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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Enfermagem Emília Gilio da Silva Neta Roberta Wevelyn de Oliveira Feitosa AVALIAÇÃO DOS FATORES QUE INFLUÊNCIAM A OCORRÊNCIA DO ESTRESSE OCUPACIONAL NOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM HOSPITAL PÚBLICO E PRIVADO LINS - SP 2010

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Enfermagem

Emília Gilio da Silva Neta

Roberta Wevelyn de Oliveira Feitosa

AVALIAÇÃO DOS FATORES QUE INFLUÊNCIAM A

OCORRÊNCIA DO ESTRESSE OCUPACIONAL

NOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO

SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM

HOSPITAL PÚBLICO E PRIVADO

LINS - SP

2010

EMILIA GILIO DA SILVA NETA

ROBERTA WEVELYN DE OLIVEIRA FEITOSA

AVALIAÇÃO DOS FATORES QUE INFLUÊNCIAM A OCORRÊNCIA DO

ESTRESSE OCUPACIONAL NOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO

SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM HOSPITAL PÚPLICO E

PRIVADO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Enfermagem, sob a orientação da Prof.ª Esp.Viviane Cristina Bastos Armede e orientação técnica da ProfªM. Sc Jovira Maria Sarraceni.

LINS - SP

2010

Silva Neta, Emilia Gilio ; Feitosa, Roberta Wevelyn de Oliveira

Avaliação dos fatores que influenciam a ocorrência de estresse ocupacional nos profissionais de enfermagem no Setor de Urgência e Emergência em um Hospital Público e Privado /Emília Gilio da Silva Neta; Roberta Wevelyn de Oliveira Feitosa. – Lins, 2010.

73p. il.31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Enfermagem, 2010.

Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Viviane Cristina Bastos Armede

1. Estresse. 2. Enfermagem. 3. Urgência e Emergência. I Título.

CDU 616-083

S579a

EMILIA GILIO DA SILVA NETA

ROBERTA WEVELYN DE OLIVEIRA FEITOSA

AVALIAÇÃO DOS FATORES QUE INFLUÊNCIAM A OCORRÊNCIA DE

ESTRESSE OCUPACIONAL NOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO

SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM HOSPOTAL PÚBLICO E

PRIVADO

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Aprovada em: _____/______/_____

Banca Examinadora:

Professora Orientadora: Viviane Cristina Bastos Armede.

Titulação: Especialista em Centro Cirúrgico e Central de Material

Assinatura:_________________________________

1º Prof. (a): ______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura:_________________________________

2º Prof. (a): ______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura:_________________________________

“A DEUS”

É o senhor quem coloca as pessoas certas, na hora certa, nos momentos idéias , quando pensamos que “não daria tempo” , ou então “não estou

conseguindo escrever”, o Senhor de tudo e de todas as coisas realiza providências para que aconteça o melhor, e nem sempre o tempo do

senhor é igual ao nosso tempo, porque afinal quem conduz nossas vidas e sabe o que é melhor pra nós é somente ele. E dedico tudo o que foi feito,

imaginado, superado, e todos os momentos de incertezas que foram dados luz ao nosso percurso, onde encontramos respostas e alcançamos o

resultado final da melhor maneira. Com AMOR e GRATIDÃO dedico esta obra a DEUS, autor e consumador da minha FÉ, porque dele e por meio dele e para ele são todas as coisas.

A ele a glória eternamente! “Santo Deus, senhor meu, zeloso guardador, se a ti me confiou a

conhecer-te, rege minha vida, me guarda e me ilumina” sempre, AMÉM! EMÍLIA

AOS MELHORES PAIS DO MUNDO

“MAURO E EDNA”

Impossível descrever a importância que os pais exercem na vida de um filho, mas tratando “destes” não consigo achar palavras que descrevam o

valor imensurável que têm pra mim! Se não fosse o AMOR, RESPEITO, HUMILDADE E DEDICAÇÃO, que me ensinaram o resultado de todo o

meu esforço teria tido outra história. Ensinaram-me ser perseverante nas minhas buscas e sonhos e acreditar que sou capaz de tudo! Eis que me

tornei a pessoa que mais acredita em mim mesma, e toda essa confiança veio do meu alicerce: Papai Mauro e Mamãe Edna.

Meu Pai: nunca vi, não vejo e espero ver um dia, papai tão Amigos e Amoroso, não teve um único instante que não estivesse por perto para

me aconselhar e dar-me uma palavra positiva que instantaneamente me enchia de animo e confiança! Você é meu SUPERPAI! TE AMO

incondicionalmente! Minha Mãe: somos tão iguais que às vezes sai ate faíscas, mas são apenas

faíscas de zelo, preocupação e amor! Principalmente Amor. A minha mamãe é meu espelho, dedicada e bravinha, brincalhona e séria quando

necessário a todos seus puxões de orelha me fizeram crescer e hoje reconheço como TODOS foram importantes para mim! Igualdades e

diferenças nos fazem ser acima de tudo Amigas! Você é minha SUPERMÃE!!!! Definitivamente TE AMO!

Hoje vendo todas as batalhas e conquistas, sinto um orgulho descomunal, e ainda mais do que vocês são e do privilégio que tive de ter sido filha de

vocês. Basta-me um simplório OBRIGADA. Tudo que sou tudo o que eu sei, tudo o que sinto, dedico e agradeço ás pessoas que mais amo na minha vida...

... Meu pai e minha mãe, Amo vocês! EMÍLIA

“AS PESSOAS QUE FAZEM PARTE DE MIM”

Acredito que para eu alcançar o meu sucesso foi necessário além do

alicerce, as bases, e minhas bases nessa árdua caminhada foi a Milena! Percebi que é impossível não ser grata e sentir-me abençoada em ter sempre comigo minha querida irmã. Ela que sempre apesar dos meus

“descontroles” de humor nunca deixou de me ajudar, o que teria sido de mim sem ela para esquentar meu papá, para dar risada da minhas

tontices, e mesmo com todos meus defeitos, nessa jornada que se cumpri ela fez parte integralmente de todos os meus momentos, e se fez única, a final ela faz parte de mim. Não consigo mais pensar em sinônimos que

descrevam gratidão e privilegio então um simplório OBRIGADO, e um EU TE AMO DO TAMANHO DO UNIVERSO MEU FIOTIM!

E claro não podia deixar de citar meu irmãozinho mais lindo... O PINGO, porque não agradecer também ao Pingo? Ele que também esteve

presente e se fez um grande companheiro, com aquela carinha linda e aqueles olhinhos verdes, não é apenas meu cachorrinho você é muito

mais que isso, é meu irmãozinho sim! E também TE ADORO! E como eu te adoro!

E enfim agradecer a pessoa que foi essência nesses quatro anos e na minha etapa final: Meu AMOR, meu amor sim, independente dos acasos

que aconteceram nunca deixou de ser, constantemente presente, me ajudando de todas as formas que alguém pode ajudar o outro, e não

apenas “ajudando”, mas o principal foi sempre fazer-me sentir a melhor pessoa do mundo, e em todos meu melhores e piores momentos a mais Amada. A vida é engraçada e prega muitas peças , porém por vontade Divina eis que aqui estamos novamente, e quero que saiba adoro sua

presença, amo seu jeito, e mesmo com nossas diferenças TE AMO de Mais! Anderson, ou Dall, você foi, e é extremamente Especial na minha vida, Obrigado por tudo, e um enorme EU TE AMO! Espero ter dado a você o

melhor amor que havia em mim. EMÍLIA

“A MINHA COMPANHEIRA DE MONOGRAFIA”

Existem coisas que acontecem por providência “Divina”, pois somente

consigo entender por vontade do Pai tudo o que passamos juntas todos

esses meses. Compartilhando a experiência de nos conhecermos melhor em um momento tão impróprio, quanto foi o nosso. Mas não questiono o que nos foi imposto pelo Pai maior, e sim o quanto fui tola ou cega em

não ter me aproximado e fortalecido nossa amizade antes, pois somente com a oportunidade que o Senhor nos proporcionou pudemos assim

realmente nos conhecer, e desta forma conheci a Roberta, pessoa extremamente inteligente e dedicada com tudo e todos que a cercam.

A você companheira de MONO só tenho á agradecer, pela oportunidade do convívio, a toda sua aplicação e preocupação com o nosso trabalho, e

todas as suas “ajudinhas”, pela compreensão dos meus atropelos de estágio. Enfim OBRIGADA por ter sido minha companheira amiga de

monografia, ADORO você! E a você desejo tudo de melhor e próspero, continue perseverando nos

seus sonhos, e nunca desista daquilo que acredita, e principalmente SORTE na caminhada que se seguirá. Que Deus te proteja sempre!

Sua companheira de monografia Emília.

“AS MINHAS AMIGAS”

Não há como concluir nada sem falar de vocês, JULLIANE E JOSENA. Estivemos juntas nessa caminhada, e foi muito bom! Dividi com vocês meus medos, incertezas, alegrias, tristezas, as provas, as bagunças, as

inúmeras trapalhadas, as incontáveis gargalhadas, os pasteis de quarta-feira, enfim dividi minha vida com vocês, pena que não puderam estar

presentes neste ultimo ano, porém estiveram em todos meus bons momentos e o melhor da vida é ter do que se recordar, e temos muito do que nos recordar, e como temos! Vou ficar com as lembranças que agente

viveu. “Vocês marcaram na minha vida, viveram e morreram na minha

história, chego a ter medo do futuro e da solidão que em minha porta bate... E eu gostava tanto de vocês... Eu gostava tanto de vocês! E aquele adeus? Não quis dar. Porque nossa história não acaba aqui. OBRIGADO

AMO VOCÊS! E também não poderia deixar de agradecer a “Ligia”. Você foi muito

especial, agradeço a Deus por ter te colocado no meu caminho, nunca vou esquecer do que passamos juntas. Enfim você fez parte dos meus

quatro anos,obrigada por tudo.Amo você. Não esquecendo da Maria Martha, Martinha! Que também fez parte

dessa minha história foi bom de mais nosso tempo junto, o meu terceiro ano não teria sido o mesmo sem suas gargalhadas, e seu GLAMOUR gata,

obriga Te Adorooo! EMÍLIA

“AS LINDEZAS DO ESTÁGIO, O GRUPO ALTO-FALANTE”

Á Juliana Sanches: muito obrigado “deputada” por ter feito parte de nós, você foi essencial para as nossa risadas, desesperos, e claro aprendizado.

Te adoroo! Á Juliana Salvador: Juziinha, obrigado por também ter feito parte do

grupo mais animado e ALTO- FALANTE! ADORO!!!! Ao meu KIBÃO Letícia: Menina como você foi especial! Pena que durou tão pouco poderia ter sido mais! Porque agente é tão tolo que só enxerga

as pessoas, quando já não há mais tempo pra recuperar o tempo perdido? É kibe, foi pouco, mas foi intenso, e pode crer que vai durar a

vida inteira, pessoas especiais ocupam espaços especiais na minha vida! Obrigado por tudo. Amo você!

Á Helen: Como é bom fazer novas amizades neh!? O estágio não teria sido o mesmo sem você, obrigado por me agüentar e entender. E a você: na hora certa tudo muda, concerta e completa... Eu acredito! Amo você. Á Jamila: Jajá!!!!! Você foi à parte fofa e acelerada, como foi divertido

nossas tontices, às vezes dou risada sozinha quando lembro. Mas rapidamente... Obrigado por ter feito parte de tudo isso, e ter me

proporcionado muitas risadas!Amo- te lindeza! Á DIVA Dayse: Chego por ultimo, sento na janelinha e ainda deu tchau!

Você fecho a história , e completo tudo com essa energia contagiante. Obrigada por tudo Divá. Adoooro .

Á professora Neusa: Obrigada por tudo, por ter tido paciência de escutar o grupo alto- falante! Pelo aprendizado, e também compreensão com nossos descontroles repentinos. Pelas caronas e ensino de como ser

enfermeiro. Simplesmente Obrigado. Adoro você. E só vão ficar as lembranças dos nossos momentos. “E se é verdade que o

tempo não volta, também deveria ser verdade que os amigos não se perdem”.

EMÍLIA

Meu DEUS

Agradeço pelo dom da vida, e por tudo que tu fez por mim e ainda fará... Dedico este trabalho aos meus pais Cida e Beto por todos os seus

ensinamentos e esforços, tentando sempre oferecer as melhores condições para que eu pudesse crescer, e me tornar essa pessoa.

Aos meus irmãos Daniel, Wesley e Wendel que me ajudaram durante a minha caminhada, que sempre me incentivaram a estudar e continuar

estudando, obrigado por tudo, sem vocês me ajudando eu não sei se conseguiria conquistar meu sonho.

Primeiramente agradeço a Deus pela benção de viver e poder contar com pessoas maravilhosas, tanto em minha família como no meio social, por

ter me dado força, saúde, discernimento para concluir mais um sonho na minha vida.

J.Eduardo

A você que me ajudou várias vezes quando mais precisei que esteve sempre ao meu lado nos momentos mais difíceis dessa jornada, me

apoiando e não me deixando desistir. Muito obrigado a todos.............

"Um sonho sonhado sozinho é um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade."

AMO VOCÊS!!! ROBERTA

A minha amiga quer dizer irmã *DADAIH* que em todo tempo esteve comigo me apoiando e ajudando com a sua amizade, mesmo estando

longe, sei que sempre torceu para que meu sonho se tornasse realidade, b-jus adoro-te.

WESLYNHO muito obrigado por ser meu segundo pai, rsrsrsrsr...que me

ajudou em todos os momentos ,me dando suporte ($$$) para que eu continuasse nesse sonho,nunca vou esquecer e um dia vou sim retribuir.

Pai, Mãe valeu por não desistir de mim, me ajudando sempre, com $$$,

muito amor, carinho e compreensão, amo muito vocês nunca se esqueçam.

Ao programa jovens acolhedores que contribuiu para que eu fosse uma

pessoa melhor e pensasse mais no outro tendo humanização e compreensão com dor do próximo.

A minha companheira de monografia a **MILLA**que por um acaso nos

encontramos nesse imenso trabalho, que nos fez virar companheiras e sem brigas...nossa nem acredita que acabamos,eita coisa boa né...............

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis...”

(Fernando Pessoa)

ROBERTA

Agradecimentos

“ANJO HUMANO PAULO”

No nosso caminho, encontramos alguém com jeito de anjo. Se nos olha, mostra-nos a alma.Olhar de ternura, todo inocente, carente de algo,

repleto de bem. Se sorri, ilumina nosso mundo, e se faz do nosso presente uma canção, dissipa nossos medos,harmoniza os descompassos, e se

aconchega no nosso abraço.Diz-nos ser um anjo, e quase nos convence, ora acredito ora duvido.E , ao conhecê-lo melhor, descobrimos sem

nenhum engano: é alguém que se fez nosso amigo.Um anjo menino nos limites de um corpo humano.

Teremos saudades, nosso amigo Paulo Fernando.

EMÍLIA e ROBERTA

“A NOSSA ORIENTADORA” VIVIANE

Agradecimentos, dedicatórias, vários “muito obrigados”, não são

suficientes para agradecer o quão boa você foi conosco. No momento em que ninguém quis no ajudar, eis que surge a Vivi com toda paciência e

boa vontade do mundo. Novamente o Senhor toma sua providência “DIVINA” e coloca-a no nosso caminho, trazendo luz para o nosso projeto,

ai de nós se não fosse você! O Senhor sabe de todas as coisas, escolheu muito bem, quando te enviou pra nós.

Além de professora e orientadora, você tornou-se Amiga! O que foi de mais rico que podíamos nos acrescentar os fatos não acontecem por

acaso, e sim por vontade de Deus e conspiração do universo, incondicionalmente somos grata por você ter sido tão receptiva e

compreensiva conosco. E o sentimento que nos consome no momento e que se perpetuará é gratidão e privilégio de termos sido suas aprendizas.

Muito obrigado! Amamos você. “Chorar velhos amigos que perdemos não é tão proveitoso e saudável

como nos alegrarmos pelas novas aquisições de amigos” (William Shakespeare).

EMÍLIA e ROBERTA

“A JOVIRA”

Aprender é descobrir aquilo que você já sabe

Fazer é demonstrar que você o sabe

Ensinar é lembrar aos outros que elas sabem tanto quanto você. Obrigada por tudo, somos gratas por termos sido suas alunas.

EMÍLIA e ROBERTA

“AOS PROFESSORES”

A todos os professores que contribuíram para nossa formação e se dedicaram com seus ensinamentos que serão eternamente lembrados.

EMÍLIA e ROBERTA

“AO PESSOAL DA BIBLIOTECA”

Infinitos muito obrigados as lindezas da biblioteca, que sempre nos

ajudaram, algumas vezes ate procuraram conosco, e sempre dispostas a ajudar, todas contribuíram de alguma forma para o nosso resultado

positivo. “Solidariedade não é apenas uma palavra. é um gesto concreto que

realiza um milagre humano, porque aproxima as pessoas, ensinado-as a repartir e a sentir as dores alheias”.

Muito obrigado Verinha, Adriana “DRI”, Cristiane, Sandra, Raquel, Nathalia, Sonia, Felipe.

EMÍLIA e ROBERTA

RESUMO

O estresse ocupacional está entre as principais doenças as quais acometem o trabalhador atuante na área da enfermagem, gerando problemas na atividade laboral ou afetando a vida pessoal destes profissionais. Pode ser desencadeado em qualquer individuo, independentemente das particularidades desta doença, pois qualquer pessoa em seu ambiente de trabalho ou não, pode vir a desenvolvê-lo. Durante o seu desenvolvimento ele apresenta as seguintes fases alerta; resistência e exaustão. Fatores influenciáveis ao aparecimento do estresse podem ser intrínsecos ou extrínsecos ao ambiente de trabalho, e ambos possuem grande relevância, repercutindo ou não no individuo. O setor de Urgência e Emergência apresenta intenso fluxo de atendimentos diários exigindo da equipe de enfermagem manterem sempre postura de alerta, lidando constantemente com um dos precursores do estresse, a rotina da unidade do pronto atendimento. Assim o estudo objetivou avaliar os fatores que desencadeiam o estresse ocupacional nos trabalhadores de enfermagem no setor de urgência e emergência. Para comprovar a hipótese levantada a partir da problemática em questão foi realizada pesquisa de campo, em dois hospitais situados na região de Lins, de 30 de Setembro a 30 de Outubro de 2010. Os hospitais pesquisados são um público e outro privado, onde identificados vários fatores desencadeantes do estresse ocupacional, no entanto, considerando os dados coletados e analisados, a conclusão sugere um único fator não basta para o desenvolvimento do estresse ocupacional, mas sim um conjunto de situações, agentes e particularidades fornecem indícios para desenvolvê-lo, portando é factível concluir do qual um único fator em si não ocasiona o estresse, mas sim um conjunto de situações, fatores e individualidades. Os trabalhadores exercem suas funções no setor de urgência e emergência dos hospitais sejam eles públicos ou privados devem criar soluções visando à redução de fatores geradores de estresse. Essa situação deve ser trabalhada em conjunto com a instituição, visando práticas para tornarem a equipe mais coesa e segura diante das ocorrências enfrentadas cotidianamente no setor de urgência e emergência.

Palavras-chaves: Estresse. Enfermagem. Urgência e Emergência.

ABSTRACT

Occupational stress is among the main diseases which affect the active worker in the nursing field, causing problems in work activity or affecting the personal lives of these professionals.It can be triggered in any individual, regardless of the particularities of this disease, because anyone in your workplace or not, can come to develop it. During its development it has the following alert phases, resistance and exhaustion. Factors influenced the emergence of stress may be intrinsic or extrinsic to the work environment, and both have great relevance, reflecting on the individual or not. The Urgent and Emergency sector has massive influx of daily demands of the nursing staff always stay alert posture, constantly dealing with one of the pioneers of stress, the routine of the emergency care unit. Thus the study aimed to evaluate the factors that trigger occupational stress among nursing staff in the field of emergency care.To prove the hypothesis raised from the issue in question was conducted field research at two hospitals in the region of Lins, 30 September to 30 October 2010. Hospitals are surveyed one public and one private, which identified several triggering factors of occupational stress, however, considering the data collected and analyzed, the conclusion suggests not just a single factor for the development of occupational stress, but rather a set of situations , and special agents provide clues for developing it, carrying it is feasible to complete a single factor which in itself does not cause stress, but a number of situations, factors and individuals. The workers perform their duties in the field of emergency and urgency of the hospitals whether public or private must create solutions in order to reduce factors causing stress. This situation must be worked in conjunction with the institution, aiming to make the practice team more cohesive and safe in the face of daily occurrences encountered in the field of emergency care.

Keywords: Stress. Nursing.Urgent and Emergency.

LISTA DE TABELAS

Tabela 01: Características dos Profissionais estudados ................................... 41

Tabela 02: Avaliação dos trabalhadores em relação à liberdade dada pela

instituição para desenvolvimento de suas atividades ...................................... 43

Tabela 03: As responsabilidades do meu trabalho são

insuficientemente definidas .............................................................................. 44

Tabela 04: Minhas atividades são interrompidas com freqüência devido a

reuniões ou outras causas ............................................................................... 44

Tabela 05: Visão do trabalhador a respeito do controle exercido pela

instituição em suas tarefas ............................................................................... 44

Tabela 06: Percepção dos trabalhadores em relação ao reconhecimento

por parte da instituição ao trabalho desenvolvido e méritos alcançados

na empresa ...................................................................................................... 45

Tabela 07: Visão do profissional a respeito do desenvolvimento de carreira

na instituição .................................................................................................... 45

Tabela 08: As minhas sugestões e recomendações não são levadas

em consideração pelos meus superiores ......................................................... 46

Tabela 09: Observo que há falta de lealdade e cooperação entre os colegas

de trabalho ....................................................................................................... 46

Tabela 10: Sinto que a ética profissional é ignorada por muitos colegas

da instituição .................................................................................................... 47

Tabela 11: Observo que há “panelas” ou “grupinhos” de colegas que

dominam o ambiente de trabalho ..................................................................... 47

Tabela 12: Percebo que o desempenho profissional de certos colegas é

insatisfatório ..................................................................................................... 48

Tabela 13: Há dificuldades de relacionamento profissional com outros

colegas no ambiente de trabalho ..................................................................... 48

Tabela 14: Percebo que as divergências do meu trabalho conflitam muitas

vezes com minhas responsabilidades pessoais e familiares ........................... 49

Tabela 15: Minhas atividades profissionais ficam prejudicadas pelo excessivo

número de pacientes ....................................................................................... 49

Tabela 16: Sinto-me tenso em prestar assistência ao paciente ....................... 50

Tabela 17: Acredito que a instituição não tem interesse em propiciar as

condições necessárias para o desenvolvimento adequado de minhas

atividades ......................................................................................................... 50

Tabela 18: Não disponho de recursos e instalações apropriadas para cumprir

com as minhas responsabilidades profissionais .............................................. 51

Tabela 19: Dificilmente consigo apoio ou recursos para aprimoramento de

minha atuação profissional .............................................................................. 51

Tabela 20: As atividades que realizo durante o dia são repetitivas e

rotineiras .......................................................................................................... 52

Tabela 21: Os principais problemas que enfrento, atualmente, giram em torno

do meu trabalho ............................................................................................... 52

Tabela 22: Meu salário atual não é adequado para cobrir minhas

necessidades pessoais e familiares ................................................................. 53

Tabela 23: Minha situação econômica atual não me permite realizar

projetos de lazer para meus períodos de folga ................................................ 53

Tabela 24: Sinto tensão e ansiedade ao lidar com o sofrimento e morte no

ambiente de trabalho ....................................................................................... 53

Tabela 25: Percebo o ambiente de trabalho como algo desagradável ............ 54

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CEP: Comitê de Ética e Pesquisa

HGPMMGP: Hospital Geral Prefeito Miguel Martin Gualda de Promissão

HMSL: Hospital e Maternidade São Lucas de Lins

PS: Pronto Socorro

SUS: Sistema Único de Saúde

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................. 20

CAPÍTULO I – TRABALHO E ESTRESSE ................................................. 22 1 TRABALHO ...................................................................................... 22

1.1 Estresse ............................................................................................ 23

1.2 Estresse Ocupacional........................................................................ 26

1.2.1 Fatores que Influenciam o estresse ocupacional .............................. 27

1.3 Estresse nos profissionais de enfermagem ....................................... 28

CAPÍTULO II – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA E SUA RELAÇÃO COM O ESTRESSE OCUPACIONAL ...................................................................... 30 2 O QUE É URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ........................................... 30

2.1 Rotina diária do setor de urgência e emergência .............................. 31

2.2 Estresse ocupacional no setor de urgência e emergência ................ 32

2.3 Fatores externos que influenciam o estresse ocupacional ................ 36

CAPÍTULO III – A PESQUISA ..................................................................... 38

3 INTRODUÇÃO .................................................................................. 38

3.1 Métodos empregados na realização deste estudo ............................ 38

3.2 Técnicas ........................................................................................... 39

3.3 Descrição dos hospitais onde foram realizados os estudos .............. 39

3.4 Roteiro de entrevista para os profissionais de enfermagem.............. 40

3.5 Aplicação do questionário ................................................................. 41

3.6 Resultados da pesquisa .................................................................... 41

3.7 Discussão .......................................................................................... 54

3.8 Parecer final da pesquisa .................................................................. 57

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ................................................................ 59 CONCLUSÃO .............................................................................................. 61

REFERÊNCIAS ........................................................................................... 63

APÊNDICES ................................................................................................ 66 ANEXOS ...................................................................................................... 74

20

INTRODUÇÃO

Vários fatores influenciam a ocorrência do estresse ocupacional na

prática diária dos profissionais de enfermagem da unidade de urgência e

emergência, estes agentes podem ser intrínsecos ou extrínsecos ao ambiente

do trabalhador, podendo estar presentes na atividade cotidiana do individuo

que atua nesta área. Atualmente os colaboradores de enfermagem que

exercem suas atividades no pronto atendimento, vivenciam inúmeras situações

que exigem que o trabalhador se mantenha em constante estado de alerta,

prestando adequada assistência aos inúmeros pacientes atendidos no setor,

sem se descuidarem da rotina no lar, onde há preocupação com família e

finanças, ficando assim, vulneráveis ao estresse ocupacional.

O estresse ocupacional é uma doença causada pelas atividades

desempenhadas no trabalho ou pelo ambiente que os trabalhadores estão

inseridos, contudo esta patologia pode ser desencadeada por um único fator ou

um conjunto deles.

A unidade de Urgência e Emergência pode ser definida como local onde

são prestados os atendimentos imediatos aos indivíduos que procuram os

serviços ou mesmo que são levados para que recebam o cuidado necessário.

Os profissionais que atuam neste setor devem possuir agilidade, experiência,

domínio e conhecimento na área e se identificarem com as práticas e funções

que exercem, pois lidam constantemente com grande fluxo de pessoas que

buscam o atendimento, onde as técnicas realizadas podem ser complexas e

muitos pacientes se encontram em risco iminente de morte.

Baseado nestas considerações o tema abordado em questão é o

estresse ocupacional, que proporcionou a coleta de dados necessários à

observação e posterior analise.

O objetivo da pesquisa é avaliar os fatores que influenciam a ocorrência

do estresse ocupacional na prática diária dos profissionais de enfermagem de

uma unidade de urgência emergência, identificando os fator associados a ele,

comparando a ocorrência de estresse nos profissionais da unidade de urgência

e emergência de hospital público e nosocômio privado. A fim de desenvolver a

pesquisa foi utilizado método de estudo de caso e observação sistemática,

21

para analisar e verificar quais os fatores que influenciam o estresse

ocupacional na equipe atuante no setor, onde foram investigados auxiliares,

técnicos e enfermeiros, que trabalham nesta unidade. Buscando comprovar o

que foi evidenciado pela literatura analisada, realizou-se pesquisa descritiva,

com abordagem quantitativa, sendo realizada a coleta de dados em campo,

para tal foi adaptado roteiro de entrevistas a partir de Belancieri (2005).

A pesquisa se justifica a partir do momento em que é evidenciada a

importância da prevenção, diagnóstico e tratamento do estresse ocupacional,

buscando melhor qualidade de vida para o profissional de saúde e excelência

no atendimento prestado ao cliente.

O presente trabalho dividiu-se em três capítulos, sendo que no primeiro

apresentaremos definições de trabalho e estresse e suas implicações.

O segundo capítulo objetiva-se descrever o que é urgência e

emergência, sua rotina e atuação dos profissionais de enfermagem.

No terceiro capítulo, será abordada a pesquisa de campo, sendo

realizados no Hospital Geral Prefeito Miguel Martin Gualda de Promissão e

Hospital e Maternidade São Lucas de Lins, também serão expostos os dados

coletados, sua analise, discussões e conclusão a cerca dos objetivos traçados.

Finalizando a pesquisa desenvolvida, serão abordadas as sugestões de

intervenção baseada nos dados obtidos. Esperando que o mesmo venha

contribuir para evolução e conscientização dos profissionais e também

ajudando para o inicio de novas pesquisas.

22

CAPÍTULO I

TRABALHO E ESTRESSE

1 TRABALHO

O trabalho surge juntamente com o primeiro ser humano, mas as

relações entre as atividades laborais e as doenças desencadeadas pelo

trabalho, permaneceram praticamente ignoradas até 250 anos atrás. (HAAG;

LOPES, SCHUCK; 2001).

Historicamente o trabalho sofreu modificações em seu significado,

durante a Antiguidade era considerado uma atividade digna de vergonha,

justificando a necessidade de escravos. Durante a Idade Média predominou o

regime de servidão, não havendo a preocupação com o produtivismo. A

nobreza e clero viviam em meio a costumes requintados, evitando quaisquer

atividades que exigiam esforço físico, ainda nessa época, para o catolicismo o

trabalho representava a oportunidade para a redenção divina e penitencia para

os pecados.

Segundo Carmo (apud BELANCIERI, 2005), durante o protestantismo o

trabalho era considerado um meio para acumular riquezas e também uma

forma de servir a Deus, mantendo distância do ócio e da luxúria.

Com o capitalismo, por volta do século XVIII, passa a predominar o

produtivismo, utilizando-se da força para obrigar as pessoas a trabalharem, a

mando da classe dominante, exaltando o trabalho como única fonte de riqueza.

No inicio do século XX, ocorrem grandes transformações nas relações

de trabalho, quando o norte-americano Frederick W. Taylor, engenheiro, toma

o trabalho como objeto de estudo científico, surgindo então à primeira teoria

sobre o trabalho, o conhecido taylorismo, visando racionar a produção, a fim de

possibilitar o aumento da produtividade no trabalho, evitando-se desperdício de

tempo e economizando mão de obra. CARMO (apud BELANCIERI,2005).

Segundo Haag, Lopes e Schuck (2001), as relações de trabalho,

diretamente envolvidas nos aspectos trabalhistas e organizacionais e no

23

cotidiano laboral envolvem subjetividades e intersubjetividades, e são fontes de

satisfação ou sofrimento no trabalho. Para fins de conhecimento, fontes

possíveis de gerar satisfação ou sofrimento no trabalho, são eles:

Tamanho da empresa: pequena, media ou grande;

Divisão sexual do trabalho;

Divisão manual e intelectual;

Jornada de trabalho;

Horários;

Tipos de contrato de trabalho;

Salários e formas de pagamento;

Folga e intervalos;

Locais para refeições e condições ambientais e

Instalações sanitárias.

Na atenção à saúde dos trabalhadores são indissociáveis as ações

preventivas, de promoção e proteção da saúde, assistência, ou recuperação e

reabilitação (FERREIRA JUNIOR, 2000). Segundo o mesmo as características

principais da atenção à saúde dos trabalhadores são sintetizadas na

integralidade das praticas ou ações preventivas, curativas, dinamismo

decorrentes das mudanças nos processos produtivos e a participação dos

trabalhadores enquanto sujeitos das ações de saúde.

Laurell e Noriega (apud BELANCIERI, 2005), ressaltam o trabalho como

propiciador ao homem o domínio das condições de vida, promovendo um

ambiente adequado para sua sobrevivência, reprodução e bem-estar, mas nem

sempre acontece, as condições de trabalho ao qual o trabalhador está inserido

podem, muitas vezes, estar longe de garantir seu bem estar físico e psíquico.

Observa-se também o aspecto positivo do trabalho, onde este pode ser

causa de sofrimento, mas constitui muitas vezes fonte de prazer.

O trabalho seja como for encarado, é sempre uma atividade dependente

da habilidade manual e da inteligência de quem o desempenha (BARSA,

1997).

1.1 Estresse

24

O estresse pode ser definido como uma reação do organismo através de

componentes físicos e/ou psicológicos, causada pelas alterações

psicofisiológicas ocorridas quando o individuo é confrontado com uma situação

irritante, amedrontante, entristecedor, excite ou confunda (MALAGRIS;

FIORITO, 2006).

Pode ser compreendido como uma relação particular entre uma pessoa,

seu ambiente e as circunstâncias as quais está submetido, sendo avaliada pela

pessoa como uma ameaça ou algo que exige dela além das suas próprias

habilidades ou recursos dos quais o coloquem em perigo seu bem-estar

(BELANCIERI, 2005).

Estresse significa experimentar situações percebidas como

ameaçadoras ao nosso bem-estar físico ou psicológico.

Estas situações geralmente são chamadas de estressores, e as reações

a elas são denominadas respostas de estresse. (ATKINSON; et al, 2002).

O estresse não é apenas um estimulo ou uma resposta, é o processo

pelo qual avaliamos e lidamos com ameaças e desafios vindo do cotidiano

(MYERS, 2003). É a resposta gerada pelo corpo e mente a estes estímulos.

Uma pessoa sozinha em casa afasta do pensamento os sons de passos

no telhado quando houve e não vivencia estresse; outra pessoa suspeita ter

um invasor e fica alarmada. Segundo Lazarus (apud MYERS, 2003), o estresse

surge menos dos próprios eventos ao da maneira como os aquilatamos.

O processo de estresse se divide em três fases: alerta, resistência e

exaustão. A fase alerta acontece quando o individuo se depara com a fonte

estressora e, nesse enfrentamento, se desequilibra internamente,

apresentando sensações características, como sudorese excessiva,

taquicardia, respiração ofegante e picos de hipertensão.

Na fase de resistência caracteriza-se por uma tentativa de recuperação

do organismo após o desequilíbrio sofrido na fase anterior, ocorre um gasto de

energia podendo ocasionar cansaço excessivo, problemas de memória e

duvidas quanto a si próprio. Quando o equilíbrio não é readquirido por meio

dessa mobilização, o processo pode evoluir para a fase de exaustão,

ressurgem os sintomas ocorridos na fase inicial, no entanto com maior

agravamento. Na fase de exaustão ocorre um grande comprometimento físico

manifestando em forma de doenças. (MALAGRIS; FIORITO, 2001).

25

Quando o individuo encontra-se submetido a uma carga excessiva de estressores, o organismo pode desencadear respostas que resultam no aparecimento de sintomas ou de doenças tais como: alteração do peso corpóreo, osteoporose, distúrbios de comportamento, inclusive alterações no padrão de sono, dificuldade de cicatrização, aumento da sensibilidade a infecções, alcalose com hipopotassemia, hipertensão arterial, alterações gastrointestinais, incluindo sintomas de acidez gástrica, alterações no ciclo menstrual e tromboembolismo. (MENZANI; BIANCHI, 2009, p.328).

O corpo reage aos estressores iniciando uma completa seqüência de

respostas. Quando a ameaça percebida se resolve rapidamente, as respostas

de emergência diminuem, mas se a situação de estresse continua, ocorre um

conjunto diferente de respostas internas, enquanto se tenta adaptar.

(ATKINSON; et al, 2002).

Altos níveis de estresse podem influenciar negativamente o bem-estar

físico e emocional das pessoas. Tais influências podem gerar problemas de

ajustamento social, familiar/afetivo, de saúde e profissional. (MALAGRIS;

FIORITO, 2001).

Segundo Belancieri (2005), estresse é a relação particular entre uma

pessoa, seu ambiente e as circunstâncias as quais está submetido, avaliada

pela pessoa como uma ameaça ou algo do qual exige dela mais que suas

próprias habilidades ou recursos.

O estresse poderá ser desencadeado por estímulos externos e internos, sugerindo a existência de um estresse físico e psicológico, sendo necessário distingui-los, uma vez que as condições externas que afetam o organismo, muitas vezes independem do mundo interno da pessoa, se sua vontade, como as mudanças político-econômicas e sociais, acidentes, mudanças no trabalho, entre outros. (BELANCIERI, 2005, p.20).

Uma infinidade de enfermidades e exaustão está associada ao continuo

esforço do organismo em adaptar-se a determinadas situações, tornando-o

suscetível ao estresse (BELANCIERI, 2005).

Estratégias de enfrentamento é a capacidade que o individuo possui

para lidar com as situações estressoras ao longo de sua existência. O

enfrentamento, de acordo com França e Rodrigues (apud BELANCIERI, 2005),

consiste no conjunto de esforços desenvolvidos pelo individuo, no sentido de

26

resistir às solicitações externas e internas, estando acima de suas

possibilidades de adaptação.

De acordo com Lazarus e Folkman (apud BELANCIERI, 2005),

estratégias de enfrentamento ou coping é um conjunto de esforços, cognitivos

e comportamentais, utilizados pelos indivíduos com o objetivo de lidar com

situações especificas interna ou externa, são avaliadas como sobrecarregando

ou excedendo seus recursos pessoais. O modelo de enfrentamento de Lazarus

e Folkman fundamenta-se numa perspectiva cognitiva, considerando,

principalmente a avaliação feita pelo individuo das situações vivenciadas.

De modo geral quatro princípios norteiam sua teoria:

a) O enfrentamento deve ser entendido como processo, no qual existe

interação entre o individuo e o meio onde está inserido;

b) O principal papel do individuo é administrar a situação de estresse,

juntamente com o controle e domínio do evento.

c) Capacidade de avaliação; perceber; interpretar e compreender o

fenômeno apresentado;

d) Mobilização de esforços cognitivos e comportamentais, reduzindo ou

tolerando as situações de estresse interna ou externamente.

1.2 Estresse Ocupacional

O estresse que é decorrente por fatores relacionados ao trabalho tem se

destacado não só para pesquisadores, mas também para instituições

governamentais, enfatizando que medidas devem ser tomadas, para poder

prevenir o impacto do estresse ocupacional nos trabalhadores e até mesmo na

sociedade em geral, por causa do ritmo acelerado ocorrido das mudanças no

trabalho e no dia a dia de todos (NASCIMENTO; RICARDO, 2009).

Segundo Cooper (apud GUIMARÃES; GRUBITS, 2007), o estresse

ocupacional como um problema de natureza perceptiva, é resultante de uma

incapacidade de lidar com as fontes de pressão no trabalho, tendo como

conseqüência, vários problemas na saúde física, mental e na satisfação no

trabalho, podendo afetar tanto o individuo como também as organizações.

27

Para cada individuo existe um agente agressor dentro do seu contexto

de trabalho sendo ele qual for.

Para Cooper (apud GUIMARÃES; GRUBITS, 2007), os agentes

ocupacionais potencialmente estressores podem ser categorizados em seis

grupos: fatores intrínsecos ao trabalho, papel organizacional, inter-

relacionamento, desenvolvimento na carreira, clima e estruturas

organizacionais e interface casa e trabalho.

Todas as fontes geradoras do estresse no contexto de trabalho são

diferentes para cada indivíduo, pois não são todas as situações estressantes

para um determinado indivíduo, mas pode ser para outro, por isso pode-se

afirmar que diferenças individuais também explicam, juntamente com a

característica do agente estressor, os resultados do estresse (GUIMARÃES;

GRUBITS, 2007).

Segundo Ladeira (apud GUIMARÃES; GRUBITS, 2007), nas

organizações, o estresse ocupacional pode ser observado através da fadiga,

apatia, da ansiedade, da baixa motivação no trabalho e absenteísmo, podendo

determinar mudanças na produtividade, aumentar o número de acidentes de

trabalho e a falta de desenvolvimento individual e coletivo dos trabalhadores.

Pode ser observado que o estresse ocupacional é gerado por pressões

no trabalho sobre os indivíduos, independente da situação, podendo afetar

outros colegas, mesmo cada um tendo o seu próprio agente estressor. Os

padrões variam, para alguns pode ser um acontecimento normal, para outros o

motivo gerador de estresse, colocando assim o seu trabalho em risco, pois

podem ocorrer acidentes pela falta de atenção e fatores desencadeantes do

estresse, interferindo sempre no bem estar físico e mental, podendo gerar

vários danos a saúde desse trabalhador.

1.2.1 Fatores que Influenciam o Estresse Ocupacional

Vários fatores podem expor os profissionais ao estresse ocupacional,

como condições de trabalho inadequadas, turnos destes profissionais, sendo

uma das principais fontes de influencia sobre o estresse ocupacional, onde o

28

noturno se mostra o período de trabalho de maior dificuldade de adaptação,

carga horária, descontos nos salários, para os viajantes ficarem muito tempo

fora de casa pode influenciar riscos dos quais todas as profissões oferecem ao

profissional, as novas tecnologias, quantidades excessivas de trabalho, ter

responsabilidade sobre pessoas ou até mesmo coisas, relacionamento difícil

com chefe, colegas, subordinados, clientes, falta de tempo para realização

educação permanente em sua profissão buscando melhor desempenho de seu

papel frente às mudanças e modernidades, insegurança no trabalho devido ao

mau desempenho da indústria, empresas entre outros, estrutura

organizacional, falta de comunicação entre chefe e subordinados e vários

vínculos empregatícios e conseguir conciliar trabalho e casa. (STACCIARINI,

TRÓCCOLI, 2001)

Estressores ocupacionais estão freqüentemente ligados à organização do trabalho, como pressão para produtividade, retaliação, condições desfavoráveis à segurança no trabalho, indisponibilidade de treinamento e orientação, relação abusiva entre supervisores e subordinados, falta de controle sobre a tarefa e ciclos trabalho-descanso incoerentes com limites biológicos.(CARAYON; SMITH; HAIMS apud MURTA; TRÓCCOLI 2004, p.39).

As influencias do estresse ocupacional dependem da forma com que o

trabalho está organizado e de como ele é feito pelo trabalhador, por isso pode

gerar efeitos negativos, podendo levar ao adoecimento e até mesmo a morte e

para muitos nem sempre relacionam o adoecimento com o trabalho, para eles

pode ser por motivos internos do organismo.

1.3 Estresse nos Profissionais de Enfermagem

A enfermagem é uma profissão considerada como marcada por

situações de impacto, sendo vista frequentemente com grande carga de

ansiedade e tensão, podendo mostrar evidentes sintomas de estresse nos

profissionais, podendo prejudicar o desempenho profissional e trazer

problemas de saúde (BELANCIERI, 2005).

29

O stress tem sido objeto de estudo de muitos pesquisadores da área da saúde, já que existe uma preocupação com as conseqüências que ele pode trazer para a qualidade de vida do ser humano. (LIPP apud MALAGRIS; FIORITO, 2005, p.392).

Miranda (apud BELANCIERI, 2005), ressalta que o principal local de

trabalho para os profissionais de enfermagem é o hospital, podendo ser

caracterizado por um ambiente insalubre, com diversas variedades de risco,

onde há maior possibilidade de ocorrer doenças e acidentes de trabalho.

No ambiente hospitalar existem vários tipos de profissionais, cada um

deles exercendo o seu papel, mas os que se encontram no controle de

algumas situações se sentem sobrecarregados, tendo de tomar iniciativas em

relação aos demais indivíduos seus subordinados, podendo gerar conflitos e

levar os trabalhadores da enfermagem, independente da categoria, ao estresse

ocupacional.

De acordo com Bianchi (apud BELANCIERI, 2005) foram feitas análises

de diversos estudos sobre o estresse nos profissionais de enfermagem,

principalmente com os trabalhadores da área hospitalar, onde foram

classificados eventos estressores entre esses profissionais, dentre as quais

foram destacadas as relações humanas e comunicação, recursos físicos do

ambiente de trabalho, assistência prestada, interferência na vida pessoal e a

falta de preparação destes profissionais frente às exigências do trabalho e

evolução como as modernidades, como os principais fatores geradores de

tensão.

O problema de um indivíduo estar estressado ou não conjuga a influência da estrutura do sistema com a forma como o indivíduo afronta as demandas do meio, portanto o modo de vida e a atividade de uma pessoa contribuem para determinar sua saúde e sua enfermidade. (LAUTERT; CHAVES; MOURA apud SILVA; MELO 2006, p.16).

Diante deste contexto se pode relacionar o estresse nos profissionais de

enfermagem com o local de trabalho e principalmente com condições que são

oferecidas para o pleno desenvolvimento de suas atividades.

30

CAPÍTULO II

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA E SUA RELAÇÃO COM O ESTRESSE

OCUPACIONAL

2 O QUE É URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Urgência é uma ocorrência imprevista de danos à saúde a qual não

ocorre risco de morte, ou seja, quando o individuo precisa de atendimento

médico mediato, por exemplo, dor torácica sem complicação respiratória,

alguns tipos de queimaduras, fraturas sem sinais de choques ou outras lesões

mais sérias, vômitos e diarréia, acompanhados ou não por estado febril abaixo

de 39°C, sangramentos e ferimentos leves e moderados.

A emergência ocorre quando há constatação médica de condições de

danos à saúde, os quais implicam em risco de morte, exigindo atenção e

tratamento médico imediato, tendo em vista algumas prioridades de

atendimento, dentre elas a parada cardiorrespiratória, dor torácica

acompanhada de desconforto respiratória, politraumatismo em geral,

hemorragias de alta intensidade, queimaduras extensas, perda do nível de

consciência, intoxicação em geral, ferimento por arma de fogo, ferimento por

arma branca, estado de choque, estado febril acima de 40°C, gestações em

curso com complicações (SANTOS 2008).

Os serviços de urgência e emergência, em muitos lugares de nosso país, ainda possuem pessoal não qualificado para a função, fomentando assim, a existência do profissional “quebra – galho” (FONTINELE JÚNIOR, 2004, p.9).

Entende-se por área de urgência e emergência a assistência pré-

hospitalar, podendo o atendimento ser prestado ao individuo no local em que

ele se encontra, ou no hospital em pronto socorro, neste local deve haver

profissionais de saúde qualificados podendo oferecer cuidado imediato e

mediato aos pacientes.

31

Para a população existe o pensamento da unidade de urgência e

emergência ser o meio mais rápido e alternativo para ser atendido, pois não há

necessidade de marcar consultas, onde também são feitos exames

laboratoriais e de imagens, onde é possível saber o resultado destes no

mesmo dia, sem esperar por muito tempo (HARBS; RODRIGUES; QUADROS,

2008).

Os profissionais desta unidade devem ser eficientes e rápidos, buscando

assim melhorar a qualidade dos cuidados prestados e tornando o atendimento

mais humanizado (BEZERRA et al, 2007). Neste setor o fluxo de usuários é

intenso, trabalha-se a angústia e ansiedade do individuo que entra neste local,

bem como de sua família, impondo a equipe de enfermagem manter postura de

alerta constante. (ARGENTA, et al, 2008).

A área de urgência e emergência é de suma importância em relação aos

demais setores de uma unidade hospitalar, pois ele é a porta de entrada e tem

o privilégio de salvar primeiro, através de profissionais capazes e competentes

para este desígnio.

2.1 Rotina Diária do Setor de Urgência e Emergência

O setor de urgência e emergência pode ser considerado como uma das

áreas da unidade hospitalar de maior complexidade, onde os profissionais

desenvolvem muitas atividades, devendo suprir inúmeras necessidades dos

usuários de forma imediata, eficiente, demonstrando amplo conhecimento

técnico e científico, bem como habilidade profissional para utilizar recursos

tecnológicos disponíveis.

A rotina desse setor compreende obter a história do paciente, fazer

exame físico, executar tratamento, aconselhamento e ensino na manutenção

da saúde. Os profissionais atuantes do pronto socorro devem possuir um

amplo conhecimento das várias situações de saúde do seu cliente e domínio

do processo de trabalho, tendo conhecimento científico para tomada de

decisões rápidas e concretas, visando diminuir os riscos e ameaça a vida do

paciente (BEZERRA, et al, 2007).

32

O pronto socorro, que deveria, teoricamente, ser o local destinado ao atendimento de urgências e emergências, na prática não é, já que não caminha para uma tentativa de redefinição social de suas finalidades. Neste contexto, a desorganização da unidade e as limitações de atendimento se tornam fontes geradoras de sofrimento psíquico na família e principalmente na equipe de enfermagem, que por efeito desses caos, se torna vulnerável ao estresse ocupacional (SOARES apud TEODORO; MENDONÇA; ALVES, 2007, p.3).

Com o aumento da demanda de pacientes, a rotina desse setor pode

ficar tumultuada causando angústia aos clientes, pois a equipe de enfermagem

acaba atendendo pessoas não necessitadas de atendimento emergencial,

estes profissionais estão sempre preparados e aguardando clientes em risco

iminente de morte, ou que necessitem de atendimento urgência, o fato de

atender usuários que poderiam protelar sua consulta gera grande insatisfação

ao profissional especializado desta unidade.

2.2 Estresse ocupacional e o setor de urgência e emergência

A unidade de Urgência e Emergência é considerada um setor

desgastante, tanto pela carga laboral como pelas especificidades das tarefas

exercidas pelos profissionais de enfermagem. As condições insatisfatórias,

relacionadas a extensas jornadas de trabalho, ausência de períodos de

descanso, períodos fatigante, interferem direta ou indiretamente na saúde do

trabalhador, tornando sua rotina diária muitas vezes fonte de sofrimento,

exploração e doença. (PINHO; ARAUJO, 2007).

De acordo com Bozza e Fontanela (2008) o pronto socorro (PS) é um

local gerador de estresse devido à natureza das atividades executadas ali,

entretanto as condições de trabalho como a falta de materiais e recursos

humanos agrava ainda mais a situação.

O estresse no trabalho é decorrente da inserção do individuo nesse contexto, pois o trabalho, além de possibilitar crescimento, transformação, reconhecimento e independência pessoal, também causa problemas de insatisfação, desinteresse, apatia e irritação. Sendo assim, o trabalho deve

33

ser algo prazeroso, com os requisitos mínimos para a atuação e para a qualidade de vida do indivíduo. (BATISTA; BIANCHI, 2006, p.535.)

As principais fontes de estresse ocupacional podem ser expostas por

três categorias em geral:

a) Funcionamento organizacional, o caráter hierárquico, burocrático e

especializado das organizações de saúde, tem sido percebido por

profissionais como fontes de estresse ocupacional, acentuado pelo

descompasso entre valores destes profissionais centrados nos

objetivos da ciência e práticas de cuidados de enfermagem, e dos

administradores dos serviços de saúde, da ordem política e

econômica, motivo pelo qual ocorrem faltas de recursos materiais e

humanos, fazendo com que os profissionais exerçam várias funções

ao mesmo tempo, tendo de improvisar no decorrer de seu trabalho

por falta de recursos.

b) Relacionamento interpessoal, tanto com subordinados, superiores,

do mesmo nível hierárquico e até mesmo com clientes, podendo

gerar conflitos podendo ser causador de estresse ocupacional.

c) Sobrecarga de trabalho, pois a demanda de trabalho é muito grande

e a mão de obra pouca por déficit de pessoal podendo através disto

causar sofrimento psíquico e estresse ocupacional (CALDERERO;

MIASSOL; CORRADI, 2008).

O atendimento no setor de urgência e emergência pode ser

comprometido por questões institucionais internas e externas que transcendem

os atos, atitudes e desejos dos trabalhadores da saúde.

Como uma questão social e política, o aumento da morbimortalidade

ocasionada pelas causas externas pode influenciar o atendimento no setor de

urgência e emergência, através de questões organizacionais e éticas dos

serviços de saúde, exigindo cada vez mais dos profissionais constante

atualização, de modo poderem atender ao fluxo exacerbado da demanda de

vítimas acometidas por traumas decorrentes de acidentes ou de violência, e a

complexidade do atendimento estabelecido neste setor, gera conflitos, dilemas,

sofrimentos e consequentemente o estresse ocupacional na vida desses

profissionais (POLL; LUNARDI; LUNARDI FILHO, 2008).

34

Este setor exige da equipe de enfermagem, amplo conhecimento,

assistência imediata e habilidades profissionais, características causadoras de

sofrimentos, gerando irritação, frustração, medo, ansiedade, sentimentos

propiciadores ou não do estabelecimento do estresse, sendo estes fatores

dependentes da capacidade de enfrentamento e vulnerabilidade de cada

individuo. Não é correto atribuir o sofrimento dos trabalhadores da unidade a

gravidade das situações clinicas, mas sim ao fato de lidarem com situações as

quais se sentem impotentes, é característico do trabalho o inesperado, sendo

na maioria dos casos, junto à falta de condições e de instrumentos de trabalho,

podendo estes refletir na equipe de enfermagem (ALMEIDA; PIRES, 2007).

Os conflitos se estendem na vida dos profissionais buscando informar ao

usuário que o serviço de urgência e emergência só deve ser procurado para

este tipo de atendimento, isso tem gerado angústias, pois não tem para onde

encaminhar esses pacientes e essas limitações podem gerar nos trabalhadores

sofrimentos, podendo ocasionar estresse ocupacional.

A superlotação do pronto socorro no setor de urgência e emergência

provoca um óbvio desgaste, devido à sobrecarga de trabalho, podendo causar

também um sentimento de desperdício da vocação maior do serviço o qual

seria salvar vidas, o excesso de atividades parece levar os profissionais desta

unidade de urgência e emergência a trabalhar constantemente, sob pressão e

sobrecarga mental, aumentando a possibilidade de ocorrerem acidentes de

trabalho e sofrimento psíquico, além de surgimento de doenças

psicossomáticas de diversas naturezas (POLL; LUNARDI; LUNARDI FILHO,

2008).

Em consequência desta superlotação muitos pacientes ficam

desassistidos por estes profissionais e esta situação pode gerar estresse nos

trabalhadores, pois não conseguem atender a todos os clientes de maneira

ética, social e humana (PAI; LAUTERT, 2008).

O trabalho nesse setor tem como objetivo a luta diária contra a morte,

exigindo esforço e competência de toda equipe ali atuantes. Para que a vida

vença, neste ambiente de trabalho deve existir harmonia, um processo de

trabalho integrado da equipe, bem como à existência de materiais e

equipamentos adequados, visando sempre à segurança e bem-estar do

paciente.

35

Outro grande estressor para o profissional é trabalhar no período

noturno o qual gera conflitos como trabalho/lar, porém outros fatores podem

levar o trabalhador a condições geradoras de estresse, agentes como

violência, insegurança, afazeres no lar, assédio sexual, racismo, cuidado com

os filhos, discriminação pela opção sexual, mexericos e brincadeiras no

ambiente de trabalho, a organização no serviço de enfermagem, estrutura

administrativa, contato com o sofrimento e morte, riscos de acidentes,

contaminação, sons e odores desagradáveis e a produtos no ambiente

hospitalar, expõe o funcionário e pode desencadear o processo de estresse

(STUMM, et al, 2008).

Os trabalhadores no ambiente hospitalar estão sujeitos a condições inadequadas de trabalho, provocando agravos à saúde, podendo ser de natureza física ou psicológica, gerando transtornos alimentares, de sono, de eliminação, fadiga, agravos nos sistemas corporais, diminuição do estado de alerta, estresse, desorganização no meio familiar e neuroses, fatos que, muitas vezes, levam a acidentes de trabalho e licenças para tratamento e saúde (GODOY apud TEODORO;MENDONÇA; ALVES,2007,p.5).

Estas condições de trabalho podem provocar alterações no equilíbrio

psicológico do trabalhador onde muitas vezes, ao tentar se adaptar aos

inúmeros agentes estressores vivenciados no cotidiano laboral lançam mão de

mecanismos de fuga, como a ocorrência do estresse ocupacional.

O estresse é um fenômeno complexo e dinâmico, merecedor de atenção

especial dos profissionais da saúde tendo a clareza de por mais que a

subjetividade e a percepção sejam pioneiras no desencadeamento de estresse,

as condições de trabalho exercem influências significativas para seu agravo

(BENETTI, et al, 2009).

A satisfação no trabalho segundo Batista e Bianchi (2006), deve-se ao

fato de o exercício das atividades prestadas, auxilia na manutenção da vida

humana. O estresse vivido pelo enfermeiro de pronto socorro não esta

envolvido somente com estressores negativos, pois a maior fonte de satisfação

no trabalho em urgência e emergência se deve as intervenções as quais

auxiliam na manutenção da vida, intervenções estas que podem ser de baixa,

média ou alta complexidade, e todas podem exercer desgaste físico e mental

36

em qualquer individuo da equipe, refletindo em seu desempenho laboral e/ou

em seu equilíbrio mental, ocasionando conseqüentemente estresse

ocupacional.

A possibilidade de aliviar a dor e o sofrimento dos usuários e a possibilidade de salvar vidas humanas podem ser fontes de conforto e satisfação contribuindo para o equilíbrio psíquico dos trabalhadores. (ALMEIDA; PIRES, 2007, p.620)

Quando o sentimento de prazer ao trabalhar no Pronto Atendimento é

suprimido ou mesmo esquecido, seja por ritmo acelerado, falta de materiais ou

mesmo por elevada procura do atendimento surge a insatisfação, favorecendo

o aparecimento do estresse ocupacional.(MENZANI; BIANCHI,2009).

Diversos fatores de estresse podem afetar a equipe de serviço de emergência foram identificados, dentre eles: problemas pessoais de ordem emocional, afetando diretamente a comunicação e o desempenho do profissional, a ansiedade causada pela expectativa de um desempenho adequado; questões éticas; estresse do paciente e do familiar agravados pela alta demanda, impondo, maior habilidade do profissional para controlar a situação; condições de trabalho inadequadas relacionadas ao ambiente, recursos materiais e tecnológicos. (MENZANI; BIANCHI, 2009, p.328)

2.3 Fatores externos que influenciam o estresse ocupacional

As causas do estresse ocupacional são variadas e possuem efeito

cumulativo. Quando as exigências físicas ou mentais são exageradas

sobrevém o estresse, mas pode ocorrer fortemente nos trabalhadores já

afetados por outros fatores, como conflitos com a administração ou problema

familiar, sendo estes considerados fatores externos causadores do estresse

ocupacional. (LIDA apud CAIAFOO, 2003)

O estresse pode ser causado por fontes internas ou externas, quando

causado por determinantes internos, o individuo gera o estresse. Com relação

aos fatores externos, não ocorrem por determinantes externos ao individuo,

como problemas conjugais de um membro da equipe. (TEODORO;

MENDONÇA; ALVES, 2007).

Na concepção de Magalhães e Castro (2008), denominam-se fatores

37

externos eventos ou condições externas que afetam o organismo, e

independem das características ou comportamento da pessoa, ou seja,

qualquer situação ocorrente fora do corpo e da mente do individuo.

As fontes externas de estresse associam eventos os quais não

dependem diretamente do controle do individuo, tais como a falta de interação

com a equipe, conflitos com a chefia, problemas familiares, vários vínculos

empregatícios, falta de materiais, elevado fluxo de pessoas no ambiente, falta

de conhecimento técnico, enfim, a situação cotidiana de trabalho do individuo é

considerada como um fator externo, possivelmente desencadeando o estresse

ocupacional. (RONCATO, 2007)

Christophoro e Waidman (2002) vêem os fatores externos como

acontecimentos da vida, “nascer e o morrer”, qualquer situação que interfira na

qualidade física ou mental do individuo e pode ser desencadeado por varias

áreas da vida da pessoa, tais como familiar, social e ocupacional.

38

CAPÍTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUÇÃO

Considerando que a enfermagem é uma profissão estressante devido à

relevância de vários fatores intrínsecos e extrínsecos inerentes a atividade

executadas exercidas no cotidiano, o estresse ocupacional está entre as

principais patologias acometidas ao trabalhador desta área, gerando problemas

na atividade laboral ou afetando a vida pessoal destes profissionais.

A hipótese levantada acredita-se que por diversos fatores pode ocorrer

estresse ocupacional, relacionado ao trabalho dos profissionais de enfermagem

no setor de Urgência e Emergência em hospital público e privado, pois

possuem vários vínculos empregatícios, vulnerabilidade, uma jornada

excessiva de trabalho, falta de recursos humanos, materiais, grupo etário,

gênero, relacionamento interpessoal ou até mesmo fatores vinculados a ações

externas.

Entende-se que independentemente da capacidade de enfrentamento ou

a vulnerabilidade de cada indivíduo, a equipe atuante no pronto atendimento

esta constantemente sujeita a desencadear o estresse ocupacional.

foi realizado estudo de caso com o objetivo de avaliar os fatores

desencadeantes do estresse ocupacional nos trabalhadores de enfermagem no

setor de urgência e emergência, o projeto de pesquisa foi aprovado pelo

Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

– Araçatuba SP, protocolo nº 364 em 23/09/2010,

Para comprovar a hipótese levantada a partir da problemática em

questão foi realizada pesquisa de campo, em dois hospitais situados na região

de Lins, de 30 de Setembro a 30 de Outubro de 2010.

3.1 Métodos empregados na realização deste estudo

39

a) Estudo de caso foi realizado no Hospital Geral Prefeito Miguel Martin

Gualda de Promissão (HGPMMGP), setor de Urgência e

Emergência, com a equipe de enfermagem composta por 6 auxiliares

e técnicos e 1 enfermeiro, totalizando 7 profissionais e Hospital e

Maternidade São Lucas de Lins (HMSL) com a equipe composta por

9 auxiliares e técnicos e 1 enfermeiro, totalizando 10 profissionais.

Estes profissionais, voluntariamente aceitaram participar da coleta de

dados no período supracitado, assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido, a fim de verificar quais os fatores que influenciam o estresse

ocupacional no Setor de Urgência e Emergência.

b) Observação sistemática foi realizada observação, analise e

acompanhamento da rotina dos profissionais no Setor de Urgência e

Emergência dos hospitais acima citados, para determinar quais os

fatores influenciáveis na ocorrência de estresse ocupacional na

equipe de enfermagem deste setor, afim de que fosse desenvolvido o

estudo de caso.

3.2 Técnicas

a) Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A)

b) Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B)

c) Roteiro de Entrevista para os Profissionais de Enfermagem

(Apêndice C)

d) Termos de Consentimento Livre Esclarecido ( Anexo A).

3.3 Descrição dos Hospitais onde foram realizados os estudos

A pesquisa foi realizada nos setores de Urgência e Emergência, de dois

hospitais, sendo eles HGPMMGP e HMSL. Participaram da pesquisa

funcionários que laboram em três turnos de trabalho no setor.

40

Respectivamente, a primeira unidade está localizada na cidade de

Promissão, sendo instituição pública, com atendimento exclusivo aos usuários

do Sistema Único de Saúde (SUS), atende cotidianamente a população de

Promissão e cidades circunvizinhas, totalizando um número aproximado de

cento e noventa atendimentos diários, em turno de doze horas. Toda a

assistência prestada neste setor é realizada por quatro auxiliares e técnicos de

enfermagem e um enfermeiro. Quanto à estrutura física possui um posto de

enfermagem, dois consultórios médicos, sala de emergência, duas salas de

repouso uma com apenas dois leitos e outra com cinco leitos, onde são

administrados medicamentos e repouso dos pacientes, existe apenas uma

entrada neste setor, tanto para urgência como para emergência.

A segunda unidade está localizada na cidade de Lins, trata-se de

instituição privada, onde são prestados cuidados a usuários de convênio da

própria operadora, associados a outras prestadoras de serviço médico e

clientes particulares. A assistência neste setor é realizada por um enfermeiro e

três técnicos de enfermagem em cada período de doze horas. O local possui

um posto de enfermagem, dois consultórios médicos, três salas de repouso

com cinco poltronas e seis leitos utilizados para administração de

medicamentos e observação dos pacientes ali admitidos. Em sua entrada

principal há um corredor que leva à sala de atendimento de emergências

médicas contando com materiais e equipamentos de uso exclusivo nos

cuidados a pacientes com risco iminente de morte. A unidade atende

diariamente usuários da região, sendo realizados aproximadamente noventa

atendimentos por dia.

A partir deste momento o hospital privado passa a ser denominado

Hospital A e o hospital público Hospital B.

3.4 Roteiro de entrevista para os profissionais de enfermagem

Este questionário contém perguntas fechadas e abertas sobre a

qualidade de vida do colaborador dos dois hospitais estudados, incluindo dados

pessoais e relativos às atividades desenvolvidas durante o trabalho no setor

41

estudado, a fim de avaliar os fatores influenciáveis no estresse ocupacional.

3.5 Aplicação do questionário

Os questionários foram aplicados às equipes de enfermagem de um

hospital público e nosocômio privado, nos três turnos existentes.

Anteriormente à aplicação do questionário, os Termos de Consentimento

Livre e Esclarecido (Anexo A) foram assinados pelos profissionais que

aceitaram participar da pesquisa. Após realização do inquérito, os

questionários foram recolhidos para realização do processo de tabulação e

analise dos dados. Cumpre citar referente aos profissionais do turno noturno do

Hospital B se recusaram a responder o questionário, pois afirmaram que não

teriam tempo para isso.

3.6 Resultados da Pesquisa

As tabelas abaixo se referem ao questionário aplicado relacionado ao

perfil dos profissionais de enfermagem que atuam no setor de urgência e

emergência e análise das questões relacionadas ao estresse ocupacional.

Tabela 1 – Características dos Profissionais estudados

(continua) Idade Hospital A Hospital B Até 25 3 - 26 a 30 2 - 31 a 35 1 - 36 a 45 4 5 46 a 55 - 2

Tempo de serviço na

enfermagem Hospital A Hospital B

1 a 5 5 1 6 a 10 4 2

11 a 15 1 4 Mais de 15 - -

42

(continua)

Tempo de serviço na unidade

hospitalar

Hospital A Hospital B

Menos 2 ano 3 - 2 a 5 4 1 6 a 10 2 1

11 a 15 1 2 Mais de 15 anos - 3

Turno de Trabalho Hospital A Hospital B

Matutino 1 Diurno 5 6

Noturno 5 -

Carga horária semanal de trabalho na unidade

Hospital A Hospital B

Menos 20 h 6 1 20 h 4 40 h - 5

Mais de 40 h - 1

N° filhos Hospital A Hospital B 1 3 - 2 2 2 3 - 3

Faz uso de medicamentos Hospital A Hospital B Sim 4 3 Não 6 4

Exerce outra atividade

remunerada? Hospital A Hospital B

Enfermagem 6 5 Outros 3 2

Dorme bem à noite Hospital A Hospital B

Sim 7 5 Não 3 2

Faz uso de calmante Hospital A Hospital B

Sim - - Não 10 7

Escolaridade Hospital A Hospital B

Completo 9 6 Incompleto - - Graduação 1 1

Fonte: Feitosa, Silva, 2010.

No Hospital A e B, a maioria dos trabalhadores tem em média 36 a 45

43

anos, prevalecendo no B os profissionais do sexo masculino, sendo que no A

temos a distribuição de colaboradores por sexo é proporcional. A maioria é

casada, com média de 1 a 3 filhos, somente manifestam interesse em se

graduar, sendo todos auxiliares de enfermagem no Hospital B e todos técnicos

de enfermagem no Hospital A.

A grande maioria em ambos os hospitais apresentam preocupações com

a forma física, sendo que no hospital A maioria faz atividades físicas

diariamente, e no nosocômio B somente 50% apresenta interesse pelas

atividades físicas. Os funcionários do hospital B apresentam em média 15 anos

de trabalho na unidade, já no A os trabalhadores desta unidade 70% exercem

suas atividades nos pronto atendimento há até 05 anos.

Em ambos os hospitais a maioria não relatam insônia e não fazem uso

de medicamentos controlados.

A jornada de trabalho semanal no Hospital A é de 40 horas podendo ser

dividida entre os profissionais entre plantões diurnos e noturnos, no Hospital B

obteve-se o mesmo resultado quanto às horas trabalhadas, mas os plantões

são matutinos e diurnos.

Tabela 02: Avaliação dos trabalhadores em relação à liberdade dada pela

instituição para desenvolvimento de suas atividades.

Fonte:Feitosa,Silva, 2010

Comparando os dados coletados pode-se constatar que os trabalhadores

do Hospital B sentem-se mais livres para desenvolver suas atividades,

comparado aos profissionais do Hospital A, porém as pessoas acreditam poder

desenvolver suas atividades livremente na instituição particular correspondem

a 50% dos entrevistados.

sim não Total

Hospital A Count 5 5 10

% within Hospital 50,0% 50,0% 100,0%

B Count 6 1 7

% within Hospital 85,7% 14,3% 100,0%

Total Count 11 6 17

% within Hospital 64,7% 35,3% 100,0%

44

Tabela 03: As responsabilidades do meu trabalho são insuficientemente

definidas.

sim não Total

Hospital A Count 3 7 10

% within Hospital 30,0% 70,0% 100,0%

B Count 2 5 7

% within Hospital 28,6% 71,4% 100,0%

Total Count 5 12 17

% within Hospital 29,4% 70,6% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

As equipes de ambos os hospitais afirmam sendo as responsabilidades

suficientemente definidas, correspondendo a 70% no Hospital A e 71,4% no

Hospital B.

Tabela 04: Minhas atividades são interrompidas com freqüência devido a

reuniões ou outras causas.

sim não Total

Hospital A Count 1 9 10

% within Hospital 10,0% 90,0% 100,0%

B Count 0 7 7

% within Hospital ,0% 100,0% 100,0%

Total Count 1 16 17

% within Hospital 5,9% 94,1% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

Analisando a tabela pode-se observar em ambas as instituições os

trabalhadores não consideram suas atividades interrompidas para a realização

de reuniões, perfazendo um percentual de 90,0% no hospital A e 100,0% no

hospital B.

Tabela 05: Visão do trabalhador a respeito do controle exercido pela instituição

em suas tarefas.

45

sim não Total

Hospital A Count 1 9 10

% within Hospital 10,0% 90,0% 100,0%

B Count 3 4 7

% within Hospital 42,9% 57,1% 100,0%

Total Count 4 13 17

% within Hospital 23,5% 76,5% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

De acordo com os dados, os trabalhadores do Hospital B acreditam que a

chefia mantem maior controle em seu trabalho, o que corresponde a 42,9%, já

no Hospital A, 90% da equipe julga o controle exercido pela chefia em relação

ao seu trabalho ser necessário.

Tabela 06: Percepção dos trabalhadores em relação ao reconhecimento por

parte da instituição ao trabalho desenvolvido e méritos alcançados na empresa.

sim não Total

Hospital

A Count 1 9 10

% within Hospital 10,0% 90,0% 100,0%

B Count 4 3 7

% within Hospital 57,1% 42,9% 100,0%

Total Count 5 12 17

% within Hospital 29,4% 70,6% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

Os funcionários do Hospital A se sentem reconhecidos pelos trabalhos

desenvolvidos na empresa e 57,1% dos trabalhadores do Hospital B acreditam

não terem reconhecimento de seus méritos.

Tabela 07: Visão do profissional a respeito do desenvolvimento de carreira na

instituição.

sim não Total

Hospital A Count 9 1 10

% within Hospital 90,0% 10,0% 100,0%

B Count 5 2 7

46

% within Hospital 71,4% 28,6% 100,0%

Total Count 14 3 17

% within Hospital 82,4% 17,6% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

Em ambos os hospitais nota-se que os trabalhadores acreditam poderem desenvolver suas carreiras dentro do ambiente ao qual trabalham. Em números absolutos 17,6% relatam não sentir poderem desenvolver sua carreira dentro

da instituição,

Tabela 08: As minhas sugestões e recomendações não são levadas em

consideração pelos meus superiores.

sim não Total

Hospital A Count 1 9 10

% within Hospital 10,0% 90,0% 100,0%

B Count 3 4 7

% within Hospital 42,9% 57,1% 100,0%

Total Count 4 13 17

% within Hospital 23,5% 76,5% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

No primeiro grupo percebe-se positividade em relação as suas

recomendações serem levadas a sério, já o segundo grupo não obteve a

mesma resposta satisfatória, sendo 42,9% disseram não ter suas sugestões

consideradas, totalizando 23,5% de colaboradores dos dois hospitais

insatisfeitos com a consideração demonstrada por seus superiores.

Tabela 09: Observo haver falta de lealdade e cooperação entre os colegas de

trabalho.

sim não Total

Hospital A Count 3 7 10

% within Hospital 30,0% 70,0% 100,0%

47

B Count 6 1 7

% within Hospital 85,7% 14,3% 100,0%

Total Count 9 8 17

% within Hospital 52,9% 47,1% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

Observa-se que 30% dos colaboradores do Hospital A acreditam que

seus colegas não são leais, já no Hospital B 85,7% da equipe vêem seus companheiros como desleais, perfazendo total de 52,9% de respostas onde se nota-se a interação e lealdade entre os trabalhadores deste setor são

insatisfatórias. Tabela 10: Sinto que a ética profissional é ignorada por muitos colegas da

instituição.

sim não Total

Hospital A Count 5 5 10

% within Hospital 50,0% 50,0% 100,0%

B Count 7 0 7

% within Hospital 100,0% ,0% 100,0%

Total Count 12 5 17

% within Hospital 70,6% 29,4% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

O resultado da equipe do Hospital A ficou dividido, perfazendo 50% das

respostas obtidas como afirmativas e outros 50% como negativas, em relação ao Hospital B 100% dos colaboradores acreditam na ignorância de seus colegas quanto a ética profissional.

Tabela 11: Observo que há “panelas” ou “grupinhos” de colegas dominando o

ambiente de trabalho.

sim não Total

Hospital A Count 2 8 10

% within Hospital 20,0% 80,0% 100,0%

48

B Count 5 2 7

% within Hospital 71,4% 28,6% 100,0%

Total Count 7 10 17

% within Hospital 41,2% 58,8% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

Observa-se que no Hospital B 71,4% dos profissionais vêem formação

de “grupinhos” dentro da instituição, em relação ao Hospital A apenas 20% da equipe acredita que existam “panelinhas”.

Tabela 12: Percebo que o desempenho profissional de certos colegas é

insatisfatório.

Sim não Total

Hospital A Count 5 5 10

% within Hospital 50,0% 50,0% 100,0%

B Count 6 1 7

% within Hospital 85,7% 14,3% 100,0%

Total Count 11 6 17

% within Hospital 64,7% 35,3% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

A insatisfação no Nosocômio B é evidente em relação ao desempenho

profissional de certos colegas, com 85,7% de respostas descontentes. No Hospital A cerca de 50% da equipe vê o trabalho desempenho de alguns colegas como insatisfatório.

Tabela 13: Há dificuldades de relacionamento profissional com outros colegas

no ambiente de trabalho.

sim Não Total

Hospital A Count 2 8 10

% within Hospital 20,0% 80,0% 100,0%

B Count 3 4 7

% within Hospital 42,9% 57,1% 100,0%

Total Count 5 12 17

49

% within Hospital 29,4% 70,6% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

O relacionamento profissional no ambiente de trabalho no Hospital A,

aparentemente é satisfatório, apenas 20% dos profissionais mostraram-se

insatisfeitos, contudo na equipe do Hospital B, as respostas satisfatórias constituíram uma porcentagem menor, perfazendo um total de 42,9% da equipe. Tabela 14: Percebo que as divergências do meu trabalho conflitam muitas

vezes com minhas responsabilidades pessoais e familiares.

sim Não Total

Hospital A Count 0 10 10

% within Hospital ,0% 100,0% 100,0%

B Count 4 3 7

% within Hospital 57,1% 42,9% 100,0%

Total Count 4 13 17

% within Hospital 23,5% 76,5% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

Analisando a tabela, observa-se que na equipe da instituição privada, as

divergências do trabalho não refletem na vida pessoal e familiar, já na equipe do hospital público as divergências repercutem ‘sim’ na vida pessoal e familiar, como mostra os 57,1% das respostas obtidas.

Tabela 15: Minhas atividades profissionais ficam prejudicadas pelo excessivo

número de pacientes.

sim não Total

Hospital A Count 3 7 10

% within Hospital 30,0% 70,0% 100,0%

B Count 4 3 7

% within Hospital 57,1% 42,9% 100,0%

Total Count 7 10 17

50

% within Hospital 41,2% 58,8% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

Comparando os dados coletados, o excessivo número de pacientes na

instituição pública tem prejudicado as atividades dos colaboradores da equipe

de enfermagem, como certifica-nos os 57,1% obtidos nas respostas. E os 70% das respostas ‘não’ da instituição privada, mostra-nos que o excesso de pacientes não prejudica as atividades por eles exercidas.

Tabela 16: Sinto-me tenso em prestar assistência ao paciente.

sim não Total

Hospital A Count 1 9 10

% within Hospital 10,0% 90,0% 100,0%

B Count 5 2 7

% within Hospital 71,4% 28,6% 100,0%

Total Count 6 11 17

% within Hospital 35,3% 64,7% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

Observa-se 71,4% da equipe de colaboradores da instituição B se sentem

tensos ao prestar assistência ao paciente, já no hospital A não se observa essa

tensão, pois 90% afirmaram ‘não’ se sentirem tenso na prestação de assistência ao paciente.

Tabela 17: Acredito que a instituição não tem interesse em propiciar as

condições necessárias para o desenvolvimento adequado de minhas

atividades.

sim 2 Total

Hospital A Count 1 9 10

% within Hospital 10,0% 90,0% 100,0%

B Count 0 7 7

% within Hospital ,0% 100,0% 100,0%

Total Count 1 16 17

51

% within Hospital 5,9% 94,1% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

Em ambos os hospitais as equipes acreditam que as instituições têm interesse em propiciar as condições adequadas para o desenvolvimento das atividades laborais. Na primeira equipe obteve resultado de 90,0% e a segunda

100,0%.

Tabela 18: Não disponho de recursos e instalações apropriadas para cumprir

com as minhas responsabilidades profissionais.

sim não Total

Hospital A Count 1 9 10

% within Hospital 10,0% 90,0% 100,0%

B Count 6 1 7

% within Hospital 85,7% 14,3% 100,0%

Total Count 7 10 17

% within Hospital 41,2% 58,8% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

A satisfação com as instalações e disposição recursos para o exercício

profissional da primeira instituição é evidente, com 90% dos trabalhadores

satisfeitos, porém no Hospital B é notória a insatisfação, onde 85,7%

responderam não disporem de recursos e instalações adequadas para

cumprirem com suas responsabilidades profissionais.

Tabela 19: Dificilmente consigo apoio ou recursos para aprimoramento de

minha atuação profissional.

sim não Total

Hospital A Count 1 9 10

% within Hospital 10,0% 90,0% 100,0%

B Count 3 4 7

% within Hospital 42,9% 57,1% 100,0%

Total Count 4 13 17

% within Hospital 23,5% 76,5% 100,0%

52

Fonte: Feitosa, Silva, 2010

Os colaboradores da primeira instituição analisada demonstram através

dos 90% de respostas satisfatórias, conseguirem apoio ou recursos para

aprimoramentos e atuações profissionais, sendo 42,9% da equipe do Hospital

B afirmaram não ter este apoio ou recursos.

Tabela 20: As atividades que realizo durante o dia são repetitivas e rotineiras.

sim não Total

Hospital A Count 2 8 10

% within Hospital 20,0% 80,0% 100,0%

B Count 5 2 7

% within Hospital 71,4% 28,6% 100,0%

Total Count 7 10 17

% within Hospital 41,2% 58,8% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

Os colaboradores do Hospital B consideram as atividades diárias

repetitivas e rotineiras, perfazendo um total de 71,4% de respostas afirmativas,

ao contrario na equipe do Hospital A afirmaram não realizarem atividades

repetitivas e rotineiras.

Tabela 21: Os principais problemas que enfrento, atualmente, giram em torno

do meu trabalho.

Sim não Total

Hospital A Count 2 8 10

% within Hospital 20,0% 80,0% 100,0%

B Count 2 5 7

% within Hospital 28,6% 71,4% 100,0%

Total Count 4 13 17

% within Hospital 23,5% 76,5% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

Observando a tabela pode-se constatar 20% da equipe do Hospital A e

53

28,6% dos colaboradores do Hospital B afirmam sendo os principais problemas

enfrentados giram em torno do trabalho.

Tabela 22: Meu salário atual não é adequado para cobrir minhas necessidades

pessoais e familiares.

sim não Total

Hospital

A Count 1 9 10

% within Hospital 10,0% 90,0% 100,0%

B Count 6 1 7

% within Hospital 85,7% 14,3% 100,0%

Total Count 7 10 17

% within Hospital 41,2% 58,8% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

De acordo com os dados coletados, a equipe do Hospital A apresenta-se

satisfeita com suas remunerações, já os colaboradores do Hospital B acreditam ser seu salário insuficiente para cobrir os gastos com pessoais e familiares.

Tabela 23: Minha situação econômica atual não me permite realizar projetos de

lazer para meus períodos de folga.

sim não Total

Hospital A Count 3 7 10

% within Hospital 30,0% 70,0% 100,0%

B Count 6 1 7

% within Hospital 85,7% 14,3% 100,0%

Total Count 9 8 17

% within Hospital 52,9% 47,1% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

A situação econômica dos trabalhadores do Hospital B permite realizarem

projetos de lazer em seus períodos de folga, como mostra-nos 85,7% das

respostas afirmativas, enquanto na instituição A 70% dos profissionais

acreditam não apresentar situação econômica possível para programar e

realizar projetos de lazer em suas folgas.

54

Tabela 24: Sinto tensão e ansiedade ao lidar com o sofrimento e morte no

ambiente de trabalho.

sim não Total

Hospital A Count 2 8 10

% within Hospital 20,0% 80,0% 100,0%

B Count 0 7 7

% within Hospital ,0% 100,0% 100,0%

Total Count 2 15 17

% within Hospital 11,8% 88,2% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

Os funcionários da instituição B não sentem tensão e ansiedade ao lidar

com o sofrimento e morte no ambiente de trabalho, na instituição A 20,0%

afirmaram sentirem-se tensos e ansiosos quando confrontados com a morte.

Tabela 25: Percebo o ambiente de trabalho como algo desagradável.

não Total

Hospital A Count 10 10

% within Hospital 100,0% 100,0%

B Count 7 7

% within Hospital 100,0% 100,0%

Total Count 17 17

% within Hospital 100,0% 100,0% Fonte: Feitosa, Silva, 2010

Analisando os dados coletados, os trabalhadores de ambas as instituições

afirmaram não acham seu ambiente de trabalho desagradável.

3.7 Discussão

O estresse ocupacional vem sendo motivo de muitos estudos,

principalmente na área hospitalar, aonde os profissionais tem uma rotina diária

55

que exige muita habilidade no desempenho de suas funções, pois o objetivo de

seu trabalho é evitar seqüelas e salvar vidas.

O trabalho é uma das fontes de satisfação humana, pois proporciona

auto-realização, manutenção de relações interpessoais e sobrevivência, por

outro lado pode ser fonte de adoecimento quando existem fatores de risco para

a saúde e o trabalhador não dispõe de suporte físico e mental suficiente para

se proteger destes perigos.

Os profissionais de enfermagem atuam sob constante estresse, pois as

suas atividades envolvem carga de trabalho, tanto física como mental, exigem

decisões rápidas e precisas em relação ao planejamento e execução de

procedimentos que podem resultar em melhora ou piorar o estado clinico do

paciente. (MESCOLOTI apud REIS et.al, 2002)

Estresse ocupacional é a relação entre o individuo e o seu ambiente,

onde por muitas vezes, as exigências ultrapassam as habilidades do

trabalhador para enfrentá-las, o que pode acarretar desgaste excessivo do

organismo, interferindo na produtividade deste profissional.

O setor de urgência e emergência é um importante componente na

assistência a saúde, pois houve um crescimento dos atendimentos ali

realizados, em conseqüência do aumento no número de sinistros, a violência

urbana, elevação dos casos que necessitam de atendimento emergencial e a

incapacidade de alguns serviços de saúde em atender a população em

situações críticas, o que transforma este setor em uma das áreas mais

problemáticas dentro de um hospital, fazendo com que os profissionais de

enfermagem desenvolvam fatores que influenciam na ocorrência do estresse

ocupacional. (DALRI, 2007).

Segundo análise dos dados coletados através dos questionários

aplicados nos respectivos hospitais de ordem privado e público, constatou-se

que não há um fator único que desencadeia o estresse ocupacional, mas sim

conjunto de insatisfações, tensões e ansiedades, independentemente da

instituição ser de ordem pública ou privada, pois ambos lidam cotidianamente

com os possíveis geradores de estresse.

Mediante a observação das autoras pode-se constatar que os

trabalhadores da instituição pública sentem-se mais livres para desenvolver

suas atividades do que os profissionais que desempenham seu papel no

56

hospital privado, pois os trabalhadores que acreditam poder realizar suas

atividades livremente na instituição particular correspondem a 50% dos

entrevistados, neste local os funcionários percebem-se reconhecidos pelos

trabalhos desenvolvidos na empresa, já 57,1% dos trabalhadores do hospital

público acreditam não terem reconhecimento de seus méritos. No hospital A

30% das respostas foram que há falta de lealdade e cooperação entre os

colegas, no entanto na instituição B a porcentagem de respostas afirmativas foi

de 85,7%, contudo se percebem através do total de 52,9% das respostas

obtidas em ambos os hospitais que a interação e lealdade entre os

colaboradores são insatisfatórias.

O trabalho constitui fonte de prazer, bem estar e saúde quando existem

condições que favorecem à livre utilização das habilidades e o seu controle

pelos trabalhadores, e por outro lado pode ser fonte de sofrimento psíquico

quando desprovido de sentido, sem suporte social, não reconhecimento ou até

mesmo em situações que se constitui em fonte de ameaça à integridade física

ou psíquica. (LUNARDI apud DALRI, 2007) .

Segundo Dalri (2007), o mundo do trabalho vem se desenvolvendo muito

rápido, fazendo com que o trabalhador se insira em um contexto onde as

condições de insegurança no emprego e a segmentação do mercado de

trabalho é crescentes, o que provoca reestruturação da produção,

enxugamento de quadro de funcionários e incorporação tecnológica, sendo que

essas situações repercutem na saúde mental dos trabalhadores.

No entanto, para os profissionais pesquisados existem aparente

similaridades nas respostas, onde as equipes de ambos os hospitais afirmam

que as responsabilidades são definidas suficientemente, perfazendo um total

de cerca de 70% dos entrevistados. Os profissionais acreditam que as

instituições têm interesse em propiciar as condições adequadas para o

desenvolvimento das atividades laborais, na primeira a porcentagem foi de

90,0% e a segunda 100,0%%. Pode-se constatar que um pequeno grupo de

pessoas das duas instituições afirmou que os principais problemas que

enfrentam giram em torno no trabalho aproximadamente 20% dos

trabalhadores, contradizendo a afirmativa da autora acima citada.

Em alguns estudos é possível observar que os trabalhadores de

enfermagem avaliam as suas condições de trabalho como estressantes e

57

difíceis, porém no estudo desenvolvido pelas pesquisadoras pode verificar que

vários fatores desencadeiam ou até mesmo influenciam a ocorrência do

estresse ocupacional, sendo eles internos como também externos.

O trabalho dos profissionais de enfermagem, de modo geral, é

desenvolvido em ambiente com situações geradoras de tensão, podendo

somar com a convivência do sofrimento do outro, com angústia dos doentes e

de seus familiares, com a morte que muitas vezes, origina sentimentos de

frustração e de fracasso da assistência. (DALRI, 2007)

Os funcionários do Hospital B não sentem tensão e ansiedade ao lidar

com o sofrimento e morte no ambiente de trabalho. No Hospital A 20,0%

afirmaram sentirem-se tensos e ansiosos.

3.8 Parecer final da pesquisa

No decorrer da pesquisa foi possível verificar o estresse sendo um

obstáculo a ser vencido pelos profissionais de saúde e dirigentes hospitalares.

Constatamos também que um único agente nem sempre é a origem

desta patologia, porém o acúmulo de vários elementos, sejam eles físicos ou

psíquicos, podem gerar condições estressoras.

A possibilidade da equipe de enfermagem em manter vários vínculos

empregatícios, em virtude da carga horária por eles realizada, causa acúmulo

de funções, sobrecarregando o trabalhador. Por outro lado o funcionário

apresenta necessidade econômica em manter outros empregos, a fim de

prover a subsistência familiar.

É possível verificar a insatisfação gerada pelo conluio criado dentro das

instituições, fato este sendo mais explícito no órgão público. Pode se verificar

através das respostas obtidas, por alguns colegas de trabalho ignoram a ética

profissional, corroborando para as situações de exposição do trabalhador às

intrigas sejam uma constante no âmbito hospitalar.

Por outro lado a equipe de ambos os hospitais demonstram interesse da

instituição no crescimento profissional dos trabalhadores atuantes no setor de

urgência e emergência, vindo de encontro aos anseios dos colaboradores.

58

Outro ponto a ser destacado é o sentimento de impotência diante da

morte, pois a população acredita por a equipe estar exposta a ocorrências

confrontadoras diretamente com a morte, deveriam estar preparadas para

enfrentá-la, mas nem sempre ocorre, pois os trabalhadores nada mais são

além de humanos cuidando de seres humanos e por isso sujeito a sucumbir

diante de eventos adversos ao seu cotidiano.

Os trabalhadores os quais exercem suas funções no setor de urgência e

emergência dos hospitais sejam eles públicos ou privados devem criar

soluções visando à redução de fatores geradores de estresse. Essa situação

deve ser trabalhada em conjunto com a instituição, visando práticas para tornar

a equipe mais coesa e segura diante das ocorrências enfrentadas

cotidianamente no setor de urgência e emergência.

Após vivenciar o trabalho realizado e verificar os relatos obtidos através

das entrevistas com a equipe de enfermagem do setor de urgência e

emergência, observou-se a necessidade de criar uma proposta de intervenção

onde seja contemplada a prevenção da patologia, buscando melhora da

qualidade de vida dos profissionais e consequentemente atendimento mais

humano aos usuários dos serviços de saúde.

59

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

De acordo com a presente pesquisa realizada, pode-se observar que as

preocupações com o estresse têm sido cada vez maiores por parte das

empresas e profissionais de saúde, uma vez que esse fato tem desempenhado

papel importante no processo trabalho-saúde-doença, onde a atenção

dispensada ao estresse ocupacional se deve ao fato desta patologia trazer

sérias consequências ao trabalhador, tanto na rotina do trabalho, como em sua

vida doméstica provocando no funcionário problemas físicos e psíquicos, já que

esta doença tem causas multifatoriais, como problemas físicos e mentais,

As ações para prevenção de fatores que influenciam no estresse

ocupacional envolvem fatores organizacionais, políticos e econômicos, sendo

que as mudanças no contexto de trabalho devem se pautar na participação de

todos, afinal todo e qualquer processo de mudança na estrutura, no que diz

respeito à melhoria das condições de trabalho que revertem no bem-estar dos

trabalhadores, deve ser alicerçada na participação efetiva do grupo, trazendo a

discussão das mudanças para equipe nos locais e horários de jornada laboral.

Sendo assim, as empresas devem implantar um programa de manejo de

estresse ocupacional com enfoque na organização da rotina diária ou no

funcionário buscando reduzir os estressores do ambiente, mudando as

condições laborais diárias, realizando treinamentos, promovendo o

desenvolvimento da equipe, participação dos empregados através de

sugestões de melhorias, almejando sempre diminuir o impacto dos riscos que o

estresse ocupacional pode provocar.

O trabalhador deve sempre buscar, lazer e a realização no trabalho, na

vida pessoal e social, tendo a consciência de que esta busca pode ser

fundamental para o enfrentamento do estresse ocupacional, necessita realizar

atividades físicas regularmente, controlar a alimentação, fazer períodos de

repouso, conservar atividades sociais, procurar manter boa qualidade de vida,

estimular melhor relacionamento entre as chefias e demais profissionais da

equipe de saúde, pois quando o trabalhador é ouvido, se sente respeitado,

tendo, portanto, as tarefas que lhe designam executadas com maior

envolvimento, responsabilidade e satisfação, consequentemente com menos

60

desgaste físico e mental e conseguem entender que as pessoas agem,

pensam e sentem de forma diferente uns dos outros aprendendo, portanto, a

respeitar o próximo.

A instituição hospitalar deve fazer rever o quantitativo de recursos

humanos, buscando reduzir a carga laboral de cada funcionário, acompanhar e

orientar os profissionais, promover palestras de prevenção do estresse, a fim

de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, estabelecendo estratégias

que minimizem os problemas evidenciados, desenvolver treinamento com a

equipe através de oficinas de trabalho que remetam o funcionário à vivência de

ocorrências estressantes, buscando orientar o trabalhador sobre quais medidas

devem ser tomadas para reduzir os mecanismos estressores, estimular o lazer

nos dias de folga e fornecer suporte psíquico para enfrentamento e superação

de situações de estresse e fazer implementação de ginástica laboral.

Acreditamos que através destas propostas o profissional desempenhará

suas funções com maior segurança, tranqüilidade e obterá melhor qualidade no

serviço apresentado dentro da instituição.

61

CONCLUSÃO

O setor de urgência e emergência desenvolve papel importante na vida

de muitas pessoas, pois é a porta de entrada para qualquer outra especialidade

hospitalar, tendo a função de atender indivíduos que necessitam de cuidados

imediatos. Os trabalhadores de enfermagem desse setor de urgência e

emergência dos nosocômios estudados, no público a grande maioria são

auxiliares de enfermagem,no privado todos são técnicos de enfermagem,a

jornada de trabalho varia de 30 a 40 horas semanais.

De acordo com os resultados obtidos através da análise dos dados foi

observado que não há um fator especifico desencadeante do estresse

ocupacional, mais sim vários, sendo um interligado ao outro, principalmente

fatores externos. Acreditamos que as influencias podem ser amenizadas com

prevenção do estresse, através de palestras sobre o assunto e ginástica

laboral, que pode ser realizada no ambiente de trabalho, onde todo funcionário

tem acesso aos exercícios que buscam reduzir os fatores que podem provocar

o estresse, sem tirá-lo da rotina diária. O desenvolvimento de atividades que

melhorem a qualidade de vida e as condições de saúde e segurança do

trabalhador torna o profissional mais ativo, responsável e a assistência ao

cliente de maneira integral e humanizada.

É importante também que os trabalhadores de enfermagem não se

acomodem frente às situações ocorridas no trabalho e ajudem suas chefias a

buscar e desenvolver mecanismos que auxiliem na melhora das condições no

de trabalho no setor, sendo necessário mostrar aos profissionais a enfermagem

deve ser um trabalho digno e saudável.

A realização desta pesquisa pôde mostrar que o estresse ocupacional é

multifatorial e um tema de suma importância no desenvolvimento das

atividades diárias, visto que se trata de doença que desencadeia outras

patologias e prejudica imensamente o atendimento ao próximo. Ficou

evidenciado o quanto é importante atentar-se para saúde dos clientes internos

da empresa, buscando um ambiente mais amistoso para toda equipe.

Enfim, deseja-se que futuramente este estudo contribua de alguma

forma para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores de unidades de

62

atendimento de urgência e emergência, do exercício profissional do enfermeiro

ou então que levante discussões sobre o assunto, permitindo assim que

busquem uma situação mais humana no que tange ao trabalhador deste setor.

63

REFERÊNCIAS

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66

APÊNDICES

67

APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso 1 INTRODUÇÃO

Foram apresentados os fatores que influenciam o estresse ocupacional,

nos profissionais de enfermagem no setor de urgência e emergência. Será

utilizado os métodos de estudo de caso e observação sistemática, as técnicas

de roteiro de estudo de caso, roteiro de observação sistemática e roteiro de

entrevista para os profissionais de enfermagem.

1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado

a) Descrição do caso estudado.

Avaliação dos fatores relacionado ao estresse ocupacional.

Consta de coleta de dados por meio de questionários com perguntas

gerais e específicas relacionadas com fatores que pode desenvolver o estresse

ocupacional em profissionais de enfermagem.

b) Depoimentos dos seguintes profissionais

Enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem.

1.2 Discussão

Após a obtenção das respostas, os questionários foram analisados e

interpretados, para saber qual são os fatores que influenciam no estresse

ocupacional no setor de urgência e emergência em um hospital público e

privado.

68

APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática I – DADOS DE IDENTIFICACAO

Foram realizados no HGPMMGP e HMSL, com os seguintes profissionais:

enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem que atuam

no setor de urgência e emergência.

II – DADOS A SEREM OBSERVADOS

Distribuição das atividades diárias.

Estrutura física do setor.

Recursos materiais.

Situações estressoras (baseado em conhecimentos técnicos).

Supervisão de enfermagem.

Para o desenvolvimento do estudo de caso.

69

APÊNDICE C – Roteiro de Entrevista para os Profissionais de Enfermagem

QQuueeiirraa rreessppoonnddeerr,, aannoonniimmaammeennttee,, oo qquuee eessttaa sseennddoo ppeeddiiddoo ssoobbrree

eessttrreessssee ooccuuppaacciioonnaall.. MMaarrqquuee ccoomm uumm XX,, nnooss ppaarrêênntteesseess aabbaaiixxoo ccoorrrreessppoonnddeenntteess,, oo nnúúmmeerroo iinnddiiccaattiivvoo qquuee llhhee ffoorr aapplliiccáávveell.. 11.. IInnffoorrmmaaççõõeess ppeessssooaaiiss aa)) IIddaaddee::

(( )) aattéé 2255 aannooss,, (( )) ddee 2266 àà 3300 aannooss (( )) ddee 3311 àà 3355 aannooss (( )) ddee 3366 àà 4455 aannooss (( )) ddee 4466 àà 5555 aannooss (( )) mmaaiiss ddee 5566 aannooss..

bb)) SSeexxoo:: (( )) ffeemmiinniinnoo (( )) mmaassccuulliinnoo

cc)) EEssttaaddoo CCiivviill:: (( )) ccaassaaddoo//aa (( )) ssoolltteeiirroo//aa (( )) sseeppaarraaddoo//aa (( )) vviiúúvvoo//aa (( )) ddiivvoorrcciiaaddoo//aa

dd)) NNºº.. ffiillhhooss____

ee)) EEssccoollaarriiddaaddee

EEnnssiinnoo MMééddiioo:: (( )) ccoommpplleettoo (( )) iinnccoommpplleettoo.. GGrraadduuaaççããoo:: (( )) SSiimm (( )) NNããoo CCuurrssoo::__________________________________________________ PPóóss--ggrraadduuaaççããoo:: (( )) EEssppeecciiaalliizzaaççããoo,, (( )) MMeessttrraaddoo ,, (( )) DDoouuttoorraaddoo ,, (( ))

PPóóss ddoouuttoorraaddoo..

22.. PPrreeooccuuppaaççããoo ccoomm aa ffoorrmmaa ffííssiiccaa??

(( )) SSiimm (( )) NNããoo 33.. PPrrááttiiccaa qquuaall ttiippoo ddee aattiivviiddaaddee ffííssiiccaa?? (( )) SSiimm (( )) NNããoo SSee ssiimm,, hháá qquuaannttoo tteemmppoo?? ____________________________________________________________________ 44.. CCaatteeggoorriiaa ddee ttrraabbaallhhoo

(( )) eennffeerrmmeeiirroo,, (( )) ttééccnniiccoo eemm eennffeerrmmaaggeemm ,, (( )) aauuxxiilliiaarr eemm eennffeerrmmaaggeemm 55.. TTeemmppoo ddee sseerrvviiççoo eemm eennffeerrmmaaggeemm

(( )) mmeennooss ddee 11 aannooss (( )) 11 àà 55 aannooss (( )) 66 àà 1100 aannooss (( )) 1111 àà 1155 aannooss (( )) mmaaiiss ddee 1155 aannooss..

66.. FFaazz uussoo ddee mmeeddiiccaammeennttooss?? (( )) SSiimm (( )) NNããoo QQuuaall??______________________________________________________________________________________

77.. DDoorrmmee bbeemm àà nnooiittee??

70

(( )) SSiimm (( )) NNããoo 88.. FFaazz uussoo ddee aallgguumm ccaallmmaannttee qquuaannddoo nnããoo ccoonnsseegguuee ddoorrmmii??

(( )) SSiimm (( )) NNããoo QQuuaall?? __________________________________________________________________

99.. CCoossttuummaa lleevvaarr sseerrvviiççoo pprraa ccaassaa oouu ppoossssuuii aallgguummaa ddiiffiiccuullddaaddee ppaarraa ssee ddeesslliiggaarr ddoo ttrraabbaallhhoo??

(( )) SSiimm (( )) NNããoo 1100.. EEssttaa ssaattiissffeeiittaa ((oo)) ccoomm oo sseeuu ttrraabbaallhhoo??

(( )) SSiimm (( )) NNããoo 1111.. SSeennttee –– ssee ssoobbrreeccaarrrreeggaaddoo ppeelloo sseeuu ttrraabbaallhhoo??

(( )) SSiimm (( )) NNããoo PPoorr qquuêê?? ____________________________________________________________________________________________

1122.. SSeennttee qquuee ddee aallgguummaa mmaanneeiirraa sseeuu ttrraabbaallhhoo ee eessffoorrççoo nnããoo éé rreeccoonnhheecciiddoo??

(( )) SSiimm (( )) NNããoo PPoorr qquuee?? ________________________________________________________

1133.. TTeemm ddiiffiiccuullddaaddeess ppaarraa ssee rreellaacciioonnaarr ccoomm sseeuuss ccoolleeggaass ddee ttrraabbaallhhoo?? (( )) SSiimm (( )) NNããoo

1144.. EExxeerrccee oouuttrraa aattiivviiddaaddee rreemmuunneerraaddaa (( ))EEmm eennffeerrmmaaggeemm (( )) EEmm oouuttrraass áárreeaass EEssppeecciiffiiqquuee:: ________________________________________________________________________________

1155.. CCaarrggaa hhoorráárriiaa sseemmaannaall ddee ttrraabbaallhhoo nneessttaa uunniiddaaddee:: (( ))MMeennooss ddee 2200 hh (( ))2200 hh (( ))4400 hh (( )) MMaaiiss ddee 4400 hh..

1166.. TTuurrnnoo ddee ttrraabbaallhhoo (( ))MMaattuuttiinnoo (( ))DDiiuurrnnoo (( ))NNoottuurrnnoo

1177.. TTeemmppoo ddee sseerrvviiççoo nneessttaa uunniiddaaddee hhoossppiittaallaarr

(( ))MMeennooss ddee 22 aannooss (( ))ddee 22 àà 55 (( ))ddee 66 àà 1100 (( ))ddee 1111 àà 1155 (( ))mmaaiiss ddee 1155 aannooss..

PPEERRFFIILL DDOOSS PPRROOFFIISSSSIIOONNAAIISS QQUUEE AATTUUAAMM NNOO SSEETTOORR DDEE UURRGGÊÊNNCCIIAA EE EEMMEERRGGÊÊNNCCIIAA RREELLAACCIIOONNAADDOO AAOO EESSTTRREESSSSEE OOCCUUPPAACCIIOONNAALL

Responda todas as questões relacionadas ao estresse ocupacional abaixo, indicando se sim ou não com um X:

1. A liberdade para desenvolver minhas atividades profissionais na instituição é limitada.

( ) Sim ( ) Não

2. As responsabilidades do meu trabalho são insuficientemente definidas.

( ) Sim ( ) Não

71

3. Minhas atividades são interrompidas com freqüência devido a reuniões

ou outras causas.

( ) Sim ( ) Não

4. Meu trabalho é excessivamente controlado pela instituição.

( ) Sim ( ) Não

5. Percebo que a instituição não reconhece meus trabalhos e méritos profissionais.

( ) Sim ( ) Não

6. Sinto-me satisfeito em relação ao desenvolvimento de minha carreira na instituição.

( ) Sim ( ) Não

7. As minhas sugestões e recomendações não são levadas em consideração pelos meus superiores.

( ) Sim ( ) Não

8. Observo que há falta de lealdade e cooperação entre os colegas de trabalho.

( ) Sim ( ) Não

9. Sinto que a ética profissional é ignorada por muitos colegas da instituição.

( ) Sim ( ) Não

10. Observo que há “panelas” ou “grupinhos” de colegas que dominam o ambiente de trabalho.

( ) Sim ( ) Não

11. Percebo que o desempenho profissional de certos colegas é insatisfatório.

( ) Sim ( ) Não

72

12. Há dificuldades de relacionamento profissional com outros colegas no ambiente de trabalho.

( ) Sim ( ) Não

13. Percebo que as divergências do meu trabalho conflitam muitas vezes com minhas responsabilidades pessoais e familiares.

( ) Sim ( ) Não

14. Minhas atividades profissionais ficam prejudicadas pelo excessivo número de pacientes.

( ) Sim ( )Não

15. Sinto-me tenso em prestar assistência ao paciente.

( ) Sim ( )Não

16. Acredito que a instituição não tem interesse em propiciar as

condições necessárias para o desenvolvimento adequado de minhas atividades.

( ) Sim ( )Não

17. Não disponho de recursos e instalações apropriadas para cumprir

com as minhas responsabilidades profissionais.

( ) Sim ( )Não

18. Dificilmente consigo apoio ou recursos para aprimoramento de minha

atuação profissional.

( ) Sim ( )Não

19. As atividades que realizo durante o dia são repetitivas e rotineiras.

( ) Sim ( )Não

20. Os principais problemas que enfrento, atualmente, giram em torno do meu trabalho.

73

( ) Sim ( )Não

21. Meu salário atual não é adequado para cobrir minhas necessidades pessoais e familiares.

( ) Sim ( )Não

22. Minha situação econômica atual não me permite realizar projetos de lazer para meus períodos de folga.

( ) Sim ( )Não

23. Sinto tensão e ansiedade ao lidar com o sofrimento e morte no ambiente de trabalho.

( ) Sim ( )Não

24. Percebo o ambiente de trabalho como algo desagradável.

( ) Sim ( )Não

74

ANEXO

75

ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – CEP / UniSALESIANO (Resolução nº 01 de 13/06/98 – CNS)

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE OU RESPONSÁVEL LEGAL

1. Nome do Paciente: Documento de Identidade nº: Sexo: Data de Nascimento: Endereço: Cidade: U.F. Telefone: CEP:

1. Responsável Legal: Documento de Identidade nº

Sexo: Data de Nascimento:

Endereço:

Cidade: U.F.

Natureza (grau de parentesco, tutor, curador, etc.):

II – DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA

1. Título do protocolo de pesquisa: 2. Pesquisador responsável: Cargo/função: Inscr.Cons. Regional:

Unidade ou Departamento do Solicitante:

3. Avaliação do risco da pesquisa: (probabilidade de que o indivíduo sofra algum dano como conseqüência imediata ou tardia do estudo). SEM RISCO RISCO MÍNIMO RISCO MÉDIO RISCO MAIOR

4. Justificativa e os objetivos da pesquisa (explicitar):

5. Procedimentos que serão utilizados e propósitos, incluindo a identificação dos procedimentos que são experimentais: (explicitar) Não se aplica. 6. Desconfortos e riscos esperados: (explicitar) 7. Benefícios que poderão ser obtidos: (explicitar)

8. Procedimentos alternativos que possam ser vantajosos para o indivíduo: (explicitar) 9. Duração da pesquisa: 10. Aprovação do Protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética para análise de projetos de pesquisa em / /

76

III - EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU REPRESENTANTE LEGAL

1. Recebi esclarecimentos sobre a garantia de resposta a qualquer pergunta, a qualquer dúvida acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados com a pesquisa e o tratamento do indivíduo. 2. Recebi esclarecimentos sobre a liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento e deixar de participar no estudo, sem que isto traga prejuízo à continuação de meu tratamento. 4. Recebi esclarecimento sobre a disposição e o compromisso de receber informações obtidas durante o estudo, quando solicitadas, ainda que possa afetar minha vontade de continuar participando da pesquisa. 5. Recebi esclarecimento sobre a disponibilidade de assistência no caso de complicações e danos decorrentes da pesquisa. Observações complementares.

IV – CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO

Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido (a) pelo pesquisador, conforme registro nos itens 1 a 6 do inciso III, consinto em participar, na qualidade de paciente, do Projeto de Pesquisa referido no inciso II. ________________________________ Local, / / . Assinatura

____________________________________ Testemunha Nome .....: Endereço.: Telefone .: R.G. .......:

77

____________________________________ Testemunha Nome .....: Endereço.: Telefone .: R.G. .......: