aviação agrícola - uma história de conquistas e de desafios nos campos do brasil
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UMA HISTÓRIA DE CONQUISTAS E DE DESAFIOS NOS CAMPOS DO BRASIL AVIAÇÃO AGRÍCOLA
Matéria publicada na edição 03 da Revista Avião & Piloto
D
Equam. Cuppliu
manductui perus,
Caturet? Qui facio
Uma história de Conquistas e de Desafios nos
Campos do Brasil
A aviação agrícola pode não ser descolada
como a aviação esportiva, com o glamour como
a aviação executiva ou já a tão prestigiada a
aviação comercial, mas tem seu encanto nos
voos rasantes, que ajudam a garantir as super
produções de alimento para o país, além de ser
a realização dos sonhos para muitos pilotos
loucos pelos ágeis aviões pulverizadores.
Texto: Cláudia Terra
#cmdterra
esde o primeiro voo de uma
aeronave sobre uma lavoura,
há quase 70 anos, a aviação e a
agricultura estão cada vez mais unidas.
O sucesso dessa união cresce a cada
ano. A frota nacional, com aeronaves
nacionais e importadas, passa de 2.000
e já foram pulverizados mais de 70.000
hectares, dimensão equivalente à
região Sul do país. E o sucesso destes
aviões pulverizadores avança para além
dos voos na roça. Essas fantásticas
máquinas especializadas têm novas
atividades e tecnologias aliadas aos
seus planos de voos tradicionais em
lavouras e a outras atividades como no
combate a incêndios, reflorestamentos
e combates a insetos vetores em áreas
urbanas.
A aviação agrícola brasileira registra
seu início num histórico voo realizado
em 1947, em Pelotas, Rio Grande do
Sul. O voo pioneiro aconteceu em
19 de agosto com o piloto Clóvis
Candiota, do aeroclube de Pelotas. A
aeronave usada foi um monomotor
Muniz M9, de fabricação nacional, que
recebeu uma polvilhadeira adaptada
e abastecida com inseticida, com a
qual se fez o voo de combate a uma
grande nuvem de gafanhotos que
assolava a região, obtendo um eficiente
resultado, reduzindo drasticamente
Acima
Equam. Cuppliu
manductui perus,
Caturet? Qui facio
NÚMERO 3 · AVIÃO & PILOTO « 41
AVIAÇÃO AGRÍCOLA UMA HISTÓRIA DE CONQUISTAS E DE DESAFIOS NOS CAMPOS DO BRASIL
Acima
Equam. Cuppliu
manductui perus,
Caturet? Qui facio
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manductui perus,
Caturet? Qui facio
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manductui perus,
Caturet? Qui facio
inclusive de outros países da América
do Sul e da África. O curso foi extinto
em 1991, durante o governo de Fernando
Collor de Mello, que extinguiu o Cenea
(Centro Nacional de Engenharia
Agrícola), passando o curso de piloto
agrícola a ser ministrado por escolas
particulares, que continuaram utilizando
o manual do CAVAG.
O SINDAG (Sindicato Nacional
das Empresas de Aviação Agrícola),
juntamente com apoios da EMBRAPA
e algumas universidades, tentaram
reativar a fazenda e aproveitar toda a
estrutura dos áureos tempos de sua
expressiva importância na aviação
agrícola que ainda está lá. A ideia
era aproveitar a estrutura da fazenda
Ipanema e transformá-la em um Centro
de Excelência da Aviação Agrícola com
a missão de reciclar pessoal técnico da
aviação agrícola; capacitar instrutores e
padronizar métodos de ensino dos Cursos
de Aviação Agrícola; testar aeronaves
e equipamentos; realizar pesquisas em
Tecnologia de Aplicação Aérea; avaliar
e certificar operadores. “A fazenda
representa uma fase muito importante
na história da aviação agrícola brasileira,
que, inexplicavelmente, foi praticamente
jogada fora. A reversão desse quadro
depende, essencialmente, de boa vontade
política. Mas é justamente a falta disso
que fez a situação chegar onde está”,
lamenta Castor Becker Junior, Assessor
de Comunicação do SINDAG.
O primeiro avião agrícola brasileiro
fez seu voo inaugural em 30 de julho de
1970 e recebeu o nome de “Ipanema”
em homenagem à fazenda Ipanema. Em
1972, o EMB-200 Ipanema, começou a ser
produzido em série pela Embraer, recém
criada na época, e, atualmente, continua
sendo a única fabricante de aeronaves
agrícolas do Brasil e de vários outros
modelos de aviões na América Latina.
Em 1980, foi criada a FENAG -
Federação Nacional de Aviação Agrícola
– órgão interlocutor do setor privado
da aviação agrícola junto aos órgãos
governamentais, que foi substituída, em
1991, pelo SINDAG, criado em São Paulo,
mas agora com sede em Porto Alegre,
RS. A entidade representa diretamente
as empresas privadas de aviação agrícola
em âmbito nacional e atualmente tem 121
empresas associadas.
Da década de 1990 até os dias atuais, o
setor aeroagrícola tem passado por uma
expressiva e feliz evolução tecnológica.
Um desses grandes exemplos foi a
implantação do DGPS, orientação por
satélites, um tipo de GPS especial para a
orientação dos pilotos agrícolas durante
as aplicações. A primeira aeronave a
receber o DGPS foi o EMB-200 Ipanema.
O equipamento equipa atualmente todos
os aviões agrícolas.
Esse revolucionário período também
marcou o início da inclusão, em grande
escala, das aeronaves turboélice na
aviação agrícola, e a chegada de novos
a presença dos insetos nas lavouras.
Com essa criativa iniciativa da aviação,
a agricultura começa sua história. O
19 de agosto é consagrado como o Dia
Nacional da Aviação Agrícola e o piloto
Clóvis Candiota recebeu o título de Pai
da Aviação Agrícola.
Posteriormente, o feito de Candiota
e do engenheiro agrônomo Leôncio
Fontelles, que estava presente no voo
pioneiro, chegou a outros estados da
federação. Em 1950, foi criada a “Junta
Executiva de Combate à Broca do
Café”, o primeiro órgão do Ministério
da Agricultura dedicado à atividade
aeroagrícola. Por meio desse órgão, 30
aeronaves, entre Piper e helicópteros
Bell, foram importadas e adaptadas para
uso agrícola. Em 1965, a aviação agrícola
foi formalmente regulamentada no país.
Os ministros da Aeronáutica e da
Agricultura, da época, criaram o CAVAG
(curso de aviação agrícola). A primeira
turma do CAVAG, teve início em 1967.
Vários desses cursos foram ministrados
na fazenda Ipanema, em Iperó, a 25 km
de Sorocaba e a 116 km de São Paulo,
atualmente desativada para atividades
da aviação.
A fazenda foi sede do CAVAG por
26 anos, formando 85 turmas que
totalizaram 1.083 pilotos agrícolas,
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