az! #17

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Esta edição trata sobre moda: a reinvenção do verão, com a união de cores para espantar o obscuro inverno brasileiro. Além do escândalo da AHB, Luiz Ornelas, Cirurgias Plásticas e muito mais! Leia já nosssa edição online.

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ENCONTRAMOS UM NOVO JEITO DE INTERAGIR COM VOCÊ.

interação & cultura

Parceria: Inscreva-se no nosso canal

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Rua Antônio Alves, 25-69 / (14) 3243-3948giovanaribeiro.com.br facebook.com/giovanaribeiromoda

Primavera/Verão 2014

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4Í N D I C E

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ESTILO ENTRETENIMENTO PERSONAZ COMPORTAMENTO

12 TURISMO A Holanda Caribenha

Conheça o paraíso chamado Bonaire, que atrai turistas não só pelas belas praias

18MODAO Verão vem aí!

Reinvente a estação e veja o que será tendência com Juba Zepper e um exclusivo Guia de Estilo

30CINEMA Dossiê Jango

Documentário mostra que ex-presidente morreu de maneira mais que suspeita no exílio

32PERSONAZLuiz Ornelas

Conheça a história do músico que fabricou seu próprio violão: ele já tocou por 16 horas seguidas

36SAÚDE E BELEZACirurgias em alta

Busca pelas cirurgias plásticas cresce e cuidados com a aparência são cada vez mais comuns

42TRABALHO QUE FAZ BEMA nova geração

O trabalho não precisa mais ficar restrito à obrigação. Veja história de quem se diverte e ganha a vida

48CASO AHB Nove são acusados

Depois de quatro anos, processo chega à Justiça Federal: suposto esquema que desviou verbas do SUS

50CORREDOR DA MORTEA crise na saúde

Bauruenses sofrem com a falta de vagas em hospitais e acabam morrendo nos corredores do Pronto Socorro

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EXPEDIENTESOCIAL NEGÓCIOS

Diretor Geral: Rodrigo Chiquito

Diretor Comercial: Marcelo Bartholomeu

Logística/Finanças: C&D Soluções

Jornalista responsável: Bruno Mestrinelli

Executiva de Contas: Daniela Valentim

Conselho Editorial: Rodrigo Chiquito, Mar-

celo Bartholomeu e Bruno Mestrinelli

Edição de Arte: Publici Comunicação

Fotografia: Barbara Cavallieri e Mi Svicero

Foto capa: Mi Svicero

Jornalistas: Fernanda Villas Bôas, Cristina

Camargo, José Garcia, Camila Turtelli, Lidiane

Oliveira e Bruno Mestrinelli

Equipe AzTV: Alessandra Cerigatto, Felipe

Cavaca, Guilherme Moya, Bruno Candeias,

Kaue Moraes, Ivan Ranieri

Impressa na GRAFILAR

10.000 exemplares

Revista Az! | ano 03 / número 17

AZ! é uma publicação da Publici On&O!Rua Bartolomeu de Gusmão, 10-72 - Jd. América Bauru/SP - F.: 14 3879 0348

14 3879 [email protected]

azbauru.com.br

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Tiragem auditada por:

68GIRO AZ!Noite bauruense

Veja o que aconteceu e quem passou pelos eventos culturais e sociais da cidade

66ALTA TECNOLOGIADiagnóstico perfeito

Imagem Diagnósticos traz a Bauru exames exclusivos com imagens em três dimensões

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6E D I T O R I A L

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Demorae

descaso

O s bauruenses não aguentam mais, principalmente aque-les que usam o SUS (Siste-

ma Único de Saúde), o descaso com o atendimento nas unidades de saúde da cidade. Um problema que se arras-ta desde 2005 e tornou-se mais e mais grave vem tirando a vida de centenas de cidadãos que morreram – e vão con-tinuar morrendo – à espera de vagas para internação nos hospitais que são geridos pelo Governo do Estado em parceria com a Famesp (Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospita-lar). Enquanto isso, prefeitura e Secre-taria de Estado da Saúde parecem mais preocupadas em culpar uma à outra do que resolver, de uma vez por todas, essa demanda reprimida.

Os pacientes que estão à espera de internação, muitos deles de vagas em UTI, não querem saber de quem é a autoria da triste canção. Essa pessoa doente quer saber de soluções, de me-lodias mais calmas para uma hora tão difícil da vida. E também não importa de onde venha essa solução, ou quem a tenha proposto. Na campanha eleito-ral de 2012, muito se falou sobre saúde. Muito foi prometido. Muito pouco, até agora, foi feito.

Esse é um problema que vem de ORQJH��&RPHoDQGR�SHOD�¿OD�SRU�H[DPHV�especializados e pequenas cirurgias. Desde então, o Ministério Público vem tentando ajudar a resolver o hiato entre as vagas e os pacientes. Porém, prefei-tura e estado não colaboraram muito.

1HVVH�PHLR�WHPSR��IRL�GHÀDJUDGD�

a operação Odontoma, que escancarou um suposto esquema de corrupção que teria desviado dinheiro da AHB (As-sociação Hospitalar de Bauru), antiga mantenedora do Hospital de Base, Hos-pital Manoel de Abreu e Maternidade Santa Isabel. E esse escândalo também contribuiu para piorar o já cansado sis-tema de saúde local.

É importante que todas as dúvidas sobre esse caso sejam sanadas e que D�-XVWLoD�)HGHUDO�FRQVLJD�H[HUFHU�GD�melhor maneira (e o mais rápido pos-sível) o trabalho para condenar quem tem que ser condenado e absolver quem tem que ser absolvido.

O sistema de saúde bauruense pre-cisa, urgentemente, de melhorias. E elas passam por um projeto de médio e lon-go prazo. Ou seja: Governo do Estado e prefeitura têm de parar de bater cabeça e dividir as responsabilidades de manei-ra clara e direta. Além disso, todos têm

de buscar as soluções como obsessão. É sempre bom lembrar que o gestor

público tem que ter algo chamado empa-tia. Ou seja: colocar-se na pele de quem precisa do SUS. Até porque secretários de Saúde, prefeitos e outros gestores po-líticos, com certeza, não usam o cartão do cidadão ou o cartão do SUS e sim um cartão de algum tipo de plano de saúde ou o cartão de crédito para pagar por H[DPHV�H�FRQVXOWDV�SDUWLFXODUHV�

Garantir o atendimento a todos, aliás, é a obrigação de todos que di-reta ou indiretamente são pagos com GLQKHLUR�S~EOLFR�SDUD�GH¿QLU�R�GHVWLQR�de quem, infelizmente, tem que deitar em macas no Pronto Socorro Central ou em outras unidades de atendimento para aguardar a transferência para os hospitais estaduais.

Doa a quem doer, seja quem faça, XPD� VROXomR� WHP� TXH� VHU� GH¿QLGD� com urgência.

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I N T E R A Z !

FA C E A Z !

Do lançamento da última edição até esta que você segura em suas mãos, a nossa pagina no facebook superou a marca de 11 mil fãs. Foram 60 posts que alcançaram mais de 177 mil pessoas e que geraram mais de 2 mil compartilhamentos, 1.062 comentários e 6.721 likes.

facebook.com/azbauru

Veja algumas dessas interações:

“O VÍDEO DO EDITORIAL DE MODA DA ÚLTIMA EDIÇÃO ESTÁ UM SUCESSO, MUITO BOM GOSTO”

“PAULINHO NEVES, ORGULHO DOS BAURUENSES E DA CLASSE ARTÍSTICA!”

“ESTAMOS TROCANDO SEIS POR MEIA!DÚZIA COM ESSA TROCA DOS 3 VEREADORES PELA CASSAÇÃO”

“ADOREI A ENTREVISTA DA EDIÇÃO 16 COM PAULO NEVES! PRESENÇA MARCANTE NO CENÁRIO DA ARTE E CULTURA DA CIDADE DE BAURU. PARABÉNS À REVISTA AZ!”

Idelza Silva

Célia ScarelMarcelo Vinicius Teixeira Araújo

Madê Correa

Participe também!Curta nossa página no Facebook(http://facebook.com/AZBauru)! Comente e compartilhe nossos vídeos, coberturas de eventos, promoções e tudo mais que fazemos especialmente para você!

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10E S T É T I C A D E N TA L

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A vida moderna nos trouxe mui-

tas facilidades e tecnologias. Al-

gumas para o bem, outras nem

tanto. No caso dos dentes, alguns dos

principais vilões que causam a sensibili-

dade estão mais disponíveis nas últimas

décadas. É o caso dos líquidos ácidos e

abrasivos, que têm como principal re-

presentante o refrigerante. O excesso

desse tipo de bebida, que também inclui

isotônicos e até sucos naturais, como de

laranja e limão, pode contribuir para que

a sensibilidade nos dentes fique cada vez

pior e prejudique até a alimentação.

A sensibilidade nos dentes nada

mais é do que a perda do esmalte que os

protege. É uma espécie de proteção na-

WXUDO�TXH��DRV�SRXFRV��YDL�¿FDQGR�PDLV�fraca, causando a sensação de dor ao

ingerirmos bebidas frias e/ou geladas.

Com o abuso desse tipo de bebida, o

GHQWH�YDL�¿FDQGR�FDGD�YH]�PDLV�VHQVtYHO�e suscetível às dores.

Outra forma de se prejudicar o es-

malte dos dentes é na escovação. Muita

gente acha que tem que colocar força na

hora da higienização. Isso é errado. Não

precisamos de força para a escovação.

Ou seja: excesso de pressão ajuda a des-

gastar o esmalte. Outro fator prepon-

derante para a sensibilidade que causa

a dor é o uso de pastas abrasivas. Uma

boa forma de saber se as mesmas são

desse tipo é colocar um pouco entre os

dedos e esfregar. Se você sentir sensa-

ção de grãos de areia, a pasta pode ser

abrasiva. Evite.

Com o passar do tempo e o desgaste

cada vez maior dos dentes, a sensibi-

lidade causa cada vez mais dor. Exis-

tem casos extremos de pessoas que

não conseguem sequer tomar água em

temperatura ambiente.

Isso vai afastando quem sofre desse

mal do convívio social normal, uma vez

que, por exemplo, ela vai passar a evi-

tar tomar líquidos gelados e ambientes

TXH�VHUYHP�HVVDV�EHELGDV��¿FDQGR�ORQ-

ge de confraternizações.

Isso sem falar que o alimento pode

ser ingerido sem a mastigação ideal,

prejudicando também a digestão.

É importante o paciente que sente

a sensibilidade procurar ajuda especia-

lizada. Principalmente para evitar as

dores extremas. Existem tratamentos

adequados para todos os tipos de sen-

sibilidade, desde a mais simples, até as

mais extremas.

Em casos simples é realizada a apli-

cação de uma espécie de verniz por sobre

a área atingida pela sensibilidade, em

alguns outros casos, a necessidade de

enxerto na gengiva. Com o passar da ida-

de, a gengiva tende expor mais os dentes,

o que também causa a sensibilidade.

Cuidar dos dentes é sempre cuidar

da vida. Uma boa higiene pessoal passa

sempre pela higiene bucal. Nunca se

esqueça disso e até a próxima edição.

Dr. Carlos Eduardo Francischone Jr. é professor, mestre e doutor em implantes odontológicos e membro da Clínica Odontológica Dr. Francischone.

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Dor que atrapalha a vida!A SENSIBILIDADE NOS DENTES PODE COMPLICAR O DIA A DIA, MAS MEDIDAS SIMPLES AJUDAM A EVITAR ESSE TIPO DE PROBLEMA

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HOLANDACARIBENHA

Por Redação Az!Fotos Leonardo Maronezi e Caio Oliveira

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V ocê leitor, que foi atraído pela foto que abre esta matéria e neste momento está pensando no que que fazer nas próximas férias, imagine uma ilha paradi-

síaca de colonização holandesa, sem sinais de trânsito, cercada pelo inconfundível azul turquesa do mar caribenho e cheia de hospitalidade. Este lugar existe e se chama Bonaire.

(�IRL�FRP�PXLWD�H[SHFWDWLYD�TXH�HPEDUFDPRV�QR�¿QDO�GH�julho com um grupo de amigos bauruenses para entender o que esta ilha nascida a partir de erupções vulcânicas tem de tão especial ao ponto de ser considerada um dos melhores lugares do mundo para as praticas de mergulho, kite surf e wind surf.

O local oferece também boas opções em outros esportes e ambiente propício para quem quer apenas se desligar da agitação do dia a dia e viver alguns dias como um simples nativo.

A cerca de 50 quilômetros de Curaçau, 80 quilômetros ao norte da Venezuela, 140 quilômetros a leste de Aruba e fora do caminho dos furacões no Caribe, conhecido como “cinturão dos furacões”, Bonaire tem 39 quilômetros de comprimento por 5 a 11 quilômetros de largura. 3HTXHQR"�1mR��VX¿FLHQWH�

A ilha ainda é um lugar pouco explorado turisticamente, comparando com outros destinos mais badalados, e talvez seja LVVR�TXH�MXVWL¿TXH�R�FKDUPH�GR�OXJDU��

Os hotéis são confortáveis e oferecem um serviço de ótima qualidade. Os preços também são acessíveis se comparado com viagens à Europa ou a outros locais do Caribe: um pacote de uma semana com mergulhos ilimitados, por exemplo, sai por volta de 1.900 dólares.

CONSIDERADA UM DOS MELHORES LUGARES DO MUNDO PARA A PRÁTICA DE MERGULHO E WINDSURF, BONAIRE É UMA ILHA PARADISÍACA CERCADA PELO MAR DO CARIBE

A beleza da água atrai turistas de todo o mundo: para se ver de cima e de baixo

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A vida noturna é limitada e não apresenta muitas opções, mas se você busca um lugar sem muita badalação para descansar e curtir a natureza, tam-bém não compromete.

Comparada com as vizinhas Aru-ba e Curaçao, Bonaire é menos rica neste aspecto, ainda assim, encontra-mos alguns cassinos, bares e restau-rantes que têm como especialidades pescados (peixes, lagostas, camarão e frutos do mar). A grande maioria tem uma pegada caseira, bem informal, e o preço de uma refeição gira em torno dos 25 dólares.

BONS VENTOSO ar forte que sopra em Bonaire tor-

na o lugar um dos melhores do mundo para a prática de Wind Surf e Kite Surf. O primeiro na praia de Sorobon e o se-gundo em Atlantis, localizada na Ponta Sudoeste da ilha, ambas paradisíacas e bem decoradas pelas cores das velas e

“AQUI O MERGULHADOR TEM A DISPOSIÇÃO,

QUANTIDADE ILIMITADA DE CILINDROS, ISSO

FACILITA QUE VOCÊ FAÇA QUANTOS MERGULHOS

CONSEGUIR EM UM ÚNICO DIA”,

Ivan Saito, executivo

das “pipas” dos praticantes desses es-portes, o que é um show a parte.

Mas é o mergulho que faz de Bonaire um lugar especial. E foi isso que o nosso JUXSR�IRL�HP�EXVFD��$�ULFD�IDXQD�H�ÀRUD�marinha atraem aproximadamente 50 mil turistas por ano, que ainda podem se aventurar em um passeio pelo Parque Nacional de Washington-Slagbaai para contemplar vida animal.

Parte do Reino Unido dos Países Baixos, Bonaire se tornou Parque Na-cional Marinho em 1979 devido a esta vasta vida subaquática. São mais de 60 pontos de mergulhos em águas transpa-rentes onde a visibilidade pode atingir facilmente os 30 metros. A estrutura para o esporte é bem organizada

“Aqui o mergulhador tem a dispo-sição, quantidade ilimitada de cilin-dros, isso facilita que você faça quantos mergulhos conseguir em um único dia” D¿UPD�R�H[HFXWLYR�,YDQ�6DLWR��XP�GRV�integrantes do grupo.

O ameaçado de extinção, Mero. Um dos moradores do naugráfio Hilma Hooker

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No mesmo tom de entusiasmo, o empresário Flávio Faria complementa. “Você se desloca com um veículo alu-gado, estaciona perto da praia, coloca os equipamentos e vai pra água, não é necessário nem barco”.

,VVR�PHVPR��HP�VXD�PDLRULD�RV�PHU-gulhos começam a partir da praia, outra particularidade da ilha. O mais curioso é o naufrágio Hilma Hooker. O cargueiro de 72 metros foi a pique acidentalmente após meses de embate judicial, por ter VLGR�FRQ¿VFDGR�FRPR�SURYD�GH�FULPH�GH�WUi¿FR�GH�GURJDV��

Atualmente é o lar de várias espécies de peixes, dentre eles, um mero, espécie ameaçada de extinção que pode atingir acima dos 200 quilos.

Ainda com relação à estrutura, as maiorias dos hotéis possui operadora própria de mergulho ou trabalha em conjunto com uma agência.

Bonaire é uma grande montanha debaixo d’água, com a parte de cima envolvida por uma grande formação de corais. Seu mar turquesa é capaz de criar um jogo de contrastes belís-simos, nele os mais variados - e colo-ridos - cardumes de peixe nadam ao redor dos mergulhadores.

Outra curiosidade de Bonaire é ser um paraíso para os praticantes da obser-vação de aves, ou birdwatching. No mun-do todo, milhões de pessoas se divertem com um binóculo ou luneta e, cada vez PDLV��FRP�DV�FkPHUDV�GLJLWDLV��'H¿QLWL-vamente, Bonaire é um desses lugares que se deve conhecer ao longo da vida.

Muita gente que vai a Bonaire guar-da lembranças românticas e de dias tranquilos em praias quase exclusivas e pouco visitadas.

Boca Cocolishi é um tesouro es-condido de beleza, sedução e areia localizado no parque nacional Wa-shington Slagbaai. Na costa rochosa do parque nacional, Boca é uma pito-resca praia de areias pretas, perfeita para privacidade e tranquilidade. Sua extensa, mas calma e rasa enseada é VHSDUDGD�GR�PDU�DEHUWR�SRU�XPD�ÀR-resta de algas cálcareas.

Bonaire também é um ótimo lugar para praticar o windsurf

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A enseada e a praia são formadas por pequenos pedaços de corais, mo-luscos e conchas de onde vem o nome �FRFROLVKL�VLJQL¿FD�FRQFKDV���2�PDU�SRU�ali não apresenta corrente, perfeita para nadar tranquilamente.

Boca Chikitu é uma bela praia de areias brancas e Boca Bartol é for-mada por diversos tipos de corais e rochas erodidas.

Pink Beach é um presente da natu-reza, que transforma este oásis de areia em joias cor-de-rosa reluzentes ao por do sol no extremo sul da ilha. Perfeito para relaxar e observar o sol.

Ivan Saito, Walter Folkis, Leo Amantini Jr., Caio Oliveira, Flávio Faria, Leopoldo Katsuda, Bruno Pontes, Miguel Zugaibe, Marcio Oliveira,

Leonardo Maronezi e Marcos Oliveira em Bonaire

COMO CHEGAR

Não há voos diretos do Brasil para Bonaire. As opções para quem quiser visitar esse paraíso caribenho são pegar um voo, regular ou charter, para Aruba ou Curaçao. As companhias aéreas mais frequentes e usadas pelos brasileiros são Avianca (via Bogotá) e Copa (via Panamá).

DICAS

Se fizer escala no Panamá, tente reservar um dia para conhecer o local. Vale a pena passar algumas horas para passeio e compras.

ONDE FICAR

A regra são hospedagens menores de frente para o mar. Os endereços se concentram na costa oeste da ilha, imediatamente ao norte ou ao sul de Kralendijk, a capital.

PARA NÃO ESQUECER

O comércio não é um ponto forte, até pelo tamanho da ilha. Portanto, leve remédios, protetores e outras coisas de uso pessoal para não ser surpreen-dido em uma emergência qualquer.

TOUR PELA ILHA

Boas opções são fazer um entardecer em um veleiro, visitar o viveiro das borboletas, experimentar um passeio de quadriciclo ou até mesmo um tour pela ilha de carro ou de ônibus que vai proporcionar o cenário perfeito para fotos. Você pode ainda pode contratar os serviços de um guia local para saber sobre a história, cultura, flora e fauna de Bonaire.

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REIN-VEN-ÇÃODOVERÃO

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N o Brasil, a moda trava uma violenta esgrima para driblar altos impostos, concorrência

frente aos grandes conglomerados, dificuldades na captação de mão-de--obra especializada e ainda, na ponta do iceberg, nos deparamos com a falta de qualidade no atendimento prestado dentro dos pontos de venda. É chocante e também incongruente, afinal as lojas estão cada vez mais bonitas diante da competitividade para vender (pratica-mente) o mesmo mix de produtos.

Em tempos de marketing 3.0, não adianta dispor apenas de um ambiente bonito. A estratégia se baseia na ca-pacidade de envolvimento emocional (prazer) que o empreendimento tem com seus clientes. Atender um con-sumidor é encanta-lo, é percebê-lo, é respeita-lo! Os melhores lugares são aqueles que nos vendem a verdade, a simplicidade, a honestidade: os verda-deiros valores humanos.

Uma dica muito importante: se você tem um negócio e realmente acredita nele, esteja perto, participe, observe sua equipe (não como ditador, mas como líder), busque capacitação, cursos e oportunidades para se reinventar, pois o consumidor está imunizado e não se deixa enganar. Faça para o outro aquilo que deseja para você! E, lembre-se, sua equipe tem o seu DNA, mas será que você tem o DNA do seu público?

Aproveitemos esse momento de “boom” junto aos shopping centers da cidade, do comércio de rua, das gale-rias, para uma revisão de valores e prin-cipalmente da qualidade no produto oferecido e no atendimento prestado. Nossa cidade é um polo de varejo e para aumentarmos nossa receita (nesse seg-mento) devemos presentear os morado-res e os turistas com um atendimento verdadeiro, estimulante e prazeroso.

Está faltando amor nas relações, de-dicação e lealdade junto aos parceiros. O desapego da geração “Z” avalanchou o comportamento das demais gerações, e a tal “felicidade” parece estar cada

ARARAS, TUCANOS, PALMEIRAS, ABACAXIS, FOLHAGENS, FLAMINGOS E TODA A CONSTELAÇÃO DA FAUNA E DA FLORA SE UNIRAM PARA ESPANAR O EMPOEIRADO E OBSCURO INVERNO BRASILEIRO. POIS É, A REINVENÇÃO DA MODA NACIONAL É UMA ESPÉCIE DE PRELÚDIO DAQUILO QUE AS MACROTENDÊNCIAS !ESTUDOS DE ANTECIPAÇÃO POR MEIO DO MARKETING COMPORTAMENTAL" ANUNCIAM PARA O FUTURO

vez mais distante, intangível ou então “cara”. Na contramão disso tudo, as macrotendências sinalizam que o chic converge para hábitos simples. In será aceitar, experimentar, participar, ab-sorver. Out será (já é) ostentar, duelar, GHPRQVWUDU��DXWRD¿UPDU��

'LDQWH�GHVVD�UHÀH[mR��FRQWH[WXDOL-zaremos a entrada da temporada mais esperada do ano, a aclamada e aguar-dada primavera/verão.

Portanto, vamos aplaudir e receber os quatro principais temas da tempo-rada. São eles:

Geomax: efeitos geométricos, Op Art, listras, bolas e muito contraste de cores – principalmente em preto e bran-co (não é necessário citar que a calça listrada é jornal de ontem, ou seja: good bye). Essa tendência pega carona na Era Espacial (anos 60) e apresenta peças em formato trapézio (atenção-atenção: os vestidinhos-trapézio, que eram usados, no passado, com as conhecidas sapati-lhas Silvia Rabello, voltarão à cena com muita força, principalmente no próximo inverno, 2014). O minimalismo (menos é mais) também explorado pelo tema, invocando um espírito de modernidade e democratização da moda.

Pop-land: os anos 80 insistem em marcar território, principalmente na moda jovem. O tema apresenta apos-WDV�HP�MRJRV�GH�FRUHV�À~RU��HVWDPSDV�H�referências de bandas/artistas da épo-ca em camisetas pra lá de divertidas, overdose de brilho (paetês e lurex), es-tampas Pop Art, peças Glam Rock (ins-piração fortíssima em David Bowie), XVR�GH�UHFRUWHV�HVSRUWLYRV��URXSDV�¿W-ness) na alfaiataria (roupas elegantes) e pasmem: a volta do uso de legging com escarpin danger!

Etnomix: uma verdadeira viagem de exploração às culturas artesanais do planeta. Do bordado manual de Ibitinga ao pingente franjado das tribos Navajo; dos escudos africanos às estolas de Ma-

chu Picchu; do tressê de vime e palha ao tsuru de papel japonês. Imagine-se como um turista que não critica, mas absorve e explora culturas do planeta. O tema propõe o retorno dos processos artesanais como busca pela essência, pelo eu. Por isso, a onda hippie é um dos pilares da temporada, apresentando batas, sianinhas, cambraias, algodões, saias e vestidos rodados (em Marias), efeitos manchados como tie dye, dip dye e tom sobre tom. Acessórios orientais, óculos redondos (Janis Joplin é referên-cia no assunto), penas e bijoux de famí-lia compõem um cenário retrô, porém delicado e romântico.

Ocean drive: entre em uma cáp-sula do tempo e permita-se viajar para os anos 50. Imagine o glamour das praias cariocas, latinas e também de Miami. Pin Ups são verdadeiras divas para o tema. Estampas tropicais res-surgem com inspiração máxima em Carmem Miranda e a sensualidade dos recortes usados nos maiôs cubanos aparecem em vestidos curtos e longos. O abacaxi é a estampa da vez, assim como os limões: pequenos, médios, di-vertidos, bordados, de todas as formas para homens e mulheres. Carimbos de passaporte invadem a estamparia, as-sim como cartões postais com fotos da Bossa Nova. A azulejaria portuguesa aparece logo no início da temporada, como uma espécie de névoa para des-pistar o inverno. Mas, cuidado! Nessa temporada as estampas serão muito exploradas em todas as coleções (pop RX�FKLF���SRU�LVVR��RSWH�SRU�WHFLGRV�¿QRV�como seda e organza para se diferenciar nos deliciosos dias de verão.

Nosso editorial de moda pega caro-na na onda artesanal e propõe um verão iluminado pela busca da felicidade. Viva simples, faças pausas, medite, ore, agra-deça, tome água: faça do verão uma ver-dadeira saudação ao universo e atraia coisas boas para sua vida!

Por Odil Zepper (Juba) consultor de estilo e

diretor da Unika

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Giovana arrasa com vestido bem levinho, marcado pela de-licadeza da renda aplicada pró-ximo ao busto e motivo inspi-rado na azulejaria portuguesa. O look é complementado por um coringa básico no closet das românticas, colete texturi-zado o! white, além é claro do cinto étnico e da coordenação bolsa + bota-sapatilha em tres-sê (naturalmente chic) - tudo da Giovana Ribeiro. As pulseiras, os anéis e os brincos são ver-dadeiras obras de arte (algumas peças trazidas da Turquia), com acabamento e detalhamento impecáveis da Brigitte Acessó-rios. O toque final é pontuado pelos lindos óculos retrô-chic Ti!any da Exótica.

Danilo incorpora a atitude fresh da temporada e mistura t-shirt (camiseta) tie-dye com pega-da hippie + bermuda alfaiata-ria + side azul (coqueluche da temporada) + pulseiras étnicas (várias), tudo Carlos Brusman. Esportivo, hippie, casual e descontraído, o look conta com o charme do incrível re-lógio da Exótica.

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Danilo nos apresenta um look com mais sex appeal, mate-rializando a forte tendência do homem mais rústico sem perder a delicadeza. A camisa/bata branca é uma grande re-ferência da temporada, o jeans lavado com barras viradas usa-do com coturnos (estilo empo-eirado - Boho) e cinto de couro com tachas + colares de couro, compõem a imagem de um homem que marca presença e atrai olhares - tudo Estiva-nelli. A proposta é finalizada pela presença dos óculos de sol com hastes diferenciadas, lentes marrom em degradê e formato anos 70, da Exótica.

Giovana apresenta um look su-per cool para o verão.Short destroyed com lava-gem em diversas cores (estilo Boho) + regata de seda na car-tela dos corais e tangerinas + blazer branco (necessário no closet) e sandália laranja me-tálico com salto mais encor-pado (hit total), tudo da Gio-vana Ribeiro. Complementam o visual: óculos estilo jet set chic (chiquérrimos) da Exóti-ca, também os lindos acessó-rios (colares, pulseiras, anéis e brincos) imponentes, únicos e ao mesmo tempo delicados da Brigitte Acessórios.

Fotografia: Mi SviceroEstilo: Carol PapassoniMake Up: Mayra FerrazSupervisão de Styling: JubaLocação: Armazém BauruAgradecimento: Mara FernandesModelos: Giovanna Manzatoe Danilo Juliano (Mega Model)

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Desde pequena, sempre me encantei com o guarda roupas da minha mãe e avó. Para mim, a melhor brincadeira do mundo era abrir o guarda-roupas da vovó e fazer um lindo

desfile para meus avôs assistirem com roupas, sapatos e joias. Imaginar e desenhar looks para toda a família me levava ao mun-do dos sonhos, sempre querendo deixar todo mundo feliz e belo.

1DV�EULQFDGHLUDV�GH�LQIkQFLD��ID]HU�URXSDV�GH�ERQHFD�H�¿JXULQRV�para brincar de casinha eram os protagonistas da diversão. Daí surgiu esse tão grande encanto pela moda e foi na adolescência que HVVH�GHVHMR�VH�LQWHQVL¿FRX�DR�ID]HU�R�SULPHLUR�FXUVR�GH�LOXVWUDomR�GH�PRGD��DLQGD�HP�%DXUX��$�SDUWLU�GDt�Mi�VDELD�TXH�PLQKD�SUR¿VVmR�seria Designer de Moda.

Há dois anos e meio em Bauru, atuo como Consultora de Moda para diversas empresas da região, além de docente da área em cur-so universitário, no qual encontrei uma realidade muito evoluída H�PDGXUD�HP�UHODomR�j�SUR¿VVmR�GH�PRGD��TXH�YHP�FUHVFHQGR�H�se renovando a cada dia.

Para ser um bom consultor de moda é necessário, em primeiro lugar, amar o ser humano, estudá-lo e olhá-lo com muito respeito e carinho, pois a consultoria de moda tem mais a ver com pessoas GR�TXH�FRP�PRGD��7HP�IRFR�QD�DXWRHVWLPD��FRQ¿DQoD��DXWRFRQKH-cimento, bem estar, credibilidade visual e conforto para que as pes-soas sintam-se seguras para se expressar e realizar seus objetivos.

Jean-Paul Gaultier sempre diz que “elegância é uma questão de personalidade, mais do que a roupa que se veste.”

Acredito que ser chic e elegante é isso, ser feliz sendo quem você é, sabendo comunicar por fora o que você é por dentro.

Compor um guarda-roupa versátil e consciente, no qual tudo combina com tudo, trazendo estilo e praticidade ao dia a dia é a proposta primordial da consultoria de moda e imagem. Para isso, é QHFHVViULR�WHU�DOJXPDV�SHoDV�FRULQJDV�TXH�DMXGDP�D�WUDoDU�H�GH¿-nir o estilo pessoal. Acredito que uma peça que não pode faltar no guarda-roupa masculino nem no feminino é um blazer de corte reto que é elegante e versátil e pode compor looks de diferentes estilos.

Para o Verão 2014, as peças coringas que podem ser compradas e irão permanecer nas próximas estações são, uma blusa ou camisa azul bic, um sapato na cor magenta e uma calça branca.

$�HVWDomR�YHP�FKHLD�GH�FRUHV��PL[�GH�HVWDPSDV��ÀRUDLV��DQLPDO�print que trazem um ar de alegria e felicidade para o dia a dia. E HVVD�IHOLFLGDGH�p�TXH�QRV�ID]�EHODV�H�FRQ¿DQWHV�SDUD�GHV¿ODUPRV�H�arrasarmos ao longo da vida.

COCO CHANEL SEMPRE DIZIA “A NATUREZA LHE DÁ O

ROSTO QUE VOCÊ TEM AOS 20. A VIDA TALHA O ROSTO

QUE VOCÊ TEM AOS 30. MAS DEPENDE DE VOCÊ MERECER

O ROSTO DOS 50.” LEVO ESSA FRASE SEMPRE COMIGO

BUSCANDO A CADA DIA AMAR, PROSPERAR E SER FELIZ

COM OS SIMPLES PRAZERES DA VIDA

KARLAALVES

Foto Barbara Cavallieri

A LINDA CONSULTORA DE MODA E ESTILISTA NOS REVELA QUE O SEGREDO DO SUCESSO É AMAR AQUILO QUE SE FAZ!

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2 3GUIA DE ESTILODIVERSAS TENDÊNCIAS, INÚMEROS ESTILOS, TEMPORADA PRIMAVERA/VERÃO PINTANDO NAS LOJAS E COM ISSO TUDO SURGEM MIL DÚVIDAS.PARA FACILITAR A VIDA DO NOSSO LEITOR, ELABORAMOS UM GUIA PRÁTICO COM PEÇAS ESTRATÉGICAS E DESCOLADAS PARA A TEMPORADA. PORTANTO, ÓTIMAS COMPRAS E MUITO SUCESSO EM TODAS AS OCASIÕES.

Mais em alta do que nunca, os maxió-culos reaparecem para garantir poder e glamour às mulheres determinadas. 2�WRTXH�HVSHFLDO�¿FD�SRU�FRQWD�GD�armação e das hastes em animal print (onças, leopardos e tigres). Luxo total: Além dos óculos serem lindos, o estojo (Tiffany) é objeto de desejo na bolsa de mulheres very very chic!Onde encontrar: Exótica

2�RXUR�WHP�SUHVHQoD�FRQ¿UPDGD�QRV�relógios da temporada. Além disso, os estilos Versace e também Chanel são grandes inspirações para o uso de cor-rentes com elos largos nas pulseiras, mixando metal + acrílico.Desejo absoluto para todas as idades!Onde encontrar: Exótica

O retrô chic está cada vez mais presente nos looks e nos olhos dos descolados de plantão. Armações são verdadeiros acessórios e conferem estilo aos adeptos.Dica: pegada anos 50 e 60 Onde encontrar: Exótica

O denim (jeans) se reinventa a cada estação. O verão propõe looks com efeitos desgastados, rasgados e lava-dos. Perfeito para mulheres com estilo jovem e atitude sexy.Truque: enrolar a barra para usar com sapatilhas (não vale com salto alto)Onde encontrar: Giovana Ribeiro

Recortes geométricos, tecidos inteli-gentes, minimalismo, telas e neopre-nes são marcas registradas da moda esportiva. Como a temporada propõe looks diferenciados, esse vestido pro-mete desenhar o corpo com recortes inteligentes e alongadores.Cool: PRGHOD��D¿QD�H�DORQJD�VLOKXHWDOnde encontrar: Giovana Ribeiro

Verão, conforto e frescor são in-gredientes perfeitos para emanar felicidade. Todos adoramos sandálias emborrachadas, principalmente quan-do elas estampam a cor da temporada em rosas, laranjas e tangerinas. Luxo: broche dourado que transfor-ma o simples em chicOnde encontrar: Giovana Ribeiro

Por Odil Zepper (Juba)Fotos Mi Svicero

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2 4ESTILO

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Eles voltaram!

Aparecem em diversos modelos, mas para os homens que fazem questão acertar (sempre), a dica é comprar um boné perfeito. Ou seja: com encaixe adequado e aba média/pequena. Interessante: Para os rapazes, um complemento versátil, para os homens, o ganho de uma aparência 10 anos mais jovemOnde encontrar: Estivanelli

Preparada para arrasar?

Que o ouro é tendência, nós já sabe-mos, mas o mix de ouro com preto é o cúmulo da elegância para noites especiais! Sandálias gladiadoras mais em alta do que nunca, clutch (carteira) com aplicação de viés dourado e ferra-gens formam uma dupla imbatível!Onde encontrar: Giovana Ribeiro

Um acessório e nada mais!

Colar maravilhoso em camadas e acabamento impecável. Uma peça transformadora de looks. Já imaginou uma regatinha de seda com paletózi-nho iluminado pelo brilho dourado dessa peça?Onde encontrar: Brigitte Acessórios

Minispike!

Mulher que marca presença não dispensa pulseiras marcantes. Com fechamento imantado e inúmeros mi-nispikes artesanais, essas peças mis-turam referências históricas, atitude, exotismo e muita feminilidade.Dica: Que tal complementar com um anel over?Onde encontrar: Brigitte Acessórios

Peça versátil

Barroquismo, berloquemania, pero-las, pingentes e um colo pefeito. Uau, quantas referências em uma única peça! Esse colar é uma verdadeira obra de arte e com ele você não pre-cisa de mais nada. Dá para usar com look-luxo ou então apostar no famoso hi-lo. É ou não é um arraso?Onde encontrar: Brigitte Acessórios

Básico, sim.

Mas, com muito estilo!

Top 10 da temporada as t-shirts �FDPLVHWDV��FRP�OLVWUDV�¿QDV�H�estampa localizada de palmeiras ou coqueiros. Novamente, uma peça que valoriza o peitoral.Bacana: É uma peça estratégica para qualquer hora, sem falar que a malha é deliciosamente “fresh”Onde encontrar: Carlos Brusmann

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2 5

Peitoral em evidência

Os anos 80 serão vistos em diferentes looks. Até mesmo no visual mascu-OLQR��D¿QDO�HVVD�LQVSLUDomR�SURPHWH�renovar a imagem dos homens ao pro-por cores e listras de forma divertida, sem perder a masculinidade.Dica: valoriza e amplia o ponto focal da virilidade masculina, o peitoralOnde encontrar: Estivanelli

Stripes!

Essencial no armário masculino, a camisa listrada em manga curta é um clássico repaginado, atemporal e pode ser usada tanto no look casual (calça em sarja), como no streetwear (com jeans + camiseta).Para não errar: repita uma das cores da camisa na parte de baixo (calça ou bermuda). Fica show!Onde encontrar: Estivanelli

Mix de referências!

Já diziam as pessoas da geração X: “conhecemos uma pessoa pelo calça-do”. Bingo! Agora, imagine um sapato que mistura convencional casual com esportivo nautico? Taí, esse calçado incrível é a prova de que para ousar, não é necessário exagerar, basta ape-nas um toque, um detalhe.Onde encontar: Carlos Brusman

Uma ótima opção para mimar os

homens da sua vida!

A onda étnica está dominando o universo masculino. Olha que delícia de chinelo com aspecto artesanal em couro e talabar de algodão. A cara do conforto, a cara do presente!Onde encontrar: Estivanelli.

Again!

3XUR�GHVLJQ��DVVLP�GH¿QLPRV�HVVD�mochila/pasta/bolsa em couro com efeito lixado. Uma peça 3 em 1 com recortes estratégicos para celular, canetas e carteira.Se você é mais causal, acabou de encontrar a solução para os seus problemas.Onde encontrar: Carlos Brusman

Polomania!

Se o jeans representa a democracia da moda, a camisa polo é sinônimo de UH¿QDPHQWR�HVSRUWLYR��GH�ERP�JRVWR�e conforto. A melhor parte: versões coral, tangerina, azul, verde. Styling: que parecer mais jovem?Que tal sobrepor uma polo sobre a outra. Exemplo: Coral por cima e uma tangerina por baixo?Onde encontrar: Carlos Brusman

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3 0ENTRETENIMENTO

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O documentário é, sem a me-

nor sombra de dúvida, o

gênero que está evoluindo

mais na cinematografia brasileira des-

de sua retomada nos anos 1990. Em

um país de muitos extremos e de cul-

tura rica e variada, eles se tornaram

uma forma de registro criativa, sin-

gular e absolutamente heterogênea.

Abordando temas que variam en-

WUH�ELRJUD¿DV��³6HQQD ��³5DXO�6HL[DV´���JUDQGHV�HVWXGRV�VRFLROyJLFRV��³(GLItFLR�0DVWHU �� ³/L[R�([WUDRUGLQiULR´���PR-

mentos marcantes do nosso cotidiano

UHFHQWH��³ÐQLEXV���� ��³(QWUHDWRV ��³1R-

WtFLDV�GH�XPD�JXHUUD�SDUWLFXODU´��H�UHJLV-WURV�KLVWyULFRV�LQGLVSHQViYHLV��³&DEUD�PDUFDGR�SUD�PRUUHU ��³2�GLD�TXH�GXURX����DQRV´��RV�GRFXPHQWiULRV�WRUQDUDP-

-se a grande vocação artística do cinema

nacional contemporâneo. Hoje podemos

dizer que o Brasil já produz alguns dos

melhores e mais premiados do mundo.

Pena que, apesar da indiscutível

qualidade, esses documentários ainda

QmR�WHQKDP�R�S~EOLFR�j�DOWXUD��¿FDQGR�relegados a festivais e a poucas salas

GH�FLQHPD��1R�FDVR�GR�UHFpP�ODQoDGR�³'RVVLr�-DQJR´�p�DLQGD�PDLV�FRPSOLFD-

do, por tratar-se de um documentário

histórico. A grande massa parece não

se interessar muito pela própria his-

tória, especialmente quando envolve

a nebulosa ditadura militar.

&RPR�GL]�R�WtWXOR��R�¿OPH�DERUGD�D�YLGD��H�SULQFLSDOPHQWH�D�PRUWH��GR�H[��SUHVLGHQWH�EUDVLOHLUR�-RmR�*RXODUW��&RP�XP�LQtFLR�EDVWDQWH�GLGiWLFR��R�GR-

cumentário estabelece o contexto no

TXDO�-DQJR� IRL�HOHLWR�SULPHLUDPHQWH�FRPR� YLFH� GH� -XVFHOLQR�.XELWVFKHN��YLFH�GH�-kQLR�4XDGURV��H�GHSRLV�TXDQ-

GR�¿QDOPHQWH�DVVXPH�D�SUHVLGrQFLD�GR�SDtV��$�SDUWLU�GDt��R�¿OPH�IRFD�QD�GHSRVLomR�GH�-DQJR��D�EUHYH�UHVLVWrQ-

FLD�HQFDPSDGD�SRU�/HRQHO�%UL]ROD�QR�VXO��TXH�R�OHYRX�*RXODUW�D�DVVXPLU�R�Brasil como um regime parlamenta-

ULVWD��H�R�HYHQWXDO�JROSH�FRP�D�DMXGD�GR�&RQJUHVVR�

A direção de Paulo Henrique

Fontenelle é impecável ao estabelecer,

por meio de imagens de arquivo,

programas de TV e entrevistas, a

política de vanguarda iniciada por

-DQJR�H�RV�UHVXOWDGRV�SRVLWLYRV�TXH�HOD�Mi�YLQKD�GDQGR��3UD�FRPSURYDU��R�¿OPH�mostra claramente como essa política

já incomodava os norte-americanos,

que tinham uma interferência brutal

na economia dos países da América

/DWLQD� QDTXHOD� pSRFD�� -DQJR� HUD�tido pelos americanos como um

simpatizante do comunismo e sua

YLVLWD�R¿FLDO�j�&KLQD�IRL�R�HVWRSLP�SDUD�comparações absurdas com o líder

FXEDQR�)LGHO�&DVWUR�2�GRFXPHQWiULR�FRQWD�DLQGD�FRP�XP�

DUTXLYR�GH�iXGLR�FRQ¿GHQFLDO��QR�TXDO�R�SUHVLGHQWH�DPHULFDQR��/\QGRQ�-RKQVRQ��discute com o embaixador americano no

%UDVLO��/LQFROQ�*RUGRQ��D�SRVVLELOLGDGH�de uma intervenção militar no país.

Por José GarciaFotos Divulgação

DOSSIÊJANGO

A HISTÓRIAQUE PREFERIMOS ESQUECER...

AVALIAÇÃO: * * * * *

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31

1D� FRQYHUVD� ¿FD� FODUD� D� LQWHQomR�americana de invadir o Brasil para que

o golpe tivesse sucesso, o que historica-

mente sabemos que não aconteceu por

muito pouco.

2�¿OPH�UHODWD�WDPEpP�RV�UHJLPHV�GH�ditaduras militares que se espalhavam

SHOD�$PpULFD�GR�6XO�QDTXHOH�SHUtRGR�H��posteriormente, mortes suspeitas de vá-

ULRV�OLGHUHV�SRSXODUHV�GD�$PpULFD�GR�6XO�HP�XP�FXUWR�SHUtRGR�GH�WHPSR��6y�HQ-

WUH�RV�OLGHUHV�EUDVLOHLURV��-.�PRUUHX�HP�um misterioso acidente de carro, meses

GHSRLV�-DQJR�WHYH�XP�DWDTXH�FDUGtDFR�H�&DUORV�/DFHUGD�PRUUHX�DR�WRPDU�XPD�YDFLQD�FRQWUD�JULSH��6HULDP�HVVDV�PRUWHV�DSHQDV�XPD�³FRQYHQLHQWH�FRLQFLGrQFLD´"

Aqui o documentário passa a dis-

cutir a forte possibilidade de que to-

dos eles tenham sido assassinados e,

SULQFLSDOPHQWH��TXH�D�PRUWH�GH�-RmR�*RXODUW�WHQKD�VLGR�FDXVDGD�SRU�HQYH-

nenamento pela troca de remédios no

kPELWR�GD�2SHUDomR�&RQGRU��2SHUDomR�essa que tinha como principal objetivo

reprimir a oposição às ditaduras mili-

tares instauradas nos países sul-ame-

ricanos, e que teriam sido responsáveis

pelo assassinato de diversos lideres

políticos do continente. Abrindo um

SDUrQWHVHV��D�-XVWLoD��UHFHQWHPHQWH��autorizou a exumação do corpo do ex-

-presidente a pedido da família, que

acredita na tese de envenenamento.

E se a principio isso soa apenas

como mais uma teoria conspiratória,

R�GHVHQURODU�GR�¿OPH�H�VHXV�DUJXPHQ-

“INVARIAVELMENTE, A HISTÓRIA NOS DEMONSTRA, QUE QUANDO SE PERDE A MEMÓRIA E SE OCULTA A VERDADE, OS POVOS VOLTAM A REPETIR AS TRAGÉDIAS DO PASSADO.”

WRV�VmR�WmR�FRQWXQGHQWHV�TXH�¿FD�GLItFLO�GXYLGDU�GHVVD�KLSyWHVH��1HVVH�VHQWLGR��ganha destaque a entrevista devastadora

com um dos responsáveis por espionar

DV�DWLYLGDGHV�GH�-DQJR�QD�DUJHQWLQD��TXH�inclusive protagoniza um dos momentos

PDLV�WRFDQWHV�GR�¿OPH�DR�VHU�FRORFDGR�GH�IUHQWH�FRP�R�¿OKR�GH�-RmR�*RXODUW��PDLV�de 30 anos depois de seu falecimento.

³'RVVLr�-DQJR´�p�PDLV�XP�EHOtVVL-mo documentário nacional, e também

XP�¿OPH�REULJDWyULR� H� IXQGDPHQWDO�para um acerto de contas com a nossa

própria história, sobretudo para não

esquecermos que vivemos em uma na-

ção onde a maioria dos envolvidos com

a ditadura permanece impune, alguns,

inclusive, em cargos de poder.

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PERSONAZ3 2

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3 3

S e existisse máquina do tempo, o músico Luiz Ornelas gostaria de voltar para 1962. Mas não para Lençóis Paulista, onde nasceu há 57 anos, e sim para o Rio de

Janeiro, mais precisamente o Bar Veloso, onde Tom Jobim e Vinicius de Moraes costumavam pedir umas geladas enquan-to admiravam Helô Pinheiro “num doce balanço a caminho do mar”. Isso mesmo: Ornelas gostaria de ter feito companhia à dupla para também assinar “Garota de Ipanema”, o mais emblemático hino da bossa nova depois de “Desafinado” e “Chega de Saudade”. “Gosto da letra, da música. Fico imagi-nando aquele lugar, aquele visual, aquela garota passando. Imagine a Helô Pinheiro naquela época... “, suspira, divertido.

O fato é que, em 1962, Luiz estava envolvido numa outra missão: ele era só um menininho quando teve a ideia de pegar um pedaço de madeira, um facão e um serrote. Fez uma espécie de caixa com uma abertura no meio. Depois, emprestou as linhas de pescar do irmão e criou, para a sur-presa da família, seu primeiro violão. Foi lá, no começo dos anos 60, que Luiz anteviu uma parte da carreira que abra-çaria por décadas: cantor da noite e “fera” nas cordas – ele toca violão, guitarra e até viola. Detalhe: é praticamente autodidata, já que frequentou um curso de violão clássico por apenas quatro meses.

Mas a dedicação à música nem sempre foi exclusiva. Formado em direito, ele trabalhou na área de segurança empresarial da Cesp (Companhia Energética de São Pau-lo) por 26 anos. Precisou, portanto, relegar as cordas aos

O MÚSICO LUIZ ORNELAS FEZ SEU PRIMEIRO VIOLÃO COM 6 ANOS DE IDADE, USANDO LINHA DE PESCAR E UMA VELHA CAIXA DE MADEIRA. AOS 57, ELE CONTINUA CHEIO DE GÁS, TOCANDO EM BARZINHOS E CELEBRANDO A MPB E A BOSSA NOVA, SUAS PAIXÕES DECLARADAS. MAS RESSALVA QUE É DIFÍCIL VIVER EXCLUSIVAMENTE DE MÚSICA NO BRASIL: “PRECISA TER MUITA SORTE PARA SEGUIR NESSA CARREIRA”.

O DONODAS CORDAS

sábados à noite, quando se apresentava em barzinhos e conduzia bailes pela região a bordo de bandas. Luiz reforça que a carreira musical nunca lhe deu estabilidade como o funcionalismo público, embora, na sua casa, os acordes sempre tenham vibrado mais alto.

1mR�SRU�DFDVR��VHXV�¿OKRV�*XVWDYR�����DQRV��&DPLOD������H�)iELR������VmR��FRPR�R�SDL��DSDL[RQDGRV�SRU�P~VL-ca: Gustavo é professor da disciplina num colégio de São Bernardo do Campo; Camila integra um coral em Boston (EUA), onde mora; e Fábio, que hoje é engenheiro em Santo André, tocou numa banda de rock na adolescência. Até a pequena Giovanna, 6, fruto da segunda união de Ornelas, já se arrisca num violãozinho.

A menina, aliás, representa uma fase nova na vida do P~VLFR��'HVOLJDGR�GD�&HVS�HP�������2UQHODV�LQWHQVL¿FRX�suas atividades musicais na última década e também voltou a namorar o funcionalismo público: foi secretário municipal em 2010 e hoje é assessor da Secretaria Municipal de Cultura.

Nessa entrevista, concedida no Lelo s, um bar tão histó-rico quanto a presença de Ornelas na cena musical da cidade, ele conta histórias, relembra o passado e revela seus sonhos.

Por: Fernanda Villas BôasFotos: Barbara Cavallieri e Arquivo Pessoal

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3 4PERSONAZ

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Revista Az! – É verdade que você fa-bricou seu primeiro violão com 6 anos de idade? Foi uma brincadeira de criança ou dava para tocar pra valer?Luiz Ornelas – Foi uma brincadei-ra de criança, porém era também um sonho. Meus pais não tinham condi-ções de me dar um violão, eles eram da roça. Então, eu peguei facão, serrote, linhas de pescar do meu irmão, e co-mecei a fazer um violão de madeira. E ¿]��$WUDYpV�GHOH��FRPHFHL�D�WHQWDU�D¿-nar, olhando meu tio tocando violão. E saiu um violãozinho daquele jeitinho de criança...

Az! – Sua família inspirou sua car-reira? Eles também são músicos?Ornelas – Meu pai tocava instrumen-to de sopro. E tenho um tio músico, que toca violão até hoje. E quase todos os irmãos da minha mãe também tocam violão. Naquele tempo, era comum mú-sica sertaneja de raiz. Eu fui crescendo nesse meio musical.

Az! – Quando o violão deixou de ser uma brincadeira de criança e virou coisa séria?Ornelas�±�&RP����DQRV��HX�HUD�DXWR-didata e entrei numa escola de música daqui de Bauru, a Magister (coordena-da pelo professor Geraldo Ribeiro de Freitas). Com quatro meses, passei a tocar músicas do quinto ano de violão. 2�SURIHVVRU�*HUDOGR�¿FRX�PXLWR�HP-polgado. Ele falou que eu havia nascido para a música. Mas, infelizmente, só pude estudar quatro meses, porque eu já trabalhava.

Az! – Embora tenha sido considera-do talentoso desde muito jovem, você não abraçou a música como atividade SUR¿VVLRQDO�H[FOXVLYD��6H�YRFr�WLYHVVH�nascido num país mais desenvolvido, teria sido diferente?Ornelas – Com certeza. Um país mais desenvolvido teria me dado mais con-dições de eu desenvolver a minha arte. E, com certeza, eu poderia me destacar ainda mais na música.

Az! – Você acha que o incentivo insti-tucional ao músico brasileiro ainda é muito frágil?Ornelas – Infelizmente, sim. No Brasil, R�P~VLFR�SUR¿VVLRQDO�SUHFLVD�WHU�PXLWD�sorte para seguir nessa carreira.

Az! – Você acredita que a música é es-sencialmente vocação? É possível uma pessoa, sem um talento nato, se dedicar sistematicamente e ter êxito? Ornelas – Se a pessoa estudar, se con-centrar e se desenvolver, ela vai conse-guir. Claro que, se tiver um talento na-tural, será muito melhor.

Az! – Quando a música passou a repre-VHQWDU�VXD�VHJXQGD�DWLYLGDGH�SUR¿VVLR-nal depois do funcionalismo público?Ornelas – Participei, aqui em Bauru, de uma banda chamada Kripta. Eu era garotinho ainda e a banda fazia muito sucesso, era de rock. Daí, comecei a fazer bailes também, mas com outras bandas de Bauru. Na época, tinha o Clube dos

Bancários. Qualquer músico sonhava em WRFDU�Oi�H�HX�¿]�R�PHX�SULPHLUR�EDLOH�QR�%DQFiULRV�FRP����DQRV��&ODUR��GHSRLV��FRP�D�PLQKD�YLGD�SUR¿VVLRQDO�GHQWUR�da Cesp, eu não pude dar sequência a isso, mas, quando podia, eu participava.

Az! – Já na Cesp, você parou de tocar à noite em bares, fazer bailes?Ornelas – Sim, não dava mesmo. Eu trabalhava e viajava muito, atuando FRPR�¿VFDO�QDV�XVLQDV��4XDQGR�HX�WLQKD�oportunidade, me apresentava. Durante alguns anos, aos sábados, me apresentei no Posto Jama, um bar famoso de Bauru, TXH�¿FDYD�SHUWR�GD�,7(��,QVWLWXWR�7ROHGR�de Ensino).

Az! – Você se frustrou nessa época por não poder ter se dedicado inte-gralmente à música? Ou se sente um homem realizado?Ornelas – Me sinto realizado, não me frustrei, não. Eu tinha uma atividade SUR¿VVLRQDO�QD�&HVS�TXH�PH�LPSHGLD�de me envolver mais com a música. É preciso considerar que músico no Brasil não pode ter uma garantia. E isso a Cesp me deu: um emprego que me permitiu FULDU�PHXV�¿OKRV�H�GDU�FRQIRUWR�SDUD�D�minha família.

A jovem e sorridente Giovanna é fruto da segunda união de Ornelas

“UM PAÍS MAIS DESENVOLVIDO

TERIA ME DADO MAIS CONDIÇÕES DE EU

DESENVOLVER A MINHA ARTE. E, COM CERTEZA,

EU PODERIA ME DESTACAR AINDA MAIS

NA MÚSICA”, Luiz Ornelas

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3 5

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Az! – Você já chegou a compor?Ornelas – Sim. Porém, ficou restri-to à família. Sou melhor intérprete do que compositor. Sou diferente do meu filho Gustavo, que é um compo-sitor nato. Ele tem diversas músicas muito bonitas.

Az! – Ao longo da sua trajetória musical, você teve professores in-formais? Pessoas que contribuíram para o seu aprimoramento?Ornelas – Sim, meus tios Renê e João. Foi muito importante receber os toques deles no sentido de dirigir a música, corrigir algumas coisas.

Az! – Quais músicos consagrados foram importantes para a sua for-mação musical?Ornelas – Tom Jobim, Toquinho e Vi-nicius. Tive a oportunidade de tocar com o Toquinho em Bauru. Foi num barzinho chamado Baiúca, no início dos anos 80. Um bar que durou pouco tempo, mas que teve presenças mar-cantes. Para mim, foi maravilhoso.

Az! - Você se lembra de alguma his-tória curiosa, engraçada ou inusitada que viveu num show ou num baile ao longo desses anos? Ornelas – Tenho uma história diverti-da e prazerosa. Além de Bauru, minha banda Musical Presença Show tocava em Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, ou seja, na região. E, na época, a revista Vejinha (publicação regional da

revista Veja) fez uma pesquisa para sa-ber qual era a melhor banda do interior do Estado. E nós fomos considerados a melhor banda. Eu tocava guitarra e era o único cantor. Foi muito legal! Uma outra história: uma vez, estávamos fa-zendo um baile em Barra Bonita. Era o começo do baile, estava todo mundo dançando. E, de repente, a bateria pa-rou. Quando a gente foi ver, percebeu que o baterista tinha se empolgado e caído num vão entre o palco e o fun-GR�GR�SDOFR��(OH�¿FRX�HQWDODGR��1mR�VH�PDFKXFRX��PDV�¿FRX�HQWDODGR�����ULVRV��

Az! – Você gostaria de ter sido o com-positor de alguma música famosa que hoje você canta e executa no violão?Ornelas – Gostaria de ter composto o clássico “Garota de Ipanema”. Gosto da letra, da música. Fico imaginando aquele lugar, aquele visual, aquela ga-rota passando. Imagine a Helô Pinhei-ro naquela época... (risos).

Az! – Quais as músicas campeãs em pedidos do público?Ornelas – “Vida Cigana”, “Garota de Ipanema”, “Copacabana”. Também tem aqueles que gritam assim: “toca Raul”, “toca Belchior”... (risos).

Az! – Você foi secretário da Sear (Se-cretaria das Administrações Regio-nais) em 2010 no governo Rodrigo. Como foi essa experiência?Ornelas – Foram oito meses. Foi uma boa experiência. Eu pude participar mais do governo. Tive problemas, cla-ro, mas, para mim, foi muito bom.

Az! – Você pensa em entrar na política, tentar um cargo eletivo?Ornelas – Não penso. Eu gostei muito da experiência na secretaria e acredi-to que o prefeito (Rodrigo Agostinho, PMDB) também tenha gostado bastante. Ampliamos a área de atuação da Sear. Se eu fosse convidado novamente para ser secretário, com certeza, aceitaria. Hoje, sou assessor na Secretaria Muni-

cipal de Cultura. Participo de atividades musicais, dou sugestões. Com a minha experiência, ofereço apoio às autarquias.

Az! – Como você avalia o cenário mu-sical hoje? O que acha da força do funk e do sertanejo universitário nos meios de comunicação?Ornelas – Música, como um todo, me agrada. Mas tenho algumas restrições. O funk não acrescenta nada na vida da gente, não tem conteúdo.

Az! – Você gosta mesmo é de MPB?Ornelas – Sim, basicamente. Não gosto de rap, adoro bossa nova e mú-sicas românticas também. E gosto de sertanejo de raiz. O sertanejo univer-sitário também não acrescenta nada, não vejo conteúdo. Dependendo do lugar onde estou tocando, até tenho que tocar sertanejo universitário... Mas não gosto. Também gosto de rock mais antigo.

Az! – Você foi pai pela primeira vez há ���DQRV��(�Ki�VHLV�DQRV�IRL�SDL�QRYDPHQ-te. São experiências muito diferentes? Ornelas – Muda muita coisa! Dizem que o pai educa e o avô deseduca. Então, eu estou na experiência de pai-avô.Para mim, é tudo de bom, uma experiência maravilhosa. No começo, foi difícil, porque eu não sabia qual seria a reação GRV�PHXV�¿OKRV�PDLV�YHOKRV��1mR�VDELD�como eles iriam reagir ao fato de eu ser pai novamente. Fiquei preocupado, mas HOHV�DFHLWDUDP�EHP��0LQKD�¿OKD�&DPLOD�foi a primeira a me dar uma força muito JUDQGH��0HXV�WUrV�¿OKRV�DPDP�D�LUPm�caçula, todos têm uma relação excelente, é muito legal.

Az! – É verdade que numa apresenta-ção, em Sorocaba, você tocou durante 16 horas sem repetir nenhuma música?Ornelas – É verdade. E tudo de cabeça.

Az! – Mas que memória é essa?Ornelas – É uma boa memória. Ainda não falhou... (risos).

Ornelas e seus filhos mais velhos: todos têm algum envolvimento com a música

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S e ainda estivesse vivo hoje, o po-eta Vinícius de Moraes estaria prestes a completar 100 anos e

até poderia ter mudado de opinião com relação às mulheres feias. O que ele pro-vavelmente não deve ter imaginado é que um de seus versos mais famosos, escrito em 1965, nunca esteve tão atual. Beleza anda cada vez mais fundamental e mo-vimenta o trabalho de médicos, pesqui-sadores e profissionais da área estética.

Já é verdade comprovada que as ci-rurgias plásticas e os tratamentos esté-ticos jamais foram tão procurados. De acordo com os especialistas, houve um crescimento significativo do interesse do brasileiro pelos procedimentos es-téticos em geral. Nos últimos quatro anos, estima-se que tenha dobrado. E a procura às vésperas do verão aumenta consideravelmente.

Hoje, o Brasil é o segundo país do mundo que mais realiza cirurgias plás-ticas com finalidade estética: foram re-gistrados 905 mil procedimentos em 2011, segundo o último levantamento realizado pela Sociedade Internacional

de Cirurgia Plástica. Nosso país fica atrás apenas dos Estados Unidos, que realizou 1,09 milhão de cirurgias estéti-cas no mesmo ano. O Brasil, no entanto, é o campeão em número de cirurgias por habitante, o que mostra a preocupa-ção dos brasileiros com o espelho.

O mercado da beleza também movi-menta cifras bilionárias. Uma pesqui-sa recente do Instituto Data Popular constatou que, em 2013, as brasileiras devem gastar cerca de R$ 60 bilhões com serviços de beleza, cosméticos e produtos de higiene pessoal.

A luta por corpos e perfis bonitos está muito ligada à autoestima. A estu-dante bauruense Jéssica Alves Campos, 20 anos, recentemente se submeteu a uma cirurgia ortognática. Trata-se de

A DEMANDA POR CIRURGIAS PLÁSTICAS CRESCEU COM A EXPANSÃO DAS CLASSES EMERGENTES. INTERESSE ESTÁ LIGADO AOS ATUAIS PADRÕES ESTÉTICOS E À BUSCA PELO AUMENTO DA AUTOESTIMA

Por Lidiane OliveiraFotos Barbara Cavallieri e Banco de Imagens

ESPELHO,ESPELHO MEU

um procedimento cirúrgico odontológi-co em pacientes com desenvolvimento ósseo facial fora do ideal, para propiciar melhorias estéticas e funcionais.

Ela conta que optou pela interven-ção cirúrgica principalmente porque não estava satisfeita consigo mesma. “Muitas pessoas têm a autoestima mui-to baixa por não se sentirem realizadas com a sua aparência, o que também era o meu caso”, diz a jovem.

O medo de adquirir uma cicatriz eterna no rosto como sequela foi supe-rado com o sucesso da cirurgia. E ela não se arrepende. “Minha vida mudou por completo, hoje me sinto mais con-fiante, bonita e minha autoestima au-mentou. Não tem nada melhor do que você se sentir bem consigo mesma.”

3 6COMPORTAMENTO

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E S T É T I C A

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Jéssica Alves Campos olha no espelho o resultado de uma cirurgia plástica no rosto: autoestima em dia com o procedimento

AUMENTO NA PROCURASão dois os motivos principais para o aumento na busca por uma boa aparên-cia, segundo o médico cirurgião plásti-co Samir Eberlin. O primeiro deles está ligado ao grande número de pesquisas na área, o que resultou em um rápido desenvolvimento dos procedimentos cirúrgicos para fins estéticos.

“O Brasil é referência mundial em cirurgia plástica. Os médicos vêm de fora para aprender aqui. Somos um país onde se expõe muito o corpo. Então, várias técnicas foram desenvolvidas para atender e sanar as queixas das pacientes, que se preocupam muito com a aparência”, analisa. Outra razão está ligada à ascensão da classe média.

As cirurgias plásticas mais realiza-das hoje no Brasil são a lipoaspiração, as plásticas mamárias (aumento ou redução) e a abdominoplastia. A cada três mulheres no Brasil, duas pensam em colocar implante de silicone nos seios. “A preferência por esse forma-to de mama é uma questão cultural e temporal. Na década de 70, as mulhe-res com as mamas pequenas estavam completamente satisfeitas. Hoje, não”, lembra Samir.

A grande maioria do movimento nos consultórios médicos é de mulhe-res insatisfeitas com alguma alteração

de nascimento ou que tenha surgido no corpo depois de algum evento especí-fico, como uma gravidez, que costuma deixar suas marcas, como certa flacidez na barriga, por exemplo. As pesquisas mostram, no entanto, que a cada ano que passa, a idade mínima das pacien-tes diminui. Hoje, adolescentes de 16 anos já se importam muito com a vai-dade e depositam grande expectativa nos resultados conquistados com as cirurgias plásticas.

Já o interesse dos homens, em espe-cial, é pelas cirurgias corretivas (para retirada do excesso de pele após uma cirurgia bariátrica, por exemplo), além de cirurgias de face e implante capilar. Incluem-se no pacote os tratamentos estéticos em geral e os preenchimentos faciais (com a toxina botulínica). São procedimentos minimamente invasi-vos e considerados bastante seguros, já que o índice de complicações hoje é muito baixo. “Os tratamentos são bastante procurados por homens de negócios, que se relacionam com o pú-blico e acreditam que a boa aparência é importante”, observa Samir.

Com relação às novidades na área, estão os materiais usados hoje para a realização das cirurgias plásticas, como fios mais absorvíveis para a lipoaspira-ção, novos tipos de curativos e de im-

plantes mamários, que trazem maior segurança e durabilidade. A segurança anestésica também garante hoje uma cirurgia com menor possibilidade de riscos aos pacientes.

EXCESSO DE PESO: O VILÃOMuito difundida hoje no Brasil, a cirur-gia bariátrica foi a opção da auxiliar ad-ministrativa bauruense Natália Rafaela de Souza Rodrigues, 24. Recentemente, ela recorreu à mesa de cirurgia para realizar o procedimento que reduz o tamanho do estômago de pacientes com excesso de peso.

O resultado foram dezenas e deze-nas de quilos eliminados. “Sempre tive muitos problemas com peso. Não medi esforços nem economias para estar com o melhor médico. A recuperação não podia ser melhor, fiz exatamente o que pediam na alimentação”, relata.

Parece espantoso, mas a jovem não sabe calcular quantos quilos perdeu. Ela preferiu fugir da balança e acom-panhar o resultado da cirurgia e dos procedimentos estéticos apenas com a fita métrica.

Mas Rafaela faz questão de ressal-tar que todo o processo não foi nada fácil. “Muita força de vontade e consci-ência são necessárias”, pontua.

“MUITAS PESSOAS TÊM A AUTOESTIMA MUITO

BAIXA POR NÃO SE SENTIREM REALIZADAS

COM A SUA APARÊNCIA, O QUE TAMBÉM ERA O

MEU CASO”, Jéssica Alves

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Hoje, Rafaela não poupa esforços para se sentir mais bela. A jovem re-corre com frequência a procedimen-tos estéticos, como drenagens linfáti-cas, sessões com manthus (moderno equipamento para combate à celulite e gorduras localizadas), manta térmi-ca (equipamento que acelera o meta-bolismo local por meio da emissão de calor) e intradermoterapia (injeção de medicamentos diretamente na área com excesso de gordura localizada). Para fechar a conta: limpezas de pele e cabeleireiro a cada dez dias, além de uma coleção infinita de cremes.

Após o sucesso da cirurgia bariátri-ca, Rafaela já se prepara para a segun-da empreitada: intervenções cirúrgicas plásticas para retirar o excesso de pele em áreas localizadas. A jovem garante que o esforço vale a pena. “Minha vida mudou completamente, são outros há-bitos, outras manias, outro jeito de ser.”

SOL FORTEA mulher bauruense tem se preocupado em cuidar mais do corpo, mas deveria se preocupar também com o rosto, na avaliação da esteticista Beatriz Regina Marques, proprietária de uma clínica estética da cidade. “Aqui em Bauru o sol é muito forte e tem causado vários tipos de manchas na pele”, alerta.

Ela ressalta a importância de man-ter uma pele do rosto saudável, se pos-sível desde cedo. “Muitas mulheres com mais de 35 anos têm me procura-do, muitas pessoas esperam o tempo passar para depois começarem a se cuidar”, nota.

Hoje a novidade são os tratamentos estéticos rápidos. Segundo a profissio-nal, um dos mais procurados é o ultras-som com três cristais, que põe fim às gorduras localizadas. Esse aparelho faz com que o produto penetre diretamente na camada de gordura, dissolvendo a

celulite e eliminando a gordura na uri-na com a drenagem linfática. Com dez sessões já se nota a diferença.

Além das mulheres, os homens bra-sileiros vêm se tornando grandes con-sumidores dos verdadeiros milagres em estética – e em Bauru esse cenário não é diferente. Tratamentos de foliculite (pelos encravados), limpezas de pele e depilação são as técnicas preferidas. “Hoje os homens estão mais vaidosos e a tendência é aumentar a procura”, diz a esteticista.

Para Beatriz, o que motiva as pes-soas é a eficiência dos resultados. “Hoje o mundo vive de aparências, então seja qual for o presente, estando em um belo embrulho já muda tudo”, observa.

HOMENS MAIS VAIDOSOSO publicitário bauruense Renato Posca, 31, também admite que hoje

Natalia Rafaela antes da cirurgia de redução do estômago

Jovem não sabe quantos quilos perdeu, mas se sente muito mais confiante

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4 0COMPORTAMENTO

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os homens estão bem mais preocu-pados com a aparência. Ele mesmo já optou por várias técnicas para melho-rar o visual. “Nós somos nosso cartão de visita e não precisamos mais ficar com cara de homem das cavernas”, compara.

Seus cuidados com o corpo incluem uma dieta balanceada e exercícios físi-cos há dez anos, com treinos intensivos na academia. “Acho que é fundamental se cuidar. Já fiz por muito tempo acom-panhamento com nutricionista, até en-tender direito como agem os alimentos em nosso organismo”, conta.

Renato também já frequentou ses-sões de mesoterapia estética voltada à região abdominal, que tem como prin-cipal objetivo a eliminação de gorduras localizadas. Seu “currículo” estético inclui ainda clareamento nos dentes, cirurgia para correção de imperfeições no nariz, tratamento contra queda de cabelos e limpeza de pele com frequ-ência. “Eu brinco que só arrumei o que veio com defeito”, diverte-se.

MADEIXAS EM ALTASe o rosto é o cartão de visita, os ca-belos são a moldura do rosto. Essa é a avaliação da terapeuta capilar Raquel Luzia Marques Lontra, que acompa-nha cerca de 200 pacientes todo mês

em uma clínica para tratamento contra queda de cabelos em Bauru.

Nesse espaço, os homens são a maioria, buscando interromper uma calvície indesejada e até recuperar os fios que já foram alvo da ação da gravi-dade. Essa preocupação já atinge jovens de 16 anos, mas é maior em homens com idades entre 30 a 45 anos.

As causas para o problema são variadas: predisposição hereditária, fumo, álcool, excesso de química nos cabelos, estresse, má alimentação e desgaste natural dos fios.

Assim como outros cuidados, o in-teresse masculino pelos tratamentos contra queda de cabelos só aumenta. “Primeiro, porque não é nada invasivo e não causa nenhum efeito colateral. Segundo, porque é viável financeira-mente. Os homens hoje dão bastante valor à estética e não querem mais per-der os cabelos”, diz a terapeuta capilar.

VAIDADE EXCESSIVA?Mas até que ponto os bauruenses estão preocupados com a aparência e dando valor demais à vaidade? “O mundo todo está assim”, responde o médico cirur-gião plástico Eudes Soares de Sá Nóbre-ga. “Hoje até o emprego exige uma boa aparência. Se eu fosse mais bonito, pro-vavelmente teria mais clientes”, brinca.

O médico lamenta a busca desen-freada das pessoas por determinados padrões estéticos, a qualquer custo. “Eu deveria estar feliz com os atuais padrões estéticos porque é meu ganha--pão, mas fico chateado porque a hu-manidade está muito exigente com as formas físicas”, pontua.

Apesar do grande interesse, a cirurgia plástica não é recomendada para qualquer paciente, lembram os cirurgiões Eudes e Sa-mir Eberlin. Ambos ressaltam haver restri-ções em relação aos procedimentos, princi-palmente se houver algum tipo de distúrbio psicológico. “Existem distúrbios psíquicos de aparência. Nesse caso, a paciente nunca está satisfeita com o corpo. O cirurgião plás-tico é um médico treinado para reconhecer esse tipo de paciente”, diz Eberlin.

Renato Posca mostra que cuidar do corpo também é coisa de homem

Médico Samir Eberlin lembra que Brasil é referência em cirurgia plástica

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SIM, É POSSÍVEL. A NOVA GERAÇÃO DE PROFISSIONAIS ESTÁ AÍ PARA PROVAR. FAZER O QUE GOSTA, MESMO QUE SEJA PARA TRABALHAR MAIS HORAS POR DIA, É A TENDÊNCIA

#SOUFELIZNOTRABALHO

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Por: Cristina CamargoFotos: Barbara Cavallieri

A artesã Carla Motta uniu o útil ao agradável em seu dia a dia: mudou de vida e abriu loja

A os 30 anos, o empresário Pedro Gadelha está acostumado a ou-vir conselhos familiares sobre a

segurança de um emprego público, con-quistado por meio de concurso. Daqueles com hora certa para começar e acabar, estabilidade, salário, benefícios garan-tidos no fim do mês, plano de aposenta-doria. O sonho de qualquer trabalhador. Só que não...

Pedro faz parte da geração que não encara o trabalho apenas como obriga-ção e fonte de sobrevivência. Ele busca realização. Quer atuar com entusiasmo o dia todo, até quando o celular toca fora de hora. E o aparelho faz barulho o tempo todo, para avisar sobre ligações, mensagens ou emails. Misturar a rotina SUR¿VVLRQDO�FRP�D�SHVVRDO�ID]�SDUWH�GR�cardápio, um menu saboroso que traz felicidade no dia a dia.

2�WUDEDOKR�QmR�¿FD�UHVWULWR�DR�HVFUL-tório. É fonte de prazer. Os planos pro-¿VVLRQDLV� LQYDGHP� DV� FRQYHUVDV� FRP�os amigos até na hora da diversão. Eles batem papo nas redes sociais, ouvem P~VLFD��DVVLVWHP�¿OPHV�H�WURFDP�LQIRU-mações relacionadas ao futuro que esco-lheram. Conseguem acumular funções, sem perder a concentração.

É simples. Gente como o jovem em-presário não quer saber da rotina enges-sada das grandes empresas, de apenas pendurar o paletó depois do serviço e ir para casa. São integrantes da chamada geração millenium (ou y) e não acredi-tam na segurança para a vida toda que era perseguida por seus pais e avós. Presos ao dia a dia de uma corporação cheia de regras e sem espaço para criar, sentiriam tédio mortal.

Pedro é um dos sócios de uma em-presa criada há pouco mais de um ano e que fornece software de gestão para

micro e pequenas empresas. Ele, o sócio Felipe Rocha, 21, e um investidor-anjo criaram um programa simples, fácil e com preço atrativo. Eles bolaram um personagem que ajuda a aproximar o software de empresários que antes não usavam os benefícios da informática em seus pequenos negócios.

Com disposição para tocar os pró-prios negócios, vontade de trabalhar no que gostam e a alegria típica da idade, jovens brasileiros chegam ao mercado com uma certeza: não basta ter um em-prego e conseguir se sustentar, pagar as contas em dia. Eles querem ser felizes. E vão à luta.

DETERMINAÇÃOA designer Drika Valério, 25, tam-

bém faz parte desse grupo. Não para de surpreender. Em 2012, venceu o 4º Con-curso de Moda Inclusiva da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com 'H¿FLrQFLD�GH�6mR�3DXOR��&RQTXLVWRX�os jurados ao apresentar um vestido de noiva inclusivo, que pode ser usado por mulheres cadeirantes. Foi só o começo.

O fato de viver longe das badalações do mundo da moda não impede Drika de mostrar seu talento ao mundo. Em seu quarto, no Mary Dota, na periferia de Bauru, ela usa a tecnologia para divulgar

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4 4COMPORTAMENTO

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o trabalho, ouvir dicas e comentários, e, quando é preciso, pedir ajuda para exe-cutar projetos.

No momento, dedica-se à confec-ção de peças de sua primeira coleção. Aos poucos, coloca os modelos à venda na loja virtual criada em sua página no Facebook. Também tem planos de oferecer peças para lojas colaborativas em São Paulo.

“As peças projetadas e desenvolvi-GDV�WrP�R�IRFR�HP�SHVVRDV�FRP�GH¿FL-ência, sempre priorizando a facilidade de vestir/despir, o conforto e a estética, otimizando o tempo que pessoas com mobilidade reduzida gastam todos os dias com essa tarefa”, explica a designer.

Sua criatividade ajuda no sonho de outras pessoas. Aberturas estratégicas facilitam o ato de vestir.

Um dos exemplos é um jeans que possui abertura lateral por zíper e velcro, o que proporciona mais autonomia para XPD�SHVVRD�FRP�GH¿FLrQFLD�H�WDPEpP�QmR�LPSHGH�XPD�VHP�GH¿FLrQFLD�GH�XVDU�

A casa em que Drika mora com a fa-mília é pequena e, por enquanto, ela não tem condições de alugar um imóvel para ter uma empresa nos padrões tradicio-nais. Pensam que a jovem desanimou? Nada disso.

Ela transformou o próprio quarto num ateliê. Tirou cama, TV, cômoda e conseguiu espaço para instalar mesa, máquina de costura e o equipamento para estamparia.

À noite, coloca o colchão ao lado da mesa e dorme, sonhando com novas criações e com a certeza de que está no caminho certo.

“Hoje preciso de um lugar para tra-balhar, antes de um lugar para dormir. Atitude nada aprovada por amigos e familiares que alegam que não posso dormir no chão. Na minha cabeça é: não posso é não ter um lugar para trabalhar”, conta Drika.

Fica tranquila, garota. Logo todos vão perceber que toda essa luta está va-lendo muito a pena para você.

Pedro Gadelha é exemplo da geração millenium: ousadia e alegria em seu trabalho

MUDANÇA DE VIDA É SONHO DE BRASILEIROS, DIZ PESQUISA

Alguns números podem ser considerados as pro-vas de que a nova geração não se contenta com os empregos formais e não aposta na segurança de um cargo público. Segundo levantamento da empresa Data Popular, por exemplo, o Brasil pos-sui 1,5 milhão de jovens empreendedores. Eles têm entre 16 e 24 anos e a maior parte (52,6%) faz parte da classe média.

A pesquisa mostrou que muitos jovens (46,7%) op-taram por empreender para fazer o que gostam. Outras explicações são a possibilidade de ganhar dinheiro, a liberdade de horário e o fato de não ter chefe.

O trabalho por conta própria tem cada vez mais destaque no mundo profissional. O que se discute é a preparação do jovem que faz a escolha pelo empreendedorismo para conquistar a realização pessoal e também contribuir com a sociedade. “Escolas técnicas e universidades podem incluir em seu currículo aulas de empreendedorismo orientadas para o crescimento econômico, o de-senvolvimento sustentável e a redução da pobre-za”, defende o governo federal em seu site sobre empreendedorismo - www.brasil.gov.br/empre-endedor.

EMPREENDEDORISMO CRESCE BASTANTE NO BRASIL

Já existem vários projetos voltados para a forma-ção do jovem empreendedor. Um deles é o Jeep (Jovens Empreendedores Primeiros Passos), do Sebrae, que leva noções de empreendedorismo para crianças do nível fundamental de ensino, por meio da capacitação de professores.

Outro é o Programa Sesi Pequenos Empreendedo-res, que possui cursos destinados a adultos e jo-vens a partir de 14 anos interessados em aprender técnicas nas áreas de estética, artesanato, culiná-ria, serviços, hotelaria e turismo para trabalhar por conta própria.

Em Bauru, o NJE (Núcleo de Jovens Empreende-dores) é uma das diretorias da regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). Foi criado por causa da necessidade sentida pe-los próprios associados. Encontros são realizados para transmitir conhecimentos, trocar informa-ções e experiências, gerir negócios e melhorar os resultados.

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DICAS PARA SER FELIZ NO TRABALHO E NA VIDA PESSOAL

0 mesmo que não esteja no tra-balho ideal, encare a ocupação atual como alavanca

1 ao investir no próprio negócio, é fundamental ter identificação com a área

2 tenha inteligência emocional para lidar com os conflitos. Acredite, eles são inevitáveis

3 saiba valorizar o reconhecimento a seu trabalho. É uma grande fonte de felicidade

4 viva novas experiências e, princi-palmente, permita que elas che-guem até você

5 descarte rancores antigos, o que não tem mais importância deve ficar no passado

6 esteja aberto à inovação. Conhe-cer o novo é inspirador e agrega valores à vida

7 aos que são chefes, um lembre-te: a felicidade dos funcionários é produtiva

8 não exagere. Os problemas profis-sionais fazem parte do dia a dia e não devem ser levados para casa

9 tenha um tempo para descansar, brincar com os filhos, ouvir mú-sica ou apenas olhar a paisagem

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OUTROS PARÂMETROS A geração millenium tem parâme-

tros diferentes. Integrantes das gerações mais velhas estão divididos entre a ten-tativa de compreender essa nova tendên-cia de comportamento e um olhar ainda assustado para os inovadores. Trabalho e prazer, tudo junto, tudo ao mesmo tempo, muitas vezes sem a pressão tra-dicional de empresas. Será que dá certo?

Na opinião do empresário, busi-ness coach e palestrante Paulo Milreu, dá certo, sim. “Desde que você consiga mudar seu modelo mental e entenda que trabalhar não é algo restrito ao horário comercial ou aos dias da semana. Você pode trabalhar a qualquer momento, em qualquer horário e qualquer lugar”, diz.

3DUD�HOH��D�ÀH[LELOLGDGH�H�D�PRELOL-dade são conquistas importantes, mas ainda encontram barreiras em pessoas que não conseguem mudar e transpor o paradigma imposto pelo modelo vigente (e tradicional) de trabalho.

Aos 44 anos, Milreu é de uma gera-ção que participa dessa transformação. Já experimentou o modelo antigo e agora aposta no novo. Formado em adminis-tração com habilitação em marketing, o empresário fez pós-graduação e, no início, seguiu os passos convencionais de uma carreira na área da tecnologia da informação. Já trabalhou no esquema de horários rígidos, mas sempre teve como PHWD�D�ÀH[LELOL]DomR�³&RQVLGHUDYD�TXH�essa seria a minha maior conquista, ser dono do meu tempo”, conta.

Há 15 anos, dedica-se à comunica-ção digital na internet e já participou de 700 projetos. É no momento o princi-pal homem da Viking Network (www.viking.ac), plataforma de negócios e oportunidades formada por uma rede de membros e estruturada em uma tríade composta por networking, empreende-dorismo e investimento.

AS STARTUPSA aposta é nas startups, empresas

nascentes e que têm ligação com ace-

leradoras e/ou investidores. A Viking Network é um movimento nascido em Bauru e com planos de expansão. A rede é formada por 37 pessoas. Todo mês, elas se encontram num café da manhã para discutir negócios.

“As startups crescem e se multi-plicam, criando um novo contexto de trabalho e um novo modelo mental que quebra os paradigmas vigentes. Ter um ambiente descontraído, diferente do con-vencional, não ser rígido com horários e ter foco em produtividade e resultados é algo que os mais tradicionais (ou mesmo os mais velhos) não estavam acostuma-dos. Temos toda uma geração começan-do suas carreiras dessa forma. E o me-lhor, mostrando resultados, provando que é possível”, reforça Milreu.

MUDANÇA Pesquisa divulgada pela Pactive

Consultoria mostra que muita gente quer dar uma guinada na vida, mudar de carreira, unir trabalho ao prazer. Se-gundo os números, 32% dos entrevis-tados já tiveram vontade de largar tudo e começar uma nova carreira algumas vezes e 26% sentiram isso muitas vezes. A mesma pesquisa, realizada com 1.006 pessoas em 22 estados brasileiros, revela que 65% das pessoas ouvidas gostariam de fazer algo mais ligado à sua persona-lidade. O medo de arriscar, incertezas e D�IDOWD�GH�TXDOL¿FDomR�VmR�DV�SULQFLSDLV�

razões que impedem a mudança.A artesã Carla Motta não teve medo

do novo. Ela trabalhava numa confecção em São Paulo quando decidiu criar velas decorativas e aromáticas. Carla apren-deu a fazer crochê na infância, com a tia e a bisavó. Já gostava de artesanato e de artes cênicas. Mas não sabia nada sobre velas. Ou melhor, sabia apenas que sen-tia prazer na criação.

As primeiras produções, admite, QmR�¿FDUDP�OHJDLV��0HVPR�DVVLP��SDUD�VXD� VXUSUHVD�� ¿]HUDP� VXFHVVR� HQWUH�amigos e conhecidos. Foi o primeiro passo para a empresa de Carla, que vende produtos naturais. Hoje a linha dela tem 200 itens vendidos para clien-tes de Bauru, outras cidades do país e até para o exterior. Carla fornece suas velas, lembranças, almofadas, convites, chaveiros, canecas e outras dezenas de itens para grandes grupos.

O segredo para o sucesso? Ela gosta muito do que faz. Para Carla, a empresa é a família e a família é a empresa. Tanto é que integrou o marido, Marcelo Popoff, R�SDL��)OiYLR�0RWWD��H�jV�YH]HV�DWp�R�¿OKR�de seis anos, Pedro, à linha de produção. O pequeno serve água, café e jabuticaba para os clientes que aguardam atendi-mento. O ambiente é divertido, leve, cheiroso...

“O que me move é a paixão”, diz. En-cantamento é a palavra de ordem que gosta de seguir.

Na vida da empresária, a integração

Drika é só entusiasmo e energia com o trabalho: costurar é seu meio de vida e sua diversão

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OS INOVADORES E SEUS ANJOS

Startup? Investidor-anjo? Afinal, o que significam essas palavras novas no mundo profissional?Com origem nos Estados Unidos, o conceito de startup é aplicado às empresas de pequeno porte, recém criadas ou em fase de formação. Em geral, têm atividades ligadas à pesquisa e desenvolvimento, custos baixos e possibilidade de geração de lucro de forma rápida. De acordo com o portal sobre empreendedo-rismo do governo federal, as startups de base tecnológica são as mais comuns. Elas adotam modelos de negócios inovadores e precisam de investimentos para crescer.

As possibilidades das startups conquistaram espaço nos sonhos dos jovens empreende-dores por causa do sucesso inquestionável de algumas iniciativas que ganharam o mundo e geraram negócios bilionários. Duvida? Então veja alguns exemplos na lista de empresas que saíram de mentes criativas e ousadas direto para o ranking dos casos bem sucedidos: Google, Apple e Flickr. No Brasil, sites como o Buscapé e o Peixe Urbano são exemplos.

Um investidor-anjo é, em geral, uma pessoa física que aposta em empresas nascentes, com participação no negócio, mas sem posição exe-cutiva na startup. Além do dinheiro, ajuda com sua experiência e relacionamentos.

ELE AJUDA OS EMPRESÁRIOS

Nascido em Manaus (AM), Gabriel Rabello Benarrós, 25, é o típico empresário inovador: criativo, cheio de idéias, disposição e também consciência de que é preciso ter dedicação ao que faz. Tem um currículo espantoso: dois bacharelados, um em economia e outro em psicologia pela Universidade de Stanford, locali-zada no coração do Vale do Silício, nos Estados Unidos. Fez cursos técnicos em negociação, mediação, resolução de conflitos e comunica-ção empresarial. Fala inglês, italiano e espanhol. Gabriel estudou sozinho para conquistar um sonho: uma vaga numa universidade norte--americana. Foi aceito em dezesseis escolas e escolheu Stanford. De volta ao Brasil, criou uma startup. O Vale do Silício inspira o empresário, que pensa em dedicar-se a iniciativas educacio-nais. Prega mais criatividade nas escolas, defen-de aulas experimentais, estímulo à inovação.O Brasil precisa ouvir mais os jovenscomo Gabriel.

entre trabalho e vida pessoal é tão gran-de que ela saiu da maternidade após o nascimento de Pedro e logo foi para sua empresa trabalhar.

“Amo o que faço. Não tem ninguém que faça artesanato sem gostar, só por dinheiro”, garante.

Mas não adianta só gostar. É preci-so também ter organização, disciplina e comprometimento. Durante quatro anos, Carla chegou a morar nos fundos GD�HPSUHVD��1mR�TXHULD�¿FDU�ORQJH�GD�loja e da produção. Hoje lidera uma equi-pe formada por 16 pessoas e continua sempre por perto. “Penso 24 horas na minha empresa”, conta.

3HGUR�*DGHOKD�D¿UPD�TXH�DV�LGHLDV�das startups são inovadoras, mas a disciplina precisa ser a mesma de uma empresa tradicional. Há clientes para atender, contas a pagar, decisões a to-mar. Algumas dessas decisões sequer eram imaginadas no passado, é verdade. Um exemplo: o que postar nas redes so-ciais? Como monitorar o que é bem visto e o que não é na internet? E tem mais: a tecnologia facilita bastante, mas também amplia as horas de trabalho. Como já foi dito, o celular não para nunca. Principal-mente quando o dono do aparelho nunca o desliga, como é o caso do empresário.

Mas é bom, ele garante. “É legal ter idéias, apostar em algo que você acredi-ta. Ao ajudar os pequenos empresários, ajudamos o país, a geração de empregos, o fortalecimento da economia”, diz.

ENTUSIASMO E BOM SENSO Autor de livros sobre o mundo em-

presarial e comentarista corporativo, Max Gehringer defende num de seus artigos um misto de emoção e pragma-WLVPR�QD�KRUD�GD�HVFROKD�SUR¿VVLRQDO��

“Ser entusiasmado é bom, mas ter bom senso é muito mais recomendável”, prega ao falar sobre a importância de gostar do próprio trabalho. Na avaliação dele, melhor do que fazer o que gostamos é quando os outros gostam do que a gen-te faz e dão oportunidades para fazer.

Aos 52 anos, o empresário Native

Paulo Daniel já foi capaz de várias gran-des mudanças em sua vida. No estilo nômade, ex-jogador de futebol, trocou o esporte pela natação. Morou em vá-rias cidades até chegar a Rondonópolis (MT), onde foi preparador físico de um clube. Depois, resolveu ousar. Voltou para Bauru, onde nasceu, e criou uma academia especializada em natação. A ousadia dele foi apostar na periferia. A primeira unidade foi inaugurada na Vila Falcão e em três meses já tinha 400 alu-nos matriculados.

Na época, achavam que ele estava er-rado, louco. O empresário provou o con-trário. A rede de academias deu certo e virou franquia. Native, no entanto, não FRQVHJXH�¿FDU�SDUDGR��+i�RLWR�DQRV�IRL�para Maceió (AL). Montou uma unidade de sua academia num clube esportivo da cidade e, rodeado de praias, parece ter encontrado seu lugar no mundo. Mas nem tanto. Para os próximos anos, o plano é passar metade do ano em casa e a outra metade viajando pelo mundo. “Adoro mu-dar. Detesto a monotonia. É a única forma GH�VHU�IHOL]��6H�QmR�IRVVH�DVVLP�QmR�¿FDULD�feliz, seria depressivo”, conta.

Ao longo de sua trajetória, o ex--jogador de futebol já montou 15 acade-mias. Hoje apenas uma é dele. Outras cinco em Bauru e quatro em Alagoas são franquias. O que importa para ele é estar satisfeito com a própria vida.

Autor do livro “Felicidade S.A”, Ale-xandre Teixeira defende na obra a redu-ção do papel do dinheiro na relação com o trabalho. Claro, ele mesmo ressalta que isso deve ser feito na medida do possível. $¿QDO��QLQJXpP�YLYH�VHP�GLQKHLUR��

Para o autor, a corrida para “comprar felicidade” pela via do consumo está na origem da epidemia de infelicidade. Ele cita Tamara Erickson, professora da es-cola de negócios de Harvard, ao men-FLRQDU�R�VLJQL¿FDGR�FRPR�QRYD�PRHGD�

O trabalho precisa fazer sentido, ter um propósito, ser fonte de satisfação - e não apenas a forma de ganhar dinheiro. e�XP�EHOR�GHVD¿R�SDUD�R�VpFXOR�����

E tem muita, muita gente disposta a encará-lo.

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NOVE PESSOAS SÃO RÉUS PERANTE A JUSTIÇA FEDERAL POR SUPOSTO ESQUEMA QUE DESVIOU DINHEIRO DA ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR DE BAURU. PARA PROCURADOR, JOSEPH SAAB ERA O “CHEFE DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA”

QUATROANOS DEPOIS

Por Bruno MestrinelliFotos Barbara Cavallieri e Banco de Imagens

O dia 29 de outubro de 2009 ficou marca-do na história bauruense como a data na qual seis pessoas conhecidas da sociedade

bauruense foram presas acusadas de participação de um esquema de desvio de verbas públicas na AHB (Associação Hospitalar de Bauru).

O então presidente da associação, Joseph Geor-ges Saab, o dentista Marcelo Saab, o advogado Célio Parisi, o administrador Vladimir Scarp, o médico Sa-muel Fortunato, e a funcionária da AHB Maria Lúcia 6DDE��¿FDUDP�SUHVRV�SRU�XP�GLD��(OHV�H�'HLYLV�0DQRHO�Gonçalves, Reinaldo Silvestre Rocha e Antonio Carlos Catharin agora, quase quatro anos após a Operação Odontoma, que culminou com as denúncias, são réus perante a Justiça Federal (veja na próxima página as acusações contra eles).

Além de serem réus, os nove acusados não podem deixar o Brasil (tiveram de entregar os passaportes à Justiça). Os bens deles também foram bloqueados após R�MXL]�'LRJR�5LFDUGR�*RHV�2OLYHLUD�DFHLWDU�RV�SHGLGRV�do procurador da República, Fabrício Carrer, para a acusação dos réus. Além disso, todos estão proibidos de entrar na área do Hospital de Base e de manter qual-quer tipo de contato com funcionários do local.

2�MXL]�'LRJR�2OLYHLUD�WDPEpP�GHUUXERX�R�VLJLOR�de Justiça que impedia a divulgação de informações

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

4 8COMPORTAMENTO SAÚDE

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4 9

VREUH�R�FDVR��(P�VXD�GHFLVmR��R�PDJLVWUDGR�ressalta que as interceptações telefônicas que geraram os pedidos de prisão em 2009 e o início do processo são de interesse público. “...São apuradas fraudes no atendimento de pacientes e na administração de entidade hos-pitalar essencial à vida da comunidade Bau-ruense e dos municípios contíguos, assim, o próprio interesse público exige a publicidade dos trechos de diálogos telefônicos transcritos QR�SURFHVVR ��D¿UPD�R�PDJLVWUDGR�

Nas interceptações, há falas diretas citando possíveis irregularidades cometidas por Jo-seph Saab e Marcelo Saab. Célio Parisi, ainda de acordo com as escutas, teria ajudado a ma-quiar essas possíveis irregularidades, enquanto Scarp e Samuel Fortunato teriam conhecimen-to das fraudes. Além disso, haveria o conluio para que as contas da AHB fossem aprovadas com possíveis irregularidades e também a sub-tração de documentos.

A reportagem da Revista AZ! teve acesso à denúncia de Fabricio Carrer. O procurador da República aponta com riqueza de detalhes o que cada um dos denunciados teria feito. &DUUHU�D¿UPD�TXH�WRGRV�RV�DFXVDGRV�WLYHUDP�“acentuada participação na empreitada crimi-nosa”. Além disso, cita que Joseph Saab, então presidente da AHB e pai de Marcelo Saab, se-ria o “chefe da organização criminosa”.

2�SURFXUDGRU�DLQGD�FLWRX��MXVWL¿FDQGR�D�inclusão deles no crime de formação de qua-drilha, que os acusados “associaram-se de forma estável”.

INVENÇÃO DE PACIENTES O dentista Marcelo Saab, acusado de ter

inventado pacientes no setor de bucomaxilo da AHB (Associação Hospitalar de Bauru), foi de-nunciado por seis crimes por Fabrício Carrer.

Saab, filho do ex-presidente da AHB, Joseph Saab, está respondendo por formação de quadrilha, estelio-nato, peculato, subtração de docu-mento, falsificação de documentos e falsidade ideológica.

Fabricio Carrer cita, em sua denún-FLD��DXGLWRULD�UHDOL]DGD�SHOR�'HQD686��'HSDUWDPHQWR�1DFLRQDO�GH�$XGLWRULD�GR�686���TXH�DSRQWDULD�IDOVL¿FDomR�HP�����GDV�¿FKDV�SUHHQFKLGDV�SHOR�GHQWLV-ta nos anos anteriores à operação. Se-gundo a auditoria, citada na denúncia, Saab teria que ter atendido um paciente a cada 2,3 minutos, ou 26 por hora.

O faturamento do acusado seria de R$ 537 mil, metade do que todos os dentistas do setor de bucomaxilo fatu-raram. Para Carrer, Marcelo Saab agiu ³YROXQWiULD�H�FRQVFLHQWHPHQWH��IDOVL¿-cou documentos e inseriu informações IDOVDV´�HP�¿FKDV�GH�DWHQGLPHQWR��

Importante citar que também há suspeita de invenção de pacientes e su-perfaturamento com outros dentistas, fato este que está sendo investigado.

A reportagem da Revista AZ! procu-rou os advogados dos acusados para ou-vir as versões deles sobre as acusações e o processo que tramita agora na Justiça Federal. Apenas Thiago Tezani, advo-gado de defesa de Samuel Fortunato e 9ODGLPLU�6FDUS��IDORX�HVSHFL¿FDPHQWH�VREUH�R�SURFHVVR��³(OHV�VmR�LQRFHQWHV�H�negam as acusações”, comentou.

Os advogados de Joseph Saab, Mar-celo Saab, Maria Lúcia Saab, Reinaldo Rocha Silvestre e Antonio Catharin preferiram não se manifestar. O ad-YRJDGR� GH�'HLYLV� *RQoDOYHV� QmR� IRL�

POR QUAIS CRIMESOS ACUSADOSESTÃO RESPONDENDO?

1. Marcelo Saabformação de quadrilha, estelionato, peculato, subtração de documento, falsificação de documentose falsidade ideológica

2. Joseph Saabformação de quadrilha, estelionato, peculato e subtração de documentos

3. Célio Parisiformação de quadrilha, estelionato, subtração de documentos e peculato

4. Antonio Catharinformação de quadrilhae subtração de documentos

5. Reinaldo Silvestre Rochaformação de quadrilha, estelionatoe peculato

6. Deivis Manoel Gonçalvesformação de quadrilha, estelionatoe peculato

7. Samuel Fortunatoformação de quadrilha, estelionato, subtração de documentos e peculato

8. Vladimir Scarpformação de quadrilha, estelionato, subtração de documentos e peculato

9. Maria Lúcia Saabformação de quadrilhae subtração de documentos

* Em caso de condenação, se as penas forem somadas, existe a possibilidade de sentenças que passariam dos 30 anos.

encontrado para comentar. O advoga-do Célio Parisi faz a própria defesa no SURFHVVR��(OH�GLVVH�TXH�Vy�YDL�VH�PDQL-festar após ver a denúncia por não ter tido acesso aos autos.

Vale lembrar ainda que outros pro-cessos correm contra os acusados pela Justiça Federal, mas na área cível, após intervenção e pedido de condenação por improbidade administrativa elabo-radas pelo procurador Pedro Machado, incluindo o uso de R$ 4 milhões de um empréstimo de R$ 16 milhões que te-riam sido usados para pagamento de contas pessoais de Joseph Saab.

Hospital de Base foi o foco das possíveis irregularidades investigadas

Page 50: Az! #17

SAÚDE VIRA CASO DE POLÍCIA E DE JUSTIÇA

5 0COMPORTAMENTO

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

Paciente aguarda por vaga de internação nos corredores do PS Central de Bauru

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51

Por Bruno MestrinelliFotos Barbara Cavallieri

O largo corredor do Pronto So-corro Central, principal local de atendimento de urgência

e emergência de Bauru, foi o “quarto” de Leonilda Tattei, 57 anos, por mais de 24 horas durante o fim do mês de agosto. Ela sofreu uma queda acidental e fraturou o crânio. Em tese, um caso de urgência. Mas, por aqui, não é.

'HLWDGD�VREUH�XP�¿QR�FROFKmR��HP�uma maca, ela se queixava de dores de cabeça e não tinha ideia de quan-do seria transferida para um quarto no Hospital de Base. Com soro na YHLD�H�TXDVH�VHP�FRQVHJXLU�¿FDU�GH�olhos abertos por conta das dores, ela contava com a ajuda da irmã, Cecilia Buzetto, que fazia companhia a ela. “Ficamos aqui, no vento, no frio”, la-mentava a acompanhante.

No dia da visita da reportagem da Revista AZ! no local, mais 14 pes-soas aguardavam a transferências para leitos ou para UTI (Unidade de Terapia Intensiva), quase todas elas no corredor. Esse é o resultado de uma crise na saúde bauruense que há pelo menos oito anos já fez inúmeras víti-mas. Em 2005, já se falava da espera por consultas especializadas e outros

atendimentos nos hospitais locais. Na pSRFD��D�¿OD�SRU�DWHQGLPHQWR�FKHJDYD�a 30 mil pessoas.

O tempo passou e o problema, que deveria ter sido resolvido, após muitas tentativas dos responsáveis pela saúde local, só piorou. Atualmente, faltam va-gas em UTIs e leitos para internação nos hospitais geridos pelo Governo do Estado. Com isso, muitas pessoas es-tão morrendo nos corredores do Pronto Socorro Central, gerido pela prefeitura, mas a porta de entrada para casos gra-ves de Bauru e até da região.

Muita gente chega a permanecer por mais de uma semana nos corredo-res do PS Central. No dia da visita da AZ! ao espaço, um aposentado de 68 anos aguardava há seis dias a transfe-rência para uma vaga de UTI. E nem é preciso lembrar que, alguém que espe-UD�YDJD�SDUD�WUDWDPHQWR�LQWHQVLYR��¿FD�mais perto da morte a cada segundo se não tiver o atendimento necessário.

O diretor de urgência e emer-gência da prefeitura, Luiz Sabbag, sempre faz questão de lembrar que o atendimento no Pronto Socorro Cen-tral é o melhor possível, mas não dá para comparar a limpeza e a atenção de um leito de UTI com o improviso de um corredor gelado.

CORREDOR DA MORTESegundo levantamento obtido

pelo Ministério Público Federal, qua-se 600 pessoas morreram à espera de atendimento nos últimos anos. Com isso, a saúde bauruense virou caso de polícia e de Justiça, tanto a Federal quanto a Estadual.

A Polícia Civil abriu inquérito para apurar se essas mortes ocorreram em decorrência da espera pelo atendimento. O Ministério Público Federal, por meio do procurador da República Pedro Ma-

chado, também tem foco de investigação nesse sentido via inquérito civil público.

Já Fernando Helene, promotor com atuação na área de cidadania, e que tenta ajudar a resolver o proble-ma desde 2005, entrou com mais uma ação, na esfera estadual, para garantir a internação dos pacientes. O pedido de sua ação, semelhante a uma outra demanda judicial de 2007, que acabou arquivada por ser julgada improceden-te, obriga governos estadual, municipal e federal a concederem vagas de UTI e internação para quem precisar. “O foco da ação é o mesmo. Apesar de haver o compromisso da criação de leitos, não podemos esperar”, comenta Helene, MXVWL¿FDQGR�D�VXD�QRYD�DomR��$�-XV-tiça determinou o atendimento, mas não dá para garantir que isso ocorra, justamente por já ter havido decisão anterior nesse sentido.

Nesse meio-tempo, a prefeitura bauruense já decretou estado de cala-midade na saúde, para poder contratar leitos de hospitais particulares. A pre-visão da Secretaria Municipal de Saúde é de contratar leitos particulares por seis meses. Mais uma demanda judi-cial da Prefeitura de Bauru é para que recursos destinados às internações em questão sejam repassadas diretamente aos cofres públicos municipais.

Enquanto isso, quem sofre é a po-pulação. A prefeitura tem colocado lis-tas com as iniciais de pessoas que estão aguardando internação. A soma é ab-VXUGD��(P�XP�GLD�����EDXUXHQVHV�¿FD-ram em macas improvisadas no Pronto Socorro Central e nas Upas (Unidades de Pronto Atendimento) do Bela Vista, Ipiranga, Geisel e Mary Dota. Só no dia 14 de agosto, três pessoas morreram

POLÍCIA CIVIL E JUSTIÇA FEDERAL E ESTADUAL ENTRAM NA BRIGA APÓS QUASE 600 MORTES DE PESSOAS AGUARDANDO POR VAGAS NOS HOSPITAIS DO ESTADO

SAÚDE VIRA CASO DE POLÍCIA E DE JUSTIÇA

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5 2COMPORTAMENTO

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

enquanto aguardavam vagas em uni-dades estaduais. Luiz Sabbag, ressalta que após as conversas e as ações de di-versos lados, houve uma melhora. “Nós precisamos de 20 leitos por dia pelo menos. Eles estão concedendo 15, 16. Não é o ideal, mas já temos caminhado para melhorar”, comenta ele.

Uma ação promovida internamen-te dentro do Pronto Socorro Central foi a instituição de um “médico ho-rizontal”. Ou “médico de corredor” para falar o português mais correto. 8P�SUR¿VVLRQDO�GD�6HFUHWDULD�GH�6D~-de passa todas as manhãs atendendo os pacientes que estão aguardando vagas em UTI ou em leitos comuns. Ele acompanha a evolução dos casos e consegue ter diagnósticos melhores, segundo Sabbag. Isso ajuda a conse-guir os leitos e também a conceder alta a pacientes que não necessitam da internação por terem melhorado.

JOGO DE EMPURRAO SUS (Sistema Único de Saúde) é

bancado pelo Governo Federal. Mas, por aqui, ele é gerido pelo Governo Estadual. A prefeitura entra como “so-lidária” nas ações e acaba sendo res-ponsabilizada pelas mortes por ser a responsável pela entrada e manutenção dos pacientes nos corredores das uni-dades de urgência e emergência.

Hoje, dois hospitais recebem pa-cientes para internação: Hospital Es-tadual e Hospital de Base. Ambos são geridos pela Famesp (Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar), contratada pelo estado para adminis-trar os espaços. Porém, o número de OHLWRV�QmR�p�VX¿FLHQWH��

Com isso, existe o chamado jogo de empurra, entre prefeitura e Secretaria de Estado da Saúde. O Executivo não dá conta do número de pacientes, enquan-

GOVERNO DO ESTADO E FAMESP NÃO EXPLICAM PROBLEMAS

A Revista AZ! enviou uma série de questionamentos para a Secretaria de Estado da Saúde e para a Famesp. Ambas não responderam as questões que muitos dos bauruenses gostariam de ver respondidas. A Famesp afirmou que a pasta estadual responderia. Porém, a assessoria não retornou o e-mail e as ligações da reportagem. Entre as perguntas, estão informações importantes sobre leitos e internações, além do pedido de informações para saber o motivo de tantas pessoas terem morrido esperando pelo atendimento.

to Famesp e Governo do Estado tentam se eximir de culpa.

Na prática, a população não quer saber quem paga ou quem manda tocar a triste música. Todos querem mesmo é resolver os problemas de saúde. Por isso, muita gente acaba buscando a Jus-tiça para conseguir leitos. Foi o caso de Silvia Brizolla, que conseguiu liminar para internar sua tia. Mesmo assim, permaneceu com ela por quase um dia inteiro à espera da transferência para o Hospital Estadual.

Sabbag instituiu o “médico-corredor”para cuidar dos pacientes que aguardam pelas vagas

“NÓS PRECISAMOS DE 20 LEITOS POR DIA PELO

MENOS. ELES ESTÃO CONCEDENDO 15, 16.

NÃO É O IDEAL, MAS JÁ TEMOS CAMINHADO

PARA MELHORAR” Luiz Sabbag,

diretor de urgência eemergência da prefeitura

Page 53: Az! #17

UNIDADE CENTRO 3366-3000

Num clima de muito amor e valorização, os pais foram

homenageados no sábado, dia 10/08. O Colégio

oportunizou um momento de descontração e união

entre pais e filhos, tornando inesquecível a expressão

da alegria e encantamento. Confeccionar pipas, jogar

futsal, queimabol, dirigir o Fusca... tudo tão simples e

tão grandioso pelo imenso envolvimento e amor com

que essas atividades foram realizadas. A comemoração

foi finalizada com uma Celebração Eucarística na capela

do Colégio, no dia 14/08.

Ser Pai no Colégio São José é, antes de tudo, confiar.

Confiar os nossos maiores tesouros a educadores e

orientadores dedicados. Confiar na qualidade do

conhecimento passado a nossos filhos. Confiar que

os valores e virtudes estão sendo apresentados de

maneira correta na evolução de nossos pequenos

amados, rumo a se tornar em cidadãos conscientes

de seus direitos e deveres. Confiar numa formação

religiosa concreta e numa formação moral coesa.

E é com satisfação, como pai, que vejo retornar esta

confiança, na forma de uma perfeita integração da

escola com a família, de maneira que uma se torna a

extensão da outra em nossas vidas, criando a cada

d i a , u m a m b i e n t e m a i s p r o p í c i o a o

desenvolvimento e à educação de nossas pequenas

joias. Um ambiente carregado de responsabilidade,

amizade e muito carinho. É muito gratificante como

pai poder participar destes momentos únicos do

crescer das minhas pequeninas. As atividades

extras, encontros, comemorações e celebrações

oferecidas pelo colégio ajudam a fortalecer a

convivência e estreitam os laços familiares e afetivos

pré-existentes. Como ex-aluno da IASCJ , hoje

Sagrado - Rede de Educação, sinto-me em paz e

muito à vontade no colégio, quase como “em casa”. E

é mais ou menos assim, uma extensão do nosso lar.

Ricardo Carvalho De Castro, pai das alunas Letícia Manuela de Matos Carvalho de Castro, do 3º ano F e Lívia Beatriz de Matos Carvalho de Castro, do Infantil IV C

Como é ser pai no Colégio São José?

Foi uma manhã agradável em que praticamos diversas atividades. Os meus

Pequenos adoraram o passeio no Fusca (mas acho que quem mais gostou mesmo

foi o Papai!)

Ser pai, exercer o papel de pai é fonte de muita alegria e felicidade, mas ao mesmo

tempo de muita responsabilidade. Contar com a educação que o São José oferece a

nossos filhos nos deixa mais tranquilos e confiantes para seguir nessa missão.

Obrigado por nos proporcionar esse momento especial e parabéns pela

organização do evento.

Adoramos a

comemoração do

Dia dos Pais!

Auro T. Nonaka, pai dos alunos Enzo Yusuke Nonaka, do Infantil II D, e Erik Yuji Nonaka, do Infantil G

Ser pai,

no Colégio São José,

é ter a certeza de que

meu filho está num

ambiente de ótimo

ensino, respeito

e amizades.

Carlos Eduardo Segamarchi, pai do aluno Renan Barbieri Segamarchi, do 6º ano C

Homenagem aos Pais do Colégio São José

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5 4COMPORTAMENTO

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

Nem sempre a mentira na infância é sinal de algum distúrbio, mas pais e mães precisam ficar atentos principalmente na fase de amadurecimento dos filhos

PARA O NARIZ NÃO CRESCER

Por Cristina CamargoFotos Barbara Cavallieri / Banco de Imagens

Page 55: Az! #17

5 5

A pequena Ana Júlia precisou levar um susto para admitir uma peraltice e, em seguida,

uma mentira. Aos 6 anos, ela engoliu uma das bolinhas de imã do neocu-bo do irmão mais velho, Lucas, 11. A funcionária da casa viu, mas, num pri-meiro momento, Ana Júlia preferiu não revelar a verdade.

“Ela jurava de pés juntos que não tinha feito nada”, lembra a mãe, a em-presária Lucijane Moraes, 40. “Aí falei que facas e garfos grudam na barriga de quem engole imã. Disse também que se contasse logo não precisava cortar a barriga para tirar”, acrescenta.

A reação da menina foi rápida. Deu um pulo e contou a verdade, apesar das diversas negativas anteriores. Lucijane aproveitou a oportunidade para falar sobre os riscos de não ser sincera. Disse que ninguém pode mentir ou prejudi-car outra pessoa. Arrematou com uma frase que transmite segurança: por pior que seja a verdade, a família dá um jeito e resolve junto. É melhor não mentir e contar com a ajuda dos mais próximos para encarar a realidade.

³)DOR� LVVR�SDUD�R�PHX�¿OKR�GH����DQRV�WDPEpP ��D¿UPD�

Ela está certa. As pequenas men-tiras e as fantasias fazem parte do comportamento infantil até a fase em que a criança começa a amadurecer. 1R�HQWDQWR��p�SUHFLVR�¿FDU�DWHQWR�DR�desenvolvimento dos pequenos. Caso persistam, as mentiras antes engraça-dinhas podem virar válvulas de escape para problemas emocionais.

A psiquiatra Ana Christina Mages-te, presidente da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil, UHJLRQDO�0LQDV�*HUDLV��D¿UPD�TXH�p�preciso observar com atenção o desen-volvimento da criança.

Até por volta dos cinco, seis anos,

o pensamento infantil é fantasioso. A partir dos sete anos, meninos e meninas começam a desenvolver o pensamento lógico, entram na idade da razão. Aí, as mentiras podem ser intencionais, com o objetivo de esconder algo mais grave.

Ao perceberem esse tipo de com-portamento, os pais devem questionar VHXV�¿OKRV��PDV�FRP�R�FXLGDGR�SDUD�não serem agressivos e causar resistên-cia. Uma dica: conversar com a criança e fazer questionamentos sobre o que ela contou. É preciso tentar entender até que ponto a criança continua fanta-siando ou esconde alguma coisa de fato.

A pergunta é: o que uma criança pode ocultar atrás de uma mentira?

É importante também analisar o contexto familiar, os hábitos de pais, irmãos e outros familiares. Sim, porque as pequenas mentiras fazem parte do cotidiano de qualquer lar: um telefone-ma não atendido com a desculpa de que não pode falar naquele momento, uma reunião inventada para não precisar assumir um compromisso indesejado, um elogio não tão verdadeiro...

“Não tem como não ter envolvimento emocional

quando percebemos angústia e sofrimento

nos olhos de nosso filho. Então, antes de tentar

buscar qualquer teoria, tento esclarecer os fatos

concretos” Gabriela Herrera,

psicóloga

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5 6COMPORTAMENTO

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

As crianças precisam saber que não é bacana mentir, mas nem todas verda-des precisam ser faladas. Um exemplo: por mais que seja verdade, não é legal chamar alguém de feio.

De acordo com a psiquiatra, outro fator que precisa ser analisado é a pos-sível ausência de diálogo entre pais e ¿OKRV��8P�DGROHVFHQWH�TXH�LQYHQWD�XPD�situação para poder dormir na casa de um amigo pode ser vítima da falta de conversa com os responsáveis. Ou seja, mentir nem sempre é sinal de uma pa-tologia grave.

IDADE DA RAZÃOA partir dos sete anos, começa a

chamada idade da razão, com a res-salva de que isso varia de criança para criança. Os pais ou responsáveis devem prestar ainda mais atenção para detec-tar possíveis problemas.

&RQYHUVDU�FRP�R�¿OKR��WHQWDU�HVFOD-recer as dúvidas e explicar o que é certo e errado é essencial e deve fazer parte do dia a dia da família.

A empresária Lucijane está sempre DWHQWD�DR�FRPSRUWDPHQWR�GD�¿OKD��1mR�gostou quando a menina pegou brinque-dos do primo sem pedir, por exemplo.

“Fiz devolver e pedir desculpas”, conta. Com os conselhos da mãe, Ana Júlia entendeu que isso não é correto.

Como é psicóloga, Gabriela Herrera Félix, 35 conhece as teorias sobre com-portamento infantil. No dia a dia com VHX�¿OKR�GH�WUrV�DQRV��QR�HQWDQWR��QmR�tem como separar a emoção da razão.

“Não tem como não ter envolvi-mento emocional quando percebemos angústia e sofrimento nos olhos de nos-VR�¿OKR��(QWmR��DQWHV�GH�WHQWDU�EXVFDU�qualquer teoria, tento esclarecer os fa-tos concretos”, diz.

Aconteceu recentemente. O peque-no Gabriel começou a dizer que não queria ir à escola porque apanhara de um amigo no dia anterior.

Preocupada, a mãe foi até a esco-la para saber como estava o relacio-namento dele com os outros alunos. Também observou o seu menino no ambiente escolar.

» 12,6% das crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos têm sintomas de transtornos mentais » das crianças que têm sintomas, 28,9% não

tiveram acesso ao atendimento público » 46,7% conseguiram tratamento no SUS » 24,2% usaram convênio ou foram em médico

particular » 8,7% das crianças têm sinais de hiperatividade ou

desatenção » 7,8% apresentam dificuldades com leitura, escrita

e contas » 6,7% têm sintomas de irritabilidade e

comportamentos desafiadores » 6,4% apresentam dificuldade de compreensão e

atraso » a depressão aparece em 4,2% dos casos » 2,8% já tem problema com álcool e outras drogas » 3,4% mentem, brigam, furtam ou desrespeitam

DADOS

Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria

Lucijane e os filhos Ana Júlia e Lucas: pequena engoliu uma bolinha e assustou a mãe

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5 7

Concluiu que o garoto criara uma estratégia para passar mais tempo em FDVD��³(OH�TXHU�¿FDU�R�GLD�LQWHLUR�FR-migo”, diz.

2�¿OKR�GH�*DEULHOD�DLQGD�HVWi�QD�idade em que fantasiar é algo natural. Assim como os meninos e meninas que costumamos ver vestidos de heróis ou princesas. Ou os que esperam ansiosos a chegada do Papai Noel, do Coelhinho da Páscoa, da Fada dos Dentes....

TUDO TEM SEU TEMPO De acordo com a psiquiatra Ana

Cristina, não é preciso se antecipar e contar para as crianças que Papai Noel e os outros personagens não existem. Com o desenvolvimento da maturi-dade, a própria criança percebe que o Natal e a Páscoa não são bem como ela imaginava. É natural, faz parte do crescimento.

Gabriela foi uma criança medrosa. 7HPLD�HVVDV�¿JXUDV�TXH�ID]HP�SDUWH�GR�imaginário infantil. Por causa disso, HVWLPXOD�D�FULDWLYLGDGH�GR�¿OKR��PDV�não vai além do que o próprio menino fantasia. “É ele que me leva por esse mundo e não eu no dele”, explica.

Quando vai falar de heróis, a psicó-

loga mostra a Gabriel os verdadeiros, como os bombeiros. O menino adora e tem uma frota de caminhões de bom-beiro em casa.

$�¿OKD�GH�/DXUD������TXH�SUHIHUH�QmR�divulgar o nome completo e aparecer em fotos, criou uma vida imaginária TXDQGR�WLQKD�VHLV�DQRV��$�PHQLQD��¿OKD�única, gostava de dizer que tinha dois irmãos mais velhos. Também falava que morava em outra cidade e chegou a pedir para ser chamada por outro nome. Nas brincadeiras, criava rotinas para essa família imaginária.

/DXUD�¿FRX�SUHRFXSDGD�H�FKHJRX�a cogitar a busca de ajuda terapêutica. 1HVVD�pSRFD��LQWHQVL¿FRX�D�FRQYLYrQFLD�com a criança e propôs outras brinca-deiras e passeios. Também conversou bastante sobre os diversos tipos de fa-mília: as que têm muitos irmãos e as TXH�RSWDUDP�SRU�XP�~QLFR�¿OKR��$RV�poucos, a menina, hoje com dez anos, substituiu a diversão com os irmãos imaginários, fez mais amigos na escola e segue o dia a dia normal.

As histórias da garota e seus irmãos TXH�QXQFD�H[LVWLUDP�¿FDUDP�FRPR�IDWR�divertido de uma fase da infância que já passou.

MENTIR PODE SER SINAL DE PROBLEMAS GRAVES? Segundo a psiquiatra infantil Ana Christina Mageste, não são raros os casos de crianças cujas mentiras sinalizam a necessidade de acompanhamento médico. Ela já tratou crianças que mentem de forma patológica com oito, dez anos. Em geral, a mentira esconde frustrações e carências.

Mais rara é a mitomania, distúrbio de personalidade caracterizado por tendência compulsiva e obssessiva de inventar histórias sobre si próprio ou outras pessoas. Algumas vezes a mentira é tão elaborada que a própria pessoa que a inventou acredita.Baixa auto-estima e necessidade de se proteger de situações constrangedoras estão entre as possíveis causas da mitomania, que pode ser tratamento com terapia e em alguns casos medicamentos.

Como em outros casos de distúrbio, é importante o apoio da família e de amigos para que a criança não se sinta excluída e sozinha nessa fase.

CASOS DE MENTIRAS TORNARAM!SE FAMOSOS NO BRASIL E NO MUNDO Um caso famoso de mentiras corriqueiras, no mundo dos adultos, é o do paraense Marcelo Nascimento da Rocha, que chegou a criar 16 identidades falsas durante sua fase “mentirosa”. Ficou conhecido ao se apresentar para autoridades, celebridades e até dar entrevista para a TV como Henrique Constantino, filho do dono da empresa de aviação Gol. Suas mentiras viraram um filme, “VIPs”, estrelado por Wagner Moura . O final de Marcelo, porèm, não é feliz. Ele acabou preso.

Outro exemplo é do alemão Karl Friedrich Hieronymus von Münchausen (1720-1797). Ele contava tantas histórias sobre seus atos heroicos que deu nome a um transtorno, a Síndrome de Münchausen, em que o paciente produz sintomas físicos ou psicológicos de problemas de saúde.

Gabriela Herrera e seu filho Gabriel: fantasiar é natural para as crianças pequenas

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5 8COMPORTAMENTO

AS MENTIRASDAS CRIANÇAS FASE A FASE

A PARTIR DOS 2 ANOSNessa fase, a criança já consegue organizar os pensamentos e usa a imaginação. Não há juízo de valor nas histórias inventadas nesse período da vida. A criança não sabe o que é mentira e fala o que gostaria que tivesse realmente ocorrido.

A PARTIR DOS 7 ANOSComeça a alfabetização e a compreensão do que é ou não social-mente aceitável. Com o amadurecimento, a criança tem noção do que é certo e errado e a mentira surge como forma de escapar de uma punição, por exemplo.

A PARTIR DOS 10 ANOSA principal mudança é no relacionamento com os amigos. A FULDQoD�H�R�SUp�DGROHVFHQWH�WrP�QHFHVVLGDGH�GH�DXWRD¿UPDomR�e popularidade. Pode mentir para conseguir o que quer - dormir na casa de um amigo, participar de uma festa, etc.

» Manter a calma e não gritar para não assustar e criar resistência na criança. Pais muito rígidos podem levar os filhos a mentir ainda mais » Explicar que é preciso assumir os próprios erros » Uma criança que conta muita vantagem pode ser lembrada sobre as

características positivas que possui, sem precisar ser melhor que ninguém » Nunca humilhe a criança ou a chame de mentirosa. É melhor conversar

sobre a mentira específica e explicar porque está errado agir assim » Dê exemplo. Os filhos imitam os pais

DICAS

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

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Page 60: Az! #17

6 0COMPORTAMENTO

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

CASA SEGURA PARA SEU PET

Gatos Brahma e Ozzy estão em uma casa segura: rede de proteção para eles não caírem

P ETS

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61

HÁ PERIGOS POR TODOS OS CANTOS! SAIBA COMO DEIXAR O LAR UM LUGAR À PROVA DE ACIDENTES PARA OS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

Por: Camila TurtelliFotos: Barbara Cavallieri

C omer, beber, dormir e brin-

car. Essa é a rotina de cães e

gatos. E, muitas vezes, o uni-

verso dos pets apresenta algumas ten-

tações dentro de casa que podem aca-

bar em tragédia para os animaizinhos.

Além de se preocupar com ração

ideal, visitas ao veterinário, higiene e de-

talhes cotidianos, o criador também tem

que verificar se a residência não é uma

verdadeira armadilha para suas crias.

Como por exemplo, os perigos que uma

casa pode oferecer aos pets: pontos de

fuga que os levam direto às ruas e à ofer-

ta fácil de substâncias nocivas.

Os animaizinhos, amados como

membros da família, também têm de

ser cuidados como crianças, basica-

mente. É sempre bom lembrar que os

cães, principalmente, adoram morder.

E, para eles, tudo acaba virando brin-

quedo. Desde pedras, pedaços de ma-

GHLUD��¿RV��VRIiV��FDPDV�H�DWp�UHPpGLRV��Um exemplo é o caso da lhasa apso

-HDQQLH��4XDQGR�HOD�HUD�DLQGD�XP�¿OKR-

te, encontrou em sua casa a mala de um

visitante que tomava remédios controla-

dos. Jeannie engoliu 13 comprimidos de

uma substância chamada clonazepam,

um tranquilizante e quase morreu. Foi

salva pelo rápido atendimento veteri-

nário e também por um tratamento que

durou cerca de um ano até que ela se

desintoxicasse completamente.

³4XDQGR�¿OKRWHV��FDFKRUURV�S}HP�tudo na boca e podem ingerir alguma

coisa que pode causar desde gastrite

severa até obstrução intestinal”, avisa

a médica veterinária Carolina Suzuki,

da clínica Zoo Planet.

Outro caso é o do vira-lata Ales-

sandro. Sua casa não tem canil, nem

outro espaço adaptado para cachor-

ros. Mesmo assim, ele divide a resi-

dência com o seu casal de donos e a

colega vira-lata Belinha.

Lá, os cachorros vivem parte do

dia dentro de casa, onde são os reis.

“Quando ele chegou pequenino tínha-

mos dó de deixar ele sozinho. Agora,

ele não dorme enquanto não vamos

para cama”, conta o músico Bruno

Bolsoni, dono de Alessandro e Belinha.

“Ele não come as coisas, mas brinca de

morder”, acrescenta.

CUIDADO TAMBÉM COM AS PLANTAS. ALGUMAS DELAS, COMO OS LÍRIOS,

SÃO VENENOSAS E PODEM COMPLICAR

BASTANTE A VIDA DE SEU PET. O IDEAL

É DEIXAR JARDINS ISOLADOS DOS PETS

VEJA COMO DEIXAR A SUA CASA SEGURA

* Banheiros e lavanderia: Animais são sensíveis a produtos de limpeza. Fique muito alerta com os pets menores, como os hamsters que podem cair acidental-mente em baldes contendo substâncias tóxicas.

* Janelas e varandas:Muitos animais não têm no-ção da altura e muito menos medo, como é no caso dos gatos. Podem perder o equi-líbrio, cair e, dependendo da altura, se machucar.

* Eletro-eletrônicos:Podem ser perigosos prin-cipalmente para roedores em geral. Já os pássaros que vivem soltos dentro de casa podem chegar a bicar a fiação. O jeito é bloquear as tomadas com proteções, que geralmente são ven-didas para quem tem bebê em casa.

* Mobiliário:Gatos, roedores pequenos e ferrets podem procurar abri-go e ficar presos em forros de sofás e outros lugares. Animais pequenos estão sujeitos a acidentes por esmagamento. Se você tiver poltronas reclináveis e sofás--cama, verifique sempre se o seu pet não está debaixo do móvel Ao abrir gavetas e armários, fique de olho.

* Farmacinha:O aviso está por todas as embalagens, mas vale a pena repetir: nunca deixe nenhum tipo de medica-mento ao alcance do seu animal de estimação.

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6 2

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

Segundo Carolina, é preciso ter cui-

dado com algumas plantas ornamentais

como azaleia, comigo-ninguém-pode,

kalanchoe, lírios, entre outras. “Todas

são tóxicas se ingeridas! Antes de colocar

um animal na casa é interessante colocar

no Google e ver se a planta que se tem na

casa pode causar algum tipo de intoxi-

cação. Se causar, ou retirar a planta do

local ou não deixar o animal ter acesso

a ela”, alerta ela.

EM SEGURANÇAEnquanto isso, do outro lado da cida-

GH��$QDOLFL�0DUWLQL��¿OKD�GH�FULDGRUD�GH�gatos e apaixonada pelos felinos, não

dorme no ponto. Seu apartamento onde

moram o exótico (raça felina) Brahma e

o maine coon Ozzy é inteirinho telado.

Todas as janelas e sacadas estão seladas

para a proteção dos bichanos.

“Telas nas janelas é um item im-

portantíssimo para quem mora em

apartamentos. O risco do animal sofrer

uma queda é muito grande e o uso de

telas ajuda a evitar esse acidente. Evi-

te também móveis próximos às janelas

TXH�SHUPLWDP�DR�VHX�SHW�VXELU�H�¿FDU�no nível da janela”, sugere o arquiteto

Fagner Mendes sobre como adaptar sua

Bruno Bolsoni já passou aperto com seus os peraltas Alessandro e Belinha

casa à segura dos pets. “Gatos tem o há-

ELWR�GH�¿FDU�QR�SDUDSHLWR�H�SRGHP�FDLU�se dormirem por lá. Cachorros podem

cair durante uma brincadeira”, explica

Carolina Suzuki sobre o comportamen-

to animal.

Analici também mantém pela casa

brinquedos feitos especialmente para

que os gatos aliviem seu estresse e não

corram o risco de buscar lazer em ou-

tros objetos perigosos, bem como mó-

veis que são de fácil limpeza para tirar

o excesso de pelos de gato.

O arquiteto Fagner Mendes tam-

bém dá algumas dicas também para

que a casa seja um lugar mais adequa-

do à segurança dos pets e também à

convivência entre os humanos e os

bichos. “Use de preferência revesti-

mentos laváveis e resistentes, como

os pisos frios, que são ideais em casas

com pets, pois são mais higiênicos e

de fácil limpeza, não acumulam pelos

nem bactérias”, diz. Segundo ele, pisos

de madeira costumam riscar com faci-

lidade e carpetes tendem a acumular

muitos pelos e atrair ácaros e pulgas,

por isso não são recomendáveis.

Para Fagner, a mobília também

pode ser adequada. “Se você tem um

cão branco, por exemplo, não compre

XP�VRIi�SUHWR��2V�¿RV�TXH�VH�VROWDP�GR�ELFKLQKR�¿FDP�HP�HYLGrQFLD�QR�WHFLGR�escuro”, avisa.

DE OLHO NOS PORTÕESSem canil, certa madrugada o portão

da casa não fechou direito e Alessandro

acabou fugindo. O cachorro foi para a

rua e acabou sendo atropelado. “Se o

animal mora em casa, cuidado com

portões abertos, mesmo que por pouco

tempo, pois cachorros podem escapar e

se perder. No caso de gatos, é interessan-

te colocar grades no muro pra que eles

não tenham acesso à rua”, aconselha a

veterinária Carolina.

“Nunca entrar com o carro quando

o animal estiver na garagem. Por mais

que ele esteja acostumado a sair da

frente do veículo, um dia pode ocorrer

um acidente. Não é raro a gente atender

esse tipo de coisa na clínica mesmo em

animais mais velhos e já acostumados

com isso”, acrescenta ela.

Além da fuga, na casa de Bolsoni há

outro perigo para seus cachorros que são

as plantas. “A Belinha come as plantas e

depois passa mal. Por isso já não a deixa-

mos mais em contato com isso. Fizemos

a adoção dela adulta, já com alguns pro-

bleminhas de estômago. Então, ela passa

mal com qualquer coisa principalmente

plantas que tanto adora”, conta Bolsoni.

DEIXE O LIXO LONGE DOS ANIMAIS, QUE PODEM COMER LASCAS DE OSSO E ENGASGAR. NÃO É RECOMENDÁVEL COLOCAR VENENO PARA RATO EM CASA, POIS OS PETS PODEM INGERI!LO

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Page 64: Az! #17

6 4P O L Í T I C A A Z !

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

BAURU É ESSENCIALMENTE FORMADA POR UM ESPÍRITO FERROVIÁRIO. A CIDADE, QUE TEVE SEU CRESCIMENTO IMPULSIONADO PELOS TRENS, PRINCIPALMENTE PELA NOB !NOROESTE DO BRASIL", TEM O CHAMADO DNA FERROVIÁRIO E, POR ISSO, É TRISTE CAMINHAR E VER, TODOS OS DIAS, O PRÉDIO DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA !PRINCIPAL PORTA PARA ENTRAR EM BAURU DURANTE DÉCADAS" ABANDONADO DIA A DIA

O MICODO GOVERNO RODRIGO

P ara quem não se lembra, esse

espaço foi adquirido pela pre-

feitura em 2010, por R$ 6,3

milhões, após uma polêmica: o prefeito

Rodrigo Agostinho (PMDB) deveria ou

não adquirir o local do Sindicato dos

Ferroviários? A resposta, à época, foi

sim. Muito pelo apelo de ferroviários,

muitos na ativa, a maioria deles, já com

a aposentadoria. O dinheiro pago pelo

município foi para a categoria, que ti-

nha crédito a receber.

$�MXVWL¿FDWLYD�GR�SUHIHLWR��QD�pSRFD�da aquisição, foi a melhor possível: além

de ajudar a restaurar um prédio históri-

co, a compra da estação ferroviária ser-

viria como uma mola propulsora para

TXH�¿QDOPHQWH�KRXYHVVH�D�WmR�VRQKDGD�revitalização do Centro. Porém, tudo não

passou de uma bela ideia. Mais de três

anos depois da compra pela prefeitura,

nenhum parafuso foi trocado do espa-

ço, nenhuma massa foi batida no local e,

para piorar, o prédio segue se deterioran-

GR��¿FDQGR�FDGD�YH]�PDLV�DEDQGRQDGR�H�cada vez mais difícil de ser reformado.

É aí que vem a crítica, merecida,

claro, à administração municipal. Nada

pode se fazer na vida, ainda mais quan-

do falamos de dinheiro público, sem

planejamento. Na época da compra, o

coração falou mais alto. Com isso, não

foram planejadas ações de curto, médio

e longo prazo para a reforma e uso do

espaço. E não há prazo para que isso

ocorra, já que não há orçamento previs-

to para as obras. Enquanto isso, a obra

¿FD�FDGD�YH]�PDLV�FDUD�H�PDLV�LQYLiYHO���

FEDERAL INDEFINIDO O PMDB está com apenas o candi-

GDWR�D�GHSXWDGR�HVWDGXDO�GH¿QLGR�SDUD�2014. Assessor direto do vice-presiden-

te Michel Temer e um dos responsáveis

pelo PMDB no Estado de São Paulo,

Arlon Viana disse à Revista AZ! que

Mi�HVWi�GH¿QLGD�D�SUp�FDQGLGDWXUD�GR�YHUHDGRU�5HQDWR�3XULQL��3RUpP��D¿U-mou que ainda é cedo para dizer que o

HPSUHViULR�&DUORV�%UDJD��UHFpP�¿OLDGR�ao partido do chefe do Executivo, dis-

putará uma vaga na Câmara Federal.

O PT, em ebulição interna por con-

ta da disputa pela presidência do par-

tido, caminha para que a vice-prefeita

Estela Almagro se candidate à Assem-

bleia Legislativa. Porém, há quem diga

que o presidente da Câmara, vereador

Sandro Bussola, também tenha essa

intenção. Isso sem falar no também

vereador Roque Ferreira.

O PSDB, do deputado estadual

Pedro Tobias, também ainda não tem

nome 100% certo para a pré-candida-

tura a deputado federal. Tobias deve

tentar, mais uma vez, a reeleição.

Em 2010, Carlos Braga foi o can-

didato tucano, mas acabou ignorado

por Pedro Tobias e seus apoiadores. O

deputado estadual apoiou o ex-prefeito

de Agudos e candidato a deputado fede-

ral pelo PP, Carlos Octaviani, fazendo

dobradinha com o político da cidade

vizinha, que quase se elegeu.

É MENTIRA... Arlon Viana, ainda durante a conver-

sa com a Revista AZ!��D¿UPRX�TXH�QmR�SURFHGHP�DV�D¿UPDo}HV�GH�TXH�R�30'%�indicaria o vice na chapa do PT com Ale-

xandre Padilha (ministro da Saúde de

Dilma Rousseff, mas que vai ser candi-

GDWR�D�JRYHUQDGRU���(OH�D¿UPRX�TXH�R�prefeito bauruense Rodrigo Agostinho

não vai ser vice e que o PMDB terá can-

didato. “Será o Paulo Skaff”, adiantou.

VAI!VEM?Fernando Mantovani (PSDB), Faria

Neto (PMDB) e Fabiano Mariano (PDT)

foram cassados pelo TRE (Tribunal Re-

gional Eleitoral), mas ainda sonham

com a manutenção dos cargos com re-

cursos junto ao TSE (Tribunal Superior

Eleitoral). Miltinho Sardin (PP), José

Roberto Segalla (DEM) e Artemio Ca-

etano (PMDB) assumiram o mandato e

tudo pode virar um verdadeiro vai-vem

HQTXDQWR�QmR�KRXYHU�D�GHFLVmR�¿QDO��Enquanto isso, Raul de Paula (PV) tirou

licença por alguns dias para dar a vaga

ao suplente Carlinhos Cantelli.

Foto

: Ban

co d

e Im

agen

s

Bruno Mestrinelli é jornalista, bauruense de coração e um apaixonado pelos bastidores da política e esportes

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Page 66: Az! #17

6 6NEGÓCIOS

Máquinas de última geração trazem tranquilidade aos pacientes com a certeza de que o resultado

será 100% confiável R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

IMAGEM DIAGNÓSTICOS MÉDICOS INVESTE EM EQUIPAMENTOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO PARA DETECÇÃO DE DOENÇAS CARDÍACAS

TECNOLOGIA EM PROL DA SAÚDEPor Redação Az!Fotos Barbara Cavallieri

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6 7

E se alguém lhe dissesse há alguns anos que seria possível ver o seu coração batendo em três dimen-

sões sem nenhum tipo de intervenção cirúrgica? Pois, é. Hoje isso já é realida-de durante um exame moderno de ima-gem com absoluta precisão e qualidade.

Após investir em estrutura com a construção de uma unidade com 700 metros quadrados na cidade, a Ima-gem Diagnósticos Médicos disponi-biliza esta segurança e tranquilidade aos seus pacientes graças à aquisição dos equipamentos Anchieva 1,5T e Aquiliom 64, que trazem as principais tecnologias de ressonância magnética H�WRPRJUD¿D�GR�PXQGR��DOLDQGR�TXDOL-dade e precisão ao diagnóstico.

O médico cardiologista Alexandre 9ROQH\�9LOOD��HVSHFLDOLVWD�HP�WRPRJUD¿D�e ressonância cardiovascular pelo In-FRU�)PXVS��p�XP�GRV�SUR¿VVLRQDLV�TXH�comandam a realização desses exames. O Anchieva 1,5T foi desenvolvido para a detecção de diversas patologias cardí-DFDV��(QWUH�HODV��LQVX¿FLrQFLD�FDUGtDFD�e arritmias cardíacas. “Nessa análise, você pode ver o coração batendo, vendo a função global do órgão para detectar, SRU�H[HPSOR��XPD�¿EURVH ��D¿UPD�9LOOD��

Outro serviço disponibilizado é a an-JLRWRPRJUD¿D�GR�FRUDomR��FRP�R�DSDUH-lho Aquiliom, que nada mais é do que um estudo anatômico exclusivo para toda a região. Neste exame, imagens em 3

dimensões do órgão são produzidas por tomógrafos com multidetectores e uso de contrateste iodado. A radiação é con-trolada, ou seja, só utilizada na medida necessária para a captura das imagens.

Segundo Alexandre, é possível iden-WL¿FDU�SODFDV�GH�FiOFLR�H�JRUGXUDV�QDV�coronárias, mesmo em pacientes que já tenham apresentado outros problemas cardíacos, e que já tenham sido submeti-dos a procedimentos como angioplastia.

Ele ainda lembra que essas imagens em duas ou três dimensões são gera-das a cada 100 milésimos de segundo pelos computadores. “No caso das to-PRJUD¿DV��SRU�H[HPSOR��DV�LPDJHQV�VmR�capturadas com o coração em constante movimento. É como se a máquina tives-se um obturador muito rápido de uma IRWRJUD¿D��6mR�LPDJHQV�UiSLGDV�FDSD-zes de detectar doenças e isso faz toda D�GLIHUHQoD�QD�SUHFLVmR�GR�GLDJQyVWLFR ��comenta o médico.

Alexandre Volney Villa salienta ainda que os dois métodos são segu-ros para detecção de patologias. “Eles veem peculiaridades que nenhum ou-WUR�H[DPH�FRQVHJXH ��FRPHPRUD��

Os diagnósticos oferecidos são os que existem de mais avançados na detecção de doenças por imagem por permitir visualização perfeita do co-

ração, ou de outros órgãos, utilizando um método não invasivo, ou seja, sem a necessidade de incisões e, claro, com uma recuperação imediata. Esses exa-mes produzem imagens estáticas ou em movimento do coração e também dos principais vasos sanguíneos.

Para os exames nos dois equipa-mentos é possível o atendimento via plano de saúde já que são considerados de alto custo.

Imagens em três dimensões mostram detalhes mínimos do coração

Dr. Villa mostra as imagens para a detecção de doenças

MAIS TECNOLOGIA

Mas não é só nos exames para detectar doenças do coração que a tecnologia está presente para o melhor diagnóstico. Hoje, a Imagem tem disponível para os moradores de Bauru e região os melhores aparelhos para diversas áreas como, radiologia digital, mamografia digital, ultrassonografia, tomografia computadorizada multislice, ressonância magnética e tomografia volumétrica. Pioneira na prestação desse serviço e com 40 anos de atividade, atualmente são 55 profissionais disponibilizados pela Clínica em uma moderna área física de 700m! onde a capacidade de atendimento diária chega confortavelmente a 350 pacientes.

IMAGEM DIAGNÓSTICOS MÉDICOSUnidade 1: Rua Gustavo Maciel, 15-4Unidade 2: Rua Gustavo Maciel, quadra 16Telefone: (14) 3104-3787Site: www.imagemdiagnosticos.com.br

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6 8G I R O AZ !

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

S olidary Rock, Grand EXPO, os 87 anos do BTC, inaugurações e grandes encontros marcam o Giro Az! desta

edição, mostra de que o verão que vem por aí promete! Confira.

ESQUENTA PARA O VERÃO!

Fotos Barbara Cavallieri

Page 69: Az! #17

6 9

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7 0G I R O AZ !

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

FESTA DE 87 ANOS DO BTC

Antônio Jorge e Vera M. Jorge

César Garcia e Edson Silva

Lisete Scrata Ferreira e Josino Ferreira

Beth Manta e José Roberto Neto

Débora Rollo e Eduardo Rollo

Luceli Martins Campos, Mariangela Casarino e Marcela Carneiro da Cunha

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7 1

Page 72: Az! #17

7 2G I R O AZ !

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

Helena Thomazini, Camila Ticianeli e Úrsula Gambetti

Rodrigo Agostinho e Érico Braga

Renato Franco Zaiden, Suréia Franco Zaiden e Renato Zaiden

Daniel Disposti, Daniele Disposti, Lourdinha Pieroni, Neuza Disposti e Divaldo Disposti

Nivaldo José, Franco Júnior, Luis Carlos Franco e Nazira Fonseca Mendes

Fernando e Sorocaba

EXPO BAURU 2013 NO RECINTO

Page 73: Az! #17

7 3

LANÇAMENTO DE LIVRO DO PADRE BETO

6º SOLIDARY ROCK

Maria Inês Dota, João Carlos Dota e Padre Beto

Cecília Rondon, Irani Daniel Cerrigato, Maria Papassoni Daniel e Maria Jupira

Mariana Turtelli e Neide Turtelli

Ananda Carvalho, Tatiane Batista de Carvalho, Michelle Quadaguinucci Palamin, Debóra Reghine, Caroline Baptista de Carvalho, Lilian Teixeira e Lia Bottura

Renato Fogolin, Giuliano de Angelis, Fábio Grassi, André Turini e Fabrício Ventrice

Page 74: Az! #17

74G I R O AZ !

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

Jade Suhaila e Eduardo Pellosi de Freitas

Márcio Gavaldão e Mônica Gavaldão

Luís Antônio Vasconcellos, Mariana dos Santos Vasconcellos, Regina Márcia e Maria Luisa Vasconcellos

Ilsa Tobias e Fádia Tobias

Débora Galhardo, Rafaela Costa, Kadi Ivassaki, Ana Claúdia Fagian Passos e Débora Neves Paschoal

Giovanna Concuruto e Roni Santana

Mansur e Sawsan Nasseraldeen

JANTAR ÁRABE NO AL DAR

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76G I R O AZ !

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

NOVO LABORATÓRIO DE ENGENHARIA DA USC

Irmã Suzana Fadel e Danny Luchesi

Devora Pistori, Adriana Galiza e Isabela Gaspar

Dayanny Fressatto, Nathaly Nicolosi Garcia e Isabela de Aro

Guilherme Alquati, Milena Lozano e Luis Gustavo Vicare

Julio Cesar Monteiro, Irmã Suzana Fadel e André Goda

Caroline Teodoro e Patricia Teodoro

Matheus Artioli, Leticia Gava e Raisa La Porta

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7 7

REINAUGURAÇÃO NA FLORA BRASIL

CAMAROTE FELIVEL NA EXPO BY CERATTI

Bruno Zarella e Tatiane da Silva Bigoto

Raiane Mendes e Alessandra Prata

Claudia Balestra, Paula Oliveira e Marília Balestra

Claúdia Negrão, José Eduardo Tonelli e Gislaine Ferreira

Bruna Perandré e Tatyana Brambilla

Arthur Felipe Santos e Gaby Bettoni

João Paulo Desiderato, Aliene Desiderato, Érica Nunes e Graziela Travain

Page 78: Az! #17

7 8G I R O AZ !

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

Milena Franceschi, Eliana Franceschi e Marina Franceschi Poloniato

Mayra Bonfetti

'HQLVH�7HL[HLUD��5REHUWR�5X¿QR�H�Simone Segantim

Izabel Silvestre, Ana Luísa Rabello, Renato Savi e Ana Paula Rabello

Fábio Cury, Letícia Cury e Davi Cury

Mariana Botura, Ana Laura Botura, Monata Mayara e Cristina Botura Araújo

MAMI FESTAS NA FEIRA MAMÃE E EU

Page 79: Az! #17

7 9

TOP CHIC ! VERÃO 2014

Karla Alves, Patrícia Fornazari, Amanda Cabello e Priscila Camacho

Ana Júlia Salles, Andrea Mamede e Tiago Mamede

Mariana Bueno, Juba Zepper e Carolinna de Andrade

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8 0G I R O AZ !

R E V I S T A A Z ! / S E T / O U T 2 0 1 3

POR AÍ...

Amanda Cabello, Gaby Sampaio, Mara Fernandes, Faiza Figueiredo, Patrícia Mello Fornazari e Danielle Augusto Zacaib de Oliveira Márcia Cury de Freitas

Carolina Ruiz, Natalia Relt e Maria Fernanda AlvesAndreia SimonettiCatarina Andrioli e Marcelo Andrioli

Isadora Ramos e Lívia RamosDaisy Cabello e Amanda Cabello Ferreira

Gisele Gouveia e Guilherme Guerreiro Thais Melo, Deise Alcantara, Mayla Amorim, Priscila Avona e Sarah Bianco

Arthur Mizuno e Priscila Mizuno

Page 81: Az! #17

8 1

Roberto Magoto, Lourdes Pedreti e Grace Isnardi

Walter Solkis, Jehud Bortolozi e Antônio de Oliveira

Nando Garcia e Aparecido SevilhanoVanderlei Ferreira de Lima e Ana Cláudia Ferreira de Lima

Paulo Laranjeira, Melissa Laranjeira, Eliane Mastroianni e Marcello Mastroanni

Felipe Pinoti, Enrico Ribeiro, Catarina Pinoti, Nina Raad, Catarina Andrioli, Maria Eduarda Mouta, Manuela Carrijo e Lucas Muradi

Márcia Negrisoli, Michele Gaio e Cintia LimaMelanie Retz, Karina Cândido, Gustavo Cândido, Ana Laura Cândido e Silvino Júnior

Page 82: Az! #17

8 2S E R V I Ç O

FALE COMNOSSOS ANUNCIANTES

BAURU TÊNIS CLUBEAv. José Vicente Aiello, 5-15Tel: (14) 3235-0500

BRIGITTE ACESSÓRIOSR. Rio Branco, 27-24Tel: (14) 3223-5156

CARLOS BRUSMAN Boulevard Shopping NaçõesTel: (14) 3232-1761

CLÍNICA ODONTOLÓGICA DR. FRANCISCHONE R. Gustavo Maciel, 19-06Tel: (14) 3223-2600

COLÉGIO SÃO FRANCISCOR. Santo Antônio, 6-56Tel: (14) 3102-2222

COLÉGIO SÃO JOSÉ R. Antônio Alves, 12-66Tel: (14) 3366-3000

DOMUS EDUCANDIR. Ignácio Alexandre Nasralla, 1-50Tel: (14) 3234-5135

EXÓTICABauru ShoppingTel: (14) 3234-4731R. Batista de Carvalho, 5-14 e 6-36Tel: (14) 3232-7418 / (14) 3222-3999WalmartTel: (14) 3234-4740Praça PortugalTel: (14) 3224-3092Boulevard Shopping NaçõesTel: (14) 3222-3999

ESTIVANELLIBauru ShoppingTel: (14) 3223-7477

FELIVELAv. Nações Unidas, quadra 38Tel: (14) 3235-9000

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R E V I S TA A Z ! / SET/OUT 2013

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