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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA BIOMÉDICA
LUIZ FERNANDO DE MOURA SAK
AVALIAÇÃO DA ADAPTAÇAO ENTRE IMPLANTES E PILAR PROTÉTICO DO
TIPO HEXÁGONO EXTERNO CONSIDERANDO A RUGOSIDADE SUPERFICIAL
DISSERTAÇÃO
CURITIBA 2016
LUIZ FERNANDO DE MOURA SAK
AVALIAÇÃO DA ADAPTAÇÃO ENTRE IMPLANTES E PILAR PROTÉTICO DO TIPO HEXÁGONO EXTERNO CONSIDERANDO A
RUGOSIDADE SUPERFICIAL Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Biomédica, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Área de Concentração: Engenharia Biomédica. Orientador: Prof. Dr. João Antônio Palma Setti Co-Orientador: Prof. Dr. Walter Luis Mikos
CURITIBA
2016
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Curitiba
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica
AVALIAÇÃO DA ADAPTAÇAO ENTRE IMPLANTES E PILAR PROTÉTICO DO TIPO HEXÁGONO EXTERNO CONSIDERANDO A RUGOSIDADE
SUPERFICIAL
por
LUIZ FERNANDO DE MOURA SAK
Esta Dissertação foi apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de MESTRE em Engenharia Biomédica – Área de concentração: Engenharia Biomédica pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica (PPGEB) – da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Câmpus Curitiba às 14h30min do dia 13 de Dezembro de 2016. O trabalho foi aprovado pela Banca Examinadora composta pelos professores:
Prof. Dr. Vicente Machado Neto
(UTFPR) Prof.Dr. João Antônio Palma Setti
Presidente (UTFPR)
Prof.Dr. Rui Francisco Martins Marçal
(PUCPR)
Prof. Dra.Leandra
Coordenadora do PPGEB (UTFPR)
DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho à esposa que tanto amo Silvana Moraes Cavalheiro, aos meus colegas do PPGEB, a meu orientador Prof. Dr. João Antônio Palma Setti, a meu Co-Orientador Prof. Dr. Walter Luis Mikos, que sempre me apoiaram durante o programa, e a minha filha que esta por vir, Helena, grande inspiração na reta final do Mestrado.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus – “Nada temas, porque estou contigo, não lances
olhares desesperados, pois eu sou teu Deus; eu te fortaleço e venho em teu socorro,
eu te amparo com minha destra vitoriosa” (Isaías 41,10).
À minha família – A minha esposa Silvana, pelo apoio, compreensão e
iniciativas fundamentais para a concretização de minha pesquisa e de mais uma etapa
na minha vida profissionale, e à minha filha que logo virá a este mundo.
Ao meu orientador, Professor Dr. João Antônio Palma Setti e a meu co-
orientador, Professor Dr. Walter Luis Mikos, que sempre me incentivaram e orientaram
com coerência na procura pelo conhecimento e se tornaram grandes amigos.
Aos Professores Dr. Sergio Rocha Bernardes, Dra. Moira Pedroso Leão, Dr.
Bertoldo Schneider Jr., Dr. Vicente Machado Neto pelas colaborações durante toda a
minha trajetória de aulas e pesquisa, além de todos os professores do Programa de
Pós Graduação em Engenharia Biomédica.
Ao Laboratório de Metrologia da qualidade e Microscopia da UTFPR, em
especial ao Professor Dr. Walter Luis Mikos e sua equipe, por todo tempo dedicado à
minha pesquisa.
Aos colegas do Programa PPGEB com quem tive oportunidade de trocar
conhecimento sobre minha pesquisa e àqueles que nela participaram, especialmente
a Edinaldo Oliveira, Juliane Kerecz e Tatiana Von Hertiwig Fernandes de Oliveira.
Aos colegas de profissão Fernando Paulo Cantador, Marcio Cantador e os
amigos Edeneas Torres Cunha, Tiago Francisco, Aldrin Ferreira, Guiuliano Tessaro e
Edinaldo Cavalheiro que me incentivaram e acompanharam durante todo o período
de mestrado.
Finalmente, a todas as pessoas que contribuíram de forma direta ou indireta,
para a realização desta pesquisa, o meu muito obrigado, peço humildemente a Deus
que os abençoe.
EPÍGRAFE “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”.
(CHAPLIN, Charles)
RESUMO
DE MOURA SAK, Luiz Fernando. Avaliação da adaptação entre implantes e pilar protético do tipo hexágono externo considerando a rugosidade de superficial. 2016. Dissertação (Mestrado em Engenharia Biomédica) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2016. No Brasil o numero de pacientes deficientes orais ainda é crescente, o edentulismo é caracterizado como uma condição evitável em que um ser humano tem perda completa dos dentes, que, segundo a organização mundial da saúde, surge em a consequência de um sistema de saúde deficiente que afeta a saúde geral da população, bem como a sua qualidade de vida. Com objetivo de tratar esta deficiência surgem os implantes dentários, uma das modalidades mais praticadas na atualidade em ciências médicas, com uma taxa de sobrevida de 95% a longo prazo em estudos publicados. O objetivo deste trabalho foi avaliar por meio de interferometria ótica 3D as superfícies de união de implantes Hexágono externo e seu pilar protético universal de quatro marcas vendidas no mercado nacional, quanto seus parâmetros de lisura Sa (rugosidade média) e mensurar metricamente o nível de adaptação entre o pilar protético e implantes utilizando microscopia eletrônica de varredura. Foram escolhidas quatro marcas de implantes do tipo hexágono externo e quatro pilares protéticos do tipo universal para próteses cimentadas de quatro diferentes fabricantes disponíveis no mercado brasileiro, para cada amostra implante ou pilar protético foram feita 06 medições para estabelecer uma média de rugosidade das superfícies sob os parâmetros de rugosidade Sa, Ssk e Sku, na sequência unidas e realizadas 06 medições em MEV para avaliar a qualidade do gap. Após a avaliação, os dados foram submetidos a ANOVA, teste t (0,05) e regressão linear dos dados. Onde descarta-se a hipótese igualdade entre as marcas com 95% de confiança para os parâmetros Sa e Gap, porém o teste “t”dois fatores revelam igualdade entre as marcas 01 e 02 para o valor de Sa e Gap nos implantes e igualdade entre as marcas 01 e 03 dos valores Sa dos pilares protéticos. Palavras-chave: Implantes dentários, Rugosidade de superfícies, interferometria.
ABSTRACT
DE MOURA SAK, Luiz Fernando. Evaluation of adaptation between implant and prosthetic abutment hexagon external type considering the roughness surface. 2016. Dissertação (Mestrado em Engenharia Biomédica) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2016. In Brazil the number of oral deficient patients is still increasing, edentulismo is characterized as an avoidable condition in which a human being has complete loss of teeth, which, according to the world health organization, arises in the consequence of a poor health system Which affects the general health of the population, as well as their quality of life. In order to treat this deficiency, dental implants arise, one of the most practiced modalities in the medical sciences today, with a 95% long-term survival rate in published studies. The objective of this work was to evaluate the external bonding surfaces of the external Hexagon implants and its universal prosthetic pillar of four brands sold in the Brazilian market through its 3D optical interferometry, as well as its smoothness parameters (mean roughness) and to measure the adaptation level Between the prosthetic abutment and implants using scanning electron microscopy. Four brands of external hexagon type implants and four universal type prosthetic abutments were selected for cemented prostheses from four different manufacturers available in the Brazilian market. For each implant sample or prosthetic abutment, measurements were made to establish a roughness mean of the surfaces under Roughness parameters Sa, Ssk and Sku, in the sequence joined and performed 06 MEV measurements to evaluate the quality of the gap. After the evaluation, the data were submitted to ANOVA, t test (0.05) and linear regression of the data. Where the hypothesis equality between the brands with 95% confidence for the Sa and Gap parameters is discarded, but the "t" test two factors reveals equality between the 01 and 02 marks for the value of Sa and Gap in the implants and equality between Marks 01 and 03 of the values Sa of the prosthetic abutments. Keywords: Dental implants, roughness surfaces, interferometry.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1– Plataformas de implantes, Hexágono externo HE, Interno HI e Cone Morse ........... 27
FIGURA 2– Design de implante Hexágono externo ...................................................................... 28
FIGURA 3– Implante instalado em uma área óssea e seus componentes. .................................. 31
FIGURA 4– Área de superfície analisada por interferometria 3D ................................................. 31
FIGURA 5– Avaliação das alterações superficiais de uma amostra. ............................................ 39
FIGURA 6- Avaliação de rugosidade do implante com interferometria 3D. .................................. 39
FIGURA 7– Equipamentos para aferição de rugosidades de superfície ....................................... 39
FIGURA 8– Superfície da amostra quando analidada por interferometria ótica. .......................... 42
FIGURA 9– Visualização do GAP captada pelo microscópio eletrônico de varredura ................. 43
FIGURA 10– Rugosidades (Sa) dos conjuntos quando comparadas aos GAPs .......................... 45
FIGURA 11– Distribuição dos dados para GAPs de todas as marcas ......................................... 46
FIGURA 12– Desvios padrões e intervalos de confiaça para os dados das marcas .................... 46
FIGURA 13– Textura de superfície “Sa” para todas as marcas de implantes ............................. 48
FIGURA 14– Intervalos de confiança de textura de superfície “Sa” para todas as marcas de
implantes .................................................................................................................... 48
FIGURA 15– Distribuição dos dados de “Sa” dos pilares protéticos ............................................. 50
FIGURA 16– Intervalos de confiança dos dados de “Sa” dos pilares protéticos .......................... 50
LISTA DE TABELAS
TABELA 1– Mostra a distribuição das amostras dos implantes e pilares protéticos, distribuídos
conforme sua marca e especificações do fabricante. ................................................ 40
TABELA 2– Mostra a tabulação dos dados Sa, Ssk e GAP. ........................................................ 44
TABELA 3– Mostra o resumo da análise de variância MINITAB. ................................................. 45
TABELA 4– Mostra teste "t" entre todas as marcas para valores de "GAP". .................................... 47
TABELA 5– Mostra analise de variância para textura de superfície, quando comparadas todas as
marcas de implantes. ................................................................................................. 47
TABELA 6– Mostra a analise de dados de textura de superfície Sa dos implantes e a aplicação de
teste "t"entre as marcas. ............................................................................................ 49
TABELA 7– Mostra analise de variância para textura de superfície, quando comparadas todas as
marcas dos pilares protéticos. ................................................................................... 49
TABELA 8– Mostra a analise de dados de textura de superfície Sa dos pilares protéticos e a
aplicação de teste "t"entre as marcas. ....................................................................... 51
LISTA DE SIGLAS
ANVISA: Agência nacional de vigilância sanitária
He: hexágono externo
HI: Hexágono interno
CM: Cone Morse
Sa: Rugosidade média
Ssk: média assimetria de distribuição dos dados
Sku: média distribuição curtosis
LISTA DE ABREVIATURAS
2D Duas dimensões
3D Três dimensões
MEV Microscópio eletrônico de varredura
ANOVA Análise de variância
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 14
2. OBJETIVOS 18
2.1 Objetivo Geral 18
2.2 Objetivos Específicos 18
3. REFERENCIAL TEÓRICO 19
3.1 Edentulismo 19
3.2 Alternativas Reabilitadoras 22
3.3 Implantes Dentários 26
3.4 Desadaptação entre Implante e Pilar 32
3.5 Tratamento de Superfície 35
3.6 Rugosimetria e Interferometria 37
4. METODOLOGIA 40
5. TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS 44
6. CONCLUSÕES 52
7. REFERÊNCIAS 54
14
1. INTRODUÇÃO
Os implantes dentários são feitos a partir de titânio comercialmente puro e ligas
de titânio e têm sido utilizados por mais de meio século. (ODMAN J. et al., 1988)
Atualmente os implantes dentários osseointegrados apresentam-se como uma
das melhores alternativas no âmbito da reabilitação oral frente a um órgão dentário
perdido por qualquer que seja a motivação.O sucesso em implantodontia está
relacionado diretamente com o processo de osseointegração, bem como é de grande
importância o conhecimento dos fatores biomecânicos que se relacionam com a interface
osso/implante que podem comprometer a longividade do tratamento
reabilitador.(LEMOS, 2014)
O sucesso em implantodontia foi obtido inicialmente para mandíbulas totalmente
edentulas e posteriormente desenvolveu-se a possibilidade de tratamento em pacientes
desdentados parciais.(DUARTE L R et al., 2004)
Um dos problemas ainda presentes em sistemas de implantes dentários é
conhecida como saucerização, uma perda ossea, que ocorre em todos os implantes
osseointegrados de origem multifatorial ainda não totalmente elucidada, e sabe-se que
independentemente do seu design, tipo de superfície, de sua plataforma, em seu sistema
deconexão, da sua marca comercial ou condições do paciente o processo
ocorrerá.(CONSOLARO A. et al., 2010)
O sucesso da Implantodontia está relacionado à minimização ou eliminação da
reabsorção óssea cervical fisiológica conhecida como saucerização ou patológica como
a peri-implantite, que possuem etiologia multifatorial e podem comprometer o sucesso
do tratamento, do ponto de vista estético ou funcional. O sucesso da restauração
protética suportada por implantes dentários e a saúde dos tecidos circundantes estão
relacionadas à precisão e adaptação dos componentes, a estabilidade da interface
implante/pilar e a resistência desta interface quando é submetida a cargas durante a
função mastigatória. (TAVAREZ R. R. J., 2003)
A saucerização varia de 1 a 1,2 mm no primeiro ano de função, e após esse
período a média diminui para 0,1 mm anualmente, se essa perda inicial for considerada
em um implante curto de 6 mm, após um ano de função aproximadamente 16% do
suporte ósseo seria perdido ao redor do implante, podendo diminuir a vida útil destes
implantes.(POZZI A. AGLIARD E. TALLARICO M. BARLLATAN A., 2012)
15
Alguns trabalhos demonstram que defeitos oriundos do processo produtivo dos
implantes dentários podem predispor a efeitos deletérios ao tratamento reabilitador. A
penetração de bactérias num determinado sistema de implante é um destes efeitos e
pode ter causa multifatorial e dependente do grau precisão do ajuste entre o implante e
o pilar, o grau de micromovimento entre os componentes, e as forças de torção usadas
para ligar-se a eles.(SIMAMOTO-JUNIOR P C. CAVALCANTE L A L. MIURA F L.
RESENDE L M F. ALFREDO J., 2015)
A rugosidade oriunda do processo produtivo na superfície dos intermediários
protéticos, somadas as irregularidades da plataforma do implante podem interferir na
fenda entre o intermediário e o implante, conhecido como GAP, podendo prejudicar a
longevidade da reabilitação oral. Esta desadaptação pode aumentar o acúmulo de
biofilme bacteriano, além de riscos biomecânicos, como o afrouxamento ou fratura do
parafuso protético, ou até fratura do corpo do implante, em que podem resultar em falha
no tratamento.(ROSA M B. ALBRECTSSON T. FRANCISCHONE C E SSHWARTZ-
FILHO H O. WENNERBERG A., 2013)
É fato que caracteristicas externas da superficie de um material podem
influenciar no desempenho funcional,tornando a caracterização da superfície de
interesse do implante, um meio relevante de análise funcional.A fabricação de uma
superficie ideal para cada produto é realizada pela remoção de material por meio de
combinações de usinagens, tratamentos térmicos ou operações de revestimento e,
independente do tratamento dado a superficie, ela é tridimenssional por natureza, sendo
suas caracteristicas denominadas de topografia. (DE FARIAS A., 2009)
A Tribologia é o ramo da ciência que estuda a fricção e descreve os fenômenos
que ocorrem na área de fricção. A resultante de uma atividade tribológica entre duas
superfícies em contato e em movimento, provocando a remoção de material das
superfícies é chamada de desgaste. (HOROESTECKI P R., 2007)
Os termos “rugosidade” e “lisura” podem ser considerados sinônimos na análise
metrológica da superfície, se o valor da propriedade aumenta à medida que a superfície
se torna mais lisa, o método é denominado como "medição de lisura", ao contrário, o
método é referido como "medição da rugosidade" (BRISTOW, 2009). A rugosidade da
superfície de um material se dá pelo conjunto de desvios microgeométricos, saliências
ou reentrâncias, causadas pelo processo de produção que a formam. (METROLOGY,
2016)
16
A perfilometria 2D é utilizada para avaliar rugosidades ou lisuras de superfícies
diversas e já é bem conhecida no meio científico, apresentando dentre suas principais
vantagens a rapidez, facilidade de manuseio e baixo custo quando comparado aos
métodos 3D. Porém, a perfilometria 2D apresenta limitações, os parâmetros não
representam toda a superfície nem suas propriedades funcionais.(HIOKI D., 2006)
Uma análise 3D fornece dados da superfície quanto ao seu tamanho, forma,
volume e área de contato. A abordagem mais realística para compreensão de fenômenos
superficiais são as baseadas em medições 3D. Desvantagens do método 3D são o
tempo necessário para obtenção dos dados, custo do equipamento e necessidade de
um programa de software para análise da rugosidade. (MANCOSU R D., 2005)
Os parâmetros obtidos pelo perfilômetro 3D sem contato são separados em
parâmetros de amplitude e funcionais. Os parâmetros de análise do presente trabalhos
são os Sa (rugosidade média) este um parâmetro de amplitude e Ssk(Assimetria) este
um parâmetro funcional que são utilizados para analise principalmente de superfícies
usinadas.(HIOKI D., 2006)(METROLOGY., 2016).
O parâmetro Sa visa expressar quantitativamente a media aritmética da
rugosidade de uma superfície, sendo indicado para superfícies usinadas, já o parâmetro
SsK expressa de forma quantitativa a simetria da rugosidade em relação ao seu plano
médio e a predominância de saliências ou reentrâncias, matematicamente, este
parâmetro mede a simetria e o desvio do histograma de todas as alturas de picos e vales
da textura superficial usinada em relação à Distribuição Normal. (RODRIGUES A R.,
2013)
Deve-se se avaliar o conjunto de informações que indiquem com segurança a
capacidade funcional da condição atual da superficie. Sabe-se que o parâmetro Sa nos
da uma média aritimética da rugosidade de superficie e estudos conseguem relacionar
o parâmetro SsK com a funcionalidade de vedação e adesão, dentre outras (DE FARIAS
A., 2009), o que justifica suas análises no presente estudo.
As propriedades de superfície dos implantes dentários podem influenciar a
aderência das células e colonizadores microbianos. Estudos descrevem a influência da
topografia da superfície na resposta celular ao redor do implante, destacando-se a
rugosidade superficial, energia livre e química de superfície superfície do implante
dentário. (AIFANG H H. JAMES K. PIRES F. RODRIGUES G. JULIAN W M P., 2016)
Tanto a superficie e a geometria do pilar protético/implante como o torque no
parafuso usado para conecta-los pode influenciar na colonização bacteriana na em sua
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interface. (Heuer W, 2011) pois pode alterar as características do GAP (Tesmer M, 2009)
e as características da superfície do implante podem afetar a remodelação óssea na
interface implante/osso.(MOUSSA R M., 2015)
Neste sentido foi avaliada quantitivamente a rugosidade de superfície de pilares
protéticos do tipo cimentado e plataformas de implantes do tipo hexágono externo sob
perfilometria ótica 3D sob os parâmetros de rugosidade Sa e Ssk. (DE FARIAS A., 2009).
Os parâmetros foram tabelados e analisados estatisticamente pelo método ANOVA.
Foi utilizado microscopia eletrônica de varredura (MEV) para a aferição do
tamanho do GAP entre o conjunto Implante/pilar protético após o torque indicado por
cada fabricante. Os dados da microscopia foram analisados em relação as variáveis de
rugosidade.
A hipótese que fundamenta este trabalho é que seria possível avaliar o nível de
desadaptação (GAP), em implantes dentários do tipo hexágono externo e seu
componente para protético, com base na análise da rugosidade superficial dos
componentes utilizando interferometria 3D sem contato e microscopia eletrônica de
varredura (MEV).
18
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral Avaliar o nível de desadaptação (GAP), em implantes dentários do tipo hexágono
externo e seu componente para próteses cimentadas, com base na análise da
rugosidade superficial dos componentes, utilizando interferometria 3D sem contato e
microscopia eletrônica de varredura (MEV).
2.2 Objetivos Específicos
1. Avaliar, utilizando perfilometria 3D, a hipótese de que os parâmetros de
rugosidade Sa, SsK e SKu, das superfícies de contato da plataforma do
implante, do tipo hexágono externo, e seu pilar protético, apresentam valores
padronizados em marcas comerciais certificadas pela ANVISA;
2. Avaliar o nível de desadaptação entre implante, do tipo hexágono externo, e
pilar protético (GAP), utilizando microscopia eletrônica de varredura (MEV).
3. Analisar a influência dos parâmetros de rugosidade superficial Sa, SsK e SKu
das superfícies da plataforma do implante e de seu pilar protético com o nível
de desadaptação (GAP) entre os mesmos.
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3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Edentulismo
Edentulismo é caracterizado como uma condição evitável em que uma pessoa
tem perda completa dos dentes e se um individuo tem apenas alguns dentes naturais
restantes, é referido como edentulismo parcial. O mesmo é resultante de um conjunto de
fatores como o nível da gravidade das doenças bucais que provoca a destruição dentária
a ponto de inviabilizar o tratamento restaurador do elemento dentário, características
culturais da população e o modelo da prática odontológica aplicada no seu país. Um
levantamento Epidemiológico Nacional de Saúde Bucal realizado em 2010 mostra
relação à necessidade de prótese, na faixa de 65 a 74 anos, apenas 7,3% de indivíduos
que não necessitavam de prótesedentaria e que o fato contribui para a perda da
qualidade de vida. (AGOSTINHO A C M G. CAMPOS M L. SILVEIRA J L G C., 2015)
A organização mundial da saúde considera o edentulismo como a
consequência de um sistema de saúde deficiente que afeta a saúde geral da população,
bem como a sua qualidade de vida. (MOREIRA N. FERRAZ R G. GOMES A Ma M.
GOMES A A., 2010)
Corroborando com as afirmativas, autoresrelatam que a perda de dentes não é
somente em virtude da progressão da doença cárie ou periodontal, mas também
relacionada a condição socioeconômica, estágio cultural, a disponibilidade dos serviços
de saúde e a atitude por parte do paciente em relação aos cuidados dentários.(DE
MEDEIROS J J et al., 2012) e a falta de exames periódicos por um profissional
qualificado.
Estima-se que um em cada quatro indivíduos americanos com idade acima de
74 tenha perdido todos os seus dentes naturais. O edentulismo total é o último grau da
doença periodontal e ainda se observa nos dias de hoje. A cárie mal tratada, uma
alteração genética de esmalte ou dentina (por exemplo, amelogenesis ou dentinogênese
imperfeita), um trauma são suficientes para perder um dente. Felizmente, na maioria dos
casos, existe uma solução de substituição de dentes tal como a ponte, do implante
dental, dente de articulação ou da dentadura. A solução depende das condições locais,
da condição dentária e também do aspecto financeiro do tratamento. (GUILLAUME B.,
2016)
20
A condição de edentulismo total ou parcial é evitável pois um paciente que
mantém consistentemente boa higiene oral é menos propenso a sofrer de perda dentária,
dentre outras causas de perdas dentárias são o trauma físico, como em um acidente de
carro ou outro acidente, estresse físico nas estruturas de suporte dos dentes.(VERÇOSA
C B., 2013)
Em um estudo onde procurou a associação entre o hábito de fumar e o
edentulismo mostra que para aqueles indivíduos que fumavam mais de 16 maços de
cigarro ao ano tinham 5,3 vezes mais chances de perdas dentárias. (AXELSON P.
PAULANDER J. LINDHE J., 1998)
No Brasil, conforme mostra a pesquisa nacional de saúde bucal de 2010, os
resultados relativos ao uso de prótese dentária demonstram que 96,3% dos examinados
na faixa etária de 15 a 19 anos não usavam qualquer tipo de prótese superior e 99,4%
dos jovens não usavam prótese inferior, na faixa etária de 35 a 44 anos, 67,2% dos
examinados não usavam prótese dentária superiore 89,9% não usavam prótese dentária
inferior, na faixa etária de 65 a 74 anos, apenas 23,5% de idosos não usavam algum tipo
de prótese dentária superior a proporção de indivíduos que não usavam prótese inferior
é de 46,1%.
Na mesma pesquisa também foi avaliada a necessidade de prótese dentária e
os resultados mostram que a maioria dos adolescentes examinados não necessitava de
prótese (86,3%), apenas 31,2% dos examinados na faixa etária de 35 a 44 anos não
necessitavam do mesmo tratamento, já a proporção de indivíduos de 65 a 74 anos que
não necessitavam de prótese dentária foi igual a 7,3%.(MINISTÉRIO DA SAÚDE., 2012)
Um estudo na Inglaterra mostrou que nos indivíduos entre 16 e 70 anos, 69%
tinham mais de 20 dentes, ou seja, possiuam a dentição funcional e 6% tinham menos
de 20 dentes e não usavam próteses, estes considerados edêntulos funcionais.
(McGRATH C. BEDI R., 2001)
Estudos mostram que em populações específicas o edentulismo esta
associado a conjuntura social, na Alemanha verificou-se que 60% de perdas dentárias,
comparado a uma média mundial de 4,2% a 30%. Tentando elucidar o cenário, verificou-
se que os exilados na Alemanha em idade entre 31 e 50 anos que correspondia a 28%
da população tiveram o trauma como 74% da causa das perdas dentárias. (SCHULLER
A. WILLUMSEN T. HOLST D., 2003)
As perdas dentárias interferem de forma negativa na qualidade de vida das
pessoas, as consequências do edentulismo vão de dificuldades em mastigação, fonação,
21
digestão e socialização, ou seja, o edentulismo pode impedir uma pessoa, não só
fisicamente, mas também social e psicologicamente. (ZARB G A et al., 2013)
As perdas dentárias podem causar danos pscicológicos profundos, redução da
autoconfiança, desolação, vergonha, distúrbios de personalidade. Os indivíduos
edêntulos totais apresentam função mastigatória prejudicada, com redução das forças a
fisiologia do processo de mastigação é alterada, desta maneira a ingesta de alimentos
importantes fica prejudicada e pode ser observada nestes grupos populacionais.
(JACOMETTI P M., 2011)
Estudos demonstramquepacientes edentulos apresentam diminuição da
qualidade da mastigação e mudanças nos hábitos alimentares como a diminuição do
consumo de frutas, legumes e alimentos que possuem fibras.(HUNG W. et al., 2003)A
falta de uma alimentação a base de frutas causa os baixos índices de vitamina C no
plasma e em consequência aumenta a predisposição de inflamações e tromboses.
(LOWE G M. et al., 2003)
Os pacientes edentulos tem algumas opções de tratamento como próteses
totais, parciais ou unitárias. No entanto, existem várias desvantagens para estas opções
pois,próteses totais ou parciais sobre a gengiva exercem uma pressão e podem acelerar
a absorção da estrutura óssea subjacente, causando uma remodelação ou até a perda
total do rebordo alveolar. (DA MOTA J C. VALENTE J G. SCHRAMM J M A. Leite L C.,
2014)
Na boca Edentulas total a reabsorção dos rebordos residuais é um processo
continuo, devido a perda da estrutura periodontal, que culmina na diminuição da
dimensão vertical de oclusão, causando a diminuição da altura total da face e
prognatismo mandibular. Os fatores anatômicos, funcionais, metabólicos funcionais e
protéticos também parecem estar associados a esta reabsorção. (JACOMETTI P M.,
2011)
Estudos sugerem que o grau de reabsorção do rebordo para a maxila é de 2 a
4mm no primeiro ano após as extrações e de 1mm anual nos anos seguintes e para
mandíbula de 4 a 6mm no primeiro ano e 0,4 a cada ano seguinte. (PONZONI D., 2004).
Consequentemente, algumas mudanças morfológicas na face surgem a medida que o
paciente tem seu rebordo reabsorvido, podemos citar: o aprofundamento do sulco
nasolabial, perda do ângulo lábio-mentoniano, aumento na área de comissura labial e
consequentemente o aparecimento de quelites angulares, estreitamento dos lábios,
22
aparência prognata, aumento do ângulo mandibular e redução da altura total da face.
(ZARB G A et al., 2013)
Indivíduos desdentados totais ou parciais podem ser reabilitados por meio de
próteses totais ou parciais removíveis, parciais fixas ou próteses sobre-implantes, de
modo que as próteses sobre implantes tem se tornado mais satisfatórias por não
sobrecarregar os dentes remanescentes, também não necessitar de desgaste de dentes
hígidos, além de conferir uma estética satisfatória e uma maior eficiência
mastigatória.(HADDAD M F. PELLIZZER E P. MAZARO J C Q. VERRI F R. FALCÓN-
ANTENUCCI R M., 2008)
A correta função mastigatória depende de estruturas como os músculos,
bochecha, articulações temporomandibulares, os dentes e o sistema neuromuscular
funcionando em perfeita harmonia, estas mantem bolo alimentar entre as arcadas até a
deglutição. (FERREIRAS D F. et al., 2007)
Pessoas com deficiência mastigatória ao engolir grandes pedaços de comida
podem tender a alterar sua dieta. O fenómeno físico-químico da sequência da digestão
começa na cavidade oral, sendo que uma mastigação mais eficiente leva a uma melhor
absorção de nutrientes, nesta situação uma dieta deficiente pode aumentar os riscos de
perturbações gastrointestinais, doenças relacionadas com a falta de nutrientes e
obesidade. (BORGES T F et al., 2011)(GIL-MONTOYA, 2008)
Sabe-se que o índice nutricional em pacientes portadores de overdentures,
comparando aos portadores de próteses totais convencionais, apresentam melhoras,
indicando que a prótese sobre implantes pode proporcionar melhora na saúde geral e
com baixo custo, principalmente nos pacientes idosos. (MORAIS J A. HEYDECKE G.
PAWLIUK J. LUND J P. FEINE J S., 2003)
Os implantes surgem como uma ótima alternativa de restaurar a função dos
pacientes parcial ou totalmente desdentados. (VAHE M Z. et al., 2015)
3.2 Alternativas Reabilitadoras
Indivíduos desdentados totais ou parciais podem ser reabilitados com o método de
parciais removíveis, próteses totais, parciais fixas ou próteses sobre-implantes.Aopção
com implantes dentários tem se tornado a mais satisfatória por não sobrecarregar os
dentes remanescentes, não necessitar de desgaste de dentes hígidos, de conferir uma
estética satisfatória, uma maior eficiência mastigatória e maior conforto ao
23
paciente.(HADDAD M F. PELLIZZER E P. MAZARO J C Q. VERRI F R. FALCÓN-
ANTENUCCI R M., 2008)
Os pacientes que não se adaptam a reabilitação com próteses convencionais
apresentam características como: comprometimento morfológico severo das áreas de
suporte da prótese que reduz a sua retenção e estabilidade, pouca coordenação da
musculatura oral, baixa tolerância do tecido de suporte, hábitos para funcionais,
expectativas reabilitadoras irreais, reflexo de vômito devido as próteses removíveis, falta
de habilidade psicológica em usar a prótese, sendo estes pacientes os que se encontram
no grupo de candidatos a utilização de próteses implanto suportadas.(JACOMETTI P M.,
2011)
O Tratamento com implantes dentários é uma das modalidades mais praticadas
na atualidade em ciências médicas, com uma taxa de sobrevida de 95% a longo prazo
em estudos publicados. (MISHRA S K. et al., 2016) A partir do pressuposto podemos
reabilitar o paciente com os implantes dentários de maneira a reabilitar os edêntulos
totais, parciais ou funcionais de uma maneira satisfatória.
Com este advento surge a oportunidade de reabilitação dos pacientes e o aumento
da retenção e estabilidade por meio destes implantes endósseos. A colocação dos
implantes dentro do osso do paciente depende da osseointegração que representa a
ancoragem direta de um implante por formação de tecido ósseo ao redor do mesmo sem
crescimento ou desenvolvimento de tecido fibroso nesta interface. (BRANEMARK P I.
ADELL R. BREINE U. HANSSON B O. LINDSTRON J. OHLSSON A., 1969)
O conceito inicial proposto por Branemark consistia na reabilitação de mandíbulas
edentulas totais através da confecção de uma prótese fixa sobre quatro a seis implantes
de titânio, colocados entre os forames mentuais na região anterior da mandíbula. Após
um período de cicatrização submersa na mucosa oral, três a quatro meses os implantes
eram expostos e restaurados com uma prótese fixa, retida por parafusos. Este período
cicatricial era variável de cinco a seis meses na maxila e de três meses na mandíbula,
com ausência de carga funcional, sendo estas condições necessárias para que
ocorresse a osseointegração. Neste sentido, aplica-se o conceito de reabilitação
conhecido como próteses do tipo “protocolo”. (BRANEMARK P I. ADELL R. BREINE U.
HANSSON B O. LINDSTRON J. OHLSSON A., 1969)
As próteses tipo protocolo se caracterizam pela colocação de 4 a 6 implantes na
região anterior, entre os forames mentuais, em mandíbula e cantilever distal bilateral
para substituir os dentes posteriores. Na maxila recomenda-se a colocação de 6 a 8
24
implantes. Neste tipo de prótese utiliza-se uma infraestrutura metálica e uma base de
resina para uni-la aos dentes de resina acrílica. (ROCHA S S. et al., 2013)
As próteses totais fixas implantossuportadas são a primeira escolha para o
tratamento, pois proporcionam maior eficiência mastigatória e conforto, menos reparo e
manutenção, além de ajudar no aspecto psicológico uma vez que elimina o caráter
removível que esta presente nas do tipo overdenture. Entretanto, são próteses com maior
custo e agrega-se a uma técnica de confecção mais difícil, desde o planejamento aos
cuidados por conta do paciente. (CALVANI L. MICHALAKIS K. HIRAYAMA H., 2007)
Estudos revelam que próteses totais fixas implantossuportadas na maxila têm
apresentado uma taxa de sobrevivência variando de 95,5 a 97,9%. Isto torna este tipo
de prótese uma opção de tratamento com relevância científica. (FERRIGNO N.
LAURETTI M. FANALLI S. GRIPPAUDO G., 2002)(RASMUSSON L. ROOS J. BYSTEDT
H., 2005)
A forma da arcada tem relevância no plano de tratamento e determina a posição
do implante mais distal em relação ao implante mais anterior, esta distância do centro do
implante mais anterior à linha que une a porção distal dos dois implantes mais distais,
em cada lado é chamada distância ântero-posterior, e o cantilever não pode ser superior
a 2,5 vezes a mesma. Quando esta condição não se aplicar, o cantilever está
contraindicado, devendo o profissional buscar outro desenho para a prótese. (ROCHA S
S. et al., 2013)
Para que um tratamento reabilitador envolvendo próteses sobre implantes tenha
sucesso, é necessária a integração dos profissionais cirurgião dentista e protesista que,
através de um planejamento prévio, consigam atingir um resultado final plenamente
satisfatório para o paciente.(HADDAD M F. PELLIZZER E P. MAZARO J C Q. VERRI F
R. FALCÓN-ANTENUCCI R M., 2008)
Outra alternativa utilizada desde o século XIX para a retenção de próteses totais
são as do tipo overdenture, estas, utilizam implantes para auxiliar na retenção e
estabilidades das próteses por meio de sistemas de encaixe. O tratamento por este meio
visa diminuir o desconforto e dor do paciente relacionado a falta de retenção, estabilidade
e melhoria da capacidade mastigatória com o uso destas próteses totais. A técnica já é
considerada segura, confiável e já consagrada em literatura.(JACOMETTI P M., 2011)
De acordo com estudos realizados, a função mastigatória de pacientes reabilitados
com próteses do tipo overdenture tiveram a capacidade mastigatória de 61% quando
comparado a pacientes com uma dentição natural, e os pacientes portadores de próteses
25
totais mucos suportadas tiveram um rendimento de 31%. (MENDONÇA & et al., 2009)
e sugere oferecer uma solução para a dificuldade mastigatória de alimentos saudáveis
por parte dos usuários de próteses totais convencionais.(BORGES T F et al., 2011)
No surgimento da implantodontia o perfil dos pacientes que se submetiam a
terapias reabilitadoras com implantes dentários eram basicamente constituídos por
indivíduos idosos edêntulos totais, mas esse perfil vem mudando, sendo observada uma
redução cada vez maior na quantidade de pacientes totalmente desdentados. (RAFAEL
O L. et al., 2011)
Por qualquer que seja o motivo da ausência dentária as possíveis soluções para o
tratamento do espaço incluem o fechamento ortodõntico para fechamento ou abertura
do espaço e instalação de um implante unitário. (EURO L E. DE PAULA M A., 2010)
Os pacientes edêntulos parciais, como os casos de edentulismo unitário, também
podem beneficiar-se dos implantes osseointegrados quando torna-se desnecessário o
emprego de dentes remanescentes, muitas vezes hígidos, como suporte de
restaurações protéticas, eliminando-se remoção de tecido dentário sadio.(HADDAD M F.
PELLIZZER E P. MAZARO J C Q. VERRI F R. FALCÓN-ANTENUCCI R M., 2008)
Pesquisadores realizaram estudos retrospectivos com implantes do Sistema
Branemark utilizados para perdas dentais unitárias em 77 pacientes reabilitados de 1987
a 1990. Somente dois implantes foram perdidos, um implante de 13mm instalado na
região anterior da maxila falhou antes da conexão do pilar (1%) e o outro implante de
10mm de comprimento instalado na região posterior da maxila falhou durante o primeiro
ano de função. (EKFELDT A. CARLSSON G E. BORJESSON G., 1994)
O acompanhamento de implantes utilizados para casos unitários foram publicados
em 1995, 76 implantes do Sistema Branemark foram instalados em 71 pacientes. O
índice de sucesso após um período de 120 meses foi de 93%, sendo para maxila 96%
de sucesso e para a mandíbula obteve-se um índice de 80%. (HAAS POLAK C.
FURHAUSER R. MAILATH-POKORNY G. DORTBUDAK O. WATZEK G., 2002). Porém,
atingir e manter ao longo do tempo a estética ideal dos tecidos moles em torno de um
implante unitário é um procedimento desafiador. (MI-SI S. et al., 2012)
Atualmente, muitos aprimoramentos foram incorporados ao protocolo original de
instalação de implantes proposto por Branemark, tornando-o mais rápido e menos
traumático, tornando a reabilitação com implantes unitários uma opção de tratamento
com alta taxa de previsibilidade. (BERSANI E., 2010). A melhor opção parece ser o
26
implante de hexágono interno e o implante Cone-Morse para próteses unitárias em casos
de próteses de pequena extensão. (PELLIZZER E P., 2010)
3.3 Implantes Dentários
Os implantes dentários são previsíveis, eficazes e confiáveis para reabilitações
orais. Além disso, os implantes dentários oferecem aos pacientes desdentados totais e
parciais a função e estética que tinham com a dentição natural. Ele permite que os
pacientes recuperem a função mastigatória normal, estética, fala, sorriso, deglutição,
melhora sintomas de dor orofacial e a aparência. Em pacientes com defeitos
craniomaxilofaciais, os implantes podem ser utilizadas para substituir as orelhas, nariz,
olhos e outros defeitos maxilofaciais. (TAGLIARENI J M. CLARKSON E., 2014)
Os implantes dentários podem ser divididos em três grandes grupos: os implantes
subperiostais, os implantes trans-ósseos ou transmandibulares e os implantes
endósseos. Os implantes utilizados como objeto da pesquisa são endósseos (Fig - 1)
caracterizam-se por serem inseridos totalmente na base óssea. Sua técnica de inserção
cirúrgica baseia-se nos princípios desenvolvidos inicialmente por Brånemark que visa
mínima agressão ao osso no período transoperatório, viabilizando que o osso basal com
células vitais contate diretamente a superfície do implante sem a presença de
encapsulamento fibroso, caracterizando assim a osseointegração. (BRANEMARK P I.
ADELL R. BREINE U. HANSSON B O. LINDSTRON J. OHLSSON A., 1969)
Figura 1 - Diferentes plataformas de implantes, Hexágono externo HE, Interno HI e Cone Morse CM respectivamente. Fonte: Catalogo Sin sistemas de implante 2011.
Existe uma grande variedade de implantes endósseos e os do tipo cilíndricos
são os em maior quantidade no mercado atual, o material mais utilizado para sua
confecção é o titânio, porém, além do titânio são utilizados a cerâmica e a zircônia
(OSHIDA Y. TUNA E B . AKTOREN O . GENÇAY K., 2010). Um grupo menor de
27
implantes é feito de hidroxiapatita revestidos na superfície ou zircónia. (ORRETT E. O.,
2015)
Pelas características mecânicas da cerâmica, ela pode receber carga e pressão,
porém é passiva de fratura em baixos níveis de tensão, dobra e torção. Os implantes
teriam que ter dimensões geométricas grandes para possuir as mesmas qualidade de
um implante de titânio, limitando assim sua indicação. Já a zircônia possui uma dureza
menor que o óxido de alumínio, possui uma coloração mais compatível ao dente. Os
implantes de zircônia, apesar de oferecerem importantes vantagens em áreas estéticas,
ainda apresentam características biomecânicas piores. (KOHAL R J. WENG D. BÄCHLE
M. STRUB J, 2004)
Existem numerosas variações na forma do implante, sendo que a grande maioria
dos implantes utilizados em todo o mundo possuem a forma padrão semelhante a um
parafuso, com rosca interna, que recebe, num segundo tempo, uma prótese dentária. Os
fabricantes desenvolveram um número de processos específicos para melhorar a taxa
de osseointegração e a longo prazo de ancoragem biomecânica do implante na matriz
óssea. Os implantes com uma superfície rugosa tem uma melhor osseointegração que
os de superfície lisa. No entanto, um excesso de rugosidade, pode aumentar fenômenos
como a peri-implantite.
Os critérios para o sucesso de um implante foram propostas em 1986, porém,
não foi descrita na época a presença de perda da crista óssea que ocorre durante o
primeiro ano de função do implante. A quantidade de crista óssea perdida durante o
primeiro ano de função implante pode afetar a longevidade do implante. (FERRACANE
J L., 2001) descreveu que os critérios de sucesso para implante inclui uma perda óssea
aceitável de 1,5 mm no primeiro ano de função, mas reabsorção subsequente deve ser
inferior a 0,2 mm por ano para garantir que o osso permaneça adequado para
proporcionar estabilidade ao implante. As principais causas de perda da crista óssea ao
redor dos implantes no primeiro ano de funcionamento são o trauma cirúrgico,
sobrecarga oclusal, peri-implantite, presença de micro espaço entre o implante e seu
componente protético (GAP). (GOSWAMI M M., 2009)
Há diversos tipos de implantes disponíveis, sendo que a maioria é composta de
duas partes: o implante propriamente dito, inserido cirurgicamente intraósseo e a
conexão transmucosa, chamado de pilar protético, intermediário ou munhão. A primeira
é instalada em uma fase cirúrgica inicial, a segunda colocada sobre o implante com o
28
intuito de servir como base para a restauração protética. (PIMENTEL G H D. MARTINS
L M. RAMOS M B. LORENZONI F C. QUEIROZ A., 2010)
Podemos observar na fig -2 o sistema de plataforma tipo hexágono externo, este,
objeto de nosso estudo. O encaixe do componente protético no implante gera uma fenda
na interface é o local que se torna suscetível à penetração e proliferação bacteriana.
Assim, alterações nos tecidos podem acontecer, traduzindo-se como inflamação,
comumente conhecida como peri-implantite, resultando em perda óssea ao redor do
implante e em consequência uma possível falha no tratamento.(DO NASCIMENTO M L.,
2012)
Figura 2 - Design de implante Hexágono externo, objeto de estudo. Fonte: Catálogo
Neodent 2016.
Os tipos de conexões (encaixe) mais utilizados em Implantodontia são o
hexágono externo (HE), hexágono interno (HI) e o cone Morse (CM) sendo que o do tipo
CM apresenta menor penetração bacteriana na interface implante/pilar. (GONÇALVES
A R Q. TEIXEIRA M S. MATTOS F R. MOTTA S H G., 2010) embora não exista consenso
sobre essa afirmação. (FARIA R., 2008)
As opções clínicas para reabilitar o paciente após a cirurgia são várias, porém
cada reabilitação dependedo tipo de conexão do implante instalado no paciente, para
assim poder sustentar as próteses fixas unitárias, múltiplas, totais e pilares para retenção
de próteses parciais removíveis ou próteses totais, podendo apresentar também opções
como próteses do tipo parafusadas ou cimentadas sobre os implantes. (DIAS A B P.,
2010)
Os primeiros implantes cilíndricos utilizados em cavidade bucal apresentavam
uma conexão do tipo hexágono externo e se tornou padrão devido a maior quantidade
de estudos e maior diversidade de componentes protéticos disponíveis no mercado,
29
contudo ainda apresenta algumas limitações como à estabilidade mecânica da prótese
devido à altura do hexágono. (BINON P P., 1996)
Para superar essas limitações inerentes ao seu desenho, alguns fabricantes
propuseram alguns tipos de conexões alternativas com o objetivo de gerar efeito anti-
rotacional aumentando a estabilidade da junção, como por exemplo as conexões
internas. (AKOUR S N. FAYAD N A. NAYFEH J F., 2005)
Devido a necessidade de melhorias neste tipo de conexão surgem no mercado
implantes com uma conexão interna é interessante quando se considera a distribuição
de forças por meio das paredes internas, a distribuição de forças para a interface
implante osso e avaliação das consequências clínicas relativas à solução de
continuidade entre os implantes e seus componentes. (NELSON E C., 2009)Tanto em
relação a resistência à fratura e desaperto do parafuso de fixação, os hexágonos
externos têm maior índice de problemas mecânicos em relação aos implantes de
conexões internas. (KHRAISAT A. et al., 2004)
O implante com plataforma CM para alguns autores apresenta uma melhor
estabilidade do parafuso e diminuição de invasão bacteriana por causa do encaixe
friccionaentre o implante/prótese que permite um selamento biológico. (DIBART S. et al.,
2005)(NERY, 2005) Ao comparar implantes com conexões do tipo cone Morse após
ensaio de ciclagem mecânica confirmou superioridade destes no quesito estabilidade,
principalmente em elementos unitários. (PADILHA FORTES R. et al., 2008)
O sistema CM apresenta desvantagens quando comparado a outros sistemas, a
necessidade de precisão na preparação do leito cirúrgico por parte do cirurgião, o maior
cuidado durante a instalação dos implantes e por existir menores alternativas em
componentes protéticos em relação aos implantes de hexágono externo. (NELSON E C.,
2009)
Considerando a importância da preservação da altura da crista óssea para os
resultados estéticos finais do tratamento e a continuidade da utilização dos implantes
hexágono externo com a tentativa de redução ou eliminação da perda óssea peri-
implantar marginal foi criado componentes protéticos de menor diâmetro que a
plataforma do implante, conhecida como plataformas do tipo HE Switching. A ideologia
propunha que o posicionamento desta interface implante-intermediário mais distante do
osso exporia maior área da superfície do implante, o tecido conjuntivo poderia aderir, e
afastaria da crista óssea a contaminação bacteriana oriunda do GAP, assim reduz a
30
tendência à reabsorção óssea peri-implantar marginal. (LAZZARA R J. PORTER S S.,
2006)
Autores observaram radiograficamente uma perda óssea na crista marginal
reduzida ou ausentereportaram uma perda óssea marginal média de 0,7 mm para um
novo design de implante que incorporava o conceito de plataforma switching. (Puchades-
RomanL, 2000)Outros mostram uma perda óssea significantemente menor para
implantes com Platform Switching (média, 0.95 ± 0.32 mm), comparados com implantes
restaurados com intermediários do mesmo diâmetro da plataforma do implante (média,
1.67 ± 0.37 mm), após 12 meses de função.(ENGQUIST B. ASTRAND P. DAHLGREN
S. ENGQUIST E. FELDMANN H. GRONDAHL K., 2002)
A plataforma de implante tipo Switching surge como inovações para as
plataformas hexágono externo convencionais e tem sido indicada como uma modalidade
de tratamento válida na manutenção dos tecidos peri-implantares.Esta plataforma
também tem o objetivo afastar a concentração de tensões da margem óssea peri-
implantar, reduzindo seu efeito na saucerização, porem em contrapartida o afrouxamento
e fratura de parafusos parecem serem aumentados. (ISIDOR F., 2006)
Este conceito protético foi introduzida visando a manutenção na altura da crista
óssea ao redor dos implantes. Autores examinaram a possível vantagem biomecânica
da plataforma Switching num estudo in vitro, sugerindo que nesta configuração a
concentração de tensão será deslocada para longe do osso-implante cervical interface.A
capacidade de reduzir ou eliminar a perda óssea ao redor dos implantes seria uma
grande conquista em implantodontia. (CANULLO L. FEDELE G R. IANNELLO G.
JEPSEN S., 2010)
No estudo atual, ao longo de um período de quase um ano, poderia ser
demonstrado que os implantes restaurados de acordo com o conceito switing a perda
óssea é menor do que os implantes com diâmetros de implante/pilar iguais. Vários
fatores devem ser considerados etiológicos, tais como o tipo de ligação componente
/implante, o macro geometria do implante na zona cervical, tratamento de superfície, o
tempo de implantação, programações de carga, e outros. Embora a mudança de
plataforma parece ser uma ferramenta promissora tanto em preservação de tecido mole
e duro, há controvérsias ainda existente em relação a este conceito. (KARIM M. et al.,
2016)
31
Estudos revelam que a penetração bacteriana entre o implante e o componente
protético ocorre em nível similar independente do tipo de conexão (HE, HI ou CM).
(FARIA R., 2008)
Uma revisão da literatura sobre remodelação óssea implantes osseointegrados
detalhada foi usado para isso, e foram selecionados artigos publicados entre os anos de
1930 e 2012. (MELLO A S S et al., 2016)
3.4 Desadaptação entre Implantre e Pilar Protético (GAP)
Uma das grandes vantagens do sistema Hexágono Externo é sua simplicidade e
previsibilidade adquiridas durante anos de casuística clínica e estudos científicos
favoráveis, sendo característica importante do sistema HE a grande variedade de
componentes protéticos que facilitam a escolha da solução adequada para cada
reabilitação. (SIMAMOTO-JUNIOR P C. CAVALCANTE L A L. MIURA F L. RESENDE L
M F. ALFREDO J., 2015)
A plataforma do tipo hexágono externo (fig -4) é biomecanicamente mais estável,
nos casos de reabilitações múltiplas sobre implantes, há uma melhor distribuição de
forças geradas neste tipo de implantes, minimizando o risco de afrouxamento ou fratura
de componentes protéticos, porém este risco aumenta nos casos unitários. Está
associada também a este tipo de plataforma os Microgaps entre a interface implante/pilar
protético que pode causar entre outras complicações as infiltrações microbianas, que
podem penetrar através de uma abertura tão pequena como 10 μm. Esta penetração irá
resultar em colonização bacteriana através da formação de placa na interface do
complexo implante-pilar, conduzindo a inflamação nos tecidos moles e duros da região
peri-implantar. (JANSEN, CONRADS, & RICHTER E, 1997)
32
Figura 3 - Implante instalado em uma área óssea e seus componentes. Fonte:
Catálogo Neodent 2016 adaptado.
Essa inflamação fará com que inicialmente ocorra a gengivite, posterior perda
óssea e, eventualmente, falha do implante. É prudente buscar uma adaptação
satisfatória (a melhor possível) na interface implante/pilar protético de forma a minimizar
a ocorrência de penetração de bactérias e a consequente colonização bacteriana.
(SAIDIN S. et al., 2012)
Pesquisadores têm demonstrado que o “GAP” entre o implante e o componente
protético está associado a formação de um infiltrado inflamatório crônico peri-implantar,
e, consequentemente, a reabsorção óssea na crista. (HERMANN J S. BUSER D.
SCHENK R K. COCHRAN D L., 2000)
A reabsorção óssea é clinicamente relevante porque é frequentemente
acompanhada de uma recessão gengival, o que pode comprometer os resultados
estéticos das restaurações na região anterior e reduzir o suporte ósseo nas restaurações
posteriores. A quantidade de perda da crista óssea, comumente chamada de
saucerização é utilizada como critério para definir o sucesso do implante. (COCCHETTO
R. TRAINI T. CADDEO F. CELLETTI R., 2010)
Estudos têm demonstrado que a reabsorção do osso em torno do implante não
começa até que o implante tenha sido descoberto e exposto ao meio oral. A
contaminação bacterianas entre o implante e o pilar afeta adversamente a estabilidade
do implante e seu tecido periimplantar. Se forças axiais são exercidas sobre o implante
acima do limite pode causar um efeito que resulta no fluxo de bactérias para o GAP,
33
provocando assim a formação de inflamação e formação de tecido conjuntivo na região
do colo do implante. Considerado que este processo seja um mecanismo de proteção
biológica contra as bactérias residentes no GAP, e que explica a perda óssea
independente de placa de aproximadamente 1 mm durante o primeiro ano. Esta perda
de massa óssea pode ser uma redução do nível do osso marginal em ambas as
dimensões verticais e horizontais. (HAGIWARA Y., 2010)
Uma vez que a perda óssea crestal é influenciado pela posição do GAP, a perda
óssea mais da crista óssea irá ocorrer quando o GAP está localizado na ou abaixo da
crista alveolar. Portanto, mais investigações são necessárias para abordar a correlação
de perda óssea crestal com a posição do GAP.(SIADAT H. ALIKHASI M. BASSIR S H.,
2012)
Um dos fatores que influenciam a ocorrência do GAP é o design da interface
implante e componente protético. A estabilidade mecânica desta junção e o grau de
acúmulo do biofilme e do infiltrado bacteriológico dependem de fatores variáveis como a
precisão de assentamento dos componentes, torque e micromovimento entre as partes
conectadas durante a função mastigatória. Estes fatores estimularam os fabricantes a
desenvolver parafusos de retenção que suportem maiores valores de torque, alterações
no tipo de material dos parafusos e maior precisão no encaixe dos componentes
protéticos sobre o hexágono do implante. (NEVES F D. et al., 2010)
O aumento do torque e o uso de parafusos com altos torques em diversos
experimentos demonstram promover melhor adaptação do pilar/implante e menos
infiltrações. (BARBOSA R E. DO NASCIMENTO C. ISSA J P. WATANABE E. ITO I Y.
DE ALBUQUERQUE R F., 2009)
No caso de implantes com a osseointegração já estabelecida, o íntimo contato na
interface permite que cargas aplicadas sobre as próteses implantossuportadas sejam
transmitidas diretamente ao osso adjacente, esta concentração de micro deformações
pode exceder os limites de tolerância do osso e causar o acúmulo de micro danos e
induzir a reabsorção óssea. Em certas circunstâncias este carregamento oclusal
excessivo pode causar a falência da osseointegração e a perda do implante. (NEVES F
D. et al., 2010)
Para se obter uma prótese implantossuportada em harmonia e simetria com a
coroa dos dentes naturais adjacentes, a posição dos tecidos moles peri-implantares
marginais vestibulares e proximais são umas das principais preocupações. Estes
aspectos deverão ser levados em consideração para o comprimento da coroa clínica e
34
formato cervical da coroa protética. Além disso, o grau de preenchimento da papila
interdental é um importante critério na determinação do resultado estético do tratamento
por implantes. (EL ASKARY A S., 2001)
O design da conexão protética é também determinante nas tensões e na
desadaptação (GAP) entre o implante e o componente protético. (MERZ B R.
HUNENBART S. BELSER U C., 2000). Comparando as tensões internas de diferentes
tipos de conexões protéticas, são encontrados valores de tensão no parafuso do
componente e GAP significantemente menores para a conexão CM. A conexão em
hexágono interno apresentou valores intermediários e a hexágono externo a maior
instabilidade e tensões na região do encaixe protético. Isto significa que as conexões
externas apresentam uma maior probabilidade de afrouxamentos e fraturas de parafuso
da prótese. (PESSOA R S. MURARU L. MARCANTONIO JR E. VAZ L G. VANDER
SLOTEN J. DUYCK J. JAECQUES S., 2009)
Pesquisas constataram que a perda de osso marginal tem origem a partir de uma
combinação de fatores mecânicos e biológicos. Estes fatores incluem: trauma cirúrgico
para o periósteo e osso, tamanho do micro-espaço entre o implante e o componente
protético, colonização bacteriana e os fatores biomecânicos, especialmente após
conexão do componente protético. Nos últimos anos, foram realizadas modificações para
a conexão do implante e o componente para prevenir ou reduzir a perda de osso
marginal. Por conseguinte, os implantes com conexões Cone Morse, ou implantes de
corpo único, têm sido propostas como alternativas adequadas. (RANGERT B. JEMT T.
JORNEUS L., 1989)
Implantes com plataforma tipo Cone Morse e de plataforma switching, atuam em
conjunto para reduzir a reabsorção óssea e aumentar a vedação biológica, bem como a
distância entre qualquer infiltração de células inflamatórias próximas ao GAP e a crista
óssea, minimizando assim o efeito da inflamação na remodelação óssea marginal.
(CASSETTA M. DRIVER A. BRANDETTI G. CALASSO S., 2016)
3.5 Tratamento de Superfície
O sucesso em reabilitação com implantes osseointegraveis é dependente de
vários fatores e destaca-se as propriedades físico-químicas de superfície, estas
interferem nas respostas biológicas e consequente reparo ósseo da interface
osso/implante.(BORNSTEIN M M., 2008). Inúmeros experimentos mostram que existe
35
melhor osseointegração em implantes com superfícies tratadas e com características
rugosas em relação a implantes com superfície somente usinadas. (IVANOFF C J.
HALLGREN C. WIDMARK G. SENNERBY L. WENNERBERG A., 2001)
As superfícies dos implantes de titânio podem ser classificadas como usinadas,
macrotexturizadas, microtexturizadas, nanotexturizadas ou biomiméticas. A Superfície
usinada devido à presença de microrranhuras superficiais resultantes do processo de
usinagem da peça metálica, não exibe características de completa lisura superficial.
Estas ranhuras superficiais são consideradas de extrema importância para o processo
de adesão celular e produção de matriz óssea. Os implantes usinados têm um valor de
rugosidade média de superfície (Ra) entre 0,53 e 0,96μm. (SYKARAS N. IACOPINO A
M. MARKER V A. TRIPLETT R G. WOODY R D., 2000)
Nas superfícies macrotexturizadas o processo de texturização de superfície é por
adição e mais comumente por spray de plasma, realizado com partículas de titânio ou
fosfato de cálcio. Este jateamento com partículas de vários diâmetros é outro método
frequentemente usado para macrotexturização superficial, também por subtração. A
superfície do implante pode ser bombardeada por partículas, como silício, óxido de
alumínio, óxido de titânio e vidro, criando por abrasão uma superfície com ranhuras
irregulares, que variam de acordo com o tamanho e a forma daspartículas e também das
condições do jateamento. (LONDON R M. ROBERTS F A. BAKER D A. ROHRER M D.
O’NEAL R B., 2002)
Um método de texturização, também utilizado, é a subtração por ataque ácido,
sendo os ácidos mais comumente utilizados o fluorídrico, o nítrico, o sulfúrico ou até
combinação de ambos.(DOHAN E D M. COELHO P G. KANG B S. SUL Y T.
ALBREKTSSON T., 2010). O tratamento por ácido pode ser feito por ácido sulfúrico e
ácido hidro clorídrico. Este tipo de superfície combina uma macrotexturização feita com
o jateamento de partículas com a microtexturização causada pelo ataque ácido. (DOHAN
E D M. COELHO P G. KANG B S. SUL Y T. ALBREKTSSON T., 2010)
Existe também a confecção da superfície por meio de processamento a laser que
é um método que produz uma superfiicie rugosa com um alto grau de pureza para a
osseointegração. Autores relatam que os principais tratamentos de superfície são
químicos ou mecânicos, porém os tratamentos químicos pela dificuldade da técnica
deixam a superfície heterogênea e os mecânicos podem deixar resíduos e impurezas na
superfície do implante. (GAGGL A. et al., 2000)
36
Já as superfícies Biomiméticas são caracterizadas pela possibilidade de depositar
camadas de fosfato de cálcio com o intuito de aumentar o potencial de servirem como
um sistema de liberação lento de agentes osteogênicos. Outra vantagem do processo
de cobertura biomimética e que as moléculas biologicamente ativas agem como agentes
osteogênicos, podem ser precipitadas com componentes inorgânicos para formarem
uma matriz com propriedades osteoindutora e osteocondutora. Porém a força de adesão
das camadas de biomaterial depositadas sobre o substrato metálico é fraca, pois
depende exclusivamente do contato físico entre sua camada e a superfície do implante.
(LIU Y. LAYROLLE P. DE BRUIJN J. VAN BLITTERSWIJK C. DE GROOT K., 2001)
Ao contrário de tratamentos de subtração os de adição consistem, como o nome
já diz na adição de substâncias à superfície do implante, por exemplo, a incorporação de
cerâmicas, tais como hidroxiapatita e fosfato de cálcio. Isto permite que ocorra a
aceleração da osteointegração, especialmente sob condições de uma quantidade
limitada e de qualidade do osso. Pode ser devido ao fato de que o HA ajuda a estabelecer
uma ligação química precoce e, consequentemente, uma forte interação química física
com o osso nas fases iniciais da osseointegração. (MISHRA S K. et al., 2016)
Outra característica importante é a capacidade de molhamento da superfície
influencia as interações do implante no leito cirúrgico. Podem ocorrer interações entre
aminoácios de carga positivas e a superfície do implante carregado negativamente ou
em grupos de aminoácios carregados negativamente com pontes de hidrogênio
absorvidas pela superfície do implante previamente. (BUSER, 2004) (BORGES PB.,
2013)
Estudos mostram que implantes com superfície rugosa oferecem maior contato
ósseo,favorecendo a cicatrização, além de proporcionar uma maior fixação do implante
durante o períodocicatricial. (BUSER D. et al., 1991)
As principais complicações cirúrgicas em implantodontia são: hemorragia,
distúrbios neurosensoriais, fratura de mandíbula, necrose e hemorragias. A maioria dos
implantes são perdidos antes de instalar a prótese definitiva e a perda de implantes em
casos com reabilitação com próteses totais ou parciais é de 6% e para próteses unitárias
3%. No primeiro ano a quantidade de implantes perdidos é maior do que no segundo e
terceiro ano. Quanto maior o comprimento do implante menor a chance de perdas.
Doenças ou condições sistêmicas estão associados ao sucesso ou falha dos implantes,
são eles: cigarro, radioterapia, diabetes, osteoporose, terapia de reposição hormonal,
37
escleroderma, síndrome de Sjogren, doença de parkinson, mieloma múltiplo e HIV
positivo. (MCDERMOTT N E. CHUANG S K. WOO V V . DODSON TB., 2003)
3.6 Rugosimetria e Interferometria
Os parâmetros utilizados para descrever a rugosidade de uma superfície são
baseados na altura de picos e profundidade de vales da topografia da superfície. Existem
muitos parâmetros para descrever a rugosidade de uma superfície. Podemos citar como
exemplo: Ra (que é a média aritmética em relação à altura dos picos e vales da
rugosidade de superfície no plano médio), Rds (representa a densidade, ou seja, o
número de picos por unidade de área) e o Rdr (que representa o aumento da área
obtida). (THOMAS T R., 1981).
A rugosimetria mecânica é a mais utilizada atualmente, no entanto, possui
resolução 2D, falta de precisão e incertezas provocadas pelo modelo dos apalpadores
que não se adaptam perfeitamente a geometria dos picos e vales que formam a
topografia da superfície analisada. A opção a rugosimetria mecânica é a perfilometria
3D a laser. A utilização de interferometria apresenta vantagens como: aquisição da
topografia em 3 dimensões (3D), não necessita de contato com a amostra para a análise
de superfície, maior precisão, menores incertezas e a possibilidade de aquisição e
armazenamento dos dados adquiridos no ensaio. (SADOWSKI L. CZARNECKI S. HOŁA
J., 2016).
Os parâmetros de rugosidade de interesse para este trabalho são: Sa, SsK e
SKu das superfícies da plataforma do implante do tipo hexágono externo e seu pilar
protético. O parâmetro Sa representa a média aritmética dos valores absolutos das
amplitudes dentro de uma área de amostragem. (METROLOGY., 2016)
O parâmetro Ssk representa a assimetria da distribuição das amplitudes de todos
os pontos medidos em uma determinada área da superfície e, neste caso, estas
amplitudes representam os desvios da superfície em relação a um plano melhor ajuste
ou plano de referência desta superfície. Dentro desta perspectiva, conforme a
distribuição de amplitudes de uma superfície torna-se simétrica ou se aproxima de uma
distribuição gaussiana o valor da assimetria se aproxima de zero (Ssk = 0). Por sua vez,
a assimetria positiva (Ssk > 0) indica a predominância de estruturas de picos e assimetria
negativa indica a predominância de estruturas de vales (Ssk< 0).
38
O parâmetro Sku representa a curtose da distribuição de amplitudes de todos os
pontos medidos em uma determinada área da superfície e, como no caso do parâmetro
de assimetria, estas amplitudes representam os desvios da superfície em relação a um
plano melhor ajuste ou plano de referência desta superfície. Neste sentido, o parâmetro
de curtose indica como o grau de concentração das medidas de amplitude no centro e
nas caudas da distribuição. Assim, conforme a distribuição de amplitudes da superfície
se aproxima de uma distribuição gaussiana (mesocúrtica) indicando uma superfície
puramente randômica o valor da curtose se aproxima de três (Sku = 3).
Por sua vez, uma medida de curtose maior (Sku > 3) (leptocúrtica) indica que
ocorre uma concentração de amplitudes no centro e nas caudas da distribuição,
representado uma predominância desordenada de estruturas de altos picos e profundos
vales na superfície. Por outro lado, caracterizadas por variações graduais e livres de
estruturas extremas de picos e vales tendem a ter valores de curtos menores (Sku < 3)
(METROLOGY., 2016)
O uso de rugosímetros tridimensionais para o estudo de topografias de
superfícies vem ganhando cada vez mais destaque em áreas de estudo de materiais.
Dessa forma, se faz necessário entender de que maneira determinadas configurações
do equipamento podem afetar os resultados obtidos. parâmetros de ondulação e forma.
Seu funcionamento é baseado no conceito físico de interferometria óptica. Basicamente,
uma fonte emite um feixe de luz coerente que é dividido por um divisor de feixes. Parte
dessa luz é refletida diretamente a um sensor CCD (charge-coupled device - ou
dispositivo de carga acoplada), enquanto outra é conduzida por meio de uma lente
objetiva até a superfície, onde é refletida e retorna também ao sensor. A partir do
momento em que os dois feixes se reencontram, a diferença de fase existente entre eles,
determinada pela intensidade de luz resultante (faixas escuras são causadas por fases
opostas enquanto faixas claras são resultado de ondas em fase), será traduzida pelo
equipamento em coordenadas de distância. Logo, o rugosímetro fornece uma matriz de
coordenadas X, Y e Z referentes a cada pixel medido. Uma avaliação de rugosidade de
superficie pode ser vista na (fig – 4).
39
Figura 4 - Avaliação da rugosidade do implante com interferômetro 3D.
4. METODOLOGIA
40
Para o presente estudo, foram selecionados conjuntos de implantes do tipo
hexágono externo e pilares protéticos do tipo universal para próteses cimentadas de
quatro fabricantes diferentes, liberadas pela ANVISA e disponíveis no mercado
brasileiro. Para cada fabricante/marca foram selecionadas seis conjuntos diferentes,
conforme tabela: Tabela 1 - Distribuição das amostras dos implantes e pilares protéticos.
FABRICANTE MODELO IMPLANTE
QTDE
AMOSTRA (n)
COMPONENTE QTDE AMOSTRA (n) PARAFUSO DE UNIÃO
IMPLANTE/PILAR 1 HE 4.1 06 18 pilar 3 mm 06 18 Sextavado
2 HE 4.1 06 18 pilar 3mm 06 18 Sextavado
3 HE 4.1 06 18 pilar 3mm 06 18 Sextavado 4 HE 4.1 06 18 pilar 3mm 06 18 Sextavado
Para avaliar os parâmetros de rugosidade Sa, SsK e SKu das superfícies da
plataforma do implante do tipo hexágono externo e seu pilar protético, utilizou-se
perfilometria 3D (interferometria a laser). O modelo do perfilômetro utilizado foi Talysurf
CCI-Lite (Taylor Hobson). O equipamento foi ajustado com lente objetiva de 20x,
intensidade de luz de 30% e inclinação da lente em relação a amostra em 0 grau. Este
equipamento possui certificado de calibração e atende a todos os requisitos do Instituto
Nacional de Metrologia (INMETRO). Os ensaios foram realizados no Laboratório de
Metrologia da UTFPR - Curitiba/PR - Brasil, sob temperatura de 20°C e umidade relativa
do ar de 40%. A coleta de dados foi realizada em um só dia e por um mesmo operador.
As áreas de analise são indicadas na (fig – 6).
Figura 5 - Área de superfície analisada por interferometria 3D. Fonte: Catálogo Neodent 2016
adaptado.
41
Para a coleta, foram abertas as embalagens originais que se encontravam
totalmente seladas e esterilizadas, conforme normas da ANVISA. Amostras com
aberturas em suas embalagens foram descartadas e para a avaliação da peça não houve
nenhum tratamento prévio ou contado com a superfície de análise. As peças foram
manipuladas com o uso de pinça clinica para não haver nenhuma contaminação e levado
ao equipamento de interferometria óptica 3D sem contato.
Para cada um dos seis (06) conjuntos implante/pilar protético de cada um dos
quatro (04) fabricantes, foram analisados três áreas distintas de 200 μm, selecionadas
aleatoriamente, das superfície de contato do implante e do pilar protético gerando um
total de dezoito medições (n=18) para cada marca de implante e pilar protético
analisados.
Os testes foram feitos na resolução de 1024 pixels de largura X 1024 pixels de
comprimento. Aproximou-se a lente da amostra, até que o foco pudesse ser observado
através do monitor e definiu-se o limite inferior e o limite superior dentre os quais foi feita
a varredura no eixo Z. Estes foram determinados para que os padrões de interferência
mostrados no monitor percorressem toda a área de medição. Após a coleta dos dados,
na etapa de processamento foram realizadas operações padrão de nivelamento
(leveling) e remoção de pontos não medidos (fill in non-measured points), então obtidos
os parâmetros Sa, SsK e Sku com o auxilio do softwareTalyMap Platinum 6.1.0.6001 da
própria fabricante.
Todas as marcas de implantes dentários e pilares protéticos passaram pela
mesma analise Interferométrica descrita acima, gerando (n=18) para cada marca, após
a análise de cada peça a mesma foi devolvida a sua embalagem original e lacrada com
fita adesiva em toda sua extremidade.
Na etapa seguinte, o objetivo foi avaliar o nível de desadaptação entre implante,
do tipo hexágono externo, e pilar protético (GAP), utilizando microscopia eletrônica de
varredura (MEV). Para viabilizar a etapa, cada implante foi conectado de forma manual
ao seu respectivo pilar protético, com auxílio do parafuso de conexão do seu sistema e
auxilio do kit de chaves para o procedimento, e levado a uma morsa de bancada para
realizar o ajuste necessário.
Na sequência, com auxílio de um torquímetro digital, foi dado o aperto
recomendado por cada fabricante em cada conjunto. O conjunto pronto foi inserido em
sua embalagem original e lacrado com fita adesiva e então levado ao laboratório de
Microscopia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná/Campus Curitiba para a
42
determinação do tamanho do desajuste entre o pilar protético e a plataforma do implante.
Foi utilizado o microscópio eletrônico de varredura (MEV) Carl Zeiss EVO MA 15, da
fabricante ZEISS.
As amostras compostas pelo conjunto montado fixadas ao porta amostras
denominado (stub) do MEV. Para a realização do ensaio foi utilizada uma relação 1000x.
Foram realizadas, então, três medições de pontos aleatórios do GAP de cada conjunto
implante e pilar protéico, para cada um dos seis conjuntos dos quatro fabricantes
gerando um total de 18 medições (n=18) para cada fabricante. Com auxilio de software
fornecido pela fabricante Zeiss, os valores foram salvos, tabulados em planilha Excel e
organizados para análise estatística.
Para cada análise de interferometria gerou-se um arquivo em formato PDF com
todos os parâmetros de rugosidade expressos em µm e as análises em MEV uma
imagem em formato JPEG, conforme (fig – 8), com as aferições também expressos em
µm. Estes dados foram transferidos manualmente para o software de tratamento
estatístico MINITAB, onde análises estatísticas foram feitas para caracterização das
diferenças das marcas com respeito ao GAP.
Figura 8 - Superfície da amostra, quando analisado por interferometria ótica.
A Figura 9 apresenta imagem obtida com microscópio eletrônico de varredura
(Zeiss) durante uma das análises. Esta imagem mostra o tamanho do GAP para aquela
43
região específica, podendo-se observar que houve uma desadaptação microscópica
entre o implante (região superior) e o seu componente (região inferior), inclusive a
diferença de cor entre ambos. Este fato sempre ocorrerá por não conseguir leva-lo a
zero, uma vez que são peças totalmente distintas, porém quanto menor este espaço
menor as chances de colonização bacteriana.
Figura 9 – Visualização do GAP captada pelo Microscópio eletrônico de varredura.
44
5. TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS
Os valores médios de tamanho de GAP, Sa para o conjunto, SsK para o implante
e o pilar e SKu para o implante e o pilar para os seis conjuntos de cada uma das quatro
marcas podem ser observados na Tabela 2.
Tabela 2 - Tabulação dos dados Sa, SsK e Gap.
Marca/Amostra Média
GAP μm
Média Sa μm
Ssk Implante
μm
Ssk Pilar μm
Sku Pilar μm
Sku Implante
μm
01/01 12,750 0,381 0,173 0,114 3,615 3,116
01/02 7,007 0,444 -0,082 -0,049 3,376 2,192
01/03 7,029 0,488 -0,252 -0,536 5,881 2,623
01/04 8,599 0,474 -0,264 -0,103 3,380 3,002
01/05 6,615 0,335 0,053 0,008 3,365 3,028
01/06 3,245 0,518 0,069 0,069 3,335 3,108
02/01 1,757 0,546 -0,005 0,383 4,574 6,786
02/02 12,343 0,570 0,635 0,234 4,705 12,843
02/03 7,814 0,396 -1,474 -0,076 3,974 3,889
02/04 6,449 0,497 -0,189 -0,034 3,372 4,992
02/05 3,390 0,446 -0,546 0,056 4,149 7,444
02/06 11,270 0,370 0,949 -0,072 3,609 11,604
03/01 1,943 0,316 -0,112 -0,253 3,972 4,487
03/02 5,870 0,292 -0,154 -0,716 7,047 3,388
03/03 7,607 0,303 -0,133 -0,276 4,122 3,268
03/04 1,674 0,316 -0,044 -0,592 5,995 3,151
03/05 2,439 0,275 -0,239 -0,546 4,908 3,099
03/06 2,005 0,333 -0,235 -0,424 6,302 3,760
04/01 2,397 0,457 0,087 -1,789 8,160 3,406
04/02 2,542 0,425 0,287 -1,454 10,938 3,578
04/03 2,150 0,655 0,039 -0,311 13,603 5,144
04/04 1,302 0,534 0,303 -2,578 10,769 3,098
04/05 2,604 0,603 -0,208 -1,085 11,803 3,019
04/06 1,674 0,526 0,089 -0,878 7,792 3,230
45
Foi realizada análise estatística com auxilio do software MINITAB. Foram feitas as
análises de variância, regressão linear e teste “t”, para todos os dados, considerando um
nível de significância estatística de 95%.
A análise de variância, com hipótese nula “todas as marcas iguais”, mostra que as
mesmas são diferentes quando analisadas as médias dos “GAPs”, o “p” valor gerado
mostra que pode-se excluir a hipótese de igualdade entre todas as marcas com 95% de
confiança.
Na fig -10 pode observar-se a relação a comparação dos intervalos de confiança
das médias dos “GAPs” para as quatro marcas de implantes mostram diferenças de dados,
pode-se observar que a marca 4 produz os menores GAPs e as menores dispersões dos
intervalos de confiança entre as marcas analisadas.
Figura 10 – Regressão linear das rugosidade (Sa) quando comparadas aos “Gaps” dos
conjuntos.
46
Figura 11- Distribuição dos dados para os "GAPs" de todas as marcas.
Figura 12 - Desvios padrões e intervalos de confiança para os dados dos GAPs de todas as marcas.
Ao realizar o teste “t” para os dados dos “GAPs” gerados e comparando as
marcas podemos concluir que devemos aceitar a hipótese de igualdade entre as marcas
1 e 2, também a igualdade entre as marcas 3 e 4, porém não há igualdade entre as
marcas 1 e 3, 1 e 4, 2 e 3, 2 e 4 com 95% de confiança.
Gap Todos Marca 4Gap Todos Marca 3Gap Todos Marca 2Gap Todos Marca 1
16
14
12
10
8
6
4
2
0
GAP
med
ido
(μm
)
Boxplot dos Gaps
Gap Todos Marca 4Gap Todos Marca 3Gap Todos Marca 2Gap Todos Marca 1
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
GAP
med
ido
(μm
)
Intervalos de Confiança de 95%
DesviosPadrõesindividuaisusadosnocálculodosIC
47
Tabela 3 - Teste "t" entre todas as marcas para valores de "GAP".
Marca N Mean St- dev P-value
1 e 2 18 7,54 4,08 0,804
18 7,17 4,76
1 e 3 18 7,54 4,08 0,003
18 3,59 3,25
1 e 4 18 7,54 4,08 0,000
18 2,11 0,733
2 e 3 18 7,17 4,76 0,013
18 3,59 3,25
2 e 4 18 7,17 4,76 0,000
18 2,11 0,733
3 e 4 18 3,59 3,25 0,076
18 2,11 0,733
Para a análise das texturas de superfície “Sa”, das superfícies analisadas dos
implantes, podemos descartar a hipótese de igualdade entre todas as marcas, quando
analisadas juntas, com 95% de confiança.
Tabela 4 - Análise de variância para textura de superfície, quando comparadas todas as
marcas de implantes.
Source Factor DF Num DF Den F-value P-value
3 31,8230 15,10 0,000
48
Figura 13 - Análise dos dados de textura de superfície "Sa" para todas as marcas de
implantes.
Figura 14 - Intervalos de confiança de textura de superfície "sa" para todas as marcas de implantes.
Ao se analisar os dados de textura de superfície e aplicar o teste “t”, comparando
as marcas uma a uma, pode-se afirmar com 95% de confiança que somente as amostras
1 e 2 são iguais no quesito parâmetro de textura “Sa”.
Sa T Imp Marca 4Sa T Imp Marca 3Sa T Imp Marca 2Sa T Imp Marca 1
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
Sa R
ugos
idad
e m
edid
o (μ
m)
Sa T Imp Marca 4Sa T Imp Marca 3Sa T Imp Marca 2Sa T Imp Marca 1
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
Sa R
ugos
idad
e med
ido
(μm
)
Intervalos de Confiança de 95%
DesviosPadrõesindividuaisconsideradosnocálculodosICs
49
Tabela 5 - Análise de dados de textura de superfície Sa dos implantes e a aplicação de teste "t"entre as marcas.
Marca n Mádia St - dev P valor
1 e 2 18 0,554 0,199 0,857
18 0,540 0,244
1 e 3 18 0,554 0,199 0,000
18 0,307 0,037
1 e 4 18 0,554 0,199 0,002
18 0,374 0,087
2 e 3 18 0,540 0,244 0,001
18 0,374 0,087
2 e 4 18 0,540 0,244 0,013
18 0,374 0,087
3 e 4 18 0,374 0,087 0,007
18 0,374 0,087
Quando se compara os intervalos de confiança das médias entre os parâmetros de
rugosidade média (Sa) dos pilares protéticos, observa-se que a marca 4 apresenta os
maiores valores de rugosidade média e a maior dispersão dos intervalões de confiança, os
resultados por ANOVA mostram que a hipótese igualdade entre estes dados deve ser
descartada.
Tabela 6 - Análise de variância para textura de superfície, quando comparadas todas as
marcas dos pilares protéticos.
Source Factor DF Num DF Den F-value P-value
3 35,2869 12,55 0,000
50
Figura 15 - Distribuição dos dados de "sa" dos pilares protéticos.
Figura 16 - Intervalos de confiança dos dados de "Sa" dos pilares protéticos.
Ao realizar o teste “t” para os dados de textura de superfície “Sa” dos pilares
protéticos, comparando as marcas pode-se concluir que deve-se aceitar a hipótese de
igualdade entre as marcas 1 e 3, e rejeitar a hipótese igualdade entre as demais marcas,
com 95% de confiança.
Sa T Munhão M4Sa T Munhão M3Sa T Munhão M2Sa T Munhão M1
1,6
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
Sa R
ugos
idad
e m
edid
o (μ
m)
Sa T Munhão M4Sa T Munhão M3Sa T Munhão M2Sa T Munhão M1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
Sa R
ugos
idad
e m
edid
o (μ
m)
Intervalos de Confiança de 95%
DesviosPadrõesindividuaisconsideradosnocálculodosICs
51
Tabela 7 - Mostra a análise de dados de textura de superfície Sa dos pilares protéticos e a aplicação de teste "t"entre as marcas.
Marca N Mean St- dev P-value
1 e 2 18 0,3265 0,0531 0,023
18 0,402 0,120
1 e 3 18 0,3265 0,0531 0,250
18 0,3056 0,0539
1 e 4 18 0,3265 0,0531 0,000
18 0,693 0,286
2 e 3 18 0,402 0,120 0,005
18 0,3056 0,0539
2 e 4 18 0,402 0,120 0,001
18 0,693 0,286
3 e 4 18 0,3056 0,0539 0,000
18 0,693 0,286
52
6. CONCLUSÕES
Foram avaliados os parâmetros de rugosidade Sa, SsK e SKu das superfícies do
implante e pilar protético, do tipo hexágono externo, de quatro marcas diferentes
certificadas pela ANVISA e encontradas no mercado brasileiro. Para os ensaios foi utilizado
perfilometria 3D. A análise estatística foi realizada com auxilio do software MINITAB. Foram
feitas as análises de variância, regressão linear e teste “t”, para todos os dados,
considerando um nível de significância estatística de 95%. A análise de variância, com
hipótese nula “todas as marcas iguais”, mostra que as mesmas são diferentes quando
analisadas as médias dos “GAPs”, o “p valor” gerado mostra que pode-se excluir a hipótese
de igualdade entre todas as marcas com 95% de confiança. Desta forma, a hipótese de que
as superfícies de contato do pilar protético com a plataforma do implante hexágono externo,
das quatro diferentes marcas comerciais analisadas, apresentam valores de rugosidade
superficial e adaptação vertical padronizadas foi rejeitada.
Ao avaliar o nível de desadaptação entre implante, do tipo hexágono externo, e pilar
protético (GAP), utilizando microscopia eletrônica de varredura (MEV), verifica-se que a
análise de variância considerando a hipótese nula “não existem diferenças estatisticamente
significativas entre o tamanho médio dos GAPs dos quatro fabricantes” foi rejeitada com
95% de confiança. As marcas com menores valores de GAP foram a 04, 03, 02 e 01 com
valores médios de 2,112 μm, 3,590 μm, 7,170 μm e 7,541 μm respectivamente. Este fato
leva a conclusão de que não existe padronização do tamanho de GAP nos conjuntos
comerciais de implantes e pilar protético, disponíveis no mercado brasileiro.
Verificou-se ainda, que as marcas 03 e 04 apresentam tamanho de GAP médio
abaixo de 5 μm, considerado ideal pela literatura pesquisada. As marcas 01 e 02
apresentaram valores superiores e estão acima do limite ideal. Em trabalhos anteriores
relata-se que se o GAP, entre os dois componentes, for inferior a 5 μm não haverá
contaminação bacteriana. Conclui-se, portanto, que o controle de qualidade do tamanho do
GAP é fator determinístico no nível de qualidade do implante.
Ao analisar a influência dos parâmetros de rugosidade superficial Sa, SsK e SKu
das superfícies de contato da plataforma do implante e de seu pilar protético com o nível
de desadaptação (GAP) entre os mesmos, pude-se concluir que os dois maiores valores
de GAP (12,750 μm da marca 01 e 12,343 μm da marca 02) apresentam valores de Ssk
positivos, tanto para o pilar protético quanto para a superfície do implante, caracterizando
a maior prevalência de picos em relação ao plano médio.
53
Os valores de Sku maiores que três para as mesmas superfícies indicam variações
de altos picos e vales profundos e isto resulta em maiores GAPs. As análises de Ssk mostra,
ainda, que a marca que apresentou resultados negativos (maior presença de vales na
superfície em relação ao plano médio) foi a que apresentou os menores valores do tamanho
do GAP. Este fato leva a conclusão de que os parâmetros Sku e Ssk são relevantes no
controle do tamanho do GAP.
Em todas as marcas, verifica-se que o tamanho do GAP possui relação
inversamente proporcional ao nível de rugosidade (Sa), das superfícies de contato da
plataforma do implante e de seu pilar protético. Neste caso, é importante salientar, que este
achado deve ser considerado somente para a faixa de rugosidade e tamanho de GAP
analisados.
54
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