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Avanços e Desafios na Nutrição de Hortaliças1

Pedro Roberto Furlani CONPLANT – Consultoria, Treinamento, Pesquisa e Desenvolvimento Agrícola Ltda. (19) 3249-2067 [email protected]

Luis Felipe Villani Purquerio Instituto Agronômico, Centro de Horticultura. (19) 3202-1650/1748 [email protected]

1 INTRODUÇÃO

O desafio dos produtores brasileiros de hortaliças é muito grande, pois se estima que

sejam cultivados cerca de 770 mil hectares e produzidos aproximadamente 17,5 milhões de

toneladas de hortaliças em todo o país (EMBRAPA, 2006). Quando foca-se a visão na região

Sudeste do Brasil, especialmente no estado de São Paulo, é possível constatar que o desafio

desses produtores aumenta, já que cerca de 60% das hortaliças produzidas no país encontram-

se nessa região (CAMARGO FILHO; MAZZEI, 2001).

Para suprir essa demanda do mercado consumidor em quantidade, qualidade e

regularidade de hortaliças diversas, torna-se necessário o uso de sistemas de cultivo com alta

1 Fonte: FURLANI, P.R.; PURQUERIO, L.F.V. Avanços e desafios na nutrição de hortaliças. In: Nutrição de Plantas: diagnose foliar em hortaliças. MELLO PRADO, R. et al. Jaboticabal:FCAV/CAPES/FUNDUNESP, 2010. p.45-62. Atualizado em 23/4/2010.

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produtividade, independentemente do seu tipo - com ou sem solo, protegido ou não. Assim,

se fazem sempre necessárias a formação e a atualização de recursos humanos relacionados à

cadeia produtiva da horticultura, nos conceitos de nutrição de plantas e no uso das ferramentas

existentes para seu manejo.

Além disso, não se pode esquecer que algumas ferramentas modernas de produção,

incluindo a fertirrigação podem promover impactos negativos ao meio ambiente se não forem

devidamente utilizadas visando apenas suprir as demandas nutricionais das plantas. Para que

isto ocorra devemos ter resposta a algumas questões fundamentais a eficiência de uso da água

e dos nutrientes, ou seja:

As cultivares modernas de hortaliças, híbridas na grande maioria como tomate,

pimentão, pepino e cebola, com alta produtividade possuem a mesma necessidade nutricional

que as cultivares das hortaliças mais antigas, que não eram hibridas?

Qual a disponibilidade de informações constantes na literatura nacional e internacional

relacionada às cultivares modernas?

As empresas de sementes possuem essas informações?

As hortaliças diferenciadas com maior produção de sólidos solúveis, carotenóides ou

compostos nutracêuticos, que ressaltam seu sabor, qualidade nutricional ou ainda medicinal

devem receber a mesma nutrição de um produto sem essas qualidades?

As hortaliças cultivadas em diferentes sistemas de produção como campo ou cultivo

protegido ou sobre palha (plantio direto) ou consorciadas ou hidroponicas, expostas a

diferentes ambientes têm a mesma demanda e aproveitamento nutricional?

Com a evolução do melhoramento genético de hortaliças, dos sistemas de produção e

dos insumos a disposição dos agricultores, a nutrição das hortaliças também deve ser

diferenciada. Deve ser mais técnica e baseada em estudos com plantas e sistemas de cultivo

específicos.

Nesse sentido, são necessários mais estudos nutricionais envolvendo a absorção de

nutrientes pelas culturas durante seu ciclo produtivo. Para apoiar a nutrição, estão surgindo

ferramentas mais ágeis e dinâmicas de monitoramento do estado nutricional das hortaliças,

para fornecer ao produtor uma resposta quase que imediata, diagnosticando o que ocorre em

sua cultura.

Portanto, com a ampla diversidade de espécies existente na horticultura e os sistemas

produtivos nos quais elas podem ser cultivadas, tornam-se grandes os desafios para se afinar

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cada vez mais o instrumento da nutrição de plantas, que deve ser aprimorado com auxílio de

todos os elos da cadeia produtiva.

2 MARCHA DE ABSORÇÃO DE NUTRIENTES, UMA FERRAMENTA QUE

NECESSITA SER UTILIZADA

A olericultura é o ramo da ciência da horticultura que abrange a exploração de um

grande número de espécie de plantas, comumente conhecidas como hortaliças. Cada espécie

de hortaliça tem uma diferente parte comercializada e consumida. Em função da parte

consumida podem-se dividir as hortaliças em grupos.

As hortaliças folhosas (alface, rúcula, couve de folhas, entre outras) têm suas folhas

como parte consumida. Nas hortaliças de fruto (tomate, pimentão, berinjela, melão, morango,

entre outras) consomem-se os frutos. As hortaliças de flores, como o brócolis e a couve-flor,

têm suas flores consumidas e nas hortaliças de bulbos e subterrâneas a parte comercializada e

consumida são bulbos, caules e raízes (cebola, batata, cenoura, entre outras).

Para a produção de todas as diferentes espécies de hortaliças, que normalmente são

feitas sob condições de cultivo intensivo, existe a necessidade de adequado suprimento de

nutrientes desde o estádio de plântula até a colheita, haja vista que o desequilíbrio nutricional,

seja por carência ou excesso de nutrientes, é fator estressante para a planta.

Assim, para o estado de São Paulo, existe uma recomendação de calagem, adubação

orgânica e química de plantio, bem como de adubações de cobertura para aproximadamente

43 diferentes espécies de hortaliças (RAIJ et al., 1996).

Porém, dentro da cadeia produtiva da horticultura, empresas públicas e privadas, sempre

estão sendo desenvolvidas novas cultivares e híbridos das diferentes espécies de hortaliças

cultivadas. Esses materiais apresentam resistências a pragas e doenças, são adaptados a

diferentes condições climáticas, aproveitam melhor os insumos disponíveis aumentando seu

potencial produtivo. Consequentemente, com a maior produção de massa vegetal, também se

altera a necessidade nutricional dessas plantas.

Assim para poder refinar as recomendações de adubação existentes para cada espécie de

hortaliça, bem como, para cada material genético dentro da mesma espécie, são necessários

estudos envolvendo curvas de absorção de nutrientes.

As curvas de absorção de nutrientes e acúmulo de massa de matéria seca em função da

idade da planta possibilitam conhecer os períodos de maior exigência dos nutrientes e de

produção de massa de matéria seca, obtendo-se informações seguras quanto às épocas mais

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convenientes de aplicação de fertilizantes (MAGNIFICO et al., 1979; GARCIA et al., 1982;

HAAG; MINAMI, 1988).

A curva ótima de consumo de nutrientes pela planta auxiliará na definição da

quantidade de aplicação de um determinado nutriente. Para isso, em função das curvas de

absorção de nutrientes, deve-se obter as taxas diárias de absorção dos mesmos e utilizar essa

informação respeitando as etapas fenológicas de crescimento das plantas para se definir as

diferentes quantidades e proporções entre os nutrientes a serem aplicados durantes as

fertilizações. Com isso é possível evitar uma possível deficiência ou consumo de luxo de

algum nutriente (a planta absorve mais do que necessita e essa quantidade a mais, não tem

reflexo na produtividade) de algum nutriente.

Infelizmente, no Brasil, ainda existem poucos estudos gerando curvas de acúmulo de

nutrientes em hortaliças. Na década de 1980 o saudoso Prof. Dr. Paulo H. Haag juntamente

com seus estudantes de Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado, publicaram inúmeros

artigos técnicos e científicos contendo curvas de acúmulo de nutrientes para uma série de

culturas como alface, almeirão, cebolinha, coentro, melão, pepino, rúcula, rabanete, entre

outras (HAAG; MINAMI, 1988). Porém os níveis de produtividade alcançados pelas culturas

atualmente, são muito superiores aos alcançados naquela época, principalmente pela

utilização de híbridos em substituição as cultivares de polinização aberta (VILLAS BOAS et

al., 2004)2.

Recentemente, têm surgido trabalhos com estudo de absorção de nutrientes ao longo do

ciclo de cultivo, para cultivares de polinização aberta e híbridos mais produtivos que os

descritos em Haag e Minami (1988). Entre outros trabalhos, citam-se os de Andrioli et al.

(2008) para a cultura do alho, Alvarenga (1999) e Albuquerque e Albuquerque Neto (2008)

para diferentes grupos de alface, Novo et al. (2003) para 3 cultivares de almeirão, Yorinori

(2003) para a cv. de batata Atlantic, Ercher et al. (2009) para batata-doce, Feltrim et al. (2008)

para chicória, Takeishi et al. (2009) para couve-flor, Kano (2002) para melão, Grangeiro

(2004) para melancia híbrida Tide, Marcussi et. al (2003) para pimentão Elisa, Fayad (2002)

para a cultivar Santa Clara e o híbrido EF-50 de tomate, Villas Bôas et al. (2002) para o

híbrido de tomate Thomas.

Alvarenga et al. (2004) estabeleceram uma planilha de cálculo e de aplicação de

nutrientes via fertirrigação para a cultura do tomateiro, baseando-se nas curvas de

2VILLAS BOAS, R. L.; GOGOY, L. G.; PURQUERIO, L. F. V. Manejo da fertirrigação de hortaliças em condições de ambiente protegido. Palestra, SECITAP/UNESP-Jaboticabal, 2004.

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crescimento, necessidades nutricionais durante as diferentes fases fenológicas e as

quantidades necessárias de N, P, K e Ca para cada kg de fruto a ser produzido.

Com os resultados gerados para uma diferente gama de espécies de hortaliças, existe a

possibilidade de melhor entendimento da demanda nutricional em cada etapa do crescimento,

evitando quantidades excessivas de fertilizantes, que podem levar a níveis de salinidade

superior ao limite da planta, bem como quantidades abaixo do mínimo que a planta

necessitaria para atingir determinadas metas de produtividade, melhorando assim o manejo

nutricional dessas culturas.

O uso de extratores de solução do solo tem sido uma ferramenta valiosa para monitorar

o meio radicular e possibilitar análises pontuais da salinidade e concentrações de nutrientes.

Entretanto, há muita carência de informação sobre as composições mais adequadas de

soluções do solo para diferentes culturas.

Além do uso da fertirrigação visando maiores eficiências no uso de água e de nutrientes

na produção de hortaliças, está aumentando a aplicação de técnicas de cultivo em ambiente

protegido usando-se os diferentes tipos de hidroponia (NFT e Substratos) (FURLANI et al.,

1999; FURLANI et al., 2004). Com o sistema de cultivo em vasos com substratos, há

necessidade do desenvolvimento de métodos práticos para o monitoramento da composição

química da solução do substrato de forma a evitar desequilíbrios nutricionais e salinização do

meio radicular das plantas.

3 SISTEMAS DE PRODUÇÃO E A NUTRIÇÃO DE HORTALIÇAS

No Brasil, a partir da década de 90, ocorreram significativas mudanças na cadeia

produtiva de hortaliças. Atualmente estão à disposição dos empresários rurais diversos

sistemas de produção, sendo que pode-se optar entre os sistemas de cultivo em campo aberto,

feito de forma convencional ou sobre palha (plantio direto), em ambiente protegido ou ainda

hidropônico.

3.1 CULTIVO EM AMBIENTE PROTEGIDO

Ao longo dos anos, a produção de alimentos pela agricultura sempre foi dependente da

variação climática, favorecendo-se ou não essa atividade.

Para minimizar as perdas em produtos agrícolas causadas pelo clima, foi necessária a

introdução de um sistema de produção que possibilitou a uma ampla gama de plantas serem

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cultivadas com maior eficiência, aumentando sua produtividade e a qualidade dos alimentos

produzidos pelas mesmas.

Assim surgiu o cultivo protegido. Esse sistema de produção especializado fornece

proteção em relação a fenômenos climáticos como geadas, granizo, vento e chuvas,

otimizando o aproveitamento dos insumos (fertilizantes, defensivos e água) e o controle de

pragas e doenças (CASTILLA, 2005). Neste, também é possível ter-se certo controle das

condições edafoclimáticas como: temperatura, umidade do ar, radiação, solo, e composição

atmosférica.

Com essas vantagens têm-se ganho na produtividade e diminuição na sazonalidade da

oferta, com redução dos riscos de produção e mais competitividade pela possibilidade de se

oferecerem produtos de maior qualidade o ano todo. Segundo Cermeño (1990), a

produtividade no ambiente protegido pode ser duas a três vezes superior à do campo, além

dos produtos apresentarem mais qualidade.

Por outro lado, esse sistema tem suas desvantagens, como o elevado custo para sua

implantação, bem como necessidade de conhecimento multidisciplinar para que os manejos

do solo, da adubação e das plantas sejam bem feitos e se obtenha sucesso (GOTO et al.,

2005).

Della Vecchia e Koch (1999) mostraram que, conforme estimativas de crescimento para

a área cultivada em ambiente protegido, elaboradas em 1994, para a virada do milênio haveria

uma área potencial de produção de hortaliças de 10 mil hectares. Contudo, esta projeção não

se concretizou, sendo constatados apenas 1.390 ha de área coberta com filmes plásticos em

1999. Os motivos para esse erro de projeção na área de cultivo protegido foram os incorretos

manejos do ambiente, das culturas e do solo. Devido ao uso de insumos sem conhecimento

técnico e aos tipos de solos existentes no Brasil, constataram-se dificuldades no manejo da

adubação nesses ambientes, promovendo-se, em vários casos, após três anos de exploração, a

salinização dessas áreas, inviabilizando seu uso (GOTO et al., 2005).

Segundo Bliska Júnior (2007)3 conforme o Diagnóstico da Plasticultura, elaborado pelo

Comitê Brasileiro de Desenvolvimento e Aplicação de Plásticos na Agricultura (COBAPLA),

em 2005, a área de cultivo protegido (estufas agrícolas e túneis) para horticultura em geral era

de 6.600 ha em todo o Brasil, não sendo ainda atingida a previsão de 10 mil hectares, citada

por Della Vecchia e Koch (1999). Em dados do último levantamento do Projeto LUPA

2007/2008 para o Estado de São Paulo (SAO PAULO, 2008), o número de Unidades de

3 BLISKA JR., A. Comunicação pessoal, 2007. UNICAMP.

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Produção Agrícola (UPA) que utilizavam estufas agrícolas/plasticultura era de 4.838 e a área

total de 1.438 hectares.

Ainda hoje o manejo da fertilização nos cultivos em estufas agrícolas é um entrave para

o sucesso da atividade, sendo que muitos produtores acabam não tendo sucesso nas atividades

nesse sistema de produção devido aos problemas de salinização do solo e desequilíbrios entre

os nutrientes e algumas vezes com excesso de micronutrientes.

Para o estado de São Paulo, existem recomendações de adubação orgânica e química de

plantio, bem como de adubações de cobertura para as principais hortaliças (RAIJ et al.1996).

Porém não existem recomendações de adubação diferenciadas, entre os sistemas de produção

em campo aberto e em ambiente protegido. Assim as recomendações de Raij et al. (1996)

podem e devem ser adaptadas aos diferentes sistemas de produção em função de dados

existentes na literatura científica, específicos para cada cultura.

Recentemente Trani e Carrijo (2004) apresentaram informações sobre as características

de equipamentos e os cálculos necessários para o manejo correto da água de irrigação,

recomendações de fertirrigação para as culturas de pimentão, tomate, pepino, melão e alface

cultivados sob estufa plástica e para morango em condições de campo.

Em estudo realizado com doses de nitrogênio (0, 60, 120, 180, 240 kg ha-1), fornecidas

via fertirrigação em cobertura na cultura da rúcula, no campo e em ambiente protegido,

Purquerio et al. (2007) verificaram diferentes resultados de produtividade para a cultura com

as diferentes doses utilizadas e entre os sistemas de produção.

Os resultados obtidos por esses autores podem ser utilizados para tornar mais precisa a

recomendação de adubação nitrogenada para a cultura da rúcula elaborada por Trani e Raij

(1996). Nessa recomendação, que não diferencia a rúcula, da alface, almeirão, chicória,

escarola, e agrião d’água, está indicada a aplicação de 40 kg ha-1 de nitrogênio no plantio e

especificamente para rúcula, 120 kg ha-1 de nitrogênio em cobertura, parcelados aos sete,

quatorze e vinte e um dias após a germinação.

Purquerio et al. (2007) observaram na época de inverno, no momento da colheita, que o

aumento das doses de nitrogênio causaram aumento na produtividade de rúcula no campo e

no cultivo protegido. As doses estimadas de 240 e 178,6 kg ha-1 de nitrogênio,

respectivamente para os sistemas de produção, corresponderam a produtividades de 3,0 e 3,3

kg m-2 (Figura 1A).

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Figura 1. Produtividade em rúcula cv. Folha Larga no inverno (A) e no verão (B), em campo

e ambiente protegido, em função de doses de nitrogênio. Fonte: Purquerio et al. (2007).

A dose de nitrogênio em cobertura de 240 kg ha-1 no cultivo de campo e de 178,6 kg ha-

1 no ambiente protegido, que proporcionaram maiores produtividades, encontraram-se acima

dos 120 kg ha-1, recomendados por Trani e Raij (1996).

A diferença de aproveitamento nutricional pela cultura fica evidente quanto os autores

citam que a maior produtividade verificada no campo, atingida com o uso de 240 kg ha-1 de

nitrogênio, foi alcançada no ambiente protegido com apenas 110 kg ha-1 de nitrogênio, ou

seja, obteve-se uma economia de 130 kg ha-1 de nitrogênio no cultivo protegido.

No ambiente protegido a produtividade foi 12,4% maior que no campo. Deve-se

lembrar que essa diferença ocorreu na época mais propicia ao cultivo da rúcula, sendo

observada maior diferença entre os sistemas de produção no verão quando ocorreu alta

precipitação pluviométrica.

No cultivo de verão, no ambiente protegido, também ocorreu aumento na produtividade

com o aumento das doses de nitrogênio até 167,3 kg ha-1, correspondentes a 3,2 kg m-2. No

campo, a maior produtividade estimada foi de 1,3 kg m-2 obtida com 240 kg ha-1 de N (Figura

1B). O autor comenta que no verão a produtividade e a qualidade das plantas verificadas no

cultivo de campo foram insatisfatórias restringindo sua comercialização. Dessa forma, a

produção de rúcula em campo, tornou-se muito pouco viável, principalmente se comparada

quanto a produtividade e a qualidade com o verificado no ambiente protegido.

Na literatura não existe grande quantidade de trabalhos científicos com demanda

nutricional de hortaliças, comparativamente entre campo e ambiente protegido, porém os

0 60 120 180 2401,5

2,0

2,5

3,0

3,5

C Ambiente protegido

y = 2,2005 + 0,01286x - 0,000036x2 **

R2 = 0,95

Pro

du

tivi

dad

e (k

g m

-2)

Dose de nitrogênio (kg ha-1)

Campo

y = 1,62004 + 0,01092x - 0,000022x2 *

R2 = 0,95

0 60 120 180 2400,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5B

Ambiente protegido

y = 1,6686 + 0,01837x - 0,0000549x2**

R2 = 0,92

campo

y = 0,5889 + 0,00516x - 0,00000882x2

R2 = 0,98*

Pro

du

tivi

dad

e (k

g m

-2)

Dose de nitrogênio (kg ha-1)

A

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poucos trabalhos existentes devem ser utilizados para auxiliar na melhoria da recomendação

de adubação para cada cultura. Para a cultura do tomate Fayad (2002) avaliou a demanda

nutricional da cultivar Santa Clara no campo e do híbrido EF-50 em ambiente protegido.

Através do seu estudo verificou as curvas de absorção de nutrientes ao longo do ciclo (Figuras

2 e 3). Estas curvas mostram diferentes absorções de nutrientes entre os sistemas de cultivos e

entre a cultivar e o híbrido.

O autor também verificou a quantidade total absorvida de nutrientes no final do ciclo

(Tabela 1) e as relações de proporção entre o nitrogênio (N) e o potássio (K) (Tabelas 2 e 3).

É importante salientar que o autor observou diferença na produtividade de frutos comerciais

com 88,6 t ha-1 no campo e 109,0 t ha-1 no cultivo protegido.

Figura 2. Conteúdo de macro (A) e de micronutrientes (B) na parte aérea total do tomateiro cultivado no campo, cv. Santa Clara, em função da idade, em Viçosa-MG. Fonte: Fayad (2002).

Figura 3. Conteúdo de macro (A) e de micronutrientes (B) na parte aérea total do tomateiro cultivado em ambiente protegido, híbrido EF-50, em função da idade, em Viçosa-MG. Fonte: Fayad (2002).

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Tabela 1. Absorção de nutrientes pela parte aérea total do tomateiro cultivado no campo

cultivar Santa Clara e pelo tomateiro cultivado em ambiente protegido híbrido EF-50, em Viçosa-MG. Fonte: Fayad (2002).

Tabela 2. Dinâmica da absorção de N e K, na parte aérea total, em função da idade do

tomateiro cultivado em ambiente protegido, híbrido EF-50, em Viçosa-MG. Fonte: Fayad (2002).

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Tabela 3. Dinâmica da absorção de N e K, na parte aérea total, em função da idade do tomateiro cultivado no campo cultivar Santa Clara, em Viçosa-MG. Fonte: Fayad (2002).

3.2 SISTEMA DE PLANTIO DIRETO

A técnica do plantio direto já é utilizada e bem conhecida para o cultivo de grãos, porém

ainda foi pouco estudada quando as culturas de interesse passam a ser as hortaliças

(PURQUERIO e TIVELLI, 2007).

O sistema de plantio direto é baseado no revolvimento mínimo do solo, na rotação de

cultura e na manutenção da cobertura do solo com resíduos vegetais. Esse sistema apresenta

como vantagens a redução no uso de máquinas, melhoria da estrutura do solo com aumento da

infiltração e retenção de água, redução das perdas de água por evaporação e escoamento

superficial, melhoria do desenvolvimento do sistema radicular das plantas e no controle de

plantas invasoras, redução da erosão e do impacto da chuva e aumento da eficiência do uso de

água pelas plantas (MAROUELLI et al., 2008)

É importante ressaltar que a contribuição na diminuição da quantidade de água utilizada

via sistemas de irrigação é um fator importante na sustentabilidade ambiental dos cultivos.

Com a diminuição no uso da água, que está em vias de começar a ser cobrada, também ocorre

menor gasto com energia elétrica e/ou combustível utilizados na irrigação, bem como menor

desgaste dos equipamentos de irrigação que são fatores que pesam na sustentabilidade

financeira do cultivo.

Diante dos benefícios que o sistema de plantio direto oferece, este vem se expandindo

para o cultivo da cebola, principalmente nos estados de Santa Catarina e São Paulo (FACTOR

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et al., 2009), bem como para o cultivo de beterraba no estado de São Paulo, principalmente na

região de São José do Rio Pardo. Esta região concentra cerca de mil e duzentos hectares dos

aproximados quatro mil hectares de beterraba cultivados no estado (IEA, 2009). Porém,

devido à escassez de pesquisas direcionadas para o plantio direto de hortaliças, as práticas de

cultivo utilizadas são, em geral, as mesmas recomendadas para o plantio convencional,

sobretudo em relação à nutrição mineral e adubação.

Como exemplo cita-se a cultura da beterraba. Não há no estado de São Paulo uma

recomendação oficial com relação à adubação nitrogenada de cobertura para a mesma em

plantio direto. A referência oficial utilizada é a recomendação para o sistema de cultivo

convencional feita por Trani et al. (1997) onde utiliza-se 60 a 120 kg ha-1 de N em cobertura,

parcelada em três aplicações, aos 15, 30 e 50 dias após a germinação. Em experimentos

conduzidos em Monte Alegre do Sul e Campinas, SP, em três anos diferentes, a produtividade

máxima de raízes de beterraba variou em função do local e foi obtida com quantidades de

nitrogênio variando entre 92 e 179 kg ha-1 (TRANI et al., 1997). Em Viçosa-MG, Aquino et

al. (2006), também no sistema convencional de cultivo, estudaram a resposta da cultura da

beterraba a adubação nitrogenada. Os autores trabalharam com doses variando de 0 a 400 kg

ha-1 de nitrogênio, tendo a uréia como fonte, aplicando-se 30% da dose de cada tratamento

dois dias antes do transplante (DAT) das mudas, e o restante, em duas aplicações aos 20 DAT

e 31 DAT. Para estas condições e considerando aspectos qualitativos, os autores concluíram

que a dose de 193 kg ha-1 de nitrogênio foi a mais promissora.

Em sistema de plantio direto Purquerio et al. (2008), observaram para a produtividade

total, expressa em g m-2 (Figura 2A) ou t ha-1 (Figura 2B), que houve incremento linear e

crescente de 27,9 kg ha-1 de matéria fresca por quilograma adicional de nitrogênio utilizado,

até o máximo de 5748 g m-2 ou 46 t ha-1 verificados na maior dose de nitrogênio utilizada

(240 kg ha-1).

Comparando os dados apresentados anteriormente é possível verificar diferentes

respostas da beterraba ao nitrogênio entre os sistemas de cultivo em campo e plantio direto.

Enquanto alguns autores (TRANI et al., 1997; TRANI et al., 2005; AQUINO et al., 2006)

verificaram melhor produtividade com doses de nitrogênio situadas entre 60 e 193 kg ha-1,

Purquerio et al. (2008) verificaram resposta produtiva da cultura até a dose de 240 kg ha-1. Os

autores comentam que durante a experimentação, apesar de não ter sido quantificado, pode ter

ocorrido alguma perda de uréia por volatilização, mesmo com a irrigação sendo realizada

através de pivô central logo após as coberturas.

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Figura 4. Produtividade por metro quadrado (A) e por hectare (B) total de raízes de beterraba

e das suas classificações comerciais (refugo, Extra A, Extra AA), em função de doses de nitrogênio em cobertura. Fonte: Purquerio et al. (2008).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A busca por produtos com qualidades nutricionais e organolépticas é hoje uma

exigência do mercado consumidor de hortaliças. Tanto a pesquisa quanto as empresas de

sementes e insumos devem contribuir para que o produtor tenha orientações de como fazer

para melhor explorar as características das cultivares modernas no tocante a obtenção de

grande produtividade e qualidade do produto podendo oferecer ao consumidor segurança do

ponto de vista alimentar. Esse é um dos grandes desafios para o futuro!

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBUQUERQUE, T.C.S. & ALBUQUERQUE NETO, A.A.R. Concentração e marcha de

absorção de nutrientes minerais e acúmulo de matéria fresca na alface cultivada em três

substratos. In: Anais da Reunião Brasileira de Fertilidade de Solo e Nutrição de

Plantas. CD-ROM. Londrina: Embrapa Soja:SBCS: IAPAR: UEL, 4p., 2008.

ALVARENGA, M. A. R. Crescimento, teor e acúmulo de nutrientes em alface americana

(Lactuca sativa L.) sob doses de nitrogênio aplicados no solo e de níveis de cálcio

aplicados via foliar. 1999, 119p. Tese (Doutorado), Universidade Federal de Lavras,

Lavras.

0 60 120 180 2400

1000

2000

3000

4000

5000

6000

A

Total

y=4911,08+3,4863x R2=97

Refugo não significativo 5% y=174,1

Extra AA

y=2860,08+3,003x R2=96

Pro

du

tivi

dad

e (g

m-2)

Dose de nitrogênio (kg ha-1)

Extra A não significativo 5% y=1924

0 60 120 180 2400

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50B

Refugo não significativo 5% y=1,4

Extra A não significativo 5% y=15,4

Extra AA

y=22,886+0,0239x R2=96

Total

y=39,2880+0,0279x R2=97

Pro

du

tivi

dad

e (t

ha-1

)

Dose de nitrogênio (kg ha-1)

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