo fixação de
taxas contratadas na assertiva “d”, referente à taxa flutuante, deriva do fato
de que a remuneração do título de renda fixa ser composto por remuneração
mista, tais como as Letras do Tesouro Nacional – NTNS (juros + câmbio).
Gabarito: letra “e”.
11 - (ANALISTA/CVM – ESAF/ 2001) Denomina-se operação no
mercado primário
a) aquela que reflete a cessão de ações entre acionistas da mesma companhia
para seu fechamento.
b) a emissão de ações em virtude de aumento de capital.
c) a negociação de opções de compra de ações das companhias de capital
autorizado entregues a seus empregados como prêmio.
d) a emissão de ações para aumento de capital por incorporação de lucros.
e) a cessão de debêntures entre instituições financeiras.
Comentários:
R: A emissão de ações em virtude de aumento de capital, uma vez que estas
ações promoverão o aumento do capital social da Sociedade Anônima.
Gabarito: letra “b”.
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12 - (ANALISTA/CVM – ESAF/ 2003) O Mercado Secundário é
importante porque
a) o valor transacionado é canalizado para a empresa emitente do título.
b) as empresas obtêm recursos para financiar novos empreendimentos.
c))proporciona liquidez aos ativos, viabilizando o mercado primário.
d) aumenta o lucro das companhias com ações negociadas no mercado.
e) diminui o risco de mercado para os investidores detentores de ações.
Comentários:
a) ERRADO. O valor transacionado é canalizado para a empresa emitente do
título. Mercado Primário
b) ERRADO. As empresas obtêm recursos para financiar novos
empreendimentos. Mercado Primário
c))CERTA. Proporciona liquidez aos ativos, viabilizando o mercado primário.
Sem a possibilidade dos ativos serem revendidos, novas emissões no
mercado primário não obterão sucesso.
d) ERRADA. Aumenta o lucro das companhias com ações negociadas no
mercado. Mercado Primário.
e) ERRADA. Diminui o risco de mercado para os investidores detentores de
ações. Operação de hedge.
Gabarito: letra “c”.
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Questões Propostas:
1 – (ENGENHEIRO/BNDES – CESGRANRIO/2008) Os Certificados de
Depósito Bancário (CDB) são títulos emitidos pelos Bancos com o
objetivo de
a) capitalizar as empresas de capital aberto que fazem parte do portfólio do
banco.
b) pagar indenizações e multas fiscais.
c) captar recursos que serão normalmente repassados na forma de
empréstimos.
d) captar recursos de curtíssimo prazo de outros Bancos.
e) captar recursos exclusivamente com taxas de juros pré-fixadas.
2 – (ANALISTA/BACEN – CESGRANRIO/2010) Um título de renda fixa,
emitido pelo governo federal há três meses, pode ser revendido pelo
seu dono no
a) mercado primário do título.
b) mercado secundário de títulos.
c) mercado de derivativos.
d) mercado de ações preferenciais.
e) dia seguinte ao seu vencimento.
3 - (FINANÇAS E ORÇAMENTO/Empresa de Pesquisa Energética –
CESGRANRIO/2005) A captação de recursos das sociedades de crédito,
financiamento e investimento deve ser feita através de:
a) letra de câmbio.
b) certificado de depósito bancário.
c) depósitos à vista.
d) depósitos de poupança.
e) depósitos interfinanceiros.
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4 – (ANALISTA DE FINANÇAS E ORÇAMENTO/EPE –
CESGRANRIO/2005) Títulos de Dívida de Médio e de Longo Prazo,
ofertados publicamente por empresas não financeiras de capital
aberto, são
a) os bônus de subscrição
b) as notas promissórias
c) as letras hipotecárias
d) as cédulas de crédito
e) as debêntures
5 – (ANALISTA TÉCNICO/SUSEP – ESAF/2010) A metodologia de
cálculo do valor do Índice Bovespa determina que:
a) o preço de cada ação na carteira teórica seja ajustado pelos dividendos
pagos pela ação.
b) a participação de cada ação seja proporcional à sua participação no volume
de negócios da bolsa.
c) a composição da carteira seja atualizada a cada três meses, levando em
conta quais são as ações mais acompanhadas pelos analistas de mercado.
d) os retornos das ações componentes da carteira sejam ajustados pela
alíquota de imposto de renda sobre ganhos de capital.
e) proventos que não sejam distribuídos em dinheiro, como desdobramentos e
direitos de subscrição, sejam ignorados.
6 - (ANALISTA/SUSEP – ESAF/2006) Um índice de mercado de ações,
como o IBOVESPA, é construído com a finalidade de
a) representar a composição de uma carteira eficiente de mercado.
b) indicar as melhores oportunidades de investimento em ações disponíveis.
c) identificar para o investidor a carteira mais diversificada possível de ações.
d) mostrar a evolução média dos preços de títulos representativos.
e) avaliar os fluxos de entrada e saída de fundos no mercado de ações.
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7 - (ANALISTA/ CVM – FCC/2003) É INCORRETO afirmar que
a) o Ibovespa reflete a variação de preços das ações mais negociadas nos
últimos 12 meses.
b) o Índice FGV-100 exclui as ações de empresas estatais e instituições
financeiras.
c)) a composição da carteira teórica do Ibovespa é reavaliada semestralmente.
d) o IBX-Índice Brasil é composto por 100 ações.
e) o Índice Valor Bovespa seleciona 50 ações a partir da 11a posição de
liquidez.
8 - (ECONOMISTA/BNDES – VUNESP/2005) Com relação aos
derivativos é correto afirmar que:
a) os derivativos, com exceção dos contratos de opções, são instrumentos
financeiros em que se “compram” ou se “vendem” direitos de determinados
ativos sem ter necessariamente que investir no ativo real;
b) através de uma operação no Mercado Futuro, o investidor pode fazer uma
proteção (Hedge) para a sua posição assumida no mercado à vista com o
objetivo de minimizar, ou se possível, reverter eventuais perdas;
c) sem custos, os derivativos dão ao investidor a possibilidade de evitar
cenários que acarretem resultados negativos, desfrutando, todavia, dos
cenários que lhe trazem resultados favoráveis;
d) a formação dos preços dos derivativos de um determinado ativo não deriva
dos preços do mercado à vista deste ativo. Ele é apenas um meio de
alavancagem e de trava;
e) os contratos de derivativos não podem ser negociados em Bolsas de Valores
pois dependem de condições particulares dos interessados.
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principais são os hedgers, os especuladores e os arbitradores. Assim,
os especuladores caracterizam-se, principalmente, por:
a) prejudicar o mercado, devendo sua atuação ser cerceada;
b) atuar com objetivo de se proteger de riscos futuros;
c) efetuar transações simultâneas entre um mercado e outro;
d) contribuir para a liquidez do mercado;
e) depender de autorização prévia da CVM.
10 – (AFC/CGU – ESAF/2008) No que tange à definição e classificação
dos títulos de renda fixa, não se pode afirmar que:
a) os títulos de renda fixa são aqueles cujos rendimentos e prazos de resgate
são estabelecidos por ocasião da emissão do papel ou título, podendo os
rendimentos ser pré-fixados, pós-fixados ou flutuantes.
b) os títulos de renda fixa estão divididos em títulos públicos de renda fixa e os
títulos privados de renda fixa, que são os emitidos por instituições financeiras e
não financeiras.
c) a remuneração dos títulos que apresentam rendimento pós-fixado somente
é conhecida na data do resgate do papel.
d) a modalidade flutuante assemelha-se com a pós-fixada e diferencia-se,
basicamente, pela fixação de taxas contratadas.
e) as principais funções do mercado secundário de títulos de renda fixa, no
qual ocorre a transferência de titularidade dos papéis e ocasiona aumento ou
diminuição de recursos pelos emissores, são dar liquidez ao mercado primário
de títulos públicos e privados e permitir que a autoridade monetária realize
política monetária.
11 - (ANALISTA/CVM – ESAF/ 2001) Denomina-se operação no
mercado primário
a) aquela que reflete a cessão de ações entre acionistas da mesma companhia
para seu fechamento.
b) a emissão de ações em virtude de aumento de capital.
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c) a negociação de opções de compra de ações das companhias de capital
autorizado entregues a seus empregados como prêmio.
d) a emissão de ações para aumento de capital por incorporação de lucros.
e) a cessão de debêntures entre instituições financeiras.
12 - (ANALISTA/CVM – ESAF/ 2003) O Mercado Secundário é
importante porque
a) o valor transacionado é canalizado para a empresa emitente do título.
b) as empresas obtêm recursos para financiar novos empreendimentos.
c))proporciona liquidez aos ativos, viabilizando o mercado primário.
d) aumenta o lucro das companhias com ações negociadas no mercado.
e) diminui o risco de mercado para os investidores detentores de ações.
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Gabarito:
1 C
2 B
3 A
4 E
5 B
6 D
7 C
8 B
9 D
10 E
11 B
12 C