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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA NÚCLEO DE PÓS GRADUAÇÃO EM MEDICINA – NPGME PROGRAMA DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MARCELO DE AQUINO RESENDE AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA, DO NÍVEL DE CONDICIONAMENTO CARDIO- RESPIRATÓRIO E DO RISCO CARDIOVASCULAR EM ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA Aracaju 2007

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Page 1: AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA, DO NÍVEL DE ... · NÍVEL DE CONDICIONAMENTO CARDIO- ... por oferecer o espaço físico e alguns ... pelo apoio na mensuração dos dados

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

NÚCLEO DE PÓS GRADUAÇÃO EM MEDICINA – NPGME PROGRAMA DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

MARCELO DE AQUINO RESENDE

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA, DO

NÍVEL DE CONDICIONAMENTO CARDIO-RESPIRATÓRIO E DO RISCO CARDIOVASCULAR EM ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA

Aracaju 2007

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MARCELO DE AQUINO RESENDE

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA, DO NÍVEL DE CONDICIONAMENTO CARDIO-

RESPIRATÓRIO E DO RISCO CARDIOVASCULAR EM ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA

Dissertação apresentada ao Núcleo

de Pós-graduação em Medicina da

Universidade Federal de Sergipe

para obtenção do título de Mestre em

Ciências da Saúde.

Orientador: Prof. Dr. José Augusto Soares Barreto Filho

Aracaju 2007

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FICHA CATALOGRÁFICA Resende, Marcelo de Aquino R433a Avaliação do nível de atividade física, do nível de condicionamento cardio-respiratório e do risco cardiovascular em estudantes de medicina e educação física / Marcelo de Aquino Resende. - Aracaju, 2007. 00f. Orientador: Prof. Dr. José Augusto Soares Barreto Filho Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Universidade Fede- ral de Sergipe, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, Núcleo de Pós-Graduação em Medicina.

1. Exercícios físicos 2. Risco cardiovascular 3. Estudantes de medicina 4. Estudantes de educação física 5. Atividade física 6. Doen- ças do coração 7. Cardiologia I. Título CDU 616.1:796 __________________________________________________________________

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MARCELO DE AQUINO RESENDE

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA, DO NÍVEL DE CONDICIONAMENTO CARDIO-RESPIRATÓRIO E DO RISCO

CARDIOVASCULAR EM ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA

Dissertação apresentada ao Núcleo de Pós-graduação em Medicina da Universidade Federal de Sergipe para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde.

Aprovada em _______/ _______/ ________

____________________________________ Prof. Dr. José Augusto Soares Barreto Filho

Universidade Federal de Sergipe

___________________________________ Prof. Dr. Antônio César Cabral de Oliveira

Universidade Federal de Sergipe

___________________________________ Prof. Dr. Carlos Eduardo Negrão

Universidade de São Paulo

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“Se eu enxerguei além... foi

porque ergui-me sobre os

ombros de gigantes”

Isaac Newton

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A todos aqueles que creditaram

na Educação Física como um

grande seguimento para minha

jornada de vida.

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Roberta Resende

Minha parceria para todos os momentos.

É muito importante e confortável ter esse seu apoio nas grandes disputas de

minha vida.

Através da nossa união, sinto sempre estarmos juntos e preparados para

superar uma nova marca em busca da vitória.

Por acreditar sempre, e muito no meu potencial, divido com você a autoria

deste trabalho.

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Meu Pai e minha Mãe

Simplesmente por servirem de exemplo para minha jornada de vida.

Percebo que a concretização de meus objetivos encontra bases na educação e

nos ensinamentos de vida por vocês fornecidos.

Com todo carinho, meu profundo reconhecimento.

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Prof Dr. José Augusto Soares Barreto Filho

Grande mestre e orientador que não poupou esforços para realização deste

trabalho.

Profissional dedicado, atencioso e de vasto conhecimento científico.

Tenho certeza que sua imagem de professor e de ser humano, tomarei como

exemplo por toda minha jornada de vida.

Agradeço, com toda sinceridade, a oportunidade ímpar de ter sido seu

orientando.

“Ao mestre com carinho!”

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Minha profunda gratidão aos que contribuíram de maneira

direta ou indireta para realização deste trabalho, em especial:

À coordenação do Núcleo de Pós-graduação em Medicina da

Universidade Federal de Sergipe, pela organização e execução criteriosa do

curso de Mestrado em Ciências da Saúde.

Aos professores que compõem este núcleo, pelo empenho na

transmissão dos conteúdos, sempre valorizando as vertentes científicas do

conhecimento.

Aos colegas de Mestrado, principalmente Rodrigo da Silveira, colega

de orientação, pelo companheirismo tanto durante as aulas como nas tarefas

extra-classe.

Ao Prof. Dr. Carlos Roberto Rodrigues, grande amigo e companheiro

de trabalho, que não poupou esforços aos meus pedidos de orientação.

Ás pessoas que compõem o Departamento de Educação Física da

Universidade Federal de Sergipe, por oferecer o espaço físico e alguns

equipamentos para realização da coleta de dados.

Aos meus tios, Rui e Silvia Neves e a minha vó Altair, pelos

ensinamentos e conselhos fornecidos, na dose e na hora certa.

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Aos estagiários Cristiano, Diego, Flávio, Leandro e a técnica de

laboratório Elenildes, pelo apoio na mensuração dos dados.

A Roberto da Silveira, Marcelo Oliveira, Alexandre Coubert e aos

demais amigos que sempre estiveram do meu lado, depositando confiança e

acreditando no meu sucesso.

A todos vocês,

Meu muito obrigado!

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SUMÁRIO LISTA DE ABREVIATURAS

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

LISTA DE GRÁFICOS

RESUMO

ABSTRACT

1.0 INTRODUÇÃO..................................................................................... 23

2.0 OBJETIVOS.......................................................................................... 36

2.1 Geral............................................................................................. 36

2.2 Específicos................................................................................... 36

3.0 POPULAÇÃO E MÉTODOS................................................................. 38

3.1 População..................................................................................... 39

3.1.1 Critérios de inclusão e exclusão........................................... 39

3.2 Métodos........................................................................................ 40

3.2.1 Tipo de estudo...................................................................... 40

3.2.2 Coleta de dados.................................................................... 40

3.2.2.1 Fase I.............................................................................. 41

3.2.2.1.1 Questionário para avaliar o quantitativo de atividade

física e exposição a comportamentos sedentários do total de

indivíduos das duas populações

estudadas.................................................................................41

3.2.2.2 Fase II.............................................................................43

3.2.2.2.1 Randomização de grupos das polpulações

Estudadas................................................................................45

3.2.2.2.2 Questionário para avaliação de antecedentes

familiares e tabagismo.............................................................45

3.2.2.2.3 Aferição da pressão arterial (PA)..............................46

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3.2.2.2.4 Avaliação do Índice de massa corpórea (IMC)..........48

3.2.2.2.5 Aferição da circunferência de cintura (CC)................51

3.2.2.2.6 Bioimpedância elétrica...............................................52

3.2.2.2.7 Testes bioquímico- laboratoriais................................53

3.2.2.2.8 Teste para estimar condicionamento cardio-

respiratório................................................................................56

3.2.2.2.9 Considerações gerais da coleta de dados.................59

3.3 Análise estatística..........................................................................61

4.0 RESULTADOS.......................................................................................62

4.1 Dados clínicos gerais das populações estudadas.........................63

4.2 Quantitativo de atividade física e exposição a comportamentos

sedentários do total de indivíduos das duas populações....................64

4.3 Quantitativo de atividade física e exposição a comportamentos

sedentários dos grupos randomizados das populações estudadas...65

4.4 Pressão arterial e freqüência cardíaca de repouso (basal)..........67

4.5 Dados antropométricos.................................................................68

4.6 Dados bioquímico-laboratoriais.....................................................70

4.7 Condicionamento cardio-respiratório............................................71

4.8 Comparação da pressão arterial, de dados antropométricos, do

nível de condicionamento cardio-respiratório e de dados bioquímico-

laboratoriais estratificado pelo nível de atividade física......................73

4.9 Comparação da prática de atividade física, da pressão arterial,

de dados antrpométricos, do condicionamento cardio-respiratório e de

dados bioquímico-laboratoriais estratificado pelo IMC.......................76

5.0 DISCUSSÃO.........................................................................................79

5.1 Dados clínicos gerais das populações estudadas........................81

5.2 Quantitativo de atividade física e exposição a comportamentos

sedentários do total de indivíduos das populações............................82

5.3 Quantitativo de atividade física e exposição a comportamentos

sedentários dos grupos randomizados das populações estudadas...83

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5.4 Pressão arterial e freqüência cardíaca de repouso (basal)...........85

5.5 Dados antropométricos..................................................................86

5.6 Dados bioquímico-laboratoriais.....................................................88

5.7 Condicionamento cardio-respiratório.............................................93

5.8 Comparação da pressão arterial, de dados antropométricos, do

nível de condicionamento cardio-respiratório e de dados bioquímico-

laboratoriais estratificado pelo nível de atividade física .....................95

5.9 Comparação da prática de atividade física, da pressão arterial,

de dados antrpométricos, do condicionamento cardio-respiratório e de

dados bioquímico-laboratoriais estratificado pelo IMC.......................96

6.0 CONCLUSÕES....................................................................................98

7.0 IMPLICAÇÕES E PERSPECTIVAS DO ESTUDO.............................100

8.0 REFERÊNCIAS..................................................................................102

9.0 APÊNDICES.......................................................................................118

10.0 ANEXOS..........................................................................................134

11.0 TRABALHOS APRESENTADOS.....................................................141

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LISTA DE ABREVIATURAS

AVC – Acidente vascular cerebral

CC – Circunferência de cintura

CEP/UFS – Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos da

Universidade Federal de Sergipe

CT – Colesterol total

DM – Diabetes mellitus

FC – Freqüência cardíaca

FC rec.1 – Freqüência cardíaca de recuperação após um minuto

FC rec.10 – Freqüência cardíaca de recuperação após dez minutos

FC rec.5 – Freqüência cardíaca de recuperação após cinco minutos

FCb – Freqüência cardíaca basal

FCmáx – Freqüência cardíaca máxima

HA – Hipertensão arterial

HDLc – HDL colesterol

IAM – Infarto agudo do miocárdio

IMC – Índice de massa corpórea

IPAQ – Questionário Internacional de Atividade Física

LDLc – LDL colesterol

OMS – Organização Mundial de Saúde

PAD – Pressão arterial diastólica

PAS – Pressão arterial sistólica

S.P.S.S. – Statistical Package for the Social Sciences

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SBC – Sociedade Brasileira de Cardiologia

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TG - Triglicérides

UFS – Universidade Federal de Sergipe

VO2 MÁX – Quantidade de oxigênio absorvido, transportado e utilizado durante

um esforço máximo

WHO – Organização Mundial de Saúde

%MG – Percentual de massa gorda

%MM – Percentual de massa magra

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1. Esquematização da coleta de dados.................................................36

FIGURA 2. Sala de aula adaptada ao estudo.......................................................40

FIGURA 3. Pista de atletismo da UFS..................................................................40

FIGURA 4. Aplicação de questionário de antecedentes familiares e tabagismo.42

FIGURA 5. Aferição da pressão arterial................................................................43

FIGURA 6. Aferição da estatura............................................................................45

FIGURA 7. Aferição do peso.................................................................................46

FIGURA 8. Aferição da circunferência de cintura.................................................47

FIGURA 9. Aplicação da bioimpedância elétrica..................................................48

FIGURA 10. Coleta sanguínea..............................................................................50

FIGURA 11. Realização do teste de Kline............................................................52

FIGURA 12. Aferição da freqüência cardíaca na última volta..............................53

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Comparação dos dados clínicos gerais dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA..........................................................................................58

TABELA 2 - Comparação de exposição a comportamentos sedentários do grupo total dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA....................................60

TABELA 3 - Comparação de exposição a comportamentos sedentários dos grupos randomizados dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA.....62

TABELA 4 - Comparação da pressão arterial sistólica e diastólica e da freqüência cardíaca basal dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA...................62

TABELA 5 - Comparação dos dados antropométricos dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA.........................................................................................64

TABELA 6 - Comparação dos dados antropométricos categorizados dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA...................................................................64

TABELA 7 - Comparação dos dados bioquímico-laboratoriais dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA...................................................................65

TABELA 8 - Comparação dos dados bioquímico-laboratoriais categorizados dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA...................................66

TABELA 9 - Comparação do condicionamento cardio-respiratório dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA...................................................................66

TABELA 10 - Comparação dos dados clínicos gerais, da pressão arterial, de dados antropométricos, do condicionamento cardio-respiratório e de dados bioquímico-laboratoriais estratificado pelo nível de atividade física.................................................................................................................69

TABELA 11 - Comparação da pressão arterial, de dados antropométricos, do condicionamento cardio-respiratório e de dados bioquímico-laboratoriais categorizados estratificado pelo nível de atividade física......................................................70

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TABELA 12 - Comparação do nível de atividade física, da pressão arterial, de dados antropométricos, do condicionamento cardio-respiratório e de dados bioquímico-laboratoriais estratificado pelo IMC..............................................72

TABELA 13 - Comparação do nível de atividade física, da pressão arterial, de dados antropométricos, do condicionamento cardio-respiratório e de dados bioquímico-laboratoriais categorizados estratificado pelo IMC......................73

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Percentual de nível de atividade física do total de

indivíduos das duas populações estudadas..........................................................59

GRÁFICO 2 – Percentual de nível de atividade física dos grupos

randomizados das populações estudadas............................................................61

GRÁFICO 3 – Percentual de indivíduos dos cursos de Medicina e

Educação Física com Pré-hipertensão/ hipertensão............................................63

GRÁFICO 4 – Nível de condicionamento cardio-respiratório................................67

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RESUMO

RESENDE, M. A. Avaliação do nível de atividade física, do nível de condicionamento cardio-respiratório e do risco cardiovascular em estudantes de Medicina e Educação Física. Aracaju, 2007. 129p. Dissertação (Mestrado) – Núcleo de Pós-graduação em Medicina, Universidade Federal de Sergipe. Estudos recentes indicam forte associação entre inatividade física, baixo nível de condicionamento cardio-respiratório e presença de fatores de risco cardiovascular como hipertensão arterial, diabetes e obesidade. O ensino da Medicina e da Educação Física está fundamentado com o campo da conservação, promoção e reabilitação da saúde, sendo a atividade física uma intervenção prioritária para este fim. Entretanto, pouco se sabe sobre a adoção da atividade física como parte do estilo de vida dos estudantes de Medicina e Educação Física. O objetivo principal do presente trabalho foi de comparar o nível de atividade física, o nível de condicionamento cardio-respiratório e o risco cardiovascular entre estudantes de Medicina e de Educação Física. A coleta de dados foi realizada no departamento de Educação Física da Universidade Federal de Sergipe. Em uma primeira etapa aplicou-se questionário “IPAQ” para quantificar atividade física em 126 alunos dos 7os e 8os períodos dos cursos de Educação Física e Medicina. Em uma segunda etapa, selecionou-se por intermédio de randomização, 40 alunos, 20 de cada curso, para avaliação de fatores de risco cardiovascular e avaliação do condicionamento cardio-respiratório. Foram mensurados: (a) pressão arterial; (b) índice de massa corpórea (IMC); (c) % de gordura (bioimpedância elétrica); (d) circunferência de cintura (CC), (e) testes bioquímicos laboratoriais e (f) condicionamento cardio-respiratório (Teste de Kline). Comparando-se estudantes de Medicina vs Educação Física foi observado maior freqüência de indivíduos apresentando: baixo nível de atividade física (55 vs 15%; p=0,008); pré-hipertensão pela PAS (80 vs 25%; p=0,000) e pela PAD (45 vs 5%; p=0,003); sobrepeso (50 vs 10%; p=0,006); circunferência de cintura (25 vs 0%; p=0,017); colesterol total elevado (165±28 vs 142±28 mg/dL; p=0,015); LDLc elevado (99±27 vs 81±23 mg/dL; p=0,026); glicemia elevada (81±8 vs 75±7 mg/dL; p=0,013); menor condicionamento cardio-respiratório (48±8 vs 56±7 ml/Kg/min; p=0,001). Apesar do conhecimento de que a prática de atividade física é uma importante intervenção preventiva para as doenças cardiovasculares, estudantes de Medicina apresentam menor quantitativo de prática de atividade física, menor nível de condicionamento cardio-respiratório e, mais importante, maior freqüência dos fatores de risco cardiovascular, comparados aos de Educação Física.

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ABSTRACT

RESENDE, M. A. Evaluating the level of physical activity, the level of cardio-respiratory fitness and the cardiovascular risk in students of Medicine and Physical Education. Aracaju, 2007. 129p. Dissertation (Master’s Degree) – Department of Post-graduation in Medicine, Universidade Federal de Sergipe. Recent studies indicate a strong association among physical inactivity, low level of cardio-respiratory fitness and the presence of cardiovascular risk factors such as high blood pressure, diabetes and obesity. Medicine and Physical Education students are involved in the field of health rehabilitation, promotion and conservation, being physical activity a priority intervention to achieve this goal. However, little is known about the adoption of physical activity as part of the life style of Medicine and Physical Education students. The main goal of this paper is to compare the level of physical activity, the level of cardio-respiratory fitness and the cardiovascular risk in students of Medicine and Physical Education. The data collection took place at the Physical Education Department at the Federal University of Sergipe. In a first stage, the “IPAQ” questionnaire was applied to quantify the amount of physical activity in 126 students from the 7th and 8th periods of Medicine and Physical Education courses. In a second stage, 40 students were randomly selected, 20 from each course, to evaluate cardiovascular risk factors and cardio-respiratory fitness. We measured (a) blood pressure; (b) body mass index (BMI); (c) fat percentage (electrical bioimpedance); (d) waist circumference (WC); (e) biochemical lab tests and (f) cardio-respiratory fitness (Kline test). Comparing Medicine students versus Physical Education students, we noticed a higher frequency of subjects presenting: low level of physical activity (55 vs 15%; p=0,008); pre-high blood pressure by SBP (80 vs 25%; p=0,000) and by DBP (45 vs 5%; p=0,003); overweight (50 vs 10%; p=0,006); waist circumference (25 vs 0%; p=0,017); elevated total cholesterol (165±28 vs 142±28mg/dL; p=0,015); high LDLc (99±27 vs 81±23 mg/dL; p=0,026); high glycemia (81±8 vs 75±7 mg/dL; p=0,013); lower cardio-respiratory fitness (48±8 vs 56±7 L.min.-1; p=0,001). Even though the knowledge that practicing physical activities is an important preventive intervention for cardiovascular diseases, students of Medicine display a smaller amount of physical activities practice, lower level of cardio-respiratory fitness and, most importantly, higher frequency of cardiovascular risk, compared to those of Physical Education.

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INTRODUÇÃO

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Introdução

Marcelo de Aquino Resende UFS 24

1.0 INTRODUÇÃO

Sabe-se que no decorrer da história da humanidade, a aptidão física

exerceu destacável papel pela sua importância na realização de atividades

fundamentais à sobrevivência das pessoas, como a caça, a pesca e os

trabalhos agrícolas (LOCH et al., 2006).

O avanço tecnológico ocorrido principalmente nas últimas décadas,

fez com que boa parte das atividades relacionadas ao trabalho tivesse sua

intensidade, pelo menos em relação ao esforço físico, bastante reduzida.

Somando-se a este fato, seja pela falta de espaço físico adequado ou ao

ascendente modismo por diferentes formas de jogos eletrônicos, as atividades

de lazer passaram a ser cada vez mais passivas, denotando um menor gasto

energético diário (SCHNOHR, SCHARLING, JENSEN, 2003).

O estilo de vida inativo (sedentarismo), provocado pela tecnologia

moderna, é contribuinte em potencial para muitas das doenças crônico-

degenerativas que podem afetar a saúde do homem, tornando-o incapaz para

determinadas tarefas de seu cotidiano ou até mesmo levando-o à morte de

maneira prematura (MYERS, 2003 ;PATE et al., 1995).

Dados relativos ao sedentarismo são alarmantes em todo mundo.

Nos Estados Unidos, um em cada quatro adultos é inativo ou insuficientemente

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Introdução

Marcelo de Aquino Resende UFS 25

ativo (CDC, 2001). Em países da União Européia, a prevalência de

sedentarismo nos momentos de lazer variou de 10 % na Finlândia e na Suécia,

a 60% em Portugal (MARTINEZ-GONZALEZ et al., 2001). No Brasil, relativo a

dados regionalizados na cidade de São Paulo, verifica-se uma proporção de 60

a 65% de comportamento sedentário na população adulta (MATSUDO et al.,

2002).

Atividade física, entendida como qualquer movimento corporal

voluntário com gasto energético acima dos níveis de repouso, incluindo as

atividades em casa, no trabalho, no lazer e nos deslocamentos diários

(CASPERSEN; POWELL; CHRISTENSON, 1985), é caracterizada como

importante componente do estilo de vida associado à conservação e à

promoção da saúde, sendo consenso que se praticada em quantidade e

intensidade adequadas reduzem o risco relativo de aparecimento e

desenvolvimento de disfunções crônico-degenerativas como hipertensão,

obesidade, diabetes mellitus tipo 2 e as cardiovasculares (LEE & BLAIR, 2002;

SALLIS et al., 1992; TANASESCU et al., 2000;). Desta forma, exercícios

físicos, esportes, danças, lutas e outras atividades ativas de lazer, como

atividades domésticas, deslocamentos ativos, atividades ocupacionais e outras

atividades da vida diária que estejam inclusas entre as atividades físicas, são

alternativas que podem tornar as pessoas mais saudáveis (MADUREIRA;

FONSECA; MAIA, 2003).

Quanto maior for a prática de atividade física, principalmente as de

natureza aeróbia, maior será o condicionamento cardio-respiratório do

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Introdução

Marcelo de Aquino Resende UFS 26

indivíduo, que pode ser representado por uma recuperação mais rápida dos

parâmetros de pressão arterial e frequência cardíaca após o esforço. Baixos

níveis de condicionamento cardio-respiratório apresentam correlação com um

risco crescente de morte prematura devido a qualquer causa, especialmente

por doenças do coração (ACSM, 2002).

Estudos relatam menores valores da freqüência cardíaca basal (FCb)

para indivíduos que realizam atividade física, que para indivíduos sedentários.

Dentre as possíveis explicações para tal fenômeno encontram-se a redução da

freqüência cardíaca intrínseca e a alteração da modulação realizada pelos

componentes simpático e parassimpático do Sistema Nervoso Autônomo sobre

o músculo cardíaco em resposta ao treinamento (CATAI et al., 2002;

MIGLIARO et al., 2001).

Intervenções relacionadas à promoção da saúde e a prevenção e

controle da obesidade e das doenças cardiovasculares, como o incentivo da

prática de atividade física, abandono do tabagismo e educação nutricional da

população, têm recebido grande importância por promoverem redução de

peso, dos níveis plasmáticos de lipídeos e de glicose, bem como dos níveis de

pressão arterial (BLOCH et al., 2003).

Várias organizações e instituições tais como a American Heart

Association, a Organização Mundial de Saúde e o American College of Sports

Medicine têm enfatizado a importância da adoção de atividade física regular

para a melhoria dos níveis de saúde individual e coletiva, especialmente para a

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Introdução

Marcelo de Aquino Resende UFS 27

prevenção e reabilitação da doença cardiovascular (ACSM, 2002; FLETCHER

et al., 1992).

Atualmente, a doença cardiovascular cresce numa proporção

assustadora e com isso muitos especialistas acreditam que o aumento da

prática regular de atividade física e de exercícios físicos por parte das pessoas

sedentárias possa ser uma saída para reverter esse quadro (PIÑA et al, 2003).

A doença cardiovascular não é uma doença única; o termo é uma

denominação genérica para mais de 20 doenças do coração e de seus vasos

(ACSM, 2002).

Dentre as doenças cardiovasculares, a hipertensão arterial

sistêmica, entendida como uma doença crônica, relacionada ao aumento

persistente dos níveis de pressão arterial acima dos valores definidos como

limite de normalidade vem sendo considerada grave problema de saúde

pública em todos os estratos sócio-econômicos (SBH, 2004).

Modificações no estilo de vida, incluindo atividade física e exercícios

físicos, são recomendadas no tratamento da hipertensão arterial, pois reduzem

resistência vascular periférica devido atenuação da atividade nervosa

simpática, diminuindo por conseqüência os níveis de pressão arterial sistólica e

diastólica (GRASSI et al., 1994).

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Introdução

Marcelo de Aquino Resende UFS 28

Outro componente fundamental para indicar o estado de saúde de

um indivíduo é a composição corporal, entendida como a quantificação do

corpo humano em massa de gordura e massa corporal magra, isto porque o

excesso de massa gorda em relação à massa corporal está relacionada com

elevados níveis de colesterol sanguíneo, hipertensão, diabetes, acidente

vascular cerebral, doenças coronarianas e problemas psicológicos e sociais

(ACSM, 2002).

Obesidade é definida como uma patologia caracterizada pelo

acúmulo excessivo de gordura corporal, sendo conseqüência de balanço

energético positivo (principalmente pelo aumento do fornecimento de energia

pela dieta e redução da atividade física) e que acarreta repercussões à saúde

com perda importante não só na qualidade como na quantidade de vida

(FONTAINE et al., 2003).

A avaliação de homens e mulheres participantes de pesquisa

denominada “Estudo Framingham”, em um período de 26 anos, revelou que a

obesidade é um fator de risco para ocorrência de eventos cardiovasculares,

independente da idade, pressão arterial sistólica, níveis de colesterol,

tabagismo, intolerância à glicose e presença de hipertrofia ventricular esquerda

(HUBERT et al., 1983).

Nestas últimas décadas, os casos de sobrepeso e obesidade têm

crescido de forma alarmente em todo mundo, inclusive no Brasil, preocupando

instituições governamentais e diversos setores da área de saúde, uma vez que

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Introdução

Marcelo de Aquino Resende UFS 29

o tratamento da obesidade e das patologias a ela relacionadas acarreta

elevados custos aos sistemas de saúde pública em todo o mundo (WANG;

MONTEIRO; POPKIN, 2002). A tendência encontrada para sobrepeso nos

adultos com idade ≥ 20 anos foi a de aumento na prevalência, chegando a ser

o dobro em 1997 em relação a 1975 (MONTEIRO; CONDE, 1999).

Com o aumento da gordura corporal estocada, aumenta-se também

a gordura circulante como triglicérides e colesterol, e quando estes compostos

se encontram em excesso na corrente sanguínea caracteriza-se quadro de

hiperlipidemia, que é fator de risco dos mais importantes para doenças

cardiovasculares (GOLDSTONE et al.; 2001). Por outro lado, a redução do

peso proporciona uma diminuição das dislipidemias, da glicemia e das

doenças do coração em sujeitos com excesso de peso ou obesos (STEWART,

2002).

A variação da distribuição anatômica da gordura corporal também é

importante indicador morfológico relacionado com complicações endócrinas e

metabólicas predisponentes ao aparecimento e desenvolvimento de doenças

cardiovasculares. Indivíduos com disposição centrípeta de gordura corporal, ou

seja, acúmulo de gordura abdominal tendem a apresentar maior incidência de

diabetes, hipertensão e alterações desfavoráveis no perfil de lipoproteínas

plasmáticas (FREEDMAN et al., 1990; TAYLOR et al., 1998).

A realização de atividade física regularmente é um dos poucos

fatores que podem prevenir o ganho de peso. Adicionalmente, o

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Introdução

Marcelo de Aquino Resende UFS 30

condicionamento físico obtido através de atividade física e exercícios físicos,

reduz a mortalidade e a morbidade, mesmo nos indivíduos que se mantêm

obesos (JEBB; MOORE, 1999).

A monitorização da quantidade de gordura corporal e da prática de

atividade física tem recebido grande notoriedade em aspectos relacionados à

promoção da saúde, não apenas por suas ações isoladas na prevenção e

controle das doenças cardiovasculares, mas também por promoverem o

controle de outros fatores de risco, sobretudo os níveis de lipídios plasmáticos

e a pressão arterial (ECKEL; BAROUCH; ERSHOW, 2002; FREEDMAN et al.,

1990).

Em indivíduos com sobrepeso e obesidade, frequentemente verifica-

se elevações leves a moderadas dos níveis séricos de triglicérides e de LDL-

colesterol (LDLc) e níveis séricos mais baixos de HDL-colesterol (HDLc)

(DIRETRIZES PARA CARDIOLOGISTAS SOBRE EXCESSO DE PESO E

DOENÇA CARDIOVASCULAR, 2002).

Níveis sanguíneos diminuídos de lipoproteínas de densidade alta

(HDLc) e aumentados de lipoproteínas de densidade baixa (LDLc) elevam o

risco de desenvolvimento de doenças do coração, enquanto que níveis

plasmáticos elevados de HDLc e baixos de LDLc diminuem a incidência e

aumentam a expectativa de vida (HEATH et al., 1983).

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Introdução

Marcelo de Aquino Resende UFS 31

Exercício físico aeróbio praticado regularmente por indivíduos

submetidos a um processo de condicionamento com carga moderada, como

também e principalmente em indivíduos que fazem exercícios vigorosos,

ocasiona elevação nos níveis plasmáticos de HDLc e diminuição significativa

nos níveis séricos de triglicérides, ocorrendo também aumento nos níveis de

ácidos graxos livres na corrente sanguínea, refletido pelo aumento na taxa de

lipólise (HEATH et al., 1983;).

Os níveis de HDLc são fortemente, inversamente e

independentemente associados às doenças coronarianas. O aumento da

atividade física é associado à redução da mortalidade por doenças

cardiovasculares. A proteção contra essas doenças pode ser parcialmente

explicada pelo aumento nos níveis de HDLc encontrados em indivíduos mais

ativos fisicamente (KOKINOS; FERNHALL, 1999).

As principais alterações lipídicas provocadas pala atividade física

são: redução da trigliceridemia, devido ao aumento na expressão e atividade

da Lipoproteína Lípase Periférica (LPL); elevação da concentração de

apoliproteínas A1 (Apo A1 – principal proteína da HDL) e de colesterol na

fração de HDL por redução de seu catabolismo e aumento na formação de

partículas; modificação no perfil de LDL para partículas maiores e menos

densas, com menor potencial aterogênico (KRAUS et al., 2002; OLCHAWA et

al., 2004).

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Introdução

Marcelo de Aquino Resende UFS 32

Atividade física e exercício físico de intensidade moderada com

freqüência mínima de três vezes por semana pode ser ideal para induzir

modificações no perfil lipídico basal em indivíduos de diferentes faixas etárias e

níveis lipídicos. Salientando que a associação da dieta e da perda de massa

corporal gorda tem importância fundamental (PRADO; DANTAS, 2002).

Recentemente, algumas evidências demonstraram uma possível

ligação entre a hipertensão, a obesidade, o diabetes tipo 2 e a doença

coronariana (denominada de Síndrome Metabólica, Síndrome X, ou Síndrome

da Civilização), pela via comum da resistência à insulina ou ao

comprometimento da ação da insulina. Não está claro quando esta síndrome

começa, mas foi observado que o acúmulo de gordura abdominal está

associada à resistência à insulina e a maior risco de doença coronariana,

hipertensão e diabetes tipo II (TEN; MACLAREN, 2004).

A insulina é produzida pelo pâncreas para mediar o transporte de

carboidratos do plasma sanguíneo até a célula para ser utilizado como fonte de

energia. Quando a secreção normal deste hormônio não consegue produzir os

efeitos fisiológicos com eficiência, ou seja, reduzir os níveis da glicemia

sanguínea, encontra-se o que se denomina de resistência à insulina. Esta

“ineficiência” da insulina leva à hiperglicemia, hipertrigliceridemia e elevações

das frações de LDL colesterol. Todos estes fatores conduzem ao aparecimento

de diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares (FANG; PRINS;

MARWICK, 2004).

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Introdução

Marcelo de Aquino Resende UFS 33

Por intermédio do exercício físico o controle da glicemia é

melhorado, possivelmente em decorrência do efeito similar ao da insulina, por

parte da contração muscular, sobre o transporte de glicose do plasma para o

interior das células (SIXT et al., 2004).

O transporte de glicose para o interior das células periféricas

(músculo esquelético, miocárdio e tecido adiposo) ocorre via GLUT 4

(GLUT=proteínas transportadoras de glicose que transportam a glicose através

da membrana citoplasmática), sob intensa estimulação insulínica. O GLUT 4

está localizado no retículo trans-Golgi das células do músculo esquelético e no

tubo vesicular citoplasmático do adipócito. O total de proteína GLUT4 é fator

primário na determinação da taxa máxima para transporte da glicose para o

músculo esquelético. Por esta razão, o entendimento da regulação da

expressão de GLUT4 é fundamental para a proposição de estratégias

terapêuticas visando aumentar a disposição de glicose no músculo como

tratamento para resistência à insulina e diabetes. A contração muscular,

mediada principalmente pela atividade física e exercício físico, aumenta as

taxas de transcrição e de translação da GLUT4 (SIECK, 2002).

No que diz respeito a risco cardiovascular em universitários, em

estudo realizado com estudantes de Medicina com idade compreendida entre

18 e 31 anos, verificou-se fatores de risco relacionados a antecedentes

familiares para Doenças Cardiovasculares, sedentarismo e IMC, associados a

perfil lipídico alterado (COELHO et al., 2005).

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Introdução

Marcelo de Aquino Resende UFS 34

A elevada prevalência de fatores de risco para doença cardiovascular

em indivíduos jovens alerta para a necessidade de adoção de programas de

promoção da saúde e prevenção de doenças no ambiente de trabalho. Assim,

o desenvolvimento de programas de saúde de caráter preventivo, com enfoque

na mudança do estilo de vida, pode ser um meio eficaz para sensibilizar o

indivíduo quanto á mudança de hábitos de vida nocivos à saúde (MATOS et al.,

2004).

O envolvimento das universidades, não só na avaliação do perfil de

risco dos seus estudantes, como também, no processo educacional e

esclarecimento dos benefícios advindos com a adoção de um estilo de vida

mais saudável, seria de grande valia para a implantação de um plano

preventivo aos universitários (RABELO et al., 1999).

Têm sido feito esforços em diversas escolas médicas para

desenvolver ações que melhorem a qualidade de vida dos alunos e,

consequentemente, auxiliem em sua formação profissional (LIMA;

DOMINGUES; CERQUEIRA, 2006).

A prática de atividades físicas não pode ser negligenciada pelos

profissionais da área de saúde. Estes devem ser fisicamente ativos não

somente para beneficiar sua saúde, mas também para dispor de maior

credibilidade em suas recomendações de um estilo de vida ativo (PATE et al.,

1995).

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Introdução

Marcelo de Aquino Resende UFS 35

Atividade física pode ser fator protetor para uma série de agravos,

entre os quais se destacam: obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes,

osteoporose, depressão, neoplasias e maior morbimortalidade por qualquer

causa. No entanto, muito desse conhecimento não é adequadamente

divulgado fora do meio acadêmico, permanecendo oculto para grande parte da

população. Os motivos que levam ao desconhecimento vão da falta de vontade

própria em buscar informação até a inexistência de programas governamentais

de esclarecimento, passando pelos profissionais de saúde que, muitas vezes,

também ignoram o valor do exercício físico e/ou não são efetivos no incentivo

à prática regular desses exercícios (DOMINGUES et al., 2004).

A justificativa para a escolha do tema deste trabalho está

fundamentada na relevância do estudo de duas populações que lidam com

melhoria e manutenção de qualidade de vida e que tanta importância tem na

promoção da saúde, estudantes de Medicina e de Educação Física, levando-

se em consideração a grande incidência e prevalência de doenças crônico-

degenerativas no Brasil e no mundo, destacando-se as patologias oriundas de

distúrbios metabólicos e de alterações fisiológicas do coração e seus vasos,

como também a crescente aplicação de atividade física na prevenção e

tratamento de moléstias.

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OBJETIVOS

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Objetivos

Marcelo de Aquino Resende UFS 37

2.0 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Comparar o nível de atividade física, o nível de condicionamento cardio-

respiratório e o risco de doenças cardiovasculares entre estudantes de

Medicina e Educação Física.

2.2 ESPECÍFICOS

Avaliar o quantitativo da prática de atividade física dos estudantes de

Medicina e Educação Física.

Avaliar o nível de condicionamento cardio-respiratório dos estudantes

de Medicina e Educação Física.

Avaliar o risco cardiovascular dos estudantes de Medicina e Educação

Física.

Avaliar o nível de condicionamento cardio-respiratório e o risco

cardiovascular, estratificando a população pelo nível de atividade física.

Avaliar o nível de atividade física, o nível de condicionamento cardio-

respiratório e o risco cardiovascular, estratificando a população pelo

Índice de Massa Corpórea.

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POPULAÇÃO E MÉTODOS

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População e Métodos

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3.0 POPULAÇÃO E MÉTODOS

3.1 POPULAÇÃO

Estudantes de ambos os gêneros com idade compreendida entre 20

e 30 anos dos 7os e 8os períodos dos cursos de Medicina e Educação Física da

Universidade Federal de Sergipe (UFS).

3.1.1 Critérios de inclusão e exclusão

Inclusão:

- Estar regularmente matriculado nos 7os e 8os períodos dos cursos de Medicina

e Educação Física da Universidade Federal de Sergipe (UFS) no primeiro

semestre do ano de 2006.

- Ter idade compreendida entre 20 e 30 anos no ano de 2006.

Exclusão:

- Não aceitar participar da amostra.

- Deficiência física que limite a realização do estudo (teste de esforço).

- Presença de patologias cardio-respiratórias diagnosticadas.

- Presença de patologias crônico-degenerativas diagnosticadas.

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População e Métodos

Marcelo de Aquino Resende UFS 40

3.2 MÉTODOS

3.2.1 Tipo de estudo

Este trabalho caracteriza-se como estudo descritivo e transversal por

tratar-se de uma pesquisa que se refere a um ponto único no tempo em que se

faz o levantamento e o estudo da população (THOMAS; NELSON, 2002).

3.2.2 Coleta de dados

A coleta de dados se deu em duas etapas (Fase I e II) conforme

esquematização (Figura 1):

Fase I IPAQ

Randomização

Fase II Anteced. familiares e tabagismo

PA Dados antropométricos

Dados bioquímico-laboratoriais Dados de condicionamento cardio-respiratório

FIGURA 1. Esquematização da coleta de dados

126 Alunos da UFS, com idade compreendida entre 20 e 30 anos, dos 7os e 8os períodos dos cursos

de Medicina e Educação Física

Medicina n= 64

Educação Física n= 62

Medicina n= 20

Educação Física n= 20

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População e Métodos

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3.2.2.1 Fase I

Esta etapa foi realizada nas salas de aula dos 7os e 8os períodos dos

cursos de Educação Física e Medicina.

3.2.2.1.1 Questionário para avaliar quantitativo de prática de atividade física e

exposição a comportamentos sedentários do total de indivíduos das

populações estudadas

Consistiu na aplicação de questionário específico para quantificar

atividade física e exposição a comportamentos sedentários “IPAQ” (CRAIG et

al., 2003) com todos os alunos dos cursos de Medicina e Educação Física

matriculados nos 7os e 8os períodos no primeiro semestre do ano de 2006,

consistindo de 126 alunos, sendo 64 de Medicina (35 homens e 29 mulheres) e

62 de Educação Física (31 homens e 31 mulheres).

IPAQ - International Physical Activity Questionnaire (Anexo 1) é

instrumento internacional para medidas de atividades físicas, desenvolvido e

preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo Instituto

Karolinska da Suécia e pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos

Estados Unidos com o objetivo de avaliar a quantidade de atividade física

praticada por cada indivíduo em estudo (CRAIG et al., 2003; MATSUDO,

2001).

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População e Métodos

Marcelo de Aquino Resende UFS 42

Dentre os métodos de avaliação da prática habitual de atividade

física, a utilização de questionários é uma das metodologias mais empregadas

neste tipo de estudo, uma vez que apresenta baixo custo, é de fácil aplicação e

quando bem administrado, apresenta resultados confiáveis. Entre os diversos

questionários existentes, o Questionário Internacional de Atividade Física

(IPAQ) é um instrumento que tem recebido crescente atenção por parte de

estudiosos da área (EKELUND et al., 2006).

As perguntas do questionário IPAQ estão relacionadas ao tempo

gasto por um indivíduo realizando atividade física em uma semana normal

usual ou habitual. Os questionamentos incluem as atividades realizadas no

trabalho (sessão 1), como meio de deslocamentos (sessão 2), como atividades

em casa ou no jardim (sessão 3) ou por lazer, esporte e exercício (sessão 4).

Além de aferir o percentual de atividade física, este referido

questionário também quantifica a exposição a comportamentos sedentários,

como o total de dias e de tempo por semana utilizado com deslocamento por

intermédio de carro, ônibus, trem ou metrô, ou o tempo total sentado em um dia

de semana e de final de semana (sessão 5).

Em todas as sessões do IPAQ (total de 5), as informações são

obtidas por intermédio da estimativa do tempo despendido por semana em

diferentes dimensões de atividade física (caminhadas e esforços físicos de

intensidades moderada e vigorosa). Ao final, realiza-se o produto entre a

duração (minutos/dia) e a freqüência (dias/semana) relatadas para classificar o

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População e Métodos

Marcelo de Aquino Resende UFS 43

indivíduo em sedentário, insuficientemente ativo, ativo ou muito ativo (CRAIG et

al., 2003).

No presente estudo, a partir do IPAQ, classificou-se em: a) níveis

suficientes de atividade física, resultados igual a muito ativos ou ativos; e b)

baixo nível de atividade física, resultados igual a insuficientemente ativos ou

sedentários.

3.2.2.2 Fase II

Todas as etapas desta fase, com exceção da avaliação do

condicionamento cardio-respiratório, foram realizadas no Departamento de

Educação Física da Universidade Federal de Sergipe–UFS, em sala já

existente, adaptada de forma conveniente ao estudo (Figura 2). A avaliação do

condicionamento cardio-respiratório foi realizado na pista de atletismo desta

referida instituição de ensino superior (Figura 3).

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População e Métodos

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FIGURA 2. Sala de aula adaptada ao estudo

FIGURA 3. Pista de atletismo da UFS

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População e Métodos

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3.2.2.2.1 Randomização de grupos das populações estudadas

Partindo-se do universo inicial de alunos, total de 126 (FASE I), por

intermédio de randomização, selecionou-se 40 alunos, sendo 20 de Medicina

(5 mulheres e 5 homens do 7°; 5 mulheres e 5 homens do 8°) e 20 de

Educação Física (5 mulheres e 5 homens do 7°; 5 mulheres e 5 homens do 8°)

para avaliação de antecedentes familiares e tabagismo, da pressão arterial,

antropométrica, bioquímico-laboratorial e de condicionamento cardio-

respiratório.

3.2.2.2.2 Questionário para avaliação de antecedentes familiares e tabagismo

Foram coletados dados relacionados à idade, gênero, cor da pele,

antecedente familiar relacionado ao pai, mãe ou irmão (sendo antecedente

familiar considerado positivo a presença de familiares, independente da idade

do evento, com hipertensão arterial (HA), acidente vascular cerebral (AVC),

infarto agudo do miocárdio (IAM), diabetes mellitus (DM) e obesidade) e

tabagismo (Figura 4), por intermédio da aplicação de questionário específico de

risco cardiovascular (Anexo 2).

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População e Métodos

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FIGURA 4. Aplicação de questionário de antecedentes familiares e tabagismo

3.2.2.2.3 Aferição da pressão arterial (PA)

Como instrumento de aferição foi utilizado medidor de pressão

arterial de inflação manual, modelo HEM 431C, marca OMRON, seguindo as

orientações da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH, 2004).

Na posição sentada, com as costas devidamente apoiadas, foram

realizadas três medidas consecutivas da pressão arterial – PA (dois minutos de

intervalo entre cada tomada) no braço esquerdo livre de roupas de cada

indivíduo (Figura 5), registrando-se a média das mesmas, para classificar os

indivíduos de acordo com os valores de referência do VII Joint National

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População e Métodos

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Committee (JNC-7) em Normotensos (Pressão Arterial Sistólica - PAS < 120

mmHg e Pressão Arterial Diastólica - PAD < 80 mmHg), Pré-hipertensos (PAS

de 120 a 139 mmHg e PAD de 80 a 89 mmHg) e Hipertensos (PAS ≥ 140

mmHg e PAD ≥ 90 mmHg) (CHOBANIAN et al., 2003).

FIGURA 5. Aferição da pressão arterial

O valor mais alto de PA sistólica ou diastólica estabelece o

diagnóstico. Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias

diferentes, a maior PA medida é utilizada para classificação do estágio (SBH,

2004).

Neste referido estudo categorizou-se em indivíduos normais para PA,

PAS < 120 mmHg e PAD < 80 mmHg, e indivíduos com pré-

hipertensão/hipertensão, PAS ≥ 120 mmHg e/ou PAD ≥ 80 mmHg (SVETKEY,

2005).

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3.2.2.2.4 Avaliação do índice de massa corpórea (IMC)

O IMC foi obtido através da divisão da massa corporal (em

quilogramas) pela estatura ao quadrado (em metros), permitindo classificar o

grau de sobrepeso ou obesidade do indivíduo (HEYWARD; SOLARCZYK,

1996).

O instrumento utilizado para esta coleta foi uma balança

antropométrica com capacidade de até 150 Kg e mostrador subdividido de 100

em 100 g., possuindo estadiômetro fixo com capacidade de mensuração até 2

m., subdividido de 5 em 5 cm., marca Filizola, previamente aferida pelo

INMETRO.

A estatura foi medida em metros, com os indivíduos descalços, na

posição ortostática com os pés unidos, mantendo-se em posição ereta e

olhando para o infinito (plano de Frankfurt, paralelo ao solo). Esta medida foi

realizada com os indivíduos em apnéia inspiratória, prevenindo-os para não

encolher nenhuma parte do corpo quando o cursor tocasse a cabeça (Figura

6).

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FIGURA 6. Aferição da estatura

O peso foi medido em quilogramas, devendo os indivíduos,

obrigatoriamente estarem trajando roupas leves e sem sapatos. Observa-se

que para este procedimento foi verificado o nivelamento do solo sobre o qual a

balança iria ser colocada, e, a cada 03 sujeitos, a balança era novamente

calibrada, no sentido de obter a máxima precisão (Figura 7).

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FIGURA 7. Aferição do peso

Este índice tem como objetivo definir a faixa de risco de obesidade

para o grupo estudado, sendo a classificação, de acordo com Bray (1992) em

baixo peso (IMC < 20 Kg/m2), peso normal (IMC de 20 a 25 Kg/m2), sobrepeso

(IMC de 26 a 30 Kg/m2) e obesidade (IMC >30 Kg/m2).

Neste estudo categorizou-se indivíduos com Índice de Massa

Corpórea: a) normal, IMC ≤ 25 Kg/m2, e b) sobrepeso/obesidade, IMC > 25

Kg/m2 (HEYWARD; SOLARCZYK, 1996).

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3.2.2.2.5 Aferição da circunferência de cintura (abdominal)

A circunferência de Cintura - CC, obtida na unidade de referência

centímetros, foi medida com uma fita métrica inelástica, graduada em

milímetros diretamente sobre a pele em volta do avaliado, no nível de maior

distensão anterior do abdômen em plano horizontal. Esse nível é usualmente,

porém não sempre, na altura da cicatriz umbilical, sendo a leitura feita no

momento de uma expiração normal (WHO, 1995) (Figura 8).

FIGURA 8. Aferição da circunferência de cintura

Este índice (CC) objetiva classificar obesidade abdominal, e foi

categorizado, segundo a Organização Mundial de Saúde (WHO, 1997) em: a)

mulheres com adiposidade abdominal adequada (CC < 80cm), mulheres

obesas (CC ≥ 80cm), e b) homens com adiposidade abdominal adequada (CC

< 94cm) e homens obesos (CC ≥ 94cm).

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População e Métodos

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3.2.2.2.6 Bioimpedância elétrica

Para esta mensuração utilizou-se analisador de composição corporal

(Bioelectrical Body Composition Analyzer, modelo Quantum II, RJL Sistens)

com o objetivo de analisar o percentual de massa magra - %MM e massa

gorda - %MG de cada indivíduo, obtido através da passagem de uma corrente

elétrica indetectável em eletrodos previamente fixados no tornozelo, no pé, no

punho e no dorso da mão, devendo o avaliado permanecer, pelo menos cinco a

dez minutos deitado em decúbito dorsal, em total repouso, antes da execução

do teste (Figura 9).

FIGURA 9. Aplicação da bioimpedância elétrica

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População e Métodos

Marcelo de Aquino Resende UFS 53

Como preparação para este exame, conforme recomendação contida

no manual do aparelho solicitou-se que nas últimas doze horas, anteriores ao

procedimento, o indivíduo não realizasse atividade física, não ingerisse bebida

alcoólica e não se alimentasse (jejum de 12 horas), como também não

utilizasse medicamentos diuréticos nos sete dias que antecedessem o exame,

aconselhando urinar trinta minutos antes do teste.

A massa gorda possui uma impedância maior que a massa magra,

que por sua vez contém quase toda água corporal e eletrólitos condutores.

Para mensurar esta variável classificou-se como percentual de gordura normal

para homens até 15% e para mulheres até 23%, de 16 a 25 % para homens e

de 24 a 32 % para mulheres, classificou-se como sobrepeso, e acima de 26%

para homens e de 33 % para mulheres, considerou-se obesidade (BRAY;

GRAY, 1988).

Neste estudo categorizou-se como percentual de gordura: a) normal,

indivíduos do gênero masculino ≤ 15% e do feminino ≤ 23%, e b) sobrepeso/

obesidade, indivíduos do gênero masculino > 15% e do feminino > 23%.

3.2.2.2.7 Testes bioquímico-laboratoriais

Para execução de tal procedimento, um técnico do laboratório de

análises clínicas da Universidade Federal de Sergipe (UFS) coletou por

venopunção periférica aproximadamente 12 ml de sangue de cada indivíduo

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População e Métodos

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objeto da pesquisa para dosagem bioquímica de Colesterol Total - CT, LDL

colesterol - LDLc, HDL colesterol - HDLc, Triglicérides - TG e glicemia, após

jejum de no mínimo 12 horas (Figura 10).

FIGURA 10. Coleta sanguínea

As amostras de sangue foram processadas e o soro (para CT, TG,

LDLc e HDLc) e plasma (para glicemia) foram analisados no Laboratório de

Análises Clínicas da UFS. Os níveis séricos de CT, TG e HDLc e plasmáticos

de glicemia foram determinados por método clorimétrico-enzimático através do

aparelho Dimension RXL da marca Dabe Behring. O LDLc foi calculado

indiretamente pela fórmula de Friedwald (LDLc = CT – HDLc – TG / 3)

(BETTEDIDGE; MORREEL, 1998).

Os valores de referência, seguindo o que prescreve a Sociedade

Brasileira de Cardiologia (SBC, 2001), são classificados: Para CT, a) < 200

mg/dL como desejável, b) de 200 a 239 mg/dL como no limiar, e c) ≥ 240

mg/dL como elevado; para HDLc, a) ≤ 40 mg/dL como baixo, b) > 40 mg/dL

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como desejável, e c) > 60 mg/dL como elevado; para LDLc, a) < 100 mg/dL

como ótimo, b) de 100 a 129 mg/dL como desejável, c) de 130 a 159 mg/dL

como Limítrofe, d) de 160 a 189 mg/dL como alto, e e) ≥ 190 mg/dL como muito

alto; para TG, a) < 150 mg/dL como ótimo, b) de 150 a 200 mg/dL como

limítrofe, c) de 200 a 499 mg/dL como alto, e d) ≥ 500 mg/dL como muito alto;

e, para Glicemia, de acordo com o Ministério da Saúde (1996), a) < 100 mg/dL

como normal, b) de 100 a 125 mg/dL como elevado, e c) ≥ 126 mg/dL como

diabetes.

Para este referido estudo adotou-se de forma categorizada: relativo

ao colesterol total, a) desejável (normal), CT < 200 mg/Dl, e b) elevado, CT ≥

200 mg/dL (SBC, 2001); relativo ao HDL colesterol, a) desejável (normal),

HDLc > 40 mg/dL, e b) baixo, HDLc ≤ 40 mg/dL (SBC, 2001); relativo ao LDL

colesterol, a) ótimo/desejável (normal), LDLc < 130 mg/dL, e b) limítrofe/alto

(elevado), LDLc ≥ 130 mg/dL (SBC, 2001); relativo ao Triglicérides, a) ótimo

(normal), TG < 150 mg/dL, e b) limítrofe/alto (elevado), TG ≥ 150 mg/dL (SBC,

2001); relativo à Glicose sanguínea, a) normal, glicemia < 100 mg/dL, e b)

elevada, glicemia ≥ 100 mg/dL (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1996)

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3.2.2.2.8 Teste para estimar condicionamento cardio-respiratório

Utilizou-se o teste de caminhada desenvolvido e validado por Kline et

al (2000), apud Powers e Howley (2000) que consiste em caminhar 1,6 Km o

mais rapidamente possível sobre uma pista plana previamente demarcada,

sendo a freqüência cardíaca mensurada na última volta por intermédio de

monitor cardíaco, marca Polar, modelo A3 (Figuras 11 e 12).

FIGURA 11. Realização do teste de Kline

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FIGURA 12. Aferição da freqüência cardíaca na última volta

O local escolhido para realização deste teste foi a pista de atletismo

da UFS e a coleta se processou sempre de maneira individual. Inicialmente,

anterior ao teste propriamente dito, utilizando o monitor cardíaco Polar, aferia-

se a freqüência cardíaca basal - FCb (a média de três aferições). Em seguida,

simultaneamente, disparava-se o cronômetro e solicitava que o indivíduo

caminhasse por quatro voltas no anel interno da pista de atletismo (1,6 km) o

mais rápido possível. Ao final deste percurso coletava-se o tempo do teste

como também a freqüência cardíaca de chegada (FC Pico). Freqüências

cardíacas de recuperação foram coletadas com 1, 5 e 10 minutos (FC rec 1, FC

rec 5, FC rec 10).

A capacidade cardio-respiratória foi definida a partir da seguinte

equação (POWERS; HOWLEY, 2000):

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VO2 max = 132,853 – 0,0769 (peso em Kg) – 0,3877 (idade em anos) + 6,315 (sexo) – 3,2649

(tempo em minutos) – 0,1565 (FC de chegada)

Sendo:

Sexo: 0 para mulheres e 1 para homens

O VO2 MÁX é compreendido como a quantidade de oxigênio

absorvido, transportado e utilizado durante um esforço máximo, sendo utilizado

para classificar o nível de condicionamento físico e também geralmente aceito

como o mais válido e confiável padrão para relatar a aptidão cardio-respiratória

(WHALEY et al., 1995).

De acordo com a “American Heart Association”, o VO2 MÁX de cada

indivíduo pode ser classificado da seguinte maneira (ARAÚJO, 1986): Para

homens com faixa etária compreendida entre 20 e 30 anos (faixa etária deste

referido estudo), o VO2 MÁX até 25 ml/Kg/min é considerado muito fraco, de 25

a 33 ml/Kg/min considerado fraco, de 34 a 42 ml/Kg/min considerado razoável,

de 43 a 52 ml/Kg/min considerado como bom e maior que 52 ml/Kg/min

considerado excelente. No sexo feminino, também nesta mesma faixa etária, o

VO2 MÁX até 24 ml/Kg/min é considerado muito fraco, de 24 a 30 ml/Kg/min

considerado fraco, de 31 a 37 ml/Kg/min considerado razoável, de 38 a 48

ml/Kg/min considerado como bom e maior que 48 ml/Kg/min considerado

excelente.

Para este referido estudo, adotou-se de forma categorizada:

indivíduos do gênero masculino “mais aptos”, VO2 máx>52 ml/Kg/min, e “menos

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aptos”, VO2 máx ≤52 ml/Kg/min; e do gênero feminino “mais aptas”, VO2 máx>48

ml/Kg/min e menos aptas, VO2 máx ≤48 ml/Kg/min.

3.2.2.2.9 Considerações gerais da coleta de dados

Em cada dia de coleta foram avaliados em média seis alunos

previamente randomizados, perfazendo um total aproximado de sete dias para

conclusão da coleta de dados. Os testes foram realizados durante o mês de

Julho, no ano de 2006, sempre no início da manhã (das 00:06 as 00:08h) com

a temperatura ambiente sendo 28 ± 2 ˚C.

Os trajes utilizados durante a coleta de dados constituíram-se

basicamente de trajes leves, propícios a realização dos testes propostos,

sendo invariavelmente camisetas, shorts (calção), meias e tênis.

Adotou-se como sistemática de coleta, fixar sempre em um mesmo

setor, o mesmo avaliador para todos os indivíduos em estudo, para que assim

pudesse ter uma padronização tanto na aferição quanto na interpretação dos

dados.

No treinamento do protocolo, foi providenciado juntamente com todos

os avaliadores (total de 06) conhecer o uso adequado de cada equipamento,

fato que deu maior confiabilidade na medida e menor tempo de execução.

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População e Métodos

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Também destacamos que todo equipamento de medida teve sua calibração

conferida antes e durante a realização dos testes.

Os testes realizados foram todos de ordem individual e procurou-se

adotar seqüência mais “fisiológica” possível, colocando no princípio os testes

que exigiam condições próximas as de repouso, deixando para o final os testes

que envolviam esforço máximo.

Previamente ao início da Fase II, foi realizado palestras de

esclarecimentos para os sétimos e oitavos períodos dos cursos de Educação

Física e Medicina da UFS, expondo a essência do trabalho, esclarecendo

dúvidas bem como os direitos dos participantes.

Diante da concordância em ser voluntário, cada aluno da amostra

preencheu e assinou o “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido-TCLE”

(Anexo 3).

O projeto de Mestrado referente a este estudo foi submetido à

avaliação pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da

Universidade Federal de Sergipe-CEP/UFS, tendo sido aprovado em processo

sob o Nº. CAAE – 0005.0.107.000-06 em reunião realizada dia 07/04/2006.

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População e Métodos

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3.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA

As variáveis quantitativas foram descritas através da média e do

desvio padrão e as variáveis qualitativas através de freqüências.

Para comparação entre os grupos das variáveis quantitativas: Idade;

exposição a comportamentos sedentários (minutos e dias/semana); PAS; PAD;

FCb; IMC; CC; %MM; %MG; CT; HDLc; LDLc; TG; glicemia; VO2máx..; FC Pico;

FC rec.1; FC rec.5; e FC rec.10, utilizou-se o teste t-Student para amostras

independentes.

Para comparação entre grupos das variáveis qualitativas: Gênero;

cor da pele; antecedentes familiares; tabagismo; nível de atividade física; PA

categorizada (PAS e PAD); dados antropométricos categorizados (IMC, CC,

%MG); dados bioquímico-laboratoriais categorizados (CT, HDLc, LDLc, TG,

glicemia); e condicionamento cradio-respiratório categorizado (VO2máx.),

utilizou-se o teste Qui-quadrado.

Para todas as análises estatísticas foi adotado nível de significância

< 5%.

Todos os cálculos estatísticos foram realizados no software

estatístico S.P.S.S. (Statistical Package for the Social Sciences) para Windows,

versão 10.0.

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RESULTADOS

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Resultados

Marcelo de Aquino Resende UFS 63

4.0 RESULTADOS

4.1 DADOS CLÍNICOS GERAIS DAS POPULAÇÕES ESTUDADAS

A análise comparativa dos dados clínicos gerais entre os grupos

ESTUDANTES DE MEDICINA e ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

demonstrou não haver diferença significativa em relação à idade, ao gênero, à

cor da pele, a antecedentes familiares de hipertensão arterial, infarto agudo do

miocárdio, diabetes, obesidade, e acidente vascular cerebral, como também ao

uso do fumo (Tabela 1).

TABELA 1 - Comparação dos dados clínicos gerais dos ESTUDANTES DE MEDICINA E

EDUCAÇÃO FÍSICA

Variáveis

DADOS GERAIS

p Medicina

(n=20)

Ed. Física

(n=20)

Média ± DP Média ± DP

Idade (anos) 22,7 ± 1,4 22,8 ± 1,4 0,824

Gênero (masculino/feminino) 10 / 10 10 / 10 1,000

Cor da pele (branca/não branca) 12 / 8 12 / 8 1,000

n (%) n (%)

HA (pai, mãe ou irmão) 9 (45) 6 (30) 0,327

IAM (pai, mãe ou irmão) 0 (0) 1 (5) 0,311

Diabetes (pai, mãe ou irmão) 1 (5) 2 (10) 0,548

Obesidade (pai, mãe ou irmão) 8 (40) 3 (15) 0,077

AVC (pai, mãe ou irmão) 0 (0) 0 (0) -----

Fumo (indivíduo) 1 (5) 0 (0) 0,311

HA= Hipertensão arterial IAM= Infarto agudo do miocárdio AVC= Acidente vascular cerebral p= nível descritivo de probabilidade Média ± DP= média ± desvio padrão

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Resultados

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4.2 QUANTITATIVO DE PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA E EXPOSIÇÃO A

COMPORTAMENTOS SEDENTÁRIOS DO TOTAL DE INDIVÍDUOS DAS

POPULAÇÕES ESTUDADAS

Relativo ao nível de atividade física entre o total das duas

populações em estudo (n= 126), observou-se que estudantes de Medicina

apresentaram menores níveis de atividade física quando comparados aos de

Educação Física (Gráfico 1).

Nível de atividade física (Indivíduos)

0102030405060708090

100

Nível suficiente deatividade física

Baixo nível de atividadefísica

MedicinaEducação Física

* p < 0,05

*90%

*58%

10%

42%

GRÁFICO 1 – Percentual de nível de atividade física do total de indivíduos das duas

populações estudadas

O grupo de estudantes de Medicina apresentou comportamento mais

sedentário para o tempo sentado em um dia da semana e para dias/semana de

utilização de carro, ônibus, metrô ou trem como meio de transporte, não

apresentando diferença significativa para tempo sentado em um dia de final de

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Resultados

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semana como também para o tempo em minutos de utilização de carro, ônibus,

metrô ou trem como meio de transporte (Tabela 2).

TABELA 2 - Comparação de exposição a comportamentos sedentários do grupo total dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA

Variáveis

TEMPO SENTADO E UTILIZAÇÃO DE

CARRO, ÔNIBUS, METRÔ OU TREM

p Medicina (n=64) Ed. Física (n=62)

Média ± DP Média ± DP TEMPO SENTADO

1 dia da semana (min.) 569,7 ± 107,9 457,7 ± 157,8 <0,0011 dia de final de semana (min.) 415,3 ± 181,8 404,5 ± 187,5 0,743 CARRO, ÔNIBUS, METRÔ OU TREM

Dias / semana 6,5 ± 1,1 6 ± 1,2 0,032 Tempo (minutos) 92,9 ± 61,2 91,8 ± 45,4 0,912

p= nível descritivo de probabilidade Média ± DP= média ± desvio padrão

4.3 QUANTITATIVO DE PRÁTICA DE ATIVIDADDE FÍSICA E EXPOSIÇÃO A

COMPORTAMENTOS SEDENTÁRIOS DOS GRUPOS RANDOMIZADOS DAS

POPULAÇÕES ESTUDADAS

Relativo ao nível de atividade física entre os grupos randomizados

das populações estudadas, observou-se que estudantes de Medicina

apresentaram menores níveis de atividade física quando comparados aos de

Educação Física (Gráfico 2).

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Resultados

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Nível de atividade física (Indivíduos)

0102030405060708090

Nível suficiente deatividade física

Baixo nível de atividadefísica

MedicinaEducação Física

* p < 0,05

45%

*85%

*55%

15%

GRÁFICO 2 – Percentual de nível de atividade física dos grupos randomizados das populações

estudadas

O grupo de estudantes de Medicina apresentou comportamento mais

sedentário para tempo sentado em um dia da semana, não apresentando

diferença significativa para tempo sentado em um dia de final de semana, para

dias/semana de utilização de carro, ônibus, metrô ou trem como meio de

transporte, como também para o tempo em minutos de utilização de carro,

ônibus, metrô ou trem como meio de transporte (Tabela 3).

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Resultados

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TABELA 3 - Comparação de exposição a comportamentos sedentários dos grupos randomizados dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA

Variáveis

TEMPO SENTADO E UTILIZAÇÃO DE

CARRO, ÔNIBUS, METRÔ OU TREM

p Medicina (n=20) Ed. Física (n=20)

Média ± DP Média ± DP TEMPO SENTADO

1 dia da semana (min.) 606 ± 102,8 427,5 ± 170,2 <0,0011 dia de final de semana (min.) 357 ± 178,9 416 ± 208,8 0,343 CARRO, ÔNIBUS, METRÔ OU TREM

Dias / semana 6,3 ± 1,6 5,9 ± 1,6 0,485

Tempo (minutos) 84,5 ± 54,6 90,7 ± 45,9 0,702

p= nível descritivo de probabilidade

4.4 PRESSÃO ARTERIAL E FREQÜÊNCIA CARDÍACA BASAL (DE

REPOUSO)

A média e desvio padrão da PA e da FCb demonstrou diferença

significativa em relação à PAS e em relação à PAD, não demonstrando

diferença significativa em relação à FCb.(Tabela 4).

TABELA 4 - Comparação da Pressão arterial sistólica e diastólica e da freqüência cardíaca

basal dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA

Variáveis

PA e FC BASAL

p Medicina (n=20) Ed. Física (n=20)

Média ± DP Média ± DP

PAS (mmHg) 125,7 ± 8,8 116,5 ± 13,7 0,016 PAD (mmHg) 78,6 ± 6,2 72,7 ± 6,8 0,007 FCb (bpm) 76,5 ± 12,5 73,2 ± 9,6 0,355

PAS= Pressão arterial sistólica (mmHg) PAD= Pressão arterial diastólica (mmHg)

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Resultados

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FCb= Freqüência cardíaca basal (bpm) p= nível descritivo de probabilidade Média ± DP= média ± desvio padrão

Nesta mesma análise, feita de forma categorizada, verificou-se

significância relativo a Pré-hipertensão/ hipertensão tanto para PAS como para

PAD (Gráfico 3).

Pré-hipertensão/ hipertensão (Indivíduos)

0102030405060708090

Pré-hipertensão/hipertensão

(PAS ≥ 120 mmHg)

Pré-hipertensão/hipertensão

(PAD ≥ 80 mmHg)

MedicinaEducação Física

*80%

25%

*45%

5% * p < 0,05

GRÁFICO 3 – Percentual de indivíduos dos cursos de Medicina e Educação Física com Pré-

hipertensão/ hipertensão

4.5 DADOS ANTROPOMÉTRICOS

A análise comparativa baseada em média e desvio padrão para

dados antropométricos não demonstrou diferença significativa em relação ao

IMC, à CC, ao %MG e ao %MM. Observa-se que apesar de não ter sido

demonstrada diferença, o grupo estudantes de Medicina apresentou tendência

para maior %MG e menor %MM (Tabela 5).

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Resultados

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TABELA 5 - Comparação dos dados antropométricos dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA

Variáveis

DADOS ANTROPOMÉTRICOS

p Medicina (n=20) Ed. Física (n=20)

Média ± DP Média ± DP

IMC (Kg/m2) 24,8 ± 4,4 23 ± 3 0,126

CC (cm) 78 ± 10,2 73,7 ± 7,1 0,124

% MG 27,8 ± 8,3 23,8 ± 4,7 0,069

% MM 72,2 ± 8,3 76,2 ± 4,7 0,069

IMC= Índice de massa corpórea (Kg/m2) CC= Circunferência de cintura (cm) %MG= Percentual de massa gorda %MM= Percentual de massa magra p= nível descritivo de probabilidade média ± desvio padrão

Esta mesma análise realizada de forma categorizada demonstrou

diferença significativa em relação ao IMC e à CC, não mostrando diferença

significativa em relação ao % MG (Tabela 6).

TABELA 6 – Comparação dos dados antropométricos categorizados dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA

DADOS ANTROPOMÉTRICOS CATEGORIZADOS

Variáveis Medicina

n (%) Ed. Física

n (%) p

IMC (> 25 Kg/m2) 10 (50) 02 (10) 0,006 CC (masc.≥ 94; fem. ≥ 80 cm) 5 (25) 0 (0) 0,017 % MG (masc.> 15; fem. > 23) 18 (90) 17 (85) 0,633

IMC= Índice de massa corpórea (Kg/m2) CC= Circunferência de cintura (cm) %MG= Percentual de massa gorda masc.= Gênero masculino fem.= Gênero feminino p= nível descritivo de probabilidade

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Resultados

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4.6 DADOS BIOQUÍMICO-LABORATORIAIS

A análise dos dados bioquímico-laboratoriais demonstrou diferença

significativa em relação ao CT, ao LDLc e à Glicose sanguínea, não

demonstrando diferença significativa em relação ao HDLc e ao TG (Tabela 7).

TABELA 7 – Comparação dos dados bioquímico-laboratoriais dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA

Variáveis

DADOS BIOQUÍMICOS-LABORATORIAIS

p Medicina (n=20) Ed. Física (n=20)

Média ± DP Média ± DP

CT (mg/dL) 165 ± 27,9 142,4 ± 28 0,015 HDLc (mg/dL) 41,6 ± 8,4 45,5 ± 8,1 0,149

LDLc (mg/dL) 99,1 ± 27,1 80,8 ± 22,8 0,026 TG (mg/dL) 86,4 ± 31,9 81,5 ± 35 0,646

Glicose (mg/dL) 80,8 ± 8 74,7 ± 6,7 0,013 CT= Colesterol total (mg/dL) HDLc= HDL colesterol (mg/dL) LDLc= LDL colesterol (mg/dL) TG= Triglicérides (mg/dL) p= nível descritivo de probabilidade média ± desvio padrão

Nesta mesma análise, de maneira categorizada, observou-se não

haver diferença significativa em relação ao CT elevado; ao HDLc baixo; ao

LDLc elevado; ao TG elevado; e à glicose sanguínea elevada, não

apresentando nenhum indivíduo (Tabela 8).

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Resultados

Marcelo de Aquino Resende UFS 71

TABELA 8 Comparação dos dados bioquímico-laboratoriais categorizados dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA

DADOS BIOQUÍMICOS-LABORATORIAIS CATEGORIZADOS

Variáveis Medicina

n (%) Ed. Física

n (%) p

CT (≥ 200 mg/dL) 02 (10) 01 (05) 0,548

HDLc (≤ 40 mg/dL) 09 (45) 04 (20) 0,091

LDLc (≥ 130 mg/dL) 03 (15) 01 (05) 0,292

TG (≥ 150 mg/dL) 01 (05) 01 (05) 1,000

Glicemia (≥ 100 mg/dL) 0 (0) 0 (0) ------

CT= Colesterol total (mg/dL) HDLc= HDL colesterol (mg/dL) LDLc= LDL colesterol (mg/dL) TG= Triglicérides (mg/dL) p= nível descritivo de probabilidade

4.7 CONDICIONAMENTO CARDIO-RESPIRATÓRIO

Relacionado ao condicionamento cardio-respiratório, após realização

do “teste de Kline”, observou-se diferença significativa em relação ao VO2máx, à

FC Pico, à FC rec 1, à FC rec 5 e à FC rec 10 (Tabela 9).

TABELA 9 – Comparação do condicionamento cardio-respiratório dos ESTUDANTES DE MEDICINA E EDUCAÇÃO FÍSICA

Variáveis

CONDICIONAMENTO CARDIO-RESPIRATÓRIO

p Medicina (n=20) Ed. Física (n=20)

Média ± DP Média ± DP

VO2máx. (ml/Kg/min) 47,8 ± 8,1 56 ± 6,7 0,001 FC Pico. (bpm) 155,2 ± 18,1 138,6 ± 20,4 0,010 FC rec.1 (bpm) 135,7 ± 15 115,3 ± 19,7 0,001 FC rec.5 (bpm) 115,4 ± 10,6 101,7 ± 13,2 0,001 FC rec.10 (bpm) 108,8 ± 11,6 96,4 ± 13,7 0,004 VO2máx= Quantidade de oxigênio absorvido, transportado e utilizado durante um esforço máximo. (ml/Kg/min)

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Resultados

Marcelo de Aquino Resende UFS 72

FC Pico.= Freqüência cardíaca máxima de teste (bpm) FC rec.1= Freqüência cardíaca de recuperação após um minuto (bpm) FC rec.5= Freqüência cardíaca de recuperação após cinco minutos (bpm) FC rec.10= Freqüência cardíaca de recuperação após dez minutos (bpm) p= nível descritivo de probabilidade média ± desvio padrão

A análise do condicionamento cardio-respiratório de forma

categorizada demonstrou que estudantes de Medicina são menos aptos

quando comparados aos de Educação Física (Gráfico 4).

Condicionamento cardio-respiratório (Indivíduos)

0102030405060708090

Mais aptos Menos aptos

MedicinaEducação Física

25%

*80% *

75%

20%* p < 0,05

GRÁFICO 4 – Nível de condicionamento cardio-respiratório

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Resultados

Marcelo de Aquino Resende UFS 73

4.8 COMPARAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL, DE DADOS

ANTROPOMÉTRICOS, DO CONDICIONAMENTO CARDIO-RESPIRATÓRIO

E DE DADOS BIOQUÍMICO-LABORATORIAIS ESTRATIFICADO PELO NÍVEL

DE ATIVIDADE FÍSICA

A análise comparativa das variáveis de pressão arterial, de dados

antropométricos, de condicionamento cardio-respiratório e de dados

bioquímico-laboratoriais estratificado pelo nível de atividade física, demonstrou

que baixo nível de atividade física está associado a aumento da PAS, PAD;

IMC; CC; %MG, FC rec 1; FC rec 5; FC rec 10; CT; HDLc; LDLc; TG; Glicose, e

a diminuição do %MM e do VO2 máx,, não apresentando diferença significativa

em relação ao gênero; a cor da pele; a idade; a FCb e a FC Pico (Tabela 10).

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Resultados

Marcelo de Aquino Resende UFS 74

TABELA 10 – Comparação dos dados clínicos gerais, da pressão arterial, de dados antropométricos, do condicionamento cardio-respiratório e de dados bioquímico-laboratoriais estratificado pelo nível de atividade física

Variáveis Baixo nível de atividade física

(n = 14)

Nível suficiente de atividade física

(n = 26)

p

Curso (Medicina/ Educação Física) 11 / 3 9 / 17 0,008 Gênero (masculino/ feminino) 5 / 9 15 / 11 0,185

Cor da pele (branca/ não branca) 7 / 7 17 / 9 0,343

Idade (anos) 22,6 ± 1,5 22,8 ± 1,4 0,726

PAS (mmHg) 128,8 ± 10,5 116,9 ± 11,2 0,002 PAD (mmHg) 80,6 ± 6,3 72,9 ± 6 <0,001 IMC (Kg/m2) 27,1 ± 3,3 22,1 ± 2,9 <0,001 CC (cm) 81,5 ± 9,5 72,8 ± 7,1 0,002 % MM 68,6 ±5,9 77,2 ± 5,6 <0,001 % MG 31,4 ± 5,9 22,8 ± 5,6 <0,001 VO2 máx. (ml/Kg/min) 44,1 ± 5,3 56,1 ± 6,6 <0,001 FCb (bpm) 76,9 ± 13,6 73,8 ± 9,7 0,409

FC Pico (bpm) 152,6 ± 15,6 143,8 ± 22,8 0,207

FC rec 1 (bpm) 134,8 ± 14,1 120,5 ± 21,3 0,030 FC rec 5 (bpm) 116,7 ± 9,4 104,1 ± 13,7 0,004 FC rec 10 (bpm) 108,4 ± 9,1 99,5 ± 15,3 0,026 CT (mg/dL) 181,2 ± 22,2 138,9 ± 21,9 <0,001 HDLc (mg/dL) 35,6 ± 5,6 47,9 ± 6,3 <0,001 LDLc (mg/dL) 115,5 ± 23,5 76,2 ± 15,3 <0,001 TG (mg/dL) 105,9 ± 39,8 72 ± 21,8 0,001 Glicose (mg/dL) 81,8 ± 8,6 75,5 ± 6,7 0,015

PAS= Pressão arterial sistólica (mmHg) PAD= Pressão arterial diastólica (mmHg) IMC= Índice de massa corpórea (Kg/m2) CC= Circunferência de cintura (cm) %MM= Percentual de massa magra %MG= Percentual de massa gorda VO2máx= Quantidade de oxigênio absorvido, transportado e utilizado durante um esforço máximo. (ml/Kg/min) FC Pico.= Freqüência cardíaca máxima de teste (bpm) FC rec.1= Freqüência cardíaca de recuperação após um minuto (bpm) FC rec.5= Freqüência cardíaca de recuperação após cinco minutos (bpm) FC rec.10= Freqüência cardíaca de recuperação após dez minutos (bpm) CT= Colesterol total (mg/dL) HDLc= HDL colesterol (mg/dL) LDLc= LDL colesterol (mg/dL) TG= Triglicérides (mg/dL) p= nível descritivo de probabilidade

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Resultados

Marcelo de Aquino Resende UFS 75

Esta mesma análise, feita de forma categorizada, demonstrou

diferença significativa em relação à PAS ≥ 120 mmHg; à PAD ≥ 80 mmHg; ao

IMC > 25 Kg/m2; à CC, masc. ≥ 94 e fem. ≥ 80 cm; ao VO2 máx , masc. ≤ 52 e

fem. ≤ 48 ml/Kg/min; ao CT ≥ 200 mg/dL; ao HDLc ≤ 40 mg/dL; ao LDLc ≥ 130

mg/dL e ao TG ≥ 150 mg/dL, não apresentando diferença significativa em

relação ao %MG, masc. > 15 e fem. > 23 e a glicemia ≥ 100 mg/dL (não

havendo nenhum indivíduo com a glicemia elevada) (Tabela 11).

TABELA 11 – Comparação da pressão arterial, de dados antropométricos, do condicionamento cardio-respiratório e de dados bioquímico-laboratoriais categorizados estratificado pelo nível de atividade física

Variáveis Baixo nível de

atividade física

(n = 14)

Nível suficiente de atividade física

(n = 26)

p

PAS (≥ 120 mmHg) 12 (86) 09 (35) 0,002 PAD (≥ 80 mmHg) 9 (64) 1 (4) <0,001 IMC (> 25 Kg/m2) 10 (71) 2 (8) <0,001 CC (masc. ≥ 94 e fem. ≥ 80 cm) 5 (36) 0 (0) 0,001 % MG (masc. > 15 e fem. > 23) 14 (100) 21 (81) 0,079

VO2 máx. (masc. ≤ 52 e fem. ≤ 48 ml/Kg/min) 13 (93) 6 (23) <0,001 CT (≥ 200 mg/dL) 3 (21) 0 (0) 0,014 HDLc (≤ 40 mg/dL) 11 (79) 2 (8) <0,001 LDLc (≥ 130 mg/dL) 4 (29) 0 (0) 0,004 TG (≥ 150 mg/dL) 2 (15) 0 (0) 0,048 Glicemia (≥ 100 mg/dL) 0 (0) 0 (0) ----

PAS= Pressão arterial sistólica (mmHg) PAD= Pressão arterial diastólica (mmHg) IMC= Índice de massa corpórea (Kg/m2) CC= Circunferência de cintura (cm) %MG= Percentual de massa gorda VO2máx= Quantidade de oxigênio absorvido, transportado e utilizado durante um esforço máximo. (ml/Kg/min) CT= Colesterol total (mg/dL) HDLc= HDL colesterol (mg/dL) LDLc= LDL colesterol (mg/dL) TG= Triglicérides (mg/dL) masc.= Gênero masculino fem.= Gênero feminino p= nível descritivo de probabilidade

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Resultados

Marcelo de Aquino Resende UFS 76

4.9 COMPARAÇÃO DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA, DA PRESSÃO

ARTERIAL, DE DADOS ANTROPOMÉTRICOS, DO CONDICIONAMENTO

CARDIO-RESPIRATÓRIO E DE DADOS BIOQUÍMICO-LABORATORIAIS

ESTRATIFICADO PELO IMC

A análise comparativa do percentual de prática de atividade física,

das variáveis de pressão arterial, de dados antropométricos, de

condicionamento cardio-respiratório e de dados bioquímico-laboratoriais

estratificado pelo IMC, demonstrou que sobrepeso/obesidade está associado a

aumento da PAS; PAD; CC; %MG, FCb, FC Pico; FC rec 1; FC rec 5; FC rec

10; CT; HDLc; LDLc; TG, e Glicose, como também está associado ao baixo

nível de atividade física, e diminuição do %MM e VO2 máx; não apresentando

diferença significativa em relação ao gênero; a cor da pele e a idade (Tabela

12).

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Resultados

Marcelo de Aquino Resende UFS 77

TABELA 12 - Comparação do nível de atividade física, da pressão arterial, de dados antropométricos, do condicionamento cardio-respiratório e de dados bioquímico-laboratoriais estratificado pelo IMC

Variáveis Peso Normal (n = 28)

Sobrepeso/ obesidade

(n = 12)

p

Curso (Medicina/ Educação Física) 10 / 18 10 / 2 0,006 Gênero (masculino/ feminino) 14 / 14 6 / 6 1,000

Cor da pele (branca/ não branca) 17 / 11 7 / 5 0,888

Nível de ativid. física (baixo/ suficiente) 4 / 24 10 / 2 <0,001 Idade (anos) 22,6 ± 1,3 23,2 ± 1,5 0,219

PAS (mmHg) 116,8 ± 10,8 131 ± 9,6 <0,001 PAD (mmHg) 72,9 ± 5,9 81,8 ± 5,6 <0,001 CC (cm) 72,4 ± 6,7 84 ± 8,4 <0,001 % MM 77 ± 5,1 67,8 ± 6,6 <0,001 % MG 23 ± 5,1 32,2 ± 6,6 <0,001 VO2 máx. (ml/Kg/min) 54,8 ± 7,2 45,1 ± 7,2 <0,001 FCb (bpm) 72,5 ± 9,3 80,3 ± 13,4 0,040 FC Pico (bpm) 142,6 ± 21,7 156,8 ± 15,1 0,048 FC rec 1 (bpm) 120,1 ± 20,4 137,9 ± 13,4 0,009 FC rec 5 (bpm) 104,3 ± 13,1 118,5 ± 9,2 0,002 FC rec 10 (bpm) 99,6 ± 14,7 109,5 ± 9,5 0,040 CT (mg/dL) 145,6 ± 25 172,5 ± 32,8 0,007 HDLc (mg/dL) 46,1 ± 8,6 37,8 ± 4,1 0,003 LDLc (mg/dL) 80,5 ± 18,8 111,9 ± 29,2 <0,001 TG (mg/dL) 72,1 ± 23,4 111,5 ± 37 <0,001 Glicose (mg/dL) 74,9 ± 6,5 84,4 ± 7 <0,001

PAS= Pressão arterial sistólica (mmHg) PAD= Pressão arterial diastólica (mmHg) CC= Circunferência de cintura (cm) %MM= Percentual de massa magra %MG= Percentual de massa gorda VO2máx= Quantidade de oxigênio absorvido, transportado e utilizado durante um esforço máximo. (ml/Kg/min) FC Pico.= Freqüência cardíaca máxima de teste (bpm) FC rec.1= Freqüência cardíaca de recuperação após um minuto (bpm) FC rec.5= Freqüência cardíaca de recuperação após cinco minutos (bpm) FC rec.10= Freqüência cardíaca de recuperação após dez minutos (bpm) CT= Colesterol total (mg/dL) HDLc= HDL colesterol (mg/dL) LDLc= LDL colesterol (mg/dL) TG= Triglicérides (mg/dL) p= nível descritivo de probabilidade

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Resultados

Marcelo de Aquino Resende UFS 78

A análise comparativa categorizada das variáveis de nível de

atividade física, de pressão arterial, de dados antropométricos, de

condicionamento cardio-respiratório e de dados bioquímico-laboratoriais

estratificado pelo IMC, demonstrou diferença significativa em relação ao nível

de atividade física; à PAS ≥ 120 mmHg; à PAD ≥ 80 mmHg; à CC, masc. ≥ 94 e

fem. ≥ 80 cm; ao VO2 máx, masc. ≤ 52 e fem. ≤ 48 ml/Kg/min; ao CT ≥ 200

mg/dL; ao HDLc ≤ 40 mg/dL; ao LDLc ≥ 130 mg/dL e ao TG ≥ 150 mg/dL, não

apresentando diferença significativa em relação ao %MG, masc. > 15 e fem. >

23 e a glicemia ≥ 100 mg/dL (Tabela 13).

TABELA 13 - Comparação do nível de Atividade Física, da pressão arterial, de dados antropométricos, do condicionamento cardio-respiratório e de dados bioquímico-laboratoriais categorizados estratificado pelo IMC

Variáveis Peso Normal (n = 28)

Sobrepeso/ Obesidde (n = 12)

p

Baixo nível de atividade. física 4 (14) 10 (83) <0,001 PAS (≥ 120 mmHg) 10 (36) 11 (92) 0,001 PAD (≥ 80 mmHg) 2 (7) 8 (67) <0,001 CC (masc. ≥ 94 e fem. ≥ 80 cm) 0 (0) 5 (42) <0,001 % MG (masc. > 15 e fem. > 23) 23 (82) 12 (100) 0,118

VO2 máx. (masc. ≤ 52 e fem. ≤ 48 ml/Kg/min) 9 (32) 10 (83) 0,003 CT (≥ 200 mg/dL) 0 (0) 3 (25) 0,006 HDLc (≤ 40 mg/dL) 4 (14) 9 (75) <0,001 LDLc (≥ 130 mg/dL) 0 (0) 4 (33) 0,001 TG (≥ 150 mg/dL) 0 (0) 2 (17) 0,027 Glicemia (≥ 100 mg/dL) 0 (0) 0 (0) ----

PAS= Pressão arterial sistólica (mmHg) PAD= Pressão arterial diastólica (mmHg) CC= Circunferência de cintura (cm) %MG= Percentual de massa gorda VO2máx= Quantidade de oxigênio absorvido, transportado e utilizado durante um esforço máximo. (ml/Kg/min) CT= Colesterol total (mg/dL) HDLc= HDL colesterol (mg/dL) LDLc= LDL colesterol (mg/dL) TG= Triglicérides (mg/dL) masc.= Gênero masculino fem.= Gênero feminino p= nível descritivo de probabilidade

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DISCUSSÃO

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 80

5.0 DISCUSSÃO

Apesar do suposto conhecimento por parte dos estudantes de

Medicina e Educação Física de que tanto a prática de atividade física como a

manutenção do IMC na faixa considerada normal são metas importantes para

saúde cardiovascular, nossos dados demonstram que estudantes de Medicina

apresentam menores níveis de atividade física quando comparados aos de

Educação Física. Ademais, sugerem que o nível de atividade física está

intimamente relacionado ao risco cardiovascular e ao sobrepeso e obesidade.

Optou-se por envolver neste estudo acadêmicos dos cursos de

Medicina e de Educação Física por tratar de segmentos universitários

particularmente envolvidos com o campo da conservação, promoção e

reabilitação da saúde mediante a prática de atividade física.

Ao caracterizar indicadores relacionados à saúde de futuros

profissionais de Medicina e Educação Física, pode-se inferir o tipo de influência

direta e indireta que estes poderão vir a ter na construção de motivações para

prática de hábitos saudáveis, inclusive de atividade física.

No que diz respeito ao estudante de Medicina, individualismo e

competitividade, exigências do mercado, e expectativas sociais depositadas

sobre o papel do médico podem funcionar como potentes estressores ainda

durante a formação profissional influenciando em sua rotina e provocando

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 81

efeitos deletérios nos hábitos e na qualidade de vida (LIMA; DOMINGUES;

CERQUEIRA, 2006).

Estudos recentes apontam estudantes de Medicina apresentando

fatores de risco incluindo antecedentes familiares para doenças

cardiovasculares, sedentarismo, uso de anticoncepcional, ingesta de álcool e

IMC elevado associados a perfil lipídico alterado (COELHO et al., 2005).

É provável que o caráter integral do curso de Medicina, dificultando

as atividades extracurriculares, ofereça impedimento na prática de atividade

física rotineira, determinando um estilo de vida sedentário, frente a

computadores e televisão, que ocupam, inclusive, grande parte de lazer dos

estudantes (COELHO et al., 2005).

A prática de atividade física deve ter grande relevância para os

estudantes da área de saúde, principalmente para os do curso de Educação

Física que tem a atividade física e o exercício físico como um dos principais

objetos de estudo da profissão (PATE et al., 1995).

5.1 DADOS CLÍNICOS GERAIS DAS POPULAÇÕES ESTUDADAS

Nas duas populações selecionadas de forma aleatória, não foram

observadas diferenças significativas com relação à idade, ao gênero, a cor da

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 82

pele e a antecedentes familiares. Portanto o processo de randomização foi

eficiente, evitando-se eventuais fatores de confusão para explicar as diferenças

observadas.

Observou-se também apenas um fumante no curso de Medicina,

percentualizando 5%, com uma taxa menor que 10 cigarros/ dia. Corroborando

com estes dados, um outro estudo, também realizado com estudantes de

Medicina apresentou uma taxa para tabagismo de 5,9 % (COELHO et al.,

2005). Já no curso de Educação Física não foi verificado nenhum fumante.

5.2 QUANTITATIVO DE PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA E EXPOSIÇÃO A

COMPORTAMENTOS SEDENTÁRIOS DO TOTAL DE INDIVÍDUOS DAS

POPULAÇÕES ESTUDADAS

Comparando-se o nível de atividade física e exposição a

comportamentos sedentários do número total de alunos (n=126) dos sétimos e

oitavos períodos dos cursos de Medicina e Educação Física da Universidade

Federal de Sergipe, caracterizado na metodologia como sendo a primeira fase

deste estudo, foi observado que os alunos de Medicina apresentam menores

níveis de atividade física do que os de Educação Física, como também

apresentam maior exposição a comportamentos sedentários.

Em consonância com o grupo de estudantes de Medicina, estudos

relacionados com estudantes de uma Universidade privada do Estado de São

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 83

Paulo (RABELO et al., 1999), com estudantes de Nutrição (FISBERG et al.,

2001), e um outro, também com estudantes de Medicina (COELHO et al,

2005), apontaram para altos índices de sedentarismo, sendo respectivamente

35,6%, 78,9% e 43,1%.

Questionários de atividade física, como o utilizado nesta fase do

trabalho, são frequentemente escolhidos para estudos em populações, pois

não interferem na atividade do entrevistado, são práticos e de fácil

aplicabilidade. No entanto, a mensuração da atividade física é uma tarefa

complexa. Na maior parte dos estudos populacionais as estimativas

restringem-se à atividade física de lazer em função da dificuldade na obtenção

de dados relacionados à ocupação e trabalhos realizados no domicílio

(KRISKA; CASPERSEN, 1997). O IPAQ, questionário utilizado neste estudo,

apresenta fidedignidade justamente por quantificar atividade física no trabalho,

como meio de deslocamentos, nas atividades domésticas, no lazer e no

esporte (MATSUDO, 2001).

5.3 QUANTITATIVO DE PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA E EXPOSIÇÃO A

COMPORTAMENTOS SEDENTÁRIOS DOS GRUPOS RANDOMIZADOS DAS

POPULAÇÕES ESTUDADAS

Comparando-se o nível de atividade física e exposição a

comportamentos sedentários dos grupos randomizados das respectivas

populações estudadas, foi observado também, em total concordância com o

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 84

total de alunos descrito no item anterior, que os alunos de Medicina

apresentam menores níveis de atividade física do que os de Educação Física,

como também apresentam maior exposição a comportamentos sedentários.

Corroborando com os resultados do grupo dos estudantes de

Medicina, estudos realizados com docentes de doze diferentes centros da

Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC (MARTINS, 2000) e com uma

amostra probabilística da população do Rio de Janeiro (GOMES; SIQUEIRA;

SICHIERI, 2001), também mostraram índices de prática de atividade física

abaixo de 50%.

Em concordância com o grupo de estudantes de Educação Física,

estudos realizados com acadêmicos do Curso de Educação Física da

Universidade Federal de Londrina (GUEDES et al., 2006) e com professores de

Educação Física da Universidade Estadual de Montes Claros - MG

(MADUREIRA; FONSECA; MAIA, 2003), apontaram respectivamente para

valores aproximados de 70% e 65% de indivíduos com níveis suficientes de

atividade física. Cita-se também estudo realizado com professores

universitários da área de saúde da Universidade Católica de Brasília – UCB,

demonstrando que somente os docentes de Educação Física obtiveram

classificação de muito ativo (OLIVEIRA, 2001).

Baixos níveis de atividade física, como observado por parte dos

estudantes de Medicina, está relacionado diretamente com o desenvolvimento

de doenças crônico-degenerativas como obesidade, hipertensão e diabetes

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 85

(MYERS, 2003). Estes baixos índices de atividade física dos estudantes de

Medicina quando comparados com estudantes de Educação Física, sugerem

ações intervencionistas mais efetivas direcionadas à adoção e a manutenção

de um estilo de vida ativo fisicamente durante a formação universitária e no

período de transição formação universitária / atuação profissional.

5.4 PRESSÃO ARTERIAL E FREQÜÊNCIA CARDÍACA BASAL (DE

REPOUSO)

Para a PA, foi observado índices mais elevados com estudantes de

Medicina quando comparados aos de Educação Física, tanto em relação à

PAS, como em relação à PAD.

Estudos realizados com servidores da Universidade de Brasília –

UNB (CONCEIÇÃO et al., 2006) e com bombeiros militares filhos de

hipertensos (MATTOS et al., 2006), apresentaram, em consonância com o

grupo de estudantes de Medicina deste estudo, elevados índices de pré-

hipertensos/hipertensos, o que sinaliza a importância da orientação sobre

hábitos de vida saudáveis nessas populações.

O estilo de vida tem um papel crítico na determinação do nível de PA

nos indivíduos e na prevalência da hipertensão nas populações. Vários fatores

de estilo de vida parecem influenciar diretamente os níveis pressóricos, tanto

numa dimensão individual quanto populacional. Desses, os mais importantes

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 86

são gordura corporal, atividade física e uma variedade de componentes da

dieta (BEILIN; PUDDEY; BURKE, 1999).

5.5 DADOS ANTROPOMÉTRICOS

Relativo ao IMC, foi observado índices mais elevados para

estudantes de Medicina quando comparados aos de Educação Física,

apresentando maior percentual de indivíduos com sobrepeso/obesidade

A prevalência de indivíduos com sobrepeso/obesidade na região

nordeste e sudeste do Brasil sugere crescente aumento de indivíduos com

excesso de peso, apresentando taxa de sobrepeso/obesidade aproximada de

37% (ABRANTES; LAMOUNIER; COLOSIMO, 2003).

Apresentando valores para IMC semelhantes ao grupo de Medicina,

estudos realizados com indivíduos sem cardiopatia com sobrepeso e

obesidade (ARAÚJO et al., 2005), com funcionários do centro de pesquisas da

Petrobrás (MATOS et al., 2004), com servidores da Universidade de Brasília –

UNB (CONCEIÇÃO et al., 2006) e com profissionais de saúde (RAMOS et al.,

2006) apresentaram dados para sobrepeso/obesidade respectivamente de

56,1%, 58%, 56,8% e 54,2% . Porém, em outro estudo realizado com

estudantes de Medicina de Faculdade do Estado de São Paulo – FAMERP

(COELHO et al., 2005), observou-se taxa de sobrepeso/obesidade de 17,6%,

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 87

relativamente baixa e próxima dos valores do grupo de estudantes de

Educação Física deste referido estudo.

O “Estudo Framingham” (HUBERT et al., 1983) mostrou correlação

direta do IMC com doença coronariana. Outros dois estudos demonstraram que

indivíduos com IMC no limite da normalidade ou pouco acima do mesmo,

podem apresentar alterações características da síndrome metabólica (ST-

ONGE; JANSSEN; HEYMSFIELD, 2004), como também circunferência de

cintura de risco para doenças cardiovasculares (CASTRO; MATOS; GOMES,

2006).

Relacionado à CC, observou-se maior índice de indivíduos com risco

cardiovascular para CC no grupo de Medicina do que no de Educação Física.

Estudo relacionado à CC evidenciou que mulheres com

circunferência abdominal > 76,2 cm possuem risco duas vezes maior para

desenvolverem coronariopatia do que aquelas com circunferência < 71,1 cm

(REXODE et al., 1998).

A presença de gordura abdominal está fortemente associada com

alterações metabólicas que aumentam o risco cardiovascular, sendo

considerada melhor método para prevermos tais situações do que a gordura

corporal total (ASSMANN et al., 1999; REXODE et al., 1998).

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 88

O maior risco relacionado à topografia andróide da gordura corporal

(localizada na cintura) ocorre devido ao fato dos adipócitos da região

abdominal estarem mais diretamente associados a variações metabólicas, por

serem mais sensíveis ao armazenamento e liberação de triglicérides do que,

por exemplo, os adipócitos da região glútea (MUELLER et al., 1991).

Levando-se em consideração essa tendência crescente do

sobrepeso e obesidade na população brasileira e sua associação com fatores

de risco cardiovasculares reforçada em nosso estudo, intervenções visando

reduzir o peso corporal, em especial a gordura central, são de extrema

importância para a prevenção e controle das doenças cardiovasculares na

população.

5.6 DADOS BIOQUÍMICO-LABORATORIAIS

Relativo ao CT, foi observado índices mais elevados para estudantes

de Medicina quando comparados aos de Educação Física.

Em estudo realizado nos Estados Unidos, a média de CT da

população foi de 207,6 mg/dL, com 51,8% de indivíduos com CT elevado ≥ 200

mg/dL (NATIONAL CHOLESTEROL EDUCATION PROGRAM – NCEP II,

1994), superior às médias observadas em alguns estudos nacionais, como

realizado em Porto Alegre que foi de 202,4 mg/dL (DUNCAN et al., 1988), e em

São Paulo, que foi de 184,9 mg/dL (MARTINS, 1996), como também superior

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 89

ao estudo para determinação do colesterol envolvendo 8.262 indivíduos de

várias cidades brasileiras que apresentou 40% de indivíduos com CT ≥ 200

mg/dL (MARTINEZ et al., 2003).

Dados mais aproximados, em concordância com este referido

estudo, principalmente ao grupo de estudantes de Medicina, foi observado em

trabalho realizado com universitários de Medicina (COELHO et al.,2005), com

calouros universitários (RABELO et al., 1999), e com profissionais de saúde

(RAMOS et al., 2006), que apresentaram valores respectivamente de 11,8%,

9,1% e 10,6%.

Nível elevado de colesterol sérico é um dos principais fatores de

risco modificáveis para doença arterial coronariana, apresentando relação

significativa com a ausência de prática de atividade física (COELHO et

al.,2005). De acordo com o exposto, provavelmente, em função dos estudantes

de Medicina apresentarem neste trabalho, menores índices de atividade física,

apresentem níveis de CT mais elevados.

Relativo ao HDLc, foi observado médias mais baixas para estudantes

de Medicina quando comparados aos de Educação Física, como também

apresentaram maior número de indivíduos com HDLc baixo, ≤ 40 mg/dL.

Corroborando com os dados apresentados para os estudantes de

Educação Física, estudo realizado com universitários de Medicina (COELHO et

al.,2005) apresentou média de HDLc de 45 mg/dL, e 12,4% de indivíduos com

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 90

níveis baixos de HDLc. Outros estudos, realizados com calouros universitários

(RABELO et al., 1999) e com indivíduos sem cardiopatia com sobrepeso e

obesidade (ARAÚJO et al., 2005) também apresentaram dados aproximados

com o grupo de Educação Física, sendo respectivamente 11,3% e 16% de

indivíduos com níveis baixos de HDLc.

Em trabalho realizado com o intuito de analisar a quantidade de

HDLc entre indivíduos ativos e não ativos fisicamente, quando comparados os

níveis de HDLc entre corredores e sedentários, encontraram-se maiores

concentrações no grupo de corredores (CAMPAIGNE et al., 1993).

Complementando estas informações, foi observado que os níveis de HDLc

aumentavam para cada Km adicional de corrida, em mulheres que

participavam dessas atividades como lazer (WILLIAMS, 1996).

O exercício físico aparentemente aumenta a habilidade do HDLc

para atuar como receptor de colesterol. Essa função do HDLc é um importante

passo no processo de transporte reverso de colesterol dos tecidos extra-

hepáticos, como as paredes vasculares, para posterior excreção no fígado,

induzindo desse modo, efeito antiaterogênico (CAMPAIGNE et al., 1993).

Indivíduos ativos apresentam significativamente maiores níveis de

HDLc que sedentários (PITANGA, 2001). Provavelmente por este motivo, os

estudantes de Medicina que apresentaram neste trabalho, menores índices de

atividade física, apresentem níveis mais baixos HDLc.

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 91

Relativo ao LDLc, foi observado médias mais elevadas para

estudantes de Medicina quando comparados aos de Educação Física, como

também apresentaram maior número de indivíduos com LDLc elevado, ≥ 130

mg/dL.

Valores baixos para LDLc como verificado neste referido trabalho foi

observado em estudo com universitários de Medicina (COELHO et al.,2005),

apresentado apenas 9,8% de indivíduos com LDLc elevado. Em outros

estudos, realizados com ingressantes universitários (RABELO et al., 1999),

com indivíduos sem cardiopatia com sobrepeso e obesidade (ARAÚJO et al.,

2005), e com a população de São Paulo (CARDOSO et al., 2002), verificou-se

valores percentuais mais altos para indivíduos com LDLc elevados ≥ 130

mg/dL, sendo respectivamente de 26,3%, 44% e 34%.

O LDLc é considerado fator causal e independente de aterosclerose,

cuja redução diminui a morbimortalidade (NATIONAL CHOLESTEROL

EDUCATION PROGRAM – NCEP III, 2001). Alteração, no sentido de redução,

pode ser verificada mediante a prática de atividade física (PITANGA, 2001).

Relativo ao TG, foi observado médias mais elevadas para estudantes

de Medicina quando comparados aos de Educação Física. No que diz respeito

a indivíduos com TG elevado ≥ 150 mg/dL, os dois cursos apresentarm valores

iguais.

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 92

Estudo realizado com acadêmicos de Medicina (COELHO et

al.,2005) apresentaram valores próximos a este referido estudo com média de

82 mg/dL, e com 8,5% de indivíduos com TG elevado. Já estudo realizado

também com estudantes universitários de universidade privada de São Paulo

(RABELO et al., 1999) apresentaram valores mais elevados, com média

próxima de 120 mg/dL, e com 16,3% de indivíduos com TG elevado.

O nível de TG parece associado à obesidade. Além disso, alguns

estudos demonstram valores reduzidos de TG e percentuais elevados de

massa magra (FISBERG et al., 2001). Pelo fato dos estudantes de Medicina

terem apresentado um maior grau de obesidade, apresentaram também

maiores taxas de TG quando comparados ao estudantes de Educação Física.

Relativo à glicemia, foi observado médias mais elevadas para

estudantes de Medicina quando comparados aos de Educação Física. No que

diz respeito a indivíduos com Glicemia elevada ≥ 100 mg/dL, não foi verificado

nenhum caso em ambos os cursos.

Baixa prevalência de valores de risco de glicemia, conforme

observado nas duas populações deste estudo, foi observado também em

pesquisa realizada na região autônoma dos Açores em Portugal (SANTOS et

al., 2005).

O controle das concentrações de glicose sanguínea é extremamente

importante, sobretudo para os indivíduos que apresentam sobrepeso ou

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 93

obesidade, para os que suspeitam do risco de desenvolvimento de diabetes,

hipertensão, ou que estão com perfil lipídico alterado, principalmente pelo fato

da elevação deste metabólito sanguíneo estar quase sempre envolvido com

maus hábitos alimentares e a inadequação de outros fatores de risco (LIMA;

GLANER, 2006).

Atividade física aumenta a captação de glicose, reduzindo de

maneira expressiva a glicemia e consequentemente diminuindo o risco de

desenvolvimento de diabetes e doenças cardiovasculares (MCAULEY et al.,

2002).

5.7 CONDICIONAMENTO CARDIO-RESPIRATÓRIO

No tocante ao condicionamento cardio-respiratório, foi observado

índices mais baixos para estudantes de Medicina que apresentaram médias

inferiores quando comparados aos de Educação Física, quanto ao VO2máx, e

médias mais altas no que diz respeito à FC Pico, à FC rec 1, à FC rec 5 e a FC

rec 10. Como também um número significativamente menor de indivíduos

classificados como mais aptos para atividade física.

Corroborando com os valores verificados para o grupo de estudantes

de Medicina, estudo realizado com objetivo de relacionar aptidão física à saúde

de universitários (LOCH et al., 2006) revelou percentual de 64% de indivíduos

com baixa aptidão cardio-respiratória.

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 94

Resistência aeróbia está relacionada à saúde, isso porque baixos

níveis dela apresentam correlação com risco crescente de morte prematura por

qualquer causa, especialmente por doenças do coração. Estudo evidenciou

que os indivíduos treinados aerobicamente (com melhor condicionamento

cardio-respiratório) apresentam menores riscos de doenças crônicos

degenerativas (ACSM, 2002).

Os níveis de atividade física, aptidão cardio-respiratória e outras

características modificáveis no estilo de vida podem influenciar no risco de

doenças crônicas e morte prematura. Mudanças no estilo de vida poderiam,

portanto, promover melhor saúde e longevidade (JONATHAN et al., 2002;

MADUREIRA; FONSECA; MAIA, 2003).

No que se refere à freqüência cardíaca, estudos têm demonstrado

uma relação direta entre a freqüência cardíaca de repouso ou sub-máxima no

exercício e risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, ou seja,

menor freqüência cardíaca em repouso ou menor taquicardia durante exercício

físico sub-máximo apresentam menor probabilidade de desenvolverem

cardiopatias (NEGRÃO et al., 1992).

Uma baixa queda da freqüência cardíaca de recuperação durante o

primeiro minuto após o exercício (principalmente abaixo de 12 bpm) pode ser

reflexo de uma atividade vagal diminuída, sendo preditor poderoso de

mortalidade global, independente da carga de trabalho (CHRISTOPHER et al.,

1999).

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 95

5.8 COMPARAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL, DE DADOS

ANTROPOMÉTRICOS, DO CONDICIONAMENTO CARDIO-RESPIRATÓRIO

E DE DADOS BIOQUÍMICO-LABORATORIAIS ESTRATIFICADO PELO NÍVEL

DE ATIVIDADE FÍSICA

Neste referido estudo foi observado que indivíduos que

apresentaram níveis suficientes de atividade física apontaram para melhores

índices relacionados à saúde no que diz respeito à pressão arterial, dados

antropométricos, de condicionamento cardio-respiratório e bioquímico-

laboratoriais quando comparados a indivíduos com baixos níveis de atividade

física.

Verificou-se também em outros estudos relação inversa entre prática

de atividade física e: pressão arterial sistólica e diastólica (ACSM, 1993; LIU ET

AL., 1996); IMC, CC e percentual de gordura (MASCARENHAS et al., 2005);

CT (COELHO et al.,2005), LDLc (PITANGA, 2001), TG (COELHO et al.,2005) e

glicemia (MCAULEY et al., 2002). Como também se verificou relação positiva

entre quantidade de prática de atividade física e: HDLc (CAMPAIGNE et al.,

1993; PITANGA, 2001) e condicionamento cardio-respiratório (ACSM, 2002).

A prática regular de atividade física constitui-se num benefício

independente nas várias comorbidades da obesidade, notadamente na

hipertensão arterial, hiperglicemia e resistência à insulina. Dessa forma um

estilo de vida ativo, com conseqüente aumento da capacidade física, pode

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 96

atenuar o risco de morbidade e mortalidade em indivíduos com sobrepeso ou

obesidade (NEGRÃO et al., 2000).

Atividade física faz parte de uma das quatro estratégias de

prevenção de enfermidades crônicas proposta pela Organização Mundial de

Saúde – OMS, e como tal deve ser introduzida na atenção primária em todo

mundo segundo propõe a Federação Mundial de Cardiologia (BALAGUER

VINTRÓ, 2004).

5.9 COMPARAÇÃO DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA, DA PRESSÃO

ARTERIAL, DE DADOS ANTROPOMÉTRICOS, DO CONDICIONAMENTO

CARDIO-RESPIRATÓRIO E DE DADOS BIOQUÍMICO-LABORATORIAIS

ESTRATIFICADO PELO IMC

Neste estudo foi observado que indivíduos que apresentaram peso

normal relacionado ao IMC indicam apontar melhores índices relacionados à

saúde no que diz respeito ao nível de atividade física, pressão arterial, dados

antropométricos, de condicionamento cardio-respiratório e bioquímico-

laboratoriais quando comparados a indivíduos com sobrepeso/obesidade.

Verificou-se também em outros estudos relação positiva entre

sobrepeso/obesidade e: Pressão Arterial – PA (SANTOS et al., 2005); CT e

LDLc (RABELO et al., 1999); TG (CALLE et al., 1999); e Glicemia (SOUZA et

al., 2003). Como também se verificou relação inversa entre

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Discussão

Marcelo de Aquino Resende UFS 97

sobrepeso/obesidade e: Atividade física (MASCARENHAS et al., 2005);

condicionamento cardio-respiratório (GUEDES & GUEDES, 2001); e HDLc

(CALLE et al., 1999).

A importância do IMC como indicador de excesso de peso já foi

verificado em estudos que avaliaram a relação entre mortalidade e obesidade,

demonstrando um aumento da mortalidade total associado a um IMC elevado

(MANSON et al., 1995).

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CONCLUSÕES

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Conclusões

Marcelo de Aquino Resende UFS 99

6.0 CONCLUSÕES

Diante dos resultados obtidos neste estudo, chegaram-se as

seguintes conclusões:

1. Estudantes de Medicina apresentam níveis mais baixos de

atividade física do que estudantes de Educação Física.

2. Estudantes de Medicina apresentam menores índices de

condicionamento cardio-respiratório do que estudantes de Educação Física.

3. Estudantes de Medicina apresentam maior risco cardiovascular do

que estudantes de Educação Física.

4. Menor nível de atividade física foi associado a menor nível de

condicionamento cardio-respiratório e maior risco cardiovascular.

5. Sobrepeso e obesidade foi associado a menor nível de

condicionamento cardio-respiratório e maior risco cardiovascular.

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IMPLICAÇÕES E PERSPECTIVAS DO ESTUDO

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Implicações e perspectivas do estudo

Marcelo de Aquino Resende UFS 101

7.0 IMPLICAÇÕES E PERSPECTIVAS DO ESTUDO

O desenvolvimento de medidas de promoção à saúde e prevenção

quanto aos fatores de risco cardiovascular é imperativa no âmbito universitário,

tanto para estudantes de Educação Física, e principalmente relativo a

estudantes de Medicina, devido à alta prevalência de fatores de risco para

doenças do coração e seus vasos apresentado neste estudo, uma vez que

estas duas populações, futuros profissionais de saúde, são exemplo e

potenciais transformadores de hábitos para a comunidade em que estão

inseridos.

O envolvimento das universidades, não só na avaliação do perfil de

risco de seus estudantes, como também no processo educacional de

esclarecimento dos benefícios advindos com a adoção de um estilo de vida

mais saudável, seria de grande valia para implantação de um plano preventivo

aos universitários.

Fatores de risco, como sedentarismo, pressão arterial elevada,

sobrepeso/obesidade, distribuição central da gordura corporal, dislipidemias e

glicemia elevada, são passíveis de intervenção, demonstrando a importância

do acompanhamento clínico na redução dos riscos de doenças

cardiovasculares e melhor qualidade de vida.

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REFERÊNCIAS

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Marcelo de Aquino Resende UFS 103

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APÊNDICES

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Apêndices

Marcelo de Aquino Resende UFS 119

APÊNDICES

APÊNDICE 1. Dados clínicos gerais dos estudantes de Medicina

INDIVÍDUO IDADE (anos) SEXO COR DA PELE

SG 21 F N/ BRANCA

EVC 24 F BRANCA

MP 22 F BRANCA

PAS 22 F BRANCA

CVV 21 F BRANCA

RM 23 F N/ BRANCA

ASB 23 F BRANCA

CB 25 F N/ BRANCA

AF 21 F BRANCA

SS 24 F N/ BRANCA

FS 21 M N/ BRANCA

CBS 24 M N/ BRANCA

ACA 23 M BRANCA

MB 22 M BRANCA

EOC 22 M N/ BRANCA

ECD 26 M BRANCA

OLP 23 M N/ BRANCA

MV 22 M BRANCA

DML 23 M BRANCA

LWC 22 M BRANCA

Média±EP 22,7±1,4 10F/10M 12B/8NB

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Apêndices

Marcelo de Aquino Resende UFS 120

APÊNDICE 2. Dados clínicos gerais dos estudantes de Educação Física

INDIVÍDUO IDADE (anos) SEXO COR DA PELE

LS 22 F N/ BRANCA

RGO 22 F N/ BRANCA

NTS 20 F N/ BRANCA

GDF 23 F BRANCA

SLS 21 F BRANCA

APS 24 F N/ BRANCA

AB 25 F BRANCA

JM 24 F BRANCA

CRS 23 F BRANCA

TODO 23 F N/ BRANCA

DAS 21 M BRANCA

CGJ 24 M BRANCA

FVB 22 M BRANCA

KQS 21 M BRANCA

BMS 25 M BRANCA

ALB 23 M BRANCA

CFS 23 M N/ BRANCA

ERAJ 23 M N/ BRANCA

MLL 25 M N/ BRANCA

LRS 22 M BRANCA

Média±EP 22,8±1,4 10F/10M 12B/8NB

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Apêndices

Marcelo de Aquino Resende UFS 121

APÊNDICE 3. Nível de atividade física dos estudantes de Medicina (Fase I)

(n=64)

INDIVÍDUO CLASSIFICAÇÃO IPAQ SG INSUFICIENTEMENTE ATIVO

EVC SEDENTÁRIO MP ATIVO OS ATIVO

CVV MUITO ATIVO VAR ATIVO GRG INSUFICIENTEMENTE ATIVO MM ATIVO CJS ATIVO BML SEDENTÁRIO TB ATIVO RM INSUFICIENTEMENTE ATIVO AB INSUFICIENTEMENTE ATIVO CB MUITO ATIVO AF INSUFICIENTEMENTE ATIVO SS INSUFICIENTEMENTE ATIVO CG MUITO ATIVO SSP MUITO ATIVO LL INSUFICIENTEMENTE ATIVO

RSF ATIVO AB ATIVO ILF ATIVO WS INSUFICIENTEMENTE ATIVO FB SEDENTÁRIO LV MUITO ATIVO

CRA INSUFICIENTEMENTE ATIVO RR INSUFICIENTEMENTE ATIVO AFP SEDENTÁRIO JS ATIVO FS INSUFICIENTEMENTE ATIVO

CBS INSUFICIENTEMENTE ATIVO ACA MUITO ATIVO MB MUITO ATIVO

EOC ATIVO DPN INSUFICIENTEMENTE ATIVO DC ATIVO RO ATIVO WS MUITO ATIVO RF ATIVO FP ATIVO DR MUITO ATIVO EBF SEDENTÁRIO DE INSUFICIENTEMENTE ATIVO IMS MUITO ATIVO PCB INSUFICIENTEMENTE ATIVO SR ATIVO

CEA ATIVO JPJ ATIVO WS ATIVO PJC MUITO ATIVO CF INSUFICIENTEMENTE ATIVO

ECD ATIVO OLP INSUFICIENTEMENTE ATIVO MV MUITO ATIVO

DML INSUFICIENTEMENTE ATIVO EPM INSUFICIENTEMENTE ATIVO LWC ATIVO AR MUITO ATIVO

LCA SEDENTÁRIO RBN ATIVO MR INSUFICIENTEMENTE ATIVO RM ATIVO

DPN ATIVO JS SEDENTÁRIO

27 NIVEL BAIXO/ 37 NÍVEL SUFICIENTE

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Apêndices

Marcelo de Aquino Resende UFS 122

APÊNDICE 4. Nível de atividade física dos estudantes de Educação Física

(Fase I)

(n=62)

INDIVÍDUO CLASSIFICAÇÃO IPAQ LSS MUITO ATIVO RGO MUITO ATIVO NTS INSUFICIENTEMENTE ATIVO GDF MUITO ATIVO SLS MUITO ATIVO AC ATIVO JG ATIVO

KSS ATIVO SD ATIVO ME ATIVO

CSC ATIVO SS MUITO ATIVO MC MUITO ATIVO LAJ ATIVO

MCR SEDENTÁRIO NMM ATIVO APS ATIVO AB ATIVO JM MUITO ATIVO

CRS INSUFICIENTEMENTE ATIVO TODO ATIVO MTC MUITO ATIVO GGA MUITO ATIVO

IA ATIVO RMP MUITO ATIVO KCS MUITO ATIVO PCA MUITO ATIVO SRF ATIVO DCC MUITO ATIVO RCC ATIVO NCA MUITO ATIVO DAS ATIVO CGJ MUITO ATIVO FVB MUITO ATIVO KQS MUITO ATIVO BMS SEDENTÁRIO RRS MUITO ATIVO EBA INSUFICIENTEMENTE ATIVO CHJ ATIVO MS MUITO ATIVO JLJ ATIVO

MSG MUITO ATIVO JGJ MUITO ATIVO LOC INSUFICIENTEMENTE ATIVO ALB MUITO ATIVO CFS ATIVO

ERAJ ATIVO MLL MUITO ATIVO LRS MUITO ATIVO ACT ATIVO AB MUITO ATIVO

ETO MUITO ATIVO UCC ATIVO HJA ATIVO MOS ATIVO RSG MUITO ATIVO BAS MUITO ATIVO IAS MUITO ATIVO FS ATIVO FA ATIVO

FOL ATIVO JAA MUITO ATIVO

6 NÍVEL BAIXO/ 56 NÍVEL SUFICIENTE

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Apêndices

Marcelo de Aquino Resende UFS 123

APÊNDICE 5. Nível de atividade física dos estudantes de Medicina (Fase II)

(n=20)

INDIVÍDUO CLASSIFICAÇÃO IPAQ

SG INSUFICIENTEMENTE ATIVO

EVC SEDENTÁRIO

MP INSUFICIENTEMENTE ATIVO

PAS ATIVO

CVV MUITO ATIVO

RM INSUFICIENTEMENTE ATIVO

ASB INSUFICIENTEMENTE ATIVO

CB MUITO ATIVO

AF INSUFICIENTEMENTE ATIVO

SS INSUFICIENTEMENTE ATIVO

FS INSUFICIENTEMENTE ATIVO

CBS INSUFICIENTEMENTE ATIVO

ACA MUITO ATIVO

MB MUITO ATIVO

EOC ATIVO

ECD ATIVO

OLP INSUFICIENTEMENTE ATIVO

MV MUITO ATIVO

DML INSUFICIENTEMENTE ATIVO

LWC ATIVO

11 BAIXO NÍVEL/ 9 NÍVEL SUFICIENTE

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Apêndices

Marcelo de Aquino Resende UFS 124

APÊNDICE 6. Nível de atividade física dos estudantes de Educação Física

(Fase II)

(n=20)

INDIVÍDUO CLASSIFICAÇÃO IPAQ

LS MUITO ATIVO

RGO MUITO ATIVO

NTS INSUFICIENTEMENTE ATIVO

GDF MUITO ATIVO

SLS MUITO ATIVO

APS ATIVO

AB ATIVO

JM MUITO ATIVO

CRS INSUFICIENTEMENTE ATIVO

TODO ATIVO

DAS ATIVO

CGJ MUITO ATIVO

FVB MUITO ATIVO

KQS MUITO ATIVO

BMS SEDENTÁRIO

ALB MUITO ATIVO

CFS ATIVO

ERAJ ATIVO

MLL MUITO ATIVO

LRS MUITO ATIVO

3 BAIXO NÍVEL/ 17 NÍVEL SUFICIENTE

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Apêndices

Marcelo de Aquino Resende UFS 125

APÊNDICE 7. Pressão arterial sistólica - PAS, pressão arterial diastólica - PAD

e freqüência cardíaca basal – FCb dos estudantes de Medicina

INDIVÍDUO PAS (mmHg) PAD (mmHg) FCb (bpm)

SG 125 85 84 EVC 121 78 81 MP 127 86 65 PAS 109 78 94 CVV 118 76 76 RM 129 82 76 ASB 123 78 105 CB 109 64 72 AF 128 83 58 SS 128 86 82 FS 137 83 64

CBS 135 75 82 ACA 124 75 84 MB 120 77 70

EOC 128 74 65 ECD 139 85 70 OLP 134 81 67 MV 114 65 68

DML 138 84 100 LWC 127 76 67

Média±EP 125,7±8,8 78,6±6,2 76,5±12,5

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Apêndices

Marcelo de Aquino Resende UFS 126

APÊNDICE 8. Pressão arterial sistólica - PAS, pressão arterial diastólica - PAD

e freqüência cardíaca basal – FCb dos estudantes de Educação Física

INDIVÍDUO PAS (mmHg) PAD (mmHg) FCb (bpm)

LS 119 76 71 RGO 110 68 74 NTS 119 72 78 GDF 107 67 82 SLS 113 79 66 APS 107 73 91 AB 109 70 81 JM 117 75 75

CRS 107 66 69 TODO 94 58 78 DAS 117 73 66 CGJ 123 73 69 FVB 98 66 62 KQS 118 79 73 BMS 152 90 65 ALB 122 78 85 CFS 147 79 66

ERAJ 121 74 70 MLL 111 67 53 LRS 118 70 90

Média±EP 116,5±13,7 72,7±6,8 73,2±9,6

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Apêndices

Marcelo de Aquino Resende UFS 127

APÊNDICE 9. Dados antropométricos dos estudantes de Medicina

INDIVÍDUO IMC (Kg/m²) C. C. (cm) % M. M. % M. G.

SG 29 84 59 41 EVC 26 74 65 35 MP 33 89 57 43 PAS 20 65 76 24 CVV 19 68 74 26 RM 26 79 63 37 ASB 26 68 73 27 CB 20 70 74 26 AF 21 69 72 28 SS 28 84 68 32 FS 28 98 70 30

CBS 30 87 74 26 ACA 25 81 78 22 MB 23 79 74 26

EOC 19 62 90 10 ECD 30 84 63 37 OLP 23 83 79 21 MV 18 65 86 14

DML 30 95 70 30 LWC 22 78 79 21

Média±EP 24,8±4,4 78±10,2 72,2±8,3 27,8±8,3

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Apêndices

Marcelo de Aquino Resende UFS 128

APÊNDICE 10. Dados antropométricos dos estudantes de Educação Física

INDIVÍDUO IMC (Kg/m²) C. C. (cm) % M. M. % M. G.

LS 22 73 74 26 RGO 16 66 78 22 NTS 25 73 71 29 GDF 21 68 75 25 SLS 21 71 77 23 APS 23 67 70 30 AB 20 67 75 25 JM 23 64 75 25

CRS 24 71 69 31 TODO 22 66 72 28 DAS 24 86 77 23 CGJ 25 72 82 18 FVB 21 71 79 21 KQS 24 83 82 18 BMS 31 88 71 29 ALB 20 77 75 25 CFS 24 84 73 27 ERAJ 25 77 86 14 MLL 22 72 83 17 LRS 26 78 80 20

Média±EP 23±3 73,7±7,1 76,2±4,7 23,8±4,7

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Apêndices

Marcelo de Aquino Resende UFS 129

APÊNDICE 11. Dados bioquímico-laboratoriais dos estudantes de Medicina

INDIVÍDUO CT. (mg/dL)

HDL-c (mg/dL)

LDL-c (mg/dL)

Triglicérides (mg/dL)

Glicose (mg/dL)

SG 164 38 100 153 78 EVC 232 41 161 110 73 MP 159 37 88 90 88 PAS 167 52 91 50 75 CVV 135 47 71,4 63 87 RM 170 40 101 93 84 ASB 171 41 106 80 82 CB 155 48 80 59 74 AF 166 41 90 59 72 SS 151 38 98 64 88 FS 177 34 142,8 141 98

CBS 210 36 144,6 122 85 ACA 172 44 66 50 70 MB 160 45 86 76 73

EOC 150 67 94 85 75 ECD 113 39 68 95 92 OLP 198 24 129 53 89 MV 132 41 81 51 71

DML 187 35 115 132 84 LWC 131 45 69 101 77

Média±EP 165±27,9 41,6±8,4 99,1±27,1 86,4±31,9 80,8±8

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Apêndices

Marcelo de Aquino Resende UFS 130

APÊNDICE 12. Dados bioquímico-laboratoriais dos estudantes de Educação

Física

INDIVÍDUO CT. (mg/dL)

HDL-c (mg/dL)

LDL-c (mg/dL)

Triglicérides (mg/dL)

Glicose (mg/dL)

LS 127 47 63,4 83 80 RGO 181 62 65 63 80 NTS 175 40 106 72 66 GDF 120 47 65 74 86 SLS 143 44 85 70 76 APS 121 45 57 74 74 AB 125 48 70 88 62 JM 119 56 55 38 73

CRS 175 26 96 126 72 TODO 91 49 56 45 76 DAS 170 48 112 131 82 CGJ 123 49 66 56 77 FVB 127 47 73 78 71 KQS 142 44 80 86 78 BMS 202 29 140 188 86 ALB 123 46 77 58 73 CFS 175 39 118 110 62

ERAJ 143 44 80 73 76 MLL 132 55 73 46 69 LRS 134 45 78 70 75

Média±EP 142,4±28 45,5±8,1 80,8±22,8 81,5±35 74,7±6,7

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Apêndices

Marcelo de Aquino Resende UFS 131

APÊNDICE 13. Dados de condicionamento cardio-respiratório dos estudantes

de Medicina

INDIVÍDUO VO2máx (ml/Kg/min)

FC Pico (bpm)

FCR 1 (bpm)

FCR 5 (bpm)

FCR 10 (bpm)

SG 37 153 145 131 124 EVC 40 175 146 112 102 MP 38 167 137 115 105 PAS 47 169 152 120 99 CVV 48 135 133 110 98 RM 40 159 124 119 112 ASB 42 165 150 124 115 CB 47 135 121 103 98 AF 41 131 115 101 101 SS 39 170 150 123 119 FS 49 153 137 121 111

CBS 52 157 142 120 112 ACA 59 153 127 111 112 MB 65 185 154 126 125

EOC 55 113 103 87 86 ECD 45 155 130 110 100 OLP 49 130 109 105 93 MV 60 164 147 126 130

DML 46 160 141 121 114 LWC 57 174 150 122 120

Média±EP 47,8±8,1 155,2±18,1 135,7±15 115,4±10,6 108,8±11,6

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Apêndices

Marcelo de Aquino Resende UFS 132

APÊNDICE 14. Dados de condicionamento cardio-respiratório dos estudantes

de Educação Física

INDIVÍDUO VO2máx (ml/Kg/min)

FC Pico (bpm)

FCR 1 (bpm)

FCR 5 (bpm)

FCR 10 (bpm)

LS 58 115 94 87 92 RGO 55 138 101 95 94 NTS 46 138 125 111 105 GDF 48 164 131 112 111 SLS 51 149 123 110 113 APS 49 149 119 104 103 AB 58 161 130 110 109 JM 48 130 108 96 81

CRS 45 126 117 102 93 TODO 56 114 102 100 80 DAS 59 106 87 86 84 CGJ 64 111 95 93 87 FVB 67 149 131 110 103 KQS 61 144 124 105 100 BMS 53 152 149 129 112 ALB 62 159 139 115 114 CFS 55 183 145 110 105 ERAJ 57 135 106 95 93 MLL 68 134 76 67 61 LRS 60 115 104 97 88

Média±EP 56±6,7 138,6±20,4 115,3±19,7 101,7±13,2 96,4±13,7

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Apêndices

Marcelo de Aquino Resende UFS 133

APÊNDICE 15. Termo de consentimento livre e esclarecido

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO EU,............................................................................................................... RG........................................................

Data Nascimento ___/___/___ Acadêmico do curso de ...........................................................................................

, abaixo assinado, declaro ter pleno conhecimento do que se segue, CONCORDANDO em participar como

voluntário na pesquisa: “Avaliação da prática de atividade física, do nível de condicionamento físico e do risco de

doenças cardiovasculares em estudantes de Educação Física e Medicina”.

• Fui devidamente esclarecido (a) que será necessário a realização de um teste de esforço, caminhando numa pista

de atletismo 1,6 Km o mais rápido possível, no intuito de avaliar o nível de condicionamento físico, como

também a coleta de amostras de sangue periférico (aproximadamente 10 ml) para a realização dos exames

laboratoriais a fim de avaliar o risco de doenças cardiovasculares.

• Estou ciente que os exames não põem em risco a minha vida.

• Receberei respostas ou esclarecimentos a quaisquer dúvidas, antes e durante o curso da pesquisa, sobre tudo o

que for feito: riscos, benefícios e outros assuntos relacionados com a pesquisa.

• Todo o material utilizado na coleta da pesquisa (exames quínmico-laboratoriais) é esterilizado e descartável.

• Será mantido o caráter confidencial das informações relacionadas com a privacidade, proteção da minha

imagem, garantindo que não serão utilizadas as informações em prejuízo de pessoas e/ou comunidade.

• Não haverá remuneração financeira de qualquer espécie pela nossa participação neste estudo.

• Estou ciente que caso os dados sejam utilizados em publicação médica ou de ensino, não serão utilizados nomes;

dados de identificação como foto, áudio, vídeo-tape só serão utilizados com minha permissão por escrito.

• Estou ciente que serão respeitados nossos valores culturais, religiosos e morais; e deverei retornar para as

avaliações nas datas agendadas.

• Estou ciente que como a minha participação é voluntária poderei retirar a qualquer tempo o consentimento, em

qualquer fase da pesquisa, sem problema de qualquer ordem e sem prejuízo ao seu cuidado.

• Entendi que toda a minha participação que gere custo hospitalar não será cobrada, pois a pesquisa é inteiramente

gratuita.

OBS: Caso tenha necessidade de entrar em contato com o pesquisador responsável por algum motivo que julgue

necessário durante a pesquisa: Marcelo Resende → (79) 3223-4258, residencial

(79) 9137-7978, celular

Local:________________________________ Data:________/________/____________ Assinatura do responsável___________________________________________________ Assinatura do Pesquisador___________________________________________________

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ANEXOS

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ANEXOS

ANEXO 1: IPAQ – Questionário Internacional de atividade física (versão longa)

QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA Nome:_________________________________________________ Data: ___/ ___ / ___ Idade : ____ Sexo: F ( ) M ( ) Você trabalha de forma remunerada: ( ) Sim ( ) Não. Quantas horas você trabalha por dia: ____ Quantos anos completos você estudou: _____ De forma geral sua saúde está:( ) Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( ) Regular ( )Ruim Nós estamos interessados em saber que tipos de atividade física as pessoas fazem como parte do seu dia a dia. Este projeto faz parte de um grande estudo que está sendo feito em diferentes países ao redor do mundo. Suas respostas nos ajudarão a entender que tão ativos nós somos em relação à pessoas de outros países. As perguntas estão relacionadas ao tempo que você gasta fazendo atividade física em uma semana NORMAL USUAL ou HABITUAL. As perguntas incluem as atividades que você faz no trabalho, para ir de um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como parte das suas atividades em casa ou no jardim. Suas respostas são MUITO importantes. Por favor responda cada questão mesmo que considere que não seja ativo. Obrigado pela sua participação ! Para responder as questões lembre que:

atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande esforço físico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal

atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum esforço físico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal

SEÇÃO 1- ATIVIDADE FÍSICA NO TRABALHO

Esta seção inclui as atividades que você faz no seu serviço, que incluem trabalho remunerado ou voluntário, as atividades na escola ou faculdade e outro tipo de trabalho não remunerado fora da sua casa. NÃO incluir trabalho não remunerado que você faz na sua casa como tarefas domésticas, cuidar do jardim e da casa ou tomar conta da sua família. Estas serão incluídas na seção 3. 1a. Atualmente você trabalha ou faz trabalho voluntário fora de sua casa?

( ) Sim ( ) Não – Caso você responda não Vá para seção 2: Transporte As próximas questões são em relação a toda a atividade física que você faz em uma semana USUAL ou NORMAL como parte do seu trabalho remunerado ou não remunerado. NÃO inclua o transporte para o trabalho. Pense unicamente nas atividades que você faz por pelo menos 10 minutos contínuos : 1b. Em quantos dias de uma semana normal você gasta fazendo atividades vigorosas, por pelo

menos 10 minutos contínuos, como trabalho de construção pesada, carregar grandes pesos, trabalhar com enxada, escavar ou subir escadas como parte do seu trabalho: _______dias por SEMANA ( ) nenhum - Vá para a questão 1d.

1c. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA fazendo atividades físicas vigorosas

como parte do seu trabalho ?

_____ horas ______ minutos 1d. Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades moderadas, por pelo menos 10

minutos contínuos, como carregar pesos leves como parte do seu trabalho ? _______dias por SEMANA ( ) nenhum - Vá para a questão 1f

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Anexos

Marcelo de Aquino Resende UFS

136

1e. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA fazendo atividades moderadas como

parte do seu trabalho ?

_____ horas ______ minutos 1f. Em quantos dias de uma semana normal você anda, durante pelo menos 10 minutos

contínuos, como parte do seu trabalho ?Por favor NÃO inclua o andar como forma de transporte para ir ou voltar do trabalho _______dias por SEMANA ( ) nenhum - Vá para a seção 2 - Transporte.

1g. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA caminhando como parte do seu

trabalho ? ____ horas ______ minutos

SEÇÃO 2 - ATIVIDADE FÍSICA COMO MEIO DE TRANSPORTE Estas questões se referem a forma típica como você se desloca de um lugar para outro, incluindo seu trabalho, escola, cinema, lojas e outros. 2a. Em quantos dias de uma semana normal você anda de carro, ônibus, metrô ou trem?

________dias por SEMANA ( ) nenhum - Vá para questão 2c

2b. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA andando de carro, ônibus, metrô ou

trem?

_____horas _____minutos

Agora pense somente em relação a caminhar ou pedalar para ir de um lugar a outro em uma semana normal.

2c. Em quantos dias de uma semana normal você anda de bicicleta por pelo menos 10 minutos

contínuos para ir de um lugar para outro? (NÃO inclua o pedalar por lazer ou exercício) _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para a questão 2e.

2d. Nos dias que você pedala quanto tempo no total você pedala POR DIA para ir de um lugar para outro? _______ horas _____ minutos

2e. Em quantos dias de uma semana normal você caminha por pelo menos 10 minutos contínuos

para ir de um lugar para outro? (NÃO inclua as caminhadas por lazer ou exercício) _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para a Seção 3.

2f. Quando você caminha para ir de um lugar para outro quanto tempo POR DIA você gasta? (NÃO

inclua as caminhadas por lazer ou exercício) _______ horas _____ minutos

SEÇÃO 3 – ATIVIDADE FÍSICA EM CASA: TRABALHO, TAREFAS DOMÉSTICAS E CUIDAR DA FAMÍLIA

Esta parte inclui as atividades físicas que você faz em uma semana NORMAL na sua casa e ao redor da sua casa, por exemplo trabalho em casa, cuidar do jardim, cuidar do quintal, trabalho de manutenção da casa ou para cuidar da sua família. Novamente pense somente naquelas atividades físicas que você faz por pelo menos 10 minutos contínuos.

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Anexos

Marcelo de Aquino Resende UFS

137

3a. Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades físicas vigorosas no jardim ou quintal por pelo menos 10 minutos como carpir, lavar o quintal, esfregar o chão: _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para a questão 3c

3b. Nos dias que você faz este tipo de atividades vigorosas no quintal ou jardim quanto tempo no total você gasta POR DIA? _______ horas _____ minutos

3c . Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades moderadas por pelo menos 10

minutos como carregar pesos leves, limpar vidros, varrer, rastelar com no jardim ou quintal ________dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para questão 3e.

3d. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo no total você gasta POR DIA

fazendo essas atividades moderadas no jardim ou no quintal? _______ horas _____ minutos

3e. Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades moderadas por pelo menos 10 minutos como carregar pesos leves, limpar vidros, varrer ou limpar o chão dentro da sua casa. _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para seção 4

3f. Nos dias que você faz este tipo de atividades moderadas dentro da sua casa quanto tempo no

total você gasta POR DIA? _______ horas _____ minutos

SEÇÃO 4- ATIVIDADES FÍSICAS DE RECREAÇÃO, ESPORTE, EXERCÍCIO E DE LAZER

Esta seção se refere às atividades físicas que você faz em uma semana NORMAL unicamente por recreação, esporte, exercício ou lazer. Novamente pense somente nas atividades físicas que faz por pelo menos 10 minutos contínuos. Por favor NÃO inclua atividades que você já tenha citado. 4a. Sem contar qualquer caminhada que você tenha citado anteriormente, em quantos dias de uma semana normal, você caminha por pelo menos 10 minutos contínuos no seu tempo livre? _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para questão 4c 4b. Nos dias em que você caminha no seu tempo livre, quanto tempo no total você gasta POR DIA? _______ horas _____ minutos 4c. Em quantos dias de uma semana normal, você faz atividades vigorosas no seu tempo livre por pelo menos 10 minutos, como correr, fazer aeróbicos, nadar rápido, pedalar rápido ou fazer jogging : _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para questão 4e 4d. Nos dias em que você faz estas atividades vigorosas no seu tempo livre quanto tempo no total você gasta POR DIA? _______ horas _____ minutos 4e. Em quantos dias de uma semana normal, você faz atividades moderadas no seu tempo livre por pelo menos 10 minutos, como pedalar ou nadar a velocidade regular, jogar bola, vôlei, basquete, tênis : _____ dias por SEMANA ( ) Nenhum - Vá para seção 5 4f. Nos dias em que você faz estas atividades moderadas no seu tempo livre quanto tempo no total você gasta POR DIA?

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Anexos

Marcelo de Aquino Resende UFS

138

_______ horas _____ minutos

SEÇÃO 5 - TEMPO GASTO SENTADO Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado todo dia, no trabalho, na escola ou faculdade, em casa e durante seu tempo livre. Isto inclui o tempo sentado estudando, sentado enquanto descansa, fazendo lição de casa visitando um amigo, lendo, sentado ou deitado assistindo TV. Não inclua o tempo gasto sentando durante o transporte em ônibus, trem, metrô ou carro. 5a. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana? ______horas ____minutos 5b. Quanto tempo no total você gasta sentado durante em um dia de final de semana? ______horas ____minutos

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Anexos

Marcelo de Aquino Resende UFS

139

ANEXO 2: Questionário de antecedentes familiares e tabagismo

QUESTIONÁRIO DE ANTECEDENTES FAMILIARES E TABAGISMO

Nome:

Data de nascimento:

Gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino

Cor da pele: ( ) Branca ( ) Não branca

Antecedentes familiares:

Acidente Vascular Cerebral – AVC ( ) Pai ( ) Mãe ( ) Irmão( )

Infarto Agudo do Miocárdio – IAM ( ) Pai ( ) Mãe ( ) Irmão( )

Hipertensão Arterial – HA ( ) Pai ( ) Mãe ( ) Irmão( )

Diabetes Mellitus – ( ) Pai ( ) Mãe ( ) Irmão( )

Obesidade – ( ) Pai ( ) Mãe ( ) Irmão( )

Outra patologia cardíaca:_______________ Pai ( ) Mãe ( ) Irmão( )

Tabagismo:

Nunca Fumou ( )

Ex-fumante ( )

Menos de 10 cigarros/dia ( )

Entre 10 e 20 cigarros/dia ( )

Entre 21 e 30 cigarros/dia ( )

Mais de 30 cigarros/dia ( )

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Anexos

Marcelo de Aquino Resende UFS

140

ANEXO 3 – Classificação do nível de atividade física - IPAQ

CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA IPAQ

SEDENTÁRIO: Não realizou nenhuma atividade física por pelo menos 10 minutos contínuos durante a semana. INSUFICIENTEMENTE ATIVO: Realiza atividade física por pelo menos 10 minutos por semana, porém insuficiente para ser classificado como ativo. Pode ser dividido em dois grupos:

A) Atinge pelo menos um dos critérios da recomendação a) Freqüência: 5 dias /semana OU b) Duração: 150 min / semana

B) Não atingiu nenhum dos critérios da recomendação

Obs. Para realizar essa classificação soma-se a freqüência e a duração dos diferentes tipos de atividade (CAMINHADA + MODERADA + VIGOROSA)

ATIVO: Cumpriu as recomendações

a) VIGOROSA: ≥ 3 dias/sem e ≥ 20 minutos por sessão b) MODERADA OU CAMINHADA: ≥ 5 dias/sem e ≥ 30 minutos por

sessão c) Qualquer atividade somada: ≥ 5 dias/sem e ≥ 150 minutos/sem

(CAMINHADA + MODERADA + VIGOROSA) MUITO ATIVO: Cumpriu as recomendações e:

a) VIGOROSA: ≥ 5 dias/sem e ≥ 30 minutos por sessão OU b) VIGOROSA: ≥ 3 dias/sem e ≥ 20 minutos por sessão + MODERADA

e/ou CAMINHADA: ≥ 5 dias/sem e ≥ 30 minutos por sessão Exemplos: Indivíduo Caminhada Moderada Vigorosa Classificação F D F D F D

1 - - - - - - Sedentário 2 4 20 1 30 - - Insuficientemente Ativo A 3 3 30 - - - - Insuficientemente Ativo B 4 3 20 3 20 1 30 Ativo 5 5 45 - - - - Ativo 6 3 30 3 30 3 20 Muito Ativo 7 - - - - 5 30 Muito Ativo

F = Freqüência – D = Duração

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APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS

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Apresentação de trabalhos

Marcelo de Aquino Resende UFS

142

RESENDE, M. A.; BARRETO-FILHO, J.A.S.: “Estudantes de Medicina relatam

reduzida prática de atividade física, apresentam menor nível de

condicionamento físico e maior freqüência de fatores de risco cardiovasculares,

comparando-se a estudantes de Educação Física”.

Trabalho apresentado no XXVIII Congresso da Sociedade de Cardiologia do

Estado de São Paulo – São Paulo, 28 a 30 de abril de 2007.