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Egal 2011
Eixo Temtico: 6. Geografia Fsica, riscos sociais e ambientais e Mudana CLIMA.
Gesto Ambiental e Preservao de Nascentes: Um Estudo para Elaborao de
Polticas de Gesto Ambiental da Nascente do Igarap do Mind, no Bairro
Cidade de Deus Manaus/AM.
Maria das Graas Medeiros Borges1/UFAM.
Elizabeth da Conceio Santos2/UFAM.
Resumo: O objetivo deste trabalho apresentar uma discusso terico-
metodolgica da gesto ambiental para a proteo dos recursos hdricos, na
perspectiva de analisar a nascente do Igarap do Mindu, observando a problemtica
crescimento versus preservao ambiental, de maneira a proporcionar bases para
discusso e apresentao de alternativas de gesto ambiental para a proteo denascentes dos igaraps de Manaus. Neste sentido, faremos uma abordagem
Geogrfica das polticas de Gesto Ambiental voltadas para o planejamento e
ordenamento do territorial a partir da bacia hidrogrfica, na busca por apontar a
Educao Ambiental como articuladora desse processo. Ocupaes antrpicas s
margens de crregos e nascentes tem sido freqente nas cidades amaznicas, onde
muitas vezes, o poder pblico no consegue alcanar com suas polticas, seja pela
imensido do territrio seja pela ineficincia dos equipamentos pblicos. Nenhuma
civilizao conseguiu florescer sem ter resolvido o problema de obteno dos recursoshdricos, matria-prima fundamental e veculo propiciador do desenvolvimento
econmico (ALMEIDA, 2007). Portanto, pensar aes que possibilitem o
desenvolvimento de polticas pblicas para a proteo de nascentes, em reas
1Aluna do Programa de Ps-Graduao em Geografia/Mestrado UFAM/Brasil.
2Professora Dra do Programa de Ps-Graduao em Geografia/Mestrado UFAM/Brasil.
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urbanas, deve se tornar realidade medida que a comunidade e o poder p blico
consigam articular-se e, a Educao Ambiental tem o desafio na formao dessa nova
postura.
Palavras-chave: Gesto Ambiental; Recursos Hdricos; Impactos AmbientaisUrbanos; Educao Ambiental.
1. Introduo Bacia Hidrogrfica como unidade de Planejamento e Gesto
do Territrio
Ao se discutir a Bacia Hidrogrfica como unidade de Planejamento e Gesto do
Territrio optou-se pelo conceito de territrio de Haesbaert (2007, p.127) um ato,
uma ao, uma rel-ao, um movimento (de territorializao e des territorializao), um
ritmo, um movimento que se repete e sobre o qual se exerce um controle .
A Constituio Federal Brasileira prev: todos tm direito ao meio ambiente
equilibrado, essencial sadia qualidade de vida, impondo -se ao Poder Pblico e
coletividade o dever de defend -lo e preserv-lo (BRASIL, 1988, art. 229). Neste
sentido, a Constituio assegura o que deve ser de fato o direito de todos a um
ambiente equilibrado, entretanto, pode -se verificar a no eficincia do Estado no
cumprimento deste direito.
No Brasil, diversos estudos na rea de Geografia Fsica, a partir da dcada de
1960, vm apontando a bacia hidrogrfica como um importante instrumento natural de
anlise da superfcie terrestre, o que segundo Botelho e Guerra (1997) permite uma
viso tridimensional da paisagem, por meio de fotografias ou de imagens de satlites.
Como destaca a Lei 9.433 (1997) Poltica Nacional de Recursos Hdricos, a
bacia hidrogrfica a unidade territorial para o planejamento e gesto dos recursos
hdricos. Entretanto, o que seria bacia hidrogrfica? Entende -se como bacia
hidrogrfica ou bacia de drenagem a rea da superfcie terrestre drenada por um rio
principal e seus tributrios, sendo limitada pelos divisores de gua (BOTELHO e
GUERRA, 1999, p.269).
Ocupaes antrpicas s margens de crregos e nascentes tm sido freqentes
nas cidades amaznicas, onde muitas vezes, o poder pblico no consegue alcanar
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com suas polticas, seja pela imensido do territrio seja pela ineficincia dos
equipamentos pblicos.
Pensar aes que possibilitem o desenvolvimento de polticas pblicas para a
proteo de nascentes, em reas urbanas, deve se tornar realidade medida que a
comunidade e o poder pblico consigam articular-se. A Educao Ambiental emerge
como uma alternativa para provocar mudanas significativas na conduta da sociedade;
por ser uma educao poltica visa participao da sociedade nas definies das
polticas pblicas e nas atribuies individuais e coletivas a serem concebidas,
interiorizadas, num processo de gesto ambiental participativa.
Dentre as diretrizes gerais de ao para implementao da Poltica Nacional de
Recursos Hdricos, destaca-se a articulao da gesto de recursos hdricos com a do
uso do solo (BRASIL, 1997), aspectos que sero levantados e analisados pelapesquisa. Assim como, anlise das atividades de polticas pblicas que possibilitam a
integrao da gesto de recursos hdricos com a gesto ambiental. E, sobre este
aspecto, a Legislao Ambiental do Estado do Amazonas em seu art. 6, do Captulo
IV, aponta a criao do Plano Estadual de Recursos Hdricos como sendo: um p lano
diretor de longo prazo, com metas de curto, mdio e longo prazo, visando fundamentar
e orientar a implementao da Poltica Estadual de Recursos Hdricos e o
gerenciamento dos recursos hdricos (AMAZONAS, 2002).
Para isso, o trabalho Gesto Ambiental e Preservao de Nascentes: Um
Estudo para Elaborao de Polticas de Gesto Ambiental da Nascente do
Igarap do Mind, no Bairro Cidade de Deu s Manaus/AM tem por base os
seguintes eixos temticos: territrio, preservao de nascentes e educao ambiental.
O Igarap do Mindu o mais expressivo curso dgua na rea urbana de
Manaus, capital do Estado do Amazonas. De acordo com a Prefeitura Municipal de
Manaus (2008) a bacia hidrogrfica deste igarap ocupa aproximadamente 1/4 do
territrio urbano e concentra aproximadamente 30% da populao.
A ao do poder pblico, conforme prev a Lei 9.433 (1997), deve promover a
integrao da gesto de recursos hdricos com a gesto ambiental. Assim, o Projeto
em questo pretende contribuir com o processo de gesto e das polticas pblicas, pois
pretende desenvolver anlises e propor aes que considere a bacia hidrogrfica com
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unidade de Planejamento e Gesto do Territrio Urbano de Manaus. O que dever
considerar, dentre outros fatores, alternativas de crescimento demogrfico, de evoluo
de atividades produtivas e de modificao dos padres de ocupao do solo.
A ocupao desordenada de parte da bacia ao longo de dcadas resultou em
uma srie de problemas ambientais e sociais possibilitando condies insalubres aos
seus moradores. Como conseqncia, igaraps e cursos dgua tm sido poludos,
assoreados e obstrudos tanto pela derrubada da vegetao quanto pela presena de
grande quantidade de lixo, resultante da construo de moradias nas suas margens, e
em alguns casos, no prprio leito do igarap.
Devido importncia ambiental dessa rea foi criado em 2006, por meio da Lei
N 8.351 de 17/03/2006, o Parque Municipal Nascentes do Mind, uma Unidade de
Conservao Municipal, onde ser instalado pela Prefeitura Municipal de Manaus oCentro de Vigilncia, Monitoramento e Educao Ambiental do Igarap do Mind.
2. O estudo do meio e a ao do homem
A concepo de estudo da Geografia a partir do meio tem causado polmicas,
para alguns autores ps-geografia clssica, essa tem sido uma postura adotada,
principalmente, por gegrafos das escolas americanas. Sobre a reao a postura
ambientalista na Geografia, SAUER reflete:
No se baseia na negao da importncia do estudo do meio, mas
simplesmente nas seguintes causas metodolgicas: 1 nenhum campo
cientfico se expressa por meio de uma relao causal particular; 2 a
investigao ambientalista carece de fatos como objetos de estudo; 3
tampouco se salva com mtodo que possa reclamar como prprio; 4
difcil escapar das argumentaes falaciosas devido ao xito obtido,
aparentemente pelo menos mais facilmente, na demonstrao da
adaptao ao meio (SAUER, 2000, p. 102-103).
Sauer justifica que tal objeo se faz devido a fraca argumentao, no sentido
de que certas instituies so o resultado de determinadas condies ambientais. Para
ele, o ltimo agente que modifica a superfcie da terra o home m e, o mesmo deve ser
considerado diretamente como um agente geomorfolgico, j que vem alterando cada
vez mais as condies de denudao e de colmatao da superfcie da Terra (2000, p.
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De acordo com Santos, paisagem (o que os olhos vem) um palimpresta, ou
seja, a representao de diferentes pocas e, espao a paisagem mais a vida que a
anima, o qual marcado pela ao humana que cons tri e reconstri esse cenrio.
Desta forma, considera que a Geografia a cincia que estuda os sistemas de
objetos e os sistemas de aes; estes formam o espao geogrfico, a Geografia
poderia ser construda a partir das consideraes do Espao como o conjunto de fixos
e fluxos (SANTOS, 2008, p. 61). Os fixos (Sistemas de Objetos) so elementos fixos
ao solo e que permitem a fluidez (Sistema de Ao) entre os diversos pontos da
superfcie. Portanto, Sistemas de Objetos e Sistemas de Ao so indissoci veis;
formam o espao geogrfico e se constituem no objeto de estudo da Geografia.
3. Categorias de Anlise conexo do solo a vida humana
Em sua concepo ambientalista, o solo para Friederich Ratzel est intimamente
ligado a vida das pessoas, at porque a constituio do Estado no se torna possvel
sem territrio e sem fronteiras. Em sua obra: O solo, a sociedade e o Estado, lanada
em Paris (1898-1899), Ratzel (1983, p. 98) afirma: a sociedade o intermedirio pelo
qual o Estado se une ao solo, onde a relao da sociedade com o solo vai influenciar
diretamente na sua fixao com o territrio e, isto tambm vai influenciar na
consolidao de um Estado Nao, pois a medida que suas relaes se estreitam e se
afinam com o solo, seja pela necessidade de habitao ou de alimentao, vai
contribuir para o desenvolvimento social e econmico das populaes que se fixam ao
solo, pois para ele um povo regride sem territrio.
Desta forma, as relaes antropogeogrficas se fortalecem conforme a evoluo
humana, um motor para o progresso histrico das sociedades e, consequentemente do
Estado. [...] no que diz respeito ao Estado, a Geografia Poltica aps longo tempo se
habituou a levar em considerao a dimenso do territrio ao lado da cifra dapopulao (RATZEL, 1983, p. 94). O que para ele, tem sido um equvoco, pois
independe se um territrio extenso ou se h uma ocupao espersa sobre ele, mas
sim a relao que a populao criou com o solo, pois isso, segundo ele, vai contribuir
para a consolidao das sociedades e, por sua vez a consolidao do Estado Nao.
Vidal de La Blache e Jean Brunhes tambm caminham nessa direo. Ambos
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consideram a relao homem natureza e suas transformaes, tanto para o meio
natural quanto para a vida do homem. A Geografia humana, para La Blache, no se
ope a uma Geografia que no se preocupe com o elemento humano; alis, para ele,
tal idia s poderia ter germinado no esprito de alguns especialistas intolerantes . Em
sua obra Princpios de Geografia Humana, La Blache (1954, p. 28) afirma: noobstante, havia muito j que o pensamento cientfico se preocupava com as influncias
do meio fsico e respectiva ao sobre as sociedades humanas. Sobre as relaes
entre a terra e o homem, explica:
A distribuio dos homens foi guiada na sua marcha pela aproximao e
convergncia das unidades continentais [...] os grupos que, na vastido dos
continentes, se fixaram aqui e ali, quantas vezes no foram separados uns dos
outros por obstculos fsicos que no vieram a transpor seno com o decorrer
dos sculos: montanhas, florestas, pntanos, regies sem gua, etc. (LABLACHE, 1954, p. 40).
Os povos que, dessas relaes saram vencedores, puderam aproveitar o
resultado de uma experincia coletiva, adquiridos em diversos meios, sendo que outros
que ficaram isolados por mais tempo, perderam a possibilidade de desenvolver o s seus
primeiros progressos.
Para La Blache, era mais fcil ao homem exercer sua atividade nas regies onde
os materiais mveis estariam distribudos com abundncia do que naquelas onde, porexemplo, uma carapaa calcria endureceram e esterilizaram a superfcie. E, na busca
pela sobrevivncia, o homem entra no jogo da natureza. O que no difere do
pensamento de Jean Brunhes, o qual recorre a La Blache e Humboldt para fortalecer
suas idias, pois Brunhes pregava que os princpios de atividade e de conexo seriam
os dois princpios que deveriam dominar a Geografia. Desse modo, os fatos
geogrficos, fsicos ou humanos so fatos em transformao e em conexo e, devem
ser estudados a partir da idia do todo terrestre.
A idia de conexo deve predominar qualquer estudo dos fatos geogrficos,
onde de acordo com Brunhes (1962, p. 32) no basta estudar isoladamente essas
sries diversas de fenmenos; elas no existem isoladas da realidade; esto ligadas
umas s outras.
Assim, a pesquisa geogrfica para Brunhes, no pode contentar -se com a
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(RAFFESTIN, apudHAESBAERT, 2007, p. 85).
Por outro lado, Henri Lefebvre (2008) caracteriza a dominao do espao a partir
da dominao tcnica, prtica, sobre a natureza. Segundo este autor, para dominar um
espao, especialmente na sociedade moderna, em geral a tcnica impe formas
retilneas, geomtricas, brutalizando a paisagem. Ele acredita que o conceito de
espao deve ser abordado numa perspectiva interdisciplinar, onde a anlise levante
questes, como: por qu? para quem? no interesse de quem?. Assim, chegaremos a
diversas concluses, dentre elas: a de que o espao produto, meio e condio;
espao como instrumento poltico de poder.
Claude Raffestin (1993, p. 144) prope o conceito de territrio como sendo [...]
um espao, onde se projetou um trabalho, seja energia e informao, e que, por
conseqncia, revela relaes marcadas pelo poder.
A perspectiva interdisciplinar nos conduz a educao ambiental como proposta
de articulao dos conhecimentos que se separam sob a fora do paradigma ainda
hegemnico que vem sendo contestado e responsabilizado pelos problemas
ambientais que atingem o mundo contemporneo.
3.2 Educao Ambiental instrumento de articulao
O entendimento da relao sociedade natureza ao exerccio da
interdisciplinaridade, ao mesmo tempo, coloca a Geografia na procura de um discurso
especifico centrado no apenas na naturalidade dos fenmenos, mas
fundamentalmente, em suas inter-relaes com os fatos sociais.
A Educao Ambiental tida pela pesquisa como um instrumento capaz de
incutir, reforar e perpetuar nas pessoas noes de respeito e valorizao pelo
ambiente, noes inicialmente tericas, mas que revestem em prticas de tica
ambiental, e de moralidade ao meio ambiente e a todos os demais seres, sejam eles
animais, vegetais ou pessoas que coabitam este planeta j que todos so filhos desta
Terra. (GALLI, 2008).
De acordo com Silva e Martim (2001), a Educao Ambiental um instrumento
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poderoso que a sociedade dispe no momento para resgatar valores capazes de
induzir crianas e jovens a perceberem a natureza como um bem comum, a ser
compartilhado com base no sentimento de solidariedade e responsabilidade.
Em Terra-Ptria, Morin (2001), prope a reformulao do pensamento para a
compreenso da crise planetria que se instalou na Terra. Destaca que as civilizaes
dispersas do planeta esto vivendo um momento de necessidade de interdependncia
em todos os aspectos e preciso, ento que se consolide a fraternidade que surge
com a conscientizao da importncia dessas inter-relaes entre a comunidade
humana e o cosmo.
Para Morin (2001), vivemos numa era planetria em agonia, sendo necessrio
assumir a identidade terrena, na qual o ser humano responsvel pela transformao
da Terra-Ptria, essa transformao inicia-se pela mudana do pensamento.
Assim, ao considerar essa reflexo percebida a necessidade de se promover a
Educao Ambiental, quando se deseja mobilizar pessoas para aes relacionadas
tica e a cidadania ambiental. Foi precisamente no contexto da crise ambiental que a
Educao Ambiental foi vista como uma das estratgias mais adequadas para
enfrentar a marcha de degradao do planeta, atravs da busca da transformao de
atitudes da populao, e do comprometimento desta com a vida. Porm importante
refletir que se a Educao Ambiental constitui um recurso para transformar a realidade,no significa que ela seja a nica a ser responsabilizada pelas mudanas. Constitui-se
condio necessria, porm no suficiente, a ela associar -se, entre outras medias,
mudanas nos estilos de planejamento convergindo para um desenvolvimento
comprometido com o meio (SANTOS, 2004).
4. A Nascente como objeto de estudo
A gua um recurso natural insubstituvel para a manuteno da vida saudvel
e bem estar do homem, alm de garantir auto-suficincia econmica da propriedade
rural. Nas ltimas dcadas, o desmatamento de encostas e das matas ciliares alm do
uso inadequado dos solos, vm contribuindo para a diminuio da quantidade e
qualidade da gua.
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A ocupao urbana s margens/nascentes dos igaraps tem contribudo para o
agravamento de problemas ambientais de bacias em reas urbanas (CUNHA, 2001).
Uma realidade bastante freqente na cidade de Manaus, onde muitas vezes as aes
do Estado e das polticas pblicas se tornam alheias a esses problemas.
A proteo e a explorao racional dos recursos hdricos est cada vez
mais estritamente ligada administrao dos outros recursos naturais,
influenciados pelo planejamento de utilizao e ocupao da terra, e por
conjunturas polticas diversas (ALMEIDA, 2007, p.110).
De acordo com Almeida (2007), para desenvolver o planejamento e a gesto
ambiental necessrio uma evoluo da conscincia pblica, onde os gestores
pblicos e a sociedade busquem alternativas eficazes para a convivncia harmnica do
homem com os recursos hdricos, at porque este um dos recursos mais valiosos do
planeta.
O espao um conjunto indissocivel de sistemas de objetos e de sistemas de
aes (SANTOS, 2008, p.21). Desta forma, precisamos analisar os processos e
recursos ambientais sem dissoci-los das relaes com o homem, buscando sempre
compreender os espaos a partir das relaes que se estabelecem. E, como objeto de
estudo da pesquisa Gesto Ambiental e Preservao de Nascentes: Um Estudo
para Elaborao de Polticas de Gesto Ambiental da Nascente do Igarap do
Mind, no Bairro Cidade de Deus Manaus/AM, a nascente do Igarap do Minduest ligada ao cotidiano de pessoas que moram s suas margens e/ou proximidades,
as quais contribuem para a configurao da paisagem e para a alterao da qualidade
ambiental da nascente, gerando interfernci as no fluxo e na sua qualidade. A Figura 1
permite evidenciar a rea de estudo.
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