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    Avaliao e Interveno na readas NEE

  • 7/21/2019 avaliaao NEE

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    ndice

    1. Avaliao das NEE................................................................Pg. 3

    1.1 Sistema Internacional da Funcionalidade,Incapacidade e Sade (CIF): explicitao de conceitos..

    Pg. 4

    1.2 Aplicao da CIF na rea das NEE...........................Pg. 10

    1.2.1 Conceito de NEE............................................Pg. 10

    1.2.2 Modo de operacionalizao da CIF noprocesso de avaliao das NEE.............................

    Pg. 13

    2. Organizao da Interveno Educativa................................Pg. 18

    2.1 Conceito de currculo.................................................Pg. 18

    2.2 A organizao da resposta educativa para alunoscom NEE de carcter prolongado: consideraes gerais

    Pg. 21

    Referncias Bibliogrficas.........................................................

    Pg. 27

    Anexos ..................................................................................... Pg. 28

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    Nota

    O presente documento constitui um instrumento de trabalho de

    apoio ao docente de educao especial no processo de Avaliao

    e Interveno de alunos com NEE de carcter prolongado.

    Adopta-se um modelo de classificao de funcionalidade dinmico,

    interactivo e multidimensional, tendo por referncia a CIF, Sistema

    de Classificao Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e

    Sade, da OMS (2001). Este corresponde a um paradigma em que

    as questes de funcionalidade do indivduo so vistas luz de ummodelo que abrange diferentes dimenses, resultando a

    funcionalidade de uma contnua interaco entre a pessoa e o

    ambiente que a rodeia.

    Este instrumento de trabalho tem vindo a ser validado no terreno

    por profissionais de Educao, Segurana Social e Sade e em

    Oficinas de Formao orientadas por esta DGIDC/DSEEASE

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    IAvaliao e interveno na rea das NEE

    1. Avaliao das NEE

    A avaliao das Necessidades Educativas Especiais (NEE) das

    crianas e jovens que frequentam as estruturas regulares de

    ensino um processo de grande complexidade que envolve

    diferentes dimenses, no se devendo centrar exclusivamente nosproblemas dos alunos, como tambm em todos os factores que lhe

    so extrnsecos e que podem constituir a causa primeira das suas

    dificuldades.

    O novo Sistema de Classificao Internacional da Funcionalidade,

    Incapacidade e Sade (CIF) da Organizao Mundial de Sade

    (2001) vai ao encontro das exigncias decorrentes de uma

    avaliao dinmica, interactiva e multidimensional das NEE, umavez que pela sua estrutura e objectivos permite classificar no

    apenas os nveis de funcionalidade e incapacidade do indivduo,

    como tambm os factores ambientais que podem funcionar como

    barreiras ou facilitadores dessa funcionalidade, implicando o

    envolvimento e o contributo de profissionais de diferentes reas.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    Aspectosestruturais da CIF

    Sendo uma competncia da Direco Geral de Inovao e de

    Desenvolvimento Curricular (DGIDC) o acompanhamento

    pedaggico do sistema educativo atravs da sua Direco de

    Servios da Educao Especial e do Apoio Scio-Educativo

    (DSEEASE) foi elaborado um plano de formao em rede passvel

    de responder s necessidades decorrentes da implementao

    deste novo paradigma de avaliao das NEE, abarcando,

    progressivamente, os diferentes intervenientes no processo que

    exercem as suas funes no contexto educativo/escolar.

    Paralelamente formao, e tendo como principal objectivo

    facilitar a disseminao da informao que lhe est associada,

    elaborou-se o presente documento de trabalho, o qual se encontra

    organizado em duas partes distintas: numa primeira parte feita

    uma breve explicitao dos conceitos associados CIF; numa

    segunda parte feita referncia aplicao da CIF na rea da

    avaliao das NEE no contexto educativo/escolar.

    1.1 Sistema Internacional de Classificao da

    Funcionalidade, Incapacidade e Sade (CIF,OMS,2001): explicitao de conceitos

    A CIF est dividida em duas partes, cada uma com duas

    componentes:

    Parte 1. Funcionalidade e Incapacidade

    a) Funes e Estruturas do Corpo

    b) Actividades e Participao

    Parte 2. Factores Contextuais

    a) Factores Ambientais

    b) Factores Pessoais

    A funcionalidade de um indivduo num domnio especfico uma

    interaco ou relao complexa entre a condio de sade e os

    factores contextuais. Tal como se pode verificar na figura seguinte,

    existe uma interaco dinmica entre estas entidades podendo

    uma interveno num elemento modificar um ou vrios outroselementos.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    Condies de Sade(perturbao ou doena)

    Funes e Estrutura Actividade Participaodo Corpo

    Factores Ambientais Factores Pessoais

    Caixa 1Interaco entre as dimenses da CIF (OMS,2001)

    Cada componente contm vrios captulos e domnios. Em cada

    domnio h vrias categorias e sub-categorias que constituem as

    unidades de classificao.

    Os qualificadores so cdigos numricos que especificam a

    extenso ou magnitude da funcionalidade ou da incapacidade

    numa determinada categoria, ou em que medida um factor

    ambiental constitui um facilitador ou uma barreira.

    A CIF utiliza o seguinte sistema alfa-numrico:

    b funes do corpo

    s estrutura do corpo

    d actividade e participaoe factores ambientais

    1 cdigo numrico (um dgito) captulo

    2 cdigo numrico (dois dgitos) categoria

    3 cdigo numrico (um dgito cada) sub-categorias

    ExemploComponente: Funes do Corpo

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    Caixa 2

    Caixa 3

    Componente dasFunes doCorpo

    Captulo 1 - Funes Mentais (Funes

    Mentais Especficas)

    b140 - Funes da Ateno

    b1400 manuteno da ateno

    Todos os 3 componentes classificados na CIF so quantificados

    atravs de uma mesma escala genrica. Um problema pode

    significar uma deficincia, limitao, restrio ou barreira,

    dependendo do constructo.

    xxx. 0 No h problema

    xxx. 1 Problema LIGEIRO

    xxx. 2 Problema MODERADO

    xxx. 3 Problema GRAVE

    xxx. 4 Problema COMPLETO

    Componente: Funes do c or po

    As Funes d o Co rp oso as funes fisiolgicas dos sistemas

    orgnicos, incluindo as funes psicolgicas. Esta componente

    est dividida em 8 captulos com a seguinte denominao:

    Captulo 1 Funes mentais

    Cap tu lo 2 Funes sensoriais e dor

    Cap tu lo 3 Funes da voz e da fala

    Cap tu lo 4 Funes do aparelho cardiovascular, dos sistemas

    hematolgicos e imunolgicos e do aparelho respiratrio

    Cap tu lo 5 Funes do aparelho digestivo e dos sistemas metablico e

    endcrino

    Cap tu lo 6 Funes genitourinrias e reprodutivas

    Cap tu lo 7 Funes neuromusculoesquelcticas e funes relacionadascom o movimento

    Cap tu lo 8 Funes da pele e estruturas relacionadas

    As defi cinci as so problemas nas funes ou estruturas do

    corpo, tais como, um desvio ou perda significativos. As

    de fic inc ias podem ser temporrias ou permanentes;

    progressivas, regressivas ou estveis; intermitentes ou contnuas.

    As categorias da componente Funes d o Cor po so

    quantificadas com um qualificador que indica a extenso ou

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    Caixa 4

    Componente daActividade eParticipao

    magnitude de deficincia, de acordo com a seguinte escala:

    xxx.0 NENHUMA deficinciaxxx.1 Deficincia LIGEIRAxxx.2 Deficincia MODERADAxxx.3 Deficincia GRAVExxx.4 Deficincia COMPLETA

    xxx.81

    No especificadaxxx.92 No aplicvel

    Os valores atribudos devem ter como referncia, sempre que

    possvel, os valores standard da populao.

    Para aquelas defi cinc ias que nem sempre podem ser

    observadas directamente (como o caso das funes mentais), o

    utilizador pode inferir a defi c inc ia a partir da observao do

    comportamento.

    Componente: Act iv id ade e Part ic ip ao

    Act iv idade a execuo de uma tarefa ou aco por um

    indivduo. Part ic ip ao o envolvimento numa situao de vida.

    Esta componente est dividida em 9 captulos com a seguinte

    denominao:

    Captulo 1 Aprendizagem e aplicao de conhecimentos

    Cap tu lo 2 Tarefas e exigncias gerais

    Cap tu lo 3 Comunicao

    Cap tu lo 4 Mobilidade

    Cap tu lo 5 Auto cuidados

    Cap tu lo 6 Vida domstica

    Cap tu lo 7 Interaces e relacionamentos interpessoais

    Cap tu lo 8 reas principais de vida

    Cap tu lo 9 Vida comunitria, social e cvica

    ___________________

    1 Este qualificador deve ser utilizado sempre que no houver informaosuficiente para especificar a gravidade da deficincia.2 Este qualificador deve ser utilizado nas situaes em que seja inadequadoaplicar um cdigo especfico.

    Lim itaes de activ idad e so as dificuldades que um indivduo

    pode encontrar na execuo de actividades. Res tr ies de

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    par t ic ipao so problemas que um indivduo pode experimentar

    no envolvimento em situaes reais da vida.

    Os domnios para a componente Act iv id ade e Part ic ip ao

    esto includos numa lista nica que cobre a faixa completa das

    reas de vida. Esta componente pode ser utilizada para designar a

    actividades, p participao ou ambas. Segundo o critrio do

    utilizador, o prefixo d pode ser substitudo por a ou p, para

    designar actividades e participao, respectivamente. Os

    domnios deste componente podem ser classificados pelos

    qualificadores de desempenho(o que o indivduo faz no ambiente

    de vida habitual) e capacidade (aptido de um indivduo para

    executar uma tarefa ou aco).

    As categorias da componente Ac tiv id ade e Part ic ip ao so

    quantificadas atravs da seguinte escala:

    xxx.0 NENHUMA dificuldade

    xxx.1 Dificuldade LIGEIRA

    xxx.2 Dificuldade MODERADA

    xxx.3 Dificuldade GRAVE

    xxx.4 Dificuldade COMPLETA

    xxx.81 No especificada

    xxx.91 No aplicvel

    Os valores atribudos devem ter como referncia, sempre que

    possvel, os valores standard da populao.

    ___________________

    1 Este qualificador deve ser utilizado sempre que no houver informaosuficiente para especificar a gravidade da deficincia.2 Este qualificador deve ser utilizado nas situaes em que seja inadequado

    aplicar um cdigo especfico.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    Componente dos

    FactoresAmbientais

    Componente: Factores Ambientais

    Os factores ambientais constituem o ambiente fsico, social e

    atitudinal no qual as pessoas vivem e conduzem sua vida. Esses

    factores so externos ao indivduo e podem ter uma influncia

    positiva ou negativa sobre o seu desempenho enquanto membro

    da sociedade, sobre a sua capacidade para executar aces ou

    tarefas, ou sobre as funes ou estruturas do corpo.

    As influncias positivas so consideradas facilitadores e as

    influncias negativas barreiras. Um coeficiente (0 a 4) separado

    por um ponto indica uma barreira, enquanto que se estiver

    separado do cdigo pelo sinal + indica um facilitador: xxx.0 NENHUMA barreira xxx+ 0 NENHUM facilitador

    xxx.1 Barreira LIGEIRA xxx+ 1 Facilitador LIGEIRO

    xxx.2 Barreira MODERADA xxx+ 2 Facilitador MODERADO

    xxx.3 Barreira GRAVE xxx+ 3 Facilitador GRAVE

    xxx.4 Barreira COMPLETA xxx+ 4 Facilitador COMPLETO

    xxx.8 Barreira no especificada xxx+ 8 Facilitador no especificado

    xxx.9 No aplicvel xxx+ 9 No aplicvel

    Facilitadores so factores ambientais que, atravs da sua

    ausncia ou presena, melhoram a funcionalidade e reduzem a

    incapacidade de uma pessoa. Estes factores incluem aspectos

    como um ambiente fsico que seja acessvel, disponibilidade de

    tecnologia apropriada, atitudes positivas das pessoas em relao

    incapacidade, bem como servios, sistemas e polticas que

    visam aumentar o envolvimento de todas as pessoas com uma

    condio de sade em todas as reas de vida.

    Barreirasso factores ambientais que, atravs da sua ausncia ou

    presena, limitam a funcionalidade e provocam a incapacidade.

    Estes factores incluem aspectos como um ambiente fsico

    inacessvel, falta de tecnologia de assistncia apropriada, atitudes

    negativas das pessoas em relao incapacidade, bem como os

    servios, sistemas e polticas inexistentes ou que dificultam o

    envolvimento de todas as pessoas com uma condio de sade

    em todas as reas de vida.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    Caixa 5

    Componente dos

    FactoresPessoais

    Conceito de NEE

    Esta componente est dividida em 5 captulos com a seguinte

    denominao:

    Captulo 1 Produtos e tecnologia

    Cap tu lo 2 Ambiente natural e mudanas ambientais feitas pelo homem

    Cap tu lo 3 Apoio e relacionamentos

    Cap tu lo 4 Atitudes

    Cap tu lo 5 Servios, sistemas e polticas

    Componente: Factores Pessoais

    Os Factores Pessoais so o histrico particular da vida e do estilo

    de vida de um indivduo e englobam as caractersticas do

    indivduo que no so parte de uma condio de sade ou de uma

    condio relacionada com a sade. Esses factores podem incluir o

    sexo, idade, outros estados de sade, condio fsica, estilo de

    vida, hbitos, educao recebida, diferentes maneiras de enfrentar

    problemas, antecedentes sociais, nvel de instruo, profisso,

    experincia passada e presente, padro geral de comportamento,

    carcter, caractersticas psicolgicas individuais e outras

    caractersticas, todas ou algumas das quais podem desempenhar

    um papel na incapacidade em qualquer nvel. Os factores

    pessoais no so classificados na CIF embora os utilizadores os

    possam incorporar nas suas aplicaes da classificao.

    1. 2 Aplicao da CIF na rea das NEE

    1.2.1 Conceito de NEE

    A aplicao da CIF no processo de avaliao das NEE decorre do

    facto deste conceito, no contexto actual da Educao Especial,

    dever ser entendido numa perspectiva dinmica, interactiva e

    multidimensional, compatvel com os princpios e estruturas

    veiculado por este sistema de classificao.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    O conceito de NEE foi introduzido pelo Warnock Report, em 1978,

    no Reino Unido, na sequncia dos movimentos de integrao que

    se faziam sentir, um pouco por toda a Europa os quais vieram pr

    em causa, para efeitos da interveno educativa, os sistemas de

    categorizao das deficincias, colocando antes a tnica na

    avaliao das caractersticas individuais dos alunos e

    responsabilizando-se a escola regular pela activao de medidas

    e recursos educativos especializados adequados a cada situao

    especfica. Neste contexto, o conceito de NEE abarca todos os

    alunos que exigem recursos ou adaptaes especiais no processo

    de ensino/aprendizagem, no comuns maioria dos alunos da

    mesma idade, por apresentarem dificuldades ou incapacidades

    que se reflectem numa ou mais reas de aprendizagem (Bairro,

    1998).

    Este conceito foi adoptado no nosso pas no final da dcada de 80

    tendo, da dcada de 90, a publicao do Decreto-Lei 319/91, de

    23 de Agosto, constitudo um marco decisivo na garantia do direito

    de frequncia das escolas regulares de muitos alunos que, at

    ento, estavam a ser educados em ambientes segregados.

    No entanto, e no obstante o carcter inovador e bem

    intencionado deste conceito, verifica-se que o mesmo ao abarcar

    um grupo muito heterogneo de alunos, cujas dificuldades ou

    incapacidades podem ir de grau ligeiro a severo e cujas

    necessidades educativas podem ter um carcter mais ou menos

    prolongado, acaba por estar ainda muito centrado nos problemas

    dos alunos, no tendo em considerao muitos dos factores que

    lhe so extrnsecos e que podem constituir a causa primeira

    dessas dificuldades. Referimo-nos concretamente a problemas

    relacionados com todo o processo de escolarizao, sendo que

    muitos dos alunos considerados com NEE podero necessitar,

    acima de tudo, de um ensino de qualidade, pautado pelos

    princpios da flexibilizao, adequao e estratgias de

    diferenciao pedaggica e no necessariamente de medidas de

    educao especial.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    Definio de NEEde carcterprolongado

    neste contexto que, na sequncia da publicao dos Decretos-

    Lei n 6 e n7 de 2001, relativos aos novos modelos de gesto

    curricular, respectivamente, nos ensinos bsico e secundrio, os

    quais circunscrevem a modalidade de Educao Especial aos

    alunos com NEE de carcter prolongado, a DGIDC avana com a

    seguinte definio deste conceito, numa perspectiva mais prxima

    dos actuais modelos de interveno nesta rea:

    Consideram-se alunos com necessidades educativas

    especiais de carcter prolongado aqueles que experienciam

    graves dificuldades no processo de aprendizagem e

    participao no contextos escolar, familiar e comunitrio,

    decorrentes da interaco entre factores ambientais (fsicos,sociais e atitudinais) e limitaes de grau acentuado ao nvel

    do seu funcionamento num ou mais dos seguintes domnios:

    sensorial (viso e audio); motor; cognitivo; comunicao,

    linguagem e fala; emocional e personalidade.

    Esta definio insere-se j num modelo dinmico de interaco

    pessoa/ambiente, segundo o qual o grau de envolvimento e nvel

    de desempenho nas actividades de cada indivduo resulta dasinteraces e influncias mtuas que constantemente se

    estabelecem entre o meio e a pessoa sendo necessrio, por isso,

    estar atento s diferentes dimenses em anlise.

    Uma avaliao deste tipo remete-nos directamente para as

    questes relacionadas com a avaliao das NEE, numa

    perspectiva que contemple simultaneamente variveis de

    diferentes naturezas e que tenha em considerao os resultados

    das interaces que entre elas se estabelecem.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    Caixa 6

    Recolha de

    informao

    diferenciada

    Tomada de deciso

    Anlise conjunta da informao

    medidas educativas

    especiais a adoptar

    EquipaPluridisciplinar

    e Famlia

    A CIF enquantoelementofacilitador doprocesso de

    avaliao dasNEE

    Fases deavaliao dasNEE

    A CIF, pelos seus objectivos, estrutura e modos de aplicao,

    surge como um elemento facilitador de todo o processo de

    avaliao das NEE, na medida em que vai permitir, por um lado,

    uma linguagem unificada e padronizada, bem como uma estrutura

    de trabalho comum para a descrio da sade e dos estados

    relacionados com a sade e, por outro, vai contemplar uma srie

    de componentes (funes e estrutura do corpo, actividade e

    participao e factores contextuais) que abarcam, numa

    perspectiva dinmica, todas as dimenses relacionadas com as

    NEE.

    1.2.2 Modos de operacionlizao da CIF no processo de

    avaliao das NEE

    A avaliao das NEE, como qualquer processo de avaliao,

    envolve trs fases distintas que entre si se complementam de

    modo a formar um todo coerente, tal como podemos observar na

    figura.

    Fases do processo de avaliao das NEE

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    Constituio dasequipaspluridisciplinaresresponsveis pelaavaliao dasNEE

    Neste contexto, a primeira questo que se coloca, a de se saber

    se estamos perante uma situao que exija uma avaliao

    especializada efectuada por tcnicos de diferentes formaes parase aferir da necessidade de aplicao da modalidade de

    Educao Especial ou se, pelo contrrio, estamos perante uma

    situao que no vai exigir essa avaliao. Para o efeito ser

    necessrio que, previamente, os elementos dos rgos de gesto

    e coordenao do agrupamento, em articulao com os

    respectivos elementos dos servios especializados de apoio

    educativo, analisem toda a informao j existente sobre o aluno e

    decidam sobre o percurso a seguir.

    Caso se justifique uma avaliao especializada, tero que ser

    activados os mecanismos necessrios para a constituio da

    equipa pluridisciplinar responsvel pela mesma, devendo-se,

    neste caso, trabalhar numa ptica de rentabilizao de recursos,

    uma vez que, como sabemos, no existem nos agrupamentos,

    equipas constitudas, partida, para esse efeito.

    Deste modo, as equipas devero ser constitudas a partir das

    necessidades especficas de cada criana/jovem que vai ser

    avaliada, recorrendo-se quer aos profissionais que j interagem

    com os mesmos, quer a outros profissionais que exercem a sua

    interveno na escola ou noutros servios da comunidade e se

    encontram disponveis para esse efeito, nomeadamente, docentes

    de ensino regular, profissionais dos servios especializados de

    apoio educativo (docentes de educao especial, psiclogos e

    tcnicos de servio social), profissionais dos projectos de parceria

    estabelecidos ao abrigo das Portarias 1102/97 e 1103/97,

    profissionais das equipas de sade escolar, etc.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    Planificao doprocesso derecolha deinformao

    O que avaliar

    Quem avalia

    1 Fase Recolha de informao

    Uma vez constituda a equipa, a qual dever integrar igualmente

    elementos da famlia da criana/jovem, h que planificar

    conjuntamente toda a fase de recolha de informao diferenciada,

    de modo a no se perder tempo com recolha de informao

    sobreposta ou perder informao que pode vir a ser considerada

    pertinente. Nesta fase ser necessrio analisar, primeiramente,

    toda a informao que j existe sobre o aluno para,

    posteriormente, se poder decidir sobre as seguintes questes: o

    que avaliar; quem avalia ecomo se avalia.

    Relativamente questo sobre o que se pretende avaliar, e uma

    vez que se tem por referncia a CIF, torna-se evidente que essa

    mesma avaliao ir recair na identificao do perfil de

    funcionalidade do aluno relativamente s funes e estrutura do

    corpoe actividade e participaoe nos factores ambientaisque

    podero funcionar como barreiras ou facilitadores dessa mesma

    funcionalidade. Para o efeito, ter-se-o que seleccionar,

    previamente, as categorias que, em cada componente, iro ser

    objecto de classificao, tendo por referncia as categorias

    constantes na checklist e a condio especfica de cada

    criana/jovem. Importa aqui realar o facto de j poder existir

    informao suficiente para a classificao de algumas categorias,

    pelo que se ter que ter o cuidado de seleccionar, nesta fase,

    apenas as categorias para as quais vai ser necessrio ou nova ou

    mais informao, assinalando-se as restantes categorias para a

    fase de anlise conjunta da informao.

    No que diz respeito questo de quem avalia, ser importante

    ficar definido partida qual a informao (e para que efeito) que

    cada um ir recolher, de modo a melhor se orientar todo o

    processo de recolha de informao e se impedir o confronto com

    informao sobreposta.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    Como se avalia

    Descrio doperfil defuncionalidade doaluno

    Quanto ao modo de avaliar, dever-se- salvaguardar sempre o

    modo especfico como cada profissional exerce as suas funes,

    no obstante se poder partilhar, em equipa, as fontes e os

    instrumentos de avaliao que vo ser utilizados no processo de

    recolha da informao pela qual, cada um, ficou responsvel.

    Para efeitos da planificao do processo de recolha de informao

    foi efectuado um documento de trabalho (ver anexo1) intitulado

    Roteiro de Avaliao que contempla a descrio da situao

    actual do aluno, bem como, a identificao dos elementos da

    equipa pluridisciplinar que ir proceder avaliao e, ainda, a

    seleco das categorias relativas a cada componente da CIF que

    iro ser objecto de classificao e aspectos relativos ao modo

    como cada elemento da equipa pluridisciplinar ir proceder

    recolha da informao necessria a essa mesma classificao.

    2 Fase Anlise conjunta da informao

    Uma vez na posse da informao que j existia sobre o aluno e

    daquela que foi recolhida por diferentes tcnicos, ser necessrio

    proceder-se anlise conjunta da mesma de modo a se poder

    definir o perfil de funcionalidade do aluno o qual composto por

    duas componentes que entre si se complementam: uma de

    carcter mais descritivo e que nos d o perfil intraindividual do

    aluno e outra, de carcter mais normativo, que permite determinar

    o seu perfil interindividual.

    A descrio do perfil intraindividual do aluno determinante em

    termos da planificao da interveno educativa uma vez que

    permite sintetizar a informao mais relevante, relativa a cada um

    dos componentes, permitindo-nos determinar com alguma

    exactido, o que o aluno j sabe e capaz de fazer em

    determinadas condies, e o que poderemos fazer para o levar a

    alcanar nveis superiores de desempenho.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

    _______________________________________________________________________________ 18

    A elaborao desta sntese descritiva constitui um momento

    privilegiado para a partilha de informao diferenciada, recolhida

    por diferentes tcnicos, dando-se assim a oportunidade para a

    abertura de canais de comunicao imprescindveis para umtrabalho de equipa de natureza transdisciplinar.

    O perfil interindividual do aluno, por seu lado, permite calcular a

    discrepncia existente entre o nvel de desempenho actual de um

    aluno com determinadas problemticas e o desempenho esperado

    para os seus pares da mesma faixa etria e sem essas

    problemticas, bem como a natureza e dimenso das barreiras

    que se colocam sua aprendizagem e participao, parapodermos inferir sobre as possibilidades de minimizar os efeitos

    das mesmas em funo das potencialidades do aluno e das

    caractersticas da interveno. esta componente do perfil do

    aluno que se prende directamente com o preenchimento da

    checklistcomposta pelas categorias previamente seleccionadas e

    que constituem, cada uma delas, objecto de classificao.

    O preenchimento da checklistficar facilitada se efectuarmos uma

    anlise de contedo da sntese descritiva acima referenciada,

    partindo-se dos indicadores encontrados e dos nossos referentes

    para a atribuio dos respectivos qualificadores.

    Esses referentes tero por base, consoante as categorias a

    classificar, as etapas de desenvolvimento em diferentes reas, os

    objectivos curriculares de cada ano e ciclo de escolaridade ou,

    ainda, as condies ambientais consideradas mais adequadaspara uma efectiva melhoria da funcionalidade presente do

    indivduo.

    Verificamos assim que, numa perspectiva partilhada, estas duas

    componentes do perfil do aluno vo permitir a toda a equipa estar

    mais apta para a fase de tomada de decises, quer para efeitos da

    planificao da interveno educativa, quer para efeitos da

    tipificao das NEE.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

    _______________________________________________________________________________ 19

    Planificao daintervenoeducativa

    Diferentesconcepes de

    currculo

    3 Fase Tomada de Decises

    A tomada de decises para efeitos da planificao da interveno

    educativa, dever igualmente ser uma deciso tomadaconjuntamente tendo por base o perfil de funcionalidade do aluno

    efectuado a partir dos pressupostos acima referenciados,

    devendo, numa perspectiva inclusiva, constituir o currculo do

    regime educativo comum o marco regulador de todas as

    modificaes a introduzir no processo de ensino e de

    aprendizagem, atravs da aplicao das medidas de educao

    especial consideradas mais adequadas.

    Para efeitos do registo dos dados de avaliao foi efectuado um

    documento de trabalho (ver anexo2) que contempla o registo da

    sntese descritiva e da checlist para cada componente da CIF,

    bem como, as tomadas de deciso relativamente as medidas do

    regime educativo especial a aplicar para cada situao.

    2. Organizao da Interveno Educativa

    2.1 Conceito de currculo

    O conceito de currculo tem tido ao longo dos tempos diversas

    concepes, umas mais restritas e outras mais abrangentes,

    sugerindo-nos perspectivas e abordagens diferenciadas.

    Ribeiro (1999:13) apresenta a seguinte definio de currculo

    modo de transmitir de gerao em gerao o conjunto acumulado

    do saber humano, sistematicamente organizado e

    tradicionalmente consagrado em matrias ou disciplinas

    fundamentais. Zabalza (2001:12) define currculo como o

    conjunto de pressupostos de partida, das metas que se deseja

    alcanar e dos passos que se do para as alcanar: o conjunto

    de conhecimentos, habilidades, atitudes, etc. que so

    considerados importantes para serem trabalhados na escola ano

    aps ano .

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    Para Roldo (2001) currculo na escola entendido como o

    conjunto de aprendizagens sociais, funcionais, lingusticas, ticas

    que se vo alterando ao longo do tempo, de acordo com as

    mudanas de situao, de interesses e de necessidades.

    Os diferentes conceitos de currculo exprimem, a histria poltica e

    social de um povo, fornecendo informaes acerca da evoluo da

    sociedade. Daqui se pode depreender que o conceito de currculo

    tenha sofrido alteraes ao longo do tempo, susceptvel a vrios

    factores, sendo uma construo social, no sentido em que se

    reflecte nas aprendizagens que se consideram importantes para

    um grupo numa determinada poca.

    De natureza polissmica, o currculo um conceito que admite

    mltiplas interpretaes, relacionando-se sempre com o conjunto

    de aprendizagens consideradas necessrias num determinado

    contexto e tempo e organizao adoptada para as desenvolver

    ou concretizar.

    Num sentido mais restrito o currculo pode ser entendido como

    programa (enquanto listagem de contedos ou de matrias), ou

    como plano de estudos (englobando os diferentes programas de

    um curso ou ciclo de estudos ou at do sistema global de ensino).

    Este compreende os objectivos a atingir, reporta-se a

    necessidades educativas e engloba actividades, mtodos e meios

    de ensino - aprendizagem, no deixando de fora sequer os

    prprios processos de avaliao dos alunos.

    Em Portugal, o currculo enquanto campo de estudo emergiu

    recentemente, embora tenha adquirido uma importncia crescente

    na educao.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    Durante muito tempo o modelo de currculo que prevaleceu

    pressupunha uma concepo mais restrita, sendo conotado com

    programa. Este era concebido, a nvel central, era aplicado pelos

    professores, independentemente, dos contextos onde as prticasse desenvolviam. Este tipo de currculo, foi posto em causa, pois

    mostrava um desfasamento entre os objectivos planeados e

    aqueles que eram, verdadeiramente, atingidos. A massificao do

    ensino, devido escolaridade obrigatria, evidenciou a

    individualidade do ensino, mostrando que no era possvel,

    ensinar todos os alunos da mesma maneira, devendo diferenciar

    os processos de ensino/aprendizagem.

    Assim, foram-se tomando medidas no sentido da abertura do

    currculo, devendo este ser entendido como um projecto integrado

    construdo tendo por base a reflexo, a investigao e a

    colaborao, que engloba as experincias do aluno planificadas e

    conduzidas pela escola, o resultado da sua implementao, sendo

    estes processos imprescindveis para tornar as aprendizagens

    mais integradas, significativas e relevantes, face diversidade dos

    alunos que caracteriza a escola actual.

    Nesta perspectiva Ribeiro (1990:17), define o currculo como o

    conjunto de experincias de aprendizagem planeadas bem como

    de resultados de aprendizagem previamente definidos,

    formulando-se umas e outras mediante a reconstruo sistemtica

    de experincia e conhecimentos humanos, sob os auspcios da

    escola e em ordem ao desenvolvimento permanente do educando

    nas suas competncias pessoais e sociais.

    Nesta concepo de currculo esto integradas quer o que se

    pode planear, quer as vivncias, num processo dinmico, com

    vista ao desenvolvimento integral do aluno.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    Organizao darespostaeducativa aalunos com NEEde carcterprolongado numaperspectivainclusiva

    O trabalho desenvolvido pelos docentes, a nvel de escola e em

    articulao com a comunidade em que se insere, fundamental no

    processo de desenvolvimento curricular, tornando-se, assim, claro o

    papel central que o professor assume na gesto e na construo

    das aprendizagens pretendidas para todos os alunos.

    2.2 A organizao da resposta educativa para alunoscom NEE de carcter prolongado: consideraesgerais

    A organizao da resposta educativa para alunos com NEE de

    carcter prolongado deve ser encarada no mbito de uma gesto

    curricular flexvel que permita uma progressiva adequao do

    currculo nacional ao contexto de cada escola, de cada turma e de

    cada aluno em particular, devendo ter sempre por base os dados

    obtidos atravs de uma avaliao abrangente, compreensiva e

    fundamentada dessas mesmas NEE, tal como foi referido no ponto

    1 deste captulo.

    Uma avaliao deste tipo permitir-nos- assim avanar para uma

    planificao da interveno educativa numa perspectiva cada vez

    mais inclusiva na medida em que, ao no se centrar

    exclusivamente nos problemas dos alunos e ao permitir pr em

    causa uma srie de factores de natureza contextual, facilitar uma

    eventual reestruturao dos mesmos com base num ensino

    pautado pelos princpios da diferenciao, adequao e

    flexibilizaoos quais vo ao encontro de um ensino de qualidade

    para todos os alunos.

    Tais princpios tero que ser operacionalizados atravs deestratgias de diferenciao pedaggica as quais se traduzem,

    grosso modo, pela regulao individualizada dos processos e

    itinerrios de aprendizagem o que passa pela seleco apropriada

    de mtodos de ensino adequados s estratgias de aprendizagem

    de cada aluno em situao de grupo, o que vai exigir de cada

    professor a capacidade de pr em prtica uma grande diversidade

    de actividades, mtodos e estratgias que contemplem desde o

    grande grupo ao aluno individual e que requerem diferentes formasde organizao do espao, do tempo e dos materiais.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

    _______________________________________________________________________________ 23

    Objectivos

    Contedos

    Estruturao do tempo

    Momentos formas e critrios de

    avaliao

    4

    Recursos educativos

    Estratgias e actividades

    Menor afastamento do

    currculo comum

    Maior afastamento do

    currculo comum

    Organizao e disposio do

    espao

    1

    Relao com o

    currculo comum

    Elementos Curricularesvel

    Caixa 6

    Adaptaescurriculares paraalunos com NEE

    de carcterprolongado

    No caso dos alunos identificados com NEE de carcter

    prolongado, as modificaes a introduzir nos respectivos

    processos de ensino/aprendizagem ir-se-o inserir, por um lado,

    no mbito das estratgias de diferenciao pedaggica acimareferenciadas e, por outro, na introduo de medidas do regime

    educativo especial as quais implicam, necessariamente,

    modificaes mais profundas no currculo comum.

    Para o efeito tero que se ter em considerao os componentes

    essenciais do currculo passveis de serem sujeitos a

    modificaes, devendo estas partir sempre de um menor para um

    maior afastamento do currculo comum, ou seja, de adequaesligeiras ao nvel da organizao e disposio do espao, at

    adequaes mais profundas ao nvel dos objectivos e contedos,

    passando por adequaes ao nvel das estratgias e das

    actividades a desenvolver, dos recursos educativos a afectar, dos

    momentos, formas e critrios de avaliao a utilizar e a

    estruturao do tempo dedicado s aprendizagens, conforme se

    pode observar na figura seguinte:

    Nveis de adaptao curricular

    (Madureira, Isabel e Leite, Teresa, 2003, p.107)

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

    _______________________________________________________________________________ 24

    Aspectos aconsiderar naaplicao damodalidade deEducaoEspecial

    Adaptaescurriculares aonvel dos

    objectivos econtedos

    A elaborao deste tipo de adequaes vai exigir aos

    responsveis pelas mesmas, o conhecimento profundo da

    estrutura e dos contedos do Currculo Nacional, ou seja, das

    competncias, gerais e especficas, que se espera que todos os

    alunos desenvolvam ao longo dos vrios anos e ciclos de

    escolaridade, de modo a melhor se poder efectuar, por um lado, o

    clculo da discrepncia existente entre o desempenho actual dos

    alunos para os quais se vo efectuar as referidas adequaes

    curriculares e o que seria esperado tendo em considerao a faixa

    etria dos mesmos e, por outro, o tipo e o nvel de adequaes a

    efectuar.

    A aplicao da modalidade de Educao Especial passa assim ater que ser equacionada com base num processo srio e rigoroso

    de recolha e anlise de informao diferenciada passvel de se

    determinar com exactido os seguintes aspectos: (i) dificuldades

    acentuadas do aluno em aceder ao estabelecido no projecto

    curricular de turma; (ii) necessidade de interveno de

    profissionais especializados, nomeadamente, docentes de

    educao especial; (iii) necessidade de aprendizagem de tcnicas

    ou contedos curriculares especficos (ex: Braille; lngua gestual

    portuguesa; competncias scio-cognitivas); (iv) necessidade de

    alteraes das condies de frequncia e de avaliao; (v)

    necessidade de reduo do nmero de alunos na turma.

    As adaptaes ao nvel dos objectivos e contedos so, de facto,

    aquelas que vo exigir alteraes mais profundas no currculo

    comum podendo as mesmas traduzir-se na substituio,

    eliminao e/ou introduo dos referidos objectivos e contedos

    pelo que, por vezes, se torna necessrio recorrer a outro tipo de

    currculos para estruturar a resposta educativa ao aluno. Nestas

    circunstncias, o currculo regular deixa de constituir a nica e/ou

    principal referncia no mbito da seleco dos objectivos e

    contedos mais adequados aos alunos, tornando-se necessrio

    ter em considerao as diferentes perspectivas curriculares com

    as quais, a este nvel, nos podemos confrontar.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

    _______________________________________________________________________________ 25

    Currculos demodelodesenvolvimenta-lista

    Currculos demodelo funcional

    No nosso pas, tem sido sobretudo ao nvel da organizao da

    resposta educativa para crianas e jovens com limitaes

    intelectuais acentuadas que mais se tem investido relativamente

    elaborao de currculos especficos/especiais, estando estes

    geralmente enquadrados num dos seguintes modelos: o modelo

    curricular desenvolvimentalista e o modelo curricular funcional.

    Os currculos de modelo desenvolvimentalista tm por base a

    teoria dos estdios desenvolvendo-se o currculo da base para o

    topo, acompanhando-se os pequenos passos que constituem a

    evoluo do desenvolvimento humano1. Deste modo considera-se

    que a ordem lgica que dever presidir elaborao do contedo

    curricular dos alunos a do desenvolvimento normal, constituindo

    muitas das aquisies efectuadas ao longo do processo evolutivo

    infantil, os pr-requisitos de outras que se lhe seguem, no

    devendo haver alterao nessa ordem.

    De um modo geral, os currculos desta natureza encontram-se

    subdivididos pelas diferentes reas de desenvolvimento

    (desenvolvimento perceptivo, motor, cognitivo, das relaes

    interpessoais, da comunicao e da autonomia pessoal, entre

    outros), sendo cada rea, por sua vez, subdividida em objectivos

    gerais e especficos, bem como pelas actividades em relao s

    quais se determinam as competncias exigidas para as realizar.

    Os currculos de modelo funcional, por seu turno, baseiam-se

    essencialmente na anlise dos ambientes de vida da criana e do

    jovem com deficincia e das competncias necessrias ao seu

    funcionamento o mais autnomo e eficiente possvel nesses

    mesmos ambientes.

    _____________1Brown, 1979; cit in: Bnard da Costa et al., 1996

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

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    Papel do docentede educaoespecial naorganizao darespostaeducativa aalunos com NEEde carcter

    prolongado

    Tratam-se de currculos estruturados do topo para a base

    podendo ser definidos como currculos que tm como objectivo

    facilitar o desenvolvimento das competncias essenciais

    participao numa variedade de ambientes integrados1. As reas

    em que os currculos de modelo funcional se subdividem

    prendem-se com os ambientes onde decorre a vida de todos os

    indivduos, nomeadamente, e de acordo com Brown2, as reas da

    Casa, da Comunidade, da Escola, da Recreao e do Lazer e do

    Trabalho.

    Aps se delinear e inventariar os ambientes e sub-ambientes em

    que os alunos funcionam ou podem vir a funcionar no futuro,

    torna-se necessrio seleccionar as actividades de aprendizagem

    que melhor podero proporcionar o desenvolvimento de

    competncias funcionais. Na seleco dessas actividades, e de

    acordo com Brown3 deveremos ter por base, entre outros, aos

    seguintes critrios: funcionalidade; adequao idade

    cronolgica; aumento do nmero de ambientes e do contacto

    social; possibilidade de prtica; utilidade na vida adulta e

    correspondncia s expectativas dos pais e interesses do aluno.

    Em todo o processo de adequao do Currculo Nacional s

    necessidades educativas especiais evidenciadas pelos alunos, e

    sobretudo no que se refere s adequaes de carcter mais

    profundo, o papel do docente de educao especial assume uma

    particular importncia uma vez que este tem como principal

    funo, no mbito do agrupamento de escolas a que pertence,

    participar na organizao, gesto e implementao de recursos emedidas diferenciadas a introduzir no processo de ensino e de

    aprendizagem de crianas e jovens com NEE de carcter

    prolongado.

    ____________________

    1Falvey, 1989; cit in: Costa et al., 1996; 2Brown 1979, cit in: Costa et al., 1996; 3Brown

    1986

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

    _______________________________________________________________________________ 27

    A sua aco dever assim ser encarada numa perspectiva

    transversal, abarcando os vrios nveis de educao e ensino,

    integradora das aprendizagens e conhecimentos dos alunos nos

    diferentes contextos educativos.

    Neste sentido, encontrar-se- numa posio privilegiada para, em

    funo da especificidade de cada situao, participar activamente

    no processo de identificao e implementao de respostas

    educativas diferenciadas em contextos integrados e promissores

    de uma efectiva aprendizagem e participao de todos os alunos.

    Para o efeito dever-se- ter por base toda uma srie depossibilidades deixadas em aberto por uma interveno flexvel

    que contemple, entre outros, os seguintes aspectos: (i) eficaz

    gesto e optimizao dos recursos existentes na escola e na

    comunidade envolvente; (ii) implementao de um trabalho

    cooperativo entre os diferentes intervenientes no processo

    educativo dos alunos; (iii) alargamento da interveno directa a

    uma grande diversidade de contextos educativos, nomeadamente,

    salas de aula, salas de apoio, unidades especializadas, domicliose outros espaos da comunidade.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

    _______________________________________________________________________________ 28

    Referncias Bibliogrficas:

    Bnard da Costa, A.M.; Leito, F.R.; Santos, J.; Pinto, J.V.; Fino, M.N. (1996).Currculos Funcionais.Lisboa: Instituto de Inovao Educacional.

    Brown, L. et al (1986). IThe Why Question in Instructional Programs forPeople who are Severely Intellectually Disable. In: Bredidian e S. Calculator(Eds) Communication Asessment and Intervention for Adults with MentalRetardation, 139-153. San Diego: College Hill Press.

    Madureira, I.; Leite, T (2003). Necessidades Especiais de Educao. Lisboa:Universidade Aberta.

    OMS (2001). Classificao Internacional da Funcionalidade, Incapacidade eSade (CIF) . Lisboa: Direco Geral de Sade.

    Ribeiro, A . C. (1999). Desenvolvimento Curricular. Lisboa: Texto Editores.

    Roldo, M. C. (1999). Gesto Curricular: Fundamentos e Prticas. Lisboa:Ministrio da Educao.

    Zabalza, M. (2001). Planificao e Desenvolvimento Curricular na Escola. Porto:Edies Asa.

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

    _______________________________________________________________________________ 29

    Anexo 1

    Roteiro de Avaliao

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

    _______________________________________________________________________________ 30

    PLANIFICAO DO PROCESSO DE AVALIAO(recolha de informao por referncia CIF)

    DADOS DE IDENTIFIC A O DO ALUNO

    N o m e :_____________________________________________________

    Data de Nascimento:_____ / ____ / ____Ano de Escolaridade:_____ J.I. / Escola:________________________

    DESCRIO DA SITUAO DO ALUNO

    ROTEIRO DE AVALIAO

    Documento de Trabalho

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

    _______________________________________________________________________________ 31

    EQUIPA PLURIDISCIPLINAR

    NomeFuno/servio a que

    pertence

    OQUE AVALIAR ?

    Funcio nalidade e Incapacidade

    Categorias

    Captu lo sCd ig o Des c rio

    Dadosj

    existentes

    Informao

    arecolher

    Com

    ponente:Funesdocorpo

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

    _______________________________________________________________________________ 32

    OQUE AVALIAR ?

    Funcio nalidade e Incapacidade

    Categorias

    Captu lo sCdigo

    Descrio

    Dadosj

    existentes

    Informao

    arecolher

    Componente:Actividadeeparticipao

    ROTEIRO DE AVALIAO

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

    _______________________________________________________________________________ 33

    OQUE AVALIAR ?

    Factores Contextuais

    Categorias

    Captu lo sCd ig o Des cr io

    Dadosj

    existentes

    Informao

    arecolher

    Componente:Factoresambientais

    ROTEIRO DE AVALIAO

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

    _______________________________________________________________________________ 34

    Outrosfactorescontextuaisrelevantes,incluindofactorespessoais

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    Avaliao e interveno na rea das NEE

    _______________________________________________________________________________

    CO M O A V A LI A R ?

    Componentes

    Categorias Fonte de informao Inst rumentos a usa

    Funesdo

    Corpo

    Actividade

    Participa

    o

    Factores

    A

    mbientais

    ROTEIRO DE AVALIAOResponsvel pela recolha da informao:

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    Documento de trabalho

    _______________________________________________________________________________ 36

    Anexo 2

    Resultados da Avaliao

  • 7/21/2019 avaliaao NEE

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    Documento de trabalho

    _______________________________________________________________________________ 37

    Avaliao das Necessidades Educativas Especiais

    Resultados da avaliao

    Nome:___________________ Idade:____ Ano de escolaridade:___________

    PERFIL DE FUNCIONALIDADE

    1. Sntese Descritiva

    Funes do Corpo

    Actividade e Participao

    Factores Ambientais

    Factores Pessoais

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    Documento de trabalho

    _______________________________________________________________________________ 38

    2. Checklist

    Funes do Corpo

    Nota:Assinale com uma cruz (X), frente de cada categoria, o valor que considera mais adequado situao de acordo com os seguintes qualificadores:

    0- Nenhuma deficincia; 1- Deficincia ligeira; 2- Deficincia moderada 3- Deficincia grave; 4-Deficincia completa;8-Noespecificada1; 9- No aplicvel2

    Qualificadores 0 1 2 3 4 8 9

    Captulo 1 Funes Mentais(Funes Mentais Globais)

    b110 Funes da conscinciab114 Funes da orientao no espao e no tempob117 Funes intelectuaisb122 Funes psicossociais globaisb126 Funes do temperamento e da personalidadeb134 Funes do sono

    (Funes Mentais Especficas)

    b140 Funes da atenob144 Funes da memriab147 Funes psicomotorasb152 Funes emocionaisb156 Funes da percepob164 Funes cognitivas de nvel superiorb167 Funes mentais da linguagemb172 Funes do clculoCaptulo 2 Funes sensoriais e dorb210 Funes da visob215 Funes dos anexos do olhob230 Funes auditivasb235 Funes vestibulares

    b250 Funo gustativab255 Funo olfactivab260 Funo proprioceptivab265 Funo tctilb280 Sensao de dorCaptulo 3 Funes da voz e da falab310 Funes da vozb320 Funes de articulaob330 Funes da fluncia e do ritmo da fala

    Captulos 4 - Funes do aparelho cardiovascular, dos sistemas hematolgico e imunolgicoe do aparelho respiratriob410 Funes cardacasb420 Funes da presso arterial

    b429 Funes cardiovasculares, no especificadasb430 Funes do sistema hematolgicob435 Funes do sistema imunolgicob440 Funes da respirao

    1Este qualificador deve ser utilizado sempre que no houver informao suficiente para especificar a

    gravidade da deficincia.2Este qualificador deve ser utilizado nas situaes em que seja inadequado aplicar um cdigo

    especfico.

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    Qualificadores 0 1 2 3 4 8 9Captulo 5 Funes do aparelho digestivo e dos sistemas metablicos e endcrinob515 Funes digestivasb525 Funes de defecob530 Funes de manuteno do pesob555 Funes das glndulas endcrinas

    Captulo 6 Funes genitourinrias e reprodutivasb620 Funes miccionaisCaptulo 7 Funes neuromusculoesquelticas e funes relacionadas com o movimentob710 Funes relacionadas com a mobilidade das articulaesb715 Estabilidade das funes das articulaesb730 Funes relacionadas com a fora muscularb735 Funes relacionadas com o tnus muscularb740 Funes relacionadas com a resistncia muscularb750 Funes relacionadas com reflexos motoresb755 Funes relacionadas com reaces motoras involuntriasb760 Funes relacionadas com o controle do mov. voluntriob765 Funes relacionadas com o controle do mov. Involuntriob770 Funes relacionadas com o padro de marchab780 Funes relacionadas c/ os msculos e funes do mov.

    Outras funes corporais a considerar

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    Ac tiv id ade e Par tic ip ao

    Nota:Assinale com uma cruz (X), frente de cada categoria, o valor que considera mais adequado situao ao nvel do desempenho (o que o indivduo faz no ambiente de vida habitual, de acordo comos seguintes qualificadores:0- Nenhuma dificuldade; 1- Dificuldade ligeira; 2- Dificuldade moderada 3- Dificuldade grave; 4-

    Dificuldade completa;8-Noespecificada

    3

    ; 9- No aplicvel

    4

    Qualificadores 0 1 2 3 4 8 9

    Captulo 1 Aprendizagem e Aplicao de Conhecimentosd110 Observard115 Ouvird130 Imitard140 Aprender a lerd145 Aprender a escreverd150 Aprender a calculard155 Adquirir competnciasd160 Concentrar a atenod163 Pensard166 Lerd170 Escreverd172 Calculard175 Resolver problemasd177 Tomar decises

    Qualificadores 0 1 2 3 4 8 9

    Captulo 2 Tarefas e exigncias geraisd210 Levar a cabo uma tarefa nicad220 Levar a cabo tarefas mltiplasd230 Levar a cabo a rotina diria

    Captulo 3 Comunicaod310 Comunicar e receber mensagens oraisd315 Comunicar e receber mensagens no verbais

    d325 Comunicar e receber mensagens escritasd330 Falard335 Produzir mensagens no verbaisd340 Produzir mensagens na linguagem formal dos sinaisd345 Escrever mensagensd350 Conversaod355 Discussod360 Utilizao de dispositivos e de tcnicas de comunicao

    Captulo 4 Mobilidaded410 Mudar as posies bsicas do corpod415 Manter a posio do corpod420 Auto-transfernciasd430 Levantar e transportar objectos

    d435 Mover objectos com os membros inferioresd440 Actividades de motricidade fina da mod445 Utilizao da mo e do braod450 Andard455 Deslocar-seCaptulo 5 Auto-cuidadosd510 Lavar-sed520 Cuidar de partes do corpod530 Higiene pessoal relacionada com as excreesd540 Vestir-sed550 Comer

    3Este qualificador deve ser utilizado sempre que no houver informao suficiente para especificar a

    gravidade da dificuldade.4Este qualificador deve ser utilizado nas situaes em que seja inadequado aplicar um cdigo

    especfico.

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    d560 BeberCaptulo 6 Vida domsticad620 Adquirir bens e serviosd630 Preparar refeiesd640 Realizar o trabalho domsticod650 Cuidar dos objectos domsticos

    Captulo 7 Interaces e relacionamentos interpessoaisd710 Interaces interpessoais bsicasd720 Interaces interpessoais complexasd730 Relacionamento com estranhosd740Relacionamento formald750 Relacionamentos sociais informaisCaptulo 8 reas principais da vidad815 Educao infantild820 Educao escolard825 Formao profissionalCaptulo 9 - Vida comunitria, social e cvicad910 Vida comunitriad920 Recreao e lazerOutros aspectos da Actividade e Participao a considerar

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    Factores A mbienta is

    Nota: Podem ser tidas em considerao todas as categorias ou apenas aquelas que se consideremmais pertinentes em funo da condio especfica da criana/jovem. As diferentes categorias podemser consideradas enquanto barreiras ou facilitadores. Assinale, para cada categoria, com (.) se a est aconsiderar como barreira ou com o sinal (+) se a est a considerar como facilitador. Assinale com uma

    cruz (X), frente de cada categoria, o valor que considera mais adequado situao, de acordo comos seguintes qualificadores:0- Nenhum facilitador/barreira 1- Facilitador/barreira ligeiro; 2- Facilitador/barreira moderado 3-Facilitador/barreira grave; 4-Facilitador/barreiracompleto;8-Noespecificada; 9- No aplicvel

    Qual i f icadores Barreiraou

    facilitador

    0 1 2 3 4 8 9

    Captulo 1 Produtos e Tecnologiae110 Para consumo pessoal (alimentos, medicamentos)e115 Para uso pessoal na vida diriae120 Para facilitar a mobilidade e o transporte pessoale125 Para a comunicaoe130 Para a educao

    e135 Para o trabalhoe140 Para a cultura, a recreao e o desportoe150 Arquitectura, construo e acabamentos de prdiosde utilizao pblicae155 Arquitectura, construo e acabamentos de prdiospara uso privadoCaptulo 2 Ambiente Natural e Mudanas Ambientais feitas pelo Homeme225 Climae240 Luze250 SomCaptulo 3 Apoio e Relacionamentose310 Famlia prximae320 Amigos

    e325 Conhecidos, pares, colegas, vizinhos e membros dacomunidadee330 Pessoas em posio de autoridadee340 Prestadores de cuidados pessoais e assistentespessoaise360 Outros profissionaisCaptulo 4Atitudese410Atitudes individuais dos membros da famlia prximae420Atitudes individuais dos amigose425Atitudes individuais de conhecidos, pares, colegas emembros da comunidadee440 Atitudes individuais de prestadores de cuidadospessoais e assistentes pessoaise450Atitudes individuais de profissionais de sadee465 Normas, prticas e ideologias sociaisCaptulo 5 Servios, Sistemas e Polticase515 Relacionados com a arquitectura e a construoe540 Relacionados com os transportese570 Relacionados com a segurana sociale575 Relacionados com o apoio social gerale580 Relacionados com a sadee590 Relacionados com o trabalho e o empregoe595 Relacionados com o sistema polticoOutros factores ambientais a considerar

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    TOMADAS DE DECISO

    1. Necessidade de educao especial (assinale com uma cruz)

    a) No se confirma a necessidade de uma interveno especializada de educao especial

    b) Confirma-se a necessidade de uma interveno especializada de educao especial

    1.1 Se assinalou a opo b) identifique e fundamente a interveno especializada deeducao especial (medidas e recursos):

    1.2 Se assinalou a opo b) assinale com uma cruz a categoria de NEE, tendo emconsiderao a limitao mais acentuada ao nvel do seu funcionamento nosdiferentes domnios

    Tipificao das NEESensorial

    Audio

    Viso

    Audio

    eviso

    Motor

    Cognitivo

    Emocional

    Sade

    fsica

    Comunica-

    o,falae

    linguagem

    Cognitivo,

    Motore/

    Sensorial

    Data: _____ / _____ / ____

    Assinaturas dos intervenientes:

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