avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

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Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações in- line produzidas pelo fenômeno do VIV Gabriel Nogueira Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Engenheiro. Orientador: Prof. Gilberto Bruno Ellwanger, D. Sc. Rio de Janeiro Dezembro 2015

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Page 1: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações in-

line produzidas pelo fenômeno do VIV

Gabriel Nogueira

Projeto de Graduação apresentado ao

Curso de Engenharia Civil da Escola

Politécnica, Universidade Federal do

Rio de Janeiro, como parte dos

requisitos necessários para obtenção

do título de Engenheiro.

Orientador:

Prof. Gilberto Bruno Ellwanger, D. Sc.

Rio de Janeiro

Dezembro 2015

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Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações in-

line produzidas pelo fenômeno do VIV

Gabriel Nogueira

PROJETO DE GRADUAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DA

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE

JANEIRO.

Examinada por:

________________________________________________

Prof. Gilberto Bruno Ellwanger, D.Sc. (Orientador)

________________________________________________

Prof. Sergio Hampshire de Carvalho Santos, D.Sc.

________________________________________________

Pesq. Fernando Jorge Mendes de Sousa, D.Sc.

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

DEZEMBRO 2015

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iv

“A persistência é o caminho do êxito”

Charles Chaplin

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v

AGRADECIMENTOS

O autor deseja expressar seus sinceros agradecimentos,

A Deus que por sua infinita bondade, misericórdia e seu abundante amor me

deu força de vontade para superar os momentos difíceis, que não foram poucos, e

alegria para desfrutar das vitórias.

Ao meu Orientador Gilberto Bruno Ellwanger que, com dedicação, mostrou

verdadeiramente sua vocação para orientar e em tudo esteve presente para que este

trabalho fosse realizado.

Aos professores da UFRJ e profissionais do LACEO pelo conhecimento

fornecido e pelo confortável ambiente de trabalho.

Aos meus amigos da graduação, que me incentivaram e com seu

companheirismo conquistaram cada batalha ao meu lado.

E por fim, mas não com menor valor, aos meus pais Antonio João e Tania

Mara, meus constantes companheiros, por estarem ao meu lado torcendo e lutando.

Isto foi fundamental para que eu alcançasse a linha de chegada.

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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte

dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.

Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações in-line

produzidas pelo fenômeno do VIV

Gabriel Nogueira

Dezembro/2015

Orientador: Prof. Gilberto Bruno Ellwanger, D.Sc.

Curso: Engenharia Civil

O presente trabalho visa avaliar a fadiga de um jumper rígido submarino devida a

vibrações in-line produzidas pelo fenômeno do VIV (vibrações induzidas por vórtices)

decorrente da ação de correntes marinhas. As análises feitas são apresentadas por

estudos de casos, onde levaram-se em consideração as referências normativas de órgãos

técnicos especializados. Tal avaliação foi possível graças à análise matricial das

estruturas incorporada em uma planilha MathCAD, que discretiza o jumper através de

elementos de pórtico espacial. Este estudo serviu para validar também a crescente

consciência de que os jumpers rígidos submarinos são de fato suscetíveis às Vibrações

Induzidas por Vórtices, em especial na direção da corrente (VIV in-line).

O jumper é uma estrutura de interligação submarina cuja principal função é de

ser um conector de transporte de fluidos entre dois componentes de produção

submarinos, quaisquer que sejam eles (PLET, PLEM, Risers, etc.), que está exposta às

correntes oceânicas, sendo susceptível à ocorrência das VIV.

O estudo das vibrações induzidas por vórtices vem adquirindo um papel muito

importante na exploração das reservas de petróleo e gás offshore. Isto acontece devido

ao aumento das profundidades de exploração e das forças de correntes geradas pelo

meio ambiente.

Palavras-chave: Jumper, Offshore, Fadiga, Vibrações Induzidas por Vórtices,

Análise Matricial das Estruturas.

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Abstract of the Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment

of the requirements for the degree of Civil Engineer.

Fatigue Evaluation in Rigid Jumpers due to In-Line Vibrations

Produced by the VIV Phenomenon

Gabriel Nogueira

December/2015

Advisor: Gilberto Bruno Ellwanger (D.Sc.)

Course: Civil Engineering

This work aims to evaluate the fatigue of an underwater rigid jumper due to in-

line vibrations produced by the VIV (vortex-induced vibrations) phenomenon due to the

action of ocean currents. These analyzes are presented through case studies, which took

into account the normative references of specialized technical bodies. Such evaluation

was possible due to the matrix analysis of structures done in a MathCAD spreadsheet,

which discretizes the jumper through space frame elements. This study also served to

validate the growing awareness that the underwater rigid jumpers are indeed susceptible

to vortex-induced vibrations, especially in the direction of the current (VIV in-line).

The jumper is a submarine interconnection structure whose main function is to be

a connector for the transport of fluids between two subsea production components, such

as PLET, PLEM, Riser, etc., which is exposed to ocean currents, being susceptible to

the occurrence of VIV.

The study of vortex-induced vibrations is acquiring an important role in the oil

and gas industry. This happens due to the increase of exploration depths and due to the

forces generated by the environmental current.

Keywords: Jumper, Offshore, Fatigue, Vortex-induced vibrations, Matrix

Analysis of Structures.

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO .......................................................................................... 1

1.1 MOTIVAÇÃO E CONTEXTO............................................................................................... 1

1.2 OBJETIVO ........................................................................................................................ 3

1.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ........................................................................................ 3

CAPÍTULO 2 – O JUMPER ................................................................................................. 5

2.1 DEFINIÇÃO E FUNÇÕES .................................................................................................... 5

2.2 CONFIGURAÇÕES ............................................................................................................ 7

2.3 COMPONENTES ............................................................................................................... 8

2.4 COMPOSIÇÃO MATERIAL DOS TUBOS ........................................................................... 10

CAPÍTULO 3 – DETERMINAÇÃO DA FADIGA DEVIDO ÀS VIV ........................... 12

3.1 GERAL ........................................................................................................................... 12

3.2 VIBRAÇÕES INDUZIDAS POR VÓRTICES ......................................................................... 13

3.2.1 Introdução ......................................................................................................................... 13

3.2.2 Fenômeno do VIV .............................................................................................................. 13

3.2.3 Camada Limite ................................................................................................................... 18

3.2.4 Formação de Vórtices ........................................................................................................ 19

3.2.5 Frequência de Shedding ou de Strouhal ............................................................................ 20

3.2.6 Ressonância in-line ............................................................................................................ 20

3.2.7 Parâmetros Adimensionais Importantes ........................................................................... 21

3.3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA FADIGA .......................................................................... 23

3.3.1 Regimes de Escoamento ................................................................................................... 24

3.3.2 Vibrações in-line ................................................................................................................ 26

3.3.3 Capacidade de Fadiga – Cálculo da vida útil ...................................................................... 30

Page 9: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

ix

CAPÍTULO 4 – ANÁLISE DINÂMICA DE ESTRUTURAS OFFSHORE ................... 32

4.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................. 32

4.2 EQUAÇÃO CARACTERÍSTICA DE UM SISTEMA PARA VIBRAÇÕES LIVRES ........................ 32

4.3 MATRIZ DE RIGIDEZ ....................................................................................................... 35

4.4 MATRIZ DE MASSA ........................................................................................................ 38

4.4.1 Matriz de Massa Concentrada........................................................................................... 38

4.4.2 Matriz de Massa Adicional ................................................................................................ 39

4.5 IMPLEMENTAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO ...................................................... 40

CAPÍTULO 5 – FORMULAÇÃO COMPUTACIONAL ................................................. 42

5.1 DADOS DE ENTRADA E PROPRIEDADES DO JUMPER .......................................................... 42

5.2 FREQUÊNCIAS NATURAIS DA ESTRUTURA E MODOS DE VIBRAÇÃO ................................... 43

5.3 DETERMINAÇÃO DAS TENSÕES EM CADA NÓ .................................................................... 44

5.4 DETERMINAÇÃO DA AMPLITUDE DE VIBRAÇÃO E DA VARIAÇÃO DE TENSÕES IN-LINE ...... 45

5.5 CURVA S-N E DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE CICLOS RESISTENTES DO JUMPER ............ 46

5.6 DETERMINAÇÃO DOS CICLOS SOLICITANTES, DO DANO ANUAL E DA VIDA ÚTIL ............... 46

CAPÍTULO 6 – ESTUDOS DE CASOS ........................................................................... 48

6.1 PROPRIEDADES DO JUMPER EM ESTUDO .......................................................................... 49

6.1.1 Dados Iniciais ......................................................................................................................... 49

6.1.2. Frequências Naturais e Modo de Vibração do Jumper ......................................................... 51

6.1.3 Tensões Nodais no Jumper .................................................................................................... 53

6.2 ESTUDO DE CASO 1: FADIGA A LONGO PRAZO .................................................................. 57

6.3. ESTUDO DE CASO 2: FADIGA A CURTO PRAZO .................................................................. 61

6.3.1 Introdução ............................................................................................................................. 61

6.3.2 Dados de Entrada na Planilha ................................................................................................ 62

6.3.3 Resultados .............................................................................................................................. 64

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x

CAPÍTULO 7 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES ............................................................ 67

CAPÍTULO 8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................... 69

ANEXO A – RESULTADOS PARA OS DESLOCAMENTOS DO PRIMEIRO MODO DE

VIBRAÇÃO DO JUMPER ................................................................................................. 72

ANEXO B – POSIÇÃO DOS NÓS DO JUMPER ............................................................ 82

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CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO

1.1 MOTIVAÇÃO E CONTEXTO

Nas últimas décadas, o Brasil viu o desenvolvimento de novas tecnologias que

permitiram a extração de petróleo de poços localizados em águas cada vez mais

profundas. Uma conquista importante, que impulsionou o crescimento da produção, e

que trouxe consigo a expectativa de um país “auto-suficiente” em petróleo, apesar de

ainda depender da importação de alguns de seus derivados por questões relativas ao tipo

de petróleo predominante em suas bacias.

Ao mesmo tempo, um aumento expressivo no consumo fez com que essa

expectativa não permanecesse por muito tempo. A projeção da própria Petrobras é que a

partir de 2020 a estimativa de produção seja de 4.2 Mbpd (milhões de barris por dia).

Na previsão da estatal, em 2020, ela terá uma capacidade de refino de 3,6 milhões de

barris/dia e um consumo da ordem de 3.4 milhões de barris diários (O GLOBO, 2013).

A necessidade de se atender à demanda motiva cada vez mais à busca em

regiões com as mais diversificadas características. Em condições limites, se mencionam

as prospecções em alto mar, nas quais a lâmina d’água atinge 2.000 m a 3.000 m.

Nessas profundidades, além de se fazer necessário um planejamento de

exploração e produção mais cauteloso e robusto, ainda existem outros fatores

problemáticos como os custos com transporte. Estes representam uma parcela

importante do preço final do petróleo, tendo em vista que para levá-lo das plataformas

de extração marítimas até o continente são utilizados navios petroleiros, em sua maior

parte terceirizados. Soma-se a isso o agravante de perigo ambiental presente em

operações de carga, descarga e deslocamento dos petroleiros, com uma quantidade

significativa de casos de derramamento de petróleo registrados ao redor do mundo

(REVISTA EXAME, 2010). Todos esses fatores influenciam na escolha da melhor

maneira de se escoar a produção.

Nesse contexto, a utilização de um sistema dutoviário submarino surgiu como

opção de transporte do óleo e do gás produzido. Desde a criação do PDET, Plano

Diretor de Escoamento e Tratamento de Óleo, em 2004, cujo objetivo foi propor a

Page 12: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

2

criação de um transporte alternativo para o escoamento do petróleo produzido na Bacia

de Campos e em complemento com a Lei de Queima Zero, implementada em 1998, que

propôs a redução da queima de gás natural para níveis internacionais e seu futuro

tratamento e beneficiamento em unidades apropriadas onshore, a malha de dutos

começou a ser criada e implantada em alternativa ao grande custo e menor segurança

operacional dos outros meios de transporte existentes como os navios aliviadores

(BARROS, 2014).

O presente trabalho se insere neste enredo, avaliando a vida útil de uma peça

importante para o sistema de escoamento e de desenvolvimento de campos de petróleo

submarinos em água profundas, o jumper. O jumper é um pedaço de duto com

diferentes formatos que serve de ligação entre dois componentes submarinos, sejam eles

Risers, Pipeline End Manifolds (PLEMs) ou Pipeline End Terminations (PLETs). Além

de permitir a conexão, o jumper agrega também uma flexibilidade ao conjunto tornando

viáveis diversos projetos e configurações submarinas de exploração.

Sendo assim, a motivação se deu pela importância operacional e física que o

jumper possui no desenvolvimento de um campo submarino.

Figura 1-1 – Sistema Dutoviário de um Campo – Jumper em Detalhe (BARROS,

2014).

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3

1.2 OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é avaliar a fadiga de um jumper rígido submarino

devida a vibrações in-line produzidas pelo fenômeno do VIV para um dos

comportamentos modais da estrutura. Tal avaliação foi feita com uma planilha

desenvolvida no software MathCAD 15 que, através da teoria da análise matricial das

estruturas, fez a análise de um jumper através de elementos de pórtico espacial. Parte-se

da geometria para se obter as frequências naturais e os modos de vibração da mesma até

se chegar às verificações das tensões máximas e de fadiga ocasionadas por diversos

carregamentos distintos.

As análises foram feitas de acordo com as referências normativas da DNV-RP-

F105 (2006) e DNV-RP-C203 (2011). A escolha das situações para análise no Cap. 6

foi influenciada pelo critério de seleção para VIV Out-of-Plane realizado por BARROS

(2014) em sua Tabela 7-37, por se tratar de um jumper com características semelhantes

e por este autor também seguir as referências normativas da DNV.

1.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Após o capítulo introdutório, a presente monografia encontra-se organizada

conforme os parágrafos a seguir.

O Capítulo 2 apresenta uma breve descrição da estrutura do jumper e seus

aspectos mais relevantes como: definição e funções, configurações, componentes e

composição material.

O Capítulo 3 faz uma breve explanação do fenômeno de VIV, bem como os

parâmetros hidrodinâmicos mais importantes relacionados a este fenômeno. Em

seguida, é apresentado um modelo de avaliação da fadiga para a direção in-line, de

acordo com a norma DNV-RP-F105 (2006), onde é tratado em termos de metodologia

de cálculo o fenômeno supracitado.

No Capítulo 4, são apresentados os fundamentos da dinâmica estrutural

utilizados na planilha MathCAD para se obter os períodos naturais da estrutura e seus

modos de vibração. Nesse capítulo apresenta-se também a equação característica das

vibrações livres e todas as considerações feitas para se representar adequadamente as

matrizes de rigidez e de massa globais da estrutura.

Page 14: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

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No Capítulo 5, descreve-se o passo-a-passo adotado pela planilha desenvolvida

para avaliar a fadiga no jumper rígido para os diferentes estudos de casos que são

apresentados no Capítulo 6.

No Capítulo 6, são apresentados os estudos de caso de um jumper. Os estudos se

baseiam em cenários hipotéticos, apresentando as dimensões do jumper analisado e as

correntes marítimas incidentes sobre o mesmo.

Por fim, no Capítulo 7 são apresentadas as principais conclusões do trabalho e

sugestões para trabalhos futuros.

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CAPÍTULO 2 – O JUMPER

2.1 DEFINIÇÃO E FUNÇÕES

O jumper é uma estrutura de interligação submarina muito importante, cujo

principal papel é de ser um conector de transporte de fluidos entre dois componentes de

produção submarinos, sejam eles Árvores de Natal, Risers, Manifolds, PLEMs, PLETs,

etc. Para ser definido como jumper, a conexão entre os elementos deve se dar na

vertical, como apresentado na Figura 2-1.

Figura 2-1 – Jumper rígido.

Além de sua função principal, esta estrutura soluciona problemas ocasionados

pela própria disposição do sistema submarino e pela irregularidade da batimetria como,

por exemplo, a diferença de angulações e níveis entre equipamentos submarinos que

precisam ser interligados. O jumper também é capaz de absorver a expansão térmica das

linhas, que deslocarão as estruturas conectadas pelo jumper, o que fornece um grau de

flexibilidade ao sistema.

Nas Figuras 2-2 e 2-3, pode-se observar o jumper em fase de fabricação e o

jumper no canteiro de obras com os supressores de vórtices (Strakes) já instalados.

Page 16: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

6

Figura 2-2 – Fase de fabricação de um jumper rígido (BARROS, 2014).

Figura 2-3 – Jumper rígido com Strakes no canteiro (BARROS, 2014).

Diante das recentes descobertas do Pré-Sal e, consequentemente, do aumento

das profundidades para a exploração do petróleo, o jumper se tornou um elemento

fundamental para os modelos propostos de interligação e de desenvolvimento dos

campos.

Page 17: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

7

2.2 CONFIGURAÇÕES

Um jumper típico é composto por dois conectores nas extremidades e uma

estrutura tubular (um ou mais tubos) entre os dois conectores. Se essa estrutura for

rígida, o jumper será chamado de jumper rígido. Caso contrário, se o tubo for flexível, o

jumper será um jumper flexível (Figura 2-4).

Figura 2-4 – Jumper flexível (BARROS, 2014).

A Figura 2-5 apresenta algumas configurações de jumpers rígidos. Para essa

classe de jumper de tubo rígido, os modelos em forma de M e U invertido são os mais

comumente utilizados. Além destes, existem os modelos em forma de Z horizontal e

outros mais complexos como o jumper 3D. A Figura 2-6 mostra mais alguns desses

modelos. Os estudos de casos do Cap. 6 focam em um jumper rígido 2D de formato M.

Figura 2-5 – Configurações de Jumper 2D Rígidos (BAY, 2010).

Page 18: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

8

Figura 2-6 – Configurações de Jumper 2D e 3D Rígidos (2HOFFSHORE, 2011).

As configurações dos jumpers são ditadas por parâmetros de projeto, interfaces

com equipamentos submarinos e os diferentes modos de operação do jumper. Como

exemplo, as configurações apresentadas nas Figuras 2-5 (a) e (c) dispõem de curvas

para conectar os tubos retos, enquanto que na Figura 2-5 (b), cotovelos são utilizados

para conectar os tubos rígidos.

Segundo a norma ISO-15590 (2009), para que a tubulação possa permitir a

passagem de PIG (ferramenta mais eficaz para inspeção e limpeza de dutos visando à

garantia de integridade) deve-se adotar um raio de cinco vezes o diâmetro da mesma em

seus trechos curvos (5D). Em alguns casos, pode-se permitir o raio de três vezes (3D) o

diâmetro.

2.3 COMPONENTES

Os jumpers rígidos são compostos, basicamente, por três conjuntos estruturais: os

trechos retos, chamados de linepipes, as curvas ou bends e os conectores. Os trechos

retos são tubos de aço (Figura 2-7) padronizados segundo as normas (BARROS, 2014).

As curvas também são tubos de aço padronizados por norma, que passam por processo

de dobramento. Todos os tubos são revestidos externamente com camadas contra

corrosão podendo também apresentar uma camada mais externa de proteção térmica.

Internamente, o tubo pode também ser revestido/pintado contra corrosão (camada esta

conhecida como lining na literatura), dependendo da corrosividade do fluido (exemplo:

alta quantidade de H2S) e das premissas de projeto adotadas.

Page 19: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

9

Figura 2-7 – Tubos de aço (RUUKKI, 2013).

No processo de dobramento dos bends, o tubo “perde” um pouco de espessura no

lado onde as fibras são tracionadas e “ganha” onde as fibras são comprimidas. Sendo

assim, após o dobramento, a espessura do lado tracionado deverá ser menor que a

original do tubo. Um esquemático é apresentado na Figura 2-8 em que sva é a espessura

pós dobramento da parte tracionada e svi a espessura da parte comprimida.

Figura 2-8 – Variação das espessuras em curvas (BARROS, 2014).

Page 20: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

10

Para solucionar este problema e garantir que após o dobramento este mantenha

uma espessura igual ou maior que a original, faz-se a escolha, para as curvas, de um

tubo com uma espessura relativamente maior. No caso, para curvas de raio igual a 5

vezes o diâmetro, adota-se uma espessura padrão acima de 10% da original e para

curvas de raio igual a três vezes adota-se a espessura padrão acima de 15% da original.

Além dos tubos retos e das curvas, o jumper é composto pelos conectores, os

quais são responsáveis por fazer a conexão entre o jumper e as estruturas (PLEM,

PLET, etc.). Os conectores são componentes complexos com muitas peças fabricadas

em aço forjado (BARROS, 2014).

2.4 COMPOSIÇÃO MATERIAL DOS TUBOS

O aço, utilizado para produção das tubulações, é um material que, dependendo de

sua composição química e tratamento termomecânico, pode apresentar excelentes

propriedades de resistência à corrosão. Entretanto, para atingir tais características, os

elementos de liga utilizados e os tratamentos termomecânicos encareceriam a produção

de tal forma que inviabilizariam o projeto. Sendo assim, como solução para a gama de

necessidades do aço são utilizados diversos tipos de revestimentos, descritos a seguir:

Para conferir proteção contra corrosão interna durante a vida útil da

tubulação, utilizam-se revestimentos anticorrosivos.

Para conferir proteção contra corrosão externa, utilizam-se revestimentos

externos ao tubo. Uma alternativa viável e muito utilizada é a proteção

catódica. A ideia deste processo consiste em tirar o material da zona de

corrosão e levá-lo para a de proteção, aplicando certo potencial na

tubulação. Este potencial aplicado dependerá do tipo de proteção catódica

utilizada, bem como dos materiais utilizados (como anodo de sacrifício,

por exemplo).

Quando existe perda de temperatura do fluido para o meio ambiente,

podendo ocasionar problemas no escoamento do fluido, utilizam-se os

revestimentos isolantes térmicos, que conferem proteção contra a

variação de temperatura.

Page 21: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

11

Na Figura 2-9, está apresentado um padrão de revestimento para jumper e

pipelines em geral.

Figura 2-9 – Revestimento 3LPP (BREDERO, 2015).

O 3LPP, Polipropileno tripla camada, consiste em uma camada de FBE (Fusion

Bonded Epoxi, explicado no próximo parágrafo) de alto desempenho, coberta por um

adesivo copolímero e por uma camada externa de polipropileno que fornece a mais

resistente e durável solução em revestimento de tubos para temperaturas de até 110°C.

O revestimento epóxi FBE (Fusion Bonded Epoxy) é um anticorrosivo de alto

desempenho que oferece excelente proteção para tubulações de diâmetros pequenos e

grandes, com temperaturas operacionais moderadas.

O 3LPE, Polietileno tripla camada, consiste de uma camada de epóxi FBE de alto

desempenho, seguida de um adesivo copolímero e de uma camada externa de

polietileno que oferece proteção resistente e duradoura para temperaturas de até 85°C.

Também é muito utilizado como revestimento térmico o Poliuretano, PU, que é

um acabamento 100% sólido, com dois componentes de alto desempenho, alta

espessura, de secagem rápida, de poliuretano aromático e rígido. Ele foi criado

especificamente como um revestimento de proteção anticorrosiva resistente à abrasão

para a proteção de longo prazo em dutos.

Page 22: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

12

CAPÍTULO 3 – DETERMINAÇÃO DA FADIGA DEVIDO ÀS

VIV

3.1 GERAL

Com a descoberta de novos campos de óleo e gás, a tendência da indústria

offshore é a caminhada para ambientes mais severos, com lâminas d’água cada vez

maiores. Logo, há um aumento do uso de equipamentos submarinos devido à

necessidade do transporte do óleo e/ou do gás para tratamento em terra ou até mesmo

em águas mais rasas. Isto implica na instalação de dutos submarinos e na utilização dos

jumpers para a conexão entre os equipamentos submarinos.

Em grande parte dos projetos de novos campos e de dutos submarinos para águas

profundas, os jumpers têm se tornado um grande desafio, pois a combinação das altas

velocidades de corrente próximas ao fundo, com a difícil e dispendiosa intervenção,

exigem uma atenção especial na integridade da estrutura e nas vibrações induzidas por

vórtices com o respectivo dano à fadiga.

É importante observar que o duto submarino pode vibrar tanto na direção do

fluxo (horizontalmente ou in-line) quanto transversalmente ao fluxo (verticalmente ou

cross-flow), sendo o primeiro tipo de vibração o foco deste trabalho. As vibrações

induzidas pelos carregamentos ambientais geram uma variação do estado de tensões da

estrutura, ocasionando o problema de fadiga. Para que o jumper não venha a romper por

fadiga, é preciso que a frequência de desprendimento de vórtices esteja a mais afastada

possível das frequências naturais do jumper, para que a oscilação dinâmica seja

minimizada.

Este capítulo descreve o fenômeno do VIV e como o jumper será avaliado em

relação ao mesmo, de acordo com as principais normas de dutos submarinos vigentes no

mercado.

Page 23: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

13

3.2 VIBRAÇÕES INDUZIDAS POR VÓRTICES

3.2.1 Introdução

É intuitivo que um corpo imerso em um meio fluido influa em seu escoamento. É

possível perceber uma região de perturbação no fluxo no entorno do corpo, dissipada à

medida que se afasta deste. A extensão da região de perturbação depende

fundamentalmente da geometria do corpo, velocidade de escoamento, viscosidade do

fluido e rugosidade da superfície, sendo também influenciada por outros fatores

secundários.

Os elementos imersos no mar estão sujeitos aos carregamentos hidrodinâmicos

devidos ao movimento do fluido e sua interação com a estrutura. A principal solicitação

decorrente é o arrasto, carregamento atuante na mesma direção e sentido do fluxo. Seus

efeitos são suficientemente conhecidos, e possuem formulações adequadas com

resultados satisfatórios.

Outro efeito a ser considerado, são as solicitações decorrentes do desprendimento

de vórtices, cujas consequências têm sido cada vez mais importantes no projeto de

estruturas offshore.

O desprendimento de vórtices pode gerar forças alternadas na estrutura

(carregamento cíclico) e dependendo da frequência de desprendimento dos vórtices

(frequência de shedding), quando esta se aproxima das frequências naturais da estrutura,

é possível que a estrutura entre em ressonância, podendo levar ao colapso por fadiga.

Nos itens a seguir, este fenômeno será abordado mais detalhadamente e as

principais grandezas relacionadas ao problema serão analisadas.

3.2.2 Fenômeno do VIV

Desde os tempos antigos, sabe-se que os ventos provocam vibrações induzidas

por desprendimento de vórtices em cordas esticadas de uma harpa (harpa eólica). Em

1878, Strouhal verificou que o som eólico gerado por um arame é proporcional à

velocidade do vento dividida pela espessura do arame. A periodicidade da esteira de um

cilindro foi associada com a formação de vórtices por Bernard em 1908 e com caminho

estável por Von Karman em 1912. Na Figura 3-1, tem-se dois tipos de esteiras de

Page 24: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

14

vórtices: um laminar e outro turbulento, característicos de um cilindro submetido a um

vento com velocidade constante.

Figura 3-1 – Esteira de vórtices sobre um cilindro circular (AVELEDA, 2003).

Através dos tempos, pesquisadores buscaram um modelo adequado para

representar este fenômeno. Um fluido de pequena viscosidade ao passar por um

obstáculo forma uma camada limite, junto a ele. Observa-se que a velocidade nesta

camada varia rapidamente, desde um valor nulo, junto à parede do obstáculo, até um

valor característico do escoamento na fronteira da camada limite, conforme apresentado

na Figura 3-2. Esta variação da magnitude da velocidade transversal na direção do

escoamento representa um escoamento rotacional dentro da camada limite. Para

determinadas velocidades do escoamento, a camada limite se desprende do obstáculo e

forma-se uma esteira de vórtices.

Figura 3-2 – Camada limite (SANTOS, 2005).

Em outras palavras, quando uma partícula fluida se choca contra o ponto anterior

do cilindro, sua pressão atinge o valor da pressão de estagnação. Ao contornar a

superfície do cilindro, a partícula vai perdendo energia devido ao atrito. Como o campo

Page 25: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

15

de pressões é incapaz de forçar a camada limite, esta se desprende da superfície do

cilindro aproximadamente na região de maior largura. Observa-se que na parte interna

da camada limite, a velocidade é mais lenta que na parte externa e o movimento torna-se

circular ao se separar do cilindro originando os vórtices. Uma vez que a separação

ocorre próxima da seção de maior largura do cilindro, origina-se a força dita de

sustentação que é transversal ao escoamento.

O número de Reynolds (Re) representa a relação entre as forças de inércia e as

forças viscosas (FOX, 2006). Caso o obstáculo seja um cilindro cujo eixo é

perpendicular ao fluxo, o número de Reynolds é expresso por:

𝑅𝑒 =𝑈.𝐷

𝜐 (3.1)

onde:

U – Velocidade do fluido.

D – Diâmetro.

υ – Viscosidade cinemática do fluido.

Na Figura 3-3, está relacionada a formação da esteira de vórtices com o número

de Reynolds, onde foi considerado que o obstáculo seja um cilindro com seu eixo

alocado perpendicularmente ao fluxo. Observa-se ainda que a formação de vórtices

ocorre, na maioria dos casos, de forma desordenada, introduzindo um fator de

complexidade na reprodução do fenômeno e dificultando a elaboração de um modelo

matemático que reproduza adequadamente as VIV.

Page 26: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

16

Figura 3-3 – Relação entre o número de Reynolds e a formação da esteira de

vórtices (SUMER, 2006).

Como consequência do desprendimento de vórtices, forças oscilatórias nos

sentidos transversal e/ou paralelo ao fluxo podem surgir (devido à variação da pressão

existente no entorno do obstáculo). Se a frequência de desprendimento de vórtices

(frequência de shedding) aproximar-se de qualquer uma das frequências naturais do

obstáculo, o mesmo começará a vibrar em ressonância.

A frequência circular de desprendimento de vórtices (ωs) depende de um

parâmetro de proporcionalidade designado número de Strouhal, St, e de duas outras

Page 27: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

17

grandezas, isto é, a velocidade da corrente, U, e o diâmetro do cilindro, D, que se

relacionam da seguinte forma:

𝜔𝑠 = 2. 𝜋.𝑆𝑡. 𝑈

𝐷 (3.2)

O número de Strouhal, St, relaciona-se com o número de Reynolds, Re, para

cilindros estacionários com paredes lisas, através da curva experimental apresentada na

Figura 3-4.

Figura 3-4 – Relação entre o número de Reynolds e o número de Strouhal

(BLEVINS, 1994).

No caso de estruturas offshore esbeltas sujeitas ao fenômeno de VIV, como o

jumper, o número de Reynolds gira em torno de 105. Portanto, observando-se a Figura

3-4 pode-se dizer que as vibrações induzidas por desprendimento de vórtices em

estruturas offshore ocorrem para um número de Strouhal próximo de 0,2. Esta

aproximação é largamente usada nos cálculos de VIV, principalmente devido às

incertezas envolvidas na determinação do número de Strouhal.

Page 28: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

18

3.2.3 Camada Limite

O conceito e denominação de camada limite está relacionado ao efeito sensível

que a viscosidade possui sobre uma pequena camada adjacente à superfície de um corpo

imerso em fluidos de pequena viscosidade (número de Reynolds alto), como

apresentado em 1904 por Prandtl. Fora desta camada, a influência da viscosidade é

pequena e desprezível, podendo o escoamento ser estudado como se o fluido fosse ideal,

obtendo-se um alto grau de exatidão nos resultados.

A camada limite apresenta as seguintes características (SANTOS, 2005):

Em uma pequena distância a partir da superfície do corpo imerso, a

velocidade cresce de zero até, praticamente, a velocidade existente no

escoamento teórico;

Na camada limite, há predominância dos efeitos da viscosidade, sendo

que fora dela, praticamente, os mesmos não tem efeito sobre o

escoamento;

Quanto maior a velocidade do escoamento, menores serão o comprimento

e as espessuras da camada limite laminar e da subcamada laminar;

A pressão no interior da camada limite é determinada pelo escoamento

circundante. Em uma seção da camada limite normal à superfície do

corpo, a pressão pode ser considerada como constante e igual à do

escoamento circundante.

Page 29: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

19

3.2.4 Formação de Vórtices

Quando o escoamento se dá sobre a superfície de um cilindro posicionado

transversalmente ao fluxo, o campo de pressões não é mais constante, como pode-se

observar na Figura 3-5. As partículas fluidas aumentam de velocidade entre A e B e

diminuem entre B e C. Pela equação de Bernoulli, pode-se verificar que há uma

diminuição na pressão entre A e B e um aumento entre B e C.

Figura 3-5 – Escoamento em torno de um cilindro (MARTINS, 1989).

Ao longo da camada limite, contudo, existe uma perda de energia cinética por

fricção, devido à viscosidade do fluido e, consequentemente, a energia resultante pode

tornar-se insuficiente para suportar o acréscimo de pressão necessário para se chegar a

C. Devido a esse fato, surge um movimento, contrário à passagem do fluido, que causa

o descolamento da camada limite em um ponto chamado ponto de separação e, também,

a formação de um par de vórtices estacionários como apresentado na Figura 3-6.

Figura 3-6 – Par de vórtices estacionários (MARTINS, 1989).

Page 30: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

20

3.2.5 Frequência de Shedding ou de Strouhal

A configuração com um par de vórtices estacionários (Figura 3-6) é mantida até,

aproximadamente, um número de Reynolds igual a 40. A partir deste valor, a

configuração se modifica para uma situação onde ocorre o desprendimento de vórtices

de forma periódica e alternada, como apresentado na Figura 3-7. A frequência na qual

os vórtices se desprendem é conhecida como frequência de shedding ou de Strouhal e a

configuração regular desenvolvida é conhecida como esteira de von Karman. Em 1911,

von Karman mostrou que o padrão de vórtices alternados seria estável, se a razão entre a

distância lateral e a longitudinal entre o centro de um vórtice e outro fosse igual a 0,279.

Esta relação é apresentada na figura a seguir, em função do diâmetro do cilindro (D).

Figura 3-7 – Esteira de von Karman (STREET et al., 1978).

3.2.6 Ressonância in-line

Quando a frequência de desprendimento de vórtices se aproxima de uma

frequência natural do cilindro, aquela é “capturada” pela frequência natural ocorrendo,

assim, o fenômeno de ressonância in-line. O cilindro passa, então, a controlar o

desprendimento de vórtices. A ressonância in-line se caracteriza pela modificação tanto

da frequência natural de vibração, devido à variação da massa adicionada, quanto pela

modificação da frequência de Strouhal que é influenciada pela vibração do cilindro

(BLEVINS, 1994).

Page 31: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

21

3.2.7 Parâmetros Adimensionais Importantes

As amplitudes de movimentos in-line devidas ao desprendimento de vórtices do

Modelo de Resposta in-line, apresentado no próximo tópico, dependem de um conjunto

de parâmetros adimensionais hidrodinâmicos, constituindo um elo entre os dados

ambientais (meta oceanográficos) e o respectivo modelo. Os principais parâmetros são

descritos a seguir:

Velocidade reduzida (VR);

Intensidade de turbulência (Ic);

Parâmetro de estabilidade (Ks).

Observa-se que, neste modelo em específico, o número de Reynolds não se

encontra explícito no cálculo das amplitudes de resposta.

Um dos principais parâmetros que associam as condições ambientais com o

comportamento estrutural do duto é a velocidade reduzida. A velocidade reduzida pode

ser entendida como a razão entre a velocidade do escoamento (Uc) e a frequência de

vibração do duto (fv), adimensionalizada por uma largura característica máxima,

definida como o diâmetro externo do tubo (uma vez que a largura da esteira tende a ter

o diâmetro como determinante). Neste estudo, não está sendo considerado o efeito da

onda, uma vez que o jumper se encontra em águas ultraprofundas não sujeito aos efeitos

das ondas. Por este motivo, a velocidade reduzida limita-se a:

𝑉𝑅 =𝑈𝑐𝑓𝑣. 𝐷

(3.3)

O parâmetro de intensidade de turbulência mede o nível de turbulência do

escoamento, como se pode observar na equação a seguir:

𝐼𝐶 =𝜎𝑐𝑈𝑐∗

(3.4)

onde σc é o desvio padrão das flutuações de velocidade do escoamento e Uc* é a

velocidade média do escoamento durante um período de amostragem de dez ou trinta

minutos (DNV-RP-F105, 2006).

Page 32: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

22

Por último, o parâmetro de estabilidade mede o amortecimento que o sistema

oferece às amplitudes de vibrações para um dado comportamento modal, como pode ser

observado a seguir:

𝐾𝑠 =2.𝑚𝑒 . 𝜁

𝜌. 𝐷² (3.5)

onde:

- me é a massa efetiva, caracterizada pela soma das massas estrutural, massa

adicionada (parcela de Morison) e do fluido interno, todas lineares (kg/m);

- ρ é a massa específica do fluido no entorno do cilindro (água do mar);

- ζ é o decremento logarítmico, definido por ζ = 2.π.ξT, onde ξT é a fração de

amortecimento total, constituído pela soma dos amortecimentos estrutural,

hidrodinâmicos e do solo.

A explicação do fenômeno físico das vibrações in-line e toda a explanação sobre

a criação das curvas de amplitude se encontram detalhadamente em BANDEIRA

(2012).

Page 33: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

23

3.3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA FADIGA

A utilização do Modelo de Resposta como ferramenta de avaliação da fadiga do

jumper se dá por esta ser uma das formas mais eficazes, e ao mesmo tempo simples, de

se ponderar as amplitudes de vibração devidas ao desprendimento de vórtices. Tal

modelo está descrito detalhadamente na DNV-RP-F105 (2006). Ele baseia-se em

modelos empíricos, os quais fornecem as máximas amplitudes de vibração, invariáveis

no tempo, devidas às VIV, como função de parâmetros adimensionais que representam

o escoamento do fluido em torno do cilindro, bem como da interação fluido-estrutura.

Ressalta-se que os modelos de resposta foram determinados com base em dados

disponíveis de testes experimentais de laboratório em uma quantidade limitada de

resultados em escala real para as seguintes condições:

VIV no plano do escoamento sob condições de corrente uniforme e

condições dominadas pela corrente;

Movimento in-line (IL) induzido pelas VIV no plano transversal;

VIV no plano transversal sob condições de corrente uniforme e condições

combinadas de onda e corrente.

Outro modelo de avaliação da fadiga oriunda de movimentos cíclicos, proposto

na DNV-RP-F105 (2006) é o Modelo de Força. Este é mais utilizado para o cálculo da

fadiga oriunda dos movimentos cíclicos causados pela ação direta das cargas de onda,

aplicado apenas no plano do escoamento (horizontal). Atualmente, não existem modelos

de força aplicáveis na direção vertical (cross-flow ou CF), sendo os modelos de resposta

mais representativos, refletindo melhor a resposta observada em dutos sob uma

variedade de condições de escoamento. Este tipo de modelo é melhor caracterizado em

cenários de águas rasas, onde atuam, mais claramente, os efeitos cíclicos característicos

de ondas, sendo esta dominante no escoamento como um todo.

É importante destacar que o Modelo de Força não será detalhado neste estudo,

uma vez que o mesmo está voltado para a avaliação de fadiga dada pelo fenômeno de

VIV, que é caracterizado pelo Modelo de Resposta.

A determinação das características das condições ambientais (se o escoamento é

dominado pela corrente ou pela corrente mais onda) e do consequente tipo de modelo

Page 34: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

24

para cálculo da vida à fadiga encontra-se em função do regime de escoamento segundo

o qual o vão encontra-se submetido. Uma explicação mais detalhada deste parâmetro

pode ser observada no tópico a seguir.

3.3.1 Regimes de Escoamento

Os regimes de escoamento medem a influência das parcelas de corrente e de

onda no fluxo final incidente no duto e na aplicação dos modelos, de Resposta e de

Força, presentes no cálculo da fadiga. Para avaliação desta influência, aplica-se um

parâmetro que mede a taxa de velocidade de corrente incidente ao duto, Uc, dentro do

escoamento global, (Uc + Uw). Este parâmetro, conhecido como α (= Uc / (Uc + Uw)),

pode ser aplicado na classificação do tipo de regime de escoamento, como visto na

tabela a seguir.

Page 35: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

25

Tabela 3-1 - Características do escoamento (DNV-RP-F105, 2006).

Observa-se que quando α tende a zero (= 0) temos uma situação de escoamento

puramente oscilatório devido às ondas e quando α tende a um (= 1) temos um

escoamento puramente estável (sem oscilações do fluido), dominado pelos efeitos de

corrente.

Onda dominante - onda sobreposta pela corrente

Direção IL: cargas in-line podem ser descritas de acordo com as

formulações de Morison. VIV existente nesta direção devido ao

desprendimento de vórtices é desprezado.

Direção CF: cargas cross-flow surgem, principalmente, devido ao

desprendimento assimétrico de vórtices. O modelo de resposta é

recomendado.

Onda dominante - corrente sobreposta pela onda

Direção IL: cargas in-line podem ser descritas de acordo com as

formulações de Morison. VIV existente nesta direção devido ao

desprendimento de vórtices é mitigado devido à presença de ondas.

Direção CF: cargas cross-flow surgem, principalmente, devido ao

desprendimento assimétrico de vórtices e assemelha-se à situação de

corrente dominante. O modelo de resposta é recomendado.

Corrente dominante

Direção IL: cargas in-line abrangem as seguintes componentes:

- Uma componente dominada pelo arrasto permanente;

- Uma componente oscilatória devido ao desprendimento regular de

vórtices.

Para a análise de fadiga, o modelo de resposta é aplicável. Cargas in-line

de acordo com as formulações de Morison são, normalmente, desprezadas.

Direção CF: cargas cross-flow são cíclicas e devidas ao desprendimento

de vórtices e assemelha-se à situação onde apenas a corrente é atuante. O

modelo de resposta é recomendado.

α CARACTERÍSTICAS DO ESCOAMENTO

α < 0,5

0,5 < α < 0,8

α > 0,8

Page 36: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

26

No item a seguir, será detalhado como o Modelo de Resposta avalia as vibrações

in-line causadas pelos carregamentos ambientais.

3.3.2 Vibrações in-line

A resposta em termos de amplitude para o duto vibrando na direção in-line

contempla a região de velocidades reduzidas entre 1,0 e 4,5, ou seja, tanto para

vibrações por desprendimento de vórtices simétricos quanto alternados. Assume-se que

a resposta in-line para o vão livre vai depender basicamente dos parâmetros de

velocidade reduzida, de estabilidade, de intensidade de turbulência e do ângulo entre a

corrente e o duto. Nas formulações para a construção da curva de resposta, os

parâmetros de velocidade reduzida e estabilidade são corrigidos por fatores de

segurança relacionados à frequência natural do vão e ao efeito de amortecimento,

respectivamente.

Segundo a DNV-RP-F105 (2006), a variação de tensões in-line pode ser expressa

por:

𝛥𝑆 = 2. 𝐴. 𝜎𝑚á𝑥. 𝑆𝐶𝐹. 𝛾𝑠 (3.6)

onde:

- A é a amplitude de vibração in-line da estrutura (m), obtida pela multiplicação

de Ay/D pelo diâmetro externo do jumper;

- σmáx é a tensão de flexão máxima que surge no jumper por metro de amplitude

de vibração (MPa/m)

- SCF é o fator de concentração de tensões.

- γs é um termo que representa um fator de incerteza na tensão de flexão e seu

valor é igual a 1,3, segundo a Tabela 2-2 da norma DNV-RP-F105 (2006).

Page 37: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

27

Algumas curvas de resposta em função dos valores do parâmetro de estabilidade

de projeto (Ksd) podem ser observadas na figura a seguir:

Figura 3-8 - Curvas de amplitude de resposta IL devido às VIV em função da

velocidade reduzida e do parâmetro de estabilidade (DNV-RP-F105, 2006).

Observa-se que as amplitudes de resposta IL tendem a diminuir à medida que o

parâmetro de estabilidade aumenta, uma vez que o mesmo é proporcional ao

amortecimento do sistema (estrutural, hidrodinâmico e do solo), como esperado.

Para construção das curvas de resposta, determinam-se quatro pontos cujas

abscissas e ordenadas são, respectivamente, as velocidades reduzidas de projeto (VRd) e

as amplitudes de movimento normalizadas (Ay/D), como observado na Figura 3-9, a

seguir:

Page 38: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

28

Figura 3-9 - Modelo para construção da curva de resposta (DNV-RP-F105,

2006).

Os pontos podem ser calculados conforme as seguintes formulações:

- Ponto 1 (ordenada nula):

𝑉𝑅,𝑜𝑛𝑠𝑒𝑡𝐼𝐿 =

{

1

𝛾𝑜𝑛,𝐼𝐿, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐾𝑠𝑑 < 0.4

0.6 + 𝐾𝑠𝑑𝛾𝑜𝑛,𝐼𝐿

, 𝑝𝑎𝑟𝑎 0.4 < 𝐾𝑠𝑑 < 1.6

2.2

𝛾𝑜𝑛,𝐼𝐿, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐾𝑠𝑑 > 1.6

(3.7)

- Ponto 2:

𝑉𝑅,1𝐼𝐿 = 10. (

𝐴𝑦,1

𝐷) + 𝑉𝑅,𝑜𝑛𝑠𝑒𝑡

𝐼𝐿 (3.8)

𝐴𝑦,1

𝐷= 𝑚𝑎𝑥 (0.18. (1 −

𝐾𝑠𝑑1.2

) . 𝑅𝐼𝜃1;𝐴𝑦,2

𝐷) (3.9)

Page 39: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

29

- Ponto 3:

𝑉𝑅,2𝐼𝐿 = 𝑉𝑅,𝑒𝑛𝑑

𝐼𝐿 − 2. (𝐴𝑦,2

𝐷) (3.10)

𝐴𝑦,2

𝐷= 0.13. (1 −

𝐾𝑠𝑑1.8

) . 𝑅𝐼𝜃2 (3.11)

- Ponto 4 (ordenada nula):

𝑉𝑅,𝑒𝑛𝑑𝐼𝐿 = {

4.5 − 0.8. 𝐾𝑠𝑑, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐾𝑠𝑑 < 1.03.7, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐾𝑠𝑑 ≥ 1.0

(3.12)

onde, γon,IL representa o fator de segurança para início das VIV, no valor de 1,1,

aumentando o tamanho da banda de ocorrência dos movimentos.

É importante notar que, como mencionado anteriormente, no cálculo de Ay/D, a

velocidade reduzida e o parâmetro de estabilidade são modificados por fatores de

segurança relacionados com a frequência natural (γf) e o amortecimento (γk),

respectivamente, conforme equações a seguir:

𝑉𝑅𝑑 = 𝑉𝑅 . 𝛾𝑓 (3.13)

𝐾𝑠𝑑 =𝐾𝑠𝛾𝑘

(3.14)

Os fatores de redução aplicados no cálculo das amplitudes de vibração IL,

RIθ,1(Ic, θrel) e RIθ,2(Ic), apresentados nas Equações (3.9) e (3.11), contabilizam os efeitos

de turbulência, bem como o ângulo de ataque do escoamento.

𝑅𝐼𝜃1 = 1 − 𝜋² (𝜋

2− √2. 𝜃𝑟𝑒𝑙) . (𝐼𝑐 − 0.03) (3.15)

𝑅𝐼𝜃2 = 1 −(𝐼𝑐 − 0.03)

0.17 (3.16)

Page 40: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

30

Ressalta-se que os fatores de redução devem ser inferiores à unidade, como pode

ser observado na Figura 3-10, a seguir:

Figura 3-10 - Funções de redução com relação à intensidade de turbulência e

ângulo e ataque do escoamento (DNV-RP-F105, 2006).

3.3.3 Capacidade de Fadiga – Cálculo da vida útil

A partir da definição e explanação do fenômeno de VIV, dos parâmetros

hidrodinâmicos e da curva de resposta para amplitude de movimento IL, para a

definição do procedimento de cálculo da vida útil do vão livre é necessário determinar a

frequência de oscilação na qual o duto vibra, as variações de tensão e as propriedades

das curvas de fadiga, bem como a consideração do diagrama de dispersão de correntes

marinhas e suas respectivas probabilidades de ocorrência.

Neste trabalho, a vida útil do jumper é dada como sendo o inverso do dano total

causado pelas correntes marinhas que incidem sobre o mesmo. O dano total, por sua

vez, será calculado utilizando a Regra de Miner (DNV-RP-C203, 2011), apresentada na

equação (3.17).

Page 41: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

31

𝐷𝑎𝑛𝑜𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =∑𝑛𝑖𝑁𝑖

𝑖

(3.17)

onde n representa o número de ciclos solicitantes que atuam sobre o jumper e N

representa o número de ciclos que o jumper resiste sob ação de uma determinada

corrente i.

Como será visto com maiores detalhes no Cap. 5, o cálculo do número de ciclos

solicitantes depende da frequência com a qual o jumper vibra. Por este motivo, é

importante que se mencione que neste estudo está se trabalhando com o comportamento

unimodal do vão livre e, portanto, o modelo de resposta assume que o vão vibre de

acordo com a frequência de desprendimento de vórtices dentro da banda de ressonância

in-line, ou seja, dentro da faixa de frequências naturais do duto. No caso do VIV in-line,

as frequências de vibração dominantes, fv, são calculadas pela seguinte igualdade:

𝑓𝑣 = 𝑓𝑛,𝐼𝐿 (3.18)

onde fn,IL representa a enésima frequência natural de vibração no plano do

escoamento.

Page 42: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

32

CAPÍTULO 4 – ANÁLISE DINÂMICA DE ESTRUTURAS

OFFSHORE

4.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O comportamento dinâmico de estruturas offshore é muito importante e deve ser

analisado, pois devido à variação do carregamento no tempo e, consequentemente, dos

esforços solicitantes dos componentes estruturais surge o problema descrito no capítulo

anterior: a fadiga.

Neste capítulo, serão mostrados os fundamentos necessários para efetuar uma

análise de vibrações livres para o cálculo de modos e frequências naturais de uma

estrutura, que é um dos objetivos principais da planilha MathCAD desenvolvida neste

trabalho.

4.2 EQUAÇÃO CARACTERÍSTICA DE UM SISTEMA PARA

VIBRAÇÕES LIVRES

Como descrito por PAZ (1997), a equação diferencial do movimento utilizada

em análises estruturais dinâmicas pode ser generalizada para o caso de sistemas com

múltiplos graus de liberdade n através da equação:

𝑴𝒖′′ + 𝑪𝒖′ +𝑲𝒖 = 𝑭(𝒕) (4.1)

onde:

- M é a matriz de massa;

- C é a matriz de amortecimento;

- K é a matriz de rigidez;

- u, u’, u’’ são os vetores de deslocamento, velocidade e aceleração,

respectivamente;

- F é o vetor com as forças aplicadas.

Page 43: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

33

Quando um sistema vibra apenas devido a condições iniciais, ou seja, sem a ação

de nenhuma força excitadora externa, o movimento é chamado de vibração livre. Assim,

com a anulação do vetor F da equação (4.1), ela se reduz a:

𝑴𝒖′′ + 𝑪𝒖′ +𝑲𝒖 = 0 (4.2)

Neste trabalho, para o cálculo das frequências naturais de uma estrutura se

desprezou o amortecimento. Portanto, adotou-se a matriz C como sendo igual a zero e,

assim, a equação (4.3) é escrita:

𝑴𝒖′′ +𝑲𝒖 = 0 (4.3)

Adota-se a hipótese que em um modo de vibração o vetor de deslocamentos pode

ser escrito na forma:

𝒖(𝑥, 𝑡) = 𝝋(𝑥). 𝑞(𝑡) (4.4)

onde φ é o vetor que representa fisicamente a deformada e q(t) é a função que

representa o movimento no tempo e pode ser escrita na forma complexa:

𝑞(𝑡) = 𝑎. 𝑒𝑖𝜔𝑡 (4.5)

Com ω sendo a frequência angular em rad/s e a uma constante. Como na equação

(4.4) apenas a função q depende do tempo, pode-se obter sua derivada em relação ao

tempo na forma:

𝑞′′(𝑡) = −𝜔2. 𝑎. 𝑒𝑖𝜔𝑡 (4.6)

Com base em (4.6), e substituindo em (4.4) e (4.3) chega-se a:

(−𝑴𝜔2𝝋+𝑲𝝋)𝑎. 𝑒𝑖𝜔𝑡 = 0 (4.7)

Na equação (4.7), o termo a.eiωt não pode ser zero, o que representaria a ausência

do movimento. Assim, pode-se escrever:

(𝑲 − 𝜔²𝑴)𝝋 = 0 (4.8)

Isto representa um sistema de n equações algébricas homogêneas com n

componentes do vetor φ e parâmetros ω² desconhecidos. A formulação da equação (4.8)

é um importante problema matemático conhecido por problema de autovalor. Como a

Page 44: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

34

solução do problema não pode ser trivial (φ = 0), o que resultaria na ausência de

deslocamentos nodais, conclui-se que:

𝑑𝑒𝑡(𝑲 − 𝜔²𝑴) = 0 (4.9)

A equação (4.9) exprime um polinômio de grau n resultando em n valores de ω².

Este polinômio é conhecido como equação característica do sistema. Para cada valor de

ω² satisfazendo a equação característica, podemos resolver a equação (4.8) em termos

de uma constante arbitrária. Como os valores calculados para os coeficientes φ são

arbitrários, é necessária uma normalização desses valores. Nesse trabalho, esse processo

será realizado com relação ao maior valor presente dentro do autovetor φ que, como

dito anteriormente, representa a deformada da estrutura. Sendo assim, dividiu-se todos

os elementos de φ por φmáx para que o maior deslocamento encontrado fosse igual a 1.

Como solução do problema de autovalores, são determinados ωi, as frequências

naturais e seus respectivos autovetores associados φi que representam os modos de

vibração do sistema. O número de modos de vibração é igual ao número de graus de

liberdade da estrutura, que depende da forma como ela é discretizada. Quanto maior a

discretização, maior será o número de modos de vibração.

Com a equação característica (4.8) em mãos, o próximo passo é a determinação

da matriz de rigidez K e a matriz de massa M. Os tópicos 4.3 e 4.4, a seguir, descrevem

o procedimento para obtenção das mesmas, respectivamente.

Page 45: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

35

4.3 MATRIZ DE RIGIDEZ

Como dito anteriormente, a planilha MathCAD desenvolvida irá trabalhar cada

elemento finito como sendo um elemento de pórtico espacial. Neste trabalho, utilizou-se

o elemento de eixo reto, composto por dois nós e seção transversal constante. Os

deslocamentos nodais de cada nó pertencente ao elemento de pórtico espacial estão

ilustrados na Figura 4-1. Pode-se notar que se tratam de seis deslocamentos por nó,

sendo três de translação e três de rotação, totalizando doze deslocamentos por elemento.

A matriz de rigidez de um elemento de pórtico espacial é obtida através da relação entre

os deslocamentos e as forças nodais e é mostrada na Figura 4-2.

Figura 4-1 – Deslocamentos nodais.

Page 46: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

36

Figura 4-2 – Matriz de rigidez para elemento de pórtico espacial

(PRZEMIENIECKI, 1968).

onde:

- Ax é a área da seção transversal do jumper (coroa circular);

- E é o módulo de elasticidade e G é o módulo de cisalhamento;

- Iy e Iz são os momentos de inércia da seção nas direções y e z, respectivamente;

- Jx é o momento de inércia polar da seção;

- L é o comprimento do elemento.

No caso de estruturas que apresentam acoplamento entre esforço axial e de

flexão, como é o caso das linhas de ancoragem, dutos, risers, etc., a rigidez do elemento

é alterada devido à presença da carga axial. Como este estudo está tratando de um

jumper no qual o esforço axial é quase nulo, a matriz de rigidez levada em consideração

para cada elemento é a matriz clássica linear apresentada acima.

Sendo assim, determinada a matriz de rigidez de um elemento, é necessário o

cálculo da matriz de rigidez global da estrutura. Essa matriz global está referida a um

Page 47: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

37

sistema de coordenadas global, onde estão definidos os pontos nodais da estrutura

discretizada. No entanto, a matriz de rigidez de um elemento é definida em um sistema

local. Torna-se então necessário rotacionar essa matriz do elemento para o sistema

global, definindo assim a matriz de rigidez do elemento nos eixos globais. Escreve-se a

equação:

𝑲 = 𝑹𝑇𝑲𝑬𝑹 (4.10)

R é a matriz de rotação para o elemento de pórtico espacial, apresentada na

Figura 4-3.

Figura 4-3 – Matriz de rotação para o pórtico espacial (PRZEMIENIECKI,

1968).

Já TR, por sua vez, é a matriz de transformação final obtida pela equação (4.11):

𝑻𝑹 = 𝑻𝑹𝜸𝑻𝑹𝜷𝑻𝑹𝜶 (4.11)

Cada termo do lado direito da equação (4.11) representa uma rotação α, β e γ

necessária para se fazer coincidir o eixo global com o eixo local. Tais ângulos podem

ser retirados das próprias coordenadas nodais dos elementos que compõem o jumper.

A montagem da matriz de rigidez global da estrutura é feita somando-se as

contribuições de rijezas de todos os elementos referentes ao mesmo grau de liberdade.

Page 48: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

38

4.4 MATRIZ DE MASSA

A matriz de massa representa os coeficientes da inércia que surgem na análise

dinâmica. Neste trabalho, a massa da estrutura foi considerada concentrada nos nós que

a descrevem. Ainda no caso de estruturas submersas como o jumper, é utilizado o

conceito de massa adicional.

4.4.1 Matriz de Massa Concentrada

O método mais simples de considerar as propriedades de inércia para um sistema

dinâmico é assumir que a massa da estrutura está concentrada nos pontos nodais onde

as translações estão definidas. Por aproximação, nas rotações, o coeficiente de inércia

pode ser adotado como zero. Neste trabalho, entretanto, adotou-se uma porcentagem

para a rotação de 0,001% da massa de translação por questões numéricas apresentadas

no tópico 4.5. A Figura 4-4 apresenta a matriz de massa concentrada utilizada.

Figura 4-4 – Matriz de massa concentrada de um elemento.

A distribuição de massa do elemento pode ser tomada como sendo uma função

qualquer, mas o método usual para determinação das massas nodais é considerar que a

distribuição de massa no elemento é uniforme, como foi colocado em evidência na

Figura 4-4. Lei é o comprimento do i-ésimo elemento e mt é a massa total distribuída no

elemento.

Page 49: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

39

4.4.2 Matriz de Massa Adicional

Para acelerar um corpo imerso em água, não é somente o corpo que deve ser

acelerado, mas também a massa de certa quantidade de água próxima do corpo. Como

resultado, a força F’ necessária para acelerar um corpo imerso em água é maior do que a

força F utilizada para acelerá-lo no vácuo. Isto pode ser expresso pela expressão:

𝐹′ = (𝑚 +𝑚′)𝑎 > 𝐹 = 𝑚𝑎

onde m’ é a massa adicionada (ou massa hidrodinâmica) e a soma m+m’ também

pode ser referenciada como massa virtual.

A massa adicionada é usualmente expressa por:

𝑚′ = 𝐶𝑚𝜌𝐹𝑉𝑜𝑙

onde Cm é o coeficiente de massa adicionada, que pode ser tomado igual a 1 no

caso de corpos cilíndricos. Este será o mesmo valor adotado para o jumper estudado

neste trabalho, tendo em vista que o cálculo deste coeficiente não está no escopo deste

projeto final de curso. ρf é a massa específica do fluido e Vol é o volume de fluido

deslocado pelo objeto. A matriz de massa adicionada para o elemento de pórtico

espacial submerso é mostrada a seguir. Como simplificação, será utilizada apenas a

contribuição nas direções û2 e û3 de cada nó do elemento:

Figura 4-5 – Matriz de massa adicionada de um elemento.

onde ma (= ρf.Vol) é a massa adicionada em kg/m e Lei é o comprimento do i-

ésimo elemento.

Page 50: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

40

4.5 IMPLEMENTAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO

Mais um aspecto importante que se deve mencionar neste capítulo diz respeito à

forma como se deu a implementação das condições de contorno na planilha, tendo em

vista que as mesmas alteram as matrizes de rigidez e massa globais, que são

fundamentais para a resolução da equação (4.9).

Existem diversos métodos conhecidos para a inserção das condições de contorno

nas matrizes de rigidez e de massa como, por exemplo, não se montar as linhas e as

colunas referentes aos deslocamentos restringidos. Entretanto, durante o processo de

programação no MathCAD constatou-se a necessidade de averiguar a consistência da

matriz de rigidez global da estrutura aplicando-se uma força unitária em um

determinado grau de liberdade. Para tornar esta tarefa simples e, ao mesmo tempo,

resolver o problema para o caso de vibrações livres, optou-se por utilizar a Técnica do

Número Grande para a matriz de rigidez e utilizar valores desprezíveis de massa nas

direções restringidas.

A Técnica do Número Grande (LIMA, 2011) é um procedimento muito eficiente

e largamente utilizado. Ele consiste em considerar apoios elásticos com grande rigidez

nas direções prescritas. Para eficiência e exatidão do procedimento, o valor da rigidez

desse apoio deve ser grande em relação aos demais coeficientes de rigidez, exigindo

uma calibragem para cada problema. Entretanto, esta calibragem pode ser feita de forma

automática, tomando-se a média entre os termos da diagonal principal da matriz de

rigidez da estrutura e multiplicando esta média por um número grande como, por

exemplo 1010, e adotando este produto como o número grande do problema. Em outras

palavras, sendo K’ a média dos termos da diagonal principal da matriz de rigidez o

número grande (NG) a se adotar seria:

𝑁𝐺 = 𝐾′. 1010 (4.12)

Sendo assim, para uma direção i restringida a rigidez final do termo na diagonal

principal, anteriormente igual a Ki,i, passou a ser Ki,i + NG.

De maneira similar, se alterou a matriz de massa para a condição de direção

impedida, só que de maneira oposta. Na diagonal principal da matriz de massa global,

que já considera os valores da matriz de massa concentrada e de massa adicionada, onde

Page 51: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

41

se tinha uma direção impedida utilizou-se um número pequeno, mas não-nulo. A

explicação para tal escolha se dá pela forma como o MathCAD calcula os autovetores e

autovalores das equações (4.8) e (4.9), apresentada nas equações (4.13).

Caso se adotasse termos nulos para a massa, a matriz de massa global MGd não

poderia ser invertida. Portanto, para a preservação da condição de contorno do

problema, optou-se por um número pequeno.

Page 52: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

42

CAPÍTULO 5 – FORMULAÇÃO COMPUTACIONAL

Nesse capítulo, através de tópicos, será mostrado o passo-a-passo realizado pela

planilha MathCAD para avaliar a fadiga no jumper rígido devido ao fenômeno do VIV

atuante na direção in-line, apresentando desde os dados de entrada necessários para o

seu funcionamento até o cálculo do dano e da vida útil.

5.1 DADOS DE ENTRADA E PROPRIEDADES DO JUMPER

Para o funcionamento da planilha, deve-se fornecer uma série de informações

iniciais. Para evitar problemas, tais informações tiveram suas unidades padronizadas

para metro (comprimento), segundo (tempo), quilograma (massa) e Newton (força).

Todas elas estão listadas a seguir:

Aceleração da gravidade (g) em m/s²;

Massa específica da água (ρa), do jumper (ρr) e do fluido interno (ρf) em

kg/m³;

Diâmetro interno (Di) e externo (De) do jumper em m;

Módulo de elasticidade do material que compõe o jumper (E) em N/m²;

Coeficiente de Poisson do material que compõe o jumper (ν).

Com esses dados em mãos, é calculada logo em seguida uma série de

propriedades do jumper, que também foram listadas abaixo:

Área da seção transversal (Ar) e interna (Ai) do jumper em m²;

Massa do jumper por metro (mr), massa do fluido por metro (mf) e massa

total por metro (mt = mr + mf) em kg/m;

Massa adicionada por metro (ma) em kg/m;

Peso seco e peso molhado por metro (w_seco e w) em N/m;

Momento de inércia em y (Iy) e z (Iz) da seção transversal em m4;

Page 53: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

43

Momento de inércia polar da seção (J) em m4;

Módulo de Cisalhamento (G) em N/m².

Deve-se entrar também com um arquivo txt contendo as coordenadas de todos os

nós do jumper e impor as condições de contorno nos nós inicial e final do mesmo. Com

isso, é possível calcular o comprimento dos elementos finitos que constituem o jumper

e, também, compor a matriz de rotação R, de massa concentrada e adicionada (que são

somadas) e de rigidez de cada elemento, conforme descrito no Capítulo 4. Em última

instância, se obtêm as matrizes de rigidez (KGd) e massa (MGd) globais da estrutura,

somando-se adequadamente a contribuição de cada elemento para as matrizes globais.

5.2 FREQUÊNCIAS NATURAIS DA ESTRUTURA E MODOS DE

VIBRAÇÃO

De posse das matrizes KGd e MGd, pode-se resolver as equações (4.8) e (4.9)

através dos comandos expostos no final do Capítulo 4 para se obter os autovalores λ e

autovetores ϕ do problema. Nesta etapa, deve-se escolher qual modo de vibração se está

buscando (modo 1, 2, 3, etc).

Realizando uma série de operações sobre os autovalores extraídos com o

comando eigenvals, obtêm-se as frequências naturais e outras propriedades estruturais

do jumper, como exposto nas equações (5.1):

Com λ e o comando eigenvec, encontram-se os deslocamentos sofridos por cada

nó para cada um dos seis graus de liberdade do mesmo. Como mencionado no Cap. 4,

Page 54: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

44

esses deslocamentos foram normalizados para o maior valor absoluto obtido pela

resolução da equação (4.8). Para conseguir o modo de vibração da estrutura, tais

deslocamentos são somados às coordenadas iniciais do jumper no estado de repouso e o

resultado impresso no programa AutoCAD através do comando polyline.

5.3 DETERMINAÇÃO DAS TENSÕES EM CADA NÓ

Sendo conhecida a matriz de rigidez local de cada elemento e os deslocamentos

em todos os graus de liberdade, pode-se determinar os esforços internos que surgem no

jumper devido ao efeito das vibrações livres através da conhecida fórmula da Análise de

Estruturas apresentada abaixo:

𝑭𝒍𝒐𝒄𝒂𝒍 = 𝑲𝒍𝒐𝒄𝒂𝒍. 𝝓𝒍𝒐𝒄𝒂𝒍 (5.2)

Entretanto, deve-se destacar que os deslocamentos obtidos pelo autovetor para

um determinado comportamento modal são referentes aos eixos globais. Portanto, antes

de se aplicar a equação (5.2), os deslocamentos globais de cada elemento foram trazidos

para os eixos locais dos mesmos através da equação (5.3), que envolve a anteriormente

mencionada matriz de rotação R:

𝝓𝒍𝒐𝒄𝒂𝒍 = 𝑹.𝝓𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 (5.3)

Em posse de Flocal, os esforços devidos aos momentos fletores nas direções y e z

em todos os nós do jumper se tornam conhecidos e podem ser aplicados nas fórmulas

(5.4) à (5.7) para a obtenção das tensões em quatro pontos distintos, visando buscar o

seu maior valor em módulo. A Figura 5-1 evidencia os pontos em que se procuraram as

maiores tensões.

Figura 5-1 – Pontos nos quais foram procuradas as maiores tensões.

Page 55: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

45

𝜎1 =𝑀𝑦.

𝐷𝑒2

𝐼𝑧

(5.4)

𝜎2 = −𝑀𝑧 .

𝐷𝑒2

𝐼𝑦 (5.5)

𝜎3 = −𝑀𝑦.

𝐷𝑒2

𝐼𝑧

(5.6)

𝜎4 =𝑀𝑧 .

𝐷𝑒2

𝐼𝑦 (5.7)

Fica claro pelas equações (5.4) à (5.7) que as tensões associadas ao esforço de

tração foram consideradas positivas e as de compressão como negativas. Observa-se

também que não se consideraram esforços normais para o cálculo das tensões axiais no

jumper. Como dito anteriormente no Capítulo 4, tais esforços normais devidos ao peso

próprio e ao empuxo são desprezíveis em uma estrutura como a do jumper rígido em

estudo. A planilha calcula as tensões nos nós iniciais e finais de todos os elementos.

Em seguida, para se achar a tensão máxima σmáx os valores encontrados pelas

equações (5.4) à (5.7) foram colocados em módulo. Com o uso do comando match no

MathCAD foi possível também determinar o elemento em que ocorre a tensão máxima.

5.4 DETERMINAÇÃO DA AMPLITUDE DE VIBRAÇÃO E DA

VARIAÇÃO DE TENSÕES IN-LINE

O próximo passo realizado pela planilha é a determinação da amplitude máxima

de vibração do jumper. Para tal, deve-se inserir mais alguns dados que já foram

mencionados e detalhados no Capítulo 3. São eles:

Taxa de amortecimento total (ξT);

Velocidade da corrente uniforme (Uc) em m/s;

Fatores de Segurança relacionados com a frequência natural e o

amortecimento;

Page 56: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

46

Parâmetro de intensidade de turbulência Ic;

Ângulo de ataque do escoamento (θrel);

Fator de concentração de tensões (SCF);

O modelo de resposta in-line foi programado segundo a DNV-RP-F105 (2006) e,

assim, tem-se como saída a amplitude normalizada de vibração (Ay/D) e a amplitude

máxima de vibração (A), caso a corrente uniforme informada esteja excitando o modo

de vibração escolhido. A variação de tensões in-line (ΔS) é obtida através da equação

(3.6) em MPa.

5.5 CURVA S-N E DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE CICLOS

RESISTENTES DO JUMPER

A avaliação de fadiga da planilha foi baseada no uso de curvas S-N bilineares da

norma DNV-RP-C203, as quais são obtidas a partir de testes de fadiga. Neste ponto da

planilha, inseriram-se os dados para a curva com a qual pretende-se trabalhar. A saída

desta etapa será o número de ciclos que a estrutura resiste (N) para a variação de tensão

ΔS calculada no tópico 5.4.

5.6 DETERMINAÇÃO DOS CICLOS SOLICITANTES, DO DANO

ANUAL E DA VIDA ÚTIL

Nesta planilha, é possível calcular o número de ciclos solicitantes (n), o dano

anual e a vida útil para duas situações distintas: a fadiga a longo prazo, que leva em

consideração a ocorrência anual de uma determinada corrente, ou a fadiga a curto prazo

(eventos extremos), que considera o número de horas em que uma corrente anual,

decenária ou centenária pode atuar sobre o jumper. Ambas as situações seguem a

mesma formulação geral para o cálculo da fadiga exposta no Capítulo 3.

Quando se deseja calcular a fadiga a longo prazo, fornece-se a ocorrência anual

da corrente marítima. O número de ciclos solicitantes (n) é calculado na planilha através

da equação (5.8):

𝑛 = 𝑜𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎. 365.24.3600. 𝑓𝑛 (5.8)

onde fn é a frequência natural do modo de vibração escolhido.

Page 57: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

47

Quando, por outro lado, se estiver em busca do número de ciclos que ocorrem

para um evento de curta duração (evento extremo), deve-se fornecer o número de horas

e, assim, o número de ciclos solicitantes (n) é calculado na planilha através da equação

(5.9):

𝑛 = ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠. 3600. 𝑓𝑛 (5.9)

onde fn é a frequência natural do modo de vibração escolhido.

Por fim, o dano será dado por (5.10):

𝐷𝑎𝑛𝑜 =𝑛

𝑁 (5.10)

onde n é o número de ciclos solicitantes e N é o número de ciclos resistentes do

jumper. Como mencionado anteriormente no Cap. 3, o dano total é dado pelo somatório

dos danos causados por cada corrente marítima anual ou evento extremo analisado,

como expresso novamente em (5.11) pela Regra de Miner. A vida útil da estrutura é

dada pela equação (5.12).

𝐷𝑎𝑛𝑜𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =∑𝐷𝑎𝑛𝑜𝑖𝑖

(5.11)

𝑉𝑖𝑑𝑎ú𝑡𝑖𝑙 =1

𝐷𝑎𝑛𝑜𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (5.12)

Page 58: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

48

CAPÍTULO 6 – ESTUDOS DE CASOS

Neste capítulo, serão apresentadas as características do jumper estudado e os

resultados encontrados com a planilha MathCAD, elaborada no presente trabalho, para

o cálculo dos modos e frequências naturais de vibração, tensões nodais, amplitudes de

vibração e, por fim, cálculo do dano e vida útil da estrutura. Os testes efetuados para a

verificação da eficácia da planilha desenvolvida serão apresentados no decorrer do

próprio capítulo e também no Anexo A.

Ambos os estudos de casos aqui apresentados se baseiam no mesmo jumper e

para um mesmo comportamento modal. Sendo assim, este capítulo será dividido em três

partes.

Na primeira, serão apresentadas as características gerais do jumper estudado e as

propriedades que foram inseridas nos dados iniciais da planilha. Nesta mesma parte,

ainda serão calculadas e apresentadas as frequências naturais do jumper, o modo de

vibração para o comportamento modal escolhido e um quadro comparativo com as

tensões nodais associadas com o modo selecionado.

Na segunda parte, será apresentado o primeiro estudo de caso, que envolve a

avaliação da fadiga a longo prazo e todas as correntes anuais necessárias para

determinação da mesma.

Por fim, na terceira parte, será apresentado o segundo estudo de caso, que

envolve a avaliação da fadiga a curto prazo (eventos extremos) e a metodologia

utilizada para a determinação da mesma.

Page 59: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

49

6.1 PROPRIEDADES DO JUMPER EM ESTUDO

6.1.1 Dados Iniciais

O jumper que será analisado se encontra em uma profundidade elevada (2.200m)

e a uma pequena distância do solo marinho, de tal forma que, ao se estudar os efeitos da

fadiga devido às VIV, a única influência sobre o mesmo será proveniente das correntes

marítimas. As dimensões do jumper são apresentadas na Figura 6-1 com o auxílio da

Tabela 6-1.

Figura 6-1 – Geometria do Jumper em estudo (modificada de BARROS, 2014).

Tabela 6-1 – Geometria.

Comprimento

total (m)

Comprimento de cada trecho (m)

A B C D E F G

86,880 10,040 6,079 14,000 32,058 14,000 6,079 11,189

Os dados de entrada fornecidos e as propriedades calculadas do jumper se

encontram nas Tabelas 6-2 e 6-3, respectivamente.

Page 60: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

50

Tabela 6-2 – Dados de Entrada.

Dado de Entrada

Aceleração da gravidade (m/s²) 9,81

Massa específica da água (kg/m³) 1,025E+03

Massa específica do aço (kg/m³) 7,85E+03

Massa específica do fluido interno (kg/m³) 0

Diâmetro interno do jumper (m) 0,4444

Diâmetro externo do jumper (m) 0,508

Módulo de elasticidade do aço (N/m²) 2,00E+11

Coeficiente de Poisson 0,3

Tabela 6-3 – Propriedades do Jumper.

Propriedades do Jumper

Área do Jumper (m²) 0,048

Área Interna (m²) 0,155

Massa por metro do Jumper (kg/m) 373,453

Massa por metro de fluido (kg/m) 0,00

Massa total por metro (kg/m) 373,453

Massa adicionada por metro (kg/m) 207,75

Peso Seco por metro (N/m) 3664,00

Peso Molhado por metro (N/m) 1626,00

Momento de Inércia em Y (m⁴) 1,355E-03

Momento de Inércia em Z (m⁴) 1,355E-03

Módulo de Cisalhamento (N/m²) 7,692E+10

Momento de Inércia Polar (m⁴) 2,709E-03

Observa-se pelos dados apresentados na Tabela 6-2 que se considerou o jumper

representado por um tubo rígido de aço sem fluido interno. Este é um cenário válido

para se avaliar a eficácia da planilha desenvolvida neste trabalho.

Para a planilha ler a geometria do jumper, mostrada na Figura 6-1, criou-se um

arquivo txt que discretizou essa estrutura em 222 nós. Para se visualizar a posição

desses nós, recomenda-se ver o Anexo B. As coordenadas desses pontos encontram-se

na Tabela B-1 e seguem os eixos mostrado na Figura 6-1. Como estamos representando

o jumper por elementos de pórtico espacial, temos 1332 graus de liberdade. Desses, os

seis primeiros e os seis últimos foram restringidos para se implementar as condições de

contorno, o que equivale dizer que o jumper se encontra engastado no nó inicial e final.

Page 61: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

51

Com as coordenadas da Tabela B-1 foi possível extrair o tamanho (Le) dos 221

elementos que compõem o jumper. Foi possível também obter as suas respectivas

matrizes de rotação, massa e rigidez. Como mencionado nos Capítulos 4 e 5, todas as

componentes foram somadas adequadamente para cada grau de liberdade para compor

as matrizes globais de massa e rigidez.

6.1.2. Frequências Naturais e Modo de Vibração do Jumper

Utilizando os comandos expostos no Capítulo 4 para determinação dos

autovalores e as operações mostradas no tópico 5.2, extrairam-se as dez primeiras

frequências naturais do jumper. Tais frequências encontram-se na Tabela 6-4 junto com

as frequências calculadas por um programa comercial e as respectivas diferenças

relativas.

Tabela 6-4 – Frequências naturais: Resultados e Comparações.

Frequências Naturais (Hz) Diferença

Relativa (%) MathCAD Programa Comercial

0,401 0,406 1,272

1,006 1,012 0,617

1,016 1,013 0,265

1,089 1,093 0,337

1,442 1,442 0,001

1,638 1,622 1,005

1,714 1,715 0,052

2,418 2,430 0,490

2,860 2,843 0,606

4,157 4,209 1,230

Para fins comparativos, determinaram-se também as dez primeiras frequências

naturais do mesmo jumper preenchido internamente por um fluido com massa

específica de 400 kg/m³. É interessante observar como as frequências obtidas na Tabela

6-5 estão na mesma ordem de grandeza daquelas obtidas por BARROS (2014) em sua

Tabela 7-37. Tanto este estudo quanto a Dissertação de Mestrado de BARROS (2014)

trataram de jumpers bastante similares. Pode-se notar também que, com a presença do

fluido interno, a massa da estrutura aumentou, assim como o seu período natural. Tal

alteração refletiu-se diretamente sobre a frequência natural da estrutura que,

consequentemente, diminuiu.

Page 62: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

52

Tabela 6-5 – Frequências naturais do jumper com fluido interno.

Frequências Naturais (Hz) Diferença

Relativa (%) MathCAD Programa Comercial

0,381 0,388 1,780

0,956 0,956 0,037

0,957 0,964 0,767

1,023 1,025 0,195

1,37 1,371 0,073

1,538 1,525 0,852

1,629 1,630 0,092

2,298 2,314 0,692

2,691 2,680 0,411

3,922 3,966 1,114

O próximo passo foi selecionar um modo de vibração do jumper que seja

classificado como in-line (vibração na direção da corrente) para poder-se efetuar a

análise de fadiga para esse comportamento. Por motivo de simplificação, e por ser a

favor da segurança, as correntes marítimas que serão apresentadas nos tópicos 6.2 e 6.3

tem as mesmas características em todas as direções. Logo, as velocidades que serão

utilizadas serão as maiores encontradas e para a pior posição de incidência do

carregamento, que se dá a 90º em relação à estrutura do jumper, ou seja, incidindo na

direção Y da Figura 6-1. Portanto, para se selecionar um modo de vibração in-line

bastou-se imprimir a deformada da estrutura no AutoCAD, calculada através do

comando eigenvec, para as frequências calculadas na Tabela 6-4 e verificar quais destas

se deformam na direção do fluxo.

O modo selecionado foi o primeiro que possui a frequência natural f1 = 0,406 Hz,

pois o mesmo atendeu imediatamente o objetivo do trabalho. Sua deformada é

apresentada na Figura 6-2.

Page 63: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

53

Figura 6-2 – Deformada do jumper para o primeiro modo de vibração.

Os valores para os deslocamentos encontrados estão disponíveis no Anexo A.

Neste mesmo Anexo, também foram colocados os deslocamentos encontrados por um

programa comercial para fins comparativos. Deve-se destacar aqui que os

deslocamentos encontrados pelo programa comercial também foram normalizados de

maneira similar ao que foi feito na planilha MathCAD.

6.1.3 Tensões Nodais no Jumper

Seguindo o que foi descrito no tópico 5.3, a planilha calculou os esforços

internos para os nós inicial e final de cada elemento para o primeiro modo de vibração

do jumper. Em seguida, a mesma calculou as tensões nos quatro pontos evidenciados na

Figura 5-1 e extraiu a tensão máxima σmáx. Para fins comparativos, os valores máximos

absolutos das tensões nos nós finais dos elementos que compõem o jumper se

encontram na Tabela 6-6 junto com os valores determinados por um programa

comercial.

Page 64: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

54

Tabela 6-6 – Tensão nodal máxima em todos os nós finais do jumper.

MathCAD Prog Comercial MathCAD Prog Comercial

1 37080 36695 1,05 41 135300 135539 0,18

2 42370 42012 0,85 42 137600 137869 0,19

3 47640 47320 0,68 43 136600 136794 0,14

4 52930 52644 0,54 44 132300 132382 0,06

5 58220 57971 0,43 45 127100 127095 0,00

6 63500 63300 0,32 46 121900 121821 0,07

7 68780 68616 0,24 47 116800 116534 0,23

8 74070 73947 0,17 48 111700 111247 0,41

9 79350 79279 0,09 49 106600 105961 0,60

10 84640 84611 0,03 50 101500 100675 0,82

11 89920 89931 0,01 51 96500 96020 0,50

12 95210 95264 0,06 52 91510 91378 0,14

13 100500 100598 0,10 53 86540 86724 0,21

14 105800 105932 0,12 54 81610 82071 0,56

15 111100 111253 0,14 55 76720 77418 0,90

16 116400 116587 0,16 56 71870 72766 1,23

17 121700 121922 0,18 57 67060 68115 1,55

18 127000 127256 0,20 58 62310 63477 1,84

19 132300 132578 0,21 59 57600 58828 2,09

20 137600 137913 0,23 60 52930 54181 2,31

21 136500 136918 0,31 61 48320 49536 2,45

22 126600 126990 0,31 62 43770 44893 2,50

23 113600 114097 0,44 63 39270 40253 2,44

24 97600 98075 0,48 64 34840 35630 2,22

25 79960 80453 0,61 65 30460 31001 1,74

26 59580 60105 0,87 66 26150 26381 0,88

27 38510 39131 1,59 67 21250 21097 0,73

28 16260 17334 6,19 68 15500 14917 3,91

29 6326 8318 23,95 69 9388 8443 11,19

30 28810 29307 1,69 70 3023 2890 4,60

31 37780 38174 1,03 71 3299 5260 37,28

32 33250 33724 1,41 72 9600 10386 7,57

33 28730 29302 1,95 73 15550 15506 0,29

34 36560 37037 1,29 74 21110 20393 3,51

35 57310 57655 0,60 75 26100 24836 5,09

36 76420 76719 0,39 76 30400 28725 5,83

37 93610 93897 0,31 77 33990 32051 6,05

38 108200 108452 0,23 78 37390 35313 5,88

39 120500 120822 0,27 79 40700 38579 5,50

40 129300 129580 0,22 80 43900 41841 4,92

Diferença

Relativa (%)Nó

Tensões Nodais (kPa) Diferença

Relativa (%)Nó

Tensões Nodais (kPa)

Page 65: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

55

Tabela 6-6 – Tensão nodal máxima em todos os nós finais do jumper (cont.).

MathCAD Prog Comercial MathCAD Prog Comercial

81 47020 45113 4,23 121 86650 85714 1,09

82 50040 48387 3,42 122 85430 84856 0,68

83 52970 51663 2,53 123 84120 84000 0,14

84 55780 54932 1,54 124 82690 83143 0,54

85 58510 58211 0,51 125 81160 82285 1,37

86 61140 61491 0,57 126 79530 81428 2,33

87 63660 64763 1,70 127 77790 80573 3,45

88 66080 68045 2,89 128 75950 79716 4,72

89 68400 71327 4,10 129 74000 78859 6,16

90 70630 74610 5,33 130 71950 78004 7,76

91 72740 75634 3,83 131 69790 74667 6,53

92 74750 76660 2,49 132 67530 71331 5,33

93 76660 77687 1,32 133 65170 67996 4,16

94 78470 78712 0,31 134 62710 64669 3,03

95 80170 79739 0,54 135 60150 61335 1,93

96 81770 80766 1,24 136 57490 58002 0,88

97 83260 81794 1,79 137 54740 54679 0,11

98 84640 82819 2,20 138 51880 51348 1,04

99 85910 83847 2,46 139 48920 48019 1,88

100 87090 84875 2,61 140 45860 44692 2,61

101 88150 85903 2,62 141 42720 41375 3,25

102 89100 86929 2,50 142 39480 38053 3,75

103 89950 87957 2,27 143 36140 34734 4,05

104 90690 88986 1,92 144 32700 31419 4,08

105 91320 90012 1,45 145 29060 27988 3,83

106 91840 91041 0,88 146 24660 23911 3,13

107 92260 92070 0,21 147 19510 19210 1,56

108 92560 93100 0,58 148 13760 14039 1,98

109 92760 94127 1,45 149 7543 8587 12,16

110 92850 95157 2,42 150 955 3397 71,89

111 92830 94297 1,56 151 5708 5457 4,59

112 92700 93439 0,79 152 12440 12286 1,25

113 92460 92580 0,13 153 18950 19091 0,74

114 92110 91720 0,42 154 25090 25515 1,67

115 91650 90861 0,87 155 30100 30731 2,05

116 91090 90004 1,21 156 34420 35189 2,18

117 90420 89146 1,43 157 38790 39641 2,15

118 89630 88287 1,52 158 43230 44109 1,99

119 88750 87431 1,51 159 47730 48580 1,75

120 87750 86572 1,36 160 52280 53053 1,46

NóTensões Nodais (kPa) Diferença

Relativa (%)Nó

Tensões Nodais (kPa) Diferença

Relativa (%)

Page 66: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

56

Tabela 6-6 – Tensão nodal máxima em todos os nós finais do jumper (cont.).

Page 67: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

57

6.2 ESTUDO DE CASO 1: FADIGA A LONGO PRAZO

A avaliação da fadiga a longo prazo consiste em se determinar o dano anual

causado por correntes anuais considerando-se a ocorrência de cada uma delas. Para o

caso em estudo, o carregamento ambiental que atua sobre o jumper encontra-se na

Tabela 6-7 que apresenta as distribuições das velocidades e direções para a corrente de

fundo anual. Essa distribuição foi adotada sem manter qualquer relação com qualquer

dado real, sendo fictícia e apenas utilizada neste estudo para fins acadêmicos.

Tabela 6-7 – Distribuição das velocidades e direções para corrente de fundo.

m/s N NE L SE S SO O NO Freq. %

0,00 0,05 366 477 494 634 619 699 473 399 4161 36,58

0,05 0,10 305 307 387 548 938 1548 770 309 5112 44,94

0,10 0,15 11 34 54 66 203 959 231 65 1623 14,27

0,15 0,20 5 0 0 3 21 270 48 2 349 3,07

0,20 0,25 0 0 0 0 0 59 13 0 72 0,63

0,25 0,30 0 0 0 0 0 28 12 0 40 0,35

0,30 0,35 0 0 0 0 0 14 2 0 16 0,14

0,35 0,40 0 0 0 0 0 2 1 0 3 0,03

Freq 687 818 935 1251 1781 3579 1550 775 11376

% 6,04 7,19 8,22 11,00 15,66 31,46 13,63 6,81

Como mencionado no tópico 6.1, adotou-se a maior velocidade de corrente (Uc)

de cada linha para compor uma ocorrência atuando na direção Y por ser esta a pior

situação.

Além de Uc, outros dados são necessários, como descrito no tópico 5.4, para o

funcionamento da planilha:

Taxa de amortecimento total ξT = 0,005. Valor recomendado pela DNV-

RP-F105 (2006) quando nenhuma informação estiver disponível e a

estrutura não se encontrar em contato com o solo (item 4.1.9).

γf = 1,1 e γk = 1,15. Valores de coeficientes de segurança para o cenário

Well-Defined e classe de segurança normal, assumidos para esse estudo e

definidos no item 2.6 da DNV-RP-F105 (2006).

Page 68: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

58

Parâmetro de Intensidade de Turbulência Ic = 0,05. Valor recomendado

pela DNV-RP-F105 (2006) quando nenhuma informação estiver

disponível (item 3.2.12).

θrel = 90º. Como mencionado no tópico 6.1 está é a pior direção que a

corrente pode atuar.

SCF = 1,19. Extraído da Tabela 7-26 de BARROS (2014), já que o

mesmo tratou de um jumper com características semelhantes.

σmáx = 143 MPa. Tensão máxima calculada pela planilha.

Aplicando estes dados, obteve-se a amplitude de vibração normalizada, a

amplitude de vibração máxima e a variação de tensões in-line para cada corrente como

apresentado na Tabela 6-8. O modelo de resposta montado pela planilha é interceptado

apenas pelas ocorrências anuais compostas por correntes maiores que 0,20 m/s, como

mostrado na Figura 6-3.

Figura 6-3 – Modelo de Resposta in-line com as velocidades reduzidas de cada

corrente anual.

Page 69: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

59

Tabela 6-8 – Variação de Tensões in-line para cada corrente anual.

Uc (m/s) Vrd Ay/D A (m) ΔS (MPa)

Corrente 1 0,05 0,27 -- -- --

Corrente 2 0,10 0,54 -- -- --

Corrente 3 0,15 0,81 -- -- --

Corrente 4 0,20 1,08 0,017 8,695E-03 3,847

Corrente 5 0,25 1,35 0,044 0,022 9,918

Corrente 6 0,30 1,62 0,071 0,036 15,989

Corrente 7 0,35 1,89 0,098 0,05 22,06

Corrente 8 0,40 2,16 0,125 0,064 28,131

Por fim, os valores dos ciclos solicitantes e resistentes foram calculados

utilizando as ocorrências para cada corrente anual da Tabela 6-7 e a curva S-N para o

mar com proteção catódica D, como requisita o SCF adotado. A planilha calculou

também o dano anual e a vida útil. A Tabela 6-9 mostra os parâmetros da curva S-N

adotada, a Figura 6-4 mostra a curva em si e a Tabela 6-10 apresenta os resultados

obtidos.

Tabela 6-9 – Curva S-N da DNV-RP-C203 adotada.

Curva S-N N ≤ 10⁶ ciclos N > 10⁶ ciclos

m1 log a1 m2 log a2

Curva D (seawater) 3 11,764 5 15,606

Figura 6-4 – Curva S-N Seawater CP D

Page 70: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

60

Tabela 6-10 – Resultados obtidos pela planilha para o dano e a vida útil.

Uc (m/s) Ocorrência (%) n N Dano Anual

Corrente 1 0,05 36,58% -- -- --

Corrente 2 0,10 44,94% -- -- --

Corrente 3 0,15 14,27% -- -- --

Corrente 4 0,20 3,07% 3,88E+05 4,79E+12 8,11E-08

Corrente 5 0,25 0,63% 7,97E+04 4,21E+10 1,89E-06

Corrente 6 0,30 0,35% 4,43E+04 3,86E+09 1,15E-05

Corrente 7 0,35 0,14% 1,77E+04 7,73E+08 2,29E-05

Corrente 8 0,40 0,03% 3,79E+03 2,29E+08 1,66E-05

Dano Total 5,29E-05

Vida Útil 18904 anos

Vale mencionar que o valor da vida útil obtido na Tabela 6-10 desconsidera a

presença de eventos extremos. Estes serão estudados no próximo tópico.

É interessante observar também a sensibilidade do modelo. Caso todas as

correntes fossem 30% maiores e mantivessem a mesma ocorrência anual, teríamos

resultados cerca de dez vezes piores, como pode-se concluir a partir da Figura 6-5 e das

Tabelas 6-11 e 6-12.

Figura 6-5 – Modelo de Resposta in-line com as velocidades reduzidas de cada

corrente anual elevadas em 30%.

Page 71: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

61

Tabela 6-11 – Variação de Tensões in-line para cada corrente anual.

Uc (m/s) Vrd Ay/D A (m) ΔS (MPa)

Corrente 1 0,07 0,38 -- -- --

Corrente 2 0,13 0,70 -- -- --

Corrente 3 0,20 1,08 0,017 8,70E-03 3,847

Corrente 4 0,26 1,40 0,05 0,025 11,132

Corrente 5 0,33 1,78 0,087 0,044 19,632

Corrente 6 0,39 2,11 0,12 0,061 26,916

Corrente 7 0,46 2,49 0,158 0,08 35,416

Corrente 8 0,52 2,81 0,179 0,091 40,253

Tabela 6-12 – Resultados obtidos pela planilha para o dano e a vida útil.

Uc (m/s) Ocorrência (%) n N Dano Anual

Corrente 1 0,07 36,58% -- -- --

Corrente 2 0,13 44,94% -- -- --

Corrente 3 0,20 14,27% 1,80E+06 4,79E+12 3,77E-07

Corrente 4 0,26 3,07% 3,88E+05 2,36E+10 1,64E-05

Corrente 5 0,33 0,63% 7,97E+04 1,38E+09 5,76E-05

Corrente 6 0,39 0,35% 4,43E+04 2,86E+08 1,55E-04

Corrente 7 0,46 0,14% 1,77E+04 7,25E+07 2,44E-04

Corrente 8 0,52 0,03% 3,79E+03 3,82E+07 9,93E-05

Dano Total 5,73E-04

Vida Útil 1745 anos

6.3. ESTUDO DE CASO 2: FADIGA A CURTO PRAZO

6.3.1 Introdução

Atualmente, a importância da aferição dos dados para eventos extremos, short

term ou de curta duração, tem sido relevante, pois propicia à Engenharia uma maior

capacidade de simulação de um ambiente real e, assim, uma melhor caracterização do

problema. Tal questão foi levantada pelo American Petroleum Institute (API) em suas

práticas recomendadas para design de risers, a API-RP-2RD, em 1998.

O avanço na obtenção de dados fez com que os projetistas solicitassem que se

associe durações aos eventos extremos. Uma vez que a maior dificuldade é definir a

durações destes perfis extremos, porque as medições são da ordem de poucos anos e

perfis, como o centenário, só ocorrem muito raramente, o objetivo deste tópico será

Page 72: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

62

comparar os resultados obtidos para a fadiga devido às VIV in-line considerando três

distribuições distintas e avaliar o quanto a variação do número de horas atuantes de uma

determinada corrente anual, decenária ou centenária pode vir a influenciar neste cenário

extremo.

6.3.2 Dados de Entrada na Planilha

Como dito no início do Cap. 6, ambos os estudos de caso tratam do mesmo

jumper. Portanto, os dados de entrada permanecem os mesmos daqueles apresentados

nas Tabelas 6-1 a 6-3 e o modo escolhido para análise também será o primeiro modo de

vibração. Além disso, também irá se utilizar os mesmos dados apresentados no tópico

6.2, como taxa de amortecimento total, coeficientes de segurança, etc., com a exceção

daqueles apresentados na Tabela 6-7.

Os valores adotados para as correntes marítimas de um evento extremo são

apresentados na Tabela 6-13. Tais valores são meramente acadêmicos e estão sendo

utilizados apenas como base para este estudo.

Tabela 6-13 – Velocidades das correntes em função do tempo de recorrência.

1 ano 10 anos 100 anos

Uc (m/s) 0,40 0,55 0,70

Observa-se que o valor adotado para a corrente anual é o maior valor presente no

primeiro estudo de caso.

As três distribuições que serão analisadas estão em evidência nas Figuras 6-6, 6-7

e 6-8. Todas possuem a mesma duração total, 30 horas, que é um valor estipulado e

aplicado neste trabalho apenas para fins acadêmicos.

Page 73: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

63

Figura 6-6 – Distribuição 1.

Figura 6-7 - Distribuição 2.

Figura 6-8 - Distribuição 3.

Page 74: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

64

A única diferença entre as distribuições 1 e 2 é a presença ou não da corrente

anual. A distribuição 1 considera que, antes de o evento extremo decenário atingir sua

corrente máxima característica, ele irá atingir em módulo primeiramente a corrente

anual máxima e depois voltar a este valor depois da corrente decenária perdurar por 10

horas. A distribuição 3 busca avaliar se o dano causado por 30 horas de corrente

centenária é maior ou não quando comparado com a distribuição 2 (30 horas de corrente

decenária).

6.3.3 Resultados

Os resultados encontrados são apresentados abaixo seguindo o mesmo esquema

de tabelas e figuras visto no tópico 6.2.

Figura 6-9 – Modelo de Resposta in-line com as velocidades reduzidas de cada

corrente do evento extremo.

Tabela 6-14 – Variação de Tensões in-line para cada corrente dos eventos

extremos.

Uc (m/s) Vrd Ay/D A (m) ΔS (MPa)

0,40 2,160 0,125 0,064 28,131

0,55 2,971 0,171 0,087 38,354

0,70 3,781 0,128 0,065 28,859

Page 75: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

65

Os valores dos ciclos solicitantes e resistentes foram calculados utilizando o

tempo de duração para cada corrente e a curva S-N para o mar com proteção catódica D,

como requisita o SCF adotado. A Tabela 6-9 mostra os parâmetros da curva S-N

adotada e as Tabelas 6-15, 6-16 e 6-17 apresentam os resultados obtidos para cada

distribuição.

Tabela 6-15 - Resultados obtidos para a distribuição 1.

Duração (horas) n N Dano

Corrente Anual 20 2,89E+04 2,29E+08 1,26E-04

Corrente Decenária 10 1,44E+04 4,86E+07 2,97E-04

Dano Total 4,23E-04

Tabela 6-16 – Resultados obtidos para a distribuição 2.

Duração (horas) n N Dano

Corrente Anual 0 -- -- --

Corrente Decenária 30 4,33E+04 4,86E+07 8,90E-04

Dano Total 8,90E-04

Tabela 6-17 – Resultados obtidos para a distribuição 3.

Duração (horas) n N Dano Anual

Corrente Centenária 30 4,33E+04 2,02E+08 2,15E-04

Dano Total 2,15E-04

Como era de se esperar ao se observar as amplitudes normalizadas de vibração

presentes na Figura 6-9 e na Tabela 6-14, a distribuição que causou mais dano foi

aquela que apresentou a corrente decenária perdurando por mais tempo. A variação de

tensão in-line causada pela corrente decenária é cerca de 30% maior que as demais e

durando 20 horas a mais que na distribuição 1, foi capaz de causar mais do que o dobro

de dano da distribuição 1 e quatro vezes mais que o dano da distribuição 3.

De qualquer forma, o dano causado pelos eventos extremos está uma ordem de

grandeza acima quando comparado ao dano causado pelas correntes anuais do diagrama

de dispersão, o que demonstra a importância dos mesmos para a análise da fadiga em

um jumper.

Page 76: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

66

Por fim, é importante que seja dito que os resultados aqui obtidos para as

distribuições 2 e 3 não são necessariamente válidos caso estivesse se tratando de um vão

livre. Diferentemente dos jumpers, os vãos livres apresentam frequências de vibração

in-line muito próximas das de cross-flow. Consequentemente, uma corrente centenária

poderia induzir o VIV nessas duas direções e, assim, causar mais dano para um vão

livre do que a corrente decenária, que estaria induzindo apenas o VIV in-line. A Figura

6-10 a seguir ilustra esta situação.

Figura 6-10 – VIV in-line e cross-flow em um vão livre.

Page 77: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

67

CAPÍTULO 7 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES

O Cap. 6 e o Anexo A sintetizam toda a capacidade do programa criado.

Observando todas as tabelas comparativas apresentadas algumas conclusões podem ser

tiradas:

No caso do cálculo das frequências de vibrações naturais do jumper

através de elementos de pórtico espacial, pode-se afirmar ao observar as

Tabelas 6-4 e 6-5 que o programa foi muito bem-sucedido, apresentando

diferenças inferiores a 2%.

No que diz respeito aos deslocamentos para o modo de vibração

escolhido, o programa também apresentou bons resultados. Observa-se

nas Tabelas A-1 até A-3 que as maiores diferenças relativas surgiram ou

nas extremidades do jumper ou nos trechos curvos, onde os

deslocamentos são muitos pequenos quando comparados ao deslocamento

máximo (= 1). Como solução para a segunda questão, os trechos curvos

poderiam ser discretizados um pouco mais.

No caso das tensões nodais, o programa também foi muito bem-sucedido.

Apresentando uma diferença média de apenas 2,34%, os poucos trechos

conturbados também se localizaram próximos às curvas do jumper, onde

as tensões são muito menores quando comparadas com as tensões

máximas. Mais um indicador que mostra que os trechos curvos poderiam

ser ligeiramente mais discretizados. De qualquer forma, a tensão máxima

calculada, que entra no cálculo da variação de tensões in-line apresentou

uma diferença de apenas 0,19%, o que dá confiabilidade ao programa.

Analisando os estudos de casos, fica claro que se a avaliação da fadiga in-line se

limitasse apenas aos eventos de longo prazo, o jumper em questão seria classificado

como uma estrutura com vida bem maior do que o tempo de operação, o que não é

necessariamente verdade. Considerando que a vida útil de projeto dessa estrutura seja de

30 anos e considerando, portanto, a ocorrência de três eventos extremos decenários para

a distribuição 2, que é mais conservadora, um evento centenário (distribuição 3) e mais

Page 78: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

68

trinta vezes o dano anual calculado na Tabela 6-10 do primeiro estudo de caso, temos

que a vida útil do jumper se reduziria para 6711 anos. Fica assim comprovada a

importância do estudo de eventos extremos e de uma definição adequada da distribuição

probabilística tanto das correntes quanto das suas respectivas durações.

É importante ressaltar também que aqui não se realizaram análises para as fibras

internas do jumper, pois os critérios de escolha da curva S-N variam muito e são

determinados pela operadora do duto. Entretanto, deve-se chamar a atenção para o fato

de que, mesmo apresentando tensões menores do que as fibras externas, as fibras

internas podem ser o fator limitante para a vida útil da estrutura dependendo da curva S-

N adotada.

Portanto, pode-se concluir que o programa deu certo. Para trabalhos futuros,

sugere-se que se programe no software MathCAD a fadiga devido às variações de

tensões produzidas pelo movimento cross-flow (perpendicular ao fluxo) e também pelas

VIV in-line induzidas pelo movimento cross-flow, que aqui não foram avaliadas.

Sugere-se também a análise de jumpers mais complexos utilizando CFD

(Computer Fluid Dynamics), com o perfil de corrente variando com a altura. Outro

procedimento interessante de ser utilizado para essa abordagem seria utilizar uma

programação similar àquela adotada no programa SHEAR7.

Page 79: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

69

CAPÍTULO 8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Page 82: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

72

ANEXO A – RESULTADOS PARA OS DESLOCAMENTOS

DO PRIMEIRO MODO DE VIBRAÇÃO DO JUMPER

Neste anexo, estão disponibilizadas as tabelas relativas aos deslocamentos

obtidos para todos os nós do jumper para o primeiro modo de vibração no MathCAD e

no programa comercial.

Vale observar que como as translações em X e Z e a rotação em Y são iguais a

zero em ambos os programas, não se anexou nenhuma planilha referentes a esses

deslocamentos.

Page 83: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

73

Tabela A-1 – Translação em Y.

Nó Translação em Y Diferença

Relativa (%) Nó

Translação em Y Diferença

Relativa (%) MathCAD Prog Comercial MathCAD Prog Comercial

1 0.00000 0.00000 0.00 41 0.11400 0.11800 3.39

2 -0.00006 -0.00005 11.47 42 0.13300 0.13700 2.92

3 -0.00025 -0.00022 11.07 43 0.15200 0.15600 2.56

4 -0.00058 -0.00053 10.12 44 0.17100 0.17300 1.16

5 -0.00108 -0.00098 10.07 45 0.18900 0.19200 1.56

6 -0.00176 -0.00161 9.32 46 0.20800 0.21100 1.42

7 -0.00263 -0.00241 9.04 47 0.22800 0.23000 0.87

8 -0.00371 -0.00342 8.50 48 0.24700 0.24900 0.80

9 -0.00502 -0.00466 7.77 49 0.26800 0.26900 0.37

10 -0.00658 -0.00609 8.09 50 0.28800 0.29000 0.69

11 -0.00839 -0.00781 7.36 51 0.30900 0.31000 0.32

12 -0.01000 -0.00980 2.08 52 0.33000 0.33100 0.30

13 -0.01300 -0.01200 8.33 53 0.35100 0.35200 0.28

14 -0.01600 -0.01500 6.67 54 0.37300 0.37300 0.00

15 -0.01900 -0.01700 11.76 55 0.39400 0.39400 0.00

16 -0.02200 -0.02100 4.76 56 0.41600 0.41600 0.00

17 -0.02600 -0.02400 8.33 57 0.43900 0.43800 0.23

18 -0.03000 -0.02800 7.14 58 0.46100 0.46000 0.22

19 -0.03400 -0.03200 6.25 59 0.48300 0.48300 0.00

20 -0.03900 -0.03700 5.41 60 0.50600 0.50500 0.20

21 -0.04400 -0.04200 4.76 61 0.52900 0.52800 0.19

22 -0.04800 -0.04600 4.35 62 0.55200 0.55100 0.18

23 -0.05100 -0.04900 4.08 63 0.57500 0.57400 0.17

24 -0.05400 -0.05100 5.88 64 0.59900 0.59700 0.34

25 -0.05400 -0.05100 5.88 65 0.62200 0.62000 0.32

26 -0.05400 -0.05000 8.00 66 0.64600 0.64300 0.47

27 -0.05200 -0.04800 8.33 67 0.67000 0.66700 0.45

28 -0.04800 -0.04400 9.09 68 0.69600 0.69300 0.43

29 -0.04200 -0.03800 10.53 69 0.72200 0.71800 0.56

30 -0.03400 -0.03000 13.33 70 0.74700 0.74300 0.54

31 -0.02700 -0.02300 17.39 71 0.77000 0.76700 0.39

32 -0.01900 -0.01500 26.67 72 0.79200 0.78900 0.38

33 -0.01200 -0.00755 58.90 73 0.81200 0.80800 0.50

34 -0.00178 0.00257 169.16 74 0.82900 0.82500 0.48

35 0.01000 0.01500 33.33 75 0.84200 0.83800 0.48

36 0.02400 0.02900 17.24 76 0.85100 0.84800 0.35

37 0.04000 0.04400 9.09 77 0.85900 0.85600 0.35

38 0.05700 0.06100 6.56 78 0.86600 0.86300 0.35

39 0.07500 0.07900 5.06 79 0.87400 0.87100 0.34

40 0.09400 0.09800 4.08 80 0.88100 0.87800 0.34

Page 84: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

74

Tabela A-1 – Translação em Y (continuação).

Nó Translação em Y Diferença

Relativa (%) Nó

Translação em Y Diferença

Relativa (%) MathCAD Prog Comercial MathCAD Prog Comercial

81 0.88800 0.88500 0.34 121 0.98300 0.98300 0.00

82 0.89500 0.89200 0.34 122 0.98000 0.98000 0.00

83 0.90200 0.89900 0.33 123 0.97700 0.97600 0.10

84 0.90800 0.90600 0.22 124 0.97300 0.97200 0.10

85 0.91500 0.91300 0.22 125 0.96900 0.96800 0.10

86 0.92100 0.91900 0.22 126 0.96500 0.96400 0.10

87 0.92700 0.92500 0.22 127 0.96000 0.95900 0.10

88 0.93300 0.93100 0.21 128 0.95600 0.95500 0.10

89 0.93800 0.93700 0.11 129 0.95100 0.95000 0.11

90 0.94400 0.94200 0.21 130 0.94600 0.94400 0.21

91 0.94900 0.94800 0.11 131 0.94000 0.93900 0.11

92 0.95400 0.95300 0.10 132 0.93500 0.93300 0.21

93 0.95900 0.95800 0.10 133 0.92900 0.92700 0.22

94 0.96300 0.96200 0.10 134 0.92300 0.92100 0.22

95 0.96800 0.96700 0.10 135 0.91600 0.91500 0.11

96 0.97200 0.97100 0.10 136 0.91000 0.90800 0.22

97 0.97600 0.97500 0.10 137 0.90400 0.90100 0.33

98 0.97900 0.97800 0.10 138 0.89700 0.89500 0.22

99 0.98200 0.98200 0.00 139 0.89000 0.88700 0.34

100 0.98500 0.98500 0.00 140 0.88300 0.88000 0.34

101 0.98800 0.98800 0.00 141 0.87600 0.87300 0.34

102 0.99000 0.99000 0.00 142 0.86800 0.86500 0.35

103 0.99300 0.99200 0.10 143 0.86100 0.85800 0.35

104 0.99500 0.99400 0.10 144 0.85300 0.85000 0.35

105 0.99600 0.99600 0.00 145 0.84400 0.84000 0.48

106 0.99800 0.99700 0.10 146 0.83000 0.82700 0.36

107 0.99900 0.99800 0.10 147 0.81400 0.81000 0.49

108 0.99900 0.99900 0.00 148 0.79400 0.79100 0.38

109 1.00000 1.00000 0.00 149 0.77200 0.76900 0.39

110 1.00000 1.00000 0.00 150 0.74800 0.74500 0.40

111 1.00000 1.00000 0.00 151 0.72300 0.72000 0.42

112 1.00000 1.00000 0.00 152 0.69800 0.69500 0.43

113 0.99900 0.99900 0.00 153 0.67200 0.67000 0.30

114 0.99800 0.99800 0.00 154 0.64700 0.64500 0.31

115 0.99700 0.99700 0.00 155 0.62400 0.62200 0.32

116 0.99500 0.99500 0.00 156 0.60000 0.59900 0.17

117 0.99300 0.99300 0.00 157 0.57700 0.57600 0.17

118 0.99100 0.99100 0.00 158 0.55400 0.55300 0.18

119 0.98900 0.98900 0.00 159 0.53100 0.53000 0.19

120 0.98600 0.98600 0.00 160 0.50800 0.50700 0.20

Page 85: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

75

Tabela A-1 – Translação em Y (continuação).

Nó Translação em Y Diferença

Relativa (%) Nó

Translação em Y Diferença

Relativa (%) MathCAD Prog Comercial MathCAD Prog Comercial

161 0.48500 0.48500 0.00 201 -0.03900 -0.03600 8.33

162 0.46300 0.46300 0.00 202 -0.03400 -0.03200 6.25

163 0.44000 0.44100 0.23 203 -0.03000 -0.02800 7.14

164 0.41800 0.41900 0.24 204 -0.02600 -0.02400 8.33

165 0.39600 0.39700 0.25 205 -0.02200 -0.02100 4.76

166 0.37400 0.37500 0.27 206 -0.01900 -0.01800 5.56

167 0.35300 0.35400 0.28 207 -0.01600 -0.01500 6.67

168 0.33100 0.33300 0.60 208 -0.01400 -0.01200 16.67

169 0.31000 0.31200 0.64 209 -0.01100 -0.01000 10.00

170 0.29000 0.29200 0.68 210 -0.00919 -0.00833 10.39

171 0.26900 0.27200 1.10 211 -0.00740 -0.00665 11.28

172 0.24900 0.25200 1.19 212 -0.00584 -0.00522 11.83

173 0.22900 0.23300 1.72 213 -0.00451 -0.00401 12.45

174 0.21000 0.21300 1.41 214 -0.00339 -0.00299 13.27

175 0.19100 0.19500 2.05 215 -0.00246 -0.00215 14.38

176 0.17200 0.17600 2.27 216 -0.00170 -0.00148 15.45

177 0.15400 0.15800 2.53 217 -0.00111 -0.00095 16.60

178 0.13500 0.13900 2.88 218 -0.00066 -0.00057 17.62

179 0.11500 0.12000 4.17 219 -0.00035 -0.00029 19.54

180 0.09500 0.10100 5.94 220 -0.00014 -0.00011 21.17

181 0.07600 0.08100 6.17 221 -0.00003 -0.00002 23.50

182 0.05700 0.06300 9.52 222 0.00000 0.00000 0.00

183 0.04000 0.04500 11.11

184 0.02400 0.02900 17.24

185 0.00950 0.01500 36.64

186 -0.00296 0.00241 222.80

187 -0.01300 -0.00816 59.39

188 -0.02100 -0.01600 31.25

189 -0.02900 -0.02400 20.83

190 -0.03700 -0.03200 15.63

191 -0.04500 -0.04000 12.50

192 -0.05100 -0.04700 8.51

193 -0.05600 -0.05100 9.80

194 -0.05800 -0.05400 7.41

195 -0.05900 -0.05500 7.27

196 -0.05800 -0.05500 5.45

197 -0.05600 -0.05300 5.66

198 -0.05300 -0.05000 6.00

199 -0.04900 -0.04600 6.52

200 -0.04400 -0.04100 7.32

Page 86: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

76

Tabela A-2 – Rotação em X.

Nó Rotação em X Diferença

Relativa (%) Nó

Rotação em X Diferença

Relativa (%) MathCAD Prog Comercial MathCAD Prog Comercial

1 0.00000 0.00000 0.00 41 0.04400 0.04400 0.00

2 0.00031 0.00028 11.32 42 0.04600 0.04500 2.22

3 0.00066 0.00060 10.50 43 0.04700 0.04600 2.17

4 0.00105 0.00096 9.49 44 0.04800 0.04700 2.13

5 0.00148 0.00136 8.58 45 0.04900 0.04800 2.08

6 0.00195 0.00181 7.78 46 0.05000 0.04900 2.04

7 0.00247 0.00230 7.26 47 0.05100 0.05000 2.00

8 0.00302 0.00284 6.63 48 0.05100 0.05100 0.00

9 0.00362 0.00341 6.16 49 0.05200 0.05200 0.00

10 0.00426 0.00403 5.74 50 0.05300 0.05200 1.92

11 0.00493 0.00470 4.89 51 0.05400 0.05300 1.89

12 0.00565 0.00539 4.80 52 0.05500 0.05400 1.85

13 0.00641 0.00613 4.67 53 0.05500 0.05400 1.85

14 0.00722 0.00691 4.50 54 0.05600 0.05500 1.82

15 0.00806 0.00777 3.72 55 0.05600 0.05600 0.00

16 0.00894 0.00863 3.59 56 0.05700 0.05700 0.00

17 0.00987 0.00954 3.46 57 0.05800 0.05700 1.75

18 0.01100 0.01000 10.00 58 0.05800 0.05700 1.75

19 0.01200 0.01100 9.09 59 0.05800 0.05800 0.00

20 0.01300 0.01300 0.00 60 0.05900 0.05800 1.72

21 0.01400 0.01400 0.00 61 0.05900 0.05900 0.00

22 0.01500 0.01500 0.00 62 0.06000 0.05900 1.69

23 0.01600 0.01600 0.00 63 0.06000 0.05900 1.69

24 0.01800 0.01800 0.00 64 0.06000 0.06000 0.00

25 0.01900 0.01900 0.00 65 0.06000 0.06000 0.00

26 0.02100 0.02100 0.00 66 0.06100 0.06000 1.67

27 0.02300 0.02200 4.55 67 0.06100 0.06000 1.67

28 0.02400 0.02400 0.00 68 0.06100 0.06000 1.67

29 0.02600 0.02600 0.00 69 0.06100 0.06000 1.67

30 0.02800 0.02700 3.70 70 0.06100 0.06100 0.00

31 0.02900 0.02900 0.00 71 0.06100 0.06100 0.00

32 0.03100 0.03000 3.33 72 0.06100 0.06100 0.00

33 0.03200 0.03200 0.00 73 0.06200 0.06100 1.64

34 0.03400 0.03400 0.00 74 0.06200 0.06100 1.64

35 0.03600 0.03500 2.86 75 0.06200 0.06100 1.64

36 0.03700 0.03700 0.00 76 0.06200 0.06100 1.64

37 0.03900 0.03800 2.63 77 0.06200 0.06100 1.64

38 0.04000 0.04000 0.00 78 0.06200 0.06100 1.64

39 0.04200 0.04100 2.44 79 0.06200 0.06100 1.64

40 0.04300 0.04300 0.00 80 0.06200 0.06100 1.64

Page 87: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

77

Tabela A-2 – Rotação em X (continuação).

Nó Rotação em X Diferença

Relativa (%) Nó

Rotação em X Diferença

Relativa (%) MathCAD Prog Comercial MathCAD Prog Comercial

81 0.06200 0.06100 1.64 121 0.06200 0.06100 1.64

82 0.06200 0.06100 1.64 122 0.06200 0.06100 1.64

83 0.06200 0.06100 1.64 123 0.06200 0.06100 1.64

84 0.06200 0.06100 1.64 124 0.06200 0.06100 1.64

85 0.06200 0.06100 1.64 125 0.06200 0.06100 1.64

86 0.06200 0.06100 1.64 126 0.06200 0.06100 1.64

87 0.06200 0.06100 1.64 127 0.06200 0.06100 1.64

88 0.06200 0.06100 1.64 128 0.06200 0.06100 1.64

89 0.06200 0.06100 1.64 129 0.06200 0.06100 1.64

90 0.06200 0.06100 1.64 130 0.06200 0.06100 1.64

91 0.06200 0.06100 1.64 131 0.06200 0.06100 1.64

92 0.06200 0.06100 1.64 132 0.06200 0.06100 1.64

93 0.06200 0.06100 1.64 133 0.06200 0.06100 1.64

94 0.06200 0.06100 1.64 134 0.06200 0.06100 1.64

95 0.06200 0.06100 1.64 135 0.06200 0.06100 1.64

96 0.06200 0.06100 1.64 136 0.06200 0.06100 1.64

97 0.06200 0.06100 1.64 137 0.06200 0.06100 1.64

98 0.06200 0.06100 1.64 138 0.06200 0.06100 1.64

99 0.06200 0.06100 1.64 139 0.06200 0.06100 1.64

100 0.06200 0.06100 1.64 140 0.06200 0.06100 1.64

101 0.06200 0.06100 1.64 141 0.06200 0.06100 1.64

102 0.06200 0.06100 1.64 142 0.06200 0.06100 1.64

103 0.06200 0.06100 1.64 143 0.06200 0.06100 1.64

104 0.06200 0.06100 1.64 144 0.06200 0.06100 1.64

105 0.06200 0.06100 1.64 145 0.06200 0.06100 1.64

106 0.06200 0.06100 1.64 146 0.06200 0.06100 1.64

107 0.06200 0.06100 1.64 147 0.06100 0.06100 0.00

108 0.06200 0.06100 1.64 148 0.06100 0.06100 0.00

109 0.06200 0.06100 1.64 149 0.06100 0.06100 0.00

110 0.06200 0.06100 1.64 150 0.06100 0.06000 1.67

111 0.06200 0.06100 1.64 151 0.06100 0.06000 1.67

112 0.06200 0.06100 1.64 152 0.06100 0.06000 1.67

113 0.06200 0.06100 1.64 153 0.06100 0.06000 1.67

114 0.06200 0.06100 1.64 154 0.06100 0.06000 1.67

115 0.06200 0.06100 1.64 155 0.06000 0.06000 0.00

116 0.06200 0.06100 1.64 156 0.06000 0.06000 0.00

117 0.06200 0.06100 1.64 157 0.06000 0.05900 1.69

118 0.06200 0.06100 1.64 158 0.06000 0.05900 1.69

119 0.06200 0.06100 1.64 159 0.05900 0.05900 0.00

120 0.06200 0.06100 1.64 160 0.05900 0.05800 1.72

Page 88: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

78

Tabela A-2 – Rotação em X (continuação).

Nó Rotação em X Diferença

Relativa (%) Nó

Rotação em X Diferença

Relativa (%) MathCAD Prog Comercial MathCAD Prog Comercial

161 0.05800 0.05800 0.00 201 0.01200 0.01200 0.00

162 0.05800 0.05700 1.75 202 0.01100 0.01100 0.00

163 0.05800 0.05700 1.75 203 0.01000 0.01000 0.00

164 0.05700 0.05700 0.00 204 0.00950 0.00911 4.34

165 0.05600 0.05600 0.00 205 0.00863 0.00824 4.65

166 0.05600 0.05500 1.82 206 0.00780 0.00742 5.01

167 0.05500 0.05400 1.85 207 0.00700 0.00665 5.36

168 0.05500 0.05400 1.85 208 0.00625 0.00591 5.72

169 0.05400 0.05300 1.89 209 0.00554 0.00522 6.07

170 0.05300 0.05300 0.00 210 0.00487 0.00457 6.45

171 0.05200 0.05200 0.00 211 0.00424 0.00395 7.34

172 0.05100 0.05100 0.00 212 0.00365 0.00338 7.99

173 0.05100 0.05000 2.00 213 0.00310 0.00285 8.66

174 0.05000 0.04900 2.04 214 0.00259 0.00237 9.64

175 0.04900 0.04800 2.08 215 0.00212 0.00192 10.63

176 0.04800 0.04700 2.13 216 0.00170 0.00152 11.72

177 0.04700 0.04600 2.17 217 0.00131 0.00116 12.83

178 0.04600 0.04500 2.22 218 0.00096 0.00084 14.63

179 0.04500 0.04400 2.27 219 0.00066 0.00057 16.54

180 0.04300 0.04300 0.00 220 0.00039 0.00033 19.06

181 0.04200 0.04100 2.44 221 0.00017 0.00014 22.38

182 0.04100 0.04000 2.50 222 0.00000 0.00000 0.00

183 0.03900 0.03900 0.00

184 0.03800 0.03700 2.70

185 0.03600 0.03500 2.86

186 0.03400 0.03400 0.00

187 0.03300 0.03200 3.13

188 0.03100 0.03100 0.00

189 0.03000 0.02900 3.45

190 0.02800 0.02800 0.00

191 0.02600 0.02600 0.00

192 0.02500 0.02400 4.17

193 0.02300 0.02300 0.00

194 0.02100 0.02100 0.00

195 0.02000 0.01900 5.26

196 0.01800 0.01800 0.00

197 0.01700 0.01700 0.00

198 0.01600 0.01500 6.67

199 0.01500 0.01400 7.14

200 0.01300 0.01300 0.00

Page 89: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

79

Tabela A-3 – Rotação em Z.

Nó Rotação em Z Diferença

Relativa (%) Nó

Rotação em Z Diferença

Relativa (%) MathCAD Prog Comercial MathCAD Prog Comercial

1 0.00000 0.00000 0.00 41 -0.02200 -0.02200 0.00

2 -0.00078 -0.00079 1.32 42 -0.02200 -0.02200 0.00

3 -0.00155 -0.00157 1.21 43 -0.02200 -0.02200 0.00

4 -0.00232 -0.00235 1.23 44 -0.02200 -0.02200 0.00

5 -0.00310 -0.00313 1.12 45 -0.02200 -0.02200 0.00

6 -0.00387 -0.00392 1.17 46 -0.02200 -0.02200 0.00

7 -0.00465 -0.00470 1.23 47 -0.02200 -0.02200 0.00

8 -0.00542 -0.00548 1.09 48 -0.02200 -0.02200 0.00

9 -0.00620 -0.00626 0.99 49 -0.02100 -0.02200 4.55

10 -0.00697 -0.00703 0.90 50 -0.02100 -0.02200 4.55

11 -0.00774 -0.00781 0.86 51 -0.02100 -0.02200 4.55

12 -0.00852 -0.00859 0.80 52 -0.02100 -0.02100 0.00

13 -0.00929 -0.00941 1.21 53 -0.02100 -0.02100 0.00

14 -0.01000 -0.01000 0.00 54 -0.02100 -0.02100 0.00

15 -0.01100 -0.01100 0.00 55 -0.02100 -0.02100 0.00

16 -0.01200 -0.01200 0.00 56 -0.02100 -0.02100 0.00

17 -0.01200 -0.01300 7.69 57 -0.02100 -0.02100 0.00

18 -0.01300 -0.01300 0.00 58 -0.02100 -0.02100 0.00

19 -0.01400 -0.01400 0.00 59 -0.02100 -0.02100 0.00

20 -0.01500 -0.01500 0.00 60 -0.02100 -0.02100 0.00

21 -0.01600 -0.01600 0.00 61 -0.02100 -0.02100 0.00

22 -0.01600 -0.01600 0.00 62 -0.02100 -0.02100 0.00

23 -0.01700 -0.01700 0.00 63 -0.02100 -0.02100 0.00

24 -0.01800 -0.01800 0.00 64 -0.02100 -0.02100 0.00

25 -0.01900 -0.01900 0.00 65 -0.02100 -0.02100 0.00

26 -0.02000 -0.02000 0.00 66 -0.02100 -0.02100 0.00

27 -0.02000 -0.02000 0.00 67 -0.02000 -0.02100 4.76

28 -0.02100 -0.02100 0.00 68 -0.02000 -0.02100 4.76

29 -0.02100 -0.02200 4.55 69 -0.02000 -0.02000 0.00

30 -0.02200 -0.02200 0.00 70 -0.02000 -0.02000 0.00

31 -0.02200 -0.02200 0.00 71 -0.02000 -0.02000 0.00

32 -0.02200 -0.02200 0.00 72 -0.02000 -0.02000 0.00

33 -0.02200 -0.02300 4.35 73 -0.02000 -0.02000 0.00

34 -0.02300 -0.02300 0.00 74 -0.02000 -0.02000 0.00

35 -0.02300 -0.02300 0.00 75 -0.01900 -0.02000 5.00

36 -0.02300 -0.02300 0.00 76 -0.01900 -0.01900 0.00

37 -0.02300 -0.02300 0.00 77 -0.01900 -0.01900 0.00

38 -0.02300 -0.02300 0.00 78 -0.01900 -0.01900 0.00

39 -0.02200 -0.02200 0.00 79 -0.01800 -0.01800 0.00

40 -0.02200 -0.02200 0.00 80 -0.01800 -0.01800 0.00

Page 90: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

80

Tabela A-3 – Rotação em Z (continuação).

Nó Rotação em Z Diferença

Relativa (%) Nó

Rotação em Z Diferença

Relativa (%) MathCAD Prog Comercial MathCAD Prog Comercial

81 -0.01800 -0.01800 0.00 121 0.00769 0.00777 1.07

82 -0.01700 -0.01700 0.00 122 0.00836 0.00842 0.69

83 -0.01700 -0.01700 0.00 123 0.00902 0.00911 0.97

84 -0.01600 -0.01700 5.88 124 0.00967 0.00975 0.85

85 -0.01600 -0.01600 0.00 125 0.01000 0.01000 0.00

86 -0.01600 -0.01600 0.00 126 0.01100 0.01100 0.00

87 -0.01500 -0.01500 0.00 127 0.01200 0.01200 0.00

88 -0.01500 -0.01500 0.00 128 0.01200 0.01200 0.00

89 -0.01400 -0.01400 0.00 129 0.01300 0.01300 0.00

90 -0.01300 -0.01400 7.14 130 0.01300 0.01300 0.00

91 -0.01300 -0.01300 0.00 131 0.01400 0.01400 0.00

92 -0.01200 -0.01200 0.00 132 0.01400 0.01500 6.67

93 -0.01200 -0.01200 0.00 133 0.01500 0.01500 0.00

94 -0.01100 -0.01100 0.00 134 0.01500 0.01600 6.25

95 -0.01000 -0.01100 9.09 135 0.01600 0.01600 0.00

96 -0.00986 -0.00997 1.14 136 0.01600 0.01600 0.00

97 -0.00921 -0.00932 1.20 137 0.01700 0.01700 0.00

98 -0.00856 -0.00863 0.87 138 0.01700 0.01700 0.00

99 -0.00789 -0.00798 1.19 139 0.01800 0.01800 0.00

100 -0.00721 -0.00729 1.10 140 0.01800 0.01800 0.00

101 -0.00653 -0.00660 1.12 141 0.01800 0.01800 0.00

102 -0.00584 -0.00591 1.25 142 0.01900 0.01900 0.00

103 -0.00514 -0.00518 0.79 143 0.01900 0.01900 0.00

104 -0.00443 -0.00449 1.25 144 0.01900 0.01900 0.00

105 -0.00372 -0.00377 1.17 145 0.01900 0.02000 5.00

106 -0.00301 -0.00305 1.31 146 0.02000 0.02000 0.00

107 -0.00229 -0.00232 1.25 147 0.02000 0.02000 0.00

108 -0.00157 -0.00159 1.39 148 0.02000 0.02000 0.00

109 -0.00084 -0.00086 1.80 149 0.02000 0.02000 0.00

110 -0.00012 -0.00013 7.31 150 0.02000 0.02100 4.76

111 0.00061 0.00060 0.55 151 0.02000 0.02100 4.76

112 0.00133 0.00134 0.52 152 0.02100 0.02100 0.00

113 0.00205 0.00207 0.63 153 0.02100 0.02100 0.00

114 0.00278 0.00280 0.75 154 0.02100 0.02100 0.00

115 0.00349 0.00352 0.80 155 0.02100 0.02100 0.00

116 0.00421 0.00424 0.85 156 0.02100 0.02100 0.00

117 0.00492 0.00496 0.97 157 0.02100 0.02100 0.00

118 0.00562 0.00565 0.62 158 0.02100 0.02100 0.00

119 0.00631 0.00639 1.14 159 0.02100 0.02100 0.00

120 0.00700 0.00708 1.06 160 0.02100 0.02100 0.00

Page 91: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

81

Tabela A-3 – Rotação em Z (continuação).

Nó Rotação em Z Diferença

Relativa (%) Nó

Rotação em Z Diferença

Relativa (%) MathCAD Prog Comercial MathCAD Prog Comercial

161 0.02100 0.02200 4.55 201 0.01500 0.01600 6.25

162 0.02100 0.02200 4.55 202 0.01500 0.01500 0.00

163 0.02200 0.02200 0.00 203 0.01400 0.01400 0.00

164 0.02200 0.02200 0.00 204 0.01300 0.01300 0.00

165 0.02200 0.02200 0.00 205 0.01300 0.01300 0.00

166 0.02200 0.02200 0.00 206 0.01200 0.01200 0.00

167 0.02200 0.02200 0.00 207 0.01100 0.01100 0.00

168 0.02200 0.02200 0.00 208 0.01000 0.01000 0.00

169 0.02200 0.02200 0.00 209 0.00955 0.00962 0.82

170 0.02200 0.02200 0.00 210 0.00881 0.00889 0.93

171 0.02200 0.02200 0.00 211 0.00807 0.00816 1.09

172 0.02200 0.02200 0.00 212 0.00733 0.00742 1.29

173 0.02200 0.02300 4.35 213 0.00659 0.00665 0.89

174 0.02200 0.02300 4.35 214 0.00585 0.00591 1.07

175 0.02300 0.02300 0.00 215 0.00511 0.00518 1.33

176 0.02300 0.02300 0.00 216 0.00437 0.00440 0.73

177 0.02300 0.02300 0.00 217 0.00363 0.00367 1.17

178 0.02300 0.02300 0.00 218 0.00289 0.00293 1.16

179 0.02300 0.02300 0.00 219 0.00215 0.00218 1.24

180 0.02300 0.02300 0.00 220 0.00141 0.00143 1.12

181 0.02300 0.02300 0.00 221 0.00067 0.00068 1.39

182 0.02400 0.02400 0.00 222 0.00000 0.00000 0.00

183 0.02400 0.02400 0.00

184 0.02400 0.02400 0.00

185 0.02400 0.02400 0.00

186 0.02400 0.02400 0.00

187 0.02400 0.02400 0.00

188 0.02300 0.02400 4.17

189 0.02300 0.02300 0.00

190 0.02300 0.02300 0.00

191 0.02300 0.02300 0.00

192 0.02200 0.02200 0.00

193 0.02200 0.02200 0.00

194 0.02100 0.02100 0.00

195 0.02000 0.02000 0.00

196 0.01900 0.02000 5.00

197 0.01900 0.01900 0.00

198 0.01800 0.01800 0.00

199 0.01700 0.01700 0.00

200 0.01600 0.01600 0.00

Page 92: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

82

ANEXO B – POSIÇÃO DOS NÓS DO JUMPER

O objetivo deste anexo é o de fornecer as coordenadas dos nós que foram

inseridas no arquivo txt e uma imagem do jumper mostrando a localização dos nós da

estrutura. Tal imagem foi aqui posicionada pelo fácil acesso a mesma.

Figura B-1 – Posição dos nós do jumper dos estudos de casos.

Page 93: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

83

Tabela B-1 – Coordenadas nodais.

Nó Coordenadas

Nó Coordenadas

X (m) Y (m) Z (m) X (m) Y (m) Z (m)

1 22.108 0 3.96 41 16.153 0 12.245

2 22.108 0 4.355 42 16.06 0 11.857

3 22.108 0 4.749 43 16.029 0 11.46

4 22.108 0 5.144 44 16.029 0 11.072

5 22.108 0 5.539 45 16.029 0 10.684

6 22.108 0 5.934 46 16.029 0 10.297

7 22.108 0 6.328 47 16.029 0 9.909

8 22.108 0 6.723 48 16.029 0 9.521

9 22.108 0 7.118 49 16.029 0 9.133

10 22.108 0 7.513 50 16.029 0 8.745

11 22.108 0 7.907 51 16.029 0 8.357

12 22.108 0 8.302 52 16.029 0 7.97

13 22.108 0 8.697 53 16.029 0 7.582

14 22.108 0 9.092 54 16.029 0 7.194

15 22.108 0 9.486 55 16.029 0 6.806

16 22.108 0 9.881 56 16.029 0 6.418

17 22.108 0 10.276 57 16.029 0 6.03

18 22.108 0 10.671 58 16.029 0 5.643

19 22.108 0 11.065 59 16.029 0 5.255

20 22.108 0 11.46 60 16.029 0 4.867

21 22.077 0 11.857 61 16.029 0 4.479

22 21.984 0 12.245 62 16.029 0 4.091

23 21.832 0 12.613 63 16.029 0 3.703

24 21.623 0 12.953 64 16.029 0 3.316

25 21.365 0 13.256 65 16.029 0 2.928

26 21.061 0 13.515 66 16.029 0 2.54

27 20.722 0 13.723 67 15.997 0 2.143

28 20.353 0 13.876 68 15.904 0 1.755

29 19.966 0 13.969 69 15.752 0 1.387

30 19.569 0 14 70 15.543 0 1.047

31 19.235 0 14 71 15.285 0 0.744

32 18.902 0 14 72 14.981 0 0.485

33 18.569 0 14 73 14.642 0 0.277

34 18.171 0 13.969 74 14.273 0 0.124

35 17.784 0 13.876 75 13.886 0 0.031

36 17.415 0 13.723 76 13.489 0 0

37 17.076 0 13.515 77 13.092 0 0

38 16.772 0 13.256 78 12.695 0 0

39 16.514 0 12.953 79 12.298 0 0

40 16.305 0 12.613 80 11.902 0 0

Page 94: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

84

Tabela B-1 – Coordenadas nodais (continuação).

Nó Coordenadas

Nó Coordenadas

X (m) Y (m) Z (m) X (m) Y (m) Z (m)

81 11.505 0 0 121 -4.364 0 0

82 11.108 0 0 122 -4.761 0 0

83 10.711 0 0 123 -5.157 0 0

84 10.315 0 0 124 -5.554 0 0

85 9.918 0 0 125 -5.951 0 0

86 9.521 0 0 126 -6.348 0 0

87 9.125 0 0 127 -6.744 0 0

88 8.728 0 0 128 -7.141 0 0

89 8.331 0 0 129 -7.538 0 0

90 7.934 0 0 130 -7.934 0 0

91 7.538 0 0 131 -8.331 0 0

92 7.141 0 0 132 -8.728 0 0

93 6.744 0 0 133 -9.125 0 0

94 6.348 0 0 134 -9.521 0 0

95 5.951 0 0 135 -9.918 0 0

96 5.554 0 0 136 -10.315 0 0

97 5.157 0 0 137 -10.711 0 0

98 4.761 0 0 138 -11.108 0 0

99 4.364 0 0 139 -11.505 0 0

100 3.967 0 0 140 -11.902 0 0

101 3.57 0 0 141 -12.298 0 0

102 3.174 0 0 142 -12.695 0 0

103 2.777 0 0 143 -13.092 0 0

104 2.38 0 0 144 -13.489 0 0

105 1.984 0 0 145 -13.886 0 0.031

106 1.587 0 0 146 -14.273 0 0.124

107 1.19 0 0 147 -14.642 0 0.277

108 0.793 0 0 148 -14.981 0 0.485

109 0.397 0 0 149 -15.285 0 0.744

110 0 0 0 150 -15.543 0 1.047

111 -0.397 0 0 151 -15.752 0 1.387

112 -0.793 0 0 152 -15.904 0 1.755

113 -1.19 0 0 153 -15.997 0 2.143

114 -1.587 0 0 154 -16.029 0 2.54

115 -1.984 0 0 155 -16.029 0 2.928

116 -2.38 0 0 156 -16.029 0 3.316

117 -2.777 0 0 157 -16.029 0 3.703

118 -3.174 0 0 158 -16.029 0 4.091

119 -3.57 0 0 159 -16.029 0 4.479

120 -3.967 0 0 160 -16.029 0 4.867

Page 95: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

85

Tabela B-1 – Coordenadas nodais (continuação).

Nó Coordenadas

Nó Coordenadas

X (m) Y (m) Z (m) X (m) Y (m) Z (m)

161 -16.029 0 5.255 201 -22.108 0 11.065

162 -16.029 0 5.643 202 -22.108 0 10.671

163 -16.029 0 6.03 203 -22.108 0 10.276

164 -16.029 0 6.418 204 -22.108 0 9.881

165 -16.029 0 6.806 205 -22.108 0 9.486

166 -16.029 0 7.194 206 -22.108 0 9.092

167 -16.029 0 7.582 207 -22.108 0 8.697

168 -16.029 0 7.97 208 -22.108 0 8.302

169 -16.029 0 8.357 209 -22.108 0 7.907

170 -16.029 0 8.745 210 -22.108 0 7.513

171 -16.029 0 9.133 211 -22.108 0 7.118

172 -16.029 0 9.521 212 -22.108 0 6.723

173 -16.029 0 9.909 213 -22.108 0 6.328

174 -16.029 0 10.297 214 -22.108 0 5.934

175 -16.029 0 10.684 215 -22.108 0 5.539

176 -16.029 0 11.072 216 -22.108 0 5.144

177 -16.029 0 11.46 217 -22.108 0 4.749

178 -16.06 0 11.857 218 -22.108 0 4.355

179 -16.153 0 12.245 219 -22.108 0 3.96

180 -16.305 0 12.613 220 -22.108 0 3.565

181 -16.514 0 12.953 221 -22.108 0 3.17

182 -16.772 0 13.256 222 -22.108 0 2.811

183 -17.076 0 13.515

184 -17.415 0 13.723

185 -17.784 0 13.876

186 -18.171 0 13.969

187 -18.569 0 14

188 -18.902 0 14

189 -19.235 0 14

190 -19.569 0 14

191 -19.966 0 13.969

192 -20.353 0 13.876

193 -20.722 0 13.723

194 -21.061 0 13.515

195 -21.365 0 13.256

196 -21.623 0 12.953

197 -21.832 0 12.613

198 -21.984 0 12.245

199 -22.077 0 11.857

200 -22.108 0 11.46

Page 96: Avaliação da fadiga em jumpers rígidos devido a vibrações

86