PROPEP 2013

AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DE POÇOS RESIDENCIAIS DA LOCALIDADE DE JARDIM ROSÁRIO/SARACURUNA

EM DUQUE DE CAXIAS-RJ

Aluno: ANDERSON MOLEDO VICENTE GUEDES Colaboradores: Orientador: FÁBIO HENRIQUE SILVA DOS SANTOS Curso / Instituição de Ensino Superior: ENGENHARIA QUÍMICA/UNIGRANRIO

Introdução

O Brasil possui grande disponibilidade de água [1], porém, esse potencial hídrico não se encontra igualmente distribuído pelo país. Além disso, mesmo em regiões onde há recursos hídricos prevalece a precariedade na distribuição e na gestão deste recurso. Como resultado dessa situação, os moradores da localidade de Jardim Rosário (Duque de Caxias–RJ) utilizam água proveniente de poços perfurados por contra própria e sem qualquer tratamento e/ou monitoramento da qualidade da água consumida.

Objetivos

O presente trabalho tem como foco, avaliar a qualidade da água de diferentes poços da região supracitada, a partir da comparação com padrões de uso e potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde [2].

Material e Métodos

As análises físico-químicas (alcalinidade, dureza, gás carbônico livre e pH) foram feitas com base no Manual de Análise da Água da FUNASA [3,4]. As análises microbiológicas (coliformes totais e coliformes termotolerantes) foram feitas com base no Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos e Água [5].

Resultados

As amostras foram retiradas de três poços residenciais situados na localidade de Jardim Rosário, sendo as amostras denominadas como: poço 1, poço 2 e poço 3. Tabela 1 - Resultados físico-químicos. Poço Alcalinidade (*1)Dureza (*2) pH CO2 (*3) 1 262,9 169,2 6,6 123 2 11,3 146,9 5,8 46,4 3 14,2 116 5,6 91,2 (*1)mg.L-1 de CaCO3, (*2)soma de cálcio e magnésio, (*3) mg.L-1 de CO2. Análises microbiológicas foram realizadas através do método de contagem de coliformes (totais e termoolerantes). Tabela 2 - Resultados microbiológicos.

Poço Colif. totais Colif. termotolerantes 1 >160 >160 2 >160 >160 3 160 >160

Conclusões

O gás carbônico livre presente em águas superficiais normalmente encontra-se em concentrações inferiores a 10 mg.L-1. Em águas subterrâneas, por sua vez, pode existir em maior concentração. O pH da água própria ao consumo, por sua vez, deve apresentar valores na faixa entre 6,0 e 9,0. Quanto a dureza, a literatura apresenta o valor máximo de 500 mg.L-1 para água potável. Quanto a presença de micro-organismos, em se tratando de água para consumo, não deve ser observada, embora algumas literaturas, menos rígidas, permitam valores inferiores a 500 unidades por mililitro como aceitáveis [3]. Conclui-se que todos os poços foram reprovados com relação à presença de CO2 livre, haja vista que em todos os poços observados o valor estabelecido foi ultrapassado. Quanto a dureza os resultados não ultrapassam os valores permitidos. Com relação ao pH os poços 2 e 3 estão próximas ao valor mínimo aceitável para o consumo e o poço 1 está dentro da faixa permitida. Observou-se ainda que a alcalinidade do poço 1 está muito alta, embora não haja um valor máximo ou mínimo estabelecido. Com relação aos coliformes, foi observada sua presença em todos os poços estudados neste trabalho, o que leva à conclusão que a água proveniente desses poços não são adequadas ao consumo.

Referências Bibliográficas

[1] OLIVEIRA, T. Distribuição desordenada de água pelo Brasil.

[2] Portaria nº518/2004 do Ministério da Saúde.

[3] Manual Prático de Análise de Água. 15 de agosto de 2013.

[4] SILVA, A. M. Análise microbiológica e química da água — UNIGRANRIO, 2011.

[5] Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos e Água.