avaliação e aplicação da tecnologia rfid na...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Faculdade de Engenharia Mecânica GISET NATALIA MONTOYA MORENO Pesquisador Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na Gestão da Cadeia do Frio de Frutas Campinas 2016

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Faculdade de Engenharia Mecânica

GISET NATALIA MONTOYA MORENO

Pesquisador

Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na

Gestão da Cadeia do Frio de Frutas

Campinas

2016

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GISET NATALIA MONTOYA MORENO

Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na

Gestão da Cadeia do Frio de Frutas

Orientador: Prof. Dr.

Coorientador: Prof. Dr

CAMPINAS

2016

Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade

de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual

de Campinas como parte dos requisitos exigidos

para obtenção do título de Mestra em Engenharia

Mecânica, na Área de Materiais e Processos de

Fabricação.

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA

DISSERTAÇÃO DEFENDIDA PELA ALUNA GISET NATALIA

MONTOYA MORENO, E ORIENTADA PELO PROF. DR.

ANTONIO BATOCCHIO.

ASSINATURA DO ORIENTADOR

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Agência(s) de fomento e nº(s) de processo(s): CNPq, 163562/2015-6

Ficha catalográfica Universidade Estadual de Campinas

Biblioteca da Área de Engenharia e Arquitetura Luciana Pietrosanto Milla - CRB 8/8129

Montoya Moreno, Giset Natalia, 1989- M768a MonAvaliação e aplicação da tecnologia RFID na gestão da cadeia do frio

de frutas / Giset Natalia Montoya Moreno. – Campinas, SP : [s.n.], 2016.

MonOrientador: Antonio Batocchio. MonDissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas,

Faculdade de Engenharia Mecânica.

Mon1. Produtos perecíveis. 2. Cadeia do Frio. 3. Manutenção - Controle. 4.

RFID. 5. Temperatura. I. Batocchio, Antonio,1953-. II. Universidade Estadual

de Campinas. Faculdade de Engenharia Mecânica. III. Título. Informações para Biblioteca Digital

Título em outro idioma: Evaluation and application RFID Technology in the management

of cold chain of fruit Palavras-chave em inglês: Perishable products

Cold Chain

Maintenance - Control RFID

Temperature Área de concentração: Materiais e Processos de

Fabricação Titulação: Mestra em Engenharia Mecânica Banca examinadora: Antonio Batocchio [Orientador] Orlando Fontes Lima Junior Olivio Novaski Data de defesa: 19-07-2016 Programa de Pós-Graduação: Engenharia Mecânica

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA

COMISSÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA

MECÂNICA

DEPARTAMENTO DE MATERIAIS E PROCESSOS DE

FABRICAÇÃO

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO ACADEMICO

Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na

Gestão da Cadeia do Frio de Frutas

Autor: Giset Natalia Montoya Moreno

Orientador: Prof. Dr. Antonio Batocchio

Coorientador:

A Banca Examinadora composta pelos membros abaixo aprovou esta Dissertação:

Campinas, 19 de Julio de 2016

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Agradecimentos

O desenvolvimento deste trabalho não poderia ser concluído sem a ajuda de Deus e de

pessoas as quais devo meus agradecimentos:

Aos meus avôs e avós, Ana Dolores Castro, Jose Del Carmen Montoya, Rita e Hernan

Moreno pelo apoio incondicional, sempre.

Á minha mãe, Geeny Moreno Camelo, por seu apoio e amor.

Ao meu irmão Carlos, por ser inigualável na árdua tarefa de ser meu irmão.

Ao German Duarte Gonzalez, por me entender e amar.

Ao professor e amigo, Dr. Antônio Batocchio, em primeiro pela confiança e paciência, e em

segundo por ter me guiado e orientado, durante o mestrado.

As empresas Taggen, Frutas Consul, ITAL, quem emprestaram o equipamento e instalações

para o desenvolvimento da pesquisa.

Aos colegas do Departamento de Engenharia de Manufatura e Materiais, do Laboratório de

Manufatura e RFID da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, pela presença, pela

ajuda e principalmente pelos bons momentos.

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Resumo A indústria de alimentos está na vanguarda na aplicação de novas tecnologias, que se

apresentam cada vez mais importante em redes de supermercado. Desta forma, chega-se ao

consumidor final um produto de alta qualidade, num tempo determinado e ótimo para o

produto, sob diferentes parâmetros estabelecidos pelas organizações mundiais. No entanto,

esses alimentos, especialmente frutas (estudo de caso, foco desse trabalho) requerem controle

ou manutenção específica ao longo da cadeia, que deve ser vendido antes do vencimento ou

simplesmente ser descartado. A qualidade na distribuição de produtos alimentícios pode ser

melhorada a partir de técnicas inovadoras e estas podem proporcionar ao cliente um serviço

diferencial e atrativo.

Atualmente, os avanços na tecnologia RFID, que significa identificação por radiofrequência,

pode ser usado beneficamente neste contexto de controle rigoroso pela indústria.

Representando uma experiência de sucesso em sistemas de monitoramento contínuo durante a

cadeia, o que significa uma solução competitiva, flexível e viável para determinar uma

necessidade real na indústria de alimentos.

Este trabalho tem no início uma compilação de artigos científicos e revisão da literatura que

suporte a coleta de dados, após isso, seleciona e adapta a metodologia, através do emprego da

tecnologia RFID controle das variáveis relacionadas aos produtos (Pera Portuguesa e Maçã

Gala/Fuji). Além de fazer uma comparação com equipamento já usado na indústria, mantendo

a qualidade do produto, tendo como objetivo desenvolver-se. Também visa contribuir para

pesquisas acadêmicas e para empresas que realizam o transporte e distribuição da cadeia do

frio.

Palavras chaves

Alimentos Perecíveis, Cadeia do Frio, Manutenção e Controle do Produto, Tecnologia RFID,

Temperatura, Umidade.

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Abstract The food industry is at the forefront in the application of new technologies, which have

become increasingly important in supermarket chains. In this way, reach the end consumer a

high quality product in a particular and great time for the product under different parameters

established by global organizations. However, these foods, especially fruits (case study focus

of this work) require control or specific maintenance along the chain, which must sold before

maturity or simply be discarded. The quality in the distribution of food products are improves

from innovative techniques and these can provide the customer with a differential and

attractive service.

Currently, advances in RFID technology, which means radio frequency identification use

beneficially in the context of strict control by the industry. Representing a successful

experience in continuous monitoring systems for the chain, which means a competitive,

flexible and viable solution to determine a real need in the food industry.

This work is at the beginning a compilation of scientific articles and literature that supports

data collection, after that, selects and adapts the methodology through the use of RFID

technology control of variables related to products (Portuguese Pear and Apple Gala / Fuji)

Besides making a comparison with equipment already used in the industry, maintaining

product quality, aiming to develop. It also aims to contribute to academic research and

companies that perform transport and cold chain distribution.

Keyword

RFID Technology, Maintenance and Product Control, Temperature, Humidity, Perishable

Food, Cold Chain.

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Lista de Ilustrações Figura1.1 Segmento da cadeia do frio de Temperatura Controlada. ....................................... 16

Figura 1.2 Sistema RFID associado à cadeia do frio............................................................... 16

Figura 1.3 Volumes de produção de cada grupo de produtos básicos por regiões (em milhões

de toneladas) ............................................................................................................................. 18

Figura 1.4 Classificação do trabalho no contexto da metodologia cientifica .......................... 23

Figura 2.1 Esquema da chamada “cadeia do frio”, com início logo após a produção e

finalizando no consumidor. ...................................................................................................... 27

Figura 2.2 Estrutura Cadeia do frio. ........................................................................................ 28

Figura 2.3 Cadeia brasileira de armazéns frigorificados de uso público. ................................ 30

Figura 2.4 Perda de qualidade do produto na distribuição. ..................................................... 36

Figura 2.5 Comportamento de temperatura entre os elos da cadeia do frio ............................ 37

Figura 2.6 Perda de açúcar em Aspargos em função do tempo e temperatura ........................ 42

Figura 2.7 Representação esquemática do processo de controle logístico .............................. 48

Figura 2.8 Classificação de sistemas TTI a partir do tipo de informação proveniente ........... 50

Figura 2.9 Exemplos de etiquetas TTI .................................................................................... 51

Figura 3.1 Evolução da qualidade durante o período pós-colheita ......................................... 57

Figura 4.1 Arquitetura inteligente de monitoramento ............................................................. 64

Figura 4.2 Desempenho Sistema RFID em meios aquosos e massas metálicas. .................... 69

Figura 4.3 Etiquetas inteligentes usando RFID ....................................................................... 74

Figura 5.1 Proposta metodológica ........................................................................................... 77

Figura 5.2 Esquema Da Fase 1 da metodologia proposta........................................................80

Figura 5.3 Diversas características na hora de determinar a escolha de um sistema RFID,

questionamento fase 2...............................................................................................................83

Figura 5.4 Transformações dos requisitos do projeto em características de um sistema

RFID.........................................................................................................................................84

Figura 6.1 Caracterizações do Problema e Atividades ............................................................ 89

Figura 6.2 Apresenta o crescimento das exportações nos anos 2011 até 2015 ....................... 91

Figura 6.3 Organograma Da Empresa ..................................................................................... 93

Figura 6.4 Gestão da cadeia do Frio da empresa Frutas Consul. ............................................ 94

Figura 6.5 Diagrama das diferentes partes Internas e Externas interessadas em cada um dos

processos da empresa................................................................................................................ 95

Figura 6.6 Identificação de problemas, identificação das partes interessadas, possível impacto

.................................................................................................................................................. 96

Figura 6.7 Medição Termohigrômetro, termômetro e tags ................................................... 103

Figura 6.8 Variações, a partir dos dados tomados entre os dois equipamentos (tag e

Termohigrômetro HOBO) ...................................................................................................... 104

Figura 6.9 Variação, a partir dos dados tomados entre os dois equipamentos (tag e

Termômetro FLUKE) ............................................................................................................. 106

Figura 6.10 Apresenta a variação de umidade, a partir dos dados tomados entre os dois

equipamentos (tag e Termohigrômetro HOBO) ..................................................................... 107

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Figura 6.11 Direita Maçã Gala, Esquerda Maçã Fuji ............................................................ 109

Figura 6.12 Mapa da Rota CEASA até a Frutaria ................................................................. 109

Figura 6.13 Controle Sistema RFID para Temperatura Maçã Gala ...................................... 111

Figura 6.14 Controle Sistema RFID para Temperatura Maçã Fuji ....................................... 111

Figura 6.15 RFID para Temperatura Maçã Fuji Figura 6.16 Controle RFID da Umidade

Maçã Fuji ........................................................................................................................... 112

Figura 6.17 Histo. Temperatura do Ar Maçã Gala Figura 6. 18 Histo. Temperatura do Ar

Maçã Fuji ................................................................................................................................ 112

Figura 6.19 Frequência acumulada Temperatura do Ambiente Maçã Gala .......................... 113

Figura 6.20 Dados no RStudio ............................................................................................... 113

Figura 6.21 Frequência acumulada Temperatura do ambiente Maçã Fuji ............................ 114

Figura 6.22 Histo. Temperatura da Maçã Gala e Maçã Fuji por IR ...................................... 115

Figura 6.23 Frequência acumulada Temperatura Interna Maçã Gala ................................... 116

Figura 6.24 Frequência acumulada Temperatura Interna da Maçã Fuji ................................ 116

Figura 6.25 Pêra Rocha, antes da remoção do plástico para instalação da etiqueta .............. 117

Figura 6.26 Controle Sistema RFID para Temperatura Pêra Portuguesa com Tag ID BO B4

48 C 9 ..................................................................................................................................... 119

Figura 6.27 Controle RFID da Umidade com Tag ID BO B4 48 C 9 ................................... 119

Figura 6.28 Controle Sistema RFID para Temperatura Pêra ID 68 C9 0B 17 ...................... 120

Figura 6.29 Controle RFID da Umidade com Tag ID 68 C9 0B 17 ..................................... 121

Figura 6.30 Mapa da Rota CEASA até a Frutaria ................................................................. 121

Figura 6.31 Histograma Temperatura do Ar Pêra Rocha ID BO B4 48 C 9 ......................... 122

Figura 6.32 Histograma Temperatura do Ar Pêra Rocha ID 68 C9 0B 17 ........................... 123

Figura 6.33 Frequência acumulada Temperatura do Ar Pêra Rocha ID BO B4 48 C9 ........ 123

Figura 6.34 Frequência acumulada Temperatura do Ar Pêra Rocha ID 68 C9 0B 17 .......... 124

Figura 6.35 Histograma Temperatura a partir de IR Pêra Rocha ID BO B4 48 C 9 ............. 125

Figura 6.36 Histograma Temperatura a partir de IR Pêra Rocha ID 68 C9 0B 17 ............... 125

Figura 6.37 Frequência acumulada Temperatura a partir de IR Pêra Rocha ID BO B4 48 C 9

................................................................................................................................................ 126

Figura 6.38 Frequência acumulada Temperatura a partir de IR Pêra Rocha ID 68 C9 0B 17

................................................................................................................................................ 126

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Lista de Tabelas

Quadro 2.1 Cadeia brasileira de armazéns frigorificados de uso público. ..................... 29

Quadro 2.2 Resumo de aplicações refrigeradas ............................................................. 39

Quadro 2.3Temperaturas mínimas, máximas e ótimas de patogênicos em alimentos. .. 46

Quadro 2.4 Técnicas de controle da cadeia do frio. ....................................................... 48

Quadro 3.1 Fatores pré-colheita que contribuem para a elaboração da qualidade ......... 56

Quadro 3.2 Classificação dos atributos de qualidade ..................................................... 57

Quadro 3.3 Principais causas das perdas pós-colheita e da depreciação da qualidade de

diferentes grupos de frutas e hortaliças .......................................................................... 58

Quadro 4.1 Classes de características e descrição das operacionais das etiquetas da tecnologia

RFID ............................................................................................................................... 62

Quadro 4.2 Considerações para a seleção de tecnologia RFID ...................................... 65

Quadro 4.3 Frequências, Características e respectivas localizações. ............................. 67

Quadro 4.4 Comparativo a partir de Referências Bibliográficas- Sistema RFID LF vs HF,

UHF ................................................................................................................................ 67

Quadro 4.5 Diversas caracteristicas que sao importantes no momento da seleção de uma

antena em um sistema RFID ........................................................................................... 69

Quadro 5.1 Fases e Subfases VS questões a ser consideradas na seleção e aplicação de um

sistema RFID .................................................................................................................. 79

Quadro 6.1 Quantidades e valores comercializados dentro do país sem monitoramento dos

diferentes produtos ......................................................................................................... 91

Quadro 6.2 Descrições dos problemas relacionados aos componentes RFID no ambiente

selecionado ..................................................................................................................... 99

Quadro 6.3 Determinação de Requisitos ...................................................................... 101

Quadro 6.4 Resumo Histórico da Comparação de Temperatura do Ar, Temperatura e

Umidade Relativa da Pêra ............................................................................................ 103

Quadro 6.5 Resumo Histórico de Temperatura do Ar, Temperatura e Umidade Relativa de

Maçã Gala ..................................................................................................................... 110

Quadro 6.6 Resumo Histórico do ID. BO B4 48 C 9 de Temperatura do Ar, Temperatura e

Umidade Relativa de Maçã Gala .................................................................................. 118

Quadro 6.7 Resumo Histórico do ID 68 C9 0B 17de Temperatura do Ar, Temperatura e

Umidade Relativa da Pêra Portuguesa. ........................................................................ 119

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Lista de Abreviaturas e Siglas

RFID – Identificação por Rádio Frequência (Radio Frequency Identification)

ABIAF – Associação Brasileira da Indústria de armazenamento frigorifica

AVISA – Agencia Nacional De Vigilância

CEASA – Central de Abastecimento de Campinas

ITAL –

INCQS – Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde

FAO- Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura

ID – Identificação

LF – Baixa Frequência (Low Frequecy)

HF – Alta Frequência (High Frequency)

UHF – Ultra Alta Frequência (Ultra High Frequency)

MW – Micro Ondas (Microwaves)

TTI – Integração de tempo e temperatura

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Sumário

Agradecimentos ...................................................................................................................... 5

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 15

1.1 Justificativa ................................................................................................................ 17

1.2 Objetivo ..................................................................................................................... 20

1.3.1. Objetivo Geral .................................................................................................... 20

Avaliar e aplicar a tecnologia RFID na gestão da cadeia do frio, com vista à manutenção da

qualidade dos produtos perecíveis. ....................................................................................... 20

1.3.2 Objetivos específicos................................................................................................ 20

1.3 Fontes de Pesquisa ..................................................................................................... 21

1.4. Método .......................................................................................................................... 21

1.1.1 Metodologia cientifica ........................................................................................ 21

CAPÍTULO 2. REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................... 24

2.1 Cadeias do Frio ............................................................................................................... 24

2.2 Processos da Cadeia do frio ............................................................................................ 30

2.2.1 Colheita ............................................................................................................... 31

2.2.2 Resfriamento ....................................................................................................... 31

2.2.3 Congelamento ..................................................................................................... 33

2.2.4 Manuseio e translado .......................................................................................... 33

2.2.5 Embalagem ......................................................................................................... 34

2.2.6 Armazenagem ..................................................................................................... 34

2.2.7 Transporte................................................................................................................. 36

2.3 Fatores importantes na cadeia do frio ............................................................................. 38

2.3.1 Sistemas de Refrigeração ......................................................................................... 38

2.3.2 Produtos da cadeia do frio ........................................................................................ 40

2.3.3 Temperatura ............................................................................................................. 41

3.3.3.1 Sistemas de medição de temperatura .................................................................. 44

2.3.4 Umidade ................................................................................................................... 45

2.4 Desafios logísticos na cadeia do frio ......................................................................... 47

2.4.1 Controle e monitoramento .................................................................................. 47

2.4.1.1 TTI (TIME TEMPERATURE INTEGRATORS): a tecnologia de

monitoramento de vida útil, utilizando microtags. ............................................................ 49

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2.4.1.2 Monitoramento a partir da Rádio Frequência ..................................................... 51

2.5 Regulamentações da cadeia do frio para alimentação ............................................... 52

CAPÍTULO 3. GESTÃO DA QUALIDADE DE FRUTA E HORTALIÇAS ........................ 54

3.1 Procedimentos para garantir a qualidade dos produtos................................................... 59

3.2 Segurança Alimentar ....................................................................................................... 60

CAPÍTULO 4. MONITORAMENTO A PARTIR DA RADIO FREQUÊNCIA .................... 61

4.1 Métodos e critérios para seleção e aplicação de RFID .............................................. 65

4.1.1 Seleção segundo Frequência de operações............................................................... 66

4.1.1.1 Desempenho dos Sistemas RFID de Baixa Frequência (LF), Alta Frequência (HF)

e UHF. ............................................................................................................................... 67

4.1.2 Seleção de uma antena para um sistema RFID ........................................................ 69

4.1.3 Interferências Eletromagnéticas ............................................................................... 70

4.2 RFID aplicada na Área Indústria de alimentos ............................................................... 71

4.2.1 RFID aplicada em Hortaliças e frutas ...................................................................... 73

CAPÍTULO 5 METODOLOGIA PARA A ORIENTAÇÃO NA SELEÇÃO E APLICAÇÃO

DE UM SISTEMA RFID ......................................................................................................... 77

5.3 Levantamentos de Dados ................................................................................................ 84

CAPÍTULO 6. ESTUDO DE CASO ........................................................................................ 87

6.1 Aplicações da Metodologia Proposta ............................................................................. 88

6.1.1 Fase 1. Caracterização do problema ......................................................................... 88

6.1.1.1. Entendimento do Problema .................................................................................. 89

6.1.1.2. Analise de Processo e Partes interessadas ............................................................ 92

6.1.1 Fase 2. Determinação de Requisitos ...................................................................... 100

6.1.3 Fase 3. Levantamento de Dados ............................................................................. 102

6.1.3.1 Teste de Comparação do Termômetro e a Etiqueta (verificação de dados) ........ 102

6.1.3.2 Teste Piloto, Fruto Interestadual. ........................................................................ 108

6.1.4 Teste Piloto, Fruto Importada de Portugal. ............................................................ 117

7. Conclusões e trabalhos futuros ........................................................................................... 127

7.1 Conclusões .................................................................................................................... 127

7.2 Trabalhos Futuros ......................................................................................................... 128

Referências ............................................................................................................................. 129

ANEXO A Frutas De Clima Temperado ................................................................................ 138

ANEXO B Certificado de calibração Termohigômetro Digital HOBO ................................. 144

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ANEXO C Certificado de calibração Termometro Digital FLUKE ...................................... 146

APÊNDICE B– Histórico de Temperatura do Ar, Temperatura e Umidade Relativa de Maçã

Gala ......................................................................................................................................... 150

APÊNDICE C – Histórico de Temperatura do Ar, Temperatura e Umidade Relativa de Maçã

Fuji .......................................................................................................................................... 155

APÊNDICE D – Histórico de Temperatura do Ar, Temperatura e Umidade Relativa de Pêra

Portuguesa ID BO B4 48 C 9 ................................................................................................. 160

APÊNDICE E – Histórico de Temperatura do Ar, Temperatura e Umidade Relativa de Pêra

Portuguesa ID 68 C9 0B 17 .................................................................................................... 166

APÊNDICE F – RSTUDIO – Maçã Gala AR ....................................................................... 172

APÊNDICE G – RSTUDIO – Maçã Fuji AR ........................................................................ 175

APÊNDICE H – RSTUDIO – Maçã Gala IR ......................................................................... 177

APÊNDICE I– RSTUDIO – Maçã Fuji IR ............................................................................ 179

APÊNDICE J – RSTUDIO – Pêra ID BO B4 48 C9 1 Ar .................................................... 181

APÊNDICE K – RSTUDIO – Pêra ID 68 C9 0B 17 Ar ....................................................... 183

APÊNDICE L– RSTUDIO – Pêra ID BO B4 48 C9 1 IR .................................................... 185

APÊNDICE M– RSTUDIO – Pêra ID 68 C9 0B 17 IR ......................................................... 187

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1 INTRODUÇÃO

As mudanças nas empresas aumentam a cada dia, como a melhoria do

gerenciamento e das práticas operacionais e funcionais, e com ela a necessidade de

consumo de alimentos refrigerados e congelados. Isto em função das vantagens, tais

como: facilidade e agilidade no preparo, preservação das propriedades sensoriais, físicas

e organolépticas, aumento da validade e produtos de alta qualidade (CARVALHO,

2013).

Esses fatores geram mudanças no setor da indústria, aumentando a fiscalização e

o regulamento na cadeia de suprimentos e no controle da temperatura (BOGATAJ;

BOGATAJ; VODOPIVEC, 2005; COULOMB, 2008), conhecida como cadeia do frio,

na qual é exigido um controle para garantir a integridade dos produtos manipulados,

desde a chegada do produto até o consumidor final (HEAP, R, 2006; IIR, 2004;

LIKAR; JEVSNIK, 2006).

A logística tornou-se um fator chave para a indústria de alimentos perecíveis. As

atividades agregam valor ao produto final, pois determinam o tempo que leva para

colocar no mercado e suas características físicas, sendo assim uma fonte de vantagem

competitiva.

Os serviços de logística são cada vez mais terceirizados por operadores

especializados, desde que o serviço com recursos próprios é ineficiente e desencorajado

pelo quadro regulamentar para esta atividade. A terceirização deve assegurar o

manuseio do produto adequado e entrega no tempo necessário.

A cadeia alimentar funciona a partir de matéria-prima ate chegar ao consumidor

final, mas a complexidade cresceu porque criou maior número de intermediários que

agregam valor ao produto final.

O desafio deste trabalho será analisar a cadeia de frio, a considerar o processo de

produção até o processo de distribuição com temperatura controlada (Figura 1.1) da

cadeia (frutas), com a finalidade de manter a qualidade, através do emprego da

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tecnologia RFID (tecnologia de identificação por rádio frequência) e suas principais

características.

Figura1.1 Segmento da cadeia do frio de Temperatura Controlada.

Fonte. Autor

Dessa forma é esperado encontrar as variáveis chaves que determinam a

eficiência de um sistema RFID (Figura 1.2) (PASTANA, 2012) com foco na

transmissão e coordenação das informações vitais dos produtos, em cada um dos

processos até chegar ao centro de distribuição (Frutaria).

Figura 1.2 Sistema RFID associado à cadeia do frio.

. Fonte. Autor

Do ponto de vista do negócio, deve-se lembrar de que a tecnologia ainda não

está completamente difundida e consolidada pelo mundo, na qual os custos (insumos,

mão de obra qualificada, transporte, etc.) tem dificuldade de implementação, que

imputam variáveis que não podem ser subestimadas durante os processos decisórios,

Processo de Distribuição

Processo de Armazenamento de Produto Terminado

Processo de Produção3. Limpeza e Seleção 4.Embalagem

Processo de aprovisionamento de matérias-primas 1. Colheita 2. Armacenamento de MP

Temperatura

Controlada

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que tangem as escolhas e aplicações desta tecnologia relativamente nova no campo

empresarial e industrial.

Do ponto de vista acadêmico, apresenta novos conhecimentos para a academia na

área da gestão da cadeia do frio, mais especificamente para controle de temperatura

utilizando diferentes tecnologias como o RFID, visando contribuir com as soluções e

processos logísticos para um benefício no setor empresarial em busca de reforço e

melhoria da competitividade.

1.1 Justificativa

Segundo o ABIAF (2011) a sociedade procura alimentos de maneira rápida e

prática, com isto se eleva o número de consumo de alimentos prontos e semi prontos.

Isto impulsiona a indústria de alimentos refrigerados e congelados e, tem como

consequência, a necessidade de criar uma indústria adequada na agilidade e qualidade

no manuseio de alimentos.

Em um contexto mundial as perdas de alimentos que ocorrem em toda a cadeia

alimentar mensuram sua eficiência, e estabelecem diferentes causas e possíveis formas

de preveni-los.

O aumento na produção de alimentos gera inquietude constante em todos os

países, as diferentes pesquisas científicas e avanços na tecnologia permitem melhorar a

qualidade e produtividade de alimentos perecíveis no mercado mundial.

Segundo a FAO (2012), os resultados de estudos articulam que cerca de um

terço da produção de alimentos para consumo humano se perde, ou se desperdiça no

mundo inteiro, isto é equivalente a 1300 milhões de toneladas cada ano.

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Figura 1.3 Volumes de produção de cada grupo de produtos básicos por regiões (em

milhões de toneladas)

Fonte. FAO (2012)

A figura 1.3 apresenta os volumes de produção no ano 2007 de cada grupo de

produtos básicos por regiões. A região Ásia Industrializada na produção de frutas e

hortaliças supera as 600 Ton. por ano, seguido da Europa em 200 Ton. por ano e

América do Sul por 180 Ton. por ano. Mas nem todos os produtos vão chegar ao

consumidor final, estragando-se em qualquer uma das etapas da cadeia (colheita, pós

colheita, armazenamento, transporte ou consumo).

Calcula-se que o desperdiço per capita de alimentos consumidos na Europa e

América do Norte é de 95 A 114 Kg cada ano, no entanto em África e Ásia Meridional

e Sul oriental a cifra é de apenas 6 a 11 kg/ano (GUSTAVSSON; CEDERBERG, 2012)

O Brasil registra um crescimento no setor de refrigerados e congelado de mais

de 10% ao ano. Atualmente, cerca de 2% do PIB - Produto Interno Bruto circulante no

Brasil - corresponde a mercadoria refrigerada.

Segundo Weiss e Santos (2014) o Brasil figura hoje como um dos maiores

exportadores mundiais de alimentos, entretanto cerca de 35% de sua produção,

equivalente a 10 milhões de toneladas, é desperdiçada nos processos. Segunda a FAO

(2012) o pais está entre os 10 países que mais desperdiçam comida no mundo.

Para ter um contexto geral, a produção industrial dos produtos alimentícios

refrigerados que não sejam embalados tende a se deteriorar em um tempo relativamente

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mais curto, ocasionando perdas consideráveis do produto (GIANNAKOUROU et al.,

2005).

Segundo James; James; Evans (2006) e Pereira, Vitor; et al. (2010) os produtos

são submetidos a aberturas de porta, onde se produz uma transferência de ar do exterior

para o interior do veículo, tendo uma mudança de temperatura, além da movimentação

do produto pelas pessoas responsáveis.

Diferentes autores expõem o cenário atual na cadeia de suprimentos de

alimentos perecíveis. A necessidade do monitoramento e controle dos aspectos

“controle inicial da mercadoria, temperatura, relatividade da umidade, atmosfera

durante o armazenamento e trânsito tratamentos químicos para o controle do produto,

tratamento térmico para o controle, embalagem e manipulação do sistema” (HARVEY,

1978), no processo de distribuição de alimentos congelados e refrigerados busca

elaborar diferentes modelos matemáticos para a variação de temperatura no processo de

distribuição ou comportamentos térmicos no veículo (BADURINA; MAJIC; PAVLIN,

2011; CARVALHO, 2013; ESTRADA; EDDY, 2006; ESTRADA; SMALE;

TANNER, 2006; KOURTI, 2006; LUI; HIGGING; TAN, 2010; PEREIRA, VITOR;

et al., 2010). Outros autores querem sugerir melhorias nas práticas na cadeia de

suprimentos de alimentos congelados ao longo do processo de distribuição, diferentes

tratamentos químicos e aplicação de tecnologias.

Este trabalho estuda a cadeia de suprimentos para a indústria de alimentos

perecíveis (frutas), a partir da aplicação da tecnologia RFID no controle das variáveis

relacionadas aos produtos.

O uso da tecnologia RFID na cadeia de suprimentos criou uma grande evolução no

monitoramento da cadeia de suprimentos cujo resultado foi à integração de todos os

processos envolvidos, aumentando a representação unificada dos serviços.

O recurso de RFID oferece a identificação e obtenção de informações dos produtos

instantaneamente através de bancos de dados diferentes, eles podem expandir horizontes

nas operações da cadeia de abastecimento, sistemas e suporte à decisão. (SAFARI;

HASHEMI; HASHEMI, 2013)

Com base nessa discussão, apresenta-se uma ampla gama de revisão literária no

controle de produtos refrigerados e congelados especialmente com frutas. A questão

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desse trabalho é: Como melhorar a qualidade da cadeia do frio, dos produtos (frutas)

refrigerada através da adaptação do emprego da tecnologia RFID?

1.2 Objetivo

1.3.1. Objetivo Geral

Avaliar e aplicar a tecnologia RFID na gestão da cadeia do frio, com vista à

manutenção da qualidade dos produtos perecíveis.

1.3.2 Objetivos específicos

Estudar os conceitos tais como: Cadeia do frio, Gestão da qualidade

produtos (frutas), controle e monitoramento e Sistema RFID, a fim de obter

aquisição de conhecimentos para a dissertação;

Escolher um método de aplicação da tecnologia RFID que se adeque ao

controle e monitoramento da cadeia do frio para alimentos perecíveis

(frutas);

Aplicar e avaliar o método proposto a partir do estudo de caso, com base na

seleção de características e componentes para um sistema de RFID para

melhorar a qualidade dos produtos.

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1.3 Fontes de Pesquisa

Segundo Azevedo (1999) o tema deve ser relevante cientificamente e socialmente,

centrado em um quadro de método para o alcance do pesquisador onde identifique as

fontes de informação pesquisando áreas novas a explorar.

Algumas fontes são sugeridas por entidades governamentais (Federal

Estadual e Municipal): secretarias de tecnologia;

Agências de fomento e banco de investimentos: FAPESP, FINEP,

CNPq/CAPES, BNDES, etc.

Revistas, Jornais e sites na WEB.

Organizações mundiais de alimentos: A Organização das Nações Unidas

para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Organização Mundial do Comércio

(OMC), Associação Brasileira da Indústria de Armazenagem Frigorificada

(ABIAF), Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), etc.

A partir disso, o pesquisador deverá aumentar um banco de dados para

inclusão das informações, onde permita a manipulação e a recuperação das

informações.

1.4. Método

1.1.1 Metodologia cientifica

O método proposto se fundamenta a partir dos autores Silva e Menezes (2001) e

Cegarra (2012) classificando a pesquisa cientifica, dependendo do problema proposto

pelo autor do projeto (Figura 1.4). Pretende-se conseguir resultados positivos, de

maneira eficiente, com um mínimo de esforço, tempo e gastos.

Do ponto de vista da sua natureza: a dissertação se centra em uma pesquisa

aplicada, dirigindo-se a uma solução de problemas específicos, abarcando os

interesses locais (SILVA; MENEZES, 2001).

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Do ponto de vista da forma de abordagem do problema: a pesquisa se considera

quantitativa. Este tipo de abordagem é caracterizado pela análise de dados e

informações a partir da analise de variáveis. Usando estatísticas (percentagem,

média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de

regressão) (SILVA; MENEZES, 2001).

Do ponto de vista de seus objetivos: a partir dos objetivos apresentados, esta

pesquisa vai ser de caráter descritivo visando analisar o estabelecimento de

relações entre variáveis, neste estudo de caso, temperatura e qualidade do

produto. Envolvendo técnicas padronizadas na coleta de dados.

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, estes serão: pesquisa bibliográfica,

aprofundando o entendimento e a compreensão da literatura que suporte a coleta

de dados, será baseada em duas diferentes abordagens: abordagens especifica a

cadeia do frio, abordagem logística do processo de transporte de frutas e

abordagem na aplicação da tecnologia RFID como controle dos atributos.

Além de um estudo de caso real o qual será realizada em quatro passos, no

primeiro passo será definida o cenário de distribuição; no segundo passo serão

coletados os dados pré-definidos para a aplicação da tecnologia; No terceiro

passo, realiza-se elabora-se a simulação para obtenção do comportamento dos

atributos (temperatura, umidade) tendo um acompanhamento constante do

produto, e no quarto passo será realizada a aplicação da tecnologia RFID.

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Figura 1.4 Classificação do trabalho no contexto da metodologia cientifica

Fonte. Autor

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CAPÍTULO 2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Cadeias do Frio

Com a evolução da vida na terra, aumentou a necessidade de adotar novos

produtos e novas formas de consumir. Dentre tantos casos, pode-se ver a mesma

característica em quase todos os produtos alimentícios, farmacêuticos, entre outros.

As companhias concentram-se em garantir a qualidade física e química do

produto, aumentando a necessidade de desenvolvimento da cadeia do frio no setor

logístico, como forma de proteger os produtos e garantir o fornecimento para o

consumidor final.

Neste capítulo apresentam-se os principais elementos característicos e as funções

da cadeia do frio. O termo não é assunto novo, segundo Silva (2010), pois, vem

desenvolvendo-se a partir das principais causas da cadeia de suprimentos integrada à

conservação de temperatura adequada.

Desde o século XVII, os cientistas começaram a estudar os comportamentos dos

microrganismos presentes em alimentos sob diversas condições térmicas. Depois disto,

ficou claro que a vida útil de alimentos estava ligada diretamente ao controle de

temperatura (LITWAK, 2006).

O termo cadeia do frio foi usado pela primeira vez por volta de 1908 e define-se

como um conjunto de etapas sucessivas na produção, processo e comercialização dos

produtos alimentícios perecíveis (PLANK, 1963). Esta é parte importante na

preservação e conservação dos alimentos, especialmente na sociedade moderna onde a

refrigeração é uns dos métodos mais utilizados para a conservação de alimentos

perecíveis (JOL et al., 2006).

A cadeia do Frio surgiu com a necessidade de reunir a especialização da gestão

dos produtos perecíveis, sensíveis à temperatura, com técnicas avançadas na matriz

logística na cadeia de suprimentos (SILVA, 2010). Segundo Jol et al., (2006) a incorreta

manipulação dos processos envolvidos na cadeia do frio aumenta o risco potencial de

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que os microrganismos perigosos para a saúde humana proliferem e produzam doenças

no organismo.

Ao longo dos anos, o termo cadeia do frio tem trocas de definições, como pode-

se mostrar pelos diferentes autores:

Segundo Zeni (2001), A cadeia do frio é responsável pela aparência do produto e

qualidades perspectiva como cor, odor e consistência, aspectos principais que podem

influir na hora da compra do consumidor.

O instituto internacional de refrigeração (IIR, 2004), Descreve a cadeia do frio

como todos os processos de armazenamento, conservação, transporte, distribuição de

tais produtos, incluído o controle de temperatura baixa.

Bogataj et al. (2005), define a cadeia do frio como o processo de planejamento,

implementação e controle eficiente, fluxo e armazenagem de mercadorias perecíveis

eficaz, serviços relacionados e informações de um ou mais pontos de origem para os

pontos de produção, distribuição e consumo, a fim de atender os requisitos dos clientes

à escala mundial.

Define-se cadeia do frio como um sistema de resfriamento que controla a

temperatura ao qual o produto é exposto, desde a colheita ou logo após o abate do

animal até o consumo final. Ela pode ser entendida como uma rede de cooperação entre

produtor, atacadista e consumidor, em que o produto deve ser manipulado (LOPES,

2007)

Segundo Pereira et al., (2010), a cadeia do frio compreende todo processo de

armazenamento, conservação, distribuição, transporte e manipulação dos produtos,

tendo em vista do controle e manutenção adequada das baixas temperaturas necessárias

para garantir a cadeia do frio.

Ayi (2011) Define a cadeia do frio como resultados da gestão, através do qual o

consumidor recebe um produto de qualidade "fresco", levando a uma maior satisfação e

aumento da demanda.

Segundo Carvalho (2013), na cadeia do frio, o controle da temperatura é fator

determinante para manter a qualidade e a validade de produtos alimentícios.

Segundo Rodrigue; Notteboom (2013), a cadeia do frio consiste no transporte de

produtos sensíveis de temperatura ao longo de uma cadeia de suprimentos através de

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métodos de embalagem térmica e refrigeração e a planificação logística como forma de

proteger a integridade dos envios. Segundo Zhang (2014), Cadeia do frio é o uso das

tecnologias no processo logístico para refrigeração e prorroga a data de validade.

A partir das definições encontradas, este trabalho define a cadeia do frio como

uma cadeia produtiva integrada, que atua com o moderno conceito de Cadeia de

Suprimentos, integrando um sistema de controle de temperatura na qual os produtos

manipulados são sensíveis com o ambiente, permitindo um maior tempo de preservação

do produto, dando satisfação ao cliente final.

Então, olhando de uma perspectiva geográfica, a cadeia do frio tem os seguintes

impactos:

No nível global, a especialização das funções agrícolas permite o transporte de

produtos alimentícios com temperaturas determinadas com longas distâncias,

além de permitir a distribuição de vacinas e outros produtos farmacêuticos.

No nível regional podem apoiar a produção e economias de escala na distribuição,

isso envolve grandes instalações de armazenamento a frio assistência mercearias

regionais ou laboratórios especializados trocando componentes sensíveis à

temperatura.

No nível local distribuição oportuna para o consumidor final de produtos

perecíveis, ou seja, supermercados e restaurantes (RODRIGUE et al. 2013).

Segundo Pereira (2008) para que se possa manter a qualidade do produto

comercializado, a Cadeia do frio não pode ser rompida, pois as velocidades das reações

químicas, bioquímicas e microbiológicas são relacionadas diretamente com a

temperatura e influenciam a sanidade e a qualidade nutricional e sensorial dos produtos

refrigerados. Portanto, manter uma cadeia do frio operando com temperaturas corretas

desde o produtor até o consumidor final é essencial (IIR, 2004).

Como é de esperar, o estado do produto acabado, o manuseio e o método de

resfriamento ou congelamento adotado irão influir na qualidade do produto final.

(NEVES; SILVEIRA, 2010). Estudos visando à identificação dos fatores que provocam

alterações de qualidade no produto indicaram a temperatura, o tempo de estocagem, a

umidade relativa, a circulação de ar em torno do produto e sua embalagem como as

mais importantes modificações físico-químicas que ocorrem na chamada “cadeia do

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frio”, cujo esquema é indicado na Figura 2.1 e explicado mais adiante na maneira da

produção de frutas e hortaliças. (NEVES; SILVEIRA, 2010).

Figura 2.1 Esquema da chamada “cadeia do frio”, com início logo após a produção e

finalizando no consumidor.

Fonte autor adaptado Neves et al. 2010.

No esquema anterior é importante ressaltar, que as condições ambientais devem

satisfazer as especificações da carga que tem como principal variável a temperatura. O

importante da cadeia do frio é assegurar que o produto transportado está em um

adequado e continuo ambiente ao longo da cadeia, garantindo sua qualidade em todos os

processos como armazenagem, estocagem, distribuição, transporte e manipulação do

produto, até o consumidor final (IIR, 2004; RUIZ et al., 2007; ZHANG, G.; SUN; LI,

1994).

Na medida em que o mercado de produtos refrigerados aumenta, as mudanças no

mercado global de produtos que utilizam a cadeia do frio são impulsionadas, além de

ser prescrito por autoridades públicas para proteger os clientes finais de riscos para a

saúde (BOGATAJ et al., 2005). Estas mudanças afetaram a forma de produzir,

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comercializar e distribuir produtos, principalmente os alimentícios (GEHLHAR;

COYLE, 2001).

Segundo Silva (2010), pesquisas que envolvem a cadeia do frio concentram o

foco na gestão e a infraestrutura, tendo como ponto importante os termos de

regulamentos pelos entes governamentais, a preocupação com a segurança alimentar e

implantação de padrões e parâmetros que sejam obedecidos e adotados nas relações de

comércio regional e internacional. Gestão e infraestrutura, de acordo com Silvio

apresentam sua visão dessa estrutura e suas derivações na figura 2.2.

Figura 2.2 Estrutura Cadeia do frio.

Fonte. Silva 2010.

Kaminsky (2009) revelou que 30% da produção primária mundial e 40% das

frutas e hortaliças se perdiam por falta de uma refrigeração adequada no ciclo de

produção.

Segundo Tanabe et al., (2007), no Brasil, poucos são os produtos

comercializados com algum tipo de refrigeração. Têm-se produtos como sorvetes, leite

e derivados e carnes, nos quais a refrigeração é imprescindível. Mas a situação é crítica

quando se fala em produtos como frutas e hortaliças. Existe a real necessidade de se

realizar o resfriamento destes produtos já a nível do produtor, com tecnologia adequada

de pré-resfriamento, principalmente no caso dos produtos mais consumidos.

No início da década de 90 o volume de frutas e hortaliças comercializadas no

Brasil cresceu consideravelmente (TANABE et al, 2007). Apesar do aumento no

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consumo desses produtos, dentre eles os congelados, minimamente processados ou

processados, carnes, pescados, frutas e hortaliças, é a que mais cresce, em torno de 25%

a 30% ao ano (com cifras de US$ 30 bilhões) (MADEIROS, 2008).

As perdas anuais na pós-colheita têm atingido de 30% a 40% da produção

devido à falta de tecnologias adequadas na colheita, embalagem e armazenagem, assim

como ineficiência dos sistemas de transporte e comercialização (CASTRO, 2004;

PINTO, 2007; VIGNEAULT, 2006; TANABE et al., 2007).

Segundo Madeiros (2008) o surgimento e a evolução no Brasil dos operadores

logísticos especializados na cadeia do frio devem-se principalmente às mudanças de

hábitos e costumes da população brasileira, decorrentes do aumento da concentração da

população urbana (de 56,8% nos anos 70 para 82% em 2005) e da abertura do mercado

nos anos 90. Esse fenômeno possibilitou o acesso aos produtos padronizados e de

melhor qualidade (grandes mudanças de padrões alimentares, ou seja, de alimentos in

natura para os refrigerados e / ou congelados) (FAVERO, 2005).

Segundo Marino (2008), a tendência para o mercado da cadeia do frio como o

“mercado do futuro”, continua crescendo e aquecido, pois se percebe que o setor de

refeições fora do lar já representa 40% dos gastos de alimentação no Brasil, em

comparação com os EUA, no qual a representação ultrapassa dos 50%.

Assim, o mercado Brasileiro da cadeia do frio está buscando o fortalecimento do

setor, no crescimento como se pode observar no quadro 2.1, com a movimentação de

cargas frigoríficas exportadas e importadas pelo país. A Associação Brasileira da

Indústria de Armazenagem Frigorificada (ABIAF, 2007) afirma que foram gerados

aproximadamente 15.000 empregos diretos e a participação no PIB foi de 2,5%,

considerando o valor das mercadorias movimentadas.

Quadro 2.1 Cadeia brasileira de armazéns frigorificados de uso público.

Fonte. ABIAF (2007)

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Observa-se na tabela que no ano 1989 as indústrias privadas tiveram uma

participação de 70,5% crescendo 22,6% no ano de 2006, alcançando 3896 empresas.

Nota-se também que tem uma diminuição das empresas governamentais, essas relações

passaram para 6,6% para as empresas públicas e 93,4% para as companhias privadas em

2006. Assim, é possível afirmar um crescimento nos últimos 20 anos, na infraestrutura,

da produção e do mercado que utiliza cadeia do frio no Brasil.

Também, a ABIAF identifica o sistema de infraestrutura frigorífica no Brasil por

regiões. Na figura 2.3 pode-se observar que a região sudeste apresenta maior

concentração de empresas frigoríficas (47%), seguido da região sul (37%).

Figura 2.3 Cadeia brasileira de armazéns frigorificados de uso público.

Fonte ABIAF, 2011.

Segundo Carvalho (2013), no Brasil o mercado pertencente à cadeia do frio que

mais cresce é o grupo de alimentos de maior perecibilidade, produtos congelados,

minimamente processados, carnes, frutas e hortaliças.

2.2 Processos da Cadeia do frio

O processo da cadeia do frio envolve os procedimentos desde a colheita,

resfriamento ou congelamento do produto na indústria até o seu armazenamento pelos

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consumidores finais em suas residências, abrangendo os transportes refrigerados entre

os locais de manuseio, tendo responsabilidade em assegurar os produtos nas fases em

que intervém independentemente das atividades que desenvolvem tentando trazer o

processo.

2.2.1 Colheita

A qualidade não pode ser melhorada após a colheita, apenas mantida. Por

conseguinte, é importante para a colheita das frutas e hortaliças ter um armazenamento e

tamanho adequado. Segundo Ayi (2011), a colheita deve ser concluída durante o tempo

mais fresco do dia, que é geralmente no início da manhã e os produtos devem ser

mantidos à sombra, no campo.

2.2.2 Resfriamento

O pré-resfriamento dos produtos alimentícios antes de transportá-los é prática

fundamental e deve ser feita logo após a colheita, para assegurar-se uma maior vida dos

produtos (ASHBY et al., 1987).

Segundo Galvão (2009), a finalidade desse processo é a remoção rápida do calor

dos produtos recém-colhidos, antes do transporte, armazenamento ou processamento.

Segundo Ashrae (1996), a quantidade de calor a ser removida pode ser calculada

conhecendo-se o produto, seu estado inicial, massa, calor específico, temperatura de

início de congelamento e calor latente.

O processo é normalmente realizado em local separado da estocagem, em poucas

horas ou até mesmo minutos, e requerem equipamentos especiais (ASHRAE, 1998).

Segundo Kluch et al. (2003) o resfriamento na câmera de armazenagem não é

considerado resfriamento porque não possui capacidade de refrigeração suficiente e o

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movimento do ar não tem a velocidade suficiente para resfriamento dos produtos depois

da colheita, nos equipamentos e/ou recintos apropriados para realizar as operações.

Existem diferentes métodos de refrigeração. No passado os métodos com maior

uso eram: gelo, gelo e sal, manter um sistema de placa, sistema criogênicos e

refrigeração mecânica, mas agora o tipo predominante é a refrigeração mecânica

(HUNT, 2008).

A refrigeração mecânica opera mediante a absorção de calor em um ponto e sua

dispersão em outra, a partir da circulação de ar dentro da câmara. O mecanismo desse

método é pegar o calor através de bobinas (evaporador) dentro de um espaço de carga e

descarga através de outra bobina (condensador) do lado de fora, a refrigeração é

circulada através de um compressor, o qual é acionado por um motor de gasolina, diesel

ou motor elétrico (HUNT, 2008).

Segundo Castro (2004), a escolha dos métodos para resfriamento é determinada

pelas características do produto, como: forma da área de superfície; massa; condições de

resistência da casca; além dos fatores econômicos, conveniência, relação dos

equipamentos de refrigeração e preferência pessoal.

A temperatura normalmente oscila entre -1,5°C e +10°C para o armazenamento

de produtos perecíveis, dependo das recomendações do produto. Segundo Neves (1997),

citado por Silva (2010), o maior risco de armazenagem é a flutuação da temperatura, por

isso está tem que ser mantida o mais constante possível.

Segundo Baptista (2007), existem algumas fontes de calor que o sistema de

refrigeração deve ser capaz de remover, algumas que podem ser consideradas são: a

temperatura ambiente elevada; a massa de ar quente dentro do contentor de carga; o

calor armazenado na estrutura do contentor de carga; respiração dos produtos.

O Brasil tem poucos pré-resfriadores comerciais, além disso, a falta de

conhecimento dos produtores, com isso, o armazenamento ainda é feito de maneira

precária e o pré-resfriamento dos produtos geralmente não é efetuado (GALVÃO,

2009).

O resfriamento é de grande importância nos produtos, porque permite vantagens

no consumo do produto de boa qualidade, diminuindo o número de perdas para as

empresas, aumento no tempo, menor desperdício e maiores ganhos.

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2.2.3 Congelamento

Os produtos congelados, são submetidos a temperatura normalmente entre -18°C

e -25°C, transformando mais de 80% da água livre em cristal de gelo (NEVES, 1997

citado por Silva 2010).

Segundo ABIAF (2008), para obter o efeito correto de congelamento do produto a

conservação tem uma alta porcentagem de água congelável no produto e transformada

em gelo (normalmente mais de 80% da água livre) e é mantido nesse estágio durante a

subsequente estocagem para minimizar as alterações físicas, bioquímicas e

microbiológicas que de outra forma podem levar a uma deterioração do alimento.

O tempo que irá demorar no processo de congelamento depende não somente das

temperaturas iniciais e finais do produto e da quantidade de calor a ser retirado, mas

também das dimensões e formato do produto (principalmente sua espessura) bem como

o processo utilizado para retirada do calor e sua temperatura (ABIAF 2008).

Segundo Silva (2010), os fatores que mais influenciam na qualidade dos produtos

congelados depois de determinado período são: a natureza e qualidade do produto ao

início do congelamento, o tipo de processo utilizado para o congelado, tipo de

embalagem, a temperatura de armazenamento, movimentação e transporte e o tempo de

armazenagem.

2.2.4 Manuseio e translado

Segundo Neves e Silveira, (2010), o ponto crítico é a transferência de produtos da

câmara até o sistema de transporte, isso deve ser organizado de tal modo que seja

efetuado o mais rápido possível, evitando-se variações de temperatura.

O processo de carga e descarga da carroceria frigorifica tem que receber muita

atenção já que se devem evitar os casos de espera do produto sob o sol ou ao ambiente

externo. (NEVES e SILVEIRA, 2010).

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2.2.5 Embalagem

O produto deve ser embalado apropriadamente, devendo-se evitar misturas de

produtos estragados com sadios. A embalagem no campo gera uma situação onde a

contaminação pode ocorrer facilmente se os recipientes e os materiais não forem

manipulados cautelosamente (CENCI, S. A, 2006).

A embalagem é importante, pois protege os produtos contra a diversidade de

danos, além de identificá-los apropriadamente.

Para Silva (2010), na armazenagem frigorífica é importante que as embalagens do

produto sejam propícias para esse tipo de processo, para que não afete o produto por

queimaduras ou desconfiguração das suas propriedades de consumo. Então se conclui

que uma boa embalagem não permite desidratação do produto através de evaporação

dos vapores produzidos pelo mesmo.

A empresa CENCI (2006), faz-se algumas recomendações para os produtos

embalados no campo de produção como: evitar o contato direto dos produtos embalados

com o solo; todos os recipientes, cestas ou caixas vazias devem ser desinfetados antes

do uso; os recipientes usados para embalagem devem ser armazenados em um local

limpo e seco, afastado do campo; e as embalagens devem também ser armazenadas,

transportadas e manuseadas usando-se as mesmas considerações sanitárias que a dos

produtos.

2.2.6 Armazenagem

As armazenagens são instalações providas de sistema de controles de temperatura

ambiente, destinadas a receber, acondicionar, embalar, armazenar, manusear, preparar,

paletizar, fissionar, unitizar, movimentar e embarcar produtos sensíveis à temperatura,

seja congelado, refrigerado ou fresco (SILVA, 2010).

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Os cuidados no armazenamento minimizam os problemas causados por danos

fisiológicos decorrentes de respiração e outros danos microbiológicos feitos pelo

produto e pelo ambiente.

Segundo Silva (2010), as instalações de armazenagem são necessárias na

prevenção ou retardamento da deterioração que pode ocorrer devido à ação microbiana

e para manter sua conservação por um período maior. A capacidade térmica que deve

ter cada câmara de armazenagem é: congelados a -25°C; refrigerados a 0°C; frescos a

+5°C e na temperatura ambiente (YOUNG, 1997 Citado por SILVA 2010).

Segundo Silva (2010), o armazenamento requer alguns cuidados necessários que

são essenciais:

Desinfecção do ar, paredes, tetos das câmaras, para que os alimentos não sejam

suscetíveis aos diferentes tipos de bactérias que pode ter o ambiente;

Compatibilidade entre produtos tem grandes variedades do mesmo produto

Queimadura pelo frio, a qual consiste pela degradação dos tecidos do produto pela

extrema baixa temperatura;

Estocagem com atmosfera controlada, o controle da atmosfera envolve o aumento

da concentração de dióxido de carbono e redução dos níveis de oxigênio do

ambiente, estendendo a vida útil dos produtos;

Refrigeração prévia, a armazenagem serve para manter a temperatura do produto,

precisando do congelamento e o resfriamento prévio do mesmo;

Empilhamento, este não podem impedir o fluxo do ar dentro da câmera ou acesso

na verificação do produto, além de não tocar as paredes, chão e teto;

Embalagem seja propicia para o produto e não permita a desidratação deste

através da evaporação dos vapores produzidos pelo mesmo;

Risco de condensação das mercadorias na saída da câmara fria, tentar não ter troca

de temperatura entre o produto e o ar do ambiente, a diferença da temperatura

provoca quebra na cadeia do frio e assim, perda das propriedades qualitativas do

produto. Os efeitos segundo Neves (1997) não são regeneradores.

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2.2.7 Transporte

No ano 2002 mais de um milhão de veículos rodoviários refrigerados, 400.000

contêineres refrigerados e muitos milhares de outras formas de sistemas de transporte

refrigerados são usados para distribuir alimentos refrigerados e congelados em todo o

mundo (JAMES, 2006)

A perda de qualidade do produto é cumulativa e irreversível, ilustrada na figura

2.4, o que ressalta a necessidade de se manter a temperatura adequada do produto

transportado ao longo de toda a cadeia do frio (HEAP et al. 1998).

Figura 2.4 Perda de qualidade do produto na distribuição.

Fonte Heap et al. 1998

Devido às condições de funcionamento e limitações de espaço e peso disponíveis,

equipamentos de refrigeração de transportes têm menor eficiência que os sistemas fixos.

Isso, somado ao aumento da utilização do transporte refrigerado, decorrente da

quantidade dos produtos transportados e entrega a domicílios, supera a expectativa de

qualidade e coloca sobre a indústria de alimentos a responsabilidade de redução do

consumo de energia e do controle de temperatura dos alimentos transportados, conforme

regulados pelas legislações. (TASSOU, 2009)

O problema de transporte na cadeia do frio é crítico, requer manutenção da

temperatura, logo exige monitoramento constante e adequado. A figura 2.5 elaborada

por Rodrigue; Craig (2010) apresenta um comportamento de temperatura entre os elos

da cadeia do frio, apontado a os pontos críticos onde a temperatura limite não é

respeitada, ocasionando perda de qualidade.

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Figura 2.5 Comportamento de temperatura entre os elos da cadeia do frio

Fonte Rodrigue et al (2010)

Segundo Carvalho (2013), as principais dificuldades são encontradas nas

ligações mais fracas ou interfaces da cadeia, como por exemplo, operações de

carregamento e de entrega de mercadoria, onde os operadores não tem controle sobre o

produto nos diferentes tipos de ambientes (extremos de quente / frio, seco / úmido),

perdendo qualidade sobre os produtos.

Segundo Silva (2010), entende-se o transporte de produtos refrigerados ou

congelados como uma operação envolvendo o deslocamento de carga perecível, de

temperatura controlada de um ponto de estoque para outro.

O transporte pode ser efetuado através de transporte terrestre, onde os carros têm

que estar devidamente equipados com sistema de frio, transporte de contentores, vagão

ferroviário, navios ou aeronaves.

Segundo Baptista (2006), o transporte inadequado de alimentos, poderá ter

consequências no nível de consumidor final, pois é importante avaliar os perigos que

poderão ocorrer, porque cada perigo depende do produto transportado, além de não

existir nenhuma etapa posterior que elimine ou reduza o risco ou perigo que podem

surgir durante o transporte.

Segundo Tanabe (2003), o Brasil é um dos maiores produtores mundial de frutas,

com grande variedade e qualidade. Mas, infelizmente, o país não é um grande

exportador. A razão é simples: o país não possui uma estrutura adequada para transporte

destes alimentos, pois, na grande maioria das vezes, este transporte necessariamente

deve ser refrigerado.

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Em termos gerais, as unidades de refrigeração não são feitas para resfriar os

produtos, e sim para manter a temperatura, por isto é importante que a carga esteja na

temperatura correta antes do embarque. A partir da literatura as práticas mais indicadas

para reduzir o impacto de troca de calor no transporte de mercadorias são os containers

e os baús dos caminhões.

Depois de ter claro o canal logístico, a cadeia do frio possui uma abrangência dos

processos. A sua composição é dada por um número de empresas independentes que,

combinadas, são responsáveis pelo fornecimento de produtos e materiais para o lugar

certo e na hora apropriada.

2.3 Fatores importantes na cadeia do frio

2.3.1 Sistemas de Refrigeração

O objetivo de refrigeração é manter a qualidade e prolongar a vida de prateleira

mantendo a temperatura do produto no ponto que metabólica e deteriorações

microbianas são minimizadas (ASHBY, 2008)

Segundo Lopes (2007), Sabe-se que há muitas técnicas para conservação de

alimentos, que pode ser atrapalhadas pelo calor, pelo frio, uso de açúcar, uso do sal,

através de processos de defumação, por desidratação e por aplicação de reações

químicas.

A utilização da refrigeração é normalmente vista como um aumento nos custos

de comercialização. Talvez seja esta uma das razões pelas quais ela não seja

amplamente utilizada. Se a refrigeração fosse associada a uma maior vida de prateleira

dos produtos, consequentemente menores perdas, e também uma melhor qualidade

destes alimentos, com certeza ela seria mais utilizada (TANABE, 2007).

O sistema de refrigeração de carrocerias é dimensionado para somente manter a

temperatura baixa dos produtos transportados, de modo que, para ser utilizado com o

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intuito de reduzir a temperatura do produto durante o transporte, o sistema de

refrigeração precisaria ter uma capacidade muito maior do que a normalmente

empregada (MERCANTILA, 1989).

Segundo Ashby, H. (2008), a refrigeração remove o excesso de calor e fornece

controle de temperatura para produtos alimentícios em veículos de transporte.

A refrigeração desenvolveu-se durante os séculos XIX e XX, com avanços na área

de termodinâmica e em engenharia mecânica, os quais deram abertura dos sistemas de

compressão a vapor e sistema de ciclo de gases. Porem às substâncias como metila,

amônia, dióxido de carbono e baseados em fluorados (R22, R12), que deram passo na

aplicação da tecnologia de refrigeração comercial no início de 1930 (DUMINIL, 2003).

Mais avanços foram dados pelo cientista e inventor Clarence Birdseye, que

casualmente no ano 1912 descobriu os métodos de congelamento rápido na conservação

dos alimentos e, posteriormente, fez a perfeição do dito descobrimento. Dando duas

contribuições para alimentos perecíveis: a ideia que os produtos podem ser

comercializados, seguido ao ponto de venda e o conceito de congelamento rápido

(SILVA, 2010).

A refrigeração tem diferentes aplicações, o resumo pode ver-se no quadro 2.2.

Quadro 2.2 Resumo de aplicações refrigeradas

Tipo de Aplicação Características e Algumas Temperaturas Predominantes

Domestico

Está limitada a refrigeradores e congeladores caseiros.

Capacidade Congelada: -8°C a -18°C

Capacidade Refrigerada: +2°C a +7°C

Comerciais

Desenho, instalações e manuseio de unidades de refrigeração

de tipo comercial como restaurante, hotéis, bares etc.

Capacidade Congelada: -5°C a -30°C

Industriais

São de maior tamanho que os comerciais e requerem de um

operador de serviço. Algumas aplicações industriais são as

empresas de gelo, grandes empresas empacadoras de

alimentos (carne, peixe, frango, alimentos congelados etc.),

leiterias e plantas industriais como refinaria de petróleo e

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plantas químicas.

Transporte

Refrigeração de produtos embarcados que precisam de

manutenção de temperatura seja de modo rodoviário,

ferroviário, marítimo e aéreo.

Condicionamento de

Ar

O propósito é brindar confortabilidade para uso doméstico,

comercial, segmento hospitalar, automotivo, industrial, etc.

Fonte. Autor

2.3.2 Produtos da cadeia do frio

Os produtos sensíveis à temperatura, como os alimentos, medicamentos,

cosméticos, filmes fotográficos, obras de arte e produtos relacionados com o patrimônio

cultural, flores, produtos químicos, farmacêuticos, necessitam um tratamento especial

durante toda a cadeia de suprimentos. Usando toda a tecnologia adequada, que pode:

evitar entregas erradas, reduzir flutuações de temperatura, prolongar ou recalcular a vida

útil dos alimentos frescos, reduzir o número de produtos rejeitados e manter uma

margem de benefícios. Segundo Silva (2010) a cadeia do frio representa todas as etapas

desde a retirada de calor até a disposição final desse produto.

Engloba os procedimentos de conservação realizados desde o

resfriamento/congelamento do produto na indústria até seu armazenamento pelos

consumidores finais em seus domicílios, envolvendo inclusive os transportes

refrigerados entre os estabelecimentos (PEREIRA, 2008).

As informações das propriedades do produto são importantes para o controle e

manutenção da qualidade desse produto (ZHANG, 2007). As temperaturas baixas são

usadas para alongar as reações químicas, atividades enzimáticas e inibir os crescimentos

dos microrganismos (GAVA, 1984; NEVES, 1997; LOPES, 2007).

Na cadeia de alimentos podem-se agrupar os produtos por congelados e

refrigerados tendo diferentes temperaturas. Usam-se as temperaturas entre 0°C e 2°C

para produtos refrigerados e para os produtos congelados -18°C e -25°C (FERNIE E

SPARKS 2004).

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Segundo Rocha, (2008), em concordância com a NP en1524:

Produto Fresco: todo o produto que não sofreu qualquer tratamento que possa

modificar o seu estado natural.

Produto refrigerado: todo o produto que sofre um arrefecimento sem atingir a

temperatura do seu ponto de congelamento.

Produto congelado: todo o produto cuja água de constituição fica congelada,

atingindo uma temperatura de -10ºC em todos os seus pontos, e que é em seguida

mantido a essa temperatura até entrega ao consumidor.

Produto ultracongelado: todo o produto que, depois de ultrapassar rapidamente a

zona de cristalização máxima, atinge -18ºC (pode ir formalmente a -25ºC, -30ºC) em

todos os seus pontos e até entrega ao consumidor.

Segundo Almeida (2005), é consensual entre os teóricos e práticos as ciência e

tecnologia pós-colheita, que proporcionar aos produtos condições ótimas de temperatura

e de umidade são as melhores formas de garantir a sua qualidade, e todas as outras

tecnologias devem ser encaradas como complemento ao controle de temperatura e da

umidade relativa.

2.3.3 Temperatura

O binômio tempo e temperatura consiste em controlar, eliminar ou diminuir o

número de microrganismo durante o processamento, manipulação e distribuição dos

alimentos para o consumo (SILVA, 2001). A temperatura é um fator importante para a

população microbiológica presente nos alimentos, por isso a distribuição deve ocorrer

com controle de tempo e temperatura para minimizar a multiplicação microbiana e

proteger de novas contaminações (ALVES et al., 2010).

Segundo Heap; Kierstan; Ford (1998), a perda da qualidade do produto é

cumulativo e irreversível, o que ressalta a necessidade de conhecer e respeitar os limites

mínimos e máximos de temperatura necessária para manter a qualidade e os atributos do

produto. Assim, o uso de temperaturas extremamente baixas em somente alguns

momentos da distribuição não resolve o problema da exposição do produto a altas

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temperaturas, além disso, tanto as temperaturas altas quanto as extremamente baixas

podem causar danos nas mercadorias, o que prejudica o produto final.

O abuso da temperatura muito baixa ou alta pode causar perda total da qualidade

do produto. Em seu trabalho sob aspargos, Ashby (1995), observa-se a perda de

vitamina C e açúcar ou de esgotamento sacarose da em cor doce fresco. Na figura 2.6

apresenta-se que quanto menor a temperatura ambiente (Até 0ᵒC), menor é a taxa de

perda de açúcar no alimento, assim, nota-se também um aumento do tempo de vida do

produto analisado.

Figura 2.6 Perda de açúcar em Aspargos em função do tempo e temperatura

Fonte Ashby (1995)

Outro fator importante que o autor anterior apresenta é a exposição à baixa

temperatura, onde esse ambiente pode causar mudanças do sabor, descoloração, sinais

de corrosão, entre outros fatores.

Segundo Harvey (1978), na refrigeração a temperatura tem que ser ótima para

manter a qualidade do produto, que é o fator mais importante na pós-colheita.

Diferentes manuais, citados no capítulo 3, enumeram às diferentes temperaturas para a

manutenção da qualidade e a prevenção das perdas durante o armazenamento e o

transporte, além de revisar os efeitos da temperatura sob as taxas da respiração e a

deterioração fisiológica das frutas e hortaliças durante o armazenamento.

O êxito da cadeia do frio sob a indústria se resume, a saber, como enviar um

produto com controle de temperatura, adaptada às circunstâncias de envio. As operações

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da cadeia do frio melhoraram substancialmente nas últimas décadas e a indústria é

capaz de responder às exigências de uma ampla gama de produtos. Diferentes produtos

requerem a manutenção de distintos níveis de temperatura para garantir a sua

integridade em toda a cadeia de transporte.

Segundo Rodrigue, J.; Notteboom (2013), a indústria tem respondido com a

definição de diferentes padrões de temperatura, que podem acomodar a maioria dos

produtos. Os padrões de temperatura mais comuns são: banana (13 ° C); frio (2 ° C);

congelado (-18 ° C); e ultracongelados (-29 ° C); cada um relacionado com o grupo de

produto específico. Assim, ficar dentro dessa faixa de temperatura é vital para a

integridade de uma expedição ao longo da cadeia de suprimentos e de produtos

perecíveis que permite garantir uma vida útil ideal. Se o produto está por fora do limite

pode ter danos irreparáveis e perder toda a qualidade.

Para o controle da temperatura criou-se distintas tecnologias ao longo da cadeia

do frio:

Gelo seco: dióxido de carbono solida, é de cerca de -80°C e é capaz de manter

uma transferência congelada por um período de tempo prolongado. O controle

de gelo é utilizado para o transporte farmacêutico, produtos perigosos e alguns

produtos alimentícios. O sistema é a sublimação do contato entre o gelo e o ar.

Pacote de gelo: este sistema é usado para produtos farmacêuticos e medicinas

onde a temperatura oscila entre 2 e 8°C. Os pacotes de gelo contem sustâncias à

fase de mudanças que podem ir de estado liquido ao estado solido e vice-versa

para o controle do ambiente.

Placas frias: o funcionamento é quase igual que o pacote de gelo, mas elas são

cheias com um liquido e pode ser reutilizado muitas vezes. Podem ser utilizados

nos veículos de entrega para manter a temperatura constante durante curtos

períodos de tempo, para áreas sensíveis ao ruído ou para entregas a noite.

Nitrogênio líquido: uma substância especialmente fria, de cerca de -196 ° C,

utilizado para manter os pacotes congelados durante um longo período de

tempo. Esta tecnologia é especial para o transporte de cargas biológicas, tais

como tecidos e órgãos.

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Quilts: Peças isoladas que são colocados sobre ou em torno de mercadorias para

atuar como tampão de variações de temperatura e para manter a temperatura

relativamente constante.

Edredons: também pode ser usado para manter a temperatura de carga sensível à

temperatura ambiente, enquanto que as condições externas podem variar

substancialmente (por exemplo, durante o verão ou inverno).

Reefers. É o controle da unidade de transporte com temperatura controlada, o que

pode ser uma van, caminhão pequeno, um semirreboque ou um recipiente de

ISO padrão.

3.3.3.1 Sistemas de medição de temperatura

Segundo Baptista (2007), em seu livro Higiene e segurança alimentar no

transporte de produtos alimentares, e de acordo com o estabelecido na legislação

(Portaria nº 91/94), os instrumentos de medição de temperatura devem obedecer às

seguintes especificações:

O tempo de resposta deve em três minutos e atingir 90% da diferença entre

as leituras inicial e final;

O instrumento deve ter uma precisão de +/-0.5º, no intervalo de -20ºC a

+30ºC;

A precisão de medição não deve sofrer variações superiores a 0.3ºC durante

a operação à temperatura ambiente, no intervalo de -20ºC a +30ºC;

A resolução no visor do instrumento deve ser de 0.1ºC;

A precisão do instrumento deve ser verificada a intervalos regulares;

O instrumento deve possuir um certificado de calibração atualizado;

A sonda de temperatura deve permitir uma fácil limpeza;

Os termos sensor do instrumento de medição deve ser concebido de forma a

assegurar um bom contato térmico com o produto;

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O equipamento elétrico deve ser protegido contra efeitos indesejados devido

à condensação da umidade. O sistema deve ser igualmente robusto e à prova

de choque (ATP, 2003).

Em conclusão as flutuações na temperatura normalmente provocam condensação

ou umidade nos produtos armazenados e transportados o que é indesejável ou pode

desenvolver-se microrganismos, no caso de frutas e vegetais o desenvolvimento de

mofos e deterioração.

2.3.4 Umidade

Harvey (1995) apresenta que o controle da umidade relativa do ar no ambiente

pós-colheita é muitas vezes tão importante quanto o controle de temperatura. Em

algumas situações, os efeitos dos dois fatores são difíceis de separar por causa da

capacidade do ar para manter umidade, que varia com a temperatura.

Normalmente é necessária uma alta umidade do ar na câmara para evitar uma

excessiva perda e efeitos secundários como encolhimento ou enrugamento do produto.

Por outro lado umidade relativa muito alta pode estimular o desenvolvimento de

microrganismos. As umidades relativas recomendadas nas tabelas são as que foram

demonstradas na pratica serem suficientemente seguras no que diz respeito a

microrganismos, entretanto deve-se aceitar alguma perda de umidade.

Baptista (2007) afirma que no controle de umidade, apenas um conjunto limitado

de unidades é capaz de assegurar um determinado nível de umidade, quer através da

utilização de equipamentos de aquecimento auxiliares que reduzem a umidade, quer de

sistemas de recirculação da água da descongelação que permitem níveis superiores de

umidade.

Pereira (2011), a umidade demasiadamente baixa provoca perdas de água dos

alimentos, sendo que o produto vai perder peso também e perder características em

termos de qualidade. Assim também sucede quando a umidade relativa é muito elevada,

que favorece a multiplicação dos microrganismos, sendo que variações de umidade e

também de temperaturas, pode causar condensação da água nas superfícies dos

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alimentos. A velocidade de circulação do ar tem importância na medida em que ajuda a

manter uma umidade relativa uniforme em toda a câmara, assim como a temperatura.

Segundo Baptista (2006), a temperatura, assim como a umidade relativa, é o fator

mais importante a ter em conta e controlar, sendo que é muito importante saber as

temperaturas ideais a que diversos microrganismos patogênicos podem se desenvolver.

A partir desses dados, como os que se apresentam no quadro 2.3, nota-se que o

fator tempo durante o transporte é de grande importância frente sua forte influência de

crescimento microbiano, sendo responsável pela determinação de segurança e

inocuidade do produto alimentício.

Quadro 2.3Temperaturas mínimas, máximas e ótimas de patogênicos em alimentos.

Fonte Baptista (2006)

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2.4 Desafios logísticos na cadeia do frio

De todas as cadeias de suprimentos de produtos, a cadeia do frio é a que

apresenta maior desafio. Manter uma temperatura constante durante todas as atividades,

conforme os requisitos especificados, é muito complexo. Para garantir por completo

uma logística ótima da cadeia do frio para produtos sensíveis à temperatura, é

importante preocupar-se com os efeitos que determinam os agentes patógenos no

ambiente operacional durante cada um dos processos da cadeia do frio. Realizado

através de diferentes modelos de pesquisa, de modelo de controle e monitoramento, de

gestão, método e infraestrutura, além da integração, sintonização e visibilidade da

mesma.

2.4.1 Controle e monitoramento

O controle e o monitoramento da cadeia do frio envolvem o conhecimento das

propriedades dos produtos, a aplicação dos recursos e práticas relacionadas ao suporte e

a decisão, no qual o mapeamento dos pontos críticos e dos elos mais fracos ou gargalos

possam reduzir sua influência no desempenho da gestão da cadeia do frio (SILVA,

2010).

Ballou (2011), propõe um modelo (Figura 2.7) através do qual se analisa os

processos de controle e analogia nos sistemas de controle mecânico que são

normalmente usados. O autor incorpora a Teoria das Restrições, pois considera as

características comuns da logística e da cadeia do frio, buscando melhorar

continuamente para abordar a otimização dos processos:

Existência de atividades restritivas ou gargalos;

Presença de grande dinamismo e necessidade de manutenção do ritmo operativo;

Variabilidade, controle de parâmetros ou de limites (inferior ou superior);

Interdependência entre atividades de cada etapa da cadeia.

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Figura 2.7 Representação esquemática do processo de controle logístico

Fonte Ballou (2001)

O modelo com suas entradas no plano que indicam com o processo devem ser

projetados, as saídas são identificadas como um desempenho real que pode ser

comparado com o desempenho desejado do sistema (padrões ou metas) como, por

exemplo, temperaturas esperadas para os produtos. Os gargalos são identificados e

estabelecem novas prioridades de controle e busca a tomada de decisões para a

aplicação de uma ação corretiva como pode se reduzir o efeito da troca de calor em uma

etapa da operação.

A tecnologia da informação contribui com o monitoramento do fluxo físico

através da captação de dados, algumas técnicas usadas no controle, rastreamento ou

monitoramento da qualidade do produto, descritas no quadro 2.4:

Quadro 2.4 Técnicas de controle da cadeia do frio.

Técnicas de controle de

temperatura

Características

Etiquetas TTI Informação visual irreversível

Baixo custo

RFID Semi- Passiva Curta/Meia distância com registro

Baixo Custo

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RFID Ativos Longa distância em tempo real

Custo Meio

Redes de Sensores Longa distância com registro e tempo real

Custo meio

Ondas Acústicas -200°C até +400°C em tempo real

Custo Muito Alto

Fonte adaptada De Nextpoint 2012

Os benefícios da utilização de sensores com registro de temperatura dos produtos

perecíveis:

Segurança alimentar e de medicamentos;

Maior eficácia nas vacinas e medicamentos;

Melhor serviço ao cliente;

Logística mais eficiente;

Redução de inventario;

Redução de custos ao ter de menos deterioração;

Retiradas de produtos em mal estado.

2.4.1.1 TTI (TIME TEMPERATURE INTEGRATORS): a tecnologia de

monitoramento de vida útil, utilizando microtags.

Segundo Labuza; Fu (1992) TTI é um dispositivo de marcação que pode manter

uma distribuição de tempo-temperatura acumulada, para a qual um produto perecível

submetido, a partir do local de fabricação para a prateleira de exposição do ponto de

venda ou mesmo para o consumidor. Em outras palavras pequena etiqueta que é

colocada sobre a embalagem dos alimentos para medir o histórico da temperatura e

indicar uma mudança definitiva referente ao final de vida de prateleira, através de

integração dos efeitos de tempo e temperatura sobre os alimentos (SILVA, 2010).

O uso de TTI no controle da cadeia do frio tem sido aplicado com êxito em

diferentes produtos, inicialmente na indústria farmacêutica e recentemente na indústria

de alimentos (MASCHIETTI, 2010). Com a implementação de TTI, foram

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desenvolvidas estratégias no manejo do inventário dos produtos perecíveis passando por

enfoques tradicionais (FIFO- First In First Out, FSFO- First Spoiled First Out, SLDS –

Shelf Life Desition System, etc).

Os TTI podem-se classificar a partir dos componentes e princípios ativos do

produto. Os TTI físicos, respondem às trocas de temperatura, seus princípios estão

associados a temperaturas de fusão e velocidade na migração ou difusão do composto

sobre uma matriz (WANIHSUKSOMBAT, 2010). O TTI químico responde com uma

reação química catalisadora por temperatura. Alguns dos principais ativos associados

nesse tipo de TTI estão às reações de polimerização, reações de síntese ou degradação

dos compostos cromóforos (GALAGAN, 2008). Os TTI biológicos respondem a um

fenômeno biológico, como uma reação enzimática (BOBELYN, 2006), crescimento de

microrganismos ou à produção de metabolitos por microrganismos (ELLOUZE, 2008).

Os princípios da tecnologia TTI estão baseados em reações mecânicas, químicas,

eletroquímicas ou enzimáticas que sensibilizam de forma permanente.

A tecnologia TTI, do ponto de vista de gestão, classifica-se em três tipos de

dispositivos TTI, que existem de acordo com o tipo de informação que fornecem, em

comparação com o uso clássico aberto por datas impressas em unidades do produto

figura 2.8 (SAHIN, 2007).

Figura 2.8 Classificação de sistemas TTI a partir do tipo de informação proveniente

Fonte Adaptado SAHIN 2007

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Sahin (2007) examina as funcionalidades de TTI a partir do ponto de gestão das

operações usando 3 tipos de TTIs, e cria uma classificação de acordo com o tipo de

informação que fornece em comparação com o uso aberto clássico de datas impressas

em unidades de produtos.

O sistema TTI de tipo 1 parametriza a mudança de cor quando o crescimento

microbiano do produto atinge uma taxa especificada, a partir das condições de

temperatura sob as quais o produto foi mantido, o dispositivo indica instantaneamente a

qualidade microbiológica do produto.

O sistema TTI de tipo 2 proporciona informação contínua em tempo real sobre a

vida útil restante dos produtos, a partir das condições de temperatura sob as quais o

produto foi mantido. Inclui um sensor de temperatura acoplado com um relógio

permitindo que a relação tempo-temperatura seja gravada e armazenada na memória.

O sistema de tipo 3 fornece informações sobre os produtos frescos e uteis na taxa

de crescimento microbiano. Este sistema pode ser considerado como uma extensão ao

sistema TTI Tipo 1. Na prática, um sistema TTI Tipo 3 é muitas vezes sob a forma de

um dispositivo que é composto por múltiplos TTI

Apresentam-se em seguida alguns exemplos de etiquetas TTI figura 2.9.

Figura 2.9 Exemplos de etiquetas TTI

Fonte Silva et al 2010

2.4.1.2 Monitoramento a partir da Rádio Frequência

A identificação por Rádio Frequência (RFID) é uma tecnologia que permite a

identificação de objetos de uma forma totalmente automatizada via ondas de rádio. Essa

tecnologia emergente apresenta oportunidades para o sistema de monitoramento eficaz e

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eficiente (WANG, 2010). A tecnologia RFID pode ser utilizada para analisar grandes

quantidades de informação e disponibiliza-las aos sistemas internos e externos em

tempo quase real, o que é crucial para melhorar a qualidade das operações de negócios

(STANFORD, 2003).

No capítulo 4, o autor descreve com mais profundidade a tecnologia RFID

aplicada no controle e monitoramento, além de explicar com maior detalhe as

tendências tecnológicas associadas.

2.5 Regulamentações da cadeia do frio para alimentação

O Sistema nacional de vigilância sanitária engloba nos três níveis do governo:

federal, estadual e municipal. No nível federal, estão a Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (ANVISA) e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde

(INCQS/Fiocruz). No nível estadual, estão o órgão de vigilância sanitária e o

Laboratório Central (Lacen) de cada uma das 27 Unidades da Federação. No nível

municipal, estão os serviços de VISA dos 5561 municípios brasileiros, muitos dos quais

ainda em fase de organização (ANVISA, 2012).

ANVISA portaria 368/97

Todos os locais refrigerados deverão estar providos de um termômetro de

máxima e mínima ou de dispositivos de registro de temperatura

ANVISA RDC 275/2002

Há pelo menos 4 itens que reforçam, o monitoramento e registro da temperatura

em ambiente com controle térmico (frigoríficos, câmara, expositores etc.).

ANVISA RDC 216/2004

Existem mais de 5 itens identificados para acondicionamento, ingredientes,

transporte e distribuição que se complementam com: “A temperatura desse

equipamento deve ser regularmente monitorada”.

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ABNT NBR 14900:2002

Descreve os elementos de um Sistema de gestão da análise de perigos e pontos

críticos de controle – Segurança alimentar.

ABNT NBR 15635/2015

Boas Práticas para Serviços de Alimentação, requisitos de boas práticas

higiênico sanitárias e controles operacionais essenciais. Esta norma tem

requisitos no controle essencial a serem seguidos pelas empresas que desejam

comprovar e documentar a produção em condições de higiene sanitário

adequadas para o consumo humano.

ISSO 22000

Gestão de segurança alimentar, é uma norma internacional que define os

requisitos de um sistema de gestão de segurança de alimentos abrangendo todas

as organizações da cadeia alimentar, da "colheita à mesa".

No capítulo 3 o autor descreve a gestão da qualidade de frutas e hortaliças

associadas ao projeto.

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CAPÍTULO 3. GESTÃO DA QUALIDADE DE FRUTA E

HORTALIÇAS

Neste capítulo o autor centra-se na identificação e controle geral das possíveis

causas de perda da qualidade pós-colheita das frutas e hortaliças. Tópicos como

qualidade, cuidados e tecnologia pós-colheita, melhorias na qualidade e segurança de

frutas e hortaliças serão abordados.

O objetivo da indústria é transformar as matérias primas agrícolas, em alimentos

seguros, conveniente, de boa degustação e produtos nutritivos para os consumidores, de

uma forma rentável e sustentável.

Segundo a FAO (2003), as frutas e hortaliças são alimentos indispensáveis no

mundo porque contém muitas vitaminas e minerais, que cumprem toda uma serie de

funções no organismo: por exemplo, a vitamina A, mantém a saúde da vista e a

imunidade contra as infecções, vitamina B da energia do corpo, vitamina C e E com

propriedades antioxidantes além da quantidade de fibra. Ademais, são alimentos de

baixa densidade energética, isto é, com poucas calorias em relação ao volume da

alimentação consumida, o que favorece a manutenção do peso corporal saudável

(ROLLS, 2004).

Entre os anos 2003 e 2005 a produção mundial de frutas e hortaliças alcançou a

cifra de 1314 milhões de toneladas, no mundo o setor de frutas registrou por volta de

440 milhões de toneladas e o setor das hortaliças o registro foi de 884 milhões de

toneladas. A maior produtora de frutas e hortaliças no mundo é a China (35% da oferta

mundial), seguida da Índia (10%), a União Europeia (8,3%) e EE.UU. (5%) (ANIDO,

2010).

O conceito de frutas e hortaliças envolve vários atributos como a aparência

(frescor, cor, defeitos e deterioração), textura (firmeza, resistência e integridade do

tecido), sabor e aroma, valor nutricional e segurança dos alimentos.

A qualidade dos alimentos pode ser facilmente alterada em qualquer um dos

processos durante a embalagem, o transporte, o armazenamento até mesmo assim no

ponto de venda. Portanto, deve-se gerenciar a cadeia produtiva, enfatizando os

principais aspectos que interferem na qualidade do produto, como entregas mais

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rápidas, gerenciamento da cadeia do frio e o uso de embalagens melhoradas (CENCI,

S.A, 2006).

No Brasil é possível encontrar diversos tipos de frutas durante a maioria dos

meses do ano, sendo um país de grande extensão e de climas variados permite o cultivo

tanto de frutas como de hortaliças, e apesar de seu comercio interno tem perdas

significativas.

Segundo Chitarra; Chitarra (2005) as perdas pós-colheita podem ser definidas

como aquelas que ocorrem após a colheita em virtude da falta de comercialização ou do

consumo do produto em tempo hábil; ou seja, resultante de danos à cultura, ocorridos

após a sua colheita, acumulada desde o local da produção, somando-se aos danos

ocorridos durante o transporte, armazenamento, processamento e /ou comercialização

do produto vendável.

No ano 2001, foram colhidos 15 milhões de toneladas de produtos hortícolas no

Brasil, dos quais se estima uma perda aproximada de 5 milhões de toneladas, atingindo

29,3% de perdas. Estas perdas podem ter gerado para a sociedade um prejuízo de US$

1026 milhões, estimado com base nos preços médios do setor atacadista na Companhia

de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) em 2001 (VILELA;

LANA; MAKISHIMA, 2003).

Em geral, as frutas e hortaliças não são objetivo de preocupação por parte do

governo ou de seus órgãos reguladores, por ser rapidamente preparados e consumidos.

Mas agora, na atualidade com o passar do tempo estes produtos passaram ser

manipulados pela indústria, mudando o cenário. A preocupação pela segurança

alimentar publica cresceu, pois a operações de corte, lavagem e embalagem são feitas

manualmente aumentando assim a possibilidade de contaminação.

A qualidade das frutas e hortaliças depende de diferentes pigmentações vegetais

dos produtos, porém, a intensidade da cor depende diretamente da quantidade de

pigmentos encontrados, fatores tais como variedade, maturação e tipo de processamento

desempenham um papel importante na cor final (OETTER; REGINTANO; SPOTO,

2006).

A Evolução da qualidade durante o período pré-colheita dos produtos horto

frutícolas resuma-se no seguinte quadro 3.1.

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Quadro 3.1 Fatores pré-colheita que contribuem para a elaboração da qualidade

ÁREA DE DECISÃO

CONSIDERAÇÕES SOBRE O IMPACTO DAS

DECISÕES NA ELABORAÇÃO DA QUALIDADE

Ação sobre o genótipo

Desenvolvimento de novos genótipos (cultivares, clones,

porta-enxertos) pelo melhoramento tendo em atenção

atributos de qualidade; escolha, por parte do produtor, entre

os genótipos disponíveis. Afeta todos os atributos de

qualidade.

Instalação da cultura

O método de instalação da cultura e a densidade determinam

a intercepção de radiação e o microclima da vegetação.

Preparação do terreno. Tratamentos às sementes. Produção

de transplantes e transplantação. Afeta a uniformidade de

calibre e outros atributos de qualidade.

Gestão da energia

Resultam da fotossíntese, translocação de foto assimilados e

respiração. Luz, CO e temperatura. Relações fonte-receptor.

Influenciada pela densidade, poda e forma de condução,

monda de frutos, orientação das linhas, reguladores de

crescimento. Afeta o tamanho, cor, textura, composição

(sabor).

Gestão da água

Através das técnicas de mobilização do solo, rega, drenagem,

cobertura do solo. Afeta o tamanho, cor, composição (sabor),

vida pós-colheita

Gestão dos nutrientes

Através das técnicas de fertilização, rega, cobertura do solo.

Afeta o desenvolvimento de acidentes fisiológicos, tamanho,

cor, composição (sabor), vida pós-colheita.

Gestão das pragas e

doenças

Defeitos existentes na data de colheita, desenvolvimento de

doenças pós-colheita. Afeta a vida pós-colheita. Resíduos de

pesticidas. Segurança alimentar

Gestão da colheita

Determinação da data de colheita, estado de maturação ótima

na data de colheita, método de colheita. Afeta o tamanho, a

composição (sabor), capacidade de amadurecimento, textura,

susceptibilidade a danos mecânicos, vida pós-colheita.

Fonte do Domingos Almeida, (2005)

A evolução da qualidade durante o período de pós-colheita, representado na

Figura 3.1, tem critérios que determinam a qualidade mínima de venda (Qv), que são

mais rigorosos que os critérios para determinar a qualidade mínima de consumo (Qc),

pois é necessário um período de tempo (tc-tv) entre a compra e o consumo (PRUSSIA;

SHEWFELT, 1993).

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Figura 3.1 Evolução da qualidade durante o período pós-colheita

Fonte adaptado de Almaida de Prussia et al, 1993

A qualidade é influenciada pelas operações de colheita devido a: Ocorrência e

severidade dos danos mecânicos e outros estresses físicos; Eficiência na seleção de

frutas e hortaliças (aceitáveis e não aceitáveis); Temperatura da polpa dos produtos no

momento da colheita; Tempo que antecede o arrefecimento (ALMEIDA, 2006).

Os atributos da qualidade são considerados pela ocorrência de determinadas

características no produto, num determinado momento (de venda ou de consumo). Os

atributos de qualidade são normalmente classificados de acordo com o quadro 3.2.

Quadro 3.2 Classificação dos atributos de qualidade

EXTERNOS INTERNOS OCULTOS

Aparência (visão) Odor Salubridade

Sensação táctil Gosto Valor nutritivo

Defeitos Textura Segurança

Fonte. Almeida 2005.

A partir da tabela encontramos os atributos de qualidade externa que são aqueles

que são imediatamente observados na presença do produto, além de percebidos pelos

sentidos da visão e do tato. Os atributos de qualidade interna que são normalmente

percebidos apenas quando o produto é cortado ou consumido. Este atributo é decisivo

para uma experiência de consumo satisfatória e, por último, de qualidade oculta à

percepção que o consumidor tem destes atributos contribui para as suas decisões de

aceitação ou diferenciação de produtos (ALMEIDA, 2005).

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A depreciação da qualidade e de redução de longevidade varia com o tipo de

produto (quadro 3.3). Deve-se ter em conta para o sistema de manuseio, para atuar de

forma prioritária sobre os fatores decisivos.

Quadro 3.3 Principais causas das perdas pós-colheita e da depreciação da qualidade de

diferentes grupos de frutas e hortaliças

GRUPO DE PRODUTOS PRINCIPAIS CAUSAS DE PERDAS

QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS

Hortaliças de raiz, bolbo e

tubérculo (cenoura, beterraba,

cebola, alho, batata, batata-doce)

Danos mecânicos Cura incompleta

Abrolhamento Perda de água Podridões Danos

pelo frio (batata, batata-doce)

Hortaliças de folhas (alface,

espinafre, couves)

Perda de água Amarelecimento Danos mecânicos

Taxa de respiração elevada Podridões

Hortaliças de inflorescência

(alcachofra, couve-flor, brócolo)

Danos mecânicos Descoloração Perda de água

Queda de flores

Hortaliças de frutos imaturos

(pepino, courgette, berinjela,

feijão-verde, quiabo)

Podridão Sobrematuração à colheita Perda de

água Danos mecânicos Danos pelo frio

Frutos maduros (tomates, melões,

bananas, mangas, maçã, uva de

mesa, ameixa, pêssego)

Podridão Danos mecânicos Sobrematuração à

colheita Perda de água Danos pelo frio (alguns

casos) Alterações na composição

Fonte Kitinoja; Kader, (1995)

Frutas e vegetais são completamente diferentes da maioria dos outros produtos

que são armazenados resfriados (não congelados), pois, eles têm o processo de

respiração; por essa razão deve ser providenciada uma ventilação adequada. Durante o

armazenamento eles sofrem mudanças características de envelhecimento e excesso de

maturação nas frutas. Como todos os materiais vivos, frutas e vegetais variam muito de

uma espécie para outra, de um cultivar para outro e de amostras diferentes do mesmo

cultivar (ABIAF, 2008).

O controle temperatura e a umidade, como já foram numeradas no terceiro

capítulo, são de vital importância nesses produtos. Segundo a apostila Técnica da

ABIAF: Alimentos Congelados e Resfriados mostram-se (ANEXO A) parâmetros para

manter os produtos comerciais satisfatórias.

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3.1 Procedimentos para garantir a qualidade dos produtos

Existem diferentes fatores críticos de sucesso para a manutenção da qualidade

das hortaliças e frutas em diferentes etapas do manuseamento pós-colheita, quadro 3.4.

Quadro 3.4 Procedimentos para garantir a qualidade dos produtos

Procedimento

Garantia da qualidade dos produtos Frutas e hortaliças

Colheita

• Treinar os trabalhadores para a avaliação do estado de

maturação, seleção, manipulação cuidadosa.

• Proteger os produtos do sol

Operações na central

hortifrutícola

• À chegada, verificar, por amostragem, o estado de

maturação, qualidade e temperatura dos produtos.

• Programar a sanidade para reduzir a quantidade de

inoculo.

• Verificar os materiais de embalagem e contentores de

expedição para garantir que cumprem as especificações.

• Formar os trabalhadores na seleção (defeitos, cor,

tamanho), embalagem e outras operações na central.

• Inspecionar amostras aleatórias de produto embalado para

garantir que cumpre as especificações.

• Monitorar a temperatura dos produtos para assegurar um

arrefecimento completo.

• Comunicar com os inspetores, auditores e clientes, para

corrigir eventuais deficiências logo que são detectadas.

Transporte

• Inspecionar todos os veículos antes do carregamento, para

verificar a sua funcionalidade e limpeza.

• Formar os trabalhadores nos procedimentos adequados de

carregamento e localização de data loggers em cada carga.

• Manter registros de todos os carregamentos, como parte

do sistema de rastreabilidade

Manuseamento no

destino

• Verificar a qualidade do produto na recepção e transferi-lo

prontamente para uma zona de armazenamento adequada.

• Transportar sem demora os produtos da central de

distribuição para as lojas, num regime first in-first out, a

menos que o estado do produto aconselhe outra decisão.

Fonte Adaptado Almeida 2005.

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3.2 Segurança Alimentar

Segundo Pestana (2009), contrariamente a outros produtos alimentares que os

perigos microbiológicos são mais importantes, nas frutas e legumes os principais

perigos para a segurança alimentar referem-se a perigos químicos, de que são exemplo

os resíduos de produtos fito farmacêuticos usados na proteção das culturas contra

doenças, pragas ou infestantes, os metais pesados, as micro toxinas e, na alface e

espinafre, os nitratos, o que é confirmado pelos incidentes de segurança alimentar

relacionados com este setor.

Com vista nisso existem três classes de riscos: o primeiro deles é o risco

biológico, provocado por microrganismos (bactérias, vírus, protozoários e fungos)

transmitidos pelos alimentos; o segundo é o risco químico que resulta da presença de

produtos químicos tóxicos nos alimentos; e, por último, o risco físico que são a presença

de corpos sólidos estranhos aos produtos alimentares que possam provocar lesões.

Para garantir a segurança alimentar precisa-se a implementação dos seguintes

procedimentos: boas Práticas Agrícolas; Boas Práticas de Manuseamento ou Boas

Práticas de Processamento; Procedimentos-padrão para operações (Standard Operating

Procedures, SOP). SOP são referências escritas (protocolos) que descrevem uma

sequência de eventos necessária para desempenhar uma tarefa; Procedimentos padrão

para operações de sanidade (Sanitation Standard Operating Procedures, SSOP);

HACCP, Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (Hazard Analysis Critical

Control Points).

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CAPÍTULO 4. MONITORAMENTO A PARTIR DA RADIO

FREQUÊNCIA

Uma das estruturas mais delicadas na cadeia logística e da distribuição é o

controle da cadeia do frio, produtos refrigerados, congelados e perecíveis que dependem

do nível de temperatura no momento do armazenamento ou transporte a fim de

salvaguardar a integridade dos mesmos.

A partir disso têm-se desenvolvido diferentes tecnologias, mencionadas no

capítulo três, como controle e monitoramento dos produtos.

Nesse capítulo o autor centra-se na tecnologia RFID, que permite atuar em

tempo real ante situações que chegariam a afetar o produto, desde o início da

refrigeração ou congelamento, o armazenagem, transporte e varejos, até o cliente final.

A tecnologia é usada como monitoramento da temperatura e umidade dos produtos,

assim também como se podem observar as exposições do produto, e receber alertas

quando as informações estão fora do nível pré-programado.

Permite a tomada de decisões imediatas para atuar sobre o produto, buscando

evidenciar as principais características tecnológicas que influenciam no desempenho de

sistemas RFID, e como o conhecimento dessas características, quando associado ao

entendimento dos requisitos da aplicação, pode ajudar na seleção e determinação do

sistema RFID adequado para um projeto.

A tecnologia RFID surgiu a partir da década de 80 e funciona como uma rede de

identificação por rádio frequência, como alcance de distintas variáveis dependendo do

chip utilizado (NASSAR; VIEIRA, 2014). Demorando 60 anos para desenvolver-se de

forma a poder ser aplicada em larga escala (GUEDES; ARTUR, 2009).

O monitoramento de sensores com tecnologia RFID está revolucionando a

cadeia de suprimentos da indústria, mas um de seus benefícios mais tangíveis é a

capacidade de rapidamente observar os possíveis gargalos nos processos de envio e

recebimento. As novas tecnologias de monitoramento permitem que os usuários tenham

conhecimento sobre as condições de risco e os responsáveis da deterioração ao longo da

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cadeia do frio, para assim, aplicar ações corretivas e preventivas, evitando a perda do

produto (MYERS; NEWMAN, 2007).

A utilização do RFID na cadeia logística possui diferentes objetivos e

funcionalidades para as empresas, mas o mesmo intuito de oferecer suporte ao sistema

de informação. Encontram-se aplicações de RFID para controle de estocagem,

identificação de cargas e contêineres, monitoramento e rastreabilidade no transporte,

transferências de dados entre os participantes do processo logístico, entre outros

(NASSAR; VIEIRA, 2014). Há diferentes classes de características operacionais das

etiquetas de tecnologia RFID segundo o quadro 4.1.

Quadro 4.1 Classes de características e descrição das operacionais das etiquetas da

tecnologia RFID

Fonte de Batocchio (2011) adaptado de Harrison; Hodges (2004))

Segundo Technologies (2004), os sistemas RFID ativo e RFID passivo são

tecnologias fundamentalmente diferentes, enquanto ambos usam energia de radio

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frequência para comunicar entre uma etiqueta e um leitor, o método de alimentação das

etiquetas é diferente.

RFID ativa utiliza uma fonte de energia interna (bateria) dentro da etiqueta para

alimentar continuamente a etiqueta e seus circuitos de comunicação, ao passo que a

RFID passiva baseia-se na energia de RF transferido do leitor para a etiqueta.

Sistema RFID Ativos

O sistema RFID ativo é usado principalmente, em grandes produtos como na

indústria de contêineres de carga e grandes recipientes reutilizáveis que precisam ser

rastreados durante longas distâncias, tal como num compartimento de distribuição.

Operam em frequências de 455 MHz, 2,45 GHz ou 5,8 GHz e tem um alcance de leitura

que varia de 20 a 100 metros.

Existem dois tipos de etiquetas ativas: Transponders e beacons

Os Transponders são ativados quando recebem um sinal proveniente do leitor. A

etiqueta transmite seu ID único ao leitor. O transponder preserva a vida da

Bateria emitindo o sinal apenas quando ele está dentro do alcance do leitor.

(SABATER, 2006)

Os Beacons são utilizados no sistema de posicionamento em tempo real, emite

um sinal com um identificador único em intervalos predefinidos. Ao contrário

transponders, beacons não estão ligados pelo sinal do leitor. Em vez disso, eles

emitem sinais em intervalos pré-definidos. Dependendo do nível de precisão

exigindo localização, beacons pode ser configurado para emitir sinais a cada

poucos segundos, ou onze por dia.

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Sistema RFID Semi-Passiva

O microchip do circuito é alimentado por uma bateria, mas se comunicam através

do poder do leitor. O desenho permite melhorar o tempo de resposta da etiqueta, e

aumenta o alcance de leitura. Devido à sua fonte de energia, as etiquetas semi-passivas

são capazes de usar maior capacidade de memória e de incluir capacidades de

processamento adicionais.

Sistema RFID Passivo

A energia que alimenta o microchip é derivada do próprio sinal de RF emitido

pela antena do leitor e captado pela etiqueta, o nível de leitura da etiqueta passiva é

muito menor do que o ativo. (VITORIO, 2015)

A aquisição de dados em tempo real e os diferentes dados de qualidade sobre o

controle e monitoramento do produto permite uma visibilidade para a rede de

distribuição, que precisa de uma rede de dispositivos interconectados entre um sistema

de gestão central, pessoal capacitado, tecnologia adaptável e um modelo operacional

adequado, constitui uma arquitetura inteligente de monitoramento, conforme exemplo

da Figura 4.1.

Figura 4.1 Arquitetura inteligente de monitoramento

Fonte Adaptada pelo Silva 2010 de Delloitte 2006

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4.1 Métodos e critérios para seleção e aplicação de RFID

A tecnologia RFID tem grande potencial para inúmeras aplicações práticas em

várias áreas, como na logística, gestão da cadeia de suprimentos, manufatura e sistemas

de automação industrial. Entretanto, a escolha das características do sistema RFID

correta (para definir os tipos de etiquetas - ativa ou passiva -, frequência de operação,

quantidade e localização dos leitores RFID) para determinada aplicação não é trivial,

devido a grande variedade de possibilidades (MARQUES; RESENDE; PEREIRA,

2014).

Diferentes autores como Chao; Yang; Jen (2007) e Ngai et al. (2008) articulam

que existe uma falta de publicações relacionadas às metodologias de aplicação com

tecnologia RFID além de estudos em base empírica. Dressen (2004) apresenta diferentes

considerações com foco nos requisitos na aplicação que determinam a tecnologia

sugerindo algumas características importantes para a seleção correta dos componentes

em cada um dos casos, enumerando-as e expostas o quadro 4.2:

Tipo de etiqueta (Ativo ou pasivo);

Frequência de operação (LF, HF, UHF, Micro-ondas);

Tipo de acoplamento (Indutivo ou Backscatter);

Taxa de transmissão de dados;

Distância de comunicação;

Capacidade de memória;

Segurança;

Maturidade tecnológica;

Custo do leitor.

Quadro 4.2 Considerações para a seleção de tecnologia RFID

Etiqueta Passiva Frequência de

operação

Tipo de

acoplamento

Distância de comunicação

Típica (cm) Máxima(cm)

LF 124 ate 135 kHz Indutivo 20 100

HF 13,56 Mhz Indutivo 10 70

UHF 868 ate 928 Mhz Backscatter 300 10

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Taxa de

transmissão de

dados

Maturidade tecnológica Custo do leitor

Baixa Muito maduro Baixo

Alta Estabelecido Médio

Media Novo Muito Alto

Media Em desenvolvimento Muito Alto

Media Futuro Desenvolvimento Muito Alto

Fonte Dressem (2004)

A empresa ELEKTRONIK (2012), uma das principais especialistas em

distribuição de semicondutores na Europa, também aborda outros critérios semelhantes,:

materiais presentes no ambiente, quantidade de leitores, antenas e etiquetas, dimensão

dos componentes, robustez da etiqueta, requisito de anti-colisão, material da etiqueta,

temperatura do ambiente de aplicação, consumo de energia do sistema.

MOTOROLA (2011) expõe algumas perguntas feitas pelo autor como o objetivo

de proporcionar respostas a estas duvidas, com o fim de usar tecnologia RFID em cada

uns dos casos. Depois disto apresenta-se uma tabela como temas como: avaliações de

distâncias de leitura, características específicas e aplicações típicas das principais

frequências encontradas no mercado. Respostas como, por exemplo, a quantidade de

leitores e antenas, tipo de antenas (fixas ou móveis), posicionamento, frequência de

operação, distância de comunicação, entre outras. Aquelas perguntas servem como base

para o escopo desta pesquisa, onde pode ter algumas limitações.

4.1.1 Seleção segundo Frequência de operações

Segundo Pastana (2012), os sistemas RFID funcionam normalmente em bandas

de frequência ISM (Industry Sceintific Medical), sendo agrupados em três grupos no

quadro 4.3:

Micro-ondas 2, 45 Ghz Backscatter 300 ?

5,8 Ghz Backscatter 300 ?

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Quadro 4.3 Frequências, Características e respectivas localizações.

Fonte do Autor

4.1.1.1 Desempenho dos Sistemas RFID de Baixa Frequência (LF), Alta

Frequência (HF) e UHF.

Segundo Pastana (2012), afirma uma similaridade entre as características de

etiquetas LF e HF (Quadro 4.4), tudo isto, a partir de diferentes autores onde se mostra

um estudo comparativo, concluindo que não se evidencia diferenças de desempenho das

etiquetas. O que sugere que neste caso o desempenho dos mesmos não é um ponto de

partida para a escolha da tecnologia.

Quadro 4.4 Comparativo a partir de Referências Bibliográficas- Sistema RFID LF vs

HF, UHF

Características Distância de Leitura Desempenho em Proximidade a

massas metálicas e meios aquosos

Referencias LF HF LF HF UHF

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Gomez (2007) <10cm <1m

Muito Bom Bom

Baixo ou Ruim

Finzeller (2003) 0 a 15cm 0 a 1 m

Monarch (2006) Até 1m Até 1,5 m -

Magellan Tech (2006) 15 cm 1 m

Baixo ou Ruim

Lahiri (2006) <0,6m <1m -

Cunha (20__) <0,5 <1m Melhor

Disponível Media -

Características||

Referencias

Tamanho Custo de Tags

Cunha (20__) Grande Médio

Alto (varia

com espira

antena)

Alto ou Alto

+

Guedes (2009)

Monarch (2006) - -

Magellan Tech (2006) - -

Cravo (2007) - -

Características||

Referencias Normatização

Características de

Aplicação

Finzeller (2003)

Reservado

um range de

frequência

(ISM)

Reservado

um range de

frequência

(ISM)

Animal ID,

Controle de

Acesso,

imobilização

de veículos.

Bagagem

Aérea,

Cartões

inteligentes,

Bibliotecas,

controle de

acesso

Identificação

de Items

Guedes (2009)

Aceita em

todo o

mundo para

RFID

Aceita em

todo o

mundo para

RFID

Cunha (20__)

Controle de

Acesso,

Animais e

Rebanhos.

Controle de

acesso,

controle de

pagamento,

controle de

items,

lavanderias.

Gomez (2007) Controle de

Animais

Bibliotecas,

Hospitais.

Fonte. Adaptada pelo autor de Pastana (2012)

O problema de leitura, que ocorre na frequência de operação UHF em ambientes

que contem meios aquosos ou massas metálicas, é devido a diferentes dificuldades

causadas por interferências eletromagnéticas, que podem ser decisórias na satisfação

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dos requisitos fundamentais do projeto (PASTANA, 2012). Na figura 4.2 se apresenta a

variação de desempenho de sistema RFID em diversas frequências da presença de

massas metálicas e meios aquosos.

Figura 4.2 Desempenho Sistema RFID em meios aquosos e massas metálicas.

4.1.2 Seleção de uma antena para um sistema RFID

Segundo Sushim; Nemai (2010) as antenas são os filtros espaciais que guiam a

energia eletromagnética para um espaço livre ou vice-versa, para assim, permitir a

comunicação em um sistema de RFID.

A partir da lei de Faraday, quando uma antena é colocada em um campo

eletromagnético de variação em função ao tempo, tal que induz potencial elétrico nas

terminais da antena, esta age como um receptor.

Para esses autores se destacam (Quadro 4.5) diversas características que são

importantes na hora da selecionar uma antena para os diferentes projetos relacionado a

sistemas RFID.

Quadro 4.5 Diversas características que são importantes no momento da seleção de

uma antena em um sistema RFID

Características

Frequência de

Ressonância

São as frequências em que a antena recebe e/ou transmite

energia de forma mais eficiente em relação ao sistema

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Largura de Banda

(Bandwidth)

Faixa de frequências em torno da frequência de ressonância, nas

quais a eficiência da antena é próxima de 90% (-10dB). Esta

definição pode variar de acordo com requisitos de projeto.

Impedância

• A impedância da antena é a combinação de suas resistências

radiativa, resistiva e reativa.

• A impedância radiativa é responsável por absorver e/ou

transmitir energia eletromagnética, e é diretamente proporcional

ao tamanho da antena.

• A resistência resistiva é composta por parte indutiva e

capacitiva, absorvendo energia e a dissipando em forma de

calor, sendo indesejada no sistema.

Parâmetro de

Espalhamento

É uma estimativa sobre a eficiência da antena quanto à sua

transmissão e recebimento de energia. O 90% da onda incidente

é absorvida e apenas 10% é refletida.

Ganho

É a taxa que relaciona a potência transmitida por uma antena em

uma dada direção, com a potência transmitida por uma antena

isotrópica.

Padrão de Radiação Representação gráfica, no formato tridimensional, do padrão de

distribuição de energia radiada por uma antena.

Diretividade, Largura do

Feixe (Beamwidth)

A largura do feixe é tomada plotando-se o padrão de radiação do

lóbulo principal e encontrando-se o ângulo onde o nível de

energia cai para a metade da energia máxima (-3dB de Largura

de Feixe). Isto também determina a diretividade da antena.

Polarização

Uma onda eletromagnética emitida por uma antena tem

associada, sempre, um campo magnético e um campo elétrico

perpendicular entre si. A polarização da antena é definida como

circular ou linear, de acordo com a orientação do campo elétrico

a ela associado.

Fonte Adaptada pelo autor de Sushim et al. (2010)

4.1.3 Interferências Eletromagnéticas

Um fenômeno de interferência acontece quando duas ou mais ondas

eletromagnéticas com características diferentes se combinam para formar uma onda

completamente nova ou diferente (SUSHIM; NEMAI, 2010).

Os principais fenômenos segundo Sushim; Nemai, (2010) de interface são:

Múltiplos Caminhos: uma onda em propagação toma diferentes trajetórias

e, após a ocorrência de fenômenos como interferência, reflexão e outros,

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suas diversas partes se encontram novamente com fases diferentes, criando

áreas no espaço onde a onda resultante é fraca ou forte quando comparada

à onda incidente original.

Reflexão: Ocorre quando a área dos objetos na trajetória da onda é grande

em comparação ao comprimento da onda, fazendo com que a onda reflita

(como a luz no espelho).

Espalhamento (Scattering): Ocorre quando as áreas dos objetos na

trajetória da onda são pequenas quando comparadas ao comprimento da

onda, e o número de objetos é bastante grande, fazendo com que a onda

seja refletida em diversas direções.

Difração: Ocorre quando uma onda de radiofrequência encontra em sua

trajetória um objeto delgado, acertando-o e tendendo a sofrer um desvio

direcional.

Refração: Quando uma onda eletromagnética troca de um meio de

propagação para outro cuja densidade dielétrica é diferente, modificando

sua velocidade e direção.

Enfraquecimento (Fading): Ocorre quando a força do sinal de

radiofrequência varia com o tempo.

4.2 RFID aplicada na Área Indústria de alimentos

Um sistema integrado de tecnologia RFID e de sensores pode ser aplicado em

diversas áreas, tais como saúde, gestão da cadeia de suprimentos, operações militares,

monitoramento da vida selvagem e o ponto central deste trabalho cadeia do frio em

alimentos perecíveis.

Abad; Zampolli; Marco, (2007) discutem a habilitação de tecnologias para o

desenvolvimento de uma Tag Microlab com a flexibilidade do monitoramento de

alimentos durante a cadeia logística de frio. A realização do sistema inclui a integração

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de sensores físicos e químicos com capacidade de Rádio Frequência como comunicação

de identificação.

O primeiro ISO 15693 protótipos compatíveis da etiqueta semi-ativa, incluindo a

eletrônica de controle de baixa potência, RFID antena, sensores comerciais, memória e

uma película de fina bateria, é mostrado juntamente com o desenvolvimento de novas

placas de potência ultrabaixo, necessário para a aplicação do processo. Baseado no uso

de adesivo de condutor anisotrópico (ACA) flip chip tecnologia, para a integração em

sensores de gás flexível de substratos. Como a demanda por qualidade dos alimentos,

benefícios a saúde, e aumentam a segurança de análise duras sobre a inspeção de

produtos agroalimentares se tornaria obrigatórios (ZARE, 2014).

Segundo Sahin; Mohamed; Renaud (2007), um pensamento que também está

sendo cada vez mais demandada é rastreabilidade, o que exige não só inspeções

detalhadas, mas também a detecção sistemática, rotulagem e registro de parâmetros de

qualidade e segurança durante o arquivamento de toda a produção da cadeia

agroalimentar, das fazendas para as mesas dos consumidores. RFID tem sido

considerada a ferramenta mais importante para identificação e estabelecer um sistema

de rastreabilidade eficaz.

Segundo Ruiz-Garcia; Lunadei, (2007) a tecnologia RFID foi originalmente

desenvolvida para identificação de produtos de curto alcance, cobrindo tipicamente o 2

mm - 2 m alcance de leitura e tem sido aplicada com sucesso a logística de alimentos

perecíveis e a gestão no processo da cadeia de suprimentos.

No entanto, os recentes desenvolvimentos em hardware RFID equipados com

sensores de alargar sua gama de aplicação. Adição de sensores para as mesmas marcas

utilizadas para rastrear itens movendo-se através da cadeia de abastecimento também

pode alertar se eles não são armazenados na temperatura certa e prever a vida útil

remanescente. Há etiquetas ativas e semi-passivas que podem medir temperatura

(JEDERMANN; LANG; RUIZ-GARCIA, 2009), umidade (CHANG et al., 2009),

choque ou vibração (TODD et al., 2009)e luz (CHO et al., 2005).

Diferentes aplicações para o seguimento da cadeia do frio por meio RFID foram

relatados. A maioria são orientados para produtos perecíveis. O uso de modelos de

crescimento microbiano combina-se com informações RFID ativa, este permite a

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predição da segurança e qualidade dos alimentos microbiológicos, através do

monitoramento do meio ambiente, sem recorrer a uma análise maior. Assim as decisões

imediatas sobre a qualidade e ou segurança dos produtos frescos pode ser feita com base

em o perfil de temperatura da cadeia de abastecimento (RUIZ, 2010).

Alguns exemplos de aplicação foram do autor Fu et al. (2008) que propôs um

sistema de monitoramento na cadeia do frio usando RFID e rede de sensores sem fio

(WSN), programaram um sistema de rastreabilidade da cadeia do frio usando Nano-

Qplus WSNs e Labview, enfatizando a importância da rastreabilidade do histórico de

dados, bem com os dados de monitoramento em tempo real para facilitar a tomada de

decisão.

Os autores Yan; Lee (2009) monitoraram o fluxo e exigência de todas as fases na

logística de refrigeração, além de projetar uma solução de monitoramento e

rastreamento que consiste em etiquetas RFID, sensores de temperatura, módulos do

programa e especialmente sistema GPS para a cadeia do frio.

Segundo Ruiz-Garcia; Lunadei, (2010) a programação HACCP (Hazard Analysis

and Critical Control Point) requer medidas para garantir que os limites de controle

estabelecido não este sendo violados. Ogasawara; Yamasaki (2006) Relataram uma

solução de cadeia do frio que usa etiquetas RFID com sensores de temperatura

embutidos. Isso também introduziu um kit inicial de rastreabilidade gestão da

temperatura que contribui para a gestão de risco eficaz, permitindo facilmente a gestão

da temperatura constante durante todos os processos de transporte.

4.2.1 RFID aplicada em Hortaliças e frutas

As Frutas frescas e hortaliças são em geral, produtos altamente perecíveis que

requerem um controle na manipulação condicional em toda a cadeia, desde a produção

até o consumidor final, a fim de manter qualidade e segurança e incrementar a vida útil

do produto.

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A maneira como a tecnologia RFID funciona com sistemas de frutas e hortaliças

não é diferente de outras. Estão associadas com a comunicação: um sistema capaz de

detectar, gravar, comunicar, os dados logísticos e, aplicando a ciência para facilitar a

tomada de decisão, a fim de prolongar a vida útil, reforçar a segurança, melhorar a

qualidade, prestar informações e alertar sobre possíveis problemas.

A tecnologia associada ao sistema RFID são etiquetas de radiofrequência para

identificação e/ou para monitorar as propriedades do produto ou as condições

ambientais do produto ás quais estão expostas figura 4.3.

Figura 4.3 Etiquetas inteligentes usando RFID

Fonte autor

A partir da figura 4.3 pode-se indicar o procedimento de operação básica, a seguir:

1. Inicie o aplicativo para reconhecer as etiquetas na proximidade do RFID para

ler os dispositivos (Todo o controle pode ser executado a partir do aplicativo, sem a

necessidade de registro prévio).

2. Comece a instalação inserindo intervalos de medição de temperatura e

informações básicas sobre o produto e enviar instruções para as marcas designadas

(várias etiquetas são possíveis) por os meios de comunicação sem fio, a fim de começar

a gravação as temperaturas.

3. Organizar para o transporte das etiquetas juntamente com os lotes de produtos.

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4. Recolha as etiquetas no local de entrega.

5. Inicie o aplicativo para reconhecer as etiquetas, e, na proximidade do RFID ler

os dispositivos / escrita e obter a temperatura dados do histórico das tags designados

(várias etiquetas são possíveis) por meios de comunicação sem fio.

6. Verifique temperaturas anormais. Se um problema for encontrado, os detalhes

podem ser verificados em um gráfico de referência. Os dados podem também ser a saída

em formato de arquivo (OGASAWARA; YAMASAKI, 2006).

As etiquetas RFID são integradas em caixas ou paletes de material plástico, pelo

que é possível identificar unitariamente, sem distância de visão direta, cada um das

embalagens do produto (CAMARASA; MUÑOZ, 2009).

A tecnologia RFID permite a identificação a distância dos contêineres e paletes,

sem visão direta de onde vem embalagem, onde devem ir, bem como o seu fornecedor,

destinatário, e transporte do produto. São grandes as possibilidades de codificação de

informações no conteúdo das etiquetas RFID, que são integrados em contêineres e

paletes, evitando assim a alienação ou deterioração no processo de higienização,

limpeza e desinfecção.

Estudos feitos por Badia et al., (2015) usaram à combinação de RFID e Wireless

Sensor Network WSN, neste estudo utilizou-se etiquetas semi-passivas. Até 90 loggers

RFID semi-passivas foram instalados em cada câmara, as etiquetas são distribuídas em

quatro camadas ou alturas. Os marcadores foram fabricados pela Sealed Air (Nova

York, NJ, EUA), e dois tipos diferentes foram usados para marcar, o T700 Turbo (-30 °

C a 55 ° C) e o T702-B (-70 ° C a 80 ° C). Cada etiqueta opera na faixa de 13,56 MHz

(ISO 15693-3 compatível), no tamanho de um cartão de crédito, tem precisão de ± 0,5 °

C Dentro, KSW Microtec e ter os dois (Dresden, Alemanha) sensores de temperatura e

pode armazenar até 702 medições de temperatura. O resultado da pesquisa demonstrou

que o desempenho das etiquetas RFID e os nodos WSN foi em geral positivo, as perdas

de dados foram aceitáveis, permitindo a análise de temperatura dentro das câmeras. O

estudo foi uma tarefa difícil de realizar, devido à localização e as principais limitações

das etiquetas como capacidade de alcance e detenção de leituras pelo ambiente do

entorno.

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Outro estudo feito por Matinez (2009), em ajuda com a empresa Ecomovistand,

criou-se um desenho de unidades de embalagens ecológicas, que fazem o

armazenamento de dispositivos e suporte na exibição dos supermercados, chamados

MT. Trata-se de um produto inteligente mediante a incorporação de etiquetas RFID

ativas. O fluxo de dados está ligado a um sistema de informação chamado Megastand, o

que permite a realização de seguimentos dos MT na cadeia do frio principalmente de

frutas e hortaliças.

A continuação, o capítulo 5 apresenta a metodologia uma proposta metodológica

para a orientação na seleção e aplicação de um sistema RFID.

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CAPÍTULO 5 METODOLOGIA PARA A ORIENTAÇÃO NA

SELEÇÃO E APLICAÇÃO DE UM SISTEMA RFID

Neste capítulo o autor apresenta uma proposta metodológica (Figura 5.1) para a

orientação na seleção e aplicação de um sistema RFID, baseado nos conceitos

mostrados nos capítulos anteriores.

Figura 5.1 Proposta metodológica

Fonte Autor

Análise de

diferença de

médias

Hipótese de

razão de

variância

Analise Estatístico da variação de Temperatura

Entendimen

to do

Problema

Priorização

problemas

Análise de

funções

criticas

Definição dos Objetivos

Abordagens especifica à cadeia

de frio

Abordagens específicos de

Frutas e Hortaliças

Aplicação da tecnologia RFID

Definição de Requisitos(Questionamento)

Teste Caso Real

Validação (Tecnológica) Conclusões

Fas

e 1

Fas

e 2

Fas

e 3

Fas

e 4

Ente

nd

imen

to d

o p

rob

lem

a

An

ális

ed

e P

roce

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P

arte

s In

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de

Dad

os

Car

acte

riza

ção

do

Pro

ble

ma

Determinaç

ão de

Objetivos

Levantamen

to de

Soluções

Avaliação da gestão do

produto

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Esse trabalho é baseado na proposta metodológica feita por Pastana em sua tese

de mestrado "Metodologia para Aplicação de RFID em Automação: Estudo de Caso em

um Sistema de Gestão de Pneus" no ano 2012. Serviu para este projeto como guia, mas

com alterações na aplicação da cadeia do frio baseado em um sistema de tecnologia

RFID, abrangendo as principais questões abordadas pela literatura tanto para a seleção

das melhores tecnologias e quanto à aplicação no campo.

Além das diferentes fases se apresenta as fases e subfases versus questões a serem

consideradas (Quadro 5.1) para a seleção e aplicação de um sistema RFID, tratadas pelo

autor e apontado durante a pesquisa.

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Quadro 5.1 Fases e Subfases VS questões a ser consideradas na seleção e aplicação de um sistema RFID

Fonte Autor adaptado de Pastana (2012)

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A continuação o autor apresenta uma breve descrição de cada uma das fases.

5.1 Caracterizações do problema

A Caracterização do problema (Fase 1), tem como alvo levantar e entender o

problema da questão, para conhecer as diferentes dificuldades a serem enfrentadas

durante a realização do projeto de um Sistema RFID, nosso caso seria: como melhorar a

qualidade dos produtos (frutas) através do aprimoramento da cadeia do frio, mediante a

seleção, adaptação e emprego da tecnologia RFID?

Esta fase é de total importância porque leva a um correto entendimento para

chegar até a fase 2. Deve-se ter claro o problema e as diferentes soluções, estas últimas

tem que estar ligadas aos componentes tecnológicos e a normas técnicas.

Figura 5.2 Esquema Da Fase 1 da metodologia proposta

Fonte Adaptação Pastana 2012

Na figura 5.2 se encontra cinco atividades principais:

Entendimento do problema: é de vital importância na fase 1, pois foi feito

com o objetivo de gerar uma proposta geral dentro do projeto, a partir

dessa atividade se dividem duas subatividades: pesquisa bibliográfica e

estudo em campo. Dessas duas é importante analisar e descrever os objetos

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e materiais que serão identificados eletronicamente com que vão se

trabalhar, o processo da empresa, da cadeia do frio (Frutas) e da tecnologia

a estudar, visita ao local, entrevistas, ambiente de aplicação RFID na

cadeia e um mapeamento do estado atual da empresa. Entretanto, não se

tem um estudo de mercado apenas estudo tecnológico.

Identificação das partes interessadas: esta atividade está ligada ao estudo

de campo no local de trabalho (empresa Frutas Consul e Taggen), já que se

pretende que o projeto esteja vinculado com as diferentes empresas a

serem tratadas. Outro ponto interessante é fazer um Analise das Funções

Críticas de Sucesso fundamentais para alcançar o objetivo, garantindo o

desempenho e planejamento do projeto. Atividade ligada diretamente com

a priorização do problema, utilizando diagramas de processo na

determinação das partes interessadas (diagrama de círculo, tabela de

problema-impacto-soluções e tabela de problema chave).

Determinação dos Objetivos: nesta atividade se sintetiza o que o autor

pretende alcançar com a pesquisa. Os objetivos devem estar coerentes com

a justificativa e o problema proposto.

Priorização do Problema: nesta atividade se evidenciam os principais

problemas das partes interessadas chegando ao Levantamento de Soluções,

ligado diretamente à solução tecnológica de RFID.

5.2 Determinações de Requisitos

A Determinação de requisitos (Fase 2) na metodologia apresentada tem como

foco a seleção e a adaptação de um método para o analise da cadeia do frio, para a

manutenção da qualidade das frutas, através do emprego de um sistema RFID,

envolvendo a determinação de características para encontrar a melhor tecnologia em

uma determinada aplicação.

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Segundo Pastana, (2012), deve-se ter em conta diversas características na hora de

determinar a escolha de um sistema RFID (Fase 2), mas nesse trabalho não se expõe o

preço/custo que segundo Guedes; Artur (2009), seria um dos desafios para a

implementação de um sistema RFID.

Características como a maturidade da tecnologia e outros pontos importantes para

Jamali (2010) como a logística de obtenção além de outras (Figura 5.3), se tem

contemplado neste trabalho.

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Figura 5.3 Diversas características na hora de determinar a escolha de um sistema

RFID, questionamento fase 2.

Fonte Autor

•A necessidade de ler um ou mais de um tags deum só vez.

Um o mais tags por vez?

•Características relativas á fonte de energia (tagativo x tag passivo).

Qual é a Fonte de energia?

•Presença de massas metálicas , meios aquosos,madeira, corpo humano ou de outros animais.

Meios aquosos? Massas Metálicas?

•A precisão do conhecimento prévio dalocalização do tag – entendimento determinantepara a correta seleção de características dasantenas, bandas de frequência.

Qual vai ser a localização do tag?

•É determinante para a correta seleção de antenas,banda de frequência , necessidade de anti-colição, outros.

Qual é a Distancia de leitura?

•Escolher o melhor tamanho, peso e resistência(Termina, mecânica etc.) para o tag.

Qual é o tamanho, Resistência e peso do tag?

•Entendimento que permitem fazer a corretaseleção do tag (frequência , chip, normas, outros)

Qual é a quantidade de dados armazenados no chip?

•Estão relacionados à maioria dos componentes dosistema, sejam eles hardware ou software, sãodeterminantes para a seleção corretas dascaracterísticas dos tags, antenas e do sistema quesuporta os dados sob o gerenciamento.

Qual é o nível de segurança da informação?

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5.3 Levantamentos de Dados

Em Levantamento de Dados (Fase 3), o autor transforma os requisitos do projeto

em características de um sistema RFID (Figura 5.4), cada um dos requisitos

mencionados na fase 2 se relacionam diretamente com as características tecnológicas do

sistema.

Figura 5.4 Transformações dos requisitos do projeto em características de um sistema

RFID

Fonte Autor

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Segundo Pastana (2012), pelo elevado número de quantidades possíveis de

aplicações e variedade de informações bibliográficas, é possível que durante a fase 3

seja necessário a realização de dois tipos de testes específicos

No teste 1, comparação de equipamentos de precisão (termohigrometro e

termômetro) e etiqueta RFID ativas da Texas Instrument. Os resultados obtidos foram

feitos uma análise a partir da hipótese de razão de variância e, posteriormente, uma

análise de diferença de medias (GOMEZ, 2009). Usando um nível de confiança de 95%.

A análise de variância com dois fatores é definida com a razão de duas variáveis

independentes qui-quadrado, a partir de duas populações normais, divididos cada um

deles por seus respectivos graus de liberdade. Nestas condições, a razão de variância

pode-se expressar como:

𝐹 =𝑆1

2

𝑆22 (1)

Assim, aplicando os intervalos de confiança para as diferenças entre as medias

de duas distribuições normais com desvios-padrão desconhecidas e tamanhos de

mostras pequenas. Apresenta-se na equação 2.

P [(x̅1 − x̅2) − 𝑡∝

2+ √

𝑆

n1

2+

𝑆

n2

2≤ 𝜇1 − 𝜇2 ≤ (x̅1 − x̅2) + 𝑡∝

2

√𝑆

n1

2+

𝑆

n2

2] =

1−∝ (2)

Para a aplicação da fórmula anterior, é preciso calcula o valor de S, que é a

combinação do desvio-padrão das duas mostras. Apresentada na equação 4.

𝑆 = √(𝑛1−1) 𝑆1

2+(𝑛1−1) 𝑆22

(𝑛1+ 𝑛2−2) (3)

A partir do anterior, defina-se se existe diferença entre as medias dos

equipamentos.

No teste 2, aplicado as etiquetas em frutas (maça Gala, maça Fuji e pera Rocha).

Os resultados obtidos foram feitos a partir de um analise gráfico aplicados limites

superior e inferior determinados pela ABIAF.

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86

Depois disto, faz-se um analise a partir do histograma, representação gráfica de

distribuição de um conjunto de dados usado para apresentar a acumulação ou tendência,

além da forma de distribuição dos dados (Temperatura do Ar e Temperatura do produto)

(SANCHEZ, 2015).

A partir do anterior, analisa-se gráfico de frequência acumulada representação de

uma variável possibilitando uma análise do comportamento dos dados de forma mais

rápida e, assim, identificar algum padrão ou tendência dentro dos parâmetros

estabelecidos (CRESPO, 2012).

O teste paramétrico baseado na distribuição normal ou exponencial, dada a partir

do gráfico de frequência acumulada, é obtido sob as hipóteses sob a média da

população, surgindo a necessidade de certificar se essa suposição pode ser assumida.

Para dar suporte a isto, considera-se realizar o teste estatístico de Kolmogorov-

Smirnov.

Este teste observa a máxima diferença absoluta entre a função de distribuição

acumulada assumida para os dados, no caso a Normal, e a função de distribuição

empírica dos dados. Como critério, comparamos esta diferença com um valor crítico,

para um dado nível de significância. A partir do programa RStudio para verificar as

hipóteses onde observações seriam exponencialmente distribuídas.

No próximo capítulo vai se fazer o estudo de caso, para verificar a aplicação da

metodologia proposta.

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87

CAPÍTULO 6. ESTUDO DE CASO

O cenário de estudo neste capítulo consiste da utilização da metodologia já

mencionada, para a determinação de que tipos de tecnologias RFID vão ser usadas no

processo de automatização da cadeia do frio e dos dados técnicos de equipamentos

fornecidos pelas empresas.

Para a descrição do cenário é preciso de: região e clima; veículo de transporte;

carga transportada (frutas); e componentes tecnológicos de identificação por rádio

frequência (banco de dados, software computacionais, etc).

Região e clima

A região escolhida na caracterização do cenário foi à cidade de Campinas,

porque foi considerada metrópole, pela variedade de serviços oferecidos à população,

além de sua política de segurança alimentar. O clima é tropical, a temperatura média é

da ordem de 22°C. A umidade relativa do ar – média anual é de 72,1% (SEPLAMA,

2006).

Central de Abastecimento

CEASA Campinas conta com dois mercados (hortifrutigranjeiro), 5000 mil m²

de espaço, 920 permissionários (comerciantes), 66 mil toneladas de produto por mês

equivalente a US$45 milhões mensais e circulam 15 mil pessoas diariamente.

Veículo de transporte

O veículo usado para o transporte de frutas foram dois:

Maçã Gala e Maçã Fuji

O veículo de chegada de carga: Ford Cargo de 12 Toneladas

O veículo com saída de carga: Fiat Fiorino Furgão Fechado

Pêra Portuguesa

O veículo de chegada de carga: Volksvagen 24250

O veículo de saída de carga: Sprinter Refrigerada 15 graus Mercedes Benz

Carga transportada

A carga refrigerada transportada foram frutas (Maçã Gala. Maçã Fuji e Pêra

Portuguesa.). As temperaturas limites mínima e máxima respectivamente são de 0ºC até

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10-12ºC, (FAO, 1996), maximizando a vida útil do produto. O veículo foi abastecido

com uma massa ± 3500 kg, a câmara frigorífica do veículo tem a temperatura de 4°C.

Componentes tecnológicos de identificação por rádio frequência

Determinar os componentes que atendam às necessidades de um sistema RFID

básico e os que são fundamentais para possibilitar a transmissão dos dados, sendo estes:

a etiqueta (Tag), o leitor e o software de aquisição de dados.

Frutas Consul Campinas

Empresa Frutas Consul foi fundada no CEASA Campinas no ano 2004, tem

atualmente 14 empregados e tem 2 boxes (Box 14 e 15), mais três câmeras de

refrigeração.

Atualmente vende uma variedade de frutas vindas de todas as partes dos Brasil e

de outros países. As frutas de venda são: maçã, manga, melão, uva, melancia, kiwi,

pêra, morango, pêssego entre outras.

O site da empresa é: http://www.frutasconsul.com.br/campinas/

6.1 Aplicações da Metodologia Proposta

6.1.1 Fase 1. Caracterização do problema

A metodologia aplicada foi feita a partir das visitas em duas empresas.

Inicialmente na empresa especializada em RFID (Taggen), e no segundo momento na

empresa Importadora e exportadora de Hortifrutas (Frutas Consul) onde foi feito o

monitoramento durante o armazenamento da fruta até os diferentes supermercados.

A primeira visita foi feita para o conhecimento tecnológico (analise técnico do

equipamento usado) de um sistema RFID na cadeia do frio, já que é totalmente novo no

Brasil, sem aplicação conhecida até agora.

A visita na segunda foi de total importância, já que, a partir disto, ocorreram

reuniões com a equipe encarregada da analise logística, da gestão e da manutenção das

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89

frutas. O processo logístico foi mapeado, além da apresentação e análise dos principais

problemas logísticos durante o armazenamento e transporte do produto.

Importante enfatizar que as atividades (Figura 6.1) aplicadas foram feitas na

segunda empresa, mas o conhecimento empírico da primeira era importante na

aplicação do caso de estudo.

Figura 6.1 Caracterizações do Problema e Atividades

Fonte Autor

6.1.1.1. Entendimento do Problema

O armazenamento e transporte de mercadorias perecíveis sensíveis às variações

de temperatura, apresenta diferentes desafios. Requerendo acompanhamento contínuo e

rigoroso das variações da temperatura e, desta forma, manter a qualidade e a integridade

dos produtos pertencentes à cadeia do frio.

Os principais assuntos vividos pelos gerentes e administradores da cadeia do frio

é o rastreamento do produto (conhecer a variação de temperatura de cada item), por

exemplo, na seleção ou em outras operações logísticas, e não só ter os dados gerais.

FASE 1

Características

do Problema

Entendimento do Problema

Identificação de partes

Interessadas Determinação

de Objetivos

Analise de funções criticas

Priorização problemas

Levantamento de Soluções

Revisão Bibliográfica (Capítulo 2,

3 e 4)

Estudo em Campo na empresa

Frutas Consul, Campinas.

Mapeamento do Processo

Diagrama de partes interessadas

Tabela de relacionamento entre

problemas

Considerações sobre o Ambiente

de Operação

Descrição de Problemas Chaves

em relação com Sistema RFID

Atividades

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Em um sentido global o aumento de produção de frutas e hortaliças é uma

atividade de grande importância no comércio de vários países. De 1980 até o ano 2005,

houve um crescimento médio de 4,1%, em números, a produção foi de 324 milhões até

881 milhões por ano (FERRATO; MONDINO, 2008).

Segundo dados obtidos na tabela de comparação das exportações Brasileiras dos

anos 2010 e 2009 do IBRAF, afirmou-se que, no Brasil, houve um aumento

significativo entre os anos 2000 e 2010. As exportações de frutas frescas brasileiras em

2010 cresceram 8,96% em relação ao ano anterior, passaram de US$ 559 milhões para

US$ 609 milhões. Mas reduziram 2,69% em volume, caindo de 780 mil toneladas para

759 mil em 2010.

Nas importações de frutas frescas, o valor em 2010 também foi de incremento,

saindo de US$ 286 milhões para US$ 367 milhões (28,36%), enquanto o volume

aumentou 20,27% – passou de 311 mil toneladas para 374 mil toneladas (SECEX/

IBRAF, 2011).

O Brasil vem se consolidando com um dos maiores exportadores mundiais de

alimentos e a partir das mudanças econômicas, avanços tecnológicos e melhoramento

no sistema de transporte.

A figura 6.2 mostra o crescimento das exportações nos anos 2011 até 2015,

apresentando um crescimento de 13,45% no Reino Unido, 14,15% Espanha e se

mantém o valor em milhares de USD exportado para Portugal, Canadá, Emirados

Árabes e Argentina.

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91

Figura 6.2 Apresenta o crescimento das exportações nos anos 2011 até 2015

Fonte MARKET ANALYSIS AND RESEARCH (

Já para o Brasil, consolidado como um dos maiores exportadores mundiais, se

apresenta no quadro 6.1 quantidades e valores comercializados dentro do país sem

monitoramento dos diferentes produtos. Os dados foram obtidos através do SINAB

(Sistema de informações dos mercados de abastecimento do Brasil).

Quadro 6.1 Quantidades e valores comercializados dentro do país sem monitoramento

dos diferentes produtos

Hortícolas Quantidade

Comercializada Valor Comercializado

Frutas

Brasileiras 4.299.893.811 9.085.195.834

Importadas 289.626.246 1.352.252.725

Hortaliças

Folha, Flor e Haste 483.845.843 762.987.376

Fruto 1.841.811.352 3.631.715.744

Raiz, Bulho, TUB e Rizoma 2.194.163.733 3.311.258.523

Fonte. Conab/ Prohort 2015

A Comissão da Comunidade Europeia (CEE) (1992) no artigo 2 considera que

cada tipo de exportações de alimentos refrigerados e congelados requer rigorosidade de

050000

100000150000200000250000300000350000

Val

or

exp

ort

ado

, e

m m

ilhar

es

USD

Lista de mercados importadores de frutas exportadas pelo Brasil

Países Baixos

Reino Unido

Estados Unidos deAmérica

Espanha

Alemanha

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92

monitoramento e registro de temperatura no armazenamento e no transporte o tempo

todo de modo automático.

E assim, a tecnologia RFID torna-se como uma ferramenta ideal para monitorar

e gerenciar cargas dentro de cadeias logísticas, pois, a partir da aplicação da tecnologia

RFID se começa a controlar a cadeia do frio como uma sequência de processos

conectados entre si, pelo histórico de temperatura das cargas.

As etiquetas são instaladas nas diferentes caixas de frutas refrigeradas durante o

ciclo logístico: Armazenamento, áreas de transbordo, caminhões etc. A adequação do

sistema é feita a partir da necessidade das partes interessadas e fatores durante o

processo da cadeia, que são fundamentais do negócio que serão submetidos a controle

de acordo ao sistema RFID.

6.1.1.2. Analise de Processo e Partes interessadas

Depois de ter a contextualização e entender o objetivo da gestão de Frutas,

seguidamente se procede a realizar diferentes atividades:

Mapeamento do Processo

Diagrama de partes interessadas

Tabela de relacionamento entre problemas

Determinação dos fatores críticos de sucesso

Todas essas atividades são feitas para entender os problemas que se envolvem na

cadeia do frio dentro da empresa.

Apresentam-se a Figura 6.3 com o organograma da empresa e na Figura 6.4 os

resultados envolvidos na gestão de Frutas e Hortaliças na empresa Frutas Consul.

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93

Figura 6.3 Organograma Da Empresa

Fonte Autor

Supervisor Geral

Operário de Escritório

Operário de Escritório

Operário da Logística

Assistente de Vendas

Ajudante Geral (2)

Assistente de Vendas

Ajudante Geral (4)

Assistente de Vendas

Ajudante Geral (2)

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94

Figura 6.4 Gestão da cadeia do Frio da empresa Frutas Consul.

Fonte. Autor

Processo da Gestão da cadeia do

frio (Frutas e hortaliças)

(FRUTAS CONSUL)

Gestão de Tempo

Temperatura

Recepção do

Produto Compras

Seleção

Embalagem

Armazenamento

Informação

Software

Controle do

Produto

Distribuição

Logística

Processamento de

frutas

Transporte

Armazenamento

Refrigerado

Distribuição

Transporte

Refrigerado

Containers

Transporte Urbano

Transporte

Controlado

Clientes

Varejo

Restaurantes

Exportação

Cotação do

Produto

Comparação com

outra empresa

Solicitação de

Compra

Compra

Seguimento

Gerenciamento

da Temp.

Ações

preventivas

Geração de

Indicadores

Emissão de

Relatórios

Processo de

desperdícios

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95

A partir da figura anterior, foi feito um diagrama (Figura 6.5) das diferentes

partes Internas e Externas interessadas em cada um dos processos da empresa.

Figura 6.5 Diagrama das diferentes partes Internas e Externas interessadas em cada um

dos processos da empresa

Fonte Autor

Para atingir e enumerar os diferentes problemas da gestão de frutas e hortaliças

tomou-se como base o digrama anterior, com o fim de esclarecer e definir os problemas.

A Figura 6.6 apresenta a identificação de problemas, identificação das partes

interessadas, possível impacto sobre a qualidade do produto e as soluções de sucesso,

para atingir os problemas da gestão do produto.

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96

Figura 6.6 Identificação de problemas, identificação das partes interessadas, possível

impacto

Fonte. Autor

6.1.1.3. Considerações sobre o Ambiente de Operações

Devem utilizar-se equipamentos e procedimentos adequados para verificar o

ambiente em que os produtos, nesse caso Maçã Gala, Maçã Fuji, Pêra Rocha são

armazenados e transportados em condições de temperatura controlada, o que quer dizer

que cada caminhão e câmara de armazenamento têm sistema de refrigeração. Devido a

isto os fatores ambientais a considerar são: a temperatura do ar, a temperatura e

umidade do produto. As Etiquetas RFID têm sensores que medem e registram a

temperatura de produtos sensíveis, permitindo que o histórico seja verificado a qualquer

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97

momento por meio de um smartphone. A etiqueta é fixada ao produto a ser monitorado

e acompanha o produto, desde o armazenamento até o supermercado.

Os ambientes de operações ao qual estão associados aos elementos cuja base é a

tecnologia RFID são:

Pelo Produto embalado em caixa de madeira ou cartão o beacon ou

etiquetas submeta-se a condições diversas.

Pelos componentes do sistema de refrigeração (condensador e

compressor).

E pelo ambiente o qual o produto é colocado, as condições particulares

de conservação constam do acondicionamento, conservação entre 1°C a

8°C, cuja conservação deve ser efetuada em frigoríficos ou câmaras de

refrigeração.

A seleção do sensor para obter a medida e a emissão emitida pela antena é

configurada pelo usuário baseada nas condições de temperatura máxima, mínima ou

média do sensor. De todos os fatores que podem afetar a precisão do transmissor, as

condições ambientais são as mais difíceis de controlar. Entretanto, há maneiras de se

reduzir os efeitos da temperatura, umidade e vibração, a partir da localização dos

produtos.

Apresentam-se na próxima atividade as restrições gerais de um sistema RFID

pelo ambiente com as características que foram expostas.

6.1.1.4 Descrição de Problemas Chaves em relação com Sistema RFID

No quadro 6.2 apresenta-se as descrições dos problemas relacionados aos

componentes RFID no ambiente selecionado a partir a identificação de problemas

achados na figura 6.6.

Cada um dos problemas selecionados anteriormente está interligado aos

componentes de correta seleção de um sistema RFID dentro de um sistema operacional

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98

logístico, mais especificamente de gestão dentro da cadeia do frio (controle de

temperatura) dos produtos específicos.

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Descrição do Problema Prioridade Relação das Partes

Interessadas

Observações

Redução de perdas por decomposição Alta Operário da

Logística

Permite uma vida mais longa do produto (pelo menos até a data

de validade) e melhoramento dos métodos de manipulação do

produto

Segurança na cadeia logística Alta Operário da

Logística

A partir do registro histórico de temperaturas da carga, durante

todo o ciclo, é possível determinar a adequação dos processos de

transporte e armazenamento das cargas e da qualidade da

mercadoria, levando em conta os efeitos da temperatura no

material transportado.

Redução de produtos parados Alta Operário da

Logística

A redução de produtos parados é de vitalidade, mas não depende

diretamente da tecnologia, mas sim com as vendas realizadas pela

empresa.

Agilidade no Processos de Trabalho Alta Supervisor Geral Agilidade na carga de caminhões e meios de transporte com o fim

de abastecer a os compradores e clientes o tempo inteiro.

Emissão de relatórios Alta Supervisor Geral Realização de emissão de dados na hora que o funcionário precise

deles, ou seja, acompanhamento on-line das condições ambientais

de cada carga

Integração da cadeia do frio Alta Supervisor Geral

e Operário da

Logística

A integração de processos de rastreamento de cargas via RFID

com sistemas de gestão de armazéns, garantem a adequação das

condições térmicas de uma carga ao longo da cadeia do frio.

Agilidade na entrega do produto Alta Assistente de

vendas e Operário

da Logística

O produto que está sendo comprado é exatamente o que está

sendo entregue e maior agilidade no processo logístico

Rapidez na identificação e localização

do produto

Alta Operário da

Logística

Saber a localização exata de produtos presta a finalidades

diversas: monitoramento do produto, controle de estoques em

trânsito, rastreamento origem-destino e mitigação de riscos de

ruptura da cadeia.

Quadro 6.2 Descrições dos problemas relacionados aos componentes RFID no ambiente selecionado

Fonte Autor

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100

Uma vez caracterizado o problema, a Fase II da metodologia pode ser aplicada. A

próxima seção apresenta esta aplicação.

6.1.1 Fase 2. Determinação de Requisitos

O Número de Etiquetas a usar

Toma-se como o desvio padrão S = 1,61 a partir do trabalho “Otimização Dinâmica da

Logística de Distribuição de Produtos Alimentícios Refrigerados e Congelados” por

CARVALHO (2013) onde se analisou e fez o registro de dados a partir do programa

CoolVan, já que os fatores de tempo e temperatura podem ser similares aos usados nesta

dissertação.

Discute-se a determinação do tamanho da amostra n (quantas etiquetas se usam para

os dados especificados, nesse caso para uma carga de 12,000kg) a partir da fórmula:

𝑛 = (Z∝/2∗S

σ)

2

(4)

Onde:

Zα/2= Quartil da distribuição normal

α= Nível de Significância

σ = Grau de confiança

S= Desvio Padrão

Logo:

𝑛 = (1,64 ∗ 1,6

1º)

2

= 6,97

No entanto, para o estudo de monitoramento do teste será usada uma carga de ± 3500

kg, ou seja, aproximadamente 2 etiquetas, levando em consideração os cálculos realizados

pela pesquisadora.

De acordo com os cálculos de grandeza diretamente proporcionais, usando a relação

de proporção direta a partir dos valores, verificou-se a necessidade de usar dois tags: Tag

AtivoTexas Instrument CC2650STK (Quadro 6.3).

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101

Quadro 6.3 Determinação de Requisitos

Determinação de

Requisitos

Descrição Tag Ativo Texas Instrumento

CC2650STK

Desenho

A leitura é de uma ou mais

Etiquetas por vez?

A Leitura dos tags não precisa de contato visual para

ser lido e ainda não precisam ser lidos vários ao mesmo

tempo.

Pode-se fazer leitura de mais de um tag em um só

smartphone.

Qual é a Fonte de energia?

SensorTag é alimentado por bateria de Litio, o tempo

de duração é de 10,58 anos.

Existem Meios aquosos no

ambiente de uso?

Por ter uma troca de ar no ambiente, ocasiona pequenas

gotas no aparelho.

Existem Massas Metálicas

no ambiente de uso? Não existe presença.

Existe presença de madeira

no ambiente de uso?

Tem paletes por perto do carregamento feitos de

madeira.

Qual vai ser a localização do

tag?

A localização da etiqueta vai ser conhecida, vão ser

colocados especificamente na superfície das caixas que

finalmente é a temperatura recebida pelo produto.

Qual é a Distância de leitura? 430 pés

Tem sensor de Temperatura

ambiente e do produto?

Suporta temperatura desde –40°C até 125°C,

Tem sensor de termopilha IR que mede a temperatura

de um objecto directamente. termopilha integrado

absorve energia infravermelha do objecto no campo de

visão. O dispositivo digitaliza a voltagem da pilha

termoeléctrica e , em seguida, fornece -o e a

emperatura da matriz como entradas para o motor

matemático integrado.

Tem sensor de Umidade? Contém sensor de umidade digitais calibrado de fábrica

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102

com um sensor de temperatura integrado que fornecem

medições precisas de energia muito baixas

Qual é a quantidade de dados

armazenados no chip?

Armazenam os dados básicos, no caso os intervalos de

temperatura e o número de identificação.

Armazenamento de 4 M-bit da Serial Flash Memory

Qual é o nível de segurança

da informação?

O nível de segurança é alto porque só o usuário tem a

possibilidade de conexão.

A conexão é através da nuvem com o sensor do

Bluetooth Smart ® os dados estarão on-line em apenas

3 min.

O usuário pode ver os dados a partir de o aplicativo

SensorTag.

Qual é o tamanho,

Resistência e peso do tag?

O tamanho é de:

4,2 cm x 3,2 cm

Fonte Autor

6.1.3 Fase 3. Levantamento de Dados

Na fase 3 se faz levantamento dos dados. Para medir a temperatura e umidade das

frutas.

6.1.3.1 Teste de Comparação do Termômetro e a Etiqueta (verificação de dados)

Antes de fazer os testes o autor fez uma comparação no momento do armazenamento

com equipamentos, sempre usados no registro de temperatura, a fim de verificar a etiqueta

Ativa Texas Instrumento CC2650STK.

Foi simulado em uma câmera de armazenamento de 4°C no Centro de Embalagens

(CETEA) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL).

Foram usados:

Tag Ativo Texas Instrumento CC2650STK

HOBO Termohigrômetro Testo 145H1(Anexo B)

Termômetro FLUKE modelo 62 mini (Anexo C)

10kg de Pêra Portuguesa

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103

O teste foi realizado com intervalos de medição a cada 2 minutos. Num período de

avaliação de aproximadamente 3 horas, com um total de 96 dados de temperatura do ar,

temperatura do produto e umidade relativa por tempo, apresentado na Figura 6.7.

O erro do Termohigrômetro está dado pela medida de 0,575+(0,9852+X) e o erro do

termômetro está dado pela medida y= 0,991x+0,407, a calibração é realizada por comparação

com um padrão em meio termostático e expressada em média das leituras efetuadas. Foram

calibradas pelos Laboratórios de Metrologia Visomes, certificado de calibração N. LV43774-

15-RO para o termohigrômetro e N. LV50636-12-R1 para o termômetro.

Figura 6.7 Medição termohigrômetro, termômetro e tags

Fonte Autor

Os dados de tempo e temperatura praticados no roteiro foram analisados em Excel.

Ver registros de resumo no Quadro 6.4 (ver Apêndice A).

Quadro 6.4 Resumo Histórico da Comparação de Temperatura do Ambiente, Temperatura e

Umidade Relativa do Produto (Pera Rocha)

Termômetro

N. dados Temperatura

Ambiente (°C)

Temperaturd

o Produto(°C)

Umedade

(%rH)

Temperatur

a do

Ambiente

(°C)

Umidade

(%rH)

Temperatura

do

Produto(°C)

1 13,2 6,0 41,8 16,7 51,9 6,1

2 11,7 4,7 72,8 12,0 72,6 4,7

3 10,4 4,8 78,3 8,3 78,4 5,0

4 9,7 2,4 83,7 6,3 81,3 2,5

5 9,0 2,0 82,4 6,3 82,6 2,2

6 8,3 1,8 81,8 6,6 81,2 2,0

7 7,7 1,6 84,2 7,6 93,1 1,7

Tag Ativo CC2650STK Termohigrometro

Fonte Autor

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104

As Figuras 6.8, 6.9 e 6.10 apresentam a análise de comportamento através do tempo, a

partir de dois instrumentos de precisão, comparados com a etiqueta usada no teste. Foi feita

uma análise a partir da hipótese de razão de variância e, posteriormente, uma análise de

diferença de medias. Usando um nível de confiança de 95% para cada teste, ou seja, t∝/2 =

1,97.

Comparação de Temperatura do Ambiente

A Figura 6.8, apresenta a variação a partir dos dados tomados entre os dois

equipamentos (tag e Termohigrômetro HOBO) verificando a temperatura do ambiente.

Figura 6.8 Variações, a partir dos dados tomados entre os dois equipamentos (tag e

Termohigrômetro HOBO)

As duas hipóteses formuladas foram:

Ho : σ1 2 / σ2

2 =1

H1 : σ1 2 / σ2

2 ≠ 1

Essas hipóteses foram repetidas para os outros dois tratamentos, ou seja, para análise

de variação da temperatura do produto e umidade relativa.

A partir do teste feito, a Figura apresentada mostra um padrão de comportamento

muito similar entre as duas linhas, e foi aceita a hipóteses nula, já que os valores já foram

verificados a partir da equação 1.

𝐹 =3,90

3,64= 1,07

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 85 89 93

TAG

Termôhigrometro

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105

Assim, assume-se igualdade de variância para o equipamento de precisão e o tag

usado a seguinte expressão a partir da equação 2.

Como temos evidencia estatística de igualdade de variâncias procedemos avaliar a

hipótese de diferença de médias:

Ho = A média da temperatura do Ar em os dois grupos é igual

H1 = A média de temperatura do Ar é diferente para os dois grupos

Verificados a partir da formula 2 e 3

𝑆 = √(96 − 1)3,90 + (96 − 1)3,64

(96 + 96 − 2)= 1,94

P [(4,72 − 4,88) − 1,97 + √1,94

96+

1,94

96≤ 𝜇1 − 𝜇2 ≤ (4,72 − 4,88) + 𝑡∝

2

√1,94

96+

1,94

96]

Portanto:

𝑃(−1,93 ≤ 𝜇1 − 𝜇2 ≤ 2,01) = 0,95

Como o 0 pertence ao intervalo de confiança conclui-se que existe evidência

estatística para aceitar a hipótese nula, ou seja, que há igualdade entre as médias e, portanto,

não há diferença entre as leituras da etiqueta ativa e o Termohigrômetro HOBO.

Comparação de Temperatura do Produto

A Figura 6.9 apresenta a variação, a partir dos dados tomados entre os dois

equipamentos (tag e Termômetro FLUKE) verificando a temperatura do produto.

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106

Figura 6.9 Variação, a partir dos dados tomados entre os dois equipamentos (tag e

Termômetro FLUKE)

As duas hipóteses formuladas foram:

Ho : 𝜎1 2/ 𝜎2

2 =1

H1 : 𝜎1 2 / 𝜎2

2 ≠ 1

Essas hipóteses foram repetidas para os outros dois tratamentos, ou seja, para análise

de variação da temperatura do produto e umidade relativa.

A partir do teste feito, a Figura apresentada mostra um padrão de comportamento

muito similar entre as duas linhas, e foi aceita a hipóteses nula, já que os valores da foram

verificados a partir da equação 1.

𝐹 =0,35

0,35= 1

Assim, assume-se igualdade de variância para o equipamento de precisão e a etiqueta

usada a seguinte expressão a partir da equação 2.

Como temos evidencia estatística de igualdade de variâncias procedeu avaliar a

hipótese de diferença de médias:

Ho = A média da temperatura do produto em os dois grupos é igual

H1 = A média de temperatura do produto é diferente para os dois grupos

Verificados a partir das equações 2 e 3.

𝑆 = √(96 − 1)0,35 + (96 − 1)0,35

(96 + 96 − 2)= 0,59

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 85 89 93

TAG

Termômetro

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107

P [(2,19 − 2,25) − 1,97 + √0,59

96+

0,59

96≤ 𝜇1 − 𝜇2 ≤ (2,19 − 2,25) + 𝑡∝

2

√0,59

96+

0,59

96]

Pelo tanto:

𝑃(−1,92 ≤ 𝜇1 − 𝜇2 ≤ 2,02) = 0,95

Como o 0 pertence ao intervalo de confiança conclui-se que existe evidência

estatística para aceitar a hipótese nula, que há igualdade entre as médias e, portanto, não há

diferença entre as leituras da etiqueta ativa e o termômetro FLUKE.

Comparação da Umidade Relativa

A Figura 6.10 apresenta a variação de umidade, a partir dos dados tomados entre os

dois equipamentos (tag e Termohigrômetro HOBO) verificando ao produto.

Figura 6.10 Apresenta a variação de umidade, a partir dos dados tomados entre os dois

equipamentos (tag e Termohigrômetro HOBO)

As duas hipóteses formuladas foram:

Ho : 𝜎1 2/ 𝜎2

2 =1

H1 : 𝜎1 2 / 𝜎2

2 ≠ 1

Essas hipóteses foram repetidas para os outros dois tratamentos, ou seja, para análise

de variação da umidade relativa.

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 85 89 93

TAG

Termômetro

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108

A partir do teste feito, a Figura apresentada mostra um padrão de comportamento

muito similar entre as duas linhas, e foi aceita a hipóteses nula, já que os valores da foram

verificados a partir da equação 1.

𝐹 =42,80

37,34= 1,14

Assim, assume-se igualdade de variância para o equipamento de precisão e a etiqueta

usada a seguinte expressão a partir equação 2.

Como temos evidência estatística de igualdade de variâncias procedeu avaliar a

hipótese de diferença de médias:

Ho = A média da umidade em os dois grupos é igual

H1 = A média da umidade é diferente para os dois grupos

Verificados a partir da equação 2 e 3

𝑆 = √(98 − 1)1,14 + (98 − 1)1,14

(98 + 98 − 2)= 0,077

P [(84,4 − 85,2) − 1,97 + √0,077

96+

0,077

96≤ 𝜇1 − 𝜇2 ≤ (84,4 − 85,2) + 𝑡∝

2

√0,077

96+

0,07

96]

Pelo tanto:

𝑃(−2,7 ≤ 𝜇1 − 𝜇2 ≤ 1,2) = 0,95

Como o 0 pertence ao intervalo de confiança conclui-se que existe evidência

estatística para aceitar a hipótese nula, que há igualdade entre as médias e, portanto, não há

diferença entre as leituras da etiqueta ativa e o Termohigrômetro HOBO..

6.1.3.2 Teste Piloto, Fruto Interestadual.

Produto: Maçã Gala e Maçã Fuji

Lugar de procedência: São Marcos, Rios Grande do Sul

Chegada: Frutas Consul, (CEASA, Campinas)

Hora de chegada: 8,34 AM

Temperatura Interna do Caminhão: 4°C

Observações:

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109

No primeiro teste, as etiquetas foram colocadas em duas caixas de maçã (fuji e gala)

na parte superior das caixas (CC2650STK) em contato direto com o produto. A primeira

etiqueta com ID bo: b4:48: 00 e o ID 68: C9:, com intervalos de medição de 2 minutos. Num

período de avaliação de aproximadamente 5 horas, com um total de 146 dados de temperatura

e umidade por tempo, apresenta na Figura 6.11 (No quadro 6.5 é mostrado parcialmente os

resultados).

Figura 6.11 Direita Maçã Gala, Esquerda Maçã Fuji

Fonte Autor

Os dados do tempo e temperatura praticados no roteiro foram analisados em Excel.

Ver registros de resumo no Quadro 6.5 com algumas imagens do software usado para seu

monitoramento. (Ver Apêndice B e C).

A rota foi mapeada de acordo com a Figura 6.12. Começando desde a cidade de São

Marcos Rio Grande do Sul (sem monitoramento RFID), chegando à CEASA e posteriormente

saindo para a frutaria (14,3 km, aproximadamente 15 min) dentro da cidade de Campinas .

Figura 6.12 Mapa da Rota CEASA até a Frutaria

Fonte: Google Maps

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110

Quadro 6.5 Resumo Histórico de Temperatura do ambiente, Temperatura e Umidade

Relativa de Maçã Gala

Empresa Frutas Consul

Equipamiento Usada CC2650STK Tag BO B4 48 C 9

Tempo Inicial 08.34AM Temperatura In 4°C

Tempo Final Temperatura

Final 15,3°C

Produto Maçã Gala

Quantidade

Transportada 295 caixas (18kg)

Imagen

N. dados Horario

Temperatura

Ambiente

(°C)

Temperatura do

produto(°C)

Umidade

ambiente

(%rH)

14 9:00 11,6 3,9 48,4

44 10:00 5,5 0,4 50,9

74 11:00 0,6 0,7 65,9

89 11:30 0,8 0,3 71,8

104 12:00 0,4 0,4 67,5

119 12:30 1,2 0,3 78,9

134 13:00 11,2 4,0 83,0

Fonte Autor

Os resultados podem ser vistos a cada minuto, observados a partir do aplicativo

Simplelink Sensor Tag (Figuras 6.13 e 6.14).

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111

Figura 6.13 Controle Sistema RFID para Temperatura Maçã Gala

Fonte Autor

Figura 6.14 Controle Sistema RFID para Temperatura Maçã Fuji

Fonte Autor

A partir das duas figuras pode-se afirmar que, durante a maior parte do tempo

transcorrido, a temperatura está dentro dos limites determinados pela ABIAF (2008). Pode-se

dizer que quando a temperatura está acima dos limites, segundo CARVALHO, NOVAES,

LIMA (2013) é devido às esperas excessivas nas plataformas de embarque, pois no processo

de carga e descarga à troca de ar, ou seja, a partir da abertura e fechamento das portas, que

eleva a temperatura do produto além do permitido.

A umidade observada durante o tempo pode-se observar nas Figuras 6.15 e 6.16.

-5,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

1 20 39 58 77 96 115 134

Tem

pe

ratu

ra (

°C)

Tempo (Min)

Temperatura Ar

Temperatura doObjetoL Sup.

L. Inf.

-5,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

1 20 39 58 77 96 115 134

Tem

pe

ratu

ra (

°C)

Tempo (Min)

Temperatura Ar

Temperatura doObjeto

L Sup.

L. Inf.

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112

Figura 6.15 RFID para Temperatura Maçã Fuji Figura 6.16 Controle RFID da Umidade Maçã Fuji

Fonte Autor Fonte Autor

Temperatura do Ambiente Maçãs Gala e Fuji

A temperatura média do ambiente calculado para os dados fornecidos foi de µ= 5,7

°C. As Figuras 6.17 e 6.18 apresentam o histograma de temperatura desde o armazenamento

da fruta até o supermercado, mostrando uma concentração das temperaturas do ar de 1°C,

2°C e 3°C. Observaram-se também alguns pontos acima dos limites permitidos, de 9° até

27°C, deixando claro que essas faixas foram causadas, porque o fruto fica armazenado, fora

da câmara ou do transporte refrigerado.

Figura 6.17 Histo. Temperatura do Ar Maçã Gala Figura 6. 18 Histo. Temperatura do Ar Maçã Fuji

Fonte Autor Fonte Autor

Por outro lado, as Figuras 6.19 e 6.21 apresentam a frequência acumulada dos dados

observados.

0,0

50,0

100,0

1 20 39 58 77 96 115 134

Um

idad

e %

rH

Tempo (Min)

0,0

50,0

100,0

1 20 39 58 77 96 115 134

Um

idad

e %

rH

Tempo (Min)

0

20

40

60

80

1 2 3 4 5 6 7 8

Fre

qu

enci

a

Temperatura (°C)

0

20

40

60

80

1 2 3 4 5 6 7 8

Fre

qu

ênci

a

Temperatura (°C)

Clase (°C) Frequencia

0,2 - 3,6 72

3,6 - 6,9 26

6,9 - 10,3 18

10,3 - 13,6 13

13,6 - 17,0 11

17,0 - 20,3 3

20,3 - 23,7 1

23,7 - 27,0 2

Clase (°C) Frequencia

0,2 - 3,5 73

3,5 - 6,9 23

6,9 - 10,2 20

10,2 - 13,6 14

13,6 - 16,9 10

16,9 - 20,2 3

20,2 - 23,6 1

23,6 - 26,9 2

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113

Figura 6.19 Frequência acumulada Temperatura do Ambiente Maçã Gala

Fonte Autor

Baseado na Figura 6.19 decidiu-se realizar um teste estatístico de Kolmogorov-

Smirnov a partir do programa RStudio para verificar as hipóteses de que as observações

seriam exponencialmente distribuídas ou não. Foi calculada a frequência acumulada das

observações e também a probabilidade acumulada considerando que as observações teriam

distribuição exponencial:

Figura 6.20 Dados no RStudio

Fonte Autor

Com isso o resultado foi o seguinte: (ver Apêndice F).

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0

Fre

qu

ênci

a A

cum

ula

da

Temperatura (°C)

Frequência da Temperatura vs Tempo

Distribuição

Exp

Temp. Observada

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114

Como P valor (0,7099) foi bem maior que o comumente utilizado (0.05) concluiu-se

correta a hipótese de que os dados têm distribuição exponencial.

Figura 6.21 Frequência acumulada Temperatura do ambiente Maçã Fuji

Fonte Autor

Pode-se concluir em relação à análise de frequência acumulada, que a temperatura da

maçã Fuji e Gala são bem próximas, já que as duas estiveram na mesma câmara de

armazenamento e próximas uma da outra. As pequenas variações se dão pela diferença do

equipamento e por que uma caixa ficava mais perto da ventilação.

A análise foi feita a partir da distribuição exponencial, já que esta se adaptava mais aos

dados fornecidos e foi verificado a partir do teste estatístico de Kolmogorov- Smirnov, o

lambda λ= 1/µ. Como P valor (0,7838) (ver Apêndice G) foi bem maior que o comumente

utilizado (0.05) concluímos que não rejeitamos a hipótese de que os dados têm distribuição

exponencial.

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0

Fre

qu

ênci

a A

cum

ula

da

Temperatura (°C)

Frequência da Temperatura vs Tempo

Temp. Observada

Distribuição

Exp

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115

Temperatura da Maçã Gala e Fuji a partir de infravermelho (IR)

O equipamento além de registrar temperatura do Ar, também registra a temperatura do

produto através de uma implementação de um sensor infravermelho. Dessa forma, também se

analisou para nosso caso de estudo na Maçã Gala e Maçã Fuji.

A temperatura do produto, para os dados fornecidos foi de µ= 2,0°C. A Figura 6.22

apresenta o histograma de temperatura igual à primeira análise. Os resultados analisados

apresentam que o produto sempre esteve dentro dos limites de temperatura, definidos

previamente para o produto maçã, ou seja, dentro de uma escala de 0°C a 8°C.

Figura 6.22 Histo. Temperatura da Maçã Gala e Maçã Fuji por IR

Fonte Autor Fonte Autor

Por outro lado, as figuras 6.23 e 6.24 apresentam a frequência acumulada dos dados

observados.

0

20

40

60

80

100

120

140

1 2 3 4 5 6 7 8

Freq

uên

cia

Temperatura (°C)

0

20

40

60

80

100

120

1 2 3 4 5 6 7 8

Fre

qu

ênci

a

Temperatura(°C)

Clase Frequência

0,1 - 2,6 114

2,6 - 5,2 9

5,2 - 7,7 12

7,7 - 10,3 5

10,3 - 12,8 2

12,8 - 15,3 2

15,3 - 17,9 0

17,9 - 20,4 2

Clase Frequência

0,1 - 2,6 115

2,6 - 5,2 8

5,2 - 7,7 11

7,7 - 10,2 6

10,2 - 12,7 2

12,7 - 15,3 2

15,3 - 17,8 0

17,8 - 20,3 2

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116

Figura 6.23 Frequência acumulada Temperatura Interna Maçã Gala

Fonte Autor

Baseado na Figura 6.23 decidiu-se fazer um teste estatístico de Kolmogorov- Smirnov

a partir do programa RStudio, o lambda λ= 1/µ. Como resultado P=0,2072 (ver Apêndice H)

foi bem maior que o comumente utilizado (0.05) concluímos que não rejeitamos a hipótese de

que os dados têm distribuição exponencial.

Figura 6.24 Frequência acumulada Temperatura Interna da Maçã Fuji

Fonte Autor

A análise foi feita a partir da distribuição exponencial, já que esta se adaptava mais

aos dados fornecidos, o lambda λ= 1/µ, o resultado foi como P= 0,2924 (ver Apêndice I) foi

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0

Fre

qu

ênic

a A

cum

ula

da

Temperatura (°C)

Frequência Temperatura vs Tempo

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0

Fre

quên

cia

Acu

lmula

da

Temperatura (°C)

Frequência Temperatura vs Tempo

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117

bem maior que o comumente utilizado (0.05) concluímos que não rejeitamos a hipótese de

que os dados têm distribuição exponencial.

6.1.4 Teste Piloto, Fruto Importada de Portugal.

Produto: Pêra Rocha

Lugar de procedência: Portugal

Chegada: Frutas Consul,( CEASA, Campinas)

Hora de chegada: 5,38 AM

Temperatura Interna do Caminhão: 4,2°C

Observações:

O segundo teste, se baseou no primeiro, mesmo as etiquetas sendo colocadas em dois

caixas na parte superior (CC2650STK). A primeira etiqueta com ID bo: b4:48: 00 e o ID 68:

C9:0b, com intervalos de medição de 2 minutos. Num período de avaliação de

aproximadamente 6 horas, com um total de 186 dados de temperatura e umidade por tempo

apresenta na Figura 6.25.

As caixas foram colocadas em diferentes lugares dentro da câmara de armazenamento.

Figura 6.25 Pêra Rocha, antes da remoção do plástico para instalação da etiqueta

Fonte CEASA, 2016

Os dados de tempo e temperatura praticados no roteiro foram analisados em Excel. Os

registros se apresentam em resumo nos Quadros 6.6 e 6.7 com algumas imagens do software

usado para seu monitoramento. (Ver Apêndices D e E).

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118

Quadro 6.6 Resumo Histórico do ID. BO B4 48 C 9 de Temperatura do Ar, Temperatura e

Umidade Relativa de Perâ

Empresa Frutas Consul

Equipe Usada CC2650STK Tag BO B4 48 C 9

Tempo Inicial 6:12AM Temperatura In 5,9°C

Tempo Final 12:22 PM Temperatura

Final 5,7°C

Produto Pêra Rocha

Quantidade

Transportada 1250 caixas (10kg)

Imagem

N. dados Horario

Temperatura

Ambiente

(°C)

Temperatura

do Produto

(°C)

Umidade

Ambiente

(%rH)

1 6:12 14,1 7,9 32,3

10 6:30 8,1 0,8 45,0

25 7:00 4,2 0,2 63,3

40 7:30 2,8 0,4 57,5

55 8:00 2,6 0,1 60,0

70 8:30 3,6 0,9 70,0

85 9:00 3,8 0,3 69,6

100 9:30 3,9 0,3 70,2

115 10:00 3,4 0,7 64,5

130 10:30 3,1 0,1 64,0

145 11:00 13,8 6,6 84,7

160 11:30 16,0 8,9 85,0

Fonte Autor

Os resultados da temperatura podem ser vistos cada minuto a partir do aplicativo

Simplelink Sensor Tag (Figura 6.26).

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119

Figura 6.26 Controle Sistema RFID para Temperatura Pêra Portuguesa com Tag ID BO B4

48 C 9

Fonte Autor

A umidade relativa da Pêra registrada pela etiqueta com id BO B4 48 C9 pode–se

observar na Figura 6.27

Figura 6.27 Controle RFID da Umidade com Tag ID BO B4 48 C 9

Fonte Autor

Quadro 6.7 Resumo Histórico do ID 68 C9 0B 17de Temperatura do Ar, Temperatura e

Umidade Relativa da Pêra Portuguesa.

Empresa Frutas Consul

Equipamento Usada CC2650STK Tag 68 C9 0B 17

Tempo Inicial 6:12AM Temperatura

In 5,9°C

Tempo Final 12:22 PM Temperatura

Final 5,7°C

Produto Pêra Rocha

-5,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

1 20 39 58 77 96 115 134 153 172

Tem

pe

ratu

ra (

°C)

Tempo (Min)

Temperatura Ar

Temperatura doObjeto

L Sup.

L. Inf.

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

1 20 39 58 77 96 115 134 153 172

Um

idad

e %

rH

Tempo (Min)

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120

Quantidade

Transportada 1250 caixas (10kg)

Imagem

N. dados Tempo

Temperatura

Ar (°C)

Temperatura

do Objeto (°C)

Umidade

(%rH)

1 6:12 14,0 7,6 32,5

10 6:30 8,1 1,4 45,1

25 7:00 4,2 0,4 63,3

40 7:30 2,8 0,1 57,5

55 8:00 2,6 0,2 60,0

70 8:30 3,6 0,5 70,0

85 9:00 3,8 0,2 69,5

100 9:30 3,9 0,4 70,4

115 10:00 3,4 0,8 64,5

130 10:30 3,1 0,2 64,0

145 11:00 13,8 6,9 84,7

160 11:30 16,0 8,8 85,0

Fonte Autor

Os resultados posem ser vistos a cada minuto, observados a partir do aplicativo

Simplelink Sensor Tag (Figura 6.28).

Figura 6.28 Controle Sistema RFID para Temperatura Pêra ID 68 C9 0B 17

Fonte Autor

-5,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

1

14

27

40

53

66

79

92

10

5

11

8

13

1

14

4

15

7

17

0

18

3

Temperatura Ar

L Sup.

L. Inf.

Temperatura doObjeto

Page 121: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

121

A umidade relativa da Pêra registrada pela etiqueta com id 68 C9 0B 17 pode-se

observar na Figura 6.29

Figura 6.29 Controle RFID da Umidade com Tag ID 68 C9 0B 17

Fonte Autor

A rota foi mapeada de acordo com a Figura 6.30. Começando desde Portugal (sem

monitoramento RFID), chegando na CEASA e posteriormente saindo para a frutaria (18, 3

km aproximadamente 23 min) dentro da cidade de Campinas.

Figura 6.30 Mapa da Rota CEASA até a Frutaria

Fonte Google Maps

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

1 9

17

25

33

41

49

57

65

73

81

89

97

10

5

11

3

12

1

12

9

13

7

14

5

15

3

16

1

16

9

17

7

18

5

Umidade

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122

Temperatura do Ambiente da Pêra

A temperatura média do ambiente calculado para os dados fornecidos foi de µ= 5,5

°C. A Figura 6.31 apresenta o histograma de temperatura desde o armazenamento da fruta até

o supermercado, mostrando uma concentração das temperaturas do ar de 1°C, 2°C e 3°C.

Observa-se também alguns pontos fora da faixa limite permitidos como desde 9° até 16,2°C.

Esclarecendo que essas faixas foram porque o fruto fica parado fora de uma temperatura

controlada, ou seja, esperando fora da câmara ou do transporte refrigerado.

Figura 6.31 Histograma Temperatura do Ar Pêra Rocha ID BO B4 48 C 9

Fonte Autor

Por outro lado, o tag com ID 68 C9 0B 17 foi analisada do modo que se queria saber

como afetava as proximidades da porta da câmara de armazenamento no produto e os

possíveis resultados no registro de dados.

A Figura 6.32 apresenta o histograma de temperatura desde o armazenamento da fruta

até o supermercado, mostrando uma concentração das temperaturas do ar de 1°C, 2°C e 3°C.

Observam-se também alguns pontos fora da faixa limite permitidos como desde 9° até

16,2°C, esclarecendo que essas faixas foram porque o fruto fica parado fora de uma

temperatura controlada, ou seja, esperando fora da câmara ou do transporte refrigerado.

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Fre

qu

ênci

a

Temperatura(°C)

Histograma de Pera RochaClase Frequência

1,8 - 3,4 78

3,4 - 5 139

5 - 6,6 146

6,6 - 8,2 150

8,2 - 9,8 153

9,8 - 11,4 161

11,4 - 13 163

13,0 - 14,6 171

14,6 - 16,2 186

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123

Figura 6.32 Histograma Temperatura do Ar Pêra Rocha ID 68 C9 0B 17

Fonte Autor

Diante disso, os resultados analisados tiveram uma diferença de ±0,1 na temperatura

registrada e quase não é notória a diferença entre um tag e o outro. A Figura 6.33 apresenta a

frequência acumulada dos dados observados.

A temperatura média do ambiente calculado para os dados fornecidos foi de µ= 5,4

°C. A análise foi feita a partir da distribuição exponencial, já que está se adaptava mais aos

dados fornecidos, o lambda λ= 1/µ. Com o resultado P = 0,1073 (ver Apêndice J) foi bem

maior que o comumente utilizado (0.05) concluímos que não rejeitamos a hipótese de que os

dados têm distribuição exponencial.

Figura 6.33 Frequência acumulada Temperatura do Ar Pêra Rocha ID BO B4 48 C9

.

Fonte Autor

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Fre

quên

cia

Temperatura (°C)

Histograma de Pera Rocha

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0

Fre

qu

ênci

a A

cum

ula

da

Temperatura (°C)

Frequência de Temperatura vs Tempo

Clase Frequencia

1,9 - 3,5 80

3,5 - 5,1 60

5,1 - 6,7 7

6,7 - 8,3 4

8,6 - 9,8 3

9,8 - 11,4 7

11,4 - 13,0 2

13,0 - 14,6 8

14,6 - 16,2 15

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124

A Figura 6.34 apresenta a frequência acumulada dos dados observados. A temperatura

média do ar calculado para os dados fornecidos foi de µ= 5,4 °C. A análise foi feita a partir da

distribuição exponencial, já que esta se adaptava mais a os dados fornecidos, o lambda λ=

1/µ. Como o resultado P = 0,219 (ver Apêndice K) foi bem maior que o comumente utilizado

(0.05) concluímos que não rejeitamos a hipótese de que os dados têm distribuição

exponencial.

Além disso, conclui-se a similitude entre os dados apresentados por o tag ativo ID BO

B4 48 C9 e ID 68 C9 0B 17 com médias de 5,4 °C e 5,5°C.

Figura 6.34 Frequência acumulada Temperatura do Ar Pêra Rocha ID 68 C9 0B 17

Fonte Autor

Temperatura da Pêra Rocha a partir de infravermelho (IR)

A temperatura do produto, para os dados fornecidos foi de µ= 1,5°C. As Figuras 6.35

e 6.36 apresentam o histograma de temperatura igual ao da primeira análise, os resultados

analisados apresentam que o produto sempre esteve dentro dos limites de temperatura da

Pêra, ou seja, dentro de uma escala de 0°C até 9°C.

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0

Fre

quên

cia

Acu

mula

da

Temperatura (°C)

Frequência de Temperatura vs Tempo

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125

Figura 6.35 Histograma Temperatura a partir de IR Pêra Rocha ID BO B4 48 C 9

Fonte Autor

Figura 6.36 Histograma Temperatura a partir de IR Pêra Rocha ID 68 C9 0B 17

Fonte Autor

Por outro lado, a figura 6.37 e 6.38 apresenta a frequência acumulada dos dados

observados.

0

50

100

150

200

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Fre

quên

cia

Temperatura(°C)

Histograma IR Temperatura Pêra

0

20

40

60

80

100

120

140

160

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Fre

quên

cia

Temperatura (°C)

Histograma IR Temperatura Pêra

Clase Frequência

0,1 - 1,1 151

1,1 - 2,1 1

2,1 - 3,1 4

3,1 - 4,1 3

4,1 - 5,2 4

5,2 - 6,2 1

6,2 - 7,2 4

7,2 - 8,2 9

8,2 - 9,2 9

Frequência Clase

150 0,0 - 1,0

2 1,0 - 2,0

3 2,0 - 3,1

4 3,1 - 4,1

4 4,1 - 5,1

1 5,1 - 6,1

4 6,1 -7,2

9 7,2 - 8,2

9 8,2 - 9,0

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126

Figura 6.37 Frequência acumulada Temperatura a partir de IR Pêra Rocha ID BO B4 48 C 9

Fonte Autor

Figura 6.38 Frequência acumulada Temperatura a partir de IR Pêra Rocha ID 68 C9 0B 17

Fonte Autor

Apresenta-se uma análise a partir da distribuição exponencial, já que está se adaptava

mais a os dados fornecidos, o lambda λ= µ dos dados tomados para o tag (ID BO B4 48 C 9)

P = 3,205e-07 (ver Apêndice L) e para o tag (68 C9 0B 17) P = 3,21e-7 (ver Apêndice M).

Além disso, conclui-se a similitude entre os dados apresentados por o tag ativo ID BO

B4 48 C9 e ID 68 C9 0B 17 com igualdade de média de (µ= 1,5°C).

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0

Fre

quên

cia

Acu

mula

da

Temperatura (°C)

Frequência Temperatura vs Tempo

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0

Fre

quên

cia

Acu

lad

a

Temperatura (°C)

Frequência Temperatura vs Tempo

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127

7. CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS

7.1 Conclusões

Este estudo foi realizado para testar a hipótese de que a aplicação de um sistema RFID

se aplicaria na gestão da Cadeia do Frio na indústria de frutas. Este resultado tem importante

impacto tecnológico na cadeia estudada. Como resultado dessa aplicação pode se concluir

que há uma melhor previsão sobre a vida útil do produto durante o transporte e

armazenamento.

Neste estudo diversas características foram estudadas, entendidas e apresentadas

baseadas na tecnologia RFID. O processo decisório para a seleção desta tecnologia foi

baseado na metodologia proposta. Cada fase influencia na escolha de decisões a serem

tomadas nas próximas fases. Ressalta-se que se o estudo for realizado para o outro tipo de

produto (ou outro tipo de cadeia) as fases deverão sofrer adaptações, pois é dependente do

processo a ser estudado.

A partir da aplicação da metodologia, em um caso real, foi possível testar o

desempenho de um sistema RFID, através de registro continuo da temperatura das frutas.

Ressalta-se que cada uns dos registros assumidos estão dentro da regulamentação da ABIAF.

Demonstra-se a partir do teste de comparação entre o instrumento de precisão

(Termohigrômetro HOBO e termômetro FLUKE) e o Tag ativo CC2650STK que há estreita

relação entre os dados de temperaturas (ambientes e do produto) registradas a partir da

comparação das variância e médias encontradas para cada series coletadas para cada

aparelho. Portanto, pode-se usar a etiqueta como meio de registro de informações na indústria

o tempo todo e com maior facilidade de uso.

Comprova-se que os comportamentos da temperatura ambiente e temperatura do

produto registradas pelas duas etiquetas ativas são muito similares, devido a uma distribuição

exponencial nos dois casos (teste frutas importadas). Portanto é recomendado à aplicação

RFID para temperatura controlada na indústria de alimentos.

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128

7.2 Trabalhos Futuros

Em próximas pesquisas de RFID, este método pode ser adaptado para outro tipo de

indústrias dentro da cadeia do frio como na indústria de medicamentos, carnes, transporte de

órgãos.

Além de fazer um analise estatístico inferencial a partir de diferentes ferramentas,

implantando a tecnologia que poderia ter uma melhor eficácia e maior controle dos produtos.

No entanto, Brasil ainda não tem o desenvolvimento ótimo da tecnologia RFID na indústria

de frios.

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129

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138

ANEXO A Frutas De Clima Temperado

PRODUTO TEMPERATURA

A ºC - ±2,5

UMIDADE

%

VIDA

ÚTIL

OBSERVAÇÃO

Abricó 0,5 85 – 90 1 – 3

semanas

Ameixa 1 85 – 90 3 – 5

semanas

Amora -0,5 90 – 95 2 – 6

dias

Amora 0 85 – 95 7 – 10

dias

Azeitona 1,5 85 – 90 4 – 6

semanas

Caqui -1 85 – 90 8 – 12

semanas

Cerejas

(doces)

0,5 90 – 95 2 – 3

semanas

Cerejas

(amargas)

0 85 – 95 1 – 3

semanas

Damasco -0,5 90 1 – 3

semanas

Depende do

cultivar

Figo -0,5 85 3 – 4

semanas

Framboesa 0 90 – 95 1 – 7

dias

Fruta

Congelada

-19 80 – 90 6 – 12

meses

Fruta Sêca-

não esp.

2,5 70 6 – 18

meses

Grape Fruit 5 85 – 90 3 – 12

meses

Groselha

preta

-0,5 90 – 95 1 – 3

semanas

Kiwi -0,5 90 – 95 8 – 14

semanas

Atmosfera

controlada

Maçãs 1,5 90 – 95 1 – 8

meses

Depende da

variedade

Marmelo 1,5 90 8 – 16

semanas

Mirtilo -0,5 85 – 90 2 – 3

semanas

Morangos 1 85 – 95 2 – 10

dias

Pêras -0,5 95 3 – 8

meses

Depende da

variedade

Pêssegos 0,5 85 – 95 2 – 6

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139

semanas

Pinhão 6,5 75 – 80 2 – 4

meses

Suco de

Frutas

19 80 – 90 2 – 8

meses

Suco de

Maçã

2 85 3 meses

Uva Passa 3 75 – 85 6 – 8

meses

Uvas -0,5 90 – 95 3 – 6

meses

Depende da

variedade Quadro 9. Frutas de Clima Temperado

Fonte ABIAF, 2008

PRODUTO TEMPERATURA

ºC ±2,5

UMIDADE

%

VIDA

ÚTIL

OBSERVAÇÃO

Laranja 7 85 – 90 2-17

semanas

Limão

(Siciliano)

12 85 – 90 2 – 5

meses

Limão

(Tati/Galego)

9 85 – 90 3-6

semanas

Rec: encerrada

Suco de

Laranja

2 85 3 meses

Tangerina 7 85 – 90 3-14

semanas

Toronja

(Grapefruit)

8 85 – 90 2-16

semanas

Quadro 11. Frutas de Cítricas

Fonte ABIAF, 2008

PRODUTO TEMPERATURA

ºC ±2,5

UMIDADE

%

VIDA

ÚTIL

OBSERVAÇÃO

Abacates 8,5 85 – 90 1,5-6

semanas

Depende do

cultivar

Abacaxi

(50%

maduro)

8,5 85 – 90 3 – 6

semanas

Abacaxi

(verde)

12 85 – 90 3 – 4

semanas

Perigo abaixo de

10ºC

Atas 6 85 – 90 4 – 6

semanas

Bananas 14 85 – 90 10 – 28

dias

Tratamento com

fungicida

Cajus 0,5 85 – 90 5

semanas

Goiaba 9 90 2

semanas

Depende do

cultivar

Lichia 0,5 85 – 90 2 – 10 Emb. Polietileno

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140

semanas

Mamão /

Papaia

8,5 85 – 90 1 – 3

semanas

Frutos 10%

maduros

Mangas 9 85 – 90 2 – 7

semanas

Mangostão 4,5 85 – 90 6 – 7

semanas

Maracujá 8,5 85 – 90 3 – 5

semanas

Melancia 3 75 – 85 2 –3

semanas

Melão 4,5 80 – 90 1 – 8

semanas

Pinhas 8,5 90 7 – 15

dias

Dep. maturação

Romã 1 85 – 90 11– 15

semanas

Sapoti 10,5 85 – 90 2-2,5

semanas

Tâmaras 0 85 1 –2

meses

Quadro 11. Frutas de Tropicais

Fonte ABIAF (2008)

PRODUTO TEMPERATURA

ºC ±2,5

UMIDADE

%

VIDA

ÚTIL

OBSERVAÇÃO

Abóbara 11,5 50 – 75 2 – 5

meses

Abobrinha 9 85 – 90 1 – 2

semanas

Acelga 0 90 – 98 10 – 14

dias

Agrião 0,5 90 – 95 3 – 4

dias

Aipo 0 95 3 – 5

meses

Alcachofra -0,5 95 3 – 7

semanas

Polietileno

perfurado

Alface 0,5 >95 2 – 3

semanas

Alho (seco) 0 65 – 70 6 – 7

semanas

Alho porró 0 >95 2 – 3

semanas

Aspargos 1 95 2 – 3

semanas

Depende do

cultivar

Batata

(industrial)

8,5 90 – 95 2 – 5

meses

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141

Batata

(precoce)

7 90 – 95 9 meses

Batata

(semente)

4,5 90 – 95 5 – 8

meses

Batata doce 14,5 85 – 90 4 – 7

meses

Berinjela 9,5 90 – 95 1 – 2

semanas

Sensível ao frio

Beterraba (c/

rama)

0 92 – 95 1 – 2

semanas

Polietileno

Beterraba

(cozida)

0,5 92 – 95 1 – 2

semanas

Beterraba

(s/rama)

0 92 – 95 5 – 6

meses

Brócolos 0 90 – 95 1 – 2

semanas

Polietileno

Cebola (seca) -1,5 80 10

meses

Circulação de ar

Cebola (verde

c/ folha)

0 92 – 95 1,5 – 3

semanas

Polietileno

Cebolinha 0 90 – 95 2 – 3

semanas

Cenoura

(c/rama)

0 95 10 – 14

dias

Depende do

cultivar

Cenoura

(precoce)

0,5 95 10 dias

Cenoura (s/

rama)

0 >95 5 – 8

meses

Polietileno

perfurado

Cercifí 0 95 2 – 4

meses

Cogumelo

(cultivado)

0 90 - 95 5 – 7

dias

Cogumelo

(nativo)

-0,5 85 Até 7

dias

Couve 0 95 3 – 4

semanas

Couve de

Bruxelas

-1 90 – 95 2 – 5

semanas

Polietileno

Couve rábano 0 92 – 95 2 – 3

meses

Couve-flor 0 95 2 – 4

semanas

Resfriamento

vácuo

Endivia 0 95 2 – 3

semanas

Endro -1 95 1

semana

Erva doce 0 95 – 98 2 – 4

meses

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142

Ervilhas

(debulhada)

-0,5 95 1 – 3

semanas

Espinafre 0 90 – 95 1 – 2

semanas

Fava 0 92 – 95 2 – 3

semanas

Gengibre

(rizomas)

13 65 6 meses

Inhame 16 85 – 90 3 – 6

meses

Legumes

Cong.

-27,0 85 – 90 6 – 12

meses

Mandioca 0,5 80 – 90 5,5 – 6

meses

Milho (doce) 0 95 1

semana

Nabo 0 95 1 – 2

semanas

Pastinaca 0 90 – 95 10 – 20

semanas

Pepino 10 95 1, 5-2

semanas

Resfriamento

rápido

Pimenta 5 60 – 70 6 meses

Pimentão 7 90 – 95 1 – 3

semanas

Polietileno

Quiabo 8,5 90 – 95 12

semanas

Rabanete 0 90 - 95 1 – 2

semanas

Raíz forte 0,5 90 – 95 10 – 24

meses

Sensível á luz

Repolho

(branco)

0 95 6 – 7

meses

Repolho

(precoce)

0 95 3 – 6

semanas

Depende cultivar

Repolho

(tardio)

0 95 2 –4

meses

Repolho

(verde)

-1 95 3 meses

Repolho

Chinês

0 90 – 95 4 – 10

semanas

Ruibarbo 0 90 – 95 2 – 4

semanas

Salsão

(branqueado).

0,5 95 3 – 4

semanas

Salsão (folhas) 0 >95 4 – 12

semanas

Salsinha -0,5 95 4 – 8

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143

semanas

Tomate (1/2

maduro).

13,5 85 – 90 2 – 3

semanas

Tomate

(maduro

verde)

16,5 80 – 90 1 – 2

semanas

Tomate

(maduro)

10 85 – 90 1 – 2

semanas

Vagem 2 95 5 – 14

semanas

Vagem

cortada

7,5 92 – 95 1 –2

semanas

Sensível ao frio

Quadro 12. Hortaliças

Fonte ABIAF (2008)

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144

ANEXO B Certificado de calibração Termohigômetro Digital

HOBO

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145

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146

ANEXO C Certificado de calibração Termometro Digital

FLUKE

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147

APÊNDICE A - Histórico da Comparação de Temperatura

do Ar, Temperatura e Umidade Relativa da Pera.

Empresa ITAL

Tempo Inicial 9AM Erro Termohigrometro y= 0,575+(0,9852+X)

Tempo Final 12,10PM Erro Termômetro y= 0,991x+0,407

Produto Pêra Portuguesa

Tag Ativo CC2650STK Termohigrometro Termômetro

N.

dados

Temperatura

Ambiente

(°C)

Temperatura

do produto

(°C)

Umidade

do

ambiente

(%rH)

Temperatura

do produto

(°C)

Umidade

(%rH)

Temperatura

Do produto

(°C)

1 9,00 13,2 41,8 16,7 51,9 6,1

2 9,02 11,7 72,8 12,0 72,6 4,7

3 9,04 10,4 78,3 8,3 78,4 5,0

4 9,06 9,7 83,7 6,3 81,3 2,5

5 9,08 9,0 82,4 6,3 82,6 2,2

6 9,10 8,3 81,8 6,6 81,2 2,0

7 9,12 7,7 94,2 7,6 93,1 1,7

8 9,14 7,2 88,2 5,8 86,0 1,7

9 9,16 7,6 93,2 7,7 95,7 1,8

10 9,18 6,4 88,6 6,3 88,3 1,8

11 9,20 5,5 85,6 5,3 85,1 1,8

12 9,22 6,0 85,8 6,0 85,9 2,0

13 9,24 6,4 86,6 6,2 86,3 2,0

14 9,26 6,3 86,1 6,3 86,5 2,0

15 9,28 6,3 87,5 6,4 87,2 2,0

16 9,30 6,2 87,4 6,4 87,4 2,2

17 9,32 6,3 85,5 6,5 87,6 2,2

18 9,34 6,4 89,6 6,5 89,4 2,1

19 9,36 6,4 89,4 6,6 89,2 2,1

20 9,38 5,6 85,4 5,3 85,3 2,1

21 9,40 5,6 93,9 6,8 94,5 2,1

22 9,42 5,8 86,4 5,7 86,6 2,1

23 9,44 4,8 84,8 4,9 84,2 2,1

24 9,46 4,7 85,2 4,9 85,9 2,4

25 9,48 5,6 97,2 7,1 97,0 2,4

26 9,50 5,8 89,4 5,6 89,8 2,3

27 9,52 5,0 82,9 4,8 85,4 2,3

28 9,54 5,6 92,8 5,8 92,9 2,3

29 9,56 6,2 93,8 6,1 93,0 2,1

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148

30 9,58 6,1 92,4 6,0 92,1 2,5

31 10,00 4,4 82,5 4,9 84,2 2,3

32 10,02 5,0 88,9 5,2 89,1 2,3

33 10,04 5,1 89,2 5,2 88,8 2,4

34 10,06 4,1 82,5 4,3 82,4 2,2

35 10,08 5,0 89,5 4,9 88,9 2,2

36 10,10 4,9 89,5 5,0 89,7 2,2

37 10,12 4,7 89,5 4,9 88,6 2,2

38 10,14 4,6 86,2 4,6 86,1 2,3

39 10,16 4,5 81,3 4,0 81,1 2,5

40 10,18 3,4 79,9 3,7 79,5 2,5

41 10,20 3,4 74,6 3,4 78,9 2,5

42 10,22 3,3 78,2 3,2 78,2 2,5

43 10,24 3,1 79,9 3,3 80,9 2,4

44 10,26 4,0 85,0 3,8 85,4 2,4

45 10,28 4,0 85,2 3,6 83,9 2,4

46 10,30 3,5 90,1 3,4 80,5 2,4

47 10,32 3,7 79,9 3,3 80,9 2,4

48 10,34 3,7 85,6 3,7 85,4 2,5

49 10,36 3,7 85,4 3,9 86,7 2,7

50 10,38 4,9 95,2 5,2 95,2 2,6

51 10,40 5,8 95,1 5,8 95,2 2,5

52 10,42 5,6 89,3 4,7 88,7 2,4

53 10,44 5,5 93,9 5,7 94,2 2,6

54 10,46 4,9 89,7 4,8 87,2 2,0

55 10,48 4,3 81,9 4,1 82,2 2,0

56 10,50 3,4 80,3 3,7 79,8 1,9

57 10,52 3,4 78,8 3,5 78,7 2,2

58 10,54 3,8 97,0 6,7 96,5 2,2

59 10,56 3,7 92,6 5,2 93,2 2,4

60 10,58 3,6 88,6 4,5 88,8 2,4

61 11,00 4,0 91,5 5,0 91,1 2,2

62 11,02 4,0 87,0 4,6 86,7 2,5

63 11,04 4,3 80,9 4,0 81,2 2,5

64 11,06 4,4 80,0 3,6 79,1 2,2

65 11,08 3,9 77,5 3,3 77,9 2,3

66 11,10 4,0 85,0 3,9 84,9 2,2

67 11,12 3,9 85,2 4,0 85,2 2,2

68 11,14 3,2 80,4 3,5 80,8 2,2

69 11,16 2,9 79,0 3,2 79,0 2,1

70 11,18 3,5 86,2 3,8 86,1 2,1

71 11,20 3,9 87,0 4,0 87,3 2,1

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149

72 11,22 3,6 86,9 4,0 87,0 2,1

73 11,24 3,0 80,5 3,4 81,4 2,1

74 11,26 2,8 79,9 3,1 79,1 2,0

75 11,28 2,8 82,6 3,4 82,1 2,1

76 11,30 3,8 96,4 5,6 96,7 2,1

77 11,32 4,0 89,2 4,3 89,6 2,0

78 11,34 3,8 83,4 3,7 83,6 2,1

79 11,36 3,0 79,4 3,4 79,6 2,1

80 11,38 2,7 77,9 3,0 77,8 2,1

81 11,40 2,7 81,4 3,3 81,5 2,1

82 11,42 3,0 85,1 3,7 85,8 2,0

83 11,44 3,0 85,7 3,8 85,8 1,9

84 11,46 2,9 81,2 3,3 81,0 2,0

85 11,48 2,8 80,4 3,2 80,2 1,9

86 11,50 3,3 84,7 3,5 84,3 2,0

87 11,52 3,3 88,9 4,0 88,1 1,9

88 11,54 2,9 83,0 3,4 82,9 2,0

89 11,56 2,5 80,4 3,1 80,2 2,0

90 11,58 2,8 83,9 3,4 84,0 2,0

91 12,00 3,4 88,4 3,9 88,0 2,0

92 12,02 3,2 84,2 3,6 84,3 1,9

93 12,04 2,9 79,9 3,2 80,7 1,8

94 12,06 3,5 87,9 3,9 88,4 2,0

95 12,08 2,9 82,8 3,4 83,0 1,9

96 12,10 2,5 79,7 3,1 80,0 1,6

Page 150: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

150

APÊNDICE B– Histórico de Temperatura do Ar,

Temperatura e Umidade Relativa de Maçã Gala

Empresa Frutas Consul

Equipe Usada CC2650STK Tag BO B4 48 C 9

Tempo Inicial 08.34AM Temperatura In 4°C

Tempo Final Temperatura

Final 15,3°C

Produto Maçã Gala

Quantidade

Transportada 295 caixas (18kg)

Imagem

N. dados Horário

Temperatura

Ambiente

Temperatura do

produto

Umidade

Do

produto

1 8.34 27,0 20,3 26,9

2 8.36 25,6 19,3 32,6

3 8.38 22,3 14,6 38,3

4 8.40 19,7 13,1 46,9

5 8.42 18,3 12,6 49,8

6 8.44 17,6 11,2 50,6

7 8.46 15,4 9,6 48,3

8 8.48 14,7 8,9 47,8

9 8.50 14,6 7,2 47,8

10 8.52 13,9 6,5 48,2

11 8.54 13,9 6,3 50,0

12 8.56 12,4 5,4 47,5

13 8.58 12,2 4,5 48,1

14 9.00 11,6 3,9 48,4

15 9.02 10,8 3,4 49,5

16 9.04 9,6 2,6 49,6

17 9.06 9,2 2,0 51,0

18 9.08 8,9 2,0 52,8

Page 151: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

151

19 9.10 8,7 2,0 54,5

20 9.12 8,5 1,6 53,6

21 9.14 8,3 1,2 52,8

22 9.16 8,2 0,8 52,2

23 9.18 7,5 0,7 53,7

24 9.20 6,2 0,7 54,7

25 9.22 6,2 0,5 54,3

26 9.24 6,2 0,3 55,5

27 9.26 6,0 0,3 55,3

28 9.28 5,7 0,6 55,7

29 9.30 5,6 0,7 55,8

30 9.32 5,9 0,7 57,9

31 9.34 6,8 0,9 59,8

32 9.36 6,4 0,9 57,5

33 9.38 6,2 0,9 56,2

34 9.40 6,1 0,9 55,3

35 9.42 6,3 0,7 54,6

36 9.44 6,9 0,7 53,4

37 9.46 7,9 0,6 52,8

38 9.48 7,6 0,6 52,2

39 9.50 7,4 0,4 51,6

40 9.52 7,0 0,3 51,9

41 9.54 6,8 0,3 51,0

42 9.56 6,5 0,2 52,2

43 9.58 5,9 0,2 51,8

44 10.00 5,5 0,4 50,9

45 10.02 4,8 0,3 51,9

46 10.04 4,2 0,2 52,7

47 10.06 4,0 0,4 53,3

48 10.08 3,6 0,2 54,1

49 10.10 3,3 0,3 54,8

50 10.12 3,1 0,4 55,3

51 10.14 2,8 0,4 56,1

52 10.16 2,7 0,5 56,3

53 10.18 2,5 0,2 56,5

54 10.20 3,5 0,2 52,2

55 10.22 3,7 0,2 59,5

56 10.24 3,2 0,2 57,6

Page 152: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

152

57 10.26 3,1 0,2 57,6

58 10.28 2,9 0,3 57,7

59 10.30 2,8 0,6 57,9

60 10.32 2,6 0,4 58,1

61 10.34 2,6 0,3 58,2

62 10.36 2,5 0,5 58,5

63 10.38 2,4 0,1 58,6

64 10.40 2,3 0,4 59,1

65 10.42 1,8 0,6 60,1

66 10.44 1,7 0,5 60,6

67 10.46 1,6 0,3 60,8

68 10.48 1,3 0,2 61,2

69 10.50 1,1 0,4 62,8

70 10.52 0,9 0,5 62,9

71 10.54 0,8 0,2 63,3

72 10.56 0,7 0,1 64,0

73 10.58 0,7 0,1 66,6

74 11.00 0,7 0,4 69,6

75 11.02 0,8 0,3 72,1

76 11.04 1,0 0,2 71,8

77 11.06 1,0 0,2 68,4

78 11.08 1,0 0,2 66,8

79 11.10 0,9 0,3 66,1

80 11.12 0,8 0,2 66,1

81 11.14 0,7 0,2 65,7

82 11.16 0,8 0,2 65,9

83 11.18 0,5 0,2 66,4

84 11.20 0,5 0,1 67,3

85 11.22 0,5 0,3 69,2

86 11.24 0,6 0,2 71,8

87 11.26 0,7 0,1 73,1

88 11.28 0,7 0,2 73,4

89 11.30 0,8 0,5 71,8

90 11.32 0,8 0,2 70,5

91 11.34 0,8 0,2 69,5

92 11.36 0,8 0,4 69,2

93 11.38 0,7 0,2 67,3

94 11.40 0,7 0,2 68,5

Page 153: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

153

95 11.42 0,7 0,1 68,4

96 11.44 0,7 0,4 68,3

97 11.46 0,6 0,2 68,9

98 11.48 0,6 0,4 68,2

99 11.50 0,6 0,1 68,1

100 11.52 0,5 0,4 68,0

101 11.54 0,5 0,3 67,9

102 11.56 0,5 0,2 67,6

103 11.58 0,4 0,1 67,6

104 12.00 0,4 0,4 67,5

105 12.02 0,4 0,5 67,5

106 12.04 0,3 0,4 67,7

107 12.06 0,3 0,3 67,9

108 12.08 0,2 0,5 68,0

109 12.10 0,3 0,3 67,8

110 12.12 0,2 0,1 67,7

111 12.14 0,3 0,4 70,5

112 12.16 0,2 0,2 71,3

113 12.18 0,2 0,2 72,8

114 12.20 0,2 0,3 73,4

115 12.22 0,2 0,3 74,6

116 12.24 0,2 0,2 75,3

117 12.26 0,2 0,1 76,6

118 12.28 0,2 0,2 78,8

119 12.30 1,2 0,3 78,9

120 12.32 2,6 0,4 79,8

121 12.34 3,1 0,3 81,4

122 12.36 4,7 0,4 82,9

123 12.38 5,5 0,3 84,2

124 12.40 6,0 0,7 84,7

125 12.42 6,2 0,9 85,1

126 12.44 7,4 0,7 85,9

127 12.46 7,5 0,7 85,9

128 12.48 8,2 1,3 86,0

129 12.50 8,9 1,9 85,9

130 12.52 9,6 2,6 86,3

131 12.54 10,1 3,1 86,3

132 12.56 10,4 3,7 86,2

Page 154: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

154

133 12.58 10,9 3,8 84,3

134 1.00 11,2 4,0 83,0

135 1.02 11,6 4,5 82,3

136 1.04 11,9 5,2 82,4

137 1.06 12,4 5,5 82,3

138 1.08 12,9 6,0 85,5

139 1.10 13,1 5,9 80,2

140 1.12 13,5 6,3 79,2

141 1.14 13,9 6,8 78,8

142 1.16 14,2 7,9 81,1

143 1.18 14,5 7,5 79,1

144 1.20 14,7 7,7 78,0

145 1.22 15,0 8,0 77,0

146 1.24 15,3 8,3 76,3

Page 155: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

155

APÊNDICE C – Histórico de Temperatura do Ar,

Temperatura e Umidade Relativa de Maçã Fuji

Empresa Frutas Consul

Equipe Usada CC2650STK Tag 68 C9 0B 17

Tempo Inicial 08.34AM Temperatura In 4°C

Tempo Final 13.34PM Temperatura

Final 15,1°C

Produto Maçã Fujy

Quantidade

Transportada 168 caixas (18kg)

Imagem

N. dados Horário

Temperatura

Ambiente

Temperatura do

Produto

Umidade

Ambiente

1 8.34 26,9 20,4 26,7

2 8.36 25,4 19,3 32,6

3 8.38 22,6 14,5 38,5

4 8.40 19,6 13,1 46,7

5 8.42 18,3 12,5 49,8

6 8.44 17,4 11,7 50,3

7 8.46 15,3 9,5 48,1

8 8.48 14,9 9,0 47,3

9 8.50 14,7 7,2 47,8

10 8.52 13,7 6,3 48,6

11 8.54 13,9 6,3 50,0

12 8.56 12,7 5,6 47,6

13 8.58 12,7 4,0 48,2

14 9.00 11,5 3,4 48,4

15 9.02 10,8 3,4 49,5

16 9.04 9,8 2,9 49,9

17 9.06 9,2 2,0 51,0

Page 156: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

156

18 9.08 8,9 2,0 52,8

19 9.10 8,5 2,0 54,7

20 9.12 8,5 1,6 53,6

21 9.14 8,2 1,0 52,2

22 9.16 8,2 0,8 52,2

23 9.18 7,5 0,6 53,5

24 9.20 6,2 0,7 54,7

25 9.22 6,2 0,7 54,4

26 9.24 6,2 0,3 55,5

27 9.26 5,9 0,3 55,4

28 9.28 5,7 0,6 55,7

29 9.30 5,6 0,6 55,8

30 9.32 5,9 0,6 57,4

31 9.34 6,6 0,6 59,6

32 9.36 6,3 0,6 57,6

33 9.38 6,2 0,9 56,2

34 9.40 6,0 0,7 55,5

35 9.42 6,3 0,7 54,6

36 9.44 6,9 0,6 53,4

37 9.46 7,9 0,4 52,8

38 9.48 7,7 0,4 52,8

39 9.50 7,4 0,3 51,2

40 9.52 7,1 0,3 51,4

41 9.54 6,9 0,3 51,5

42 9.56 6,4 0,2 52,4

43 9.58 5,7 0,2 51,6

44 10.00 5,4 0,2 51,0

45 10.02 4,9 0,2 51,7

46 10.04 4,1 0,2 52,5

47 10.06 4,1 0,3 53,3

48 10.08 3,5 0,3 54,1

49 10.10 3,2 0,4 54,8

50 10.12 3,2 0,4 55,6

51 10.14 2,9 0,4 56,1

52 10.16 2,6 0,4 56,4

53 10.18 2,5 0,3 56,7

54 10.20 3,4 0,3 52,6

55 10.22 3,7 0,2 59,6

Page 157: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

157

56 10.24 3,1 0,3 57,6

57 10.26 3,1 0,3 57,8

58 10.28 2,9 0,3 57,9

59 10.30 2,7 0,5 57,9

60 10.32 2,6 0,5 58,2

61 10.34 2,5 0,2 58,3

62 10.36 2,5 0,3 58,3

63 10.38 2,5 0,2 58,6

64 10.40 2,3 0,4 60,0

65 10.42 1,9 0,5 60,4

66 10.44 1,6 0,5 60,4

67 10.46 1,5 0,5 60,4

68 10.48 1,3 0,3 61,6

69 10.50 1,3 0,5 62,7

70 10.52 1,0 0,5 63,4

71 10.54 0,9 0,5 63,6

72 10.56 0,7 0,5 64,3

73 10.58 0,7 0,2 66,4

74 11.00 0,6 0,3 69,8

75 11.02 0,7 0,3 72,3

76 11.04 1,1 0,1 71,7

77 11.06 1,1 0,1 68,5

78 11.08 1,0 0,1 66,7

79 11.10 0,8 0,2 66,2

80 11.12 0,9 0,2 66,0

81 11.14 0,8 0,2 65,6

82 11.16 0,8 0,2 65,9

83 11.18 0,4 0,1 66,3

84 11.20 0,4 0,2 67,3

85 11.22 0,5 0,2 69,4

86 11.24 0,6 0,4 71,9

87 11.26 0,7 0,4 73,2

88 11.28 0,8 0,2 73,7

89 11.30 0,8 0,4 71,7

90 11.32 0,8 0,3 70,4

91 11.34 0,7 0,3 69,4

92 11.36 0,7 0,3 69,2

93 11.38 0,7 0,3 67,4

Page 158: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

158

94 11.40 0,7 0,3 68,6

95 11.42 0,7 2,0 68,8

96 11.44 0,6 0,3 68,3

97 11.46 0,6 0,2 68,9

98 11.48 0,5 0,4 68,1

99 11.50 0,5 0,1 68,1

100 11.52 0,5 0,5 68,1

101 11.54 0,5 0,4 67,9

102 11.56 0,4 0,3 67,6

103 11.58 0,4 0,4 67,6

104 12.00 0,5 0,4 67,4

105 12.02 0,3 0,4 67,6

106 12.04 0,3 0,3 67,8

107 12.06 0,2 0,3 68,0

108 12.08 0,2 0,5 68,0

109 12.10 0,2 0,2 67,7

110 12.12 0,3 0,2 67,7

111 12.14 0,3 0,2 70,5

112 12.16 0,2 0,1 71,3

113 12.18 0,2 0,1 72,8

114 12.20 0,2 0,2 73,5

115 12.22 0,2 0,2 74,7

116 12.24 0,2 0,2 75,4

117 12.26 0,2 0,2 76,5

118 12.28 0,4 0,2 78,9

119 12.30 1,3 0,2 78,9

120 12.32 2,4 0,3 79,9

121 12.34 3,2 0,3 81,3

122 12.36 4,8 0,3 82,8

123 12.38 5,6 0,3 84,1

124 12.40 5,9 0,7 84,6

125 12.42 6,3 0,9 85,2

126 12.44 7,5 0,7 85,8

127 12.46 7,5 0,8 85,8

128 12.48 8,2 1,4 86,1

129 12.50 9,0 1,8 85,8

130 12.52 9,5 2,5 86,4

131 12.54 10,2 3,2 86,3

Page 159: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

159

132 12.56 10,7 3,8 86,2

133 12.58 10,8 3,8 84,5

134 1.00 11,0 4,2 83,1

135 1.02 11,5 4,7 82,3

136 1.04 11,8 5,3 82,5

137 1.06 12,4 5,4 82,4

138 1.08 12,7 5,9 85,4

139 1.10 13,4 5,9 89,9

140 1.12 13,5 6,4 79,1

141 1.14 13,4 6,8 78,9

142 1.16 14,3 7,8 81,2

143 1.18 14,6 7,7 79,1

144 1.20 14,7 7,7 78,0

145 1.22 15,1 8,1 77,6

146 1.24 15,1 8,2 76,7

Page 160: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

160

APÊNDICE D – Histórico de Temperatura do Ar,

Temperatura e Umidade Relativa de Pêra Portuguesa ID BO

B4 48 C 9

Empresa Frutas Consul

Equipe Usada CC2650STK Tag BO B4 48 C 9

Tempo Inicial 6,12AM Temperatura In 5,9°C

Tempo Final 12,22 PM Temperatura

Final 5,7°C

Produto Pêra Rocha

Quantidade

Transportada 1250 caixas (10kg)

Imagen

N. dados Horário

Temperatura

Ambiente

Temperatura do

produto Umidade

1 6,12 14,1 7,9 32,3

2 6,14 12,1 5,8 36,2

3 6,16 11,4 4,7 38,1

4 6,18 10,8 4,3 38,8

5 6,20 10,3 3,7 39,7

6 6,22 9,8 3,1 41,0

7 6,24 9,2 2,7 42,6

8 6,26 8,9 2,4 43,1

9 6,28 8,8 2,0 43,4

10 6,30 8,1 0,8 45,0

11 6,32 7,4 0,6 47,2

12 6,34 6,6 0,7 50,2

13 6,36 6,2 0,3 51,9

14 6,38 5,8 0,2 53,2

15 6,40 5,4 0,3 54,5

16 6,42 5,1 0,1 56,3

17 6,44 4,9 0,2 57,1

Page 161: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

161

18 6,46 4,7 0,3 57,6

19 6,48 4,5 0,1 58,9

20 6,50 4,4 0,1 59,2

21 6,52 4,4 0,1 60,0

22 6,54 4,3 0,3 61,4

23 6,56 4,3 0,4 62,3

24 6,58 4,2 0,4 62,9

25 7,00 4,2 0,2 63,3

26 7,02 4,2 0,3 61,3

27 7,04 4,1 0,3 60,1

28 7,06 3,9 0,2 59,2

29 7,08 3,8 0,3 58,0

30 7,10 3,7 0,1 57,8

31 7,12 3,6 0,1 57,8

32 7,14 3,5 0,1 57,7

33 7,16 3,4 0,2 57,7

34 7,18 3,2 0,4 57,5

35 7,20 3,2 0,2 57,3

36 7,22 3,1 0,2 57,3

37 7,24 3,0 0,2 57,4

38 7,26 2,9 0,3 57,3

39 7,28 2,8 0,1 57,4

40 7,30 2,8 0,4 57,5

41 7,32 2,8 0,3 57,6

42 7,34 2,8 0,3 58,7

43 7,36 2,8 0,5 59,0

44 7,38 2,8 0,2 59,3

45 7,40 2,8 0,3 58,9

46 7,42 2,8 0,2 59,2

47 7,44 2,8 0,4 59,4

48 7,46 2,5 0,1 59,0

49 7,48 2,7 0,2 59,6

50 7,50 2,6 0,1 59,5

51 7,52 2,7 0,2 59,8

52 7,54 2,7 0,3 59,7

53 7,56 2,6 0,3 59,8

54 7,58 2,6 0,2 59,9

55 8,00 2,6 0,1 60,0

Page 162: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

162

56 8,02 2,6 0,2 61,3

57 8,04 2,8 0,3 61,9

58 8,06 2,8 0,4 68,2

59 8,08 2,8 0,6 63,2

60 8,10 2,8 0,6 64,1

61 8,12 2,9 0,8 64,9

62 8,14 3,0 0,5 65,8

63 8,16 3,1 0,8 67,4

64 8,18 3,1 0,6 67,7

65 8,20 3,2 0,7 68,8

66 8,22 3,2 0,6 69,4

67 8,24 3,4 0,7 69,9

68 8,26 3,5 0,6 70,1

69 8,28 3,6 0,6 70,0

70 8,30 3,6 0,9 70,0

71 8,32 3,6 0,6 70,0

72 8,34 3,7 0,6 69,9

73 8,36 3,7 0,4 69,8

74 8,38 3,7 0,4 69,8

75 8,40 3,6 0,3 69,7

76 8,42 3,7 0,3 69,7

77 8,44 3,7 0,3 69,7

78 8,46 3,7 0,4 69,6

79 8,48 3,6 0,3 69,7

80 8,50 3,7 0,2 69,3

81 8,52 3,6 0,2 69,4

82 8,54 3,5 0,2 69,5

83 8,56 3,8 0,3 69,4

84 8,58 3,7 0,4 69,5

85 9,00 3,8 0,3 69,6

86 9,02 3,8 0,4 69,6

87 9,04 3,8 0,3 69,6

88 9,06 3,8 0,3 69,6

89 9,08 3,8 0,5 69,4

90 9,10 3,8 0,6 69,9

91 9,12 3,8 0,4 69,7

92 9,14 3,8 0,3 69,8

93 9,16 3,8 0,3 69,8

Page 163: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

163

94 9,18 3,8 0,2 69,7

95 9,20 3,8 0,2 69,7

96 9,22 3,8 0,3 69,7

97 9,24 3,8 0,3 69,5

98 9,26 3,8 0,4 69,7

99 9,28 3,8 0,3 69,7

100 9,30 3,9 0,3 70,2

101 9,32 3,9 0,5 70,4

102 9,34 3,9 0,7 70,7

103 9,36 3,9 0,6 69,1

104 9,38 3,8 0,3 68,8

105 9,40 3,8 0,3 67,4

106 9,42 3,7 0,3 66,7

107 9,44 3,6 0,3 65,8

108 9,46 3,5 0,4 65,5

109 9,48 3,5 0,3 65,5

110 9,50 3,3 0,1 64,9

111 9,52 3,4 0,1 65,1

112 9,54 3,4 0,4 64,8

113 9,56 3,4 0,6 64,6

114 9,58 3,4 0,5 64,5

115 10,00 3,4 0,7 64,5

116 10,02 3,4 0,8 64,2

117 10,04 3,4 0,7 64,0

118 10,06 3,3 0,6 64,0

119 10,08 3,3 0,5 63,9

120 10,10 3,3 0,4 63,3

121 10,12 3,2 0,3 63,6

122 10,14 3,2 0,1 63,6

123 10,16 3,1 0,2 63,4

124 10,18 3,1 0,3 63,3

125 10,20 3,1 0,2 63,4

126 10,22 3,0 0,4 63,4

127 10,24 3,0 0,3 63,3

128 10,26 3,0 0,4 63,7

129 10,28 3,0 0,2 63,8

130 10,30 3,1 0,1 64,0

131 10,32 3,1 0,1 64,0

Page 164: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

164

132 10,34 3,2 0,3 64,2

133 10,36 3,3 0,2 69,9

134 10,38 3,3 0,2 64,6

135 10,40 3,3 0,4 64,6

136 10,42 3,4 0,3 64,7

137 10,44 3,4 0,3 64,9

138 10,46 3,4 0,2 64,7

139 10,48 7,5 0,3 65,0

140 10,50 10,9 0,7 84,7

141 10,52 11,1 3,1 85,5

142 10,54 11,3 3,6 81,0

143 10,56 13,4 4,5 81,2

144 10,58 13,8 6,2 84,5

145 11,00 13,8 6,6 84,7

146 11,02 14,4 7,1 84,6

147 11,04 14,5 7,3 84,4

148 11,06 14,7 7,4 84,5

149 11,08 14,8 7,5 84,6

150 11,10 14,9 7,9 84,5

151 11,12 15,0 8,0 84,3

152 11,14 15,1 7,8 84,6

153 11,16 15,2 8,1 84,7

154 11,18 15,5 8,2 84,8

155 11,20 15,7 8,4 85,1

156 11,22 15,9 8,8 85,2

157 11,24 16,0 8,5 85,4

158 11,26 15,9 9,0 85,3

159 11,28 15,9 8,8 84,8

160 11,30 16,0 9,2 84,9

161 11,32 16,2 9,2 85,1

162 11,34 15,7 9,2 85,4

163 11,36 14,3 7,4 84,6

164 11,38 13,7 6,3 84,1

165 11,40 11,3 4,3 84,3

166 11,42 10,6 3,6 85,6

167 11,44 7,5 0,9 84,6

168 11,46 6,6 0,8 73,5

169 11,48 4,5 0,8 71,3

Page 165: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

165

170 11,50 3,3 0,7 64,7

171 11,52 3,1 0,6 64,1

172 11,54 2,8 0,6 63,8

173 11,56 2,7 0,5 63,3

174 11,58 2,4 0,5 63,4

175 12,00 2,3 0,6 63,3

176 12,02 2,5 0,4 63,3

177 12,04 2,8 0,4 64,6

178 12,06 2,8 0,6 64,4

179 12,08 2,4 0,5 64,0

180 12,10 1,9 0,4 63,2

181 12,12 1,8 0,4 63,0

182 12,14 2,4 0,8 66,7

183 12,16 2,9 0,8 64,2

184 12,18 3,7 0,7 64,6

185 12,20 4,6 0,7 66,9

186 12,22 5,7 0,9 71,2

Page 166: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

166

APÊNDICE E – Histórico de Temperatura do Ar,

Temperatura e Umidade Relativa de Pêra Portuguesa ID 68

C9 0B 17

Equipe Usada CC2650STK Tag 68 C9 0B 17

Tempo Inicial 6,12AM Temperatura In 5,9°C

Tempo Final 12,22 PM Temperatura

Final 5,6°C

Produto Pêra Rocha

Quantidade

Transportada 1250 caixas (10kg)

Imagen

N. dados Horário

Temperatura

Ambiente

Temperatura do

Objeto Umidade

1 6,12 14,0 7,6 32,5

2 6,14 12,2 5,7 36,3

3 6,16 11,4 4,6 38,2

4 6,18 10,7 4,4 38,5

5 6,20 10,4 3,6 39,2

6 6,22 9,1 3,0 41,1

7 6,24 8,7 2,8 42,5

8 6,26 8,7 2,3 43,2

9 6,28 8,0 2,0 43,5

10 6,30 8,1 1,4 45,1

11 6,32 6,6 0,6 47,2

12 6,34 6,1 0,4 50,3

13 6,36 5,6 0,2 52,0

14 6,38 5,4 0,2 53,4

15 6,40 5,2 0,2 54,7

16 6,42 5,0 0,1 56,1

17 6,44 4,8 0,2 57,3

18 6,46 4,4 0,1 57,8

19 6,48 4,3 0,2 58,9

20 6,50 4,3 0,2 59,2

Page 167: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

167

21 6,52 4,4 0,2 59,9

22 6,54 4,3 0,1 61,3

23 6,56 4,3 0,1 62,4

24 6,58 4,2 0,3 63,0

25 7,00 4,2 0,4 63,3

26 7,02 4,2 0,3 61,2

27 7,04 4,0 0,3 60,0

28 7,06 3,9 0,4 59,2

29 7,08 3,8 0,2 58,0

30 7,10 3,7 0,2 57,6

31 7,12 3,6 0,1 57,8

32 7,14 3,4 0,1 57,8

33 7,16 3,4 0,2 57,7

34 7,18 3,3 0,2 57,4

35 7,20 3,2 0,2 57,2

36 7,22 3,1 0,2 57,3

37 7,24 3,0 0,3 57,7

38 7,26 3,0 0,3 57,3

39 7,28 2,9 0,4 57,4

40 7,30 2,8 0,1 57,5

41 7,32 2,8 0,5 57,7

42 7,34 2,8 0,2 58,3

43 7,36 2,8 0,2 59,1

44 7,38 2,8 0,3 59,2

45 7,40 2,8 0,4 59,2

46 7,42 2,8 0,1 59,1

47 7,44 2,8 0,1 59,3

48 7,46 2,8 0,1 59,1

49 7,48 2,7 0,2 59,4

50 7,50 2,7 0,2 59,6

51 7,52 2,7 0,4 59,2

52 7,54 2,7 0,3 59,7

53 7,56 2,6 0,3 59,8

54 7,58 2,6 0,2 59,7

55 8,00 2,6 0,2 60,0

56 8,02 2,6 0,1 60,4

57 8,04 2,6 0,2 61,9

58 8,06 2,6 0,5 62,2

Page 168: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

168

59 8,08 2,8 0,6 62,8

60 8,10 2,8 0,7 63,9

61 8,12 2,9 0,7 64,7

62 8,14 3,0 0,8 65,7

63 8,16 3,1 0,7 67,0

64 8,18 3,2 0,7 68,0

65 8,20 3,2 0,6 68,9

66 8,22 3,3 0,8 69,4

67 8,24 3,4 0,7 69,8

68 8,26 3,5 0,7 70,1

69 8,28 3,5 0,7 70,0

70 8,30 3,6 0,5 70,0

71 8,32 3,6 0,7 69,9

72 8,34 3,7 0,4 69,8

73 8,36 3,7 0,4 69,8

74 8,38 3,7 0,4 69,7

75 8,40 3,7 0,3 69,8

76 8,42 3,7 0,1 69,8

77 8,44 3,7 0,3 69,7

78 8,46 3,7 0,2 69,7

79 8,48 3,7 0,3 69,7

80 8,50 3,6 0,3 69,5

81 8,52 3,7 0,4 69,5

82 8,54 3,7 0,3 69,7

83 8,56 3,7 0,3 69,4

84 8,58 3,7 0,3 69,5

85 9,00 3,8 0,2 69,5

86 9,02 3,8 0,2 69,5

87 9,04 3,8 0,2 69,5

88 9,06 3,8 0,2 69,5

89 9,08 3,7 0,4 69,6

90 9,10 3,7 0,4 69,7

91 9,12 3,7 0,3 69,8

92 9,14 3,7 0,4 69,8

93 9,16 3,8 0,4 69,7

94 9,18 3,8 0,3 69,7

95 9,20 3,8 0,3 69,5

96 9,22 3,5 0,2 69,5

Page 169: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

169

97 9,24 3,7 0,3 69,5

98 9,26 3,8 0,2 69,4

99 9,28 3,9 0,3 69,6

100 9,30 3,9 0,4 70,4

101 9,32 3,9 0,4 70,7

102 9,34 3,9 0,5 70,6

103 9,36 3,8 0,5 68,8

104 9,38 3,8 0,9 68,0

105 9,40 3,8 0,7 67,2

106 9,42 3,7 0,5 66,7

107 9,44 3,6 0,3 65,8

108 9,46 3,5 0,2 65,4

109 9,48 3,5 0,4 65,6

110 9,50 3,3 0,3 65,2

111 9,52 3,4 0,5 65,0

112 9,54 3,4 0,6 64,7

113 9,56 3,4 0,6 64,6

114 9,58 3,4 0,5 64,5

115 10,00 3,4 0,8 64,5

116 10,02 3,3 0,6 64,2

117 10,04 3,3 0,4 64,1

118 10,06 3,3 0,3 64,1

119 10,08 3,3 0,2 63,9

120 10,10 3,2 0,3 63,7

121 10,12 3,2 0,3 63,7

122 10,14 3,2 0,0 63,6

123 10,16 3,1 0,2 63,6

124 10,18 3,1 0,4 63,4

125 10,20 3,0 0,4 63,4

126 10,22 3,0 0,1 63,4

127 10,24 3,0 0,2 63,5

128 10,26 3,1 0,1 63,6

129 10,28 3,0 0,2 69,9

130 10,30 3,1 0,2 64,0

131 10,32 3,2 0,1 64,0

132 10,34 3,2 0,3 64,2

133 10,36 3,4 0,2 69,9

134 10,38 3,3 0,2 64,6

Page 170: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

170

135 10,40 3,4 0,4 64,6

136 10,42 3,4 0,3 64,7

137 10,44 3,4 0,3 64,9

138 10,46 3,3 0,2 64,7

139 10,48 6,9 0,3 65,0

140 10,50 9,9 0,7 84,7

141 10,52 11,2 3,1 85,5

142 10,54 11,6 3,6 81,0

143 10,56 13,5 4,5 81,2

144 10,58 13,7 6,2 84,5

145 11,00 14,3 6,9 84,1

146 11,02 14,5 7,1 84,6

147 11,04 14,6 7,3 84,4

148 11,06 14,8 7,4 84,5

149 11,08 14,9 7,5 84,6

150 11,10 15,0 7,9 84,5

151 11,12 15,0 8,0 84,3

152 11,14 15,3 7,8 84,6

153 11,16 15,4 8,1 84,7

154 11,18 15,5 8,2 84,8

155 11,20 15,8 8,4 85,1

156 11,22 16,0 8,8 85,2

157 11,24 16,2 8,5 85,4

158 11,26 16,0 9,0 85,3

159 11,28 16,0 8,8 84,8

160 11,30 16,0 8,8 85,0

161 11,32 16,1 9,2 85,1

162 11,34 15,6 9,2 85,4

163 11,36 14,4 7,3 84,6

164 11,38 13,2 6,2 84,1

165 11,40 11,4 4,3 84,3

166 11,42 10,1 3,6 85,0

167 11,44 7,1 0,9 84,6

168 11,46 6,4 0,8 73,3

169 11,48 4,3 0,7 71,5

170 11,50 3,1 0,6 64,5

171 11,52 3,1 0,6 64,2

172 11,54 2,9 0,5 63,4

Page 171: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

171

173 11,56 2,7 0,5 63,5

174 11,58 2,4 0,5 63,2

175 12,00 2,4 0,6 63,4

176 12,02 2,4 0,6 63,4

177 12,04 2,7 0,4 64,6

178 12,06 2,8 0,6 64,5

179 12,08 2,4 0,6 64,1

180 12,10 2,0 0,4 62,9

181 12,12 1,9 0,4 62,9

182 12,14 2,5 0,5 66,6

183 12,16 3,0 0,6 64,8

184 12,18 3,4 0,7 64,4

185 12,20 4,6 0,7 66,7

186 12,22 5,6 0,7 70,9

Page 172: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

172

APÊNDICE F – RSTUDIO – Maçã Gala AR

acumdadosGA acumexpGA

0,06164384 0,03447928

0,0890411 0,05127052

0,10958904 0,06776974

0,15068493 0,08398203

0,17808219 0,09991237

0,24657534 0,11556567

0,30136986 0,13094675

0,31506849 0,14606033

0,33561644 0,16091108

0,34246575 0,17550356

0,34931507 0,18984227

0,35616438 0,20393161

0,3630137 0,24474645

0,36986301 0,25788096

0,37671233 0,27078705

0,38356164 0,33202783

0,39041096 0,34364444

0,40410959 0,35505903

0,42465753 0,36627511

0,43150685 0,37729614

0,44520548 0,38812549

0,45205479 0,39876652

0,47260274 0,41949662

0,47945205 0,42959207

0,48630137 0,43951196

0,49315068 0,45883718

0,5 0,46824847

0,50684932 0,47749609

0,51369863 0,50428513

0,52054795 0,52137703

0,52739726 0,56157276

0,53424658 0,56919738

0,54794521 0,61898338

0,55479452 0,62560959

Page 173: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

173

0,56164384 0,63212056

0,57534247 0,64480478

0,5890411 0,65098193

0,59589041 0,65705165

0,63013699 0,66301582

0,6369863 0,66887627

0,64383562 0,67463479

0,65068493 0,68029318

0,66438356 0,69668471

0,67123288 0,70195963

0,67808219 0,7071428

0,69178082 0,72698966

0,70547945 0,73173755

0,71232877 0,73640286

0,71917808 0,74991762

0,73287671 0,76273948

0,73972603 0,76686564

0,74657534 0,77490395

0,75342466 0,7826651

0,76712329 0,79015865

0,7739726 0,80091732

0,78767123 0,81440911

0,79452055 0,82999541

0,80136986 0,83871163

0,80821918 0,8496421

0,81506849 0,85225696

0,82191781 0,85983182

0,83561644 0,86933098

0,84246575 0,87603045

0,84931507 0,88238643

0,8630137 0,88644166

0,86986301 0,89597852

0,87671233 0,89956511

0,88356164 0,90637156

0,90410959 0,91271673

0,9109589 0,91719179

0,91780822 0,92143741

0,92465753 0,92280368

0,93835616 0,92414619

0,94520548 0,92803526

Page 174: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

174

0,95205479 0,93172493

0,95890411 0,93291229

0,96575342 0,95439415

0,97260274 0,95966462

0,97945205 0,9684487

0,98630137 0,98000515

0,99315068 0,98879313

1 0,99123371

> acumgalaAr <- read.delim2("C:/Users/NATY MONTOYA/Dropbox/RStudio/acumgalaAr.txt")

> View(acumgalaAr)

> ks.test(x=acumgalaAr$acumdadosGA, y=acumgalaAr$acumexpGA )

Two-sample Kolmogorov-Smirnov test

data: acumgalaAr$acumdadosGA and acumgalaAr$acumexpGA

D = 0.10976, p-value = 0.7099

alternative hypothesis: two-sided

Page 175: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

175

APÊNDICE G – RSTUDIO – Maçã Fuji AR

AcumFA AcumexpFA

0,06164384 0,03467168

0,0890411 0,05155409

0,12328767 0,06814124

0,16438356 0,0844383

0,19178082 0,10045035

0,25342466 0,11618236

0,29452055 0,13163925

0,30821918 0,14682581

0,32191781 0,16174677

0,33561644 0,17640679

0,35616438 0,20496215

0,3630137 0,23252745

0,36986301 0,2459496

0,37671233 0,28482398

0,38356164 0,33355696

0,39041096 0,34521223

0,41780822 0,35666366

0,43150685 0,36791482

0,43835616 0,37896921

0,45205479 0,40050139

0,46575342 0,42128702

0,48630137 0,431408

0,49315068 0,45112204

0,5 0,46072124

0,50684932 0,47941894

0,52054795 0,51489198

0,52739726 0,57125297

0,53424658 0,57875123

0,54109589 0,61432076

0,55479452 0,62769291

0,56849315 0,6342041

0,5890411 0,64688686

0,59589041 0,65306238

0,62328767 0,66509129

0,64383562 0,67094843

0,65068493 0,67670313

Page 176: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

176

0,65753425 0,68791238

0,67123288 0,70400177

0,67808219 0,71426453

0,68493151 0,72899536

0,70547945 0,7337349

0,71232877 0,74296676

0,71917808 0,75187853

0,73972603 0,76467021

0,75342466 0,77680242

0,76027397 0,79201138

0,76712329 0,79564884

0,7739726 0,80273404

0,78082192 0,81290391

0,78767123 0,82254948

0,79452055 0,83464117

0,80136986 0,84860379

0,81506849 0,85125153

0,82191781 0,85640889

0,83561644 0,86853347

0,84246575 0,87531111

0,84931507 0,88783615

0,86986301 0,89361866

0,88356164 0,90597829

0,89041096 0,90762262

0,89726027 0,9108255

0,90410959 0,91391733

0,9109589 0,91978311

0,91780822 0,92391862

0,93150685 0,92524919

0,93835616 0,92784092

0,95205479 0,9303428

0,95890411 0,93275793

0,96575342 0,95357744

0,97260274 0,96039347

0,97945205 0,96851131

0,98630137 0,98145272

0,99315068 0,98868301

1 0,99131452

Acumfujiar <- read.delim2("C:/Users/NATY MONTOYA/Dropbox/RStudio/Acumfujiar.txt")

> View(Acumfujiar)

> ks.test(x=Acumfujiar$AcumFA, y=Acumfujiar$AcumexpFA)

Page 177: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

177

Two-sample Kolmogorov-Smirnov test

data: Acumfujiar$AcumFA and Acumfujiar$AcumexpFA

D = 0.10811, p-value = 0.7838

alternative hypothesis: two-sided

APÊNDICE H – RSTUDIO – Maçã Gala IR

AcumGIR AcumexpGIR

0,06849315 0,04796954

0,2739726 0,093638004

0,4109589 0,137115772

0,53424658 0,178507932

0,5890411 0,217914528

0,62328767 0,255430809

0,68493151 0,291147451

0,69178082 0,325150782

0,7260274 0,357522988

0,73287671 0,44561672

0,73972603 0,472210231

0,74657534 0,544578532

0,75342466 0,607023999

0,7739726 0,625874877

0,78767123 0,72143796

0,79452055 0,782140675

0,80136986 0,812012625

0,80821918 0,837788659

0,81506849 0,845569862

0,82191781 0,852977805

0,82876712 0,860030392

0,84246575 0,890531803

0,84931507 0,92240319

0,85616438 0,9296692

0,8630137 0,933042936

0,86986301 0,944995303

0,87671233 0,947633853

0,89041096 0,954814078

0,89726027 0,959045197

Page 178: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

178

acumgalaIR <- read.delim2("C:/Users/NATY MONTOYA/Dropbox/RStudio/acumgalaIR.txt")

> View(acumgalaIR)

> ks.test(x=acumgalaIR$AcumGIR, y=acumgalaIR$AcumexpGIR)

Two-sample Kolmogorov-Smirnov test

data: acumgalaIR$AcumGIR and acumgalaIR$AcumexpGIR

D = 0.22727, p-value = 0.2072

alternative hypothesis: two-sided

0,90410959 0,964660747

0,9109589 0,970969084

0,91780822 0,97494968

0,92465753 0,977295342

0,93150685 0,979421361

0,93835616 0,980408509

0,94520548 0,983094811

0,95205479 0,987412917

0,95890411 0,991077614

0,96575342 0,995936554

0,97260274 0,997958232

0,97945205 0,998403163

0,98630137 0,999236123

0,99315068 0,99992421

1 0,999953642

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179

APÊNDICE I– RSTUDIO – Maçã Fuji IR

AcumFIR AcumexpFIR

0,04794521 0,047781191

0,2260274 0,09327934

0,42465753 0,136603533

0,52739726 0,177857644

0,60273973 0,217140585

0,65068493 0,254546541

0,69178082 0,290165195

0,70547945 0,324081947

0,71917808 0,356378117

0,7260274 0,387131137

0,73287671 0,496134549

0,73972603 0,543134786

0,74657534 0,585750871

0,7739726 0,624391757

0,78082192 0,705951551

0,78767123 0,758250315

0,79452055 0,791274176

0,80821918 0,810743983

0,82191781 0,844404613

0,82876712 0,858918448

0,83561644 0,872078442

0,84246575 0,899855404

0,84931507 0,925346864

0,85616438 0,92891388

0,8630137 0,935544746

0,87671233 0,944349562

0,89041096 0,954247418

0,89726027 0,95643353

0,90410959 0,96418216

0,9109589 0,970552637

0,92465753 0,976946854

0,93150685 0,978048361

0,93835616 0,981047033

0,94520548 0,981952628

0,95205479 0,987801455

0,95890411 0,990450255

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180

0,96575342 0,996747626

0,97260274 0,997801662

0,97945205 0,998361241

0,98630137 0,999174286

0,99315068 0,99992126

1 0,999954049

acumfujiIR <- read.delim2("C:/Users/NATY MONTOYA/Dropbox/RStudio/acumfujiIR.txt")

> View(acumfujiIR)

> ks.test(x=acumfujiIR$AcumFIR, y=acumfujiIR$AcumexpFIR)

Two-sample Kolmogorov-Smirnov test

data: acumfujiIR$AcumFIR and acumfujiIR$AcumexpFIR

D = 0.21429, p-value = 0.2924

alternative hypothesis: two-sided

Page 181: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

181

APÊNDICE J – RSTUDIO – Pêra ID BO B4 48 C9 1 Ar

AcumP1ar AcumexpP1ar

0,00537634 0,279834271

0,01075269 0,29284921

0,01612903 0,342599011

0,03225806 0,354479656

0,03763441 0,363829395

0,04301075 0,366145593

0,06989247 0,377600701

0,09139785 0,388848791

0,17741935 0,399893603

0,19354839 0,410738812

0,22580645 0,421388025

0,27419355 0,431844784

0,31182796 0,442112567

0,35483871 0,452194789

0,41935484 0,462094804

0,44623656 0,471815904

0,48924731 0,481361323

0,5483871 0,490734236

0,65053763 0,49993776

0,67741935 0,508974957

0,6827957 0,526562338

0,69892473 0,535118371

0,70967742 0,543519779

0,72043011 0,551769355

0,7311828 0,559869844

0,73655914 0,567823939

0,74193548 0,575634287

0,74731183 0,590834085

0,75268817 0,605489461

0,75806452 0,626494199

0,76344086 0,646380592

0,7688172 0,652771253

0,77419355 0,677199651

0,78494624 0,699909451

Page 182: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

182

0,79032258 0,740648382

0,80107527 0,745335421

0,80645161 0,771731478

0,81182796 0,799089289

0,8172043 0,802720176

0,82258065 0,813223853

0,82795699 0,832583254

0,83333333 0,847174157

0,83870968 0,855310991

0,84408602 0,860493417

0,84946237 0,8630146

0,85483871 0,8679211

0,8655914 0,87265186

0,87096774 0,874953314

0,87634409 0,889940066

0,88172043 0,9131712

0,88709677 0,917794185

0,89784946 0,91927982

0,90322581 0,923577567

0,90860215 0,926314841

0,91397849 0,92764649

0,91935484 0,928954073

0,92473118 0,931498774

0,93010753 0,932736738

0,93548387 0,933952329

0,94086022 0,935145952

0,94623656 0,936318004

0,9516129 0,937468874

0,95698925 0,940798189

0,96774194 0,942918661

0,98387097 0,944963183

0,99462366 0,945957816

1 0,947893482

AcumPera1ar <- read.delim2("C:/Users/NATY MONTOYA/Dropbox/RStudio/AcumPera1ar.txt")

> View(AcumPera1ar)

> ks.test(x=AcumPera1ar$AcumPear, y=AcumPera1ar$AcuexpPear)

Two-sample Kolmogorov-Smirnov test

data: AcumPera1ar$AcumPear and AcumPera1ar$AcuexpPear

D = 0.20896, p-value = 0.1073

alternative hypothesis: two-sided

Page 183: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

183

APÊNDICE K – RSTUDIO – Pêra ID 68 C9 0B 17 Ar

AcumPrar AcumexpPrar

0,00537634 0,29455763

0,01075269 0,30739467

0,03225806 0,35644896

0,03763441 0,36815975

0,06989247 0,37965744

0,10215054 0,3909459

0,16666667 0,40202895

0,1827957 0,41291031

0,22580645 0,42359367

0,2688172 0,43408262

0,31182796 0,4443807

0,36021505 0,45449138

0,43010753 0,46441808

0,45698925 0,47416414

0,48387097 0,48373285

0,58602151 0,49312744

0,65053763 0,50235107

0,67741935 0,51140686

0,6827957 0,52029786

0,69892473 0,53759743

0,72580645 0,54601183

0,73655914 0,55427312

0,74193548 0,57034744

0,74731183 0,58584206

0,75268817 0,6007779

0,75806452 0,61517511

0,76344086 0,62905311

0,77419355 0,64243062

0,77956989 0,67380164

0,78494624 0,69128719

0,79032258 0,70242034

0,79569892 0,71837182

0,80107527 0,72852822

0,80645161 0,76988585

0,81182796 0,77407327

0,82258065 0,79764527

Page 184: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

184

0,82795699 0,8119772

0,83333333 0,83766773

0,83870968 0,84352195

0,84408602 0,8519098

0,84946237 0,85984804

0,85483871 0,87214414

0,8655914 0,87675502

0,87096774 0,88119963

0,87634409 0,89359463

0,88172043 0,91144635

0,88709677 0,91619318

0,89247312 0,91921552

0,89784946 0,9235459

0,90322581 0,92764415

0,90860215 0,92896081

0,91397849 0,93025353

0,91935484 0,93152271

0,92473118 0,93399222

0,93010753 0,93519337

0,93548387 0,93637267

0,94086022 0,93648941

0,94623656 0,93978335

0,9516129 0,94087912

0,95698925 0,94195495

0,96236559 0,94301121

0,96774194 0,9450664

0,98924731 0,94704748

0,99462366 0,94801106

1 0,94895711

AcumPera2ar <- read.delim2("C:/Users/NATY MONTOYA/Dropbox/RStudio/AcumPera2ar.txt")

> View(AcumPera2ar)

> ks.test(x=AcumPera2ar$AcumPrar, y=AcumPera2ar$AcumexpPrar)

Two-sample Kolmogorov-Smirnov test

data: AcumPera2ar$AcumPrar and AcumPera2ar$AcumexpPrar

D = 0.18462, p-value = 0.219

alternative hypothesis: two-sided

Page 185: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

185

APÊNDICE L– RSTUDIO – Pêra ID BO B4 48 C9 1 IR

AcumPeIR AcumexpPeIR

0,08602151 0,14030946

0,22043011 0,26093218

0,43548387 0,36463039

0,55913978 0,45377876

0,60752688 0,53041877

0,69892473 0,59630546

0,75268817 0,65294762

0,79569892 0,70164236

0,81182796 0,74350476

0,8172043 0,95137687

0,82258065 0,97344101

0,82795699 0,98312523

0,83870968 0,99078264

0,84946237 0,9956717

0,85483871 0,996279

0,8655914 0,99849785

0,87096774 0,99888981

0,87634409 0,9991795

0,88172043 0,99984446

0,88709677 0,99991504

0,89247312 0,99992696

0,89784946 0,99995359

0,90322581 0,99997821

0,90860215 0,99998389

0,91935484 0,99998615

0,92473118 0,9999881

0,93010753 0,99999244

0,94086022 0,9999935

0,94623656 0,99999441

0,9516129 0,99999519

0,95698925 0,99999587

0,96236559 0,99999695

0,96774194 0,99999738

0,97849462 0,99999833

Page 186: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

186

0,98387097 0,99999877

1 0,99999909

AcumPera1IR <- read.delim2("C:/Users/NATY MONTOYA/Dropbox/RStudio/AcumPera1IR.txt")

> View(AcumPera1IR)

> ks.test(x=AcumPera1IR$AcumPeIR, y=AcumPera1IR$AcumexpPeIR)

Two-sample Kolmogorov-Smirnov test

data: AcumPera1IR$AcumPeIR and AcumPera1IR$AcumexpPeIR

D = 0.63889, p-value = 3.205e-07

alternative hypothesis: two-sided

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187

APÊNDICE M– RSTUDIO – Pêra ID 68 C9 0B 17 IR

AcumPrIR AcumexpPrIR

0,00537634 0

0,08602151 0,13915319

0,27956989 0,25894277

0,43548387 0,36206324

0,56451613 0,45083418

0,62903226 0,52725235

0,69892473 0,5930367

0,77419355 0,64966694

0,79569892 0,6984169

0,80645161 0,74038315

0,81182796 0,87726674

0,8172043 0,95005207

0,82258065 0,96813638

0,82795699 0,98493655

0,83333333 0,98883712

0,83870968 0,99039047

0,85483871 0,99545712

0,86021505 0,99840848

0,8655914 0,99862994

0,87096774 0,99882059

0,87634409 0,99898471

0,88172043 0,99980467

0,89247312 0,99990766

0,89784946 0,99996765

0,90322581 0,99997603

0,91397849 0,99998223

0,91935484 0,99998471

0,92473118 0,99998683

0,93010753 0,99998867

0,93548387 0,9999916

0,94086022 0,99999277

0,94623656 0,99999378

0,9516129 0,99999464

0,95698925 0,99999539

Page 188: Avaliação e Aplicação da Tecnologia RFID na …repositorio.unicamp.br/.../MontoyaMoreno_GisetNatalia_M.pdfMontoya Moreno, Giset Natalia, 1989 M76 8a Mon Avaliação e aplicação

188

0,96236559 0,99999658

0,96774194 0,99999706

0,98387097 0,99999812

0,98924731 0,99999861

1 0,99999897

AcumPera2IR <- read.delim2("C:/Users/NATY MONTOYA/Dropbox/RStudio/AcumPera2IR.txt")

> View(AcumPera2IR)

> ks.test(x=AcumPera2IR$AcumPrIR, y=AcumPera2IR$AcumexpPrIR)

Two-sample Kolmogorov-Smirnov test

data: AcumPera2IR$AcumPrIR and AcumPera2IR$AcumexpPrIR

D = 0.61538, p-value = 3.21e-07

alternative hypothesis: two-sided