avivamento · 2020. 9. 24. · nome do assessor de educação do campo nome do pastor presidente do...

90
M i e n d i s t a é l r o i c o s s E IEAB - Diretoria Geral de Cultura e Ensinando e Capacitando para um Ministério com Excelência EDUCAÇÃO CRISTÃ IEAB

Upload: others

Post on 22-Dec-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

M ie nd is ta él ro ic os sE

IEAB - Diretoria Geral de Cultura e

Ensinando e Capacitando para um Ministério com Excelência

EDUCAÇÃO CRISTÃ

IEAB

Page 2: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

DGCEC - Diretoria Geral de Cultura e Educação Cristã

Diretor:Pr. Aloísio T. R. da Silva

Secretário de Comunicação:Pr. Samuel Alves Martins

Secretário de Educação Teológica:

Pr. José de Souza Gomes

Secretário de Finanças:Pr. Jair Barbosa Batista

Secretário de Publicações:Pr. Levi Camargo de Melo

Secretária de Cultura:Mis. Maria das Graças R. R. da Silva

Revisão Geral:Pr. Aloísio T. R. da Silva

Capa:Pb. Mike Jonathan Fonseca

Diagramação:Adriel Bismark

Expediente Editora:

Pr.Samuel Alves MartinsDiretor

Pr.Sebastião Paz de CarvalhoVice-Diretor

Miss.Maria das Graças R. R. da SilvaSecretária

Pr. Jair Barbosa BatistaTesoureiro

-------------------------------

Organização:Pr. Aloísio T. R. da Silva

Escritores:Mis.Maria das Graças R. R. da Silva

Pr.Aloisio Tadeu Rodrigues da Silva

Pr.Adolfino Pereira Rodrigues

Pr.Cosme Ferreira da Silva

Pr.Michel Gonçalves

Pr.Onésimo Ferreira da Silva

Pb.Luis Felipe Rocha R. da Silva

Pr.Ezequias Valdomiro Lopes

AvivamentoPublicações

Page 3: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

M ie nd is ta él ro ic os sE

Page 4: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DA ESCOLA DE MINISTÉRIOS:

A Escola de Ministérios é um curso de 23 matérias, que foram pensadas para auxiliar o desenvolvimento dos ministérios nas Igrejas Locais. Neste curso serão abordadas matérias de cunho pessoal, como: O Chamado e a Vocação, Liderança Cristã, Relacionamentos Saudáveis, O controle da Lingua, etc; além de matérias para o conhecimento ministerial como: Ministerio de Libertação, Ministério de Intercessão, Ministério Presbiteral, Ministério Diaconal, etc; e também, reservamos algumas matérias para tratarmos de questões administrativas, como: Administração Eclesiástica, Administração da Escola Bíblica Dominical, História da Igreja Evangélica Avivamento Bíblico, etc. Este curso pode ser implantado na Igreja por intermédio da Assessoria de Educação, a ideia é que o curso seja realizado em encontros semanais, sendo que cada matéria corresponde a dois encontros, sendo assim, temos nesta apostila conteúdo para um ano de curso, o próprio Pastor local poderá ministrar as aulas. Após a conclusão o responsável pelo mesmo deverá entrar em contato com a DGCEC para

que ela possa enviar os certificados personalizados sem custo. Para confecção dos certificados serão necessárias as seguintes informações: Nome do Aluno Data de Conclusão do Curso Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo

Entendemos que este curso é uma ferramenta de auxilio a Igreja, sendo que, o mesmo não podera ser utilizado para aproveitamento de matérias ao ingressar em outros cursos oferecidos pelo Seminário Evangélico Avivamento Bíblico, este curso é apenas introdutório, caso a Igreja tenha interesse em conhecer os cursos oferecidos pelo SEAB entre em contato no telefone: (11) 4827-9271 ou no site seminarioevangelico.org

Page 5: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

ÍNDICELIÇÃO 1: O CHAMADO E A VOCAÇÃO.................................................................................................7

LIÇÃO 2: MORDOMIA CRISTÃ..................................................................................................................11

LIÇÃO 3: O CONTROLE DA LÍNGUA.......................................................................................................13

LIÇÃO 4: PRINCIPIOS BÁSICOS DO MINISTÉRIO............................................................................15

LIÇÃO 5: LIDERANÇA CRISTÃ.................................................................................................................18

LIÇÃO 6: CULTO INSPIRADOR................................................................................................................24

LIÇÃO 7: PRINCÍPIOS DA PREGAÇÃO................................................................................................26

LIÇÃO 8 : MINISTÉRIO DE LIBERTAÇÃO.............................................................................................31

LIÇÃO 9: HISTÓRIA DA IGREJA EVANGÉLICA AVIVAMENTO BÍBLICO................................32

LIÇÃO 10: AVIVAMENTO BÍBLICO: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOUTRINÁRIAS...34

LIÇÃO 11: DONS ESPIRITUAIS.................................................................................................................36

LIÇÃO 12: A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS ESPIRITUAIS NA VIDA DO CRISTÃO.....39

LIÇÃO 13: INTRODUÇÃO BÍBLICA........................................................................................................41

LIÇÃO 14: INTERCESSÃO.........................................................................................................................56

LIÇÃO 15: MINISTÉRIO PRESBITERAL.................................................................................................61

LIÇÃO 16: ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA...................................................................................65

LIÇÃO 17: ESTRATÉGIAS BÍBLICAS PARA O EVANGELISMO URBANO.................................71

LIÇÃO 18: O MINISTÉRIO DIACONAL..................................................................................................75

LIÇÃO 19: ADMINISTRAÇÃO DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.............................................77

LIÇÃO 20: LIDERANÇA DE CÉLULAS..................................................................................................78

LIÇÃO 21: RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS.................................................................................80

LIÇÃO 22: EVANGELISMO......................................................................................................................82

LIÇÃO 23: A MÚSICA NA IGREJA...............................................................................................86

Page 6: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar
Page 7: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

7

LIÇÃO 1: O CHAMADO E A VOCAÇÃOI. Considerações sobre o Chamado

“Deus, na sua misericórdia, nos deu essa tarefa, e é por isso que nunca ficamos desanimados” 2Co 4:1. Viver na vontade de Deus implica em reconhecer seu senhorio sobre nós, sobre todos da terra. “Eu mesmo fiz o céu e a terra, e todas as coisas são minhas.” Is 66:2. Muitas vezes duvidamos daquilo que verdadeiramente Deus quer de nós, duvidamos do nosso chamado para as nações, para uma cidade, uma igreja que seja. Sempre duvidamos, mas acalme o seu coração isso acontece com todos, diante das dificuldades que começam a aparecer. O nosso chamado é somente para edificar o Corpo de Cristo, devemos ter a nossa convicção no Senhor, a rocha da nossa salvação. Quantas vezes ouvimos um profeta do Senhor ou até mesmo o nosso Pastor dizer: “Deus esta te dizendo que você é um (a) escolhido (a) meu”, e ficamos em duvida? O Profeta Jeremias também ficou:“ – Ó Senhor, meu Deus, eu não sei como falar,…” Jr 1:6 É difícil mesmo, não é fácil, mas se Deus chamou é porque Ele sabe que podemos todas as coisas naquele que nos fortalece. Temos que entender que fomos chamados para ser os guias do povo de Deus, fomos feitos aqueles aquém os povos ouvem, vê e segue.“Por acaso, o Senhor Deus faz alguma coisa sem revelar aos seus servos, os profetas?” Am 3:7. Deus revela tudo aos seus servos, e esses servos são aqueles que têm o chamado em suas vidas. Não pense você que o seu chamado não serve para a edificação do Corpo de Cristo, pois Paulo diz:“Assim Deus colocou cada parte diferente do corpo conforme Ele quis.” 1Co 12:18“O que se exige de quem tem essa responsabilidade é que seja fiel ao seu Senhor.” 1Co 4:2. “Para uma pessoa o Espírito dá a mensagem de sabedoria e para outra o mesmo da mensagem de conhecimento. Para uma pessoa o mesmo Espírito da fé e para outra o poder de curar. Uma pessoa recebe poder para fazer milagres, outra recebe o dom de anunciar a mensagem de Deus. Outros recebem a capacidade para saber a diferença entre os dons que vêm do Espírito e os que não vêm dele. Outros falam em línguas estranhas e outros interpretam o que essas línguas querem dizer.” 1Co12:8-10Os dons são para todos indiscutivelmente, agora se precisa saber qual é o seu. Descobrindo isso exercê-lo ficará mais fácil e

menos cansativo. Descobrir o dom espiritual que foi concedido a nós é muito importante, pois é com ele que conseguiremos anunciar a palavra de Deus, obedecer ao seu chamado de Ide, e pregue o evangelho a toda criatura. Nós estamos espiritualmente ligados a Deus. “Porém quem se une com o Senhor se torna, espiritualmente, uma só pessoa com ele.” 1Co 6:17.Pelo nosso dom espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar com Ele a todo o momento, quando precisarmos.Diante do que foi dito até agora lembrar que somos templo do Espírito Santo nem precisaria, mas… “Certamente vocês sabem que são o templo de Deus e que o Espírito de Deus vive em vocês. Assim, se alguém destruir o templo de Deus, Deus destruirá essa pessoa. Pois o templo de Deus é santo, e vocês são o seu templo.” 1Co 3:16,17. Conservar o nosso corpo faz parte do nosso chamado, porque Deus não vai querer conviver em um lugar onde o nome sujeira perderia feio. É claro que devemos ansiar por dons melhores como Paulo disse:“Segui o amor, e procurai com zelo os melhores dons espirituais, mas principalmente o de Profetizar.” 1Co 14:01. O dom de profetizar é com certeza uns dos melhores como foi citado acima. Profetizar é anunciar a mensagem de Deus às pessoas. Assim como no Antigo Testamento os profetas eram, porta-voz de Deus, hoje funciona igual. Uma coisa que podemos acrescentar é que hoje tem a graça que muitas vezes salva a muitos, porque pecam e não confessam seus pecados. Anunciar a mensagem de Deus é bom, com certeza é algo único, mas tudo com ordem e decência.Temos que pagar o preço, preço esse que muitas vezes custa nossa própria vida. Assim como acontecer com Estevão:“Depois o jogaram para fora da cidade e o apedrejaram…..E, depois ele morreu.” At 7:58 e 60. Portando, amados temos que receber aquilo que vem do Senhor para nossa vida e viver aquilo que preparou para nós, filhos dEle. “Pois é nos braços do Pai que a fé deixa de ser uma doutrina e passa a ser um relacionamento.” Que tudo o que fizer para Deus seja o seu pensar:“O Senhor Deus é a minha força. Ele torna o meu andar firme como o de uma corça e me leva para as montanhas, onde estarei seguro.” Hc 3:19 Vocação é um tema muito importante, uma palavra muito usada, muito mal interpretada e

Page 8: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

8

certa semelhança e relação entre essas palavras. (2TM.1.6). Em termos gerais, vocação é o chamado divino propriamente dito; talento é a aptidão ou capacidade existente na própria natureza do indivíduo como um conjunto de habilidades concedidas no atido criador independentemente de fé; dom é a concessão de capacidades especiais para o desempenho do serviço divino. Vocação é um ato de confiança da parte de Deus, ao vocacionado. (Tito 2.4; 1.Ts 2.4) Pelo exercício da vocação, o homem torna-se um instrumento da vontade e dos propósitos de Deus. (Salmo 77.20; Atos 9.15-16). Na vocação, Deus deseja promover a sua glória, proclamar o seu plano redentor, executar seus propósitos no governo sobre as criaturas, bem como cumprir as promessas que fez ao seu povo. O homem é convocado para ser instrumento dessa proclamação, desse governo e dessa providência.

III- Como identificar a vocação

"Os que tinham sido dispersos por causa da perseguição desencadeada com a morte de Estêvão chegaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia, anunciando a mensagem apenas aos judeus. Alguns deles, todavia, cipriotas e cireneus, foram a Antioquia e começaram a falar também aos gregos, contando-lhes as boas-novas a respeito do Senhor Jesus. A mão do Senhor estava com eles, e muitos creram e se converteram ao Senhor. Notícias desse fato chegaram aos ouvidos da igreja em Jerusalém, e eles enviaram Barnabé a Antioquia. Este, ali chegando e vendo a graça de Deus, ficou alegre e os animou a permanecer fiéis ao Senhor, de todo o coração. Ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé; e muitas pessoas foram acrescentadas ao Senhor. Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo e, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Assim, durante um ano inteiro Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos. Em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos. (Atos 11:19-26 NVI) Na igreja de Antioquia havia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. Enquanto adoravam o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: “Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado.""Assim, depois de jejuar e orar, impuseram-lhes as

que tem causado muito angústia. Muitos querem servir a Deus, mas não têm o desejo de se tornar necessariamente pastores; no entanto entendem que ser vocacionado tem a ver com esse tipo de dedicação exclusiva e específica ao ministério; outros ainda não descobriram seus dons, são tímidos e inseguros, pessoas sinceras que ocupam os bancos das igrejas e lhes falta confiança para aceitar uma tarefa na esfera do Reino de Deus; há ainda aqueles que sabem que têm um chamado de Deus, mas resistem, por acharem que Deus vai levá-los ao lugar mais horrível do mundo; há também aqueles que estão esperando um sinal sobrenatural, enquanto Deus já mostrou claramente a sua vontade. Há de fato muita angústia e desinformação. O presente estudo tem como objetivo ajudar o aluno na identificação de sua vocação a fim de que se envolva na obra de Deus. O Deus que nos ama, que nos conhece, nos preparou para que o chamado servisse como uma luva, como jugo que não é pesado nem duro, embora implique sacrifício e abnegação. A nossa saúde espiritual depende de estarmos engajados na obra de Deus, num serviço útil, solidário e abnegado, doando aquilo que somos e temos em favor do maior número de pessoas possível. No reino de Deus todos são vocacionados para alguma tarefa. Deus usa os disponíveis. Deus não convoca somente pastores e missionários, mas a todos. A nossa distinção não é de dignidade ou autoridade, apenas nas funções, mas todos são chamados a que cumpram sua vocação servindo ao corpo de Cristo. "O Senhor fez todas as coisas para determinados fins". (Pv. 16.4)

II- Definição e conceito de vocação

A palavra vocação tem origem grega e aparece no Novo Testamento da seguinte forma e seus significados: verbo kaleo: significaeu chamo, nomeio, convoco. (Efésios 4.1) O substantivo: klêsis significa vocação, chamado, convite. (1Co 1.26). O adjetivo kletós significa chamado, convocado. (Rm1.6) Esses termos quase sempre são empregados com o sentido de vocação procedente da parte de Deus. É o Senhor dirigindo-se ao homem, convocando-o para a salvação e para o serviço do seu reino. Vocação não significa o mesmo que talento e dom, embora nas escrituras, pareça haver uma

Page 9: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

9

segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. (Romanos 12:6-8 ARC)quando você tem uma vocação você se dedica a crescer no contexto da sua vocação. Quando você tem vocação você se dedica a crescer no contexto da sua vocação.

6. Quando aquilo que você faz, mesmo com excelência e compromisso, você só é capaz de fazer movido pelo poder do Espírito Santo. "Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer." (1Coríntios 12:4-7, 11 ARC). Você é somente a luva, Deus é a mão.

7. Quando as pessoas dão um retorno e glorificam a Deus pela sua vida. Veja o exemplo de Dorcas: "E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. E aconteceu, naqueles dias, que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto. E, como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, lhe mandaram dois varões, rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles. E, levantando-se Pedro, foi com eles. Quando chegou, o levaram ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e vestes que Dorcas fizera quando estava com elas. Mas Pedro, fazendo- as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se. E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva."(Atos 9:36-41 ARC).

Geralmente quando temos uma vocação as pessoas reconhecem que foram abençoadas pelo exercício de nosso ministério. Frases como: "foi uma benção"; "fui edificado"; "você chegou na hoje certa"; " você me ajudou muito"; "eu louvo a Deus pela sua vida", etc. são ouvidas com frequência pelos vocacionados. A vocação está a serviço do outro; não é um hobby. Precisamos do retorno e da "crítica" no sentido mais puro e positivo do termo de pessoas maduras que nos conhecem e nos amam.Considerações Finais

mãos e os enviaram". (Atos 13:1-3 NVI) Neste texto há um exemplo de chamado missionário claro. Há um conceito claro de vocação. O Espírito Santo põe tarefas específicas nas mãos de pessoas específicas.

1. O seu conjunto de talentos e habilidades está identificado quando você sabe do que é capaz. Você sabe o que é sua responsabilidade quando diz: "pode deixar comigo que assumo isso". Todos nós somos excepcionais em alguma coisa ou acima da média em alguma coisa. Você sabe qual pode ser a sua contribuição e aquilo em que depende da contribuição dos outros.

2. O seu conjunto de habilidades e capacidade está disponibilizado de forma organizada e estruturada. Há uma rotina para fazer aquilo que você tem como ministério. Há critérios de qualidade. Há uma relação de satisfação e subordinação para realizar o trabalho. Se fez apenas uma vez uma trabalho, não significa vocação, ainda que você tenha gostado ou achado interessante fazer.

3. Você tem disposição para fazer independentemente de ganho financeiro. (Atos 18.3) Você faz não por causa da remuneração, você estaria disposto a pagar para fazer se for o caso. Não significa que não possa ser remunerado pelo que faz, mas há disposição para trabalhar mesmo quando as condições não são favoráveis ou as circunstâncias exigem.

4. Há uma necessidade no mundo pela qual você se sente responsável. Pode ser uma causa, um grupo social, um lugar. Uns sentem-se incomodados com a necessidade dos moradores de rua, outros pelas crianças da igreja, outros pelos jovens viciados. Você sabe que tem uma vocação quando se sente responsável por alguma necessidade do mundo. (Mateus 15.24; Lucas 9.56). Pelo que você se sente responsável?

5. Quando há algo que você faz e que para fazê-lo você precisa mais do que sua intuição, você precisa de capacitação. É sua vocação, e porque é a sua vocação você está disposto a aprender, se informar sobre o assunto, adquirir experiência, está comprometido em aperfeiçoar sempre. O vocacionado tem prazer em buscar todas as ferramentas possíveis para fazer o melhor possível. "Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade." (2 Timóteo 2:15 NVI)De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela

Page 10: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

10

A vocação é a resposta de Deus a uma situação. Quando Deus precisou de um libertador, chamou a Moisés; quando precisou de um administrador, chamou a José; quando precisou de um estadista, chamou a Neemias; quando precisou de alguém que defendesse os direitos civis do seu povo, chamou a Ester. Você é uma resposta de Deus para suprir alguma necessidade no mundo. Quem tem uma vocação sabe que tem uma vocação. Busque a Deus em oração e pergunte como, quando e onde Deus vai te usar. O chamado é uma prerrogativa divina e cabe o homem responder positivamente à vontade de Deus e não resistir a vocação, mas disponibilizar-se.

"Sua carreira profissional é aquilo pelo qual você é pago. Seu chamado é aquilo para o que você foi vocacionado por Deus".

Page 11: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

11

3. Parte Prática: A proposta básica desse primeiro tópico é explicar o conceito de “mordomo” e de “mordomia”. Após expor esses conceitos, faça uma reflexão sobre a maturidade, virtude essencial para a “mordomia” em toda a área da vida. Use este texto como base de sua reflexão: “Uma orientação importante para qualquer tipo de sucesso, seja pessoal, espiritual, profissional, financeiro, familiar ou esportivo, é a necessidade de maturação. Não se consegue isso da noite para o dia. É preciso tempo e esforço. Entenda: ser ‘maduro’, aqui, não é sinônimo de ser ‘velho’, mas sim de ter experiências suficientes que lhe confiram sabedoria para agir e errar menos”.

II – A MORDOMIA ESPIRITUAL DO CRISTÃO

1. A mordomia do amor cristão. A mordomia cristã deve dar grande valor à prática do amor. Certa vez, um fariseu resolveu testar Jesus quanto à sua visão sobre os mandamentos da lei de Moisés. Ele conhecia bem os dez mandamentos. Abordando Jesus, indagou-lhe: “Mestre, qual é o grande mandamento da lei?” (Mt 22.36). E Jesus respondeu-lhe de maneira sábia, serena, e consistente:

1.1. “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração” (22.37). Nosso Senhor não aceita dominar apenas uma parte do nosso coração; Ele o requer por completo. Quanto a isso, Ele nunca fez concessões: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Mt 12.30).

1.2. “De toda a tua alma e de todo o teu pensamento” (v.37). Aqui, o Senhor Jesus enfatizou que, além de todo o coração, o primeiro mandamento exige toda a alma e todo o pensamento de uma pessoa. Essa é a base bíblico-doutrinária para dizer que a Mordomia Cristã valoriza a interiorioridade do crente. Logo, absolutamente tudo no interior do cristão – coração, alma e pensamento – deve estar voltado para Deus, que é o centro de todas as coisas.

1.3. “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (22.38). O segundo mandamento enfatiza que, na medida em que amamos a Deus de todo coração, alma e pensamento, devemos amar o próximo como a nós mesmos. Tal mandamento é relevante para a nossa mordomia, pois no mundo atual, sem qualquer ranço pessimista, pode-se ver que o desamor é a tônica entre pessoas, famílias, países e, até mesmo, entre alguns que se dizem cristãos.

LIÇÃO 2: MORDOMIA CRISTÃ “E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração? Bem-aventurado aquele servo a quem o senhor, quando vier, achar fazendo assim.” (Lucas 12.42,43) Deus nos confiou a mordomia dos bens materiais e espirituais; por isso, sejamos vigilantes e zelosos, porque, em breve, Ele nos chamará a prestar contas de tudo quanto recebem. (Lucas 12.42-48)

INTRODUÇÃO

A Mordomia Cristã. Prioriza os bens espirituais e materiais que o Criador nos delegou. Nesta lição, denominamos “bens espirituais” os recursos e os meios confiados por Deus à Igreja. Quanto aos “bens materiais”, são estes os recursos naturais e sociais que desfrutamos no mundo. Assim, veremos que o Pai levantou a Igreja para cuidar dos seus interesses na Terra.

I – CONCEITOS DE MORDOMIA

1. Mordomo: A palavra vem do latim, major domu, e significa “o criado maior da casa”, “administrador dos bens de uma casa”, “ecônomo” (Dicionário Aurélio) Na Bíblia, a função aparece diversas vezes como “encarregado administrativo dos bens de um grande proprietário de terras”. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento essa função corresponde à de um administrador. Portanto, nós somos mordomos de Deus e, à luz do Novo Testamento, os líderes espirituais têm maior responsabilidade perante o Senhor da Igreja (Lc 12.48).

2. Mordomia: A palavra significa “cargo ou ofício do mordomo; mordomado”. Sua origem está no termo grego oikonomia e, por isso, a encontramos em alguns textos do Novo Testamento, como na “Parábola do mordomo infiel” (Lc 16.2-4). Na Bíblia, mordomia diz respeito a todo serviço que o crente realiza para Deus e o seu comportamento diante do Pai e dos homens. É a administração dos bens espirituais e materiais, tanto no aspecto individual quanto no coletivo do ser humano. Assim, nossas faculdades espirituais, emocionais e físicas são o objeto da Mordomia Cristã. Por isso, esta mordomia está ligada ao ensino da Palavra de Deus.

Page 12: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

12

2. O cristão e as riquezas. Deus não demoniza a riqueza nem diviniza a pobreza. Mas o cristão não deve recorrer aos meios ou práticas ilícitas de ganhar dinheiro, como o bingo, a rifa, as loterias e outras formas “fáceis” de buscar riquezas (Pv 28.20). A Bíblia mostra que a avareza é a idolatria ao dinheiro, ou seja, uma compulsão para enriquecer a qualquer custo. É uma escravidão ao vil metal. Sobre isso as Escrituras também asseveram: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1Tm 6.10). E Jesus ensinou: “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lc 12.15). E também ratificou: “Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam” (Mt 6.20).

3. O cristão e a contribuição para a igreja. Na igreja local há várias maneiras pelas quais o cristão pode e deve contribuir para a expansão e manutenção da Obra do Senhor. Essa contribuição deve ser feita através dos dízimos e das ofertas voluntárias (cf. Ml 3.8-12). Jesus reiterou a necessidade da contribuição com os dízimos, repreendendo a hipocrisia dos fariseus (Mt 23.23), pois há inúmeras necessidades da igreja que requerem as contribuições dos fiéis.A. W. Tozer escreveu: ‘Uma das piores tragédias do mundo é o fato de permitirmos que os nossos corações se encolham, até que haja neles espaço para pouca coisa, além de nós mesmos’. O materialismo é uma atitude perigosa, porque conserva o nosso foco naquilo que temos, e não naquilo que somos e estamos nos tornando. Ele permite que fiquemos falsamente satisfeitos – pensamos que, porque temos muitas coisas, devemos ser boas pessoas. Embora não haja nada de errado em dirigir um carro bonito, em vestir-se bem e aproveitar os benefícios da última tecnologia, quando os nossos bens nos possuem e o que temos de valioso se torna mais importante que os nossos valores, então estamos com problemas” (TOLER, Stan. Qualidade total de vida. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp.71-72).

1.4. Quem é o próximo? Esta foi a grande pergunta feita por Jesus após contar a parábola do Bom Samaritano ao doutor da lei (Lc 10.30-37). O nosso próximo é um familiar: esposo, esposa, pai e filho, irmão, primo, sobrinho, etc. É o nosso irmão em Cristo, o nosso vizinho, o professor, o colega de trabalho, o carente ou o socialmente excluído. Assim, o mandamento revela o objeto da nossa mordomia de amor: fazer o bem ao próximo de forma concreta, com obras que revelam a nossa fé (Tg 2.14-17).

2. A mordomia da fé cristã. A palavra fé (gr. pistis; lat. fides) traz a ideia de confiança que depositamos em todas providências de Deus. Mas a melhor definição de fé foi enunciada pelo autor da Epístola aos Hebreus, ao descrevê-la com profunda inspiração divina: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). Aqui, há três características essenciais à fé: (1) Ela é o fundamento ou base para a confiança em Deus; (2) Ela envolve a esperança ou expectativa segura do que se espera da parte de Deus; (3) Ela é “a prova das coisas que não se veem”, mas são esperadas por uma convicção antecipada.

3. A fé como patrimônio espiritual. A fé cristã é o depósito espiritual acumulado durante toda vida do crente. É o nosso patrimônio espiritual, de valor e virtudes inestimáveis. Essa fé que o crente foi estimulado a guardar para não perder a “coroa” (Ap 3.11). Ao escrever ao jovem discípulo, Timóteo, e já próximo da morte, o apóstolo Paulo disse: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2Tm 4.7,8). Querido irmão, prezada irmã, guarde sua fé!

III – A MORDOMIA DOS BENS MATERIAIS

1. O cristão e as finanças. Na mordomia dos bens materiais, o cristão deve trabalhar honestamente para garantir sua sobrevivência financeira. Desde o Gênesis, após a Queda, o homem emprega esforços, com “o suor” de seu rosto (Gn 3.19), para obter os bens de que necessita. Isso é feito de maneira constante (1Ts 4.11). Nesse aspecto, a preguiça é um pecado intolerável diante de Deus. Assim, Ele exorta ao preguiçoso que aprenda com as formigas, pois estas trabalham no verão para garantir o mantimento no inverno (Pv 6.6,9; 10.26).

Page 13: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

13

LIÇÃO 3: O CONTROLE DA LÍNGUATiago 3:2 “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo”.

Texto Básico: Tiago 3.1-12.

Introdução

Nessa lição veremos o quanto o crente deve ser cuidadoso na maneira de falar com os outros. Tema do terceiro capítulo da epístola, o meio-irmão do Senhor escreve sobre um pequeno membro do nosso corpo: a língua. Este acanhado, mas poderoso órgão humano, pode destruir ou edificar a vida das pessoas. Por isso, a nossa língua deve ser controlada pelo Espírito Santo a fim de sermos canais de bênçãos para aqueles que nos ouve.

I. A Seriedade dos Mestres (Tg 3.1,2)

1. O rigor com os mestres. A palavra hebraica para mestre é rabbi, cujo significado é “meu mestre”. Os mestres eram honrados em toda a comunidade judaica, gozando de grande respeito e prestígio. Na realidade, o ofício rabínico era uma das posições mais almejadas pelos judeus, pois era notória a influência dos mestres sobre as pessoas (Mt 23.1-7). Daí o porquê de muitos ambicionarem tal posição. E é exatamente alarmado por isso que Tiago inicia então o capítulo três, referindo-se aos que acalentavam essa aspiração, visando obter prestígio, privilégio e fama, a que tivessem cuidado (v.1). Antes de almejarmos o ministério da Palavra devemos estar cônscios de nossa responsabilidade e de que um dia o Altíssimo nos pedirá conta dos atos e dos talentos a nós dispensados.

2. A seriedade com os mestres na igreja (v.1). Em Mateus 5.19 lemos sobre a advertência de Jesus quanto à seriedade e a fidelidade dos discípulos no ensino do Evangelho. Devido a sua importância, Jesus estabeleceu o ensino como um meio de propagar o Evangelho a toda criatura e, assim, ordenou a sua Igreja que fizesse seguidores do Caminho pelo mundo (Mt 28.19,20). É interessante notarmos o paralelo que Tiago faz em relação à advertência proferida por Jesus em tempo anterior: Quem foi vocacionado para ser mestre não pode ter o “espírito” dos fariseus, mas o de Cristo (Mc 12.38-40).

3. Perfeição que domina o corpo (v.2). Quem domina ou controla a sua língua, sem cometer delitos (excessos, descontroles, julgamentos precipitados, difamações, etc.), sem dúvida, é “perfeito”. O controle da língua significa que a pessoa tem a capacidade de controlar as demais áreas da vida, pois a língua é poderosa “para também refrear todo o corpo”. Quem tem domínio sobre a língua, tem igualmente o coração preservado, pois a boca fala do que o coração está cheio. Discipline-se! Faça um propósito com Deus e consigo mesmo: não empreste os seus lábios para fazer o mal.

II. A Capacidade da Língua (Tg 3.3-9)

1. As pequenas coisas no governo do todo (v.3-5). Tiago faz uma analogia acerca da nossa capacidade de usarmos a língua. Ele remete-nos ao exemplo do leme dos navios e do freio dos cavalos. Apesar de tais objetos serem pequenos, porém, são fundamentais para controlar e dirigir transportes grandes e pesados. Assim, o apóstolo nos mostra que, apesar de pequena, a língua é capaz de realizar grandes empreendimentos — edificantes ou destrutivos. Como um pequeno membro é capaz de “acender um bosque inteiro”?

2. “A língua também é um fogo” (v.6,7). Quantas pessoas não frequentam mais as nossas reuniões porque foram feridas com palavras? Você já se fez essa pergunta? É preciso usar nossa língua sabiamente, pois “a morte e a vida estão no poder da língua [...]” (Pv 18.21). Grande parte dos incêndios nas florestas inicia através de uma pequena fagulha. Todavia, essa faísca alastra-se podendo destruir grandes áreas de vegetação. Da mesma forma, são as palavras por nós pronunciadas. Se não forem proclamadas com bom senso, muitas tragédias podem acontecer.

3. Para dominar a língua. Ainda no versículo sete, Tiago faz outra ilustração em relação ao tema do uso da língua. Ele mostra que a natureza humana conseguiu domar e adestrar as bestas-feras, as aves, os répteis e os animais do mar. Mas a língua do ser humano até hoje não houve quem fosse capaz de dominar. Por esforço próprio o homem não terá forças para domar o seu desejo e as suas vontades. Mas quando Deus passa a nos governar, a língua do crente deixa de ser um órgão de

Page 14: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

14

Considerações Finais

Uma vez Salomão disse que a boca do justo é manancial de vida (Pv 10.11), e que as palavras da boca do homem são águas profundas (Pv 18.4). Tomemos o devido cuidado com a maneira como usamos a nossa língua. Não esqueçamos que, no dia do Juízo, daremos conta a Deus de toda palavra ociosa proferida pela nossa boca (Mt 12.36).

destruição e passa a ser um instrumento poderoso e abençoador, usado para o louvor da glória do Eterno. A fim de dominar a nossa língua, devemos entregar o nosso coração inteiramente ao Senhor, “Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca” (Mt 12.34).

III. Não podemos agir de dupla maneira (Tg 3.10-12)

1. Bênção e maldição (v.10). Tiago até reconhece a possibilidade de alguém usar a língua de modo ambíguo. Entretanto, deve a mesma língua que expressa o amor a Deus, deixar-se usar para destruir pessoas? Apesar de o meio-irmão do Senhor dizer que tudo que existe obedece sua própria natureza, se experimentamos o novo nascimento, tornamo-nos uma nova criação, isto é, adquirimos outra natureza. Esta tem de ser manifesta em nosso falar e agir. Portanto, se você foi transformado pela graça de Deus mediante a fé de Cristo, a sua língua não pode ser um instrumento maligno. A fofoca, a mentira, a calúnia e a difamação são obras carnais e não podem ter lugar em nossa vida.

2. Exemplos da natureza (v.11,12). O líder da igreja de Jerusalém usa dois exemplos da natureza para apontar a incoerência de agirmos duplamente. Tiago questiona a possibilidade de a fonte que jorra água doce jorrar igualmente água salgada. Para provar a impossibilidade natural deste fenômeno, o meio-irmão do Senhor pergunta, de maneira retórica, se uma figueira poderia produzir azeitonas, e a videira, figos. Naturalmente, a resposta é um sonoro não! Portanto, a pessoa que bendiz ao Senhor não maldiz o próximo. Se Deus é amor, como podemos odiar alguém?

3. Uma única fonte. Aquele que bebe da água da vida não pode fazer jorrar água para morte. Quem bebe da água limpa do Cristo de Deus não pode transbordar água suja. Portanto, a palavra proferida por um discípulo de Cristo deve edificar os irmãos, dar graça aos que ouvem e sarar quem se encontra ferido.

Page 15: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

15

LIÇÃO 4: PRINCIPIOS BÁSICOS DO MINISTÉRIOIntrodução:

Como cristãos somos chamados primeiramente a uma pessoa e, logo a uma tarefa. (Mc. 3.13-14) No contexto bíblico e na história da implantação do reino de Deus, podemos afirmar que nem todos são chamados para o exercício da liderança, todavia, todas as pessoas devem estar a serviço da obra de Deus e precisam colocar seus dons e talentos na construção do reino de Deus. Quando se trata de obra de Deus, há quem diga que o importante é “fazer qualquer coisa”. No entanto, não basta simplesmente fazer, é necessário conhecer a natureza da liderança cristã, a motivação, o atributo imprescindível para o exercício ministerial bem como os princípios elementares essências do ministério.

1. O alicerce do ministério é o Caráter. Entretanto, firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: “O Senhor conhece quem lhe pertence” e “afaste-se da iniquidade todo aquele que confessa o nome do Senhor”. Numa grande casa há vasos não apenas de ouro e prata, mas também de madeira e barro; alguns para fins honrosos, outros para fins desonrosos. Se alguém se purificar dessas coisas, será vaso para honra, santificado, útil para o Senhor e preparado para toda boa obra. (2 Timóteo 2:19-21 NVI) O alicerce do mistério é o caráter. Caráter é conjunto de características que expressam seu modo de ser. O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo lhe determinam a conduta e a concepção moral; é o DNA do seu ser moral. Se pegarmos uma semente de carvalho, ela é pequena, nesta semente esta o DNA do carvalho. A semente vai se tornar uma grande árvore. Você não vai produzir goiaba se a semente é de carvalho; assim o caráter vai produzir o que está lá dentro. Qual é o seu DNA? O caráter é resultado das suas escolhas frente ao que você recebe na confluência da situação e dos valores. Caráter é o que você recebeu durante a vida. Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, (Efésios 5:1 NVI) Caráter é o que você é para Deus. Reputação é o que você é diante dos homens. Caráter é o que você é quando está sozinho. Quando ninguém do seu relacionamento está por perto. O caráter é formado no "fogo", no deserto. Lá esteve Moisés, Elias, Paulo e estará você. O seu caráter é revelado quando você tem oportunidade

de falar de alguém na ausência dele; caráter é o que você faz com o dinheiro que não é seu quando está precisando dele. Caráter é o que você faz quando está sendo assediado longe do seu cônjuge.

2. A natureza do ministério é o serviço. Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Estava sendo servido o jantar, e o Diabo já havia induzido Judas Iscariotes, filho de Simão, a trair Jesus. Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do seu poder, e que viera de Deus e estava voltando para Deus; assim, levantou-se da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura. Chegou-se a Simão Pedro, que lhe disse: “Senhor, vais lavar os meus pés?” Respondeu Jesus: “Você não compreende agora o que estou fazendo a você; mais tarde, porém, entenderá”. Disse Pedro: “Não; nunca lavarás os meus pés!”. Jesus respondeu: “Se eu não os lavar, você não terá parte comigo”. Respondeu Simão Pedro: “Então, Senhor, não apenas os meus pés, mas também as minhas mãos e a minha cabeça!” Respondeu Jesus: “Quem já se banhou precisa apenas lavar os pés; todo o seu corpo está limpo. Vocês estão limpos, mas nem todos”. Pois ele sabia quem iria traí-lo e, por isso, disse que nem todos estavam limpos. Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: “Vocês entendem o que fiz a vocês? Vocês me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei os seus pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz. Digo verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele que o enviou. Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem. (João 13:1-17 NVI). Essa é natureza da liderança cristã, servir. Todos são chamados para servir. O serviço não é feito apesar de ser um líder, mas por causa da posição de liderança. Servir é o amor posto em prática. Uns servem em um nível maior e de grande alcance, outros servem em nível e esfera de menor influência, de acordo com o dom que recebeu, mas todos servem. Servir os outros

Page 16: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

16

você está disposto a se sacrificar por pessoas?5. A autoridade do ministério é a submissão. Viu à beira do lago dois barcos, deixados ali pelos pescadores, que estavam lavando as suas redes. Entrou num dos barcos, o que pertencia a Simão, e pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia. Então sentou-se e do barco ensinava o povo. Tendo acabado de falar, disse a Simão: “Vá para onde as águas são mais fundas”, e a todos: “Lancem as redes para a pesca”. Simão respondeu: “Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada. Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes”. (Lucas 5:2-5 NVI) No princípio do seu ministério Jesus ao chamar os discípulos testou a disposição de obediência deles. Primeiro ele pede um dos barcos para usar com plataforma de pregação à multidão. Segundo depois de uma noite de tentativa frustrada de pesca ele pede que lancem as redes. Ele estava testando a obediência e submissão daqueles que iriam compor sua equipe de trabalho. Obediência é ato de fazer como foi ordenado. Submissão é a atitude interior de não apenas fazer o que foi ordenado, mas concordar com e aceitar o que está sendo dito de coração inteiro.

6. As ferramentas do ministério são a Palavra de Deus e a oração. Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade. (2 Timóteo 2:15 NVI) Todavia, as notícias a respeito dele se espalhavam ainda mais, de forma que multidões vinham para ouvi-lo e para serem curadas de suas doenças. Mas Jesus retirava-se para lugares solitários e orava. (Lucas 5:15, 16 NVI) Não podemos fazer a obra sem oração. O fato de Deus ter usado alguém por sua graça e misericórdia numa situação especial em que não estava preparada em oração significa que essa deve ser a regra. Não se engane. A oração e a meditação na Palavra são os meios de comunhão com Deus por meio das quais extraímos força e poder para um ministério frutífero. A palavra é a espada do Espírito que ele vai usar e para isso vai procurá-la dentro de nós. O poder de Deus é liberado pela oração quando você se envolve no serviço do reino. Quando oramos a partir de Deus e não dos nossos próprios interesses mesquinhos e egocêntricos. A oração põe-nos em sintonia com o que Deus está fazendo. Oração é expressão da vida intima no relacionamento com a Trindade. A oração por obrigação raramente nos

pode ser difícil; gastar energias e recursos, dispor-se ao sacrifício “jogando para a equipe” pode ser exaustivo. Os líderes mais eficientes, porém, são servos. O serviço que prestamos a outras pessoas é realmente a medida do serviço que prestamos a Deus. No Reino de Deus serviço não é caminho para a grandeza; serviço é grandeza. No reino ser grande é servir. Ao lavar os pés dos discípulos, Cristo pretendeu nos ensinar a vivermos uma vida de amor, de serviço que exercita a humildade. Você sabe que é um servo quando os outros o tratam como tal. O líder servo vai além do que é solicitado (Lc.17:10). “lavar os pés”nos dias de hoje, pode significar lavar o banheiro, trocar fraldas, cuidar das crianças no culto infantil, berçário. etc. “Lavar os pés” traduz-se em realizar tarefas humildes que muitos evitam fazer por questão de orgulho. Você está disposto a pegar a “toalha”?

3. A motivação do ministério é o amor. Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia, saiba todos os mistérios e todo o conhecimento e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me valerá. (1 Coríntios 13:1-3 NVI) Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade. (1 João 3:17, 18 NVI) O amor tem dois aspectos: ação e afeto. Há muitos lideres que não gostam ou não amam os seus liderados. Há líderes que não suprem a necessidade do liderado. O sentimento é não agüento mais esse povo. Você ama as pessoas que você lidera?

4. A medida do ministério é o sacrifício. Meus filhos, novamente estou sofrendo dores de parto por sua causa, até que Cristo seja formado em vocês. (Gálatas 4:19 NVI) Às vezes sacrificamos para conseguir levar pessoas a darem o primeiro passo na caminhada cristã, mas não estamos dispostos a darmos a vida por elas. Fazemos tudo para conquistar, mas não fazemos tudo para mantê-las. A história cristã é permeada pelo sangue dos apóstolos e discípulos que deram literalmente o sangue pela causa de Cristo. Quanto

Page 17: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

17

10. O modelo do ministério é Jesus. “Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus. Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem desanimem.” (Hebreus 12:1-3 NVI) O único que nunca vai nos decepcionar é Jesus. Você foi chamado a imitá-lo. Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, (Efésios 5:1 NVI). Se não estivermos imitando a Deus, a quem estamos imitando? Amar como ele; servir como ele; submeter-se como ele. Ele praticou todos esses princípios, façamos o mesmo.

Considerações Finais:

Obedecer ao chamado de Deus para liderar o seu povo é uma incumbência maravilhosa, mas que causa temor. Não se deve assumir a tarefa de liderança de forma superficial. Aoexercermos a liderança devemos ter em mente que deixaremos um legado às gerações futuras. Também devemos lembrar que seremos julgados pelo Senhor, não pelo muito que fizemos, mas principalmente pelos conteúdos do nosso coração. Sirvamos a Deus servindo pessoas na expectativa de ouvirmos de sua boca: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu Senhor.”

transforma. Não devemos ter um ministério ativista. Nossa vida exterior não pode ser desconectada da vida interior. Precisamos de uma fé viva.

7.O propósito do ministério é a glória de Deus. Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer. (João 17:4 NVI) “Vocês são o sal da terra. Mas, se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” (Mateus 5:13-16 NVI) Deus não vai honrar qualquer coisa que roube sua glória. Há quem queira apenas resolver um problema do seu ego ou buscando apenas afirmar sua indentidade no desempenho ministerial. Qual o seu propósito ministerial?

8.O privilégio do ministério é o crescimento. “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. (João 15:5 NVI).”Somos os ramos da videira. Estamos ligados em Cristo e nele permanecermos vamos frutificar. O privilegio da videira é dar fruto e para dar fruto tem que permanecer, e para permanecer é preciso obedecer, e para obedecer é preciso amar, e para amar é preciso conhecer.

9. O poder do ministério é o Espírito Santo. “Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra”. (Atos 1:8 NVI) A obra de Deus deve ser feita somente por pessoas que estejam cheias do Espírito Santo. Por mais simples que seja o serviço, quando se trata de obra de Deus o trabalho é de natureza espiritual e, portanto, precisa de pessoas que sejam dotadas de capacidade sobrenatural, caso contrário não suportarão o peso e a demanda de trabalho e ficarão pelo caminho ou criarão problemas no canteiro de obras do Reino. Precisamos de poder e autoridade espiritual. Deus libera seu poder quando os seus projetos estão sendo concretizados.

Page 18: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

18

LIÇÃO 5: LIDERANÇA CRISTÃIntrodução:

Nesta matéria vamos estudar a liderança cristã procurando fornecer aos líderes da igreja uma melhor visão desta importante faceta da vida da igreja. Falaremos sobre a importância de se conhecer o tema, a necessidade de lideres, também os tipos de lideres e as características necessárias a estes, tanto espirituais, como de habilidades. Analisaremos ainda os objetivos da liderança cristã e os principais erros a se evitar como líder.

I - Definição:

Segundo John Haggai, “liderança é o esforço de exercer conscientemente uma influência especial dentro de um grupo no sentido de levá-lo a atingir metas de permanente benefício que atendam as reais necessidades do grupo.” É importante entender o que é liderar para que se alcance êxito neste intento, pois muitas vezes falhamos na execução por não entender a missão. Liderar, pois, é esforçar para influenciar um grupo para que este alcance as metas que beneficiem permanentemente o mesmo em suas reais necessidades. Como deve então o líder cristão esforçar-se para influenciar o grupo que lidera?Na força da opressão? Coagindo as pessoas? Ameaçando-as? Acusando-as? Óbvio que não! Esta influência do líder cristão deve ser exercida pelo exemplo e pela persuasão da palavra de Deus. II Tess 3.9; I Tm 4.12; Tito 2.7; I Pe 5.2,3.Alguns pensam que liderar é dar ordens como no quartel, não é. Na liderança cristã o que conta é o serviço e o exemplo do líder e o ensino da palavra. Estes devem ser a força motriz da liderança. João 13. 12-17.

II – Necessidade de líderes

Há uma grande necessidade de líderes cristãos hoje. Deus sempre levanta líderes como vemos em toda a história de Israel e da igreja, podemos ver isto especialmente no livro de juízes. Somente Deus pode levantar estes líderes para o seu povo. O nosso papel é colocar-se a disposição de Deus, para que Ele nos use com este fim, sermos os líderes que estão faltando hoje no cenário do mundo e na Igreja, pessoas que façam a diferença.

III - TIPOS DE LÍDERES:

1- Líder nato: pessoas com características de líderes tais como: temperamento, personalidade, habilidades.

2-Líder vocacionado: é o líder que tem o chamado de deus para ser líder.

3- Líder treinado: é aquele que recebe treinamento para exercer com eficácia sua liderança. Há quem acredite que o líder chamado por Deus não necessita de treinamento – mas a palavra e a experiência demonstram o contrário. O líder mesmo chamado por deus e com muitas características de liderança precisa de treinamento. O próprio termo discípulo implica em treinamento! Aprendizado! É importante saber que independentemente das habilidades naturais, qualquer pessoa que foi chamada por Deus, pode e deve qualificar-se por meio do treinamento para exercer uma excelente liderança, uma vez que as habilidades podem ser aprendidas e aperfeiçoadas. Moisés, por exemplo, se achava e talvez fosse mesmo, incapacitado para falar ao povo e conduzir o povo de Deus, porém, Deus fez dele um dos maiores líderes do povo do Senhor de todos os tempos, não esquecendo que Moisés foi instruído em toda a ciência do Egito, e que teve dois períodos de 40 anos em sua vida que foram de treinamento, para servir os últimos quarenta. Um outro exemplo é Paulo, o Apóstolo, que fora treinado por um dos maiores rabinos da época, Gamaliel, Atos 22. 2, e Deus se utilizou deste treinamento para fazer de Paulo o maior líder do cristianismo, e além disto, Paulo foi um defensor do treinamento, IITm 2.2.

IV – Características espirituais do líder:

O líder precisa ser:

1 – Íntegro: O líder precisa ter integridade moral. Integridade é a qualidade daquele que é reto, incorrupto. “O líder precisa conhecer e defender o que é justo, mesmo que não seja popular”. Integridade não implica em perfeição, pois o homem íntegro é aquele que até quando erra tem a capacidade de assumir seus erros. 2 – Leal: Qualidade de quem fiel – O líder precisa ser fiel a Deus, aos ensinos que lhe são dados, leal aos

Page 19: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

19

9 – Constante: Constância, firmeza, perseverança – são termos que definem uma qualidade indispensável a qualquer líder cristão. A pessoa inconstante é uma candidata ao fracasso. Conta-se que Gengis Khan fora derrotado em uma batalha, e escondido dos seus inimigos, observou uma pequena formiga tentando levar uma folha muito maior que ela por uma superfície íngreme, e não suportanto o peso caiu por várias vezes. O observador contou mais de 100 tentativas daquela formiguinha, até que finalmente conseguiu seu intento. Após isto ele resolveu que venceria a qualquer preço, e lutou até se tornar um vencedor.

10 – Verdadeiro: Quando Jetro aconselhou Moisés a escolher líderes que o ajudassem na árdua tarefa de conduzir o povo de Deus, uma das características sugeridas por ele, que deveria haver nos escolhidos era que fossem “homens de verdade”, Êxodo 18.21. Isto se refere à franqueza, a falar a verdade, viver a verdade, sinceridade. Com certeza, um dos piores defeitos que um líder pode ter é ser falso, quer com seus líderes, quer com seus liderados. Não há que duvidar que seja muito melhor ter um “Pedro” que diz o que pensa e até fala muita bobagem, do que um “Judas”, que fica quieto, como quem concorda com tudo, e que por trás está traindo por algumas poucas moedas.

V – Características do líder no contexto eclesiástico: O líder deve desenvolver a seguintes habilidades:

1 – Falar: A oratória é a arte ou habilidade de falar em público. Esta habilidade é desejável para todo líder e até mesmo indispensável aos líderes de algumas áreas como ensino, pregação, líder de grupos, dirigentes de congregação entre outros.

2 – Comunicar: Não só com palavras, mas também com atitudes e gestos, com o sorriso etc. O líder precisa desenvolver a habilidade de se comunicar. Para que os liderados possam seguir seu líder, este precisa comunicar-se com eficiência, quer verbalmente, quer por escrito, que por outros meios e modos de comunicação. I Coríntios 14.8; II Tess 2.2.

3 – Relacionar: O líder precisa ser alguém de alma sarada! Emocionalmente curado! Na verdade todo trabalho da liderança cristã visa relacionamentos, João 13.34,35, que deve começar com o líder, que

seus líderes, leal a sua igreja. Está aí uma qualidade em falta nos nossos dias.

3 – Sóbrio: Qualidade de quem é tranquilo, de ânimo estável mesmo em momentos difíceis, que não reage com exageros diante das crises.

4 – Humilde: A qualidade do humilde é pensar acerca de si mesmo como convém. É saber reconhecer seu verdadeiro valor e posição e o valor dos outros, de acordo com a verdade. Se uma pessoa é humilde, então é submissa, obediente, prestativa, como foi Jesus, que foi tudo isto, apesar de ser Deus.

5 – Servo: Não se encontra um livro sequer que fale de liderança cristã, que não possua em sua lista de qualidades do líder, a de servo, aliás, como diz o Senhor Jesus, servo de todos! Marcos 9.35; 10.44. 6 – Dinâmico: O bom líder é ativo, hoje diríamos, pró ativo, (não confundir com ativismo), a inércia e a preguiça são as causas do fracasso de muitos que poderiam ser bons líderes. II Tess 3.6-15; Provérbios 12.27; 13.4; 20.4; 21.25.

7 – Amoroso: A verdadeira liderança cristã é motivada pelo amor, não por ganância, nem por vanglória, nem por orgulho. O bom líder ama seus liderados. I Coríntios 16.14; II Coríntios 2.4; Filipenses 1.14-17; Efésios 3.1; I Tess 1.5.

8 – Ensinável: O líder precisa ser alguém que possa ser ensinado, por mais que saiba, por mais conhecimento que possua, por mais que tenha estudado e aprendido. Um certo filósofo, considerado o mais sábio de sua época afirmou: “só sei, que nada sei”. Não há nada mais detestável em termos de liderança, que um líder acredita não ter mais nada, nem ninguém com quem possa aprender alguma coisa, e isto é multiplicado pela décima potência quando se trata de um líder cristão. Eclesiastes 4.13; I Coríntios 3.18; 8.2. Há líderes que tem dificuldade de seguir a visão de outros líderes, não conseguem se submeter aos seus líderes, todavia, querem que seus liderados sigam inquestionavelmente a sua visão, isto é na verdade uma forma de orgulho que impede o tal de aprender com os outros, tal líder não será de grande ajuda, nem para os que o lideram, nem para aqueles que ele lidera, pois, se não aprendeu não pode ensinar e se não aprendeu a aprender, não aprendeu nada.

Page 20: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

20

o demônio falou em nossa igreja que a saia jeans é dele”? Ao que a nossa irmã replicou: é que, na igreja que eu congrego nós somos doutrinados pela Bíblia e não por demônios!

c) Conhecimento geral: É importante para quem lidera conhecer o mundo, sua história, sua atualidade. Um mínimo de conhecimento geral, em cada área do conhecimento humano, geografia, biologia, anatomia, religiões, culturas, folclores, poesia e tantos outros, é indispensável para que o líder não pareça e não seja um alienado. Portanto é importante que o líder cresça no conhecimento geral. Veja as seguintes passagens bíblicas: Atos 7.22; 17.28; Daniel 1.4,17. A falta de conhecimento geral pode levar a erros grotescos tais como afirmar que o peixe que engoliu Jonas, o vomitou na praia de Nínive, sendo que Nínive está muito distante do litoral, não possuindo praias. Ou que a terra é quadrada´, porque a Bíblia fala dos quatro cantos da Terra! Ou que toda doença é causada por demônios ou como alguns dizem por encostos.

d) Conhecimento da estrutura e funcionamento da Igreja como organização: O líder precisa conhecer sua igreja. Como funciona sua administração, seu culto, a formação de líderes, sua forma de governo, seus ministérios, seus estatutos, seus ensinamentos, sua ética, seus métodos de trabalho, de evangelização, suas instituições, etc. Para que possa exercer sua liderança dentro da denominação com maior eficácia.

VI – Vida pessoal do líder

Além de todas as características espirituais e habilidade que o líder deve possuir e buscar, também se faz necessário o cuidado com a vida pessoal, que envolve várias facetas, a saber:

1 – disciplina: O líder precisa ser alguém disciplinado, quer dizer alguém que se governa. Uma vez que o líder normalmente está a frente de um grupo, fica a própria mercê no que tange a sua própria vida. Por este motivo precisa se auto disciplinar para não sucumbir. Eis algumas áreas nas quais o líder deve se disciplinar:

a) Vida de oração: O líder deve observar a disciplina na oração, pois dela depende seu sucesso. Quem vai cobrar um líder a sua vida de oração? Quem vai exortá-lo a que ore mais? Ele mesmo deve exercer disciplina sobre esta questão.

b) Leitura bíblica: O líder cristão precisa ter também disciplina na questão da leitura bíblica, primeiro para

sabe se relacionar bem com seus líderes e com seus liderados. No ato de liderar, este precisa delegar, orientar, corrigir, motivar, resolver problemas dentro do grupo, e não cria-los. Vejamos os seguintes textos, Tito 1.5; I Timóteo 4.12; 5.1-2.

4 – Aconselhar: Todo líder vez por outra se verá na situação de ter que aconselhar alguém, por isso, é necessário esta habilidade. Aconselhar não é tarefa fácil, porém muitas vezes necessária, e o líder que procura aperfeiçoar-se nesta área produzirá benefícios permanentes naqueles que lidera. Provérbios 18.13; Tiago 1.19.

5 – Conhecer: O líder necessita se aperfeiçoar no conhecimento, II Pedro 3.18 e deve esmerar-se em: conhecimento bíblico, doutrinário, teológico, geral, e da estrutura e funcionamento da igreja.

a) Conhecimento Bíblico: Conhecer a Palavra de Deus é indispensável a todo cristão, ainda mais ao líder cristão. Quanto mais o líder puder se aprofundar no conhecimento Bíblico, tanto mais será útil àqueles que lidera. Veja o absurdo dito por um líder falto de conhecimento bíblico, ele pregava sobre Abraão e Ló, e numa certa altura da pregação diz que, na discussão entre estes dois personagens bíblicos, Abraão disse a Ló seu sobrinho: “Ló, meu sobrinho, escolha o lado para o qual você vai, se fores para a esquerda, eu irei para a direita, e se fores para a direita eu irei para a esquerda, mas não vamos brigar, pois, somos parentes, e já basta o trabalho que demos a Moisés para nos tirar do Egito!”. Ora, Abraão existiu séculos antes de Moisés e como é este o tirou do Egito? Este exemplo é cômico e pode parecer irreal, mas eu mesmo já vi vários exemplos até piores que este.

b) Conhecimento doutrinário: Conhecer as doutrinas bíblicas esposadas pela igreja é demasiadamente importante para o líder, para não acontecer como em algumas denominações onde reina a confusão, o sincretismo, e até o demonismo doutrinário, I Timóteo 1.3,10; 4.1,2, 6,16; 6.3; Atos 2.42; Romanos 6.17; Efésios 4.14; II Timóteo 4.3. Veja estes dois exemplos ocorridos entre nós. O primeiro, em que um obreiro vai expulsar um demônio de uma senhora possessa, e esta, usada pelo demônio declara que estava gravida de um filho gerado pelo Diabo, e logo isto foi aceito como verdade, e até propagado como se de fato o Diabo pudesse gerar filhos! Já imaginou se o Diabo pudesse mesmo gerar filhos? Com que basedoutrinária se aceita um engano destes? O outro caso em que um jovem de nossa igreja, foi interpelada por alguém de outra denominação, que gosta de entrevistar demônios, que lhe disse: “como você sendo evangélica, usa saia jeans, sendo que

Page 21: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

21

VIII – Comprometimento total

Significa que o líder precisa estar comprometido não só com a área em que atua com a obra em geral com as outras áreas de liderança, tendo uma visão geral da obra de Deus. O líder comprometido, engajado, se envolve não só com sua área específica de atuação, mas, com toda a obra em geral.

IX – Objetivos principais do líder

A liderança cristã tem vários objetivos, mas existem os objetivos principais que faremos bem em conhecer e em atentar por alcançar.

1 – Glorificar a Deus: Este é o objetivo primeiro de uma liderança cristã. Tudo deve ser feito para a glória de Deus. I Coríntios 10.31.

2 – Buscar o bem dos liderados: Conforme vimos no começo da palestra, na definição de liderança, o líder lidera para que o grupo alcance a metas que atendam suas reais necessidades.

3 – Conduzir os liderados ao êxito: O líder trabalha para que seus liderados alcancem êxito em suas vidas, em seu serviço para o Senhor. Para que os liderados se desenvolvam, cresçam, exerçam seus ministérios, como diz Paulo em Efésios 4.11-15.

4 – Multiplicação: O trabalho do líder é exercido para que o grupo cresça, se multiplique.

5 – Disciplina do grupo: Em termos de disciplina cristã podemos ver que abrange a mesma três facetas:

a) A disciplina instrutiva: quando se aprende o que é necessário saber – daí vem o termo discípulo, disciplina (matéria, conteúdo). Muitos querem corrigir os liderados sem tê-los instruído, ensinado. É neste ponto que se conhece o valor do discipulado, quando as pessoas devidamente instruídas dificilmente precisarão ser corrigidas;

b) A Disciplina corretiva: quando se erra e busca-se consertar o erro – é quando dizemos que alguém foi disciplinado. A verdadeira liderança não se faz com bajulação, mas, com disciplina corretiva. Muitos líderes não querem disciplinar seus liderados por

seu próprio benefício espiritual e também para o benefício daqueles que o ouvem. Persiste em ler! Dizia o Apóstolo Paulo a Timóteo, e quando preso o apóstolo pediu que lhe trouxessem os livros, principalmente os pergaminhos! (que continham as Escrituras do Velho Testamento), I Timóteo 4.13; II Timóteo 4.13. A tendência do líder que não lê as Escrituras é citá-la erradamente ou começar a emitir sua opinião sobre o que a Bíblia deveria dizer e não o que ela diz. Quando não começa a acrescentar conteúdos às Escrituras!

c) Leitura geral: Já vimos que o líder precisa estar contextualizado com o mundo em que vive. A melhor maneira de se conseguir isto é ser um assíduo leitor. Jornais, livros, revistas, etc, devem fazer parte da vida de leitura do líder cristão.

d) Vida familiar: Alguém parafraseou o Senhor Jesus com muita propriedade dizendo: “Que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua família”?! O líder necessita liderar bem a sua família, a sua casa, para depois poder liderar as demais. I Timóteo 3.4,5.

VII - Zelo e dedicação

É necessário que haja no líder, zelo e dedicação à liderança que exerce na igreja. O líder deve estar atento a forma como lidera, para não desleixado, negligente, pelo contrário, deve haver zelo e dedicação a liderança com a qual Deus o honrou, pois é uma honra exercer liderança na casa de Deus, a Igreja.

a) Como gasta seu tempo: é importante o líder analisar quanto tempo dedica a liderança que lhe foi outorgada.

b) Quanto investe na área de liderança: Quanto investe no na área de sua liderança, aprendizado, cursos, palestras, treinamento, leituras de vários materiais da área de atuação, participação em congressos, encontros, etc.c) Como realiza sua liderança (motivação e métodos): Qual é a sua motivação para exercer sua liderança? O que faz você realizar a sua liderança? Que métodos? Tem procurado evoluir nos métodos de liderança para exercê-la? Procure crescer cada dia como líder.

d) Aperfeiçoamento na área de liderança: Hoje temos cursos oferecidos para os líderes, CFM, curso de teologia, inclusive oferecidos por nossa própria Igreja, como é o caso desta Escola de Ministérios, que bom que você está participando dele. Assim poderá o líder exercer cada vez melhor sua liderança diante da igreja a qual serve.

Page 22: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

22

é sábio e producente pedir por favor e dizer obrigado. O líder cristão precisa saber ser grato à igreja ajudou a chegar onde está, aos líderes que lhe deram a oportunidade de por em ação seu ministério, as pessoas que o buscaram para o Evangelho, aos irmãos que o ensinaram o que sabe sobre a vida cristã. Quando se é ingrato, toma-se a atitude defensiva de querer ser grato somente a Deus, como se Deus não tivesse usado pessoas que se dispuseram e tiveram papel preponderante na nossa salvação e na nossa formação como líder. Quem não é grato às pessoas que foram usadas por Deus para seu benefício, também não o é a Deus. Veja o que diz a Palavra em 1 João 4.20 e Filemon 1.19. Será que devemos ser gratos?

4 – Covardia: Todo cristão precisa confiar no Senhor, principalmente nos momentos de perigo e dificuldade, mas principalmente o líder precisa se guardar ser dominado pelo medo e pela covardia. A Josué substituto de Moisés, Deus disse: “não te atemorizes. Josué 1.9. Para o exército de Gideão o Senhor disse: Voltem atrás os covardes! O líder precisa ser corajoso, pois se se mostrar medroso, não poderá liderar os exércitos do Senhor. Em quaisquer circunstâncias o líder precisa confiar que o Deus de Jacó está com Ele. Salmos 46.

5 – Ganância: A palavra de Deus diz que o obreiro é digno do seu salário, e não o que se discutir a respeito, é ponto pacífico entre os que creem na Palavra de Deus. Porém quando um líder se deixa levar pela ganância, deu o primeiro passo rumo a sua queda, entrou pelo caminho de Balaão e está prestes a seguir a sua doutrina. (Qualquer semelhança com alguma denominação não é mera coincidência)! Uma das exigências para quem desejasse o episcopado ou o diaconato era que não tivesse torpe ganância. I Timóteo 3.8; Tito 1.7. Quando um líder cede ao amor ao dinheiro, com certeza não exercerá sua liderança como poderia ou deveria. Ainda que todos, inclusive os líderes precisem de dinheiro para se sustentar e aos seus, para o verdadeiro líder, o dinheiro será sempre um meio de sustento e nunca um fim em si mesmo. Se há um anseio que nem um líder cristão pode ter é o de ficar rico, os motivos são óbvios. I Timóteo 6.1-11; Provérbios 15.27; Jeremias 17.11.

6 – Preguiça: Pode parecer incrível, mas há líderes

medo de perdê-los, a verdadeira liderança faz o que deve ser feito e deixa os resultados com Deus;

c) A disciplina cirúrgica: quando é necessário amputar parte do corpo (um membro) para não permitir que o corpo todo apodreça. Assim que, se o líder for instruído e disciplinado corretivamente, aprenderá e praticará aquilo que é mister e não necessitará de disciplina cirúrgica. E assim deve também exercer sua liderança para com seus liderados em termos de disciplina.

X – Erros que o líder deve evitar

1 – Precipitação: O líder deve evitar a precipitação a qualquer custo, visto que o custo da precipitação pode ser maior que qualquer outro custo. I Timóteo 5.22. Provérbios 19.2 diz que “peca quem é precipitado”. O líder deve cuidar para não ser precipitado com:

a) Os pensamentos – Observe o erro de Asafe, pensar precipitadamente, quase se desviou. O Salmo 116.11 – versão revista e corrigida, trás uma questão de precipitação de pensamento, por isso é bom meditar, pesar o que pensa.

b) As palavras – Lembre-se, enquanto a palavra está trancada na sua boca você é senhor dela, depois que ela sai da sua boca, você se torna seu escravo! Provérbios 13.3. Veja também: Eclesiastes 5.2; Provérbios 20.25; 29.20 e Tiago 1.19.

c) As ações – Nem tudo precisa de uma resposta imediata, seja longânimo. Provérbios 14.29; 19.2;

2 – Rebelião: Todo líder mais cedo ou mais tarde sentirá a tentação de se rebelar. Satanás é o criador e fomentador desta doutrina. Ele foi o primeiro rebelde, e não hesitará em fornecer justificativa para que o líder de qualquer área da igreja se rebele também. Para não cair nesta tentação basta que lembremos o que Deus diz sobre a rebelião em I Samuel 15.23 e da regra áurea que Jesus ensinou em Mateus 7.12 e Lucas 6.31. Vez por outra encontramos alguém que se rebelou contra seu líder lá atrás, e agora está cheio de mágoas porque alguém se rebelou contra ele. Engraçado, não é?

3 – Ingratidão: Na boa educação ensina-se que há duas palavras mágicas: Por favor e obrigado! Na boa liderança estas são as palavras mágicas também. Ainda que alguém nos seja subordinado

Page 23: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

23

que querem que seus liderados façam o trabalho sem tê-lo à frente! Ora, a própria definição de líder, que diz que líder é aquele que vai à frente, explica porque muita coisa não é feita. Se o líder não estiver à frente como os liderados se animarão a fazer alguma coisa? Há lideres que se perguntam por que o meus liderados não evangelizam, resposta: porque muitas vezes o líder não evangeliza! Por que o meu povo não discípula? Perguntam outros. Porque ele mesmo, muitas vezes não discípula, e às vezes nem se quer ensina a discipular. Sabemos que há lideres que se esforçam por fazer com que seus liderados se envolvam sendo exemplo para o grupo e não conseguem grandes resultados, imagine o líder que não vai à frente, que não seja o primeiro a “arregaçar as mangas”, como pode esperar que algo aconteça? Como espera ver resultados? Provérbios 13.4; 21.25; 26.16.

7 – Maledicência: Há ditado que diz “Não digas nada de alguém pelas costas, que não tenhas coragem de dizê-lo na sua frente”. O líder deve vigiar para não falar mal nem de seus líderes e nem de seus liderados. Mesmo que o diga seja verdade e tenha coragem de dizer para a própria pessoa, sempre trará algum prejuízo. Há um teste que nos ajuda a evitar falar mal das pessoas que é:

a) O que vou dizer deste alguém é verdade?

b) O que vou dizer deste alguém vai ajudar a pessoa de quem falo?

c) O que vou dizer desta pessoa vai edificar que vai ouvir?

Se a resposta para cada uma destas perguntas for positiva, pode falar, se alguma delas for negativa, então não fale. Será melhor.

Considerações Finais:

Ser líder não é e nunca será tarefa fácil. O verdadeiro líder cristão é aquele que foi chamado e por ele capacitado para a tarefa de liderar. O líder deve desenvolver suas habilidades por meio do treinamento para melhor servir seus liderados. Para estes líderes dizemos com certeza: “apenas esforça-te e tem bom ânimo, porque o senhor te fara bem sucedido”.

Page 24: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

24

LIÇÃO 6: CULTO INSPIRADORIntrodução:

O que podemos definir com um culto inspirador? Aquele culto contagiante que faz com que os participantes vão para os corredores do templo comentando, e, por conseguinte vivam intensamente aquilo que ouviram até o próximo encontro. Antes de falar propriamente do Culto Inspirador, vamos definir essa palavra. Esta palavra deriva-se de in spiro, ‘soprar para dentro, insuflar’, aplicando-se na Escritura não só a Deus, como Autor da inteligência do homem (Jó 32.8), mas também à própria Escritura, como ‘inspirada por Deus’ (2Tm 3.16). Nesta última passagem claramente se acha designada uma certa ação de Deus, com o fim de transmitir ao homem os Seus pensamentos. Ainda que se fale primeiramente de inspiração no A.T., pode o termo retamente aplicar-se ao N.T., como sendo este livro considerado também como Escritura. A palavra, significando ‘sopro de Deus’, indica aquela primária e fundamental qualidade que dá à Escritura o seu caráter de autoridade sobre a vida espiritual, e torna as suas lições proveitosas nos vários aspectos da necessidade humana. O que é a inspiração, pode melhor inferir-se da própria reivindicação da Escritura. Os profetas do A.T. afirmam falar segundo a mensagem que Deus lhes deu. O N.T. requer para o A.T. esta qualidade de autoridade divina. De harmonia com isto, fala-se em toda parte da Escritura, como sendo a ‘Palavra de Deus’. Segundo o Dicionário Online de Português, é inspirador tudo aquilo que é capaz de inspirar, estimular, entusiasmar, influenciar. Então podemos dizer que um ‘culto inspirador’ é aquele que induz o cristão ás práticas saudáveis da vida cristã, mediante aquilo que ouviram e observaram na participação do culto. Então nossos cultos precisam soprar para dentro das pessoas participantes do mesmo. Isso remete-se a importância de o mediador desse culto estar ‘inspirado’. Só vamos inspirar se estivermos inspirados pelo Espirito Santo. Percebem a importância disso. Quando falamos em desenvolvimento da Igreja, logo vem à nossa mente questões como: aumento do número de membros, das entradas financeiras, de como inserir a Igreja na comunidade, etc. Precisamos de fato definirmos em que queremos desenvolver, ou seja, no que precisamos desenvolver para que a Igreja se

desenvolva naturalmente. No entanto precisamos focar em uma qualidade da Igreja a ser inserida na sociedade que não apenas a fará ser reconhecida, más e também produzir em seus membros a capacidade de ser inspirado através daquele culto inspirador. Nossos cultos serão inspiradores quando a graça de Deus manifestada, é a graça abundante de Deus em todos os cultos da igreja. Quando há uma adoração genuína onde a centralidade seja o poderoso Deus. Quando a pregação bíblica é inspirada, fervorosa e ungida. Quando é manifestada a alegria no Espírito Santo entre os irmãos fazendo sair daquele lugar melhores do que quando lá chegaram. Quando há edificação dos irmãos, restauração de vidas, conversão dos pecadores e exaltação de Cristo. Esses são alguns dos elementos que farão com que nossos cultos sejam de fato, inspiradores. Quando há firmeza na Palavra de Deus. Que a igreja seja despertada para leitura, estudo, memorização e obediência das Escrituras. A filosofia de vida dominante e as potestades do ar aliadas à carne estão empurrando nossas igrejas e famílias para longe das verdades bíblicas. Se cedermos a essa pressão, e não nos alinharmos à vontade de Deus e tornamos nossos cultos inspiradores, a igreja morrerá. Segundo Christian A. Schwarz, no livro “O Desenvolvimento Natural da Igreja diz que provavelmente não existe outra área na vida da igreja em que a importante diferença entre "modelos" e "princípios" seja tão frequentemente ignorada, quanto na questão do modelo de culto. Qual é o elemento que diferencia os cultos de igrejas que crescem dos cultos das igrejas que não crescem, igrejas que estão acima das que estão abaixo da média de qualidade? Em outras palavras, que aspectos cada igreja deveria realmente levar a sério quando o assunto é planejamento do culto? Provavelmente não existe outra área na vida da igreja em que a importante diferença entre "modelos" e "princípios" seja tão frequentemente ignorada. Muitos cristãos pensam que precisam adotar certos modelos de cultos de outras igrejas porque veem neles um princípio de crescimento. Li certa vez, em um comentário feito por um pastor que, não importa o modelo de culto, importa-se que seja inspirador. Permita-me discordar deste tipo de pensamento, pois não é qualquer modelo de culto que é inspirador no sentido que estamos orientando.

Page 25: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

25

Dizer simplesmente que não devemos importar com o tipo de culto que vamos oferecer aos nossos ouvintes não me parece saudável. Colocar a questão do culto inspirador sem a devida explicação do fim, promove um erro litúrgico absurdo com consequências que podemos não conseguir resolver depois. Quanto ao aspecto do culto, fator que realmente importa é se o culto é uma experiência inspiradora (no sentido de inspiração que vem do Espírito de Deus). Lemos em Romanos 12.1… “Portanto, irmãos, rogo-vos pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês”. Algumas traduções bíblicas usam a expressão: “culto espiritual” ao invés da expressão “culto racional”. É uma variante textual!O culto deve ser gostoso! No culto as pessoas devem ter uma experiência agradável e inspiradora. Sair dizendo tudo neste culto me tocou, mexeu comigo; vou viver dessa forma e Deus será glorificado nisto. A igreja deve ter um culto inspirado pelo Espírito Santo de Deus! Todos os cultos da igreja (Domingo e durante a semana) devem ser cultos gostosos, cultos agradáveis, cultos inspirados pelo Espírito Santo de Deus. Ou seja, nas igrejas em que os cultos são celebrados de forma inspiradora, podemos observar que eles "por si mesmos" atraem as pessoas. As pessoas ao saírem do culto devem sentir saudade, devem sentir um sabor de quero mais… O culto poderia ter demorado mais um pouquinho estava tão bom”. É aquele culto que contagia as pessoas participantes a trazerem outras pessoas a participarem também...daí o crescimento. Uma igreja com marcas de qualidade cresce naturalmente…

Reflexão:

O que as pessoas estão dizendo ao saírem de nossos cultos?

Page 26: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

26

LIÇÃO 7: PRINCÍPIOS DA PREGAÇÃOI. A origem da Homilética

Antes de falarmos sobre a origem da Homilética, propriamente dita, vamos pensar um pouco sobre a origem da palavra.

1. A Palavra é um veículo de comunicação. Ela pode ser expressa por sinais corporais (gestos), sonoros (fala), gráficos (escrita), luminosos (luzes) e outros. A palavra falada (sonora) é um fenômeno bio-psíquico-social. A palavra possui dois elementos básicos: o material (som), que recebe o nome especial de vocábulo; e o imaterial (ideia), que recebe o nome de termo. Inicialmente a palavra representava apenas uma ideia nominativa, isto é, era o nome de uma coisa, de uma ação ou de um sentimento. Depois a palavra passou a representar uma ideia elaborada, ou seja, um pensamento completo. Do fonema ela passou à oração e à frase; da fonética foi para a sintaxe. Sem dúvida foi o convívio social que obrigou o homem a pôr nomes nas coisas, a organizar suas ideias e a desenvolver o complicado mecanismo da comunicação oral, baseado na palavra. O homem inventou a escrita que começou com os pictogramas (desenhos), passou para ideogramas, pelos hieróglifos e, finalmente, às letras.

2. A conversa. O convívio social, que levou o homem a inventar a palavra e a frase, produziu também a conversa, isto é, a troca de palavras. A conversa é um diálogo entre duas ou mais pessoas. Os gregos davam à conversa o nome de homilía (de onde veio a palavra homilética) e os romanos a chamavam de sermonis (de onde veio sermão). Note que homilía e sermonis são simples sinônimos de conversa.

Observação: O discurso é um diálogo em que o interlocutor tem uma participação direta e real; o discurso é um diálogo em que essa participação é direta, mas de forma imaginária. A pessoa fala a um grupo e imagina que está trocando ideias com seus ouvintes e espectadores.

II. O Assunto

1. Conhecer o assunto. O pregador precisa saber o que está falando para poder convencer os outros. A demonstração de que ele domina, plenamente, o assunto, inspira confiança nos ouvintes e lhes

facilita a aceitação. Por isso o pregador deve ser estudioso, pesquisador e observador.

2. Ter convicção. Convicção é a certeza de que o que se está falando é a verdade absoluta. Pela convicção, o pregador envolve o seu intelecto e o seu caráter naquilo que está falando. Vale dizer que o pregador precisa crer naquilo que prega. Se não crê no que diz, por que diz? Como se pode oferecer Cristo como Salvador do mundo se ainda não o experimentou como Salvador pessoal?

III. As Palavras

1.Propriedade. Consiste no conhecimento exato de sua forma (morfologia), origem (etimologia), significado atual (semântica) e significado contextual.

2. Disposições. As palavras devem ser colocadas na ordem lógica ou psicológica, segundo as regras gramaticais. O pregador deve conhecer, ou aprender, as regras gramaticais.

3. Fluência. Facilidade de pronúncia. As palavras devem ser livres, bem pronunciadas e bem colocadas.

4. Elegância. Esta depende de:

a) Conhecimento da língua

b) Criatividade de construir as frases com inteligência

c) Boa dicção, ou seja, capacidade de articular corretamente as palavras.

O pregador que cuida da elegância de suas palavras, não comete cacófatos (de cacofania, vício de linguagem que consiste na fusão das letras finais de uma palavra com as iniciais da seguinte, disso resultando um som desagradável, ridículo ou palavra obscena) e nem usa gíria. Emoção. O pregador, que dispõe de uma mensagem divina, que só tem um objetivo (salvar o homem, dotando-o do melhor bem), não pode deixar de valer-se da emoção. Ele precisa envolver os seus assistentes numa forte atmosfera de viva emoção para facilitar-lhes uma sábia decisão ao lado de Cristo. Suas mensagens devem comunicar vida, e vida abundante. A pregação não deve ser

Page 27: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

27

texto algum, mostrando que conhece bem a Bíblia mas não é capaz de aplicá-la à sua vida ou à de outrem. São as chamadas “saladas mistas”.

A. Cada mensagem deve ter um tema específico.- A comunicação eficiente depende e exige um tema único.- Todo sermão deve ser a interpretação de uma ideia dominante no texto escolhido.- O pregador deve ter bem definido em sua mente o que vai falar, isto é, deve ter um tema claro e definido.- Os pontos principais do sermão devem ser seções menores de um tema único.- O tema deve ser expressado numa frase curta e fecunda, clara como o cristal.

B. O tema do sermão é, obrigatoriamente, o mesmo do texto lido.

- O tema do sermão deve encontrar respaldo no texto base do sermão.- É expressamente proibido: “Ler o texto, sair do texto e nunca mais voltar ao texto”.- O pregador deve pregar sobre o texto lido e não sobre outro.

C. O tema deve ser esclarecido dentro da mensagem.- A mensagem, ou sermão, é uma explicação ou esclarecimento do tema proposto.- Após a mensagem o ouvinte deve ser capaz de entender e saber explicar o tema ouvido.

D. O tema deve ser fruto de inspiração divina.- O tema não nasce de uma necessidade da igreja ou algum irmão em particular.- O tema nasce de uma busca constante e de uma comunhão íntima e contínua com o Senhor, aliadas ao estudo regular da Palavra.

E. Perguntas que o pregador deve fazer a si mesmo:1. Sobre o que estarei falando?2. Meus ouvintes irão descobrir e entender o tema de meu sermão?3. O tema proposto é esclarecido dentro do sermão?

VI. Pesquisa e Análise do Texto

Depois de escolhido o texto e o tema de seu sermão existem outros passos a serem tomados.

A. Observação- Determinar os limites do texto. Onde começa e onde termina.- Determinar a parte do texto que será usada em seu sermão.- Ler por diversas vezes o texto escolhido.

uma peça fria, contida apenas de razão e arte. Ela tem que ser uma expressão real de vida, uma expressão real de experiências vividas pelo pregador. O pregador precisa vibrar de emoção ao comunicar sua mensagem. Muitos pregadores falham nessa parte. Falam mais do pecado, de Satanás e do inferno, do que da salvação, de Jesus e do céu; não comunicam vida (são apáticos, frios e formais), não expressam vitória(são derrotistas e sem entusiasmo).

IV. A Espiritualidade

Os pregadores são oradores privilegiados, pois além de todos os requisitos pessoais exigidos pela retórica, eles contam com a assistência divina no exercício de sua missão. Tal assistência é chamada de unção divina. A unção é um sinal da ação de Deus na vida da pessoa. No Novo Testamento a unção é o sinal da presença e do poder do Espírito Santo (At 2.1-21, 33,37). Por, isso, a Homilética depende fundamentalmente do Espírito Santo, pois, “o evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê...” (Rm 1.16). Mais do que eloquência, o pregador precisa da unção santificadora, do óleo santificador do Espírito Santo. O pregador ungido, cheio do Espírito Santo, possui o verdadeiro entusiasmo. Um pregador pode corresponder às necessidades gerais de seus ouvintes, mas só o Espírito Santo pode aplicar cada palavra do pregador às necessidades íntimas de cada um. O pregador pode convencer o ouvinte, mas só o Espírito Santo pode convertê-lo. Paulo expressou a seguinte realidade: “Eu não fui ter convosco... com sublimidade de palavras ou sabedoria, pois nada me propus a saber entre vós, senão a Jesus Cristo” (1Co 2.1-5). Mais do que qualquer coisa, o pregador precisa ser um homem de oração, com nítida consciência de seu papel, e cheio do Espírito Santo. Em seu labor homilético, ele não pode deixar de buscar a Deus antes de abrir sua Bíblia (Sl 119.38), e depois de tê-la pregado (Sl 119.132,136).

V. O Tema da Mensagem

Todos nós já ouvimos mensagens que depois de concluídas não conseguimos entender o que o pregador queria enfatizar, se é que queria enfatizar alguma coisa. Falou sobre uma infinidade de coisas, sem destacar nenhuma específica. Foi de Gênesis à Apocalipse, sem deter-se em um livro ou

Page 28: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

28

9. A exposição do texto não é paráfrase do mesmo. É tirar dele uma mensagem verdadeira, consistente e que cause impacto na vida dos ouvintes.

10. Jamais esqueça o contexto para evitar erros ou contradições.

11. Aprenda as técnicas mas não esqueça que a graça e a unção são concedidas por Deus; por isso ore. Ore por você mesmo, pela mensagem e por seus ouvintes.

12. Da entrega eficiente pode depender o futuro eterno de muitos seus ouvintes. Prepare-se bem, seja humilde e dependa do Senhor.

VII. A Introdução

1. O alvo da introdução- O alvo da introdução é captar a atenção das pessoas.- A introdução deve citar o tema da mensagem e levar as pessoas a interessar-se pelo que será dito a seguir.- Lembre-se que suas primeiras palavras são de suma importância. Por elas os ouvintes decidirão se vão ouvi-lo ou não.

2. Características de uma boa introdução- Aborda o assunto de forma interessante e sem exagero.- Deve ser curta sem ser abrupta.- Não deve ser longa demais. “A entrada do palácio não deve ter a amplitude do mesmo”.- Deve adaptar-se ao nível dos ouvintes.- A introdução deve ser cordial e conquistar os ouvintes. Jamais comece sua mensagem criticando alguém ou alguma coisa.- A boa introdução é planejada depois de preparado o sermão. É ela que se adapta a ele, e não o contrário.- Deve ser clara mas sem antecipação dos fatos. Na introdução você está preparando o povo para receber a mensagem com atenção mas ainda não está pregando propriamente dito.- Variedade e interesse estão ligados à boa introdução. Não seja repetitivo; conte coisas interessantes e curiosas que despertem o interesse de seus ouvintes pelo que vai ser dito depois.- Uma boa ilustração pode servir como

- Escrever na íntegra a parte do texto que será usada no sermão.

B. Interpretação- Descobrir a forma literária do texto: Narrativa, história, poesia, diálogo, etc.- Lembrar da regras da Hermenêutica para não cair no ridículo.- Procure e anote o significado de palavras desconhecidas ou de significado incerto.

C. Correlação- Procure passagens paralelas e estude-as com atenção.- Muitas vezes uma referência paralela ou correspondente concede ao texto uma maior clareza.

D. Aplicação- Pode ser aplicado aos nossos dias? De que forma?- O que, ou que princípios, ele ensina?- Como pode ser aplicado diretamente à vida de meus ouvintes?

Outros princípios importantes:

1. Faça uma investigação detalhada.- Leia o mesmo texto em versões diferentes. Se possível consulte o mesmo texto em outros idiomas.- Leia comentários a respeito do texto ou assunto.- Escreva tudo que lhe vier a mente durante a investigação.

2. Faça uma triagem de suas anotações e comentários.

3. Organize o material e prepare seu esboço.

4. Tenha por hábito, ao ler a Bíblia, fazer anotações.

5. Anote comentários e pregações de outros. Isso poderá ser útil depois.

6. Procure tirar o máximo de texto. O óbvio qualquer um pode tirar. Aprofunde ao máximo sua mensagem.

7. Fale somente o que tiver certeza. Achologia não se prega.

8. Não force o texto a dizer o que não diz. Você está pregando a Palavra de Deus, por isso diga somente o que Deus diz.

Page 29: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

29

I. É submissaII. Rejeita o mundo. Busca comunhão com ele.

Devemos dar ênfase aos pontos principais para que eles fiquem bem claros aos ouvintes. Não devemos ficar citando: “1º ponto, 2º ou 3º ponto”, mas sim levar os ouvintes a entenderem que são pontos importantes e principais dentro do sermão.

Os ouvintes devem entender a mensagem como se estivessem lendo o esboço. Uma vez que os subpontos servem para explicar os fatos podem ser usados quantos forem necessários. O bom esboço, porém, deve ter entre dois e quatro pontos principais. O ideal é com três pontos.

Exemplo: Título: UMA MUDANÇA DE VIDA Texto: Efésios 2.1-10

I. MORTOS NO PECADO- ponto principal A. Andando em egoísmo -sub-ponto

1) Vivendo para si mesmo - sub-ponto de sub-ponto2) Separados de Deus que é amor

B. Obedecendo a Satanás1) Como escravos2) Iludidos

II. A LIBERTAÇÃO DO PECADO A. Pela graça de Deus

1) Favor não merecido2) Não por nossos méritos3) Não é baseado em obras

B. Através da Cruz1) A cruz justifica-nos perante Deus2) Na cruz está a derrota do Diabo

C. Pela fé1) É preciso crer em Jesus2) O crer bíblico implica obediência

III. A NOVA VIDA A. Recebemos poder para vencer o pecado

B. Há prática de boas obras1) Não com intuito de sermos salvos.2) Por amor a Deus e ao próximo

C. Esperança de vida eterna.

introdução.- Se quem está no púlpito sabe pregar, as pessoas ouvirão nem que seja por mera curiosidade; e isso será decidido ainda na introdução.

3. Algumas regras para conseguir a atenção:a. Aparência

- Use roupas dentro do bom senso. Evite extravagâncias.- Compre roupas que possam ser usadas sempre. Os modismos são passageiros.- Modéstia nunca é demais.

b. Nunca começa se desculpando- Não estou preparado...- Não sou pregador...

c. Jamais mostre superioridade- Seja simples e humilde, por mais simples e humilde que seja o seu auditório.- Não haja como se soubesse tudo e está ali apenas para ensinar.

d. Descubra áreas de interesse comum com seus ouvintes. Identifique-se com eles.

e. Procure envolver seus ouvintes. Citar o nome de algumas pessoas presentes é uma boa maneira de conseguir isso. Outra é fazer algumas perguntas e pedir-lhes que respondam.

f. Jamais demonstre preguiça ou cansaço. Não boceje ou espreguice-se no púlpito.

g. Sorria! Nada melhor do que um sorriso para quebrar o gelo.

VIII. O Esboço

O esboço é o mapa que nos guiará, por isso deve ser claro e bem definido. O esboço deve ser fácil de seguir, fácil para ouvir e fácil para entender.O esboço não é o sermão escrito na íntegra. O esboço são os ossos secos aos quais o pregador acrescentará carne, pele e vida.Todo esboço possui Título, pontos principais e subpontos.Os pontos principais devem estar de acordo com o título ou tema do sermão. Os pontos principais apresentam os fatos, enquanto os subpontos explicam os fatos apresentados.

Exemplo: Título: A vida que agrada a Deus Texto: Romanos 12.1-2

Page 30: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

30

Esteja atento a tudo que acontece ao seu redor pois você pode encontrar ilustrações a qualquer momento. Concentre-se em qualidade e não em quantidade. Tome cuidado para não contar apenas fatos sobre o seu “santo pai” ou sobre a sua “santa mãe”.Não seja um pregador de anedotas, embora elas não sejam proibidas desde que sejam curtas, decentes e poucas. Para uma verdade positiva use uma ilustração positiva. Embora não haja limite para ilustrações, não as conte em demasia, seu objetivo é pregar a Palavra e não promover entretenimento. Lembre-se, igualmente, que as ilustrações ajudam a pregar sem cansar os ouvintes, por isso não conte ilustrações longas demais.

X.Gestos

Os gestos devem ser naturais e expontâneos. O pregador não deve ter a imobilidade de uma estátua nem a ridícula movimentação de um fantoche. “Se a congregação quisesse ver estátuas iria a um museu ou praça. Se quisesse ver malabaristas iria ao circo”. Deve-se evitar gestos repetitivos pois eles cansam e irritam, àqueles que estão os observando. O conteúdo das palavras devem coordenar os gestos, pois eles ajudam a descrever e enfatizar fatos e palavras, deixando tanto o pregador como os ouvintes mais a vontade. Os profissionais da comunicação usam o corpo para falar. Os gestos fazem parte da comunicação eficiente. É expressamente proibido ao pregador:

1. Ficar brincando nervosamente com o zíper da Bíblia ou folheando-a constantemente.

2. Ficar mexendo na gravata ou no lenço ou segurando uma caneta, que é usada ao fazer os gestos.

3. Fazer os gestos que as pessoas fazem quando estão a declamar uma poesia. São gestos mecânicos e sem vida. Os gestos mantém a atenção e o interesse. Um objeto em movimento prende mais o olhar do que um objeto parado. Os gestos ajudam nossos ouvintes a experimentar o que sentimos, enquanto se identificam conosco. Igualmente quando o corpo opera para reforçar suas ideias, você se sente mais confiante e alerta.

Os pontos principais recebem sempre números romanos para identificá-los. Os sub-pontos recebem letras maiúsculas enquanto os sub-pontos de sub-pontos recebem números. Se houver a necessidade de explicar ainda mais o assunto, usa-se números acompanhados de letras minúsculas. Exemplo: 1a), 1b), 1c), etc.

IX. Ilustrações

Para cada ponto principal deve haver uma ilustração. A ilustração serve para explicar o assunto. Para sabermos se a ilustração é uma boa ilustração devemos notar se ela ajuda o ouvinte a compreender a mensagem; se ajuda é boa.

1. Regras de uma boa ilustração:a. Deve ser simples, direta e de fácil compreensão.

b. Deve ser contada com vida.

c. Deve ser modesta, se for a seu respeito.- Não seja um pregador de eulustrações.- Não use fatos de sua vida para se promover.

d. Não violar confidências.

2. Motivos para o uso das ilustrações:a. Por causa da curiosidade humana.

- O ser humano gosta de coisas curiosas e/ou interessantes.- “Se você quer agarrar firmemente um asno, segure-o pelas orelhas” (Prov. Russo).

b. Para clareza do assunto.- A ilustração precisa ajudar o ouvinte a entender a mensagem.- Uma ilustração confusa ou muito longa confunde o ouvinte ao invés de ajudá-lo

c. Para embelezar o sermão.

3. Fontes de ilustrações:a. Notícias e fatos do dia-a-dia.

b. Livros.

c. Testemunhos.

d. História da Igreja.

e. História Antiga.

f. A própria Bíblia.

Page 31: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

31

LIÇÃO 8 : MINISTÉRIO DE LIBERTAÇÃOO que a Bíblia fala sobre libertação?

A Bíblia fala que a libertação é uma parte muito importante do ministério de Cristo na vida de cada pessoa. Jesus liberta da condenação, do pecado e da influência do diabo. Somente na libertação de Jesus encontramos verdadeira liberdade (João 8:36). A Bíblia fala sobre muitos tipos de libertação: libertação da escravidão e da opressão de outros povos, libertação espiritual e libertação de doenças físicas. A libertação é um tema central da Bíblia. A opressão surgiu como resultado da maldição do pecado no mundo. A libertação vem de Deus.

Libertação espiritual

Assim como uma pessoa pode ser oprimida e escravizada por outra pessoa, também pode ser escravizada pelo pecado e, em consequência, pelas forças do diabo (João 8:34). O pecado nos torna escravos do diabo. Não conseguimos nos libertar sozinhos (Romanos 7:18-20). Precisamos de alguém mais forte que nós. Precisamos de Jesus. Jesus veio para nos libertar da opressão do inimigo. Na cruz, ele venceu o pecado, a morte e o diabo! Agora, quem aceita Jesus como salvador fica livre! Através de Jesus, ficamos livres da condenação do pecado (Romanos 8:1-2). Não vamos mais ser castigados no inferno, junto com o diabo! Temos a promessa da vida eterna, com Jesus no Céu. Já não somos mais escravos do diabo, ele não tem direito sobre nossas vidas. Mas, mesmo assim precisamos lutar contra o pecado e a influência do diabo. Enquanto ainda vivemos nessa terra, vamos enfrentar tentações, que podem causar muitos problemas em nossa vida espiritual. Quando descobrimos que estamos presos ao pecado ou à influência do diabo em alguma área de nossa vida, devemos procurar a libertação que Jesus oferece.

Como ser liberto

O primeiro passo para ser liberto é crer em Jesus e o aceitar como seu salvador (Romanos 10:9-10). Isso significa reconhecer que você tem pecado, que precisa e quer mudar e que acredita que Jesus lhe pode salvar e libertar. Quando isso acontece, Jesus lhe salva e você fica liberto da escravidão

ao pecado. Agora você pertence a Jesus, não ao diabo! Quem é salvo por Jesus poderá precisar de libertação em áreas específicas ao longo de sua vida. Para ser liberto, é importante:

• Reconhecer o problema – admitindo que você precisa da ajuda de Jesus para ser liberto – Tiago 4:8-10

• Pedir e oferecer perdão – pedir perdão no caso de pecado seu e oferecer perdão no caso de pecado de outras pessoas – Mateus 6:14-15

• Se submeter a Jesus – declarando Jesus como o Senhor dessa área de sua vida, o único com autoridade sobre você – Tiago 4:7

• Renunciar ao pecado e à influência do diabo – rejeitando sua influência e suas mentiras, escolhendo crer na verdade da Bíblia – João 8:31-32

• Lutar contra a tentação – resistir à tentação sempre que chegar, declarando que Jesus lhe salvou – 1 Coríntios 10:13

• Atenção! Libertação não é brincadeira. É bom procurar sempre a ajuda e o apoio de um pastor ou líder de confiança nessas situações. Não lute sozinho.

Cura e libertação

Em algumas situações, uma doença física pode estar associada a alguma influência maligna. Nessas situações, para haver cura, é necessário tratar do lado espiritual, procurando libertação. Como em toda libertação espiritual, a oração é muito importante no processo de cura (Tiago 5:14-16). Atenção! Nem toda doença é resultado de influência maligna. Muitas doenças têm causas físicas ou psicológicas, sem um lado espiritual. Para encontrar o melhor tratamento, procure sempre encontrar as causas verdadeiras da doença.

Page 32: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

32

LIÇÃO 9: HISTÓRIA DA IGREJA EVANGÉLICA AVIVAMENTO BÍBLICOTexto básico: II Crôn. 7:14; Jer. 33:1-3

Introdução:

O início de um avivamento espiritual geralmente é marcado pelos seguintes passos: Alguém que percebe que sua experiência espiritual está muito aquém daquilo que constitui as promessas de Deus, conforme revelam as Escrituras, tal percepção leva a pessoa a uma busca mais intensa do Senhor e o resultado é a graciosa e poderosa ação vivificadora de Deus. Como nos demais avivamentos, inclusive os que temos estudado até aqui, também foi o caso próprio do movimento que viria a constituir-se nesta nossa tão querida IGREJA EVANGÉLICA AVIVAMENTO BÍBLICO, partícula bem pequena, porém viva e atuante do CORPO DE CRISTO. Onde quer que almas sedentas, cansadas de uma vida religiosa, formal e estéril, descobrem nas Escrituras as infalíveis promessas Divinas para uma vida frutífera e plena do poder e gozo do Senhor, e tais pessoas se põem a estudar a Bíblia com mais diligência e a buscar ao Senhor em oração, Deus lhes vem ao encontro, e age nelas, e, através delas, de maneira sobrenatural, o que é, de fato, AVIVAMENTO.

I - A Origem do Movimento

a) Sedentos de Vida Abundante Em 1945 o jovem Mário Roberto Lindstron estava na Faculdade de Teologia da Igreja Metodista do Brasil em São Bernardo do Campo, onde se preparava para o ministério pastoral daquela igreja. Não obstante tal fato, ele se sentia insatisfeito com sua vida espiritual e ansiava por algo superior à formalidade religiosa que tinha à sua volta, algo além das ideias teológicas modernistas que então já grassavam naquela grei. Ao jovem Mário, logo se juntariam os jovens Alídio Flora Agostinho e Oswaldo Fuentes, que, vindos à Faculdade, passaram a partilhar também, a mesma ansiedade e ideal.

b) A Fagulha que Ateou o Fogo Em sua busca de uma vida espiritual abundante, o jovem Mário Roberto foi ajudado pelos estudantesTaisuke Sákuma e Kinzo Uchida, ambos da Igreja Metodista Livre, que faziam seu curso teológico naquela escola. Kinzo pregou ao seminarista Mário e o incentivou a buscar a “experiência de santificação ou santidade”,

doutrina pregada pelo metodismo histórico. Mário e outros colegas entregaram-se à busca de poder e santificação, até que, orando intensamente, Mário experimentou a bênção indizível que buscava, O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO, quando então, profetizou a conversão de seu pai (que se cumpriu literalmente) e também ouviu a voz do Senhor que o mandou pregar um avivamento na igreja. Os já referidos jovens Alídio Flora Agostinho e Oswaldo Fuentes que se juntaram mais tarde, também experimentaram igualmente a indizível bênção Divina do revestimento de poder.

c) Como o Fogo se Espalhou? O seminarista Mário Roberto era ajudante nas Igrejas Metodistas de Tucuruvi e Vila Mazei, na Capital de São Paulo, onde foi usado por Deus para anunciar a mensagem de avivamento, a qual foi aceita por muitos irmãos que também viviam sedentos de uma vida abundante e vitoriosa. Muitos desses irmãos foram batizados com o Espírito Santo e tiveram profundas experiências com o Senhor e tornaram-se muito poderosos na oração. Estes constituíam os “GRUPOS DO CLAMOR”.

II — Do Movimento para a Igreja

a) A Oficialização do Movimento. No dia 7 de setembro de 1946 houve um encontro dos irmãos dos “GRUPOS DE CLAMOR” com os seminaristas, no pátio da Escola de Profetas da Igreja Metodista, embaixo dos já tão referidos eucaliptos. Neste encontro foi fixado o indelével propósito de continuar sob qualquer circunstâncias o movimento espiritual. Não pairavam dúvidas de que se tratava de uma obra divina. Nascia então o AVIVAMENTO BÍBLICO, agora em caráter oficial.

b) O Primeiro Endereço do AVIVAMENTO BÍBLICO.Este grupo de irmãos ficou conhecido por “GRUPO DE CLAMOR”, porque orava intensamente por avivamento no seio da Igreja e pregava a experiência de santificação e batismo com o Espírito Santo como urgente necessidade para os crentes. O grupo tornou-se muito ativo em ambas as igrejas e, como era de se esperar, não pôde ser tolerado por muito tempo no seio da Igreja Metodista, sendo forçado a sair. A vista dos fatos referidos acima, o grupo passou a se reunir inicialmente na residência do irmão Edmundo Branchini e depois na residência do irmão Lázaro

Page 33: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

33

soma-se para constituir aquilo que o grupo vem a ser.

QUESTÕES PARA REFLEXÃO:

I - Em que sentido o estudo da história do AVIVAMENTO BÍBLICO poderá ajudar no esforço de renovação espiritual da igreja?

2 - Será que os avivalistas da atualidade podem ser caracterizados pela diligência em orar, estudar a Bíblia e evangelizar?

3 - Você, pessoalmente pode ser caracterizado pelos detalhes referidos na questão anterior?

4 - Você tem orado atualmente, como fazia antes? Se não, por quê?

Sansão, à Rua Floreai, Nº 1O, Jaçanã. Para isto, ele separou uma pequena área coberta de sapé, anexa à sua casa.

c) A Divisa dos Avivalistas. Caracterizava esta pequena comunidade nascente uma preocupação intensa com a santificação, poder para testemunhar e o reavivamento das igrejas. Estes irmãos distinguiam-se igualmente pela sua extrema diligência na oração, no estudo da Bíblia e na evangelização.

d) A Retomada das Doutrinas Bíblicas. O estudo das Escrituras levou estes irmãos a aceitarem a imersão nas águas como única forma de batismo bíblico, e, portanto, no dia 15 de junho de 1947 foram batizados os primeiros avivalistas em número de 47. O ato foi celebrado pelo Missionário Henry Jeffery, de saudosa memória, àquela época ligado à “Missionary Chape of London”.

e) A Formação da Estrutura Administrativa. Quando o grupo passou a reunir-se na Rua Floreai, Nº 1O, foi escolhido o irmão Tertuliano Antunes, que ficou na liderança do mesmo, enquanto os seminaristas ainda continuavam na Faculdade de Teologia. Em 1947, o seminarista Mário foi descontinuado em seus estudos e passou a liderar diretamente o grupo que se tornava cada vez mais poderoso e unido. Agora, após o batismo, é presidida a primeira Assembleia, quando foi eleita a primeira diretoria, na época, chamada “o ministério”. Nesta reunião o seminarista foi consagrado ao pastorado. Esta estrutura simples, à medida que o movimento foi crescendo veio a constituir-se nas REGIÕES ECLESIÁSTICAS, DISTRITOS ECLESIÁSTICOS, CAMPOS MISSIONÁRIOS, CAMPOS ECLESIÁSTICOS, CONGREGAÇÕES, CONSELHOS E DEPARTAMENTOS GERAIS, REGIONAIS e LOCAIS que temos atualmente. ( hoje diretorias gerais)

Considerações Finais:

Como resultado da ação divina na vida de pessoas sedentas que ansiavam por uma vida vitoriosa e abundante surgiu o AVIVAMENTO BÍBLICO, igreja que enfatiza um cristianismo autêntico, constituído de cristãos realmente nascidos de novo e que vivam a vida cristã em todas as suas potencialidades. Para que tudo isto tenha sentido prático, é indispensável que levemos em conta que tudo aquilo que somos individualmente,

Page 34: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

34

LIÇÃO 10: AVIVAMENTO BÍBLICO: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOUTRINÁRIASTexto básico: Ef. 2:8-1O; At. 1O:44-46; I Pd. 1:15-16; Mt. 8:16-17; I Tes. 4:16-17.

“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça” - II Tim. 3:16Introdução

A Igreja é o corpo de Cristo, habitação de Deus por intermédio do Espírito Santo, designada por divino decreto para o cumprimento da grande comissão. Cada crente nascido do Espírito Santo é parte integral desta Igreja, e tem o seu nome escrito no céu (Ef. 1:22-23; 2:22; Hb. 12:23; Mc. 16:15-2O; Ef. 4:11-13). Como corpo de Cristo, o Avivamento Bíblico, segue os ensinamentos de Cristo. E se caracteriza por crer e praticar a doutrina da palavra de Deus. Vejamos alguns pontos doutrinários que formam as nossas características fundamentais.

I – Salvação pela Graça mediante a Fé

A graça de Deus que traz a salvação, é manifestada a todos os homens, por intermédio da pregação do arrependimento para com Deus e a fé no Senhor Jesus Cristo (Tt 2:11). Foi concebida por Deus o Pai, consumada por Jesus o Filho, e oferecida aos homens por intermédio do Espírito Santo. O homem não ‘teve participação alguma na criação do plano divino para salvação. Corresponde-lhe, isto sim, aceitar o dom de Deus (Rm 6:23b e Ef. 2:8-1O). Na cruz Deus estava em Cristo, na unção do Espírito Santo, salvando os homens (II Co 5:19; Mt 11:28-3O). Os vocábulos Gregos e Hebraicos que traduzem a palavra salvação, significam: Libertação, Segurança, Preservação, Santidade’ e Firmeza. Salvação é portanto uma palavra de amplo sentido, que abrange todos os atos e processos redentores: Justificação, Redenção, Graça, Propiciação, Imputação, Perdão, Santificação e Glorificação.

II - O Batismo no Espírito Santo

Este Batismo maravilhoso é distinto da salvação e posterior a ela (At 1O:44-46; 11:14-16; 15:7-9). A promessa do Batismo no Espírito Santo pertence ao crente por direito, em virtude da promessa do Senhor. Devemos não somente esperar a dita promessa, mas também buscá-la fervorosamente. O Batismo no Espírito Santo era o patrimônio normal,

por assim dizer, dos crentes da Igreja Primitiva. Com o Batismo no Espírito Santo, o crente recebe um revestimento de poder que o capacita a viver para o Senhor e servi-lo, exercitando os dons do ministério (serviço); (Lc 24:49; At 1:4-8; 1 Co. 12:1-31). O Apóstolo Pedro nos diz que a promessa é para todos os crentes, e não somente para os cento e vinte reunidos no dia do pentecostes. “Pois para vós outros” - os que estavam presentes “é a promessa, e para vossos filhos” - os que estavam ausentes - “e para todos que estavam longe”, aqui estamos incluídos. Os capítulos 1O e 11 de Atos demonstram que o Batismo no Espírito Santo era tanto para os Judeus como para os Gentios.

III - A Santificação Completa

A Bíblia ensina que o homem deve viver uma vida de santidade, sem a qual ninguém verá ao Senhor. Mediante o poder do Espírito Santo em nossas vidas, poderemos obedecer o mandamento que diz: “Sede Santos, como eu sou Santo”. Deus deseja que o crente experimente uma completa santificação. Essa santificação deve ser buscada seriamente mediante obediência ao Senhor. (Hb 12:14; I Pd 1:15-16; I Ts 5:23- 24; I Jo). A Regeneração significa a transformação da nossa natureza (novo homem). A Justificação a nossa posição do ponto de vista de Deus (Deus nos declara justos). A Adoção corresponde à nossa relação com Deus (somos filhos). E a Santificação tem mais haver com o nosso caráter e conduta. Mediante à Justificação somos declarados justos, a fim de que cheguemos a sê-lo na Santificação. A Justificação é o que o Senhor faz por nós, enquanto que a Santificação é o que faz em nós. A Justificação nos coloca em relação justa diante de Deus (com Deus), enquanto que a santificação exibe os frutos da dita relação, ou seja, uma vida separada do mundo pecaminoso e dedicada a Deus. Vejamos os seguintes textos: SEPARAÇÃO DO MUNDO, Tess. 4:3; II Cr 29:5,15-18; II Tm. 2:21; Ex 19:2O-23; II Co 7:1. DEDICAÇÃO A DEUS, Lv. 27:14-16; Nm. 8:17; João 1O:36.

IV - A Cura Divina

A cura divina é parte da expiação e constitui o privilégio de todo crente (Is 53:4-5; Mt 8:16-17) Tiago diz: “Está alguém entre vós doente? Chame os Presbíteros da Igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;

Page 35: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

35

LIÇÃO 10: AVIVAMENTO BÍBLICO: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOUTRINÁRIAS Considerações Finais:

Destacamos assim, cinco pontos principais do nosso sistema doutrinário, que nos distinguem, são nossa marca. Como povo avivado e bíblico que somos, cremos na salvação pela graça mediante a fé somente, no Batismo no Espírito Santo com a evidência do falar em línguas, na santificação completa, da cura divina e na segunda vinda de Cristo. Fiquemos sempre firmes em declarar a nossa fé nestes pontos. Sigamos em frente, crendo que a Bíblia toda é a Palavra de Deus, e se cumpre em todos os aspectos, em nossos dias.

Questões para a Reflexão:

I - Se eu tivesse de me converter hoje, e me fosse permitido escolher a Igreja na qual eu deveria servir ao Senhor, eu escolheria o Avivamento Bíblico, e você?

2 - Para você, o que nos identifica, o que nos marca como Avivamento Bíblico?

e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará, e, se houver cometido pecado, ser-lhes-ão perdoados”. (Tg. 5:14-15). “... Alguém entre vós...”, inclui todos os cristãos, inclui você. Portanto a cura divina é para todos e deve ser pregada a todos. Deus usa a cura como sinal de poder libertador do Evangelho. Filipe pregou aos Samaritanos, e eles ouviram atentamente e se converteram, porque viram os sinais, Filipe pregava e demonstrava, através dos sinais, que Cristo era real e poderoso (Atos 8:6-8). Na expiação dos pecados foi estabelecida a libertação da culpa, penalidade e poder do pecado, mas também, uma provisão para a nossa cura física (Is 53:4-5; Mt. 8:17; I Pd. 2:24). Cremos portanto, que a cura Divina é parte integral do Evangelho (Lc 4:18-19;Mt 1O:7-8; Lc 1O:9; Mc 16:15-2O).

V - A Segunda Vinda de Cristo

A ressurreição dos que morreram no Senhor e sua transladação (arrebatamento), juntamente com aqueles que estiverem vivos quando o Senhor retornar, constitui a bendita esperança da Igreja. Cremos que estes acontecimentos são iminentes, isto é, estão prestes a se cumprir (I Ts 4:16- 17; Rm 8:23; Tt 2:13; I Co 15:51,52). O Apóstolo Paulo, esclarece esta mudança que o crente experimentará: “pois a vossa morada está nos céus, de onde também aguardamos o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo abatido ou de humilhação, para ser igual ao corpo de sua glória, segundo a eficácia do seu poder que Ele tem até de subordinar a si todas as coisas (Fl 3:2O-21). João nos diz o seguinte: “Amados agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de Vê-lo como Ele é” (I Jo 3:2). Esta transformação do corpo dos remidos que têm morrido e dos que ainda vivem por ocasião da vinda do Senhor Jesus, é denominada por Paulo em Romanos; “A redenção de nosso corpo” (Rm 8:23).

Page 36: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

36

LIÇÃO 11: DONS ESPIRITUAISO Propósito de Deus para a minha vida. Lc 13:6-7 ;Jo 15: 1-5

Introdução:

Veja se alguma das afirmações abaixo expressa o seu sentimento:

-Gostaria de saber a vontade de Deus para minha vida.

-Tenho a impressão de que Deus quer usar-me de modo expressivo, mas não sei bem como.

-Sinto que posso realizar mais do que estou fazendo no momento

-Desejo ser mais frutífero e realizado fazendo algo importante durante esta vida

-Às vezes sou solicitado a fazer coisas em que não tenho interesse.

-A frustração e a confusão por não saber exatamente o que fazer me deixam menos confiante e competente.

Se você se identifica com uma ou todas as afirmações com certeza você será muito abençoado com todas as lições desta apostila.

I–Focalizando a Realidade

A maioria dos cristãos sabe que deve servir a Deus e que servir a Deus é mais que um desejo, é uma ordem (Gl. 5:13). Nós queremos servir a Deus e honrá-lo de maneira a cumprir seus propósitos e planos para nossa vida. Mas muitos de nós não sabemos como servir. Embora querendo servir e sabendo que devemos servir, é difícil encontrar o lugar em que somos capazes de dar nossa contribuição singular. Muitos ficam como plantas que foram plantadas de forma errada ou em lugar não apropriado, elas muitas vezes se sentem deslocadas, murcham e se sentem inúteis. Mas não tenha dúvidas, Deus tem um propósito na vida dos cristãos nascidos de novo e que sinceramente buscam a verdade do plano de Deus (Jo 15:16; Is 61:3; Sl. 1:3) Fomos feitos de maneira a dar maior atenção a algumas coisas que a outras. Para cada

necessidade Deus tem alguém capaz de supri-la. Dele recebemos DONS ESPIRITUAIS para executar tarefas especiais com competência, também temos um ESTILO pessoal que revela como nos relacionamos com as pessoas e com o mundo que nos cerca. Quando você tiver consciência da paixão (sonho), dos dons espirituais e do estilo pessoal dados por Deus, então saberá o que é necessário para tornar-se ao mesmo tempo frutífero e realizado na vida e no ministério.

II-O Propósito de Deus

Deus tinha um propósito em mente quando nos criou (Is 43:7). Deus nos criou para glorificarmos a Ele e edificarmos pessoas. Por isso Jesus resumiu os 10 mandamentos em dois (Mt 22:37-40): através do serviço glorificamos a Deus (I Pd 4:11) e edificamos outras pessoas (Ef 4:11-12). A igreja precisa de você, não porque há vagas ou cargos a preencher, mas porque em seu ministério e através dele a graça de Deus é liberada a outros e os propósitos Dele são cumpridos.

III–Vendo como Deus vê

Como as pessoas veem você? Como você vê a si mesmo? Como Deus o vê (I Sm. 16:7)? É possível que você já tenha ouvido a seguinte pergunta: “Quem você pensa que é?” Ver como Deus vê, para muitos exigirá uma nova forma de pensar. Deus o vê como um ministro. Você é um ministro; portanto tem um ministério. Precisamos buscar uma nova visão de Deus a respeito de nós mesmos. Que figura se forma em sua mente quando você pensa num ministro? Talvez a ideia de ser um ministro pareça estranha, pois alguns acham que somente o pastor foi chamado para ser ministro, mas todos os crentes foram chamados para servir, e este é o sentido da palavra ministro-SERVO.

A NECESSIDADE DE DESCOBRIR OS DONS ESPIRITUAIS

I Co 12:1-6

Introdução:

O tema “dons espirituais” não é um assunto de pouca importância. Este tema ocupa um bom espaço na Bíblia e é de grande relevância para o

Page 37: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

37

6. A tarefa do Cristão é sobrenatural e, portanto, só poderá ser cumprida com Capacitação Sobrenatural. (II Co 3:5-6; Ef. 4:12): É dessa maneira que pessoas comuns realizam projetos especiais para Deus, através de capacitação sobrenatural.

Compreendendo os DonsEf 4:7-16

Introdução:

Precisamos entender com clareza os dons espirituais, para não os confundirmos com outras habilidades naturais que temos e também para que saibamos usá-los de modo que glorifiquem a Deus e edifiquem outros.

I-O que são os dons Espirituais

1. Não confundi-los com talentos naturais, como: cantar, escrever, pintar, tocar instrumentos musicais. Embora os talentos não sejam dons, no entanto foram dados por Deus e devem ser ministrados como um ministério para Deus, para glória de seu nome.

2. Não confundi-los com obrigações cristãs, que são aqueles preceitos a nós ordenados a fazer por sermos cristãos: amar uns aos outros, levar as cargas uns dos outros, orar, entregar o dízimo, etc.

3. Não confundi-los com o fruto do Espírito Santo, conforme Gálatas 5:22,23: Este é o resultado do Espírito Santo em nossa vida e tem a ver com a implantação da verdadeira beleza do caráter de Cristo em nós. O fruto do Espírito significa qualidades do ser e os dons espirituais são qualidades do fazer. Os dons e o fruto devem caminhar juntos.

4. Não confundi-los com cargos na igreja. Os cargos são funções previstas na organização da igreja (ex: assessores, líderes na congregação etc.): O ideal é que os cargos sejam ocupados por pessoas cujo dom tenha relação com a função ocupada.Definição: Dons espirituais são capacitações divinas distribuídas pelo Espírito Santo a todo crente, segundo os desígnios e a graça de Deus para o bem comum do corpo de Cristo.

crescimento da igreja de Cristo. Há várias razões por que precisamos conhecer, buscar, e usar os dons espirituais. Vamos descobrí-las.

1. É uma ordem Bíblica(I Co 12:1): “Irmãos não quero que sejais ignorantes”. Ignorância não é desculpa, precisamos estar cientes deles. Paulo está dizendo: “Prestem atenção! Tomem nota!”.

2. Espera-se que nós os usemo (I Tm 4:14): “Não desprezes o dom que há em ti”. Para Paulo fazer esse pedido é porque existe a possibilidade de se negligenciar o dom. Há muitos crentes que receberam um dom e não usam conforme o propósito original de Deus. Em alguns casos, eles são ignorantes. Em outros, é a desobediência que impede que os dons espirituais sejam usados nos ministérios. O Novo Testamento descreve a igreja como um corpo. Uma perna que não é exercitada, ao longo do tempo, atrofia-se e assume uma aparência deformada. O resto do corpo tem então de compensar e carregar o “peso morto”. Da mesma forma, alguns membros do corpo de Cristo não estão exercitando seus dons espirituais. Isso significa que o restante do corpo precisa trabalhar muito mais para compensar a ausência dessa contribuição. Homens e mulheres com excesso de obrigações acabam estressados, sobrecarregados e exaustos. Se todo crente estivesse usando seus dons espirituais, haveria maior alegria, comprometimento e um serviço mais vigoroso.

3. Somos administradores dos Dons, habilidades e talentos que Deus nos deu.(I Pd 4:10): Uma forma da graça que recebemos de Deus veio na forma desses dons e devemos gerenciá-los sabiamente. Através dos dons repartimos a graça de Deus com outros, suprindo suas necessidades (Rm 1:11). Nossos dons espirituais não nos são dados para que os retenhamos conosco. São nossos para que os usemos no sentido de promover o reino de Deus neste mundo.

4. Deus espera um retorno do seu Investimento (Mt 25:14-30; I Co 4:2): Um dia vamos prestar conta dos recursos cuja administração ele nos conferiu. Devemos administrar os nossos dons de modo que glorifiquem a Deus e edifiquem os outros.

5. Todo crente tem um papel a cumprir na Igreja(Mt 24:45,46; I Co 12:27): Não existe membro que seja inútil, todos são capacitados por Deus para realização do trabalho de Deus.

Page 38: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

38

a. Com sabedoria: Pv 21, 22, 24:5,6; b. Com diligência: Jr 48.10; c. Em cooperação: I Co 3.5,9; d. Com fidelidade: I Co 4.1,2; e. Em humildade: Rm 12.3; f. Com amor: I Co 13.1-3.

Estamos caminhando na direção da descoberta dos dons, nossa expectativa é de que ao terminar essa lição você tenha sido ajudado na descoberta e emprego do seu dom espiritual.

II–Os benefícios de conhecer e usar os Dons Espirituais

1. Benefícios pessoaisa. Você terá consciência de sua tarefa espiritual e assim será capaz de realizar o propósito de Deus para sua vida (Rm 12:1,2);

b. Seu ministério será mais direcionado. Quando não conhecemos nosso dom, nos envolvemos em outras áreas em prejuízo de nossa área específica de contribuição;c. Seu ministério será mais proveitoso e gratificante (Jo 15.8,11). Seremos ao mesmo tempo frutíferos e realizados.

2.Benefícios para a igrejaa. A igreja é edificada em todos os aspectos: orgânica, qualitativa e quantitativamente (I Co 14:12 );

b. Há mais unidade e harmonia na igreja. O orgulho e presunção são destronados, pois os dons são FERRAMENTAS, EQUIPAMENTOS E RECURSOS a serem utilizados na realização dos propósitos de Deus;

c. O nome de Deus é glorificado (I Pd 4:11 Mt. 5:16).

III– A variação dos Dons

Dentro de cada um dos dons, há uma grande gama de variações. (I Co 12:4-6). Diversidade nos serviços pode ser entendida como a esfera em que um dom é realizado. Por exemplo, um evangelista pode ser um grande evangelista pessoal e outro um grande evangelista para massas. Realização é o grau de poder mediante o qual um dom é ministrado em alguma ocasião específica.

IV– Como usar os Dons Espirituais

Geralmente se faz a seguinte indagação: “Qual a maior contribuição que um crente pode dar à igreja?” A resposta é: “Que conheça seus dons e os empregue no lugar certo,nomomento certo, de modo certo”. Quando uma empresa coloca equipamentos, ferramentas e recursos à disposição de seus funcionários espera que os mesmos sejam bem utilizados tendo em vista seus objetivos.Há sempre normas e critérios que orientam o emprego desses equipamentos, ferramentas e recursos. Quais são os critérios de Deus para o uso dos dons espirituais?

Page 39: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

39

LIÇÃO 12: A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS ESPIRITUAIS NA VIDA DO CRISTÃOI. Algumas das principais disciplinas para a vida espiritual

Empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor. Porque, se essas qualidades existirem e estiverem crescendo em sua vida, elas impedirão que vocês, no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos.2 Pd 1.5 -8A lista a seguir está dividida em disciplinas de "abstenção" e disciplinas de "engajamento"..(Dallas Willard)

Disciplinas de abstenção:SolitudeSilêncioJejumFrugalidadeCastidadeDiscriçãoSacrifício

Disciplinas de engajamento:EstudoAdoraçãoCelebraçãoServiçoOraçãoComunhãoConfissãoSubmissão

II. As Disciplinas de Abstenção

“... vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma" (I Pe 2.11). Lembrando-nos de que a palavra "ascetismo" é o correlato de um termo grego para treinamento, como a preparação dos atletas para uma corrida, W. R. Inge observa que as disciplinas de abstenção devem ser praticadas por todos, levando ao uso moderado e sóbrio de todos os dons de Deus.

III. Disciplinas de Engajamento

"Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa" (Mc 2.11). As disciplinas de abstenção devem ser contrabalançadas e suplementadas pelas disciplinas de engajamento. Abstenção e engajamento representam o Expirar e Inspirar de nossa vida espiritual. Necessitamos das disciplinas para um e outro desses movimentos. Falando de forma rústica, a abstenção neutraliza as tendências de pecado por ação, e o engajamento neutraliza as tendências de pecado por omissão.

IV. O jejum parcial

Às vezes se descreve o que poderia ser considerado jejum parcial; isto é, há restrição e dieta, mas não abstenção total. Embora pareça que o jejum normal fosse prática costumeira do profeta Daniel, houve uma ocasião em que, durante três semanas, ele não comeu. Manjar desejável, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me untei com óleo algum. Dn 10.3 Não somos informados do motivo para este afastamento de sua prática normal de jejuar; talvez seus deveres governamentais o obstassem.

V. O jejum absoluto

Há também diversos exemplos bíblicos do que se tem chamado acertadamente, jejum absoluto, ou abstenção tanto de alimento como de água. Parece ser uma medida desesperada para atender a uma emergência extrema. Após saber que a execução aguardava a ela e ao seu povo, Ester instruiu a Mordecai. Vai, ajunta a todos os judeus....e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos? Et 4.16 Paulo fez um jejum absoluto de três dias após seu encontro com o Cristo vivo (At 9.9). Considerando-se que o corpo humano não pode passar sem água muito mais do que três dias, tanto Moisés como Elias empenharam-se no que deve considerar-se jejuns absolutos sobrenaturais de quarenta dias. Dt 9.9; 1 Rs 19.8 É preciso sublinhar que o jejum absoluto é a exceção e nunca deveria ser praticado, a menos que a pessoa tenha uma ordem muito clara de Deus, e por não mais do que três dias.

Page 40: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

40

em nossas vidas. Quão depressa desejamos ardentemente coisas que não necessitamos até que sejamos por elas escravizados. Paulo escreveu: “Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas (1 Co 6.12). Nossos anseios e desejos humanos são como um rio que tende a transbordar; o jejum ajuda a mantê-lo no seu devido leito. “Esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão”, disse Paulo (1 Co 9.27). Semelhantemente, escreveu Davi: Eu afligia a minha alma com jejum (Sl 35.13).

Considerações Finais:

A disciplina central em nossa vida será determinada pelos principais pecados que nos seduzem ou ameaçam no dia-a-dia. Arrogância, inveja, ira, preguiça, avareza, gula e cobiça — os sete pecados "capitais" da história teológica e literária — e muitos outros não são fantasmas ou piadas, masduras realidades, cujos efeitos nocivos podem ser vistos a toda hora exigem uma resposta igualmente dura de nossa parte. Não poderíamos concluir esse estudo sem considerar que a principal obra do jejum bíblico está no reino espiritual. O que se passa espiritualmente é de muito maior consequência do que o que acontece no corpo. Você estará engajado em uma guerra espiritual que necessitará de todas as armas de Efésios 6. Dentro disso, um dos períodos mais críticos no campo espiritual está no final do jejum físico quando temos uma tendência natural para descontrair-nos. O jejum pode trazer avanços no reino espiritual que jamais poderiam ter acontecido de outra maneira. Por isso, nós devemos necessariamente como semeadores da Palavra de Deus, jejuar.

VI. O jejum coletivo

Na maioria dos casos, o jejum é um assunto privado entre o indivíduo e Deus. Há, contudo, momentos ocasionais de jejuns de um grupo ou públicos. O único jejum público anual exigido pela lei mosaica era realizado no dia da expiação. Lv 23.27 Era o dia do calendário judaico em que o povo tinha o dever de estar triste e aflito como expiação por seus pecados. Aos poucos foram se adicionando outros dias de jejum, até que hoje há mais de vinte!. Os jejuns eram convocados, também em tempos de emergência de grupo ou da nação: Tocai a trombeta em Sião, promulgai um santo jejum, proclamai uma assembléia solene (Jl 2.15). Quando o Reino de Judá foi invadido, o rei Josafá convocou a nação para jejuar (2 Cr 20.1-4). Em resposta à pregação de Jonas, toda a cidade de Nínive jejuou inclusive os animais. Involuntariamente, sem dúvida. Antes do retorno a Jerusalém, Esdras fez os exilados jejuar e orar por segurança na estrada infestada de salteadores. Esdras. 8.21-23 O jejum em grupo pode ser uma coisa maravilhosa e poderosa, contanto que haja um povo preparado e unânime nessas questões. Igrejas ou outros grupos que enfrentam sérios problemas poderiam ser substancialmente beneficiados mediante oração e jejum de grupo unificado. Em 1756, o rei da Inglaterra convocou um dia de solene oração e jejum por causa de uma ameaça de invasão por parte dos franceses. João Wesley registrou este fato em seu Diário, no dia 6 de fevereiro? O dia de jejum foi um dia glorioso, tal como Londres raramente tem visto desde a Restauração. Cada igreja da cidade estava mais do que lotada, e uma solene gravidade estampava-se em cada rosto. Certamente Deus ouve a oração, e haverá um alongamento da nossa tranquilidade. Em nota ao pé da página, ele escreveu: A humildade transformou-se em regozijo nacional porque a ameaça da invasão dos franceses foi impedida.Quando jejuastes... acaso foi para mim que jejuastes, com efeito para mim? (Zc 7.5). Se nosso jejum não é para Deus, então fracassamos.

VII. Os propósitos secundários do jejum

O jejum ajuda-nos a manter o nosso equilíbrio na vida. Quão facilmente começamos a permitir que coisas não essenciais adquiram precedência

Page 41: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

41

LIÇÃO 13: INTRODUÇÃO BÍBLICAA Doutrina das Escrituras

Porque Estudar a Bíblia?

Porque a Bíblia é um Livro único e incomparável! Vejamos algumas particularidades:

- Única em sua coerência: 1500 anos para ser escrita, além de contar com o trabalho de 40 autores diferentes, em lugares e línguas diferentes;

- Única em circulação: Continua sendo o livro mais distribuído em todo o mundo;

- Única em número de traduções: a Bíblia é o livro mais traduzido de todos os tempos;

- Única em sobrevivência: A Bíblia foi feita de material perecível, mas suas cópias sobreviveram através dos tempos, inclusive a perseguições e críticas;

- Única nos ensinos: Incomparável;

- Única em sua influencia na literatura: Base para milhões de livros;

- Porém o fator mais relevante: A Bíblia é a REVELAÇÃO de DEUS!

- As Escrituras foram inspiradas a fim de que recebessemos um fiel registro de tudo o que Deus quis nos comunicar. Temos, além delas, outros meios que Ele escolheu para mostrar-se a nós.

I – Como Deus se Revela

A - Oque é Revelação Existem várias definições, dentre elas: Ato de mostrar-se claramente. Em grego Revelação significa descobrir, tirar o véu. Então quando falamos de Revelação de Deus, dizemos que por iniciativa própria, Ele tirou o véu para se mostrar a nós.Geralmente dividimos o processo de Revelação de Deus em dois grupos:

1° Grupo – Revelação Geral1 - Criação O Sl 19: 1 – 6 nos demonstra como a Criação revela a Deus,

2 - Consciência Em Rm 2: 14 – 15 fica claro que Deus plantou na mente do homem um conhecimento intuitivo a respeito de Sua existência. Conhecimento suficiente para saber o que é certo ou errado perante Deus!

2° GRUPO – A Relelação Especial

1 - Jesus CristoHebreus 1 nos demonstra a importância da revelação de Deus, por meio de Cristo Jesus.

2 –Escrituras- Deus escolheu homens a quem inspirou para que registrassem toda a Revelação que ele decidiu fazer a respeito de Si mesmo.

- As Escrituras não têm a intenção de provar a existência de Deus, mas de mostrar Seu plano de amor e de Redenção para a humanidade.

- É pela Bíblia que os homens podem obter a mensagem de salvação.

B –Por que Deus escreveria um livro ? O Livro era e ainda é o meio mais seguro p/ perpetuar algo que seu autor quer que se torne conhecido. Existem outras razões:

1 – PORQUE DEUS SE COMUNICA (Hebreus 1: 1)

2 – PORQUE DEUS CONHECE AS VANTAGENS DA ESCRITA

3 – PORQUE O HOMEM É CAPAZ DE CONHECER PLENAMENTE A VERDADE

II - A Inspiração da Bíblia

- Inspiração Divina é diferente da Humana (poesia, música e artes).

- Inspiração Divina é a Interação positiva entre o revelador (Deus) e os porta-vozes humanos.

A –Bíblia : Livro Inspirado por Deus.

Inspiração é a influência que Deus exerceu sobre os escritores da Bíblia, a fim de preservá-los de erros no Processo de registrar a Sua revelação – Permitindo que usassem a sua bagagem pessoal.

Page 42: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

42

o que descarta a teoria da inspiração natural e da iluminação;2° Se a Bíblia não é toda inspirada, porque Deus não inspiraria o todo? É preciso provar; (dinâmica e parcial, e Neo)3° Não há comunicação de ideias sem o uso de palavras. Deus usou o universo contextual de cada autor e seus afins, de maneira mais própria e particular a realidade (inspiração conceitual); 4° Algumas partes da Bíblia foram ditadas, mas nem todas. Ao analisarmos as partes vermos diferenças;

b) A Visão de Jesus a respeito da Bíblia = Mt 5: 17 – 18

– Jesus diz que cada letra é lei;Jesus Tratou narrativas históricas do A.T. como Reais – Abel, Noé, Abraão, Moisés (Mt 19: 7), Davi, Jonas (Mt 12: 40) e outros. Em Jo 10: 35 Cristo diz quea Escritura não Falha!Na Tentação Jesus usou as Escrituras (Mt 4:4, 7, 10 e Dt 8: 3; 6: 13,16).

C) Dois testemunhos importantes1 - Paulo

- Afirma claramente a Inspiração das Escrituras – 1 Tm 5: 18e então cita Dt 25: 4 e Confirma em 1 Co 9: 9- Em 2 Tm 3: 16 – Confirma em Rom. 15: 4.

2 - Pedro- Em 2 Pe 1: 12 – 21 = Origem Divina e Confiabilidade - Em 2 Pe 3: 15 – 16 =compara os escritos de Paulo com o A.T. – afirma que aqueles que distorciam os escritos de Paulo – faziam o mesmo com o restante das Escrituras.

D) Variados Processos de Inspiração- Embora concordemos com a Inspiração Plenário verbal, entendemos que as formas não são sempre as mesmas, mas a inspiração é direcionada por Deus. Algumas Diferentes formas:

1 - Visão: João em Patmos – Ap. 1: 11;2 - Audição: Isaías ouviu Deus falar e depois escreveu o que aconteceu Is 38: 4 – 6;3 - Constatação: Lucas declara ter pesquisado cuidadosamente p/ o evangelho Lc 1: 1- 4;4 - Referência: Paulo utiliza um texto sagrado p/ ensinar e explicar a doutrina Gl4: 21- 31;

2 Pontos:

1 - A Inspiração é uma atitude Divina.

- Paulo nos diz em 2Tm 3:16 = Toda Escritura é Inspirada por Deus.

- Inspirada – latim derivada do grego theopneustos,” – Soprada por Deus.

2 - A Inspiração inclui Elementos Humanos.

- Explicação para diferentes estilos literários e diferentes níveis de instrução;

- Experiências diferentes: Datas e contextos diferentes.Ex: Is 45

B –Teorias de Inspiração

1 - Inspiração natural – nega o caráter Sobrenatural = Homens extraordinários – Escritores;

2 - Iluminação Espiritual – transferem a inspiração da Escritura para os escritores;

3 - Inspiração Dinâmica e Parcial – inspirados só assuntos como Fé e pratica.Outros temas, como história, não seriam inspirados;

4 - Inspiração Conceitual – Só são inspirados Conceitos e Ideias. Palavras podem conter erros;

5 - Teoria do Ditado – Meras palavras repetidas (Corão). Homens como Meros Escribas!

6 - Inspiração Segundo a Neo-Ortodoxia – A Bíblia não é exatamente a Palavra de Deus, mas contém a palavra de Deus. Acreditam que a Bíblia é apenas um Testemunho de Deus, enfatiza o leitor;

7 –Inspiração Plenário Verbal – A Bíblia é Plenamente a palavra de Deus e que cada Palavra foi Inspirada.

a) Refutação das seis Primeiras Teorias (Critérios)

1° A própria Bíblia afirma a sua inspiração,

Page 43: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

43

100 anos, o cânon do A. T. já era conhecido, reunido e reverenciado por todos e tidos como autoridade, conforme as evidências históricas.

2.2 – Critérios de Canonicidade.- Por que os 27 livros, incluídos em nossa Bíblia são aceitos como canônicos?Devido a doutrina da inspiração, ou seja, livros que foram inspirados por Deus.

2.2.1 – O Espirito Santo como testemunha: - O Testemunho interno do E. Santo na igreja como um todo. O Espirito Santo nos convenceu e a igreja apenas reconheceu.

2.2.2 – A história como testemunha:- Escritores e estudiosos que se empenharam em averiguar estes escritos: Clemente, Inácio Policarpo I séc.

2.2.3 – Os Apóstolos como testemunhas: - Critério mais importante considerado pela igreja – o reconhecimento dos apóstolos (ministério apostólico) =Profetas do A. T. – Apóstolos escolhidos por Jesus. Atos 1: 21 – 22.- Livro escrito por apóstolo – reconhecido como canônico.Todos são de autoria apostólica.

2.2.4 – O Conteúdo dos Livros:- Nenhum desses livros possui desacordo com o padrão doutrinário ou moral ensinado por Jesus.- Livros heréticos – repudiados = desacordo com o caráter, simplicidade e doutrinas dos canônicos.

2.2.5 – As evidências Internas:- Clara consciência dos escritores de sua inspiração. Gl 1:8, 11 – 12; 1 Ts. 2: 13.

2.3 – O Reconhecimento e data do cânon.- Prevaleceu o verdadeiro Cânon, os escritos foram inspirados e tem poder em si próprio. Tanto que alcançaram unanimidade espantosa na comunidade cristã.Data – III Concilio de Cartago, em 397.Português-tradução (final do séc. XV) – versão completa em 1753 J. F. Almeida (1819 – Londres 1ª impressão).

5 - Revelação Direta: O Próprio Deus falando - Alguns profetas e Moisés Dt 34: 10.

III –Como a Bíblia chegou até nós.

- Desde quando se ouve falar na Bíblia? Como ela foi formada? Como chegou até nós?

- Qual são os livros canônicos, ou seja, inspirados? Com que base foram selecionados?

1 - A Formação do Antigo Testamento.- O que é Cânon? (Kanon – grego – vara reta de medir = padrão, norma e regra). É a parte da teologia que trata ou analisa a formação dos escritos sagrados.- 90 d. C. – Jâmnia (Israel) 0s rabinos sob a direção de Johanan Ben Zakai, reconheceram e fixaram o cânon do A. T. – 39 livros = Igual ao cânon hebraico. Eles só ratificaram o que já era aceito.- O que são livros apócrifos?No grego clássico, a palavra apocrypha significava "oculto" ou "difícil de entender". A Igreja Romana aprovou os apócrifos em 8 de Abril de 1546 como meio de combater a Reforma Protestante. “Deuterocanônicos” - Testemunho dos pais da Igreja : Flávio Josefo (37 – 95 d. C.), Mileto (170 d. C.), Orígenes (254 d. C.) Tertuliano (160 – 250 d.C.) – Investigaram e comprovaram a autenticidade dos manuscritos e a sua coerência.- A Principal Testemunha: o N. T. Jesus o os apóstolos não questionaram o cânon e pelo contrário, eles o ratificaram citando por cerca de 600 vezes e não citam nenhuma vez os apócrifos. Eles confirmaram o cânon que usamos hoje.

2 -A Formação do Novo Testamento.

- Se os judeus não reconheceram a Jesus como Messias não poderiam aceitar o N. T.

2.1 – Tempo Necessário.- Foi necessário ter algum tempo para formação do cânon do AT. e para averiguação de sua veracidade.- Aproximadamente 50 anos para serem escritos, porém antes que se passassem

Page 44: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

44

confiar, porque cada uma das palavras que nela está escrita foi considerada importante por Deus para nós.

d) A Bíblia possui clareza. Isso quer dizer que a Bíblia pode ser entendida Totalmente e que seu conteúdo é Compreensível.

1 – Por que a Bíblia possui clareza?Tudo o que é necessário para o cristão saber (salvação, vida, etc.) são claramente compreendidas. A todos que querem aplicar os seus ensinamentos 1 Co 1: 18 - 21.2 – Por que as vezes temos dificuldades de compreender o que a Bíblia diz?A compreensão bíblica deve ser mais moral e espiritual do que intelectual 1 Co 1: 27 - 29.- Descrentes podem entender? Sim, quando leem com sinceridade em busca de Deus. 3 – Por que as pessoas compreendem erradamente a Bíblia? O problema não está na Bíblia, mas em quem a interpreta.

1º Quando se faz afirmações sobre pontos que a própria Bíblia não fala; 2º Quando se comete erros de interpretação. Deficiências pessoais (conhecimento ou arrogância) ou insuficiência de dedicação.

e) A Bíblia é necessária

1 - A Bíblia é necessária para conhecer o Evangelho. (Ro 10:13 – 17) Salvação = 1º Invocar o nome do Senhor – 2º Isso só acontece se Crer em Cristo – 3º Só haverá crença se Ouvir falar de Cristo – 4º Alguém precisa falar – 5º Pregação do evangelho que está registrado na Bíblia! 2 - A Bíblia é necessária para sustentar a vida espiritual. (Mt.4: 4 e 1 Pe. 2:2)- Nos alimenta e Produz crescimento espiritual.Não podemos negligenciar. Você negligencia a sua alimentação? 3 - A Bíblia é necessária para conhecer a vontade de Deus. (Dt 29: 29)- A BÍBLIA é a mensagem de Deus expressa em termos humanos. Para entendê-la é preciso estudá-la.

f) A Bíblia é suficiente - A Bíblia não tem todas as respostas para as perguntas da humanidade, mas significa que somente na Bíblia devemos procurar as palavras de Deus para nós.

1 - A Bíblia possui todas as palavras de Deus que precisamos para a Salvação.

IV- Cinco Fatos Incontestáveis sobre a Bíblia

A- A Bíblia possui Autoridade

1 - Como podemos ter certeza de que cada palavra da Bíblia é a própria Palavra de Deus? - 2 Tm 3: 16 – TODA a escritura – Toda a Bíblia Escrita é a Palavra de Deus.

2 - Por que ela possui autoridade?- Porque a Palavra de Deus é a verdade Jo 17: 17.Ela não é apenas verdadeira, é a própria verdade.

3 - Quem conferiu essa autoridade à Bíblia?

a) Sua Natureza Divina – 2 Sm 7: 28. O próprio Deus declara as suas palavras; Êx 7: 17 Assim diz o Senhor; Deixam claro como se fosse um edito de um rei. b) Sua Infalibilidade – A Bíblia até hoje não foi desmentida, nem será (Mt 24: 35) A Bíblia é precisa, suas informações verdadeiras, profecias cumpridas. Muitas pessoas foram salvas, transformadas pelo seu conteúdo. Nunca ninguém conseguiu provar através de alguma ciência que a Bíblia “não é a Palavra de Deus”. Cientistas se convertem.

c) A Bíblia é inerrante- A Inerrância bíblica se refere a sua natureza. Não existe erro nos escritos originais. Isso não significa que ela pode nos comunicar todos os fatos conhecidos (mecânica, informática, etc.), mas o que tudo ela diz acerca de qualquer assunto é verdade.

1 – Evidências a Favor da Inerrância:a) A Bíblia é a Palavra de Deus = Deus nunca mente (Tt 1: 2) – a Bíblia nunca mente!b) O Propósito da Bíblia não é ser um livro de história = Números são arredondados, porém não afetam a fidelidade dos fatos (ex: morreram 4998 – 5000). Ex: de nº exatos Gn 5: 27 e Jo 21: 11.c) O Propósito da Bíblia não é ser um livro de Gramática = As variações ou pequenas imprecisões que podem aparecer nas cópias que temos não afetam a verdade e a fidelidade do seu Discurso.d) O Propósito da Bíblia é ser Fiel no seu Discurso= A Bíblia é coerente Ro 15: 4.A Bíblia quis dizer tudo o que diz e quis afirmar tudo o que afirma. Podemos nela

Page 45: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

45

Introdução Bíblica – Parte II

Para termos uma visão geral da Bíblia, acreditomos ser importante entendermos as suas divisões por seções, agrupadas por uma classificação que envolve contexto histórico - geográfico, literário e também relações de conteúdo.

ANTIGO TESTAMENTO (39 livros)

1 –Livros da Lei: (5 livros) Pentateuco – Gênesis; Êxodo; Levítico; Números e Deuteronômio

2 –Livros históricos: (12 livros) Josué; Juízes; Rute; I e II Samuel; I e II Reis; I e II Crônicas; Esdras; Neemias e Ester.

3 – Livros Poéticos: (5 livros) Jó; Salmos; Provérbios; Eclesiastes; Cantares (Cânticos)

4 – Livros Proféticos – são 17 livros divididos em 2 seções:Profetas Maiores:(5 livros) Isaías; Jeremias; Lamentações de Jeremias; Ezequiel e Daniel.Profetas Menores: (12 livros) Oséias; Joel; Amós; Obadias; Jonas; Miquéias; Naum; Habacuque; Sofonias; Ageu; Zacarias; Malaquias.

NOVO TESTAMENTO (27 livros)

1 – Evangelhos: (4 livros) Mateus; Marcos; Lucas e João.

2 – Livro Histórico: (1 livro) Atos dos Apóstolos.

3 – Epístolas – são 21 livros divididas em 2 seções: Epístolas Paulinas: (13 livros) Romanos; I e II Coríntios; Gálatas; Efésios; Filipenses; Colossenses;I e II Tessalonicenses; I e II Timóteo; Tito; Filemom. Epístolas Gerais: (8 livros) Hebreus; Tiago; I e II Pedro; I,II e III João e Judas.

4 – Livro Profético: (1 livro) Apocalipse.

O propósito central da Bíblia é a Salvação do homem. 2 Tm 3: 15.2 - Tudo o que Deus exige de nós se encontra na Bíblia.- Por isso Ele nos revelou o queria que nós soubéssemos de forma escrita; Gl 1: 8.- Ele não acrescentou para nós nenhuma exigência fora das escrituras;Pv 30: 5 – 6.- A Bíblia é suficiente para que vivamos conforme a vontade de Deus. 2 Tm 3: 16 – 17.

V – Estrutura Bíblica

1 - Os Escritores da Bíblia.- Deus inspirou diferentes pessoas para escrever a Sua Palavra. 40 pessoas em 1600 anos.- Diferentes épocas, culturas e contextos históricos – porém é Deus quem direciona. Alguns exemplos em que Deus está falando aos seus servos ordenando que escrevessem: Moisés Êx 17: 14; Samuel 1 Sm 3: 11; Davi 2 Sm 23:2; Isaías Is 2:1; Jeremias Jr 30:2; João Ap 1: 10 – 11.Apesar de homens diferentes em locais diferentes a Palavra de Deus não é incoerente. 2 Pe 1: 20 – 21.

2 - As Divisões da Bíblia. Duas divisões = A. T (39) e N. T.(27)

Divisão do Antigo Testamento:

Divisão Novo Testamento:EVANGELHOS (4 LIVROS) MATEUS A JOÃO

LIVRO HISTÓRICO (1 LIVRO) ATOS DOS APÓSTOLOSCARTAS OU EPISTOLAS PAULINAS (13 LIVROS)

ROMANOS A FILEMOM

CARTAS GERAIS (8 LIVROS) HEBREUS A JUDASLIVRO PROFÉTICO (1 LIVRO) APOCALIPSE

PENTATEUCO (5 LIVROS) GÊNESIS A DEUTERONOMIO

LiVROS HISTÓRICOS (12 LIVROS) JOSUÉ A ESTER

LIVROS POÉTICOS (5 LIVROS) JÓ A CANTARES PROFETAS MAIORES (5 LIVROS) ISAÍAS A DANIEL

PROFETAS MENORES (12 LIVROS) OSÉIAS A MALAQUIAS

Page 46: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

46

PENTATEUCO – VISÃO PANORÂMICA

LIVRO AUTOR CONTEXTO PERSONAGENS TEXTOS CHAVE PROPÓSITO

GÊNESIS (princípio, começo)

MoisésJs. 1: 7,8; 2 Cr. 25: 4.

O princípio da criação até a morte de José (algo próximo a 1640 a. C.)

Adão e Eva;Caim e Abel; Noé e família; Abraão e Sara;Isaque e Rebeca; Jacó e José.

Gn. 1: 1, 27 A criação; A criação do homem.Gn. 12: 2, 3 O chamado de Abraão.

Registra a Criação como ato deDeus. É o livro que retrata o desejo de Deus em restaurar o homem, e de separar um povo para adorá-lo.

ÊXODO (sair,ou saída)

Moisés Relata a chegada do povo de Israel no Egito, a morte de José e uma trama que envolve 400 anos.

Moisés;Miriã;Faraó;Jetro;Arão;Josué

Êx. 3: 7,10 O Anúncio da redenção;Êx. 3: 14A declaração de Deus a respeito de si mesmo.

Registrar os acontecimentos que envolvem a libertação do povo de Israel do Egito, e como Israel se tornou uma nova nação.

LEVÍTICO(associado)

Moisés Abrange o período de menos de um ano da jornada de Israel no Monte Sinai.

Moisés;Arão;Nadabe e Abiú;Eleazar e Itamar

Lv. 19: 2 Agrande proclamação da santidade de Deus.

Ser o manual dos sacerdotes levitas quanto às suas responsabilidades referentes à adoração e um guia de vida santa para os hebreus.

NÚMEROS(censos)

Moisés Compreende o período de 39 anos do povo de Israel nos desertos do Oriente Médio, os estudiosos datam este livro por volta do ano 1490 até 1451 d.C.

Moisés;Arão e Miriã;Josué; Calebe;Corá e Balaão

Nm. 14: 22, 23

O preço da desobediência

Contar como Israel se preparou para entrar na Terra Prometida, como eles pecaram, como foram punidos e se prepararam para uma nova investida.

DEUTERONÔMIO (segunda ou

repetição da lei)

Moisés Aborda o período de 2 meses quando o povo esteve acampado nas planícies de Moabe, aprox. 1451 a. C.

Moisés;Josué

Dt. 7: 9 Deus é fiel, e tem um plano maravilhoso para vida daqueles que o temem.

As leis são novamente repetidas a uma nova geração que entraria a Terra Prometida, com o objetivo de lembrá-los o que Deus já havia realizado em sua história.

Page 47: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

47

LIVROS HISTÓRICOS – VISÃO PANORÂMICALIVRO AUTOR CONTEXTO PERSONAGENS TEXTOS CHAVE PROPÓSITO

JOSUÉ Josué Abrange o período após a morte de Moisés até a morte de Josué, cobrindo um período de 24 anos, que vai de 1451 a 1427 a. C.

Josué;Calebe;Raabe;Eleazar; Finéias

Js. 21: 45 Deus é fiel, e cumpre o que promete.

O livro narra a realização da conquista e posse da “Terra Prometida” evidenciando a vitória do povo que serve a Deus

JUÍZES Samuel (bem possível,

segundo a tradição judaica)

Envolve um período de aproximadamente200 anos, retratando a concretização da conquista da Terra Prometida após a morte de Josué até o período que precede a monarquia.

Otoniel;Eúde e Sangar; Débora e Baraque;Gideão;Tola e Jair;Jefté;Ibsã,Elom e Abdom;Sansão

Jz. 17: 6 Quando se abandona os caminhos do Senhor, terríveis são as consequên-cias.

Mostrar que o julgamento de Deus contra a transgressão é real, e que seu perdão pelo pecado é certo para aqueles que se arrependem.

RUTE Desconhecido(Samuel, bem

possível)

Abrange um período de 10 anos, bem provável durante a época de Gideão (1120 a.C)

Rute;Noemi;Boaz

Rute 1: 16 A importância da verdadeira amizade como algo de Deus.

Mostrar como uma pessoa fiel a Deus pode suportar uma sociedade em caos.

I SAMUEL Samuel, (bem possível)

mas inclui também escritos dos

profetas Natã e Gate

O livro tem início nos dias dos juízes e descreve a transição da teocracia para a monarquia em Israel. ( 1100 a 1010 a.C – aprox.)

Eli;Ana;Samuel;Saul;Jônatas;Davi

1Sm. 8: 7 – 9

Os israelitas não rejeitaram a Samuel, mas a Deus.

Registra a transição do governo de Deus para o governo dos homens.

II SAMUEL Desconhecido Pode ter sido

escrito por Natã e Gade, dois

contemporâneos de Davi.

Vai desde a morte de Saul ( 1010 a.C.) até a compra do local do Templo (estima-se 37 anos)

Davi; Joabe;Bate-Seba;Natã;Absalão

2Sm. 5: 12Davi entendeu que Deusescolhe pessoas simples para grandes propósitos.

Registrar a história de Davi, um líder segundo a vontade de Deus.

LIVROS HISTÓRICOS –Continuação

LIVRO AUTOR CONTEXTO PERSONAGENS TEXTOS CHAVE PROPÓSITO

ESDRAS Não mencionado, mas o fato de ser o livro escrito na primeira pessoa, indica que o próprio Esdras o escreveu.

Este livro menciona eventos do período entre 538 a450 a. C. Possivelmente foi iniciado na Babilônia e concluído em Jerusalém.

Esdras;Ciro;Zorobabel;Ageu;Zacarias;Artaxerxes I; Dario I

Ed.6: 21,22 Deus é fiel, o que ele promete ele cumpre.

Mostrar a fidelidade de Deus e como Ele manteve a sua promessa de restaurar o seu povo à Terra Prometida.

Page 48: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

48

NEEMIAS A maior parte do livro foi escrita em primeira pessoa, sugerindo Neemias como autor. Ele provavelmente escreveu o livro tendo Esdras como editor.

Este livro retrata um período aproximado de 12 anos, que vai de 445 a 432 a. C. A história se desenvolve no Oriente Médio, com enfoque principal na cidade de Jerusalém.

Neemias;Esdras;Sambalate e Tobias

Ne. 6: 15, 16 Os planos de Deus não podem ser frustrados.

Registrar a história do 3º retorno a Jerusalém após o cativeiro, contando como os muros foram reconstruídos e as pessoas renovadas em sua fé.

ESTER Não há uma certeza sobre o autor, mas possivelmente foi escrito por Mardoqueu (Mordecai) cap. 9: 20, 29.

A história se passa por voltade 470 a.C. (Ester se torna rainha em 479 a. C.) no Império Persa, e quase todos os fatos ocorrem no palácio do rei em Susã, a capital persa.

Ester;Mardoqueu (Mordecai);Assuero;Hamã

Ester 4: 14Deus não age por acaso, mas sim por propósitos.

Demonstrar a soberania e o cuidado amoroso de Deus por seu povo.

OS LIVROS POÉTICOS – VISÃO PANORÂMICA

LIVRO AUTOR CONTEXTO PERSONAGENS TEXTOS CHAVE PROPÓSITO

JÓ Desconhecido; Alguns eruditos sugerem o próprio Jó outros Moisés, outros Salomão ou Eliú.

A data em que este livro foi escrito é desconhecida.É bem possívelque os fatos registrados ocorreram durante o tempo dos patriarcas, por volta de 2000 a 1800 a. C.

Jó;Elifaz;Bildade;Zofar; Eliú

Jó 2: 3 Deus soberana-mente cuida de nós e nos ama.

Demonstrar a soberania de Deus e o sentido da verdadeira fé. O sofrimento do justo é tambémabordado, de forma a estar presente em todo o livro.

SALMOS Davi escreveu 73 salmos;Asafe12; Os filhos de Coré (Corá) 9;Salomão – escreveu 2;Hemã,Etã e Moisés escreveram 1 salmo cada;51 salmos são anônimos

Escrito no Oriente Médio (Israel, Palestina, Babilônia) de aproximadamente 1440 a 586 a. C.

Davi (grande autor)

(São várias)Sl. 150: 6Deus é o único digno de receber o louvor e adoração.

O livro dos Salmos é uma coleção e poesia hebraica inspirada, que mostra a adoração e descreve as experiências espirituais do povo judeu.

PROVÉRBIOS Salomão escreveu a maior parte –Pv 1: 1; (Ec 12: 9; 1)Os sábios (Pv 22: 17; 24: 23)Os homens de Ezequias – transcrição (Pv 25: 1) Agur – Um sábio, cap. 30Rei Lemuel – cap. 31

A respeito da sua data, não é fácil definir, mas foram escritos entre o reinado de Salomão,e o tempo de Ezequias (715 – 666 a. C.) – os dois últimos capítulos possivelmente foram inseridos no período exílico ou pós - exílico (aprox. séc. V)

Salomão Pv. 1: 7 A sabedoria vem de Deus, e ser sábio é segui-lo.

Este livro revela a sabedoria dos antigos mestres israelitas sobre viver bem! “o viver bemé uma prerrogativa do sábio, e para ser sábio é preciso primeiro temer a Deus”

Page 49: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

49

LIVROS POÉTICOS – ContinuaçãoLIVRO AUTOR CONTEXTO PERSONAGENS TEXTOS CHAVE PROPÓSITO

ECELSIASTES(Pregador)

Salomão Escrito em Israel, aproximada- mente em 935 a. C., perto do final da vida de Salomão.

Salomão (Ec. 1:1, 16; 12:9)

Ec.12: 13 O sentido da vida é viver para Deus.

Poupar as gerações futuras da amargura de aprender pela própria experiência que a vida longe de Deus não tem sentido.

CANTARESDE SALOMÃO

OU “CÂNTICO DOS

CÂNTICOS”

Salomão (Ct. 1: 1)

Foi escrito em Israel, em Jerusalém, em especial no jardim de Sulamita e no Palácio do Rei Salomão, provavelmente no início de seu reinado.

Salomão;Sulamita;Coro composto das “filhas de Jerusalém”

Ct 6: 3 O Amor é belo, o matrimônio é belo,dádivas de Deus.

Cantar o amor entre o noivo (Salomão) e a noiva (Sulamita), reafirmar a santidade do casamento e descrever o amor de Deus pelo seu povo.

LIVROS PROFÉTICOS

CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS PROFÉTICOS

1. Os Profetas Maiores

A ordem dos livros proféticos é um consenso de consideração quanto à extensão, data e autoria dos livros. Isaías, Jeremias e Ezequiel, obviamente os ‘profetas maiores’, estão listados em ordem cronológica no início da coleção. Apesar de o livro de Lamentações conter apenas cinco capítulos e o de Daniel doze, ambos pertencem ao grupo dos profetas maiores.

2. Os Profetas Menores

São conhecidos como Profetas Menores os doze últimos livros proféticos do A.T., eles são assim conhecidos pelo seu pequeno volume literário, são os seguintes: Oséias; Joel; Amós; Obadias; Jonas; Miquéias; Naum; Habacuque; Sofonias; Ageu; Zacarias e Malaquias.

Profetas Maiores – Visão Panorâmica

LIVRO AUTOR CONTEXTO PERSONAGENS TEXTOS CHAVE PROPÓSITO

ISAÍAS Isaías Isaías fala e escreve principalmente de Jerusalém entre os anos 740 a 680 a. C.

IsaíasOs reis de Judá:Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias

Isaías 53 A aparição, as dores e a glória do Messias.

Mensagem:“A salvação provém de Deus, que enviará o Messias.”

JEREMIAS Jeremias Jeremias ministrou durante o governo dos últimos 5 reis de Judá e seu ministério aconteceu entre 627 a 586 a. C.

Jeremias;Os 5 reis de Judá;Baruque;Nabucodonosor

Jr.2: 19 O castigo pela apostasia.

Mensagem:“ O arrependimento pelo pecado adiaria o iminente juízo de Judá executado pelas ‘mãos’ da Babilônia.”

LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS

Jeremias Jerusalém havia sido destruída pela Babilônia, e o livro escrito imediatamente após esse fato no ano 586a. C.

Jeremias;O Povo de Jerusalém.

Lm. 2: 11 O lamento pela apostasia.

Mensagem:“Ensinar os judeus a reconheceremo Juízo de Deus em suas calamidades, chamando-os ao arrependimento

EZEQUIEL Ezequiel Ezequiel serviu como profeta para os exilados na Babilônia entre593 e 571 a. C.

Ezequiel;Os líderes de Israel;Nabucodonosor

Ez. 36: 24 a26 Renovação da Aliança com Deus, “água pura e coração novo”

Mensagem:O cativeiro é um fato, mas não é um fim. (Nos últimos 15 caps. Enfatiza-se o controle de Deus)

DANIEL Daniel Daniel ficou cativo de Nabucodonosor e foi deportado para a Babilônia em 605 a. C. Serviu a corte por cerca de 70 anos durante os reinados de Nabucodonosor, Belsazar, Dario e Ciro.

DanielNabucodonosorSadraque (Hananias); Mesaque (Misael);Abede-Nego (Azarias); Dario

Dn. 2: 20 a 22 Deus tem poder para controlar e agir indepen- dente do homem.

Mensagem:“Deus está no controle da história humana: passado, presente e futuro”

Page 50: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

50

Profetas Menores – Visão Panorâmica

LIVRO AUTOR CONTEXTO PERSONAGENS TEXTOS CHAVE PROPÓSITO

OSÉIAS Oséias Israel ( Reino do Norte) cerca de entre 753 e 715 a. C.

Oséias;Gomere seus filhos

Os. 3: 1A Fidelidade no Relacionamento com Deus.

Mensagem:Deus é fiel embora o povo seja infiel.

JOEL Joel Reino de Judá (Reino do Sul) cerca de entre 835 e 796 a.C.

Joel;O povo de Judá

Jl. 2: 11 – 13Ainda há tempo para arrepender-se

Mensagem:O dia do Senhor virá.

AMÓS Amós Israel ( Reino do Norte) cerca de entre 760 e 750 a. C.

Amós;Amazias;Jeroboão II

Am. 5: 11 – 14A Justiça Social como Parte da Adoração.

Mensagem:Anunciar o juízo de Deus sobre Israel devido a sua complacência, idolatria e opressão sobre os pobres.

OBADIAS Obadias Ele era de Judá, mas sua mensagem era destinada a Edom cerca de entre 850 e 840 a.C.

Obadias;Os edomitas

Ob. 1: 15, 18O princípio da retribuição.

Mensagem:A recusa de Edom a ajudar Israel e o seu orgulho seriam a causa da sua ruína.

JONAS Jonas Ele era de Israel ( Reino do Norte)cerca de entre 780 e 760 a.C.

Jonas;A cidade de Nínive

Jn. 4: 11A Misericórdia Divina.

Mensagem:Há perdão quando há verdadeiro arrependimento.

MIQUÉIAS Miquéias Profetizou a Israel e a Judá. (era de Judá)cerca de entre 742 e 687 a. C.

Povo de Samaria e de Jerusalém

Mq. 6: 8A Importância da prática da justiça e da obediência a Deus.

Mensagem:Deus vai requerer justiça, respondendo a injustiça humana através do Messias.

NAUM Naum Fala ao povo de Judá a respeito de Nínive cerca de entre 663 e 612 a. C.

Naum; Na. 1: 7 – 9O limite da tolerância Divina.

Mensagem:Não negligencie a revelação de Deus, por isso, a destruição viria sobre Nínive.

HABACU-QUE

Habacuque Profetizoua Judá cerca de entre 612 e 589 a. C.

Habacuque;Os Babilônios

Hb. 3: 18 – 19A despeito de quaisquer circunstâncias você deve confiar em Deus.

Mensagem:Deus está no controle do mundo, apesar do aparente triunfo do mal.

Page 51: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

51

Profetas Menores – Continuação

LIVRO AUTOR CONTEXTO PERSONAGENS TEXTOS CHAVE PROPÓSITO

SOFONIAS Sofonias Profetizou a Judá cerca de entre 640 e 621 a. C.

Sofonias;O povo de Judá.

Sf.2: 3O Juízo Vindouro.

Mensagem:Haverá Juízo e Benção no Dia do Senhor.

AGEU Ageu Profetizou a Jerusalém e aos que voltaram do exílio, cerca de entre 520e 515 (?) a. C.

Ageu; Zorobabel;Josué;Povo de Jerusalém.

Ag. 1: 4É preciso zelo como a obra do Senhor.

Mensagem:Ocupem-se com a reconstrução do Templo, não invertam as prioridades.

ZACARIAS Zacarias Profetizou a Jerusalém e aos que voltaram do exílio, cerca de entre 520 e 480 a. C.

Zacarias;Zorobabel;Josué.

Zc. 9: 9 – 10A vinda do Rei.

Mensagem:Dar esperança ao povo de Deus, mediante a futura revelação que o Todo-Poderoso concederá através do Messias.

MALAQUIAS Malaquias Profetizou a Jerusalém e aos que voltaram do exílio, cerca de entre 430 e 420 a. C.

Malaquias;Os sacerdotes.

Ml. 2: 11, 17; 3: 10A adoração falsa e formal aborrece a Deus.

Mensagem:Confrontar o povo como seus pecados e restaurar o seu relacionamento com Deus.

Evangelhos – VisãoPanorâmica

NOVO TESTAMENTO:

LIVRO AUTOR / DATA CONTEXTO PERSONAGENS TEXTOS CHAVE PROPÓSITOMATEUS Mateus (também

conhecido como Levi)

DATA:Aprox. 60 a 65

d.C.

Mateus era judeu coletor de impostos, que se tornou um dos discípulos de Jesus. O evangelho de Mateus estabelece uma relação entre o A. T. e o N. T., por causa da ênfase que dá ao cumprimento das profecias messiânicas.

Jesus;Maria e José; João Batista;os discípulos; os lideres religiosos;Caifás; Pilatos;Maria Madalena.

Mt. 5: 17Jesus veio cumprir a Lei.

Provar que Jesus é o Messias, o Rei Eterno.

MARCOS João Marcos (ele não foi um dos

12 apóstolos, e esteve com Paulo, At. 13: 13)

DATA:Aprox. 55 a 65 d.C.

O Império Romano durante o reinado de Tibério Cesar possibilitava boas condições para as pessoas receberem a mensagem de Jesus, que foi sendo divulgada nação a nação.

Jesus;os discípulos; os lideres religiosos; Pilatos.

Mc. 10: 45Jesus o Servo de Deus.

Apresentar a pessoa, a obra e os ensinamentos de Jesus.

LUCAS Lucas (um médico grego –

Cl. 4: 14sendo o único autor gentio do N. T.)

DATA: 60 d.C.

Escrito em Roma ou Cesaréia, é consideradopor muitos o mais completo dos evangelhos.

Jesus; Isabel e Zacarias; Maria e José; João Batista; os discípulos; Herodes, O Grande;Pilatos;Maria Madalena.

Lc. 19: 9, 10 Jesus, o Salvador.

Apresentar um relato preciso da vida de Jesus, Homem e Salvador perfeito.

JOÃO João (filho de Zebedeu e irmão de Tiago –

“Os filhos do Trovão”)DATA:

Aprox. 85 a 90 d.C.

Foi escrito depois da destruição de Jerusalém (70 d. C.), antes do exíliode João na ilha de Patmos.

Jesus;João Batista; os discípulos; Maria, Marta e Lázaro; Pilatos.

Jo. 20: 30 – 31 Jesus é o Verbo encarnado que tem todo o poder.

Provar que Jesus é o Filho de Deus, e todo o que Nele crê tem a vida eterna.

Page 52: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

52

Livro Histórico – AtosdosApóstolosLIVRO AUTOR / DATA CONTEXTO PERSONAGENS TEXTOS CHAVE PROPÓSITO

ATOS DOS APÓSTOLOS

Lucas (compare At. 1: 1 com

Lc. 1: 3)

DATA:Entre 63 e 70 d. C.

Retrata o início da propagação do Evangelho por todo Oriente Médio, Ásia e Europa, abrangendo um período aproximado de 30 anos, que vai da Assunção de Cristo até a chegada de Paulo a Roma, perto 62 d. C.

Pedro, Tiago e João (apóstolos);Estevão e Filipe (diáconos);Paulo; Barnabé;Cornélio; Tiago (irmão de Jesus); Timóteo;Tito; Apolo.

Atos 1: 8 Anunciar oEvangelho de Jesus Cristo é a missão da Igreja.

Fornecer um relato preciso do nascimento e crescimento da igreja cristã.

Epístolas Paulinas

Epístolas (cartas):

LIVRO AUTOR / DATA CONTEXTO PERSONAGENS TEXTOS CHAVE PROPÓSITOROMANOS Paulo

DATA:Escrita na ultima visita de Paulo a Corinto, aprox.

57 d.C.

Aparentemente Paulo havia terminado o seu trabalho no Oriente e planejava visitar Roma, antes de seguir para a Espanha.A igreja romana era formada por judeus (maioria) e gentios.

Paulo;Febe.

Rm. 5: 1 Deus, através de Seu filho Jesus, nos justifica de todo pecado.

Esta carta é um tratado bem organizado a respeito da fé cristã. Cabe ressaltar um destaque especial à doutrina da justificação pela fé.

I CORÍNTIOS Paulo DATA:

Aprox. em 55 d.C. (escrita

em Éfeso, no final de sua 3ª viagem

missionária)

Corinto era uma cidade cosmopolitaportuária, principal ponto de comércio da Acaia. Havia muita idolatria e imoralidade. A igreja era composta na maioria por gentios.

Paulo;Timóteo;E membros da casa de Cloe.

1Co. 1: 10 A igreja deve estar unida.

Identificar problemas na igreja de Corinto e oferecer soluções e ensinar para os crentes como viver para cristo em uma sociedade corrupta.

Epístolas Paulians – ContinuaçãoLIVRO AUTOR / DATA CONTEXTO PERSONAGENS TEXTOS CHAVE PROPÓSITO

II CORÍNTIOS

PauloDATA:

Aprox. entre55 – 57 d.C.Estando na Macedônia.( 3ª viagem

missionária)

Depois de usar palavras fortes na 1ª carta, a maior parte da igreja respondeu de modo esperado, mas havia alguns que não reconheciam a autoridade de Paulo.

Paulo;Timóteo;Tito.

2Co. 5: 20SomosEmbaixado-res do Reino de Deus.

Afirmar o ministério de Paulo, defender a sua autoridade como apóstolo e refutar os falsos mestres que surgiram em Corinto.

GÁLATAS PauloDATA:

Aprox. entre os anos

55 – 60 d.C.

A Galácia é uma região da Ásia Menor, cujos limites não têm sido definidos com segurança.

Paulo;Pedro;Barnabé;Tito;

Gl. 5: 1Cristo nos trouxe liberdade.

Refutar os judaizantes e conclamar os cristãos à fé e à liberdade em Cristo Jesus.

EFÉSIOS Paulo

DATA:Aprox. no ano 60

d.C.(durantea prisão

de Paulo em Roma).

Os judeus convertidos nas igrejas primitivas se inclinavama separar-se de seus irmãos gentios. Esta situação na igreja de Éfeso pode ter motivado Paulo a escrevê-la.

Paulo;Tíquico.

Ef. 4: 4 – 6A unidade cristã é marca essencial do genuíno evangelho.

Fortalecer a fé cristã dos irmãos de Éfeso e explicar a natureza e o propósito da igreja, Ccorpo de Cristo.

Page 53: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

53

FILIPENSES PauloDATA:

Aprox. entre os anos de 61 a 64

d.C.(durante a

prisão de Paulo em Roma)

Fundada por Paulo em sua2ª viagem missionária,Foi a 1ª igreja estabelecidana Europa. Cresceuem meioa grandes perseguições.

Paulo;Timóteo;Epafrodito;Evódia;Síntique.

Fp. 4: 4A alegria no Senhor independe das situações .

Fortalecer a fé dos filipenses evidenciando que a verdadeira alegria só pode vir do Senhor Jesus.

COLOSSENSES Paulo

DATA:Aprox. entre os anos de 61 a 64

d.C.(durantea

prisão de Paulo em Roma)

A igreja de Colossos, uma cidade da Ásia Menor, foi fundada provavelmente por Epafras,estava sofrendo com influências do paganismo.

Paulo;Timóteo;Tíquico;Onésimo;Aristarco;Marcos;Epafras.

Cl. 2: 9, 10A Suprema Glória e dignidade de Cristo.

Combateros erros na igreja e mostrar que os crentes tem tudo o que precisam em Cristo.( A cabeça da igreja)

ITESSALONICENSES

PauloDATA:

Aprox. em51 d.C.

Redigidaem Corinto.

Era uma igreja muito jovem,estabelecida apenas 2 ou 3 anos desta carta ser escrita. Isso explica sua imaturidade.

Paulo;Timóteo; Silas.

1Ts. 4: 14Jesus voltará.

Fortalecer a fé dos cristãos de Tessalônica e transmitir-lhes a certeza da volta de Cristo.

IITESSALONICENSES

Paulo

DATA:Aprox. em51

d.C.Redigida

em Corinto,foi escrita

alguns meses depois da1ª carta.

Certas expressões da1ª carta a esta igreja haviam sido mal interpretadas.Ao referir-se à incerteza dodia da vindade Cristo, suas palavras não haviam sido entendidas.

Paulo;Timóteo; Silas.

2Ts. 3: 5É preciso aguardar com paciência a volta de Cristo.

Esclarecer a confusão de alguns crentes de Tessalônica a respeito da Segunda Vinda de Cristo.

I TIMÓTEO Paulo

DATA:Aprox. em64

d.C.Da prisão de

Roma.

Amigo intimo de Paulo, Timóteo foi enviado por ele para liderar a igreja de Éfeso e combater o falso ensino ali surgido.

Paulo;Timóteo.

1Tm. 4: 12Conselhos ao jovem líder.

Conselhos e exortações a um jovem evangelista acerca de sua conduta pessoal e de seu labor ministerial.

II TIMÓTEO Paulo

DATA:Aprox. em 66 ou 67 d.C. de

Roma.

Paulo estava praticamente só, só Lucas o ac ompanhava, essa foi a última carta dele.

Paulo;Timóteo;Lucas;Marcos.

2Tm. 2: 15O líder precisa ser preparado.

Dar instruções finais e encorajamento a Timóteo, pastor da igreja deÉfeso.

TITO Paulo

DATA:Aprox. em64

d.C., na mesma época da 1ª

carta a Timóteo

Paulo escreve a Tito (um grego), para organizar e supervisionar as igrejas em Creta.

Paulo;Tito.

Tt. 1: 5A liderança de Tito.

Conselhos e exortações acerca dos deveres e das doutrinas ministeriais, com ênfase sobre as boas obras.

FILEMOM Paulo

DATA:Aprox. em 64

d.C.,

Onésimo era um escravo que havia fugido de Filemom. Porém tinha se tornado cristão.

Paulo;Filemom;Onésimo.

Fm. 1: 15, 16Perdão.

Convencer Filemom a perdoar Onésimo e a aceitá-lo como irmão na fé.

Page 54: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

54

Livro Histórico – Atos dos ApóstolosLIVRO AUTOR / DATA CONTEXTO PERSONAGENS TEXTOS CHAVE PROPÓSITO

HEBREUS AnônimoDATA:

Provavelmente antes do ano 70 d.C.

A carta aparentemente foi escrita antes de tudo aos cristãos hebreus.

Homens e mulheres de fé do Antigo Testamento.

Hb. 1: 3A superioridade de Cristo.

Demonstrar a suficiência e superioridade do ministério de Cristo.

LIVRO AUTOR / DATA CONTEXTO PERSONAGENS TEXTOS CHAVE PROPÓSITO

TIAGO Tiago (irmão de Jesus)

DATA: entre 49 e 60 d.C.

Foi escrita aos judeus convertidos que viviam fora da Terra Santa, e aos judeus devotos da Dispersão.

Tiago. Tg. 2: 18Fé e obras.

A religião prática, manifestada nas boas obras, em contraste com a simples profissão da fé.

I PEDRO Pedro

DATA: entre 62 e 64 d.C.

Pedro estava em Roma quando Nero iniciou uma feroz perseguição

Pedro;Silas;Marcos.

1 Pe. 1: 7A prova da fé.

Oferecer encorajamento aos cristão que estavam em sofrimento.

II PEDRO Pedro

DATA:Aprox.em 67 d.C.

Pedro estava consciente que seu tempo era limitado, e queria prevenir os irmãos quantos falsos mestres.

Pedro;Paulo.

2 Pe. 1: 3Vida piedosa.

Advertir os cristãos quanto aos falsos mestres e exortá-los a crescer na fé e conhecimento de Cristo.

I JOÃO João

DATA: provavelmente

entre os anos 85 e 90 d.C. de Éfeso.

João já era idoso e bem provável o único apóstolo vivo naquele momento. Ele ainda não havia sido enviado à ilha de Patmos.

João. Jo. 5: 13Jesus, o verdadeiro filho de Deus.

A vida em comunhão com Deus, sua alegria, vitória, segurança e certeza.

II JOÃO João DATA:

Por volta da mesma época da 1ª carta aprox. 90 d.C., de

Éfeso.

Alguns creem que João se refere a uma senhora cristã e sua família, que viviam em Éfeso; outros, que é a personificação de uma igreja e seus membros.

João;“A senhora eleitae seus filhos”.

2Jo. 6Andar em Cristo é andar em amor.

Enfatizar os aspectos básicos de seguir a Cristo: verdade e amor, e advertir contra os falsos ensinadores.

III JOÃO João

DATA:Aprox. 90 d.C

Os lideres da Igreja viajavam de cidade em cidade e dependiam muito da hospitalidade dos irmãos, Gaio foi um desses.

João;Gaio;Diótrefes;Demétrio.

3Jo. 1: 5A hospitalidade é uma das marcas do cristão.

Elogiar Gaio por sua hospitalidade e encorajá-lo em sua vida cristã.

JUDAS Judas(irmão de Jesus e

de Tiago)

DATA:Aprox. 65 d.C.

A partir do Séc. Ia igreja foi ameaçada pelas heresias e pelos falsos ensinos.

Judas;Jesus;Tiago

Jd. 3 – 4 Diligencia a respeito da sã doutrina.

A carta foi escritapara advertir a igreja contra os mestres imorais e as heresias alarmantes que estavam pondo em perigo a fé que os crentes possuíam.

Epístolas Gerais

Page 55: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

55

de Deus) àqueles que estavam em meio a perseguição. Os acontecimentos estão ordenados literalmente e não em um formato rigorosamente cronológico.

Livro Profético

Apocalipse

1 – Propósito do Livro.

Revelar a completa identidade de Cristo e transmitir esperança e conselhos aos crentes, através da revelação do que iria acontecer no futuro – o juízo e o supremo triunfo do Senhor.

2 – Autor e Data.

João, na ilha de Patmos, na costa ocidental da Ásia Menor, aproximadamente em 95 d.C.

3 – Contexto histórico – geográfico.

A maioria dos estudiosos acredita que as sete igrejas da Ásia a quem João escreve essa obra, estavam sofrendo perseguição realizada pelo imperador Domiciano (90 – 95 d. C.) enquanto João havia sido exilado em Patmos pelas autoridades romanas. Joao havia sido testemunha ocular da encarnação de Cristo, e agora o via glorificado também.

4 – Personagens chave.

João e Jesus.

5 – Textos chaves.

Ap. 1: 3 – Bem-aventurado o que crê na profecia.

6 – Característica particular.

Este livro foi escrito sob forma “apocalíptica” – um tipo de literatura judaica que usa imagens simbólicas para transmitir esperança (no supremo triunfo

Page 56: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

56

LIÇÃO 14: INTERCESSÃO Introdução

Iremos refletir sobre algo muito importante na vida da igreja: a oração. A oração é uma atividade espiritual de extrema importância na vida cristã sendo uma das maiores expressões do relacionamento entre o homem e Deus. Porém, em muitos casos ela tem sido mal interpretada e praticada, caminhando por veredas estranhas ao ensino bíblico. Dessa forma, iniciaremos nossas reflexões sobre oração e intercessão partindo da compreensão inicial do que o que não seria oração, ou em outros termos, uma oração bíblica, destacando abaixo pelo menos as três características mais equivocadas, mas bastante difundidas na atualidade em determinados segmentos do “meio evangélico”:

I – O que não é Oração.

1 – Oração não é reinvindicação.

Essa compreensão muito difundida na atualidade vai contra a doutrina da graça de Deus. Sabemos que tudo que temos, somos e receberemos, é expressão da graça de Deus. A vida é uma dádiva divina (Rm 11.36), a salvação é “expressão” da graça de Deus (Ef 2.8), bem como toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem de Deus (Tg 1. 17) Nessa compreensão somos seres privilegiados, filhos preferidos, que por meio de uma interpretação incorreta de alguns textos bíblicos (incluindo algumas promessas), tais pessoas adentram o trono de Deus “exigindo” aquilo que lhe é de direito. Oração não é isso!

2 – A Oração não é uma ferramenta.

Nessa questão a oração é vista como um instrumento a dispor do homem. Isso vai contra o conceito de governo e poder de Deus, que reina soberanamente e que está revelado em Sua palavra de forma inquestionável (Gn 18. 14; 1 Rs 22.19; Sl 24; Sl 135. 6 – 7; Jó 42. 2; Ap 4. 1 – 8) A partir desse pensamento, aqueles que oram veem na oração, capacidades sobrenaturais, que estão disponíveis a eles, na qual a “oração move o braço de Deus”, e que eles são os portadores

dessa “benção”, e podem usá-las em favor e em tempo próprio.

3 – A Oração não está relacionada a méritos.

Nesse ponto a oração é visto como algo sacrificial e que envolve méritos. Isso vai contra a ideia ensinada na Palavra a respeito da obra de Cristo na cruz (Hb. 10. 12) e no que diz respeito ao relacionamento entre o homem e Deus (Mt. 6. 7) Dessa perspectiva, o número, o volume e a quantidade de oração nos leva a vencer os problemas e obstáculos existentes, (o que em certa medida não é errado, levando em conta a motivação), evidenciando a ideia de crédito e mérito por esforços próprios, repetições etc.

II – O que é Oração

O que é Oração? “Oração é a comunicação com Deus. É um diálogo entre duas pessoas que se amam mutuamente: Deus e o homem”. Deus está interessado em tudo o que você faz, assim sendo, Ele tem prazer na oração dos seus filhos (Pv. 15.8). Comunicar-se com Deus é um dos grandes privilégios dos que se tornam filhos de Deus, assim como a Palavra de Deus, a oração é um dos elementos básicos da vida cristã. Existem diversos relatos na Bíblia acerca da oração. Para que sejamos verdadeiros seguidores de Cristo é necessária a prática da oração. É de fundamental importância orar, pois através da oração temos acesso à Deus. Conforme J. Stott, “orar é buscar a face de Deus e reconhecer nossa dependência d’Ele”, De certa forma, “Orar é o mais básico que um crente pode fazer”. João Calvino referia-se à oração como “a alma da fé’” e realmente a fé sem a oração logo perde o vigor. Por esta e outras razões, para os seguidores de Cristo, a prática da oração ocupará lugar de extrema importância na vida

III – Tipos de Oração

Existem pelo menos 5 tipos de orações, ou seja, orações como características e propósitos diferentes, porém lembrando sempre que todas devem estar baseadas, alicerçadas no conceito de relacionamento com Deus.

Page 57: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

57

presença de Deus em fervente oração, em prol de alguém ou de alguma causa. A intercessão é também o tipo de oração feita em favor de um crente relapso ou afastado e pela salvação de perdidos. No entanto não devemos orar só por estes, é também importante orarmos por aqueles que estão no serviço do Senhor, por exemplo: missionários, evangelistas, pastores, professores, etc. Dessa maneira, entendemos que a intercessão é um tipo de oração muito abrangente, que engloba muita coisa, desde obras evangelísticas ao serviço ministerial. A verdadeira intercessão representa o mais profundo e sacrificial (no contexto de dificuldade) de todos os tipos de oração. Por sua própria natureza, a intercessão é sacrificial porque frequentemente se concentra nas pessoas e questões que podem não tocar a sua vida diretamente. Por isso entenda, orar pelos outros é uma das formas de expressarmos nosso amor ao próximo e a Deus! (1 João 4: 20)

V– O que é Ministério de oração?

É o serviço de cristãos chamados por Deus para a oração, não apenas no nível comum da oração que todo cristão deve exercer, pois todos os cristãos devem orar a Deus. Quando falamos de ministério de oração, estamos falando de pessoas que tem um chamado especial de Deus para orar, interceder, guerrear, em favor da igreja e das almas perdidas. Tais pessoas sentem uma necessidade urgente de orar. Desejam estar um tempo significativo aos pés do Senhor, clamando pela sua ajuda e orientação, não só por si mesmos, mas, principalmente pelos outros. São pessoas dispostas a gastarem bom tempo que lhe seriam de descanso ou lazer para estarem frente a frente com Deus em oração.

VI. A importância do Ministério de Oração.

Qual a importância deste Ministério para a igreja? A importância deste ministério na Bíblia se vê de várias maneiras. A forma como a Bíblia fala da oração revela a importância que tem este ministério na igreja hoje e sempre. A seguir vermos como podemos ver a importância da oração na Bíblia Sagrada:

Não há um tipo mais importante do que outro, mas é essencial entender e praticar cada tipo de oração regularmente:

1 – Louvor e Ações de Graças Oração na qual agradecemos, adoramos e louvamos o Nosso Deus. (Sl 100. 1 – 5; 50.23; 22. 3; 1 Ts 5. 16 – 18 e Hb 13. 15)

2 – Confissão Oração que consiste em confessar as nossas culpas e pecados para recebermos o perdão de Deus. (2 Cr 7.14; Pv 28. 13; Sl 56: 6 – 10; 66. 18; 139. 23 – 24 e 1 Jo 1: 9)

3 – Petição

Oração na qual apresentemos diante de Deus nossas necessidades e anseios particulares. (Fp 4. 6 – 7; Hb 4. 15 – 16; Jo 15. 7e 1 Jo 5: 14 – 15)

4 – Meditação

Oração que engloba a meditação na palavra e na contemplação do divino. (Sl 1.2; 63.6; 77.12; 143.5; 119.15, 148; Jr 29. 13)

5 – Intercessão

Oração na qual o nosso enfoque está nas necessidades do próximo. (1 Sm 12. 23; Ez22.30 e 1 Tm 2. 1 – 3)

IV – A importância e a necessidade de Intercessão.

Uma das formas da oração é a intercessão, que consiste na oração em favor de outros, consequentemente, como a igreja é composta por pessoas, a intercessão é de fundamental importância para a Igreja. Interceder significa literalmente "interpor-se", "colocar-se entre". É colocar-se entre Deus e alguém que carece do favor divino, e clamar por libertação. É se por na brecha do muro em prol daqueles pelos quais Cristo derramou o seu preciosíssimo sangue, e clamar para que a graça de Deus os alcance. Interceder é gastar tempo na

Page 58: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

58

3 – Componentes

As pessoas que compõe esse grupo de intercessão devem ser pessoas que tem o desejo de orar e sentem que tem um chamado de Deus para este ministério. É preciso ter treinamento para tal ministério, onde as pessoas devem ser preparadas e orientadas para enfrentar batalhas espirituais. Essa tarefa exige cuidados e acompanhamento por parte da liderança, especialmente do pastor.

4 – Funcionamento

O grupo de intercessão deve funcionar de acordo com a realidade de cada Campo, todavia se faz necessário, independentemente desta realidade, que o grupo se reúna regularmente para orar juntos, jejuarem e para batalhas específicas e especiais. O grupo precisa de um líder que coordenará todas as reuniões, dará orientações e informações quanto aos motivos de oração ao grupo. A frequência de reuniões de oração pode ser determinada pelo Pastor do Campo ou pelo dirigente da congregação, de acordo com o que o Pastor entender ser o melhor para cada caso.

VIII – Características de um Líder de Intercessão

O grupo de intercessão deve ter um líder, designado pelo pastor ou dirigente da congregação para o exercício do ministério. O líder deste grupo precisa possuir algumas características que confirmem a posição que ele ocupa. Vejamos algumas características importantes e desejáveis:

a) Maturidade espiritual – é importante, pois liderar este ministério é não uma tarefa fácil;b) Equilíbrio emocional e sensibilidade – serão muitas as necessidades enfrentadas;c) Perseverança – é fundamental devido às futuras oposições que ocorrerão;d) Obediência – importante, pois um líder que não obedece dificilmente será obedecido;e) Zelo – é preciso cuidar muito bem do grupo que lidera;f) Boa comunicação – sabe falar, se expressa de forma clara e objetiva, mas principalmente está pronto também para ouvir;g) Humildade – deve ser evitado todo tipo de comparação, de forma quepessoas não se achem melhores ou mais espirituais do que outras;h) Preparação – é preciso buscar conhecimento bíblico e se possível teológico, para que se evitem erros desta natureza.

1 – Pela quantidade de referência a oração.- No Antigo Testamento – são ao todo 249 referências ao termo oração e suas variantes (orai, orar, orarei, orou ou clamar, clamou, suplicou ou invocou) - No Novo Testamento – existe um total de 96 referências ao termo oração e suas variantes.

2 – Pelo uso que homens e mulheres de Deus fizeram da mesma.

- Pessoas referenciais na Bíblia como Abraão (Gn. 18. 23), Moisés (Êx. 24. 18; 34.28), Josué (Js. 10.12 – 15), Davi (Sl. 55.17), Os Profetas (2 Cr. 30.20; Jr. 7.16; Dn.6.11; Hb. 3), Os discípulos de Jesus (Atos 2. 1 – 14; 3. 1; 6. 4; 12. 5; 16. 13, 16; Rom. 10. 1; 12. 12; Fp. 1. 4)

3 – Pelo valor que o Senhor Jesus deu a oração em seu ministério pessoal e em seus ensinos.

- No seu ministério pessoal – Mc. 1.35; Lc. 5. 16; 22. 41 , 44 e Hb. 5.7.- Em seus ensinos – Mt. 5. 44; 6. 6, 28; 13. 18, 33; 14.38; 22. 40, 46; 24. 20; 26.41.

4 – Pelas respostas de Deus provenientes da oração.- Alguns exemplos entre vários: A libertação da escravidão do Egito (Êx. 2. 23; 3. 7,9); O Mar se abriu (Êx. 14. 10 – 22); Josué orou e o sol parou (fenomenologicamente falando – Js. 10. 12 – 13); Um menino foi ressuscitado (2 Reis 4. 32 – 36); Cinco pães e dois peixinhos alimentaram uma multidão (João 6. 9); A terra tremeu e os servos de Deus foram libertos (Atos 16. 25 – 26).

VII- A Formação do Ministério.

1 – Finalidade

A finalidade deste ministério é orar, suplicar e interceder junto ao Senhor pelo Seu Reino, Sua Igreja e por pessoas. São grupos de pessoas chamadas por Deus para orar, e desta forma, estarem dispostas a investir seu tempo em questões vinculadas a Deus e ao próximo.

2 – Formação

Toda igreja deve ter um grupo de intercessão, os que militam a oração. Cada congregação pode ter um grupo ou mais de pessoas que se dedicam a este ministério que ora por toda a igreja.

Page 59: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

59

X - A Importância de um enfoque Bíblico

O grande segredo da oração está em nos ajustarmos aos propósitos de Deus ao invés de buscar que ele se ajuste ao nosso. A partir desse entendimento, entendemos que se não orarmos dentro de um padrão aceitável por Deus, nossas orações serão em vão. Por isso é de grande importância o fato de que nossa oração tenha um enfoque bíblico. A Bíblia é a fonte segura da revelação de Deus. Nela temos expressa a vontade Dele e suas condições. Por isso, nossas orações precisam ter “amparo” bíblico, ou seja, estar em concordância com a Palavra de Deus. Um enfoque bíblico se baseia em pelo menos três pressupostos:

1. Princípios de Deus – toda oração deve ser realizada dentro dos princípios divinos, revelados na palavra como regras e condutas a serem seguidas, Ex: O Amor, Perdão, Justiça, etc. – jamais devemos orar por algo oposto;

2. Doutrinas reveladas – Sendo doutrina um conjunto de princípios, no caso bíblico, devemos orar conforme o que cremos, a partir da compreensão da teologia que acreditamos. Ex: Salvação, Graça, Pecado, etc.

3. Exemplos aplicáveis – Seriam exemplos descritos na palavra que podem ser aplicados ao nosso contexto, porém é preciso ser bem criterioso e coerente, priorizando o bom senso a respeito da contextualização, porque nem tudo que está escrito pode ser aplicado a nossa realidade atual

Ex: Devemos orar por curas, sinais e maravilhas, mas não vamos orar para que o Mar Vermelho se abra, As muralhas de Jericó caiam por terra, etc.

XI – A Compreensão de um principio fundamental

Uma análise das orações realizadas nos textos bíblicos nos evidenciamque a intercessão com enfoque bíblico segue um princípio fundamental: O enfoque bíblico prioriza, ou torna mais importante as questões de significado eterno do que as temporais, embora não seja errado fazer as duas coisas. Embora você irá interceder sobre necessidades físicas e outras questões temporais, elas não devem predominar a sua intercessão. Por

IX – Alguns erros de devem ser evitados.

1 – Que o grupo se torne um local de conversas desnecessárias.

Entendemos por conversas desnecessárias os mexericos e fofocas, pois, por ser um grupo que intercede pela igreja, pode chegar a ele todo tipo de informação. Por isso, todo o cuidado é pouco para que os componentes deste grupo não sejam tentados a usar estas informações de maneira equivocada. Já se tem notícia de grupos de intercessão que sucumbiram justamente devido a este tipo de situação. Viraram o “QGF” (Quartel General da Fofoca), e o que deveria ser o centro da destruição de problemas, se torna o centro da formação de problemas.

2 – Que se use o ministério para autopromoção.

Infelizmente alguns usam o ministério de intercessão para se autopromover. Começam a se achar mais importantes do que realmente são. Em suas mentes, se consideram os Superstar da igreja, “o instrumento nas mãos de Deus”, e então se apropria equivocadamente dessa compreensão.

3 – Que o ministério seja usado como motivações erradas.

O ministério de intercessão deve ser tão somente um grupo que intercede por motivos legítimos, dignos e nobres, mas em nenhum momento deve ser usado para fins que são discordantes da Palavra de Deus (Ex: rebelião contra líder, pastor e outras cosas desta natureza).

4 – Que o ministério se transforme em um fim em si mesmo.

O ministério de intercessão é uma partícula da igreja, um de seus muitos ministérios que visa o seu crescimento e progresso, por isso, nunca deve virar um fim em si mesmo, mas um meio pelo qual a igreja se apoia e alcança objetivos desejados em conjunto com os demais ministérios.

Page 60: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

60

1.3 - MOTIVOS INTERCESSÃO ESPECÍFICA PELO CULTO:

• Orar pela presença e manifestação do Espírito Santo;

• Orar pelos ministérios atuantes no culto;• Orar para que todas as ações malignas

que se propõem em impedir que crentes e não crentes não venham ao culto sejam anuladas;

• Orar por visitantes não crentes e pela salvação de suas vidas;

exemplo, ao orar por um enfermo, não peça só a sua cura física, mas que através da enfermidade a comunhão dele com o Senhor seja estreitada, que ele aprenda algo para a sua vida espiritual através da enfermidade ou que pessoas vejam como ele enfrenta a enfermidade e por isso se acheguem a Jesus.

1 – Motivos de Oração

Um ministério de intercessão pode orar por vários motivos que envolvem a realidade de cada igreja. Como sabemos, a lista de motivos pode ser muito ampla, geral e extensa. Para ajudar a facilitar essa tarefa, propomos abaixo alguns dos motivos de grande importância para a sua vida e para a Igreja:

1.1 - MOTIVOS DE INTERCESSÃO CONSTANTE:

• Orar por necessidades físicas e espirituais dos familiares e amigos;

• Orar por salvação de almas;• Orar por crescimento espiritual e proteção

para os novos crentes;• Orar por crentes que estão afastados;• Orar por seu pastor e pelos líderes da

igreja;• Orar por seu contexto histórico-

geográfico.

1.2 - MOTIVOS DE INTERCESSÃO ESPECÍFICA PARA A IGREJA:

• Orar pela liderança da igreja - pastor;• Orar pelos Ministérios da igreja e suas

respectivas lideranças;• Orar por salvação de almas;• Orar por avivamento espiritual e

crescimento da igreja.• Orar para que a igreja seja um sinal do

Reino de Deus para a sociedade;• Orar contra os ataques do inimigo à igreja;• Orar por amor profundo entre os membros;• Orar por bênçãos de Deus e pela abundância

de recursos para a obra;• Orar para que Deus levante muitos

trabalhadores para a sua obra;• Orar para que um profundo espírito de

adoração, oração e santidade difundam-se na igreja.

Page 61: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

61

LIÇÃO 15: MINISTÉRIO PRESBITERAL O homem tem duas áreas de necessidades básicas, a saber: necessidades espirituais e físicas. Partindo desse fato, Deus instituiu na Igreja duas categorias distintas de oficiais que ministrem aos cristãos, cuidando distintamente de cada uma de suas áreas básicas de necessidades. Temos então, o “Ministério das mesas”, de que se ocupam os Diáconos e Diaconisas, e o “Ministério da palavra”, de que se ocupam os Presbíteros. Nosso objetivo aqui é focalizar alguns aspectos do ofício de Presbítero, tanto na perspectiva bíblica, como na perspectiva da Igreja Evangélica Avivamento Bíblico. Segundo Paulo, em I Tm 3:1 “se alguém deseja o episcopado excelente obra deseja”. Esta afirmação indica a grande importância que as Escrituras dão aos Presbíteros. De fato, podemos observar que os mesmos têm um papel preponderante, quer no ensino da Palavra, quer na administração e tomada de decisões, tanto nas comunidades cristãs da Judéia, como nas comunidades gentílicas (At 14:23, 15:6, 22, 22, 23, 20:17-28; Fl 1:1 e 1 Tm 5:17-19). Se as igrejas cristãs da atualidade quiserem ser fiéis ao Novo Testamento, terão de levar em conta este fato em sua estrutura eclesiástica. O Avivamento Bíblico pretende ater-se aos princípios bíblicos, razão pela qual terá que dispensar atenções e cuidados especiais aos Presbíteros para que possam desempenhar o papel que lhes é atribuído nas Escrituras e também o previsto em nossa estrutura eclesiástica.

I – O CONCEITO BÍBLICO

1 - Conceituação

No Antigo Testamento encontramos os ANCIÃOS tendo um papel especial na liderança entre os israelitas (Ex3:16; 12:21; 17:5; 24:1; Nm 11.16; Jr 19:1). Em regra geral a esses anciãos cabia a tarefa de assessorar os líderes principais — Moisés, Josué, entre outros — e eram seus interlocutores junto ao povo e vice-versa. Na época do Novo Testamento encontramos a figura do ANCIÃO atuando nas sinagogas, prática esta que é seguida nas comunidades cristãs que então iam sendo formadas, nas quais encontramos os ANCIÃOS atuando lado a lado com os Apóstolos na liderança da Igreja (At 11:30; 15:2, 4, 22; 16:4). No Novo Testamento, o termo “presbítero”

é de origem judaica e indica aquela autoridade, juízo, capacidade de aconselhar, dignidade e calma que caracterizam os anciãos que governavam as tribos no Antigo Testamento. A maturidade era a condição desta posição oficial e era de supor que o ministro fosse pai de família. O termo “presbítero” indica a dignidade do ofício enquanto que o termo “bispo” indica a função. O termo “bispo” é de origem grega (episkopos), que significa supervisor, superintendente. Indica a função de organizador e administrador da Igreja. Em alguns círculos o termo BISPO ou PRESBÍTERO tem sido usado para designar um prelado, um dignitário eclesiástico, porém, tal comportamento não está em harmonia com o ensino bíblico. Por outro lado, em outros círculos, a função do PRESBÍTERO tem sido excessivamente vulgarizada ao ser atribuída indiscriminadamente sem que se dê a devida atenção ao ensino das Escrituras sobre a dignidade, qualidade, prerrogativas e responsabilidades dos Presbíteros (Anciãos). Em Êx 18:21 temos um resumo das qualidades dos líderes que deveriam assessorar Moisés: capazes, tementes a Deus, verazes e que aborreçam a avareza. Da análise dos textos de 1Tm 3:1-2; 5:17; Tt 1:5-9 e 1 Pd 5:1-4, podemos resumir as qualidades dos Presbíteros no seguinte: aptidão, maturidade, honorabilidade e espontaneidade. Quanto à experiência, o Presbítero deve ser maduro na fé, ou seja, não neófito, de reputação irrepreensível (não pode ser culpado de nada) e deve ter bom testemunho dos de fora.

1.1 Quanto ao caráter

É importante que o Presbítero tome muito cuidado em:

a) Área Pessoal: autodisciplina (domínio próprio), sóbrio (controlado, discreto), justo, santo, não arrogante (exibido, convencido, agressivo).b) Área do Relacionamento: no Lar, na Igreja e na Sociedade em geral: não impetuoso, inimigo de contendas (não é polemista, discutidor, teimoso), gentil para com todos (cordato, delicado, educado, polido), hospitaleiro, amigo do bem.c) Área Financeira: não avarento, não cobiçoso de torpe ganância (não vive em função do lucro financeiro).d) Quanto à família: se casado, o Presbítero

Page 62: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

62

subsequente do Conselho, em cuja ata ficará inserido.

3.4. Material para estudo

Ao entrar em experiência, o candidato receberá o material para preparar-se para o exame. O Conselho fornecerá o material para o estudo, a fim de que o candidato se prepare.Esse material é indicado pela Diretoria Geral de Cultura e Educação Cristã.

3.5. O exame

O exame se dará até quinze dias antes do término do período probatório, ressaltando que a prova será aplicada pelo Pastor Ordenado, ou por quem o Superintendente Regional indicar, juntamente com os Presbíteros do Campo.

3.6. A esposa

A esposa do candidato a Presbítero receberá instruções em treinamentos ministeriais de responsabilidade do pastor local. Também preencherá o questionário sobre seu perfil e vocação, que será enviado pela Secretaria de Educação da Região, cuja criação e atualização são de responsabilidade da Diretoria Geral de Cultura e Educação Cristã (Secretaria de Educação Teológica). Concluído o trabalho, este material será anexado ao exame do candidato a presbítero.

3.7. A consagração

Tendo sido aprovado, será então consagrado perante assembleia solene, convocada pelo Pastor para esse fim, conforme as normas estabelecidas pela Igreja Evangélica Avivamento Bíblico.

II – O TREINAMENTO DOS PRESBÍTEROS

Além das qualidades pessoais que devem caracterizar o candidato a Presbítero, o mesmo deve receber orientações e treinamento para que possa exercer seu ofício conscientemente e com maior eficiência.1 - Conhecimento e informações: doutrinas básicas

deve ter autoridade no lar, isto é, deve governar e administrar bem. Seus filhos devem ser criados de tal maneira que não possam ser acusados de maus costumes (dissolução), ou de serem desobedientes (dissolutos).e) Quanto à capacidade: o Presbítero deve ser apto para ensinar (1Tm 3:2), e deve saber administrar (Tt 1.7: ITm 3:5; 5.17).

2 - Critérios para a escolha de candidatos a Presbíteros

2.1. Diretrizes O Presbítero é escolhido e consagrado no Campo Eclesiástico e o candidato a presbítero será escolhido pelo Pastor, observando-se o seguinte:

a) Que seja membro da Igreja Evangélica Avivamento Bíblico por no mínimo 3 anos;b) Que seja um obreiro de boa formação ministerial para a função;c) Que seja idôneo, respeitado por todos pelo seu testemunho cristão;d) Que seja batizado com Espírito Santo;e) No caso de ser casado, que a esposa seja crente, e membro da Igreja Evangélica Avivamento Bíblico e;f) Ser dizimista fiel.

3. Processo de escolha de candidatos a Presbíteros

3.1. Indicação O candidato é indicado e avaliado na congregação onde serve, sendo escolhido pelo Pastor, e terá seu nome submetido à ratificação da congregação;

3.2. Experiência

Após indicação, o candidato entrará em experiência (no mínimo um ano), sendo que neste período deverá preparar-se para o exame que prestará antes de ser consagrado;

3.3. Ratificação

A reunião na qual o candidato terá seu nome submetido à ratificação da congregação será presidida pelo Pastor, que relatará o feito na reunião

Page 63: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

63

3 - As responsabilidades do Presbítero

3.1. Na Perspectiva Teológica

Utilizaremos os seguintes textos: At 11:30; 15:2, 4, 22; 20: 28-31; I Tm 5:17; Hb 13:7 e 1 Pd 5:1. As responsabilidades dos Presbíteros podem ser resumidas da seguinte forma:

a) Cuidar do rebanho. b) Apascentar o rebanho. Apascentar é cuidar, alimentar e dirigir (guiar). Para alimentar o rebanho, o instrumento do Presbítero é a Palavra de Deus (At 20:32; II Tm 3:17). A responsabilidade de “dirigir” a Igreja está relacionada ao governo da igreja. O seu sentido é o de dirigir tal como o piloto de um navio (At 27:11; 1 Co 12:28). c) Tomar decisões de interesse do rebanho. d) Constituir-se em exemplo para o rebanho. “Assim trabalhando...” (At 20:34-35). Neste exemplo do Apóstolo Paulo, o verbo empregado aí para “trabalhar” indica trabalho fatigante incluindo também trabalho manual. Logo o trabalho do Presbítero não é apenas participar de reuniões administrativas para tratar dos assuntos locais, mas principalmente, trabalhar entre os crentes, servindo com espírito de humildade (Tito 1:9; Judas 22-23; 1 Pedro 5:5). e) Velar pelo rebanho. O termo “velar” (Hb13:17) é de origem grega e tem o sentido de vigiar, pelo interesse das almas. A vigilância está ligada frequentemente com oração (Ef6:18). Os adversários dos crentes são poderosos, bem treinados e persistentes (1Pd 5:8). Os vagarosos e os que andam errantes do rebanho estão em grande perigo de serem apanhados pelo inimigo das almas. É dever dos presbíteros proteger e guiar o povo de Deus. f) Supervisionar o rebanho. g) Administrar (I Tm 4.2; Tt 1.13; 2.15).

3.2 - Na Perspectiva da Igreja Evangélica Avivamento Bíblico

Teologicamente, a responsabilidade do Presbítero é essencialmente pastoral, e no caso específico do AVIVAMENTO BÍBLICO não é diferente, apenas devido à hierarquia administrativa, o trabalho do Presbítero é sistematizado da forma seguinte segundo a Constituição da IEAB:

a) Integrar o Conselho do Campo.b) Cuidar do bem doutrinário e espiritual dos crentes, visitá-los e ensinar-lhes as doutrinas bíblicas.c) Atender a ministração das ordenanças de Cristo - (Santa Ceia e Batismo), e a celebração

Observe o que Diz Thiessen: Há em muitas igrejas hoje em dia uma aversão a pregações doutrinárias. O pastor sente que as pessoas gostam de mensagens que apelam mais para as emoções do que para a razão. Infelizmente, muitos cristãos são assim, mas Jesus e os apóstolos pregavam doutrina (Mc. 4:2; At. 2: 42; 2Tm. 3:10) e somos exortados a fazer o mesmo (2 Tm. 4:2; Tt. 1:9). Tem sido frequentemente demonstrado que na medida em que as pessoas são instruídas na Palavra de Deus é que elas se tornam cristãos firmes e trabalhadores eficazes por Cristo. (THIESSEN, Henry Clarence. Palestras em Teologia Sistemática, IPR, pág. 9). A palavra “doutrina” quer dizer “ensino” ou “instrução”, ou ainda “discurso”. A doutrina cristã pode definir-se assim: as verdades fundamentais da Bíblia dispostas em forma sistemática. Este estudo chama-se comumente “Teologia”, ou seja, um tratado ou discurso racional acerca de Deus. A Teologia se descreve como a ciência que trata do nosso conhecimento de Deus e de suas relações para com o homem. Trata de tudo que se relaciona com Deus e com os propósitos divinos. A ciência é a disposição sistemática e lógica de fatos comprovados. A Teologia é chamada ciência porque consiste em fatos relacionados com Deus e com as coisas de ordem divina, que são apresentadas de maneira lógica. A Teologia, de uma forma geral, inclui muitas áreas, como: Bibliologia (Doutrina da Bíblia); Teologia (Doutrina de Deus) – não confundir com o termo “Teologia” usado acima, que trata de todas as doutrinas de um modo geral. Aqui, teologia quer dizer o estudo sobre a Pessoa de Deus (essência, atributos, natureza, Trindade etc.); Antropologia (Doutrina do Homem); Hamartiologia (Doutrina do Pecado); Soteriologia (Doutrina da Salvação); Cristologia (Doutrina de Cristo); Eclesiologia (Doutrina da Igreja); Escatologia (Doutrina das Últimas Coisas); Angelologia (Doutrina dos Anjos); Pneumatologia (Doutrina do Espírito Santo); etc.

2 - Atividades práticas no ministério do Presbítero

a) Direção ou liderança de Congregações;b) Envolvimento na Escola Bíblica Dominical e cuidado de novos membros;c) Envolvimento em atividades administrativas;d) Exercício de celebração de ordenanças e cerimônias;

Page 64: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

64

das tarefas a serem realizadas e fará a supervisão das mesmas, sendo informado de todo o andamento daquilo que foi programado.

* Participando do Governo da Igreja: Nas reuniões do Conselho do Campo e da Congregação, a participação dos Presbíteros consiste em ouvir, expor, analisar, discutir e opinar cada assunto conforme direcionado, acatando por fim a decisão tomada. É interessante que o Presbítero ao pretender expor algum assunto em reuniões, informe com antecedência o Presidente da mesma (neste caso geralmente será o Pastor) para que o mesmo a avalie e assim coloque na pauta a ser apresentada. Nas discussões e encaminhamento de soluções é necessário que os Presbíteros mostrem autenticidade, equilíbrio, imparcialidade e que analisem às questões sem paixões e premeditações. Não é segredo que a quebra destes princípios tão elementares tem trazido tumultos e muitas perturbações em algumas reuniões, com graves prejuízos à Igreja.

de solenidades da Igreja, na ausência do Pastor ou quando por ele designado. Ainda observa-se que devem, quando solicitados pelos enfermos, ungi-los com óleo em nome do Senhor Jesus e fazer por eles a oração da fé, e, pode, quando vocacionados, ser indicados aos órgãos regionais de quem receberão nomeação para o desempenho de missões específicas, depois de cumpridas as formalidades e obter parecer favorável.d) Desempenho de Tarefas Específicas — Além das responsabilidades determinadas na Constituição da IEAB, expostas genericamente acima, os Presbíteros recebem incumbência para o desempenho de tarefas bem específicas, como:

* Ajudando na Congregação Sede: Nesta situação não há um trabalho propriamente determinado para o Presbítero, cabe então ao Pastor lhe atribuir tarefas específicas, tais como: liderar equipes de trabalhos, supervisionar projetos, dirigir cultos, pregar, fazer visitas, dirigir grupos de discipulados e estudos com casais, jovens, novos convertidos, visitar congregações, etc. * Como Dirigente de Congregação: Aqui o Presbítero tem uma responsabilidade claramente determinada que é liderar globalmente a congregação, acionando o funcionamento de todos os setores de atividades dela conforme relacionados no Conselho da Congregação. Cabe aqui salientar que os princípios de uma liderança eficaz implicam em que o Dirigente de uma Congregação precisa manter constante contato com o Pastor Titular e, igualmente com os Assessores do Pastor, informando-os do andamento de cada área de atividade da congregação, e ao mesmo tempo, buscando sugestões e orientações. Lembrando-se ainda, que os relatórios e contatos formais não devem substituir o contato que tenha mais conotação de convivência e compartilhamento de experiências e busca de ajuda.

* Auxiliando outros Dirigentes em Congregações: Esta situação é análoga à do Presbítero ajudando na sede. Aqui ele estará à disposição do Dirigente, que lhe atribuirá tarefas determinadas. No presente caso, como na da sede, trabalhos podem e devem ser realizados voluntariamente dentro das implicações das responsabilidades gerais dos Presbíteros, no entanto, o Pastor, como o Dirigente da Congregação dará as diretrizes

Page 65: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

65

LIÇÃO 16: ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA Numa época de complexidades e incertezas como, a que atravessamos hoje, a administração tornou-se uma das mais importantes áreas da atividade humana. A tarefa básica da administração é a de fazer coisas através de pessoas. Seja na indústria, no comércio, nas organizações de serviços públicos, nos hospitais, nas universidades, nas instituições militares e políticas, em instituições evangélicas e nas igrejas, ou em qualquer outra forma de empreendimento humano, a eficácia com que as pessoas trabalham em conjunto para conseguir objetivos comuns depende principalmente da capacidade daqueles que exercem função administrativa. A palavra administração vem do latim ad (direção para, tendência para) e minister (subordinação ou obediência), e significa aquele que presta serviço a outro. No entanto, a palavra administração sofreu radical transformação no seu significado original. A tarefa atual da administração é de interpretar os objetivos propostos pela organização, a fim de alcançar tais objetivos da maneira mais adequada à situação. O próprio conteúdo do estudo da Administração varia enormemente de acordo com a teoria ou escola considerada. Normalmente, cada autor ou estudioso da Administração tende a abordar as variáveis e assuntos típicos da orientação teórica de sua escola ou teoria.

I – ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

1 - A origem da Administração

O homem primitivo logo percebeu que se associando a outro homem poderia com menor esforço, obter maiores resultados de seu trabalho. A realização do trabalho conjunto pressupõe a coordenação das diversas atividades de cada um dos membros do grupo, sendo esta coordenação que se veem a conhecer como administração. O homem primitivo não conhecia técnicas nem sistematização quanto as melhores maneiras de fazer o trabalho em conjunto. A coordenação é fundamentada e se fazia com base nas experiências que vem sendo vivenciadas e nos resultados que iam sendo obtidos. Com o progresso do conhecimento humano a pratica administrativa foi sendo sistematizada desenvolvendo seu conceito ao nível de ciência que pode ser perfeitamente estudada, advindo daí a origem da profissão de

administrador.

2 - Conceitos de Administração

Em relação a toda ciência existem diferentes correntes (escolas) de pensamentos e cada uma dessas escolas tem uma visão e uma abordagem própria em relação à respectiva ciência de que trate. Isto ocorre também no caso da administração. As diversas escolas de administração definem cada uma o seu próprio modo, porém, a maioria dessas escolas está de acordo que a administração procura fazer coisas com e por meio de pessoas. Dessas referidas escolas destacaremos a seguir alguns conceitos básicos dos quais emitidos por autores norte-americanos:

a. Harold Koontz – “Administração é a arte de realizar coisas por meio de pessoas em grupos formalmente organizados”

b. William H. Neuman – “A administração consiste em orientar, dirigir e coordenar os esforços de um grupo de indivíduos para um objetivo comum.”

c. “Administrar é por um sistema em funcionamento”. Harold Koontz inicia seu conceito dizendo que administração é uma arte, a arte de realizar coisas. Para ele a arte administrativa, compreende a aplicação de diversas técnicas e práticas, as quais por sua vez estão baseadas em conhecimento de várias ciências (Sociologia, Psicologia, Matemática, etc.). Este raciocínio é perfeito porque um administrador no desempenho de suas funções aplica (com base em seus estudos ou apenas em suas experiências) os princípios das ciências supracitadas.

No fim do conceito de Harold Koontz ele faz referências as pessoas referidas em grupos formalmente organizados, isto quer dizer que não basta a reunião de pessoas para que se verifique a presença da ação administrativa, é o caso por exemplo no cinema, no interior de um ônibus ou em uma praça pública. Um grupo de pessoas deve ser constituído de formas deliberadas e é preciso que seja formalmente organizado, como acontece numa empresa ou em outra entidade. William H. Newman é bastante simples, não oferecendo nenhuma dificuldade de entendimento dada à clareza de seu enunciado. Somente devemos destacar que este autor faz questão de salientar a necessidade de orientação, direção e controle dos esforços do grupo de indivíduo e que tal papel cabe ao administrador, em outras palavras “pode

Page 66: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

66

mais tarde aos bancos universitários para cursarem Administração. A Administração não é um fim em si mesmo, mas um meio de fazer com que as coisas sejam realizadas da melhor maneira possível, com o menor custo e com a maior eficiência e eficácia.

5 - Processo da Ação Administrativa

5.1. Planejamento Estabelece e determina o que o grupo de pessoas irá fazer, os resultados e objetivos a serem alcançados.

5.2. Organização Estruturação da empresa ou entidade reunindo pessoas, e do mesmo modo equipamentos necessários à realização dos objetivos estabelecidos e do resultado pretendido.

5.3. DuraçãoConclusão e coordenação da atividade do pessoal.

5.4. ControleVerificação se tudo está sendo feito de acordo com o que fora estabelecido e conforme as ordens dadas.

6 - Os primórdios da Administração

A Administração, tal como a encontramos hoje, é o resultado histórico e integrado da contribuição cumulativa de numerosos precursores, alguns filosóficos, outros físicos, economistas, estadistas, e outros até mesmos empresários que, no decorrer dos tempos, foram, cada qual no seu campo de atividade, desenvolvendo e divulgando obras e teorias. Assim sendo, não é de se estranhar que a moderna Administração utilize largamente certos conceitos e princípios descobertos e utilizados nas Ciências Matemáticas (inclusive a Estatística), nas Ciências Humanas (como a Psicologia, Sociologia, Biologia, Educação, etc.), nas Ciências Físicas (Física, Química etc.), como também no Direito, Engenharia, etc. A história nos demonstra que a maioria dos empreendimentos militares, sociais,

existir um grupo de pessoas em um cinema, dentro de um ônibus, mas na ausência de orientação, direção e controle e atividade grupal não haverá eventualmente administração”.

3 - Teoria Geral da Administração (TGA)

Todas as teorias administrativas apresentadas são válidas. Na realidade, cada teoria administrativa surgiu como uma resposta aos problemas empresariais mais relevantes de sua época. E, neste aspecto, todas foram bem sucedidas ao apresentarem soluções específicas para tais problemas. E o administrador precisa conhecê-las bem para ter à sua disposição alternativas interessantes para cada situação. Hoje em dia, a TGA estuda a Administração das empresas e demais tipos de organização do ponto de vista da interação e cada objeto específico de estudo por parte de uma ou mais correntes da teoria administrativa.

4 – A Administração na Sociedade Moderna

Muito embora a Administração seja uma disciplina relativamente nova, o seu desenvolvimento foi muito rápido. A própria história do pensamento administrativo proporciona uma perspectiva das contribuições e dos problemas e situações com que se defrontou no decorrer destas últimas décadas no mundo industrial. A Administração é um fenômeno universal no mundo moderno. Numerosas atividades administrativas desempenhadas por diversos administradores, voltadas para tipos específicos de áreas e de problemas, precisam ser realizadas em cada organização ou empresa. O profissional pode ser um engenheiro, um economista, um contabilista, um médico, etc. e precisa conhecer profundamente a sua especialidade. Mas, no momento em que é promovido em sua empresa a supervisor, chefe, gerente, diretor, exatamente a partir deste momento, ele deve ser administrador. Daí o caráter eminente universal da Administração: cada empresa necessita não de um administrador apenas, mas de uma equipe de administradores em vários níveis e nas suas várias funções para levarem adiante as diversas especialidades dentro de um conjunto integrado e harmonioso de esforços em direção aos objetivos da empresa. É isto o que leva muitos profissionais de nível superior a retornarem

Page 67: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

67

II. Administração Eclesiástica propriamente dita.

1 - Especificação

Toda ciência tem suas derivações; na Medicina mesmo, temos: Pediatra, Cardiologia, Geriatria, Neurologia, etc. Assim a administração tem também suas derivações. Exemplo: administração pública, empresarial, hospitalar, escolar, bancária, rural, entre outras. Outra derivação importante no campo da administração é a administração eclesiástica, que consiste na aplicação da ciência da administração no caso específico da igreja, no aspecto de instituição temporal (secular) ou organizacional.

2 - Desenvolvimento

Esta é a derivação da ciência da administração que nos interessa, visto que a importância da mesma, neste caso, pende-se o ao fato da atividade do obreiro cristão, além do trabalho de pregar; ensinar, aconselhar envolve também a ação administrativa. Os termos Bispo, Ancião e Presbítero usados no Novo Testamento, em referência ao Pastor significam superintendentes, (presidente, líder, guia e gerente). A Teologia, a Homilética, Educação Cristã, a Pedagogia são necessárias ao obreiro para o desempenho de alguns aspectos de seu trabalho, do mesmo modo a administração lhe é necessário para o seu desempenho de seu importante papel de presidir.

III. Sistema Administrativo

Nos primórdios da humanidade o sistema administrativo era bem simples: o chefe da família era o líder e, consequentemente o chefe do governo. Com o desenvolvimento da humanidade outras formas de liderança foram surgindo e chegando aos mais variados sistemas, tanto na administração pública como na administração de empresas e outras entidades, inclusive a igreja. Apesar de multidões serem atraídas pelas mensagens e pelos milagres de Jesus, quando este subiu ao céu, a comunidade de seus discípulos era bem pequena. A forma de administração dessa pequena comunidade nascente era muito simples, inclusive o Novo Testamento não se preocupa em dar detalhes específicos sobre o assunto.

políticos, econômicos e religiosos teve uma estrutura hierárquica, concentrando no vértice as funções de poder e decisão. A teoria da estrutura hierárquica não é nova: Platão, Aristóteles, Hamurabi, entre outros, já tratavam dela. A Bíblia relata em Ex 18:17-27 Moisés julgando as causas do povo israelita após um dia inteiro de longas filas. Seu sogro Jetro, sacerdote de Midiã, notando as dificuldades de seu genro o aconselha a escolher dentre o povo homens capazes, delegando-lhes autoridade como se fossem seus representantes - chefes de 1000, chefes de 100, chefes de 50 e chefes de 10 - que dali para frente passaram a exercer jurisdição, conforme o nível de competência delegada. Todas as causas simples, julgaram-nas eles mesmos, enquanto apenas as mais graves eram levadas a Moisés.

7 - A pessoa do Administrador

O administrador é um profissional cuja formação é extremamente ampla e variada: precisa conhecer disciplinas heterogêneas (como Matemática, Direito, Psicologia, Sociologia, Estatística etc.) que lhes estão subordinadas ou que estão ao mesmo nível ou acima dele; ele precisa estar atento aos eventos passados e presentes, bem como ás previsões futuras, pois o seu horizonte deve ser mais ampliado, já que ele é responsável pela direção de outras pessoas que seguem a suas ordens e orientações.

8 – O que significa Administração Eclesiástica?

Administração Eclesiástica é o estudo dos diversos assuntos ligados ao trabalho do pastor no que tange a sua função de líder ou administrador principal da igreja a que serve. Lembremo-nos de que a igreja é Organismo e Organização. É o povo de Deus organizado num tríplice aspecto: espiritual, social e econômico, para atender à missão para a qual Deus a constituiu. Atualmente, dentro do cenário da Administração Eclesiástica, é grande o número de evangélicos envolvidos como ministros e/ou profissionais liberais, o que já têm feito à diferença na economia de alguns países.

Page 68: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

68

igrejas Metodistas, Presbiterianas, Episcopais, Anglicanas, do Nazareno, Assembleias de Deus, Igrejas Pentecostais em geral.

2.1. Algumas vantagens deste sistema:

a) maior segurança administrativa;b) maior aproveitamento de obreiros maduros;c) maior conjugação dos esforços do grupo;d) relação pastor/ovelha mais adequada do ponto de vista bíblico.

2.2. Algumas vantagens deste sistema:

a) perigo de marginalização dos leigos;b) muita burocracia (reuniões);c) perigo de manipulação pelas cúpulas;d) perigo de tráfico de influências entre líderes.

IV – Sistema Eclesiástico do Novo Testamento

Sabemos que a ênfase do Novo Testamento é sobre a igreja no aspecto de organismo (Corpo de Cristo), todavia temos ali a revelação dos pontos fundamentais de seu Sistema Eclesiástico, que podem ser resumidos da seguinte maneira:

1 - Congregações Locais

As comunidades (congregações locais) são os núcleos básicos da igreja, sendo esses os locais onde tudo acontece. Todo o crente deve estar inserido em uma comunidade, participando de suas atividades com regularidade e desempenhando sua função de membro do Corpo de Cristo. Pode se chamar a isto “o domicílio eclesiástico” — Hb10:25. Cada congregação local tem um corpo de líderes constituído com a participação e votos dos membros — At 14:23.

2 - Líderes Supervisores

Além dos apóstolos, o Novo Testamento revela outros líderes que exerciam supervisão e ajudavam as congregações locais, com suas respectivas lideranças no encaminhamento e solução de problemas mais complexos — At 14:23; At 20 , 17 e 18; I Tm 3:1-3; III Jo 3:9 e 10.

Partindo de Jerusalém a Igreja se expandiu para Samaria, Cesaréia e mais tarde para Antioquia, de onde partiram as expedições missionárias de Paulo. Com a expansão da igreja as formas administrativas foram igualmente sendo desenvolvidas. At 15.26; 6.1-7; 14.23. No decorrer da história eclesiástica surgiram vários sistemas administrativos de igreja, nos quais destacamos dois sistemas básicos: Sistema Congregacional e Sistema Episcopal ou Presbiterial.

1 - Sistema Congregacional

Neste sistema administrativo as igrejas locais são administradas diretamente, mediante decisões tomadas por votação da maioria de seus membros, inclusive o Pastor da igreja, constituído ou destituído por este processo. Este sistema é seguido principalmente em Igrejas Batistas e Congregacionais.

1.1. Algumas vantagens do Sistema Congregacional:

a) participação dos leigos (não investidos de ordens sacras, não ordenados);b) menor burocracia; c) maior agilidade nas decisões.

1.2. Algumas desvantagens do Sistema Congregacional:

a) perigo de manipulação da Igreja por um grupo de pessoas influentes;b) perigo do Pastor tornar-se um funcionário da Igreja;c) perigo do Pastor vir a ser manipulado pela Igreja;d) distorção da relação essencial pastor/ovelhas, ou seja, o pastor conduzindo, guiando e tomando decisões em favor do rebanho, definindo assim os rumos da Igreja, e não o contrário.

2 - Sistema Presbiterial (Episcopal)

Nesse sistema as igrejas são administradas por um grupo de líderes que tomam as decisões e supervisionam as igrejas. O Sistema Episcopal é seguido, principalmente, pelas

Page 69: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

69

aquelas, mas sem esquecer a principal.

V – Área Burocrática

1 - Jurídica

a) Fundação e posse da Diretoria da Igreja. b) Cartão de C.N.P.J. c) Inscrição da igreja na Prefeitura Municipal d) Vistoria do Corpo de Bombeiros. e) Alvará de Funcionamento.

2 - Contábil

O relatório financeiro mensal regularmente acompanhado de notas fiscais, recibos assinados, extrato bancário. O relatório da Congregação, do Campo, da Região Eclesiásticas e das Diretorias Gerais.

3 - Patrimônio

A aquisição de imóveis e móveis em nome da Igreja.

3.1. Material

A compra de material de construção deverá ser feita sempre com notas fiscais em nome da igreja.

3.2. Doações

Quando houver doações de material feita por pessoas da igreja ou não, deverão ser documentadas.

3.3. Mão de Obra

A igreja pode optar por vários sistemas de construção, seguindo as regras abaixo:

Se a construção for realizada em sistema de mutirão, é necessário pedir alvará na Prefeitura, e deverá sempre ter a assinatura de um engenheiro responsável.

3 - Cúpulas que dão as diretrizes

Os apóstolos exerciam liderança em relação a toda a igreja, cuidando dos assuntos de maior relevância e que envolviam a integridade da igreja e da doutrina. At 15:6-32; 16:4 e 5. Este sistema simples apresentado no Novo Testamento inclui ideias básicas contidas tanto no Sistema Episcopal como no Sistema Congregacional. Outros exemplos são vistos como no sacerdócio araônico, que foi instituído com um sumo sacerdote e ordens de sacerdotes sob sua direção, numa variação de categorias. Davi divide os sacerdotes em vinte e quatro turnos, maiorais do santuário e maiorais da casa de Deus. I Cr 24. Segundo o plano de Deus, a autoridade vem dos níveis mais altos para os inferiores. Ela traz consigo grande responsabilidade, e as pessoas investidas de autoridade são divinamente ordenadas a usá-la responsavelmente, para os propósitos celestiais. Assim, a organização é bíblica, é universal; é tão antiga quanto à própria humanidade. A Arqueologia o tem comprovado. Desde o princípio, os homens sentiram necessidade de se organizarem em sociedades ou grupos, a fim de proverem os meios de subsistência e sobrevivência. No período neotestamentário, encontramos Jesus, ao iniciar o seu ministério terreno, convocando os seus discípulos e auxiliares. Após instruí-los cuidadosamente, outorgou-lhes autoridade e poder, e os enviou ao campo. Primeiramente, os doze, “às ovelhas perdidas da casa de Israel” — Mt 10:1. Depois, mais setenta, “de dois em dois”, a todas as cidades e lugares onde Ele havia de ir — Lc 10:1. Antes de multiplicar os 5 pães, ordenou a seus discípulos que mandasse a multidão assentar em grupos de cem e de cinquenta, naturalmente para lhes facilitar o trabalho. Na igreja apostólica, os líderes propuseram à “multidão dos discípulos” a instituição dos diáconos, para “servirem às mesas”, a fim de que os apóstolos tivessem tempo para se dedicarem “à oração e ao ministério da Palavra” – At 6:1-4. Em certa ocasião, Jesus censurou um homem que iniciou a construção de uma torre sem verificar se possuía recursos para concluí-la — Lc 1:3. Isto é falta de planejamento. Outros fizeram grandes planos para encher os seus celeiros (obras seculares) e esqueceram-se da salvação de suas almas (trabalho espiritual). É importante realizar

Page 70: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

70

Na contratação de uma empreiteira, deve-se efetuar o pagamento da empreiteira, somente quando a mesma apresentar a Guia de Recolhimento da Previdência Social, devidamente paga, dos funcionários na obra, para que o futuro não haja problemas com a fiscalização. Quando contratar pedreiro autônomo pagar a Guia do Recolhimento da Previdência Social e exigir o recibo de pagamento de autônomo, todos assinados. Se optar por registrar um funcionário para a obra, deve fazê-lo com contrato em carteira de trabalho, e ao término da construção poderá rescindir o contrato de trabalho pagando as devidas verbas rescisórias. Os recibos, tickets de lojas de construção ou supermercados, pedidos de orçamento etc. não tem valor igual à Receita Federal, é necessário e imprescindível Notas Fiscais dos materiais em nome da igreja.

Page 71: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

71

LIÇÃO 17: ESTRATÉGIAS BÍBLICAS PARA O EVANGELISMO URBANOIntrodução

Pressuposições Básicas:

1. Urbanismo não é um fenômeno que surgiu a partir da 2a metade do séc. XX;A cidade tem sempre se mantido como centro de integração da cultura humana;

2. O alvo do evangelismo urbano não são os estudos demográficos, e nem os desvios políticos ou espiritualizantes, mais pessoas. Pessoas estressadas, desajustadas, famílias quebradas, conflitos de valores, desemprego, etc.

3. Qualquer estratégia a ser utilizada deve levar em considerações as características da sociedadeNão há modelo pré-fabricado;Não é a WillowCreek, não é o modelo coreano, etc.

I. Exemplos

Paulo em Atenas

Conhecendo a cidade:• Importante centro filosófico > a Meca dos

filósofos• Cidade cosmopolitana > o secularismo

imperava

Como Paulo reage?

1. Ele tem um coração que pulsa em sintonia com o coração de Deus, vs. 16-7 > cf. Rm 10.1-2

2. Ele procura conhecer aqueles a serem evangelizados. Como?

a) Relacionamentos, vs. 17b) Observando seus objetos de culto, vs. 23c) Conhecia sua literatura, vs. 28

3. Anuncia Jesus a partir de suas preocupações emergentes, vs 23

4. Ele percebe os sintomas concretos do desconhecimento de Deus

a) A curiosidade doutrinária, vs 19b) A religiosidade acentuada, vs 22

5. Não prega sobre o evangelho, mas prega o evangelho

a) Conhece sua mensagem a ponto de resumi-lab) Apresenta aquilo que os atenienses realmente precisavamc) Totalmente bíblicod) Sem receio de ser doutrinárioe) Experimentalmente prático

6. Total dependêcia no Espírito Santo, vs 32-33. A confiança de que a obra da conversão pertence ao Senhor

II. Romanos 10

O que fazer para evangelizar?

1. Devemos ter compaixão pelas almas perdidas, vs. 1

• Aqui Paulo faz um apelo do coração• 9.2-3 => A preocupação evangelística de Paulo

dá-lhe dor no coração-O argumento hipotético -> Preferia ser um anátema se os judeus fossem convertidos

• O que levaram os missionários a deixar o conforto dos seus lares para evangelizar outros povos?

-Compaixão pelas almas

2. Devemos conhecer a condição espiritual daqueles a serem evangelizados, vs. 2

• Não a situação econômica, mas a situação espiritual. A condição dos Judeus poderia ser conhecida pela própria experiência de Paulo

• Ele havia sido extremamente zeloso, Gal. 1.14

• Ele havia perseguido a igreja, Gl 1.13 e Fl 3.6• Ele se diz tão zeloso quanto seus

contemporâneos, At 22.3• Algumas vezes ele chegou a ser obcecado,

At 26.9ss• Paulo poderia testificar:

a. O zelo religioso dos Judeus-Sinceridade não é suficiente – zelo sem entendimento

b. A confusão religiosa dos Judeus-Eles desconheciam a justiça de Deus e procuravam estabelecer sua própria

3. Devemos conhecer a mensagem a ser anunciada,

Page 72: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

72

Ministerial, G-12, grupos familiares, grupos de comunhão, grupos de discipulado, igreja celular, igreja com propósitos, e assim por diante. É nosso intento fazer uma avaliação deste caudal de movimentos por entendermos que, com pequenas diferenças, todos eles seguem certos paradigmas que formam a base teórica que legitima a ação dos grupos em prol do crescimento das comunidades cristãs. Existem aspectos positivos que devem ser ressaltados: a descentralização de estruturas rígidas na organização das comunidades locais; a valorização do trabalho do leigo, e não só do pastor ou clérigo; o envolvimento de vários membros com ministérios específicos, respeitando-se o dom de trabalho de cada um; o fato de as comunidades deixarem de ser templocêntricas e espalharem-se pelos bairros e cidades, em grupos menores e familiares; a democratização de estruturas de poder, antes centralizadas na mão de um pastor ou líder. Por outro lado, podemos assinalar também vários aspectos negativos, que carecem de maior atenção por parte da nossa liderança evangélica no Brasil. O pano de fundo ou o lastro cultural que dá sustentação a esses movimentos é o “americanwayoflife” (estilo de vida americano), travestido, em alguns casos, do “koreanwayoflife” (estilo de vida coreano). Todos esses movimentos orientam-se pela ideia de quantidade, e não de qualidade – o estilo capitalista de acúmulo e crescimento passa a ser entendido como valor teológico. O que importa é construir megaigrejas. Igreja grande é sinônimo de bênção e sucesso. Há também a incorporação inescrupulosa de métodos utilizados na administração de empresas, como por exemplo, o planejamento estratégico. O cenário evangélico brasileiro apresenta-nos hoje um bom número de avaliações, favoráveis ou não a todos esses movimentos. As igrejas históricas, por exemplo, são unânimes em reconhecer que o movimento G-12 apresenta propostas neopentecostais e incorpora práticas suspeitas em seus métodos. Essas práticas transitam desde lições superficiais de psicologia, regressão e cura interior até ocultismo e paganismo. O referido movimento não suporta ainda uma análise bíblica séria e criteriosa, no que tange ao valor revelacional e normativo das Escrituras Sagradas. Precisamos refletir seriamente sobre essas teorias de crescimento da igreja. Tomamos como certo que é da natureza das comunidades

vs. 4ss• Qual mensagem?

a) Não nossa história pessoal – aquilo que fizemos para Deusb) Não as bênçãos de Cristoc) Não o sistema de governo de uma denominação. d) Cristo é o fim da Lei, vs. 4

• A justiça da fé vs. a justiça da Leia) Ele é acessível à nós, vs. 7-8b) Ele não é obtido por obras, mas pela fé, vs. 8c) Salvação é oferecida a todos, vs. 12

• Não há distinção de raça, cor, sexo, etc.

4. Devemos conhecer o modus operandis da salvação, vs. 9-17

• Salvação implica em fé e confissão, vs. 9• As duas demandam pregação (vs. 14) => ida

(vs. 15) => envio (vs. 15)

O debate contemporâneo sobre o crescimento de comunidades cristãs tem uma história de 47 anos. Em 1955, o ex-missionário na Índia Donald McvGavran publicou um livro intitulado The Bridges of God (As Pontes de Deus). Desde então, o chamado Movimento de Crescimento da Igreja tem sido alvo de acirradas e apaixonadas polêmicas. As ideias de McGavran foram divulgadas por seu discípulo Peter Wagner, tomaram corpo e tornaram-se mundialmente conhecidas pelo trabalho da Escola de Missões do Seminário Teológico Fuller, de Pasadena, Califórnia, EUA. A ideia central do Movimento é o “princípio de unidades homogêneas”, assim descrito por McGavran: “as pessoas gostam de ser cristãs, sem ter que cruzar barreiras raciais, linguísticas ou socioeconômicas”. No contexto latino-americano, teólogos e missiólogos como Orlando Costas, René Padilla e Samuel Escobar, entre outros, têm criticado severamente o Movimento de Crescimento da Igreja da Escola de Fuller. Desmembramentos mais recentes da teoria de crescimento da igreja deitam raízes no chamado “avivamento coreano”. É dos nossos irmãos asiáticos que herdamos a ideia de “grupos familiares” ou “igreja em células”. É evidente que, nos dias atuais, temos vários desdobramentos e podemos falar de “igreja em células” de vários matizes. Ainda no caudal teórico do crescimento das comunidades cristãs encontramos Rede

Page 73: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

73

2. Todo esforço humano é insuficiente para alcançar salvação: boas obras, bom caráter ou religiosidade. Mas Deus, o Criador, em santo amor e misericórdia, providenciou um meio de satisfazer plenamente essa busca humana, enviando Seu Filho Jesus Cristo para ser o Caminho que leva as pessoas à vida que tanto procuram.“ Este Jesus é pedra rejeitada por vós (...) E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4:11 e 12)“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2:8 e 9)“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo , a quem enviaste” (Jo 17:3)“pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:23 e 24)

3. Cristo Jesus, o Filho de Deus, veio ao mundo, assumiu a natureza e forma humana, para demonstrar o amor de Deus para com a humanidade corrompida. Viveu intensamente a vida humana, sentiu fome, sede, desprezo, dores, e, por fim, entregou-se à morte. Mas Ele ressuscitou, e hoje detém todo o poder nos céus e na terra.“ Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” (1 Pe 3:18)“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8)

“Pois ele, subsistindo em forma de Deus (...), a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz” (Fp 2:5-8)“Depois de cumprirem tudo o que a respeito dele estava escrito, tirando-o do madeiro, puseram-no em um túmulo. Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos; e foi visto muitos dias pelos que, com ele, subiram da Galileia para Jerusalém” (At 13:29 e 30)“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 2818)

4. Ao receber Jesus em sua vida, você receberá poder, pela Graça divina, para viver em novidade de vida, em obediência aos princípios de vida cristã, que estão revelados na Bíblia Sagrada. A salvação gerará em você sentimento de compromisso com Deus.“ E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se

cristãs o fator crescimento – assim lemos nas Escrituras. Também é certo que os modelos tradicionais, centralizadores, templocêntricos e pastorcêntricos já não funcionam mais. A Bíblia nos ensina a trabalhar com pequenos grupos e reuniões familiares – este argumento é irrefutável. Contudo, algumas questões importantes precisam ser respondidas: que tipo de crescimento queremos para as nossas comunidades? O crescimento quantitativo apenas é suficiente? O crescimento visa a glória de quem? De Deus ou do líder? O imenso crescimento quantitativo que temos experimentado no Brasil vem sendo acompanhado de compromisso de transformação da nossa sociedade? Existem trabalhos sociais nessas comunidades? As pessoas são realmente transformadas em seu caráter e em sua ética? Quando encararmos essas questões com seriedade, estaremos dando um passo em direção a um crescimento sadio. Então corresponderemos a isso que o último Censo está chamando de crescimento evangélico no Brasil. Estaremos crescendo em tudo e não só inchando. Vamos fazer diferença e construir igrejas e sociedades diferentes, transformadas pelo poder do evangelho, e não apenas por teorias mundanas que podem fazer sucesso e servir fora da igreja, mas que, na igreja de Cristo, apenas atrapalham.

III. Evangelismo Pessoal

Deus tem um plano para a sua vida. Ele quer que ela tenha sentido e significado aqui, nesta vida, e na eternidade. Para isso, Ele providenciou um plano maravilhoso para que você tenha acesso à grande salvação.

1. O homem é pecador, está separado de Deus, e perdido no mundo; vive tentando, por suas próprias forças, encontrar a saída para uma vida sem sofrimentos e sem morte, e cada vez mais afunda nessa angustiante busca.

“ Há caminho que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos da morte” (Pv 16:25)“Desconhecem o caminho da paz, nem há justiça nos seus passos; fizeram para si veredas tortuosas; quem anda por elas não conhece a paz” (Is 59:8) “Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há um sequer” (Sl 14:3)

Page 74: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

74

fizeram novas” (2 Co 5:17)“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tt 2:11 e 12)“Se me amais, guardareis os meus mandamentos (...) Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama” (Jo 14:15 e 21)“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor” (Jo 15:10)

Page 75: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

75

LIÇÃO 18: O MINISTÉRIO DIACONAL “Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus”

1Tm 3.13

Embora o diaconato seja um ministério específico, a diaconia é uma missão de todo o crente.1 Timóteo 3.8-13.

INTRODUÇÃO

No primeiro século da era cristã, a Igreja cresceu sob o avivamento do Espírito e expandiu-se pelo mundo. Na mesma medida em que cresceu, surgiram também problemas na esfera social, demandando urgentes providências. Por uma sábia e unânime decisão, em assembleia, a igreja de Jerusalém escolheu sete homens de moral ilibada e cheios do Espírito Santo, para administrarem esse “importante negócio” (At 6.3). Nesta lição estudaremos esse importante ministério de serviço que, por causa de uma crise étnica na igreja, levou os apóstolos a propor medidas que serviram de base para instituir a função diaconal. Esta, até hoje, faz parte do ministério ordenado pelas igrejas cristãs.

I. A DIACONIA DE JESUS CRISTO

1. Significado do termo. O termo grego diaconia significa “ministério” ou “serviço”. A vida inteira de Jesus aqui na Terra demonstrou o verdadeiro sentido da diaconia em todos os seus aspectos. Na realidade, seu ministério terreno evidenciou o quanto Ele foi “apóstolo da nossa confissão” (Hb 3.1), profeta (Lc 24.19), evangelista (Lc 4.18,19), pastor (Jo 10.11), mas principalmente, diácono por excelência (Mt 20.28). O apóstolo Paulo disse que Jesus, “sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2.6-7). Segundo a Bíblia de Estudo Palavras-Chave, a expressão “tomando a forma de servo” denota o sentido de uma condição humilde.

2. Serviço de escravo. Na véspera da sua crucificação, o Senhor Jesus reuniu os seus doze discípulos para comer a última ceia. Tomando uma toalha e uma bacia com água, ele começou

a lavar os pés dos discípulos, um a um (Jo 13.4,5). Não há atitude mais comovente do nosso Senhor como o relato do lava-pés, demonstrando serviço, exemplo e humildade. A “diaconia da toalha e da bacia” é a convocação cristocêntrica para uma vida de serviço humilde (Jo 13.12-17).

3. O discípulo é um serviçal. Certa vez, Tiago e João pediram ao Senhor lugares de destaques, “à direita” e “à esquerda” de Jesus, quando da implantação do seu Reino (Mc 10.35-37). Os discípulos ainda não haviam compreendido a mensagem de Jesus. A proposta do Nazareno nunca foi a de estabelecer uma hierarquia de poder temporal para a sua igreja, mas a de serviço conforme demonstra sua resposta a eles: “entre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal [diakonos]. E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.43-45).

II. A INSTITUIÇÃO DOS DIÁCONOS

1. O conceito da função. A palavra diácono (gr. diakonos), segundo o Dicionário Vine, refere-se àquele que presta trabalhos voluntários aludindo aos exemplos dos criados domésticos dos tempos do Novo Testamento. O termo destaca, em especial, a função de um mestre ou de um pastor cristão, entrelaçando o sentido técnico do diácono ou diaconisa. Outra palavra grega relacionada a “diácono” é doulos. Esta refere-se a “um servo” ou “um escravo” (Mt 13.27,28; Jo 4.51). Portanto, a ideia preponderante que a função do diácono remonta é a do serviço voluntário prestado, pelo “ministro”, o “servo” ou o “assistente”, para alguém.

2. Origem do diaconato. “A bênção”, “problema” e “reivindicação” são palavras-chave para o advento do ministério formal dos diáconos em o Novo Testamento. A bênção foi o extraordinário crescimento da igreja local em Jerusalém. A questão étnica causada pela situação social de muitos que aceitavam a fé, especialmente envolvendo viúvas judias de fala hebraica e as de fala grega (At 6.1), era o problema. A reivindicação pode ser vista na manifestação verbal destas viúvas que, sentindo-se injustiçadas pelo que elas interpretaram ser

Page 76: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

76

fundamentalmente de caráter social.

3. A função dos diáconos hoje. Atualmente, a função primordial do diácono é auxiliar a igreja local através das orientações do seu pastor em atividades ligadas a visitar os enfermos, os necessitados e os desviados, bem como cuidar das tarefas espirituais ligadas ao culto, como a distribuir os elementos da Ceia do Senhor, recolher as contribuições para a manutenção da igreja local (dízimos e ofertas) e auxiliar na ordem e na segurança da liturgia do culto, bem como de outras tarefas já mencionadas.Considerações Finais O diaconato foi instituído pelos apóstolos de Cristo quando a comunidade cristã cresceu e precisou ter pessoas que pudessem resolver questões relacionadas a problemas sociais que demandavam atenção e cuidado. Hoje, os diáconos servem à igreja e a Deus em trabalhos diferentes, e a liderança das igrejas locais deve valorizar o seu trabalho e reconhecê-los como excelentes servidores do Reino de Deus, pois, no sentido lato, todos somos diáconos da Igreja de Deus.

uma forma de discriminação dos líderes da igreja de Jerusalém, cobraram sua assistência (At 6.1).

3. A escolha dos diáconos. Para resolver o impasse, orando e impondo-lhes as mãos, os apóstolos separaram sete irmãos de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria para administrar uma questão étnica e social (At 6.2-7). Foi uma decisão de caráter pacificador e de muito bom-senso para a igreja não se perder em permanentes desentendimentos. O objetivo era estimulá-la a resolver a questão reconhecendo o caminho equivocado antes aderido pelos líderes até aquele momento. Assim, eles puderam executar as mudanças necessárias e resolveram uma questão que poderia trazer sérios problemas para a igreja de Jerusalém.

III. O PERFIL E FUNÇÃO DO DIÁCONO

1. Qualificações do diácono. As qualificações dos diáconos descritas no livro de Atos e na primeira carta a Timóteo revelam que em nada elas diferem da atribuição ética exigida aos bispos (1 Tm e Tt).

a) Caráter moral (1Tm 3.8). Os diáconos devem ser pessoas honradas, dignas, corretas e íntegras. Não pode haver “língua dobre” neles, isto é, a sua palavra deve ser sim, sim e não, não. A ganância por dinheiro tem de passar longe da sua vida, pois sua função é exatamente a de executar trabalhos administrativos da igreja local, como auxiliar nas tarefas do culto e acompanhar as viúvas e os pobres da Igreja do Senhor.b) Caráter espiritual (1Tm 3.9,10). Ter a plena convicção do que é crer no Evangelho. O diácono guarda a revelação de Deus que está em Cristo Jesus, o nosso Senhor (cf. Rm 16.25). Por isso, a liderança e a igreja local devem avaliar o candidato ao diaconato levando em conta o seu caráter moral e espiritual.c) Caráter familiar. O candidato deve ser marido de uma mulher, fiel à sua esposa e bom pai. A exemplo dos bispos, os diáconos devem ser zelosos com o seu lar, amar as suas esposas com amor sacrifical. Devem respeitar os seus filhos, para obterem deles o mesmo respeito. O “serviço” do diácono à sua família revelará como ele servirá a igreja local.

2. A função dos diáconos em Atos 6. Quando foram instituídos diáconos, setes homens de fala grega foram separados para assistir socialmente as viúvas: tanto as de fala hebraica como as de fala grega. Os diáconos não podiam permitir que houvesse injustiças de caráter social na igreja do primeiro século. A função do diaconato era

Page 77: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

77

LIÇÃO 19: ADMINISTRAÇÃO DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICALI. O Professor dos Professores (Superintendente) O Superintendente é um chefe diretamente subordinado ao Assessor de Educação do Campo Eclesiástico. Ele lidera um grupo e suas responsabilidades na escola, se dividem em quatro partes:

1ª. Parte – Da abertura da EBD até a separação das classes, que ocorre da seguinte maneira: a. ser o primeiro a chegar na EBD; b. obedecer o horário de abertura da EBD; c. fazer abertura com oração; d. cantar hinos (no máximo dois); e. fazer a chamado dos Oficiais; f. fazer apresentações dos oficiais e visitantes e g. fazer separação das classes. 2ª. Parte – Seguindo alguns critérios básicos: a. supervisionar todas as classes; b. examinar os materiais que estão sendo usados. C. examinar se os professores estão dentro do padrão; d. examinar os livros de relatórios e chamada do aluno; e. tomar nota dos alunos ausentes para visitá-los; f. examinar se há algum aluno vocacionado para o ensino e informar o Assessor de Educação para que ele tome as devidas providências treinando-os para assumir sua vocação. 3ª. Parte – De suas responsabilidades: a. tomar lugar á mesa; b. passar a palavra para o (a) Secretário (a) para a leitura do Relatório. c. saber se há aniversariante(s) e orar por eles, se houver. d. dar os avisos e exortar os alunos a voltarem na próxima aula. E, dar o término na hora certa. 4ª. Parte – Após o final da aula: Comunicar com todos os alunos, dando atenção a cada um. Ser comunicativo.

O (a) Superintendente deve entregar na data correta o Relatório Trimestral ao Assessor de Educação ou ao Pastor quando por eles solicitado. Ele deve ser o primeiro a chegar na ED; providenciar acomodações nas classes, para o desenvolvimento da escola, como também os respectivos materiais; orientar os professores e ajuda-los, quando por eles solicitado; substituir e preencher vagas, quando necessário; visitar os alunos da ED, incentivando sua participação; informar ao Assessor de Educação, com bastante antecedência, o término das revistas e qual revista é a utilizada, bem como outros materiais da EBD.

II. Secretário (a) da Escola Dominical. Não Basta fazer a chamada dos alunos e marcar presença ou ausência, ou fazer o Relatório Geral. É importante que se saiba todas as obrigações: 1. Cuidar dos livros de relatórios, conserva-los em perfeito estado.

2. Anotar na sobrecapa dos livros de chamadas, as datas de aniversários, e lembra-las ao Superintendente, para orar pelos aniversariantes e entregar um cartão padronizado do Campo para o mesmo.

3. Ser um (a) cronometrista, tocando a campainha na hora certa e fazendo a leitura do Relatório Geral.

4. Após o término, entregar ao tesoureiro as ofertas da EBD.

5. Preparar o Relatório Trimestral, juntamente com o Superintendente. Veja o exemplo abaixo:

Em Janeiro tivemos 60 alunos matriculados. Em fevereiro 65 e em Março 70. O total da soma resulta em 195, este número deve ser dividido por 3 e o resultado obtido, no caso 65 é a média dos alunos matriculados nos últimos três meses. Assim sucessivamente, os presentes, ausentes, ofertas, etc. Vejamos ainda a porcentagem dos totais de presentes: Temos 64 alunos matriculados mas, compareceram somente 48. Devemos multiplicar os presentes por cem e dividir o resultado por 64, o total obtido, aqui no caso 75, será a porcentagem dos presentes. Neste exemplo a porcentagem foi de 75 %. Sempre que houver necessidade do Secretário (a) faltar na EBD, ele (a) deve avisar ao Superintendente antecipadamente para que o mesmo se previna com um substituto, salvo se for uma necessidade de última hora, que não der tempo de avisar. Deve deixar os livros de relatório em lugar que poder ser encontrados, caso venha a faltar sem aviso.

Page 78: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

78

LIÇÃO 20: LIDERANÇA DE CÉLULAS Em Atos 2.47 diz: “[...] e todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que iam sendo salvos”.Segundo historiadores, a igreja de Jerusalém deve ter chegado a mais de cem mil membros antes de serem espalhados devido à perseguição. Deus quer que todos sejam salvos. Portanto, enquanto houver pessoas perdidas no mundo, precisamos nos importar com números.Sozinho ninguém é a igreja, o Corpo é formado pela interdependência dos membros (I Co 12:12).Pessoas precisam de pessoas. Participar de um pequeno grupo é redescobrir o impacto de estudar a Palavra de Deus com outras pessoas num ambiente familiar.Talvez um dos grandes desafios da igreja contemporânea, é sair da sua zona de conforto. Hoje somos desafiados a deixar de lado o comodismo e avançar. Dentro desta temática, os Grupos Pequenos ou Células irão proporcionar as igrejas uma vitalidade maior.Porém, alguns mitos sobre esse assunto precisam ser vencidos, os quais falaremos abaixo. OS MITOS SOBRE A ESTRUTURA CELULAR OU PEQUENOS GRUPOS

1. Grandes igrejas crescem à custa de outras menores. Essa afirmação não é verdadeira. O fato de algumas pessoas saírem de suas igrejas e irem para outras que estão crescendo mais não confirma essa afirmação, pois essas pessoas fazem parte de uma minoria.

2. Precisamos escolher entre qualidade e quantidade. É um erro achar que os dois se opõem. Na verdade, a qualidade produz quantidade. 3. As células crescem espontaneamente. Isso é um equívoco em que muitos caem e depois dizem que começaram células e não deu certo. Não deu certo porque não cuidaram Para crescer, é preciso muito trabalho.

4. Célula boa é célula grande. Não. A célula grande apenas significa que está na hora de se multiplicar. Célula boa é célula saudável.

5. Estimular o crescimento é perigoso – O líder pode sair e levar os membros. Enfrentar riscos faz parte do crescimento. Todavia os riscos diminuem quando uma estrutura saudável de discipulado é estabelecida.

6. Pedir empenho dos membros pode afastá-los da célula. O alvo das células não são membros superficiais, mas sim discípulos. Portanto, o empenho é a resposta ao chamado do discipulado.

7. As células dão certo em alguns lugares e em outros não. As células deram certo no passado, na igreja primitiva, em Jerusalém, na Judeia, em Samaria. Estão presentes hoje em cidades grandes, médias e pequenas. O sucesso da célula não é a sua estrutura, e sim o coração daqueles que estão à frente.

A igreja do século XXI é desafiada a romper com a sua formalidade, onde muitas vezes é engessada com suas programações que muitas vezes não consiste em um resultado mais concreto. OsPequenos Grupos ou Células vêm para proporcionar a saúde espiritual desta igreja. Passamos agora de maneira prática como iniciar uma Célula ou um Pequeno Grupo em sua igreja:

Como iniciar?

Se você crê que a sua igreja deve ser uma igreja em células na visão do discipulado um a um, comece a transição com calma, paciência e muita perseverança.Uma boa transição leva de 2 a 4 anos.

1. Abrace a visão Apaixone-se pela visão, tenha convicção de que a igreja em células é o modelo bíblico; que esta é a única maneira de ser igreja no Novo Testamento no século XXI. O Pastor titular precisa estar convencido de que está é a visão de Deus para a sua vida, família, igreja e para o seu ministério.A porta de entrada é o pastor. O pastor titular deve deixar-se possuir

Page 79: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

79

atuais líderes de células. Onde homem discípula homem e mulher discípula mulher. O encontro se dará semanalmente, observado que esse encontro se fará em um dia especifico da semana, com hora e local para facilitar o com desempenho do mesmo.

pela visão. Isso significa dar a sua vida por esta visão de ganhar muitas vidas para Jesus, amá-las incondicionalmente e cuidar bem de cada pessoa.O Pastor titular precisa estar convencido.2. Forme a Célula Protótipo Escolher algumas pessoas chaves da igreja, pessoas ensináveis, moldáveis, abertas para mudanças, pessoas fieis e leais. Escolha 16 pessoas (5 casais + 4 jovens + 2 adolescentes).Andar com essas pessoas no mínimo por 6 meses, reunir na casa, trabalhar com o material especifico para esse fim. As pessoas da célula protótipo serão os futuros líderes que irão frutificar muito. Por isso, é preciso que sejam pessoas que queiram crescer. O que fazer nesta célula:

a. Quebra-gelob. Louvorc. Ensinod. Compartilhamentoe. Evangelismo

3. Levante os líderes e comece as células Cada célula precisa ter um líder, um vice-líder e um segundo vice-líder em treinamento. Isso para garantir sempre a multiplicação.No último mês da célula protótipo, chama os líderes na frente, ungir os mesmos. Dizer para a igreja que precisa de oito casas para começar com oito células.

4. Estabeleça a supervisão O papel do supervisor é discipular, pastorear, encorajar, motivar seus líderes.

5. Comece o TODA Culto de celebração com todos os líderes, vice-líderes, anfitriões, também aberto a toda igreja.Esse culto acontece na terça-feira, um culto motivacional, levando o ensino e encorajando toda a igreja a continuar trabalhando e ganhando vidas para Jesus.

6. Estabeleça a escola de Líderes A escola de líderes irá funcionar com o proposito de levantar novos líderes que irão assumir as futuras células que irão se multiplicar.

7. Comece o discipulado com o cuidado um a um O Pastor pode iniciar o programa do discipulado com cuidado um a um, através dos

Page 80: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

80

LIÇÃO 21: RELACIONAMENTOS SAUDÁVEISIntrodução

Fomos escolhidos por Deus para, como igreja, ter comunhão; e, para que haja comunhão, faz-se necessário a construção de relacionamentos saudáveis. E para que sejamos capazes de construir relacionamentos saudáveis precisamos entender o princípio que aprendemos na primeira mensagem desta série: admitir que necessitamos uns dos outros. Relutamos em admitir nossas necessidades uns para com os outros por causa da nossa cultura que exalta o individualismo e, também, porque somos orgulhosos. Sendo assim, precisamos de uma família espiritual, e é por isso que ele criou a igreja. E a verdade é que eu e você precisamos estar em comunhão com uma igreja para sobrevivermos espiritualmente.Como partes de um corpo vivo, é impossível para o cristão manter a vida sem os outros. I Co12:20-27.

1. Comprometendo-se uns com os outros. Rm 14:19

Numa igreja cristã saudável, todos se comprometem a amar uns aos outros, trabalhar juntos e manter-se unidos. Isso ultrapassa a superficialidade, pois abandona a abordagem “cada um por si” e alcança boa convivência com os outros. Deus nos criou para esse tipo de compromisso; ele está comprometido conosco e espera que nos comprometamos com ele e uns com os outros. Comprometer-se significa amar, não importa o que aconteça; estar presente, engajado na vida dos outros; e auxiliar usando os dons espirituais, visando o bem comum.

2. Respeitando uns aos outros. Rm12:10

Respeito começa com uma perspectiva bíblica. Significa olharmos uns para os outros sob o ponto de vista de Deus. Respeitar denota constantemente nos lembrarmos de que, em breve, compartilharemos o céu com aqueles que agora estão em nossa igreja e com os quais temos dificuldade de respeitar. Respeitamos uns aos outros quando procuramos ser:

• Cuidadosos e não somente sinceros – ter tato é pensar antes de falar, sabendo que o modo de dizer algo influenciará na recepção

da mensagem. Como cristãos maduros, devemos sempre falar a verdade, mas dizê-la em amor.

• Compreensíveis e não exigentes – respeitamos os outros quando os tratamos do modo como desejamos ser tratados. Temos de ter consideração com os sentimentos dos outros e com as pressões que enfrentam.

• Gentis e não julgadores – mesmo quando discordamos, devemos ser corteses e respeitosos e nos concentrar primeiramente em nosso comportamento.

• Educados e não rudes – quando somos tratados rudemente, não precisamos responder no mesmo tom. Como discípulos de Cristo, aprendemos a responder com bondade.

3. Apoiando uns aos outros. I Pe 3:8

Deus nos capacita a amar uns aos outros e tirar o medo de nosso meio. O medo em nossa comunidade cessa quando amamos e sustentamos uns aos outros de tal forma que cada membro se sente seguro dentro do grupo. Deus quer que juntos choremos e celebremos, cuidando de cada um igualmente, seja confortando, seja confrontando, aquecendo, advertindo, tratando com carinho e desafiando uns aos outros numa atmosfera de apoio e segurança. O Senhor deseja que nos sustentemos com misericórdia e humildade. À medida que buscamos maneiras pelas quais podemos suportar uns aos outros, poderá ser útil lembrar que a palavra “suportar” literalmente significa “emprestar força a”. A quem você emprestará força hoje e como você fará isso?

4. Acertando-se uns com os outros. I Co 1:10

Não podemos querer ter sempre a palavra final. Em vez disso, tenham como objetivo amar os que discordam de vocês. Lutem pelo amor e não pela vitória. Jesus disse que o amor sempre vencerá. Quando você se descobrir discutindo com outro cristão, deixe a misericórdia guiar suas respostas, permita que Deus determine qual é

Page 81: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

81

desenvolvimento da confiança profunda entre nós. Como novas criaturas em Cristo, fomos tirados de nosso velho eu, e por isso não devemos mais mentir uns aos outros. Temos de demonstrar em público a mesma honestidade que temos quando sozinhos e ter compromisso com a única verdade.

Considerações Finais:

Construir relacionamentos saudáveis não é fácil. Porém, essa tarefa pode ser facilitada quando compreendemos que a igreja não existe para atender as minhas necessidades pessoais e nem as minhas prioridades. A igreja é uma comunidade recíproca. Juntos somos melhores!

a verdade, busque a presença de Deus, apoie-se na mente de Cristo, procure a verdadeira fonte do conflito, largue as armas humanas, aprenda a usar as armas espirituais e perdoe sempre. Numa orquestra, o alvo de cada músico não é tocar mais alto que os outros, nem terminar a peça primeiro. O objetivo é que haja uma harmonia perfeita. Você não precisa concordar com tudo, mas pode ajudar a sua igreja a produzir uma harmonia espiritual perfeita!

5. Sendo pacientes uns com os outros. Ef 4:2

Quanto mais compreendemos, mais pacientes nos tornamos. Quando enxergamos a dor que está por trás da raiva, ou a razão por trás de um determinado comportamento, conseguimos ser mais tolerantes com as faltas uns dos outros. A capacidade de ser compreensivo é sinal de paciência. Ao enfrentarmos um desafio à nossa paciência, devemos nos lembrar de que Deus nunca nos pedirá para sermos mais pacientes do que conseguiríamos. Ao conectarmos nossa paciência à de Cristo, conseguimos ceder mais espaço aos outros; concordamos melhor com a sabedoria que diz que o amor é paciente, e que a impaciência não é amor. Trabalhem para desenvolver paciência o tempo todo. Ser paciente tem o seu preço; temos de abrir mão de nossos compromissos e direitos a fim de receber os outros de braços abertos. Da próxima vez que sua paciência atingir o limite, lembre-se quão paciente e compreensivo Cristo tem sido com você.

6. Sendo honestos uns com os outros. Ef4:25

A honestidade fortalece a comunhão, aprofunda nossos relacionamentos, permitindo que sejamos transparentes uns com os outros. Ela mantém nossa comunidade aberta e autêntica, dando-nos liberdade para falar a verdade em amor na medida em que colocamos em prática a vida íntegra. A honestidade conserva-nos sensíveis à orientação do Espírito Santo e ajuda-nos a lutar com enganos que poderiam corromper nossa vida em Cristo. Por outro lado, a desonestidade pode poluir nossa vida comunitária e dificultar o

Page 82: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

82

LIÇÃO 22: EVANGELISMO Introdução:

“Ide por todo mundo, e pregai o evangelho a toda criatura” — Mc 16.15. Estas palavras foram ditas por nosso Senhor Jesus Cristo, delegando-nos a missão em relação ao mundo. Isto significa anunciar o reino de Deus, o sou amor, o sacrifício de seu filho na cruz, reconciliando-nos com Ele. Evangelização é ação. No entanto, não é uma ação desordenada. A evangelização bem sucedida tem métodos, estratégias, que quando aplicadas, acompanhadas de amor e misericórdia pela humanidade resulta na promoção da glória de Deus. Apóstolo Paulo em suas viagens missionárias nos revela motivos e métodos de evange1ização; mostrando-nos ser um grande estrategista. Paulo alcança Atenas, o centro, intelectual. Corinto, o centro comercial, Éfeso o centro religioso —Atos 17—19.

I. Definindo Evangelismo

Evangelismo! o que vem à nossa mente quando ouvimos esta palavra? Para a maioria das pessoas, o evangelismo tem sido um peso, uma carga de culpa; o sentimento que estamos diante de um “bicho de sete cabeças”. Mas nos enganamos quando pensamos assim.Bill Bright diz o seguinte: Evangelizar é anunciar a Cristo no poder do Espirito Santo, deixando os resultados com Deus. C.E.Autrey define da seguinte forma: Evangelismo é o esforço extensivo da Igreja, por meio duma. confrontação com o Evangelho de Cristo, numa tentativa de conduzir os homens a um cometimento pessoal mediante o arrependimento e a fé em Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Todavia, evangelismo é muito mais do que isso. É um esforço por meio da confrontação.A conduta cristã e a fidelidade para com o serviço da igreja, não constituem em si evangelismo. A evangelização envolve proclamação, e convite às pessoas a uma experiência com Deus. O Evangelismo é um método pelo qual o Cristianismo tenta encaminhar os homens a Jesus Cristo. Não apenas informa os homens de que eles são filhos de Deus, porém os torna cônscios de que estão alienados dele e precisam

ser reconciliados. O evangelismo salienta a realidade da culpa do homem e lhe mostra a necessidade de salvação — Efésios 2.3;Lucas 19.10. É importante termos esta definição clara em nossa mente a fim de não confundirmos a evangelização em si, com métodos de aproximação; o que muitos chamam de “isca.”Evangelização sem conhecimento do plano redentor, que envolve arrependimento, fé, Novo Nascimento, pode ser desastroso para o Cristianismo. O evangelismo não pode ser confundido com algumas coisas tais como, simplesmente pregar o abandono de alguns hábitos ou costumes. Exemplos do evangelismo bíblico: Mensagem de Pedro — Atos 2.32-38; Paulo — At 20.21; Filipe — At 8.35-38.

II. Motivos da Evangelização

Por que Evangelizar? A razão para nos ocuparmos na evangelização e a mesma para todas as demais atividades no serviço cristão. A GLÓRIA DE DEUS — 1 Co 10.31. Esta deve ser a causa sobremaneira digna, que deve mover-nos a obra da evangelização. Implícito neste motivo, consideramos parte fundamental a GRATIDÃO A DEUS pela sua graça ao salvar-nos como também o AMOR A DEUS — 1 Corintios 5.14,15 bem como nosso AMOR E COMPAIXÃO PELAS ALMAS PERDIDAS. Devemos cuidar, para não sermos tomados por motivos duvidosos, ou indignos tais como, o simples orgulho de ter uma grande igreja, ou com o sucesso pessoal. Sendo o motivo a GLÓRIA DE DEUS E O AMOR A CRISTO, o evangelista jamais fica desesperado. O sucesso ou falta dele, não lhe afeta o espirito.Os fariseus eram motivados pelo orgulho, quando rodearam o “mar e terra" para fazer um prosélito - Mt 23.15.

III. Propósito da Evangelização

Dentro do objetivo maior que é a glória de Deus somos impelidos à obra evangelística, pelo amor as almas a necessidade das almas em face da condenação eterna; como também somos incentivados pelo chamado de Deus, ao qual devemos nos submeter — At 4.20. Fomos todos comissionados a pregação do Evangelho.

Page 83: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

83

de tal treinamento no evangelismo pessoal. Você estada disposto a fazer um teste? As perguntas seguintes poderão ajudá-lo a saber se precisa dele ou não.

A) Você regularmente compartilha o evangelho de forma pessoal fora do templo e está vendo as pessoas entregarem-se a Jesus?B) Você sabe evangelizar de uma forma tão simples que os leigos da igreja podem fazer o mesmo sem ter seus dons, ou treinamento ou graça especial?C) Você tem treinado pessoas na igreja a evangelizar, e eles estão evangelizando com êxito e treinando outros?D) A grande maioria das pessoas que você tem evangelizado no último ano, está integrado na igreja? Se você respondeu negativamente a qualquer uma das quatro perguntas, você precisa de treinamento.

A segunda tentação para o pastor é pensar que pode treinar bem outros sem ter sido treinado. A terceira tentação para o pastor é pensar que ele pode simplesmente delegar tal treinamento para outros. Fazer um apelo de púlpito ou entregar alguns folhetos às pessoas e sair correndo não é tão difícil; mas evangelizar o vizinho, amigo ou mesmo um desconhecido, explicando-lhe o plano de salvação de forma pessoal, clara e sistemática levando-o a uma decisão por Jesus é o desafio. O evangelismo pessoal não é um dos pontos fortes da maioria dos pastores. Entretanto precisamos considerar que, testemunhar do evangelho independentemente do dom de evangelista é tarefa de todo cristão.

2. Grupos familiares

Método de evangelização, através de pequenos grupos, se reunindo nos lares. Tem sido uma estratégia, que vem sendo resgatada nos dias atuais; visto ser uma prática da Igreja Primitiva —At 20.20; Rm 16.3. Muitos cristãos querem falar de Jesus aos vizinhos e amigos mas não sabem como. Esta é uma estratégia que permite aproximar as pessoas por meio de uma reunião informal, que não seja o culto no templo; até porque, muitos são os que ainda tem algum tipo de receio de entrar em um templo evangélico. Este tipo de evangelização é vantajosa pois permite aos ouvintes a oportunidade de ouvir o

Sempre foi propósito de Deus, a multiplicação da igreja, e não haverá isto sem a evangelização. Temos o exemplo da igreja primitiva que crescia de modo tremendo. A igreja começa com 12, passa para 3000 e logo em seguida já se falaem 5000. Essa é a perspectiva de Deus para sua igreja. Crescer, expandir, multiplicar.

IV. Métodos de Evangelização

Muitos perguntam: Como comunicar o evangelho? ou Qual a forma mais eficiente de comunicar o evangelho?Os métodos são elementos vitais na comunicação. Estes devem levar em consideração, o conteúdo da mensagem a ser transmitida. A mensagem crista deve estar apta a falar a cada mente contemporânea, mas deve ser uma diretriz de Deus. A igreja não deve restringir-se ao uso de um único método particular, excluindo os demais. É sábio utilizar cada método conhecido que possa ser aplicável a uma situação particular. Temos que depender do Espirito Santo e da situação para especificar qual é a firma preferível.

1. Evangelismo Pessoal

Método em que o evangelista, usa todas as possibilidades para anuncia, Jesus de maneira individual. Na evangelização pessoal, pode-se variar nas formas de abordagem; Exemplos: Ministério nas ruas, de casa em casa. Ocasional, falando a alguém em um determinado lugar. Através de literatura etc.. Este método fora usado por Jesus diversas vezes — Jo 4.5-42; 3.1-21 .Exemplo Filipe At 8.30-40. Também fora usado por pessoas, ainda que fossem recém convertidas - Mc 5.19 (Através do testemunho). O testemunho é uma pré- evangelização. Todo cristão deve dizer aos outros, como era sua vida ANTES de conhecer Jesus, COMO conheceu Jesus, e o que é sua vida DEPOIS de conhecer Jesus. Embora seja simples testemunhar, é importante que nós cristãos sejamos treinados para o ministério evangelístico inclusive os pastores. David Kornfield diz o seguinte: “Pastor, existem três tentações relacionadas ao treinamento no evangelismo pessoal. A primeira é que muitos pastores sentem que não precisam

Page 84: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

84

4 -Pregação ao ar livre

A evangelização ao ar livre é considerada por muitos, como um método, não eficiente. Entretanto, depende muito de como esse método é utilizado. Quando se fala em culto ao ar livre, a idéia que se tem é de uma rodinha de cristãos numa praça, cantando, e um pregador falando no meio. Observe algumas orientações estratégicas quanto a este trabalho.

A) Escolha um local apropriado (vá onde o povo está) Praças, calçadões etc.. — Dt 31.12.B) Tenha em mãos autorização das autoridades competentes C) Selecione um grupo, formando uma equipe bem estruturada para o evento.D) Use diversos métodos de aproximação. Exemplos: Dramatização, Recursos visuais, como prancheta de desenho, música com equipamento de som apropriado para lugares abertos.E) Faça o aproveitamento do ajuntamento através da pregação objetiva, contatos da equipe com os ouvintes, para anotar endereços, entrega de literatura etc..

5 - Campanha Evangelística

Através da campanha evangelística, um aglomerado de pessoas ouve a ministração do evangelho por meio de um evangelista. Jesus, e os apóstolos, por diversas vezes pregaram às multidões. Exemplos: Mt 5.1; At 2.41 At 8.6. Para que se obtenha resultados duradouros de uma campanha, necessário Fazer um trabalho prévio, ao qual chamamos Pré-campanha e também um trabalho Pós- campanha para segurar os resultados. A Pré- campanha inicia-se com pelo menos 60 dias de antecedência com a formação das seguintes equipes:

A) IntercessãoB) PublicidadeC) Organização (Pregador, local etc..)D) DiplomaciaE) Visitação e discipuladoF) LouvorG) Envolver a igreja através da “Operação André” (Folheto com relação dos convidados para serem alvos de intercessão)

6. Evangelização em lugares seculares

evangelho de forma clara e sistemática, resultando na conversão de pessoas bem conscientizadas com relação ao plano de salvação. Este método também permite a penetração com o evangelho em qualquer nível social ou cultural, bem como proporciona a oportunidade da somatória de ministérios dos “carregadores” — Mt 9.2,evangelistas e mestres. Algumas orientações de como você pode formar um grupo familiar em sua igreja.

A) O anfitrião distribui convites personalizados, para amigos e vizinhos. Estes convites deverão conter tema, data, horário e local da reunião.B) O ministrante deverá chegar com pelo menos 15 minutos de antecedência, para receber os convidados, anotar seus nomes e endereços.C) O ministrante inicia a reunião, com uma breve oração, cantando 1 ou 2 cânticos na sequência.D) Introduz e expõe a palavra de modo claro e objetivo. E) Encerre a reunião orando pelo grupo, e incentivando-os para a próxima reunião.

3. Meios de Comunicação

A) RÁDIO: Este veiculo de comunicação é bem familiar aos cristãos pois é utilizado pelas igrejas, por muito tempo. Exige-se também um treinamento prévio, para boa utilização, deste meio. Isto para se apresentar um programa evangelístico de boa qualidade, deixando uma boa impressão, inclusive da igreja patrocinadora.B) TELEVISÃO: Este, devido ao alto custo e preconceito que se tinha em relação à televisão não se utilizou muito dele. Ultimamente tem sido utilizado com maior frequência. Sem dúvida é o maior e melhor meio de comunicação em massa que a igreja pode utilizar para evangelização.C) TELEFONE: Este instrumento de comunicação tem sido utilizado por muitos, que descobriram ser ele um grande veiculo para evangelização. Porém, pode ser muito mais utilizado pela igreja.Sugestões.

1. Faça um mapeamento do bairro ou cidade via lista telefônica e ligue emitindo uma mensagem.2. Divulgue através de jornais ou via mala direta panfletos, o numero do telefone da igreja com propósito de aconselhamento, oração.3. Faça plantão de atendimento.Observação. Para execução deste projeto é necessário uma equipe estruturada e bem treinada.

D) JORNAIS: revistas, folhetos, panfletagem, faixas, pedágios, mala direta etc..

Page 85: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

85

4 tentações principais em suas vidas: Orgulho, dinheiro, sexo, e a tentação de desistir da tarefa. É preciso buscar orientação especifica em cada uma dessas áreas a fim de vencê-las. A vida do Evangelista deve estar em harmonia com sua mensagem.C) Gastar tempo com a Palavra: O Evangelista deve ser simples em sua mensagem, mas não simplista. Para tanto, é preciso gastar tempo com a Palavra, literatura, pesquisa, participação em seminário de reciclagem etc.. O evangelista não deve ser superficial, em sua mensagem principalmente quando se leva em conta seu auditório.

- Hotéis - Escolas - Universidades

7. O Dom e o Ministério do Evangelista

Evangelista é uma pessoa que anuncia Boas Novas. Em termos modernos é um pregador do Evangelho. O termo evangelista aparece poucas vezes no Novo Testamento, em referência ao seu dom, sua tarefa e seu objetivo. Consideramos essas menções em ordem.

A) Ef 4.11. Paulo diz: Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evengelistas, e outros para pastores e mestres. O evangelista é um dom para a igreja, e ele como evangelista possui o domevangelistico.Evangelização é um dom de colher. Este é um dom sobrenatural, concedido pelo Espirito Santo 1 Co 12.1-12. Subsequentemente, o dom é revelado pelo Espirito Santo através de convicção intima - Rm 8.14 e confirmação exterior — At 13.1-4; 1 Tm 4.14;2 Tm 1.6,7.B) Quanto àtarefa do evangelista Paulo diz a Timóteo: Faze a obra de um evangelista — 2 Tm 4.2,5. O Dr. Marvins R. Vicent caracterizava o evangelista como um ministro viajante, cujo trabalho não se confina a uma igreja em particular. Ele era um ajudante dos apóstolos. O apóstolo também era um evangelista — 1 Co 1.17, mas nem todo evangelista era apóstolo. O evangelista proclama a palavra ao mundo. Exemplo Filipe — At 8.4-40. Como também expressa seu dom na conversação evangelística. O conteúdo de sua mensagem é Cristo.C) Quanto ao objetivo do evangelista Paulo exorta Timóteo a fazer o trabalho de evangelista, recomendando ao jovem ministro que cumpra cabalmente o seu ministério — 2 Tm 4.5. Isto significa, realizar plenamente. Timóteo não podia permitir que nada o fizesse parar, mas precisava desempenhar o seu ministério evangelístico até o fim. Este é o objetivo do evangelista. Muitos não conseguem ir até o final. Para isto é preciso Ter paixão pelas almas — Rm 10.1; 9.1-3 e determinação no serviço.

8. A Vida pessoal do EvangelistaA) Vida devocional: O evangelista deve gastar tempo com Deus, através da oração e da Palavra.B) Vida Santa: Os evangelistas, dentre todas as pessoas devem distinguir-se por santidade de vida. Deus diz: “sede santos porque eu sou Santo”. Servimos a um Deus santo, pregamos um evangelho santo, e devemos distinguir-nos pela santidade de vida. Os evangelistas enfrentam

Page 86: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

86

LIÇÃO 23: A MÚSICA NA IGREJAI. Indústria Musical Evangélica

A história de gravações da Música Brasileira tem seu primeiro capítulo com uma gravação Evangélica. As gravações eram feitas em um cilindro de metal. Em cada um desses cilindros cabiam apenas uma música. Nesse período, a maior influência para a música evangélica era europeia, fato que mudou após o advento do Spirit, nos Estados Unidos. É a partir dessas gravações que começa a Indústria musical evangélica, trazendo cantores, grupos e bandas musicais que traziam toda a influência e modelo e possibilidade de se fazer a quantidade de gravações de diferentes estilos, ritmos, letras, convicções e visões teológicas que temos hoje, trazendo para dentro da Igreja o gospel norte-americano. A respeito disso Silva fala que, Com a crescente penetração do movimento evangélico no Brasil (aliada ao advento das novas tecnologias de registros fonográficos) novos talentos foram revelados, juntamente com bandas e grupos musicais, fazendo desse burburinho uma grande ferramenta de evangelização e conversão religiosa. Em meados dos anos 60 é que o gospel começa a beber nas fontes da cultura gospel norte-americana, principalmente pela beleza cênica e do primor nos arranjos musicais, somados à liberdade de expressão musical, que só era possível em ambientes marcadamente protestantes, e de viés pentecostal. O crescimento da música evangélica no Brasil está em paralelo com a evolução da gravação, produção e distribuição musical no mundo. Essa evolução tecnológica começa no século XX. A evolução que iremos discorrer é impressionante e assustadora, se pensarmos que na metade do século anterior, a única forma de se preservar uma música era através da partitura, a escrita musical. Vicentini cita o trabalho de Mestrado de Eduardo Vicente (1996) que é “A música popular e as novas tecnologias da produção musical: uma análise do impacto das tecnologias digitais no campo de produção da canção popular das massas”. Esse trabalho fala sobre quatro fases do desenvolvimento tecnológico.

• Mecânica: quando eram utilizados aparelhos reprodutores de cilindros e discos distribuídos comercialmente a partir das últimas décadas do século XIX;

• Elétrica: com seu início em 1925 e teve

seu principal marco no desenvolvimento de tecnologias como a estereofonta, o microssulco (permitindo o surgimento dos LPs) e a gravação em fita;

• Eletrônica: criada a partir de transistores que levaram ao aprimoramento das técnicas denominadas “high fidelity”, até o desenvolvimento de estúdios multicanais e de equipamentos portáteis, como por exemplo, os walkmans;

• Digital: quando torna-se possível gravar e reproduzir áudio em equipamentos que continham “hardwares” e “softwares”, ajudando a virtualizar a produção musical. Com a popularização do Pentecostalismo no Brasil e seu crescimento exponencial, na década de 80 surgem as Igrejas Neopentecostais. Essas Igrejas começaram a ganhar espaços nas principais mídias do país, e popularizar ainda mais a música evangélica, que começou a ganhar espaço até em espetáculos que não tinham cunho cristão.

O marco desse período foi a compra da Rede Record (uma das maiores emissoras do país) pela Igreja Universal do Reino de Deus, na figura do Bispo Edir Macedo. Essas Igrejas Neopentecostais trouxeram grande mídia, acentuaram a relação do crente com manifestações calorosas do Espírito Santo, mas fez-se perder a busca pelo ensino bíblico, além de outros valores que marcaram o movimento Pentecostal. Todo esse processo histórico refletiu no que vimos nas músicas evangélicas dali em diante. A respeito disso Silva pontua que As mensagens das músicas pentecostais evangélicas, inicialmente, já manifestavam vocação para o imediatismo humano, dando ênfase à teologia da prosperidade, que prega curas instantâneas, restaurações emocionais e bênçãos. Logo, essa vertente da música evangélica, trouxe mais bênçãos. Logo, essa vertente da música evangélica, trouxe mais espontaneidade na expressão da fé, o que, de certo modo, é sua característica mais peculiar – contato direto com o sagrado. Isso se nota até mesmo na diversidade cultural do próprio movimento evangélico, em todas as suas manifestações. Com isso, além da ampliação de sua influência nos espaços televisivos, o movimento também alcança um número maior de adeptos, dentro dos próprios cultos religiosos, notadamente os de outras

Page 87: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

87

a vida cristã daqueles que se utilizavam dele. Um dos maiores fatores que fizeram o rock cristão conquistar mais espaço no meio evangélico foi o crescimento do Neopentecostalismo, já citado. Eventos organizados pela Igreja Apostólica Renascer em Cristo fizeram com que essas bandas alcançassem outros públicos cristãos. A banda que mais se sobressaiu de todas essas foi a Oficina G3. Músicas como “Magia Alguma”, “Davi”, “Espelhos Mágicos”, “Naves Imperiais”, “Autor da vida” e posteriormente com o álbum “O Tempo” ter emplacado quase todas as suas faixas marcaram a juventude cristã dessa década. Adentrando aos anos 2000, podemos destacar outro gênero que ganhou seu espaço na Indústria “Gospel”, o rap. O rap nacional ganhou muita força na década de 90. Grandes grupos como o Racionais Mc’s começaram a ganhar a grande mídia. Eles traziam em suas letras problemas sociais das periferias de São Paulo, dando voz a essa população carente. Muitas pessoas começaram a se tornar adeptas desse estilo musical por se sentirem representadas. Esse crescimento gerou um fenômeno que atingiu todas as áreas da sociedade, incluindo a igreja. Nomes como Dj Alpiste e Pregador Luo começaram a ganhar destaque e muitos grupos de rap foram formados dentro da igreja. Em 2008, Pregador Luo lança seu álbum “Já posso Suportar”. “Trazendo a Arca”, que estava no mais alto lugar da indústria evangélica à época e ainda como personalidades midiáticas como o jogador Borges, que atuava pelo São Paulo Futebol Clube. Outro expoente do rap gospel é o Ao Cubo. Esse grupo extrapolou as paredes do mercado gospel, atingindo outras esferas da sociedade, com músicas que falavam sobretudo de milagres que Deus tinha feito em suas vidas. Esses dois principais fenômenos abriram portas pros mais diversos tipos gêneros no mercado gospel. Hoje podemos encontrar trabalhos de reggae, sertanejo universitário, forró, funk e atualmente a Música Eletrônica também tem tido sua participação.

II. Definição de Liturgia e sua Importância para a Igreja Cristã

A liturgia é muito importante para o funcionamento de um culto a um ser superior. Há liturgias minuciosamente detalhadas, assim como outras que assumem um papel de improviso total. O tempo é variado de acordo com qual religião essa liturgia pertence, embora pode haver diferenças

denominações. A partir disso, as Igrejas Evangélicas passaram a ter componentes novos em seus templos. No que antes só havia um instrumento, que poderia ser um órgão ou um piano, grandes bandas e orquestras eram montadas. Após, as guitarras elétricas ganharam a grande preferência dos músicos cristãos, trazendo com ela o contrabaixo e depois, com grandes dificuldades e problemas para ser aceita, a bateria. O que se tinha agora nas igrejas eram “Ministérios de Louvores”, deixando para trás os famosos hinários, tanto europeus, quanto americanos, e passando a louvar com os cânticos de cantores profissionais que produziam discos e posteriormente CDs. Muitas igrejas até os dias atuais ainda adotam os corais para o louvor, mesmo tendo esses novos ministérios também dentro da igreja. Com o crescimento da indústria gospel, outros gêneros musicais ganharam forças através de grandes movimentos. No final da década de 80 e começo da década de 90, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, começam a surgir bandas de Rock Cristão. Entre as mais conhecidas desse primeiro movimento estão Oficina G3 e Fruto Sagrado. Oficina G3 é uma banda cristã de rock formada em São Paulo, Brasil. Foi fundada por Juninho Afram, Wagner García e Walter Lopes, no fim dos anos 1980. Em atividade desde 1987, passou por vários estilos musicais, como o hard rock e pop rock, até chegar ao metal progressivo atual, e influências de nu metal, metalcore, entre outros, tendo várias formações ao longo dos anos. A banda já foi indicada para o Troféu Talento em várias categorias, e para o Grammy Latino no ano de 2005, 2007 e 2009. Integrada por músicos da Igreja Presbiteriana Betânia (Niterói- RJ), Igreja Batista do Calvário (Niterói- RJ) e comunidade S8 (São Gonçalo – RJ), o grupo foi formado em agosto de1988. O nome FRUTO SAGRADO baseia-se em Jo 15-16 que diz: “Não fostes vós que escolhestes a mim. Pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e dê frutos, e o vosso fruto permaneça.” O gênero rock era muito mal visto dentro das igrejas evangélicas, pois estava associada a um período histórico desde os anos 70 de uma vida desregrada e sem limites, regada à sexo e também a drogas. O rock sempre foi um gênero utilizado para criticar todo o sistema imposto e utilizar esse mesmo gênero para a adoração era algo que incomodava e até mesmo levava alguns irmãos a questionarem

Page 88: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

88

Espiritual”, como Pedro afirma em 1 Pd 2:5, ou seja é um local de adoração. A adoração a Deus já teve roupagens trocadas ao longo da história. Smith trata a respeito da adoração no Antigo Testamento e como era realizado: No período dos patriarcas, a adoração era simples, individual e periódica. Era feita ao pé de montanhas, riachos, rochas (Betel) ou árvores (o carvalho de Moré) – onde quer que Deus aparecesse ao adorador. A adoração não tinha mediador, nem ídolo, nem tempos determinados. (SMITH, p. 305, 2001). Após o período de José, aonde não se tem relatos sobre adoração, Smith explana sobre o período mosaico, que começa com a sarça ardente e o chamado de Moisés para libertar o povo do Egito. Uma vez livre do Egito, Israel deveria celebrar uma festa, fazer sacrifícios e servir a Javé. Uma grande mudança na adoração de Israel aconteceu no Sinai (Êx 19-24). A adoração tornou-se coletiva. Toda a ‘nação’ recebeu a ordem de separar três dias para preparar-se para a teofania. Isso implica em tempo definido. A montanha pode representar um lugar fixo. O legislador (Moisés) é o mediador do santo, Um quarto elemento na adoração no Sinai é a resposta do povo. (SMITH, p. 306, 2001). No período dos Dez Mandamentos, há pouco registrado sobre as formas de adoração. Em Êxodo 20:24-26 mostra que através dos códigos de leis da aliança ficou estabelecido que o altar só pode ser feito de terra ou de pedras não trabalhadas, sem degraus, e deve ser erguido em todo lugar em que Deus fizer seu nome lembrado, como destaca Smith. A partir desse período, até a constituição da monarquia, o povo hebreu adorava a Deus reunidos em tribos, como detalha Smith: Não há dúvidas de que as tribos de Israel tinham um santuário portátil: ‘lugar santo’ ou ‘morada’ para Deus durante suas viagens pelo deserto. Se sacrifícios eram feitos no deserto pode ser discutido. (SMITH, p. 307, 2001). A maior mudança, em se tratando de adoração, no Antigo Testamento foi a construção do Templo. Idealizado por Davi e construído por Salomão, o advento do templo mudou drasticamente a forma de adoração do povo, pois a centralizou em Jerusalém. Smith cita outro autor, Westermann para falar sobre esse período: Construiu-se um templo, e com o tempo toda a adoração comunitária que envolvia a oferta de sacrifícios foi centralizada no novo templo. Este era uma capela real, e o rei provavelmente desempenhava um papel significativo no seu funcionamento. Todavia, Westermann observou que, apesar

notórias entre uma liturgia e outra em uma mesma religião, entre elas a cristã. No decorrer histórico, o cristianismo usou de várias liturgias para prestar culto a Deus. As diferenças ocorriam, sobretudo pela diferença da cultura empregada no espaço geográfico ao qual o cristianismo chegava, o período histórico da humanidade e principalmente pelas divisões que a Igreja passou. Faccini fala que “a liturgia é a vida, o centro, a fonte e o cume para onde convergem todas as ações da Igreja.” (FACCINI, p. 263, 2017). A respeito da etimologia da palavra Faccini disserta que “a palavra lit + urgia vem da língua grega; laos = povo e ergon = ação, trabalho, serviço, ofício”. (FACCINI, p. 263, 2017). Seguindo o pensamento de Faccini, não há comunidade que viva sem a celebração de uma liturgia. Ela é essencial na vida de qualquer comunidade. A liturgia, no entanto vem perdendo características que tinha em seu início. Esse fenômeno vem ocorrendo desde o segundo milênio da fé cristã, e decorre de muitas coisas consideradas por Faccini, desnecessárias, que foram inseridas nas igrejas, tirando o espaço do essencial e outros momentos de grande valor simbólico. A liturgia cristã carrega em si aspectos muito ricos, pois desempenha papel importantíssimo para o aproveitamento dessa vida, nos ligando novamente ao Criador. Outro fator que enriquece o culto cristão são as diversas celebrações que ocorrem no mesmo espaço, mesmo que em períodos diferentes. Em concordância com o pensamento teológico da Igreja Evangélica Avivamento Bíblico, há duas ordenanças para a Igreja estabelecidas por Jesus: o batismo e a santa Ceia. A respeito da santa Ceia, encontramos em 1 Co 11:23-27, Paulo descreve como deve ser essa reunião. Pois eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, logo após haver dado graças, o partiu e disse: ‘Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim’. Do mesmo modo, depois de comer, Ele tomou o cálice e declarou: ‘Este cálice é a nova aliança no meu sangue. Fazei isto todas as vezes que o beberdes, em memória de mim’. Portanto, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice proclamais a morte do Senhor, até que venha. Por este motivo, quem comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. (I Co11:23-27, versão King James atualizada). Além disso, a igreja é considerada uma “Casa

Page 89: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

89

havia uma versão menor da missa romana, em seu começo. O maior repúdio que Martinho Lutero sofria era por conta da interpretação sacerdotal da missa e os abusos que se resultavam disso. A mudança que ele fez na liturgia da missa, mantendo grande parte da missa histórica fez com que fosse chamado, dentre outras coisas, de herege. Isso mostra como a formação da liturgia é importante e já teve um papel fundamental. Lutero deu a Bíblia e o hinário ao povo alemão (sua própria língua) a fim da implementação a recuperação da doutrina do sacerdócio dos crentes. A missa continuou na sua maior parte em latim. A partir de toda essa noção histórica, podemos adentrar a Liturgia Contemporânea e como o Louvor a influencia. Através de pesquisas de campo, aonde foram frequentadas igrejas evangélicas com liturgias diferentes, podemos obter alguns elementos litúrgicos que estão presentes em todos os estilos eclesiásticos. São eles: a saudação inicial, leitura bíblica, o sermão, as orações, a oferta, os hinos, não necessariamente nessa ordem, nem em qualquer ordem única. Por todo o contexto histórico envolvendo a música, a igreja e a liturgia, temos hoje um fenômeno que é o tempo dedicado as ministrações e adorações musicais em nossas celebrações atuais. Os elementos da Liturgia contemporânea perdem cada vez mais espaço para que apenas um deles se beneficie. A música cristã, influenciada por um mercado cada vez mais lucrativo, adentra a igreja e toma a parte central das reuniões, deturpando e diminuindo o valor dos encontros.

de a monarquia conferir esplendor e pompa à adoração no templo, a dependência das políticas reais deu origem a sérias ameaças sincretistas. Essa adoração entrou em colapso junto com a monarquia Um dos motivos da riqueza de liturgias referentes à adoração no Antigo Testamento deve-se ao fato dos calendários dos cultos. Havia em Israel festas onde os homens compareciam diante de Deus. Essas festas eram as de Pães sem fermento, colheita de grãos e a Colheita de Frutas, cada uma com um período determinado no calendário hebreu. Smith traz um pensamento que sintetiza todo esse período de adoração no Antigo Testamento. O lugar de adoração mudava periodicamente no Antigo Testamento. Houve épocas em que Israel tinha apenas um lugar legítimo onde oferecer sacrifícios – o templo em Jerusalém. Há indícios de que havia outros templos judaicos em Israel, talvez no monte Ferizim, em Laquis e em Arade. Até mesmo Jerusalém acabou deixando de ser o único lugar do templo terreno. Antes de se completar o Antigo Testamento, a cidade já se tornara o símbolo transcendente da presença de Deus. As épocas e lugares de adoração mudavam no Antigo Testamento. A época de adoração no princípio era esporádica. Perto do fim do Antigo Testamento, a adoração já estava muito bem estruturada em termos de épocas e lugares. (SMITH, p. 316, 2001). A adoração no Novo Testamento continuava ligada com o que era praticado nos templos e nas sinagogas judaicas, visto que os primeiros cristãos não tinha a concepção de ter mudado de religião. É considerado três formas de louvor nesse período: os salmos (todos os salmos e cânticos que eram comuns na adoração judaica, no tabernáculo, no templo e na sinagoga), os hinos (expressões novas em cântico que apresentava a nova crença em que a igreja estava baseada) e os cânticos espirituais (possíveis cânticos que não tinham palavras ou que apresentava apenas uma palavra, denominada “super-palavra”). A estruturação da liturgia cristã se deu nas passagens dos séculos. Documentos importantes da história eclesiástica foram feitos como o de Hipólito de Roma chamado “Tradição Apostólica”. Esse registro data do século III. Na Idade Média a missa romana se tornou universal. Havia a Missa Baixa, que era falada, a Missa Cantada, a principal celebração no domingo e a Missa Alta, que incluía celebrantes assistentes e tinha um coro frequente. Já na Reforma, tomando como exemplo a Luterana,

Page 90: Avivamento · 2020. 9. 24. · Nome do Assessor de Educação do campo Nome do Pastor Presidente do Campo ... espiritual estamos unidos com Deus, e através disso podemos nos comunicar

D.G.C.E.C.Escola de Ministérios

90